AOS OLHOS DA FILOSOFIA Alguns estudos
LucĂlia Monteiro
2016
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A filosofia em história Para estudar filosofia, deve olhar-se sempre para a alma humana, para o interior, para o subscrito que nos eleva. Para descobrir a filosofia usa-se o plano investigativo por ela proposto, com princípios e causas que aspiram à inteligência humana. Procura a razão de tudo e a sabedoria de todos. Ir para além do que se conhece é relevante, por isso Deus e o homem ficam no pico da inteligência. O alemão Brucker criou a história da filosofia e aplicou-a ao encontro de Descartes, combinando temas com a época do renascimento filosófico. É possível, de certa forma, dividir a filosofia e a sua história em 3 períodos distintos: - Antiga, grega – cerca de 600 a. C. até século V – esta subdivide-se em 4 outros períodos – pré socráticos, humanista, período áureo com Platão e Aristóteles, e helenístico. - Medieval, Idade Média – da queda do império romano ao Renascimento, por cerca de 1000 anos – época dos escolásticos, das filosofias árabe e judaica, do cristianismo – de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino… - Moderna – séculos XVII e XVIII, época da guerra dos 30 anos – de Bacon e Espinosa… A filosofia helenística fazia parte de um naturalismo retórico, conhecido como “diatribe cínico-estóica”, uma vez que se tratava de um discurso de ordem popular. A filosofia é investigação que assenta na razão. A palavra filosofia apresenta dois sentidos de pesquisa: autónoma; particular. “A filosofia grega surge quando se descobriu que a verdade do mundo e dos humanos não era algo secreto e misterioso, que precisasse ser revelado por divindades a alguns escolhidos, mas que, ao contrário, podia ser conhecida por todos, através da razão, que é a mesma em todos”. Sete sábios gregos: Tales
Conhece-te a ti mesmo.
Bias
A maioria é perversa. O cargo revela o homem.
Pítaco
Sabe aproveitar a oportunidade.
Sólon
Toma a peito as coisas importantes. Nada em excesso.
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Cleobulo
A medida é coisa óptima.
Míson
Indaga as palavras a partir das coisas e não as coisas a partir das palavras.
Chilon
Cuida de ti mesmo. Não desejes o impossível.
Períodos da filosofia grega: cosmológico – ordem do mundo e conhecimento humano; antropológico – formação do sujeito e vida sociável em harmonia; ontológico – valor e validade do ser humano; ético – conduta humana; religioso – via da salvação pela união de Deus e o homem. Inicialmente a história da filosofia tinha opiniões e particularidades sobejas, representações ilusórias, pensamentos arbitrais. Chega-se à conclusão de que a filosofia é uma ciência de carater objetivo, que procura a veracidade e o conhecimento de conceitos e termos. Se a verdade é única, a filosofia não tem senão ir ao encontro do pensamento (livre e racional), dado que as suas ideias são concretas, que proporcionam totalidades e, que, por sua vez, estas são peritas em apresentar momentos exatos. A filosofia pode considerar-se como o próprio pensamento, por historiar conceitos e unir o homem a Deus. A filosofia é, então um “desenvolvimento pensante” e ocupa-se da necessidade de pensar e fazer. É um feito livre, forte e consolidado do espírito. A sua universalidade passa pela arte e religião. É na antiguidade oriental que se distingue a filosofia pela sua ligação com a religião. Primeira conjuntura absoluta do entendimento: “o que em si não está nele não pode nele penetrar, não pode ser para ele”. O conceito de desenvolvimento em filosofias antigas relaciona-se com a abstração e a ideias muito pouco delimitadas. A filosofia mais recente é a de um carater mais concreto, facultoso e aprofundado, com uma noção de desenvolvimento progressivo, amplo, com captação de ideias próprias. Aqui, a ideia deve conservar o passado, repercutindo a história. A história da filosofia inicia onde o pensamento pura e universalmente desponta, pois é essa universalidade a essência e verdade de tudo. Aspetos relevantes da época renascentista filosófica: descobre-se a história do mundo do homem, assim como do valor dele e da sua natureza; a transigência pela religião. Pretende-se a reedificação da sabedoria, com o intuito de a entender. Baseiase no que o homem tem como seu, tornando-o distinto dos outros e idêntico a Deus.
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O século XVIII é considerado o século das luzes (conteúdo de ideias) e dos filósofos (atitude). “O espírito filosófico é um espírito de observação e de justeza que remete tudo para os seus verdadeiros princípios”. A prática das ciências e a teoria do conhecimento validam-se como provas de caráter humano, no âmbito da manifestação de discursos e ações sobre as coisas. O pensamento filosófico visa a generalidade, para além da pluralidade de opiniões. Distingue-se o mundo sensível do inteligível, através das representações, perceções e mesmo fenómenos. A filosofia do século XIX foi de dogmatismos, com novas metodologias e lógicas, em volta da realidade cognoscível, onde o universo é inalcançável. De acordo com Comte, a humanidade avança segundo 3 estágios: teológico (esclarecimentos através da religião e mitologia), metafísico (procura da cientificidade nos esclarecimentos) e positivo (empirismo fenoménico que relaciona sucessão e semelhança). Herbert Spencer foi um dos filósofos evolucionistas de maior impacto, visto aplicar teorias direcionadas à psicologia, ética e sociologia. Silogismo instrutivo – “Processo de exposição das verdades que já tinham sido encontradas”. No século XX a filosofia tornou-se mais organizada, abrangente nas suas teorias e de aplicação profissional em universidades, rompendo com algumas doutrinas mais tradicionalistas, ainda que continuassem a existir grupos dedicados a áreas mais antigas.
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Fim do século XII – Meado do século XVI
Portugal Pedro Hispano define a sua dialética em compêndio – “A arte das ciências, a ciência das ciências, indicando o caminho para o princípio de todos os métodos”. Também o rei D. Duarte se dedicou às considerações sobre as faculdades da alma humana e o entendimento, diferenciando este em partes: aprender, declarar, executar, firmar, inventar, julgar, perseverar e relembrar. De acordo com os sentidos e a razão, divide a memória em racional e sensual.
Europa As mudanças do século XV repercutem-se no repensar dos estatutos do discurso filosófico. Esta época de Renascimento fixa conceitos e apura ideias pela sua clareza e distinção. Daí que se considere haver uma completação do sistema. Foge-se dos hábitos antigos e das tradições. É restabelecida a linguagem e retirado o pensamento. É neste conceito que se faz uma divisão da filosofia em física, matemática e teologia. “A liberdade define o homem”. Foi Boécio quem traduziu o Organon de Aristóteles, tornando-se esse documento o fundamento para estudos de filosofia, nomeadamente a dialética. Por sua vez, as obras de Dionísio deram origem à teologia mística, sendo a religião um tema desenvolvido Escoto, com a afirmação “a verdadeira filosofia era a verdadeira religião e a verdadeira religião era a verdadeira filosofia”. Já Durando tentou separar as ciências profanas das reveladas. O espírito humano era conhecido pelos objetos, logo era considerado nominalista.
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Meado do século XVI – Início do século XVIII
Portugal No século XVI predomina a imaginação, por ser um ato nobre da alma que se submete ao poder dos fracos, assenhorando-se. Procurou-se enraizar a independência da filosofia, com fundamentos indispensáveis à verdade, mas sempre mediante estudos e ramificações dos mesmos. A sociedade teria de saber ser melhor. É, então, com a reinstituição da universidade, que se dá um novo período filosófico, incorporado por António Luís, na universidade de Coimbra. Também António da Gouveia, com a sua perspicácia, derramou história sobre a dialética, quando afirmou que “a arte dialética é a imagem dialética natural”. Um outro português da mesma época, Francisco Sanches, dedicado às ciências e filosofia, distinguiu 3 elementos no conhecimento. São eles: Res cognita Os seres são infinitos. A ciência é uma opinião. O homem não conhece o passado nem o futuro.
Cognoscens A certeza dos objetos não é produzida pelos sentidos, porque estes podem estar patenteados na ilusão.
Cognitio ipsa O ser deve ser perfeito para que o conhecimento também o seja.
As questões mais importantes são duvidosas.
Entre o século XVI e seguintes, Sanches foi considerado um impulsionador no encadeamento de ideias, o que fez dele um representante pela conquista da luz e das ciências. Manuel de Góis e a sua obra Parva Naturalia, relembrou a natureza e alma, tal como a vida e a morte, ou então a respiração e o sono. Pedro da Fonseca dedicouse à dialética (repartida em definição, divisão e argumentação), assim como à metafísica de Aristóteles, em busca de silogismos e sofismos. Também Sebastião do Couto se organizava pelos nomes e naturezas comuns doutrinadas por Aristóteles. Dá-se início à aplicação da filosofia racional, em meados do século XVI, no colégio de Coimbra da Sociedade de Jesus, pela companhia a ele respetiva. E é esta que, pelo seu espírito conservador, leva a confirmar os compêndios / estatutos relativos ao ensino da filosofia, com grandes alterações, mantendo-se no entanto, a escolástica aristotélica. Mas é com D. João III que se dá uma transição entre as filosofias escolástica e moderna.
