92° Edição Nacional - Jornal Chico da Boleia

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Edição 92 | JAN/FEV | Ano 12

DIESEL EM ALTA, VALOR DO FRETE E INFLAÇÃO: OS OBSTÁCULOS PARA OS CAMINHONEIROS AUTÔNOMOS REDE SOLIDÁRIA

ONDE ESTÁ O CHICO DA BOLEIA

Campanha Rede Solidária Chico da Boleia conclui mais um ano de ajuda aos caminhoneiros (as)

Irmãos Davoli comemora 75 anos em noite de festa

Iniciativa distribuiu kits de higiene, itens de prevenção a Covid-19 e alimentos. > 04

Empresa, que acumula prêmios pelo bom atendimento, celebrou marco histórico e bons resultados. > 10


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EDITORIAL

EXPEDIENTE O jornal Chico da Boleia é uma publicação bimestral. As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados são de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião do Jornal Chico da Boleia.

EDIÇÃO: Jan/Mar - Ano 12 DIRETORA PRESIDENTE: Wanda Jacheta JORNALISTA RESPONSÁVEL: Almir Francisco / Chico da Boleia chicodaboleia@chicodaboleia.com.br Reg. Mtb: 0087497/SP REPÓRTER: Letícia Knibel redacaochicodaboleia@gmail.com

A VOZ DO SETOR DE TRANSPORTES

EDITORIAL

E

nfim chegamos ao começo de mais um ano. E quantas expectativas carregamos conosco! O ano de 2021 foi marcado pelo aprofundamento das dificuldades e dos desafios impostos pela pandemia. Foram muitas incertezas, mas também um ano de muita fé, de se reinventar e, acima de tudo, de praticar a resiliência.

Começamos o ano de 2022 impactados pela demora na vacinação das crianças. Infelizmente, ainda convivemos com instituições e governantes que insistem em duvidar da eficácia dos imunizantes e que tardaram a liberar seu uso para a população menor de 12 anos de idade. Também fomos impactados com o drástico aumento de casos e internações pela circulação da variante Ômicron. A cada nova cepa, temos a certeza de que não podemos fazer previsões sobre a pandemia e de que é preciso continuar a tomar os cuidados necessários. Uma boa notícia nesse quadro avassalador é que as vacinas, de fato, funcionam. Mesmo com o aumento do número de casos houve uma redução substantiva no percentual de mortes, se comparado ao mesmo período do ano passado. As pessoas completamente imunizadas, com a segundo dose e/ou dose de reforço, tem se mostrado resistentes ao desenvolvimento dos casos graves da doença. Em meio ao caos na saúde, essa notícia é a prova de que todos os esforços realizados até aqui, como o distanciamento social, isolamento, uso de máscaras e a imunização, estão surtindo efeito. O ano de 2021 também foi de retomada das atividades após a retração causada pela segunda onda. Porém, essa retomada foi imediatamente impactada pela falta de insumos para produção industrial no país. Entre as montadoras de veículos e caminhões, por exemplo, identificou-se a falta de todo tipo de peça, aumentando os prazos de entrega a perder de vistas e também o valor dos veículos novos e seminovos. Evidentemente, essa realidade impacta diretamente o setor do transporte rodoviário de cargas e toda a cadeia logística.

COORDENAÇÃO E REVISÃO: Larissa Jacheta Riberti imprensa@chicodaboleia.com.br

Apesar de todas as dificuldades enfrentadas até aqui, acredito que temos que agradecer por chegarmos com saúde e por seguir trabalhando. Temos que agradecer por estarmos vivos e abraçar àqueles que perderam seus entes e amigos queridos nesse período.

DIAGRAMAÇÃO: Dhennis Bueno

O ano de 2022 inicia com a expectativa geral de ser um ano de recuperação, isso se superarmos o gargalo da falta de insumos e conseguirmos reduzir os danos dessa nova onda de casos da Covid-19. Também é um ano eleitoral, de disputa por presidência da República, governos estaduais e pela composição do legislativo.

PUBLICIDADE: marketing@chicodaboleia.com.br

CONTATO: (19) 3843-5778 (19) 98265-1838 TIRAGEM: 50.000 exemplares

No nosso setor temos discussões importantes e que seguem pendentes, como a Lei do Marco Regulatório, que segue tramitando no Senado. Também estamos de olho na Lei da BR do Mar, e na consulta pública sobre o RNTRC. Outra pauta importante e em constante alteração é o valor mínimo do frete, recentemente reajustado pela ANTT. Uma das razões para o reajuste foi a constante subida no preço dos combustíveis, em especial do diesel, o que tem impactado negativamente os transportes e o preço dos produtos em todo o Brasil. Já no mês de janeiro de 2022, o litro da gasolina chegou a bater os R$8,00 em alguns locais do país. Definitivamente, esse é um assunto que continuará rendendo muitas discussões neste ano. Nesta edição trazemos informações importantes sobre o reajuste dos combustíveis e ampliamos a discussão sobre as razões que causam os constantes aumentos de preços nas bombas de combustíveis. Também abordamos as ações da Rede Solidária Chico da Boleia, bem como os lançamentos e festividades do setor. A coluna "Saúde no trecho" traz importante reflexão sobre as campanhas de prevenção do mês de fevereiro. Já a reportagem da coluna "Oficina do Chico" dá dicas importante sobre como manter em dia a manutenção do seu veículo e evitar despesas extras no começo do ano. Esperamos que 2022 seja um ano de reflexão e reparações, tanto para nós como para o setor. Eu, Chico da Boleia, agradeço a todos os parceiros, amigos, companheiros, que estiveram conosco até aqui. Agradecemos à todos os apoiadores da Rede Solidária que permitiram a realização de ações por vários locais do país, levando itens de higiene, alimentos e informações para os trabalhadores e trabalhadoras. Que 2022 seja um ano de recomeços e alegrias!

Chico da Boleia

A voz do setor dos transportes

Boa leitura! Chico da Boleia - A voz do setor dos transportes

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REDE SOLIDÁRIA

A VOZ DO SETOR DE TRANSPORTES

CAMPANHA REDE SOLIDÁRIA CHICO DA BOLEIA CONCLUI MAIS UM ANO DE AJUDA AOS CAMINHONEIROS (AS). Iniciativa distribuiu kits de higiene, itens de prevenção a Covid-19 e alimentos. TEXTO: Letícia Knibel-Redação Chico da Boleia | FOTO: Chico da Boleia

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pesar de toda espera por uma melhora no quadro da pandemia no Brasil, o ano de 2021 foi marcado pelo alto número de contágios, mortes e restrições devido a Covid-19. Já no começo do ano, fomos afetados pela chamada "segunda onda" que demandou um novo ciclo de medidas de distanciamento social, restrição do comércio e uso de máscaras. Com a circulação de diferentes variantes pelo país, as expectativas de retomada da economia, crescumento e retorno ao trabalho presencial foram frustradas. Além disso, o país se viu afundado em problemas econômicos como a queda do poder de compra dos consumidores e níveis alarmantes de desemprego. A tudo isso, somam-se as inúmeras dificuldades de implementação de um plano estratégico de contenção da pandemia e minimização de seus impactos por parte do governo federal. Um dos poucos setores que se manteve totalmente ativo e com bons resultados durante esse período, foi o do TRC. Assim como em 2020, caminhoneiros e caminhoneiras seguiram na linha de frente abastecendo comércios e indústrias, evitando a falta de produtos para os consumidores, e movimentando a economia. A participação desses trabalhadores foi imprescindível para que pudéssemos enfrentar a pandemia em nossas casas.

