O JORNAL PARA O
AMIGO
CAMINHONEIRO
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Orgulho de ser caminhoneiro
Ano 02 - Edição 17 - 2013
EDIÇÃO NACIONAL Escola de Bambu: “Porque solidariedade não enxerga fronteiras” O projeto Escola de Bambu visa promover a educação formal na comunidade de Fendell, Libéria, por meio da construção de uma escola sustentável.
Pág. 9 Entenda como acontece a recauchutagem dos pneus
Os pneus são parte fundamental de qualquer veículo automotor. A integridade desses itens é de suma importância não só para o funcionamento dos veículos, mas também para garantir a segurança do motorista e de terceiros.
Pág. 5 Regis Boessio vence a terceira etapa da Fórmula Truck Foto: Divulgação
Entenda os problemas que afetam a sua mobilidade no trânsito
ISO 9001
Pág. 6 e7
O gaúcho Régis Boessio venceu a terceira etapa da Fórmula Truck 2013, disputada no autódromo de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O evento reuniu público estimado em cerca de 50 mil pessoas.
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EDITORIAL E o debate não pára ...
É companheiros da estrada! Como venho dizendo a Lei 12.619 continua na pauta do dia e não deve sair tão cedo. Isso por quê o consenso para as mudanças necessárias está longe de acontecer. Aconteceu mais um evento e desta vês em Brasília onde se discutiu com vários seguimentos do setor a referida Lei. E ali acompanhando os debates deu para ter a nítida impressão que as discussões vão varar o ano, e em função disso estamos criando no nosso site www.chicodaboleia. com.br uma área especifica só para repercutir e debater a Lei 12.619. Isso também vamos fazer em nosso Jornal que já começa nesta edição com um texto sobre o evento de Brasília. Você deve participar. Dê sua opinião sua sugestão coloque suas duvidas. Sendo o mês de maio, não tem como não falar naquela que todos nós temos, que é a Mãe. Não há ser no mundo que não saiba, mais cedo ou mais tarde, a importância desta pessoa em nossa vida. Primeiro que é dentro dela nossa primeira morada. É ali, protegidos de tudo e todos, que nos desenvolvemos para chegar neste mundão velho de meu Deus. Depois, é dela que vem o primeiro alimento, os primeiros cuidados, enfim os ensinamentos, ela nos prepara para a vida, só que muitos de nós esquecemos, ou achamos que nada mais é que obrigação, quando na realidade ela faz por
puro AMOR. Pena que alguns só percebem isso quando ela já deixou o plano terreno, ai fica a saudade sem fim, a saudade doida e o arrependimento. Se a sua mãe ainda é viva, reconheça a importância que ela tem em sua vida, reconheça que você é quem é por que ela deu condições para que você chegasse onde chegou ou ainda vai chegar, não deixa para depois, pois o depois pode não vir. Parabéns às mães que tanto fizeram e fazem pelos seus filhos. Não posso esquecer aqui que também em Maio, mais precisamente no dia 13, se comemora a ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA. Foi neste dia que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea que dava liberdade aos escravos e abolia esta atividade da nossa História. É bom lembrar que para a comunidade negra uma data de grande importância é também o dia 21 de Novembro, no qual se relembra o Zumbi dos Palmares: um dos inúmeros nomes que lutaram contra os grilhões da escravidão mesmo antes de se pensar em Abolição. A luta de Zumbi começou quase um século antes da Abolição. Pena é ver que mesmo nos dias de hoje e independente de cor, encontramos inúmeros trabalhadores em condições análogas à escravidão seja na área rural seja na área urbana dos grandes centros. E por fim comemora-se no dia 1º de maio, o dia do Trabalhador que é uma data comemorativa usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Nessa mesma data, em 1886, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores na
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CHICO DA BOLEIA cidade americana de Chicago. Milhares de trabalhadores protestavam contra as condições desumanas de trabalho e a enorme carga horária pela qual eram submetidos (13 horas diárias). A greve paralisou os Estados Unidos. No dia 3 de maio, houve vários confrontos da polícia contra os manifestantes. No dia seguinte, esses confrontos se intensificaram, resultando na morte de diversos manifestantes. As marchas e os protestos realizados pelos trabalhadores ficaram conhecidos como a Revolta de Haymarket. Em 20 de junho de 1889, em Paris, a central sindical chamada Segunda Internacional instituiu o mesmo dia das manifestações como data máxima dos trabalhadores organizados, para, assim, lutar pelas 8 horas de trabalho diário. Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional. A partir daí, outros países também reconheceram o dia 1° de maio como símbolo internacional da luta dos trabalhadores. Espero que vocês gostem dessa edição Um abraço e nos vemos no trecho.
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PAPO DE BOLEIA Tecnologia na Boleia: quando teremos acesso a ela? Há tempos o caminhoneiro vem se Em muitas empresas de transporte deparando com inúmeros avanços tecnológicos que podem facilitar o seu dia a dia. Aplicativos para celulares, programas de computador, softwares de direção defensiva. São mil e uma novidades que chegaram ao mercado de caminhões nos últimos anos para melhorar a qualidade de vida dos caminhoneiros e dar mais eficiência aos carregamentos e descargas. Mas, será que realmente temos acesso a essa maré tecnológica? A realidade da profissão mostra que, infelizmente, nós trabalhadores da estrada ainda estamos muito defasados em termos de tecnologia. Primeiro porque mal temos condições de renovar nossa frota ou trocar nosso caminhão. Segundo porque não possuímos em nossa profissão, incentivos que nos permitam saber utilizar e aplicar as novas tecnologias.
nacionais e internacionais de grande porte, os caminhoneiros contratados recebem cursos e workshops para aprenderem a utilizar as novas tecnologias incorporadas aos caminhões, como rastreadores, aplicativos e computadores de bordo. O caminhoneiro autônomo, no entanto, não conta com a mesma sorte. O baixo valor do frete é o inimigo número um que contribui para que esse avanço tecnológico não seja democratizado na nossa categoria. Primeiro porque ele não permite a renovação da frota e, consequentemente, não permite que o caminhoneiro tenha acesso a novos modelos de caminhão nos quais estão implantados técnicas e equipamentos avançados. Também não permite a compra de outros itens que podem facilitar a direção, como computadores, rádios, rastreadores, etc.
