Terra Magazine - edição 29ª

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PERNAMBUCO PASSA POR AQUI

ARQUITETURA TALENTOS PERNAMBUCANOS

GASTRONOMIA CIRCUITO ENOGASTRONÔMICO

TEST DRIVE PERFIL

R$ 14,90 / ED. 29 / JUNHO 2014

GENINHA DA ROSA BORGES A MAJESTADE DO TEATRO PERNAMBUCANO

CARLOS AUGUSTO LIRA UM DOS MAIORES COLECIONADORES DE ARTE POPULAR DO BRASIL

VOLVO V40 CROSS COUNTRY

MODA EDITORIAL COPA

TURISMO ROTEIRO DOS BEATLES

LANÇAMENTO LIVRO “A CORTE INFILTRADA”



MUITO MAIS QUE ACADEMIA, A SANTÉ É UM COMPLEXO DE SAÚDE, BELEZA E FITNESS.

santeclub.com.br Av. Domingos Ferreira, 2312 - Boa Viagem Recife | PE - 81 3328 2104 | 3033 2468





LUXO, REQUINTE & SOFISTICAÇÃO

Recife | João Pessoa | Natal Rua Tenente João Cícero, 285 - Boa Viagem - Recife (81) 3466.0222


EDITORIAL

M

ais uma edição saindo e aquele frio na barriga, sensação igual à que todos os artistas sentem na cochia, mesmo que já tenham feito 1000 shows, é o que sinto enquanto a revista não está nas mãos dos leitores. Cada dia um compromisso maior com todos vocês! Uma capa vibrante, Carlos Augusto Lira, arquiteto e um grande conhecedor da nossa cultura e arte popular, cheio de pernambucanidade nos enriquece com seus depoimentos. Fazer a matéria foi uma aula inesquecível! Ferreirinha, o homem do luxo, nos fala como lidar nos momentos atuais com os sonhos dos consumidores. O luxo continua em alta! Me encheu de orgulho ter ao nosso lado a promotora e escritora Andrea Nunes, que nos conta um pouco de sua trajetória e do seu novo livro “A Corte Infiltrada”. Gente!! E a dama do nosso teatro popular, Geninha Rosa Borges? Que maravilha! No quesito arquitetura, esta edição está riquíssima, além dos nossos Talentos da Arquitetura Pernambucana, Lorena Pontual, Elza Mendonça, Giuliana Zirpoli e André Dantas, convidamos Simone Goltcher arquiteta paulista, para nos falar da Casa Cor SP e Denise Gaudiot que mostra a evolução dos projetos corporativos.

Célia Labanca, nossa mestra da cultura contemporânea, com o tema polêmico e atual Cartão Vermelho, vai deixar muitas interrogações. A enogastronomia está cada dia mais fortes e ricas em nosso trabalho, com indicações de alto padrão. O designer Paulo Azul fala da sua viagem à feira de Milão, com sugestões excelentes. Nossa cronista social viaja a Paris e seu Diário de Bordo ficou perfeito! Bem, as seções de Test Drive, Negócios, Moda, Saúde, Música, Cultura, Ação Social, Entretenimentos, Livros e Cinemas foram pesquisadas para trazer o melhor de cada assunto, de cada segmento. Espero que gostem! E o Social tão esperado, também vem cheio de ótimas notícias e belas fotos. Enfim, mais uma edição terminada e entregue. Obrigado aos nossos colaboradores, aos anunciantes que cada dia que passa acreditam mais em nosso trabalho, e vocês queridos e fiéis leitores que nos prestigiam sempre. Boa leitura para todos! Um abraço, Claudio Barreto Editor

COLUNISTAS EDITORA E COLUNISTA SOCIAL IZABELLE RINO Administradora de Empresas, gerente da empresa A Carneiro Home, editora e colunista social da Terra Magazine.

TECNOLOGIA BRUNA BRESANI Advogada que virou a própria mesa para trabalhar na área de comunicação. Hoje comanda o TechSoEasy, blog que aborda assuntos do mundo high-tech de forma bem descomplicada.

NEGÓCIOS MARIVAN GADÊLHA Diretor da QSM. Engenheiro com Especialização em Gestão de Pessoas e Mestrado em Meio Ambiente. Professor de vários MBA´S e coordenador de diversos projetos de reestruturação e de recuperação de empresas.

LETRAS DA TERRA SELMA VASCONCELOS Médica, é escritora premiada de vários gêneros, pesquisadora e professora da Universidade de Pernambuco. Assina a coluna “Letras da Terra”.

CINEMA SÓFOCLES MEDEIROS Professor e Consultor na Área Educacional. Cinéfilo, estudioso e entusiasta do cinema pernambucano. Desenvolve projetos na área ambiental.



29ª EDIÇÃO Junho de 2014 CAPA | Carlos Augusto Lira FOTO | Armando Artoni

EXPEDIENTE EDITORES Claudio Barreto DRT/PE - 5254 Izabelle Rino editor@terramagazine.com.br www.terramagazine.com.br

ÍNDICE

COLABORADORES ANA PAULA BERNARDES

ANDRÉ LUBAMBO

Jornalista com MBA em Gestão de Marketing e Vendas e Gestão Empresarial pelo CEDEPE

O Jornalista elegeu o Vinho Club e a Terra como parceiros ideais para trocar e mostrar curiosidades no quesito enogastronômico

ARMANDO ARTONI

GLEYSON RAMOS

12 | MERCADO DE CONSUMO 13 | TECNOLOGIA 14 | PERNAMBUCO PASSA POR AQUI 16 | ENTREVISTA - CARLOS FERREIRINHA

REVISOR DE CONTÉUDO João Henrique Rino REDAÇÃO/CONTÉUDO DA EDIÇÃO Ana Paula Bernardes André Lubambo Bruna Bresani Célia Labanca Claudio Barreto Daniela Câmera Selma Vasconcelos Izabelle Rino Pedro Romero Sófocles Medeiros Marivan Gadêlha Marcus Prado FOTOGRAFIA Armando Artoni Claudio Barreto Gleyson Ramos PROJETO WEB/EDIÇÃO IMAGEM Geraldo Donald Pedro Menezes www.terramagazine.com.br facebook.com/terramagazinerevista revistaterramagazine@gmail.com (81) 9504 7550 | 3328 4454 Impressão: Gráfica MXM Distribuição dirigida Impressão: 3 mil exemplares Rua Bruno Veloso, 393/1001 Boa Viagem - Recife - PE CEP 51.021-280

20 | PERFIL - GENINHA DA ROSA BORGES Fotógrafo, 19 anos atuando no mercado de moda, gastronomia, assessoria de imprensa, eventos 34 |ARQUITETURA corporativos de grandes marcas, 37 |TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA fotojornalismo e publicidade.

26 |CAPA - CARLOS AUGUSTO LIRA

44 |ESPAÇO PAULO AZUL

PAULO AZUL

Fotógrafo profissional tem seu trabalho focado nas áreas de imprensa, fotojornalismo e social.

RILDO SARAIVA DE MELO

49 |ARQUITETURA CORPORATIVA 50 |PROJETO URBANO 54 |DIÁRIO DE BORDO 56 | GASTRONOMIA 64 | TURISMO 68 | COLUNA SOCIAL 74 | TEST DRIVE 78 |MODA 81 | SAÚDE 84 | AÇÃO SOCIAL

Designer Interiores “A Sensibilidade de criar está no sentido de ter harmonia entre o simples sofisticado para chegar ao bárbaro”.

Empresário, consultor de empresas, Diretor do Vinho Club, confraria que leva seus seguidores ao mundo fantástico da Enogastronomia

GERALDO DONALD

DRª FERNANDA MOSSUMEZ

86 | NEGÓCIOS 90 | LANÇAMENTO LIVRO 92| CULTURA 94 | COM A PALAVRA CÉLIA LABANCA 95 |LETRAS DA TERRA - SELMA VASCONCELOS 96 | ARTIGO CINEMA 97 | FILMES 100 |ESPAÇO JURÍDICO

Microempresário, formado em Administração em TI e especialista em Marketing Digital.

Médica, empreendedora em transformar sua saúde e beleza de uma forma gostosa, com qualidade de vida.



MERCADO DE CONSUMO

TECNOLOGIA

BEBIDAS Absolut Taste of Karnival

Nokia Morph, Celular com Nanotecnologia

Aparelho celular feito por nanotecnologia, ficando impressionante e surrealista. O Aparelho é feito de materiais flexíveis, possui auto-limpeza, carrega com energia solar.

Absolut vodka, mundialmente reconhecida por seu DNA artístico e criativo, lança Absolut Taste of Karnival, uma edição limitada inspirada no poder de transformação que inspira as pessoas durante o Carnaval. Com colaboração artística do cartunista brasileiro Rafael Grampá, a edição limitada já está disponível no mercado brasileiro. Dentre os personagens exclusivos e repletos de atitude e de cores estão um cachorro vestido como um galo, um jovem fantasiado com uma cabeça de idoso, um gigante de rosto azul que se diverte em abraçar os outros, uma bela rainha no corpo de peixe e o “Cavaleiro da Liberdade”, que o cartunista descreve como um festeiro que luta contra os tabus e preconceitos da sociedade com alegria e música.

ESTILO Nike 0785 Mojo

pulseira computador

Este modelo foi o escolhido para ser usado pela seleção brasileira na copa. Em acetato na cor amarela com o logo Nike vem bem destacado. www.avvistare.com.br/

Nike espelhado O Mercator é um projeto de pulseira-computador, que surgirá para facilitar nossas vidas. Checar seus emails, fazer lista de compras, controlar sua saúde, ter acesso a mapas entre outras opções. Praticamente uma agenda! A ideia não é substituir os computadores e sim facilitar algumas funções corriqueiras. A moda do espelhado continua forte entre os óculos mais esportivos. www.avvistare.com.br/


TECNOLOGIA | POR BRUNA BRESANI

Mantenha os seus gadgets seguros

Não gaste fortunas com roaming internacional

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C

ada vez mais nossos laptops, tablets e smartphones são alvo de roubos e furtos. Por causa dessa situação que não é comum somente no Brasil, cada vez mais estão sendo desenvolvidos sistemas de segurança visando trazer de volta às vítimas seus aparelhos “perdidos”. Um muito bem recomendado ultimamente é o Prey, sistema de segurança contra roubo de computadores, tablets e smartphones. Para manter o seu computador/tablet/smartphone protegido com o Prey, primeiramente você deve acessar o site - https:// preyproject.com/- se estiver no laptop, fazer de pronto o download do programa, e em seguida, proceder com o seu cadastro no sistema deles (nome completo e criação de login e senha). No caso dos laptops, o programinha ficará oculto no sistema operacional, e caso o indivíduo tenha o aparelho roubado terá de se “logar” no site da empresa e informar que perdeu o laptop/ smartphone/tablet. No caso do laptop, por exemplo, a vítima, com esse sistema ativo, poderá receber em seu e-mail uma mensagem com a foto do indivíduo que está em posse do computador, a localizacão geográfica dele, o print screen da tela e até mesmo os nomes das redes wi-fi mais próximas para ajudar na localização geográfica - a configuração das informações que você deseja receber em caso de roubo, podem ser feitas no momento da realização do seu cadastro no sistema, e o melhor, é tudo com o nosso idioma. Para acrescer dispositivos móveis ao seu cadastro do Prey, basta baixar o aplicativo nas lojas de aplicativos como a Google Play, App Store e “logar” com os mesmos dados que você forneceu no ato da inscrição (e-mail e senha). Feito isso, você receberá um e-mail confirmando a inclusão dos novos dispositivos ao seu cadastro. Esse sistema é compatível com Windows, Mac, Linux, iOS e Android e está disponível gratuitamente.

esolveu viajar pra fugir da copa e tem pavor de ficar desconectado? Se sim, então vai amar esse serviço que vou lhes contar agora! Existe uma empresa chamada CelTravel que envia para a sua casa no Brasil, um chip gringo para quando você decolar já poder ter deixado com os familiares e amigos o seu contato no exterior, e ainda, para quando descer do avião no destino americano, já estar com o telefone completamente ativo. Mas aí você pode pensar: não seria melhor comprar um chip no destino da viagem? Bom, até mesmo esse micro tempo que normalmente passamos quando chegamos num local, para resolver questão de qual operadora e qual plano iremos escolher, pelo menos em relação as pessoas que não podem/não conseguem ficar desconectadas, traz certa angústia, certo? Ainda mais se o indivíduo estiver em grupo e esse não for também a prioridade de todos. Por isso esse serviço vem bem a calhar. Em viagem recente, eu contratei a CelTravel e correu tudo nos conformes. O pacote básico oferecido pela empresa custa US$ 3,99 por dia e oferece: - Ligações ilimitadas dentro dos Estados Unidos; - Ligações recebidas ilimitadas; - Mensagens de texto ilimitados para o Brasil; - Pacote de dados ilimitado. O pacote completo inclui ligações ilimitadas para o Brasil (para números fixos) pagando mais US$ 1.99 por dia. A primeira vista pode parecer um pouco caro, mas pelas comparações que fiz, esta é a melhor opção para viagens que durem até 15 dias. Passando desse período, é mais vantajoso adquirir planos no destino da viagem mesmo. Por exemplo, para vocês terem uma noção, quando contratei o serviço gastei R$ 112 na opção sem ligações livres para o Brasil. No referido valor estava incluso o chip, o seu envio para a minha residência, e os 8 dias de utilização na viagem. O chip chegou em minha residência cerca de 1 semana antes da data do meu embarque para os EUA e funcionou muito bem durante todo o período da viagem! Para contratar você pode entrar em contato pelo e-mail info@ celtravel.com e também pelo número (21) 3958-7700. Toda a negociação, atendimento e instruções são feitos em português.


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Dia do Jazz É comemorado com festival internacional

Fotos: Gleyson Ramos

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s amantes do Jazz e Blues encontraram-se entre os dias 25 e 30 de abril na Praça de Eventos do RioMar, para um festival de talentos internacionais e locais em comemoração ao Dia do Jazz, celebrado originalmente no dia 30. O RioMar Jazz Fest contou com nomes como Kenny Brown (USA), Bex Marshall (GB) e George Israel (RJ), saxofonista e fundador do Kid Abelha. O guitarrista e cantor americano Kenny Brown abriu a programação da sexta-feira com um repertório que trouxe a ecleticidade do berço da música negra, New Orleans: blues e soul compuseram a primeira noite do evento. Outro destaque da programação foi o momento em que Victor Bliglione (AR), um dos maiores “guitarheroes” da atualidade, dividiu o palco com dois ícones da música pernambucana, Beto do Bandolim e Jehovah da Gaita. O saxofonista e fundador da banda Kid Abelha, George Israel (RJ), agora em carreira solo, fez um resumo de sua história musical tocando hits de sua autoria como “Brasil”, “Eu tive um sonho”, “Grand Hotel”, e músicas que gravou como saxofonista, como “Ska” e “Fórmula do amor”. Completando o show, ele tocou Cartola em versão blues e contou com a participação especial do Maestro Edson Rodrigues (PE), um dos pioneiros do jazz no Estado. Bex Marshall (GB) e Décio Caetano (PR), considerado um dos mais expressivos guitarristas de blues brasileiro fecharam a programação no Dia Internacional do Blues. Em turnê pelo Brasil, Bex Marshall teve seu álbum ‘The HouseOfMercy’ escolhido como o 3º Melhor Álbum de Blues Britânico de 2013, o que também lhe rendeu premiação de melhor vocalista britânico de blues. Os medalhões do Jazz & Blues do cenário local não poderiam faltar no festival. Marcaram presença as bandas Arthur Philipe & Quintessence (PE), 4Blues (PE), Street Jazz Band (PE) e Uptown Blues Band (PE), que levou ao público o show “Beatles in Blues”.

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ENTREVISTA | CARLOS FERREIRINHA

LUXO O NEGÓCIO DO

POR | MARCELA CARTAXO FOTO | GLEYSON RAMOS

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uando o assunto é luxo, ele é o principal formador de opinião na América Latina e o mais requisitado Consultor, Conferencista e articulista em diversas revistas e jornais sobre o tema. Graduado em Administração de Empresas, atua desde 1987 nas áreas de gestão de operações, desenvolvimento de negócios, marketing, vendas e comunicação. No Brasil, atuou em empresas como EDS (Electronic Data Systems) e Louis Vuitton, empresa pela qual também atuou em 12 países latino-americanos, sendo o primeiro executivo profissional de uma empresa de Luxo na região. Até hoje o mais jovem profissional que passou pelo Grupo LVMH na posição de Presidente, tendo assumido a posição de CEO da Louis Vuitton Brasil aos 30 anos. Como fundador e presidente da MCF Consultoria em 2001, tornou a empresa referência na região e líder absoluta no mercado brasileiro, prestando serviços de consultoria e capacitação para diversos segmentos de mercado, sempre pautados pela inteligência estratégica da gestão do Luxo e Premium. Entre seus clientes figuram empresas como General Motors, MAC, Swarovski, Tiffany, Nextel, Natura, Boticário, entre outras. Os mais recentes cases desenvolvidos com foco na América Latina, foram para Nissan, Mastercard e Samsung. O carioca de nascença, mas residente em São Paulo há muitos anos, esteve em Recife recentemente para palestrar sobre o mercado. E a revista Terra Magazine aproveitando o executivo na cidade, bateu um papo sobre o que o profissional mais entende: LUXO, claro! TERRA MAGAZINE - Qual a importância do conceito luxo na formação do cenário da moda? (Ferreirinha) Luxo sempre esteve associado à moda. O conceito luxo garantiu o surgimento de marcas ícones de moda como CHANEL, YVES SAINT LAURENT, BALENCIAGA, CHRISTIAN DIOR... Luxo tem a ver com a total excelência. O domínio total do excepcional. O exclusivo, raro. Impregnados de atributos emocionais.

CARLOS FERREIRINHA 16| TERRA MAGAZINE


TM - Em sua opinião as pessoas já entendem que o negócio do luxo na moda está ligada à uma série de fatores que formam uma marca? (Ferreirinha) Não necessariamente. E talvez não tenham como. Parte desse entendimento todo é de responsabilidade de quem trabalha com isso. São fatores de gestão. As pessoas de forma geral tem que ser impactadas pelos códigos e símbolos que estimulam o desejo. TM - Com o crescimento econômico do nordeste e principalmente dos estados de Pernambuco, Bahia e Ceará, como você enxerga as possibilidades da moda na região? Não será mais preciso viajar para se adquirir marcas de luxo? (Ferreirinha) Não vamos já acreditar ou imaginar que capitais do Nordeste ou grandes centros se tornarão relevantes como SÃO PAULO, PARIS ou NYC. Mas definitivamente, cidades como Recife crescerão cada vez mais no cenário de consumo, e com isso, gerando oportunidades para marcas de moda operarem, investirem e expandirem. TM - Hoje, já podemos encontrar, no Shopping RioMar, marcas como Prada, Dolce & Gabbana, Burberry, Gucci e Empório Armani. Que atrativos tem a cidade de Recife para estar recebendo especialmente tantas marcas internacionais? (Ferreirinha) Primeiramente e muito importante, a existência de um local que fosse capaz de recebê-las. O RioMar trouxe uma oportunidade singular e as marcas estão aproveitando, considerando que a Região estava entregando consumidores ávidos por consumir marcas de tamanha relevância e prestígio. Recife expandiu muito e com isso, o comportamento de consumo foi alterado, sofisticado de certa forma. TM - Em sua opinião em que estágio está o profissional de marketing de luxo no nordeste? Existe esta atuação de trabalho na região? (Ferreirinha) Veja... A produção de luxo no Brasil é muito pequena. Quando falamos de oportunidades, as mesmas serão mais fortes e consistentes na área da gestão e principalmente no varejo. Hoje a busca de profissionais de vendas, de gerência de varejo, de profissionais de comunicação para ações locais já é um fato. Assim, existem e serão mais fortes ao longo dos anos. TM - Quais as próximas estratégias do mercado luxo? (Ferreirinha) Diversificação. Expansão. Regionalização. E eu diria que no Brasil, exercitar estratégias de cunho local. TM - Quais os próximos projetos da MCF Consultoria? (Ferreirinha) São tanto. Risos... 13 anos de esforço contínuo. Trazer mais marcas para o RioMar, pois Recife é um dos nossos projetos. Estamos nos preparando para a MCF dos 15 ANOS...