Por isso, como no ano anterior, o Chico da Boleia retomou a campanha Rede Solidária levando suporte e informações para caminhoneiros e caminhoneiras. Na nova fase do projeto, iniciada em abril de 2021, Chico da Boleia convocou parceiros para desenvolver a campanha ao longo do ano, distribuindo mais uma vez kits de higiene e folhetos informativos sobre prevenção e combate ao coronavírus. Cada kit era composto por álcool gel 70°, quatro máscaras, bloco de anotações, copo de acrílico, folheto informativo, baralho, boné, camiseta e um exemplar do jornal Chico da Boleia. Somente nas primeiras quatro ações (todas realizadas em abril), mais de 800 trabalhadores receberam os kits. Vale destacar que, como em 2020, a Rede Solidária contou com o apoio das unidades do SEST SENAT e da PRF durante as entregas. Além disso, na mesma ocasião, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) colaborou com a iniciativa doando 300 quilos de alimento. Dentre as doações estavam 100 kg de frutas e 200 kg de arroz. Os alimentos, todos de origem orgânica e da produção camponesa, foram repassados ao Projeto Prato Solidário, responsável por produzir quentinhas e distribuí-las para moradores em situação de rua.

Em maio, o MST voltou a apoiar a Rede Solidária com a doanção de 400 quilos de arroz e 400 litros de suco de uva aos caminhoneiros (as) que participaram da ação realizada no estado de Minas Gerais. Finalizando o primeiro semestre de 2021, o Chico da Boleia elaborou duas ações no município de Resende, no Rio de Janeiro, com a participação mais que especial de Sula Miranda. Conhecida como a "rainha dos caminhoneiros", Sula se tornou uma das parceiras da campanha, que ajudou na distribuição dos kits de higiene para os trabalhadores. As últimas iniciativas da Rede Solidária ocorreram em agosto, no município de Tanguá, no Rio de Janeiro, junto com o SEST SENAT que, na época, realizava a Mobilização Nacional de Combate ao Uso de Álcool e outras Drogas. Em conjunto com as unidades do Sest Senat, Chico da Boleia pode reafirmar seu compromisso com a vida e a segurança dos trabalhadores das estradas A campanha Rede Solidária Chico da Boleia não existiria sem o apoio de amigos e parceiros que, ao longo de mais um ano muito difícil, colaboraram para viabilizar cada uma das ações realizadas. A equipe do Chico da Boleia deixa aqui seu agradecimento a todos que apoiaram esse projeto. Nosso objetivo é sempre levar ajuda e acolhimento aos caminhoneiros (as) que rodam pelas rodovias do país, mesmo em meio a pior pandemia da história moderna.

LISTA DE APOIADORES DA REDE SOLIDÁRIA 2021



FIQUE POR DENTRO

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A VOZ DO SETOR DE TRANSPORTES

REAJUSTES NOS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS BATEM RECORDE E PREJUDICAM BRASILEIROS Somente em 2021, a gasolina e o diesel acumularam alta de 73% e 65,3%, respectivamente. Preço do gás de cozinha também é alvo de crítica dos consumidores. TEXTO: Letícia Knibel Redação Chico da Boleia | FOTO: Chico da Boleia

U

m dos principais desafios enfrentados pelos trabalhadores brasileiros, em 2021, foi se adaptar aos constantes reajustes aplicados ao litro dos combustíveis. Ao longo do ano, a Petrobras realizou aumentos - praticamente mensais - nos preços da gasolina e do diesel que, ao final de outubro, acumulavam alta de 73% e 65,3%, respectivamente. Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), responsável por apurar os valores dos combustíveis nos principais postos do país, apontaram que o litro da gasolina comum chegou a custar R$ 8, valor que já se identificou novamente no primeiro mês de 2022. Já o diesel ultrapassou os R$ 6 em praticamente todas as regiões do país. Consequentemente, o setor de transporte rodoviário de cargas foi impactado negativamente pelos constantes reajustes. Essa oscilação de preços, sempre para cima, prejudicou - e continua prejudicando - o valor do frete. No ano passado, em decorrência dessa situação, os caminhoneiros autônomos, os principais afetados pelos preços exorbitantes no óleo diesel, chegaram a convocar mobilizações. As principais lideranças sindicais do segmento também chamaram uma greve geral, visto que o aumento do preço dos combustíveis afeta toda a população, encarecendo serviços e produtos.

A ação não recebeu a adesão esperada, especialmente por não ter o apoio de determinadas confederações e outras entidades, já alinhadas ao governo atual. Para tentar minimizar os problemas causados pelas decisões da Petrobras, o governo federal anunciou algumas medidas para “apaziguar” os ânimos e garantir que o setor não parasse. Redução de impostos sobre produtos (como pneus), anúncio de programas para beneficiar os caminhoneiros (as), e promessas de redução do preço dos combustíveis fizeram parte do plano do governo para “retomar” o diálogo com os trabalhadores. Entretanto, as novas alterações nos custos dos combustíveis prevaleceram - e prevalecem - e as ações das lideranças políticas não foram suficientes para contornar a revolta já instalada. Além disso, outro produto também foi alvo de reajustes. O gás de cozinha (GLP) chegou a ser comercializado por até R$ 130 em determinadas regiões, como norte e nordeste. De acordo com um levantamento feito pelo Observatório Social da Petrobras, uma iniciativa que reúne sindicatos de petroleiros e servidores da estatal, o valor do gás de cozinha praticado atualmente é o maior dos últimos 20 anos Por sua vez, a Petrobras não lançou mão de estratégias que pudessem minimizar as perdas. Pelo contrário, tem feito escolhas

que ajudam no agravamento da situação. A empresa continua exercendo a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que tem como base a cotação do dólar por barril de petróleo comercializado. Essa política atrela o preço dos derivados do petróleo no Brasil às oscilações do mercado internacional. Isso significa que fatores como a valorização do dólar, , aumento de preços de barris no mercado externo, problemas geopolíticos, podem afetar o preço dos combustíveis internamente. Para entender a situação, Chico da Boleia entrevistou Deyvid Barcelar, funcionário da Petrobras, coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e diretor do Sindicato dos Petroleiros do Estado da Bahia (Sindipetro – BA). O especialista explicou que PPI, imposto pelo governo Temer, tem como base o mercado internacional, ou seja, segue a alta do dólar, resultando em reajustes constantes no preço dos combustíveis.