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A filosofia vai-se tornando concertadora, porque os objetos externos são considerados aparências e fenómenos irreais.
Europa No fim do século XVI, o universo passa a relacionar o homem com a totalidade. A partir do século XVII a filosofia começa a dividir-se em ramos diversificados, partindo para independências, ciências, métodos e técnicas da sua própria índole.
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Século XVIII – Século XIX
Portugal A representarem a lógica ou dialética estão Gregório Barreto e Bento Macedo. Na filosofia conimbricense, António Cordeiro. Manuel Fortes distingue-se pelas 3 evidências: racionalidade e suas operações do entendimento, em apêndice à logica – discorrer, julgar, ordenar e parecer; geometria; e analítica. A vez do Padre Inácio Monteiro, deduzindo o ecletismo na sua obra, onde resume a filosofia, carateriza as artes de pensar e crítica, assim como subdivide a metafísica em real e ideal, com ligações à moral. Desta forma é considerado um homem subtil e pleonástico. Mas, sem dúvida, foi João de Castro o primeiro a representar a filosofia moderna nas escolas portuguesas. As suas obras dividem as observações por ele determinantes: lógica, física e metafísica. Do primeiro tema rebatem 6 livros que relatam os elementos universais e lógicos, proposições e afeções, e silogismos (simpliciter, demonstrativos e sofísticos). Também Verney divide a lógica nas suas obras: resumos, natureza, necessidade, ideias, signos, juízo, raciocínio, conhecimento e investigação da verdade. Para ele, deve alcançar-se a verdade pelo entendimento, indo de encontro às ideias de Locke. A sua metafísica reparte-se em 4 obras: história, natureza da ontologia, maneira de conhecer as verdades que não carecem de demonstração, e proposições comuns a todas as ciências. Aplica e ensina a aplicar os conhecimentos de forma mais acertada. António Barbosa dedicou-se à filosofia moral. Das suas obras saíram conhecimentos de ciência (teoria e prática) e sistemas morais (definição, demonstrações e influências). O espírito que Teodoro de Almeida demonstra, racionaliza com minuciosidade o seu pensamento e meditação, dirigida ao entendimento humano.
Europa Em França, o século XVIII foi submetido ao sensualismo filosófico, sendo Condilllac o seu percursor, ao encontro da unidade e simplicidade da alma. A filosofia francesa tenta persuadir o homem a gerar circunstâncias para a sua felicidade. Tracy, um pensador pelo sentimento, apresenta 4 faculdades associadas ao último: juízo, memória, sensibilidade e vontade. A refutar a voluptuosidade, está Reid, o fundador da escola escocesa. Para ele, os juízos são necessários e universais. Segue-se Wolfio, continuador de Leibniz, na
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Alemanha, com as suas ordens racional e experimental. Para este filósofo, a razão é capaz de descobrir a verdade com rigor, através das evidências que dão clareza e afirmam as coisas. O deísmo inglês foi preponderante por defender a harmonia entre a virtude e a felicidade. Desenvolve-se a reflexão sobre processos relacionados com os seres. Deus é considerado o infinito negativo, por estar fora do nosso entendimento, ilimitando conceitos. Por sua vez, o universo destaca-se como o infinito privativo, porque “não é tudo o que pode ser”. A filosofia passa a interpretar a fé de diversas formas. Os valores humanos contestam-se e substituem-se: intolerância em vez de liberdade; ceticismo em vez da alegria; horror em vez da contemplação.
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Século XX
Europa Filosofia de vida – É importante que a filosofia substitua o espaço de consciência e entendimento por fundamentos que dêem lugar ao espiritual e intelecto. Fenomenologia – Dissolver o materialismo e positivismo com vista à permanência da razão e do espírito e substituir o objetivo científico pela consciência subjetiva. Ontologia – Baseia-se na crítica, quer na história, quer sobre a metafísica tradicional. Filosofia da existência – Procura o realismo na pessoa enquanto sujeito.
Anglo-América Positivismo lógico – Acreditar num conhecimento filosófico que é apresentado mediante métodos empíricos científicos, dando hipótese à ciência de deliberar sobre respostas a questões. Escolas analíticas – “A linguagem é sempre apenas meio para um fim”. Pragmatismo – Procurar a prática filosófica, onde o pensamento é percebido como atividade ou ação. Instrumentalismo – É a própria ação, conceito, proposição ou hipótese.
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Tempos e termos de Filosofia Epicurismo A ideia, o bem e o espírito são inúteis, por isso eliminam-se, dando realce ao pormenor real e lugar à totalidade, incluindo a natureza e a lei pura. A virtude nasce da parcimónia como ausência de conturbação, pois essa é a explicação sobre a felicidade. A sabedoria implica o resigno a especulações e superstições. Os únicos critérios de verdade são os sentidos, que encaminham para uma vida feliz. A moral epicurista apresenta-se como “uma teoria do fim último da vida humana”. Distinção em 3 partes: - Canónica – Sensibilidade ao real; - Física – Liberdade dada ao homem que receia a morte e Deus; - Ética – Apaziguamento, marcar o rumo real da sabedoria.
Estoicismo A natureza e o real são o todo e o mesmo, sendo que há sempre uma ligação universal e a lei do mundo nada mais é que o destino. Segundo o princípio da inteligibilidade, é esse destino que rege o logos. E é a liberdade absoluta e incondicional que se declara. A filosofia procura uma orientação de ordem moral. Doutrina que tem por ideia o discurso (logoi), que sendo contínuo se chama lógica retórica, ou ligado à ciência, com o nome de dialética. “… o que depende de nós é aquilo que fazemos daquilo que não depende de nós”. Assim, a virtude indica-se como o bem pela sua resistência ativa. Daí que tudo se resuma a uma só virtude. Por sua vez, a ética significa uma relação acordada entre o homem e a natureza, praticada através da razão, já que esta deve ser defendida a qualquer preço. O estoicismo pode distinguir-se em lógica, física e moral.
Cristianismo É no cristianismo que a reflexão está sempre presente, embora que, numa ligação com a filosofia, essa reflexão seja modelada ao estilo que lhe corresponde. Em
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troca da salvação, abre-se caminho para a liberdade e igualdade humana. Os valores helénicos persistem pela ideia de logos – medida ordeira das coisas, forma proferida de discurso entre a conformidade consigo mesmo e a congruência entre os espíritos.
Razão / Racionalismo Razão – Do grego, o sentido originário é ligar, juntar; do latim, sentido originário é contar, calcular. Filosofar pela felicidade e bem, lutando contra preconceitos e obscuridão. O ser humano usa a mente, o pensamento e a razão pura para adquirir o conhecimento da realidade. A razão eterna revela-se na índole e ao entendimento simples que espelha o conteúdo. Está atento à ideia, com vista à inteligibilidade. O metódico passa a sistemático e crítico de forma positiva.
Empirismo A experiência é indispensável ao conhecimento humano e deve este derivar dela. Acreditar que os entendimentos do que existe não transpõem a experiência. Revelou-se contra o racionalismo metafísico, assim como do dogmatismo. Carateres: - Tabula rasa – Só existe o que é adquirido e a experiência revela-se através dos sentidos. - Recetividade do espírito – É preciso haver experiência para que se desenvolvam os princípios racionais; a sensibilidade faculta matéria ao raciocínio. - Relativismo – Recusa a necessidade e totalidade dados ao entendimento. O empirismo moderno ou contemporâneo analisa uma proposição como verdadeira ou falsa apenas se inicialmente for considerada analítica ou contraditória. O conhecimento deve ser recebido e concebido.
Neo-empirismo Conhecido por empirismo lógico, pratica o estudo da linguagem comum e científica. Princípios: - Diferencia as proposições sintéticas das analíticas;
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- Investiga empiricamente as proposições sintéticas.
Idealismo Quando se diz que a filosofia tem tendência idealista, reforça-se a ideia de repulsa ao reconhecimento do efémero como realidade última, verdadeira e absoluta. Para inverter tendências idealistas, opta-se pela realidade em vez das ideias. Quer o idealismo inglês, quer o americano, convidam à unificação da realidade à ideia. Interessa perceber o funcionamento da prática filosófica, que liga o infinito ao finito por intermédio de determinados procedimentos ou ações de ordem especulativa ou dialética.
Existencialismo Considera-se a existência extra categorial, com um carater de liberdade. O homem existe e só depois se define. “A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo”. Pode ser caraterizado pelas questões sobre: o modo de ser humano; o mundo. Segundo Husserl, os filósofos deviam ter a capacidade de fazer avanços céleres e válidos.
