68ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

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Ano 06 - Edição 68 - Agosto de 2017

Conheça o aplicativo "Mercedeiros de verdade" da mercedes-benz Motoristas que baixarem o aplicativo poderão concorrer a diversos prêmios, como os caminhões Actros e Accelo e dois Vito. Pág. 04 28ª Feira do Caminhoneiro Posto Sakamoto Com área de exposição e pista de testdrive, trata-se de um programa para os caminhoneiros de todo o País que já consolidaram o evento como tradicional no calendário. Pág. 10 ANTT muda o cronograma para instalação de tag eletrônica em caminhões para 2018 A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) alterou o cronograma de instalação dos dispositivos de identificação eletrônica. Pág. 15


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EDITORIAL outros que comentam que isso ocorre em função de no referido mês existir uma grande incidência de cadelas no cio fazendo que os machos briguem e acabem transmitindo a raiva pela saliva. Enfim, porque eu estou falando disso? Simples! Lendo as notícias da grande imprensa e vendo os acontecimentos, parece que realmente no mês de agosto alguns setores piraram de vês.

Mais um agosto e mais um mês de “Cachorro Louco”

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ompanheiros e companheiras do trecho, em agosto de 2015 já tratei do assunto neste espaço, mas volto a escrever novamente e os amigos vão entender! Os (as) companheiros (as) que tem um pouco mais de 50 anos e cresceram no interior do Estado lembram desta história do “cachorro louco” no mês de agosto. E a bem da verdade, fui pesquisar o porquê do referido mês ter esta fama ruim. O fato é que eu não achei nenhuma literatura convincente a respeito. Existe quem diga que tem a ver com a 2ª Guerra Mundial e as bombas de Hiroshima e Nagasaki. E há

A briga da classe política continua intensa e parece briga de foice no escuro. Isso acontecia em 2016 e continua acontecendo, sem contar a briga ou melhor, a guerra declarada entre Ministério Público e Ministros do Superior Tribunal Federal. O presidente dos Estados Unidos da América, continua fora de si e está em guerra permanente com a Coreia do Norte, que tem outro maluco no comando, o Senhor Kim Jong. Diríamos que só por estes dois personagens o titulo já estaria devidamente explicado. No nosso setor, a história passa pela discussão do Marco Regulatório do Transporte, que significa pegar toda legislação sobre transporte colocar em um lugar só. Só que a primeira pergunta que vem - e ela é bem simples - é sobre a realização de FISCALIZAÇÃO. Se hoje não se fiscaliza prati-

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CHICO DA BOLEIA camente nada, por que criar mais regras se já sabemos de antemão que não vai haver fiscalização? Já falamos e voltamos a repetir: passou da hora da economia descolar da política. No nosso setor de Transportes de Cargas a percepção é a mesma, está na hora de virar o jogo, sair da crise, seguir em frente. Basta uma análise simplista para ver que o problema pelo qual o Brasil passa é mais político do que econômico. Existem problemas pontuais que podem e vão ser superados.

EXPEDIENTE TIRAGEM: 50.000 exemplares Nacional DIRETORA-PRESIDENTE: Wanda Jacheta DIRETOR-GERAL | EDITOR: Chico da Boleia chicodaboleia@chicodaboleia.com.br COORDENAÇÃO Larissa J. Riberti imprensa@chicodaboleia.com.br

No mais, convido a todos a visitarem nosso site www.chicodaboleia.com.br e nos acompanharem nas redes sociais Facebook, Twitter e Instagram.

DIAGRAMAÇÃO | FOTÓGRAFA: Pamela Souza marketing@chicodaboleia.com.br

Até a próxima edição! Chico da Boleia Sempre com orgulho de ser caminhoneiro

FOTÓGRAFOS: Matheus A. Moraes Murilo de Abreu PUBLICIDADE: marketing@chicodaboleia.com.br

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PAPO DE BOLEIA

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CHICO DA BOLEIA de carga. Para falar sobre o assunto, foram convidados representantes do Governo, que estão trabalhando para buscar soluções para esse problema.

Empresários e líderes do TRC debatem assuntos de interesse do setor na Intersindical

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Fonte: NTC & Logística | Foto: Chico da Boleia

mpresários e líderes sindicais do Transporte Rodoviários de Cargas reuniram-se no Rio de Janeiro para mais uma edição da Intersindical. O evento, realizado pela NTC&Logística, em parceria com a FETRANSCARGA e o SINDICARGA, abordou temas de grande importância para o setor.

cer o dobro. 35% de carga tributária é a regra mundial e a nossa proposta é reduzir em 20%”, garantiu o deputado. Hauly apresentou as propostas para um sistema tributário que faça o Brasil crescer de 5 a 7% ao ano e descentralizar a renda.

A programação do dia 4/08 teve início com uma palestra do juiz federal do trabalho, Marlos Melek, que falou sobre a Reforma Trabalhista e a MP que será editada pelo Governo Federal em algumas semanas, para aperfeiçoar alguns pontos, como manter a liberdade de escolha do trabalhador em ser TAC ou pela CLT, imposto sindical, limitação de prêmios e bônus e ressarcimento ilimitado de viagens. “Estamos buscando segurança jurídica para quem emprega e liberdade de escolha para quem trabalha”, afirmou Melek. Ao final de sua explanação, o juiz foi homenageado e recebeu o troféu Destaque NTC.

O evento teve continuidade com a análise do Relatório Preliminar do Substitutivo do Marco Regulatório do TRC – PL 4.860/2016 pelo Dr. Marcos Aurélio Ribeiro, diretor jurídico da NTC&Logística. Ele fez comentários às propostas apresentadas ao PL 4.860/2016, que de forma geral, propõe alteração nas Leis 11.442/07, 13.103/2015, nas questões securitárias, fazendárias e Código Penal, no que se refere ao agravamento dos receptadores de cargas.

Em seguida, foi a vez de Daniel Carvalho – Coordenador Nacional dos Projetos CT-e/MDF-e, tomar a palavra. Ele falou sobre a 3ª geração dos documentos eletrônicos, cuja ideia é minimizar os impactos na operação logística. Para apresentar o cronograma de tagueamento dos veículos automotores, subiu ao palco Thiago Quirino de Aragão, Superintendente de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas – SUROC/ANTT. “A ANTT não vai regular o preço do TAG. A negociação será feira diretamente com as fornecedoras”, disse ele. O Deputado Federal/PR, Luiz Carlos Hauly, foi indicado para ser relator da Reforma Tributária e compareceu ao evento para explicar sobre a proposta. “A ideia principal da reforma é fazer o Brasil cres-

MARCO REGULATÓRIO DO TRC

As entidades presentes tiveram a oportunidade de opinar e sugerir melhorias ao texto. Ao final, deliberou-se em enviar um ofício ao presidente da Comissão Especial (PL 4.860/2016), Deputado Toninho Wandscheer (PROS/PR), solicitando um prazo maior, bem como a realização de Audiências Públicas nas sedes das Federações, para que o Substitutivo do referido projeto de Lei possa ser melhor analisado junto às suas Bases, para em seguida ser encaminhado um posicionamento do setor. Segundo o presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes, esse pedido se justifica pela complexidade do tema e o impacto que terá diretamente nas empresas de transporte rodoviário de cargas do Brasil. ROUBO DE CARGAS A última parte da Intersindical foi toda dedicada ao tema que aflige o TRC, principalmente do Rio de Janeiro que é o roubo

