O JORNAL PARA O
AMIGO
CAMINHONEIRO
Distribuição Gratuita www.chicodaboleia.com.br Ano 03 - Edição 29 - Maio de 2014
Orgulho de ser caminhoneiro
EDIÇÃO NACIONAL Colaboradores e parceiros da Irmãos Davoli de Jaú conhecem a fábrica da Mercedes-Benz Uma das mais antigas e respeitadas Concessionárias Mercedes-Benz de todo o país, a Irmãos Davoli proporcionou a alguns colaboradores e parceiros de Jaú, uma visita até a fábrica da montadora em São Bernardo do Campo, no dia 8 de maio.
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Leandro Totti brilha mais uma vez e conquista a etapa de Interlagos
O “Marvado” foi impecável e disparou na tabela dos campeonatos. Já a RM Competições mostrou sua superioridade com três pilotos no pódio.
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Paulo Douglas, Procurador do Trabalho do Mato Grosso, Chico da Boleia, Roberto Videira, Presidente da (Aprocam Brasil), Adauto Bentivgna Filho, Assessor Jurídico do Setcesp e João Davoli Diretor Executivo da Irmãos Davoli
Especialistas debatem a Lei 12.619 em Jaú O evento, realizado em parceria com a Irmãos Davoli, reuniu cerca de sessenta pessoas na filial da empresa na cidade de Jaú, interior paulista, na noite de quarta-feira (14)
Todo dia é 18 de maio: proteja crianças e adolescentes contra a exploração sexual Há 41 anos um crime bárbaro chocou o Espírito Santo. Araceli Crespo, uma menina de 8 anos, foi violentada e assassinada em Vitória, capital do Estado. Os acusados do crime, pertencentes a famílias com poder político, nunca foram condenados.
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EDITORIAL
MAIO: MÊS DE PENSAR NO NOSSO OFÍCIO.
Começamos Maio já comemorando o Dia do Trabalho ou para ser mais correto, o Dia do Trabalhador. Essa data marca o reconhecimento das lutas dos trabalhadores ao longo do tempo, de suas reinvindicações históricas, como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, entre outras. Também no mês de Maio se comemora a assinatura da Lei Áurea, a lei que aboliu a escravidão no Brasil. Dia 18 de maio também foi Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Dedicamos uma espaço do nosso jornal com uma matéria para conscientizar nossos leitores e combater essa triste realidade. No entanto, ainda hoje os negros são discriminados e ainda existe o trabalho análogo a escravidão pelos rincões deste país. Neste mês também estamos vivendo certa desaceleração nos emplacamentos de veículos comerciais. Como estamos em ano eleitoral tenho minhas dúvidas até onde é real tal desaceleração ou se é um produto da mídia conservadora. Também gostaria de lembrar que no dia 3
de maio minha falecida mãe estaria fazendo aniversário, e isso da uma baita saudade. Também no dia 11 quem celebra é minha cunhada uma santa mulher, afinal esta casada com meu irmão. No dia 16 quem apaga as velinhas é nosso amigo Vytor Zeidan e no dia 21 é nossa designer, fotógrafa e vídeomaker, Pamela Souza. À todos os meus mais sinceros votos de um aniversário iluminado, cheio de saúde e muito amor. Vamos falar do trecho! O debate por mudanças na Lei 12.619 continua e o Projeto de Lei já foi aprovado na Câmara dos Deputados. Agora vai passar pelo Senado Federal e as pressões estão no limite máximo. Tudo pode acontecer, mas o que vale é o que está escrito, enquanto não forem sancionadas as alterações, a Lei do Motorista continua como antes. Para debater o assunto, realizamos na cidade de Jaú o 2ª Encontro com Chico da Boleia para debate sobre a Lei 12.619”, em parceria com a Irmãos Davoli e com a presença de especialistas no assunto. Estivemos em Paranaguá acompanhando a Exposafra e na 3ª Etapa da Fórmula Truck que ocorreu em Interlagos, no templo maior do Automobilismo Brasileiro. A Agrishow deste ano foi um sucesso, e nós também estávamos lá para conferir. Não é a toa que ela é considerada uma das maiores da América, uma referencia mundial. O mês de Maio tem sido bem agitado e você pode ver pelas matérias escritas pela
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CHICO DA BOLEIA nossa redação. Se você tem algum assunto, alguma coisa que queira ver com mais detalhes basta nos escrever. E já ia me esquecendo de comentar: o Chico Móvel 01 está de roupagem nova se você o ver por ai fotografe e nos envie que você ira ganhar um belo brinde. Boa leitura e até a próxima edição. Chico da Boleia sempre com Orgulho de ser Caminhoneiro.
Expediente Sede: Rua José Ravetta, 07 - Itapira-SP, CEP 13977-150 Fone:(19) 3843-5778 Tiragem: 50.000 exemplares Nacional, 10.000 exemplares Baixa Mogiana e 10.000 exemplares Grande Ribeirão Preto Diretora-Presidente: Wanda Jacheta Diretor Editorial: Chico da Boleia Editor Responsável: Chico da Boleia Coordenação / Revisão / Fotógrafa Larissa J. Riberti Diagramação / Fotógrafa Pamela Souza Suporte Técnico / Fotógrafo Matheus A. Moraes Conselho Editorial: Albino Castro (Jornalista) Larissa J. Riberti (Historiadora) Dra. Virgínia Laira (Advogada e coordenadora do Departamento Jurídico da Fenacat) Roberto Videira (Presidente da APROCAM Brasil) José Araújo “China“ (Presidente da UNICAM Brasil) Responsabilidade social: ViraVida Ligue 100 Na mão certa
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painel, volante e outros assessórios. Por fim, o grupo retornou ao Espaço Mercedes e pode disfrutar de mais um cafezinho antes da viagem de volta até a Irmãos Davoli de Jaú. Sorridentes, muitos deles comentavam o emprego da tecnologia, a preocupação com a segurança e qualidade, bem como a limpeza e organização de toda a fábrica. Também apreciaram a boa comida servida no almoço.
Colaboradores e parceiros da Irmãos Davoli de Jaú conhecem a fábrica da Mercedes-Benz O grupo foi então encaminhado para o início da visita da linha de produção e montagem que foi todo acompanhado por um grupo de quatro monitoras. Feito em duas etapas, o percurso começou na produção dos motores, parte da fábrica na qual é possível acompanhar e conhecer todos os passos da fabricação de um motor Mercedes-Benz. Após o recorrido, os visitantes foram encaminhados para o refeitório, no qual estava disponível um belo almoço fornecido pela fábrica.
Parceiros e colaboradores da Irmãos Davoli de Jaú durante a visita à fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo. Foto: Larissa J. Riberti
Uma das mais antigas e respeitadas Con- São Paulo. cessionárias Mercedes-Benz de todo o país, a Irmãos Davoli proporcionou a alguns colaboradores e parceiros de Jaú, uma visita até a fábrica da montadora em São Bernardo do Campo, no dia 8 de maio. O grupo, de aproximadamente vinte e cinco pessoas, chegou na parte da manhã e foi recepcionado por Paulo Ricardo de Freitas, responsável pelas vendas de veículos comerciais em
Assim que chegaram, os visitantes tomaram um coffee break e se dirigiram à sala de exibição do Espaço Mercedes, um local especialmente dedicado a eventos, recepções e apresentações. Eles puderam assistir aos vídeos institucionais da marca, como a do modelo Actros, considerado o mais brasileiro dos modelos de caminhões da Mercedes-Benz.
Na segunda parte da visita, o grupo acompanhou outros momentos da produção de um caminhão como a montagem das cabinas, processo no qual vários braços mecânicos desempenham o trabalho de soldagem e modelagem. Além disso, puderam conhecer as etapas da pintura de um veículo e dos testes de qualidade e segurança realizados em cada uma das partes do processo produtivo.
Saiba mais sobre a Irmãos Davoli, acesse: www.idavoli.com.br Assessoria de imprensa HAVAIA COMUNICAÇÃO contato@havaiacomunicacao.com.br
Os visitantes ficaram encantados com a finalização da montagem de um caminhão, que é feita desde a inserção das peças do veículo como tanque, pneus e freios no chassi. A montagem acaba com a colocação do motor e da cabine já equipada com
Chico da Boleia responde Caros companheiros! Muitos de vocês têm me questionado sobre um assunto sobre o qual eu já falei em novembro passado. Mas como o assunto está na ordem do dia, vou repicar o texto e, se houver dúvidas, vamos destrinchar ainda mais o tema. Orlando Silva: Chico, ouço falar que neste ano tenho que recadastrar meu caminhão, mas eu já fiz isso em 2012, preciso fazer de novo? Bom dia Orlando! Agradeço seu contato e sua pergunta vai ajudar a esclarecer muitas dúvidas que os outros amigos também tenham. Em 2007 foi criada a Lei 11.442 que veio a regular nosso setor de transportes rodoviários de cargas. Nesta Lei ficou definido que todo caminhão de aluguel, aqueles de placa vermelha, deveria se cadastrar ou recadastrar junto a ANTT (Agencia Nacional de Transporte Terrestres), com base em novas regras, a cada cinco anos. Como a Lei só entrou em vigor em 2009, conta-se a partir daí o primeiro ciclo de cinco anos. Se em 2009 você não tinha
caminhão e realizou o primeiro cadastramento em períodos posteriores, os cinco anos contam a partir da data do primeiro cadastramento. Ou seja, se você fez o seu cadastramento em 2012, você deverá fazer seu recadastro em 2017, isso se não alterar o caminhão ou comprar mais veículos, pois toda vez que você mudar de caminhão deverá informar a ANTT.
Companheiros, muitos reclamam das exigências para ter o RNTRC (Registro Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), mas é importante isso existir para que o setor seja operado apenas por motoristas profissionais como nós. Dessa forma, podemos evitar que “oportunistas de verão” roubem o nosso lugar. Um abraço Chico da Boleia
Se você tem dúvidas, escreva para nós: chicodaboleia@chicodaboleia.com.br
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18ª Exposafra de Paranaguá apresenta soluções logísticas e novidades do setor Durante os dias 5 e 8 deste mês, o Porto de Paranaguá (PR) recebeu a 18ª EXPOSAFRA. A Feira de Negócios para Transportadores aconteceu num contexto de modernidade e em pleno pico da safra de grãos. Promovido pelo Grupo Tudo em Transporte com apoio da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), o evento atraiu caminhoneiros autônomos e empregados, que estavam em pleno embarque da safra de grãos no Porto e puderam se programar para visitar os estandes gratuitamente.
