O JORNAL PARA O
AMIGO
CAMINHONEIRO
Distribuição Gratuita www.chicodaboleia.com.br Ano 02 - Edição 23 - Novembro de 2013
Orgulho de ser caminhoneiro
EDIÇÃO NACIONAL O mundo fascinante da Fenatran: recorde de público e grandes negócios
Gigantesca é o adjetivo que melhor define a 19ª edição do Salão Internacional do Transporte, também conhecido como Fenatran.
Pág. 3 LZN Logística adquire 68 caminhões Mercedes-Benz
Chico da Boleia esteve na cidade de Dois Córregos e conversou com o Diretor de Operações, Cesar Tidei Filho, sobre a aquisição dos 68 caminhões MercedesBenz e a parceria com a Concessionária Irmãos Davoli. Pág. 5
Felipe Giafonne brilha em Curitiba
19ª Fenatran 2013 | Foto: Matheus Moraes
EDIÇÃO ESPECIAL FENATRAN 2013
ISO 9001
A MAIOR FEIRA DO SETOR DE TRANSPORTE DA AMÉRICA LATINA
Depois de terminar dois dos quatro treinos livres com o melhor tempo – sem contar o warm-up – o piloto Felipe Giaffone conquistou o título da nona etapa do GP Petrobras de Fórmula Truck que aconteceu no dia 10 de novembro no Autódromo Internacional de Curitiba.
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EDITORIAL
Novembro: contagem regressiva para o fim do ano.
É Companheiros, muita gente já está contando dias, horas e minutos para o fim do ano. Sem dúvida nosso país é um país de festas, pois mal termina o ano e já começa a espera pelo carnaval. Depois do carnaval é olhar a folhinha para ver os feriados. Aí vem julho, férias das crianças e para ajudar este ano temos Copa do Mundo no país do futebol. Também teremos o período eleitoral, uma fauna enorme pedindo votos de todas as maneiras possíveis imagináveis e inimagináveis. Mais uma vez chegamos ao fim do ano. Vamos nos ater em novembro de 2013. Tivemos no dia 1o de novembro, o encerramento de uma da mais importantes edições da FENATRAN com recorde de Publico e, com certeza, recorde de negócios. Um dos fatores que olho para dizer a constatação acima foi a presença dos principais CEOS das Montadoras Internacionais que se deslocaram até o Brasil para acompanhar de perto o Evento. Sem dúvida alguma os brutus mostraram em definitivo sua força no cenário econômico. A tecnologia se fez presente em todos os modelos de todas as montadoras. A Indústria de Implementos Rodoviários não fica atrás. O setor de Pneus também “bombou”. Resumindo, todos os segmentos que expuseram na 19ª FENATRAN vie-
ram com força total. Acredito que a FENATRAN a partir de 2015 passa a integrar a agenda mundial de todos aqueles que operam com transporte rodoviário de cargas. Novembro também é o mês da consciência, é momento de nós homens cuidarmos melhor de nossa saúde. Sim, devemos acordar para um problema serio que muitos não dão a devida importância em função do preconceito, estou falando do câncer da próstata. O Novembro Azul é uma campanha para nos alertar deste fato, nós homens com mais de 45 anos devemos fazer exames periódicos para prevenção. E em falando em preconceito no dia 20 comemora-se o Dia da Consciência Negra, e para simbolizar esta data é lembrado o ZUMBI DOS PALMARES, que há um século e meio antes da abolição da escravatura já lutava pelo direito de ser livre. Zumbi e outros companheiros criaram o maior quilombo que se tem noticia. Os quilombos eram regiões onde os negros que fugiam da escravidão se reuniam para se esconderem e se protegerem. O quilombo liderado por Zumbi foi ali na serra da Barriga em Palmares e chegou a ter milhares de negros. E não podemos deixar de falar do dia 15 de novembro de 1889, quando o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório. Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. Poucos dias depois, D.Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa.
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CHICO DA BOLEIA Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. Foi um grande avanço rumo a consolidação da democracia no Brasil, mesmo que ainda exista muita gente que questiona se realmente estamos no caminho certo. E peço licença aos amigos para desejar o meu Irmão Airton Francisco um Feliz Aniversario cheio de Luz e Muita Alegria um forte abraço. Boa leitura e até o mês que vem. Chico da Boleia Orgulho de ser caminhoneiro
Expediente Sede: Rua José Ravetta, 07 - Itapira-SP, CEP 13977-150 Fone:(19) 3843-5778 Tiragem: 50.000 exemplares Nacional, 10.000 exemplares Baixa Mogiana e 10.000 exemplares Grande Ribeirão Preto Diretora-Presidente: Wanda Jacheta Diretor Editorial: Chico da Boleia Editor Responsável: Chico da Boleia Coordenação / Revisão Larissa J. Riberti Diagramação Pamela Souza Suporte Técnico Matheus A. Moraes Juliano H. Buzana Conselho Editorial: Albino Castro (Jornalista) Larissa J. Riberti (Historiadora) Dra. Virgínia Laira (Advogada e coordenadora do Departamento Jurídico da Fenacat) Roberto Videira (Presidente da APROCAM Brasil) José Araújo “China“ (Presidente da UNICAM Brasil) Responsabilidade social: ViraVida Ligue 100 Na mão certa
EDIÇÃO ESPECIAL FENATRAN
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O mundo fascinante da Fenatran: recorde de público e grandes negócios Gigantesca
é o adjetivo que melhor define a 19ª edição do Salão Internacional do Transporte, também conhecido como Fenatran. Realizado entre os dias 28 de outubro e 10 de novembro, o evento apresentou aos mais de 60 mil visitantes modelos variados de caminhões, peças e opções de serviços. Alguns caminhões chegavam a carregar até 250 toneladas e outros modelos custavam cerca de R$ 1 milhão. Foram 370 empresas nacionais e internacionais apresentando as novidades ao público num espaço de 130 mil metros quadrados no Anhembi. Organizada pela NTC & Logística e pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos), a Feira mostrou a importância que o mercado de caminhões vem ganhando nos últimos anos. Chico da Boleia esteve em São Paulo todos os dias conferindo os lançamentos, acompanhando os negócios e conversando com líderes e representantes do setor. A movimentação foi tanta que
nós resolvemos dedicar toda uma edição do Jornal Chico da Boleia Informa para repercutir o que aconteceu nesse evento tão importante. Ao longo das próximas páginas você leitor irá conferir tudo o que o nosso companheiro Chico da Boleia também viu cara a cara em São Paulo. Poderá se informar sobre a atual situação do mercado do transporte rodoviário de cargas, acompanhar os lançamentos, ler depoimentos e conferir alguns dos destaques desta Feira. Uma das novidades apresentadas pela organização foi o espaço Fenatran Experience, no sambódromo do Anhembi. De forma inovadora e inusitada, os principais fabricantes de caminhões colocaram seus produtos a prova nas mãos de potenciais compradores. Marcas como a Volvo, Mercedes-Benz, Scania, Iveco, MAN e Sinotruck toparam o desafio e, ao todo, foram mais de 5 mil quilômetros rodados por 4 mil profissionais que tiveram a oportunida-
de de fazer o test drive nos mais modernos modelos do mercado. Os negócios promovidos pela Fenatran também tiveram proporções enormes. Nesta edição, você vai conhecer a empresa que comprou 68 novos cavalos mecânicos para ampliar sua frota e melhor atender o mercado. Além disso, vai saber um pouco do que as montadoras de caminhões apresentaram em seus estandes. Chico da Boleia relata que ficou impressionado com o tamanho da estrutura montada em São Paulo. “Frequento muitas feiras e estou impressionado com o tamanho desta edição da Fenatran. Particularmente acompanho este evento há vários anos e, nesta edição, todos se superaram. A NTC e a Anfavea não economizaram esforços para mostrar o tamanho da importância que o nosso setor tem não só na economia nacional como na mundial”, afirmou Chico da Boleia. “Além dos inúmeros produtos, novi-