Analítica “O saber é o conhecimento de alguma coisa por alguém”. Este saber divide-se em matéria e pensamento, segundo Descartes. Popper acrescenta-lhe o conhecimento sem sujeito cognoscente. Semântica – Ciência sobre as relações entre símbolos linguísticos e objetos exteriores a eles. Composta pelo nome próprio e o objeto que o designa.
Dogmatismo Veracidade religiosa e invariável, divulgada através de Deus. O que se disse ou escreveu, dá, pois, acesso à realidade. Determinismo filosófico, relativamente à organização e à história do pensamento, sendo esta a verdade suprema.
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Humanismo É o compromisso que se associa a um primeiro momento humanista. Momento esse, destinado às grandes traduções. A crítica da escolástica dá lugar à reflexão sobre o homem na cidade e a salvação. De acordo com a realidade humana, considera-se o humanismo a maneira de sentir, pensar e agir, indo de encontro à natureza, à matéria e à existência humana. Aspetos distintos: - Humanismo estético – Do Renascimento; vontade de regressar à antiguidade. - Humanismo epistemológico – O conhecimento organiza-se a partir da experiência humana, em conformidade com os recursos do espírito. - Humanismo filosófico – Valor absoluto das qualidades humanas, que vigoram na dignidade.
Intelectualismo A inteligência reconhece-se pelas funcionalidades espirituais. Filosofia que valoriza a vida e a existência, expressa por um discurso compreensível.
Naturalismo Planos: - Ontologia – Negar o sobrenatural. - Ética – Compreender a vida moral; são primordiais os valores e os ideais. - Estética – Movimento adverso à imaginação da realidade.
Niilismo Negava-se primeiramente a vida, em nome dos valores. Mais tarde, esses valores são substituídos pelos valores humanos. Planos: - Teoria do conhecimento – Não existe nada, porque tudo é apenas aparência. - Ética – Tudo é equivalente porque a existência não tem sentido. - Política – Rejeição de valores morais, espirituais e estéticos.
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Etapas do triunfo do niilismo: - Ressentimento (é o teu erro) - Má consciência (é o meu erro) - Ideal ascético - Morte de Deus - Último homem e homem que quer morrer
Platonismo Primeiramente define-se pela ética do homem real, logo a filosofia vai tornar-se numa escola de vida. Procura ir do sensível ao inteligível, porque se trata de uma filosofia com objetos, formas e contexturas. Organiza-se de acordo com 2 mitos: - Mito do mundo inteligível - Mito da anamnese ou reminiscência
Neoplatonismo O principal “objeto” é o belo, que deve estar ao nível da inteligência, muito próximo do uno. A virtude da razão por especulação é a sabedoria (sophia) e da razão prática é a sageza (phronesis). Terra Mar
Objeto da razão (logos) científica ou teorética
Astros Mal Prazer
Objeto da razão prática
Dor
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Patrística Filosofia baseada nos diálogos de Platão. Sintetiza a tradição filosófica da Grécia com as instâncias da doutrina das escrituras. Segundo Clemente de Alexandria, “o cristianismo é a educação progressiva do género humano e Cristo é essencialmente mestre, o pedagogo”.
Pragmatismo A filosofia pragmática dá relevo à ação, pois é ela que nos leva à verdade que, por sua vez, eleva ao êxito.
Gnosticismo Fenómeno de caráter religioso, exprimido pela heresia. A gnose ou salvação do conhecimento é uma particularidade que substitui a fé.
Realismo Doutrina que organiza as sensações por elas próprias e coloca o universal à frente do individual. A maneira de ser da natureza faz parte das suas funções.
Estruturalismo Critérios: - Simbólico – rejeita misturar o símbolo com a imaginação ou com o real; agressivo (acusa o desconhecimento) ou interpretativo (atualiza interpretações) - Local (de posição) – relaciona a estrutura com o espaço - Diferencial e Singular – relação entre as duas determinações; o sujeito verdadeiro é a estrutura em si - Diferenciação – ligações qualitativas que se diferenciam - Serial – relaciona séries diferentes de determinações estruturais - Casa vazia – deslocação do objeto, de modo a não ser possível fazer distinção do lugar
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Sofística Faz-se da sabedoria uma profissão. Foram os sofistas os primeiros a dar valor ao saber e a dar nome à cultura, em relação com o homem e o ambiente em que se insere. Criou a arte da persuasão, denominada de retórica.
Escolástica Filosofia cristã da idade média. Trata-se de uma disciplina que estuda gramática, lógica ou dialética e retórica, conhecido por trivio, assim como geometria, aritmética, música e astronomia, conhecido por quadrívio. Pretende-se acima de tudo, entender a verdade, sem preconceitos ou problemas. Divide-se em fases: pré escolástica – renascimento carolíngio (analogia da razão e da fé); alta escolástica – meado do século XI a fim do século XII (dúvida entre a razão e a fé); entre 1200 e 1300 (época de progresso); século XIV (extinção).
Panteísmo Necessidade de uma relação de Deus com o mundo, considerando Deus como a essência das coisas.
Libertinismo Movimento que utiliza as doutrinas ascendentes, de forma crítica e livre, porque “entender, raciocinar e sentir são a mesma coisa”.
Iluminismo O iluminismo inglês acredita na razão confiante e auxilia-se dela livremente, pois a razão pode pesquisar a influência encontrada nos seus limites. Já o francês formula ideias regulares e experimentais, apoiadas pelo espírito humano, à parte da existência de Deus. É o belo que desperta essa ideia, que se subdivide em real (relação de um objeto) e relativo (relação entre objetos). O italiano prevalece nos problemas morais, jurídicos e de ordem política. Por sua vez, o alemão reivindica uma filosofia que ilumine o espírito humano, para que seja possível alcançar a felicidade.
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Romantismo A sua base essencial é a ironia. Liga a poesia às restantes artes, incluindo a filosofia enquanto ato irracional.
Espiritualismo O espiritualismo alemão acredita no retorno da alma em si. O francês considera a independência como um dado extremo do conhecimento consciente.
Espiritualismo existencialista Relaciona o mundo com o homem e carateriza a ligação entre o ser e a existência. É a possibilidade o lema que une as suas particularidades.
Filosofia da ação A consciência revela vontade (criadora) e atividade (prática), tendo em linha de conta a meditação e a teorética.
Neocriticismo A reflexão crítica acerca de qualquer forma, é o lema. É desta maneira que se torna possível consagrar a ciência, a moral a estética, entre outras. “A consciência moral é o fundamento da fé no mundo invisível”.
Historicismo É este o termo para a filosofia que reconhece a deliberação da natureza e a certificação dos instrumentos que fazem parte da sabedoria histórica. Natureza = Individualidade Compreender – operação primordial do conhecimento da história, com particularidades de natureza e exploração divergentes.
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Eu Forma ideológica que significa explicação do eu enquanto sujeito, ponto em evidência os sentidos de acordo com o ego.
Moralidade Procura compreender a moral e o que ela pretende do homem. Conduz à razão e pode ser administrada pelo dever. A regra moral indica que o ser humano deve ser sempre prestável com os outros, à parte de qualquer particularidade. O caráter moral pode medir-se pelas virtudes desenvolvidas.
Metafísica Elabora teorias sobre a realidade e a natureza. Proporciona uma visão ampla sobre o mundo, reunindo diferentes aspetos da realidade. As suas vertentes são: a ontologia, ou ciência do ser, que posiciona uma relação entre os objetos e os indivíduos; a psicologia filosófica, que trata da mente; a epistemologia, que relaciona a mente e o ser através do conhecimento; a filosofia em si, que interpreta a experiência e o conhecimento de forma unitária.
Teoria do conhecimento Também conhecido como epistemologia, identifica como juízos verdadeiros os não contraditórios, sintéticos e universalmente válidos na relatividade do objeto. De outra forma, podem ser conjeturas esclarecedoras de fenómenos.
Lógica Estuda as disposições formais do entendimento perfeito. Utiliza expressões simples, proposicionais e generalizadas. Subdivide-se em: - Formal ou tradicional – utiliza o raciocínio como objeto e conclui com base na forma; a intuição revela a verdade e é uma lógica de conceitos; apoia a dedução, que é o alicerce das suas próprias teorias. - Formalizada – progressista em relação à tradicional; de símbolos simples, assim como de normas estruturais e dedutivas.
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Ética Enquanto doutrina da preferência moral e verídica, é a ideia de persuasão através do sentimento. Procura alcançar uma vida moralmente benévola. Tipos de ética: de bens (fruição da vida, de consequências práticas de uma ação); do ser (da perfeição, da auto realização, da felicidade, da iluminação do ser); do dever ser (doutrina dos deveres, ética dos mandamentos).
Filosofia política Investiga os fundamentos da organização política, social e estadual. A particularidade são os deveres e os direitos de cidadania.