Foto: Chico da Boleia
A oportunidade foi ideal para conhecer em primeira mão as mais recentes novidades do setor de transporte rodoviário de cargas. Durante os quatros dias, estima-se que mais de 5 mil caminhoneiros marcaram presença no evento. O caminhoneiro ainda pode avaliar o desempenho dos caminhões mais modernos do mercado, percorrendo os 3 km de pista desenvolvida especialmente para um perfeito test drive. Entre as atividades realizadas, aconteceu o Workshop Programa Nacional de Segurança nas Estradas – Cenários e Perspectivas. Uma equipe do Sest/Senat também esteve de plantão para avaliar a condição física dos caminhoneiros, além de dar dicas sobre os cuidados com a saúde. O evento ainda disponibilizou treinamentos e shows para informar e divertir os participantes. Quem marcou presença na Feira, foram os representantes da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) com um estande onde o público pode conhecer, por meio de vídeo, folder e outros materiais institucionais o desempenho dos portos paranaenses e os projetos de ampliação de uma das mais importantes estruturas logísticas do País. Escoamento de grãos De acordo com os dados, os embarques da safra brasileira de grãos – especialmente do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul - pelo Porto de Paranaguá, nos quatro primeiros meses do ano, já somam mais de 4 milhões de toneladas. A expectativa é que o escoamento atinja seu pico nestes meses de maio e junho. E é justamente nesse período que o fluxo de caminhões carregados de soja, milho e farelos chega a uma média diária de 1,5 mil a 2 mil veículos. Uma pesquisa realizada pela Escola
Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo (Esalq – USP) mostra que o país é o segundo maior produtor de soja de todo o mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O Brasil também figura entre os principais exportadores do grão. Grande parte da movimentação de transporte e escoamento dos grãos de soja no Brasil acontece nos portos de Santos e Paranaguá. No entanto, é possível notar uma crescente participação das regiões norte e noroeste nas rotas de transporte deste e de outros produtos. As filas e a falta de infraestrutura para o armazenamento e escoamentos dos grãos são os principais problemas que afetam o setor logístico brasileiro, gerando o que os especialistas chamam de “gargalo logístico”. Além de acarretar longos tempos de espera para a carga e a descarga, essa lacuna gera custos e diminui a eficiência do mercado.
cerrado, principalmente) que se encontram distantes dos principais portos (particularmente, dos não necessariamente tão eficientes terminais localizados em Santos e Paranaguá), com articulações rodoviárias normalmente em condições bastante precárias (implicando fretes mais caros que os eventualmente praticados em ferrovias e/
ou hidrovias)”. No entanto, tal necessidade esbarra numa estrutura de armazenamento ainda em fase de implantação ou mal localizada, “principalmente em termos da capacidade disponível para armazenamento dentro das propriedades agrícolas, o que tem obrigado produtores a escoar suas safras imediatamente após a colheita, o que acaba por gerar longas filas nos portos e maiores riscos de se sujeitar não necessariamente ao melhor preço de venda da soja e muito comumente a valores de pico para o frete rodoviário”, explica. Essa realidade pode acarretar o que os mais pessimistas chamam de “apagão logístico”. Caixeta Filho ressalta que projetos de infraestrutura logística que possam beneficiar tanto o transporte quanto o armazenamento, apresentam boas soluções para a questão. “Por exemplo, uma
No artigo “A Logística do escoamento da safra brasileira”, publicado em 2006, o pesquisador José Vicente Caixeta Filho – Engenheiro Civil, Doutor em Engenharia de Transportes e Professor Foto: Chico da Boleia Titular do Departamento de Economia, série de novos corredores de transporte Administração e Sociologia, da Escola vem se consolidando no país, os quais Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", deverão resultar uma clara reorientação da Universidade de São Paulo – explica os de nossa matriz de transportes – ainda desafios logísticos do país. predominantemente rodoviária”, frisa o pesquisador que cita o caso dos corredores Segundo ele, “em um país de dimensões Centro-Norte e Noroeste. continentais como o Brasil, economias com a logística podem vir a representar Entrevistas. o diferencial de sustentabilidade para o Chico da Boleia foi acompanhar de perto agronegócio da soja. Particularmente, tais as novidades do setor e as discussões sobre economias podem vir a se tornar mais infraestrutura portuária e rodoviária no significativas para as áreas de produção (no Brasil. Ele conversou sobre o assunto com
Mauricio Correa, Diretor de Marketing da Iveco. Como novidade, a montadora apresentou produtos com soluções tecnológicas especialmente desenvolvidas para facilitar o trabalho dos caminhoneiros. “Como você frisou muito bem, no ano passado fomos campeões da Fórmula Truck com um caminhão Hiway, lançado no ano passado e pilotado por Beto Monteiro. Para esse ano, apresentamos aqui na Exposafra o test drive desse caminhão, que possui uma tecnologia embarcada muito alta”, disse Correa ressaltando ainda a grande demanda de curiosos e potenciais clientes querendo conhecer a nova linha.
A Iveco ainda montou seu estande pensando na possibilidade de interagir melhor com o público. De acordo com o Diretor de Marketing, a montadora inovou e apresentou o personagem que tem sido considerado o “amigo do caminhoneiro”. “Estamos lançando nessa feira nosso mais novo projeto, o “amigo Tector”, um caminhão da Iveco. Temos dois Tector aqui, um está sendo usado para test drive e o outro, literalmente, conversa com as pessoas. É o primeiro caminhão que fala, ouve, brinca, questiona e também dá prêmios para o público. Programamos a atração para acontecer na parte da noite e no primeiro dia da Feira a repercussão já foi enorme. As pessoas têm gostado bastante”, explicou Correa.
Chico da Boleia perguntou se existe algum projeto da Iveco que permita que os caminhoneiros autônomos possam adquirir esses caminhões com alta tecnologia embarcada e capacidade de interação com os motoristas. Mauricio Correa explicou que a montadora leva bastante em conta esse fator. “O que a gente percebe é que boa parte dos caminhoneiros, desejam se tornar um pequeno empresário adquirindo seu caminhão. Para esse público nós temos uma modalidade de financiamento chamada Consórcio Iveco, através do qual o caminhoneiro pode adquiri seu próprio caminhão com prestações menores e que cabem no bolso. Porque nós já percebemos que ele não consegue crédito no banco por conta das dificuldades de comprovar a renda. E fora isso a gente acredita também, como tudo na vida, que a montadora possa conquistar mais espaço no mercado e aumentar ainda mais essas vantagens.”, explicou. Redação Chico da Boleia
A pesquisa e o artigo citados nesta matéria
podem ser acessados em: http://www.cepea. esalq.usp.br/
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Agrishow 2014 apresenta novidades do setor agrícola e anuncia Prêmio Brasil Agrociência
u Realizada entre os dias 28 de abril e 2 de s maio na cidade de Ribeirão Preto, interior r paulista, a 21ª Agrishow 2014, Feira Interê nacional de Tecnologia Agrícola em Ação, s já é considerada a maior, mais completa e m diversificada feira de tecnologia agrícola da o América Latina. e o O evento apresentou em 440 m² os prina cipais avanços tecnológicos disponíveis e para o produtor rural em máquinas, implea mentos, equipamentos, veículos, sementes, o insumos, softwares e demais produtos e serviços para melhorar a produtividade do setor. e r Idealizada pelas principais entidades ligao das, direta e indiretamente, ao agronegócio u brasileiro, como Abag – Associação Brasio leira do Agronegócio, Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e o Equipamentos, Anda – Associação Naciom nal para Difusão de Adubos, Faesp – Feder ração da Agricultura e Pecuária do Estado e de São Paulo e SRB - Sociedade Rural Bram sileira, a Agrishow é organizada pela BTS e Informa. á a Em coletiva de imprensa concedida antes e da abertura oficial da feira, o presidente da i Agrishow, Maurílio Biagi Filho destacou o , feito do agronegócio nos últimos 50 anos, quando ocorreu uma revolução no campo, obrigando outros setores a evoluir. e “Se outros setores tivessem o mesmo dee sempenho da agricultura, teríamos já superado as desigualdades e poderíamos ser a considerados um país de primeiro mundo”, e ressaltou Biagi. “Se não tiver o agronegócio, a economia do país não se sustenta e a a Agrishow é fundamental para impulsionar o crescimento do setor”, acrescentou.
m Entretanto, o presidente criticou a falta de o um “projeto político consistente” para o agronegócio. “Estamos no caminho errae do. Precisamos de alguém que nos coloque num caminho melhor, pois precisamos de o algo novo”, afirmou Biagi, que se despediu m do cargo de presidente da feira, que ocupa há três anos. o
Biagi lembrou que a Agrishow é um dos grandes eventos que ocorrerão este ano, como a colheita recorde, a Copa do Munr do e as eleições. “Espero que o Brasil dê a uma goleada em todos esses campos”, disse, reforçando a importância da feira e de seu crescimento desde a primeira edição, a comparando com os números atuais, que . fecham em quase 800 expositores e mais 150 mil visitantes, além da expectativa de
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USP – SP) e o professor Paulo Gabriel Soledade Nacif (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – BA), além do ex-diretor do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), Ondino Cleante Bataglia.