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DIÁRIO DE BORDO |



PERFIL | GENINHA DA ROSA BORGES

Geninha da Rosa Borges A majestade do Teatro Pernambucano /////////////////////////////////////////////////////////////////////

A primeira dama do teatro pernambucano é reverenciada pelo seu público aos 92 anos, sendo a maioria deles dedicados a esta arte e outros contextos culturais Por Ana Paula Bernardes

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a certidão de nascimento: Maria Eugênia Franco de Sá da Rosa Borges, mas o apelido de infância seguiu em sua carreira profissional: Geninha, que assim ficou conhecida e aclamada por todos como a dama do teatro pernambucano. Ao comemorar 92 anos nos próximos dias, sua lucidez ainda lhe permite agradecer pelo reconhecimento alcançado. “É gratificante ser lembrada aos 92 anos com tanto carinho e ainda receber convite para trabalhos. O que dizer de tudo isso? Não tenho palavras”, declara a grande dama.

eu me apresentar no baile infantil. E isso foi crescendo comigo”, explica.

Seu currículo soma mais de 60 peças teatrais, 10 filmes e 21 espetáculos que já dirigiu, recebendo por diversas vezes os prêmios de “Melhor Atriz” e “Melhor Diretora”. Atuou no Teatro de Amadores de Pernambuco, que virou uma referência nacional. Foi lá onde tudo começou a convite do teatrólogo Valdemar de Oliveira, e foi lá também onde ela teve a oportunidade de ser dirigida por nomes como Flamínio Bollini Cerri, Bibi Ferreira, entre outros.

Geninha também teve importância na defesa cultural do Estado. Em 1968, foi convidada pelo Ministério da Educação e Cultura para iniciar um trabalho de inserir aulas de teatro para o rádio, integrando a equipe do Sistema Nacional de Tv e Rádio Educação. Além disso, a dama do teatro foi supervisora de Artes Cênicas na Fundação Joaquim Nabuco e por 16 anos foi diretora do Teatro de Santa Isabel.

Valdemar de Oliveira, em 1941, deu a oportunidade de Geninha estrear na apresentação teatral beneficente “Noite de Estrelas”, atuando em diversos papéis. Em seguida, ela protagoniza no mesmo ano a consagrada Primerose, de Robert de Flers e Gaston de Caillavet. Mas para Geninha, tudo realmente começou graças à sua mãe. “Desde criança minha mãe passava o ano preparando uma fantasia para

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Na sua vasta bagagem, atuou em adaptações de Ariano Suassuna, Oscar Wilde, García Lorca, Nelson Rodrigues, William Shakespeare e tantos outros. Mas um personagem tornou-se inesquecível: Yerma, de García Lorca. “Representei por diversas vezes e escrevi os Solilóquios de Yerma. Esse papel ficou marcado na minha memória”, relembra.

Quando completou seus 90 anos, a Academia Pernambucana de Letras promoveu o lançamento do DVD E Assim Caminha a Terceira Idade, que reúne filmagens de vários momentos da carreira de Geninha. O projeto também mostra várias entrevistas concedidas pela protagonista, bem como traz vários depoimentos de amigos como Eva Tudor, Ariano Suassuna, Germano Haiut, Tônia Carrero e outros.


“É gratificante demais com 92 anos ser lembrada com tanto carinho e ainda receber convite para trabalhos. O que dizer de tudo isso? Não tenho palavras”


PERFIL | GENINHA DA ROSA BORGES

Geninha e outras artes Com vários livros publicados, Geninha é membro da Academia de Artes e Letras de Pernambuco (AALPE), ocupando a cadeira 33 e também faz parte da União Brasileira de Escritores (UBE). Entre as obras encontram-se títulos de cunho educativo, como “Práticas Educativas... essa Disciplina”, premiado pelo Ministério da Educação. Além desse, ainda no gênero o “Por que Ginásios modernos?”; De 1962 a 1968 exames de madureza no Estado de Pernambuco; Produção e recepção na Tele-educação de adultos. Na área cultural, os títulos: Gilberto Freyre, oitentão, peça teatral em comemoração aos 80 anos do escritor Gilberto Freyre; Solilóquios de Yerma, adaptação da peça Yerma de García Lorca; Teatro Santa Isabel - nascedouro e a permanência que conta com várias edições publicadas. Também atuou na sétima arte, embora de forma mais tímida. No entanto, no primeiro filme pernambucano falado “O Coelho Sai”, de Firmo Neto (1939), lá estava Geninha.

“Depois da minha casa, o palco foi o meu segundo lar”

Ainda estrelou Parahyba Mulher Macho, de Tizuka Yamazaki e Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Teixeira. Em televisão, apareceu em duas novelas: Da Cor do Pecado, de João Emmanuel Carneiro e a Favorita. Em nossa entrevista, por vezes, a memória cogitava falhar, mas rapidamente Geninha lembrava e respondeu a tudo com a mais profunda segurança. Topou participar de nosso ping-pong definindo o que essas palavras significam para sua vida e para sua carreira: Terra Magazine - Um sonho: Geninha - Deus me livre ficar sem sonhar. TM - Yerma: Geninha - Inesquecível. Todo personagem é um presente, mas fazer Yerma foi diferente. Foi o que mais me satisfez. TM - Valdemar de Oliveira: Geninha - Antes de tudo, meu professor. Devo muito a ele. O chamava de Doutor. E foi assim a vida toda. TM - Família: Geninha - Nada na vida se compara e faz sentido sem você ter sua família perto de você. Tenho 4 filhos, 18 netos e 8 bisnetos. TM - O palco: Geninha - Depois da minha casa, foi o meu segundo lar. Onde vivi e fui muito feliz.

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TM - Teatro de Santa Isabel: Geninha - Ainda me emociono em falar sobre ele. Fui 16 anos diretora de lá. Imagine você, quanta coisa vivi ali. Gostaria de ser cremada e que minhas cinzas fossem colocadas em frente ao Santa Isabel. Já pensou? (risos) TM - Teatro de Amadores de Pernambuco: Geninha - Foi lá onde tudo começou. Ajudei a fundar junto com Dr. Valdemar e vejo sua permanência até hoje. Isso é gratificante.


TM - Uma saudade: Geninha - Do meu marido. Passamos 56 anos casados e já tem 10 anos que ele partiu. Mas fizemos um acordo. Ele é quem virá me buscar. TM - Uma lembrança: Geninha - Minha filha, aproveite essa entrevista e coloque que o que eu tenho como lembrança, era o livro do meu nascimento que começou a ser montado quando nasci. Há 2 anos mais ou menos, um jornalista ou não sei bem o que ele era, foi na minha casa dizendo que estava fazendo um

trabalho sobre minha vida. Naquele exato momento eu não poderia lhe dar atenção, pois tinha muita gente na minha casa. Então peguei esse meu livro e mais um currículo meu e emprestei para esta pessoa fazer este trabalho que nunca foi publicado e também esses meus pertences nunca me foram devolvidos. Esse livro é a maior lembrança da minha vida!! Gostaria muito que ele se sensibilizasse e me devolvesse. Lá tem um poema feito pela minha mãe no dia em que eu nasci, com a letra dela. Existe preciosidade maior que essa? TM - E para finalizar, uma frase: Geninha - A hora é essa. São 92!

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CAPA | CARLOS AUGUSTO LIRA

Carlos Augusto Lira //////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////

Considerado um dos maiores colecionadores de obras de arte popular no País, arquiteto fala de sua carreira, do seu respeito à arte e da exposição que inaugura neste mês de junho no Museu do Estado Por Ana Paula Bernardes

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arlos Augusto Lira: ansioso, detalhista, e neurótico por organização. É dessa forma que um dos nomes mais respeitados na arquitetura pernambucana e também no Brasil se define. Esse profissional deixa uma marca clara em seu trabalho: o do respeito e devoção à arte popular. Defende e contextualiza com sabedoria que “não é questão específica do meu trabalho, é uma obrigação cultural para nós cidadãos, valorizarmos os nossos artistas, independente do tipo de trabalho realizado. E não falo só do erudito, foco o popular pela sua importância, pela sua tradição. Esse compromisso é social perante profissionais que têm muito talento, mas não têm acesso porque as suas obras não conseguem chegar ao mundo”, destaca.

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Essa consciência cultural começou muito cedo na história de vida de Carlos Augusto. Quando criança, o filho temporão ao lado dos irmãos já quase crescidos, brincava sozinho com o barro no quintal. “Tinha panela, mobília, comida, tudo ali no universo do barro. Não havia facilidade aos brinquedos industriais, já que minha família era de origem simples. Eu cresci com isto”, relembra. Data dos anos 70 a aquisição de suas primeiras peças. Ele relembra que ganhou do psiquiatra Luís Inácio Andrade de Lima, um jogo de barro para feijoada de presente de casamento. Era a época inicial da produção de barro em Tracunhaém. Sabendo do que acontecia naquela cidade, Carlos Augusto foi lá e comprou as peças iniciais de Nuca,



CAPA | CARLOS AUGUSTO LIRA

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que ainda não eram os famosos leões de barro. “Naquela época não era colecionismo, apenas vontade de ter mesmo”. Quando começou a fazer arquitetura, logo no segundo ano de faculdade recebeu o convite para trabalhar com Janete Costa e Borsoi, ao que Lira atribui como um grande diferencial na sua forma de trabalhar e de poder contextualizar a arte popular. “Todo mundo sabe que Janete revolucionou a arte popular e também a sua forma de usar. Como eu tinha uma ligação muito grande com ela, isso foi um aprendizado na minha vida. Fui ficando ainda mais curioso com aquele universo. Comecei a pegar meu carro e ir para Tracunhaém, Caruaru, Paraíba e outras cidades, sabendo que indo na fonte eu compraria as peças que queria mais barato e com isso fui juntando coisas. Depois em 1980, ganhei um livro de minha amiga Lure Inojosa sobre Arte Popular, de autoria de Silvia Coimbra. Com esse livro eu aprofundei meu conhecimento, já que nele você encontra todos os temas da arte, do Maranhão à Bahia e isso abriu ainda mais meu horizonte”. O menino que um dia brincou com o barro, agora nutria um interesse estético pelo objeto produzido pelas mãos do homem. Isso tomou uma grande proporção na vida do arquiteto, algo que nem ele mesmo pôde algum dia imaginar. A casa logo se tornou pequena para abrigar tantas obras e ele teve que colocar as novas num contêiner. Atualmente elas estão concentradas num galpão no bairro dos Torrões. Em 2011, Carlos Augusto contratou três museólogas para fazer a catalogação de todas essas peças num minucioso trabalho com duração de quatro meses e hoje o acervo, com quase cinco mil itens, é considerada a coleção de arte popular mais representativa do País, com peças inaugurais de nomes como Ana das Carrancas, Vitalino, Luzia Dantas, entre outros. “Eu sei da importância e história de muitas dessas peças e tenho uma relação muito próxima com muitos desses artistas. Luzia Dantas, por exemplo, eu tenho suas peças iniciais. Ela teve um AVC e como isso deixou seqüelas no seu rosto, ela coloca esse detalhe nas santas que ela produz. Ou seja, ela passou a fazer a transferência

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CAPA | CARLOS AUGUSTO LIRA

da sua vida para o seu trabalho. O mesmo eu contaria sobre Ana das Carrancas de Petrolina, da qual eu também tenho peças de sua fase inaugural. No seu início, ela não furava a íris, porque o marido dela era cego e esmoleiro e ela fazia tudo só. Quando o trabalho dela começou a ser reconhecido, ele passou a ajudá-la e foi a partir daí que ela começou a furar a íris, referenciando ao seu marido. São coisas que ficam voltadas para a realidade do artista, e nós temos todas essas etapas de trabalho artístico no nosso acervo”, destaca. Muitas dessas obras hoje estão sendo separadas para protagonizarem no mês de junho, a exposição A Lírica de Carlos

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Augusto Lira, no Museu do Estado. Serão 2500 obras que falam sobre o seu colecionador. Como que numa entrega para a sociedade, a coleção agora se mostra do ponto de vista estético e com isso explica o que é o Lira colecionador, traduzido como um exímio apreciador do objeto e do Brasil de Barro, esculpido, pintado, de madeira, etc. Para fazer a correta utilização dessa arte em seus trabalhos, o arquiteto diagnostica a atemporalidade das obras e a identidade como premissa maior na vida. “Sou contra a moda, pois ela é descartável. Você não pode se guiar por algo que não tenha identificação. Naturalmente você usando peças de arte, algumas feitas na década de 80, ainda assim é algo novo. Então isso é atemporalidade e pode ser traduzida como uma marca, sem nunca deixar que seu cliente não seja seu personagem chave. O que vai diferenciar as casas é justamente o que tem dentro. As residências hoje estão com os mesmos jarros, as mesmas paredes, os mesmos móveis e não têm nada diferente. Estão todas iguais, parecem vitrines de loja. Minha preocupação com o desejo do outro é que faz com que o outro deseje o meu trabalho. Essa é forma correta de fazer”, ressalta Carlos Augusto.

Essa resposta coletiva também é notada na FENEARTE e também no Festival de Inverno de Garanhuns. “Essa coisa institucional me encanta muito. É um trabalho coletivo. Se eu faço sua casa, só seus amigos vão ver. No coletivo, você está sempre estudando propostas novas, adequando a cada ano, criando estruturas cada vez mais próximas desse coletivo e sentindo o povo”, traduz o arquiteto. No entanto essa proximidade com o povo de forma mais particular é algo sentido no trabalho de Carlos Augusto arquiteto. Naturalmente sua trajetória se inclinou para as grandes famílias da cidade. Mas isso não generaliza, nem tampouco ajudou a definir seu trabalho como um arquiteto para poucos. “Eu acho que deveria mudar essa coisa de achar que sou inacessível. As pessoas têm medo de vir aqui. E acho que pesa eu estar muito na mídia e de fazer casas de pessoas que têm esse alto poder aquisitivo. Só que o meu trabalho já está na terceira geração dessas famílias. A coisa se deu de maneira natural. Você cria credibilidade e amizade com essas pessoas. Talento é dom, confiança é tempo. Tradição que se renova é marca. Isso é o que sou eu.”, finaliza.

Já há alguns anos, o trabalho do arquiteto em sua forma maior de expressar a arte, foi levado para além das casas dos seus clientes. Desde a primeira gestão de João Paulo, Carlos Augusto assina o carnaval do Recife. “Antes da gestão de João Paulo, nunca tinha feito decoração. Fui chamado em janeiro e o carnaval já era no mês seguinte. Agradeci o convite, mas eles não aceitaram o não como resposta. Conversaram novamente e daí topei. Chamei Joana, minha filha, e fizemos juntos. Vestimos uma cidade que ninguém nunca tinha vestido. Fomos melhorando com o tempo e hoje é isso que o povo vê”, explica. E não por ele ser um folião nato, como fundador do bloco Eu Acho é Pouco, mas ali nas pontes, polos carnavalescos, entradas e saídas da cidade, os turistas e conterrâneos, vêem o trabalho de Carlos Augusto preocupado com a temática foliã, sem perder a premissa estética da arquitetura. Os bonecos, a grife do carnaval, as ventarolas expressam a adequada intervenção do espaço para o reinado de Momo. “A coisa cenográfica se torna grandiosa dentro de um espaço histórico. Sem dúvida esse é um dos maiores desafios que temos como intervenção urbana da cidade”, relata.

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ARQUITETURA | CASA COR SÃO PAULO

CASA COR SÃO PAULO REFERÊNCIA EM DECORAÇÃO PARA O BRASIL

Da redação

A

arquiteta Simone Goltcher é uma referência nacional quando o assunto é Casa Cor São Paulo, considerada a maior vitrine do mercado de decoração brasileiro com visibilidade internacional. A arquiteta comemora uma década de mostra e fala da importância dos seus trabalhos executados para a Casa Cor em conversa com a equipe da Terra Magazine.

TM: Que lugares você já teve seu trabalho divulgado graças a Casa Cor? SG: Graças a Casa Cor São Paulo eu tive trabalho divulgado no Chile, Uruguai e Argentina, mas fico pensando que se não fizesse Casa Cor ou se não participasse de Casa Cor, dificilmente teria meu trabalho fora do País. É realmente uma porta para mundo!

TM: Pensando em Casa Cor SP, pensamos em você, uma arquiteta de primeiríssima linha com uma experiência enorme nesse segmento que tem dez anos de grandes projetos, uma vencedora! Vemos Casa Cor São Paulo como uma referência em decoração para o Brasil. O que você acha desse pensamento?

TM: Como é que você desenvolve seu trabalho quando começa a pensar seu ambiente para a mostra? SG: O foco do meu trabalho é residencial e só agora comecei a fazer algumas lojas. Os melhores clientes residenciais que tive até hoje foi através da Casa Cor. Diretamente e alguns indiretamente. Alguns profissionais fazem algo conceitual, mas eu vou mais para o usável, pois gosto que visitantes se sintam em casa. Antes de projetar um ambiente para a mostra, sempre faço uma pesquisa e entrevisto muita gente. Quando eu fiz a suíte do casal, realizei uma pesquisa com um grupo de cinco mil pessoas, perguntando qual era o sonho de consumo delas, através de duas perguntas: o que elas consideram importante e qual o hotel no mundo que elas mais gostariam de ficar ou já estiveram hospedados e fiz um ambiente inspirado num quarto de hotel. Procurei fazer um trabalho que pudesse atender esse desejo.

SG: A Casa Cor em si, a de São Paulo principalmente, é uma grande vitrine. É divulgada no Brasil e no mundo. A visibilidade que eu tenho tido nestes 10 anos que fiz Casa Cor seguidos, foi muito boa. Quando iniciei Casa Cor, minha carreira mudou de patamar e comecei a ser vista para o mundo e a ser conhecida. Meu trabalho começou a ser exposto. É onde você pode mostrar o que realmente você faz, sem interferências . Isso nos deixa mais livre. Você mostra puramente seu trabalho. Muitas vezes isso é uma oportunidade única! Dificilmente o cliente deixará na sua mão um projeto e dizer: “pronto, faça o que você quiser”. No meu caso é um momento de introspecção que eu faço. Eu estou no mercado há 15 anos. Meu escritório é pequeno e sempre quis atender uma quantidade menor para poder dar uma atenção mais personalizada a cada cliente. Quando você faz essa introspecção de tudo que acredita em termos de projeto, você aproveita a oportunidade para expor melhor seu trabalho.