Estética Filosofia da arte e ciência do belo, é a forma peculiar da experiência humana, que investiga a beleza.
Dialética Arte de dialogar de acordo com regras estabelecidas, de forma a abranger uma ideia. Para Platão, deriva de uma junção entre o diálogo socrático e das evidências, princípios e bases de ser, ação e entendimento. Segundo Aristóteles, é a “arte da discussão”. Interpreta o progresso pelas forças.
Metafilosofia É nada mais que a filosofia da filosofia, por se conjeturar e questionar a si própria.
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A própria da Filosofia Filosofia, palavra de origem grega, composta por duas palavras – philos e sophia – que significa amigo da sabedoria ou amor pelo saber. Estuda essencialmente problemas relacionados com a existência, o conhecimento, a verdade, os valores da moral e estética, a linguagem, a razão, a matéria, a demonstração, a arte, a mente, o homem e o mundo. Utiliza como instrumentos a argumentação lógica, a análise de conceitos, as experiências de pensamento, entre outros. Desta feita, o filósofo é quem procura a sabedoria, a amizade, o saber e, acima de tudo, quer e gosta de saber. A filosofia ajuda a exercitar a mente, argumentar e tomar decisões. “A filosofia tem uma história… constitui-se na sua história… mas não é essa história… e não é história”. O ensino da filosofia requer: - Através da atividade, aperfeiçoamento de competências de entendimento abstrato, de argumentação e discernimento crítico; - Através dos conteúdos, a informação sobre a história da filosofia; - De forma geral, unindo os dois anteriores, como forma de questionar a filosofia, sendo essas as questões da razão. Tales de Mileto é conhecido como o primeiro filósofo da história, no entanto define-se Pitágoras o primeiro a falar em filosofia, sendo a Grécia antiga a época da sua geração. Os mitos e os símbolos não são mais do que representações que se exprimem por intermédio da verdade. Pensar é “ir para dentro de si”, o “recolha-se em si” e o “separar-se de si”. E é a separação última que indica a autoconsciência e a liberdade de pensamento e desenvolvimento do universo. A filosofia desperta, assim, a consciência de forma imediata. O estádio de autoconsciência é um começo que descobre contextos sobre o seu ser. A filosofia deve ter um início dedicado às suas próprias atividades, isolando o pensamento da fé. É a atividade do pensamento que produz esse mesmo pensamento, que é universal e pode ser objetivo ou subjetivo e que se torna absoluto e fundamental. O pensamento, por sua vez, demarca-se a si próprio, assim como se cria e produz ativamente, identificando-se como conceito. Defende-se a ideia ou razão como um conceito que se consegue completar a si mesma, pela sua riqueza e liberdade, estando dependente da realidade. Essa ideia é concreta e o concreto é “uno”. Liberdade formal – Procura fins individuais nos impulsionamentos. Igualdade da metafísica auto compreensão (Eu = Eu): - Pensamento geral e abstrato, que não se fortalece;
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- Pensamento ligado ao conceito e liberdade pessoal; - Relação da objetividade com a subjetividade. O pensamento é universal quando ligado ao motivo que o proporciona. Este não se modifica, mas ingressa em si quando se expõe. Refutação – Reconhecimento de um “elemento afirmativo em algo”. Abrange a negação em si. É a filosofia idêntica ao espírito de cada época, configurando-se a ele, com a sua consciência. Ela produz o seu próprio conteúdo e preenche-se pelo alargamento ao exterior, porque não se pretende limitar ao mundano. A filosofia é a “busca das causas”. A verdade e o absolutismo são os objetivos em comum da filosofia e da religião. Ser devoto é unificar o divino com o humano, enquanto pensamento em si. A universalidade do pensamento religioso leva a esta conclusão. Por outro lado, o conteúdo considerado fundamental para a forma em si, é a essência. A filosofia denominada de popular, carateriza-se em Deus e o mundo, a universalidade. Ela tenta encontrar a generalidade no particular. A filosofia pode ser entendida como a “teoria de todas as teorias, logo uma teoria de si própria”. Pode dizer-se que a filosofia de valores equivale àquilo que se deseja e quer. Desta forma, os bens são-no por existirem valores enquanto qualidades. A liberdade da existência equivale ao valor, por ser o seu ativo. Entende-se por inteligência o entendimento racional da verdade.
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Tales de Mileto Primeiro filósofo reconhecido como tal e fundador da escola jónica. Não havendo escritos seus, os fundamentos surgem por intermédio de filósofos posteriores, daí que a informação seja escassa. Ligado também à matemática e astronomia, mas a sua filosofia baseava-se no movimento (vapor, rio, chuva, água, terra e mar). Assim o seguiram Anaximandro e Anaxímenes.
Heráclito de Éfeso Considerado por muitos, o pensador pré-socrático mais sobressaído, já que enunciou o problema da uniformidade estável do ser, perante a multiplicidade e versatilidade das coisas individuais e temporárias. Estabeleceu o logos como lei universal. Defendia a filosofia enquanto dialética exterior, inerente ao objeto e pela própria objetividade.
Pitágoras de Samos Fundador da escola pitagórica, levou a que a educação ética da escola se transformasse em restruturação política. O número é o que une a forma com a lei, matéria e substância das coisas.
Sócrates Apesar da sua profissão de escultor, não exerceu tal. Considerado o filósofo do diálogo e do conceito, reconhece-se como “aquele que nada sabe, mas que sabe que nada sabe” – “Só sei que nada sei”. A sua firmeza e grandeza moral distingue-o. Primeiro filósofo moralista e da ética, que acredita que a virtude humana só existe com o verdadeiro bem. Ensinou ao homem como meditar o divino e apelar à consciência em si próprio, enquanto alma racional e imortal. Foi ele a chegar à forma quimérica de moralidade, através da filosofia de valores ou axiologia. Virtude = Saber = “Aquele que sabe o que é o bem não pode deixar de o praticar”: - Saber o que a virtude é;
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- Saber o que é o bem para o homem; - Ser virtuoso e saber atuar como dono de si mesmo. O autodomínio é considerado uma virtude. “O saber de Sócrates é a ciência e essência das coisas”. E só é saber verdadeiro o que designa por conceptual. A sua dialética teve sempre um lado prático, de forma a poder estudar a experiência moral como base da ação e realidade quotidiana, das preocupações individuais. A moralidade deve ser reintegrada por intermédio da ciência, de maneira mais segura e consistente. Discrimina uma política de princípios. Considera os factos como pensamentos diretos, por não terem objetivos além dos que lhes foram impostos. “Conhece-te a ti mesmo” – Incitação à racionalidade moral. Para os socráticos, o imediato é mediato, por ser revelado por meio da demasia contraditória entre formas. Sócrates chegou a propor investigação sobre o mundo das ligações humanas e sobre a vida em sociedade. Na sua ideia, o homem deve procurar em si próprio o que é, cujo processo consiste em questionar, apoiar e tomar consciência dos seus pensamentos. Foi Sócrates quem cooperou para “o despertar da consciência individual”. Doutrina socrática – A ciência tem o seu próprio valor e o verdadeiro saber parte do conceito preciso: - Problema lógico e epistemológico - Problema ético Pensamento
Conceito
Objeto
3 caraterísticas da pessoa de Sócrates: - A dedicação com que se ofereceu ao ensino; - A firmeza de praticar em conformidade com a incumbência a ele confiada pelos deuses; - A grande originalidade intelectual no tratamento dos seus assuntos. Estudou a ironia como uma atitude puramente filosófica, na medida em que recai sobre as coisas, sobre os outros e sobre si mesmo, de forma purificadora e salubre, tornando-se subtil. Para ele, o único caminho é a razão, pelo que não deve haver qualquer tipo de hesitação. Ironia – As autoridades devem marcar-se lado a lado, de modo a formular novos problemas perante as soluções apresentadas. Descobre a insuficiência do saber irreal.
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Maiêutica – Através de perguntas e respostas, buscava a verdade.