Agrishow 2014 | Foto: Pamela Souza
superar a geração de negócios da edição anterior, que movimentou cerca de R$ 2,6 bilhões. Para reforçar as comemorações do Ano Internacional da Agricultura Familiar, celebrado neste ano, a Agrishow 2014 prestou durante a cerimônia de abertura uma homenagem ao produtor Fernando Kubota, de Brazlândia (DF), onde produz frutas e hortaliças. O homenageado, que foi o primeiro agricultor familiar a receber recursos do Plano “Mais Alimentos”, foi representado pelo ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto. O ministro disse na ocasião que, respondendo a uma necessidade da indústria, em 2008 foram criados mecanismos de incentivo para pequenos e médios produtores a ter acesso ao crédito na mecanização de sua propriedade, com período de carência e prazo adequados. Desde que foi criado, já foram assinados mais de 500 contratos, sendo que o primeiro contrato comercial internacional foi formalizado durante a cerimônia, com o ministro do Desenvolvimento da Agricultura, Mecanização e Irrigação da República do Zimbábue, Joseph M. Made. Há pouco mais de trinta dias na pasta, o ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Estabelecimento, Neri Gueller, que representou a presidente da República, Dilma Rousseff, disse que tem compromisso com o setor e vai dar prosseguimento aos programas já implantados. Segundo ele, foram implementados no Plano Safra, no ano passado, R$ 136 milhões, contra R$ 115 milhões do ano anterior. “Em 2013 foram vendidos mais de 83 mil equipamentos agrícolas, 18,6% a mais do que 2012, sendo que a grande maioria
desses equipamentos foi financiada por recursos equalizados pelo tesouro nacional”, disse Gueller. Também para ajudar no desentrave da logística, o ministro lembrou que foram disponibilizados R$ 25 bilhões para programa de armazenamento, além do investimento para melhoria da BR 163, que contribuirá com o escoamento da safra de Mato Grosso. Incentivo à pesquisa Durante a “Noite de Gala Agrishow”, no domingo (27/04), foi lançado o Prêmio Brasil Agrociência para estimular cientistas e pesquisadores a desenvolver estudos e pesquisas que sejam de efetiva aplicabilidade para a agricultura brasileira. A premiação contemplará anualmente estudos nas áreas de fitotecnia, zootecnia, engenharia rural, economia rural e sustentabilidade e a primeira edição será entregue na feira de 2015. A cerimônia de lançamento do Prêmio contou com a presença de alguns integrantes do Conselho de Notáveis, criado pela direção da Agrishow para garantir a credibilidade e abrangência nacional à iniciativa. Composto por personalidades renomadas e respeitadas, o Conselho, que tem como curador o ex-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, ficará encarregado de avaliar e classificar os projetos inscritos. Fazem parte do Conselho os ex-ministros da Agricultura, Alysson Paulinelli, Antônio Delfim Netto, Iris Rezende, Luiz Fernando Cirne Lima e Marcus Vinícius Pratini de Moraes; os ex-presidentes da Embrapa, Carlos Magno Campos da Rocha e Eliseu Roberto de Andrade Alves; os ex-diretores de faculdades de Agronomia, Antônio Nazareno Guimarães Mendes (UFLA – Lavras – MG); Antonio Roque Dechen (ESALQ/
Será distribuída entre os vencedores a quantia de R$ 150 mil, montante que pode ser ampliado nos próximos anos. Junto com o prêmio, cada vencedor receberá um troféu e um selo, que poderá ser utilizado em cartões de visitas, websites, como divulgação do premiado e das instituições nas quais ele atua. Todo o processo de análise, seleção e escolha dos trabalhos do Prêmio Brasil Agrociência ocorrerá ao longo de 2014 e a primeira premiação será durante a “Noite de Gala Agrishow” da edição de 2015. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.premiobrasilagrociencia.com.br
Entrevistas Como não poderia ser diferente, Chico da Boleia acompanhou de perto as atrações da Agrishow 2014. O companheiro da estrada teve a oportunidade de conversar com os pilotos da Fórmula Truck, Beto Monteiro, da Scuderia Iveco, e Djalma Fogaça, da DF Motorsport. Ambos frisaram a importância de estar presente em um evento da grandiosidade da Agrishow.
A visita de Monteiro foi motivada pela parceria com a Case Construction, empresa especializada em equipamentos de construção e que patrocina a categoria. “Meu caminhão está exposto aqui no estande da Case, por isso eu vim prestigiar o evento. Acho que é importante sempre estreitarmos os laços com patrocinadores, amigos e parceiros”, ressaltou.
Já Djalma Fogaça, também conhecido como Caipira Voador, salientou que é a primeira vez que frequenta a Agrishow e se surpreendeu com o tamanho dos estandes e a quantidade de lançamentos. “Além das empresas que estão expondo aqui, temos dois parceiros que estão na Feira, um deles é a Case, como disse o Beto e o outro é a Frum, estande no qual meu caminhão está exposto e que fornece os freios para a maioria das equipes da Fórmula Truck.”, afirmou.
A próxima Agrishow já tem data marcada e acontecerá entre os dias 27 de abril e 01 de maio de 2015, em Ribeirão Preto. Redação Chico da Boleia
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II TRANSPOAMAZÔNIA mostra novidades em feira e amplia discussão sobre o tema em Manaus Empresários, poder Público e a sociedade civil de todos os Estados da Região Norte do Brasil se reúnem em Manaus (AM), entre os dias 21 a 23 de maio, para a II TranspoAmazônia – Feira e Congresso Internacional de Transporte e Logística, evento que tem como meta indicar soluções e propostas para um dos principais problemas que afetam o cotidiano de mais de 16 milhões de pessoas que vivem em uma área superior a 45% do território nacional. Promovido pela Federação das Empresas de Logística, Transporte e Agenciamento de Cargas da Amazônia (Fetramaz), o encontro acontece no Studio 5 Centro de Convenções e tem em sua programação palestras, seminários e mesas redondas com presença de grandes especialistas do setor rodoviário, aquaviário e aéreo no País. Dentre os convidados estão Adalberto Tokarski, Diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Patrícia Boson e Bruno Batista, ambos da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o ex-ministro dos Transportes, Cloraldino Severo.
“Vamos reunir em Manaus o que há de melhor na área acadêmica, gerencial, corporativa e de gestores municipais, estaduais e federais porque precisamos acabar o quanto antes com o gargalo logístico que a Amazônia se encontra. Não é possível que uma região estratégica para o Brasil e o mundo se encontre tão atrasada e ineficiente neste setor”, destacou o presidente da Fetramaz, Irani Bertolini. A mesma opinião é compartilhada pelo economista, ex-presidente do Banco do Brasil e consultor técnico da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), Luiz Antônio Fayet. “É preciso que a Região Norte esteja preparada para uma nova fase nestes segmentos porque a médio prazo, as bacias dos rios Amazonas e Tocantins serão os maiores escoadouros de exportação de milho e soja do mundo”, avalia Fayet. A meta da II TranspoAmazônia é atingir a marca de 13 mil visitantes nos três dias do evento, dobrando os números da primeira edição. “Dentre as prioridades que serão colocadas para discussão estão a BR-319
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CHICO DA BOLEIA (Manaus-Porto Velho), a BR-163 (Cuiabá-Santarém), a BR-080 (Manaus-Brasília) e a navegabilidade dos rios, especialmente do Madeira”, acrescentou Bertolini. Com grandes expositores no Studio 5, a perspectiva dos organizadores é que muitos negócios também sejam realizados no evento. “Vamos concentrar em um único local os principais agentes, fornecedores de equipamentos, peças e operadores de transporte e logística de sete estados brasileiros e também de alguns países vizinhos que já demonstraram interesse em participar”, ressaltou Irani Bertolini. Ainda sobre a pauta de discussões da programação do evento, no dia 23 o painel “Transporte Fluvial na Região Amazônica” acontece na TranspoAmazônia e contará com as presenças do mediador Paulo Vicente Caleffi, que é Diretor da Confederação Nacional do Transporte – CNT, Secretário Geral da Câmara Interamericana de Transportes – CIT, Presidente da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Estado do Rio Grande do Sul – FETRANSUL e Vice-presidente Institucional de Assuntos Internacionais da Associação Brasileira de Logística e Transporte de Cargas – ABTC, e também do Di-
retor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, do Coordenador Geral de Planejamento da Secretaria de Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, Luís Carlos Rodrigues Ribeiro, e o Professor Pós Doutor da Universidade Federal do Pará, Hito Braga de Moraes. No encerramento do congresso, o educador físico, técnico de diversas seleções brasileiras paraolímpicas, Steven Dubner apresenta a palestra “Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez!”, eleita por especialistas em RH e gestão entre as dez melhores do País. A II TranspoAmazônia tem o apoio da Confederação Nacional do Transporte, Serviço Social do Transporte (Sest), Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), SEBRAE, CIEAM, FIEAM, CDL de Manaus e das entidades sindicais do setor dos estados de Rondônia, Roraima, Amapá, Pará, Amazonas e Acre. Para mais informações sobre o evento, acesse: www.fetramaz.com.br/transpoamazonia/ site/ Fonte: Fetramaz
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REPORTAGEM
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2º Encontro com Chico da Boleia reune especialistas para debater a Lei 12.619 em Jaú Especialistas sobre a Lei do Motorista compareceram ao "2º Encontro com o Chico da Boleia para debate sobre a Lei 12.619" para conversar com os caminhoneiros, empresários e comerciantes sobre alguns aspectos da legislação da profissão.
Para ele ainda é preciso que se aproxime mais os caminhoneiros deste assunto tão importante, já que eles são atores ativos do processo produtivo e contribuem com uma fatia enorme do PIB Nacional. “É uma grande satisfação estar aqui hoje, nossa vinda para Jaú se concretizou depois de uma longa história. E trazemos vocês aqui esta noite porque nossa ideia não é só vender caminhões ou peças, mas prestar um serviço de utilidade pública para todos”, expressou. Durante a cerimônia de abertura, Chico da Boleia fez as primeiras apresentações explicando a necessidade de se debater a Lei 12.619 junto à categoria. “Temos uma comissão na Câmara dos Deputados que já aprovou mudanças na Lei do Motorista. Na prática, a Lei continua em vigor sem nenhuma alteração, pois o Projeto de Lei ainda precisa passar pelo Senado. No entanto, isso precisa ser levado aos mais interessados, ou seja, os caminhoneiros e empresários do setor”, explicou. Para a mesa redonda foram convidados Adauto Bentivgna Filho, Assessor Jurídico do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (Setcesp); Paulo Douglas, Procurador do Trabalho do Mato Grosso e Roberto Videira, Presidente da Associação de Proteção aos Caminhoneiros do Brasil (Aprocam Brasil).
métodos como o tacógrafo ou o rastreador, tem plena condição, direito e obrigação de controlar a própria jornada. Tal matéria também não foi uma novidade trazida pela Lei 12.619, já que a CLT é clara quando diz que a jornada externa deve ser controlada pelo trabalhador.