Outro detalhe quando você faz uma mostra dessa importância, é que mesmo para quem não tem condições financeiras, já que realmente lá você coloca o que tem de mais top no mercado, ao menos a pessoa pode sonhar com aquilo e virar um objeto de desejo. Isso é muito importante na arquitetura.


ambiente o melhor que possuírem. Além disso, quem não é do mercado tem a oportunidade de ver tudo em primeira mão, em termos de automação, tecidos, tecnologia, revestimento e tudo que a decoração exige, reunindo num só espaço todos os itens mais desejados. E quem vai montar uma casa vai poder fazer uma pesquisa de produtos novos visitando a mostra, já que estamos falando de um dos eventos mais importantes do setor e que recebe anualmente, 200 mil pessoas. TM: Que outros resultados você já colheu nesta década de trabalho? SG: Usando até um exemplo em 2005, quando fiz o quarto do menino com um tapete da A Carneiro Home , fui contratada por um cliente muito importante que quis reproduzir exatamente este quarto na sua casa e através disso, eles foram me pedindo outras coisas na casa dele e depois fui para uma casa de campo e outras casas desta família. E isso tomou uma dimensão enorme. Foi o meu segundo ano de Casa Cor. No começo você é chamado para fazer ambientes menos significativos, mas com o tempo fui fazendo outros espaços mais importantes. É por tempo de casa. Quando fui chamada para fazer o ambiente do quarto do menino, achei que era um mico, portanto consegui tirar leite de pedra e transformei uma brincadeira de um playground dentro do ambiente. Ficou tão lindo, tão diferente, que fui chamada por esse cliente para reproduzir exatamente o mesmo quarto em sua casa. Era um desenho especial de um tapete, mostrando por onde uma criança subia e depois descia de um tubo de bombeiro com umas pegadas que marcavam o caminho dessa criança neste ambiente. Ficou super legal! TM: A que fatores você atribui o sucesso da Casa Cor São Paulo? SG: A importância da Casa Cor São Paulo é que ela traz tendências e lançamentos. Cada profissional quer fazer algo inovador. Quer chamar atenção. A gente faz uma pesquisa intensa do que as lojas estão oferecendo ao mercado, e naturalmente todos querem mostrar o que tem de mais novo e assim, vão colocar no seu

TM: Você lembrou da nossa participação na Casa Cor 2005, adoramos saber o quanto foi importante para você , que ótimo! SG: Eu considero que a Casa Cor 2005 foi um marco em minha carreira por conta desse quarto. A partir deste ano, eu passei a ser conhecida e ser contratada por altos executivos que foram me indicando para os amigos, e isso graças à parceria de vocês. Me trouxe sorte!

Simone Goltcher Designer de Interiores Av. Brigadeiro Faria Lima, 1597 cj 601 São Paulo- SP www.simonegoltcher.com.br (11) 38146566

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Talentos da arquitetura pernambucana

Lorena Pontual, Giuliana Zirpoli e Elza Mendonça

AndrĂŠ Dantas


TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA

Por Ana Paula Bernardes

P Lorena Pontual, Giuliana Zirpoli e Elza Mendonça

PMZ ARQUITETURA Graças a Deus estamos numa fase em que tudo que almejamos, estamos conseguindo”

or trás do escritório de arquitetura PMZ assinam Lorena Pontual, Elza Mendonça e Giuliana Zirpoli, que juntas comandam um staff com 12 integrantes. Apesar de jovens nomes na arquitetura pernambucana, o trio já coleciona uma vasta bagagem com projetos que também saem da linha territorial do Estado, chegando em outras cidades do Nordeste e também em Brasília e Cuiabá. Já na faculdade, quando se conheceram, não havia certeza da sociedade, mas sim, de que os traços fariam parte da vida delas por toda a vida. Neste ano de 2014 o escritório completa 10 anos de existência e se consolida como um dos mais expressivos na área de ambientação, com vários prêmios no Novo e também no Núcleo PE e agora almejam entrar com força total também na área corporativa.

Quando vocês perceberam que a arquitetura faria parte da vida de vocês? Lorena- Nunca tive dúvida da profissão que iria seguir. Minha família tem vários profissionais desta área e foi algo que se desenvolveu automaticamente na minha vida. Elza- Desde sempre quis ser arquiteta, apesar de minha família ser da área de Direito. Sempre via os prédios da cidade mais expressivos, é como se a arquitetura tivesse me conquistado. Giuliana- Sempre gostei de desenhar quando pequena e lá pelo segundo ano científico quando chegou a hora de escolher minha profissão, eu decidi que seria arquiteta. O que é mais desafiador na hora de projetar? Lorena- O mais desafiador na hora de projetar é conseguir atender a expectativa do cliente. Elza- Eu diria que o arquiteto precisa pesquisar, buscar soluções, algo inovador para a vida do cliente. Este é o desafio, na minha visão.

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Fotos: Alexandre Albuquerque

Giuliana- O arquiteto deve atingir a expectativa, mas principalmente, fazer um trabalho psicológico, desvendando as ideias, os desejos do cliente para poder alcançar um objetivo final. Teve uma situação em que fizemos todo o projeto contratado por um filho que queria presentear sua mãe. Quem iria viver naquele projeto era a mãe, com quem nunca tivemos um só contato durante a execução. Foi um grande desafio, mas que ao final deu super certo.

O crescimento do mercado imobiliário agregou outros valores ao desenvolvimento dos seus projetos?

Quais as principais referências no trabalho de vocês?

Elza- Essa mudança trouxe o crescimento da classe média que está tendo acesso a outros serviços e por isso quer valorizá-los também. A gente tem a oportunidade de trabalhar mais e todo esse “novo” aos poucos vai se consolidando.

Lorena- A referência familiar é muito forte no meu caso. Meu avô, Arlindo Pontual, teve uma atuação bastante significativa e foi muito marcante na minha vida. Ele ganhou do CREA um prêmio de um dos arquitetos mais influentes dos últimos 100 anos. Também sou sobrinha-neta de Roberto Burle Marx e foi com isso que sempre convivi. Elza- Os prédios da cidade sempre me chamaram atenção, alguns por onde sempre transitei diariamente. Então fui me apaixonando pela arquitetura, apesar de nunca ter atuado na área de construção, foi uma referência. Depois, nos estágios, fui entrando no setor da ambientação e me identifiquei por completo. Giuliana- Tive a oportunidade de trabalhar com Elizabeth Wicks e depois na Shirley Decoração, daí fui me identificando com a arquitetura de interiores. Qual o maior sonho profissional de cada uma? Lorena- Eu gostaria que o escritório fosse uma referência de arquitetura e nós estamos buscando isso através dos nossos estudos, do contato com artistas locais, em nossas pesquisas, viagens a outras cidades, buscando tendências para poder trazer um diferencial arquitetônico.

Lorena- Com certeza. Isto tem aberto a gama de criatividade, pois surgem outras demandas, outros estudos e pesquisas para atender esses clientes novos que estão surgindo e que desejam um produto final diferenciado.

Giuliana- O crescimento tem nos dado a oportunidade de maior valorização do nosso trabalho, abrindo o leque e mostrando nosso portfólio . Hoje o cliente não quer bater um só prego na parede sem o arquiteto. Foi um conceito que mudou muito e também abriu espaço para o mercado corporativo, exigindo muito a presença do arquiteto. Como a diversidade dos produtos da A.Carneiro Home pode somar ao trabalho da PMZ? Lorena- A diversidade dos tecidos A.Carneiro está sempre acompanhando as tendências e isso é muito importante para nosso trabalho. Sem contar no comprometimento da marca que nos dá segurança e faz a diferença. Elza- Um item que acho relevante destacar é o amplo portfólio, facilitando a vida do arquiteto e do cliente, de modo que a gente consegue centralizar a compra num só local. Giuliana- A personalização dos itens é algo interessante para o desenvolvimento dos projetos. Isso também faz a diferença.

Elza- Gostaria de marcar época e uma geração. Giuliana- Graças a Deus estamos numa fase em que tudo que almejamos, estamos conseguindo e isso tem sido conquistado com nosso trabalho.

Serviço: PMZ www..pmzarquitetura.com.br

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TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA

Por Ana Paula Bernardes

O arquiteto entrevistado é uma explosão de ideias. Sintetizamos os principais pontos de seu trabalho, ligando com um pouco de sua história. Sua trajetória teve início com uma bolsa do CNPQ para trabalhar com Anne Marie e Niede Gidon no sítio arqueológico da Serra da Capivara na Fundação do Museu do Homem Americano. E ele não parou por aí, até determinar que ele assinaria como arquiteto, foi bancário, driblou o desejo do pai de fazer Direito cursando Engenharia Civil até o quinto período na Universidade Católica, também passou na Escola Técnica em Telecomunicações, mas não se distanciava da sua verdadeira vocação. Quando você percebeu que a arquitetura faria parte da sua vida?

André Dantas

O sonho é construído durante a realidade. Ele nunca acaba”

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Aos cinco anos de idade minha mãe deixava eu colar desenhos de papel guache na parede. Adolfo Jorge, dono da ADM Associados, marido de uma prima de minha mãe, me via pintar e desenhar, já dizendo para minha mãe que eu seria arquiteto. Aquilo martelava na minha mente, mesmo eu pequeno, ficava me perguntando o que era que ele estava dizendo. Depois a trajetória foi longa. Meu pai queria que eu fizesse Direito, mas daí passei na Escola Técnica em Telecomunicações e fui cursar. Depois fui trabalhar no Banorte. Nesta época eu também cursava Engenharia Civil. Foi quando conheci minha esposa, Pepita, que me impulsionou a realmente buscar o que eu gostava. Mesmo com um bom salário no banco, tirei um mês de férias e pedi para me demitirem quando voltasse. Fui correr atrás da arquitetura. Decidi que o clima, as pessoas e a criatividade é o que eu queria para minha vida.


O que é mais desafiador na hora de projetar? O que eu considero mais desafiador é conseguir decifrar os anseios de quem nos contrata. Precisamos atender os sonhos dos clientes. Aprendi com João Armentano, grande incentivador do meu trabalho. Ele dizia que às vezes as informações estão nas entrelinhas e isso é um subsídio para entender o universo do cliente. O grande desafio é conciliar o desejo e o planejamento financeiro do cliente. Quais as principais referências no seu trabalho? Janete Costa é a maior delas. Tive a oportunidade de estagiar com ela no meu oitavo período, conversávamos muito! Sem falar na biblioteca de detalhamento que existia no escritório dela, que também foi a incentivadora do projeto que desenvolvi junto ao SEBRAE, Arquitetando Arte. Além de Janete eu destacaria Bruno Paldovani, o próprio Adolfo Jorge, Isay Weinfeld e claro, nosso Carlos Augusto Lira. Qual o seu maior sonho profissional? O sonho é construído durante a realidade, ele nunca acaba. É o que se está fazendo agora. Penso que é concretizar, reforçar o que já aconteceu. Eu faço arquitetura porque gosto de arquitetura. Este foi o maior desafio da minha vida. Quero continuar vivendo isto.

O crescimento do mercado imobiliário agregou outros valores ao desenvolvimento dos seus projetos? Lógico que sim. A melhoria do poder aquisitivo trouxe a democratização da arquitetura e isso Janete Costa já falava lá atrás. Essa acessibilidade acontece por diversas razões. Esse poder econômico está em crescimento e Recife vê isto. Vivemos num canteiro de obras. E com isso se percebe a importância de você controlar, desmistificando o trabalho de interiores como sendo algo caro. Como a diversidade dos produtos da A.Carneiro Home pode somar ao trabalho do seu escritório? Facilidade e qualidade são alguns dos pré-requisitos de atendimento e a gente encontra isso na A.Carneiro Home. Esses pontos contribuem diretamente para o desempenho do projeto. Aliado a tudo isso essa parceria vai além de só oferecer produtos. Há a importância de se ver a loja como extensão do seu escritório pela grande receptividade que temos. Cria-se um laço de afetividade a amizade profissional, sem contar nos produtos diferenciados como a possibilidade de criar tapetes exclusivos e personalizados, onde juntos exercemos nosso processo criativo. Serviço: André Dantas Av. Agamenon Magalhães 2764, 1201- Edf Galvão Magalhães 81 32213969/ 99433435 | e-mail: adantas360@gmail.com


SUA GRIFE DE INVERNO A VERテグ

artgardenmoveis


Av. Conselheiro Aguiar, 1875, Boa Viagem, Recife/PE (81) 3465 4128


ESPAÇO

Design Paulo Azul

Milão 2014 A expressão do design em pedras recortadas e texturadas em móveis, paineis e iluminação.

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Design Visitando a feira de Milão

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ilão sem dúvida é o maior centro de design do mundo. Visitar sua feira é ter acesso às vitrines que estarão ditando as maiores tendências, e é lá onde os grandes designers conseguem expor toda sua maestria da criação. As fotos expressam muito do que gostaríamos de dizer aqui. São imagens que naturalmente falam mais do que mil palavras. Mas o que vale a pena contextualizar é a apresentação da pedra que é o elemento de maior rusticidade desde a criação da humanidade, como sendo a grande vedete do design em 2014. Em Milão, a pedra protagoniza pisos temáticos, móveis com altíssimo acabamento com porta e texturas em pedras e recortes a laser com iluminação, luminárias com acabamento em pedra e com certeza os tampos de mesa junto com aço, vidros e outros elementos. Todos esses itens seguramente terão sua expressividade confirmada nas lojas num futuro muito próximo. É esperar para ver. Neste encontro artístico de Milão, os artistas chegaram à conclusão que o movimento acontece esporadicamente. O principal nisso tudo é que o homem é prisioneiro da tecnologia na atualidade. Existe uma vitrine que relata bem isso, onde mostra um homem preso numa gaiola vestido com a melhor grife, junto a elementos dessa tecnologia. Fora da gaiola, a proposta do mobiliário que é uma poltrona montada em seixo num rio, em formato anatômico, com dois animais em argila que trazem o desenho do animal préhistórico; ou seja, o início do homem nas cavernas. Nessa época, esse homem tinha a liberdade no seu tempo. Ele saía, era obrigado a caçar, mas não tinha compromissos, não tinha preocupação em ter porta, mas precisava se proteger. Não havia iluminação, mas tinha tocha, não tinha cama e dormia em palha. Ainda assim esse homem era mais independente e conseguia olhar para si. E imaginem vocês que esse elemento que é a pedra, está ao alcance da humanidade, presente em todos os elementos e acessórios possíveis e ao alcance do homem, no contexto da industrialização e do sofisticado móvel. É o clássico em pedra. E mesmo no que poderia parecer contraditório entre homem e rusticidade, a humanidade avança. O acervo em pedras naturais para execução do projeto dos seus sonhos, está em exposição na Pleno, localizado na Carlos Pery Lemos, 268, Boa Viagem, Recife, PE , (81) 3461-2916. Paulo Azul


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ARQUITETURA CORPORATIVA

Empresas investem em projetos que melhoram o ambiente de trabalho Da redação

A

rquiteta Denise Gaudiot, especialista em arquitetura corporativa, nos fala de quanto um bom ambiente de trabalho pode ajudar a aumentar a produtividade garantindo a satisfação e a segurança dos funcionários. Esse ambiente ideal pode ser conseguido pelas organizações através de projetos de ergonomia. “A demanda por um ambiente ergonomicamente planejado tem crescido muito, até porque o Ministério do Trabalho instituiu a NR 17 e a NBR 9050, que tratam de ergonomia e acessibilidade de uma forma geral. Além disso, os resultados obtidos através de uma intervenção ergonômica são economicamente satisfatórios para as empresas”, destaca Denise Gaudiot, que tem especialização em ergonomia e mestrado em design, com foco no ambiente construído, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Segundo ela, essa tendência cresce a partir do momento em que as empresas vêm os resultados positivos de outras empresas e percebem o potencial que um ambiente bem projetado e com soluções ergonômicas pode proporcionar. O custo é o mesmo de um projeto sem estas preocupações. A diferença está na escolha dos materiais de revestimento, iluminação, mobiliário, refrigeração e acabamentos em geral, que estejam de acordo com as normas. Esses materiais podem ter um custo um pouco mais elevado, porém terão uma vida útil maior, além de oferecer maior conforto ao usuário, o que pode ser traduzido por produtividade.

Um dos trabalhos desenvolvidos nessa área foi para uma empresa pernambucana na qual a diretoria pediu um projeto que oferecesse um ambiente de trabalho de alta qualidade para seus funcionários, mas que não parecesse luxuoso. A arquiteta explica que a empresa cresceu muito nos últimos anos e cada subsetor que surgia ou crescia era colocado de maneira aleatória, em áreas vagas. Detectou-se que isso causava retrabalho, falta de informação e integração entre os subsetores. Além disso, o mobiliário era muito antigo, com dimensões e materiais inadequados. Por isso, os funcionários reclamavam de dores lombares. “Propus trabalharmos dentro dos preceitos da ergonomia, analisando a relação Homem-Tarefa-Máquina-Ambiente de cada subsetor, e a relação entre eles, dentro de um organograma do setor administrativo. A partir daí, definir os materiais de revestimento, iluminação, refrigeração, mobiliário etc. que se adequasse melhor ao mesmo”, explica. O resultado do trabalho foi um ambiente eficiente, silencioso, confortável, com subsetores integrados, mobiliário adaptados aos funcionários, tudo dentro das NT 17 e da NBR 9050. E este resultado nos levou a classificar o projeto em questão para exposição em São Paulo, durante o IX Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa. Serviço: Denise Gaudiot denise.gaudiot@terra.com.br (81) 9949.7710 |3037.2335

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PROJETO URBANO

COPA E MOBILIDADE NO

“Recife Enxerido”

Por Meire Glauce | Ricarte Passos

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m tempo de Copa do Mundo, quando a capital pernambucana figura entre as cidades brasileiras que vão sediar jogos do mundial e deve receber cerca de 230 mil turistas de várias partes do mundo, segundo expectativa da Secretaria de Turismo do Recife, é quase impossível não se pensar em mobilidade urbana. Sejam no transporte individual ou coletivo, os caminhos que levam ao Mundial no Grande Recife ainda são uma incógnita.

no entanto, as propostas apresentadas em nosso livro surgiram da compreensão geral que a cidade poderia mudar radicalmente sua ambiência, a partir de ideias simples e de baixo custo que podem ser implantadas em menos de quatro anos”, explica o arquiteto César Barros. Segundo ele, o problema da mobilidade urbana no Recife e no Brasil é exclusivamente de falta de planejamento territorial e má gestão.

Nas circunstâncias atuais seria uma utopia imaginar os carros, ônibus e motos circulando livremente num trânsito menos caótico. Ver ciclistas e pedestres andando em harmonia e com mais segurança e as praças, calçadas, ruas e avenidas de nossa cidade sendo melhor ocupadas. Foi para mostrar como essas e outras ideias inteligentes poderiam acontecer, na prática, que o arquiteto e urbanista César Barros lançou o livro digital “Recife Enxerido”.

Para os jogos da Copa do Mundo, por exemplo, muitas das obras programadas, sobretudo nas rotas oficiais para chegar à Arena Pernambuco, não deverão ficar prontas a tempo. Outras ainda estão em fase de conclusão. É o caso da enorme passarela, que interliga o terminal do Aeroporto Internacional dos Guararapes à Estação do Metrô, a qual facilitará o acesso da população em direção à Linha Sul. Outros exemplos são o Sistema BRT (Bus Rapid Transit), que não estará operando sequer com um terço de sua capacidade e o corredor leste/oeste, um dos principais locais de acesso à Arena, ainda em fase de conclusão.

O e-book com 272 páginas é dividido em 10 temas específicos e pode ser lido através da internet, trazendo sugestões diversas para transformar a Veneza Brasileira numa cidade melhor de se viver, não somente durante os jogos da Copa, mas a qualquer tempo. “A Copa do Mundo não deixa de ser um marco temporal importante,

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As ideias da equipe do escritório César Barros Arquitetura, inseridas no livro “Recife Enxerido”, enfocam aspectos que vão desde a


requalificação ambiental de todo o tecido urbano da cidade a partir do redesenho do Sistema Viário, com o Parque Linear do Capibaribe, inclusive com a implantação de Ciclofrescas - ciclovias arborizadas, sombreadas - passando pela reurbanização e inclusão territorial e social das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) e até a valorização do patrimônio histórico presente na arquitetura do Recife. Os planos de César Barros incluem, por exemplo, a implantação de um sistema VLT, aproveitando os trilhos existentes que cruzam o Marco Zero e toda a área de operação portuária. Nas áreas próximas ao Forte das Cinco Pontas, onde atualmente funciona o Museu da Cidade do Recife, ele propõe a ampliação do seu entorno, com a implantação de uma grande praça para atividades esportivas e recreativas. Já a Avenida Conde da Boa Vista também ganharia veículos sobre trilhos e ciclovias, além de um corredor arborizado e calçadas elevadas. O download gratuito do e-book “Recife Enxerido” está disponível no link www.youblisher.com/ p/647557-RECIFE-enxerido. Uma cópia da publicação foi entregue ao prefeito do Recife, Geraldo Júlio.