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CHICO DA BOLEIA Se tivéssemos acesso a todas as tecnologias que nos apresentam, a escolha de pontos de parada e descanso, bem como o melhor horário para carga/descarga, a visualização das condições de tráfego e da situação mecânica do caminhão seria possível e facilitada. Seria o mundo perfeito para os caminhoneiros e também para toda a sociedade. Digo isso porque a democratização da tecnologia permite que o trabalho seja mais bem executado e o transporte otimizado em todas as suas pontas, desde o carregamento, até a descarga em um porto, armazém, cidade ou qualquer outro lugar. Além disso, tecnologia também é sinônimo de prevenção de acidentes e maior segurança nas estradas. Enquanto caminhoneiros e transportadores não tiverem acesso a essas novas tecnologias, a chuva de novos avanços só relevará a desigualdade que se perpetua na nossa categoria. As transformações tem que acontecer em todos os sentidos, inclusive naquele que diz respeito ao nosso crescimento profis-
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sional, cultural e educacional. A tecnologia pode ser a ferramenta que falta para melhoria e o desenvolvimento da nossa profissão. Abraço, Chapa
Chico da Boleia responde Chico, tudo bem? Meu nome é Evandro Rodrigues e sou de Mogi Guaçu – SP. Rodo pelo interior de São Paulo. Eu gostaria de saber porque os guinchos das concessionarias de pedágio não podem nos levar até nossas oficinas de confiança. As vezes a diferença de um posto ou pátio que eles nos deixam para a oficina que pretendíamos deixar o veiculo é de três ou quatro quadras. Eles dizem que são normas da empresa e tudo mais. O que realmente acontece Chico, as normas que são muito rígidas ou é má fé dos guincheiros? Tudo bem sim Evandro e por ai tudo certo? Espero que sim! Bom Evandro, nos contratos de concessão das rodovias está previsto que as concessionarias devem disponibilizar o serviço de guincho somente para retirar o usuário da pista para sua segurança e levá-lo para o ponto de apoio mais próximo onde o usuário deve se encarregar de buscar a solução definitiva para o seu problema. Se a gente for parar pra pensar, na verdade faz sentido. Por exemplo o motorista do guincho vai te levar até sua oficina lá no meio da sua cidade, e de repente acontece um acidente grave que precisaria mais desse serviço do que o senhor, nesse meio tempo que o guincheiro está longe da zona de concessão
fazendo um favor ao senhor sendo que há uma outra pessoa correndo um alto risco. Acho que assim fica mais fácil de entender o porquê disso tudo, não é má fé dos guincheiros e sim diretrizes e regras a serem seguidas por precaução e segurança. Espero que tenhamos esclarecido sua duvida.
Chico da Boleia, eu sou o André de Maringá – PR e queria saber: Pra que serve aquele tal ARLA 32? Ele misturado ao diesel fica menos poluente, mais eficiente ou o quê?
Então André, na verdade ele não é misturado ao óleo diesel. O ARLA 32 é um composto a base de ureia que reage com a fumaça que é gerada, diminuindo assim o teor de gases e partículas poluentes que saem de seu caminhão. Fique atento, pois nem todo caminhão ou veículo diesel usa o ARLA 32. Os veículos que precisam da solução tem um reservatório a parte para o produto, ele fica do lado do tanque de combustível e tem uma tampa azul para identificação. Chico da Boleia Orgulho de ser Caminhoneiro!
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FIQUE POR DENTRO
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E os caminhoneiros, como ficam no Dia do Trabalhador?
Foto: Matheus Moraes
Mundialmente
este é o dia em que passeatas, manifestações, protestos, festas e comemorações são realizados em homenagem aos trabalhadores ou como forma de reivindicar direitos e melhorias. No Brasil não é diferente! A origem desta data nos transporta ao ano de 1886, quando uma manifestação de trabalhadores aconteceu em Chicago, nos Estados Unidos. Os manifestantes reivindicavam a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias. Massivamente convocou-se, então, uma greve geral no país. Em 3 de maio daquele ano, um grupo de manifestantes foi reprimido por forças policiais e o conflito resultou na morte de algumas pessoas. No dia seguinte, uma passeata foi organizada em protesto à violência exercida pela polícia anteriormente. A manifestação, no entanto, sofreu mais uma vez com a repressão policial. No dia 20 de junho de 1889, a segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, decidiu convocar anualmente a todos os trabalhadores do mundo com o objetivo de reivindicarem pela jornada de trabalho de 8 horas diárias. A data escolhida para essa manifestação anual foi justamente o dia 1o de maio. que foi oficialmente decretado como o Dia do Trabalhador em 1919, primeiramente pelo Senado francês e, posteriormente, por outros países. A luta pelos direitos trabalhistas aconteceu (e acontece) em todo o mundo. No Brasil, os escravos do período colonial e, principalmente, após a Independência em 1822, já se organizavam em grupos de resistência e buscavam mé-
todos para forjar melhores condições de vida em meio ao trabalho forçado e a exploração promovida pelos senhores brancos. O resultado desta luta e também das negociações políticas entre os abolicionistas do final do século XIX, foi a assinatura da Lei Áurea em 1888, abolindo a escravatura. O processo de reinserção desses ex-escravos no novo mercado de trabalho que se formara a partir daquele momento, demoraria, no entanto, muito mais tempo para acontecer. Tal atitude resultou em consequências sociais para essa parcela da população que sente o peso da exclusão e da discriminação até os dias de hoje. Os imigrantes europeus – principalmente os italianos – que começavam a chegar ao Brasil no começo do século XX trouxeram consigo novas concepções do trabalho. Em meio a uma sociedade recém-saída da escravatura onde os patrões ainda tinham a exploração como base das relações trabalhistas que se formavam, os imigrantes e outros trabalhadores de fábricas organizaram grupos, sindicatos e forças de lutas que começaram a reivindicar melhores condições de trabalho. A luta por uma legislação que regulamentasse as profissões e o trabalho dos brasileiros se deu com embates, greves, conflitos. Foi em 01 de maio de 1943, que o ex-presidente Getulio Vargas criou e aprovou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), um estatuto que congrega leis antigas e novas que regulamentam o trabalho do brasileiro. Conhecido por ser “O pai dos pobres”, Getulio Vargas possuía uma política populista que buscava relações mais
estreitas com os trabalhadores de base. Todo 1o de maio, ocorriam celebrações, festas e comemorações, com declarações diretas do ex-presidente aos trabalhadores brasileiros. Durante os anos posteriores historiadores e sociólogos se esforçaram para entender o processo de construção de leis que beneficiaram os brasileiros. Sem dúvida, o papel desempenhado por Getúlio Vargas naquele momento foi fundamental. Tanto foi que uma boa parcela dos historiadores acredita que a CLT foi uma maneira de manipular os movimentos sindicais e as lideranças trabalhistas naquela época. É inegável que havia, naquele momento, uma preocupação em censurar e combater movimentos de esquerda e trabalhistas que fossem contrários ao regime de Vargas. Alguns historiadores, no entanto, preferem uma visão menos simplista do processo e argumentam que a CLT foi resultado também da luta dos trabalhadores e de uma necessidade imposta por essas classes sociais. Na conformação dos benefícios trabalhistas, os trabalhadores tiveram uma participação expressiva em suas reivindicações, greves, sindicatos, etc. Esse outro grupo de historiadores descontrói, portanto, a ideia de que os trabalhadores foram simplesmente manipulados, defendendo que os mesmos exerceram um papel político fundamental no processo de consolidação dessas Leis. Mesmo com as conquistas do século XX, ainda hoje algumas categorias de trabalhadores não foram contempladas com a proteção dos seus direitos trabalhistas. É o caso dos caminhoneiros e carreteiros. Longas jornadas de trabalho, salários baixos, pouco reconhecimento, péssimas condições de trabalho e desrespeito: essa é a realidade do trabalhador das estradas brasileiras. O ano de 2012 significou um avanço para essas camadas trabalhistas. A Lei 12.619 que regulamentou a profissão tem, na teoria, o poder de combater os excessos e a exploração que sofrem, todos os dias, os caminhoneiros. O fim da Carta Frete, também se propôs a reduzir as perdas de lucros dos trabalhadores e garantir o recebimento justo do frete. Entretanto, o não cumprimento das Leis trabalhistas e das determinações jurídicas pode colocar em risco toda a categoria. Ainda hoje encontramos muita resistência a respeito da Lei do Motorista.