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dades e serviços que são apresentados pelas diversas marcas nos estandes é possível aprender muito sobre o setor durante a Feira. É um evento não só para empresários, comprados, caminhoneiros ou carreteiros. É uma festa para os amantes do nosso setor”, completou. Quer saber tudo o que aconteceu nesse mega evento? Vire a página e conheça esse mundo fascinante dos transportes. Larissa Jacheta Riberti Coordenadora do Jornal Chico da Boleia Informa
Chico da Boleia responde Orlando Silva: Olá Chico, tenho ouvido falar que em 2014 tenho que recadastrar meu caminhão no RNTRC, mas eu já fiz isso em 2012. Preciso fazer de novo? Bom dia Orlando! Agradeço seu contato e sua pergunta vai ajudar esclarecer muitas duvidas que os amigos estão tendo. Em 2007 foi criada a Lei 11.442 que veio para regular nosso setor de transporte rodoviário de cargas. Nesta Lei ficou definido que todo caminhão de aluguel, aquele com placa vermelha, deveria ser cadastrado ou recadastrado junto a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com base em novas regras e que isso deveria ocorrer a cada cinco anos. Como a Lei só entrou em vigor em 2009, conta-se a partir daí o primeiro ciclo de cinco anos para recadastramento desses caminhões que foram cadastrados naquele ano. Ou seja, os cinco anos contam a partir da data do cadastramento. Isso quer dizer que se você fez o seu em 2012, você deverá fazer seu recadastro em 2017. Isso se você não alterar a modalidade de uso do seu caminhão ou se não comprar
mais caminhões. Pois toda vez que você mudar de caminhão você deve informar a ANTT. Companheiros, muitos reclamam das exigências para ter o Registro Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (RNTRC), mas é importante isso existir para que se garanta que os que operam no setor sejam realmente os profissionais habilitados, os caminhoneiros profissionais e não aqueles oportunistas de verão. Um abraço Chico da Boleia
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EDIÇÃO ESPECIAL FENATRAN
Negócios Fenatran: LZN Logística adquire 68 caminhões Mercedes-Benz
Cesar Tidei Filho, Diretor de Operações da LZN Logística, também conhecida como Luizinho Logística
Com recorde de participação de públi- pandir a nossa operação. Hoje eu digo pra
co, a 19ª Fenatran foi palco de novos e grandes negócios no mundo do transporte rodoviário de cargas. Um deles foi protagonizado pela LZN Logística, também conhecida como Luizinho Logística, que atua no mercado há 25 anos. Chico da Boleia esteve na cidade de Dois Córregos e conversou com o Diretor de Operações, Cesar Tidei Filho, sobre a aquisição dos 68 caminhões Mercedes-Benz e a parceria com a Concessionária Irmãos Davoli, uma das mais importantes representantes da montadora no Brasil. Confira alguns trechos da entrevista.
Chico da Boleia: Cesar, conta um pouco pra gente sobre como nasceu a LZN logística. Cesar Filho: A LZN Logística nasceu da distribuição de cimento. O Comercial Luisinho era um atacadista, um distribuidor de material de construção que nasceu há 25 anos. O fundador foi o senhor Luís. Ele retirava o cimento em Votoran, que ele trazia pra nossa região de Dois Corregos, Bauru, e fazia a distribuição através do seu caminhão Ford. E isso em 1978. Com o crescimento dessa empresa, nasceu a Empresa de Logística e Transporte Luizinho. Ela começou inicialmente com transporte de cimento e a partir daí veio angariando outros clientes, de médio e grande porte. Nos últimos três anos foi feito um investimento muito forte em tecnologia para o nosso segmento de logística, foi quando a gente percebeu que o mercado era muito carente de nível de serviço. Ou seja, bons veículos, bons equipamentos, tecnologia da informação e treinamento do quadro de funcionários – e isso inclui principalmente os motoristas. E tendo o foco nesse trabalho voltado para veículos, frota, motoristas, treinamento, nosso nível de serviço foi percebido pelo mercado e nós começamos a ex-
você que em questão de qualidade, frota e nível de serviço, nós somos hoje uma das empresas mais competitivas do mercado. Chico da Boleia: É importante ressaltar, nesse início de conversa, que a LZN não foge à regra do mercado, das empresas sérias de transporte, que nasceu na mão de um transportador autônomo de carga, de um caminhoneiro, exato? Cesar Filho: Exatamente. Chico da Boleia: Cesar, você tem, diríamos assim, formação em duas grandes escolas do transporte nacional. Uma é a Braspress, do nosso amigo Urubatan Helou e a outra é Mirassol da família Salgueiro. Nesse processo que a LZN passa por uma evolução, ela também passou a deixar de ser uma empresa familiar para um quadro executivo e você veio nesse bojo pra ajudar a colocar a LZN num novo patamar. Cesar Filho: Isso! Chico da Boleia: Como você vê essa transição? Como você vê essa experiência que você traz de duas grandes escolas para a nova empresa? Cesar Filho: A questão do DNA daquela pessoa que vem lá do transporte autônomo de cargas, que é bem comum no nosso segmento, ela não é modificado, ela se mantem. A questão da honestidade, da transparência, do conhecimento do trecho, isso tudo a gente tem como uma partida. É lógico que com a evolução do mercado, com as novas tecnologias e com a necessidade, hoje, de informação, um governo que nos pressiona cada vez mais, não da pra fazer como fazia antes. E o que a gente vem agregar quando profissionalizamos uma empresa familiar? A gente tenta trazer esse conhecimento de mercado que foi adquirido em boas faculdades e outras empresas. Eu digo pra você que a Braspress e o Expresso Mirassol foram grandes escolas, mas acima de tudo, é a questão da paixão.
Nós temos hoje nos proprietários das empresas familiares uma paixão muito grande pelo negócio em si. E às vezes a gente precisa deixar essa paixão de lado para ver o que realmente dá resultado. Então eu acho que é mais nesse sentido que a gente agrega. Uma gestão profissional vai olhar os números daquilo que realmente vale a pena, dá retorno e mantem a vida da empresa. Nós iniciamos um trabalho, nós achamos um ponto onde começamos a ter resultado, mas se a gente não evolui e não se modifica a gente acaba entrando num declínio e perde dinheiro. Então quando a gente fala em trazer novas tecnologias, novas pessoas que já viveram outras experiências, é uma forma de agregar valor nesse negócio. É logico que isso depende muito do querer. Eu sinto que a LZN Logística hoje, está muito aberta à evolução e a mudança. O negócio dela é atender o cliente com qualidade, é atender os parceiros. Chico da Boleia: Vocês realizaram, na Fenatran, a compra de 68 veículos para atender a clientela, para atender melhor o mercado. Que caminhões foram esse e como foi feita a escolha? Cesar Filho: Nós fizemos um processo de levantamento de preços, mas antes disso, esse processo levou três meses para ser construído. Então nós chamamos boa parte dos fornecedores do mercado de veículos, nós pedimos a demonstração – os famosos truck-test – e com base nas informações colhidas de consumo e também com os nossos motoristas. Você vai analisar desde o consumo do veículo, até a tecnologia embarcada e o conforto para o motorista. Nós procuramos fazer isso de forma igual pra todos, com a mesma rota, mesma carga transportada e, no final, a decisão acabou ficando pela Mercedes-Benz.