“Em uma eventual fiscalização, a pessoa abordada será o motorista e não o empregador. Sendo assim, ele deverá ter o controle da sua jornada de trabalho. Isso não só confere dignidade ao dia a dia de trabalho desse motorista como dá segurança jurídica para o empregador que pode se proteger de qualquer eventual processo através do controle realizado”, defendeu.
O evento, realizado em parceria com a Irmãos Davoli, reuniu cerca de sessenta pessoas na filial da empresa na cidade de Jaú, interior paulista, na noite de quarta-feira (14). João Davoli, Presidente do Grupo, esteve presente e expressou sua satisfação em reunir clientes e amigos num debate necessário sobre o assunto. “No ano passado já tivemos a oportunidade de convidar pessoas interessadas em debater a Lei em um evento promovido na sede em Mogi-Mirim. Neste ano, estamos felizes de reuni-los aqui em Jaú para um debate de suma importância que, certamente, realizaremos outras vezes”, frisou Davoli.
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Da esquerda para a direta: Adauto Bentivgna Filho, Roberto Videira e Paulo Douglas Almeida de Moraes. Foto: Larissa J. Riberti
O debate foi aberto com a fala de Adauto, que explicou alguns pontos da lei como o descanso, o controle da jornada de trabalho e o tempo de espera. Como advogado de empresa, Adauto preparou uma apresentação para explicar como a Lei 12.619 pode auxiliar nas questões trabalhistas e também contribuir para aumentar a segurança jurídica no setor.
tocavam outros textos como o Código de Trânsito Brasileiro e a CLT. Também fixa uma jornada de trabalho para os motoristas de oito horas diárias, que pode ser prorrogada por, no máximo, mais duas horas. A atual proposta da Câmara dos Deputados é aumentar a prorrogação para quatro horas”, explicou.
O consultor também afirmou que a Lei exige o descanso diário obrigatório de 11 “Ao longo da minha trajetória, pude acom- horas, mas que a matéria não é novidade. panhar de perto o desenvolvimento dos de- “Isso já era exigido pela CLT de 1943 que bates em torno da Lei. Após a aprovação da fixava, naquele contexto, esse descanso mesma também participei de uma neentre uma jornada e outra para os gociação coletiva – função da trabalhadores de todos os qual eu participo ativamensetores”.De acordo com te – com 11 sindicatos de o advogado, existem " Trazemos vocês aqui empregados na grande convenções de traSão Paulo para orienbalho que podem esta noite porque nossa tar os empresários na ser feitas com os ideia é prestar um serviço de aplicação da Lei”, exmotoristas para plicou. adequar a lei a cada utilidade pública." caso específico, em No início de sua apreface das peculia - João Davoli sentação, Adauto reafirridades do próprio mou que o setor do transsetor. “A importância porte rodoviário de cargas da Lei não é só para os trasempre careceu de uma norma balhadores, mas também para juntamente com uma realidade que mosos empregadores. Ela confere segurança tra falta de segurança jurídica na gestão da jurídica para os empresários, além de memão de obra desse setor. E explicou que a lhorar a produtividade do setor”, explicou Lei 12.619 revelou a necessidade de um Adauto. cumprimento da regulamentação do trabalho que já era sinalizado pela legislação, Sobre o controle da jornada, o debatedor mas que nunca havia sido cumprida. frisou que o mesmo deve ser de responsabi“A Lei altera e faz valer questões que já lidade do próprio motorista que, ao instalar
O que se aconselha para as empresas, alegou o assessor jurídico, é que seja feito um planejamento para controlar principalmente os momentos de descanso. “O descanso diário obrigatório de 11 horas pode, por exemplo, ser fracionado em 6 e 5. Isso é chamado de descanso de reserva e tem incidência de todos os encargos sociais porque pra ele deve ser pago um salário relativo. Na realidade é uma cópia da aviação civil que já tem esse sistema através das escalas e troca de pilotos que são feitas”, explicou.
O advogado ainda apresentou alguns índices que revelam a realidade do transporte rodoviário como acidentes envolvendo terceiros e com óbito. “Os estudos mostram que a profissão de caminhoneiro é uma das mais perigosas a serem exercidas no Brasil. No entanto, ainda temos pessoas dispostas a exercê-la. Por isso, a Lei vem num momento onde é necessário proteger o trabalhador, o empregador e a sociedade como um todo”, frisou Adauto.
Roberto Videira também foi convidado para realizar sua explanação. De acordo com o representante da Aprocam, a Lei 12.619 continua em vigor, ainda que haja uma votação para alterar esses pontos. “Eu sempre digo aos empresários que é importante não deixar a Lei de lado, para não gerar passivo trabalhista”, explicou.
De acordo com o debatedor, há também um projeto que tramita no Congresso para a criação de um Estatuto do Motorista. “Já aconteceram 24 audiências públicas para que este Estatuto seja materializado. A ideia é que ele seja mais amplo e toque em outros pontos”, explicou Videira que também acredita que as alterações propostas pela Comissão da Câmara dos Deputados podem trazer benefícios aos caminhoneiros.
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REPORTAGEM
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A criação da Lei
lecimento de intervalos de descanso, o controle prevenção e tratamento de álcool e drogas e a vedação da remuneração por comissão são parte de um processo que pode reestruturar o setor e dar nova vida aos trabalhadores. Importante também é a inclusão do embarcador como corresponsável nessa nova relação de trabalho do setor.
Considerado um dos atores mais importantes para a materialização da Lei 12.619, o Procurador do Trabalho do Mato Grosso, Paulo Douglas Almeida de Moraes, preparou uma explanação bastante técnica e didática para o entendimento dos pontos da Lei, da sua importância e para criticar a proposta atual da Câmara dos Deputados que visa alterar a legislação vigente.
A Lei determina que se pague ao motorista um valor referente ao tempo de espera nas filas. Na prática, a ideia é que esse ponto faça com que o embarcador se responsabilize pela eficácia dos momentos de carga sem gerar espera e custos. A proposta de alteração da Lei que tramita atualmente no legislativo também pretende mudar esse ponto, eliminando a corresponsabilidade dos embarcadores nesse processo.
Durante seu trabalho em Rondonópolis, Paulo Douglas se deparou com casos relacionadas à atividade laboral dos motoristas. “Fomos procurados por uma senhora que se dizia viúva de um marido vivo, pois seu marido motorista já estava viciado em drogas e não conseguia mais manter uma relação com amigos e família”, explicou Paulo. A partir desses casos, uma pesquisa foi realizada em 2007 com os caminhoneiros da cidade mato-grossense. Através dela descobriu-se que 30% dos pesquisados fazia uso de drogas para aguentar a rotina de trabalho que muitas vezes passava das 16 horas por dia. A pesquisa ainda mostrou que a maioria deles era viciada em cocaína. “Através da pesquisa, descobrimos que havia realmente um excesso de trabalho, de horas no volante que muitas vezes levava esses motoristas a consumir e se tornar dependente de drogas”, explicou. De acordo com o Procurador, a pesquisa mostrou a desumanização da profissão do caminhoneiro. “Ao passo que a profissão de caminhoneiro deveria significar liberdade porque o trabalhador pode estar em vários pontos do Brasil, viaja sempre e conhece inúmeros lugares, ela foi sendo tão oprimida que, ao longo do tempo, foi considerada um regime de quase escravidão”, alertou. A pesquisa divulgada em 2007 mostrou uma realidade que não atingia somente os caminhoneiros de Rondonópolis, e sim de todo o Brasil. Tal constatação gerou uma série de discussões dentro dos espaços legislativos juntamente com representantes sindicais. O texto da Lei resultou desse longo debate e foi aprovado por unanimidade na Câmara e também no Senado. Paulo Douglas também comentou a paralização de caminhoneiros que ocorreu em 2012, logo após a Lei 12.619 ser aprovada, sancionada e entrar em vigor. A paralização havia sido convocada pelo MUBC (Movimento União Brasil Caminhoneiro) e questionava a existência da Lei, dando a enten-
Paulo Douglas | Foto: Pamela Souza
der que os caminhoneiros não queriam a regulamentação da sua profissão e preferiam ser remunerados através de comissão, tipo de pagamento vedado pela Lei. De acordo com o Procurador, no entanto, durante uma reunião realizada para escutar os caminhoneiros, as demandas do MUBC não tiveram como foco a Lei 12.619. “Eles utilizaram aquele momento para falar de outras questões como as exigências da ANTT e reivindicar a volta da Carta Frete. Ou seja, aquela liderança não estava interessada em discutir a Lei em si”, explicou. Após explicar sobre a necessidade da existência de uma regulamentação da profissão, Paulo Douglas falou sobre a proposta de
Para rebater os argumentos daqueles que defendem a modificação da legislação vigente, o Procurador se apoia em dados coletados não só na pesquisa realizada em 2007, mas também em outra feita em 2012. Os resultados mais recentes mostram que, além da utilização de drogas de forma isolada entre elas, os motoristas estão fazendo uso de um coquetel que envolve a ingestão de cocaína, anfetamina e metanfetaminas, um composto estimulante do sistema nervoso central, potente e altamente viciante. “Das amostras, aquelas coletadas até às 21 horas do dia de trabalho, nenhuma acusou uso de drogas. No entanto, aquelas coletadas após esse horário mostram um aumento exponencial no consumo dessas substâncias, justamente para permitir que os caminhoneiros continuem na jornada de trabalho”, afirmou.
De acordo com os gráficos apresentados, o número de acidentes entre 2007 e 2011 mata trabalhadores no Brasil é também dobrou. “A atividade que mais o transporte rodoviário de cargas. mata trabalhadores no Brasil é o transporte rodoviário de cargas. Ela superou a Ela superou a construção civil que construção civil que sempre teve índices sempre teve índices altos de altos de mortandade”, alertou o Procurador. mortandade"
" A atividade que mais
- Paulo Douglas
alteração da Lei 12.619 que já foi aprovada na Câmara e precisa tramitar no Senado. Para o procurador, existe um interesse econômico que motiva esse ataque à Lei e as mudanças na Lei refletem as pressões da classe ruralista.