Alega-se que não há estrutura nas rodovias para se cumprir as paradas de descanso, que o frete vai encarecer para a sociedade e que os custos dos empresários irão subir. Acontece que a maioria das determinações da Lei do Motorista já havia sido colocada pela CLT e pelo próprio Código de Trânsito Brasileiro. As falsas justificativas dadas e a resistência de algumas parcelas do setor em cumprirem as determinações da Lei podem minar as conquistas trabalhistas dos caminhoneiros. Ou seja, se não forem cumpridas, as Leis, mesmo apresentando um avanço institucional para a categoria, podem significar retrocessos para o país. Não só no dia 1o de maio, mas também durante todos os dias do ano, devem existir esforços de toda a categoria para que a profissão seja devidamente exercida e valorizada. O quadro atual dos caminhoneiros no Brasil mostra, sobretudo, a desumanização do trabalho desses indivíduos e não apresentou, até o momento, perspectivas de melhora. Espera-se que, para tirar o atraso de décadas em que os caminhoneiros ficaram marginalizados profissionalmente em seus direitos e benefícios, a categoria toda cumpra as Leis e trabalhe arduamente para que o profissional das estradas receba o devido reconhecimento simbólico, ético e financeiro.
Blog do Chapa
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Entenda como acontece a recauchutagem dos pneus
Os pneus são parte fundamental de qualquer veículo automotor. A integridade desses itens é de suma importância não só para o funcionamento dos veículos, mas também para garantir a segurança do motorista e de terceiros. Por essa razão, pneus carecas e mal calibrados podem significar um risco eminente para os motoristas. Atualmente a maioria dos caminhões roda com pneus recapados ou recauchutados. Tais processos favorecem o consumidor visto que reformam os pneus e proporcionam melhor custo benefício. Nós da estrada sabemos o
quanto é caro comprar pneus novos para caminhões e carretas. Mas, você sabe como funciona o processo de recauchutagem? A etapa inicial de todo o processo de recauchutagem de pneus começa com a “Inspeção”. É nesse momento que os pneus são vistoriados visualmente e também por meio de equipamentos específicos que medem pressão, realizam ultra-sonografia, indução elétrica e outros testes. A inspeção inicial é importate para que sejam medidos os níveis de desgate dos pneus a serem recauchutados. Tal avaliação também diminui os custos de produção. A preparação da carcaça do pneu constitui a fase seguinte. Nela, prepara-se os pneus para receberem as condições de processamento. Para tanto, um torno semi ou totalmente automático raspa as peças para devolver a elas a sua simetria. Após a raspagem, os pneus passam por um processo de escariação para a retirada de qualquer resíduo de contaminação. A etapa dos consertos vem logo depois e é de suma importância. Isso porque,
hoje em dia, os pneus possuim diversos modelos como diagonais, radiais, sem câmara, etc. Nesse trabalho, os técnicos devem ser bem treinados, já que os maiores índices de problemas durante a reforma de pneus encontra-se nesta fase de todo o processo. Após realizados os consertos, vem a construção dos pneus. Nesta fase, também conhecida como processo “précuragem”, a banda de rodagem é preparada e é aplicada juntamente com o coxim de ligação. A vulcanização com Pré-curado vem logo depois, quando finalizado o processo de construção do pneu (pneu + banda de rodagem). Nesta etapa, o material é colocado dentro de um envelope de borracha e montado em uma roda especial, para então ser levado para o autoclave. O ar quente que circula por dentro dos pneus é responsável pela retirada de imperfeições e evitar bolhas. Esse processo de vulcanização tem seu tempo e temperaturas controlados para que a banda de rodagem seja devidamente incorporada à carcaça do pneu. Após os processos anteriores acontece a inspeção final. Nela, o pneu reformado é vistoriado visual e mecanicamente. É nesta etapa que qualquer imperfeição
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e falha deve ser detectada e corrigida. Após a aprovação dos vistoriadores, o pneu reformado está pronto para ser comercializado e instalado em veículos. Os pneus, juntamente com os freios e amortecedores são partes fundamentais de qualquer veículo. Erro na calibragem, pneus carecas e desalinhados podem interferir na estabilidade, frenagem, no conforto e, obviamente, na segurança. Para um desempenho seguro, os pneus não devem apresentar nenhum tipo de deformação ou anomalia e manter a pressão adequada dos pneus – e também indicada pelo fabricante – é essencial. Quanto aos pneus reformados, é imprescindivel que, antes da compra, o consumidor fiscalize se o produto está de acordo com as normas técnicas e foi re-produzido por uma indústria especializada e de confiança. A segurança de você, caminhoneiro, e dos terceiros que rodam ao teu lado pelas estradas, também depende disso! Boa viagem!