O primeiro a falar foi o Coordenadoria Geral de Inteligência da SENASP/MJSP, Hélio Jorge Oliveira Paixão, que trouxe o cenário nacional do roubo de cargas. Em sua apresentação, Paixão apontou o Sudeste como a região que concentra quase 90% dos casos desse tipo de crime e comentou sobre os desafios da sua área. “Posso resumir os desafios em quatro verbos: conhecer, assessorar, integrar e coordenar”, explicou. Em seguida, foi a vez do Inspetor José Roberto Gonçalves de Lima Neto, Superintendente da 5ª SRPRF/RJ, falar sobre as ações da Polícia Rodoviária Federal no Combate ao Roubo de Cargas no Rio de Janeiro. Ele aproveitou seu tempo para mostrar os indicadores do Rota Segura (RJ). “Nossas maiores dificuldades são: acesso aos dados, manutenção de efetivo e os custos das ferramentas operacionais”. E expos suas sugestões para a melhoria do trabalho, dentre elas o aumento do efetivo no Rio de Janeiro, planejamento de ações dedicadas ao enfrentamento do Roubo de Cargas, capacitação do efetivo, entre outras. Representando o Secretário de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro, este-

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ve presente o Cel. George Freitas, Superintendente de Gestão Integrada da SESEG, que falou sobre a Segurança Pública no Rio de Janeiro e as ações de repressão ao Roubo de Cargas e apresentou informações sobre o Plano Integrado de Combate a essa modalidade de crime. O deputado Hugo Leal também participou do evento e deixou sua mensagem aos empresários do TRC. “Eu vim aqui não para lamentar, mas para buscar e mostrar soluções”, afirmou Leal. O deputado lembrou da criação do Comitê Gestor de Combate ao Roubo de Cargas e disse ser importante sua implementação efetiva. “Nesse momento difícil temos que ser empreendedores e criativos. É um momento de crise, mas também de oportunidades”, finalizou. No encerramento do evento, o presidente do SETCERN, Sebastião Segundo Dantas, convidou a todos para o próximo CONET&Intersindical, que acontecerá em Natal, em fevereiro de 2018. José Hélio finalizou os debates com uma mensagem de otimismo. “Agradeço a todos os líderes sindicais e empresários que vieram prestigiar o evento e trouxeram sua contribuição para a melhoria do TRC. Espero encontrar todos vocês no ano que vem, em Natal”, concluiu.


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conheça o aplicativo mercedeiros de verdade da mercedes-benz Motoristas que baixarem o aplicativo poderão concorrer a diversos prêmios, como os caminhões Actros e Accelo e dois Vito

TEXTO: Mercedes-Benz | Foto: Divulgação

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Mercedes-Benz está cada vez mais conectada com os profissionais do volante. A marca lança, hoje, o aplicativo “Mercedeiros de Verdade”, novo canal interativo com os motoristas de caminhões, ônibus e veículos comerciais leves (Sprinter e Vito). “Os motoristas têm uma importância cada vez maior para nossa marca”, diz Silvio Renan, diretor de Peças e Serviços ao Cliente da Mercedes-Benz do Brasil. “Por isso, estamos trabalhando fortemente em iniciativas que nos aproximem cada vez mais desses profissionais. Quanto mais estivermos em contato com eles, ouvindo o que têm a nos dizer, poderemos atender ainda melhor suas necessidades e expectativas”. De acordo com o executivo, os motoristas são peças-chave para que a Mercedes-Benz acompanhe a realidade do transporte de cargas e de passageiros no Brasil. “Com esse aplicativo, queremos valorizar esse papel e estabelecer mais interação com eles, o que nos traz subsídios para a melhoria contínua de nossos produtos e serviços”, ressalta Silvio Renan. “Esse App também reforça o nosso compromisso As estradas falam. A Mercedes-Benz ouve”. Mais interação entre motoristas e a Empresa O aplicativo “Mercedeiros de Verdade” chega ao mercado acompanhado de muitas novidades para os motoristas. Para ter a ferramenta no celular é muito simples. O aplicativo é gratuito e estará disponível nas lojas virtuais da Play Store e Apple Store.

Após baixá-lo, o motorista cria o seu “avatar” (ex. Jão do Mercedão) e já pode começar a interação com a marca Mercedes-Benz. Quanto mais o profissional interagir no aplicativo, mais pontos pode acumular. Numa das funcionalidades, por exemplo, a cada compra de peças (Mercedes-Benz, RENOV e Alliance) e serviços num concessionário Mercedes-Benz, um real equivale a um ponto. A cada 2.000 pontos, o participante aciona uma roleta virtual no aplicativo, podendo já nesse momento ganhar prêmios, como camiseta, boné, caneca, toalha ou cupom de R$ 100,00 de desconto em futura compra no concessionário. Também com essa pontuação, o participante recebe um número, atribuído ao CPF ou CNPJ cadastrado, para participar de sorteios de veículos. Além dos pontos gerados com a compra de peças e serviços, o aplicativo e de dois veículos comerciais também tem outras funcioleves da linha Vito, que senalidades – jogos, conecrão realizados com base tividade e marcação de "Estamostrabalhando fortemente nos números da Lotequilometragem do em iniciativas que nos aproximem cada ria da Caixa Econôveículo, registrada vez mais desses profissionais. Quanto mais mica Federal. estivermosem contato com eles, ouvindo o por meio de GPS -, que têm a nos dizer, poderemos atender ainda que irão acumular melhorsuas necessidades e expectativas." De acordo com ainda mais pontos Silvio Renan, a para o motorista. - Silvio Renan, diretor de Peças e Serviços ao Mercedes-Benz Clienteda Mercedes-Benz do Brasil. é a única Empresa Quanto mais os do setor automotivo profissionais da estraa criar um aplicativo da interagirem, maior a como esse, no estilo gamichance de ganharem prêmios fication, para contato direto com e cupons virtuais para concorrerem motoristas de caminhões, ônibus e comeraos sorteios dos caminhões Accelo e Actros ciais leves (Sprinter e Vito). “Utilizamos,

cada vez mais, as potencialidades das ferramentas virtuais, da conectividade, do uso crescente da comunicação online para ampliar o relacionamento com diversos públicos, principalmente com estes profissionais que têm importância fundamental, de norte a sul do país, para fazer o Brasil funcionar. Com o aplicativo ‘Mercedeiros de Verdade’, expandimos as mídias interativas que já oferecemos aos motoristas, como Facebook, Instagram, Blog do Caminhão, Clube Gigantes Mercedes-Benz, Twitter, canal de vídeos no Youtube e os chats de nossa Central de Relacionamento com o Cliente”.


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CNH vencida há mais de 30 dias não será cancelada

Boato criado no ano passado e ressuscitado ontem diz que Senado aprovou lei para ‘diminuir habilitações irregulares’ e ‘aumentar faturamento do DETRAN’

TEXTO: Senado | Foto: Divulgação

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oltou a circular em redes sociais e no WhatsApp um boato criado em agosto de 2016 e que trata de um tema caro aos brasileiros: a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

rá a valer a partir do dia 25/10/2017, prazo estipulado para que todos os motoristas se regularizem com o órgão. Em caso de não atualização da CNH no prazo de 30 dias úteis, o documento será cancelado, e o motorista terá que cumprir do início com todas as provas, teóricas e práticas e exames médicos e psicológicos.