Workshop Internacional A mobilidade como um todo é um dos maiores problemas da atualidade, prova disso é que a cidade recebeu um grupo de arquitetos estrangeiros e brasileiros para criar propostas urbanas para melhorar esse problema e da habitação social no Recife. A troca e a fusão de ideias de 70 alunos do mestrado em Desenvolvimento Urbano da UFPE e da AA resultou na apresentação de quatro propostas urbanas para a Av. Norte Miguel Arraes de Alencar. O evento, que aconteceu de 29 de abril a 09 de maio de 2014, no Museu da Cidade do Recife/Forte das Cinco Pontas e teve como mote principal integrar habitação social à mobilidade urbana, tendo como objetivo reduzir o trajeto casa, trabalho e escola. Os arquitetos de várias nacionalidades se dividiram em quatro

grupos e apresentaram propostas diferenciadas para a Av. Norte, importante via da cidade, que pela proximidade com o Porto do Recife, constitui-se numa área de intenso tráfego de caminhões, além dos automóveis e ônibus que também circulam pela avenida. Nessa área também pode ser observada uma divisão entre as populações que vivem nos bairros mais nobres e nos morros que, pelas difíceis condições de moradia, sofrem com a falta de opções para uma melhor mobilidade. Uma das propostas urbanas apresentadas por um dos grupos de arquitetos foi batizada de Rios da Gente e pensou num plano Diretor Cicloviário e no Parque Linear do Capibaribe além, de outras possibilidades de mobilidade. A equipe sugeriu a implantação de bondes e de rotas alternativas transversais a Av. Norte. De acordo com o arquiteto, professor e coordenador deste IV Workshop Internacional de Desenho Urbano, Zeca Brandão, essa troca de conhecimento e realidades, por conta dos diferentes países de onde vem os arquitetos, é imensamente rica. “Cada um colabora de forma diferenciada trazendo elementos e ideias que deram certo em seus países. O desafio agora é, dentro de todo um contexto e realidade local, adaptá-los visando um bom resultado e objetivo comum que é aliar habitação social e mobilidade urbana”, enfatiza. O Morro da Conceição foi o foco de estudo de outro grupo que sugeriu um redesenho das escadarias para facilitar a mobilidade e reduzir os alagamentos. Teleféricos e pontes que interliguem os topos dos morros à Av. Norte Miguel Arraes de Alencar, potencializando espaços públicos foi outra proposta apresentada. Outro projeto sinalizou a implantação do VLT em monotrilhos elevados e a ampliação da via. O evento contou com a participação do vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, da Diretora da Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Júnia Santa Rosa, e do secretário de Desenvolvimento Urbano, Antônio Alexandre. As propostas urbanas que foram idealizados serão apresentadas à Prefeitura do Recife.

Imagens:Éder Lima

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DIÁRIO DE BORDO | POR IZABELLE RINO

PARIS “Mon Amour” PARIS Ah Paris! Linda, romântica, emocionante, histórica...Ela é tudo e muito mais... Grandes museus, eventos culturais, lojas deslumbrantes, restaurantes incríveis, hotéis, cafés, vinhos... Prepare seu coração e vamos à Paris! A cidade é deslumbrante, o clima é maravilhoso e a atmosfera francesa é sim, apaixonante!!! E como não poderia deixar de ser, voltei encantada!!! Nesta viagem, fui acompanhada do meu marido e dois casais amigos. Todos uns queridos, que fizeram com que o passeio fosse ainda mais especial! TORRE EIFFEL “Ir à França e não passear pela Torre Eiffel é como ir a Roma e não entrar no Coliseu”. A Torre Eiffel é uma torre treliça de ferro do século XIX localizada no Champ de Mars, em Paris, que se tornou um ícone mundial da França e uma das estruturas mais reconhecidas no mundo. Sim, ela é tudo que tudo o que falam. É uma coisa rica de se ver, é enorme. À noite fica especialmente linda, totalmente iluminada. O Valor do passeio custa em média 13 Euros, os preços dos ingressos variam dependendo do andar que será visitado e da idade do visitante. MUSEU DO LOUVRE O Museu do Louvre instalado no Palácio do Louvre em Paris, é um dos maiores e mais famosos museus do mundo. Mas como bons turistas, sabíamos o que queríamos: a Mona Lisa. Então, fomos à caça, e era onde se aglomerava o maior número de turistas que ela estava! Tudo é deslumbrante, e confesso, muito cansativo. Gigante! Impossível conhecer tudo em um dia… Valor do passeio 17 Euros. Pegamos o ônibus panorâmico, para fazer um tour, tudo é encantador... Paris vista do alto é uma perfeição. As ruas e avenidas parecem ter sido montadas, perfeitamente encaixadas, em ângulos exatos. Seguimos até a Champs Élysées, o paraíso das compras, principalmente

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pra quem tem muito dinheiro! Mas a avenida é linda, bem larga e cheia de árvores, lojas deslumbrantes e com as grifes mais famosas do mundo, um luxo! ARCO DO TRIUNFO O Arco do Triunfo, situado no alto dos Champs Elysées, talvez seja um dos mais bonitos monumentos de Paris. Foi construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte. Mais um passeio imperdível! Valor do passeio: 10Euros. Visitamos a Galeria Lafayette, outro lugar para quem tem dinheiro se jogar! Muitas marcas famosas e muita gente, lotada. Pessoas do mundo inteiro com os olhinhos brilhando com tantos sonhos de consumo concentradas num só lugar. O verdadeiro paraíso! RIO SENA O tradicional passeio de barco no Rio Sena, em Paris, é um dos momentos mais marcantes da viagem e romântico também! Os barcos percorrem em ritmo tranquilo, passando por locais famosos de Paris. Se possível, escolha passeios no finalzinho do dia, assim, boa parte do trajeto será à luz do dia; depois, a noite caindo, você verá as luzes surgirem aos poucos, inclusive às luzes da Torre Eiffel. É um espetáculo à parte. Valor do passeio a partir 14 Euros, dependendo do barco e do tipo de passeio. TORRE DE NOTRE DAME A catedral seria dedicada à Virgem Maria. Daí o nome “Notre Dame” (Nossa Senhora). A ascensão é feita apenas por escadas e são 386 degraus apertados e o espaço no topo é pequeno. Não deixe também de visitar os arredores da catedral para observá-la a partir de outros ângulos. Com certeza você achará tão bonito quanto à fachada da catedral. Valor do passeio 9 Euros.


Decidimos contratar uma empresa chamada Conect Paris, para fazer o passeio a Champagne de carro, porque nosso roteiro incluía lugares em que chegar de trem não era prático. Tivemos uma grata surpresa, conhecemos François, um filho de francês que foi a Paris resolver um problema do pai que estava doente, e nunca mais voltou. Hoje ele conta com uma frota de 15 vans de luxo, e o melhor de tudo, seu serviço mais do que Vip, tem um preço justo, pouquíssimo diferente dos pacotes vendidos por agências. Além de François ser uma pessoa maravilhosa, inteligente e agradável, tem uma carteira de clientes invejáveis, como: Abilio Diniz, Ronaldo Fenômeno, Antônio Ermírio de Moraes, Paulo Maluf, entre outros. Ficamos amigos, sendo uma das melhores descobertas dessa viagem. LA VALLEE VILLAGE No caminho passamos por uma Outlet famosa, a La Vallee Village, com as melhores grifes do mundo, com preços diferenciados, não baratos, mas, com algumas promoções que valem a pena conferir. CHAMPAGNE Champagne é uma província histórica da França, cidade linda, com as melhores vinícolas do mundo. No entanto, a região de Champagne produz em grande maioria, vinhos espumantes (brancos ou rosados) chamados simplesmente de champanhe, sem mais especificações. Eles são produzidos obrigatoriamente à base apenas das uvas chardonnay, pinot noir e pinot meunier. MOET CHANDON Conhecemos as caves da Moët & Chandon, em Epernay, é elegante e luxuosa. Optamos pela visita “tradicional”, que oferece duas taças de champagne e custa 19 euros por adulto. A duração total foi de aproximadamente duas horas, com uma passagem pela loja, onde aproveitamos para fazer umas comprinhas, claro! Fomos também a mais duas vinícolas, mas o passeio foi bem rápido, portanto, não tenho muito a falar sobre elas. Conhecemos a Veuve Clicquot e a Champagne Janisson Baradon, onde pudemos degustar o verdadeiro champagne francês! LE JARDIM BRASSERRIE Tivemos o prazer de jantar num castelo encantador também na cidade de Champagne. um restaurante maravilhoso, onde comporta a mais alta gastronomia da França, com uma variedade incrível de vinhos e espumantes, harmonizados com pratos surpreendentes. BRUGES / BÉLGICA Mais uma vez contratamos os serviços da empresa Conect Paris, e com nosso amigo François, fomos a Bruges. Bruges é uma das cidades mais encantadoras da Bélgica, foi eleita a capital europeia da cultura em 2002, juntamente com a cidade espanhola de Salamanca. Para conhecer melhor a cidade tem que ser a pé. O centro é deslumbrante, se não caminhar pela cidade, não vai entender o que ela tem de tão encantador. Tudo é lindo, as pessoas, as lojas, os bares nas calçadas, um sonho. Comemos muito bem, bebemos melhor ainda, a cerveja alemã é uma delícia, e o vinho bordeaux, sem comentários! Infelizmente a viagem acabou, mas foi incrível, deixando saudades e a certeza de que iremos voltar o mais breve possível!!! Au Revoir! Hotel Median in Paris, Porte de Versailles 1 Boulevard Victor, Paris, 75015. France Tel: +33 (0)1 40 60 16 16 - Fax: +33 (0)1 40 60 03 40 - Email Visit Hotel Website Conect Paris François Quemeneur BR Tel: 00xx 33 667932936 FR Tel: 0667932936 reserva@conectparis.com.br www.conectparis.com.br

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GASTRONOMIA | CIRCUITO ENOGASTRONÔMICO

Armazém Guimarães Shopping Riomar/Recife Avenida República do Líbano, 251 Pina, Recife/PE (81)3327-1021 Recife Rua Baltazar Pereira, 100 Boa Viagem, Recife/PE (81)3325-4011 | 3325-3094


Massas, frutos do mar e cortes nobres com saborosos vinhos para acompanhar seu inverno Por Ana Paula Bernardes com colaboração de Pedro Romero

D

ando continuidade ao Circuito Enogastronômico de Pernambuco, o Vinho Club Premium desta edição percorreu quatro restaurantes que os amantes da enogastronomia vão apreciar com a chegada da temporada de inverno. A primeira opção sugerida foi o restaurante Armazém Guimarães, que inaugurou recentemente uma unidade no RioMar Shopping. Conhecido principalmente pelas saborosas pizzas, o restaurante, pilotado pelos irmãos Leopoldo, André e Breno Gama chega ao mall com a mesma receita de sucesso da sua terra natal, Maceió, onde foi eleita por várias vezes seguidas como a melhor pizzaria. Mas não só as pizzas reinam no cardápio. Lá o cliente encontra uma típica trattoria italiana contemporânea com opções de massas (como espaguete, nhoque, fettuccine e ravioli), além de pratos com carne, frango, peixe, camarão e cordeiro e também uma diversificada carta de vinhos. Um dos destaques do cardápio é o Stinco de Agnello, feito com ossobuco de cordeiro e que leva entre outros ingredientes, vinho branco seco, caldo de carne e pomodoro pelati; sendo este o prato indicado para o nosso circuito. Para o presidente do Vinho Club Premium, Rildo Saraiva de Melo, o Stinco de Agnello combina perfeitamente com o vinho Catena, um grande Malbec argentino. O vinho amadurece em barricas de carvalho francês (sendo 20% novas) e americano (sendo 30% novas) e não é clarificado ou filtrado. “É um vinho com concentração e intensidade que oferecem mais do que o esperado”, acrescenta Rildo Saraiva. O Catena Malbec deve ser servido a uma temperatura entre 18 e 20 graus.

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GASTRONOMIA | CIRCUITO ENOGASTRONÔMICO

Camarada Camarão Rua da Hora, 855 Espinheiro - Recife - PE (81) 3034-0827

A segunda parada do nosso tour enogastronômico, foi no restaurante Camarada Camarão, que pertence ao Grupo SECOM. Na casa, a sugestão foi dada pelo chef Renato Castro, que indicou o Grelhado do Mar, um mix de polvo, lula, camarão, mexilhão e peixe, todos grelhados, acompanhados com legumes salteados sobre manteiga de ervas e regados a um azeite aromatizado. Apreciado pela nossa equipe, o prato, que é uma das majestades do cardápio

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da casa, foi harmonizado com um vinho verde português Casal Mendes, presente nas mais valiosas harmonizações portuguesas há quase cinco décadas. Para Rildo Saraiva de Melo, o vinho sugerido é ideal para acompanhar pratos de peixes e marisco, já que possui aroma frutado e suaves notas de frutos tropicais. “Na boca é ligeiramente acídulo, o que lhe confere frescura, mas o final é suavemente adocicado”, detalha. A nossa terceira sugestão é para os


amantes da boa carne. O Vinho Club Premium conferiu de perto o bife de chorizo do Sal e Brasa. Feito com uma peça de contra filé bovino de 1 kg, o corte vem atravessado e servido no espeto de três garfos. A carne é unicamente grelhada com sal grosso quando vai ao forno e o corte possui 3 cm de espessura.

Outra excelente opção que casaria com o prato seria uma massa ao alho e óleo. O Sal e Brasa é uma das churrascarias de maior referência em solos pernambucanos desde sua inauguração, há sete anos, mas também está presente em outros seis estados do Nordeste.

O prato foi harmonizado com um Vista Calma, Malbec 2012 Argentino, da região de Mendonza. Produzido pela família Falasco, possui cor rubi profunda e matizes violáceas, além de aroma com notas de ameixa, profundamente amadeirado. Como acompanhamento, Rildo Saraiva sugere um arroz piamontese da casa, mas o cliente ainda pode saborear a mesa de queijos mais encorpados sugeridos pelo Buffet do restaurante.

A casa é especializada em cortes especiais e sua variedade e qualidade justificam a casa lotada no almoço e no jantar de segunda à segunda. Com capacidade para 650 pessoas, oferece um buffet de carnes completo com mesa de frios impecável e ainda uma adega com 65 variedades de rótulos de várias regiões.

Churrascaria Sal e Brasa Av. Recife, 451-A Imbiribeira, Recife/PE (81) 3339.3125


GASTRONOMIA | CIRCUITO ENOGASTRONÔMICO

Pomodoro Café Rua Alfredo Fernandes, 177 Casa Forte, Recife PE (81) 3314.0530

A quarta e última parada é no Pomodoro Café, que há cinco meses aportou na Zona Norte do Recife, com a mesma maestria que o fez reinar durante anos na Capitão Rebelinho, em Boa Viagem. Com capacidade para 130 pessoas, a casa é regida pelo Chef Duca Lapenda e pelo Gastrônomo Gabriel Theodozio que, após receberem sugestões de clientes saudosistas do restaurante, incorporaram vários pratos que já fizeram parte da história gastronômica do Pomodoro. O nosso circuito provou e aprovou o Polpetone.

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O prato é feito com uma bola de filet mignon, moída em forma de disco, recheada com muçarela, empanada e coberta com um molho de tomate. Para acompanhar, um spaghettini ao sugo. O prato harmoniza com um vinho Montes 2011, do Valle de Colchagua, no Chile. É um blend super encorpado, com 70% de Carbenet Sauvingnon e 30% de carménère, possui aroma de chocolate com vestígios de baunilha, café e butterscotch, indicado para servir entre 17 e 19º C. Com tantas saborosas companhias, que venha então o inverno! Bom apetite para vocês e até a próxima edição!


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TURISMO | EUROPA

SIGA OS PASSOS DOS BEATLES PELA EUROPA Dicas vão muito além de Liverpool e Londres, incluindo Madri, Hamburgo e Paris

Q

uando se viaja para Londres ou Liverpool, Abbey Road ou o The Cavern Club - local onde os Beatles fizeram seus primeiros shows - são paradas obrigatórias para todos os viajantes. Mas para os “beatlemaníacos”, a Hoteis.com criou um roteiro com dicas de tours e outros destinos pela Europa onde se apresentaram e que tiveram impacto na carreira dos músicos. LIVERPOOL Os viajantes podem participar de tours que mostram lugares que marcaram a história do quarteto, como por exemplo Penny

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Lane e Strawberry Fields e as casa onde viveram John Lennon, Paul McCartney, George Harirson e Ringo Starr. Vale também visitar o Beatles Story, um museu que mostra a jornada da banda desde seu surgimento até a Beatlemania. A cidade onde nasceu a banda também é palco da Beatleweek, realizada no final de agosto. O evento recebe bandas covers de vários lugares do mundo, com performances, venda de souvenirs e palestras. Para ter uma experiência completa, a dica de hospedagem é o Hard days Night Hotel, um hotel boutique perfeito para quem ama a banda e aprecia excelente serviço. Diárias a partir de R$ 291.


LONDRES O destino tem uma série de atrações que vão muito além de Abbey Road. Por exemplo, o London Palladium Theater foi local de transmissão da performance de 1963 que, por causa do frenesi entre as fãs, criou o fenômeno da Beatlemania. Outro ponto interessante é o Trident Studios, onde o quarteto gravou “Hey Jude” em 1968. Artistas como Queen e Rolling Stones também utilizaram o local, que é aberto para visitação e oferece visitas guiadas. Vale a pena ir até 3 Savile Row. Esse é o endereço do último show dos Beatles, realizado no telhado da Apple Records, em janeiro de 1969. Se os viajantes quiserem participar do London Walk Day Tour, uma opção de hospedagem próxima da atração é o Marriot London Park Lane, a R$ 915 a noite. HAMBURGO Em 1960, os Beatles foram para a cidade alemã onde ficaram por quatro meses. Esse período é considerado um marco que transformou a banda. É possível fazer tours e seguir os passos do quarteto pela cidade e também conhecer o arco que foi para do álbum “Rock’n´Roll” de John Lennon. Para os mais independentes, vale fazer uma caminhada por Reeperbahn, bairro com muitas casas noturnas onde se apresentavam. Para alguns shows, os músicos ficavam no Hotel am Schloss Ahrensburg que fica em uma cidade próxima de Hamburgo. Hoje para se hospedar no local, o valor da diária é de R$ 222. PARIS A capital francesa foi uma das cidades incluídas na turnê final da banda em 1965. O quarteto de Liverpool tocou no Palais des Sports. O local foi construído em 1960 com capacidade para 4.500 pessoas e tem um dome com a estrutura mais leve do mundo feita de 1.100 painéis de alumínio. Há 50 anos, os Beatles também fizeram muitos shows no Olympia Theatre, a mais antiga sala de espetáculos em Paris. A dica de hospedagem é o hotel Oceania Paris Porte de Versailles, que fica na mesma área do Palais des Sports, com diárias R$ 356 a noite. MADRI Na Espanha, o quarteto teve como palco a Plaza de Toros de Las Ventas, onde fizeram apenas um show. O local é considerado a maior arena do país, com capacidade para 25 mil pessoas, e recebe touradas até hoje. Além de acompanhar a corrida de touros, é possível fazer visitas guiadas e conhecer o Museo Taurino, que passou por uma reformulação no acervo mostrando a história das touradas e, com isso, a do próprio país. Quando os Beatles chegaram a Madri, foram direto para o hotel Gran Melia Fenix, onde ficaram em quatro suítes (123, 223, 323 e 423). A diária sai a partir de R$ 473.