Abraço do Chapa! Fonte técnica: Goodyear Pneus.
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REPORTAGEM
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Entenda os problemas que afetam a sua mobilidade no trânsito Faltando apenas um ano para a Copa
demora entre um ônibus e outro. Antônio Marcos, caminhoneiro itapido Mundo de 2014, as cidades parecem rense desde a década de 1970, alega grandes canteiros de obra. Vias estão que a cidade está cada vez mais defasaem reforma, calçadas foram arrebenda em termos de infraestrutura. “Agora tadas, os alicerces de novos prédios para carregarmos ou descarregarmos começam a tomar forma e as estradas no centro temos horários específicos. passam por incríveis alterações. Nem sempre dá pra alguém que vem de Ao se depararem com tantas alterações, outra cidade ou estado cumprir com esas opiniões dos cidadãos sobre a recepses horários. Muitos ficam esperando o ção de grandes eventos como a Copa dia inteiro pra descarregar ou carregar e as Olimpíadas no Brasil se dividem. no horário certo. Tiraram nossa liberDe um lado, as obras e modificações dade de circulação e ainda nos culpam impostas por esses eventos internaciopelos problemas do trânsito”, explicou. nais geraram uma infinidade de novos Para o caminhoneiro de 56 anos, as empregos e também irão proporcionar prefeituras não agem com responsabenefícios e melhorias para as populabilidade e preocupação quando o asções em longo prazo. Por outro, alguns sunto é trânsito. “Eles fazem obras de questionam o grande investimento de emergência, não pensam como vai ser dinheiro em algumas áreas, quando sedaqui a 50 anos. Por isso que está semtores como a saúde e a educação, por pre ruim pra todo mundo e nada nunca exemplo, atingem níveis preocupantes funciona”, afirmou. de descaso público. Tendo em vista essa realidade, é preDiante dessa realidade cabe a pergunindependentemente das restrições, a ciso entender como as restrições e a ta: será que as administrações públicas Foto: Divulgação das cidades estão se preocupando em das 17 às 22 horas de segunda a sexta- qualidade do tráfego não aumentou e falta de planejamento público para o preparar a infraestrutura das vias e es- -feira e, aos sábados, das 10 às 14 ho- não houve uma diminuição considerá- trânsito afetam não só a vida dos camitradas para melhorar a mobilidade de ras. O valor da multa é de R$ 85,13, vel dos danos, tampouco dos engarra- nhoneiros, mas de todos nós. É preciso entender que todos esses fatores fazem motoristas, pedestres e caminhoneiros? com acréscimo de quatro pontos na car- famentos. teira de habilitação para quem infringir Nas grandes cidades o número de no- parte de uma cultura que, até hoje, traA resposta para essa pergunta pode ser a lei e quem fiscaliza a área são os téc- vos carros que circulam diariamente é tou com bastante descaso e desatenção encontrada no dia a dia, já que rotineinicos da Companhia de Engenharia de difícil de ser estabelecido. Com as faci- a infraestrutura do tráfego nas cidades. ramente sentimos os problemas não só Tráfego (CET). lidades de crédito, todos querem trocar Municípios com 70 ou 100 mil habitanda péssima qualidade da nossa infra-estrutura, mas também dos transtornos As cidades pequenas, como as da re- de carro e não é difícil ver uma família tes já mostram que as gestões públicas gião da Baixa Mogiana, estão seguindo de quatro pessoas com 3 ou 4 veículos pouco ou nada fazem pela melhoria do que reformas e obras nos causam. os passos e restringindo a mobilidade na garagem. A mentalidade consumista trânsito e do transporte público. Talvez o maior problema dentro de dos caminhoneiros. Mogi Mirim e Ita- e individualista que tem se formado nos Para Dona Iraci, moradora do munitodo esse contexto, seja as retrições à pira, por exemplo, já possuem regras membros das classes médias e altas, cípio de Itapira há 70 anos, o grande circulação em geral. Sobre o assunto, que impedem a circulação de cami- contribui para que cada vez mais tenha- problema são os sinais de trânsito que são conhecidas as restrições da circunhões por algumas vias centrais e resi- mos mais carros sendo utilizados por abrem e fecham com uma velocidalação de veículos em vias específicas, denciais. Impõem-se, também, horários de quase instantânea. “Às vezes nós, afetam diretamente os camiidosos, estamos atravessando a nhoneiros e demais transporEles fazem obras de emergência, não pensam como vai ser daqui a 50 anos. faixa de pedestre, e os carros já tadores. Em grandes centros estão acelerando, querendo pascomo São Paulo e Rio de JaneiPor isso que está sempre ruim pra todo mundo e nada nunca funciona sar. Os sinais daqui abrem e fero as normas que restringem os cham muito rápido”, explicou. horários e vias de circulação de Antônio Marcos, caminhoneiro. Iraci também disse que não cocaminhões já são aplicadas há nhece nenhum sinal de pedestre algum tempo. na cidade. “Fizeram algumas obras na De acordo com pesquisas, a última res- determinados para carga e descarga. A apenas uma pessoa. Além disso, exis- José Bonifácio (rua do centro) no ano trição de circulação imposta pela Pre- justificativa para essas regras também te certa recusa de algumas pessoas em passado, para dar mais segurança para feitura de São Paulo, proibiu o tráfego se baseia no fato de que caminhões e utilizar o transporte público tendo em quem atravessa essa rua, mas esquecede caminhões na marginal Tietê e cau- veículos de carga atrapalham o trânsito vista suas deficiências e super lotação. ram de ensinar os motoristas que, nessa sou aumentou em 20% nos custos das e causam danos a algumas ruas. Nas cidades pequenas não é diferente. área, a preferência é do pedestre”, retransportadoras da região. A meO contraponto para a eficiência des- Em Itapira, por exemplo, não existe ne- clamou. dida é justificada, principalmente, com sas medidas aparece no próprio dia a nhum sinal de trânsito para pedestres. A entrevistada se refere à obra que o argumento de que grandes veículos dia. Nota-se que, independentemente As vias são esburacadas e, em determi- construiu elevações do nível da rua ao são responsáveis por maior lentidão e da circulação de grandes veículos de nados locais, as ruas ficam entupidas de nível da calçada. As elevações foram engarrafamento nessas vias. carga, o número de automóveis cresce veículos estacionados. Soma-se a tudo realizadas na gestão passada e tiveram As regras são claras. A fiscalização rapidamente e o trânsito se faz cada vez isso, a falta de transporte público efi- como objetivo facilitar a travessia dos restringe a circulação de caminhões de mais desorganizado. Em outras palaciente, o alto preço das passagens e a pedestres na Avenida José Bonifácio, a cargas na marginal das 5 às 9 horas e vras, o que se nota diariamente é que,
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REPORTAGEM principal do centro de Itapira.