Segundo David, o governo atual insiste que o alto valor dos combustíveis é culpa dos estados, que “aumentam” o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS). No entanto, o imposto em questão sempre existiu e não variou nos últimos tempos. E, mesmo que houvesse aumento significativo no ICMS, não seria suficiente para afetar o valor dos combustíveis dessa forma, como o governo Bolsonaro quer fazer acreditar. "O problema é o PPI, praticado pela Petrobras; e a presidência permite que a prática seja mantida, prejudicando a estatal que perde o poder de participação no mercado, e a população brasileira. Quando a gasolina, por exemplo, custava R$ 2, o valor do ICMS era praticamente o mesmo. O que existia era uma política de preços justa dentro da Petrobras", ressalta o especialista.

2014 ICMS BARRIL DE PETRÓLEO

DÓLAR GASOLINA

24,7% U$ 76,98 R$ 3,00 R$ 2,60

Fonte: www.observatoriopetrobras.com

2021 24,7% U$ 74,39 R$ 5,40 R$ 7,00



REPORTAGEM PRINCIPAL

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A VOZ DO SETOR DE TRANSPORTES

DIESEL EM ALTA, VALOR DO FRETE E INFLAÇÃO: OS OBSTÁCULOS PARA OS CAMINHONEIROS AUTÔNOMOS Fatores têm como consequência a perda de receita dos trabalhadores e também são responsáveis pelo abandono da profissão. TEXTO: Larissa Jacheta Riberti | FOTO: Reprodução

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pesar do ano de 2022 ter começado com boas expectativas para o transporte rodoviário de cargas, a realidade para os trabalhadores do setor é bem diferente. Após dois anos de pandemia de coronavírus, a categoria ainda sente os impactos da retração econômica. É preciso dizer que, a despeito de todas as dificuldades impostas pela pandemia, os trabalhadores do TRC continuaram operando. Nos meses mais drásticos, que apresentavam altas nos casos de mortes e contaminações, como a segunda onda de 2021, caminhoneiros e caminhoneiras seguiram trabalhando, permitindo que muitos pudessem ficar em casa. Durante dois anos, esses trabalhadores foram essenciais para a manutenção da economia e da vida no Brasil. No entanto, apesar de seus esforços, eles ainda sofrem com as consequências do processo e são, diariamente, negligenciados. Além da insegurança, da precarização de suas atividades, do desemprego, da falta de marcos jurídicos para a regulação da profissão, três fatores figuram como grandes obstáculos para os caminhoneiros atualmente. São eles o preço dos combustíveis, o valor do frete e a inflação. A seguir, vamos discutir como esses fatores afetam cotidianamente a vida dos trabalhadores do TRC?

Combustíveis, frete e inflação Sem dúvida alguma, uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos caminhoneiros (as) autônomos (as) no Brasil,

hoje, é o preço dos combustíveis. Em 2021, por exemplo, foram registrados aumentos sucessivos no preço da gasolina, diesel e gás de cozinha, o que fez com o valor desses itens chegasse a patamares históricos. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Petrobras alterou os preços da gasolina e do diesel por 16 vezes durante 2021. Esses dados foram compilados pelo portal Poder 360 e mostram que, das alterações, houve 11 reajustes e 5 reduções para a gasolina, e 9 reajustes e 3 reduções para o diesel. A ANP ainda revela que, ao longo do ano passado, o reajuste acumulado da gasolina somou mais de 73%. No caso do diesel, essa cifra foi de 65%, aproximadamente. Ao final do mês de janeiro deste ano, após novo reajuste anunciado pela Petrobras, a gasolina chegou a custar R$8,00 em alguns postos do Sul e Sudeste. As sucessivas altas nos preços dos combustíveis e gás de cozinha têm impactado a toda a população brasileira. Com a gasolina e o diesel mais caros, sobem também os custos de transporte e distribuição, o que reflete diretamente no preço dos alimentos, medicamentos, itens básicos de consumo, produtos e serviços em geral. Outro item que encarece substancialmente com as subidas de preços dos

combustíveis são as passagens de transporte público. Esse fator afeta diretamente o orçamento de famílias inteiras, rebaixando o poder de compra e afetando a muitos trabalhadores.

mações enviadas ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) pelos governos de cada estado a partir dos dados de vendas dos postos de combustíveis.

Mas, por que os preços dos combustíveis variaram tanto nos últimos tempos?

É sobre o PMPF que é calculado o ICMS em cada estado. Isso significa que o PMPF não é o valor que os consumidores encontrarão nos postos de combustíveis, visto que a ele ainda será agregado o valor de cada ICMS. Além disso, quando há um reajuste no litro da gasolina ou do diesel, anunciado pela Petrobras, também aumenta o PMPF, e, consecutivamente, haverá uma alta no valor do ICMS.

A resposta dada pela diretoria da Petrobras e sustentada por muitos veículos de comunicação é de que o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado em cada estado brasileiro é o principal responsável pelas variações. Essa também é a narrativa do governo de Jair Bolsonaro. Desde 2020, o presidente travou uma batalha com os governos estaduais e, na tentativa de culpá-los pelos sucessivos e exorbitantes aumentos nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, repete incansavelmente que o problema dos reajustes é o ICMS. A realidade, porém, é que o ICMS não variou na mesma proporção (nem na mesma quantidade de vezes) que os itens em questão. De 2020 para cá, o ICMS dos estados permaneceu com a mesma alíquota, que pode variar entre 25%, praticada em estados como Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Roraima, Santa Catarina e São Paulo, e 34%, aplicada no Rio de Janeiro. Há que se explicar, porém, que o imposto não é calculado sobre o preço de venda dos combustíveis nos postos de gasolina, e sim sobre o chamado "preço médio ponderado ao consumidor final" (PMPF). Esse é o preço final dos combustíveis, calculado conforme as infor-

Um exemplo simples: se no dia 01 de janeiro de 2022 o PMPF da gasolina for de $3,50, no Rio de Janeiro, onde se pratica um ICMS de 34% para os combustíveis, o preço final da gasolina nos postos será de R$4,69. Mas, se no dia seguinte o PMPF da gasolina for de R$3,70, também no Rio de Janeiro, a aplicação do ICMS resultará num valor de R$4,95, aproximadamente. Veja, portanto, que a alíquota (ou percentual) do imposto cobrado nos combustíveis não mudou, e sim o valor de referência, aquele sobre o qual é calculado o ICMS. Se o problema não é o imposto, qual a razão para os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis? Isso já foi debatido por nós várias vezes, mas não custa relembrar. De acordo a Associação de Engenheiros da Petrobras (AEPET) e servidores ligados aos Sindicatos de Petroleiros, o grande vilão de toda essa história é a