Como alterar esse quadro? Sobre esse assunto, Paulo Douglas comentou sobre o que ele chama de “efeito reestruturante” do setor através da Lei 12.619. Esse conceito é construído sobre a ideia de que a regulamentação pode alterar justamente um tripé no qual o setor vem sido baseado há tempos: descontrole de jornada combinado com pagamento por comissão e baixa remuneração. Para ele, os pontos que limitam a jornada e o tempo de direção, o estabe-
“A Lei também determina a corresponsabilidade das embarcadoras pela fiscalização do cumprimento do intervalo interjornada, ou seja, quando um caminhoneiro chega para embarcar, o embarcador como um apoiador da renovação do sistema, deve verificar se esse motorista descansou e cumpriu com os descansos previstos pela Lei. Caso isso não tenha ocorrido, o embarcador tem como função conduzir esse motorista para o descanso impedindo que o mesmo siga viagem”, explicou o Procurador que acredita que esse é um ponto central da Lei porque envolve outros membros do setor. Paulo ainda foi enfático ao dizer que a exclusão dessa determinação pode gerar um retrocesso enorme no que ele chama de “renovação do sistema”.
A proposta do Projeto de Lei que tramita também pretende reduzir para 8 horas o horário de descanso diário do caminhoneiro. Caso seja aprovador, o PL irá readmitir o pagamento por comissão. “Essa proposta que tramita quer reduzir de 11 horas para 8 horas o horário de descanso do motorista. Ou seja, ele teria 8 horas para parar, tomar banho, comer, ver TV e dormir, sendo que as pesquisas mostram que uma pessoa precisa de 8 horas para dormir todos os dias. Ele teria, então, oito horas para fazer tudo, sem direito à diversão, ao relaxamento, a sociabilidade com os amigos, a uma refeição com calma e uma boa noite de sono”, explicou.
A Lei 12.619 pegou? De acordo com o Procurador do Trabalho, hoje podem ser identificados alguns números muito positivos que já resultam da aplicação da Lei. Na comparação entre a pesquisas realizadas em 2007 e 2012, identifica-se uma redução para 10% daqueles que trabalhavam mais
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de 16 horas por dia entre os caminhoneiros lentrevistados.
eAlém disso, é preciso considerar o efeito apreventivo que os debates e uma educação ésobre a Lei podem gerar. “De fato, não temos obtidos resultados rápidos, mas fomos oexitosos em resultados consistentes. Ou seja, conseguimos evitar acidentes e melhorar a qualidade do trabalho no setor”, aalega o Procurador.
oDepois de apresentados algumas explicações sobre a Lei 12.619 e os argumentos aque rebatem a proposta de alteração da mesma, Paulo Douglas apresentou uma eideia de conciliação do Ministério Públirco do Trabalho sobre as disputas atuais em torno da Lei. Tanto para a instância jurídica, como para seu representante, alterar a Lei não irá isentar os grupos das dificuldades de aplica-la. o ,Ao contrário, é preciso estabelecer um apacto social que envolva representações sindicais, trabalhadores e empresários pela segurança nas estradas, pela preservação das empresas, pela vida dos motoristas, .empresas e usuários. “Não nos interessa trabalhadores morrendo nem empresas sem segurança jurídica, temos que fazer valer a norma”, defendeu. r lDebate o eApós a explanação dos especialistas, foi raberta a palavra aos presentes. Entre os eouvintes os maiores questionamentos sobre a aplicabilidade da lei provinham da falta de infraestrutura para a aplicabilidaade das mesmas. Em duas falas da plateia, levantou-se o problema da falta de pontos .de parada para o cumprimento dos tempos ode descanso. a Para os debatedores, no entanto, esse pro.blema não deve gerar questionamentos na rLei, e sim nos contratos de concessões de erodovias que devem exigir que as concessionaria construam esse tipo de infraestru.tura em rodovias privatizadas e do próprio ,poder público estadual, que deve implantar aesses pontos nas rodovias e estradas públicas de cada região. , João Davoli ainda falou sobre a questão da corresponsabilidade dos embarcadores. Para ele, parece difícil que esse grupo cumpra o que está determinado na Lei, já que ele detém certo poder frente as resoluções. Em resposta, Paulo Douglas explicou que sdeve vir dos caminhoneiros e empresários oa pressão para que os embarcadores cumspram a sua parte, já que eles são parte ativa
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na cadeia logística. “A conduta dos embarcadores na renovação do sistema é fundamental. Se os caminhoneiros e empresários não cobrarem um comportamento adequado e o cumprimento da lei por parte desse grupo, certamente a Lei não funcionará”, expressou Paulo. Um dos presentes também relatou o caso
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A segunda pesquisa realizada em 2012 pelo Ministério Público do Trabalho em Rondonópolis, abordou caminhoneiros de diversas faixas etárias e vínculos jurídicos. Veja algumas conclusões.
Foto: Larissa J. Riberti
de um funcionário que faz uso do álcool durante a jornada de trabalho e perguntou sobre como deve proceder diante desse quadro. O Procurador do Trabalho respondeu que, se o funcionário estiver fazendo uso esporádico de álcool durante a jornada de trabalho, a legislação protege o empregador para que o mesmo possa demiti-lo por justa causa. No entanto, caso o funcionário seja alcoólatra, pode-se entender que
" A Lei confere segurança jurídica para os empresários, além de melhorar a produtividade do setor"
- Adauto Bentivgna
a doença tenha sido gerada pelas condições de trabalho ou grandes jornadas exercidas. Dessa forma, o empregador deve auxiliar o funcionário no tratamento da patologia e tentar reinseri-lo socialmente. O encerramento do debate aconteceu por volta das 22:30 horas com um coquetel concedido pela Irmãos Davoli. Chico da Boleia também promoveu o sorteio de um par de ingressos para a terceira etapa da Fórmula Truck que aconteceu neste domingo (18) em Interlagos, SP. Chico da Boleia e sua equipe agradecem a todos os presentes e esperam que mais eventos como este possam levar informação de qualidade até as estradas. Redação Chico da Boleia.
Você pode ter acesso ao relatório da Operação Jornada Legal na íntegra através do link:
http://www.trt7.jus.br/trabalhoseguro/arquivos/files/acervo/ebooks/Ministerio_Publico_ do_Trabalho_-_Relatorio_Operacao_Jornada_Legal.pdf
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GALERIA
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Encontro com o Chico da Boleia | Foto: Larissa J. Riberti
Chico da Boleia | Foto: Larissa J. Riberti
Paulo Douglas - Encontro com o Chico da Boleia |Foto: Larissa J. Riberti
Roberto Videira - Encontro com o Chico da Boleia |Foto: Larissa J. Riberti
Jo達o Davoli - Encontro com o Chico da Boleia |Foto: Larissa J. Riberti
Encontro com o Chico da Boleia |Foto: Larissa J. Riberti
Agrishow 2014 | Foto: Pamela Souza
Agrishow 2014 | Foto: Pamela Souza
Agrishow 2014 | Foto: Pamela Souza
Agrishow 2014 | Foto: Pamela Souza
Agrishow 2014 | Foto: Pamela Souza
Agrishow 2014 | Foto: Pamela Souza
ESPORTES
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F-Truck. Leandro Totti brilha mais uma vez e conquista a etapa de Interlagos ano estamos testando coisas novas. E esse empenho da equipe vem fazendo a diferença”, frisou o piloto. Totti também uma nova marca neste final de semana, pois venceu três vezes em Interlagos com três caminhões diferentes. Em 2005, pilotando o Ford da Londrina Truck Racing, em 2012, ano em que foi campeão, alcançou o sexto triunfo com o Mercedes-Benz da ABF Racing Team e hoje, com o caminhão Volkswagen MAN. O piloto já soma 92 pontos no Campeonato Brasil e 63 no Sul-Americano.