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TERRA SOCIAL POR IZABELLE RINO

FESTA DE LANÇAMENTO DA 28ª EDIÇÃO DA TERRA MAGAZINE

fotos Armando Artoni

Os eventos de lançamento da revista Terra Magazine estão cada vez melhor! Na edição anterior, tivemos a honra de receber na capa o magnífico cantor e compositor Lenine, mas que infelizmente não pôde estar presente no evento por conta de sua turnê. A festa aconteceu no delicioso restaurante Kisu, com a cozinha maravilhosa comandada pelo chef Dylan Koishi. A noite foi animadíssima, e como sempre, contou com a presença dos amigos, parceiros e clientes que sempre abrilhantam ainda mais os nossos tradicionais encontros bimestrais! carmo BARRETO, ana claudia sultanum, claudio barreto e maria irene sultanum

Renata Scherb, YARA SCHERB E AULETE JUNIOR

Dr. Álvaro Dantas e Karla DANTAS

rildo saraiva

Vanessa Tinoco, Rebeka e Damião Guerra

Glaucio e Petronila Brandão

Raquel Figueiroa, Daniel Novais Junior,Selma Vasconcelos e Irla Figueiroa Severo

alessandra miranda E hugo oliveira

rosa izumi e lulu pinheiro

CELIA LABANCA


luciana vianna locio e taciana mendonça

izabelle rino

marcelo siqueira

José Alexandre Cavalcanti E camila araújo

andré porto e Cris Glasner

Fabio Perreli, Leonardo Simões e Michele Queiroz

Flávio e Gabriela sivini

rafael mariano e thais barros

Thais Sulzbach e Lana Valentim

Marivan Costa Gadêlha e Deusa Sampaio

paula queiroz e PATRÍCIA QUEIROZ

Julia costa, mel e guilherme farias

Renata cartaxo e Angelina Miranda


TERRA SOCIAL POR IZABELLE RINO

Fabrizio Giannone apresenta nova coleção no RioMar

Fotos Gleyson Ramos

O movimento Renascentista, a geometria tridimensional e o universo do luxo foram as inspirações de Fabrizio Giannone para criar a nova coleção Geométrico Tridimensional, composta de peças produzidas exclusivamente com pedras brasileiras.

Kelly Brenda e Fabrizio Giannone

Kelly Brenda e Dani e Eduarda Harro

No Recife o lançamento aconteceu na franquia do RioMar, durante coquetel armado pela empresária Kelly Brenda, do qual o designer italiano fez questão de participar.

Frederico Gonçalves, Bruno Macedo e mineiro Zulu

Martha Ramos e Carol Carvalhaes

Andréa Accioly

Amanda Loyo

CarranoCarran Fashion Day passa Evento o Fashion Daypelo Recife Os empresários Sandra e Marcos Boff comandaram, na primeira semana abril, o evento Carrano Fashion Day no Shopping Recife. Com bufê da Arcádia, o coquetel marcou os 27 anos das lojas Myosotis no Nordeste. Entre os convidados do agito fashion, que movimentou o mall durante a noite toda, estavam a estilista gaúcha Bia Morsch, os executivos da Carrano, Patrícia e Ludwig Ely, e vários clientes. Fotos Lulu Pinheiro

Sandra Boff, Marina Costa e Marcos Boff

Bia Morsch

Bárbara Oliveira e Deborah Angeira

Carmen Lúcia Andrade Lima, Graça Pires e Francisca Sarmento

“Vinhos: Sabores e Saberes”

Amanda Loyo, Márcia Vieira e Nina Lacerda

O fascinante mundo dos vinhos tem atraído cada vez mais pessoas interessadas em aprender sobre a bebida. Pensando nesse público, a Casa Modelo promoveu, o Vinho: Sabores e Saberes, um bate-papo sobre a bebida com a sommelier Amanda Loyo, no agradável Pátio Café, para tirar dúvidas e esclarecer.

Silvana Sarubbi, Angela Cysneiros e Cláudio Couceiro



TERRA SOCIAL POR IZABELLE RINO

Lead! na TV é lançado com prestígio no Hot Spot Fotos Paloma Amorim

Eliza Stoski e Marcelo Santos

Joao Marinho e Ze Pinteiro

Um seleto grupo de convidados compareceu ao badalado lançamento do “Lead na TV”, semanal que estreou na tela do SBT/TV Jornal. Carla Bensoussan, diretora da Lead!, e Marcelle Mosso, apresentadora da atração, receberam os convidados no Hot Spot, do chef Armando Pugliesi, junto a nomes como Vladimir Melo e Ivanildo Sampaio, do SJCC.

Marcelle Mosso, Vladimir Melo, Carla Bensoussan e Ivanildo Sampaio

Novo Projeto, jantar inspirado na Itália

Fotos Lulu Pinheiro

Arquitetos do Recife marcaram presença no jantar oferecido pela loja Novo Projeto. Inaugurada no começo deste ano, em Parnamirim. O encontro foi inspirado na região italiana da Toscana.

Sérgio Fontes, Marilu, andréa calabria e guilherme eustachio

paulo azul, GIOVANNI SONDA E ilda sisnando

Aniversário CIS

A marca pernambucana de joias CiS, de Camila Paes Mendonça e Cris Lemos, comemorou cinco anos. A festa super pretigiada, contou com a palestra do colunista Bruno Astuto e animação da Orquestra Bravo.

Zezinho e Turíbio Santos

Camila Paes Mendonça, Bruno Astuto e Cris Lemos

Nizete, Camila e Reginaldo Paes Mendonça

Maria Cecília Paranhos, Leila Berenstein, Camila Paes Mendonça e Sofia Costa

Juliana Lins, Eduarda Petribú e Catarina Vieira



TEST DRIVE - VOLVO V40 CROSS COUNTRY

volvo v40 cross country

Por Claudio Barreto

OFF-ROAD A SEGURO E CONFORTÁVEL

Volvo lançou no mercado brasileiro o novo hatchback premium, V40 Cross Country, versão T5, com design contemporâneo e mais robusto. Equipado com rodas 18” em alumínio, suspensão mais alta em relação ao solo, com tração integral (AWD) e sistema Instant Traction, que permite a melhor tração a partir de uma distribuição automática, tornando as trilhas e terrenos acidentados um desafio a menos, dando ao motorista uma dose extra de aventura.


A transmissão é automática de seis velocidades. Possui um motor em alumínio, 2.0 turbo de cinco cilindros, que rende 210 cv a 6.000 rpm e 30,6 kgfm de torque. Segurança - Equipamentos de série incluem o sistema City Safety, que freia o carro automaticamente na iminência de choque (uma colisão) até 50km/h, sete airbags, freios ABS, sistema de proteção contra impactos laterais (SIPS), controle dinâmico de estabilidade e tração (DSTC) e controle avançado de estabilidade (ASC). Conta também com direção elétrica, teto panorâmico de vidro, bancos de couro e painel digital e personalizável com três opções: Elegance, Performance e Eco. Tem uma tela multifuncional de 7”, sistema de áudio com oito alto-falantes e conexão Bluetooth para iPod e outros. Há Duas versões de opcionais: O High Tech tem assistente de estacionamento com sensor traseiro e dianteiro, GPS, câmera traseira e leitor de DVD.

Com apenas um toque no botão aciona o Controle de Frenagem em Descida (HDC), função que comanda automaticamente a velocidade nas descidas de baixa aderência, permitindo que você enfrente as descidas mais íngremes. Possui o sistema StartStop, que desliga o carro nas paradas. O V40 Cross Country tem retrovisores e molduras das portas com acabamento Black Piano, spoilers laterais que protegem a carroceria de pequenos impactos e faróis xênon adaptativos.

O Safety traz o exclusivo airbag externo para pedestre, sistema de informação do ponto cego, piloto automático adaptativo, sistema de alerta ao condutor, alerta de tráfego lateral, detector de pedestres e ciclistas com frenagem automática, sistema digital de leitura de placas de sinalização e aviso de mudança de faixa. V40 Cross Country aparenta ser um carro para uso essencialmente urbano. Ao pilotar observamos que o motor responde bem as acelerações com seus 30cv a mais que a versão anterior. Em situação de off-road, com buracos, subidas e descidas em dias chuvosos, tivemos a certeza de estar em um carro bastante seguro. 75


TEST DRIVE - SUZUKI BOULEVARD M1500

Estilo

de vida Por Claudio Barreto

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ossuir uma moto para fugir do trânsito congestionado do dia-a-dia é um dilema para muitos. E quando se pensa em dirigir sobre duas rodas na cidade, vem logo a imagem de uma moto de pequena cilindrada, pois criou-se a cultura que moto de grande cilindrada foi projetada apenas para viagens e hobbys de fins da semana. Para desmitificar esta teoria, testamos na cidade uma moto de grande cilindrada, a Boulevard M1500, modelo da Suzuki, com inspiração nas motos long-and-low (longas e baixas) dos anos 1940 e 1950. A Boulevard M1500 desembarcou no Brasil em 2010, totalmente reestilizada com toque de esportividade para substituir sua versão mais clássica. Esta custom tem um visual composto por para-lama traseiro que esconde o amortecedor com suspensão tipo “LINK”, um guidão mais reto, e pedaleiras pouco avançadas que oferecem mais conforto durante a pilotagem. O painel de instrumentos é de fácil leitura, possui rodas de liga leve e um tanque de 18 litros. Com ótimo desempenho e eficiência, e com o tradicional motor DOHC de 4 tempos e 2 cilindros, a Boulevard M1500 tem como referencial seu sistema de refrigeração líquida. Nas motos com medidas exageradas o aquecimento é sem duvida a maior preocupação, mas para a felicidade de muitos, atualmente devido à tecnologia, o desconforto é menor. O problema é encostar a perna no escapamento, pois pode acabar se queimando. A questão de aquecimento ocorre em praticamente todas as motos acima de 300 cilindradas, porém não é de grande intensidade e seja algo capaz de tirar o prazer de andar. A ideia de possuir uma moto de grande cilindrada em sua maioria é de pessoas que estão chegando ou ultrapassando os 50 anos. Em conversa com alguns proprietários, a maioria não esconde que é um desejo da adolescência. A Suzuki Boulevard M1500 é ideal para um passeio ágil e ao mesmo tempo confortável, tanto na estrada quanto na cidade. Curta e aproveite a vida! ONDE ENCONTRAR: F1 Multi Marcas na avenida Conselheiro Aguiar, 498 Boa Viagem, Recife - PE (81) 3445-1848 76|terra magazine


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MODA | EDITORIAL COPA

LOOK acerte no

dos jogos P

atriotismo à parte, a mistura do verde e amarelo parece, à primeira vista, algo bem incomum para o dia-a-dia. Mas, ao contrário do que muitos pensam e dizem, é possível montar um look bem bacana com as cores da bandeira do Brasil. Isso tudo, claro, sem perder o estilo e manter a personalidade. Pensando nisso, a Terra Magazine chamou a consultora de estilo Priscilla Nunes e o maquiador oficial da Yes! Cosmetics, Roger Mansur, para darem dicas de produções com os tons canarinhos. As roupas usadas no editorial são do Extra e as jóias da Lubella e da Fabrizio Giannone. Os produtos utilizados no make up podem ser encontrados facilmente nas lojas da Yes!. Quem estrela o editorial são as it girls Maria Paula Moreira e Kika Leite. Para curtir o clima animado dos jogos em Happy Hour de barzinhos descolados, vale investir em produções mais despojadas sem deixar as cores características de fora. Assim, as camisetas que trazem os tons verde-bandeira e amarelo ouro podem ser usadas com um short jeans básico. Além de uma equilibrada na padronagem da parte de cima, o shortinho traz conforto e sensualidade à produção. Em relação ao make, segundo Roger Mansur, o segredo é carregar nos olhos e maneirar no resto do rosto. Se a intenção é parecer mais sofisticada, apostar nos acessórios coloridos pode render um visual perfeito para quem irá curtir uma baladinha pós-jogos. Os detalhes como sapatilhas e correntinhas temáticas – principalmente elas –, fazem toda a diferença.

Fotos: Giovanni Costa

Para arrasar na maquiagem, o truque é usar uma sombra verde clara cintilante nos cantos internos dos olhos, junto com um pigmento verde musgo na pálpebra móvel para dar uma clareada no olhar. Outra dica é utilizar, rente aos cílios superiores, um delineador em gel e, nos cílios inferiores, uma sombra azul para dar um aspecto mais glamoroso ao visual. E, para arrematar, vale a pena investir num batom nude cor de rosa para não chamar tanto a atenção.

Maria Paula Moreira

Quem não abre mão de usar as camisetas oficiais da seleção ou blusas e jaquetas que trazem a mesma estética esportiva, pode combiná-las com peças básicas de qualquer guarda-roupas saias e shorts jeans, como sugeriu Priscilla Nunes nos looks abaixo. Além da pegada sport, as produções apresentam um ar super descontraído. Isso tudo se deve à utilização dos acessórios nos tons lilases e ao cardigã que, por contrastarem visualmente com


os jeans, garantem uma demonstração de apoio à torcida de forma simples e sem demandar esforços exagerados. O mais importante de tudo: procure dar preferência para peças que você continue usando após essa temporada e ao elaborar as produções nos decisivos dias de jogos, libere a criatividade, experimente novas combinações, ouse, aproveite com um toque bastante fashion esse clima festivo que a Copa do Mundo nos traz, apenas, de quatro em quatro anos. Boa torcida!

Capriche no make Quem é apaixonada por make, sabe que não dá para deixar passar em branco nenhuma ocasião especial sem uma bela maquiagem. E, em tempos de Copa do Mundo, não poderia ser diferente. Nestes dias de euforia e torcida, pode e deve-se usar e abusar das cores marcantes do nosso Brasil sem medo de ser feliz. Embora a dobradinha verde-amarela não seja tão fácil de combinar, é possível, com criatividade e um pouquinho de habilidade, obter um visual sofisticado com essas tonalidades. Para ajudar as nossas leitoras a se inspirar, a Terra Magazine convidou o maquiador oficial da Yes!, Roger Mansur, para criar dois tipos de makes usando as cores da seleção. Ao todo, são dois passo a passo. E os principais destaques são os puros gliteres nas cores verde e amarelo, além das tintas corporais nos mesmos tons da bandeira brasileira. As modelos escolhidas para estrelar o editorial são as it girls Kika Leite e Maria Paula Moreira. Vamos conferir as dicas?

Kika Leite

Make verde e amarelo Kika Leite Maria Paula Moreira Primeiro passo:

Primeiro passo: Utilize a mesma base e os contornos da maquiagem anterior.

Prepare a pele fazendo a higienização e, em seguida, aplique um palm. Logo depois, aplique um corretivo amarelo abaixo dos olhos para neutralizar as manchinhas arroxeadas e, com elas já cobertas, utilize uma base HD e um corretivo da cor da pele para dar uniformidade ao rosto e iluminar. Para matificar a tez, é importante usar um pó compacto que, por sua vez, sustentará todo o make.

Segundo passo:

Segundo passo:

Terceiro passo:

Nas maçãs do rosto, utilize um blush e, nas têmporas, um iluminador para dar um aspecto de saúde.

Já na pálpebra móvel, use uma sombra verde musgo.

Passe um primer (se desejar, mas é recomendado) em toda a pálpebra móvel, deixando-a preparada para receber a sombra. Com ajuda de um pincel, aplique a sombra marrom opaco no côncavo para dar profundidade e, em seguida, uma sombra verde clara cintilante nos cantos internos.

Quarto passo: Nos olhos, aplique, ao invés da sombra, a tinta corporal da Yes! e, por cima dela, o gliter amarelo para iluminar. E, para arrematar, use uma máscara de cílios que vai alongar e dar volume o olhar. Na sobrancelha, o truque é aplicar o Super Brow, da Yes!, para deixálas uniformizadas.

Utilize um delineador em gel rente aos cílios superiores e, com ajuda de um pincel bem fininho, puxe uma linha até formar um olhinho de gatinho. Na parte de baixo dos cílios inferiores, aplique uma sombra azul para dar sustentação ao colorido dos olhos. Para finalizar a parte de cima, use uma máscara de cílios e o Super Brown nas sobrancelhas.

Quarto passo:

Quinto passo:

Para finalizar, use o Batom Caneta Sabrina Sato Soft Brown, de longa duração, que vai dar todo charme ao make.

Por conta do colorido dos olhos, utilize o batom nude rosa na boca e corra para a torcida.

Terceiro passo:



SAÚDE | ACADEMIA SANTÉ

ENERGIA de sobra Empresários pernambucanos mantêm rotina atribulada sem descuidar dos exercícios físicos

Paula Meira

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alta de tempo não é desculpa para descuidar da saúde. Que o digam empresários e personalidades de Pernambuco que, apesar da agenda lotada de compromissos, mantêm um ritmo forte de treinamento na academia Santé Club, em Boa Viagem. Entrevistados pela Terra Magazine, são unânimes em dizer que é justamente do exercício físico que tiram a energia para encarar o dia a dia. Proprietária do grupo Arcádia, ao lado da mãe Celinha Batista, Patrícia Gomes divide seu dia entre escritórios na Imbiribeira e em Boa Viagem, onde acompanha a logística e a área comercial do serviço de buffet das principais festas do Estado, e ainda visita regularmente a cozinha industrial do grupo. Não bastasse isso, comparece pessoalmente a alguns dos eventos e ainda é mãe de três filhos. Ainda assim, há cerca de 20 anos, mantém seu compromisso com a ginástica. “Vou à Santé quatro ou cinco vezes por semana, sempre às 6h30, pois é o único horário possível para mim. É a minha terapia, um momento só meu. Quando não vou, percebo diferença no meu rendimento”, afirma Patrícia. A empresária Paula Meira também passa praticamente o dia inteiro atenta aos pacientes atendidos por sua empresa de HomeCare Interne. O cuidado com a própria saúde, entretanto, é considerado

essencial. “Costumo usar o exemplo da máscara de oxigênio no avião, em que os passageiros são orientados a vestir a própria antes de colocar no outro. É preciso cuidar de si para poder cuidar melhor do outro”, diz ela, que há 22 anos pratica musculação e exercícios aeróbicos quatro vezes por semana, também na parte da manhã. À frente da Construtora Dallas, responsável por dezenas de empreendimentos imobiliários em Pernambuco, Sérgio Arruda não deixa de ir nem um dia da semana na Santé. E ainda encontra tempo para correr três vezes por semana na praia. Para ele, tão importante quanto a rotina de exercícios é o acompanhamento por um nutricionista: “Não adianta querer resultado sem os nutrientes que o corpo precisa. É importante uma alimentação adaptada ao que se busca”. A doceira Lana Bandeira, o nome por trás dos doces servidos em importantes celebrações, considera o exercício físico essencial para a qualidade de vida. Além da musculação, sempre que possível faz a aula de bike para ajudar a manter a forma. “Fico na Santé de 8h às 9h e depois tomo café na lanchonete da própria academia, para começar o dia com disposição”, afirma.

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SAÚDE | CLÍNICA REAVITAE

Celulite A doença do milênio

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celulite é “um termo coloquial para depóstios de gordura e tecido fibroso causando irregularidades na pele que está por cima”; encontrando-se usualmente nas nádegas e partes posteriores das coxas.

CONFIRA ALGUMAS DICAS •

Faça uma desintoxicação no seu organismo. O essencial é adquirir bons hábitos...