REPORTAGEM PRINCIPAL política de preços praticada pela estatal. Chamada de Preço de Paridade de Importação (PPI), essa prática foi adotada no governo Temer, quando o presidente da Petrobras era Pedro Parente. Atualmente, a gestão da Petrobras, com o consentimento do governo federal, dá continuidade à essa política. De acordo com o Prof. Dr. Eduardo Costa Pinto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP), o PPI atrela o preço dos combustíveis e demais derivados de petróleo comercializados no Brasil ao mercado internacional. Em entrevista concedida ao jornal Chico da Boleia em 2018, no contexto da greve dos caminhoneiros, o economista já alertava para os problemas dessa política. “O cálculo do preço dos combustíveis com essa política segue duas variáveis: a primeira são as mudanças dos preços internacionais desses derivados, como os praticados nos Estados Unidos e na Europa. Se o preço sobe lá fora, automaticamente sobe o preço aqui. A segunda variável é a taxa de câmbio. Se a taxa de câmbio varia, o preço desses derivados também vai variar”, explicou Eduardo. A adoção do PPI revela-se uma contradição visto que, de acordo com a AEPET, essa política em geral é praticada por países não produtores de petróleo. No caso do Brasil, o PPI fere a soberania nacional e os interesses da população brasileira ao privilegiar o mercado internacional e os ganhos de acionistas. Outro problema é a privatização da estatal. Em curso desde 2016, quando Michel Temer sancionou uma lei que retirou da Petrobras a exclusividade de ser a operadora única dos blocos de exploração do petróleo da camada pré-sal, a política de privatização da empresa tem gerado impactos enormes na economia brasileira. O Observatório Social da Petrobrás (OSP), uma iniciativa de frentes sindicais, criou, no ano passado, o “Privatômetro”. Um raio-x que acompanha as privatizações da estatal e divulga os leilões e vendas de ativos da Petrobras. Atualmente, o site do Observatório está fora do ar por decisão judicial depois de uma ação movida pela Petrobras. Os coordenadores do OSP acusam a diretoria da estatal de tentar censurar a iniciativa.

No entanto, através das redes sociais, é possível acompanhar os estudos e o monitoramento dos preços e das privatizações em curso. O Privatômetro revela que, entre janeiro de 2015 e outubro de 2021, a venda de ativos da Petrobrás já somava cerca de R$ 239,9 bilhões. Estima-se que a maior parte das vendas à iniciativa privada, 56,7% do total, tenha sido realizada pelo governo Jair Bolsonaro, com a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Dentre as principais vendas no período, estão a TAG (Transportadora Associada de Gás), a rede de gasodutos do Norte e Nordeste por R$ 41 bilhões, em 2019, a NTS (Nova Transportadora do Sudeste), controladora de gasodutos na região Sudeste, por R$ 21 bilhões, também em 2019, e a BR, distribuidora de combustíveis, por R$ 12 bilhões, em 2021. Em 2020, foi registrado o maior número de vendas, com a estatal se desfazendo de 23 bens e participações acionárias que somaram R$ 52,8 bilhões. Além disso, no ano passado, a Petrobrás também privatizou sua primeira refinaria, a Rlam (Refinaria Landulpho Alves), na Bahia, por um valor de R$ 10 bilhões. Os impactos da privatização são vários. O primeiro deles é o social e se reflete no desemprego e na precarização da mão de obra utilizada nas operações. De acordo com o jornal El País, a privatização da estatal na Bacia de Campos já causou, entre 2014 e 2021, a perda de mais de 26 mil empregos (informações do OSP). Além disso, a privatização não é garantia de preços mais competitivos, conforme insistem os liberais. Pelo contrário, o que se comprova é que a privatização desenfreada da Petrobras nos últimos anos causou o expressivo aumento nos preços dos derivados de petróleo e do gás de cozinha. Em recente editorial, a AEPET revela que a privatização na BR distribuidora é mais um fator de desintegração da capacidade da estatal. Além disso, o desmonte do principal sistema de distribuição dessa produção pode causar um aumento ainda mais drástico no preço dos combustíveis. “A BR Distribuidora, integrada à Petrobrás, era a garantia para o abastecimento de combustíveis aos menores preços possíveis e com menor volatilidade em todos os rincões Brasil”, explica o edito-

A VOZ DO SETOR DE TRANSPORTES

rial. A BR Distribuidora tinha, na época da sua privatização, uma rede de 7.703 postos de gasolina, 95 unidades operacionais, e estava presente em 99 aeroportos. Todos estes ativos e sua eficiência logística proporcionavam, segundo a AEPET, o menor custo operacional entre todas as distribuidoras nacionais. Assim, a transferência dessas operações para a iniciativa privada não garante uma isonomia de preços, visto que o que se prioriza é a obtenção de lucros. Num futuro, mesmo que o preço dos combustíveis caia, as distribuidoras podem se apropriar dessa diferença, aumentando seus ganhos. No fim das contas, o consumidor continua pagando um preço exorbitante pelos combustíveis. As sucessivas altas no preço dos combustíveis têm impactado drasticamente o setor do transporte rodoviário de cargas. Em boletim técnico divulgado após o primeiro aumento dos combustíveis neste ano e assinado por Raquel Serini, economista do IPTC (Instituto Paulista do Transporte de Cargas), o SETCESP calculou uma elevação média de 22,33% dos custos do transporte de cargas lotação. Dessa média, o maior impacto (32% de elevação nos custos) é nas operações em longas distâncias, ou seja, as que percorrem 800km. O estudo também calculou elevação nos custos para operações do tipo lotação em distâncias de 400km, o que soma cerca de 19,5%. Já para operações cuja rota seja de 600km, o impacto é de cerca de 24%. Nas operações de carga fracionada o impacto médio é de 11,48%. Esse impacto é sentido principalmente pelo elo mais fraco de toda essa cadeia, os caminhoneiros autônomos. Isso porque a tabela de frete, apesar de atualizada recentemente, não segue critérios específicos para o setor. Vale relembrar que, para o cálculo do frete mínimo, utiliza-se a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu freneticamente com a inflação nos últimos meses. Além disso, a lei determina que a tabela do frete deve ser atualizada semestralmente até os dias 20 de janeiro e 20 de julho de cada ano, ou sempre que houver oscilação superior a 10% no preço do óleo diesel. Além do IPCA e do diesel, o cálculo considera o preço dos pneus, do salário