Foto: Larissa Jacheta Riberti
O “Marvado” foi impecável e disparou na tabela dos campeonatos. Já a RM Competições mostrou sua superioridade com três pilotos no pódio. Depois de fazer os melhores tempos em todos os treinos livres do final de semana, o melhor tempo no classificatório e largar na pole position, quem duvidava que Leandro Totti pudesse conquistar o terceiro título consecutivo desta temporada? Ele próprio! O paranaense, piloto da RM Competições, costuma descartar o título de favorito e qualquer adjetivo que possa coloca-lo à frente dos adversários. No entanto, mais uma vez ele foi absoluto nas pistas, conquistando o GP Petrobras de Fórmula Truck realizado em Interlados, neste domingo (18). O belo Autódromo José Carlos Pace atraiu cerca de 30 mil ao local. Enquanto a movimentação era grande nos boxes, o público pode curtir várias atrações hoje e durante todo o final de semana. Volta Rápida, treinos livres, classificatório, Top Qualifying, Show de Motos e Truck Show foram algumas das atrações que divertiram os amantes da categoria. Logo pela manhã, os 27 pilotos realizaram o warm-up, aquecimento de 40 minutos. Mais uma vez Totti realizou o melhor tempo, antecipando o desfecho do dia. Após muitas atividades, o posicionamento dos caminhões no grid de largada começou por volta das 13:40 horas. Minutos depois, a volta de apresentação abriu a corrida. Logo na largada, um choque entre Danilo Dirani, da Ticket Car Corinthians e André Marques, da RM Competições, provocou
uma verdadeira confusão na entrada do S do Senna. Debora Rodrigues, também da RM, rodou e chegou a tocar a frente do caminhão de Michelle de Jesus, da ABF Racing Team. Felizmente a confusão não provocou nenhum acidente sério, mas a intervenção do pace truck aconteceu logo depois, num choque entre Luiz Lopes, da Luccar Motorsport e Djalma Fogaça da DF Racing Fans no pinheirinho. Desde o início, Leandro Totti já dava sinais de que levaria o título, pois soube aproveitar a pole position e ganhar vantagem sobre os demais. A disputa mais acirrada, portanto, aconteceu pelas outras colocações. Ao final, a RM Competições teve três de seus cinco pilotos no pódio. Wellington Cirino, da ABF Santos Team largou em segundo lugar, mas logo na primeira volta perdeu a posição para Felipe Giaffone, que a sustentou até o final da corrida. Paulo Salustiano e Danilo Dirani, que haviam largado em quarto e quinto lugar, respectivamente, não conseguiram manter as boas colocações. Ao final, além do “Marvado”, Giaffone e Cirino, subiram ao pódio Adalberto Jardim, da RM Competições, que havia largado em oitavo no grid, e Roberval Andrade, da Ticket Car Corinthians. Durante a coletiva de imprensa, Leandro Totti frisou que grande parte do seu bom desempenho neste ano deve-se ao trabalho realizado pela equipe. “Trabalhamos muito em desenvolvimento para que os caminhões estejam à frente. Desde o começo do
Felipe Giaffone, companheiro de Totti, também elogiou o trabalho realizado pela equipe. Segundo ele, a diminuição de problemas dos caminhões tem facilitado a vida dos pilotos. Apesar de ter tentado dar uma “canseirinha” em Totti nas primeiras voltas, Giaffone admitiu que o vencedor rapidamente abriu vantagem e manteve o bom desempenho até o final da corrida. Com 49 pontos no Campeonato Brasileiro, Wellington Cirino também falou sobre a superioridade da RM Competições e de Leandro Totti, o que pode se confirmar ao longo do ano. No entanto, a temporada está apenas começando e a ABF Santos Team tem investido e trabalhado para avançar nas competições. “Nosso caminhão esse ano veio com um conceito novo e estou muito confortável com ele, o que me dá confiança para essa temporada”, afirmou. Apesar de ter declarado no ano passado que deixaria a Fórmula Truck, Roberval Andrade continua nas pistas. Depois de conquistar o quinto lugar, o paulistano disse que esperava mais desta etapa. “Trabalhamos bastante para esse final de semana. Mas tive um problema com o motor do caminhão durante os treinos, o que me levou a substituí-lo por outro inferior, prejudicando minha corrida”, frisou. Já Adalberto Jardim estava bastante contente com a volta ao pódio. Após o término da coletiva, o piloto deu uma entrevista exclusiva para Chico da Boleia. Durante a conversa, Jardim afirmou que vinha de várias quebras durante as corridas passadas, inclusive as de 2013. “Esse é o começo pra mim. No ano passado, eu cheguei a conquistar uma segunda colocação, mas tive sussecivas quebras que me atrapalharam. Agora nesta corrida eu errei na classificação e tive uma largada de sorte. No começo da corrida eu percebi que
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o caminhão estava desenvolvendo bem, mas na relargada notei algumas falhas e decidi não forçar pra terminar a corrida.”, comentou. A próxima etapa será realizada em Brasília entre os dias 6 e 8 de junho, no Autódromo Internacional Nelson Piquet e contará pontos apenas para o Campeonato Brasileiro.
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GALERIA DE FOTOS FÓRMULA TRUCK 2014 - INTERLAGOS / SP
Foto: Larissa J. Riberti
Foto: Larissa J. Riberti
Foto: Larissa J. Riberti
Foto: Larissa J. Riberti
Foto: Larissa J. Riberti
Foto: Larissa J. Riberti
DE BOA NA BOLEIA
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CHICO DA BOLEIA serem aplicados e que a fiscalização e infraestrutura das rodovias devem melhorar. No entanto, tentar alterar pontos da Lei como o tempo de descanso, o limite de tempo de direção e a parada obrigatória é voltar no tempo em que os caminhoneiros eram forçados a trabalharem horas a fio sem nenhum descanso. Como em qualquer outra profissão, a nossa necessita dessa regulamentação e os profissionais podem se apoiar na Lei para exigirem seus direitos.
Dia do Trabalho: por melhores condições para exercê-lo Olá amigos da estrada! Estive algum tempo sem escrever para o Blog do Chapa, mas agora estou de volta. E nenhum tema me parece mais importante como este que segue. Espero que todos gostem desta reflexão.
fletirmos sobre a nossa cidadania trabalhista e exigi-la. No nosso setor, por exemplo, evoluímos, mas ainda caminhamos a passos lentos. No último mês de abril, um forte embate
Neste mês comemoramos o Dia do Trabalho ou o Dia do Trabalhador, como dizem alguns. Símbolo de uma luta por melhores condições de trabalho, o 1o de maio é celebrado mundialmente. No Brasil, o feriado foi instituído pelo Presidente Arthur Bernardes, em 1925. Nesta data, inúmeros eventos são promovidos pelos poderes públicos para comemorar o dia do trabalhador. Cultura, educação, saúde, esporte e entretenimento estão sempre presentes Trabalhadores durante protesto no dia 1 de maio. Foto: CUT nas agendas das prefeituras e dos governos de estado nas celebrações que são evidenciou as discussões entre organismos defensores da Lei 12.619 e a Comissão Espreparadas para os trabalhadores. pecial que atua na Câmara dos Deputados No entanto, esta data é, principalmente, em Brasília para alterar a Lei do Motorista. sinônimo de luta. Luta que acontece co- Após esta dura conquista dos caminhoneitidianamente nas ruas, em protestos por ros, alguns políticos ligados aos interesses melhores condições de trabalho na maioria de produtores rurais buscam retroceder na dos setores, através das greves legítimas de cidadania trabalhista do setor alcançada vários setores como o dos caminhoneiros, através Lei. professores, operários. É uma data para re- É fato que ainda existem muitos pontos a
No “2º Encontro com Chico da Boleia para debate sobre a Lei 12.619” pudemos perceber que muitas pessoas ainda não entendem a necessidade dessa Lei. Além disso, existem vozes que, mesmo se dizendo aliadas dos caminhoneiros, bradam por alterações (leia-se retrocesso) no texto da legislação, podendo assim prejudicar os trabalhadores. A Lei 12.619 não é só um aparato jurídico trabalhista, é também uma forma de salvar vidas e salvaguardar a saúde dos trabalhadores. Ora, se na maioria das profissões as pessoas tem seus direitos garantidos, suas jornadas de trabalho controladas, horas extras pagas com possíveis adicionais de
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insalubridade e periculosidade, porque o caminhoneiro, aquele que se arrisca de dia e de noite por rodovias em péssimas condições de manutenção e segurança, também não pode estar respaldado pela regulamentação de sua profissão?
No Dia Mundial do Trabalho e nos demais dias do ano, espero que os amigos caminhoneiros e caminhoneiras possam refletir sobre a profissão e pensar no quanto podemos colaborar para que ela evolua, para que seja mais respeitada e valorizada.
A Comissão que atua na Câmara dos Deputados só atenderá as nossas demandas quando nós nos fizermos presentes. Por isso, procure uma entidade representativa de boas referências e currículo confiável, participe das reuniões e apresente as suas opiniões. Dessa forma, poderemos construir juntos uma profissão ainda mais admirável. Para saber mais sobre a Lei, acesse: http://www.cnt.org.br/Imagens%20CNT/ PDFs%20CNT/Not%C3%ADcias/Cartilha_ Regulamenta%C3%A7%C3%A3o_Motorista.pdf Abraço, Chapa.
Gostou do texto de hoje? Então, nos envie sua opinião sobre o assunto ou alguma sugestão para a próxima semana através do email: chicodaboleia@chicodaboleia.com.br imprensa@chicodaboleia.com.br
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DE BOA NA BOLEIA
Movimento Maio Amarelo Atenção pela Vida
O mês de maio tem sido, sem dúvida, um
momento de luta. Além do Dia Mundial do Trabalho, da campanha nacional de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e das lutas contra o racismo no contexto do dia 13 de maio, o movimento Maio Amarelo Atenção pela Vida busca conscientizar os motoristas de todo o Brasil. O Movimento nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito de todo o mundo. O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre Poder Público e a sociedade civil para colocar em pauta o tema segurança viária e discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que o tema exige, nas mais diferentes esferas. Acompanhando o sucesso de outros movimentos, como o “Outubro Rosa” e “Novembro Azul”, os quais, respectivamente, tratam dos temas câncer de mama e próstata, o “MAIO AMARELO” estimula você a promover atividades voltadas a conscientização, ao amplo debate das responsabilidades e avaliação de riscos sobre o comportamento de cada cidadão, dentro de seus deslocamentos diários no trânsito. Vale ressaltar que o MAIO AMARELO, como o próprio nome traduz, é um movimento, uma ação, não uma campanha, ou seja, cada cidadão, entidade ou empresa pode utilizar o laço do “MAIO AMARELO” em suas ações de conscientização tanto no mês de maio, como, na medida do possível, durante o ano inteiro. A motivação para a iniciativa não é novidade para a sociedade. Muito pelo contrário, é respaldada em argumentos de conhecimento público e notório, mas comumente desprezados sem a devida reflexão sobre o impacto na vida de cada cidadão. Então, convidamos você, sua entidade ou
sua empresa a levantar essa bandeira e fazer do mês de maio o início da mudança e do AMARELO a cor da “atenção pela vida”. Sobre a Década de Ação para Segurança no Trânsito A Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito". O documento foi elaborado com base em um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas. São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade, o segundo na faixa de 5 a 14 anos e o terceiro na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano, ou um percentual entre 1% e 3% do produto interno bruto de cada país. Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da ONU com a "Década de Ação para a Segurança no Trânsito" é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020. O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito. O problema é mais grave nos países de média e baixa renda. A OMS estima que 90% das mortes acontecem em países em desenvolvimento, entre os quais se inclui o Brasil. Ao mesmo tempo, esse grupo possui menos da metade dos veículos do planeta (48%), o que demonstra que é muito mais arriscado dirigir um veículo — especialmente uma motocicleta — nesses lugares.