Platão Discípulo de Sócrates e um dos maiores filósofos conhecidos. Pensador exímio, que o tornava num artista de arte dramática até nas suas obras, chegando mesmo a escrever em prosa. Anti materialista, tal como Aristóteles, por se opor à ideia de que tudo pode ser consequência de movimentações da matéria, sujeitas à lei e natureza. A filosofia define-a Platão como um saber em proveito do homem e um conjunto de estudos liberais que podem assegurar a existência individual ou em grupo – sabedoria. Indagar faz sentido no seu processo, para que haja compreensão. Para chegar à dialetica (eros), é preciso encontrar disciplinas que lhe acedam, as chamadas propedêuticas, como a aritmética e a geometria. Só assim haverá libertação. A dialética é a procura do ser em si, assim como aprender e ensinar como união, o que a leva a ser conhecida por verdadeira retórica. Para Platão, a filosofia é um encaminhamento destinado ao verdadeiro. Para tal afirmação é necessário que haja um acordo que fundamente essa verdade. A filosofia é, deste modo, conhecimento e ciência do ser, na sua essência. O conhecimento é, em verdade intemporal, um reconhecimento tratado pela alma – reminiscência – pois quem vive na ignorância acaba por esquecer. No que diz respeito à alma humana e à sua natureza e destino, reconhece-se o mito. O seu método dependerá sempre do conteúdo. A realidade transmite que se pretende fazer da coisa o que ela é de facto, através do espírito e da linguagem. Por sua vez, a ideia, “termo que reporta à forma (essencial) visível (pela alma)”, está ligada com a coisa justa, sendo esta a explicação para a realidade e para o conhecimento. É ainda a razão do ser verdadeiro. É com a dialética (ascendente e descendente) que Platão define ideia como uma arte de “pedir e dar razão”. A dialética deriva do esforço para fazer coincidir ideias e para apreender o motivo de certos aspetos estarem separados, devendo uni-los. A ideia é também essência, manifestação do realismo exato. As ideias são, então, consideradas como divinas, pelas suas virtudes de genuinidade e perfeição, e por pertencerem à essência e existência. E é a dialética que explica o princípio de qualquer hipótese. A realidade, por sua vez, é inteligível e contextualiza o sentido real do bem. “O bem é o uno”. 3 ideias: beleza; proporção; verdade. Caraterísticas da ideia: forma, estrutura e unidade das relações, dadas através do belo; princípio de associação dos objetos semelhantes ou distintos; natureza provida de plenitude da existência. 25
Princípio da alma: razão – conhecer e governar o desejo ou necessidade. Virtudes que asseguram a harmonia e o bem: sabedoria, coragem, temperança e justiça. Pensar é dialogar verdadeiramente consigo próprio. É aqui que se gera mais um género explicativo – o outro – e se identifica a ligação do pensamento ao discurso. Trata o sentimento do amor como a elevação total e encaminhamento para o belo corpo e bela alma, que se interligam em si. Daí que seja considerado que se ama o bem em si e não alguém. São dois os períodos essenciais de Platão: - Teoria das formas – a justiça e a beleza existem antes das pessoas justas e belas. E ambas existem por si próprias, mas isoladamente. - Aprender é recordar. “… o conhecimento faz parte da natureza essencial da alma…” Teoria platónica do conhecimento: as caraterísticas do saber são parecidas às do objeto que estuda. Alegoria da caverna – Faz-se a divisão de dois mundos distintos: o sensível ou visível, representado pelas sombras; o inteligível, representado pelos objetos reais. Imagens, sombras e fantasmas (conjetura) Objetos e formas do saber
Seres inteligíveis inferiores – figuras Seres vivos, plantas e objetos fabricados (fé e crença)
Seres inteligíveis superiores - ideias
É considerado um método de conhecimento, o amor, pois está para além do racional e intelectual. Por outro lado, a virtude aparenta-se com o útil e agradável: Coração – Audácia, Ventre – Moderação… firmeza face ao perigo…
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Espírito – Sabedoria, conformidade ao bem e inteligência…
Aristóteles Discípulo de Platão, fundador da biologia e criador da lógica enquanto disciplina. De espírito enciclopédico, acredita que todo o ser humano tem vontade de saber, porque a ele cabe a procura do conhecimento total. Mas este homem sabe dedicar-se à natureza. Considerado um dos filósofos mais flexíveis, procurava sempre e cada vez mais o saber e meios de chegar à complexidade do pensamento humano. Sintoniza a perceção com o pensamento e emoção. Para ele, o filósofo deve estar sempre muito atento à vida humana e à sociedade, como forma de mostrar simplicidade perante os atos, não descurando a clareza dos factos. Espécies de conhecimentos: Axioma – proposição imposta ao espírito; Definição – investigação primária que ajuda a delimitar a essência; Indução – conclui que o termo maior é concedido ao médio. Distingue arte (que acompanha a razão) da ciência (de causa e universal). A linguagem faz parte da lógica e enuncia princípios de acordo com o funcionamento proposicional, o que ajuda a concretizar regras do raciocínio. Este raciocínio carateriza-se pelo seu caráter indireto e pela sua precisão. Com o silogismo pretendese ensinar a verdade, que se aplica com dois termos e um terceiro findo. Assim, a sua dialética é de conclusões prováveis. Silogismo – discurso pelo qual, a partir de pelo menos duas hipóteses / premissas (melhor conhecidas do que pela sua dedução), resulta necessariamente uma terceira como facto ou conclusão. A – Todo; E – Nenhum; I – Algum; O - Algum 1.ª figura 1.º modo – AAA Todo o B é A Todo o C é B Todo o C é A 2.º modo – EAE Nenhum B é A Todo o C é B Nenhum C é A 3.º modo – AII
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Todo o B é A Algum C é B Algum C é A 4.º modo – EIO Nenhum B é A Algum C é B Algum C não é A 2.ª figura 1.º modo – EAE Nenhum N é M Todo X é M Nenhum X é N 2.º modo – AEE Todo o N é M Nenhum X é M Nenhum X é N 3.º modo – EIO Nenhum N é M Algum X é M Algum X não é N 4.º modo – AOO Todo N é M Algum X não é M Algum X não é N 3.ª figura 1.º modo – AAI
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Todo S é P Todo S é R Algum R é P 2.º modo – EAO Nenhum S é P Todo S é R Algum R não é P 3.º modo - IAI Algum S é P Todo S é R Algum R é P 4.º modo – AII Todo S é P Algum S é R Algum R é P 5.º modo – OAO Algum S não é P Todo S é R Algum R não é P 6.º modo – EIO Nenhum S é P Algum S é R Algum R não é P
Define Deus como ser divino e supremo, que se pensa em si mesmo, pelo que, na sua perspetiva, a filosofia é a Si consagrada. Todo um bem é como um fim, pois pode ser relativo ou absoluto. Para o ser humano o bem supremo explana a felicidade. Para Aristóteles, as virtudes são ordenações que advêm de decisões voluntárias.
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Podem ser éticas, quando deflectem do caráter e costumes, relacionadas com a dor e prazer. Divide o conceito de virtude em moral e intelectual, mas explica que ambos ajudam a pronunciar a natureza, a razão e a educação. Relaciona a cidade com a razão e a justiça, que refletem igualdades. A sua noção de aparência consiste na “experiência lata e geral de como o mundo nos afeta”. Considerava pertinente perseguir a investigação para chegar à experiência. Apesar das diferentes espécies de valores, consegue-se sempre um equilíbrio. Distingue o princípio da não contradição, pelas propriedades rebatidas que não se aplicam em simultâneo no homem e no objeto. Toda e qualquer investigação de ordem teórica é explanada e justificada por uma estrutura procurada. Segundo ele, cabe ao filósofo descobrir princípios mais básicos e seguros do que outros, pois assim se encontram conclusões na ciência. O problema do ser é o mesmo do objeto discursivo da filosofia, por ser uno. Ele pode ter sentidos diversos, entre eles: com o mesmo termo e vários significados; relação mútua das coisas, por estarem em grupo e ordenadas. A causa é a matéria perdurável de que algo é feito. Esta começa e termina em simultâneo com os resultados que a originam. “Sobre o indivíduo pode dizer-se que existe, que está em determinado lugar, num determinado momento, que possui determinadas qualidades…” O sábio é aquele que vive como homem, racional e espiritualmente equilibrado. Nous ou intelecto – Compreensão intuitiva; faculdade da mente; compreensão através da experiência, dos fundamentos de um princípio. Metafísica – Indagação de perguntas gerais sobre os mais variados temas, das partes ou elementos que existem no papel desempenhado do que uma coisa deve ser. Argumentos da matéria: aplica-se às pessoas enquanto pessoas; aplica-se às pessoas enquanto membros de um género; matéria sem qualidades formais não é matéria. Causas de ser da matéria: material, formal, eficiente e geral. Espécies: material (aquilo de que uma coisa é feita); formal (essência); eficiente (movimento); final (objeto). Formas de movimento: passagem do não ser ao ser; passagem do ser ao não ser; mudança na qualidade; mudança da quantidade. Afirmativas Proposições / relações lógicas
Universais
Negativas Afirmativas
Particulares
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Negativas
Funções da alma: nutritiva; sensitiva (desiderativa, motora); pensante / intelectiva (empirista). Princípios do devir: internos do íntimo; da forma; da inexistência.