Em primeiro lugar você deve analisar seu estilo de vida. A má alimentação, o sedentarismo, a tensão emocional e o excesso de toxinas no organismo contribuem para o aparecimento da celulite;

É importante fazer atividades físicas, como corrida, caminhada, bicicleta ou natação;

Inclua fibras na alimentação. Elas reduzem a fome e fazem o intestino funcionar, ajudando a limpar o organismo;

Evite o sal, doces, gorduras, frituras, refrigerantes, café e todos os alimentos que sobrecarregam o organismo com toxinas;

Reduza a quantidade de carboidratos e tente substituir os alimentos comuns pelos integrais.

Evite comidas pesadas à noite, principalmente carboidratos (devido a redução do ritmo biológico, gastamos menos calorias e, por conseqüência, os excessos viram depósitos de gordura imediatamente);

Evite os alimentos que contém conservantes;

Beba muita água, pois estimulará o bom funcionamento dos rins e do sistema linfático, eliminando as toxinas e líquidos acumulados;

Tomar chá verde aumenta o efeito da drenagem linfática internamente. O chá ativa o sistema imunológico, ativa o metabolismo e eliminar toxinas e o inchaço;

Caracteriza-se principalmente por ondulações da pele, dando a esta o aspecto de casca de laranja. Embora alvo da indústria da estéticia e da preocupação de muitas mulheres, a celulite não caracteriza doença, sendo uma forma natural de o organismo armazenar gordura superficial. As mulheres têm mais tendência a acumular células de gordura, são mais predispostas à celulite que os homens – aproximadamente 90% da população feminina sofre com o problema e mesmo mulheres magras as têm com frequência. A celulite pode ser dividida em quatro graus: •Grau 1 – Sem ondulações ou irregularidades. Ao comprimir a pele, surgem pequenas ondulações e “furinhos”; •Grau 2 – Ondulações e “furinhos” já são percebidos sem comprimir a pele; •Grau 3 – Nódulos claramente perceptíveis. Pode haver dor local; •Grau 4 – Vários nódulos, celulite “dura”. Inchaço, comprometimento da circulação de retorno, pele com aspecto acolchoado. “A celulite reduz a circulação sanguínea e provoca problemas ao nível do metabolismo celular. Alterações hormonais, flacidez, gordura localizada, retenção líquida e má circulação são apenas alguns dos fatores que desencadeiam os tão indesejáveis furinhos. Contudo, na hora de combatê-la, é preciso foco e determinação...” diz a Gabriela Sivini, proprietária da clínica Reavitae. O estresse têm um papel significativo na formação da celulite. Atualmente, tão comum em todas as faixas etárias, é considerada a doença do milênio.

TRATAMENTOS A Drenagem linfática pode eliminar celulite e de qualquer forma preveni formações maiores. Devido a celulite se iniciar com um processo de retenção de líquido que causa a má oxigenação do tecido e o endurece até a formação de nódulos, a Drenagem Linfática manual de uma três vezes na semana, sem pular semana alguma é essencial para eliminar esse “mal”. A drenagem linfática também eliminará o excesso de líquidos e então o ciclo da celulite é quebrado. Além de tudo, esse tratamento tão eficaz, também pode diminuir os sintomas da TPM porque melhora a resposta do sistema circulatório e atuação do organismo para inibir os sintomas.

Serviço: Clínica Reavitae Rua José Hipólito Cardoso Ayres, 225 Boa Viagem, Recife (81) 9247.6636 | 3462.3342

É importante procurar fazer uma avaliação e saber quais tratamentos são mais adequadas. O uso de aparelhos como Cellutec, Manthus, Carboxiterapia e Radiofrequência, associados a drenagem linfática manual ajudam muito para a redução de medidas. A drenagem linfática só deve ser feita por um profissional com qualificação como um fisioterapeuta ou esteticista especilizado. “ As manobras devem ser com toques suaves para que se possibilite o alcance dos líquidos perdidos. Se for feita muita pressão, acontece a obstrução dos vasos e não há qualquer resultado. A massagem precisa ser leve e relaxante”, afirma Gabriela.


SAÚDE | DRA. FERNANDA MOSSUMEZ

Açúcar escondido, gordura aparente

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O que não percebemos na alimentação

á faz algum tempo que existe o hábito de contagem de calorias de um modo geral. Novas leis que regulamentaram a descrição nas embalagens do que consumimos, ajudaram a fazer escolhas mais conscientes do vamos ingerir ou ao menos temos consciência do que estamos escolhendo. Contudo, houve a necessidade de automatização de vários processos na indústria de alimentos diante da chegada de um novo estilo de vida na década de 1950. Estes mudaram a nossa relação com o que ingerimos. Para que a comida durasse mais tempo e também fosse viável a aquisição por um número cada vez maior de pessoas, começamos a apresentar problemas de saúde até então desconhecidos. Existe sim um aumento das chamadas doenças crônico-degenerativas em função de um aumento dos anos que estamos vivendo. Ou seja, vivendo mais , estamos expostos a doenças que antes não davam tempo de aparecer. Aliado a este fato, voltemos um pouco à dieta. A falta de tempo, o corre-corre gerado para darmos conta de tudo que nos é exigido atualmente, faz já com que haja também a liberação de hormônios de forma desordenada. Já falei em outra matéria que pela natureza, precisamos de alguns períodos de jejum durante o dia para que a secreção hormonal seja adequada e nossa saúde equilibrada. Todavia, o sistema de recompensa cerebral quando se ingere alimentos, faz com que esta ingesta também seja feita de forma desordenada, procurando alimentos cada vez mais saborosos e a indústria se utiliza disto para vender. È como se o cérebro se viciasse, entretanto o mecanismo que diminui a ansiedade com a comida, é o mesmo que ativa a sensação de culpa e o ciclo tende a se repetir: ansiedade- recompensa-culpa. Vejo no dia-a-dia, muitos pacientes preocupados com a dificuldade de perda de peso, que de apesar de inúmeros esforços, mesmo com atividade física extenuante em alguns casos, não conseguem reduzir o percentual de gordura. Se voltarmos ao inicio e ao invés apenas das calorias, aprendêssemos a ler os rótulos, já teríamos meio caminho andado. Produtos sem gluten por exemplo, que são usados por celíacos ou pessoas com sensibilidade a proteína nele contida, muitas vezes têm uma imensa quantidade de sódio para realçar o sabor; até mesmo em águas aromatizadas acontece o mesmo.. Daí a queixa recorrente de retenção

de liquido. O paciente realmente procura evitar determinados tipos de alimento, mas não nota a variação de sódio entre os produtos. Além deste vilão, temos que vários produtos independente da quantidade calórica, possuem uma péssima composição no quesito carboidratos e gorduras. Há a necessidade de avaliar se a gordura é saturada ou não. Estas gorduras têm o potencial de aderirem mais facilmente às paredes das artérias, causando propensão a trombos e derrame cerebral, bem como o infarto do coração. Mesmo bons alimentos como o leite de soja variam de acordo com o modo de preparo a quantidade de carboidratos. E em muitos alimentos, até no molho de tomate tem açúcar...Tenhamos em mente o seguinte: todo carboidrato ingerido e que não for usado como fonte de energia imediata, acaba sendo estocado em forma de gordura no corpo. Até as próprias frutas que contêm um açúcar chamado frutose, se consumidas em excesso, vão ser transformadas em gordura, caso não sejam usadas como fonte calórica. Então atenção aos sucos de caixinha e polpas de frutas. Agora tudo isto não é para ninguém se desesperar e não também necessidade de passar horas no cozinha ou pensando no que vai comer. No consultório, tento sempre com o paciente adequar a alimentação de acordo com seu estilo de vida e ensiná-lo a comer mais do que contar calorias. Temos que ter em mente que a necessidade de mudar hábitos alimentares existe e deve ser ajustada ao paladar de cada um ao longo do tempo. Sugiro algumas mudanças simples, como usar caldo de galinha feito em casa mesmo. Nossa, que trabalho doutora!! Nem tanto, ou quer dizer, quase nenhum. Compre uma parte do frango que goste, coloque na panela de pressão com umas folhas de louro ou algo para aromatizar sem sal. Deixe por 20 min enquanto faz outra coisa e depois já tem o caldo como uma boa base para sopa e um franguinho macio para pode ser assado ou guizado de acordo com a sua preferência. Subsititua o suco de frutas por uma limonada com adoçante, passe seus legumes no processador e os deixe na geladeira em potes de plástico que duram até uma semana. Facilita bastante, pois aí é só misturá-los na hora de comer, colocar um molho leve de iogurte e maionese e um arroz para acompanhar ou uma macaxeira que também pode ser deixada cozida de forma prévia por 03 dias na geladeira. Se puder, peguem todas estas dicas e comecem a se alimentar no trabalho. O corpo e o bolso agradecem!

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AÇÃO SOCIAL | ABRIL PRO CORTE

ABRIL PRO CORTE Reúne centenas de pessoas no Parque Dona Lindu A primeira edição do projeto solidário sensibilizou a população a doar seus cabelos em prol de pacientes com câncer

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ma iniciativa solidária que, sem dúvida, entrará para o calendário de evento de Pernambuco. A primeira edição do Abril pro Corte, realizada no dia 27 de abril, reuniu cerca de 500 pessoas, que compareceram ao Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, com um só objetivo: ajudar pacientes com câncer que perderam seus cabelos por causa do tratamento da quimioterapia. Os doadores contribuíram com mechas a partir de 10 centímetros e, ao mesmo tempo, receberam cortes estilizados, penteados, maquiagens e massagens terapêuticas. Cerca de 523 metros de cabelos foram arrecadados e encaminhados ao Hospital do Câncer de Pernambuco para confecção de perucas.

A estudante Fernanda Eduarda da Silva, de 23 anos, que mora em Candeias, Jaboatão dos Guararapes, chamou atenção do público e provocou uma cena emocionante ao anunciar que doaria todo seu cabelo, autorizando a raspagem total de suas madeixas. “Resolvi fazer algo em favor de quem mais precisa”. A estudante estava tão emocionada que mal conseguia falar. Os frequentadores do parque aplaudiram a iniciativa da jovem e consagraram em coro o nome do evento.

Fotos: Marina Gargantini

“O Abril pro Corte superou a expectativa inicial que era de arrecadar uma média de 200 metros de cabelos. A ação foi um grande sucesso e pretendemos repeti-la anualmente. Nosso maior objetivo é poder contribuir com a recuperação de dezenas de pacientes com câncer e elevar autoestima deles”, afirma o idealizador do evento, o visagista e cabeleireiro Walber Marinho. O evento contou com apoio da empresa Hair Fly, Hospital do Câncer de Pernambuco, Senac, GuaraMix e do próprio Parque Dona Lindu. Ao todo cerca 60 de cabeleireiros profissionais e colaboradores se revezaram nos turnos da manhã e da tarde para atender ao público.

A voluntária e coordenadora da campanha no Hospital do Câncer, Maria da Paz com a jovem Fernanda Eduarda da Silva, de 23 anos, que doou todo seu cabelo em prol da iniciativa. As pessoas que chegavam ao Dona Lindu aos poucos iam se unindo ao grande mutirão do bem. Muitos dos que cortavam o cabelo e faziam a doação, logo em seguida, postavam as fotos nas redes sociais, o que fazia atrair mais e mais pessoas ao local. “A ação começou por volta das 8h da manhã e quando já era 16h tivemos que encerrar a distribuição das senhas, pois havia uma enorme fila de pessoas para serem atendidas até às 18h”, explicou a coordenadora e voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer, do HCP, Maria da Paz.

O visagista Walber Marinho e outros renomados profissionais atenderam jovens, adultos, idosos, e crianças que foram doar seus cabelos

De acordo com ela, o Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP) mantém uma campanha permanente para receber cabelos, próteses mamárias, lenços, chapéus e outros tipos de doações. A coordenadora recomenda que pessoas doem, a partir de 15 centímetros de cabelos. “Essa medida é importante para o processo de confecção das perucas, já que alguns centímetros são perdidos quando os fios são inseridos na tela. E quanto mais seguros eles estiverem, mais prolongado será o tempo de uso da peruca”, garante. Quem quiser participar das ações solidárias ou fazer doações a qualquer tempo pode entrar em contato com as voluntárias do HCP pelo telefone: 81. 3217.8236 ou através do facebook utilizando as palavras chaves Rede-Feminina-Estadual-de-Combate-ao-Câncer-de-Pernambuco.


AÇÃO SOCIAL | PROJETO ANJOLUZ MUSIC ORQUESTRA DE CÂMARA

ANJOLUZ FILMES DA SÉTIMA PARA PRIMEIRA ARTE PROJETO ANJOLUZ MUSIC ORQUESTRA DE CÂMARA Música erudita integra as atividades da produtora

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ob a regência do Maestro Josué Vicente, o projeto Anjoluz Orquestra de Câmara começou em março de 2014 com dez crianças e adolescentes, a maioria de bairros periféricos do Recife. Atualmente são 33 componentes, entre os quais o mestre de sopro Hélio Araújo, e três monitores (Náira, Flávio Vicente e Micaelly). A criação de um projeto de inserção de jovens no mundo da música era uma aspiração antiga do maestro Josué Vicente, residente no Alto Santa Terezinha, Recife, com longa experiência em trabalhos relacionados à música. Conhecendo o maestro mais de perto durante os ensaios do contralto, a produtora cultural Zitah Oliveira, da Anjoluz filmes, apesar dos compromissos com a advocacia e o trabalho de coordenação da finalização e lançamento do filme a PALAVRA, se empenhou na formação do projeto, que não chegou a ir para o papel, foi direto para as partituras e instrumentos. Segundo Zitah, o projeto apesar de embrionário caminhará firmemente para uma Orquestra de Câmara, composta pelos membros que atualmente estão nestes projetos e por outros que Deus enviar.

Maestro Josué Vicente

Ao ser indagada sobre patrocínios para o projeto, a produtora respondeu que a Anjoluz, sua família, e alguns amigos mantêm o projeto sem dificuldade e que não quer nenhuma vinculação com instituições políticas, religiosas, ou semelhantes; a liberdade de expressão musical não comporta arestas, antes rompe as barreiras de qualquer tipo de preconceito.

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NEGÓCIOS | MARIVAN GADÊLHA

“NEM SEMPRE CRESCIMENTO SIGNIFICA RESULTADO” Para o Diretor Executivo da rede formada pela Farmácia Roval de Manipulação, Charles Tokarski, crescimento e resultado nem sempre andam juntos, pois é preciso profissionalizar os processos internos e ter paranoia no controle dos custos.

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onhecemos o Charles em 2006, quando coordenamos um projeto de prestação de serviços relativos à otimização e manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade da Roval, através da QSM Consultoria. Já nos primeiros contatos, o jovem executivo nos impressionou pela sólida formação e, sobretudo, pelo seu empenho na busca pela utilização efetiva das mais modernas práticas de gestão. Nos anos que se seguiram, nossa relação profissional se aprofundou, quando a QSM ser tornou responsável pela coordenação da revisão anual do planejamento estratégico da empresa, incluindo o planejamento orçamentário e de fluxo de caixa, o que ocorreu até meados de 2012. Administrador de Empresas com MBA em Gestão Financeira e Controladoria e Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, Charles comanda a Roval à praticamente 15 anos, período cuja busca pela profissionalização tem sido sua principal preocupação. Nesta entrevista realizada nas instalações do centro administrativo da empresa na Rua Gervásio Pires em Recife, procuramos mapear as percepções do empresário sobre o atual momento do seu negócio, frente à dinâmica de crescimento ocorrida no estado nos últimos anos. Os investimentos ocorridos no Complexo Industrial Portuário de Suape, incluindo a Refinaria Abreu e Lima e o Estaleiro Atlântico Sul, entre outros, já se refletiram em crescimento efetivo no seu negócio? Nem sempre crescimento significa resultado. As vendas efetivamente melhoraram, porém, até recentemente, nosso crescimento sempre vinha associado a uma elevação significativa nos custos. Na prática, nossa melhoria de performance não se deve exatamente ao crescimento do estado. Na minha percepção, a profissionalização que vem sendo realizada em nossos processos internos, nossa paranoia no controle dos custos e o reposicionamento de nossa marca, tem tido efeito muito mais importante, principalmente se considerarmos tudo isso associado ao nosso exercício continuado de previsibilidade. Para que se tenha uma ideia, nossos cenários para o período da Copa do Mundo e relativo às eleições foram traçados desde o ano passado. Como você vê esses investimentos, incluindo aqueles em andamento na estruturação dos polos automotivos, farmacoquímico e vidreiro na região de Goiana, no crescimento do seu negócio nos próximos anos? Terá relação direta com o nosso crescimento, em função do fortalecimento de toda a nossa cadeia produtiva. Na minha visão, como tendência, Recife deverá se caracterizar economicamente como centro geográfico do nordeste, embora muitas obras de infra-estrutura já planejadas, assim como muitas outras ainda não enxergadas como necessárias, precisam ser realizadas. Estar em Recife nessa nova fase será um extraordinário exercício de competitividade, pois novos players surgirão com força,

capitalizados e preparados, de forma que precisaremos de um “olho” mais atento para o sudeste, para nos prepararmos para essa competitividade. O crescimento do PIB de Pernambuco em 2013 foi de 3,5% e o do Brasil de 2,3%. As projeções para 2014 são de 3,4% para Pernambuco e de 1,67% para o Brasil, qual é a sua leitura desta projeção frente à dinâmica que vem ocorrendo no estado? Acredito que Pernambuco já está descolado do Brasil, principalmente em função dos grandes investimentos na região. Além disso, a operação de muitos destes investimentos que já ocorreram, começa agora a entrar em atividade. Esse distanciamento do crescimento do país deverá se manter pelo menos pelos próximos dez anos, assegurando um ambiente extremamente vantajoso para os negócios. A ROVAL vem pautando seu crescimento em planejamento estratégico e de fluxo de caixa de forma diferenciada. Poucas empresas em nossa opinião, conseguem perseguir o atingimento de suas metas orçamentárias de forma tão disciplinada. Neste contexto, quais seriam as principais diretrizes estratégicas da organização para os próximos dois anos? Foco em poucos objetivos e energia concentrada, com base principalmente em nosso planejamento estratégico, cujo fluxo de caixa já foi simulado até 2016. Nesse contexto, o nosso manual de bordo, documento de uso rotineiro de todos os nossos gestores, que apresenta em linhas gerais nossa identidade, nossos principais indicadores, assim como os pilares e os fatores críticos para o nosso sucesso do planejamento, tem sido um instrumento extremamente importante. Vale salientar que todo esse trabalho não começou agora, a empresa vem exercitando e melhorando continuamente seu planejamento estratégico a mais de oito anos. O planejamento de fluxo de caixa de longo prazo já tem pelo menos quatro anos. A revisão do nosso planejamento estratégico já tem data marcada, se iniciará em junho deste ano. O mercado já esperava o lançamento da marca ROVAL como franquia há algum tempo. Isto ocorreu em 2011. Você acha que o lançamento ocorreu no momento certo? Sim, pois apesar da maturidade para replicação de nosso modelo de negócio, precisávamos compreender melhor como funcionaria o franchising integrado à nossa estrutura gerencial. Além do exposto, por se tratar de um segmento tão específico e regulado, saúde, nossa política para o estabelecimento de parcerias com franqueados é extremamente seletiva, buscamos parceiros em cuja composição societária, hajam farmacêuticos efetivamente envolvidos na operação do negócio. Essa política tem nos assegurado um crescimento lento, porém efetivamente sustentável. Estamos extremamente satisfeitos com os resultados.