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23 horas. Se essas cidades crescerem, teremos um problema muito maior”,
cipal transtorno e também constrangimento é na hora de utilizar o banheiro. Não há espaço para entrar com a cadeira de rodas, não há corrimãos, tampouco assentos apropiados. Por outro lado, Eliandro afirma que várias vezes os donos e comerciantes se preocupam com as reformas. “Proprietários ou gerentes de locais que não são adaptados vem até me pedir desculpas pelo transtorno e dizem que vão providenciar melhorias”, explicou. É importante frisar que todos esses problemas também afetam, e numa escala bastante ampliada, os grandes centros urbanos. Basta uma simples caminhada pelas ruas, centrais ou não, de cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, para entendermos que as minorias e muitos dos direitos fundamentais dos cidadãos não estão contemplados na maioria das obras públicas. Foto: Divulgação Essa realidade mostra que não são soOutro tema que preocupa as popula- afirmou. A estudante também alegou mente os caminhoneiros que sofrem ções das cidades pequenas é o trans- que os moradores da área rural da cidacom a falta de preocupação das adporte público. Por mais que ele exista de sofrem ainda mais com a falta dessa ministrações públicas com a questão em cidades do interior, o número de infraestrutura. do trânsito e da mobilidade em geral. ônibus nunca parece ser suficiente para Marina tem toda razão. Se em grandes Faltam linhas de ônibus, estruturas que atender ao público. Nota-se um certo cidades o uso do transporte público se permitam a inclusão, organização do descaso com esse tipo de transporte, já espaço, programas de que as distâncias não são tão longas e e conscientiSó porque a cidade é pequena, a Prefeitura não coloca mais ônibus e educação boa parte das pessoas possui carros ou zação e, principalmente, motos. Além disso, muitos administrarespeito à liberdade de nem varia as linhas dores alegam que o número de usuários cada indivíduo que queinão seria suficiente para ampliar os serMarina Maciel, estudante. ra trafegar e caminhar viços prestados. com segurança. Mais do Não é o que conta Marina Maciel, uma isso, esses problemas estudante de 15 anos do Ensino Público faz em grande escala, apesar de suas e, até mesmo, uma disposição dos mo- deixam evidente que, independentede Mogi-Guaçu. Segundo a jovem, não deficiências, nas pequenas, parece que toristas para auxiliar essas pessoas. mente de serem pequenas ou grandes, é difícil ver pessoas que vivem em áre- grande parte da classe média ou daque- Eliandro Consorti, empresário da área as cidades mostram que a mentalidade as mais afastadas da cidade esperando les que possuem um veículo, não rei- de transporte de 35 anos, sofreu uma dos administradores públicos não depor horas para pegaram um ônibus até vindicam ou atentam para o direito de lesão e faz o uso de cadeira de rodas há monstra uma preocupação com a queso centro ou para os seus locais de tra- ter transporte público de qualidade. Em três anos. Em Itapira, Eliandro contou tão da mobilidade. Em outras palavras, balho. “Só porque a cidade é pequena, cidades desse tipo, se você não possui que somente nas ruas principais é que não existe uma cultura entre os polítia Prefeitura não coloca mais ônibus e um veículo próprio, fica difícil depen- existem algumas vias rebaixadas e va- cos que valorize a inclusão de pessoas der de ônibus ou, até mesmo, serviço nem varia as linhas. com restrição e se preocupe em resolÀs vezes pra você faver esses problemas básicos de trânsito, zer um trajeto de 15 Se a gente não tiver um acompanhante, temos que trafegar pela rua mesmo. transporte público e mobilidade social. minutos, demora 1 Espera-se que, com o crescimento ecohora, porque a mes- É muito complicado nômico e populacional, as cidades – Eliandro Consorti, cadeirante. ma linha passa em di- pequenas ou grandes – ofereçam aos versos bairros da cicidadãos condições básicas de vivência dade”, disse Marina. e mobilidade. É preciso entender que de taxis. gas para deficientes físicos. Em vários Para Marina, o grande problema é que transporte público, calçadas adequadas, as pequenas cidades já possuem uma Na cidade de Itapira, os que dependem locais as guias não são rebaixadas e não trânsito organizado e sinais de pedeslógica de que o transporte público não de transporte público ficam à mercê de há estrutura, prejudicando a mobilida- tres também são direitos essenciais da é necessário. “Os ônibus deveriam ser horários muito restritos e de trajetos de e colocando em risco as pessoas. “Se população como um todo, sejam camigratuitos, ou deveríamos pagar apenas que não contemplam os bairros mais a gente não tiver um acompanhante, nhoneiros, idosos, cadeirantes, estuum valor simbólico para mantê-los em afastados do centro. Nas regiões consi- temos que trafegar pela rua mesmo. É dantes ou trabalhadores. bom estado e rodando. Além disso, os deradas como “áreas rurais”, os grupos muito complicado”, afirmou. estudantes precisam de mais linhas e de trabalhados precisam encontrar al- Muitos dos comércios e estabelecimentos de Itapira não possuem adaptações Redação Chico da Boleia também de ônibus que rodem à noite, ternativas para chegar ao trabalho. já que muitos de nós estudam até as É o caso de Antônio de Freitas, mora- para cadeirantes ou deficientes. O prin-
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dor da área de Vergel – uma pequena região de assentamento rural localizada na estrada que liga Itapira e Mogi Mirim. Segundo o morador, sempre que necessita ir em algumas das cidades, a dificuldade em encontrar transporte é grande e os horários são restritos. “Ficamos à mercê do ônibus que faz o trajeto entre Itapira e Mogi-Mirim, por isso precisamos ir até a Rodovia quando queremos ir até alguma das duas cidades. Essa realidade complica demais a nossa vida, perdemos muito tempo e não existe garantia de segurança”, alegou Antônio. Mas as deficiências de mobilidade afetam, ainda mais, as pessoas que exigem cuidados especiais. É geral o problema da falta de infraestrutura para cadeirantes ou pessoas com restrições de mobilidade. Quase não se vê calçadas com guias rebaixadas, espaços com rampas