Hegel A sua filosofia é especulativa e concreta, ensina a pensar a vida. O seu tema primordial é o infinito em uniformidade com o finito. O racionalismo é absoluto. A lógica concebe-se ao ser, à razão pura e ao pensamento, daí que a realidade seja tal e qual como se vê. Abandona o objeto por exigência do conhecimento. Tentou reconciliar a história com a razão. A estética vai de encontro ao belo, exprimindo-a como filosofia da arte ou das belas artes. A filosofia não se apraz de conjeturas. O absoluto relaciona-se com a religião, de forma a compreender a veracidade da linguagem. No entanto, a filosofia procura conceitos e a religião expõe. Ainda assim acredita que Deus é o mundo e que o espírito faz parte Dele. A liberdade atinge-se com o progresso do espírito. É esse espírito e o facto de se reconhecer como real, o valor final do método dialético. Registos fenomenológicos do espírito: - Enquanto consciência em si – sensação, entendimento, perceção, atividade moral, atitude política; - Enquanto consciência para si – reconhecimento, desejo, inteligibilidade da existência; - Enquanto consciência em si e para si – conhecimento. A lógica é “a ciência da ideia em si e por si”. Alienação – “… algo que é… nós próprios ou parte de nós próprios, nos parece estranho, alheio e hostil”. Ao que também descodifica como conhecimento absoluto. O homem reconhece-se individualmente na natureza, através dos seus modos críticos, ao que Hegel chama de razão em si. Segundo o filósofo, o intelecto cria deliberações finitas (deliberações pensantes imaginárias que adversam com o objetivo), movimentando-se através delas. Dialética: método do saber; lei do desenvolvimento da realidade.
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Bacon Conhecido como o fundador da escola sensualista do século XVII, foi quem ajudou a procurar a independência filosófica. Explica a dedução com base na experiência infantil pelas suas terminações incertas e pela exposição ao risco.
René Descartes Nacionalista, um dos pais da filosofia moderna, inventor do gráfico e da geometria analítica, foi o fundador da escola idealista, no século XVII, em auxílio a Espinosa. A sua época intelectual e cética, coincide com as estravagâncias da ciência. Soube investigar a verdade nas ciências e guiar-se pela razão e pela paixão da alma. Busca da verdade = Busca da certeza (não podem haver dúvidas sobre o mais ínfimo pormenor). Sistemas de verdades: Luz natural Independentes quanto à origem Revelação sobrenatural Fundação de uma ciência invariável Objetivos distintos Conquista da salvação eterna Razão de cada um Opostos nas jurisdições Autoridade da igreja
Ação – Alma age pelo corpo; Paixão – Corpo age pela alma. O seu princípio veicula em “Penso logo existo” (cogito ergo sum). Este não é mais do que a experiência que o eu tem de si mesmo, enquanto ser pensante. Mas para pensar é necessário existir e ser, assim como saber refletir. A verdade e a certeza manifestam-se por esse cogito. Para Descartes, não existe o provável, meio termo entre verdadeiro e falso. Princípio da causalidade: “Nada existe sem causa”. A vida separa-se do pensamento e a extensão revela-se pela sensibilidade e espírito. No seu parecer, é Deus o criador da verdade eterna. Acredita na sua existência e omnipresença, pela sua bondade, logo é-lhe tão importante o bem estar intelectual como moral. Apresenta provas para a existência de Deus: pelas suas
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concretizações; pela própria natureza. Por sua vez, dá o nome de criação contínua àquela que tem lugar instantâneo. A generosidade equivale ao conhecimento atingido pelo domínio da paixão. Para Descartes, não basta haver um bom espírito, é preciso ser bem aplicado também. Dualismo cartesiano – “… bifurcação da natureza em espírito e matéria, observador e observado, sujeito e objeto”. É a reflexão que encaminha Descartes para um entendimento sobre as propriedades do mundo e da mente, explicando coerentemente a precisão das experiências para diferenciar modos de explicar a natureza. As teorias devem prover de validação sobre si mesmas, sem contradições e, acima de tudo, garantir meios de chegar até elas. Define método como um grupo de “regras certas e fáceis que lhe tornam impossível tomar o falso por verdadeiro e conduzem ao conhecimento de tudo o que ele será capaz de conhecer”. Divide-o em: evidência (intuição); análise; síntese (dedução); enumeração (controle da análise). Intuição – Espírito puro e concentrado. Dedução – Conjunto de intuições. Considera como objeto próprio da moralidade a condução do pensamento e a regulamentação de ações, com vista à felicidade. A ação para este ato será a mais eficiente, a razão. O pensamento de ver é tudo o que é consciente, pois implica determinação, sensibilidade, criação. Não havendo perfeição no ser humano, nem sempre os pensamentos podem ser exatos, por isso pode ir-se buscar essa verdade aos sonhos. Razões ou máximas da moral: - Cumprir as leis e costumes locais; - Ter firmeza no seguimento das ações; - Buscar vencer-se a sim mesmo. Preceitos: - Conhecer a verdade e depois admiti-la; - Dividir em partes os problemas, de forma a resolve-los da melhor maneira; - Inicia pelos pensamentos e objetivos mais simples, subindo aos poucos até aos mais complexos; - Evitar a omissão de certezas, partindo do princípio que é necessário fazer revisões gerais.
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Kant Primeiro grande filósofo da era moderna, metódico, que foi professor universitário de filosofia. Delineou a análise da razão teórica e prática. Fez diferenciações entre o sujeito e o objeto do conhecimento, assim como entre a forma e a matéria. A sua filosofia é considerada uma doutrina de concretização. Segundo ele, não se pode viver sem um sentido de existencialismo humano. A principal condição da amizade passa pela sinceridade e confiança mútuas. A fé é o resultado da eliminação do saber, talvez por isso ele rejeite o apelo à fé. São o tempo e o espaço, “formas a priori da sensibilidade do sujeito”. Esse espaço e tempo são estabelecidos pela experiência, através da sensibilidade. Define sensibilidade como “capacidade de receber representações graças à maneira como somos afetados pelos objetos”. Sensibilidade
Entendimento
Razão
Objetos dados
Objetos pensados
Dialética transcendental
Espaço – Estrutura da sensibilidade externa.
Necessário ao conhecimento humano, quando ligada à sensibilidade.
A natureza é o todo e funda-se pelo entendimento.
Tempo – Estrutura do sentido interno.
Colaboração = produz conceitos O entendimento não deve ultrapassar os limites da sensibilidade. Conhecimento
Kant indica 3 fases na sua filosofia: dogmática; cética; crítica. Esta última carateriza-a pela procura de metas do conhecimento puro, com ou sem experiência. Os fenómenos são coisas que aparecem tal como as conhecemos. E é a razão triunfante que nos encaminha para a realidade dada pela fé. Ela enquadra-se no raciocínio e vai em busca da unidade completa. O dever de agir sublima-se na moralidade enquanto tal, de forma a que seja respeitado o sentimento humano. Procura a liberdade pelos fins, sendo que a sociabilidade e violência se formulam pela história, esta provida da humanidade. Preocupou-se particularmente com a confirmação da existência de Deus – prova ontológica. A alma entende em si mesma a unidade de relação, qualidade, pluralidade, tempo, existência e espaço. Identifica o raciocínio como categórico, hipotético ou disjuntivo. Faz distinção entre “as coisas em si” e as aparências – fenómenos. Assim, as aparências devem satisfazer condições.
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Ideia de alma
Ideia de mundo
Totalidade dos fenómenos internos.
Totalidade das coisas que existem.
Unidade absoluta do sujeito pensante.
Unidade absoluta da experiência externa.
Ideia de Deus A necessidade de acreditar que existe um ser perfeito. Unidade absoluta de todos os objetos do pensamento.
Metafísica da natureza / metafísica da experiência – Forma de toda a experiência desenvolvida cuidadosamente e bem argumentada. As formas do pensamento ou entendimento caraterizam-se pelas proposições objetivas dadas como verdadeiras e previsíveis. Distinção
União
A da coisa em si e do objeto fenomenal.
Aquela de que resulta o objeto fenomenal.
Juízos sintéticos a priori – Juízos que são essenciais que possuem de uma universalidade delimitada e se justificam com estruturas intelectivas. Moralidade Princípio fundamental: autonomia A moralidade considera o dever. “A moral ensina como tornar-nos dignos da felicidade”. Estrutura da moralidade
Moralidade e felicidade
Da moral à metafísica
Isolamento dos elementos simples, pela prioridade de se falar da vida moral.
Condição suprema de bem estar.
Postulado que recebe uma aplicação prática.
Imperativo: - Hipotético (competência, ponderação)
Deve haver uma união entre a felicidade e a virtude, para que haja o bem na sua plenitude.
- Categórico
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Categorias Quantidade
Qualidade
Unidade; Pluralidade; Totalidade
Realidade; Negação; Limitação
Particular; Singular; Universal
Afirmativo; Negativo; Infinito Relação
Inerência e subsistência (substância e acidente); Casualidade e dependência (causa e efeito); Comunidade (reciprocidade entre agente e paciente). Categórico; Hipotético; Disjuntivo Modalidade Possibilidade – Impossibilidade Existência – Não existência Necessidade – Contingência Problemático; Assertório; Apodiético
Juízo analítico – afirmativo / explicativo
Juízo sintético – extensivo
Enuncia princípios sobre a ética: deturpação por desistência ao apoio do outro; prudência contra o egocentrismo; pensamento conclusivo. Define ainda intuição como “representação que depende de forma imediata da presença do objeto” e sensação como “impressão do objeto na faculdade representativa enquanto por ele somos afetados”.