Charles Tokarski, Diretor Executivo da Roval

Como resumiria a sua visão sobre os desafios empresariais dos próximos dois anos? Precisaremos mais do que nunca, de nos preocuparmos com planejamento, gestão e qualificação. Minha preocupação com capacitação, nos tem levado a praticar de forma sistemática na empresa a educação continuada e, depois de tantos anos focado na gestão do negócio, estou estudando farmácia. Nesse contexto será necessário ainda um forte olhar para fora, para nossos

competidores em outras regiões. Muitas empresas ainda vão chegar. Precisaremos exercitar cada vez mais a competitividade num nível muito mais elevado em relação ao que estamos acostumados. Em meio a tudo isso, precisaremos ainda enxergar que a atividade empresarial precisa fazer sentido para as pessoas que fazem parte dos nossos negócios, que a preocupação com os impactos socioambientais de nossas atividades, produtos e serviços precisa permear todas as nossas discussões estratégicas. Contato: charles@farmaciaroval.com.br

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EVENTO | EQUIPOTEL NORDESTE

Equipotel Nordeste 2014 Supera expectativas e evidencia o desenvolvimento do segmento de hotéis, bares e restaurantes na região nordeste

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onsolidando-se como maior feira regional de negócios que fecharam um volume de estimado em R$ 1,3 milhões em no segmento de hotéis, bares e restaurantes, a Equipotel negócios futuros. Representantes de hotéis como Vila Galé, Nordeste 2014 encerrou sua quarta edição com chave de Transamérica, Jangadeiro, Portal de Gravatá e Porto de Armação ouro, evidenciando o desenvolvimento econômico da Região foram apresentados a empresas fornecedoras de produtos do Nordeste. Durante os três dias, a feira recebeu aproximadamente setor de movelaria, enxoval, decoração e tecnologia. “A Rodada 13 mil visitantes que lotaram os corredores do Pavilhão de Feiras do de Negócios, é uma oportunidade excelente para que as empresas Cento de Convenções de Pernambuco para conhecer as novidades conheçam fornecedores de diversos Estados”, disse Gabriel do setor de hotéis, bares e restaurantes. Cavalcanti, coordenador da Rodada. Entre os destaques apontados pelos Para o empresário Danilo Pedrosa (Hotel Mais de 13 mil pessoas participantes estão: a realização da Rodada Manibu), a feira foi um evento muito visitaram a feira que de Negócios em parceria com o SEBRAE-PE positivo para a economia do Estado. “Para apresentou novidades e a Associação Brasileira de Compradores nós, empresários no setor de hotelaria, para Hotéis e Restaurantes (Abracohr); da é um privilégio ter um evento como para o setor. Arena Gastronômica com o Gourmet Show, esse em nossa cidade. E um evento já o Drink Show e o Espaço Brasil Sabor em parceria com a ABRASELconsolidado no Recife. Já faz parte do nosso calendário. Este ano, PE; a Equipotel Conference com a ABIH-PE e o Hotel Prime Show, acho que demos um salto em qualidade. A feira esta cada vez mais projetada e coordenada pela Carlota Comunicação. “A participação profissional, com expositores de qualidade nacional. Repito. É uma e o empenho dos presidentes e diretores das entidades envolvidas honra ter um evento como esse aqui”, destacou. foi fundamental para atingirmos o sucesso alcançado”, afirmou Paulo Octávio Pereira de Almeida, vice-presidente da Reed Também participaram da Rodada representantes de outros estados Exhibitions Alcantara Machado – organizadora do evento. como: Beach Park (CE), Jatiuca Hotéis e Resort (AL). De acordo com Izabel Francisca, analista de turismo do SEBRAE-PE a experiência Somente na Rodada de Negócios foram realizadas mais de 90 foi bem sucedida. “Essa foi a primeira vez que participamos com reuniões com a participação de 12 empresas compradoras uma rodada de negócios dentro da Equipotel e a nossa avaliação

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vendidas. Vendemos também 10 máquinas de salgados da marca Indiana durante a feira, os valores dessas máquinas variam de R$ 29.900,00 a R$ 36.600,00. Este ano a Equipotel Nordeste me surpreendeu. O público foi muito focado e veio para comprar.”

A Terra Magazine marcou presença no evento Equipotel com espaço assinado pelo design Paulo Azul. Agradecimentos especiais: A.Carneiro Home, Art Garden, B&M, Bianco Quiaro, Cafemaq e Giovanni Sonda. é muito positiva foi uma oportunidade muito rica”, afirmou. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Pernambuco, Eduardo Cavalcanti, o sucesso da quarta edição da Equipotel Nordeste é decorrente do fato de os organizadores terem ouvido os empresários do setor. “Isso se refletiu na participação do público, nas palestras, na arena gastronômica e em todos os espaços da feira. A Equipotel apresentou as novidades que o empresário do setor desejava”, afirmou destacando a realização do Hotel Prime Show como um dos espaços inovadores desta edição. Para o presidente da ABRASEL-PE Valter Jarocki, a Equipotel Nordeste esse ano “marcou um golaço” pelo formato diferenciado da Arena Gastronômica que reuniu 20 chefs renomados entre eles o francês Laurent Suaudeau, no Drink Show, nove barmen se apresentaram e no Espaço Brasil Sabor, tivemos uma grade interessante de consultorias, palestras e workshops com um formato bastante diferenciado. “Isso encantou muito as pessoas. Estão todos de parabéns”, concluiu. Entre os expositores a satisfação também podia ser percebida. “A feira foi muito boa. Fizemos bons negócios. Atendeu nossas expectativas, sim. O público era o esperado, era o que nós imaginávamos. Bem específico. Foi uma excelente oportunidade de abertura de negócios”, afimou Paulo Cesar Rebelo, gerente comercial da Pan Cristal. O resultado também superou as expectativas de para Paulo Barreto, diretor da Kallanga. “Todas as máquinas de biscoito italianas portáteis que trouxemos foram


LANÇAMENTO LIVRO

A CORTE INFILTRADA Por Marcus Prado

Na sua obra A CORTE INFILTRADA, a autora pinça a trama com curiosidades desconhecidas da maioria da população acerca do modus operandi do Crime Organizado no Brasil, como no momento em que um código numérico é encontrado na cena do crime, e que, no decorrer da narrativa, o protagonista desvenda o enigma recorrendo justamente ao padrão utilizado (na vida real) pelo Primeiro Comando da Capital para se comunicar, em código, com outros integrantes da facção.

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Num segundo momento, um dos personagens revela, de modo despretensioso, o modo como os bandidos conseguem fazer os celulares funcionarem dentro dos presídios apesar dos sofisticados sistemas bloqueadores de ligações celulares. Ainda num outro diálogo, grandes autoridades nacionais discutem medidas efetivas para combater a corrupção e, num jogo sutil de palavras, as ideias mais arrojadas são


Há cerca de 40 romances policiais mais vendidos no Brasil de 2000 a 2013 – nenhum se compara, em qualidade, trama ficcional e constituição narrativa, ao livro de Andrea Nunes. A autora ousou mais, ampliou o gênero. /////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// sobrepujadas pela gama de interesses dos integrantes da cúpula do Poder. Institutos como a Delação Premiada, meritocracia nas escolhas dos ocupantes de cargos públicos e transparência nos gastos governamentais, também são colocadas em debate, mas tudo sob a roupagem de um romance policial de tirar o fôlego, tendo como fio condutor o mistério, o romance e a aventura, que prendem o leitor até a última página. Com as palavras de Andrea Nunes, o livro move-se mais à vontade. A CORTE INFILTRADA foi um livro escrito em um ano e meio. Primeiro, foram as pesquisas sobre o tema central, o que costuma tomar muito tempo. Depois a definição dos protagonistas, um trabalho mais subjetivo, que exige sensibilidade e técnica literária. A montagem da trama vem em seguida, começo, meio e fim. Os personagens e capítulos secundários vão se agregando por adensamento e aos poucos, como peças de um quebra-cabeças. Foi um trabalho árduo, mas fascinante. Como foi dado o início da criação de A CORTE INFILTRADA? ANDREA NUNES - Não tenho um propósito ou inspiração específica para começar a escrever. Simplesmente vão germinando em minha mente ideias sobre pessoas e fatos que eu gostaria de ver retratados em uma trama, então o livro vai nascendo. Escrevo o que eu gostaria de ler. O livro teve uma complexa trama ficcional e algo mais. Não é um Auguste Dupin em nova roupagem. Edgard Allan Poe seria um leitor fervoroso desse romance, imagino. ANDREA NUNES – Sim, A CORTE INFILTRADA é um livro de ficção. Mas traz diversas informações reais acerca da infiltração do crime organizado nas instituições públicas. Além do mais, foram inseridas na trama diversas curiosidades que a população desconhece acerca das organizações criminosas, tais como: os códigos numéricos usados na vida real pelo Primeiro Comando da Capital para a comunicação entre os seus integrantes, as técnicas para neutralizar bloqueadores de celulares dentro de presídios, quais as consequências no mapa da criminalidade do crime organizado depois da ação das UPPs nos morros cariocas,

os novos segmentos e locais de atuação, enfim, estratégias e manobras políticas que o crime de elite usa para se reinventar no Brasil. O livro, muito diferente do apenas policial, é também polêmico. Daí a sua originalidade. Segundo Tzvetan Todorov, em “Os gêneros do discurso” (1970), o gênero policial tem normas próprias, que devem ser respeitadas. Quando se quer inovar, não é necessário transgredir as regras, mas sim adaptar-se a elas. Todorov explica que toda obra literária não é jamais “original”, pois participa de uma rede de relações entre ela mesma e as outras obras do mesmo autor, da mesma época, do mesmo gênero. Em perfeita consonância com o grande mestre, Andrea Nunes não transgrediu, ela inovou. ANDREA NUNES - Entendo que o romance policial contemporâneo não precisa só de uma boa trama. Nosso primeiro livro nessa linha, O CÓDIGO NUMERATI, alcançou diversas vezes o primeiro lugar entre os cem mais vendidos de ação e aventura da amazon.com porque já tinha essa preocupação, presente em A CORTE INFILTRADA: trazer ao leitor, além de uma história envolvente e divertida, informações atuais sobre temas polêmicos, reflexões sobre alguns paradigmas da Modernidade e um enredo detalhado e coerente. Os leitores merecem esse esmero de nossa parte. De onde partiu a ideia de envolver a ciência neurológica na sua trama policial? ANDREA NUNES - A ideia de escrever sobre a evolução da ciência neurológica veio quando, numa feira literária, autografei meu outro livro no mesmo stand do autor e cientista Miguel Nicolelis, que na ocasião divulgava seu livro “Muito além do nosso eu”, sobre os avanços do estudo e domínio do cérebro humano. Comentei com ele que desejava escrever um livro de ficção sobre esse tipo de coisa, e ele disse que era uma ideia interessante. Fiquei extremamente gratificada pela boa recepção que o livro teve de nomes consagrados como Raimundo Carrero e Marco Túlio Costa, ambos escritores consagrados e premiados com o Jabuti. São pessoas criteriosas e sérias, além de artistas extraordinários. Divulguei seus comentários sobre a obra na contracapa do livro para mostrar às pessoas que é possível, sim, fazer romances policiais empolgantes sem descurar da excelência na técnica literária.

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Andrea Nunes, além de escritora, é titular da Promotoria de Justiça de combate à corrupção do Recife. Por conta de sua formação profissional, teve treinamento em espionagem e contato com órgãos de inteligência, além de ter um conhecimento específico sobre o submundo da criminalidade. TERRA MAGAZINE | 91


CULTURA | SOM DA TERRA

O SOM Norte da Mata

Por Daniela Câmara

A

mata norte do estado está em voga. Novos empreendimentos surgem na região. Fábricas, indústrias, além de outras atividades que geram empregos no lugar. Mas a moda maior está no cenário cultural. Antes de citar qualquer movimento artístico, é obrigatório falar dos antigos movimentos culturais daquela localidade.

Zé Torres, tornou-se ponto de cultura, mas extinguiu-se por falta de apoio. O Bar Choupana, ponto de encontro de músicos de Carpina é atualmente o Bar da Rinha. Na literatura é notável o movimento poético Silêncio Interrompido de Goiana, de André Pina e Geisiara Lima, o trabalho da produtora Mary Lemos, que recentemente promoveu intervenções com artistas plásticos de lá.

Segundo o baterista tracunhaense Sidclei, entre os anos 80 e 90 Os músicos e poetas J. Bringa, Anderson Coelho e Endreson Ribeiro, que declamam suas poesias na Sambada de Baé, dão um charme surgiram diversos festivais de música na região. O Gabiru Rock especial ao evento. Há também Os Meninos do Coco do Pantel, que Festival em Timbaúba, Guaiamum Rock Festival em Goiana, em Carpina o Festival Noite do Rock, além dos movimentos de skate já participam de cursos de elaboração de projetos, entre outros. e grafitti, até a literatura, a dança e a poesia. Em meio a esse “Essas pessoas estão se preparando. Tem uns caras que fazem solda em carro de dia pra sobreviver, mas movimento duas bandas influenciaram “A terra do maracatu é toda que por terem sido criados na cultura de raiz, uma geração. As bandas Zabumba eles sabem fazer gonguês de maracatu. São Mundi e Zefa Deão, da década de a mata norte, sendo que 90, que tocavam cirandas rockeadas, pessoas que trazem eventos para cidade como cada município tem sua produziam um som original tomando Serginho da Burra, defensor da cultura popular ares do que seria a música das bandas da identidade, suas riquezas” e apresentador dos festivais daqui. Ele é um contemporaneidade da zona da mata. agitador cultural”. Sidclei Bandas como a Moenda de Goiana, Insano de Timbaúba e a famosa Hannagorick, uma dessas notáveis bandas da década de 90, que fez sucesso na Europa. Seu último disco foi produzido por Zé da Flauta, em um belo tributo a Alceu Valença. Nesse ritmo surgiram outros festivais. O Encontro de Repentistas de Carpina, Buenos Ayres e Itaquitinga, além de um festival chamado Agosto pra Tudo, também de Carpina, que tem como organizador Carlos Melo. O Festival Aláfia de Goiana, idealizado pelo jornalista

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O Encontro de Maracatus de Nazaré da Mata surgiu na década de 60, em Tracunhaém. Acontecia na terça-feira. “A terra do maracatu é toda a mata norte, sendo que cada município tem sua identidade, suas riquezas” afirma Sid. “Cada lugar tem sua cena e só sabe quem frequenta. As sambadas de maracatu sempre existiram, o comportamento do povo foi de sempre ir às sambadas. Quem ia era a classe pobre. E os mestres de maracatu até hoje honram a bandeira do seu grupo. No maracatu existe esse lema. Por ela eu vou até o fim. Morro por ela, a bandeira. Isso é bonito de se ver”.


Segundo os caboclos brincantes de maracatu rural, nos cruzamentos de bandeira, os caboclos brigavam até a morte. “Na minha infância vi Zé de Bila se avultando, pulando de costas de dentro de casa e sumindo no canavial. Enterro de caboclo é cercado de vários outros caboclos, a família se distancia. O terno fica parado sem ninguém tocar. E eles soltam fogos que simbolizam a passagem do caboclo pra outro lugar, outra dimensão. A gente não entendia como o Caboclo Zé de Rosa suportava um surrão tão pesado. Quando ele botava a roupa já incorporava e dançava. Era um personagem”. Por isso surgiu o Cruzeiro da Bringa, tão citado nas composições dos músicos que conhecem a região, a exemplo de Siba Veloso, que cita o cruzeiro em uma de suas músicas no disco Siba e a Fuloresta. É uma encruzilhada de canavial, onde os maracatus se cruzavam nas disputas de caboclos. Quando um morria, lá mesmo eram enterrados. Lá fizeram uma capela e um cemitério. Hoje os cruzamentos de bandeira não têm mais essa característica violenta, mas o Cruzeiro da Bringa continua no local. Pernambuco tem uma infinidade de ritmos, todo mundo sabe. Mas na Mata Norte, além dos grupos tradicionais de coco e maracatu, a zona canavieira surpreende em diversidade, tanto com grupos de jovens coquistas que mantém a tradição com um novo olhar, quanto com as bandas de Rock e demais estilos que despontam na região. Não é à toa que tantos artistas buscam inspiração nesse celeiro cultural. A zona da mata pernambucana produz sons distintos, sem esquecer a cultura de raiz em suas letras. Os sons não se resumem ao maracatu de baque solto.

sincopado, primo do samba. Sua música une o coco litorâneo com os traços sonoros da mata norte. Mano começou escrevendo poesia e depois passou a pegar no pandeiro. Filho de um coquista e artesão da terra, tocou com Maciel Salu, Zeca do Rolete e Mestre Juarez. Agora o cantor vai divulgar seu trabalho, pois terminou a gravação do seu EP. A banda Tercina, também de lá, faz um som instrumental com os ritmos locais acrescidos do jazz, samba e salsa buscando assim, possibilidades musicais. Dona Zeca do Coco é uma jovem coquista de Limoeiro, que vem desenvolvendo um trabalho intenso na cultura local. Através do coco, ela afirma a sua etnia e origem. “A cultura de raiz me fez despertar para a minha identidade negra”. Todos esses músicos caminham juntos, mesmo em cidades distintas da Mata Norte. Eles bancam tudo e se unem para viabilizar a cultura local. Muitas vezes são reprimidos pela polícia nas sambadas e ensaios de maracatu. No Tipóia Festival por exemplo, isso acontece todo ano. Sidclei chama a ação de Lei do “Psiu”. Mano de Baé tem dez anos de carreira. Sid, 20 anos. É um trabalho de resistência feito por músicos com formação, a exemplo do clarinetista Haroldo César, que além do clarinete, toca percussão e é exímio arranjador. Felipe Silva toca trombone em grupos e bandas assim como Haroldo. Ambos são formados pela escola de música de Nazaré da Mata, a Capa Bode. Eles tocam na Banda da escola, a Banda Musical Euterpina Juvenil. Felipe estuda música na UFPE e diz que “Quem é da mata norte, já nasce escutando os sons de chocalhos dos surrões. Beber dessa fonte é só questão de tempo”. Além deles, o baterista Del Batera, que com apenas 23 anos toca na Homem de Barro e Tercina, além de dar aulas de bateria à crianças de Tracunhaém nos finais de semana. Durante a Del sai da terra natal para estudar artes raiz me fez semana, visuais em uma faculdade em Olinda.