Segundo a notícia falsa, reencarnada pelo blog Central G20 e replicada em outros sites, o Senado aprovou uma lei que cancela as carteiras de motorista após 30 dias do vencimento delas e faz com que, Faça sua parte. Avise seus padepois desse prazo, seja nerentes e amigos. Quanto ancessário passar por todas tes tomarem as medidas as aulas e todos os testes para a atualização, para voltar a dirigir. A menos dor de cabenova regra, diz o boça irão ter. ato, passaria a valer É importante que os usuários de redes sociais confirmem as a partir do dia 25 de Para começo de informações para evitarem outubro. conversa, o prorepassar notícias falsas. jeto de lei inforO texto, replicado mado pela notícia abaixo, é acompanhafalsa, de número do do tradicional pedido 155/2017, sequer predos inventores de lorotas tende cancelar carteiras online para expandir o alcance de motorista vencidas há delas: “avise seus amigos e parenmais de 30 dias para “diminuir o tes”. número de carteiras de habilitação irregulares” e “aumentar a arrecadação” do DEO Senado Federal aprovou em Agosto um TRAN. projeto de lei n° 155/2017 que cancela automaticamente toda e qualquer CNH com O Projeto de Lei do Senado (PLS) mais de 30 dias de vencimento. 155/2017, de autoria do senador Telmário Mota (PTB-RR), quer alterar a lei nº A lei visa diminuir o número de motoris- 10.048, aprovada em 2000, para dar priotas com carteiras de habilitação irregulares, ridade de atendimento a pessoas com defialém de aumentar a arrecadação de dinhei- ciência “em qualquer serviço prestado por ro por meio do DETRAN. repartições públicas, empresas concessionárias de serviços públicos e instituições De acordo com parlamentares, a lei passa- financeiras”.

A proposta de Mota quer garantir nestes serviços, por exemplo, intérpretes de Libras no auxílio ao atendimento a deficientes auditivos, além de “outros profissionais capacitados”. O PLS 155/2017 tramita na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado e tem como relator o senador Romário (Podemos-RJ). Além de o projeto de lei “informado” no

boato não corresponder ao projeto de lei em curso no Senado, a Casa se posicionou no Twitter para desmentir a notícia falsa, ressaltando que esta não é a primeira vez em que teve que lidar com a lorota sobre o cancelamento das CNHs vencidas


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REPORTAGEM

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á anos nós aqui do Chico da Boleia escrevemos sobre o dia a dia dos caminhoneiros e caminhoneiras pelo país. Ao longo desse tempo, percebemos que a chegada do Dia dos Pais sempre vem acompanhada de muita saudade. Isso porque a profissão de caminhoneiro é uma rotina que implica “sentir falta”. E quando se é pai, além da saudade, o que acompanha o caminhoneiro é também a responsabilidade com a família que ficou em casa.

mente. “Eu casei e minha esposa reclamava muito da distância, eu nunca estava em casa. Daí eu comecei a trabalhar no almoxarifado de uma empresa da cidade”.

O Dia dos Pais é uma data importante para a categoria porque durante muito tempo, a profissão de caminhoneiro foi passada de geração para geração. Não é incomum encontrar os homens comentando no trecho que seus pais eram caminhoneiros. Ou que a profissão foi herdada de outra pessoa da família, como o avô ou o tio.

Antônio e Renato, quando este ainda estava na profissão de caminhoneiro, costumavam fazer algumas viagens juntos. De acordo com o filho, era uma oportunidade para passar mais tempo do lado do pai.

Antônio Carlos Fernandes tem 58 anos e desde muito pequeno vive dentro da boleia de um caminhão. Dono de um Scania e provindo da cidade de Sorocaba, o profissional autônomo comenta que na sua família o que não falta é caminhoneiro. “Meu pai era caminhoneiro, se aposentou tem pouco tempo porque teve um problema de saúde. Se não fosse a gente fazer com que ele fique em casa, provavelmente ele tava na estrada até hoje”, comentou. Fernandes tem três filhos e é casado há mais de 30 anos. Seu filho mais velho, Renato Fernandes, também era caminhoneiro, mas decidiu trocar de profissão recente-

Renato, no entanto, sente falta da vida na estrada. “Não era fácil não. Às vezes eu ficava muito tempo esperando a carga para trazer de volta. Tem muita estrada ruim e muito assalto também. Mas eu sinto falta de pegar o caminhão e sair pela estrada”, comentou.

“Eu cresci vendo meu pai sair para trabalhar sem dia para voltar. Como ele sempre foi autônomo dependia de arrumar a carga de volta. Às vezes eu via minha mãe chorando no quarto, acho que era de saudade ou de medo que ele não voltasse”, contou Renato. Para o jovem, viajar ao lado do pai era uma forma de combater a saudade, que tanto fez parte da vida da família. Para o pai Antônio, que passava os dias na boleia, a vontade de voltar para casa também sempre se fez presente. “As pessoas têm a impressão de que quando você está na estrada ou esperando uma carga para voltar você está aproveitando uma espécie de férias. Não é bem assim! A gente fica agoniado, com vontade de voltar pra casa. Quer ver a família, a turma da

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rua, passar um domingo sossegado com os filhos.”, explicou Odair. Quanto ao Dia dos Pais, perguntamos ao caminhoneiro quantas vezes ele passou a data longe dos filhos. “Nem sei contar”, respondeu ele. Renato, no entanto, disse que a família costuma comemorar as datas importantes como Dia dos Pais, das Mães e aniversários em dias diferentes, quando o pai já voltou pra casa. “Minha mãe sempre teve esse costume. Ela nunca gostou de comemorar nada quando meu pai não estava. Acho que ela pensava que ele ficaria triste se a gente celebrasse alguma coisa sem ele. Então ela mudava as datas, esperava ele chegar para fazer um almoço ou cantar um parabéns. Acho que isso fez a diferença na nossa família, porque a gente sempre foi muito unido”, disse Renato. Ser pai e caminhoneiro é uma combinação difícil porque o tempo pode ser um inimigo. Quando Rafael, o filho caçula de Odair nasceu, o caminhoneiro não estava presente. Demorou mais ou menos um mês para que os dois se conhecessem. “O Rafael nasceu em 95 e eu tava na Bahia. Meu caminhão quebrou e eu não tinha como vir embora. Não era uma época muito fácil, a gente não tinha dinheiro para comprar uma passagem de avião ou de ônibus. E eu também não queria deixar o caminhão lá.”, contou Odair. O caminhoneiro havia feito uma viagem

para Lauro de Freitas e pretendia voltar carregado de fruta até a metade do caminho, e depois encontrar um outro frete. Mas a quebra do caminhão fez com que ele atrasasse os planos e não conseguisse chegar a tempo para ver o filho nascer. “Eu fiquei muito chateado porque a Sônia (esposa) tinha ficado sozinha com mais dois filhos pequenos. Eu fiquei preso lá em Lauro de Freitas umas duas semanas, esperando meu caminhão arrumar. Tive que emprestar dinheiro pra pagar a conta, mas eu queria vir embora o mais rápido possível.”, relembra Antônio. O infortúnio fez com que o caminhoneiro chegasse em casa quase um mês depois do previsto. Mas por sorte, ele conseguiu uma boa carga e conheceu Rafael, levando um presente para o recém-nascido. “Meu pai me deu um caminhão de brinquedo, eu tenho até hoje. Foi meu primeiro brinquedo.”, relembra Rafael. “Na época ele teve um problema lá na Bahia e não conseguiu chegar a tempo de me ver nascer. Mas eu nunca fiquei chateado com isso, acho que deve ter sido pior pra ele”, conta. Apesar dos infortúnios, Antônio não lamenta o tempo que passou longe de casa. Para o caminhoneiro isso faz parte da profissão, por mais difícil que seja. “Faz parte. Quando a gente se torna caminhoneiro já sabe que vai ter que ficar longe de casa, dos filhos”, comentou. Antônio diz que gosta da vida na estrada, mas que os tempos estão muito mudados.