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dos motoristas e do valor para aquisição do veículo. Estes parâmetros representam cerca de 80% no custo do transporte. No entanto, mesmo com a revisão da tabela em fins de janeiro desse ano, nada impede que novos reajustes (que não necessariamente atinjam 10%) aconteçam nos próximos seis meses. Além disso, outros fatores como serviços de manutenção e peças veiculares são parte integrante da rotina de caminhoneiros autônomos. Com a alta generalizada dos preços, esses serviços e produtos se tornaram mais caros, impactando profundamente a renda desses trabalhadores. Outro problema é a aplicação da tabela de fretes. Sabe-se que muitos agenciadores de cargas e empresas que contratam mão de obra terceirizada não aplicam corretamente os valores da tabela. Isso precariza a atividade dos autônomos, que ficam reféns de uma situação de descaso com seu trabalho e falta de fiscalização das leis que podem garantir o mínimo de dignidade laboral. Por fim, a inflação tem se mostrado um grande problema para os caminhoneiros. De acordo com o IBGE, a inflação, medida através IPCA, fechou o ano de 2021 acumulando um aumento de 10,06%. Essa é a maior taxa acumulada no ano desde 2015. Tais dados revelam a falta de planejamento estratégico e de uma política econômica eficaz do governo federal, visto que a inflação oficial ultrapassou (e muito) a meta de 3,75% definida pelo Conselho Monetário Nacional para o ano passado. O IBGE ainda destacou que o resultado dessa inflação foi influenciado, principalmente, pelas operações em transportes, que variaram em mais de 21%. Isso se deu justamente em função dos aumentos sucessivos nos preços dos combustíveis que pressionam os valores de frete e encarecem os gastos na distribuição. Tudo isso traz como consequência a perda de receita, o endividamento e um poder de compra rebaixado dos trabalhadores, especialmente dos autônomos. Com as oscilações nos preços de combustíveis e a inflação em alta, é impossível fazer um planejamento dos custos de transporte, o que afeta diretamente o orçamento não só da categoria, mas também de suas famílias. É preciso compromisso dos governantes para mudar essa realidade, do contrário, os autônomos continuarão à deriva.


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ONDE ESTÁ O CHICO DA BOLEIA

A VOZ DO SETOR DE TRANSPORTES

IRMÃOS DAVOLI COMEMORA 75 ANOS EM NOITE DE FESTA Empresa, que acumula prêmios pelo bom atendimento, celebrou marco histórico e bons resultados. TEXTO: Letícia Knibel Redação Chico da Boleia | FOTO: Reprodução

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s dias 25 de novembro e 02 de dezembro foram as datas escolhidas pela Irmãos Davoli, empresa do setor de vendas de veículos, para celebrar momentos emblemáticos para a empresa e seus colaboradores. Localizada em Mogi Mirim, interior de São Paulo, a Irmãos Davoli proporcionou uma grande festa com a participação do board da fábrica, clientes e amigos para registrar também uma nova fase em sua gestão. No entanto, antes de falar do futuro, é preciso falar do passado da empresa e do longo caminho percorrido até os dias de hoje. Afinal de contas, foi preciso muito trabalho até que a Concessionária Irmãos Davoli se tornasse uma das mais prestigiadas do país.

lado do irmão, Antônio. Naqueles tempos, eles conseguiram uma parceria com a Texaco do Brasil e expandiram suas atividades. Em seguida, firmaram uma parceria com a TKV Automóveis e, logo depois, conseguiram a representação dos caminhões DeSoto. Atualmente, a Irmãos Davoli é uma das concessionaria mais antigas e premiadas da Mercedes-Benz. A empresa acumula prêmios e certificações em áreas como qualidade no atendimento, atendimento e serviços de pós venda. A Irmãos Davoli destaca-se no cenário nacional por outros motivos. Infelizmente, no Brasil, a maioria das empresas fundadas não completam ao menos dois anos de existência, fechando as portas antes mesmo de conseguirem algum resultado positivo.

As celebrações marcaram os 75 anos de criação da Irmãos Davoli, além dos 26 anos de gestão da segunda geração da empresa, capitaneada por João Davoli, e de mais de 3 décadas da filial instalada na cidade de Porto Ferreira (SP).

A Davoli, por sua vez, completa 75 anos de atuação no mercado, gerando empregos, conquistando clientes e movimentando a economia. É fundamental celebrar esse momento, valorizá-lo e prestigiar todos os envolvidos.

A festa comemorou o início da atuação da terceira geração, representada por Pedro Davoli Neto, que chega à empresa pensando em novos negócios e clientos. Não menos importante, as celebrações ainda marcaram os 100 anos de um dos fundadores da empresa, Pedro Davoli.

São muitas décadas de história em um país marcado por diferentes planos econômicos, golpe militar, crises econômicas, políticas e sociais, e, mais recente, uma crise sanitária. E foi neste mar revolto que a Irmãos Davoli tornou-se referência e uma concessionária de sucesso.

Empresário visionário, Pedro iniciou suas atividades na década de 1940, ao

A empresa tem 63 anos junto a Mercedes-Benz do Brasil e, desde que foi criada

a certificação Star Class – lista de quesitos onde classifica-se as concessionárias em bronze, prata e ouro – a Irmãos Davoli conquistou 15 vezes o mais alto grau de certificação. Além disso, obteve o Prêmio de Excelência Técnica Nacional por meio do colaborador Carlos Renato Ferreira, em 2010, e mais duas premiações internacionais conquistadas em 2013 e 2019 pelo colaborador Fernando Henrique da Cruz, também conhecido como Bob. Vale ressaltar que Fernando é prata da casa, pois começou sua vida profissional como aprendiz na empresa. Parte do quadro de colaboradores vem do Programa Jovem Aprendiz e cria raízes dentro da empresa. Pedro Davoli sempre prezou pela formação da equipe. Até hoje, com 100 anos de idade, faz questão de mostrar como sua dedicação e experiência fizeram o negócio prosperar.

Destaque em projetos sociais Além de ser referência no setor por sua dedicação aos clientes, a Irmãos Davoli também atua constantemente em projeto sociais. Seja para conscientizar seus colaboradores sobre determinados assuntos ligados à área de saúde, ou para angariar fundos para ajudar uma criança a ter acesso a um tratamento médico, o grupo abraça causas solidárias em prol da comunidade. Em 2021, a Davoli realizou diversas ações sociais ressaltando ainda mais o trabalho que vem exercendo junto a seu público. A principal, chamada de “Tampingos Davoli”, visava a coleta de tampas

plásticas de embalagens de diferentes produtos, encaminhando-as para reciclagem e visando a conscientização ambiental. O dinheiro obtido com a venda do material foi revertida para entidades ou ações sociais, visando a melhoria no atendimento (alimentar e médico) de crianças e idosos. Além disso, a empresa foi parceira da Rede Solidária Chico da Boleia, ajudando na distribuição de kits de higiene e na conscientização dos caminhoneiros e caminhoneiras na prevenção e combate ao coronavírus.

Atendimento ao cliente é prioridade Durante o período mais restritivo da pandemia, a Irmãos Davoli não deixou de atender seus clientes. Pensando no bem-estar e segurança, a empresa criou o projeto “Sem Parar Peças na Pandemia”, cujo objetivo era disponibilizar vários itens com facilidade, por meio de seu catálogo online. A ferramenta de auxílio à equipe do concessionário foi oferecida aos clientes pelo site da própria empresa. Inicialmente, foram listados os 200 itens mais vendidos por este catálogo virtual, com identificação das peças por códigos, fotos e aplicações. A ideia era facilitar o acesso aos produtos e agilizar o procedimento de compras. Todo o sistema foi estruturado como loja virtual. Assim, as peças apresentavam um link direto para o atendimento por WhatsApp, linkando o cliente diretamente ao consultor de vendas.