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ESPORTES
O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO
CHICO DA BOLEIA
Regis Boessio vence a terceira etapa do GP Aurélio Batista Félix de Fórmula Truck
Com a vitória, Régis Boessio alcançou a segunda colocação no Campeonato Brasileiro / Foto: Larissa J. Riberti
A
cidade Pernambucana de Caruaru recebeu no final de semana de 17 a 19 de maio, a terceira etapa da competição mais popular do automobilismo, a Fórmula Truck. Prometendo esquentar ainda mais o clima nordestino, os 24 pilotos que disputaram a etapas Brasileira e Sul-Americana do Campeonato iniciaram os treinos livres na sexta-feira (17) debaixo de bastante chuva. Líder do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck, Paulo Salustiano liderou o primeiro treino. O piloto paulista da ABF Racing Team cronometrou a volta mais rápida com o tempo de 1min50s056. Uma média de 104,019 km/h para os 3.180 metros de extensão do Autódromo Internacional Ayrton Senna. Na sessão da tarde, Welligton Cirino, piloto paranaense da ABF/Mercedes-
-Benz, fechou a sessão com o tempo de 1min48s753. Atrás dele, o pernambucano e também dono da casa, Beto Monteiro, da Scuderia Iveco, cravou o tempo de 1min49s092. Até então, Cirino era o favorito para a corrida de domingo (19), visto que venceu na corrida de Caruaru do Campeonato de 2012. Os treinos livres da manhã do sábado (18) também aconteceram com o tempo nublado e com chuva. O melhor tempo ficou com Beto Monteiro, da Scuderia Iveco. O pernambucano marcou 1min48s577. Roberval Andrade, da Ticket Corinthians Motorsport, fez o segundo melhor tempo e cravou 1min48s722, seguido de Welligton Cirino, da ABF/Mercedes-Benz, Leandro Totti, da Man Latin America Racing Team e Djalma Fogaça da equipe 72 Sports/Ford Racing Trucks.
Ao final do treino, Diogo Pachenki, da ABF Racing Team, bateu na proteção de pneus no fim da reta oposta. Segundo informações da Assessoria de Imprensa da Fórmula Truck, Diogo explicou que a polia que refrigera o motor quebrou, cortando a mangueira de água do radiador, o que causou o escoamento de águas nos pneus. O piloto não conseguiu frear e bateu. O melhor tempo da segunda sessão de treinos livres do dia de sábado ficou com Leandro Totti, da RM Competições, que voltou a fazer bons tempos e fechou com a marca de 1m48s707. Em seguida vieram Geraldo Piquet, da ABF Mercedes-Benz, Adalberto Jardim da RM Competições, Beto Monteiro da Scuderia Iveco, e Regis Boessio da Boessio Competições. Depois do treino classificatório e do Top Qualifying, o Grid de Largada para domingo ficou definido da seguinte maneira: Leandro Totti em primeiro com o tempo de 1min48s391, seguido de Régis Boessio que cravou 1min48s928, Wellington Cirino com a volta de 1min49s085, Paulo Salustiano com 1min49s097 e o piloto Leandro Reis com o tempo de 1min49s361. A corrida. A etapa em Caruaru contou pontos para ambos os campeonatos: Sul-Americano e Brasileiro. Depois de um tempo instável, o sol apareceu na cidade pernambucana por volta das 8 horas da manhã, animando o público caruarense que fez bonito e lotou as arquibancadas. A participação massiva dos pernambucanos foi notada durante o desfile dos pilotos e também do Show de Caminhões com
Gabi, Dani e Juninho, os herdeiros de Aurélio e Neusa Félix. Dada a largada da corrida, Leandro Totti manteve a liderança durante boa parte do tempo. Mas na abertura da penúltima volta, Boessio ameaçou tentar pressionar Totti pela linha externa da pista, ainda na reta, e encontrou espaço por dentro no contorno da primeira curva para fazer a ultrapassagem que lhe deu a liderança. Wellington Cirino, que foi aos boxes, perdeu sua posição, deixando a briga entre Paulo Salustiano e Beto Monteiro. Enquanto isso, Leandro Reis, que tem feito uma boa temporada neste ano, manteve-se na quinta colocação. Na última volta, Regia Boessio cruzou com folga a linha de chegada. Ao se aproximar do final, Leandro Totti foi ultrapassado por Salustiano. Ao final, a classificação ficou da seguinte maneira: 1º) 83 - Regis Boessio (M, SP), 23 voltas 2º) 55 - Paulo Salustiano (M , SP), a 4.609 3º) 73 - Leandro Totti (W , PR), a 4.690 4º) 88 - Beto Monteiro (I , PE), a 6.949 5º) 51 - Leandro Reis (S , GO), a 8.217 6º) 2 - Valmir Benavides (I , SP), a 13.431 7º) 72 - Djalma Fogaça (F , SP), a 15.179 8º) 77 - André Marques (W , SP), a 25.055 9º) 12 - Zé Maria Reis (S , GO), a 42.183 10º) 14 - João Maistro (V , PR), a 42.474 11º) 99 - Luiz Lopes (I , SP), a 1:01.460 12º) 0 - Alberto Cattucci (V , SP), a 1 volta 13º) 6 - Wellington Cirino (M , PR), a 3 voltas 14º) 44 - Edu Piano (F , SP), a 5 voltas 15º) 30 - Rogerio Castro (V , GO), a 6 voltas 16º) 80 - Diogo Pachenki (M , PR), a 7 voltas 17º) 4 - Felipe Giaffone (W , SP), a 10 voltas
18º) 10 - Ronaldo Kastropil (S , SP), a 10 voltas 19º) 21 - Alex Caffi (I , IT), a 11 voltas
20º) 7 - Debora Rodrigues (W , SP), a 15 voltas 21º) 3 - Geraldo Piquet (M , DF), a 16 voltas 22º) 11 - Jansen Bueno (V , PR), a 17 voltas 23º) 8 - Adalberto Jardim (W , SP), a 21 voltas
24º) 15 - Roberval Andrade (S , SP), a 22 voltas Informações técnicas: Fórmula Truck Redação Chico da Boleia
GP Aurélio Batista Félix! Foto: Larissa J. Riberti
DE BOA NA BOLEIA
O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO
CHICO DA BOLEIA Diante desta situação, decidi gravar o documentário “Escola de Bambu”. Trouxe o material para o Brasil e retomei contatos profissionais para que pudéssemos finalizá-lo. Depois de concluído o vídeo, decidimos nos organizar para construir uma escola com as condições básicas para um ensino adequado.