REPORTAGEM A segurança é cada vez menor e para quem está começando o salário não cobre todas as despesas. Para ele, a vida oferecia menos oportunidade antigamente e os jovens não tinham tanta opção de estudar como atualmente. “Quando eu era pequeno acompanhava meu pai e nunca fui pra escola direito. Ia uns dias, depois faltava, por isso para mim ser caminhoneiro foi a melhor opção”, contou Antônio. Para o pai dos três filhos, no entanto, educação é fundamental. Renato, Cristina e Rafael foram matriculados desde muito cedo na escola e o mais novo cursa universidade. À diferença do pai, que fez até a quarta série do Ensino Fundamental, os três filhos concluíram o ensino básico e médio e sempre tiveram muita cobrança da família quando o assunto era escola. “Quando eu tava fora às vezes a Sônia me ligava falando de algum problema dos meninos na escola. Teve uma vez que eu liguei na escola deles porque o Renato tinha matado aula. Eu disse pra secretária que se ele fugisse da aula de novo era pra ela dar um castigo firme nele”, riu Antônio. Renato confirmou a história e disse: “Meu pai ficava muito bravo quando a gente fazia alguma coisa errada na escola. Às vezes ele voltava muito tempo depois do que tinha acontecido mas ele castigava a gente mesmo assim, deixava sem televisão, sem brincar na rua.”. PROFISSÃO Sobre as atuais condições da profissão, Antônio revelou que a infraestrutura de algumas estradas melhorou, mas em compensação os pedágios aumentaram muito. Além disso, ele acha a fiscalização insuficiente. “Se você dirige pelo Sul ou pelo Sudeste as condições são melhores, mas tem lugar que não tem sinalização nenhuma.”, contou. Sobre a Lei do Motorista e a que exige a realização do exame toxicológico no ato da renovação ou mudança de categoria na CNH, Antônio Carlos disse concordar com ambas as leias, mas que ainda falta melhorar. “Tem muito colega que dirige bêbado ou que se droga, além de que também existe muito motorista comum que faz isso sem ser punido. Eu acho que a polícia tinha que fazer um controle rígido nas estradas todos os dias para evitar os acidentes e os prejuízos também pra nós caminhoneiros. Porque se um acidente acontece, mesmo que a culpa

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não seja nossa, a gente vai levar a fama”, reclamou. Antônio Carlos também não concorda que os caminhoneiros tenham que arcar com o custo do exame toxicológico. “Se é uma exigência do governo, que paguem por ela, não a gente”, expressou. Para o motorista, um dos grandes problemas da profissão é que ela é muito desvalorizada pela sociedade e que os próprios caminhoneiros não se organizam. “Sem a gente nada funciona, mas tem muito colega aí da estrada que quer prejudicar o outro”. Apesar da distância constante do “caminhão de saudade” que a vida nas estradas traz, neste ano, Antônio Carlos e sua família puderam comemorar o Dia dos Pais juntos. DESENLACE A história de Antônio Carlos é fictícia. Sua esposa Sônia e seus filhos Renato, Cristina e Rafael também são fictícios. Mas a história

contada acima é verossimilhante, ou seja, ela poderia ser real e ela contém elementos que fazem com que ela se aproxime muito da realidade. Em outras palavras, a história de Antônio Carlos poderia ser a sua, leitor caminhoneiro, que tantas vezes pegou a estrada e deixou a família com dor no peito. Que sentiu saudade e que estava longe no Dia dos Pais, num aniversário ou no nascimento de

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um filho. Que teve um caminhão quebrado muito longe e atrasou o retorno e que espera por melhores condições de vida e por mais valorização da profissão. Ao Antônio Carlos, que poderia ser qualquer dos nossos leitores ou caminhoneiros desse país, desejamos um Feliz Dia dos Pais e que seu retorno para a casa seja sempre em segurança e com muita alegria. Redação Chico da Boleia

REDES SOCIAIS FACILITAM A COMUNICAÇÃO QUANDO SE ESTÁ LONGE, MAS NADA DISSO SUBSTITUI ENCONTRAR A FAMÍLIA AOS SÁBADOS E DOMINGOS O que é ser pai? Como ser um bom pai? A resposta é complexa e rende assunto para livro. Há quem diga que o verdadeiro pai é aquele que está presente na vida do filho. Mas há uma grande diferença entre estar presente e ser presente. Vida de caminhoneiro é assim. A rotina de trabalho o separa da família. Em tempos de transformações de relacionamentos sociais, as possibilidades de comunicação a distância são grandes e facilitam matar a saudade por meio de redes sociais como WhatsApp, Facebook. Isso tem ajudado caminhoneiros a entrar em contato com a família, mas nada disso substitui a oportunidade de estar na presença, já que é possível ser presente da família mesmo a distância. A reportagem foi atrás de caminhoneiros no Posto da Base, em Dourados, ponto de encontro de profissionais da categoria que passam pelo município. Paulo Cesar Sare, 47 anos, mora em Abadiânia (GO) e tem três filhos com 27, 24 e 19 anos. Na profissão há duas décadas, ele diz que não foi fácil, no início, viver ausente da família, principalmente em período de longas viagens de quase dois meses. "Hoje é mais fácil, pois temos redes sociais e até porque meus filhos já estão grandes. Mas deixei de estar presente ao lado deles durante eventos importantes como Natal, aniversário e me lembro muito bem de um caso ocorrido quando um dos meus filhos, ainda criança, pediu para participar de uma festa do Dia dos Pais, na escola. Ele cobrou minha participação e isso me marcou muito, pois foi aí que percebi o quanto a minha presença era importante, nem que

fosse apenas para aquele dia", recorda Paulo Cesar. Ele é formado em Matemática e lecionou por nove anos, mas descobriu nas estradas do Brasil a sua verdadeira vocação de trabalho. Os finais de semana são sempre os dias para os caminhoneiros matarem a saudade da família e aproveitar para se dedicar aos filhos. Aquela máxima que são preferíveis 30 minutos de exclusividade ao lado deles do que mais tempo junto, porém, sem ser presente ou dividindo a família com outras tarefas, é válida e verdadeira para os caminhoneiros. Ricardo Viana, 31 anos, é de Xambrê (PR) e tem um filho de 4 anos. Quando está em casa diz que aproveita o máximo para se dedicar à família. "Vida de caminhoneiro é na estrada e estou há oito anos nessa luta, mas quando estou ao lado deles [família] eu esqueço o trabalho", disse ao falar da importância de se dedicar principalmente ao único filho. "Embora ele seja pequeno, já entende a minha profissão, mas todos os dias a gente se fala por telefone e a saudade da distância se encurta aos sábados e domingos, quando estou em casa", explica Ricardo. As viagens dele duram de uma a duas semanas. O douradense Joel Lopes, 54 anos, está há 15 na profissão de caminhoneiro. Ele confessa que ainda não acostumou ficar longe da família e chegou a pensar em abandonar a profissão. Os principais motivos são os riscos de acidente, aumento no número de assaltos e o baixo preço do frete pago aos profissionais. Pai de dois filhos – 17 e 22 anos – também conviveu com a realidade de vê-los aos finais de semana, mas nunca se sentiu um pai ausente. Fonte: O Progresso


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28ª Feira do Caminhoneiro posto sakamoto Com área de exposição e pista de test-drive, trata-se de um programa para os caminhoneiros de todo o País que já consolidaram o evento como tradicional no calendário

Redação Chico da Boleia | Fotos: Murilo de Abreu

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ais de 24 mil motoristas e familiares participaram da 28ª edição da Feira do Caminhoneiro, na Área de Exposições Sakamoto II, na Rodovia Presidente Dutra, km 210,5, em Guarulhos (SP). Somente na área de test-drive, de sexta-feira a domingo, o evento proporcionou mais de 2.400 testes aos motoristas, em pista de 1.100 metros, com veículos pesados da Ford, Iveco, MAN e Mercedes-Benz, que também levou o furgão Vito e o caminhão leve Sprinter. Os caminhoneiros e frotistas puderam conferir as últimas tecnologias disponíveis aos veículos pesados mais modernos do mercado brasileiro, desenvolvidas para trazer diversos benefícios, como redução de custos operacionais, ampliação do conforto durante a condução, monitoramento para auxiliar a gestão de frotas, entre muitos outros.