ONDE ESTÁ O CHICO DA BOLEIA

A VOZ DO SETOR DE TRANSPORTES

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EM VISITA À FÁBRICA DA DAF, CHICO DA BOLEIA ACOMPANHA O LANÇAMENTO DO NOVO DAF CF Semipesado possui Motor PACCAR GR-7, de 6,7 litros, e a cabine mais confortável da categoria. TEXTO: Redação Chico da Boleia | FOTO: Chico da Boleia

E

m um evento preparado especialmente para jornalistas do setor do transporte, a DAF Caminhões Brasil lançou o Novo DAF CF. Com motor PACCAR GR-7, de 6,7 litros, o semipesado está disponível nas versões 6x2 (com Peso Bruto Total, PBT, de 23 toneladas) e 8x2 (com PBT de 29 toneladas). Produzido na fábrica de Ponta Grossa, no Paraná, o caminhão chega às concessionárias a partir deste mês de fevereiro. O modelo também possui a cabine mais confortável da categoria e alia espaço, robustez e economia. O caminhão é comercializado com três opções de cabine: Day, Sleeper e Space (a mais espaçosa da categoria). A cabine Day é uma novidade na linha DAF e exclusiva para a configuração 6x2. É uma sugestão para uso diurno, com 1,60m de altura interna, e não dispõe de leito. A cabine Sleeper possui a mesma altura, e vem com cama em ambas as versões. Já a cabine Space, a maior da categoria, tem 2,23m de altura e 2,10m de comprimento e possui leito beliche (opcional) com escada para acessar a cama superior. As cabines que possuem leito dispõem de colchões de alta qualidade, para um descanso adequado do motorista. Desenvolvido especialmente para atender ao setor de distribuição, o modelo

oferece ainda desempenho e baixo consumo de combustível. A aposta da DAF é que o veículo atinja o público-alvo formado por profissionais autônomos e pequenos produtores. Em matéria de motor, o novo modelo também apresenta seus diferenciais. O PACCAR GR-7, desenvolvido especialmente para este modelo, possui 6,7 litros, com seis cilindros, e está disponível em duas versões: com 280cv de potência e 950Nm de torque, e 300cv e torque de 1.100Nm. O propulsor é equipado com sistema de injeção Common Rail, que contribui para um consumo mais eficiente de combustível, redução de ruídos e menor emissão de gases poluentes. O modelo utiliza, ainda, o sistema de freio motor do tipo Borboleta, com 224cv de potência. O Novo CF conta também com a opção de transmissão automatizada ZF AS-Tronic, de 12 velocidades, desenhada para trabalhar em baixas rotações e capaz de oferecer relações mais longas. Com isso, é possível atingir maior conforto ao dirigir, padronização da condução, redução do tempo de manutenção e aumento da segurança.

Chico da Boleia testa o Novo DAF CF O jornalista Chico da Boleia foi um dos convidados para o evento que apresentou

o novo caminhão DAF CF e pode testar com as próprias mãos (e com os pés no acelerador) a potência do motor Paccar. “Todos sabem que eu sou um pouco avantajado, não é mesmo?”, brincou o jornalista, “mas nada disso é um problema se o caminhão é o DAF CF. De fato, a cabine é muito espaçosa, confortável e o caminhão tem ótima dirigibilidade”. Chico da Boleia pode conversar com outros colegas de profissão e com representantes da montadora no Brasil. Para Luis Gambim, Diretor Comercial da DAF Caminhões, o ano de 2022 vem carregado de expectativas. De acordo com o Diretor, o lançamento do DAF CF marca um ano de retomada, com a esperança de que a montadora supere suas marcas. Entre as ações colocadas em prática para cumprir esses objetivos estão os investimentos em modernização e automação da linha de produção, visando o conceito da indústria 4.0. Os investimentos buscam aumentar a produção em 2022 para atender à crescente demanda dos consumidores. A empresa também quer ampliar, ainda mais, o foco em segurança e qualidade dos produtos, disponibilizando mais recursos para a área de engenharia e testes de caminhões. O presidente da DAF Caminhões Brasil, Lance Walters, acredita que o país representa um mercado potencial muito grande, de evolução continua, mas que demanda estratégias para que a monta-

dora acompanhe suas transformações. Por isso, a DAF tem investido em desenvolvimento de veículos e de pessoal, além da ampliação do seu portfólio. Além disso, a montadora está comprometida com a ampliação das exportações para a América do Sul, iniciadas em dezembro do ano passado com a venda do primeiro caminhão DAF CF Off-Road para o Chile.

Serviços ao cliente DAF Com a expansão e sucesso do número de caminhões DAF circulando pelo país e o aumento da Rede de Concessionárias e lojas TRP, a DAF ampliou sua área de Serviços ao Cliente. Serviços: DAF Multisuporte, DAF Oficina Móvel, DAF Assistance, EcoDrive Training, DAF Agende Fácil.

Sobre a Paccar A PACCAR é líder global em tecnologia, design, produção e atendimento ao cliente para caminhões leves, médios e pesados, de alta qualidade, sob as marcas Kenworth, Peterbilt e DAF. A PACCAR também projeta e produz motores avançados a diesel, fornece serviços financeiros e de tecnologia da informação, e distribui peças para caminhões relacionadas a seus principais negócios. *Com informações da Assessoria de Imprensa da DAF Caminhões Brasil


SAÚDE NO TRECHO

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CAMPANHAS DO MÊS DE FEVEREIRO RESSALTAM A IMPORTÂNCIA DOS CUIDADOS COM A SAÚDE Doenças como Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer integram ações de debate e conscientização à população. TEXTO: Letícia Knibel Redação Chico da Boleia | FOTO: Chico da Boleia

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mês de fevereiro apresenta as campanhas Roxo e Laranja, que têm como objetivo conscientizar e informar sobre doenças como Lúpus, Fibromialgia e, principalmente, Alzheimer. De acordo com a Academia Brasileira de Neurologia (Abneuro), cerca de um milhão de brasileiros sofrem com algum tipo de demência, sendo que a maioria tem Alzheimer. Essa doença, incurável, caracteriza-se pela perda gradual de funções cognitivas, ou seja, memória, orientação, atenção e linguagem, devido a morte de células cerebrais. “Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e a família”, explica a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Esse tipo de demência atinge, majoritariamente, pessoas idosas e, até o momento, cientistas não conseguiram identificar como a doença ocorre. Porém, assim como qualquer outra doença, o Alzheimer também possui alguns fatores de risco. Pesquisas científicas revelam que hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, sedentarismo e obesidade podem favorecer o surgimento desse tipo de demência. Outro fator identificado pelo levantamento é que “aposentados com baixa escolaridade têm mais chances de de-

senvolver Alzheimer do que os que se mantêm economicamente ativos, e os que estudaram mais”, ressalta a Abneuro. Ou seja, hábitos como leitura e a realização de atividades diárias, de rotina, diminuem as chances de desenvolver a doença. Além da perda de memória, o Alzheimer também pode provocar problemas para completar tarefas que antes eram fáceis; dificuldade para a resolução de problemas; mudanças no humor ou personalidade; afastamento de amigos e familiares; problemas de comunicação, tanto escrita como falada; confusão sobre locais, pessoas e eventos; e alterações visuais, como dificuldade para entender imagens. É importante os familiares estarem atentos as alterações acima citadas, pois, como já explicado, quanto antes o diagnóstico for feito, mais fácil para tratar os sintomas e amenizar o rápido avanço da doença. A Alzheimer’s Association destaca que nem toda perda de memória é causada por essa doença. Se você ou alguém que você conhece está apresentando problemas de memória ou outros sintomas de demência, consulte um médico. Algumas causas de sintomas, tais como efeitos colaterais de medicamentos e deficiências de vitaminas, são reversíveis.