Nicolau de Cusa Instaura uma nova lógica, onde o método permite pensar por aproximação. “A sensibilidade, o amor à vida, os entusiasmos da alma, suplantam o rigor conceptual”.
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Marcílio Ficino Foi o primeiro a considerar o homem num contexto filosófico, inserido numa cultura como desenvolvimento e unidade na diversidade reflexiva. Os seus 3 temas essenciais são: grandeza do homem, visão organizada do cosmos e lugar do hermetismo.
Santo Agostinho A tomada de qualquer decisão parte da memória humana e do presente. Desta forma, para se poder crer é preciso compreender. O pecado referencia-se no mal. O tempo encontra-se em conluio com a alma e, ao mesmo tempo, funda-se na eternidade. “A fé passará mas a inteligência subsistirá eternamente”. Segundo os níveis da existência (corpos inanimados, viventes sem razão e criaturas espirituais), dão-se as funções da mesma: ser, viver e compreender. A verdade considera-a a lei da razão ou critério por ela usado para avaliar as coisas. Considera a mesma verdade como Deus. Expõe uma teoria de que os sentidos podem dizer a verdade e que os juízos que criamos das intuições são o resultado do erro.
São Tomás de Aquino É em plena Idade Média que se reivindica o seu pensamento filosófico, pela sua integridade. E é a fé o poder reflexivo da filosofia, mas esta pode concretizar-se sem o seu auxílio. A essência existe para a criação e presença do ser. Segundo São Tomás de Aquino, a existência de Deus pode comprovar-se através de causas, movimentos, classes e pela seriação do mundo. Rege-se pela alma, que existe porque há um corpo e uma preparação estrutural desse corpo. Considera o ser como a realidade mais universal de todas. Para o filósofo, o conhecimento deriva de vários estados de abstração, com o objetivo de entender a imaterialidade: considerar sempre as coisas; dividir as coisas de caráter individual, das particularidades sensíveis; dividir as coisas individuais do seu valor físico. Princípio geral do conhecimento: objeto recebido pelo sujeito cognoscente, denominado de abstração, que autoriza o saber intelectivo humano.
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Pascal A razão não desencadeia os princípios coração, chamando a isto intuição, tendo como solução a submissão. No seu interesse, está o Deus oculto, indedutível, que é “sensível ao coração” por uma fé desumana. Mostrar que as consequências “constituem pontos de vista diferente de um mesmo objeto”.
Leibniz Racionalista e inventor do cálculo infinitesimal, escrevia filosofia nas horas vagas. Deus é lei e logos absoluto, por isso tudo é possível na sua existência e pensamento. A perfeição guia-se pela simplicidade das hipóteses e pelos fenómenos. No entanto, o ser pode ser considerado uma essência, enquanto o indivíduo é substância. Mas é a essência que determina a liberdade do ser. É a verdade racional que possibilita a pureza do mundo, longe da realidade. Por sua vez, a verdade de facto admite a realidade, mas concreta.
Espinosa Racionalista, é a reforma do entendimento o seu lema. É ainda o conhecimento intuitivo, a adequação de ideias e Deus como natureza infinita e ativa. A filosofia enquanto sabedoria, a libertação e a vida são o início do seu método de existência e reflexão – filosofia da salvação. A prioridade do filósofo para a reflexão, está, então, destinada à investigação sobre a possibilidade do ser humano conseguir alcançar a felicidade e a salvação. “Tudo o que existe, existe em Deus e sem Deus nada pode existir nem ser concebido”. Elementos principais das doutrinas místicas: a hipótese dada à alma para comunicar com a realidade; o convívio da alma com a realidade do espírito experimental; sensibilidade mística instigada pelo alcance do bem. Unindo o amor a Deus, alcança-se a plenitude da realização humana. “… o real total é a substância…” A alma representa-a visualmente como uma ideia do corpo. É pela lógica dedutiva que prova as proposições numeradas, as quais podem identificar a realidade. É importante saber interpretar a escritura por si mesmo – método. A teologia serve-se
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da razão, mas não obedece a ela. A substância é “única, finita e causa de si”. Os atributos exteriorizam a essência e o pensamento. Os modos, por sua vez, são afeções da substância. O homem realiza o que o seu entendimento cria. Relação entre substância e modo: de causa a efeito; do todo à parte. O obstáculo natural da libertas philosophandi é a imaginação e o sentimento, que evita os insucessos através de crenças, criados pela teocracia. Essas superstições são destruídas pela razão crítica. Segundo Espinosa, a racionalidade explica-se pela utilização dada, quando um ser deixa de ser o que era. A ciência do conhecimento é considerada: a ciência da ideia, pois esta esclarece-se pela sua essência; a ciência do conhecimento; a ciência do pensamento (intelecto). O conhecimento verdadeiro do homem é sinónimo de verdadeira felicidade. A finalidade é, por si apresentada, como uma ideia que controla o pensamento. E é esse pensamento que sintetiza a criação metafísica e teológica com a ciência do mundo. Funde-se, desta forma, em substância pensante, exterior e divina.
Hume Empirista, é considerado o maior filósofo inglês / escocês, da natureza humana. Chama impressão à perceção que entra com maior incidência na consciência. As imagens por ela fragilizada têm o nome de ideia ou pensamento. O homem serve-se da razão por si. Quando o ser humano passa de uma ideia que lhe é dada para outra de caráter menos atual, dá-se uma relação. A beleza encadeada pelo homem, é sinónimo de delicadeza da imaginação, por demonstrar qualidades capazes de conceber o prazer da beleza.
Rousseau O homem da atualidade está implícito numa união entre o homem natural e uma aprendizagem artificial. O seu fim é sinal de evolução da humanidade. Tal como natural é o homem, também o é a religião verdadeira. A moral estende-se à estética e à religião natural. E ainda à sinceridade pela verdadeira fé ou o coração pelo verdadeiro culto. A razão é considerada como um confronto que opõe termos. A rivalidade entre os homens existe sempre, sejam quais forem as suas ideias ou fins. A alma reunifica-se quando se separa de si. Poderes: sensibilidade (atual); perfetibilidade (vai sendo atualizado).
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“A moralidade das nossas acções está nos juízos que fazemos”.
Marx Discípulo de Hegel, filósofo da liberdade e um dos fundadores da sociologia. Para ele, filosofar é idealizar com vista à reflexão da vida real em tempos e factos históricos. Rejeita a noção abstrata e investigativa. Imediato
conceito
objeto recuperado
construção da verdade
A dialética deve satisfazer conjunturas: - Ser objetiva - Impor a síntese como uma necessidade - Delimitar essa necessidade
Nietzsche O seu delineamento geral faz parte da inserção das ideias de sentido e valor na filosofia. Philosophos é o amigo da sabedoria. Interpreta a filosofia como uma força, pois pode relacionar-se com outras forças, gerando a essência. Essa relação entre forças denomina-a de vontade. “Sê tu próprio, aquilo que tu és”. Geral = Comum Suspeita dos discursos interiores e processos demasiadamente humanizados. Considera a verdade e o conhecimento sem valor absoluto, o que faz do homem um ser confuso. Procura o eterno retorno, opondo-se a esse ressentimento. O indivíduo “tem direito a tipos individuais de comportamento e a fragmentos de conhecimento individualmente estabelecidos”. Ressentimento é a aversão com que se recebe a abnegação, a dimensão e o êxito do outro. O significado de pensar é inventar, descobrir. O homem e o mundo justificam-se pelo fenómeno belo. O eterno retorno decifra a lei da existência, pelo que
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cada coisa retornará ao que era. Revela-se pelo pensamento e pelo ser seletivo, por se tratar de uma repetição. Caraterísticas do ressentimento: incapacidade passividade; acusação e distribuição de responsabilidades.
de
respeitar
e
amar;
Para Nietzsche, a crítica é a manifestação do modo de existência. Movimentos da filosofia crítica: identificar as coisas e a origem dos valores; identificar esses valores. Aforismo – Fragmento; forma de pensamento pluralista; formula um sentido (de um ser, ação, coisa); interpretação ou arte de interpretar. Quantidade Forças
Ativo Qualidade Reativo
Filosofia da vontade: querer (liberta) = criar (valores novos); vontade (alegre) = alegria. Elementos do pensamento: sentido e valor. Teses da imagem do pensamento: - O pensamento é verdadeiro; - Forças estranhas ao pensamento que mudam o verdadeiro; - É necessário um método para pensar verdadeiro. Moral
Ética
Mau
Bom
Bom
Mau
Momentos: da causalidade; da substância; da determinação mútua. “A arte é a afirmação, a bênção, a divinização da existência”.