Outra grande novidade foi a linha Cargo Torqshift da Ford Caminhões. Trata-se de um sistema de transmissão automatizada que dispensa as trocas de marcha manuais. Entre as vantagens, a economia de combustível, o aumento da durabilidade dos componentes e o desempenho do motor. No estande da Iveco, a montadora exibiu a linha Hi-Way, com três faixas de potências, 440 cv, 480 cv e 560 cv, baixo custo operacional e alta produtividade. Já a MAN mostrou o VW Constellation 25.420, desenvolvido especialmente para clientes que precisam de caminhões mais potentes, com velocidade média superior e excelente relação custo-benefício.

A Mercedes-Benz aproveitou a Feira do Caminhoneiro também para lançar o inédito projeto “Piloto de Fogão”, que – ainda este ano – vai a outras cinco cidades, onde o chef Quem passou pelo loPaco será responsável por cal, pôde conferir a ministrar cursos de culiTradicional evento no Posto Sakanova ferramenta Fleenária trivial, típica dos moto contou com a participação de tBoard, da Mercedesestradeiros, mas com montadoras e o lançamento de -Benz, desenvolvida qualidade gourmet, novidades que incluem novas tecnologias para o caminhão. para auxiliar a oticom atenção especial mização dos veículos à escolha e preparo dos e sua disponibilidade, alimentos, com base nos além de possibilitar reduprincípios de alimentação ção nos custos operacionais saudável. em até 15%. O sistema, disponível para toda a linha de caminhões Numa carreta estande, foi montada Mercedes-Benz, também é um rastreador a estrutura de uma cozinha onde foram e bloqueador inteligente de fábrica, ofere- oferecidas experiências culinárias com o cendo serviços de telemetria que ampliam chef Paco. Essa iniciativa visa estreitar o a segurança do veículo e da carga e auxilia relacionamento da Mercedes-Benz com o frotistas na gestão de seus veículos. os motoristas por meio de uma rica expe-

Foto: Murilo de Abreu

riência culinária, remetendo à conversa de cozinha, com momentos de aproximação e entretenimento. A cada etapa, serão realizadas duas palestras de conscientização sobre orientação alimentar. Nos intervalos, o chef de cozinha promoverá dinâmicas de preparo de alimentos. Haverá interação entre os grupos de caminhoneiros, com distribuição de prêmios aos pratos de maior destaque. Shows – Palco de grande festa para os estradeiros, a Feira do Caminhoneiro ainda contou com shows diários, exposição de caminhões antigos, recreação infantil,

cerimônia da Benção das Chaves, mostra de tecnologias de caminhões, peças, componentes e acessórios, além de serviços em geral. Teve até barbearia e churrasco, gratuitamente. No sábado, 29 de agosto, a rainha dos caminhoneiros, Sula Miranda, apresentou-se em espetáculo de quase duas horas, assim como – no dia seguinte – no estande da Mercedes-Benz, onde também autografou seus CDs aos seus fãs. O encerramento da 28ª Feira do Caminhoneiro contou com a bateria da Rosas de Ouro.

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Por que os pavimentos das rodovias do Brasil não duram? Buracos, ondulações, fissuras, trincas. Esses são alguns dos defeitos encontrados em mais da metade das rodovias pavimentadas do Brasil

Texto: Estudo CNT | Foto: Divulgação

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pavimento executado com asfalto, mais comum no país, tem vida útil estimada entre 8 e 12 anos. Mas, na prática, os problemas estruturais começam a aparecer bem antes: em alguns casos, apenas sete meses após a conclusão das rodovias. Por que os pavimentos das rodovias do Brasil não duram? Em busca de respostas para essa questão, a equipe técnica da CNT (Confederação Nacional do Transporte) analisou o estado de conservação dos pavimentos das rodovias nos últimos 13 anos. A conclusão é que, quando se trata de pavimentação de rodovias, o Brasil utiliza metodologias ultrapassadas para o planejamento de obras, apresenta deficiências técnicas na execução, investe pouco e falha no gerenciamento de obras, na fiscalização e na manutenção das pistas. OS PRINCIPAIS PROBLEMAS O estudo divulgado nesta quinta-feira (24) pela CNT mostra que a metodologia utilizada no Brasil para projetar rodovias tem uma defasagem de quase 40 anos em relação a países como Estados Unidos, Japão e Portugal. Para citar apenas um exemplo: enquanto Portugal, país do tamanho do Estado de Pernambuco, utiliza três zonas para calcular o impacto das variações climáticas sobre as técnicas e os materiais utilizados

na construção de rodovias, o método empregado no Brasil não faz essa diferenciação importante para dar mais precisão ao projeto. A falta de fiscalização é outro problema. Muitas obras são entregues fora dos padrões mínimos de qualidade, exigindo novos gastos para correção de defeitos que podem corresponder a até 24% do valor total da obra. Com poucas balanças em operação e sem fiscalização adequada, também cresce o problema do sobrepeso no transporte de cargas, cujo impacto reduz a vida útil do pavimento. De acordo com o estudo, a má qualidade dos pavimentos se agrava com a falta de investimentos em manutenção preventiva. Para se ter uma ideia, estima-se que quase 30% das rodovias federais sequer têm contrato de manutenção. Confira as 10 razões que contribuem para a pouca durabilidade do pavimento das rodovias brasileiras, segundo o estudo da CNT: 1. Destinação insuficiente de recursos para obras de construção, fiscalização e manutenção de rodovias; 2. Problemas na manutenção preventiva dos pavimentos;

3. Ausência de uma política de gerenciamento dos pavimentos e de planejamento de manutenção. O Sistema de Gerência de Pavimentos carece de dados atualizados e confiáveis; 4. Gastos excessivos com correções decorrentes da má execução de obras (até 24% do valor da obra), além de falhas técnicas na execução e ausência de controle de qualidade de matérias-primas; 5. Deficiências na contratação de serviços de manutenção. Quase 30% das rodovias federais não estão cobertas por contratos de manutenção; 6. Uso de métodos e técnicas obsoletos na construção de rodovias. Adotado na década de 1960, o método de dimensionamento usado no Brasil apresenta uma defasagem de 40 anos, em média, em relação a outros países. Um dos fatores que mais impactam o comportamento dos materiais do pavimento é o clima, principalmente as variações de temperatura e umidade. O método usado no Brasil não considera diferenças climáticas; 7. Deficiências no controle e na fiscalização de obras de construção de rodovias. Até 2013, o Dnit não tinha parâmetros técnicos para recebimento das obras concluídas; 8. Falta de fiscalização e controle de pesagem nas rodovias. Número insuficiente de postos de pesagem; falta de investimento

na conscientização dos usuários sobre os impactos do sobrepeso; 9. Ausência de políticas públicas consistentes e de longo prazo para o setor rodoviário. A falta de planejamento e a escassez de recursos impedem o desenvolvimento do setor, que é responsável por mais de 60% do transporte de cargas e por mais de 90% do transporte de passageiros no país; 10. Setor rodoviário sobrecarregado por falta de uma política multimodal e integrada, que garanta o equilíbrio da matriz de transporte no Brasil. O BRASIL PRECISA INVESTIR MUITO MAIS Esses e outros fatores citados no estudo da CNT explicam por que os pavimentos das rodovias brasileiras não duram. Os dados também indicam soluções que podem contribuir para minimizar dificuldades no transporte de cargas e de passageiros e reduzir o alto custo operacional dos caminhoneiros autônomos e das empresas transportadoras, que aumenta, em média, 24,9% devido às más condições das rodovias. Somente em razão da má qualidade do pavimento, em 2016, o setor de cargas registrou um gasto excedente de 775 milhões de litros de diesel, que provocou um aumento de custos da ordem de R$ 2,34 bilhões. Confira o estudo completo no site da CNT