Escola de Bambu: “Porque solidariedade não enxerga fronteiras”
No dia 05 de maio, Chico da Boleia esteo ve presente em uma feijoada beneficente, a organizada para arrecadar fundos para o projeto “Escola de Bambu”. Nós da redar ção, não conhecíamos o projeto e, durante a as pesquisas, nos interessamos tanto pela o iniciativa que resolvemos oferecer esse espaço do nosso Jornal para divulgar as ações. Quem apresenta o projeto é Vinícius Zanotti, um jornalista de 27 anos que viajou até a Libéria em 2010. O texto abaixo é , de sua autoria e está disponível no site www.escoladebambu.com.
e Com satisfação, abrimos espaço para di-
vulgar a ação social que visa promover a . educação e inclusão de crianças em uma u das regiões mais pobres do planeta.
e i O projeto: a : “Meu nome é Vinícius Zanotti, sou um jornalista de 27 anos, e escrevo para apresentar o projeto Escola de Bambu. No ano de 2010 tive a oportunidade de viajar para a Libéria, país extremamente pobre situado ao oeste do continente africano, logo abaixo de Serra Leoa. A Libéria tem uma história triste, devastada que foi por uma guerra civil que durou 14 anos e só se encerrou em 2003. A maior parte dos soldados eram crianças cooptadas pela guerrilha e estimuladas a combater. Neste país em que não existe rede pública de energia elétrica, saneamento básico, semáforos em funcionamento, asfaltamento
em ruas, transporte público e tantos outros benefícios existentes no lado ocidental do mundo, encontrei uma das pessoas mais incríveis que já tive a oportunidade de conhecer: Sabato Neufville. Sabato, 34 anos, solteiro, adotou 9 crianças órfãs de guerra e é o principal organizador do “United Youth Movement Against Violence”, cuja finalidade é educar adolescentes liberianos e evitar que virem estatística nos elevados índices de violência infantil que ainda atormentam o país. Seu salário é de U$ 800 mensais para trabalhar como prestador de serviços na missão que a ONU mantém na Libéria. Com este dinheiro, além de alimentar e estudar os 9 filhos adotados, financia atividades de teatro, dança e música em dois diferentes bairros. Se não bastasse, ainda construiu uma escola para que 300 crianças da periferia de Monróvia, a capital, pudessem ser educadas na comunidade de Fendell. O salário que ele consegue repassar aos professores são irrisórios U$ 20, quando o mínimo na Libéria é de U$ 70 mensais. Mesmo assim, os professores da unidade construída com bambus enfileirados não pensam em procurar outro trabalho. Eles sabem que, se abandonarem a comunidade de Fendell, dificilmente aquelas crianças terão outra oportunidade para estudar. A falta de estudo, para aqueles professores, transformará os jovens em presas fáceis de serem cooptadas e levadas ao campo de batalha num eventual novo conflito.
Meu amigo e arquiteto André Dal'Bó fez o projeto deste novo espaço, prevendo saneamento básico, cisternas, blocos adobe, e bambus, porém utilizados como elemento estrutural, e não para vedação como na atual escola. Para solucionar o problema energético, contamos com o projeto desenvolvido pelo também amigo e bioconstrutor Peetssa: um gerador de energia fabricado com ímãs de HDs quebrados e rodas de bicicleta. Uma solução barata, de energia totalmente limpa e renovável. Em ambos os casos, a tecnologia será repassada para os liberianos como forma de cooperação de conhecimento. Os dados da Libéria são extremamente alarmantes! Estamos falando do país que ocupa a 6ª posição, de baixo para cima, no Índice de Desenvolvimento Humano. É também a nação com menor índice de acessos à Internet do mundo: apenas 2800 pessoas conectadas em um universo de pouco mais de 4 milhões. Como proposta para melhorar estes índices, o projeto Escola de Bambu prevê a construção de uma sala de informática com pelo menos 40 computadores; desta forma, as 300 crianças que lá estudam vão estar inseridas no mundo di-
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gital. Esta nova sala também vai estar apta a atender aos alunos da Universidade da Libéria, que fica a apenas 1 quilômetro do atual terreno. Estamos em fase de captação de recursos, enquanto buscamos parcerias com empresas ou instituições que se disponham a patrocinar o projeto, cujo valor total é estimado em R$ 250.000,00. Para isso, vendemos o documentário em DVD, camisetas e canetas com o logotipo que criamos para a campanha visando financiar o projeto.
Nosso grupo, que reúne mais de 33 profissionais brasileiros, todos atuando como voluntários, tenta levar um pouco de esperança e desenvolvimento ao povo acolhedor, sorridente e pacífico da comunidade de Fendell. É o mínimo que a vida e que aquelas crianças podem esperar de nós. Seja um bambuzeiro você também e colabore com a construção desta nova escola!” Tudo o que você precisar saber sobre o Projeto, encontra-se no site: www.escoladebambu.com Dados bancários para doações:
Instituto de Estudos, Formação e Assessoria de Programas e Projetos Escola de Bambu. Banco do Brasil Ag: 1515-6 CC: 47.019-8 CNPJ: 15.193.918/0001-71 Redação Chico da Boleia
TRANSPORTE AEROMÉDICO (UTI AÉREA) FRETAMENTO EXECUTIVO DE AERONAVES CONVÊNIO COM PLANOS DE SAÚDE E SECRETARIAS DE SAÚDE
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PLANTÃO 24H
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(62) 3207-5001 / 3207-5566 (62) 9971-5370 / 9980-1419
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WWW.BRASIL.COM.BR - FRETAMENTO@BRASILVIDA.COM.BR
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ENTRETENIMENTO
O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO
CHICO DA BOLEIA
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadinha www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL 2013 Dois países do Oriente Médio invadidos pelos Estados Unidos
Assinado (abrev.) Ave de plumagem rosada Pela (?): indo até a origem
O ambiente que leva à hipotermia
Promoção
A Consti- Pão de Açúcar e Cristo Redentor, tuição de em relação ao Rio de Janeiro um país Marca (?) da Guiné: banha da pessoa inflexível a costa de Gana
Batom (?): brilha na luz negra Cerveja inglesa Tecido de porta-CDs
Deixar alguém em má situação (gíria) Esperto; ladino Nesse lugar
Lev Tolstoi, escritor russo
Obstáculo da prova de salto com vara Onde viveu Anne Frank por 2 anos (2ª Guerra)
Casa das (?) Janelas, postal de Belém
Causa da licença médica
“(?) dos Apóstolos”, livro da Bíblia cuja autoria é atribuída a Lucas
Clínica para tratamentos estéticos
Ernö Rubik: criou o Cubo Mágico
Regina (?), apresentadora do “Esquenta” Assumir compromisso de casamento
Número “(?) Apai(abrev.) xonado”, Avenida música de (abrev.) Noel Rosa
(?) ao vinho, sobremesa sulista
Apelido de “Gisele” Filho, em inglês
Dominados pelo estresse A maior ilha da Polinésia Francesa
Inscrição da Cruz Em (?): sobre
Ganhador do brinde - Anezio Soares - 'Birola' e Chico da Boleia O número 3,1416 (Mat.)