Como é feito o diagnóstico? Não existe um exame específico para diagnosticar o mal de Alzheimer, a ava-

liação precisa ser completa, incluindo: • Histórico médico da sua família; • Exame neurológico; • Testes cognitivos para avaliar a memória e o pensamento; • Exame de sangue (para descartar quaisquer outras possíveis causas dos sintomas); • Imagiologia cerebral.

Tratamento Infelizmente, o Alzheimer não tem cura. Entretanto, o paciente, quando diagnosticado com a doença na fase inicial, pode receber um tratamento específico (medicamentos) que ajudará a retardar a evolução do quadro, preservando por mais tempo as funções intelectuais. Por ser uma patologia progressiva, é difícil avaliar os resultados. Por isso, os médicos recomendam que os familiares mantenham “um diário para anotar a evolução dos sintomas. A memória está melhor? Os afazeres diários são cumpridos com mais facilidade? O quadro está estável? O declínio ocorre de forma mais lenta do que antes da medicação? Sem essas anotações fica impossível avaliar a eficácia do tratamento”, destaca o Ministério da Saúde. Ainda de acordo com a pasta, uma vez iniciado, o tratamento precisa ser avaliado pelo médico ao completar um mês, mas deve ser mantido obrigatoriamente por um período mínimo de 3 a 6 meses, para que se possa ter ideia da eficácia. Enquanto a resposta for favorável, o me-

dicamento não deve ser suspenso, sendo fundamental a tomada diária nas doses e observar os intervalos prescritos. A administração irregular compromete o resultado.

Pesquisa e ciência Recentemente, neurocientistas brasileiras, a frente de uma pesquisa internacional, descobriram uma proteína (lamina-B1) no cérebro humano que é reduzida nas células nervosas, conforme envelhecemos. A lamina-B1 tem uma função complexa. Ela ajuda a manter íntegro o núcleo dos astrócitos e essa função é importantíssima porque, com o núcleo deficiente, os astrócitos já não conseguem mais cumprir o seu papel. Tal descoberta é essencial para entender o mecanismo por trás do envelhecimento da célula (dos astrócitos). Com isso, será possível distinguir o que é um sinal normal do envelhecimento, das alterações celulares associadas aos distúrbios cognitivos. A nova pesquisa ainda aponta um novo caminho para combater o envelhecimento irregular das células, interrompendo-o e/ou revertendo a redução dos astrócitos, normalizando a concentração da lamina-B1. *Com informações do Ministério da Saúde, Alzheimer’s Association’, Associação Brasileira de Alzheimer e Academia Brasileira de Neurologia.


SAÚDE NO TRECHO

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VACINAÇÃO, FAKE NEWS E CPI MARCAM MAIS UM ANO DE PANDEMIA NO BRASIL Postura negacionista do Governo Federal e conflito entre poderes tiraram o foco da principal medida sanitária: imunização de toda a população. TEXTO: Letícia Knibel Redação Chico da Boleia | FOTO: Freepik

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ano de 2021 foi marcado pela continuidade da pandemia provocada pelo novo coronavírus. A expectativa de retomada da economia e da redução de casos de contágio e morte deram lugar a meses de insegurança e incerteza para a maioria dos brasileiros. Mesmo com a chegada das vacinas, a população ainda enfrentou as consequências do pior período da história moderna. Até a primeira quinzena de janeiro desse ano, o país contabilizava mais de dois milhões de casos comprovados e 617 mil mortos pelo vírus. Enquanto outros países buscavam soluções práticas para minimizar a propagação da Covid-19 e óbitos, os brasileiros assistiam a brigas políticas e uma enxurrada de fake news. Nos primeiros meses de vacinação, após a autorização do uso emergencial da CoronaVac, destinada aos grupos prioritários, a população precisou enfrentar mais uma variante, a de origem amazonense. As dúvidas a respeito da eficácia do imunizante, bem como as possíveis reações adversas foram intensificadas pelo discurso do presidente Jair Bolsonaro que, desde o início, posicionou-se contra a vacinação. Para solucionar o problema, o governante recomendava o uso do chamado “kit covid”, que consistia em medicamentos sem comprovação científica de combate ao vírus. Inclusive, um dos remédios indicados

pelo presidente, tinha como função eliminar parasitas, o famoso vermífugo. Mesmo com a propaganda contrária do governo, a vacinação foi iniciada e novos imunizantes passaram a ser disponibilizados. Ainda assim, parte da população, a exemplo do presidente Bolsonaro, negava-se a tomar a vacina. Apesar do slogan “#PátriaVacinada, o ritmo lento da imunização e o “afrouxamento” das restrições fez com que o país seguisse batendo recorde de mortos e contágio diariamente. A retomada de eventos, do funcionamento do comércio e o próprio relaxamento da população trouxe preocupação para as pastas ligadas a saúde. Somado a crise no setor, o brasileiro ainda precisou enfrentar uma recessão. Desemprego, baixa geração de renda, os altos custos de moradia e alimentação colocaram milhões de brasileiros de volta ao mapa da pobreza. Dados da Fundação Getúlio Vargas revelam que, atualmente, 28 milhões de pessoas no país vivem abaixo da linha da pobreza, ou seja, são indivíduos que vivem com menos de R$ 140 por mês. O quadro foi agravado pelas constantes altas nos preços dos combustíveis, o que provocou alta no valor dos produtos no mercado, aumentando a inflação e reduzindo o poder de compra do brasileiro. Notícias de famílias coletando restos de lixo para se alimentar tornaram-se corriqueiras nos veículos de comunicação.

Outra consequência da pandemia – e da apatia do governo – é o alto índice de brasileiros desempregados. De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no país é de 14,7%, colocando o Brasil em quarto lugar no ranking de desemprego no mundo. Mesmo com o benefício oferecido pelo governo federal, o valor proposto não foi o suficiente para manter aqueles que necessitam viver com o mínimo de dignidade. Com o aumento da população vacinada, porém, a economia começou a apresentar os primeiros sinais de recuperação, deixando empresários e trabalhadores otimistas com o cenário, estimulando ainda mais a imunização para a retomada total das atividades. A notícia do surgimento de uma nova variante, a Ômicron, oriunda da África do Sul, desestabilizou o mercado mundial e trouxe novamente a expectativa de mais lockdows e restrições. Até o fechamento desta edição, foi registrada a primeira morte pelo vírus da variante, no Reino Unido. Já no Brasil, 74 casos foram conbilizados, quase 120 seguem em investigação. A medida que a nova variante se propaga, pesquisadores buscam meios para contê-la evitando assim uma nova onda da pandemia, prevenindo contágios e mortes.