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Concessionária Irmãos Davoli promove evento descontraído a seus clientes

Texto: Chico da Boleia | Foto: Divulgação

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o dia 03 de agosto, a Irmãos Davoli promoveu o “Buteco Davoli”, um evento descontraído para conversar com seus clientes. O objetivo foi reunir amigos, parceiros e clientes, além de pessoal especializado da Mercedes-Benz para apresentar as novidades do mercado. Os participantes foram recepcionados com uma tradicional comida de buteco seguido por sorteio de brindes Mercedes-Benz. O evento contou com a presença de Philipp Schiemer, Presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Roberto Leoncini, Vice-Presidente de Marketing & Vendas Caminhões Mercedes-Benz do Brasil, José Reche, Gerente Senior Vendas Grandes Frotistas & Regional São Paulo na Mercedes-Benz do Brasil, Silvio Renan Souza, Diretor de Peças e Serviços Mercedes-Benz do Brasil, entre outros. Leoncini destacou que o evento foi uma oportunidade de estar junto dos clientes, coletando informações, e debatendo as estratégias para melhorar os serviços e os produtos. José Reche, Gerente Senior Vendas Grandes Frotistas & Regional São Paulo na Mercedes-Benz do Brasil. “Sem clientes, não teríamos uma fábrica, logo, estar na casa do cliente é muito bom, mas poder trazer o

cliente na nossa casa que é o concessionário é melhor ainda, um evento desses com a dimensão que a Irmãos Davoli tem não é pra qualquer um, então trazer o cliente para uma casa dessa pra nós é muito importante, e mostra a força da marca, mostra o quão forte nossa concessionária é, e continuamos com o nosso norte, “as estradas falam e a Mercedes-Benz ouve”, e as estradas não param, nossos caminhões estão rodando, então nós precisamos ir até o nosso cliente para escutá-los, e nada melhor do que estar num evento dessa magnitude.” Silvio Renan Souza, Diretor de Peças e Serviços Mercedes-Benz do Brasil, aproveitou para apresentar para os motoristas o novo aplicativo “Mercederos de Verdade”, novo canal interativo com os motoristas de caminhões, ônibus e veículos comerciais leves (Sprinter e Vito). SOBRE A IRMÃOS DAVOLI Pioneira no ramo de distribuidor de veículos automotores na região e principalmente em Mogi Mirim, a Irmãos Davoli surgiu em meados de 1946, distribuindo produtos da Chrysler do Brasil S/A e representando a Texaco do Brasil S/A e a Brasmotor Cia. Em 1957, a empresa tornou-se uma das primeiras revendas do Brasil, representando a Mercedes-Benz do Brasil S/A.

O desenvolvimento programado da empresa aliado à aceitação do produto Mercedes Benz, junto ao mercado consumidor pela sua inegável qualidade, bem como o crescimento acelerado de todos os fatores de produção propiciou-nos a oportunidade de conquistar lugar de destaque entre os concessionários dos produtos fabricados pela Mercedes-Benz do Brasil S/A. A preocupação da empresa Irmãos Davoli S/A sempre foi a de oferecer a melhor qualidade, a custos compatíveis com o poder aquisitivo da região, completando o atendimento efetuado aos clientes que adquirem os Caminhões Mercedes-Benz. Os resultados positivos conseguidos até aqui só foram possíveis graças ao trabalho,

a dedicação, aquilo que fazemos, à vontade de se destacar dentre os demais, adotando o princípio da administração participativa. A Irmãos Davoli está dimensionada para um mercado de transporte amplo e promissor tanto no segmento dos caminhões, quanto no de ônibus, primando pela qualidade dos produtos e serviços oferecidos, bem como pela manutenção de clientes fiéis a marca e pela conquista de novos clientes. Sempre prevalecendo o arrojo e honestidade, essas premissas são inerentes em todos os negócios havidos nestes longos anos de existência, bem como a confiança em nossos fornecedores, clientes e principalmente amigos.


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Conheça a Quest Inteligência, empresa de pesquisa de mecado

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Redação Chico da Boleia | Foto:Divulgação

hico da Boleia: Amigos caminhoneiros, carreteiros e empresários do setor de transportes. Hoje estamos em Campinas – SP, para conversar com nossa parceira a Quest Inteligência, uma empresa de pesquisa de mercado. E quem vai conversar com a gente hoje é o diretor de projetos e produtos, o senhor Rafael Nascimento. Rafael com todo esse cenário problemático de 2017, como é que vai o comportamento dos preços de caminhões? Rafael Nascimento: Primeiramente gostaria de deixar minha saudação a você Chico e a todos os amigos do trecho. Chico, aqui na Quest nós avaliamos o comportamento do mercado de pesados não só em questão de preços, mas também em outros aspectos como tendência, volume de vendas de caminhões novos, caminhões usados, preço efetivo das transações, porque uma coisa é o preço divulgado pela montadora e outra coisa é o preço praticado depois de descontos e negociações. A gente vem percebendo o seguinte, nunca teve tão barato comprar caminhão zero no Brasil. Em função da crise, as montadoras têm feito pouco acréscimo para correções no preço, apesar do aumento de custo que elas têm, aumento de custos dos insumos, de aço, de salario, dissídios e outros custos que ele tem e que aumentam. Se compararmos o aumento em relação com o ano passado, a gente vê que o preço médio dos caminhões evoluiu apenas 0,8%, isso é uma média de todos os caminhões que foram comercializados no ano passado em comparação com os que foram comercializados este ano. Então essa é uma evolução muito baixa, de um cenário do ano passado que já vinham com preços baratos. CB: Esta questão já leva em consideração a inflação?

