E-book: Cidades Criativas

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Cidades Criativas

ao suporte político e institucional incipientes, ao baixo nível da capacidade empreendedora, à dependência de firmas estrangeiras e de investimento internacional, à ineficiência ou à inexistência de regulamentação de direitos do autor e à pirataria. Em conjugação a tudo isso, verifica-se a necessidade de se ampliar o suporte técnico voltado para o desenvolvimento e a gestão dos negócios criativos, tratando aspectos relacionados à aplicação de recursos, ao marketing, à inovação, às questões de propriedade intelectual (CUNNINGHAM et al, 2008), entre outros pontos.

2.3 Cidades Criativas: Conceitos, Pontos e Contrapontos Objetivo: Compreender o conceito de cidades criativas e sua evolução, identificando pontos positivos e negativos, além de caminhos possíveis para o seu aprimoramento. Conforme pôde ser visto na Unidade 1, a atribuição de tipologias ou de categorias às cidades passa essencialmente por recortes e olhares voltados para o seu desenvolvimento. Os conceitos de cidade global e de infocidades, fortemente associadas a uma economia de serviços, à ampliação de mercados globais e ao uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) em processos de criação e inovação, em muito se confundem e se misturam com o debate sobre cidade criativa. De qualquer modo, é importante entender que a cidade criativa vai além, pois assume a cultura e a criatividade na sua centralidade. A cidade criativa incorpora outros elementos, associados à economia criativa, que veremos no decorrer deste tópico. A denominação cidade criativa é recente e nasce em meados da década de 1990, junto ao debate e à implementação de políticas públicas de economia criativa no Reino Unido. O arquiteto britânico Charles Landry figura como um dos primeiros teóricos a debater sobre planejamento urbano de cidades sob essa denominação, considerando que o desenvolvimento das cidades está ancorado em aspectos e atributos econômicos, culturais, ambientais e sociais, representados por um sistema de indicadores. Nesse sentido, uma cidade desenvolvida e autossustentável é uma cidade com uma população capaz de aprender, se adaptar e inovar frente às suas vicissitudes e oportunidades de crescimento, tendo como base a sua expressão simbólico-estética e o desenvolvimento de suas indústrias criativas (patrimônio, artes, mídias e criações funcionais), geradoras de oportunidades


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