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CHICO DA BOLEIA As previsões da OMS indicam que a situação se agravará mais justamente nesses países, por conta do aumento da frota, da falta de planejamento e do baixo investimento na segurança das vias públicas. De acordo com o Relatório Global de Segurança no Trânsito 2013, publicado pela OMS recentemente, 88 países membros conseguiram reduzir o número de vítimas fatais. Por outro lado, esse número cresceu em 87 países. A chave para a redução da mortalidade, segundo o relatório, é garantir que os estados-membros adotem leis que cubram os cinco principais fatores de risco: dirigir sob o efeito de álcool, excesso de velocidade, não uso do capacete, cinto de segurança e cadeirinhas. Apenas 28 países, que abrigam 7% da população mundial, possuem leis abrangentes nesses cinco fatores.
gue de 0.05g/dl ou menor, conforme recomendado pela OMS; - 90 países, cobrindo 77% da população mundial, têm leis que obrigam o uso de capacete; - 111 países, cobrindo 69% da população mundial, têm leis que obrigam o uso do cinto de segurança para todos os ocupantes; O documento também aponta que na maioria dos países – mesmo alguns daqueles com melhores resultados – a aplicação das leis é inadequada. Alguns grupos foram identificados como aqueles com maior risco de morrer em acidentes de trânsito: - 59% das vítimas fatais estão na faixa etária dos 15 aos 44 anos, e 77% são homens;
O relatório destaca que:
- pedestres e ciclistas representam 27% de todas as mortes no trânsito. Em alguns países, esse percentual é superior a 75%.
- 89 países, cobrindo 66% da população mundial, têm legislação com relação a beber e dirigir, com limite de álcool no san-
Mais informações em: www.maioamarelo.com
ONDE ESTÁ O CHICO DA BOLEIA?
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Chico da Boleia entrevista Presidente da Mercedes-Benz do Brasil ronco dos caminhões, por isso eu sempre aproveito para vir e assistir as corridas. Chico da Boleia: Hoje na Fórmula Truck temos uma equipe muito forte, a RM Competições, que possui cinco caminhões e tem despontado como a favorita nesta temporada. A Mercedes pensa em participar mais ativamente da categoria?
Chico daBoleia e Philipp Schiemer na Fórmula Truck | Foto: Pamela Souza
Andanças, andanças e mais andanças! Isso traduz um pouco do que é um final de semana de trabalho na Fórmula Truck e, para Chico da Boleia, o percurso nos autódromos em cada uma das corridas é bastante longo. Isso porque o nosso companheiro da estrada vai onde a informação está e para busca-la é preciso suar a camisa, literalmente. Considerado o maior e mais importante autódromo do Brasil, Interlagos é o templo do automobilismo brasileiro. Não é a toa que o local recebe milhares de visitantes entre público, patrocinadores, convidados e representantes de empresas do Brasil e do mundo todo. No último sábado (17), durante as atividades da terceira etapa do GP Petrobras de Fórmula Truck, quem apareceu para dar uma “espiadinha” no evento foi o Presi-
dente da Mercedes-Benz do Brasil, Philipp Schiemer. Ambos já se conheciam, pois Chico da Boleia havia participado de uma visita do Presidente à Concessionária Irmãos Davoli de Mogi-Mirim no início deste ano. No encontro mais recente, Schiemer comentou sobre a presença dos caminhões Mercedes-Benz na categoria. Confira a entrevista exclusiva. Chico da Boleia: Philipp Schiemer, como é estar na Fórmula Truck acompanhando os trabalhos realizados aqui e a presença de caminhões Mercedes-Benz que se destacam nas pistas? Philipp Schiemer: Chico, trabalhamos muito durante toda a semana no escritório e poder estar aqui no final de semana acompanhando o evento é sempre uma diversão muito grande. A gente gosta de escutar o
Philipp Schiemer: Eu estou chegando mais recentemente no Brasil (Schiemer assumiu o cargo no ano passado). Então nós ainda vamos analisar isso com muito cuidado. Nós já participamos da Fórmula Truck e temos caminhões que apoiamos tecnicamente. Também percebemos que as equipes que usam nossos caminhões estão muito boas, então vamos analisar essa possibilidade com todo o carinho. Chico da Boleia: Como você vê o mercado de 2014 para os caminhoneiros? Nós começamos 2014 bem, como já conversamos em outra ocasião, você acha que conseguiremos melhorar ainda mais neste ano? Philipp Schiemer: No início do ano nós tivemos algumas turbulências com o Finame, o que se resolveu agora. A gente percebe que o mercado está melhorando aos poucos e esperamos que essa tendência possa continuar e se confirmar até o final do ano. Quem também deu uma palavrinha para Chico da Boleia foi a Presidente da categoria, Neusa Navarro Felix. Sempre atenta a cada detalhe das etapas que realiza pelo Brasil, a comandante em chefe da Fórmula Truck tem alcançado resultados muito
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positivos este ano, apesar das condições adversas (Copa do Mundo, reforma de autódromos e eleições).
Para esta temporada, por exemplo, a corrida que geralmente é realizada em julho, teve que ser marcada para acontecer em Interlagos neste mês de maio. “Apesar da mudança é sempre bom vir para São Paulo”, comentou Neusa. A Presidente ainda ressaltou que a estrutura de Interlagos permite mostrar melhor as novidades e atrações da categoria.
Uma das mudanças desta temporada foi justamente a exclusão dos catalisadores dos caminhões. “Daqui pra frente precisamos trabalhar para reduzir a fumaça. O catalisador foi abolido e isso não vai mudar, pois o barulho dos motores agrada o público”, ressaltou.
Chico da Boleia perguntou sobre a possibilidade de ser implantado um sistema para a avaliação da emissão da fumaça dos caminhões, já que ela pode acarretar na desclassificação dos pilotos.
Segundo Navarro, a categoria já fechou uma parceria com a Bosh para que a empresa desenvolva um equipamento de medição da emissão de fumaça de cada caminhão. “Através desse aparelho a medição passa a ser eletrônica e não mais humana”, afirmou.
Sobre a presença do Presidente da Mercedes-Benz, Neusa ainda comentou que é de suma importância estabelecer uma relação mais direta com as montadoras. “Esse é um passo muito importante para o futuro”, finalizou. Redação Chico da Boleia
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SAÚDE NO TRECHO
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Instituto Lado a Lado pela Vida e Chico da Boleia selam parceria em prol da saúde Foi concretizada em abril deste ano, uma
parceria muito importante entre o Instituto Lado a Lado pela Vida e Chico da Boleia. A união entre a organização e o veículo de comunicação visa colaborar para a saúde de homens e mulheres de todo o Brasil. Em cada nova edição do Jornal Chico da Boleia Informa, o Instituto Lado a Lado irá contribuir com um texto na coluna Saúde no Trecho. Assim, os leitores terão acesso a informação de qualidade sobre prevenção e tratamento de doenças. /minsaude
Idealizado em 2008 com sede na cidade de São Paulo, O Instituto Lado a Lado pela Vida não tem fins lucrativos e desenvolve conceitos e projetos, além de apoiar e implantar ações voltadas ao campo da humanização em saúde e da atenção integral ao cidadão em diferentes fases da vida. Ele atua diretamente sobre grupos de indivíduos doentes ou potencialmente vulneráveis a doenças que impactam diretamente no cotidiano da pessoa. A organização tem como projetos: Ser Ho-
mem, Ser Mulher, Ser Jovem, Ser Sustentável e Ser Cultural. Todos eles são permeados pelo compromisso com a integralidade, a informação responsável, o acolhimento, a cultura, a sustentabilidade e a qualidade de vida. Em cada programa há uma cuidadosa adequação da linguagem e das ferramentas de aproximação e mobilização, além das possibilidades de intervenção e fomento da reflexão. As ações geralmente são desenvolvidas em espaços abertos (áreas de grande circulação pública) e fechados (empresas, hospitais, entre outros), além de contextos urbanos e rurais e possuem abrangência local e nacional. São utilizados diferentes meios
de comunicação e de sensibilização do público-alvo, como materiais informativos customizados, recursos lúdicos e artísticos, conversas informais, oficinas expressivas, portais eletrônicos, mídias sociais, sites e blogs, a fim de alcançar um grande número de pessoas.
Esta parceria confirma a responsabilidade social do Chico da Boleia e a preocupação em levar conteúdo de qualidade ao companheiro da estrada e aos demais cidadãos brasileiros. Desejamos vida longa a esta parceria. Redação Chico da Boleia
/minsaude
O PROGRAMA MAIS MÉDICOS TROUXE MAIS SAÚDE PARA SÃO PAULO. Só aqui no estado, já são
2.241 médicos levando atendimento de qualidade a
362 municípios* *Abril de 2014
Mais Médicos no Brasil:
Dobrou o investimento em atenção básica
Atendeu mais de
Cerca de
da demanda dos municípios
de pessoas beneficiadas
100%
49 milhões
O Programa Mais Médicos do Governo Federal superou uma grande meta: em apenas oito meses, atendeu a mais de 100% dos municípios cadastrados no Programa. E São Paulo faz parte desta conquista com mais de 538 milhões de reais investidos, além da ampliação e melhoria do atendimento médico oferecido à população, principalmente a que vive nas localidades mais distantes e nos bairros mais pobres. Confira se a sua cidade está participando do Programa. Acesse o site maismedicos.saude.gov.br ou ligue 136.
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SAÚDE NO TRECHO
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30% dos homens passam pela "menopausa" masculina A deficiência hormonal masculina leva o nome de "andropausa" e caracteriza-se pela queda na produção de testosterona
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Assim como as mulheres acima dos 45 anos enfrentam a menopausa, os homens e também passam por fase semelhante. Neste caso, os médicos chamam de andropausa. Dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostram que de 20% a 30% dos a homens com mais de 40 ano, sofrem de deficiência hormonal, caracterizada pela queda gradual da testosterona, o hormônio responsável pelas características masculinas e função sexual. O motivo para essa redução é que os níveis de testosterona começam a cair até 1% a cada ano a partir dos 30 anos de idade. "A redução é gradual, mas permanente. Por volta dos 50 anos, cerca de 10% dos homens apresentam níveis baixos de testosterona. Aos 70 anos, mais da metade sofre com deficiência do hormônio. Aos 80 anos, a maioria dos homens tem níveis de testosterona e comportamentos semelhantes ao de meninos antes da puberdade", explica o ginecologista Joji Ueno, doutor em medicina pela Faculdade de Medicina da USP, responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico e o tratamento corretos podem trazer melhorias para a qualidade de vida do homem e de sua família. No entanto, a detecção do problema muitas vezes é difícil porque os sintomas da deficiência androgênica são semelhantes às manifestações da menopausa em mulheres, e podem ser confundidos com sinais de outras doenças, como hipotireoidismo e depressão. Alguns exemplos de sintomas são fadiga intensa, depressão, irritabilidade e distúrbios da ansiedade. Outras manifestações são alterações inexplicáveis de humor, sensibilidade, insônia, diminuição da libido, perda de massa muscular e dificuldade para obter ereções. Quando os sintomas são reconhecidos, deve-se realizar exames para eliminar a possibilidade de doenças com manifestações semelhantes, como anemia, alcoolismo, diabetes e depressão. Para isso, a dosagem de testosterona livre no plasma é o principal teste, devendo ser feita em uma amostra de sangue colhida pela manhã, em jejum. "Se os níveis estiverem abaixo de 200 nanogramas/dl e a pessoa não possuir fatores de risco significativos, a terapia de
Projeto Ser Homem aborda o universo masculino O Instituto Lado a Lado pela Vida desenvolve, desde 2008, o Projeto Ser Homem, que aborda o universo masculino em toda a sua complexidade, sob a perspectiva da saúde integrada com o comportamento.