RN: Não Chico, isso é sem pensar em inflação, isso é custo real praticado versus preço real praticado, se a gente considerar a inflação a gente vai ter um déficit de preço. É por isso que eu digo que o preço do caminhão zero está barato. No final do dia as contas acabam não fechando muito por que as montadoras não estão corrigindo os preços dos caminhões novos. A conta matemática realmente não fecha, mas analisando todo o cenário elas não o fazem para não perder mercado, porque hoje, no momento de queda de mercado, hoje estamos com aproximadamente com 15% de queda de mercado de veículos pesados novos em relação ao ano passado. Se considerarmos este cenário de déficit de volumes de venda, o preço se torna um apelo muito forte para a compra, a montadora que evoluir os seus preços tende a perder mercado, a não ser que as outras a acompanhe. Como não existe uma ação direcionada em todas as montadoras para aumento de preço, a montadora acaba ficando presa e não corrigindo os seus preços. CB: Algumas coisas aconteceram no mercado de caminhões neste ano de 2017, por exemplo, quem esta liderando as vendas, como é que esta o posicionamento de vendas do mercado de pesados? RN: Na evolução de volume nós temos uma queda este ano e a perspectiva é que a gente feche em queda, a não ser que tenha uma virada muito grande que ninguém mais acredita que vai acontecer. De surpresas do mercado nós temos a Scania com uma evolução no seu volume de mercado, se aproximando da sua concorrente Volvo no segmento de pesados. E DAF ai também com uma evolução grande, apesar

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CHICO DA BOLEIA ainda do baixo volume, mas uma surpresa positiva. Outra surpresa é a consolidação da Mercedes como líder de mercado de pesados, neste ano ela está próxima a 30% de marketing share, já descolada da MAN-Volkswagen. E a tendência é permanecer, ela deve fechar mais um ano como líder de mercado. Essas são as surpresas do mercado, porque na verdade o mercado desde o inicio do ano vem apontando o que queria fazer em relação aos volumes, e ele vêm mantendo ai sua previsão de queda. CB: Vamos falar um pouco sobre a importância dessa pesquisa para o mercado, coloque pra gente por favor, do seu ponto de vista, qual é a importância de uma empresa como a Quest de monitorar o mercado. RN: A importância da montadora monitorar o mercado eu diria, os fabricantes monitoram o mercado de uma forma ou de outra, alguns com a Quest, alguns com outras empresas, mas eles têm que monitorar o mercado. Todas as decisões de uma montadora, principalmente em relação ao preço, ela tem que levar em consideração não só seus custos, mas também a média de mercado, o que seu concorrente está praticando, qual é o preço médio do seu concorrente, porque como eu disse à montadora que tentar hoje neste cenário, despontar-se com o preço, vai acabar sendo engolida pelas outras montadoras, então é por isso que todas as montadoras tem praticamente estabilizado seu preço em relação ao passado. E para saber como o mercado esta se comportando, se ela tem espaço para aumentar o preço dela ou não, ela tem que monitorar o preço do mercado, o preço real praticado na concorrência. CB: Nós soltamos a primeira pesquisa sobre o assunto na nossa plataforma multimídia há dois ou três meses atrás e houve algumas reações. Você poderia dar uma orientação para o pessoal de como é feita essa pesquisa e o que ela mostra de fato. RN: Essa pesquisa é uma pesquisa sobre os reais preços transacionados no mercado, então entenda o seguinte, a gente levanta o real, que é o preço que o empresário, o au-

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tônomo, o caminhoneiro e o carreteiro está pagando no caminhão dele, o preço real de nota fiscal. Como eu já disse, isso é diferente do preço anunciado, num momento de crise a gente tem um volume de desconto maior sendo praticado neste seguimento, porque as montadoras não podem perder volume, elas não podem perder market share para sair enfraquecida da crise. Não será nenhuma surpresa que quando o mercado voltar a crescer vai ser inevitável que as montadoras apliquem reajustes em seus preços, estes preços hoje dos caminhões zero quilometro estão defasados, então eles vão sofrer reajustes e possivelmente fortes reajustes quando o mercado apontar uma tendência de crescimento. Isso eu falo num panorama geral de todas as montadoras, eventualmente uma ou outra montadora pode tentar manter este cenário de preço por uma estratégia de crescimento de mercado, mas no geral as montadoras vão reajustar os preços. CB: Em termos de movimento de mercado, nós temos ai no segundo semestre a FENATRAN 2017, diferente da versão de 2015 onde ouve uma debandada geral das grandes montadoras, esta FENATRAN vem com praticamente 100% das montadoras participando. Qual a avaliação da Quest sobre a possibilidade de negócios numa FENATRAN que vem com todos os grandes players do mercado? RN: O mercado está bem otimista quanto a FENATRAN, isso até as próprias montadoras, tem muita sinalização de negocio, tem muito negocio represado entre os clientes. Ai com medo do cenário politico, do cenário econômico, de como vamos ficar, ainda temos muita demanda represada. Então as montadoras têm na FENATRAN a expectativa de que muitos negócios se concretizem, que seja uma feira muito boa para o setor, porque a gente já está a quatro anos sem esse evento porque na ultima edição muitas montadoras não participaram. Este evento que é um dos eventos mais importantes do setor no Brasil. CB: Conversamos com quem entende do assunto. Chico da Boleia, sempre com orgulho de ser caminhoneiro! Buscando a informação onde ela acontece.


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Mercedes Sprinter completa 20 anos e ganha edição limitada Mercedes-Benz comemora as duas décadas da presença do utilitário no mercado brasileiro com lançamento de lote de vinte unidades especiais

Fonte: Estradão| Fotos: Divulgação

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Mercedes-Benz Sprinter começou a desembarcar no país em 1997 para substituir o MB180 e disputar os segmentos de vans, furgões e cabine-chassi na faixa de 3,5 a 5 toneladas. Para celebrar a trajetória da família de utilitários, a fabricante prepara lançamento na Fenatran, em outubro, de uma edição especial limitada a vinte unidades. A novidade, além de para-choque pintados na cor do veículo e grade dianteira cromada, recebeu mais itens de segurança e conveniência como assistente de saída em rampa, volante multifuncional, piloto automático, câmera de ré integrada, rodas de liga e alarme antifurto. A série especial encarece o Sprinter de 5% a 7% e os preços serão de R$ 127.000 (cabine-chassi) a R$ 208.000 (Van de 20 lugares). A gama Sprinter, no entanto, já contava com pacote de recursos de série inexistente nas ofertas da concorrência, caso do ESP Adaptativo, sistema que reúne ABS, programa de estabilidade, controle de tração e distribuidor de forças de frenagem entre as rodas. De acordo com Jefferson Ferrarez, diretor de vendas e marketing vans da companhia, desde que chegou ao país o Sprinter acumula mais de 127 mil unidades vendidas. “O Brasil é o quinto maior mercado do Sprinter e suas vendas têm evoluído ano a ano.” Pelos números de Ferrarez, a participação

do Sprinter saltou quase 12 porcentuais, tinha 14,9% em 2012 e fechou 2016 com 26,6%. Nos primeiros sete meses deste ano, as vendas representaram fatia de 32,9% em um mercado de 9.719 unidades. “Enxergamos ainda mais oportunidade de crescimento, principalmente com foco em nichos, como no e-commerce e nos pequenos negócios, casos de food trucks, pet shops e motorhomes.” Ainda segundo o diretor de vendas, a Mercedes-Benz foi a única a empresa a registrar crescimento em volume de vendas no segmento das chamadas Large Vans este ano. Enquanto o mercado caiu 12%, a fabricante apurou evolução de 10% em relação a 2016. SPRINTER OFERECE 60 VERSÕES PARA MAIOR ESCOLHA PELOS CLIENTES Com 60 versões à escolha dos clientes, a família de veículos comerciais leves Sprinter é formada pelos modelos 313 CDI Street (Peso Bruto Total - PBT de 3,50 ton), 415 CDI (PBT de 3,88 ton) e 515 CDI (PBT de 5 ton), que são indicados para empresas de transporte, profissionais autônomos e empreendedores. A linha Sprinter de vans de passageiros é composta por quatro versões: 9+1 (nove assentos para passageiros mais o banco do motorista), 15+1, 17+1 e 20+1. Atende tanto o transporte urbano, quanto escolar, fretamento e turismo.

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SAÚDE NO TRECHO

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Os alimentos inofensivos que podem levar a falsos positivos em exames antidrogas Pão com sementes de papoula, pizza, bolo e barra de cereais podem ser traiçoeiros na hora de um teste toxicológico.