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Sartre Contra o cogito cartesiano. A sua ideia – “A existência precede a essência”. É a consciência que faz com que o homem se possa libertar e agir com o mundo e ir em busca das suas escolhas, tornando-se num ser determinante. O ser humano torna-se, assim, responsável pelos seus projetos e criações. Graus de consciência: - Consciência irrefletida, não existencial de si; - Consciência que reflete, posiciona-se na consciência refletida; - Consciência que reflete, é existencial de si. O fenómeno do ser é ontológico, por se querer revelar o ser que aparece e que escapa ao fenómeno. Desta forma é importante analisar o ser da consciência. “Do ser do fenómeno que é próprio em si: si no sentido de si mesmo; o que ele é; o ser em si é”. De outro ponto de vista, o ser para si carateriza-se como aquilo que: não é o que é; é o que não é; ambos. Ser consciente consiste em viver a sua própria experiência, o que implica, na sua perspetiva, que a consciência é nada. Elementos básicos da ontologia: consciência; em si; nada. Eu “Existente que se dá com o transcendente”. “Dá-se numa intuição especial que o capta por detrás da consciência reflexa”. Dá-nos “por ocasião de um ato reflexivo, no qual aparece como o objeto novo e transcendente”. “O Eu transcendente deve cair sob o golpe da redução fenomenológica”. Terminologia tripla do Eu: Je (aspeto ativo); Moi (totalidade da personalidade); Ego (ambas).
A consciência, segundo Sartre, divide-se em: temporal (separada do passado);presença em sim mesma (consciência de existir); transcendente. Consciência reflexiva = Consciência de si: o si é reflexivo e, por ser assim, não se aplica ao em si; aponta uma relação de dualidade. Psíquico – Objeto transcendental do conhecimento reflexivo. Ego – Objeto transcendental que concretiza a epítome do psíquico.
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Relações da categoria da falta: com o passado (hipótese da razão histórica); com a ignorância (enquanto circunstância do saber); com a verdade (cumprimento das possibilidades é susceptível de acontecer). Segundo Sartre, a contemplação estética é uma circunstância privilegiada onde se dá a liberdade enquanto rejeição da existência no mundo. Carateriza a liberdade como: dado – original; insondável; possibilidade; produtividade. Por outro lado dimensiona o tempo em: passado (aquilo que foi); presente (o que não é); futuro (o ser que ainda não é). É integrando o real no total, que se dá a razão dialética. Esta deve estar relacionada com o que o homem faz. A ação revela-se pela ética e pelos valores que fundamentam a liberdade de consciência. Desta forma, é o valor a definir o próprio homem, tal como a finalidade desse mesmo valor. A verdade é um dom e reconhece-se com o ser, porque é a realidade humana que gera essa verdade. A essência da realidade do ser humano passa pela liberdade reflexiva. “O mais poderoso é Deus, causa sui, isto é, o existente cujo ser é infinitamente rico e infinitamente forte”.
John Locke São-lhe outorgados os fundamentos do empirismo moderno. “Não sigas cegamente a convenção ou a autoridade. Olha bem para os factos e pensa por ti próprio”. O saber racional com maior importância objetiva é a experiência sensível. É esse saber ou conhecimento que se restringe à observação. A ideia de Locke baseiase em “tudo o que é objeto de entendimento quando um homem pensa”. Distingue o conhecimento em demonstrativo, sensitivo e intuitivo. A sensação proporciona a apreensão de conteúdos que vêm do exterior, através da consciência. Por outro lado, a reflexão é um entendimento das intervenções dadas pelo próprio espírito. É importante analisar as representações que constituem o saber, sejam elas ideias, palavras ou afins. Relações entre ideias: identidade; relação; consciência; existência. Ao pressentimento dado pelo espírito na sua existência, Locke chama de cogito. O intelecto gera-se pelo geral e universal, identificando-se por sinais, ideias ou mesmo palavras.
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Probabilidade – Incerteza das proposições, mas que, no entanto, podem ser consideradas como verdadeiras. Pode estar em correspondência com o saber, experiência ou análise, ou mesmo atestar essas mesmas análises e experiências.
Laque Revelador do método socrático, afirma que um filósofo é um entendedor do universal. A dialética é um género de conhecimento que conduz ao bem. Saber é sinónimo de contemplar. A sua ideia debate-se em dois termos: categoria que consente o juízo e princípio da clareza.
Berkeley A generalidade e diferenciação dos indivíduos são caraterizadas pelo modo particular do conjunto de representações dadas pela linguagem. Isto porque Berkeley considera que as ideias que se representam são demasiado imateriais e que, por isso, não existem. Reduz as ideias gerais em sinais, de forma a reduzir também a sensibilidade e a própria ideia e esta última a linguagem de foro divino.
Auguste Comte A sua filosofia verifica a positividade do conhecimento, sendo ela uma condição circunstancial estabelecida pela observação da história. Essa verificação carateriza-se por uma observação sociológica que a própria ciência representa. Desta forma, Comte revela que a subjetividade do pensamento dá valor à sociedade científica.
Freud Criador de psicanálise, para o filósofo, interessa desvendar o inconsciente. Relaciona os sonhos com os desejos. Não há dinamismo na moralidade.
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Bachelard A metafísica valida-se pela ciência porque reflete sobre esta. Segundo o filósofo, as filosofias do conhecimento da ciência têm uma ordem racional: Ideal Convencional Ordem racional Positivismo Empirismo Realismo
São Bernardo de Claraval A sua doutrina nega o valor da razão e do homem, sendo que o último se circunscreve à elevação mística. A contemplação rege-se pela descida de Deus sobre a alma humana, unindo-a a Si – excessos mentais. Faz distinção entre liberdade da necessidade, da miséria e do pecado.
São Boaventura A razão eterna é o motivo do conhecimento. Prazer Relação entre o objeto percebido e o sentido Juízo Purificação e abstração da espécie sensível Razão Purificação do lugar, tempo e movimento 45
Campanelli Carateriza a metafísica de acordo com princípios do saber, do ser e do agir, sendo que os primados para chegar a esses princípios são o ser e o não ser, este último proveniente da impotência, incipiência e ódio. Os mesmos primados derivam dos refluxos da necessidade, do facto e da harmonia.
Herbart Opta pelo tradicionalismo, onde a experiência é o ponto crucial e inicial. Insere as belas artes e a moral num programa de estética. O belo, por conseguinte, tem de ser aprovado. Ideias morais: liberdade interna; perfeição; benevolência; direito; retribuição / equidade.
Wundt Maior representante do positivismo espiritualista, afirma que a filosofia relembra os conhecimentos particulares, de forma a satisfazer requisitos intelectuais e carências do coração. Pode dividir-se em duas partes distintas: gnosiologia (física formal e teoria do saber) e metafísica.
Dewey Foca os principais aspetos como sendo o pragmatismo, o iluminismo e o naturalismo. Parte da experiência primitiva, para chegar às qualidades e fatores que possam influenciar a vida do homem. A dúvida faz parte da organização da consciência. “O espírito é o sistema organizado dos significados exprimíveis”. Filosofia = amor da sabedoria
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Heidegger É a possibilidade a principal forma de existência. Defende o logos como um discurso que interpreta o que se diz. Considera a liberdade uma transcendência.
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Índice História da Filosofia
2 Fim do século XII – Meado do século XVI Meado do século XVI – Início do século XVIII Século XVIII – Século XIX Século XX
Tempos e termos de Filosofia
Epicurismo Estoicismo Cristianismo Razão / Racionalismo Empirismo Neo-empirismo Idealismo Existencialismo Analítica Dogmatismo Humanismo Intelectualismo Naturalismo Niilismo Platonismo Neoplatonismo Patrística Pragmatismo Gnosticismo Realismo Estruturalismo Sofística Escolástica Panteísmo Libertinismo Iluminismo Romantismo Espiritualismo Espiritualismo existencialista Filosofia da ação Neocriticismo Historicismo Eu Moralidade Metafísica Teoria do conhecimento Lógica Ética Filosofia política
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Portugal Europa Portugal Europa Portugal Europa Europa Anglo-América
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Estética Dialética Metafilosofia
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A própria da Filosofia Tales de Mileto Heráclito de Éfeso Pitágoras de Samos Sócrates Platão Aristóteles Hegel Bacon René Descartes Kant Nicolau de Cusa Marcílio Ficíno Santo Agostinho São Tomás de Aquino Pascal Leibniz Espinosa Huma Rousseau Marx Nietzsche Sartre John Locke Laque Berkeley Auguste Comte Freud Bachelard São Bernardo de Claraval Boa Ventura Campanelli Herbart Wundt Dewey Heidegger Índice Bibliografia
23 25 27 31 32 34 36
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