Foto: Divulgação
reposição de testosterona (ou TRT) pode ser iniciada", esclarece o especialista.
Tratamento
O tratamento é importante para a manutenção da saúde do homem na maturidade. Diversos estudos têm demonstrado que a queda das taxas de testosterona no organismo masculino associada ao avanço da idade está ligada também a males crônicos, como diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão e dislipidemia (colesterol alto). A terapia de reposição de testosterona só deve ser realizada sob supervisão médica, sendo contraindicada em homens com o risco de já terem câncer de próstata, PSA elevado, doenças no fígado e altos níveis de gordura no sangue. Para utilizá-
la, é necessário realizar exames de acompanhamento a cada 3 a 6 meses. A testosterona pode ser administrada de várias formas: oral, injetável, transdérmica (adesivos) ou por implantes. As formas orais não são mais recomendadas devido ao risco de efeitos tóxicos sobre o fígado, e as formas injetáveis não oferecem níveis estáveis, podendo piorar os sintomas da andropausa. As mais utilizadas têm sido as apresentações transdérmicas. Por : Instituto Lado a Lado pela Vida
No portal Ser Homem, são disponibilizados conteúdos voltados para o público masculino com temas sobre saúde, carreira e estilo de vida, que auxiliam o homem a lidar com questões importantes, que muitas vezes são deixadas de lado devido a falta de espaço para debatê-las. Acesse: http://www.ladoaladopelavida.org. br/ser-homem
CULTURA E EDUCAÇÃO
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Todo dia é 18 de maio: proteja crianças e adolescentes contra a exploração sexual Mobilização em todo país chama atenção para a importância da denúncia pelo Disque 100 Há 41 anos um crime bárbaro chocou o
Espírito Santo. Araceli Crespo, uma menina de 8 anos, foi violentada e assassinada em Vitória, capital do Estado. Os acusados do crime, pertencentes a famílias com poder político, nunca foram condenados. Em 1998, a dor da família de Araceli foi transformada em dia de luta em todo o País.
Caminhadas, blitz educativas e mobilização nas redes sociais marcaram a lembrança do 18 de maio no Brasil. Coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a campanha #ProtejaBrasil chama a atenção para o problema, divulgando o número nacional para denúncias: o Disque 100.
Desde então o dia 18 de maio marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Outra forma de prevenir casos de abuso e exploração de meninos e meninas é baixar o aplicativo gratuito do Proteja Brasil em
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
© Revistas COQUETEL
Intérprete do Ruço (?) Madrid, em "Pé na Cova" (TV) time de Iker Vacina (?): age contra várias doenças Casillas
Setor representado pela ABI
Vantagens nas compras coletivas Nesse Distrito lugar de Porto Seguro, é um badalado destino turístico
Noel Nutels, sanitarista brasileiro
"A (?) é a mãe de todos os males" (dito)
Formato da curva de retorno
Cervídeosímbolo do Canadá
Qualidade de um guerreiro
Kim Jong-(?), ditador norte-coreano Louco, em Índole inglês da vilã Qualquer número primo, exceto o 2
Resposta negativa Alienígena, em inglês
Parte, em inglês Paulo José, ator de "O Palhaço"
De (?) lavada: sem maquiagem Ferramenta que abre cavidades na madeira Efeito da má gestão de uma empresa
O caipira, em Minas Gerais
3/mad. 4/part. 5/alien — legra. 6/glória
BANCO
Entenda os termos Abuso sexual. É a utilização do corpo de uma criança ou adolescente para a satisfação sexual de um adulto, com ou sem o uso da violência física. Desnudar, tocar, acariciar as partes íntimas, levar a criança a assistir ou participar de práticas sexuais de qualquer natureza constituem crime. A maior parte dos abusos sexuais acontece dentro de casa, e a criança é convencida a guardar segredo, muitas vezes sob ameaça física e psicológica. Por isso, acredita-se que a maioria das pesquisas sobre o assunto traz um número bem menor do que o real. O aumento das estatísticas de abuso sexual não reflete propriamente maior incidência, mas crescimento das denúncias.
Crustáceo considerado alimento de luxo "Lesão", em LER
Vitamina da cenoura Acessório recarregável do celular A "tela" da tatuagem
(?) Ciata, ícone da cultura negra (RJ)
(?) Kalil, consultora brasileira de moda
Letra que representa a moeda brasileira
2008, em Fortaleza, apontou que a exploração sexual nas ruas é praticada prioritariamente por moradores locais, com 54,9% do total dos agressores. Em segundo lugar, aparecem os turistas estrangeiros com 24,4% de indicações. Na lista de principais exploradores configuram ainda o turista brasileiro, com 12,5%. A profissão mais apontada pelas vítimas na pesquisa é a do caminhoneiro, com 2,4% das ocorrências. zação Internacional do Trabalho (OIT), na Suíca, incluiu a exploração sexual entre as quatro piores formas de trabalho infantil, no mesmo rol do trabalho escravo, na utilização de crianças e adolescentes para o tráfico de drogas e as formas degradantes de trabalho que põem a vida de meninas e meninos em risco imediato.
Cantor como Luciano Pavarotti Calçado ideal para atividades físicas Pensamento recorrente de presos (pl.)
Agressor – Uma pesquisa realizada em
Trabalho Infantil – Em 1999, a Organi-
Saudação comum entre os jovens
Tomar (?): prestar toda a atenção
Erva usada na decoração de pratos
Indicação do Norte na rosa dos ventos
smartphones ou tablets. Por meio dele é possível encontrar com facilidade, locais e serviços de proteção de crianças e adolescentes, como conselhos tutelares e delegacias de polícia. O aplicativo mostra endereço e telefone de toda a rede a partir da sua localização atual, nas 12 cidades-sede da Copa 2014. Também é possível fazer uma foto sua e enviar para mostrar que você está conectado com a proteção integral de crianças e adolescentes.
Exploração sexual. É a comercialização da
Roberto Dinamite, ex-jogador de futebol
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prática sexual com crianças e adolescentes com fins comerciais. O termo “prostituição infantil” não deve ser utilizado, devido à compreensão de que crianças e adolescentes não se prostituem, e sim são explorados por adultos. A pornografia e o turismo
sexual são também formas de exploração sexual comercial.
Fonte: Glossário de Direitos Humanos – Thiago Mendes e Mônica Mourão Exploração sexual será crime hediondo
A exploração sexual de crianças e adolescentes está a um passo de se transformar em crime hediondo. A Câmara dos Deputados aprovou no dia 14 de maio o projeto de lei 7.220/14, do Senado, que endurece a pena ao condenado, impedindo obtenção de anistia, graça, indulto ou pagamento de fiança. A matéria agora segue para sanção da presidenta Dilma Rousseff. Pelo Código Penal, quem é condenado por crime hediondo ainda precisa cumprir um período maior no regime fechado antes de solicitar a progressão de pena. É exigido o cumprimento de, no mínimo, dois quintos do total da pena aplicada se o apenado for primário; e de três quintos, se reincidente. Fonte: www.andi.org.br
Exploração sexual infantil e de adolescentes nas estradas.
Foi lançado no dia 18 de maio o mapeamento 2011-2012 dos pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais brasileiras. A elaboração do documento tem o apoio da Childhood Brasil e é conduzida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), com participação da Secretaria dos Direitos Humanos (SDH) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). No relatório, foram identificados 1.776 pontos vulneráveis em rodovias federais de todo o Brasil. Deste total, 38,9% (691) são considerados pontos críticos. Na comparação com a pesquisa referente aos anos de 2009 e 2010, houve uma redução do número de pontos críticos (924 na pesquisa anterior). A PRF considera como pontos vulneráveis ambientes ou estabelecimentos em que os agentes da polícia encontram características como: falta de iluminação, presença de adultos se prostituindo, falta de vigilância privada, aglomeração de veículos em trânsito e consumo de bebida alcoólica. Entre eles, há aqueles onde já foram confirmados os casos de exploração sexual de menores e aqueles em que há indícios ou denúncias. O estado que concentra a maior quantidade destes pontos é Minas Gerais, com 252, seguido por Pará, com 208; Goiás, com 168; Santa Catarina, com 113; e Mato Grosso, com 112. No comparativo regional, o centro-oeste reúne o maior número de pontos vulneráveis à exploração sexual de crian-
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CULTURA E EDUCAÇÃO ças e adolescentes: 398. Outros 371 estão no nordeste, o segundo, seguido pelo norte (333), sudeste (358) e sul (316). Entretanto, apesar de a região centro-oeste apresentar o maior número absoluto de
pontos vulneráveis, quando cruzamos o quantitativo de pontos com a extensão da malha viária federal, temos que a região norte possui a maior densidade de pontos (1 ponto a cada 17,99 km), seguida pela
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CHICO DA BOLEIA centro-oeste (1 ponto a cada 23,99 km), sul (1 ponto a cada 33,47 km), sudeste (1 ponto a cada 38,33 km) e nordeste (1 ponto a cada 48,77 km).
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O relatório está disponível na íntegra através do link: http://www.namaocerta.org.br/ pdf/Mapeamento2011_2012.pdf
Fonte: Na mão certa (http://www.namaocerta.org.br/)
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