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Foi fundamental nesse processo decisório, além do valor do investimento que estava sendo feito – um investimento extremamente pesado, onde nossa margem de erro tem que ser zero, nós não podemos errar nessa compra – o atendimento que nós tivemos da Concessionária Irmãos Davoli e da própria montadora do veículo. Então nós fomos atendidos por toda uma equipe de suporte. Outra coisa que nós levamos em consideração foi o custo de manutenção desses equipamentos. Então dentro desse contexto de negociação nós colocamos o valor do investimento para cada tipo de veículo, nós definimos um mínimo e um máximo de cavalaria para cada equipamento, ou seja, um cavalo 6x2, um cavalo 6x4 e um cavalo 4x2 e também a faixa de motorização. [...] Outra análise feita foi a de consumo. Os veículos que hoje nós já temos na frota e os veículos que nós testamos. A definição pela marca Mercedes foi valor – melhor preço encontrado dentro da Fenatran, inclusive – o consumo dos equipamento e plano de manutenção. A parceria entre a fábrica e a Davoli veio numa sinergia muito boa. Você percebia que tanto fábrica quanto concessionária estavam atuando em função do cliente. Chico da Boleia: Quais foram os modelos que você pegou da Mercedes-Benz? Cesar Filho: Nós pegamos o 4x2 1933, o 4x2 2536 e o 6x2 2544. Chico da Boleia: E esses veículos vão trabalhar em qual operação da LZN Logística? Cesar Filho: Bom, nós temos algumas operações como a “Frota Dedicada” que atua internamente em algumas fábricas. Alguns desses veículos vão fazer o transporte de insumos de fábrica a fábrica que é tanto Ambev como Unilever. E alguns veículos como os 6x2 vão para o “Frota Itinerante”, onde eles trabalham para clientes como Duratex ou Arcel, onde eles vão fazer as rotas mais longas. Chico da Boleia: Bom, a opção por essa marca, a opção pela concessionária foi resultado da qualidade do atendimento e do pós venda oferecido? Cesar Filho: Exatamente, sem sombra de dúvida a questão do atendimento da Concessionária foi ponto fundamental para a negociação. A presença da Concessionária aqui durante todo o processo e lá o acompanhamento junto com a fábrica na Fenatran foi fundamental. Chico da Boleia: O que a LZN Logística espera para
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2014? oCesar Filho: Bom, nós estamos esperando oque 2014, ao contrário da maioria dos aexecutivos e do que a gente tem ouvido na ,mídia, seja um ano realmente produtivo, aum ano de bons resultados. Nós estamos afalando de um ano de eleições, um ano ade Copa do Mundo e os nossos clientes satuais são clientes que estão direcionados emuito para a parte de entretenimento. E a gente acredita nesse país. Apesar de mtodas as coisas que acontecem é aqui que onós estamos. O mercado de transporte eé um mercado que precisa de muita sinteligência, não é um negócio que pode oser “chutado”. oNós temos trabalhado muito com tecnoalogia, investimos muito numa ferramenta mde TI e indicadores. Então tudo o que a agente tem feito hoje, nós estamos simuelando – antes mesmo da coisa acontecer e– para ver como estaremos lá na frente. E seu digo pra você, Chico, que a expectativa para o ano que vem é muito boa. Não ié fácil, é preciso agir com muita inteliogência, ir com cautela. Mas estamos bem sempolgados. A oRedação Chico da Boleia a a
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Mercedes-Benz e Concessionária Irmãos Davoli na Fenatran e sem pedal de embreagem para as versões 1933 e 2544, as versões 6x2 e 6x4 ganharam suspensão pneumática do chassi e novos eixos traseiros. Quem esteve conferindo todos os lançamentos da montadora foi João Davoli, Diretor da Equipe concessionária Irmãos Davoli na Fenatran | Foto: Matheus Moraes Concessionária Irmãos Durante todo o dia a movimentação Davoli, juntamente com sua equipe. pelos corredores da 19ª Fenatran era Com sede em Mogi-Mirim, a Irmãos intensa. Um dos locais mais visitados Davoli desponta atualmente como uma pelo público foi o estande da Mercedes- das maiores e melhores representantes Benz, que apresentou algumas Mercedes-Benz do país. novidades aos seus clientes. De acordo com o empresário, os Além do novo modelo Atego 2430 negócios suscitados pela Fenatran são Econfort, que será comercializado a fundamentais para a consolidação das partir de 2014, a montadora exibiu montadoras e das concessionárias. melhorias na linha Axor, família de Apesar do alto nível de competitividade caminhões que comprovadamente re- das marcas concorrentes e a quantidade duz o custo operacional das empresas de opções para os clientes em potencial, e caminhoneiros que operam tanto em o olhar atento dos vendedores e rotas curtas, quanto em rotas médias e representantes assegura que os negócios longas. Além de câmbio automatizado prosperem e sejam concretizados. Mercedes PowerShift com 16 marchas
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“A Fenatran é muito importante para nós concessionários porque ela pode agregar o fechamento de vários negócios. Tem muito lançamento pra ser visto tanto da Mercedes quanto da concorrência. Sabemos com que estamos concorrendo. A própria Mercedes está fazendo lançamentos de produtos novos, com muita tecnologia embarcada. Eu acho que ela sempre vem em boa hora. A cada dois anos é uma oportunidade boa de rever todo mundo e conversar sobre a nossa atividade”, frisou João Davoli. Durante os dias em que estiveram na Fenatran, a Irmãos Davoli e a Mercedes-Benz mostraram uma parceria sólida e competente. O resultado foi o estabelecimento de novos contatos e a realização de vendas, dentre elas, a destacada aquisição de 68 cavalos mecânicos da marca Mercedes pela LZN Logística da cidade de Dois Córregos. A dimensão dos negócios nos dá uma ideia do que a participação dessas concessionárias e montadoras representada para o mercado de caminhões no Brasil. Redação Chico da Boleia
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EDIÇÃO ESPECIAL FENATRAN treinados. Durante as aulas são aplicados testes teóricos e práticos que visam atingir objetivos como redução de consumo, direção eficiente e segurança. De acordo com Burti, o simulador chega a representar até 98% da realidade das rodovias e das situações pelas quais passa um motorista. “Você consegue simular tudo o que acontece na rua. Mas a meta não é simular o grafismo, porque tem pessoas que começam a pensar que isso aqui é um vídeo game. Na verdade nós estamos aqui para ajudar o motorista a entender como ele pode melhorar tecnicamente, para que ele seja mais econômico, seguro e eficiente. E a gente consegue ter um resultado de 100% de melhoria com essa máquina. Isso é o mais importante pra nós”, explicou Luciano. Os primeiros testes do simulador da Navig foram realizados em motoristas da transportadora Braspress. Nessa fase de consolidação dessa nova tecnologia, a ideia é atuar em empresas que tenham, no mínimo, 90 motoristas. Estima-se que é possível capacitar de 30 a 90 pessoas por dia, em sete dias da semana, com a ajuda de monitores e especialistas no treinamento de motoristas profissionais. Luciano explicou que a decisão de utilizar o simulador em grandes transportadoras nesse primeiro momento deve-se ao custo do descolamento da unidade móvel. No entanto, o fundador da Navig também frisou que, depois de consolidada a empresa e aceita a ideia, o projeto é levar a possibilidade de pro-
Simulador de direção qualifica profissionais do volante
Chico da Boleia e Luciano Burti | Foto: Murilo Abreu
A tecnologia tem se mostrado um dos principais aliados do mercado de caminhões em todo o mundo. Se atrelada a ideias criativas, a tecnologia pode apresentar soluções para os mais variados problemas do setor do transporte rodoviário de cargas. E criatividade não faltou para Luciano Burti que apresentou durante a 19a Fenatran em São Paulo, um simulador acoplado a uma unidade móvel que auxilia frotistas e transportadores a qualificarem os profissionais do volante com eficiência e praticidade. Fundador e administrador da Navig Condução Eficiente, o comentarista e ex-piloto explica que buscou trazer as tecnologias e aplicações já utilizadas por simuladores de aviões para o mundo do tapete negro. “Quando eu pensei no simulador, pra
ser sincero, foi com o foco no motorista de rua. Eu comecei a pensar como eu poderia ajudar este motorista de rua a conduzir melhor. E quando eu comecei a pesquisar, percebi que o motorista de caminhão, o motorista de frota, tem uma necessidade muito maior. Então o motorista de caminhão, de ônibus ou VUC (Veículo Urbano de Carga), é carente de treinamento, de qualificação. E foi aí que eu percebi que para começar com o simulador a porta de entrada seria através do caminhão e ônibus”. A Navig conta, atualmente, com três simuladores. Dois deles tem programas específicos para o treinamento de motoristas de ônibus, caminhões e Vuc. O terceiro é voltado para motoristas de automóveis convencionais e de Vuc. Importados da empresa canadense Virage Simulation, os simuladores foram adaptados em containers e são deslocados até o local onde os motoristas serão