A banda Lambaero Punk versa temas sociais e existenciais do homem contemporâneo que habita a zona canavieira, tendo como base os suportes “A cultura de dos ritmos de raiz, a exemplo do maracatu despertar para a minha de baque solto. Elas fazem o punk rock sem esquecer sua referência musical. Já a banda Além dos antigos grupos de raiz, o Coco do identidade negra” Ticuqueiros surgiu no cenário pernambucano Mastigado de Eliú Leão e Ivyna Barbosa, também Dona Zeca do Coco em 2001 e seu nome faz alusão ao homem de Nazaré da Mata, Jel do Coco de Tracunhaém, que limpa a área de plantio da cana de Coco do Pantel de Paud’alho, o grupo de dança açúcar em sua entressafra; um passeio entre o rock e o maracatu. A Maraca Barro, e uma infinidade de grupos de maracatu dessas Rubros e Turvos faz um Rock´n Roll com composições próprias, com cidades. destaque para a música “ônibus”. Além de todas essas, destacase a Homem de Barro, a qual os músicos tocam maquiados com Os músicos já consagrados Siba Veloso e Maciel Salu abriram essas o barro natural de Tracunhaém, em um trabalho que imprime a portas, mas novos grupos surgem e novos movimentos estão cultura local com autenticidade. acontecendo nessas cidades. Na música, na poesia, nas artes. Há décadas os movimentos culturais da região nascem e por vezes Quando se fala da cultura de Tracunhaém é uma obrigação falar morrem por falta de fomento e reconhecimento a um trabalho do talento de Sid Batera, músico virtuoso, que contribuiu para essa de gerações, que ressalta os valores da cultura original. E como reportagem. Sid, com seu instrumental intitulado “Sid 3 Sacrifício autênticos pernambucanos, esses artistas resistem. Não é uma e Fé”, em breve irá prensar o disco gravado no estúdio Casona em questão de tempo, o que falta é boa vontade e apoio à cultura Candeias-Jaboatão. O CD foi produzido em parceria com o músico local. e produtor Bactéria. São 12 faixas com músicas autorais marcadas por arranjos de metais, além de um time de grandes músicos como Mas quem sabe a iniciativa privada consegue enxergar a Juliano Holanda, Caçapa e Siba Veloso. possibilidade de abraçar a sustentabilidade cultural do local, já que está vindo explorar seus negócios na mata norte? Vamos aguardar Sid começou a carreira saindo do interior para frequentar aulas no para ver. A arte pulsa por aquelas bandas, só falta sensibilidade e conservatório de música. Não é novidade que ele promove há 14 reconhecimento para que haja a verdadeira integração. anos o Tipóia Festival. Ano passado o projeto foi contemplado pelo Funcultura, mas ainda falta apoio da prefeitura local. Serviço: Contato da produção local- (81) 73065451. O coco de Mano de Baé tem caráter de Samba de Latada. É o coco

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COM A PALAVRA | CÉLIA LABANCA

CARTÃO VERMELHO E

xatamente isto! Cartão vermelho para a desesperança, para o desânimo, para o pessimismo, para a mentira, para o denuncismo, a desinformação, o abandono, o desamparo, a corrupção, o preconceito de qualquer viés, o sofisma, o derrotismo, a burocracia, a demagogia, e para a injustiça – mesmo que eu reconheça que numa democracia cabe tudo isto. Cartão vermelho também para quem não tem visão crítica, que significa a capacidade de analisar a realidade sem dependências emocionais contextualizando com balizamento, e com seriedade, todos os acontecimentos, e os fatos naturais que nos cercam no dia a dia. Denota ainda, reconhecer que as verdades estão acima, e além das instabilidades, das relatividades, das convenções, ou das circunstâncias. Pois é... Somos o único país que participou de todas as Copas do Mundo, e fomos cinco vezes campeões delas. Estamos então a pouquíssimo tempo de uma festa gigante. Dela, de sua beleza, emoção, contentamento. Tudo, independente, do que nos disse a BBC Brasil que entrevistou autoridades e especialistas para tentar desatar os nós das polêmicas que existem em todos os países que as recebem: “a comparação entre países é complicada por uma série de razões”, como explicou Holger Preuss, Professor de Economia do Esporte da Johannes Gutenberg University, na Alemanha, que estudou o impacto econômico das últimas Copas, e segundo ele, “nem sempre os governos realizadores delas, disponibilizam seus gastos”. “E mesmo que o façam, as prestações de contas não são padronizadas, o que dificulta qualquer comparação, mas o importante é que a despeito disso, dão lucro”, afirma o professor. De fato, um extraordinário evento, considerado o maior do planeta: o mais midiático, o que envolve o maior número de pessoas do mundo inteiro num só país, ao mesmo tempo, mesmo que não sejam presenciais. E leva a todos eles onde aconteceu, até aos mais problemáticos que os nossos lucros inestimáveis, sejam indiretos, diretos, ou induzidos às suas economias. Mesmo assim, a celeuma em torno da Copa do Mundo no Brasil, tem gerado desconfortos enormes. Tem gerado uma batalha que considero inteiramente vã. Até porque, tem servido para justificar vandalismos, quando nós mesmos fomos responsáveis por ficarmos calados tanto tempo, num tempo em que já se podia reivindicar sem excessos, e sem violências. Acho que está acontecendo tantas incompreensões e insatisfações aqui pela falta de informação detalhada à população por parte do governo federal, e talvez também, pela desinformação geral em se confirmar os números, e se ouvir os pronunciamentos oficiais. Podemos citar, já que não teríamos outros parâmetros, a Copa das

Célia Labanca Escritora celialabanca@outlook.com

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Confederações que fizemos há pouco, que de acordo com a pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), gerou um movimento de R$ 20,7 bilhões, e que a expectativa é de que a Copa do Mundo chegue a R$ 30 bilhões. Ou seja: a Copa das Confederações rendeu R$ 9,7 bilhões ao PIB brasileiro, o que foi um sucesso. O mesmo será se as projeções para a Copa do Mundo se concretizarem, sendo que os efeitos na economia serão ainda mais fecundos se formos campeões. Já há inclusive dados oficiais e estudos de consultorias internacionais que provam que organizar a Copa só traz benefícios ao país que a promove. Recentemente, a Rússia anunciou que seus gastos para o evento de 2018 devem ficar em mais de R$ 35 bilhões, por exemplo, somando-se as obras de infraestrutura básica e mobilidade urbana. Enquanto a previsão do nosso comitê organizador é que sejam investidos para os mesmos fins, um total de R$ 28,1 bilhões. Vamos então, esperar a prestação de contas. Qualquer coisa antes disso, é precipitação! Ora, sempre ouvi dizer que roupa suja se lava em casa. Portanto, protestos urbanos, têm hora. Assim como o desvio de qualquer dinheiro público tem lugar, e é questão do Ministério Público. O que não quero dizer que nos calemos na hora certa, nem que abramos mãos de nossa visão crítica enquanto cidadãos, muito mais, porque somos capazes de identificar tudo que nos falta, seja na assistência médica, no transporte, na educação, na mobilidade, na falta de infraestrutura, e mais em outros tantos itens que são inadequados a um país grande e belo como o nosso. Mas isto não implica em violência, isto não pode nos levar à barbárie. Não deve nos tornar inconsequentes. Quem vem de fora, só merece de nós bom trato. E assim, nós estaremos fazendo a festa, celebrando unidos todas as conquistas que viermos a ter. Vamos então, rumo ao hexa. Pois como disse alguém: hexa é luxo! E, um sonho sonhado junto, se torna realidade. Nós o merecemos. Portanto, que a nossa Copa tenha a nossa cara. A cara da nossa alegria, da nossa solidariedade, do nosso afeto, todos bem brasileiros, e que em outubro, sim, cobremos de quem nos deve o que queremos.


LETRAS DA TERRA | SELMA VASCONCELOS

Iluminuras

“Futebol se joga no estádio? Futebol se joga na praia, futebol se joga na rua, futebol se joga na alma” Carlos Drummond de Andrade

Cultura | livros | autores O SONÂMBULO AMADOR

O escritor José Luiz Passos, pernambucano de Catende, com seu novo romance, O Sonâmbulo Amador, arrematou o prêmio Portugal Telecom 2013, e o prêmio Brasília de literatura 2013. A partir do título, o livro sinaliza para um contexto de oscilações da percepção da realidade, próprias ao estado de sonambulismo. O personagem principal do romance é construído a partir de suas vivências anteriores, povoadas de frustrações, pelo defeito físico que carrega, pela constelação familiar fraturada e pela dor maior da perda do filho adolescente. Em determinado momento da vida, Jurandir entra em um quadro psicótico que o leva a internação em clínica psiquiátrica. Lá, o médico assistente toma como instrumento a escrita do personagem sobre suas memórias para equilibrar suas frustrações e fazê-lo “retomar o prumo de sua vida e

QUANDO É DIA DE FUTEBOL

Carlos Drummond de Andrade, uma das brilhantes vozes de nossa poesia, também teve um percurso importante como cronista. No gênero, publicou em jornais e dedicou muito de seus textos à “paixão nacional”: o futebol. Em tempo de Copa no Brasil, a Editora Companhia das Letras, tem a oportuna iniciativa de reeditar o título “Quando é dia de futebol.Trata-se de uma coletânea de crônicas e poemas do escritor mineiro publicados inicialmente no Correio da Manhã e Jornal do Brasil. Nosso esporte favorito é observado de vários ângulos desde as alegrias e dores do torcedor apaixonado, às manifestações de massa e narrativas épicas dos locutores esportivos.

OLINDA ABRASADA

O romance histórico surgiu no século XIX com as obras seminais de Sir Walter Scott (The Heart of Midiothian). São narrativas que situam a ação em um tempo passado, real e histórico, a ambientam nos costumes da época e introduzem personagens fictícios que protagonizam um enredo tendo a história como pano de fundo. São, portanto, obras híbridas que misturam criatividade à verdade histórica. O escritor Waldênio Porto, pernambucano de Caruaru, membro da Academia Pernambucana de Letras, nos traz sob o título

entender porque não consegue um lugar no presente”. Destes relatos se constitui o livro estruturado em quatro cadernos. É um livro interessante, embora exija muita atenção aos planos da narrativa que oscila entre a memória recente e passada que se entremeiam e se repetem ao longo do texto. Por outro lado, as variações do nível de consciência do personagem, divagando entre o sonho e a realidade demandam certa dose de clarividência por parte do leitor para escapar da confusão mental de Jurandir. A crítica é unânime em achar que o personagem e sua história desafiam por um lado o autor, na sua habilidade e técnica narrativa, e por outro, o leitor, na tenacidade em seguir o relato até o fim e transpor os obstáculos já referidos. Cabe ao leitor dizer se conseguiu.

O autor faz um inventário precioso das copas do mundo desde a de 1954, na Suíça, até a última que vivenciou, em 1986 no México. Grandes craques como Mané Garrincha e Pelé merecem considerações especiais. Na crônica Letras louvando Pelé (02/12 /1975) o escritor faz uma mimese à arte do craque usando palavras e sílabas com a mesma maestria com que ele brincava com a bola:” menino de Três Corações batendo nele, mina de ouro mineira...O gol sem fim , nascendo natural, do nada, do nunca; se fazendo fácil na trama difícil, flóreo, feliz fábula. Pelé assina o prefácio a convite dos netos de Drummond, organizadores desta edição.

de Olinda Abrasada, o resultado do exercício árduo de encadear uma trama ficcional com um episódio real. Fato de relevo na então sede da Capitania de Pernambuco, o pano de fundo da obra é a invasão holandesa de Olinda , cenário descrito com tamanha riqueza de detalhes que permite ao leitor perceber o pavor e o desespero que toma conta dos habitantes da vila.


ARTIGO | PROFESSOR SÓFOCLES MEDEIROS

série

CINEMA

FERNANDO SPENCER “o cineasta das três bitolas” (in memorian)

Foto: Daniela Nader/Cine PE

PERNAMBUCANO

AS ORIGENS Fernando José Spencer Hartmann nasceu na zona norte do Recife, em 1927 e teve sua infância vivida nos bairros de Apipucos, Dois irmãos e Casa Forte.

Figura maior do Ciclo do Super 8 (década de 70), tanto registrou a vida dos filhos em filmes amadores usando a bitola como realizou várias produções onde teve que conviver com a ditadura militar e a sua rigorosa censura na época.

Neto de alemão, seu pai gostava muito de cinema e influenciou, de forma decisiva, sobre o seu gosto pela 7ª arte. Costumava levá-lo para assistir filmes de Chaplin, do Gordo e o Magro e de cowboys. Aos 10 anos ganhou um projetor e, junto com o irmão, montou um cineminha, para até 20 pessoas, nos fundos da casa. Ajudava o zelador do antigo Cine Ellite, em Casa Forte, em troca de ingressos para as sessões.

Seus filmes eram constantes exercícios experimentais, descompromissados com qualquer proposta comercial. Neles, predominava a linguagem documental, valorizando eminentemente a cultura pernambucana.

AS OUTRAS FACETAS Como jornalista, atividade iniciada na década de 50, trabalhou nos principais jornais da capital pernambucana. No Jornal do Commercio era revisor, cargo que também ocupou no Diário de Pernambuco, onde depois assumiu a editoria do caderno de variedades e a coluna de cinema.

Tinha um especial interesse pelo Ciclo do Recife (1923-1931) e foi escolhido pelo próprio Jota Soares, um dos seus nomes mais importantes, para preservar a memória do movimento.

Apresentou, simultaneamente, 2 programas de rádio em emissoras pernambucanas: “Filmelândia” e “Falando de Cinema”.

Faleceu em 17 de março de 2014, vítima de um câncer de pulmão.

Coordenou a Cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco e foi um dos responsáveis pela programação e exibição dos filmes que passavam nas Sessões de Arte exibidas nos cinemas recifenses. O CINEASTA Durante sua carreira, iniciada em 1969, realizou mais de 40 filmes, em diversos formatos (Super 8, 16 mm e 35 mm, além de vídeo e câmera digital).

Ganhou 16 prêmios nacionais e 1 internacional, no Festival de Cinema dos Países de Língua Portuguesa, em 1988.

Serviu de referência e sempre colaborou com os novos cineastas pernambucanos.

Filmografia Básica (seleção pessoal) “A Busca” (1969); “Labirinto” (1973); “Valente É o Galo” (1974); “As Coroca se Divertem” (1978); “Almeri e Ari” (1981); “Capibaribe” (1982);”Memorando Ciclo do Recife” (1982); “Capiba – ontem, hoje e sempre” (1984); ( Estrelas de Celuloide”* (1987); “Trajetória do Frevo” (1987); “Evocações Nelson Ferreira” (1987); “A Arte de Ser Profano” (1999); “História de Amor em 16 Quadros por Segundo” (1998); “Almery, a Estrela” (2007); “Nossos Ursos Camaradas” (2008). (*) codirigido por Amin Stepple.


CURTA

#CINEMA OS HOMENS SÃO DE MARTE ... E É PRA LÁ QUE EU VOU!

Os Homens são de Marte ... E é pra lá que eu vou!, é a adaptação para o cinema da peça homônima escrita e estrelada por Mônica Martelli. Conta a história de Fernanda, 39 anos, mulher independente, bem-sucedida, sócia de uma produtora de casamentos e solteira. Fernanda vive o grande dilema das mulheres solteiras: a busca de um grande amor.

3 DIAS PARA MATAR

Um antigo agente secreto está à beira da morte. Seu último desejo é reatar com sua filha, com quem perdeu contato há muito tempo. Temendo não ter tempo hábil para encontrá-la, este homem descobre a existência de uma potente droga que pode salvá-lo, contanto que ele aceite um último trabalho.

13º DISTRITO

Quando um policial descobre que um perigoso criminoso tem acesso a uma bomba mortal, ele decide se infiltrar na gangue para resolver o caso.

A CULPA É DAS ESTRELAS

A peça ficou 9 anos em cartaz, teve mais de 1000 apresentações e foi vista por 2 milhões de espectadores. Sozinha no palco, Mônica contava as aventuras românticas de Fernanda, sempre otimista e focada em encontrar um amor.

COMO TREINAR SEU DRAGÃO 2 Uma das suas aventuras os leva a descobrir uma caverna de gelo secreta, que é lar de centenas de dragões selvagens e dos misterioso Cavaleiro dos Dragões, os dois amigos então, se encontrarão no centro de uma batalha para manter a paz. Soluço e Banguela deverão se unir para defender o que acreditam, reconhecendo que apenas juntos eles têm poder de mudar o futuro dos homens e dos dragões.

A história gira em torno de Hazel e Gus, dois adolescentes que se conhecem em um grupo de apoio a pacientes com câncer, e compartilham, além do humor ácido e do desdém por tudo o que é convencional, uma história de amor que os faz embarcar em uma jornada inesquecível.



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ESPAÇO JURÍDICO

BLINDAGEM PATRIMONIAL VERDADE OU MITO?

E

nquanto a possibilidade de dever e não ter que pagar (ou ser obrigado a fazê-lo mediante leilão judicial de Bens) é um sonho para Uns. Para outros, isso é um pesadelo moral.

A queles que não se avexam, nem enrubescem, podem, até, entusiasmar-se com a cena de credores enfurecidos, amassando títulos que foram protestados em vão, mas que jamais lhes traduzirá um centavo do que lhes é devido. É neste sentido que mora o perigo da expressão blindagem patrimonial. Contudo, afastado qualquer meio de ilicitude ou fraude que venha vestir-se em “pele de cordeiro”, há sim procedimentos de planejamento societário e fiscal que podem ser úteis à empresas e pessoas com patrimônios. Não se pode atrela-se a esta funcionalidade a intenção de passar credores para trás, nem mesmo causar danos ao Erário. Na verdade tal expressão em nada se confunde com atividades criminosas. É um procedimento jurídico que tem como escopo duas premissas distintas. “É como unir o útil ao agradável”. A primeira premissa ocorre no âmbito fiscal e tem por objeto adequar fatos às regras. Isso quer dizer que o conhecimento de normas tributárias deixa claro que uma adequação das operações de uma empresa ou do patrimônio de uma pessoa, pode determinar um recolhimento menor de impostos. Não se trata de sonegação e sim de um ajuste consubstanciado às regras que beneficiam esta reorganização. São detalhes, mínimos e que muitas vezes veem traduzidos em palavras ou operações, que passam despercebidos. Daí, quando se diz unir o útil ao agradável é, em razão de que a segunda premissa tem por escopo o lado societário da coisa. Ou seja, é possível, conhecendo das regras normativas e incidentes, viabilizar uma organização do cenário empresarial ou de uma atividade profissional, diz Gesner. Para isso, é comum que o patrimônio seja disposto em Pessoa Jurídicas, que são criadas para fins específicos, além de outros mecanismos. Fins e mecanismos estes, que quando adotados de maneira correta, são capazes de gerar economias em tributos, bem, como, aproveitar-se de proteções legais e legítimas aos riscos do Mercado.

Para se alcançar este fim, é preciso estar atento não apenas aos ditames legais em todas as suas esferas e instâncias, mas, também, às inovações tecnológicas jurídicas que cerceiam o cotidiano dos profissionais do Direito, e que muitas precisam ser adotadas para atender o ímpeto de satisfação de nossos clientes, complementa Carlos Pinto. É preciso estar sempre atento às novidades do mercado. Quando falamos em tecnologia não podemos nos ater apenas às ferramentas que utilizamos para ajuizar, contestar, acompanhar nossas contendas judiciais... Precisamos ir muito mais além e alcançar um cenário inovador e ao mesmo tempo conservador do ponto de vista da segurança pretendida pelo Cliente e Empreendedor. Muitas vezes uma sociedade de fato, pode tornar-se de direito, sem, sequer, haver registro em juntas comerciais ou alterações dos contratos... basta apenas identificar o cenário e estabelecer a melhor adequação, é o caso das SCP – Sociedade em Contas de Participação, explica Pinto. O crescimento do País, atrelado ao crescimento do Estado de Pernambuco como um todo, não está atrelado apenas ao aumento do mercado capitalista, mas também ao aumento dos riscos inerentes ao tipo de negócio. Logo, recusar este ônus de enfrentar os desafios da modernização nos seus âmbitos é assumir o risco de perder espaço no mercado. Otimização de Lucro de Maneira organizada e planejada numa estatística estabelecida a médio e longo prazo, objetivando sempre a manutenção do patrimônio gerado com menor incidência do Fisco, sem, pretensões de fraude. Isso se chama Planejamento Jurídico. O termo blindagem não traduz o seu real sentido e encontra conflito quando do entendimento do que é Planejamento Jurídico. Existem diversas maneiras de se alcançar a satisfação com a tranquilidade de não ver-se envolvido em situações que causem prejuízos a terceiros. É com esta introdução que em breve teceremos mais comentários acerca dos institutos e caminhos que podem ser trilhados neste sentido.

São contratos societários que podem ser constituídos ou alterados, tendo, certos os objetivos distintos e inconfundíveis, atesta Gesner Lins.

Gesner Lins Sócio Diretor da Lins & Pinto Advocacia Especializado em Direito Contratual

Carlos Alberto Pinto Sócio Diretor da Lins & Pinto Advocacia Especializado em Direito Tributário




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