Fonte: Terra | Foto: Divulgação

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xames toxicológicos no trabalho são cada vez mais frequentes, especialmente no caso de postos que envolvam grande responsabilidade civil. Mas será que alguém pode ser reprovado no teste sem ter usado drogas? A resposta é sim. Para comprovar essa tese, a BBC fez um experimento no programa Rip Off Britain , em uma série dedicada à alimentação. Após passar três dias comendo pão com sementes de papoula, a apresentadora Angela Ripon, de 72 anos, foi submetida a um exame para detectar opiáceos e deu positivo. O ópio é uma substância extraída a partir da cápsula ainda verde da planta Papaver somniferum , conhecida popularmente como papoula. Ele tem propriedades analgésicas e narcóticas e seu uso pode levar à dependência. Do ópio, são extraídos produtos como morfina, heroína e codeína. MORFINA EM SEMENTES DE PAPOULA A BBC decidiu fazer o experimento depois que um espectador entrou em contato com o programa para contar uma história inusitada: ele tinha sido demitido do trabalho em uma usina depois que um exame antidrogas de rotina deu positivo para opiáceos. Mas ele insistiu que não tinha usado drogas.

"Comer pão com sementes de papoula pode dar um resultado positivo em um teste de urina que detecta morfina", confirmou à BBC Atholl Johnston, especialista em farmacologia na Universidade Queen Mary, do Reino Unido. Na verdade, a quantidade de morfina em uma semente de papoula pode variar muito, chegando até a 600%, dependendo de onde e quando foi colhida. Mas os testes toxicológicos são muito sensíveis e podem dar um resultado positivo mesmo após o consumo de uma quantidade relativamente pequena de sementes. A diferença é que, se você comer lotes de sementes de papoula, não vai gerar o mesmo efeito que o uso de drogas. "É improvável que o consumo de um bolo da semente de papoula, ou mesmo uma dúzia, faça com que o indivíduo ingira morfina suficiente para gerar efeito farmacológico", explicou. Ainda assim, o especialista sugere esperar até três dias depois de comer sementes de papoula para fazer um exame antidrogas. OUTROS ALIMENTOS A semente de papoula não é o único alimento que poder ser traiçoeiro em um teste toxicológico. De acordo com o fabricante canadense de bafômetros para carros Lifesafer, com dispositivo para bloquear a ignição caso seja detectado álcool no hálito do motorista, existem vários alimentos que podem dar um falso positivo.

Bolo com semente de papoula | Foto: BBCBrasil.com

Um comunicado no site da empresa alerta que, às vezes, a pessoa pode ter álcool no hálito sem saber, embora a substância não esteja presente no sangue e não possa afetar a direção.

Uma vez que, nestes casos, o álcool não está no sistema digestivo, lavar a boca com água ou esperar 15 minutos pode ser suficiente para que o resultado do bafômetro seja negativo, afirma o Lifesaver .

Isso acontece por meio de reações químicas de certos alimentos que causam fermentação, como massas de pão ou pizza que contêm levedura, ou até mesmo algumas frutas e seus respectivos sucos, de acordo com o artigo publicado pelo Lifesafer .

Produtos derivados de sementes de cânhamo também poderiam dar resultado positivo num teste para medir o nível de THC, principal substância psicoactiva da maconha.

A fermentação pode gerar uma determinada quantidade de álcool que, embora mínima, pode ser detectada por um teste de bafômetro, se for realizado logo depois de comer. Além disso, o artigo menciona que existem outros alimentos que podem conter pequenas quantidades de álcool, como vinagre ou extrato de baunilha, e produtos de higiene pessoal como antissépticos bucais e alguns xaropes para tosse.

As sementes de cânhamo são comuns em algumas barras de cereais. Delas, também são extraídos azeite e leite.


ENTRETENIMENTO

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PALAVRAS CRUZADAS PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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Normas jurídicas seguidas pelo COI

Circulação de dinheiro (Econ.) Técnica de descida, no montanhismo

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) alterou o cronograma de instalação dos dispositivos de identificação eletrônica.

Apesar das mudanças, a ANTT manteve dezembro como mês-limite para a adequação de toda a frota. O cronograma foi dividido em grupos, conforme o Estado onde o veículo foi emplacado, da seguinte forma: – Grupo 1: Distrito Federal e Goiás; – Grupo 2: Minas Gerais; – Grupo 3: São Paulo; – Grupo 4: Rio de Janeiro e Espírito Santo;

A exigência da tag está prevista na Resolução nº 4.799/2015, da ANTT. Ela dispõe sobre as regras para a operacionalização da inscrição, atualização e recadastramento do RNTRC. O dispositivo contém uma chave eletrônica que será associada à identificação do veículo e do transportador na base de dados da ANTT. Por meio de um sinal de radiofrequência, antenas instaladas em rodovias brasileiras coletam essa chave no registro de passagem, o que permite a verificação dos dados do transportador e do veículo. O processo de fornecimento da tag será realizado pelas Amaps (Administradoras de Meios para Arrecadação Eletrônica de Pedágio) e pelas fornecedoras de vale-pedágio obrigatório consideradas aptas pela agência reguladora.

Intenção da noiva Padaria (pop.) Instrumento de sopro Escapa Irmã, em inglês Prática política de governos como o de Vargas

A gripe que ataca porcos e humanos

Interjeição de alegria A joia da formatura

Imitar a voz do gato

Gênero musical de Billie Holiday "Geração", na sigla 3G Agradecido

Função da letra itálica Monarca

Abdome (Anat.) Evento "off road"

Agência do petróleo (sigla)

(?) à baiana, prato quente das festas juninas Gonorreia, (?) Reich: a HPV ou sífilis Alemanha (sigla) nazista

Legitimar Maurice Utrillo, pintor

Escritor como José de Alencar

Indivíduos investigados pelo detetive

BANCO

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Solução L R E N E VE S X O E G U A I D R D O C A R U D I S M O B U E S L E I G N A G U R A I D A R I S T A I T O S

Agora, transportadores que desejem instalar voluntariamente o dispositivo em seus caminhões tem até 7 de janeiro de 2018 para isso. Antes, esse prazo se esgotaria no dia 1º de setembro. Com o adiamento, a exigência do dispositivo, que passaria a valer em outubro deste ano para veículos do primeiro grupo (com placas do Distrito Federal e de Goiás), foi prorrogada para março de 2018.

– Grupo 5: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; – Grupo 6: Paraná e Santa Catarina; – Grupo 7: Rio Grande do Sul; – Grupo 8: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.

O dia decisivo Topo; pico

C M O L A D N E L A T I GA A S A R A G E P I S T E O P U L O BA A R R N T R E E L I A V A L M A N C U S P E

ANTT mudou seu cronograma e prorrogou para janeiro de 2018 o início da implantação obrigatória da tag eletrônica em veículos de carga cadastrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC).

A fêmea do cavalo Habilidade de Neymar

Arcaica

4/giro. 5/blues. 6/málaga — sister. 10/bola de neve. 16/revoada dos guarás.

A

Fonte: Antt | Foto: Divulgação

Fira Espetáculo para os ornitófilos no Delta do Parnaíba Entidade da Umbanda

Cidadenatal de Picasso (Espanha)

B P A A N C F O S P R M I V R A D R O S

ANTT muda o cronograma para instalação de tag eletrônica em caminhões para 2018

Risco oferecido por doentes a outrem Igreja evan- Itaú e gélica fun- Santander dada em São Paulo Vasilhas de cocção


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