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fissionalização para os motoristas autônomos e empresas de pequeno e médio porte. “Estamos pensando em ir até determinados centros e locais que tenham muitos caminhoneiros como postos de combustíveis ou centros de abastecimento para que aí sim, possamos incluir os autônomos nesse treinamento. Já estamos montando esse projeto”, afirmou Burti. Para concretizar esse plano, Luciano conta com o apoio do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região) e seus representantes, o Presidente Manoel Souza Lima e o Conselheiro Urubatan Helou, também Diretor-Presidente da Braspress. “O Manoel e o Urubatan estão me ajudando muito a entrar no mercado da maneira correta e a consolidar esse novo projeto, podendo assim, expandí-lo”, explicou Luciano. O projeto da Navig em viabilizar, através dos simuladores, a profissionalização dos motoristas de caminhão, ônibus e Vuc de todo o país pode trazer mudanças efetivas na realidade do nosso setor. O assunto se torna ainda mais sério quando analisamos os dados de acidentes e imprudências no trânsito, cometidos pelos motoristas em geral. A profissionalização dos motoristas de ônibus e de caminhões pode alterar, de fato, uma realidade que, há anos, atinge o setor negativamente. Se democratizadas, soluções como a apresentada pelo Luciano Burti podem contribuir para um novo futuro do nosso setor. Redação Chico da Boleia
GALERIA
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GALERIA DE FOTOS - FENATRAN 2013
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19º Salão Internacional do Transporte
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-Foto: Pamela Souza
Stand Shacman | Foto: Matheus Moraes
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Stand Ford Caminhões | Foto: Pamela Souza
Stand Mercedes Foto: Pamela Souza
Stand Scania | Foto: Pamela Souza
Stand da Mercedes, na foto Bobi e os classificados do mundial TechMaster Foto: Matheus Moraes
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REPORTAGEM
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Flávio Benatti fala sobre os 50 anos da NTC & Logística e a 19ª edição da Fenatran Durante os dias em que ocorreu a maior
Feira de transporte da América Latina (28 de outubro a 1º de novembro), a Fenatran, Chico da Boleia conversou com inúmeras personalidades do setor. Dentre eles, nosso companheiro teve uma agradável conversa com o experiente Flávio Benatti, Presidente da NTC & Logística. Durante o bate-papo, o Presidente, que encerra seu mandato depois de seis anos de trabalho, falou sobre os 50 anos da NTC & Logistica, bem como o sucesso da 19ª edição do Salão Internacional do Transporte e as suas impressões sobre o setor de transporte rodoviário de cargas. Confira na íntegra o que rolou durante esse encontro. Chico da Boleia: Bom companheiros, nós vamos conversar com um parceiro que tem muita experiência na área dos transportes, o único problema dele é que ele não entende muito de futebol, já que torce para o Santos (risos). Não vamos entrar muito nesse mérito. Vamos falar de 50 anos de NTC, seis anos de um mandato que fez com que a NTC avançasse muito em termos de organização estrutural e vamos falar da própria Fenatran que está dando ótimos resultados. Flávio Benatti, 50 anos de NTC & Logística, o que isso significa para o setor? Flávio Benatti: Chico, em primeiro lugar eu quero te cumprimentar pelo teu programa e dizer que de futebol eu entendo muito (risos). Quem torce pro Santos...quem conhece futebol sabe que torcer pro Santos é para poucos. Mas de toda maneira, vamos lá. Os 50 anos da NTC & Logística representam muito para o setor. Há 50 anos, em 1963, numa iniciativa de um empresário fantástico, Orlando Monteiro liderou um movimento de organização do setor, porque todos sabem que o transporte rodoviário de cargas começa a ter uma pujança maior a partir da década de 1960. Então havia necessidade já de se organizar para que pudéssemos ter um movimento, uma organização que balizasse, que desce referência para o mercado. Então o Orlando Monteiro e seus companheiros na época, os empresários, fundaram a NTC. E nada que é ruim dura 50 anos. Isso era a demonstração clara da necessidade de uma organização e nós todos, seus sucessores,
Chamei três brilhantes líderes jovens, que já faziam um trabalho no Setcesp, que é uma entidade que já visualizava isso desde a época do Adalberto Panzan. Depois ela teve a proposta ficou um tempo parada e quando o Urubatan Helou assumiu o Setcesp ele voltou a dar um dinamismo que a Comissão de Jovens Empresários merece. Eu chamei três jovens empresários, o Tayguara Helou, o André Ferreira e o Roberto Mira Junior e lancei um desafio a eles. Eu disse: “Vamos organizar os jovens empresários do Brasil inteiro”. E mostrei pra eles o meu projeto, o meu plano de interiorizar a NTC. O Geraldo já vinha fazendo esse trabalho de forma brilhante, mas não com o auxílio dos jovens. Ele vinha fazendo com o auxílio da sua própria diretoria. E os jovens Flávio Benatti | Foto: Matheus Moraes entenderam esse projeto e toparam esse desafio. O corpo técnico da NTC, o acabamos vindo até aqui, levando essa marca dentro da NTC? entidade, ajudando em várias etapas do Flávio Benatti: Chico, a NTC como corpo comercial da NTC foi em busca dos recursos para fazer isso. Nós tivesetor. nós falamos, tem esse histórico e eu mos parceiros fantásticos, fornecedores Podemos dizer que hoje a NTC tem um percebia uma lacuna. Eu percebia que do setor que acreditaram nesse projeto, corpo técnico que, na verdade, baliza todos os empresários, as lideranças aliás, que acreditam até hoje, e aí nós as questões de custos operacionais sindicais do setor de uma maneira em viabilizamos. Para você ter uma ideia do transporte, questões de segurança, geral, vinham trabalhando de maneira nós temos 26 núcleos de jovens emprequestões internacionais no transporte incansável para poder buscar essas sários no Brasil com mais de 600 inteinternacional rodoviário de cargas, regras, esses marcos regulatórios. Mas grantes. questões jurídicas e o trabalho de eu via uma lacuna que precisava ser organização do setor. Há muitos anos corrigida e preenchida. Nós sabemos Você teve a oportunidade de ver aqui a gente vem buscando segurança que quando você vem pra dentro de uma Fenatran, hoje nós temos aqui um jurídica, marcos regulatórios e que entidade, você acaba se visualizando grupo de 60 jovens que são exatamente possam realmente organizar o setor. muito naquelas bandeiras, naqueles os coordenadores, os líderes maiores Esse tem sido o papel dessa entidade ao objetivos. E você acaba se afastando um estão aqui contatando – já é a segunda longo dos seus 50 anos e que nós temos pouco do dia a dia da empresa, daquela Fenatran que eles participam. E com tido, com certeza, na minha concepção, solução de negócios, dos problemas do isso nós demos a oxigenação necessária para o setor. Tudo se torna mais fácil na medida em que você A NTC chega aos 50 anos com a satisfação de ser pro- tem pessoas capacitadas envolvidas. Esses jovens são tagonista deste evento. Eu particularmente estou muito or- pessoas muito capacitadas. gulhoso e satisfeito por poder estar aqui e participar deste São pessoas que estão muito ligadas. Como o jovem fala, movimento todo”. (Sobre a Fenatran de 2013) eles estão muito “antenados” na comunicação e isso é muito importante. Porque é um sucesso muito grande. dia a dia empresarial. Quem é que vem fazendo isso hoje? Quem vem fazendo uma troca de informações permanente, isso são aqueles jovens empresários é uma troca de ideias, alguns são do Chico da Boleia: Uma entidade que que estão aí numa faixa de 30 até 45 mesmo segmento, acabam trocando teve nomes de peso comandando, o seu anos. Pois bem, nós precisávamos criar ideias. E com isso você vai evoluindo. antecessor foi o Geraldo Vianna, e você um ambiente onde eles pudessem se Evoluem as entidades, evoluem as pega a NTC num momento de transiaproximar, onde eles pudessem ter empreses, evoluem os fornecedores. ção política né, movimentos políticos, voz e pudessem ser ouvidos. Onde Nesse jogo não tem perdedor, é um uma crise internacional (a de 2009) que eles pudessem ter contato direto com “ganha-ganha” permanente. E isso ainda reflete nos dias de hoje e várias os grandes fornecedores do setor. Foi consolida os futuros líderes do setor. outras coisas acontecendo. Nesses últiquando eu assumi o meu primeiro Pra você ter uma ideia, a própria eleição mos seis anos, o que você considera – a ato na presidência da NTC, há seis do Setcesp que ocorreu no final do ano gente sabe que a NTC tem quase um anos, criando a Comissão de Jovens passado, resultou na composição de colegiado no comando – que seria sua uma diretoria que já tem quatro jovens Empresários (Comjovem).