CPI da Covid-19 Não bastasse a gravidade da situação,

em abril de 2021, o Senado instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, cujo objetivo era apurar possíveis ações e omissões do governo federal, como o desvio de verbas federais cujo o destino eram os estados, para o enfrentamento da pandemia. Durante meses, os integrantes da Comissão ouviram especialistas, ministros, deputados federais, médicos, empresários e outras figuras que tinham ligação com as denúncias e irregularidades referentes as iniciativas de combate, e prevenção ao novo coronavírus. Muitas polêmicas envolveram as oitivas e, a cada sessão, a situação ficava mais grave. Após seis meses de trabalho e apuração, a Comissão finalizou o inquérito da CPI, posteriormente aprovado pelos Senadores. Além do presidente Jair Bolsonaro, outras 77 pessoas foram indiciadas por crimes previstos no Código Penal. Somente Bolsonaro foi indiciado no relatório pelos seguintes delitos: Crime de epidemia com resultado de morte (até 30 anos de prisão); infração de medidas sanitárias preventivas (até 1 ano de prisão); charlatanismo (até 1 ano de prisão); incitação ao crime (até 6 meses de prisão); falsificação de documento (até 5 anos de prisão); emprego irregular de verba pública (até 3 meses de prisão); prevaricação (até 1 ano de prisão) e crimes contra a humanidade (até 40 anos de prisão).


OFICINA DO CHICO

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A VOZ DO SETOR DE TRANSPORTES

CUIDADO COM OS PNEUS GARANTE SEGURANÇA E IMPEDE MULTAS Manutenção preventiva pode evitar acidentes e também gastos indesejados com o veículo. TEXTO: Dunlop - LVBA Comunicação | FOTO: Divulgação Dunlop

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s contas de janeiro já são tradição, assim como os festejos que encerraram o ano anterior. Impostos como IPTU e IPVA, material escolar e outros gastos já fazem parte da planilha de muitas pessoas. Mas, o cuidado com o carro pode evitar alguns custos extras neste início de ano. Em época do preço do combustível em alta, cuidar da manutenção do veículo ajuda a evitar multa por conduzir o veículo em mau estado de conservação, que é considerada grave. Segundo o Código Nacional de Trânsito, circular com os pneus carecas pode acarretar multa no valor de R$ 195,23, a perda de cinco pontos na carteira de motorista e acarretar a retenção do veículo no local da fiscalização até que o pneu seja trocado. Como na hora de pagar o IPVA é preciso estar com as multas em dia, manter o carro em situação regular é um fator decisivo para não comprometer o orçamento no final do mês. Além disso, vale relembrar que pneus são itens de segurança do carro e possuem responsabilidade sobre o desempenho do veículo. É altamente recomendada a inspeção cuidadosa dos pneus com frequência, identificando rapidamente a situação de desgaste – os famosos pneus carecas – e a substituição por um novo. Com isso,

garante-se um rodar seguro, confortável e econômico. “Pneus carecas são aqueles que perderam os sulcos circunferenciais e radiais, o “desenho” da banda de rodagem. O pneu careca não funciona como deveria na chuva, pois a água é drenada pelos sulcos. O carro passa a navegar sobre um colchão de água, principalmente em alta velocidade, a chamada aquaplanagem. Nesta situação, o condutor perde o controle da direção e a frenagem também é prejudicada, expondo-se a incidentes,” afirma Hugo Terazaki, gerente de engenharia pós-vendas da Sumitomo Rubber do Brasil. Item essencial para a segurança dos veículos, os pneus possuem o TWI (Tread Wear Indicator), indicador de desgaste da banda de rodagem. Todo motorista deve ficar atento, pois quando o pneu chega nele, é hora de realizar a troca, evitando maiores problemas. De acordo com a lei, o máximo que um pneu pode ter antes de ser considerado careca é chegar ao limite de 1,6 milímetros de profundidade na banda de rodagem. Por este motivo, os fabricantes deixam este indicador em destaque nos pneus. “Fica proibida a circulação de veículo automotor equipado com pneu cujo desgaste da banda de rodagem tenha atingido os indicadores ou cuja profundidade remanescente da banda de rodagem seja inferior a 1,6 mm”. (artigo 4 – resolução

558).

quia e Europa.

“Neste período de início de ano é muito comum as pessoas se preocuparem com os gastos já tradicionais como IPTU, IPVA, material escolar, dentre outras despesas. Por isso, recomendamos que o veículo esteja sempre em boas condições de uso, tanto pela segurança que é de extrema importância, quanto para evitar multas como a de má conservação do veículo”, explica Rodrigo Alonso, diretor de vendas e marketing da Sumitomo Rubber do Brasil.

A fábrica da Dunlop no Brasil, que também produz os pneus Falken e Sumitomo, é a mais moderna unidade fabril de pneus do País, sendo a única a produzir os pneus com a tecnologia TAIYO (Sun) System, Sistema de Fabricação de Pneus Sem Emendas nas partes de borracha, garantindo maior precisão e segurança.

Por fim, com atitudes simples, como checar a pressão dos pneus toda vez que abastecer o carro, por exemplo, é possível ter mais tranquilidade, conforto e segurança, além de rodar mais quilômetros com a mesma quantidade de combustível. A Dunlop reforça que a correta checagem dos pneus diminui os custos de manutenção do veículo e aumenta a vida útil dos pneus, das rodas e do conjunto de suspensão.

Sobre a Dunlop A Dunlop, que é uma marca do grupo Sumitomo Rubber Industries e atualmente está entre os cinco maiores fabricantes de pneus do mundo, de acordo com o ranking “Leading tyre manufacturers” de 2020, tem sede mundial no Japão, onde possui um moderno centro de P&D e três campos de prova. Os pneus Dunlop são produzidos em doze fábricas e estão presentes em mais de 100 países, incluindo Estados Unidos, Japão, Indonésia, Tailândia, China, Tur-

Localizada em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba, recebeu mais de R$ 1,6 bilhão em investimentos desde sua inauguração em outubro de 2013 e suas expansões, anunciando novos investimentos na ordem de R$ 1 bilhão em 2021. A empresa comercializa pneumáticos para veículos de passeio, vans, SUVs e caminhões. Visite e acompanhe nas redes sociais: Dunlop Brasil: www.dunloppneus.com.br, facebook.com/dunlopbrasil, instagram.com/dunloppneusbrasil/ Falken Brasil: www.falkenpneus.com/, instagram.com/falkenbrasil/ Informações à imprensa LVBA Comunicação


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