Desinência verbal do infinitivo
(?) Burton, diretor de “Frankenweenie”
Som característico do pardal
G A G O G O L F O
P O N T O S T U R I S T I C O S
www.coquetel.com.br
R A I O
Nas BaNcas e Livrarias
M I N N E N T R R A A T N S A O I V G T EN S A C O I N C A P A R I
SHERLOCK
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Solução
APRENDA A PENSAR COMO
IM
BANCO
Fenômeno luminoso de tempestades
Acessório comum ao golfe e à sinuca
A E C F F L A F E R R A R T G A IO A I S A O N Z E M I S P A E S A C G TÃ O N D O E N Ç A V E R D E IR E T A B R I A Q U I M I U J T A E R O V I
Funcionários, em terra, de companhias como a TAM
A “voz” do fantasma, em charges
3/son — tnt. 4/gaio — onze — sagu. 7/sarrafo. 10/carta magna. 11/aeroviários.
Cor que identifica a militância ecológica Descerrava A Ciência de Lavoisier
Ganhador do brinde - Geraldo Michellini
DEBATENDO A LEI DO MOTORISTA
Companheiros e Companheiras do trecho! Eu estive na Capital Federal acompanhando a XIII Conferência sobre Transporte Rodoviário de Cargas, onde foram discutidos dois temas de suma importância: a Lei 12.619 e a questão da Segurança no Trânsito. Em relação à Lei 12.619 mais conhecida como a Lei do Motorista ou Lei do Descanso, a situação esta difícil. Se de um lado todos os envolvidos concordam que ela é necessária, de outro, todos dizem que tem que mudar algo, desde um simples parágrafo, até a necessidade de uma refeitura completa de sua redação. E ai que mora o problema. Problema porque se houver necessidade e concordância, os que irão fazer as alterações demandadas serão aqueles grupos que tiverem maior poder de pressão. Em outras palavras, as modificações não necessariamente atenderão as ne-
cessidades dos caminhoneiros. Sim pode parecer estranho, mas esta é a realidade dos fatos. Todos os setores envolvidos, Empresários, Agronegócios, Cltistas, Autônomos, Ministério Público, Ministério do Trabalho, Governo Federal, Câmara dos Deputados e Senado Federal têm uma proposta diferente. E olha que eu não entrei ainda nas divergências que cada um dos setores ai listado tem dentro de suas próprias bases. Resumindo, e digo isso na minha opinião, a possibilidade de um consenso está bem distante. Claro que um acordo não é impossível, mas os atores envolvidos tem que começar a abrir mão de alguma coisa para que a negociação se concretize. E ainda com todo o respeito às entidades envolvidas, me pergunto como está o envolvimento da base, do pessoal que está no trecho diariamente - seja empre-
CHICO DA BOLEIA
sa, seja autônomo, sela cltista. Vocês estão sendo informados, estão participando das discussões que suas lideranças defendem? Somos aproximadamente mais de 2.000.000 de motoristas pelo País, e toda vez que paro em algum posto de combustível, o desconhecimento é geral sobre a Lei. As lideranças do setor e outros órgãos envolvidos não se entendem, a base das referidas lideranças desconhece o que está acontecendo. Logo, é possível imaginar que alguma coisa não está funcionando de acordo. O que dá para perceber é que o grande gargalo da lei está na questão do tempo de direção e na necessidade da área de descanso. Para isso se faz necessário infra estrutura. Coisa que falta em todo Território Nacional. Nesse sentido, falar em estatística é extremamente temerário, ainda mais quando rodamos muito pelas estradas do Brasil. Alguém falar que a cada x quilômetros tem um Posto de Combustível, e ainda pior que o referido posto possa ter uma área de descanso descente, é no mínimo piada de mau gosto. Como resolver isso? Outro problema é “Tempo de Espera” quando começa e quando termina? Como controlar a “Jornada de Trabalho” ou como controlar o “Tempo de Direção” do Autônomo? São perguntas sem respostas! E a pior de todas as perguntas, “A LEI ESTA VALENDO”?
O entendimento todo mundo quer, mas este ainda está distante
Evento na Câmara dos Deputados enfatizou importância da segurança no trânsito e discutiu Lei do Motorista. Foto: Chico da Boleia
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Com essas questões podemos ter uma idéia do tamanho do problema. Eu Chico da Boleia já escrevi e declarei em alto e bom tom que sou a favor da Lei 12.619 pois ela tira do limbo uma categoria de suma importância para a economia do Pais. Ela tira da informalidade o profissional do trecho. Mas o que falta, é um debate maior nas bases de todos os setores envolvidos, que agrege o maior número de pessoas nas discussões. Ele deve correr de norte a sul, desde os grotões até os grandes centros urbanos, e a partir daí criar um consenso, e um conhecimento, real sobre a tão importante Lei. Creio que tal tarefa seja possível com vontade política. Alguns podem dizer ou perguntar: “Como fazer assembléia com autônomos ?” Muito simples, porém trabalhoso. É só ir onde eles se encontram no almoço ou na hora de pernoitar que são os postos de combustíveis. É de conhecimento geral, digo é de conhecimento de quem vive o dia a dia do trecho que existem postos ou restaurantes onde mais de uma centena de profissionais param. Basta conhecer e viver o dia a dia da lida. O debate continua, e isso deve levar o ano todo. Então Companheiro, participe! Corra atrás de informação, procure seu sindicato, vamos fazer com que a nossa Lei seja de fato nossa! Chico da Boleia
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