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REPORTAGEM
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líderes. Esse foi um marco. O outro marco foi, sem sombra de dú,vida, o trabalho incansável que nós ,tivemos, junto com a Confederação aNacional dos Transportadores (CNT), assistidos pelo Ministério Público e upelo Congresso Nacional – você teve a noportunidade de acompanhar algumas aaudiências públicas. Foi a discussão e ea necessidade de organizar a profissão de motorista, porque ela não estava na CLT – como eu disse o rodoviarismo o(sic) no Brasil começa na década de .1960 e nós temos uma Consolidação sdas Leis do Trabalho que data de 1943. Ela já previa (leis) para ferroviários, marítimos, aéreos, enfim, e não previa a áprofissão do motorista. Fizemos um tra- Stand Ntc&Logística Fenatran 2013| Foto: Pamela Souza abalho longo, árduo, foram quatro anos ros e carreteiros ficarem atentos, e os rência na América Latina. Todos os paíe meio de discussões e debates e che- companheiros das lideranças sindicais ses latinos americanos estão aqui, são gamos à promulgação da Lei 12.619. O é que essa preocupação de organização convidados pelas montadoras, pelos fasque nós costumamos dizer é que é uma dos jovens de cada setor, nós também bricantes de implementos rodoviários, eLei que, pelos vetos que ela sofreu, pe- devemos ter. Porque por mais que as enfim, pelos expositores da Fenatran olas colocações de interpretação dessa lideranças sejam capacitadas, ninguém e são convidados para participarem aLei, tem trazido grandes dificuldades dura pra sempre. Então nós precisamos desta Feira, conhecer os lançamentos, em sua aplicabilidade. Estamos traba- formar os quadros jovens. Que é isso as novas tecnologias. E o resultado, slhando num melhor esclarecimento da que a gente gostaria de colocar para as historicamente, tem sido maravilhoso. ,própria legislação, nas correções des- lideranças dos autônomos, que elas pe- As empresas conseguem vender suas ses vetos que ocorrearam para que ela seja, Foram mais de 25 eventos por ano em cada região do país, inteefetivamente, factível de ser aplicada. Então grando o setor, integrando os empresários a nível nacional. Acho esse também é um dos que nós procuramos fazer um trabalho de deixar um legado de imarcos. mE fizemos pratica- organização e de melhoria de tudo que já foi feito pelos nossos emente durante os seis (Sobre seu mandato e a Comjovem) anos, uma turnê pelo antecessores.” aBrasil inteiro. Foram mmais de 25 eventos por aano em cada região do país, integrando guem essa ideia da NTC de estruturar produções para meses futuros, muitas lo setor, integrando os empresários a ní- a juventude e colocar pra participar e vezes chegando, praticamente, a vender metade da sua produção anual aqui êvel nacional. Acho que nós procuramos fazer a coisa andar. sfazer um trabalho de deixar um legado Flávio, seis anos e você coincidente- nessa Feira. ode organização e de melhoria de tudo mente encerra seu mandato esse ano Pois bem, esta é a maior de todos os .que já foi feito pelos nossos antecesso- onde estamos tendo a 19a Fenatran tempos com 130 mil metros quadrados, ores. Eles tem méritos incontestes por e ela se mostra importante quando as deve bater o recorde de público (e ba,capitanear uma entidade que chega aos principais montadoras trazem os seus teu!). Esperamos mais de 70 mil visi”seus 50 anos. Nada que é ruim chega a quadros mundiais mais importantes tantes durante os cinco dias em que ela é50 anos de existência. para falarem com os jornalistas e parti- acontece. E a NTC chega aos 50 anos é ciparem do evento. Como você vê essa com a satisfação de ser protagonista , Fenatran coincidindo com o final do deste evento. Eu particularmente estou Chico da Boleia: O que é importante o seu mandato? muito orgulhoso e satisfeito por poder a gente perceber é que realmente só se o estar aqui e participar deste movimenFlávio Benatti: Eu vejo com uma sapode fazer um trabalho quando você . tisfação imensa! Hoje, por exemplo, o to todo. Eu acho que isto consolida a tem uma entidade estruturada. s avanço que deu a Fenatran nessas 19 grandeza do setor, do segmento dos . edições é visível. Você coloca muito transportes, que muitas vezes era tratamFlávio Benatti: Claro! bem, a Fenatran é uma Feira da Anfa- do como um setor terciário e na minha vea (Associação Nacional dos Fabri- concepção com esses marcos regulatóChico da Boleia: Você faz um man- cantes de Veículos Automotores) e da rios, com essa segurança jurídica, com odato brilhante porque, anteriormente, NTC e é, com certeza, a maior feira da essa organização que o setor tem, com ooutras pessoas já faziam um trabalho América Latina. Saindo do circuito eu- certeza, dentre de pouco tempo sereenessa linha. Uma coisa que é impor- ropeu, esta é a maior feira que existe no mos vistos como um dos pilares da ecostante os companheiros caminhonei- mundo. Ela é internacional e que é refe- nomia nacional. Essa organização toda,
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com certeza vai melhorar a imagem do setor. Você é testemunha, você estava naquele evento da Volvo quando ela apresentou uma pesquisa do Instituto Bonilha onde lamentavelmente mais de 77% dos entrevistados jamais pensariam em atuar na atividade de transporte e mais de 70% não investiriam nesse negócio. Nós só vamos melhorar esse negócio na medida em que tivermos uma organização efetiva do setor. E é pra isso que nós temos trabalhado, eu com meus pares, os colaboradores da NTC, com os empresários que realmente querem um futuro brilhante para as suas empresas. Não seria possível fazê-lo se nós não tivéssemos um trabalho de organização. Sair da zona de conforto é sempre difícil, mas nós temos que fazer esse sacrifício para que possamos ter um setor muito melhor e muito mais organizado no futuro.
Chico da Boleia: Só um detalhe, Flávio. A Lei 12.619 precisa ser melhorada, mas enquanto essas modificações não acontecem ela está em vigor, não é mesmo?
Flávio Benatti: Exatamente. A Lei 12.619 foi promulgada em 2012 e é uma Lei que está em sua plenitude, está em vigor. Nós estamos esperando os seus ajudes, mas enquanto isso não acontece tomem bastante cuidado para realmente não criarem um passivo trabalhista impagável. Redação Chico da Boleia Transcrição Larissa J. Riberti
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ESPORTES
Felipe Giaffone brilha em Curitiba
RM Competições/MAN Latin America conquista dobradinha no GP Petrobras no Autódromo Internacional de Curitiba. - Foto: Larissa J. Ribertti
Depois de terminar dois dos quatro treinos livres com o melhor tempo – sem contar o warm-up – o piloto Felipe Giaffone conquistou o título da nona etapa do GP Petrobras de Fórmula Truck que aconteceu no dia 10 de novembro no Autódromo Internacional de Curitiba. Em meio a um público de aproximadamente 40 mil pessoas, Leandro Totti completou a dobradinha da RM Competições ficando com o segundo lugar. Os resultados deste domingo postergaram a decisão do Campeonato Brasileiro para a última etapa desta temporada que acontecerá em Brasília, no Autódromo Internacional Nelson Piquet, em 8 de dezembro. Beto Monteiro, da Scuderia Iveco e atual líder do campeonato com 135 pontos, largou em quinto no Grid, mas terminou a corrida em oitavo por conta de uma penalização. Mesmo com o resultado, Monteiro continua liderando o campeonato brasileiro com Foto: Larissa J. Riberti
135 pontos. Régis Boessio, da Boessio Competições, confirmou seu bom desempenho, terminou a corrida em terceiro lugar e desponta na vice-liderança do campeonato com 119 pontos sendo o principal adversário de Monteiro nesta fase final. O gaúcho é um dos que vai disputar o título da temporada 2013. Totti e Giaffone também têm chances matemáticas de vencer, já que os pilotos da RM Competições figuram agora com 116 e 114 pontos na tabela do Brasileiro, respectivamente. Quem também subiu ao pódio foi Paulo Salustiano, da ABF Racing Team que largou em segundo lugar, mas terminou a corrida em o quarto. Completando o pódio esteve Roberval Andrade, da Ticket Car Corinthias, que levantou o troféu de quinto colocado. Durante a coletiva de imprensa os pilotos voltaram a ressaltar o alto nível e a competitividade dos pilotos, o que pode
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acarretar em qualquer resultado na últi- putar a próxima etapa. “Não estamos ma etapa. Para Felipe Giaffone, mais conseguindo ter a competitividade que uma vitória com o caminhão MAN foi gostaríamos com esse caminhão. Essa um sinal de que as modificações im- é uma decisão minha então Curitiba é a plantadas este ano na RM Competições minha despedida da temporada 2013”, estão no caminho certo. “Quando eu explicou Roberval. consegui me estabilizar na pista eu tive A próxima etapa está marcada para o a certeza de que esse é o caminhão que dia 8 de dezembro e fechará a temporaeu queria”, frisou o piloto. da 2013 na capital nacional. Sobre o campeonato brasileiro, Giaffone diz não pensar muito no assunto. “Em Brasília vamos tentar. Se eu ou o Totti quisermos ser campeões, teremos que vencer a corrida lá e contar um pouco com o azar dos outros. Não existe muita estratégia pra gente.”, afirmou Felipe. Leandro Totti, que esteve por duas vezes na liderança da corrida, afirmou que o objetivo tanto dele quanto da equipe era levar a decisão para Brasília. “Perto do final tive algumas dificuldades. Eu senti um problema no motor que disparou no final da reta oposta. Eu diminuí a aceleração e passei reto na curva. Foi aí que eu consegui desligar e ligar o caminhão de novo e recuperar”, explicou Totti. Depois do resultado obtido nesse final de semana Régis Boessio evidenciou seu contentamento e satisfação. O piloto, que largou na terceira posição do Grid, afirmou que o seu caminhão é consistente, mas ficou surpreso em saber que ele foi um dos mais rápidos do dia. “O Felipe e o Totti mostraram nesse final de semana que estavam muito rápidos e estão com caminhões muito bons. É por isso que a gente vai ter que melhorar para conseguir superá-los. Mas a corrida foi muito boa e disputada. O pelotão da frente andou junto novamente e são detalhes que estão definindo a corrida.”, comentou Boessio. Paulo Salustiano voltou ao pódio depois de cinco quebras consecutivas. O piloto paulista frisou que a corrida desta tarde implicou dificuldades ao caminhão. “No começo estava bom, mas a temperatura do caminhão estava em 110o, 115o”, frisou o piloto destacando o intenso calor no Autódromo de Pinhais. “Fique com medo de quebrar e poupei o caminhão. Foi difícil porque o caminhão, apesar de rápido nos treinos, estava falhando muito. Mas vamos pra frente, vamos tentar terminar o ano da melhor maneira possível”, finalizou. A décima etapa do Campeonato terá um desfalque em Brasília. Roberval Informações técnicas: Fórmula Truck Andrade, o quinto colocado da corrida Entrevistas realizadas por Chico da Boleia deste domingo e nono no campeonato com 58 pontos, frisou que não irá dis- Redação Chico da Boleia
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GALERIA DE FOTOS | FÓRMULA TRUCK ETAPA - CURITIBA | PARANÁ
Foto:Larissa J. Riberti
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Sascar marca presença na 19ª Fenatran
Stand Sascar | Foto: Matheus Moraes
Líder em inovações e tecnologias para monitoramento e rastreamento de veículos, a Sascar, parceira de longa data do Chico da Boleia, esteve presente na Fenatran deste ano, contribuindo para a grandiosidade do evento. Prestes a completar 15 anos de existência, a Sascar é uma empresa jovem, mas que já bate seus próprios recordes. Nesse ano foram mais de 300 milhões de reais em faturamento. Com isso, a empresa desponta como a líder no segmento em que atua e se torna
uma das principais no Brasil e no mundo. De acordo com o Presidente Márcio Trigueiro, os bons resultados de 2013 são consequência de um trabalho incansável e voltado para o bom atendimento dos clientes, dentre eles cerca de 30 mil carreteiros, que são uma parcela fundamental da atuação da empresa. Durante a edição 2013 da Fenatran, a Sascar apresentou as chamadas “Iscas de Carga”. “Elas são uma solução para a recuperação de cargas roubadas”, explicou Trigueiro. De acordo com o Presidente o índice de recuperação ultrapassa a margem de 80% o que é muito importante para a redução do prejuízo dos caminhoneiros. Para o próximo ano, a Sascar promete lançar mais soluções para a pessoa física, como produtos para os caminhoneiros que abarquem uma tecnologia ainda
mais avançada. Toda a tecnologia utilizada pelos produtos Sascar é desenvolvida no Brasil. Atualmente existem 160 colaboradores – dentro os quase mil que atuam na empresa – trabalhando exclusivamente no desenvolvimento e aperfeiçoamento das tecnologias de rastreamento e monitoramento. “Anualmente nós investimos cerca de 20 milhões de reais em desenvolvimento e tecnologia para poder criar produtos e apresentar soluções para os nossos clientes”, frisou Márcio Trigueiro. Durante a conversa com Chico da Boleia, o Presidente deixou expressa a sua vontade de ampliar o leque de serviços para os clientes brasileiros, ao contrário de possíveis investimentos no exterior. “Neste país existem cerca de 1 milhão de carreteiros, dos quais somente 150 mil tem algum sistema de monitoramento. Em parceria com você nós temos a possibilidade de ampliar bastante a nossa participação e nos aproximarmos desses clientes”, frisou Márcio. Além dos sistemas de tecnologia de monitoramento, a Sascar ainda ofer-
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ece assistências diversas como seguro saúde e assistência à família. Sua última iniciativa foi o Caminhão Odonto Sascar, um consultório odontológico sobre rodas, que oferece gratuitamente atendimento para os caminhoneiros dentro dos principais postos das estradas e eventos do país. Redação Chico da Boleia.
Foto: Pamela Souza
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EDIÇÃO ESPECIAL FENATRAN Extrapesados são destaques na Fenatran
Iveco Hi-Way Foto: Murilo Abreu
A 19ª Edição do Salão Internacional do Transporte, a conhecida Fenatran, refletiu, sobretudo, o crescimento e a importância do transporte rodoviário de cargas na economia nacional e mundial. A organização dos estandes demonstrou que os espaços para os negócios e para o estabelecimento de parcerias foram ampliados em detrimento da exposição física de caminhões. Na visão de Claudio Gaspareti, gerente de vendas e marketing de caminhões da Mercedes-Benz, “a Fenatran deixou de ser uma Feira puramente institucional e hoje é uma Feira essencialmente de negócios na qual o segmento de transporte vem tirar dúvidas e buscar soluções. Há algum tempo a Fenatran era uma feira institucional, uma vitrine onde as pessoas vinham com o foco mais informativo. Hoje o perfil do frequentador é um perfil extremamente profissionalizado”, frisou Claudio. Neste ano, os grandes destaques da Feira ficaram por conta dos caminhões de carga indivisível. Ou seja, aquelas cargas muito grandes e muito pesadas que precisam ser transportadas integralmente – geradores, estruturas pré-montadas, entre outras. Confira as principais novidades de algumas montadoras. Mercedes-Benz: A Mercedes-Benz, por exemplo, marcou a sua entrada neste novo seguimento do transporte rodoviário para as “cargas indivisíveis”. Claudio Gaspareti explica que esse novo mercado surgiu com o crescimento do país e com as obras de infraestrutura iniciadas recentemente. “Existe a necessidade de um transporte de grandes transformadores, turbinas de hidrelétricas, estruturas para polos petroquímos como a Comperj no Rio de Janeiro que exige o transporte de grandes pré-montagens, ou estruturas para obras no interior do Brasil”. Para atuar nesse novo mercado, a mon-
tadora apresentou o Actros 4160 SLT 8x8, um caminhão para cargas extrapesadas que alia robustez e tecnologia. O novo modelo tem capacidade máxima de tração de 250 toneladas e é equipado com o motor Mercedes-Benz OM 502 LA V8 de 598 cv de potência a 1.800 rpm, torque de 2.800 Nm a 1.080 rpm, além de câmbio automatizado Mercedes PowerShift. O novo modelo ainda conta com um design externo inspirado na Megatrans, especializada no transporte de cargas indivisíveis. Iveco: Já a Iveco expôs seu modelo Hi Way que, de acordo com o representante comercial Cristian, é o principal lançamento da história da Iveco no Brasil. “O Hi Way é um caminhão “extra premium” de alta potência, vai de 440 até 560 cavalos e é particularmente um motivo de orgulho pra gente. Isso porque o Hi Way ganhou o “Caminhão Internacional do Ano” (Truck of the year) de 2013, um prêmio conferido na Alemanha. Ele contribuiu para o segmento do transporte em termos de tecnologia, eficiência e segurança. É a primeira vez que a Iveco ganha esse prêmio na Europa. E o segundo grande motivo de orgulho é trazer esse caminhão quase que simultaneamente para o mercado brasileiro”, explicou Gonzalez. De acordo com o representante foram realizados vários testes para garantir que a tecnologia europeia premiada funcionasse muito bem nas condições brasileiras. “Quando esse caminhão já estava em desenvolvimento global, fizemos um processo de adaptação com um time de mais de 100 engenheiros e rodamos mais de 2 milhões de quilômetros aqui no Brasil para ter a certeza de que quando ele fosse lançado tivéssemos um caminhão Premium, com o máximo de tecnologia e que atendesse as necessidades dos clientes brasileiros”, ressaltou Gonzalez. O novo modelo da Iveco tem uma quantidade imensa de itens de série que inclui banco de couro, suspensão pneumática, ar condicionado digital, climatizador controlado por controle remoto, para brisa com acionamento elétrico, dentre muitos outros.
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O Hi Way Premium foi oficialmente lançado no Chile há dois meses. No entanto, a Iveco realizou um processo de lançamentos locais em todo o Brasil, chamados de “Hi Days”. “Esses eventos aconteceram nas principais concessionárias do Brasil inteiro e agora nós estamos fechando esse ciclo de um total de cerca de 50 eventos com a presença de quase 10 mil clientes. Nós já vendemos toda a produção de 2013 e aqui na Fenatran estamos construindo nossa carteira de pedidos para 2014”, frisou Cristian Gonzalez. De acordo com o representante da montadora, a Iveco ainda tem montado estratégias para aproximar os caminhoneiros autônomos dos negócios. “O Hi Way tem sido muito atrativo para o autônomo, porque o autônomo é aquele que, por definição, dirige o próprio caminhão. Inclusive no desenvolvimento do Hi Way utilizamos um conceito que era conceber a cabine como a “segunda casa do caminhoneiro”. E para os autônomos a cabine é, ao pé da letra, a sua segunda casa. E isso foi reconhecido por eles”, destacou Cristian. Scania Uma das marcas preferidas dos caminhoneiros brasileiros, a Scania contou com um grande público no seu estande todos os dias da Fenatran. Isso se deve a quantidade de modelos apresentados e também a consolidação da marca no mercado brasileiro. Quando indagado por Chico da Boleia sobre a “cereja do bolo” da Scania na Fenatran 2013, o diretor-geral Roberto Leoncini foi enfático: “A gente tem um bolo grande com várias cerejas”. Dentre as novidades que a Scania apresentou durante a Feira, Leoncini destacou o Streamline que, segundo ele, é o novo símbolo de rentabilidade e economia de combustível do mercado de caminhões brasileiro. “Estamos aliando o caminhão às soluções de manutenção, para que o caminhão mantenha o desempenho durante a sua vida útil”, explicou Leoncini. Além desse modelo, a Scania levou até a Fenatran o extra-pesado 8x4, 620 com cabine R para carga indivisível com até 250 toneladas de capacidade máxima de tração. Esse modelo é hoje o caminhão mais potente fabricado no Brasil. “Estamos fazendo muitos negócios aqui na Fenatran. Inclusive esse caminhão com capacidade para 250 toneladas que está exposto aqui já foi vendido
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e todos os caminhões que trouxemos para a feira. Nós pintamos alguns desses caminhões com nossos antigos símbolos, a gente quis resgatar e mostrar pra todo mundo que a Scania está há 56 no Brasil entregando, não só prometendo”, finalizou Leoncini.
Schacman: Uma das mais jovens montadoras a chegar ao Brasil, a chinesa Schacman foi oficialmente lançada na edição de 2011 da Fenatran. Desde então, a empresa tem trabalhado com testes para adequação dos produtos às leis e as condições do mercado e das estradas brasileiras. Neste ano foram comercializadas as primeiras unidades de caminhões Schacman e já existem quarenta deles rodando pelas rodovias do país. De acordo com Reinaldo, diretor da empresa no Brasil, a ideia foi embarcar tecnologias inovadoras para que os produtos apresentados pudessem disputar dentro do mercado nacional. “Nossos caminhões já vem como uma série de itens que disputam em conforto, tecnologia e eficiência. As cabines tem suspensão e os motores são Cummins. Ele é um produto que tem um custo benefício muito alto, especialmente porque somos novos no mercado”, explicou Reinaldo. Os caminhões da Schacman foram testados nos mais variados locais do mundo e sob as condições de temperatura mais adversas. Alguns lugares como Himalaia, África, as regiões extremamente frias da Europa foram palco das experiências realizadas pela montadora, testando a durabilidade e resistência dos modelos. Durante a Fenatran, foi apresentado o modelo TT 440 6 x 4, tracionado e com até 440 cavalos de potencia. Mais de 80% dos componentes dele são nacionais porque foi feito em parceria com fornecedoras de peças brasileiras. “Isso significa que as parcerias com as empresas nacionais buscam colocar no mercado peças de reposição até mesmo para os veículos importados”, explicou Reinaldo. Existe atualmente um total de 16 concessionárias Schacman em todo o Brasil. “Estamos ampliando nossa rede com base em muito estudo, para que as concessionárias atendam o cliente não só pensando na venda, mas também na prestação de serviço do pós-venda e reposição de peças”, concluiu Reinaldo. Redação Chico da Boleia.
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Profissionalização e diversão: Melhor Motorista de Caminhão do Brasil
Melhor motorista de caminhão do Brasil 2012 | Foto: Amauri Lamari para Chico da Boleia
As inscrições para a maior competição de caminhoneiros do Brasil serão abertas em abril do próximo ano e o portal Chico da Boleia será um dos pontos nos quais os interessados podem se inscrever. Você conhece o Vinícius de Moraes? Se você pensou no grande poeta e compositor brasileiro, você errou. Estamos falando do Vinícius de Moraes, caminhoneiro gaúcho de 36 anos que, no ano passado, eliminou 23 concorrentes e venceu a final do último concurso de Melhor Motorista de Caminhão do Brasil (MMCB) promovido pela Scania. A competição tem por objetivo avaliar
as habilidades dos condutores, contribuir com a segurança nas estradas, valorizar o profissional e promover uma condução que alie eficiência a redução de emissão de poluentes. Durante a Fenatran, Chico da Boleia conversou com Rodrigo Machado, coordenador do MMCB. De acordo com o responsável a próxima edição da competição já caminha para um novo recorde de inscritos. Estima-se que cerca de 50 mil pessoas, homens e mulheres, se inscrevam para concorrer ao título e aos prêmios oferecidos. Rodrigo ainda adiantou que para o próximo haverá uma nova prova inter-
mediária entre a primeira e a segunda fase, na qual se busca minimizar o gap de quem se inscreve e de quem participa das etapas regionais. “É uma etapa onde todos os aprovados na primeira fase terão de realizar uma prova online para depois serem classificados para a etapa regional”, explicou. Para quem não sabe, a edição do MMCB de 2012 foi organizada em três fases. Só puderam participar motoristas com carteira de habilitação E. Na primeira parte, válida pelo período de inscrição, os 47 mil cadastrados entregaram sua ficha e realizaram uma prova teórica. A segunda fase, composta por 24 etapas regionais em 12 cidades diferentes, foi disputada de 28 de julho a 21 de outubro de 2012, sempre aos fins de semana. Cada decisão classificou os primeiros colocados de sábado e de domingo. A terceira foi a final nacional que decidiu o melhor motorista de caminhão do Brasil entre 24 concorrentes. Na edição passada, a organização do evento, em parceria com o Sest-Senat, ofereceu a todos os participantes o curso online gratuito de “Atendimento Eficaz”. O campeão, Vinicius de Moraes, recebeu um pacote de prêmios no valor de R$ 30 mil, distribuído em aparelhos eletrônicos, móveis e eletrodomésticos, além de R$ 6 mil em dinheiro e uma viagem com acompanhante para co-
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nhecer a matriz da Scania, na Suécia. O segundo, Fabiano da Silva, ganhou uma viagem com acompanhante a um resort no Brasil, jogo de pneus Pirelli com seis unidades, jaqueta personalizada Sest-Senat e R$ 3,5 mil. Já o terceiro colocado, Jorge de Araújo, foi premiado com uma viagem, com direito a mais um acompanhante, a um resort no Brasil, jaqueta personalizada Sest-Senat e R$ 2,5 mil. Os 24 finalistas ganharam o Treinamento de Motoristas Scania Master Driver, de 40 horas. A Scania está presente em 40 países do mundo todo e, atualmente, a maioria deles promove ações parecidas com o MMCB. “O Brasil é o maior mercado da Scania no mundo, com o maior número de motoristas. Nós temos essa vantagem. Até por termos territoriais nós temos uma competição maior, com mais etapas, mais caminhões, etc.”, ressaltou Rodrigo frisando a dimensão do evento. As inscrições para a próxima etapa serão abertas em abril de 2014 e podem ser feitas pela internet, nas concessionárias Scania e nos pontos de venda dos patrocinadores e apoiadores do evento. No site www.chicodaboleia.com.br o motorista interessado em participar da Competição poderá ter acesso à ficha de inscrição e à prova teórica que consiste a primeira etapa do concurso. Participe! Redação Chico da Boleia
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r a s m , Acessórios para caminhões | Foto: Divulgação o Além das montadoras, as principais empresas nacionais e internacionais de m peças e implementos rodoviários estiveram presentes na 19ª Fenatran. Confira as novidades de cada uma delas. . o VIPAL r Líder do mercado de pneus no Brasil, a Vipal possui a maior rede de refore madores do país, são 240 pontos de . atendimento espalhados pelos estados, além de 70 pontos em outros países da América Latina. De acordo com o gerente de Marketing, Eduardo Sacco, a Vipal o objetivo é atender bem tanto os frotistas quanto para os caminhoneiros autônomos. Durante a Fenatran, a Vipal focou seus esforços no fortalecimento das suas redes autorizadas. “O estande está todo montado para que o consumidor final da reforma de pneu conheça os diferenciais que a rede Vipal tem para oferecer”, explicou Eduardo. Uma das vantagens é o cartão BNDES através do qual o cliente pode parcelar a reforma dos pneus em até 48 vezes. Outro benefício é o programa de “Quilômetros de vantagem” em parceria com a rede de postos Ipiranga que concede até R$50 de desconto nos serviços de reformas de pneus. “Existem muitos benefícios como a garantia até a terceira reforma, a própria orientação dada pelos nossos reformadores. O importante é que o transportador saiba que cuidar do pneu é importante porque permite uma vida útil maior dessas peças. E é na rede autorizada que ele encontra esse canal de
comunicação e os benefícios que temos pra oferecer”, concluiu Eduardo Sacco. PIRELLI A fabricante de pneus lançou na Fenatran o modelo FR:01 que, de acordo com as suas especificações, é específico para eixos direcionais e livres. O novo modelo possui estrutura inovadora e seus compostos oferecem maior rendimento quilométrico com menor consumo de combustível, possibilitando um maior número de reformas. A sigla R faz referência à média severidade do pneu, que é própria para veículos de transporte geral que transitam em estradas asfaltadas, sinuosas com aclives e declives. “É uma linha original, inovadora enquanto frisos, banda de rodagem. Estamos muito orgulhosos de lançar esse produto que é resultado de um investimento de 200 milhões de dólares e promete revolucionar o mercado de pneus”, declarou Franco Bruni, CEO da Pirelli na América Latina. Os novos pneus já estão equipados com chips que são capazes de controlar a temperatura, a pressão e outras características construtivas dos pneus. De acordo com Flávio Bettiol Junior, diretor de Marketing Truck, ainda que com um preço um pouco elevado para o caminhoneiro autônomo, o chip pode contribuir para a redução de custos e para o aumento da durabilidade dos pneus. WABCO Em 2009, o Contran (Conselho Nacional de Transito) aprovou uma resolução que determina que 40% dos caminhões
CHICO DA BOLEIA
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fabricados a par- de freios. Nós estamos expandindo aintir de janeiro de da mais os nossos serviços com o início 2013 devem estar da fabricação do eixo. Esperamos que equipados com sistemas de freio ABS. dentro de dois meses esse produto seja Para 2014, todos os veículos pesados um sucesso no mercado”, frisou Roberdeverão seguir a norma. O objetivo é to del Papa, diretor comercial e de loaumentar a segurança e reduzir os aci- gística da empresa que possui uma taxa dentes nas rodovias brasileiras. de crescimento anual de cerca de 10%. Com essa nova medida, as empresas de tecnologia de freios passaram a ter uma RANDON maior participação no mercado. Ciente dessa responsabilidade, a WABCO, empresa multinacional de tecnologia para freios, tem auxiliado fabricantes de semirreboques e carretas a encontrarem uma alternativa para cumprirem a resolução sobre o ABS. “Nós fornecemos a tecnologia do ABS, mas existe a necessidade de uma adaptação do sistema de freio. É um auxílio bastante grande”, explicou Reynaldo Contreira, Presidente da Wabco Stand Randon | Foto: Matheus Moraes América Latina. Líder na área de implementos rodoviO estudante de Engenharia de Manu- ários, o estande da Randon foi um dos fatura, Yuri Riberti, explica que o ABS mais visitados durante a Fenatran. De atual é um sistema eletrônico que, uti- acordo com Claudio Domingues Padilizando sensores, monitora a rotação de lha, Gerente de Marketing da empresa, cada roda e a compara com a velocida- foram expostos onze novos produtos de do carro. “O resultado desta ação é para os clientes. a não derrapagem dos pneus, mantendo “Como líder, nós somos uma empresa a melhor aderência do veículo ao piso muito diversificada e prezamos pelo e garantindo uma frenagem segura que nosso portfólio de produtos. Então permite manobras”, explicou Yuri. fabricamos desde a linha leve até um Reynaldo Contreira também frisou a equipamento refrigerado. Operamos importância do ABS para evitar o fe- desde o carbono, até o aço alumínio. nômeno conhecido como “L”. “Com Desde as plataformas até produtos mais o ABS você garante a dirigibilidade complexos do transporte como tanques do veículo, então mesmo em situações que transportam produtos químicos”, mais difíceis, o caminhoneiro consegue explicou Claude. evitar que aconteça o chamado “L”, ou A Linha R, por exemplo, é uma nova liseja, quando o motorista freia a cabine nha de produtos e hoje está incorporada e a carreta sai de lado”, afirmou Rey- em todos os equipamentos. Os granenaldo. leiros Randon Linha R possuem caixa de carga fabricada com painéis ecológicos Ecoplate. Compostos de materiais FRUM renováveis, asseguram resistência, duPreocupada com a segurança dos carabilidade e leveza ao implemento. minhoneiros, a FRUM é uma empresa conhecida e renomada na área de tec- Pensando nos autônomos, a Randon nologia em freios. Patrocinadora oficial diversificou sua rede de atendimentos da Fórmula Truck, os representantes da e atualmente possui 77 pontos de serFRUM acompanham de perto o desem- viços em todo o Brasil. “Através despenho dos sistemas de freio nas com- sa rede nós conseguimos chegar até o petições entre os trucks. Essa mesma caminhoneiro autônomo e atende-lo de tecnologia é levada até os veículos co- maneira especial. Os autônomos são merciais e os caminhões de todo o país. formadores de opinião dentro do transporte. Nós reconhecemos a sua imAcompanhando as tendências do merportância e trabalhamos para que eles cado o lançamento da FRUM na Fenagostem dos nossos produtos.”, frisou tran foi o eixo veicular auxiliar. “Isso Claude. vem completar mais valor a nossa linha de produtos, pois a FRUM já fabrica o tambor, o cubo e o conjunto montado Redação Chico da Boleia
Confira os lançamentos de peças e acessórios para caminhões
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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO