39ª edicão Terra Magazine

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PERNAMBUCO PASSA POR AQUI

ARQUITETURA Roberto Ghione Vera Pires

R$ 14,90 / ED. 39 fev/mar/2016

@terramagazine

CASE DE SUCESSO 30 ANOS DA "NOVO PROJETO"

cinema Caranguejo elétrico

MÚSICA LUCIANO MAGNO

reynaldo fonseca um mestre nas artes plásticas

www.terramagazine.com.br

por trás da gravata dr. rostand paraíso

saúde alimentação funcional

Test drive discovery hse luxury volvo s60 |audi a1





UNIDADE ESPINHEIRO




EDITORIAL Um Brasil que explode lá fora, com tantas incertezas, com tanta falta de razão. Mas mesmo em meio a esse turbilhão de acontecimentos, nos mantivemos serenos, convictos de que a verdade tem que imperar e que o compromisso é palavra de ordem para qualquer soberania. E foi esta serenidade que nos conduziu para fecharmos este nosso trabalho ressaltando um Brasil, bom de se ver e de se viver. E neste lado de cá, encontramos a exaltação da cultura, com o trabalho do mestre Reynaldo Fonseca, com 91 anos e boa parte deles dedicados aos pincéis. Nossa matéria faz um mergulho nesta trajetória que deu embasamento à Sociedade Moderna do Recife.

Claudio Barreto editor geral

Ao mesmo tempo em que aguçamos nossos ouvidos com a música de Luciano Magno, baiano que contemplou Pernambuco com seu trabalho que envolve mais de 200 composições, entre rock, MPB, frevo, forró, jazz e até reggae. E enquanto muitos se lamentam deste cenário, a Novo Projeto, leia Marilu e Sérgio Fontes, se reinventam e brindam 30 anos de sua Novo Projeto, mais um case de sucesso importante para se destacar . Ainda nesta edição, Talentos da Arquitetura Pernambucana traz a trajetória de Vera Pires e Roberto Ghione. Um olhar diferenciado da vanguarda projetista. No caderno de saúde, para falar das mesas do brasileiro, uma novidade. Alimentação funcional se apresenta em franca expansão. Somos o 4º mercado do mundo!!!! Histórias de sucesso e dicas valiosas para cuidar de si, com a melhor ingestão de nutrientes.

ana paula bernardes editora

E tantas outras histórias que deixo aqui com nosso grifo de otimismo e que nos fazem acreditar que temos um Brasil possível, digno, justo e prazeroso.

Claudio Barreto | Ana Paula Bernardes

39ª EDIÇÃO CAPA | REYNALDO FONSECA



NOSSA EQUIPE

Capa Reynaldo Fonseca

PÁG.

EXPEDIENTE EDITOR GERAL Claudio Barreto DRT/PE - 5254 editor@terramagazine.com.br (81) 99504 7550 EDITORA Ana Paula Bernardes REDAÇÃO/CONTEÚDO DA EDIÇÃO Ana Paula Bernardes Carlos Alberto Pinto Célia Labanca Claudio Barreto Paulo Azul Kiki Marinho Marivan Gadelha Luíza Tiné Sófocles Medeiros Selma Vasconcelos FOTOGRAFIA | FILMAGEM Armando Artoni Geraldo Donald Gleyson Ramos Rudah Goes Yuri Fernandes PROJETO WEB/EDIÇÃO IMAGEM Geraldo Donald ADMINISTRAÇÃO Maria do Carmo Veras (81) 9 9159 8905 COMERCIAL Jô Santana comercial@terramagazine.com.br (81) 9 9965 5021 REPRESENTANTE - BRASÍLIA Juliano Barreto (61) 8267 3792

Paulo Azul espaço design

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ÍNDICE 12 | Mundo 14 | Portal Terra Magazine 16 | Música - Luciano Magno 18 | Case de Sucesso - Novo Projeto 22 | Por trás da gravata - Dr.Rostand Paraíso 24 | Capa - Reynaldo Fonseca 30 | Diário de bordo - Fabiano Antunes 34 | Talentos da Arquitetura 38 | Espaço design - Paulo Azul 40 | Espaço do arquiteto - Zezinho Santos 42 | Moda & Beleza 50 | Moda - Elisabetta Armelin 52 | Entretenimento - Jazz Festival Gravatá 56 | Enogastronomia - Vinho Club 62 | Social Terra Magazine 70 | Test Drive 76 | Negócios - Marivan Gâdelha 78 | Saúde 84 | Esporte 86 | Cinema 88 | Cinema pernambucano - Sófocles Medeiros 93 | Artigo - Renata Angeli 94 | Dicas para leitura - Selma Vasconcelos 95 | Com a palavra - Célia Labanca 96 | Espaço jurídico - Lins & Pinto Advocacia 98 | Crônica - Carlos Alberto Pinto ENDEREÇO contato@terramagazine.com.br Rua Dom Jose Lopes, 700 Boa Viagem - Recife/PE (81) 3083 5326 51.021-370

CORRESPONDENTE MODA - ITÁLIA Aurihelen Paiva +39 340 426 6767

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TERRA MAGAZINE LTDA ME CNPJ 15.146.527/0001-04

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Carlos Alberto Pinto CRÔNICAS

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kiki marinho jornalisMO

Luíza Tiné jornalismo

RENATO FILHO FOTOGRAFIA

Armando Artoni fotografia

rildo saraiva ENOGASTRONOMIA

Sófocles Medeiros cinema

célia labanca com a palavra

selma vasconcelos dicas de leitura

Aurihelen Paiva MODA

JOÃO COSCARDO BELEZA

GERALDO DONALD PROJETO WEB

marivan gâdelha negócios



MUNDO

Coreia do Sul é o país onde mais se bebe álcool no mundo

Para aqueles que pensavam que a Rússia era o país onde mais se consumia bebida alcóolica do mundo, está aí um lêdo engano. Segundo pesquisa realizada pelo Euromonitor, que avaliou o consumo de álcool em 44 países do mundo, mostrou que na verdade, os sul coreanos é o povo que bebe até duas vezes mais que os indicados primeiramente, numa causa relacionada, provavelmente ao tradicional Soju, bebida destilada de arroz muito apreciada por aquelas bandas e que domina 97% do mercado de bebidas do país. O consumo é tão grande que a média demarcada pela pesquisa é de 13,7 shots de bebida alcóolica, ficando os russos com a posição de 6,3 shots por semana e os filipinos, numa outra surpresa da pesquisa, demonstrando que bebem até 5,4 shots por semana. É mole?

Preferências do Aedes aegypti ao picar uma pessoa

sono X produtividade

Um estudo divulgado pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, alertou para a relação nada amigável entre agendas profissionais e os relógios biológicos dos profissionais. Sendo o estudo, as empresas deveriam observar como é a qualidade de sono de seus colaboradores, tendo em vista que empregados mais concentrados, menos estressados, são mais saudáveis no ambiente corporativo. E não se trata de taxar quem acorda cedo ou tarde de mais produtivo ou de mais preguiçoso. Segundo o estudo, para você ser produtivo às 8 da manhã, isso depende do ritmo circadiano. Todos os organismos vivos, das bactérias aos humanos, têm um relógio biológico interno e que deve ser respeitado. O estudo também mostrou que, a pressão por produtividade e a compulsividade em resolver assuntos de trabalho fora do horário do expediente, através de e-mails e telefonemas, causa um fenômeno conhecido como jetlag social – onde nossos organismos estão sempre no fuso horário errado.

Galáxia mais distante e mais velha é avistada pelo Hubble

Em tempos preocupantes, onde as arboviroses provocadas pelo Aedes Aegypti assolam todos os continentes, vale a pena atentar para algumas dicas, divulgadas após estudo pela bióloga Margareth Capurro, da USP. Uma delas é que pouca gente sabe que o mosquito tem afeição pelo suor humano, odores em sapatos, sendo assim, o perfume que utilizamos, bem como o asseio tradicional, são importantes “repelentes”, por esta mascarar o cheiro humano. Outra dica importante é quanto às cores utilizadas em nossas roupas. O danado tem uma atração toda especial por cores escuras, especialmente o preto. Em país tropical como o nosso, usar roupas claras além de fazer um bem enorme, vai nos ajudar a mandar o mosquito para longe. Importante destacar que, apesar das dicas serem favoráveis, devemos fazer nossa parte, dizimando focos que estejam ao nosso alcance. #zicazero

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O famoso Telescópio Espacial Hubble encontrou no mês de fevereiro a galáxia mais velha e mais distante que se tem registro, a GN-z11, que está a 13,4 bilhões anos-luz de distância da Terra. A análise foi feita com uma das câmeras do Hubble de uma forma inovadora (cientistas achavam que apenas o novo Telescópio Espacial James Webb seria capaz de encontrar galáxias assim). A luz da galáxia foi dividida em suas cores componentes para análise.


Dinamarca inaugura supermercado que só vende comida ‘vencida’

Você é daqueles que, ao entrar num estabelecimento alimentício observa o prazo de validade do que está nas gôndolas? Não estranhe ao ler a notícia que na Dinamarca, foi criado o primeiro supermercado do mundo dedicado exclusivamente à venda de alimentos vencidos, com um adendo: todos eles ainda são apropriados para o consumo. No Wefood, a ideia é combater o desperdício, visto que só neste País 700 mil toneladas de alimentos por ano vão para a lata de lixo. E engana-se quem pensa que a ideia foi pensada para pessoas de baixa renda. Os clientes já são de todas as camadas da sociedade que desejam comprar produtos em condições de consumo, com preços menores e levantar a bandeira de combate ao desperdício de alimentos.

Modelo da órbita terrestre feito de Lego

Os canadenses Kristal e Jason Allemann foram os responsáveis em recriar o modelo da órbita da Terra, a lua e o sol com lego. O melhor da criação foi a constatação de que a movimentação dos três modelos têm 97% de precisão quando comparada aos corpos celestes de verdade. Enquanto no espaço a Lua leva 27.33 dias para completar uma volta na terra, no modelo são necessários 28 "dias". Para o Sol girar em torno de si mesmo, ele demora 24,47 dias no espaço e 25 dias na miniatura. Para a Terra dar volta no Sol são necessárias 375 voltas na manivela, apenas 10 a mais do que os dias que forma nosso ano de verdade (ou nove em anos bissextos, como 2016).

Chineses criam bicicleta que lava roupas

Que tal perder uns quilinhos enquanto lava roupas? Qualquer trabalho doméstico, por si só, já rende queima calórica, mas o que tratamos agora é da invenção por estudantes da universidade de Dalian, na China, que criaram uma espécie de bicicleta ergométrica- com um tambor de máquina de lavar roupas acoplado. E a função é esta mesma. Pode pedalar a vontade e deixe que o trabalho pesado, a máquina irá fazer. A Biwa- nome da engenhoca e que trata de uma abreviação para "Bicicleta de lavar roupa permite ainda armazenar a energia excedente criada pelo movimento que poderá ser usada na vez subsequente, evitando o uso de energia elétrica. Em tempos de alta bandeira tarifária, tudo é válido e bem que a criação poderia chegar em solos brasileiros, não acham?

Máscaras respiratórias reduzem efeitos da poluição no coração

A população da China e do Japão está naturalmente habituada com o uso de máscaras respiratórias. O que não se sabia é que os artefatos são funcionais se utilizados em poluição de tráfego de veículos em cidades como São Paulo, por exemplo, para impedir que se desenvolva doenças cardiovasculares. A comprovação foi dada pelo Núcleo de Insuficiência Cardíaca do Instituto do Coração da Universidade de São Paulo. Uma medida sem dúvidas, simples, barata visto que a poluição ocasionada pelo tráfego de veículos é um dos fatores de alto risco para doenças coronárias.

terra magazine | 13 Imagens e fontes reproduzidas da internet


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portal

Palmeiron patrocina Paixão de Cristo de Nova Jerusalém

Russian State Ballet em solo recifense

Grupo Roval amplia sua linha de nutrição

A linha Quality Nutrition de alimentos funcionais do Grupo Roval a partir de agora oferece Ômega 3, Magnésio Dimalato, Óleo de cártamo e Supra Ômega 3, unindo-se aos já consagrados Chás Branco, Verde, Vermelho, o Colágeno e o Xylitol, que juntos enfatizam o conceito de vida saudável e qualidade nutricional. “A importância desses produtos nutracênicos ou funcionais é que, adicionados à dieta, eles modulam processos biológicos ou metabólicos, resultando em inúmeros benefícios à saúde”, ressalta Weine Bezerra, gerente técnico do Grupo Roval. Os novos produtos estão disponíveis em embalagens com 60 cápsulas, vendidos em todas as lojas da Roval e também podem ser adquiridos através do www. farmaciaroval.com.br

Com slogan ‘Palmeiron. É Paixão de verdade’, a marca de propriedade da ASA Ind. e Com. percorreu o Norte Nordeste, numa campanha eficiente de marketing e aproximação com o público da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Além de levar clientes do trade para assistir ao espetáculo, a estratégia publicitária abrangeu exibições de comerciais na TV, painéis indicando o caminho para o teatro, e degustação de sucos Palmeiron, com abordagem e blitz nas principais lojas, com toda a linha de produtos, nas capitais Recife, Salvador e Fortaleza. Para o diretor de marketing da ASA, Wagner Mendes, o sucesso se deve ao empenho em apoiar a cultura e o turismo, valorizando as marcas e os produtos patrocinadores dos grandes eventos.

O espetáculo "Estrelas do Ballet Russo", do Russian State Ballet entra em turnê nacional no mês de maio, percorrendo todas as capitais brasileiras. O conjunto de 50 profissionais, entre os maiores 20 solistas russos do momento, divididos em dois grupos, viajarão pelo país mostrando um espetáculo que reúne obras clássicas do gênero, como "O Lago dos Cisnes", "Romeu e Julieta", "A Bela Adormecida", "O Quebra-Nozes", "Scheherazade", "Spartacus" e "Carmen", entre outras. Degusta lança linha de sorvetes premium

FOTO: PALOMA AMORIM

Literatura invade RioMar

O Festival RioMar de Literatura Pernambucana aconteceu entre os dias 28 e 31 de março, numa grande homenagem ao poeta e escritor João Cabral de Melo Neto. A iniciativa aconteceu pelo quarto ano consecutivo e, nesta edição, teve apresentações da Orquestra Criança Cidadã, Anchieta Dali, Cezzinha, Luciano Magno, Liv Moraes e Jessier Quirino, além de apresentações teatrais da Dispersos Cia de Teatro representando fragmentos de poemas do homenageado e mesas de debate com renomados escritores pernambucanos. A curadoria do evento foi da Presidente da APL, Margarida Cantarelli, e da jornalista Carmen Peixoto.

A rede Degusta acaba de expandir sua linha de produtos para um mix de delícias geladas que engloba, além das deliciosas paletas mexicanas, sorvetes Premium, opção sem lactose e com chocolate semi-amargo. No menu, clássicos dos sabores já consagrados das paletas, além de pavê de biscoito, baunilha especial, pudim de leite condensado e cappuccino, sorvete de cajá (feito com 100% fruta, sem lactose e o Chocolate Premium, um delicioso semi-amargo que vem com pedaços de chocolate. As delícias podem ser encontradas em todas as lojas da rede.



MÚSICA LUCIANO MAGNO

Luciano Magno

Guitarra pernambucana

com tempero universal

Por Kiki Marinho

A música surgiu na vida de Luciano Magno de maneira natural. O pai, seu Luiz Tenório, é de Pesqueira, interior de Pernambuco. Tocava acordeom e cavaquinho, e na época do São João montava uma banda para se apresentar nas festas, em Paulo Afonso, sertão da Bahia - cidade onde Luciano nasceu. Cresceu entre músicos e descobriu que gostava da coisa aos nove anos de idade. Os estudos passaram a ser divididos: escola e música. E quando Luciano partiu para morar na capital pernambucana, o objetivo era estudar engenharia civil. Mas acontece que a viagem para o Recife foi feita de carona, com um músico amigo do pai dele. E a primeira parada foi num estúdio, onde Luciano gravou a guitarra. O dono do estúdio gostou do que ouviu, pegou o contato dele. E, depois disso, os convites para gravar não pararam. O resultado dessa fase é que, em casa, ele tem mais de 1000 discos dos quais participou como instrumentista. Discos de artistas como André Rio, Naná Vasconcelos, Alcimar Monteiro, Dominguinhos, Alceu Valença, Sivuca, Hermeto Pascoal, entre tantos outros nomes. Luciano participou, também, de vários festivais de música carnavalesca no Recife, nos quais sempre se destacou. "Foram seis festivais seguidos", conta. A consagração, segundo ele, chegou em 2011, quando ganhou o primeiro lugar na categoria Frevo de Rua, com 'Pisando em Brasa', música que também levou o prêmio de melhor arranjo e abriu o disco do festival daquele ano, lançado pela gravadora Biscoito Fino. Trabalhos autorais são nove. Entre eles, Novos Carnavais, Viva Dominguinhos, Forrobodó, Trajetória Instrumental e Estrada do Tempo. Esses dois últimos, vencedores do Troféu Acinpe, o Prêmio da Música de Pernambuco. E tem mais disco

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Represento o Brasil lá fora com essa linguagem, a guitarra" saindo do forno logo, logo... Luciano Magno tem mais de 200 composições, entre rock, MPB, frevo, forró, jazz e até reggae. Com uma carreira internacional sólida, o instrumentista, compositor, arranjador, cantor e produtor musical já se apresentou em diversos palcos de festivais pelo mundo afora, como o Festival de Jazz de Montreux. Esse, aliás, já participou 10 vezes. "Quando era menino, pegava as capas dos discos do meu pai e via 'Elis Regina ao vivo em Montreux', 'Moraes Moreira ao vivo em Montreux', e achava aquilo o máximo. Então, só por essas experiências já poderia dizer que me sinto realizado", conta Luciano. "Represento o Brasil lá fora com essa linguagem, a guitarra". Versátil, Luciano Magno transita bem entre vários palcos e ritmos. No último carnaval, por exemplo, saiu do festival de jazz de Gravatá e foi direto tocar no Marco Zero, no encerramento da folia recifense. Outra vertente do trabalho dele é a literatura. Lançado em 2013 por uma editora paulista, o livro "Guitarra no Frevo" descreve e sistematiza o instrumento dentro do ritmo. Esse trabalho rendeu novos frutos: passou a ministrar aulas no Brasil e fora dele. Em 2015, a capital inglesa recebeu o músico para um workshop com o mesmo tema do

livro. E, neste ano, participou da 34ᵃ edição da Oficina de Música de Curitiba, com dois cursos: guitarra brasileira e ritmos do Nordeste. Ao longo de mais de 20 anos de carreira, é um nome consolidado da música pernambucana. "Vivo da música", conta. E é reconhecido no meio musical pelo trabalho que realiza. Um exemplo é a música 'Samba Magno', que ganhou de presente de Roberto Menescal, um dos ícones da bossa nova. "Fiquei muito honrado". Também ganhou um 'mimo' de Moraes Moreira. O baiano colocou letra em "Esquentadinho', o frevo de rua composto por Luciano que levou o 3° lugar no Festival de Música Carnavalesca do Recife em 2009. "É muito gratificante". Ele diz que sua guitarra é pernambucana, mas mistura elementos da música universal, como rock e jazz. Da Bahia, tem aquela pegada marcante dos ritmos afro, como o ijexá. É fã de Gilberto Gil que, de acordo com ele, é um artista que faz bem qualquer gênero musical. "É um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos", afirma. É, também, fã de Dominguinhos. "Minha guitarra vem muito da sanfona e da obra dele, do que eu estudei pelos discos que meu pai tinha em casa", destaca. De tão pernambucano, esse baiano recebeu o título de cidadão de Pernambuco, honraria concedida apenas aqueles que tem relevantes serviços prestados ao Estado. E ajudar a escrever o nome da música pernambucana no cenário internacional é, realmente, um grande serviço. Então, que venham mais 20 anos pela frente!


Quando era menino, pegava as capas dos discos do meu pai e via 'Elis Regina ao vivo em Montreux', 'Moraes Moreira ao vivo em Montreux', e achava aquilo o máximo. Então, só por essas experiências já poderia dizer que me sinto realizado" LUCIANO MAGNO

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foto Gleyson Ramos

CASE DE SUCESSO NOVO PROJETO

Novo Projeto A indústria e o comércio de mãos dadas Marca completa 30 anos de fábrica e 20 anos de loja com distribuição para todo o Brasil por Ana Paula Bernardes

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m administrador nato e uma advogada por formação, Sérgio e Marilu Fontes, reafirmam a perfeita harmonia tanto civil, quanto nos negócios. O casal é responsável pelo sucesso da marca Novo Projeto que atua em todo o Brasil, com duas lojas físicas e fábrica em Pernambuco, loja própria em Salvador e também com produtos presentes em multimarcas espalhadas por diversas capitais.

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Esse sucesso se prepara para virar a terceira década, onde a história começou com a fábrica de móveis, localizada no Cabo de Santo Agostinho, liderada unicamente na ocasião por Sérgio Fontes. Embora a todo o vapor desde o início de suas operações, o mercado “pedia” um complemento a esta fabricação. Dez anos depois, com o nascimento da primeira filha do casal, Marilu, impossibilitada de voltar ao modelo de vida de funcionária em escritório de

“A proposta da Novo Projeto é atender o cliente de maneira geral. Vieram os móveis soltos, depois os sob medida, e como o cliente nos procurava para fazer todo o resto, entraram os objetos de decoração, na ponta do processo de finalização do projeto. O nosso intuito é ser uma loja como modelo de casa para o cliente”,


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CASE DE SUCESSO NOVO PROJETO

advocacia muito bem estrelado, lançouse no desafio do marido de empreender. Nascia então a primeira loja de fábrica da Novo Projeto, que até os dias atuais mantém como missão entregar para o cliente todas as necessidades em móveis e decoração para os espaços. Circulando pela loja é possível encontrar desde os móveis sob medida, como também os móveis soltos que foi onde tudo começou na vida do casal, e a finalização do projeto com os objetos de decoração. “A proposta da Novo Projeto é atender o cliente de maneira geral. Vieram os móveis soltos, depois os sob medida, e como o cliente nos procurava para fazer todo o resto, entraram os objetos de decoração, na ponta do processo de finalização do projeto. O nosso intuito é ser uma loja como modelo de casa para o cliente”, ressalta Marilu. Essa proposta, em verdade, veio de uma época em que as opções de vendas de móveis eram mínimas, caminhando ao lado de um mercado também carente de

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informação. Marilu e Sérgio apostaram nisso e montaram um importante staff que até hoje, dentro das lojas, é formado por projetistas e arquitetos, onde muitos deles levantam a bandeira de fazerem parte desta longa trajetória ao lado dos empresários. Reunindo fábrica e lojas físicas, a marca hoje gera 125 empregos diretos, numa produção que engloba os setores de metalurgia, couro, estofamento, pintura e três marcenarias, dedicadas para os móveis sob medida, para a montagem e para o setor responsável que trabalha com os esqueletos de todos os móveis. “ Nossos colaboradores são qualificados e felizes com o que fazem. Sem dúvida, são o nosso maior patrimônio”, ressalta Marilu. O setor de couro até hoje é uma referência da marca, onde as cadeiras iniciais da produção, até os dias atuais encontramse em alta, se mostrando como um item plenamente atemporal quando se fala em decoração.


Numa análise que não precisa de pragmatismo, falar dessas três décadas para o setor de arquitetura e decoração é citar a readequação não só nos espaços físicos, mas essencialmente das formas de consumo. O cliente hoje chega naturalmente à Novo Projeto, assim como os arquitetos e designs de interiores que entendem que ali trata-se de um produto singular.

No caso específico dos profissionais, esta comunicação ficou ainda mais clara. Ao lado dos empresários, que fazem questão de visitar as grandes feiras mundiais de decoração, o que está em solo pernambucano, pelas mãos da marca em questão, acompanha integralmente o que é caráter de novidade visto mundo afora. Para isto, a Novo Projeto mantém um

setor de desenvolvimento de produto, onde o responsável é o italiano Angelo Giandomenico, que chegou ao Brasil guiado pela crise na Europa. Antes passando por fábricas do Sul, ao embarcar no Nordeste, declarou admiração pelo local, ingressando para a fábrica protagonista dessa reportagem. Essa maturidade de linha de produção, também necessitou de uma comunicação arrojada com o cliente, por isso, é fácil encontrar na disposição de produtos da Novo Projeto, a ideia de que a reorganização dos espaços pede uma marcenaria mais inteligente. “Priorizamos os materiais mais nobres e de qualidade para o mercado. O nosso cliente entra nas lojas e dispõe de tudo para decorar um ambiente, desde os móveis sob medidas até a varanda do apartamento. Não devemos a ninguém”, ressalta Marilu. Nesta nova concepção dos espaços, outro tema vem ganhando solidez. Apesar das novas plantas físicas, até menores, Marilu explica que as famílias têm procurado, de maneira geral, vítimas também da nova disposição urbana, uma maior integração dentro dos condomínios. ”A arquitetura deixou de ser algo de luxo. Os profissionais não são mais itens exclusivos. A maioria de nosso cliente hoje tem arquiteto e isso vai ser inserido diretamente na forma de receber. O consumidor hoje, que encontra-se mais envolvido com a casa dele, pode não só participar, como tem o conhecimento do que deseja inserir nos espaços. A questão da violência e lei seca também contribuíram para curtir melhor a casa, integrando as famílias e os amigos”, explica. Embora estejamos inseridos neste contexto econômico amargo, os empresários são otimistas e só aspiram bons ventos para 2016. “ Pretendemos abrir nova loja. Só se anda para frente e não podemos parar”, destacam.

Recife – PE Rua Desembargador Goés Cavalcante, 374 Parnamirim 81.3204.6012 Av. Conselheiro Aguiar, 2088 Boa Viagem 81.34662859 | 30321859 | 30341859 Salvador – BA Av. Manoel Dias da Silva, 1236 Pituba (71) 3248 2358 | 3248 1625

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Por trás da gravata

Rostand Paraíso e o amor pelas histórias em quadrinhos

foto reprodução internet

Por trás da gravata DR. rostand paraíso

Cardiologista renomado na cidade, o médico já tem 15 livros publicados e uma extensa coleção numa biblioteca particular em seu apartamento por Luíza Tiné

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Rostand Carneiro Leão Paraíso se formou em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco no ano de 1953 e desde os tempos de estudante quis ser cardiologista. Ainda jovem, no começo da carreira, começou a trabalhar com dois dos mais famosos médicos do Recife na área, Ovídio Montenegro e Milton de Sousa, onde passou a adquirir experiência e acabou se tornando professor assistente na universidade. Após a graduação, chegou a morar por dois anos em Nova Iorque e Louisiana, nos Estados Unidos e em seguida, teve vários consultórios em diferentes lugares da cidade, se fixando, pelos últimos 15 anos, no Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco. No entanto, além da medicina, havia algo a mais que o encantava: a literatura, e em especial, as histórias em quadrinhos.

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como no roteiro. Eu me deliciava com isso! Havia histórias como o detetive Dick 3, por exemplo, que tinha um desenho fraco, mas um roteiro excelente, então um compensava o outro. Já O Príncipe Valente, na minha opinião, é a melhor história em quadrinhos já escrita em todos os tempos, por ter roteiro e desenhos sensacionais”, comenta. O fascínio pelas tirinhas começou na infância, quando junto ao único irmão, Murilo Paraíso, lia e colecionava diversas histórias. Marcados na sua memória estão personagens com Flash Gordon, O Príncipe Valente, Mandraque, Fantasma, Brucutu, entre outros, já que era fã dos mais diversos gêneros de ficção, aventura no espaço, policial e cômicos. Mas para ele, sempre foi essencial que uma história fosse boa no sentido de ter roteiros bem escritos e desenhos de qualidade: “Sempre fui de prestar atenção tanto no desenho

A paixão pela leitura e coleção de quadrinhos, no entanto, era mantida em segredo. Ele achava que como médico cardiologista e também professor universitário, isto seria algo que não teria uma boa aceitação entre seus pacientes e alunos. Tudo veio a se tornar público quando uma repórter local o entrevistou e publicou, em uma página inteira, uma matéria que falava sobre o seu hobby. No entanto, o resultado veio a ser positivo. Pessoas começaram a se pronunciar através de telefonemas e correspondências,

imagens reprodução internet

e um lado, o jaleco, estetoscópio e receituários. De outro, revistas em quadrinhos, uma biblioteca particular no próprio apartamento e 15 livros publicados. É assim que se define o doutor Rostand Paraíso, médico cardiologista e escritor. Sua rotina se divide entre dois escritórios: o consultório no Hospital Português e o gabinete de Secretário Geral na Academia Pernambucana de Letras - APL. Duas grandes paixões que o acompanham ao longo dos seus 86 anos, recém-completados no último mês de fevereiro, que sem dúvida, somam muitas boas lembranças e histórias para contar a todos ao seu redor.


entanto, nunca entrou em segundo plano. Rostand Paraíso chegou a viajar três vezes para a Europa em busca de editoras especializadas em histórias em quadrinhos, quando veio a inspiração para publicar A Magia dos Quadrinhos, em 2008, e angariar ainda mais itens para sua coleção. Atualmente, o médico-escritor já perdeu as contas de quantos itens estão acumulados na sua biblioteca particular, que ocupa várias estantes em dois quatros no seu apartamento, onde já vive há 25 anos, na Zona Norte do Recife. Ele afirma que são poucas as pessoas no Brasil que possuem este acervo– por lá, podem ser encontradas histórias do ano de 1934, por exemplo.

afirmando ter o mesmo gosto, o que o incentivou a começar a escrever sobre o assunto. Em 1993, passou a publicar, no Jornal do Commercio, artigos sobre suas histórias em quadrinhos favoritas. A partir de então, a carreira de Rostand Paraíso como escritor começava a tomar forma. Os artigos para o jornal passaram a abordar outros assuntos como suas lembranças dos tempos de faculdade e da infância, e demais temas, até que todos estes escritos acabaram resultando num total de 15 livros publicados junto às editoras Comunicarte, Bagaço e CEPE – Companhia Editora de Pernambuco. Seu primeiro livro, intitulado Antes Que O Tempo Apague, lançado em 1993, reúne uma série de crônicas sobre sua infância e juventude, assim como a temporada que passou nos Estados Unidos como estudante. Em seguida veio Tantas Histórias A Contar, e após a sua conclusão, entrou de cabeça em um projeto audacioso de escrever sobre a Segunda Guerra Mundial e a sua repercussão na cidade do Recife – as mudanças de hábitos com a chegada dos americanos na cidade, o grande blecaute, o afundamento dos navios e tantos outros fatos. “Lembro de passar cerca de seis meses indo diariamente, todas as manhãs, ao Arquivo Público da Rua do Imperador, onde passava horas pesquisando jornais da época da Guerra de 1939 a 1945”, relembra. O Recife e a Segunda Guerra, como o livro

Os quadrinhos me proporcionaram muitas coisas, e foi através deles que entrei para a Academia. Acredito que até que me tornei mais conhecido como escritor do que como cardiologista" é chamado, já foi reeditado três vezes. O quatro trabalho da carreira veio em 1997, quando Rostand Paraíso foi presidente do The British Country Club, na Avenida Rosa e Silva, onde cumpriu sete mandatos vividos intensamente. Esses Ingleses..., como foi nomeado, fala sobre a comunidade inglesa na cidade, e junto a Recife e a Segunda Guerra, na sua opinião, são considerados como os dois mais importantes da sua carreira. O resultado do trabalho, além do reconhecimento como escritor e cardiologista, foi também o ingresso nas sociedades literárias, como a Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES), e em seguida A Academia Pernambucana de Letras (APL), local de onde já é membro há quinze anos e ocupa, há cerca de seis, o cargo de Secretário Geral. A paixão pelos quadrinhos, no

Rostand confessa que no começo a família teve receio de que a literatura ofuscasse a sua carreira na medicina, mas nunca deixaram de lhe oferecer o suporte necessário. “Minha esposa sempre foi muito compreensiva e sempre entendeu o tempo que eu passava no gabinete me dedicando aos livros” comenta sobre Célia, com quem é casado há 60 anos e tem uma filha, três netas, um neto e um bisneto. Atualmente, tentando balancear a medicina e a literatura, divide o seu tempo com as consultas médicas – vai ao consultório três vezes por semana – e as reuniões e compromissos da APL, sem falar nos planos de reeditar os seus livros que já estão publicados. A admiração pelos quadrinhos é algo que ele carrega consigo com gratidão: “Os quadrinhos me proporcionaram muitas cosas, e foi através deles que entrei para a Academia. Acredito que até que me tornei mais conhecido como escritor do que como cardiologista” conta, aos risos. O mais recente trabalho de Rostand Paraíso foi lançado em 2015, intitulado Toque de Recolher.


capa reynaldo fonseca

Reynaldo Fonseca Artista plástico pernambucano acaba de completar 91 anos e não pretende largar os pinceis enquanto tiver saúde por Luiza Tiné

“Se eu não fosse pintor, eu seria... pintor” é assim, aos risos, que Reynaldo Aquino Fonseca resume a sua trajetória na arte. Aos 91 anos, completados recentemente no final do mês de janeiro de 2016, ainda dedica cem por cento do seu tempo às telas, pinceis e tintas. E não pretende parar – por ele, enquanto saúde e vida ainda tiver, é isto que quer continuar fazendo. Reynaldo mora em um apartamento duplex no bairro de Setúbal, Zona Sul do Recife, que é uma verdadeira galeria de arte. Por lá, ele coleciona suas pinturas preferidas e diversas obras de arte, como imagens de santos, esculturas e até mesmo um cavalo de carrossel de dois lugares trazido diretamente da Inglaterra. A rotina do mestre começa cedo, quando após o café da manhã, sobe para o primeiro andar do apartamento, onde no silêncio absoluto e sozinho, se dedica à sua pintura o dia inteiro, até à noite, quando foca nos desenhos e estudos para os próximos quadros, e também gosta de parar para assistir os noticiários na televisão e acompanhar o que está acontecendo no mundo. Em sua opinião, o dom da arte nasce com cada um, e ele foi privilegiado. Foi ainda criança, aos cinco anos de idade que o

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Se eu não fosse pintor, eu seria... pintor” seu talento foi descoberto. Sua mãe, dona Ruth Fonseca, foi a responsável por prestar atenção nos rabiscos do menino, que apesar de pernambucano, nascido em Recife, passou a infância em Campina Grande, na Paraíba. Ela colecionava os desenhos de Reynaldo, sempre incentivando-o para que continuasse. Filho do meio também de seu Abelardo, foi o único que se enveredou na carreira artística. Em meio aos rascunhos feitos em casa, aos 12 anos, ele acabou indo bater às portas da Escola de Belas Artes do Recife, que na época, estava localizada no bairro da Benfica, próximo ao Clube Internacional. Chegando lá, ouviu da secretária que o local se tratava de uma escola para adultos, mas que devido ao seu talento, havia conversado com o diretor, que viu seus desenhos, e foi então

decidido que ele poderia ingressar com duas condições: não seria avaliado, ou seja, não receberia notas pelos seus trabalhos; e não poderia pintar modelos vivos. O jovem, então, iniciou seus estudos naquilo que seria a grande paixão da sua vida. Reynado Fonseca lembra com saudade dos tempos em que frequentou a Escola de Belas Artes: “Eu adorava ir pra lá. Lembro-me de Débora do Rego Monteiro, minha professora, que dizia que eu não tinha direito à nota, mas que fazia questão de me dar um dez” pontua. Ainda na escola, foi aluno do também artista plástico Lula Cardoso Ayres, com quem contou quando decidiu fazer uma exposição no Rio de Janeiro na década de 1970 e levar o seu trabalho para as fronteiras além de Pernambuco. O mestre escreveu uma carta para que Reynaldo levasse até a Galeria Bonino, uma das melhores da época na capital carioca, mas que não aceitavam pintores novatos, iniciando a carreira. Além da carta, uma ligação do também artista pernambucano Aloísio Magalhães, fez com que as portas se abrissem e o jovem pudesse expor o seu trabalho no local. A partir daí, outra galeria


O artista em seu ateliĂŞ na Zona Sul do Recife terra magazine | 25


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Portinari me ensinou de tudo – até como lavar um pincel!”

carioca, a Ipanema, se interessou pelo seu trabalho e decidiu contratá-lo, onde ficou trabalhando exclusivamente por dez anos. “Eles me pediam o quadro, eu pintava, e logo em seguida chegava o cheque. E assim eu fui começando a me manter” relembra o artista. Ainda no Rio de Janeiro, Reynaldo Fonseca

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conseguiu um emprego como funcionário público no Ministério do Trabalho, já que também precisava de uma fonte de renda fixa além do que recebia pelas suas obras, mas confessa que qualquer outro tipo de trabalho, que não fosse a arte, não lhe agradava. Ele conta: “Eu ia trabalhar todos os dias, porém, uma amiga secretária que era admiradora do meu trabalho

me ajudava – eu pintava escondido atrás das pilastras do prédio enquanto ela me encobria preenchendo papeis e demais formulários”. Um grande marco na trajetória de Reynaldo Fonseca foi o período de seis meses em que estudou com Cândido Portinari, renomado artista plástico paulista que se tornou


conhecido ao redor do mundo, ainda no Rio de Janeiro. Os dois se conheceram também através de Lula Cardoso Ayres, e com ele, Reynaldo conta que teve uma experiência completa: “Comigo ele foi excepcional, me recebeu muito bem, com muita bondade e interesse. Eu levava os quadros que pintava e ele me dava conselhos para melhorar. Portinari me ensinou de tudo – até como

lavar um pincel!” Após a temporada em terras cariocas, na década de 80, o artista voltou ao Recife onde deixou o emprego no Ministério do Trabalho e resolveu se dedicar à arte de vez. Na capital pernambucana realizou exposições em diversos lugares da cidade, como o Teatro Santa Isabel. De volta à Escola de Belas Artes, Reynaldo

Fonseca concluiu o Doutorado e acabou se tornando professor na instituição, lecionando Desenho Artístico, onde ensinava teoria, valores e proporções, que são a base de um desenho. Sobre a matéria, ele confessa que não era a preferida dos alunos: “Muita gente não gostava... tinha muito material teórico e números, pois afinal de contas pintar um quadro não é

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O artista usa a tintura de óleo sobre tela e gosta de pintar figuras imaginárias e situações. simplesmente só pegar a tinta e o pincel, exige muito mais estudos. Mas claro que haviam aqueles alunos comprometidos que prestavam muita atenção em todo que eu falava” pontua. Amigo de outros artistas pernambucanos como Tereza Costa Rego e Francisco Brennand, Reynaldo conta que frequentou o Ateliê Coletivo, no bairro da Boa Vista, criado por José Claudio e Abelardo da Hora. Lá era um lugar de confraternização onde ele fazia visitas – os demais participantes trabalhavam lá – e guarda ótimas memórias do local, quando trocavam ideias sobre suas obras. Foi através destas visitas ao Ateliê Coletivo e da amizade com tantos renomados artistas conterrâneos que Reynaldo Fonseca acabou se tornando, junto aos demais, um dos fundadores da Sociedade de Arte Moderna do Recife (SAMR).

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Reynaldo Fonseca considera a sua arte como figurativa e moderna. Ele usa a tintura de óleo sobre tela e gosta de pintar figuras imaginárias e situações – não gosta, no entanto, de pintar retratos, com exceção de uma pintura de seus pais que guarda com carinho em seu ateliê no apartamento em Setúbal. A sua inspiração vem, como ele diz, de coisas sujas – fotografias, recortes de jornais e revistas, cenas do cotidiano, e do silêncio, por gostar de pintar sozinho e concentrado, sem barulho ou qualquer outro tipo de distração. No seu apartamento existe um espaço reservado para os estudos, com muitos livros próximos aos seus cavaletes e também uma biblioteca. É lá também que o mestre cuida de sua saúde, com uma pequena academia e piscina particular onde realiza sessões de fisioterapia. Os grandes pintores clássicos da época

renascentista são as suas referências, e ele também destaca a importância da obra do francês Balthus, de quem é grande admirador. Sobre a arte hoje em dia, ele cita a arte abstrata, mas que não faz muito o seu estilo – e frisa que as escolas e faculdades deveriam estimular mais o seu estudo. Ele confessa que a arte em sua vida representa tudo, tanto que nunca casou ou teve herdeiros, pois achava que isto iria tirar o foco do trabalho, que sempre foi realmente o que ele sempre buscou se dedicar em tempo integral. A sobrinha, Lúcia Helena, no entanto, é como se fosse sua filha. Também pintora, ela cuida do artista, morando no mesmo prédio, e também fica encarregada dos pedidos e vendas de suas obras. Ao ser questionado se entre existe alguma preferida entre tantas obras do seu acervo, principalmente aquelas que estão


penduradas por todos os cômodos da sua casa, ele diz que é difícil escolher. Sobre um dos quadros, ele relata: “Certa vez pintei uma menina tocando flauta. Pediram-me para eu dar o meu preço para aquela obra, qualquer preço que fosse, que pagariam. Eu disse que não, que aquela não estava à venda, não importando o quanto fossem me pagar”. Para ele, arte representa emoção, e não só apenas decoração, e ele confessa ficar triste quando as pessoas não entendem isto. Hoje em dia, aos 91 anos, suas obras também podem ser encontradas no instituto Ricardo Brennand e na Galeria Ranulpho, enquanto ele continua a afirmar a importância da pintura na sua vida. O segredo para não abandonar os pinceis está na disposição que tem em levantar todos os dias e trabalhar. Reynaldo Fonseca é dono de uma alma jovem e cheia de amor pela arte, o que faz que ele jamais envelheça em espírito.


diário de bordo FABIANO ANTUNES

Diário de Bordo

Tailândia

Por Fabiano Antunes

C

onhecer uma cultura totalmente diferente da nossa. Esse foi o principal motivo que me levou a escolher a Ásia, mais precisamente a Tailândia, como destino de viagem. E já adianto que é muito longe, mas vale a pena cada uma das 26 horas para chegar a esse destino. A porta de entrada não podia ser em outra cidade que não Bangkok. Cosmopolita, extrovertida, friendly, é agitadíssima e as festas em bares e boates não têm hora pra acabar. Pela Khao San Road, avenida mais famosa da cidade, uma verdadeira mistura de raças,

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costumes e línguas. Lá, você vê gente do mundo inteiro, inclusive não é difícil achar gente falando português por lá. Encontrei mineiros, pernambucanos e cearenses. Primeiramente, bati muita perna pra me ambientar e conhecer um pouco do lugar. As opções de comida são diversas, incluindo o “pad thai”, famoso macarrão tailandês. Eles estão em toda parte e são vendidos em carrinhos de rua. Também me deparei com vários ambulantes vendendo grilo, barata e escorpião assado, mas me informei e parece mesmo algo só para

chamar atenção dos turistas. Quem é de lá, dificilmente come essas “iguarias”. Por isso, economizei essa grana e ao encontrar um brasileiro pedi pra tirar uma foto. Ele foi gentil e ainda ofereceu uma mordida na barata assada que segurava. Provei e tem gosto de torresmo bem frito. Não é meu caso, mas quem gosta de bebida alcoólica está feito naquelas bandas de lá. O consumo é tanto que eles vendem os diversos tipos de bebida em baldinhos. Se não gosta de comida apimentada, lembrese de pedir tudo “no spice”, e mesmo


assim prepare-se, pois a comida vem com pimenta. Eu gosto e por isso não tive problema, mas vi muita gente “chiando” por causa do tempero forte da gastronomia local. E não se surpreenda com nada que esteja à venda. Vi um cartaz oferecendo documentos como carteira de motorista, diplomas de faculdade, tudo no meio da rua e sem a menor discrição. Meu intuito não era fazer compras, mas é impossível não entrar nas dezenas de lojas do comércio local. Os itens são muitos: souvenirs, camisas, cabeças de Buda em madeira, telas, etc. Não resisti

e comprei muita coisa, mas fique ligado no limite da bagagem principalmente nos voos domésticos, se for para as ilhas do país. Por fim, depois de andar pela Khao San Road e transversais, fui logo até uma casa de massagem. São muitas e não adianta pechinchar, praticamente o preço é o mesmo em todas: cerca de trinta reais. É tão bom, mas tão bom, que virou “compromisso” diário. Fiz a massagem todos os dias e a minha preferida foi a foot massage (dos pés). Para facilitar a conversão da moeda, sempre dividia o preço deles por dez para saber quanto realmente está pagando pelo produto ou serviço.

Os tuk tuks estão por toda parte e, símbolos turísticos do lugar, atraem a “gringalhada” que quer experimentar de tudo. Vale a pena sim a experiência, mas não aconselho usar como meio de transporte durante a viagem. Fiz a viagem com meu sócio no site Turisteiro.com, Amilton Fortes, e decidimos se locomover apenas de táxi. São infinitamente mais baratos e bem mais confortáveis, além de climatizados. Num lugar quente como a Tailândia, uns minutinhos no frio é como chegar ao paraíso.

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diário de bordo FABIANO ANTUNES

Passeio de elefante é quase obrigatório na Tailândia"

Chinatown, um bairro todo voltado para o comércio de produtos da China.

Khao Son Road, avenida mais famosa de Bankgkok

Para quem curte tattoo, Bangkok também é super indicado. São muitas as casas que fazem tatuagens, todas sempre bem movimentadas. Não tive coragem de fazer, que sabe da próxima vez! Fiquei hospedado num hotel super em conta e bem localizado, na rua Rambutri, charmosa e com tudo perto. Bares, restaurantes e, claro, casas de massagem.

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Nesta área central, dá pra fazer tudo a pé. Mas Bangkok vai muito além da Khao San Road. Tirei um dia para visitar a área dos shoppings da cidade. São super modernos e vale a pena conhecer. No Siam Paragon, funciona um oceanário. Foi o melhor que já visitei. Você entra numa espécie de túnel e observa os peixes, arraias, tubarões passando por cima de você. Num aquário reservado, é possível ver o adestrador dando alimentos na boca das arraias. Entre um passeio e outro dei um pulinho no

Não podia deixar de ir aos templos mais conhecidos da capital tailandesa: Wat Pra Kaew e Wat Poh, onde está o famoso Buda deitado. O monumento é realmente impressionante. Dizem que o Buda é coberto de ouro e fiquei ali pensando o quanto valia aquela estátua, mas é difícil calcular. Pelos templos, vi diversos monges, caminhando, realizando algum tipo de trabalho na decoração dos templos. Reservei um dia para conhecer o floating market, onde funciona o mercado flutuante a cerca de 100 km da capital. Em barcos, os comerciantes e turistas vão passando lado a lado, o assédio é enorme para que a gente compre qualquer coisa. E vou logo avisando que os que ali trabalham não gostam de serem fotografados. Como ir a Tailândia e não se aventurar num passeio de elefante pela mata? Era o que eu estava mais ansioso para fazer. E foi uma experiência e tanta! Primeiro, fiz uma espécie de treino para aprender a subir e descer do animal. Também recebi orientações sobre como se comunicar com ele avisando que quer descer, parar, virar à esquerda ou à direita e por aí vai. O passeio foi bem tranqüilo, depois de passar pela mata, entramos num rio e tivemos a


Ilha de Kho Tao

A suntuosidade dos templos chama atenção dos turistas oportunidade de dar banho nos animais usando um escovão. Mas a Tailândia não é só elefante, também tive oportunidade de ir ao Tinger Park, onde interagi com os tigres. Outro passeio imperdível foi a ida à tribo das mulheres girafas. Refugiadas do Nyamar, elas são mantidas pelo Governo Tailandês em uma tribo onde vendem artesanatos e posam para fotos com os turistas. Famosas pelos pesados colares de metal que carregam no pescoço, somando uma argola a cada dois anos, elas recebem uma bolsa, mas são obrigadas a usar o adereço, garantindo o turismo no local. Elas não podem voltar ao país de origem porque lá são perseguidas e seriam mortas. Questionei uma delas para saber qual motivo da perseguição, mas elas disseram não saber. Em uma das tendas existe uma peça para que possamos ter uma ideia do peso das argolas. Fiquei impressionado como conseguem usar algo tão pesado e que não tiram nem para dormir, nem para banhar-se. De Bangkok, segui para as ilhas da Tailândia. A primeira delas foi Phi Phi, devastada em 2004 por um tsunami. Sentado na areia, ficava imaginando como teriam sido as cenas da tragédia. É inevitável pensar que outro tsunami poderia acontecer a qualquer momento, por mais que os especialistas no assunto afirmem que é quase inexistente a possibilidade de um tsunami atingir o mesmo lugar mais de uma vez. Ainda assim, as placas de rota de fuga que existem na ilha reforçam o medo que continua nos acompanhando ao longo da viagem. Diferentemente de Fernando de Noronha, em Pernambuco, a ilha tem vida noturna intensa. Bares promovem todas as noites show de fogos com malabaristas que enlouquecem o público com suas performances. Me surpreendeu a organização da ilha, que

Templo de Wat Poh onde está o famoso Buda deitado As mulheres girafas refugiadas vivem em tribo e são mantidas pelo Governo Tailandês possui todas as ruas calçadas, comércio intenso até tarde da noite e alguns pontos que funcionam 24 horas. A segunda parada foi Koh Tao, paraíso dos mergulhadores. Como tenho carteira de mergulhador profissional não deixei de carimbar mais um ponto de mergulho. A aventura foi encantadora, não só pela fauna marinha, mas também pelos corais que pude admirar alguns metros embaixo d´água. Por fim, cheguei em Koh Samui, outro paraíso da Tailândia. Escolher a melhor praia é tarefa impossível, o que posso garantir é que todas elas são incríveis. Ao longo de meus 39 anos, já visitei 26 países e a Tailândia foi um dos mais impressionantes, pela sua cultura, costumes, religiosidade e belezas naturais. Não pense duas vezes, simplesmente vá!

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TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA

TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA

por Ana Paula Bernardes

R

eferências, princípios e sensibilidade crítica ajudaram a consolidar esse casamento, profissional e pessoal, dos arquitetos Vera Pires e Roberto Ghione. Ela, quando findou a sociedade do Arquitetura 4, primeiro escritório só de mulheres, onde cada sócia trilharia a partir daí um caminho diferente e ele, argentino, mas que numa visita em 98 ao Brasil, decidia sua vida por aqui. Nesta identidade, descobrimos uma dupla que projetam a mão. Aquele desenho vai sugestionar e brincar com a inspiração, num constante estímulo às ideias.

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Projeto para a Praça da Independência, Recife, 1999. Primeiro Prêmio do Concurso público organizado pelo IAB PE, Prefeitura do Recife e Diário de Pernambuco


Se você faz arquitetura, você faz cultura. Além do projeto, em si, você traduz um modo de vida”. Roberto Ghione

Terra Magazine - Quando descobriram a arquitetura? Vera - Fiz o secundário em João Pessoa e naquela época Borsoi estava fazendo o projeto da minha prima e senti que era aquilo que movia. Comecei então a entender o que era e queria aqui. Depois quando já estava cursando fui estagiar

com o próprio Borsoi e ele foi um mestre. Quando criança, gostava de desenhar e de usar lápis de cor. Roberto - Desde sempre me imagino arquiteto. Morava em Córdoba, onde brincava de construir casas e naturalmente sempre disse que faria isso.

A busca da solução é algo constante na arquitetura”

Vera Pires

TM - O que simboliza a arquitetura para vocês? Vera - É do desenho que surgem as coisas. É algo inspirador. Roberto - Há todo um conjunto envolvido nesta questão. Desde a necessidade do arquiteto, o aporte e a busca pela qualidade de vida.

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TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA

Casa em Três Lagoas, PE, 2015

Maui Beach Residence, Tamandaré,Pe. Em construção

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Ampliação do hotel Enotel, Porto de Galinhas, PE Primeira etapa finalizada em 2014. Segunda etapa prevista para 2017.

TM - Qual o principal desafio de um projeto? Vera - Há uma angústia ao começar um projeto. É complexo porque você quer achar respostas com aquilo, em relação a tudo, quando na verdade o que se precisa é que haja vários fatores respeitados, a conciliação de vários elementos onde a síntese é a satisfação do cliente. A busca da solução é algo constante na arquitetura. Roberto - é a oportunidade de fazer algo como um aporte. Se você faz arquitetura, você faz cultura. Além do projeto em si. Não apenas satisfaz o cliente, mas traduz um modo de vida dentro de um local e com isso evidencia a sua cultura. Sentimos esse compromisso ao fazer arquitetura, onde cada projeto é um desafio. TM - Qual projeto marcou sua trajetória? Vera e Roberto- Vários. Como temos um grande foco em hotelaria, diria que o Mauí, antigo Hotel Marinas em Tamandaré, a primeira etapa da pousada Caravelas de Pinzón. Mas são muitos. Cada projeto é uma nova história. TM - Quais são as maiores referências hoje no trabalho de vocês?

Hotel na Avenida Boa Viagem, Recife, PE. Em construção

recursos. Eu tenho essa referência particular. Outra observação que faço é sobre a Lei de Assistência Técnica para população gradativa de baixa renda. Isso deveria ser amplamente divulgado para melhorarmos as condições de moradia adequada para essa população. Mas isso não é falado. Gostaria de ter essa referência no trabalho.

Vera- Borsoi e Delfim Amorim

TM - O que representa a A.Carneiro Home para o escritório?

Roberto- Eu destacaria a organização que se deve ter para conseguir um melhor resultado, projetando e otimizando

Vera e Roberto- Uma loja que oferece um conjunto de produtos completos para projetos.

Serviço: www.vprgarquitetura.com.br vprgarquitetura@yahoo.com.br (81) 9-8840.0909

SAIBA MAIS- sobre a Lei n.º 11.888/08- Desde 2008, pessoas que ganham até três salários mínimos (R$ 1.866) por mês podem receber assistência técnica de arquitetos e engenheiros de forma gratuita para construir ou reformar suas residências. Apesar de a Lei conceder esse recurso aos municípios, o aporte é pouco divulgado e inutilizado.


ESPAÇO DESIGN PAULO AZUL

O simples sofisticado

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por Paulo Azul

E

xistem verdadeiras obras de arte que, dentro de grandes espaços ou áreas externas, traz o barro como matéria-prima. Primorosos trabalhos que expõem mais do que a alta habilidade com o trabalho em questão. Falo da mistura do barro, trazido de dois estados, Pernambuco e Paraíba, que faz deste trabalho de três grandes ceramistas, um retorno da essência do início do homem primata, passando pelo Egito e lembrando a época de Jesus e todos os movimentos que são considerados tendências na arte, até os dias atuais. Às vezes, por ser um trabalho tão próximo de nós, acaba sendo colocado em segunda opção na hora de decorar. Explico: o barro tem um baixo custo e uma presença marcante, mas não é percebido muitas vezes, como dono de um valor agregado para estar nos espaços de projetos sofisticados. Mas o que pouca gente sabe é que a valorização da arte do barro pode começar no quartzo e terminar nos diamantes, esmeraldas e rubis, envolvendo as peças com pedras preciosas. Isto é um ponto de criatividade e valorização. Nesta proposta, visitamos o ateliê de Emanuel Gomes (Manuel), Severino de Oliveira Gomes(Nino) e Ednaldo Felix da Silva(Tambinha), em Tracunhaém, instalado logo na entrada da cidade. Esse barro utilizado neste ateliê vem de Cupiçura,

branco que mistura-se ao natural de Tracunhaém e nasce o trabalho autoral, com total trabalho de queima e firmeza. Emanuel Gomes, conhecido como Manuel, natural de Trancunhaém, demanda ofício do barro há 35 anos. A inspiração para este trabalho, veio da ida, ainda criança, nas olerias de cerâmica e trabalhando como ajudante. O pegar no barro evoluiu para o olhar profissional. O trio tem a ousadia de fazer peças de 60 cm a 2,20 m, numa escala variada e com poder de execução do que realmente o projeto e o cliente precisam. Em nosso Estado, Guilherme Eustáchio, Humberto Zirpoli, Carlos Augusto Lira, Pedro Mota e Náiade Lins e eu mesmo, já utilizamos em formatos diferentes, valorizando os espaços internos e externos. Neste tour pela cidade pernambucana, fomos muito mais além. Conhecendo histórias de peças que já são enviadas para qualquer lugar do mundo, como a peça o Casal Nordestino. Alguns detalhes arredondados e em maior destaque do que peças naturalmente encontradas neste celeiro cultural. Eu realmente acredito que a arte do barro proporciona muito mais do que aquilo que se vê. Algo imensurável, de verdade. Ateliê: Tambinha e Manuel (81) 9 9970-6557 / 9 9664-4103

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ESPAÇO do arquiteto zezinho santos

fala, memória por Zezinho Santos

A gente não tem saído muito, Turíbio e eu. Gostamos de nossa casa — e a tratamos bem, esperando, quem sabe, receber de volta aquela preguiçosa sensação de aconchego que só o que é muito familiar consegue transmitir. Aquele calorzinho, assim como a sonolência gostosa que se sente após uma tarde inteira na praia, ao sol. A porta abre, a porta fecha, amigos

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entram, amigos saem — é bom observar o movimento das marés, e é ótimo voltar a se enroscar no sofá.

Quando foi a última vez que compraram algo novo para casa, perguntamos. Não nos lembramos bem, responderam.

Uma noite dessas, há não muito tempo, estávamos recebendo um casal para jantar quando ouvimos a pergunta, como é que a casa de vocês tem tanta vida, tanto calor? Por que é que não conseguimos fazer o mesmo?

Certo, mas nem ao menos em alguma viagem — algo decorativo, um souvenir, algo que os faça lembrar dos locais onde estiveram? Afirmaram, com um pouco de impaciência, preferir não carregar bagagem extra, ter que se preocupar com objetos frágeis, essas coisas.


A autobiografia de Vladimir Nabokov é linda. Editada originalmente em 1951, e intitulada Fala, Memória, a obra está longe de ser uma árida lista de nomes, datas e eventos. Ao contrário, trata-se de uma sensível e deliciosa sucessão de episódios através da qual pode-se chegar ao autor de forma muito mais clara e precisa. Pois foi em Fala, Memória que pensei naquela noite, conversando com aquele casal de amigos. O que nos cerca em casa é tão eloquente sobre nós mesmos quanto qualquer coisa que possamos dizer. E mais — é eloquente não apenas para quem vem nos ver, mas igualmente para nós mesmos. “Tratar bem a nossa casa” significa, para nós, alimentá-la com pedacinhos de nossa experiência, para receber de volta a vida e o calor que a memória produz. Aí é que mora a sensação de aconchego — percebida tanto por nós mesmos quanto por quem vem nos visitar. E não está se falando de adquirir apenas peças decorativas e obras de arte com preço na faixa dos muitos zeros. Em uma tarde de fevereiro uns cinco anos atrás estávamos em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. O tempo era de cartão-postal,

céu azul e sol brilhando. O comportamento no trânsito era de Brasil: umas quadras à frente de onde estávamos, um motorista resolveu parar seu caminhão no meio da rua para descarregar. Ficamos presos dentro do carro. Olhei para o lado e vi uma barraquinha amarela. À venda, um monte de bonequinhos feitos com tampas de garrafa, botões, escovas de dente, embalagens vazias — até uma calculadora velha e um celular pré-histórico se juntavam para formar aquelas adoráveis figurinhas. Lá no meio, avistei dois rapazes de mãos dadas, colados a uma placa de compensado preto, na qual estava escrito “ele e eu: somos assumidos”. Baixamos o vidro na hora, e perguntamos quanto era. Vinte reais, respondeu um senhor. Ali mesmo, sem ao menos saltar do carro, presos em um engarrafamento, compramos a peça. Que é, claro — mais tarde entendemos —, de Getúlio Damado. E a banquinha, na verdade, era o bondinho. Amarelo com corações vermelhos. Essa peça está pendurada na parede de nossa sala — e sim, ao lado de outras que não custaram exatamente vinte reais. Mas, junto com ela — e junto com cada uma das outras —, está o calor, a vida de uma casa. Está aquela tarde no Rio de Janeiro. Estão tantas outras tardes. Fala, memória.

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moda & beleza Pedro Amílcar E João Coscardo

moda &

Beleza FOTOS | RENATo filho

N

esta temporada, iremos mostrar seis estilos de mulheres minimalistas e contemporâneas, cada uma com seu lifestyle. Usamos o Denim com aplicação em couro, o veludo, as formas geométricas e a alfaiataria. Os tons terrosos, o preto e branco que sempre são atemporais. E para compor todos os looks, mostraremos uma coleção de bolsas da Grife PAUL GERHARD para aguçar os seus desejos e criar seu próprio estilo. Peças todas trabalhadas artesanalmente em couro, pele de pirarucu, tecidos e outros materiais, além de tramas que usam couro gravado em craco e cobra, em que cada modelo é projetada para se tornar uma peça única. No cabelo, o LONG BOB inspira sofisticação, já na maquiagem, a beleza é ressaltada com pinceladas de pureza e elegância.

Vestido e Blazer com recortes e estampa geométrica da Colcci Bolsa PAUL GERHARD 42| TERRA MAGAZINE


Cal莽a mid flare veludo com blusa de tric么 fashion comics da coca-cola Bolsa da PAUL GERHARD terra magazine | 43


moda & beleza Pedro Amílcar E João Coscardo

Top e calça da coca-cola Bolsa da PAUL GERHARD

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Vestido da Colcci Bolsa em trama da PAUL GERHARD terra magazine | 45


moda & beleza Pedro Amílcar E João Coscardo

Vestido em alfaiataria da Colcci Bolsa de pele de pirarucu da PAUL GERHARD

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Jaqueta Denim com aplicações Couro da Fórum Bolsa PAUL GERHARD

Ficha Técnica Concepção e beleza | João Coscardo Produção de Moda | Pedro Amílcar Styling | Endora Ritz Fotos | Renato Filho Modelo | Raquel Lazzerini (Amazing Model)


rud


dnik


MODA | entrevista Elisabetta Armellin

A

V73 de

Elisabetta Armellin

por Aurihelen Paiva

73

é o número da estilista Italiana do momento, Elisabetta Armellin. Ela veio ao mundo em 1973 e por isso diz que este lhe segue durante toda a sua vida como seu número da sorte. Enquanto o V está para Veneza, mesmo nascida em Treviso. "Meu coração é de Veneza, diz". Elisabetta Armellin vem de uma família maravilhosa, onde sua avó era costureira. Cresceu em meio da moda, tecidos luxuosos, linha e agulha. Sonhava em se tornar uma designer de moda, mas não tinha certeza em que segmento. Mas sabia, porém, que o seu caminho não era roupa. Formou-se na Academia de Belas Artes de Veneza. Durante seus anos universitários participou de um concurso de merchandising feito pela marca Stefanel.

"Nós éramos em 150 e eles me escolheram. Nesse período então comecei a viajar pelo mundo. Devo muito a esta experiência que abriu minha mente." 50| TERRA MAGAZINE

Logo após, investiu em um mestrado em Milão, no Marangoni, para calçados e acessórios e após a sua finalização, a empresa Benetton a contratou para o departamento de criação de calçados e bolsas. "Ali tive uma importante experiência que me formou como pessoa e como designer". Trabalhando para eles

nesse papel por 10 anos e onde ainda presta assessoria, para Elisabetta, Benetton é como se fosse a sua família. Também foi convidada para entrar no Team de Andrea Tomat, CEO da Lotto Sport, uma outra pessoa a quem Elisabetta Armellin admira muito. "Juntos, criamos o Lotto


FOTOS REPRODUÇÃO INTERNET

Legendary e foi aí que eles entenderam logo a capacidade criativa".

curiosa, no entanto, sou também um pouco supersticiosa. E antes de começar a desenhar arrumo em minha mesa todos os meus lápis de cor. Me fazem companhia!!!

Três anos e meio depois sentiu que era hora de sair para dedicar ao seu grande projeto, IL GRANDE VIAGGIO "A grande viagem", foi então que encontrou tempo para criar algo para si mesma. Em suma, tudo estava indo bem ... Foi em uma viagem de volta de Paris, onde tudo aconteceu, já que por conta do trabalho que faz como estilista, é obrigada a comprar e ler milhões de revistas durante o Ano. "Eu estava no aeroporto para ir para casa e eu comprei a Vogue, onde eu vi uma fotografia que adorei! Era uma imagem sobreposta a outra. Eu lembro que nesse caso foi um garfo sobre um prato e não tive a inspiração, mas gostei daquela sobreposição. Pensando durante todo o voo, olhei para a minha bolsa, foi aí que tive a ideia de criar uma. De volta para casa, comecei a desenvolver minha ideia. A bolsa imprensa foi a número um do mundo, a Birkin Di Hermès, daí então eu comecei a desenhá-la de forma diferente, criando algo que evocava perfeitamente. Daquele dia até hoje aconteceram muitas coisas e Elisabetta obteve o record de vendas das suas bolsas completamente MADE IN ITALY. A cada ano a marca V73 cresce, com boutique's espalhadas por todo mundo e recentemente inaugurou uma loja em Paris e outra em Miami, onde as visita periodicamente.

Terra - Você acredita mesmo na mudança que está passando a moda global, no que diz respeito à apresentação e desfiles durante a semana de moda? São mais de 20 anos que não mudam o contexto de apresentação, sempre a mesma fórmula. Você acha que é o momento de mudar e inovar finalmente chegou?

ENTREVISTA

Terra Magazine - Elizabeth Armellin + Veneza=V73, a fórmula perfeita para um Made in Italy sucesso mundial? Elisabetta Armellin - Veneza é a cidade onde estudei e ao qual eu devo tanto. Ela é minha verdadeira inspiração, portanto, todos os trabalhadores que estão agora a trabalhar comigo são a riqueza de meu território e toda a Itália. Terra - Bem conhecido, o amor declarado para sua cidade natal, além de Veneza, de onde você tira a inspiração para suas coleções, tens também um ritual que pratica antes de desenhar? Elisabetta - A ideia vem quando você menos espera, eu gosto de observar tudo,

Elisabetta - Inovação é parte da evolução. Eu acredito que seja um direito mudar e ter uma visão diferente, dependendo do período social e cultural de forma viva as novas ideias. Terra - Sua marca é bem estabelecida nas melhores boutiques nos EUA, porém ainda não existe a venda na América do Sul. Você acredita que o Brasil é um mercado interessante para a V73? Elisabetta - Na boutique v73 em Miami as clientes mais lindas são brasileiras. Elas adoram minhas bolsas e eu amo todas elas e o Brasil! Terra - Quando você ouve a palavra BRASIL o que lhe vêm à mente? Elisabetta - O Brasil representa para mim o sol, a alegria de viver, as cores quentes e liberdade .... adoro !!

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entretenimento jazz festival

Roberto Menescal e Sabrina Parlatore

Gravatá

Jazz Festival 52| TERRA MAGAZINE

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e ainda existiam dúvidas sobre a pluralidade cultural do Carnaval de Pernambuco, elas foram encerradas definitivamente com a primeira e caprichada edição do Gravatá Jazz Festival, evento realizado durante os dias de Momo em Gravatá, município localizado a 84 km de distância da capital pernambucana. O festival, que comprovou que na “terra do frevo” também há espaço para ritmos norte-americanos, transformou a cidade na capital nacional do jazz e do blues durante quatro dias consecutivos (de 6 a 9 de fevereiro), recebendo diversos shows gratuitos de artistas locais, nacionais e internacionais, workshops musicais, concurso cultural, festival gastronômico, exibição de filmes, Jam sessions em igrejas e, a grande novidade da edição, a realização do Mardi Gras, tradicional desfile carnavalesco puxado por carros antigos e seguido de perto por pessoas fantasiadas. Para animar, o som contagiante nascido da mistura do frevo, jazz e blues.


Tico Santa Cruz e o guitarrista Renato Rocha

Com curadoria assinada pelo músico e produtor cultural Giovanni Papaléo, ao lado da Mono Produções Artísticas e Editora Fliporto, o evento trocou de casa este ano – antes a festa era sediada pelo município de Garanhuns – e se reinventou, mantendo as características que o fizeram ser uma referência entre os festivais nacionais de jazz, mas incorporando à fórmula elementos necessários para a manutenção do sucesso. A aposta funcionou. O índice de aprovação entre o público foi de 97%. De acordo com pesquisas realizadas pela Editora Fliporto, mais de 40 mil pessoas passaram por Gravatá durante os dias de festival. Destas, 42% eram do Grande Recife, 22% de Gravatá, 18% dos demais municípios de Pernambuco e 18% originárias de outros estados brasileiros. Com tantos turistas na cidade – mais próxima da capital que sua antecessora –, também houve reflexos positivos na economia e turismo. Segundo os dados da pesquisa, os hotéis e pousadas da cidade contaram com lotação de 95% durante o Gravatá Jazz e mais de R$ 8 milhões foram movimentados na economia local. E o melhor: apesar da quantidade de turistas e da grande movimentação não houve registro de ocorrências policiais graves, o que comprova o empenho da

organização em manter a segurança e o conforto do público. Para qualquer aspecto em que se olhe, o festival foi um sucesso.

“Esta edição foi incrível. Estamos muito orgulhosos de ver a consolidação do GJF. O jazz sempre vai ter seu espaço garantido em qualquer lugar do mundo, inclusive no Nordeste, mas festivais do gênero ajudam a desmistificar o consumo do ritmo. Conseguimos mostrar que dentro do Carnaval pernambucano, dominado pelo frevo, coco, ciranda e maracatu, também há espaço para ritmos como jazz, blues, soul, black music, groove, entre outros”, comemora Papaléo, adiantando que os planos para a próxima edição já começaram. “Nosso grande desafio é fazer algo ainda melhor. Vamos trabalhar para trazer grandes atrações do gênero e novidades culturais na programação. A intenção é sempre crescer, evoluir”, diz.

Cantor e baixista Rodrigo Santos

– Devassa, mas só saiu do papel graças ao apoio dado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo (secretário Felipe Carreras) e da Prefeitura de Gravatá (interventor coronel Mário Cavalcanti).

O evento foi financiado com recursos da iniciativa privada, através da Brasil Kirin

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entretenimento jazz festival

Quatro noites de grandes shows Idealizado como uma alternativa de qualidade para quem quer fugir da folia do Carnaval tradicional, o Gravatá Jazz Festival estreou no Sábado de Zé Pereira (6/2), no Pátio de Eventos da cidade, ao estilo dos melhores eventos do gênero: com muita música de qualidade e interação constante entre atrações e público. Nesse dia passaram pelo palco principal o power trio comandado pelo baixista e cantor Rodrigo Santos, com a participação de Guto Goffi e Fernando Magalhães, companheiros da banda Barão Vermelho; a diva da bossa nova Wanda Sá e os duos formados pelo guitarrista Wallace Seixas com o trompetista Buiu e pelo também guitarrista Victor Biglione com o multiartista revolucionário Jards Macalé. A segunda noite do festival foi aberta por Tico Santa Cruz e Renato Rocha, ambos da banda Detonautas. Eles, que ainda receberam no palco o gaitista Jefferson Gonçalves, iniciaram a apresentação com a música “O tempo não para”, de Cazuza, levando a plateia, lotada, ao delírio. Na mesma noite, ainda se apresentaram a banda Lab75, que subiu ao palco junto com o ator e cantor Tony Tornado e Lincoln guitarrista Arthur Menezes

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Tornado (filho de Tony), e a Igor Prado Band, que apresentou como convidados especiais o tecladista austríaco Raphael Wressnig e a cantora Koko-Jean Davis. Foram mais de seis horas de música com o público animado do início ao fim. De acordo com o administrador de empresas Bruno Henrique, que foi conferir o festival, trazer o GJF para Gravatá foi uma decisão acertada. “Sempre passo o Carnaval com a minha família em algum lugar mais tranquilo, uma estratégia para fugir da folia. Além de ter música de qualidade, o evento é uma alternativa bacana para quem não quer cair no passo”, explica ele. Vale ressaltar que o interventor Mário Cavalcanti e o secretário de Governo, Comunicação e Imprensa, Arthur Cunha, prestigiaram o evento por duas noites consecutivas. No terceiro dia do festival, o mais eclético da programação, o centro de Gravatá voltou a lotar para conferir as atrações, entre elas, o cantor e violinista gravataense Maurício Menezes, que iniciou a noite explorando a diversidade musical ao interpretar sucessos de Bill Withers, Nubia Laffayette e Ritchie. Em seguida foi a vez da banda pernambucana Allycats, com som influenciado pelo rock dos anos 50, subir ao palco. O grupo, que ensaia suas primeiras composições autorais,

Allycats

não deixou ninguém parado durante a apresentação. Nesse mesmo dia, o Mr. Trio, com a participação especial do baixista Laiton Vieira, também animou a plateia. Para encerrar, o espetáculo protagonizado por Roberto Menescal, Sabrina Parlatore e Buiu interpretando standards da música americana, seguido por uma Jam session, com 11 músicos, de tirar o fôlego. Para fechar a programação, a Terça-Feira Gorda (9/2), que coincidiu com o Dia do Frevo, encerrou com estilo a edição 2016


Victor Biglione

Jards Macalé

tecladista austríaco, Raphael Wressnig

do Gravatá Jazz Festival. A noite começou com o desfile carnavalesco inspirado no tradicional Mardi Gras de Nova Orleans. Com carros antigos puxando o cortejo; a Street Band foi encarregada de animar o percurso e para isso contou com a participação de alguns músicos de peso, entre eles, Mark Rapp, Derico Sciotti e Buiu. A noite ainda contou com shows do guitarrista Dom Ângelo acompanhado, entre outros músicos, pelo norte-americano Mark Rapp; Arthur Menezes e Vasco Faé; a guitarrista e compositora britânica Bex Marshall, que misturou no repertório clássicos do blues, country, soul e rock and roll; e a Uptown Blues Band, comandada por Giovanni Papaléo, que contou com Derico e Flávio Guimarães como convidados especiais. A apresentação acabou apenas às 2h da manhã, já na quartafeira de cinzas, deixando saudades e grandes expectativas acerca da próxima edição. “O Gravatá Jazz foi a grande novidade do Carnaval de Pernambucano este ano. E justamente por ter superado as expectativas, o evento vai contribuir muito para o fortalecimento do jazz na região. No que depender de nós, o sucesso e a satisfação do público e artistas será ainda maior no próximo ano”, revela Giovanni Papaléo. Guitarrista britânica Bex Marshall

Buiu e Mark Rapp FOTOS: Marcelo Guimarães

Tony Tornado, Koko-Jean Davis e Giovanni Papaléo

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ENOGASTRONOMIA

Vinho e culinária italiana combinação perfeita

por Kiki Marinho

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m riso pode ser um expressão de felicidade. Mas, no idioma italiano, riso quer dizer arroz. O grão é a base de um dos pratos tradicionais daquele País: o risoto. Daí veio a inspiração para o nome da casa comandada pelo Chef Salvadori. Situado na zona norte recifense, o Riso tem uma proposta 'descolada', como descreveu Rodrigo Mendonça, um dos sócios. "Todos os públicos se sentem à vontade no Riso, desde o executivo ao mais jovem", explica. O espaço, inaugurado em outubro

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de 2015, comporta 86 pessoas e a ambientação é assinada por Lívia Brandão. O cardápio, denominado de 'Italiano Mediterrâneo Contemporâneo', tem a cara do seu criador. Chef Salvadori já viajou pelo mundo em busca de conhecimento, sabores e aromas para a sua cozinha. O resultado dessas andanças por mais de 70 países, é uma coleção de mais de 800 receitas criadas por ele. Pratos que assimilam elementos de várias culturas. São 30 anos dedicados à culinária e, desses, 22 no Brasil. Há três escolheu o Recife para viver. No calor de 50° de sua cozinha, ele preparou um T-bone suíno, acompanhado de gnocchi de batata. O Chef explica que o grande diferencial desse prato é que a carne

vem de um animal criado livre, com alimentação orgânica, sem nenhum tipo de hormônios. "Faz toda diferença, no sabor, na textura...", afirma. Para harmonizar, da carta de 80 rótulos, o presidente do Vinho Club Premium, Rildo Saraiva, escolheu o argentino Kaiken Malbec Reserva 2012. A bebida apresenta coloração vermelho vivo e um aroma de frutas, chocolate e baunilha. Um vinho elegante, com graduação de 14,5%, de paladar harmonioso e estruturado. Para RiIdo, uma "combinação excelente". Riso Restaurante Av. Santos Dumont, 544 - Aflitos, Recife - PE (81) 3314-6790


E os amantes da boa gastronomia italiana podem comemorar, pois têm mais um motivo para isso. O Recife ganhou outra casa especializada. A Cantina Zuppe começou as atividades em fevereiro deste ano. O nome vai soar familiar para pessoas com trinta e poucos anos ou mais. Zuppe já foi uma pizzaria famosa na capital pernambucana, lá pelos idos da década de 80. Era exatamente o que os sócios queriam: um nome conhecido, que já tivesse força no mercado. Porque isso, aliado a uma cozinha tradicional italiana impecável, é o caminho para o que o grupo quer: expandir e se tornar rede. A casa oferece um amplo estacionamento e tem capacidade para 100 pessoas, além de

área reservada para eventos pessoais e o Brasil. E para o circuito enogastrômico, corporativos. Outro detalhe é o serviço ele preparou um pernil de cordeiro de rotisserie. Gostou? Leva pra casa. fatiado coberto pelo próprio molho da carne, servido com ravioli de muçarela. A proposta é um cardápio variado, com massas de fabricação própria, produzidas O vinho escolhido por Rildo Saraiva para com matérias primas de excelente acompanhar foi um italiano produzido qualidade. Além disso, boa apresentação na região da Toscana, o Chianti e... fartura! Os pratos são muito bem Bellosguardo, safra 2014. Produzida servidos. E o desafio é deixar alguma com as uvas canaiolo e sangiovese, a coisa nele. Porque a vontade que dá é bebida apresenta notas frutais e de pegar o pãozinho e passar no molho... violeta. O destaque fica por conta do aroma marcante de frutas vermelhas. A cozinha da Zuppe é comandada "Harmonizou com perfeição", disse pelo Chef Liberato, que tem 27 anos Saraiva. de experiência em culinária francoitaliana. De formação intuitiva, esse Zuppe Cozinha Italiana pernambucano de Buíque já assinou Pça do Entroncamento, 104, Gracas, Recife, PE (81) 3221-8065 cardápios de vários restaurantes por todo terra magazine | 57


foto: divulgação

Publieditorial paLMEIRON

Faz parte da

vida de um chef por Eduardo Irineu

O

dia a dia de um chef de cozinha não é fácil. E o preparo dos ingredientes que vão compor as opções do cardápio é um dos grandes segredos para o sucesso de uma boa receita. Muitas vezes, contudo, a cozinha precisa ser ágil e trabalhar com rentabilidade. É nesse momento que a Palmeiron entra na gastronomia para facilitar a vida dos chefs, apresentando produtos sempre em busca do mais alto padrão de qualidade. E para provar que a Palmeiron está sempre a postos, quando o assunto é gourmet, convocamos o chef Sílvio Romero, para proporcionar sugestões de cardápio que integrem os produtos da marca.

Chef Sílvio Romero

À frente do Bennati, especializado em cozinha italiana, o chef Sílvio Romero, aceitou o desafio de formar uma cozinha criativa, comprometida com a qualidade dos insumos e dos produtos, incrementando o custo-benefício acessível. Ele preparou um spaghetti ao frutos do mar e uma pescada amarela, utilizando o molho de tomate Palmeiron. “O fato de ter mão o molho pronto atomatado agiliza o trabalho da cozinha, com rentabilidade de custo operacional, sem perder a qualidade”, justifica Romero. “Inclusive, o spaguetti de frutos do mar é um das ótimas opções do nosso cardápio, produzido com molho de tomate Palmeiron”, aconselha o chef. Em 1º lugar no Prêmio Marcas que eu Gosto (2015) e JC Recall (2015), com o Extrato de Tomate, a marca Palmeiron

Spaghetti ao frutos do mar

é responsável por diversos produtos alimentícios, entre atomatados, conservas, doces, dressing, food service, sucos prontos e sucos concentrados. A Palmeiron também produz o suco de uva Casa de Vinhas, 100% natural, sem adição de conservantes ou aditivos, com elevada concentração de substâncias benéficas ao corpo, que garantem a alta qualidade, oferecendo um sabor diferenciado para quem gosta de ter uma vida saudável. Restaurante clássico italiano, no bairro dos Aflitos, Zona Norte do Recife, o Bennati entrou de cabeça no circuito gastronômico da cidade. A casa oferece um “passeio” pelas diversas regiões da Itália com 26 opções de entradas e pratos principais que transitam entre as cozinhas Mediterrânea e de Montanha. O Bennati é dividido em quatro espaços: salão, bar, garden gourmet e loja. O ambiente moderno e com de ares industriais é colocado em contraste com elementos de decoração que remetem às típicas residências italianas.

Serviço: Bennati Rua da Angustura, 62, Aflitos - Recife/PE. Horário: de das 19h à 0h (segunda a quinta-feira), sexta-feira e sábado das 19h à 1h, e domingo das 19h à 0h

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Pescada Amarela Ingredientes: Legumes, cenoura, abobrinha, berinjela e piment達o, todos incorporados com molho de tomate Palmeiron

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Publieditorial

Paisagens exuberantes e gastronomia magnífica Reconhecida pela natureza maravilhosa, a Praia de Pipa também oferece hotéis e restaurantes esplendorosos, que tornam essa viagem turística inesquecível

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raia de água transparente e paisagem exuberante. Assim podemos traduzir a magnífica Praia de Pipa, localizada a 80 km de Natal, no litoral sul do Rio Grande do Norte. Os visitantes do Brasil e do mundo, porém, são atraídos não apenas pelo cenário paradisíaco das falésias. Pipa também é reconhecida pelos hotéis e restaurantes esplendorosos. A reportagem da Terra Magazine vivenciou dois excelentes serviços, que proporcionam uma deliciosa gastronomia e despertam nos hóspedes e clientes uma experiência inesquecível.

de curtir as férias. Com 17 apartamentos, o Marlin’s se destaca pelo alto padrão dos serviços prestados da forma exclusiva. Com acesso privativo, fica de frente para a Praia de Pipa e conta com uma completa infraestrutura de lazer de alto padrão. Além de estar com o ”pé na areia”, o hotel fica situado no centro da cidade, a poucos metros da avenida principal, repleta de restaurantes e barezinhos que compõe a atmosfera da vila.

Cardoso, mistura alta gastronomia e arte. Ú Bistrô, inclusive, já foi vencedor do 10º Festival Gastronômico de Pipa, com o prato Camarão ao Ar de Curry com Risoto e Tomate Assado. No segundo dia de reportagem, seguimos para outro conceituado hotel da Praia de Pipa: o Toca da Coruja. Com jardins tropicais, muitas espécies de mamíferos e aves nativas, o hotel está localizado em uma imponente área verde de 25 mil m², em meio à Mata Atlântica. A infraestrutura é cercada por 28 bangalôs, integrando as áreas de piscinas, academia, sauna, restaurante e bar. Apesar de costumeiramente ser chamado de ‘pousada’, os hóspedes do Toca da Coruja vivenciam um estilo bastante diferenciado de se hospedar. Essa vivência entoa a característica emocional, romântica e acolhedora do hotel, com funcionários solícitos e prestativos. Assim que sentamos no restaurante Oca-Toca, de imediato, percebemos que teríamos uma ótima experiência gastronômica. Junto ao requintado menu, elaborado pelo Chef Wagner Aguiar, há uma adega com uma das melhores cartas de vinho da região, selecionada por um enólogo. No Oca-Toca, o ambiente é criado onde a música, a iluminação, o cheiro e o sabor fundem-se em uma completa harmonia com a natureza.

Começamos nossa experimentação pelo renomado e luxuoso Boutique Hotel Marlin’s. O equipamento tem uma das melhores estruturas para os casais que elegem Pipa como cenário perfeito para a lua de mel e é também o destino das famílias que não abrem mão do conforto na hora

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Mas é quando chegamos ao serviço gourmet, que nossas memórias se tornam inesquecíveis. Para satisfazer os mais requintados paladares, os hóspedes do Hotel Marlin’s podem desfrutar dos sabores do Ú Bistrô, Cuisine Contemporaine. O restaurante, comandado pelo Chef Altemar

Serviço: Boutique Hotel Marlin’s Praia da Pipa, Rio Grande do Norte, Brasil http://www.hotelmarlins.com Toca da Coruja Praia da Pipa, Rio Grande do Norte, Brasil www.tocadacoruja.com.br


CADEIRA HASHI

BASE DE MESA DAISY

MESA LATERAL TEAR

R. JOAQUIM CARNEIRO DA SILVA, 131 - PINA (81) 3326.5614


LANÇAMENTO da 37ª EDIÇÃO TERRA MAGAZINE

família de katia peixoto

LANÇAMENTO 37ª EDIÇÃO Kátia Peixoto, empresária de sucesso que se divide entre Recife e Fernando de Noronha, fala do desafio de empreender na Ilha. Dona de duas pousadas que esbanjam charme e sustentabilidade, ela foi a capa de nossa 37ª edição, lançada no início de dezembro, no Cabanga Iate Clube, local representado pelo seu comodoro, Jaime Monteiro.

EDUARDA costa e paulo azul

dj sardinha animou a festa

O evento reuniu, como de costume, clientes, parceiros e grandes nomes da sociedade e imprensa pernambucana, num perfeito alto astral, compatível com a época festiva de confraternizações do final do ano. O nosso evento foi montado na área central do clube, num lounge primoroso assinado pelo designer e também colaborador da nossa revista, Paulo Azul, com móveis da Trendd. A noite contou com shows de Luciano Magno, Cezzinha e também da banda Som da Terra, discotecagem do Dj Sardinha e o buffet foi assinado pela Arcádia Recepções.

Eduardo henrique e iuri leite

VALDEJANE MORAES

Sheila wanderley e joão alberto

socorro, jose vilaça, letícia e josé cavalcanti

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luciano magno, rominho e cezzinha fotos: Armando Artoni e Rudah Goes


Ricardo Leal, Andrea Danzi, Marcos Russo e Marcia DAnzi

alexandre ferraz, suzete ferraz e Roberto Salomão

mila e aécio ferraz

SHEILA E JOSÉ AUGUSTO CARNEIRO

Zezinho Santos

gegÊ pedrosa e jô santana

léo barbosa e izabelle rino

Sergio Aroucha, twilla barbosa, carlito asfora e

Beth e Afrizio Melo

felipe noblat , errol flynn e andré lauria

Nysse vitrieh e daniel machado

tuca sultanum, claudio barreto, maria do carmo e danielle esteves

daniel bezerra, milton luna, anna carolina e diego jatobá

michele queiroz e leonardo simões

ricardo coller, joão coscardo e camila diniz

marcela cartaxo e katia peixoto

ANDERSON ARAGÃO

SELMA VASCONCELOS

rildo saraiva, eliane e Sergio Rozenblit

flawia pinhhou

ana luiza e ARTUR ALMEIDA

bruno barreto e fernanda mossumez


LANÇAMENTO da 37ª EDIÇÃO TERRA MAGAZINE

A 37ª edição também foi lançada em Fernando de Noronha, fazendo jus ao trabalho e homenagem de nossa capa, além do nosso caderno especial sobre a Ilha. Os convidados participaram de um passeio de escuna em parceria com o Vinho Club e muitos apreciaram o Festival Gastronômico do restaurante Zé Maria.

FESTIVAL GASTRONÔMICO

SÉRGIO SOUZA E MARCELO BARROS

IAPONÃ E ANA LUIZA MELO

ZÉ MARIA

SÉRGIO LOBO E EDGAR MORAES

MILTON LUNA

CLAUDIO BARRETO E MARIA DO CARMO

Pedro Henrique

RILDO SARAIVA E DANIEL BEZERRA



1ª Feijoada Fashion Designer LANÇAMENTO DA 38ª EDIÇÃO ESPECIAL TERRA MAGAZINE

O

domingo 17 de janeiro abriu espaço para a folia no Recife com a realização da I Feijoada Fashion Design, no Manhattan Café Theatro. O evento foi idealizado pelo design Paulo Azul, realizado em parceria com a Terra Magazine e contou com a participação dos artistas Silvana Salazar, Nena Queiroga, Carla Rio, Cezzinha, Gerlane Lops, além do Maestro Forró que, além de ser um dos homenageados do

carnaval do Recife neste 2016, estampou a capa da edição especial da revista lançada também nesta ocasião. “Fico super feliz em participar dessa edição super, hiper, especial da Terra Magazine e ser homenageado por uma cidade que tem um dos carnavais mais importantes. Para mim é muito gratificante e aumenta ainda mais a minha responsabilidade”, destacou o homenageado.

ASSISTA NO PORTAL WWW.TERRAMAGAZINE.COM.BR

MAESTRO FORRÓ E CEZZINHA

MAESTRO FORRÓ, GERLANE LOPS E NENA QUEIROGA

SILVANA SALAZAR

MÁRIO BAÔ, Jacqueline Ferreira, MARIA CRISTINA E ROMERO DUARTE

Leonardo Rodrigues, CONCEIÇÃO LEDO, Paula Ribeiro E CARLOS AUGUSTO

Filmagem | fotos: Yuri Fernando e Rudah Goes

ANDERSON ARAGÃO, JOSÉ AUGUSTO E SHEILA CARNEIRO, VANIA COUTINHO

CLAUDIO BARRETO, GRAÇA ARAÚJO E PAULO AZUL

GUILHERME EUSTAQUIO, MÔNICA PAES E RONALDO FERREIRA

Nadjania Gomes e Eric Dayan

Nethe Lima e MARCELO SOUZA


ACONTECEU

CARNAVAL 2016 GALO DA MADRUGADA

LUIZA POSSI

barbara E CHICO CESAR

FELIPE CARRERAS E Ana paula VilaÇa

OTTO E GABI AMARANTOS

Lia Sophia

Cristina Melo E GERALDO JÚLIO

GUILHERME E RÔMULO MENEZES

SHEILA WANDERLEY E JOÃO ALBERTO

graça araújo

PAULO CÂMARA E ANA LUIZA

paulo azul e roberta jungmann

marques de sapucai - RIO DE JANEIRO

Daniel , Ana Alva E LUCIANA COM Marcos Rezende

Cida Amaral E Igor do pro social COM Gardenia CavalcantI

Marcos Rezende, professor Prazeres da Liesa e Daniel Alva


social TERRA

jaguar night experience A concessionaria Rota Premium promoveu coquetel para o lançamento do novo JAGUAR XF. O veículo da marca inglesa foi revelado em grande estilo com o performer Dielson Pessoa e o artista multimídia Gabriel Furtado.

Biu Lucena, Eduardo Pessoa e Luiz Inácio Andrade

marta e paula queiroz com Heracliton Diniz

jorge pinho

silvio menezes e claudio barreto

Poca Monte, jorge moraes e Sergio Figueroa

Fotos: Gleyson Ramos

Julieta e José Ranulfo Queiroz

Confraria Vinho Club Of the Sea ''Recife''

fotos: Rodrigo Cavalcanti

O Vinho Club promoveu uma degustação durante passeio no Catamarã Tours no Recife em comemoração ao aniversário das cidades Recife e Olinda.

SUBARU EM RECIFE

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Fotos: Gleyson Ramos

A montadora inaugura sua 11ª revenda no Brasil, sendo a 1ª concessionária do Norte/Nordeste. A loja fica localizada na Avenida Domingos Ferreira, em Boa Viagem.



TEST DRIVE discovery sport hse luxury

test drive

AVENTURA NAS DUNAS discovery sport hse luxury

por Claudio Barreto

N

osso destino, litoral do Rio Grande do Norte, com lindíssimas falésias, praias e dunas, cenário perfeito para testar um 4x4. O escolhido para nossa aventura: Land Rover Discovery HSE Luxury, 7 lugares, motor 2.2, turbodiesel 190 cv, 43 kgfm, tração integral, direção elétrica, SUV/ CROSSOVER (definição fica a critério do dono (risos)). Decidimos sair da capital Recife rumo a Natal no horário da noite por alguns motivos: fugir do trânsito do fim de semana prolongado e curtir a noite, apreciando através do teto elétrico panorâmico a belíssima lua cheia e as estrelas, que passa a sensação de um carro conversível. Na estrada, uma viagem tranquila, conforto interno, segurança e muito econômico. Com a autonomia do tanque, percorremos todo o percurso de ida e volta, total de 560 km. Destaque para a transmissão

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de 9 velocidades, o que favoreceu as ultrapassadas em vias declinadas com trocas de marchas extremamente suaves e rápidas. Chegamos a Natal! Escolhemos o hotel Porto do Mar para hospedagem na via costeira, vista privilegiada num dos locais mais charmosos do estado. Ponto de saída para o test drive.

Pipa, considerada uma das praias mais bonitas do Brasil, com falésias e dunas de areias finas. Nosso objetivo foi passar por dunas e terrenos acidentados (falésias), para provar que o carro é um verdadeiro valente em qualquer condição. O veículo está com pneus comuns, não tendo qualquer preparo para o off-road.

Nosso teste começou bem cedo rumo a

O Terrain Response no modo areia e relva/


grama foi muito usado, o sistema modulou de forma eficiente, a força em cada uma das rodas como os pneus não eram os de uso para este tipo de terreno, tivemos que dirigir com mais cautela. Mesmo em condições de stress para os ocupantes, não faltou força para o SD4, que se comportou muito bem. Nossa conclusão: Passamos o dia em ambiente externo com sensação de 50°graus e debaixo de sol escaldante. Ao final do dia, comemoramos o sucesso do trabalho sem nenhuma fadiga.

FICHA TÉCNICA Motor: Dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16 válvulas, comando duplo, turbodiesel Cilindrada: 2.179 cm³ Potência: 190 cv a 3.500 rpm Torque: 43 kgfm a 1.750 rpm Transmissão/tração: Automático de nove velocidades, tração integral Direção: Elétrica Suspensão: Independente, McPherson na dianteira e multilink na traseira Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás Pneus: 235/55 R19

Apoio: Concessionária Rota Premium - (81) 3464 5454 Hotel Porto do Mar - natal|rn - (84) 4008 4242


TEST DRIVE volvo s60

Aceleramos o

volvo s60

ASSISTA por Claudio Barreto

Os carros da montadora Volvo já são conhecidos no mercado mundial como os mais seguros do mundo. Então, deixaremos de lado estes detalhes de segurança e falaremos de outros aspectos que contemplam uma boa opção na hora de decidir a compra. O volvo S60 tem duas versões, Kinetic e Momentum, ambas são equipadas com o eficiente motor T5 Drive-E, 2.0, 245 cv, o mais potente dentre os concorrentes diretos, que atua em conjunto com a transmissão Geartronic de 8 velocidades. Essa motorização, que adota turbo e injeção direta, propicia consumo 20% menor que o da antiga motorização 2.0 Ecoboost, derivado da Ford. Outras tecnologias para aumento da eficiência: sistema Start-Stop, que desliga o motor automaticamente em paradas de trânsito, e função Eco+, que reduz ainda mais o consumo de combustível. O legal que a função Eco+ atua de forma ativa de várias formas: acionada aprimora a ação do sistema Start-Stop, desligando o motor antes da parada total do carro (em velocidades abaixo dos 7 km/h); desacoplando a transmissão em velocidades acima dos 65 km/h, para melhor aproveitamento da energia cinética em descidas e momentos de velocidade constante e na otimização dos pontos de troca de marcha e de respostas do acelerador.

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Os principais diferenciais em relação à concorrência: motor com a maior potência e torque da categoria, com baixo consumo de combustível, tecnologia Sensus Connect de série, sistema Volvo On Call, dentre outros equipamentos. Comparativamente, os modelos da Volvo Cars trazem mais itens de série – principalmente no que se refere à segurança – que seus concorrentes diretos na mesma faixa de preço. As nomenclaturas "T4, T5 e T6" correspondem à quantidade de cavalos de força: T4 a partir de 181 cv, T5 a partir de 245 cv e T6 a partir de 306 cv.

Os passageiros do banco traseiro podem cruzar as pernas e desfrutar do passeio.

VERSÕES: KINETIC: bancos em couro natural, com regulagens elétricas para o motorista, arcondicionado digital de duas zonas, seis airbags e o sistema Sensus Connect. MOMENTUM: Kinectic mais a tecnologia Sensus Navigation, bancos dianteiros com suporte lombar elétrico e regulagens elétricas também para o passageiro, teto solar, painel de instrumentos digital personalizável, de 8”, paddle shift, sensor de chuva, molduras de vidros em alumínio e rodas de liga leve de 18”. São opções com uma ampla gama de equipamentos de segurança, conforto e conectividade, que atendem a uma fatia importante de consumidores do segmento premium. O estilo sedã da Volvo S60 é uma excelente opção para quem não abre mão do conforto e espaço.

Traseira imponente com duas saidas de escapamento Agradecimentos Concessionária Rota Premium Rua Itajubá, 311 Imbiribeira, Recife - PE (81) 3471-5003



TEST DRIVE audi a1

AUDI A1

PEQUENO

GRANDE

CARRO

por Claudio Barreto

A

ndamos no centro urbano do Recife com o modelo compacto da Audi, A1 Sportback, versão Attraction, motor 1.4 Turbo FSI de 125 cv. O carro ofereceu um excelente comportamento e prazer ao dirigir. Seu tamanho pequeno garante agilidade e facilidade em manobras. Muito bom para estacionar. "Não pense que por ser pequeno não irá ter força, ele corre muito". Andamos no limite da velocidade da cidade, 60km/h, mas suficiente para perceber que ele anda muito. O câmbio S tronic de dupla embreagem com sete velocidades, deixam as trocas de marchas rapidíssimas e por ser um carro leve e que não precisa de muito esforço para um bom desempenho, assim contribuindo um baixo consumo de combustível. Acelera de 0 a 100km/h em 8,8s (conforme fabricante).

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Em relação ao painel de instrumentos, é tradicional da marca, com as informações sendo mostradas com bastante clareza. Para maior eficiência do sistema de climatização e menor consumo energético, os vidros laterais e traseiros possuem isolamento térmico e o para-brisa tem uma faixa cinza para bloquear os raios de sol. As duas versões, Attraction e Ambition, são equipadas com airbags laterais na dianteira, além de airbags tipo cortinan para proteção da cabeça ao longo das janelas. Este pequeno hatch, tem um acabamento perfeito de um carro alemão, e manteve um padrão digno premium. Agradecimentos Concessionária Audi Center Recife Av. Antônio Tôrres Galvão, 283 - Imbiribeira, Recife (81) 3301-3084

FICHA TÉCNICA Audi A1 Sportback Attraction Motorização: 1.4 Turbo FSI Cilindros / Cilindrada: 4 em linha / 1.395 cm³ Potência (cv): 125 a 5.000 rpm Torque (Nm): 200 entre 1.400 e 4.000 rpm Tração: dianteira Transmissão: S tronic 7 velocidades Peso (kg): 1.140 Comprimento (mm): 3.973 Aceleração 0-100 km/h (s): 8,8s Velocidade Máxima (km/h): 204 Largura (mm): 1.746 Altura (mm): 1.422 Entre-eixos (mm): 2.469 tanque de combustível (l): 45 porta-malas (l): 270



Negócios Marivan Gadêlha

COMMODITIES MOVIMENTO E PODER

C

om a crise econômica mundial, a procura das matérias-primas que deveria reforçar o fortalecimento de economias emergentes como a do Brasil, não vem gerando os resultados esperados no país. Essa crise vem provocando uma queda nos preços das commodities, bens em estado bruto de origem agropecuária ou de extração mineral ou vegetal, produzidos em larga escala como café, açúcar, soja, trigo, ouro, minérios diversos e o petróleo, entre tantos outros. Essa queda vem representando um forte impacto nessas economias mais dependentes da exportação. Se esquecermos um pouco a crise, independentemente da época, as matériasprimas sempre sustentaram o crescimento e o poder. Na antiguidade o controle da água para o cultivo, na idade média a posse da terra para o feudalismo, na Revolução Industrial o carvão como principal fonte de energia e, mais adiante, o petróleo como a base para o surgimento do império

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americano. Este cenário se repete, mesmo na moderna economia no contexto da sociedade da informação. Como em outros momentos da história, as matérias-primas também sinalizam a migração da riqueza e do poder, que hoje ocorre na direção dos países emergentes, pois são eles que mais produzem e consomem. Se a movimentação e o preço das commodities voltar a crescer, o capital se voltará rapidamente para os países em desenvolvimento. Neste cenário, o futuro não será definido pelo declínio dos Estados Unidos, como se pensava até recentemente, más sim pela ascensão de países como o Brasil, se fizerem o “dever de casa”, porém não estamos fazendo. Os países emergentes apresentam potencial de crescimento diferenciado, como decorrência do crescimento da renda e do consumo das classes mais pobres. Quando os menos favorecidos melhoram de vida, comem mais e melhor, o que pressiona a

produção de alimentos. A seguir, vestemse melhor, o que demanda mais algodão. Na sequencia desejam eletrodomésticos e carros melhores, o que amplia a demanda por minérios e energia. Nesse cenário de oportunidades, a África que possui terras férteis e grandes reservas minerais, inclusive Petróleo, apresenta governos onde imperam a ineficiência e a corrupção, enquanto as tribos se debatem em conflitos étnicos; Também é preciso lembrar que as commodities são mais valiosas quando processadas. A capacidade de cada país de aproveitar suas riquezas naturais, promover o próprio desenvolvimento e fortalecer a sua influência política, vai depender da maturidade dos governos. A política “chavista” para o Petróleo, por exemplo, não trouxe benefícios concretos para a população da Venezuela. O Brasil possui um dos maiores mercados consumidores do planeta. Nos últimos dez anos, ascenderam à classe média mais


ferro

açúcar

minério

ouro

petróleo

prata

trigo soja café alumínio

de 40 milhões de novos consumidores o que estimulou o crescimento em diversos setores, se caracterizando como o maior mercado emergente mundial depois da China. Possui uma das dez maiores reservas de petróleo do planeta, sendo o maior exportador mundial de café, soja, carne de frango, carne bovina, açúcar, suco concentrado de laranja, tabaco, etanol e minério de ferro. Nosso potencial é extraordinário, porém o Brasil corre o risco de se transformar no eterno “pais do futuro”. Esse cenário está fortemente associado ao modelo de interferência do governo na economia, assim como à ineficiência na gestão pública e à corrupção. A Petrobras hoje, vem se materializando como principal exemplo dos resultados deste modelo. Segundo John D. Rockefeller, fundador da Satandard Oil Company no início do século passado, “...o melhor negócio do mundo é uma empresa de Petróleo bem

...o melhor negócio do mundo é uma empresa de Petróleo bem administrada. O segundo melhor negócio do mundo é uma empresa de Petróleo mal administrada...”. D. Rockefeller

administrada. O segundo melhor negócio do mundo é uma empresa de Petróleo mal administrada...”. A gigante brasileira detém a mais avançada tecnologia para extração em águas profundas e é conhecida como centro de excelência em prospecção de reservas. Mesmo com as descobertas gigantescas de reservas como a de Tupi em 2008, independentemente dos problemas de corrupção hoje de conhecimento público,

o desempenho da empresa tem sido ruim a muito tempo, se comparado ao setor a nível mundial. A origem dos problemas da Petrobras tem raízes antigas, o viés político criou na organização uma cultura em que o que contava era a capacidade de articulação política e não os aspectos técnicos. Hoje a sociedade sabe que cargos executivos vinham sendo utilizados para a solução de disputas políticas e financeiras. A queda nos resultados da empresa, independentemente dos escândalos de corrupção alardeados na mídia, revelam a distância entre a estatal brasileira e as grandes petrolíferas do mundo. Todo esse contexto nos assegura que a posse de grandes reservas de riquezas naturais, efetivamente não é suficiente para o sucesso econômico de países emergentes como o Brasil. A sorte de deter estas riquezas precisa estar associada a capacidade de saber o que fazer com elas.

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saúde dr. joão vilaça

Personalização chega à cirurgia de catarata C

irurgia de catarata, nos dias de hoje, já se tornou um assunto comum entre as pessoas que sofrem de problemas de visão. As técnicas para a realização do procedimento estão cada dia mais modernas, o que faz com que as pessoas percam o medo. Outro fator favorável é o aumento da expectativa de vida, que tem alterado significativamente a forma de condução das cirurgias de catarata. Antigamente, a maior preocupação

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era de devolver a visão dos pacientes fazendo a substituição do cristalino opaco, porém hoje, a modernização nas lentes intraoculares (LIOs) possibilitam a personalização destas cirurgias, agregando mais qualidade à visão. O perfil clínico e comportamental de cada paciente em particular, como autonomia e autoestima, são levados em conta pelos novos procedimentos, além dos quesitos

clínicos em questão. Jovens senhores que praticam esportes, gente que faz o uso de computador com frequência, leitores assíduos, médicos, dentistas e engenheiros, são exemplos de pacientes que podem precisar da cirurgia de catarata. Mas existem também aqueles que não abrem mão dos óculos por considerarem que o acessório faz parte da sua identidade. “São situações que podem parecer corriqueiras, mas que representam um quesito importante


A tela do laser com a tomografia do cristalino realizando o tratamento

O problema da catarata, no entanto, não deve ser tratado com tanta simplicidade. Dados da Organização Mundial de Saúde relatam que existem 18 milhões de cegos por catarata no mundo, e deste número, estima-se que sejam 350 mil apenas no Brasil.

no desempenho satisfatório de ações cotidianas, impactando significativamente a qualidade de vida. Principalmente se considerarmos que essas pessoas ainda terão cerca de 20 ou 30 anos de vida produtiva após a cirurgia” afirma o Dr. João Vilaça. O problema da catarata, no entanto, não deve ser tratado com tanta simplicidade. Dados da Organização Mundial de Saúde relatam que existem 18 milhões de cegos por catarata no mundo, e deste número, estima-se que sejam 350 mil apenas no Brasil. Nos países em desenvolvimento, a catarata representa 50% dos casos de cegueira. Cerca de 85% dos pacientes de catarata estão com idade acima dos 50 anos, com a vida ativa, trabalhando, viajando e com hábitos e preferências que já podem ser levados em consideração no momento da decisão sobre que

tipo de LIO será implantada. O Dr. João Vilaça pontua: “Os avanços nas técnicas cirúrgicas e nas LIOs apresentados nos últimos anos ultrapassam em muito todas as conquistas obtidas desde as primeiras cirurgias de catarata. Isso se deve também à disponibilização de equipamentos que avaliam no pré-operatório, com precisão, o poder (grau) das LIOs, as aberrações ópticas do olho, as alterações de outras estruturas oculares como o filme lacrimal, a córnea, a retina e o nervo óptico, capacitando desta forma o oftalmologista na definição do melhor tipo de lente para cada paciente e, consequentemente, no melhor resultado cirúrgico”. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a catarata é definida como qualquer opacificação do cristalino que atrapalhe a entrada de luz nos olhos, acarretando diminuição da visão. A doença pode causar desde pequenas distorções visuais e até mesmo cegueira. Catarata pode ser congênita (de nascença), secundária (resultante de fatores variados) ou senil (consequência de alterações bioquímicas relacionadas à idade). Durante a cirurgia de catarata, retira-se o cristalino opaco e implanta-se uma lente intraocular (LIO) com grau especificamente calculado. Existem diferentes tipos de lentes intraoculares (LIOs) – elas podem ser

monofocais, que corrigem apenas um foco, de perto ou de longe; e multofocais, que corrigem a visão de perto, intermediária e longe. As lentes tóricas, que podem ser mono ou multifocais, também corrigem o problema do astigmatismo. E existem também as lentes pseudoacomodativas. Sobre este tipo de material, Dr. João Vilaça comenta: “Todas essas LIOs podem ser introduzidas por microincisões de dois milímetros, diminuindo a incidência de complicações pré e pós-operatórias. Melhoram a visão já a curto prazo, fazendo com que os pacientes tenham melhor qualidade de visão”.

Dr. João Vilaça Hvisão - Hospital da Visão de Pernambuco www.hvisao.com.br (81) 3117 9090 | 9 9609 0557

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saúde alimentação funcional

A alimentação funcional na mesa dos brasileiros Mercado é um dos mais promissores e desconhece crise

por Ana Paula Bernardes

E

squeça o termo crise ao referir-se ao mercado de alimentação funcional. Na mesa dos brasileiros, o consumo saudável vem crescendo a olhos vistos nos últimos anos. De acordo com um estudo da agência de pesquisa Euromonitor, o mercado de nutrientes e bebidas ligados à saúde e ao bem-estar, vem ultrapassando US$ 35 bilhões desde 2014, sendo o Brasil o 4º mercado do mundo. Sem contar que há uma expectativa de que mesmo com o mercado em retração, haja crescimento de 8% a.a. nos próximos cinco anos. Se buscarmos a definição exata do termo alimentação/gastronomia funcional, encontraremos algo que vai além do que o mercado saudável produz. Para a nutricionista pernambucana Débora Wagner, a caracterização vem, em suma, do conhecimento do que se está levando à mesa. “A denominação funcional caracteriza o alimento que traz benefícios à saúde seja pela sua propriedade nutricional, pelo

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A denominação funcional caracteriza o alimento que traz benefícios à saúde seja pela sua propriedade nutricional, pelo seu valor agregado, tanto quanto pela sua densidade nutritiva. O valor funcional deste alimento será responsável pelos fatores de proteção, prevenção e melhoria de imunidade que o nosso organismo recebe” seu valor agregado, tanto quanto pela sua densidade nutritiva. O valor funcional deste alimento será responsável pelos fatores de proteção, prevenção e melhoria de imunidade que o nosso organismo recebe”, explica. E o porquê da expansão deste mercado? É simples. De acordo com relatório da Nielsen, mais da metade da população atualmente preocupa-se em ler o rótulo

das embalagens do que consome, prevalecendo a preferência por alimentos naturais aos industrializados. “Hoje em dia o que se vê nos consultórios são os hábitos de vida ligados diretamente ao conceito de prevenção. E isso é extensivo às famílias de uma maneira geral, que buscam adotar performance e estética, e mecanismos de envelhecimento saudável através do conhecimento das propriedades de cada alimento”, ressalta Débora. Neste menu de alimentos do bem, a nutricionista cita alguns, para não listar milhares, com propriedades para guardar na relação semanal do supermercado ao lado de suas propriedades. “O alecrim, na melhoria da digestão; dos probióticos que melhoram a imunidade, a bioma intestinal e a proteção; castanhas e sementes com suas propriedades antiinflamatórias, assim como a cúrcuma e o açafrão, como potentes antioxidantes”, orienta a nutricionista que ao mesmo tempo, faz um alerta.


Bennati/ Palmeiron “Atenção com tudo que for biologicamente modificado. O excesso vai ser prejudicial. O indicado para qualquer pessoa, com restrição alimentícia ou não, é fazer uma dieta equilibrada e sob orientação de profissional adequado”, destaca. E neste boom de brasileiros que estão buscando uma adequação nutritiva, não só particular, como familiar, encontramos a história de Lucinda Eulálio. Farmacêutica de formação, com especialização em gastronomia funcional e professora de bioética, teve como pontapé inicial em sua vida o desejo de cuidar da saúde da família. Lucinda acreditava que isto não seria muito difícil, já que o ato de cozinhar e as reuniões dela com marido e os filhos em torno da mesa sempre foram momentos importantes. A partir desta preocupação, foi nascendo um novo mundo de possibilidades para a cozinha criativa funcional de Lucinda. Ao mesmo tempo que um projeto mantido em conjunto com uma amiga na criação de um blog de receitas saudáveis, Lucinda enxergou como nicho de mercado o sistema delivery de entrega de refeições do bem. Nascia o Bistrô funcional. A ideia deu tão certo que o delivery migrou da cozinha familiar de Lucinda e agora o Bistrô já possui sede fixa em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, e o segredo do sucesso deve-se a duas palavrinhas. “ Sabor e saudabilidade”, confessa a empresária. Hoje a operação atende toda a Região Metropolitana. São refeições saudáveis que podem ser personalizadas para atender dietas prescritas por nutricionistas ou acompanhamentos com nutrólogos. No caso do grande público, o menu do dia é apresentado pelas redes sociais no início da manhã e a partir daí as encomendas não

É uma alimentação de verdade, equilibrada, sem aditivos químicos, livres de óleos e glúten, onde tudo é feito com ingredientes selecionados, incluindo uso de orgânicos” param. “É uma alimentação de verdade, equilibrada, sem aditivos químicos, livres de óleos e glúten, onde tudo é feito com ingredientes selecionados, incluindo uso de orgânicos”, explica Lucinda. E essa atenção e diferença com o consumidor é algo perceptível nas refeições servidas pelo Bistrô. O cardápio é totalmente autoral, que naturalmente nasceu como fruto de muito estudo e pesquisa da especialista, onde cada cor representa um fator nutricional diferente, acompanhado de temperos funcionais. Entre os produtos facilmente encontrados no Bistrô Funcional e que explodem neste mercado de alimentação saudável, lembramos da biomassa de banana verde, raiz de bardana, quinoa, chia, amaranto, berrys, além de caldos feitos sem água e sucos prensados a frio. Mas antes da alimentação saudável ser considerada um mercado promissor, para aqueles que desejam encontrar insumos para refeições, o mais fácil era desistir, pois o comum era esmagar na escassez de pontos saudáveis. Com os dados apresentados no início da matéria, logo nota-se que isso não mais existe. Depois das feirinhas orgânicas que se instalaram em vários pontos da cidade, foi a vez das lojas de produtos naturais. Os estabelecimentos são variados e o mix oferecido também. A faixa, antes restrita para atendimento a celíacos ou

com resistência a lactose, expandiuse e hoje atende a todos aqueles que desejam manter a linha. Exemplo disto é o Greenmix, loja que posiciona-se como o primeiro mercado saudável da região, visto seu porte físico e linha de produtos que tratam de itens a granel, outros exclusivos para veganos, tipos glúten free e vários itens num hortifruti totalmente orgânico. A ideia nasceu justamente da reeducação alimentar de uma das sócias, Mariana Dias que, na procura pelos alimentos saudáveis, lamentava a demora que muitos deles chegavam a Recife. Decidiu apostar no negócio e para isto juntou-se ao pai Ricardo Canella e à irmã, Rafaela. Não contentando-se com esta proposta inicial, o local também oferece uma padaria funcional, sendo a única do gênero glúten free na região Nordeste. Trata-se de um espaço que oferece diariamente um mix de mais de 40 itens, entre pães diversos, salgados fit à base de batata doce e pizzas – incluindo sabores veganos.” Além de vender, nós buscamos dar dicas e tirar as dúvidas do nosso cliente, visto que hoje há um público crescente e ávido por informações”, ressalta Mariana.

Serviço: Debora Wagner- 81 99711590- @nutrideborawagner Bistrô Funcional- 81 999816794 - @bistrofuncional Greemnix- Mercado Saudável- Av. Conselheiro Aguiar, 1044. Boa Viagem - (81) 3198-7250

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SAÚDE DRA. FERNANDA MOSSUMEZ

Como ficar EM FORMA sem recorrer à cirurgia?

E

star com a aparência, humor e trabalho em dia, parece que se tornou uma obrigação.

Às vezes, escutamos que uma amiga fez lipo, outra uma plástica nas pálpebras e que o resultado foi fantástico! Lógico que dá vontade de sair correndo e fazer também. Entretanto, bate também aquele medo, aquela preocupação de algo definitivo... E se não der certo? Lógico que esse temor não está associado à competência dos colegas cirurgiões plásticos e sim, na maioria das vezes, com as variáveis que não são controláveis pelo ser humano. Diante disso, podemos aproveitar das novas tecnologias que também estão disponíveis para nos ajudar nessa tarefa. Hoje dispomos de muitas novidades no campo da medicina estética, o que acabou gerando um excesso de informação que muitas vezes a gente nem sabe por onde começar... Existe uma questão de regulamentação dos próprios conselhos que gerenciam cada profissão, o que às vezes parece um pouco confuso, com relação a quem faz o que. Contudo, cada profissional conhece suas habilidades e sabe da sua responsabilidade

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seria também uma preocupação diante de um procedimento cirúrgico.

O Hoje dispomos de muitas novidades no campo da medicina estética, o que acabou gerando um excesso de informação que muitas vezes a gente nem sabe por onde começar..."

de poder chegar aos resultados desejados. Bem, visto isso, vamos lá. A tendência é que os procedimentos possam ser realizados no próprio consultório com o uso de anestesia tópica (ou seja, apenas no local que será realizado o procedimento), mesmo nos casos onde é exigido o uso de cânulas e agulhas para a realização do procedimento. Normalmente, a dor durante a realização é um questionamento constante, juntamente com a possibilidade de alguma possível complicação. Em relação a esse tópico, quando realizado por mãos experientes e bem treinadas, o risco se torna praticamente zero. Lógico que nunca sabemos como cada paciente irá reagir a cada intervenção, contudo isso

A vantagem aqui é poder adiar o quanto possível a necessidade de uma cirurgia plástica, aliada a possibilidade de continuar exercendo nossas atividades diárias, como a prática de exercícios físicos e trabalho com o mínimo de desconforto após o procedimento estético. O custo de profissionais menos habilitados torna-se um atrativo, algumas vezes, todavia podemos nos deparar com alguma consequência que não era esperada. Não raras vezes, infelizmente, acabamos por ter que corrigir resultados inesperados em procedimentos que não foram realizados por médicos. Assim sendo, melhor estarmos atentos.

Dra. Fernanda Mossumez Serviço: Centro Integrado de Longevidade e Estética Av. República do Líbano, 251- Sl 2710 - Pina



ESPORTE

Novas tendências do fitness universo

Fazer atividade física, seja qualquer especialidade, tornou-se um hábito de grande importância dentro da sociedade. E esqueça o gênero patricinha que faz selfie nas máquinas ou mesmo os marombeiros que levantam 400 quilos. O leque social em quesito é de grande amplitude e a busca pela qualidade de vida é a grande justificativa. 84| TERRA MAGAZINE


Neste contexto, também temos alunos que frequentam a academia apenas pelo Yoga e é bem interessante observar este público que chega com seu Mat (tapetinho para prática), toma um cafezinho, bate um papo e vai para as suas atividades cotidianas. O Yoga na Santé é referência e veio para quebrar o paradigma que academia não é ambiente para este tipo de Prática”, ressalta. Na Santé, as aulas acontecem de segunda a sexta, em horários alternados manhã e noite, numa sala especial que, além de bem equipada e reservada, é dotada de uma acústica protegida, tornando o ambiente ideal e adequado para o exercício, segundo explica a professora do grupo.

Por Ana Paula Bernardes e Luiza Tiné

S

ão 7h30 da manhã de um sábado e um grupo, com idades entre 12 e 57 anos, migra para a praia de Candeias, para um treino um tanto quanto diferente: Jiu Jitsu nas areias. Isso mesmo! A ideia partiu dos educadores físicos João Ferreira e Derval Rêgo, pós graduados em Grupos Especiais e Exercício Físico e Fisiologia do Exercício, respectivamente, ambos faixa preta no Jiu Jitsu que, atendendo a pedidos de alguns treinandos desta modalidade, levaram o treino para a praia. O grupo que começou com sete integrantes, em pouco tempo, já somava 24 alunos, entre atletas e iniciantes. A estrutura montada foi um circuito com 10 estações que misturavam coordenação, agilidade, força e equilíbrio, com movimentos característicos da luta como entrada de baiana, cinto de tração, strawl, entre outros conhecidos. “O resultado foi um treino funcional intervalado ou HIIT como tem sido conhecido, que em outras palavras, nada mais é do que um aeróbico de alta intensidade e curta duração, onde o aluno permanece 30 segundos em cada estação e 15 segundos de descanso”, explica João Ferreira. A ideia, obviamente, não é formar nenhum atleta nesta modalidade, mas a recompensa física é garantida. “O intuito não era praticar a arte em si. Era fazer alguns de seus movimentos com alta intensidade. Mesmo quem nunca praticou nenhuma outra arte marcial, conseguia fazer os exercícios, e de maneira mais intensa, o que garantia ótimos resultados físicos”, ressalta Ferreira. Essa tendência de diversificação e controle de exercícios, não para por aí. Segundo o Colégio Norte-Americano de Medicina Esportiva (ACSM, em inglês), que anualmente lança uma pesquisa global com mais de 2 mil profissionais de educação física dos Estados Unidos sobre as tendências físicas, destacou que para 2016, além da variedade de exercícios físicos, os praticantes também irão adotar tecnologia móvel como aplicativos e dispositivos que auxiliam na hora de praticar atividade física.

incluindo eventuais problemas de saúde e desconfortos, para em seguida montar o treino, que é acompanhado, como o próprio nome do serviço diz: on line. “O aluno que busca este tipo de serviço não tem agenda disponível que bata com o profissional, mas mesmo assim, ele confia e acompanha aquele trabalho, muitas vezes pelas redes sociais. Então nós aliamos tempo de treino e objetivos do aluno e o acompanhamos através de skype, gravamos vídeos com tira dúvidas, whats app, para que ele receba toda orientação devida na hora da prática do seu exercício”, ressalta o educador. A ideia vem dando tão certo que hoje ele nos conta que já possui alunos também em São Paulo e no Rio de Janeiro, todos atendidos virtualmente. Uma outra modalidade apontada pelo Colégio norte-americano é o aumento dos praticantes de Yoga dentro das academias. Em Recife, isso é observado dentro da Santé, academia localizada na Zona Sul da cidade. Liderada por Raquel Bormann, professora de Iyengar Yoga com certificação internacional nível introdutório II e massoterapeuta da técnica Yoga Massagem Ayurvédica , a Yoga, confrontando com a pesquisa apontada só agora pela entidade americana, já é uma modalidade realizada pela academia desde sua inauguração, há 4 anos, e abriga um grupo totalmente multidisciplinar. “Ao longo deste período, posso dizer que desenvolvemos um trabalho bem consistente com cerca de 70 alunos circulantes pelas aulas. Nós temos alunos que são atletas de lutas, de musculação de alta intensidade, de surf, que descobriram os benefícios que o yoga pode somar às suas atividades desportivas.

Enquanto isso, na Zona Norte do Recife, o Clube 17, em Casa Forte, prega a filosofia de “saúde e não culto ao corpo, wellness e não fitness”. A academia oferece, além da tradicional musculação, uma série de atividades que chamam a atenção de quem não gosta necessariamente de levantar pesos. Os sócios do local ao criarem o Clube 17 buscaram um novo conceito de academia, que conta também com espaço para esportes radicais como arvorismo, escalada, rapel e tirolesa que podem ser praticados tanto por adultos quanto por crianças, acompanhados de instrutores especializados. O objetivo dos sócios responsáveis pelo local, Caroline Peixoto, Roberto Sales e Andrea Melo é proporcionar aos seus frequentadores uma boa e longa vida além do bem-estar físico e mental através de programas de treinamento exclusivos e direcionados de acordo com a necessidade de cada um. São várias modalidades agregadas no mesmo local: alongamento, treinamento funcional indoor e outdoor, corridas, cooper, diferentes tipos de ginásticas – localizada, trampolim, step – danças, lutas, vôlei, escolinha de futebol, iniciação ao atletismo, kickboxing, pilates, treinamento cardiovascular, ciclismo entre outros. Uma prova de que é possível encontrar academias com diferentes opções para se manter em forma e saudável. Por sinal, O Clube 17 deixa claro que, para a realização de qualquer que seja a atividade, é necessário e recomendável que seja feito um exame minuncioso do nível de aptidão física de cada um, na própria academia. O teste analisa todo o sistema cardiorrespiratório e neuromuscular, ajudando então, a identificar os parâmetros ideais de treinamento. Durante o processo de treinamento, os índices são reavaliados para que sejam estabelecidos novos objetivos e procedimentos.

O Colégio norte-americano também atenta para a importância de nunca deixar de lado, mesmo com esse universo móvel, a procura por um profissional de educação física devidamente credenciado para acompanhar os exercícios. Pensando nisto, o personal trainer Fernando Araújo, que já somava dez anos de profissão com vários cursos de treinamento de força e emagrecimento, montou no Recife, uma plataforma de consultoria on line para atendimento. A mecânica reúne uma avaliação física onde ele conhece o perfil do aluno,

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CINEMA DOC. CHICO SCIENCE

Caranguejo elétrico Documentário sobre

Chico Science

fundador do manguebeat

E

20 anos se passaram desde a morte prematura do cantor e compositor pernambucano Chico Science. Mas parece que apenas uma viagem sem despedida nos separava do artista. O fundador do mangue beat mudou incontestavelmente a cena musical, ao incorporar um movimento completamente autoral, único, com as raízes pernambucanas, que despontou mundo afora. Esta trajetória martelava na cabeça do jornalista e produtor Ricardo Carvalho que inquieto, coletava informações e registros como um pedido à jornalista Regina Lima, ainda em 1995, que então morava em Washington, para ela produzir as gravações do show de Chico e Nação Zumbi no Festival Summer Stage, em Nova York, além de gravar uma entrevista com Gilberto Gil. O embrião do documentário Caranguejo elétrico se formava aí. E neste 2016 em que Chico faria 50 anos, no dia em que celebrava o também aniversário das cidades de Recife e Olinda, a Globo Nordeste deu um presente às duas cidades em forma de homenagem com a exibição do documentário que, numa coprodução da Globo Nordeste, RTV e GLOBO Filmes, relata detalhes importantes,

engraçados e expressivos, da vida e obra de Chico Science. Caranguejo Elétrico, com direção de José Eduardo Miglioli, que também assina o roteiro ao lado do jornalista José Teles, em 86 minutos, traz depoimentos marcantes da família do cantor, além de Fred Zero Quatro, Jorge Dü Peixe, Xico Sá, Marcelo Rubens Paiva, Lúcio Maia, Gilberto Gil, Jorge Mautner, Arnaldo Antunes, Paralamas do Sucesso, Dengue, entre outros. A vida e a obra do artista foram contadas em três atos: “A Lama”, que mostra a transformação de Francisco de Assis França em Chico Science; “O Caos”, que aborda w a trajetória do pernambucano na Nação Zumbi; e “O Legado”, parte que destacar a herança musical do mangue beat. Mais do que uma homenagem ao artista, o doc mostra um Chico que poucos conheceram, além das imagens do Festival Summer Stage, onde aconteceu a primeira viagem internacional do músico pernambucano com a Nação Zumbi. Além de Pernambuco, o especial foi veiculado para Paraíba, Rio Grande no Norte e Ceará.

fotos reprodução internet

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série

CINEMA

PERNAMBUCANO

FOTO: NOVOCINE REPRODUÇÃO INTERNET

SÓFOCLES MEDEIROS

RENATA

PINHEIRO

a arte como referência AS ORIGENS Nasceu em 1970, no Recife. Desde cedo tomou gosto pelas artes plásticas, graças à convivência com a tia da sua mãe, uma mulher muito habilidosa no ramo e que era responsável por um colégio que a sua mãe tinha no Pina, um bairro popular do Recife, vizinho ao famoso bairro de Boa Viagem. Despertou seu gosto pelo cinema assistindo muitos filmes nas sessões das tardes das TVs e frequentando as sessões de domingo do Cinema São Luís. Como tinha um temperamento muito tímido, foi convencida pelo pai a inscreverse num curso de teatro, onde desempenhou diversas atividades no período de seus 12 aos 21 anos. AS DIVERSAS FACETAS Formada pela UFPE (Curso de Extensão em Artes Plásticas), passou 1 ano na Inglaterra, onde fez uma verdadeira imersão na arte e na cultura do país. Ao lado de vários artistas pernambucanos ligados às Artes Plásticas, participou do Ateliê Coletivo “Companhia das Artes Rodadas”. Antes de enveredar pelo cinema, desenvolveu vários trabalhos que mostravam sua versatilidade na área,

como produção de cenários para shows, ilustrações de encartes para CDs e direção artística de videoclipes. Sua primeira atividade no cinema foi como Diretora de Arte do curta “Texas Hotel” (1999), de Cláudio Assis, atividade que exerceu em outras obras do mesmo diretor, como “Amarelo Manga” (2002), “Baixio das Bestas” (2007) e “Febre do Rato” (2011). Em 2003, passou quase 1 ano em Paris fazendo cursos de cinema. Lá fez um filme experimental bem interessante de título “Clipping Salvador”. A OBRA MAIOR “Amor, Plástico e Barulho”, seu primeiro longa ficcional, narra a história de duas mulheres, uma veterana e uma novata, que atuam no show business da música brega pernambucana. Cada uma vivencia, do seu jeito, o sucesso fugaz de quem se destaca nesse meio. A diretora admite que, na realização do filme, sofreu influência do tempo em que passou no Colégio da família, convivendo com a realidade de lugares como Brasília

Teimosa, Pina e Comunidade do Bode, onde conheceu o brega, um gênero onde convivem de forma harmoniosa o romantismo desvairado, a sexualidade e o erotismo. OS FUTUROS PROJETOS Estão em processo de finalização os longas “Superorquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos”, documentário passado no sertão contemporâneo com uma orquestra de baile que tem 60 anos de existência, e “Açúcar”, dirigido em conjunto com o marido Sérgio Oliveira, ficção que aborda a decadência dos tradicionais engenhos (foi rodado no casarão de engenho da família) Filmografia (como diretora) Guenzo (2005) – animação, em vídeo / curta (4 minutos). Superbarroco (2008) – documentário / curta (17 minutos). Praça Walt Disney (2011) – documentário / curta (21 minutos), em conjunto com Sergio Oliveira. Estradeiros (2011) – documentário / longa (79 minutos), em conjunto com Sergio Oliveira. Amor, Plástico e Barulho (2013) – ficção / longa (85 minutos).


O Ministério da Cultura do Brasil, a Caixa Econômica Federal, a Caixa Seguradora, a Bancorbrás, as Edições SESC São Paulo e a B52 Desenvolvimento Cultural apresentam

Passados mais de 60 anos de intensa atividade artística, Marianne Peretti tem seu legado tratado por Jacob Klintowitz, Joaquim Falcão, Véronique David, Sonia Marques e Yves Lo-Pinto Serra. Obras monumentais e de arte integradas à arquitetura, em Brasília e outras cidades do Brasil e da Europa, e arte moderna em vitral, escultura, objeto e desenho são reveladas numa edição ricamente ilustrada.

Classi cado na categoria “Beaux livres” pela Édition Belin, França

Co-édition - Co-edição

E-mail: b52cultural@gmail.com Siga a fanpage: www.facebook.com/Marianne.Peretti.a.ousadia.da.invencao

Patrocínio

Realização


o universo

mágico

dos

sentidos por Kiki Marinho

o olho, que capta energia radiante, é o sentido que mais longe vai na sua exploração panorâmica até o horizonte. O ouvido, que capta energia mecânica vibratória, não atinge as mesmas distâncias que o olho. O tato interage no corpo-a-corpo com as coisas, toca, apalpa, tropeça. O olfato capta energia química numa troca de partículas que chegam pelo ar. No, paladar essa troca de partículas se dá no próprio corpo"

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udo aquilo que o nosso corpo percebe é acionado por meio dos sentidos. Visão, tato, paladar, audição e olfato são responsáveis por receber os estímulos externos, enviá-los para o cérebro que, então, os decodifica. Pessoas, objetos, luzes, clima, aromas, sabores... tudo isso entra no nosso cérebro por meio dos sentidos, que também podem ser chamados de capacidades. Há quem defenda a existência de um sexto. Esse, algo totalmente ligado à intuição. Em seu livro 'A percepção: uma teoria semiótica', a pesquisadora Lucia Santaella descreve que "o olho, que capta energia radiante, é o sentido que mais longe vai na sua exploração panorâmica até o horizonte. O ouvido, que capta energia mecânica vibratória, não atinge as mesmas distâncias que o olho. O tato interage no corpo-a-corpo com as coisas, toca, apalpa, tropeça. O olfato capta energia


apresentado e colorido. Aí você sente o cheiro, um aroma é delicioso que te faz salivar. Quando você coloca um pedaço na boca, o sabor é maravilhoso. Pronto. Três dos cinco sentidos foram utilizados para essa memória. O que quer dizer que quando você sentir um determinado aroma vinculado àquele prato, sua boca vai salivar e a imagem dele virá à mente. E assim é com tudo, não apenas com comida.

química numa troca de partículas que chegam pelo ar. No, paladar essa troca de partículas se dá no próprio corpo". Dentro dessa perspectiva, podemos entender que a visão, a audição e o olfato são receptores à distância, enquanto que o tato e o paladar são os sensores imediatos. E cada um desses sentidos é percebido por um órgão do nosso corpo. Olhos, ouvidos, língua, pele e nariz. Eles são os responsáveis por receber as mensagens e despachá-las para o cérebro, que vai decodificar tudo. E são esses estímulos externos, percebidos por nossos órgãos, que criam as nossas memórias e nossas lembranças. E quando ocorre a sinestesia, aí é que essas lembranças ficam ainda mais fortes. Melhor explicar a sinestesia por meio de um exemplo: você entra em um restaurante e pede um prato. O que chega à mesa é bonito de ver, bem

Outra coisa interessante dessa máquina fantástica chamada corpo humano, é a sua capacidade de adaptação. Quantas vezes você já ouviu, por exemplo, que um cego desenvolve mais o sentido da audição? Alguns estudos científicos apontam que isso acontece porque o córtex visual da pessoa que não enxerga fica livre da sua função de origem e pode ser direcionado para dar um suporte no campo da escuta e da percepção espacial como um todo. Essa capacidade do cérebro humano de se reorganizar se chama neuroplasticidade. Para ilustrar o que o estudo aponta, podemos citar o músico norte-americano Ray Charles. Ele dizia que seus ouvidos eram os seus olhos. Mas, você sabia que o sentido mais aguçado no ser humano é o olfato? Ele é, inclusive, responsável por mais da metade do sabor que sentimos. Isso acontece porque as papilas gustativas da língua - que percebem o gosto das coisas - só identificam quatro sabores: doce, salgado, amargo e azedo. O que faz a diferença é o aroma de cada alimento. A explicação foi dada pela revista Superinteressante: "uma pessoa cheira o ar quando aspira e quando expira. Quando se expira, o fluxo de ar, que passa pela garganta, capta moléculas odoríferas do alimento que está sendo mastigado. Essas moléculas alcançam assim a câmara olfativa; o cérebro, então, soma as informações das papilas gustativas com as do olfato e o resultado é o paladar. Por isso, quando se está gripado e a câmara

olfativa fica cheia de muco, impedindo que as moléculas entrem em contato com os receptores, não se sente direito o gosto das coisas". O olfato é o primeiro sentido que se desenvolve no ser humano, ainda recémnascido. É assim que os bebês reconhecem suas mães: pelo cheiro. Os humanos possuem 25 milhões de células olfativas, o que faz o homem ser capaz de sentir até um trilhão de cheiros diferentes. Essas células olfativas ocupam 10 cm² de espaço no nariz humano. Nos cães, 25. Nos tubarões - grandes farejadores do oceano - essas células ocupam 60 cm. Outra curiosidade desse sentido mágico chamado olfato é que as pessoas se reconhecem pelos odores. Na Itália, cientistas descobriram que um dos primeiros indícios de que o romance entre um casal está terminando é quando um dos parceiros passa a não suportar o cheiro do outro. No quesito relação sexual, um estudo feito por cientistas americanos indicou que o prazer do sexo diminui com a ausência de cheiro. A pesquisa apontou que 25% das pessoas que têm perda total de olfato (anosmia) apresentam problemas de desempenho sexual. Agora que você já sabe um pouco mais sobre esse maravilhoso universo sensorial, aproveite. Descubra qual o sentido mais mexe com você. Cuide bem dos seus receptores - olhos, ouvidos, língua, pele e nariz - para poder maximizar o aproveitamento de cada sensação. Porque essas memórias - as sensoriais - são as que deixam as melhores marcas na nossa vida. Você duvida? Então pense em quantas vezes já sorriu pensando assim "isso aqui tem o cheirinho da minha infância...". Serviço: Terra Aromas (81) 3083 5326 | 9 91598905

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ARTIGO RENATA ANGELI

Propriedade Intelectual e Ética em Biotecnologia

A

Propriedade Industrial (marcas e patentes), componente do sistema de direitos da Propriedade Intelectual, surgiu logo após a revolução industrial, no século XIX, onde produtos começaram a ser produzidos, reproduzidos e comercializados em larga escala. Ela se baseia num título exclusivo-temporário conferido pelo Estado em troca de um conhecimento aplicado, criando valor para esse conhecimento. Para patentes, esse privilégio tem duração de vinte anos e não pode ser renovado, caindo então em domínio público e para marcas a renovação ocorre em períodos de dez em dez anos. Desde então os países criaram suas legislações referentes ao tema. Em 1883 houve a primeira tentativa de harmonizar internacionalmente estas na Convenção da União de Paris (CUP), onde onze países participaram, inclusive o Brasil. Em 1970, surge a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), vinculada à Organização Nacional das Nações Unidas (ONU) e a partir de então vários outros acordos e tratados vêm sendo feitos no sentido de atualizar o sistema mundialmente. Atualmente, na sociedade do conhecimento, as patentes representam bens intangíveis de uma empresa, demonstram o seu dinamismo tecnológico e têm sido consideradas como um importante fator de inovação. Em 2105, aquelas empresas que mais depositaram patentes estão entre as mais inovadoras. Essas empresas em sua maioria são de tecnologia como Google, IBM e algumas indústrias farmacêuticas. As patentes são consideradas umas das principais fontes de informação tecnológica e em algumas áreas como as engenharias, 70% de todo o conhecimento está contido nestes documentos. No país, a lei que regulamenta a Propriedade Industrial (LPI) é a 9.792/96. O Brasil foi o quinto pais no mundo a possuir uma legislação que regulamentasse os direitos de propriedade intelectual e, ainda, é signatário de todos os acordos internacionais vigentes nesse tema. A LPI protege a invenção de produto e/ ou processo que apresente novidade,

atividade inventiva, não podendo ser óbvio, e aplicação industrial. Exclui-se de matéria patententeável todos os produtos e processos naturais e matérias da natureza por serem considerados descobertas (artigos 10 e 18). A lei brasileira é uma das mais restritivas do mundo e alguns projetos de lei tramitam no congresso com mudanças no seu escopo. O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) também abre consultas públicas para discutir novasinterpretações, mas é pouco acessado por aqueles que deviam direcionar essas ações como cientistas e empresários brasileiros. A propriedade intelectual quando analisada no campo da biotecnologia sustenta uma série de discussões e reflexões sobre o quê de fato pode ser apropriado. A Biotecnologia moderna nasce no final da década de 70 com o surgimento do sequenciamento do DNA e a possibilidade de manipulação de genes sendo a Insulina Recombinante considerado o primeiro produto biotecnológico. A insulina é uma proteína usada para diminuir a glicemia, descoberta em 1920, a sua purificação rendeu o Prêmio Nobel de Fisiologia em 1923 sendo purificada de porcos e bois o quê acarretava efeitos colaterais em pacientes. Em 1982a empresa Gentech1 (titular da patente) recebeu autorização do FoodDrugs Administration2 para comercialização da insulina recombinante. A partir de então tivemos uma evolução dos processos e produtos biotecnológicos nas mais diversas áreas desde agricultura a saúde, acompanhamos a pouco a polêmica na regulação dos alimentos transgênicos (alimentos com alguma característica introduzida por novos genes). A sociedade chega num impasse sobre patentear seres vivos confrontandose diretamente com a questão ética, socioeconômica e cultural. Nos EUA, União Europeia e Japão plantas e animais transgênicos podem ser patenteados. No Brasil apenas micro-organismos

transgênicos é passível de proteção por patentes. Quais são os limites da invenção? Como regulamentar isso quando envolve produtos biotecnológicos com alto valor agregado? O caso dos genes BRCAs3descobertos e patenteados pela empresa Myriad em 1995 e a decisão da suprema corte americana em não reconhecer a proteção de genes naturais alterando o entendimento do Escritório Norte Americano de patentes (USPTO) em conceder bens da natureza como passíveis de proteção em 2013 nos deixa reflexivos a respeito do tema. A indústria não vai investir milhões em pesquisas se não tiver monopólio sobre o produto. Todavia, o quanto o mercado pode interferir no critério de atividade inventiva tão bem estabelecido do sistema de PI? O Brasil possui a maior biodiversidade do mundo tendo forte potencial como fonte de novos fármacos e por isso tem sido de interesse para pesquisadores e empresas, na sua maioria, multinacionais que dominam o mercado de produtos inovadores na área biomédica. Os nossos pesquisadores são estimulados a publicar o conhecimento na forma de artigos em revistas internacionais ao mesmo tempo que desconhece quase que completamente o sistema de PI e não são estimulados a protegerem suas descobertas. Por outro lado, a LPI não nos permite proteger moléculas naturais extraídas de plantas e animais, mas nos países detentores de tecnologias isso é permitido. Continuaremos somente exportador de matéria prima até quando? O patenteamento envolve, portanto, questões complexas, controvertidas, questionáveis em alguns aspectos, mas se trata, por outro lado, de um instrumento inevitável, para o estímulo aos investimentos em pesquisa, e legítimo para o reconhecimento do trabalho dos pesquisadores e na inovação em diversas áreas. O mais importante é fomentar a discussão e envolver cada vez mais a opinião pública para chegarmos a uma solução ética e economicamente vantajosa para o país.

Renata Angeli Biomédica pela UFPE e doutora em Bioquímica pela UFRJ direcionando sua pesquisa de pos doutorado para propriedade intelectual, transferência de tecnologia e relação universidade – empresa. Professora de Propriedade Intelectual, Empreendedorismo e Inovação, Bioética para os cursos de Biologia e Biotecnologia da UEZO - RJ Consultora do Sebrae para Biostartups 1Genetic Engineering Technology, Inc.: empresa norte americana de biotecnologia, fundada em 1976 por Robert A. Swanson, e pelo bioquímico Dr. Herbert W. Boyer. A empresa é considerada pioneira na indústria de biotecnologia. Em 2009, foi anunciada a compra da Genentech pela empresa farmacêutica suíça Roche. 2Food DrugsAdministration (FDA): órgão governamental dos Estados Unidos da América responsável pelo controle e liberação dos alimentos, suplementos alimentares, medicamentos, cosméticos, equipamentos médicos, materiais biológicos e produtos derivados do sangue humano. 3BRCA: São genes envolvidos no desenvolvimento dos canceres de mama e ovário descobertos em 1993 pela empresa Myriad – EUA.


Dicas

para

leitura

por selma vasconcelos

AMOR E CAPITAL O livro AMOR E CAPITAL é de autoria da jornalista americana Mary Gabriel e atende a quem gosta de história, politica e, principalmente, tem interesse pelo personagem principal, o filosofo alemão Karl Marx. A autora parte de uma análise das ideias de Marx e sua maturação ao longo do tempo fazendo uma contextualização acurada de seu pensamento com o cenário politico, nada tranquilo, do norte da Europa nos finais do século 19: as revoluções de 1848, a repressão na Alemanha e na Rússia, a comuna de

provocou a fuga do compositor para um período de exílio até 1973.

VANDRÉ O HOMEM QUE DISSE NÃO Trata-se de uma biografia não autorizada do cantor, considerado um personagem mítico da música brasileira, cujo nome de nascimento é Geraldo Pedrosa de Araújo Dias. Escrita pelo jornalista mineiro Jorge Fernando dos Santos, teve como fontes depoimentos de amigos, contemporâneos, bem como textos escritos anteriormente sobre Vandré, nome artístico do cantor e compositor paraibano. O autor, como não poderia deixar de ser, lembra a primeira apresentação da música -Pra não dizer que não falei de flores - no terceiro Festival Internacional da canção, em 29 de setembro de 1968. Considerada um clássico de nosso cancioneiro, foi proibida um mês depois de lançada ao público. Em dezembro do mesmo ano (1968), foi decretado o AI5, o que

AS PEQUENAS VIRTUDES

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Paris e o clima de insegurança decorrente da infiltração na sociedade de agentes de espionagem internacionais. Em contrapartida, aas ideias de Marx vão à contramão dos seus colegas contemporâneos por não estimularem a luta armada, mas o desenvolvimento e fortalecimento dos trabalhadores, através de seus sindicatos, e na ação dos partidos e parlamentares. Muitos consideram esta sua maior contribuição para a história politica do Ocidente. Mas o foco principal de “AMOR E ÓDIO” está em vasculhar a vida familiar e privada do filósofo, desde seu casamento com a aristocrata Jenny Westphalen, admiradora e fiel companheira, às dificuldades financeiras que a família sempre enfrentou e o perfil das filhas que repetiram a aventura da mãe casando com jovens socialistas militantes e de pouca renda. O leitor encontrará também detalhes íntimos da amizade com Engels. O amigo chegou a socorrer Marx em momentos críticos de sua história pessoal inclusive intermediando a seu favor com relação a um filho “bastardo” do filósofo. Obra de peso sobre aquele a quem Bernard Shaw considerou haver “mudado a consciência do mundo”. Tradução de Alexandre Barbosa de Souza. A editora é a Zahar .

A autora é italiana, escritora, poeta, ensaísta e autora de peças teatrais. Nascida em Palermo, teve longo convívio com a dor, vivenciando duas guerras, e ainda, o assassinato do marido, o editor e militante Leone Ginsburg, pelas forças fascistas aos 35 anos de idade. Estas dores ela trata e redimese através de sua escrita, de modo sutil e pleno de serenidade. O livro é uma reedição publicada agora (2015) após a primeira edição pela editora Eundi em 1962. A tradução é de Mauricio Santana, estudioso da obra da escritora. Ginsberg nos remete às virtudes necessárias e possivelmente por ela exercitadas no viver e transpor as pedras encontradas no caminho. Dona de uma escrita clara, simples, direta, tênue e trabalhada num lápis curto e exato. “As pequenas virtudes” são divididas em duas partes; a primeira são ensaios de caráter confessionais quase autobiográficos, de experiências vividas como “Inverno em

O biógrafo detém-se sobre a personalidade ímpar de Vandré e o impacto sensitivo e emocional sofrido durante os anos em que viveu fora do Brasil, seu isolamento voluntário e “desaparecimento” da cena musical após sua volta ao País. Ressalte-se o registro em torno da canção “Caminhando”, sua proibição pelo governo militar e comentários do próprio Vandré ao tornar-se um hino atemporal da resistência à censura. A crítica considera o livro sem deslizes do ponto de vista da linguagem, embora não tenha conseguido dados inéditos decorrentes da exiguidade de fontes e da negação reiterada do cantor em conceder entrevistas, o que não foi diferente no caso desta obra. Vandré, hoje com oitenta anos, considera sua história de vida “secundária” (!). A editora é a Geração Editorial. Abruzzio” região de seu autoexílio, e “Ele e Eu” no qual se remete à relação com seu segundo marido, Gabriel Brandini, suas aproximações e diferenças. Na segunda parte a escritora aborda, com frequência, a questão da escrita que considera o seu “oficio até a morte”, muitas vezes relacionando o laço entre escrita e sentimentos. A preocupação com o legado e ensinamentos entre gerações é frequente na sua obra ; no ensaio homônimo ao titulo do livro ela analisa a questão da educação dos filhos: “penso que se deve ensinar a eles não as pequenas, mas as grandes virtudes, como generosidade, coragem, amor ao próximo e ao invés do desejo de sucesso, o desejo de ser e de saber”. O texto é de leitura agradável embora denso, inteligente e provocador de reflexões sobre a experiência da vida.


Com a palavra

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Célia labanca

A BOA VINGANÇA O

tempo é astucioso. Folgado mesmo. Ele passa sem nos dar a menor bola, se fazendo de doido, e quando a gente vê, ele passou mais do que devia sem ao menos pedir licença. Sinceramente, eu acho demais a gente ter que conviver com tantos dissabores vida a fora, e ainda ter que dar de cara com a nostalgia do que passou, e passou rápido demais, às vezes até sem nos permitir realizar o que consideramos necessário e justo. É como se o ritmo existencial fosse diferente do tempo cronológico. É como se vivêssemos num descompasso. Ele é sábio e democrático, no entanto. Sabido na medida em que nos envelhece, seu grande objetivo, mas nos dar o direito de uma maturidade que em se impondo lentamente é modificante, constante, durável, e sem agonia. Um amadurecimento que amplia nossa consciência e nossa compreensão. – Uma dádiva que é dada a todos e todas. Sua grande bondade. Com relação às graças recebidas nunca temos do que reclamar. Nunca nos insurgimos contra elas; as vivemos plácida e pacificamente. Viver é uma graça, envelhecer vivendo também, porque morrer cedo, ou não querer envelhecer, mesmo que se recebam homenagens póstumas pouco valem. Valem? Ou nem valeriam a pena? Seriam elas a manutenção da

hipocrisia social que elas mesmas revelam apenas para manutenção do status quo, ou são a denúncia de que aquela vida não valeu a pena? Seriam oportunidades para pensarmos sobre nossas próprias vidas? Ou seria mais um gesto, um rito que nos leva a reafirma-las, pelo menos para satisfazer o ego de quem ficou? – Estas questões são difíceis. Elas são ainda o resultado do que o tempo nos faz se passamos por ele sem questionamentos, sem aprofundar sobre ações e atitudes, sem compreendermos o outro ou a nós mesmos como se simples e alienadamente levantássemos a cabeça e nos postássemos a andar em frente sem saber porquê ou para onde vamos. Para quem é apaixonado ou apaixonada pela vida e a interroga, vai encontrar respostas, nem sempre contundentes, mas passíveis de grandes e importantes esclarecimentos para tomadas de decisão, de escolhas bem feitas ou não, de plantios e boas colheitas, porque as aventuras existem para quem tem coragem. Decididamente nisto tudo está, com certeza, o dedo de Deus, o grande chefe do projeto cósmico, onde se inclui o planeta terra e nós, e a nossa capacidade de decidir pelo lado bom da vida e das coisas. – Os que fazem assim, porque entenderam os desígnios do destino e da existência, sofrem menos.

Então, driblar o tempo, compreender as essências, seria o nosso grande objetivo. Seria também a nossa possibilidade de vingança, da boa vingança, se é que ela existe, e eu acho que sim, sobre tudo o que não temos comando, e que nos conduz e ameaça indisfarçadamente. Mesmo que alguns possam achar que a juventude obscurece com o passar do tempo, não é verdade. Acredito que se se concordarmos que a doçura de viver as alegrias e as compensações que existiram e continuam existindo ao longo de nossos anos o mínimo que podemos ter são saudades do que foi bom, pelo menos para quem ousou ser feliz. E, as saudades do que foi bom, são luz, são gratidão. Na contabilidade das nossas experiências elas provam que são e serão sempre gratificantes. Foi o que eu fiz quando me tornei avó. Olhei para o tempo e fiz-lhe uma careta! Vinguei-me dele, afinal. Ele não me driblou. Eu o driblei, e faço dele hoje um grande e adequado aliado. Compreendi que sem ele, sem o seu passar, eu não teria tido tempo de ser avó, muito menos do meu “gordinho gostoso”, Ettore Labanca Neto, reflexo, brilho e frescor de todos os anjos, e da benevolência dele e de Deus em minha vida.

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ESPAÇO JURÍDICO

D

e acordo com a 2a Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) o consumidor terá mais segurança ao adquirir um imóvel, pois a Suprema Corte consolidou o entendimento de que a construtora, em caso de rescisão contratual de promessa de compra e venda, deve restituir imediatamente os valores recebidos, seja qual for o motivo do fim do negócio. O caso foi julgado como recurso repetitivo, ou seja, serve de orientação para os demais juízes. Segundo a decisão, se a rescisão decorrer de atraso da construtora, os valores devem ser restituídos integralmente. Se o contrato for quebrado por desistência ou inadimplência do comprador, pode-se devolver apenas parte dos valores, a depender do caso concreto. Antes do Julgado o Consumidor que desistia do negócio tinha que se submeter a cláusulas contratuais que determinavam a restituição das parcelas somente após o término do empreendimento. Na maioria das vezes, o comprador era obrigado a receber apenas 30% ou 40% do valor pago e de forma parcelada, existindo até mesmo casos em que, pela ausência de equilíbrio de forças, a perda integral de todo valor investido. A 3a Vara Cível de Florianópolis entendeu, porém, que a cláusula seria abusiva e determinou o pagamento imediato das parcelas, apenas com o desconto do que foi pago de sinal. A construtora recorreu ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), que manteve a sentença. A discussão, então, foi levada ao STJ. A Defensoria Pública da União, que participou como amicus curiae (parte interessada) opinou pelo reconhecimento da jurisprudência, que prevê o pagamento imediato do que já havia sido quitado. A descontar somente os custos gerados ao incorporador, desde que devidamente comprovados.

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O relator, ministro Luis Felipe Salomão, ao entender que há uma multiplicidade de recursos que tratam sobre esse tema, resolveu encaminhar o tema diretamente para a 2a Seção – responsável por consolidar o entendimento das turmas – e declarar o caso como recurso repetitivo. Segundo Salomão, é de longa data a jurisprudência do STJ sobre o tema. Ele cita precedentes nesse mesmo sentido tanto na 3ª quanto na 4a turma, além de decisões individuais. De acordo com a decisão do ministro, apesar de não existir um dispositivo no Código de Defesa do Consumidor (CDC) que literalmente imponha a devolução imediata dos valores devidos, a norma optou pelo que ele chama de “fórmulas abertas” para denunciar cláusulas abusivas. “Se for mantida hígida a mencionada cláusula, o direito ao recebimento do que é devido ao consumidor fica submetido ao puro arbítrio do fornecedor, uma vez que a conclusão da obra é providência que cabe a este com exclusividade, podendo, inclusive, nem acontecer ou acontecer a destempo”, diz no acórdão. Segundo a decisão, a jurisprudência do STJ tem proclamado tais cláusulas como abusivas. Até porque, segundo os ministros, o construtor poderá “revender o imóvel a terceiros e, a um só tempo, obter vantagem com os valores retidos, além da própria valorização do imóvel, como normalmente acontece”. Já com relação aos valores, Salomão entende que, se o contrato é rescindido por culpa do consumidor, quando não consegue pagar as parcelas ou desiste do negócio, devem ser restituídos imediatamente. Porém deve haver uma “calibragem” na quantia a ser devolvida. Ao analisar o tema, Salomão, afirma que o STJ tem adotado como parâmetro razoável a retenção do percentual de 25% sobre as

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Restituição Imediata de valor para quem desistir de imóvel parcelas pagas pelo consumidor. Assim, negou provimento ao recurso da construtora. O entendimento recente STJ avançou no sentido de trazer segurança para consumidores quando por qualquer razão resolvem rescindir o negócio jurídico em tela, sendo uma decorrência da aplicação literal do CDC caracterizando como abusiva toda cláusula que estabeleça em sentido contrario para determinar a devolução somente após o término da obra. “Afinal de contas, a incorporadora pode vender o futuro imóvel imediatamente e usar o dinheiro para realizar a obra. Caso devolva o dinheiro do antigo comprador só após o fim da obra, terá trabalhado com dois financiamentos distintos para o mesmo imóvel”, afirma. A previsão de devolução do dinheiro em parcelas também deve ser anulada. A incorporadora pode vender o futuro imóvel imediatamente e usar o dinheiro para realizar a obra e quanto mais desenvolvido estiver o estágio da obra, mais valorizado estará o imóvel aumentando e muito a desigualdade entre as partes privilegiando em demasia um enriquecimento para um lado em detrimento do outro vulnerável. Portanto, caso o consumidor necessite rescindir o contrato, a construtora não sofrerá nenhum prejuízo porque poderá vender o imóvel por um preço mais elevado e receberá os valores do novo comprador imediatamente.

Gesner Lins Sócio Diretor Lins & Pinto Advocacia Especializado em Direito Contratual Lins & Pinto Advocacia Núcleo Tributário Lins e Pinto Advocacia



crônica

Adv. Carlos Alberto Pinto Especializado em Planejamento Tributário

Quer saber

E

ra evidente que viveríamos um colapso fiscal. Ou você ainda não percebeu o que está acontecendo?

É fácil de entender. Vê se entende. É lógica e não adivinhação. O Governo é uma empresa como qualquer outra. Certo? Tem despesas e receitas e como tal, precisa equilibrar suas contas. Tudo bem até aí? Quando se tem receitas e despesas, inevitável se ter uma conta matemática e quando se identifica que a despesa é maior que a receita, tem-se apenas duas opções: cortar gastos e aumentar receita. De onde o Governo obtém receitas? consumo, renda e patrimônio. Logo, se não temos mais consumo, não resta alternativa, como não restou, senão voltar para os "buracos" que aos olhos do Fisco favorece o contribuinte, sobre renda e patrimônio. Como assim? Segue o raciocínio. Enquanto todos discutem se a CPMF vai pegar, eu lhes digo. Já pegou! Já pegou, sabe por que? Porque os Estados estão sem receita. A queda de arrecadação de ICMS e ISS aos cofres públicos Estaduais e Municipais foi grotesca. Os Estados não têm recursos para repassar aos municípios e estes por sua vez, mal vem conseguindo se manter em pé. A rede aluga-se, repassa o ponto e vendese foi a que mais cresceu nos últimos tempos, logo o efeito dominó é visível aos

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imagem reprodução internet

como será? quatro cantos do Brasil. Indiscutivelmente o comércio foi o mais atingido.

que o Estado não tem como contratar. Já aproveitava a Zika e deixava eles nas ruas.

A única salvação é o "tal" dos 0,38% que serão devidos sobre as movimentações financeiras, das quais os Estados terão participação de 0,18%.

Então.... como estava falando, pode até ser que você ande com dinheiro, mas quem lhe pagar, não irá, certamente correr este risco.

Mas o ponto aqui não é apenas este. A CPMF será um termômetro das contas. É óbvio! Como assim??? Vou te dizer, de novo. A sonegação no Brasil é latente. Vem desde os primórdios da civilização, quando ainda éramos colônia de Portugal. Lembra da história do santo do pau oco? Pois bem. A Receita, embora já o tenha, terá ainda mais controle dos seus rendimentos, seja você Pessoa Física, seja Jurídica. É simples, você não poderá ter de movimentação em valor superior aquilo que você declara ou fatura por mês. Capitche? - Ah... é simples. Vou trabalhar com dinheiro. É isso que você deve estar dizendo não é? Se eu fosse você, eu primeiro lembraria que com a crise, vieram também alguns parasitas: aumento do estado de miserabilidade, desemprego, inadimplência.... e principalmente criminalidade. Os números dela estão estampados todos os dias pelos jornais e tendem a crescer ainda mais. É por isso que defendo que os Estados deveriam pedir ajuda à União, para disporem de soldados do exército a fim de melhorar o efetivo, eis, que, são muito mais importantes na rua inibindo a ação de bandidos, eis,

Logo, o dinheiro entrará em conta e precisará ser movimentado. É inevitável. Daí, você pega esta situação da CPMF e soma a uma outra pitada, implantada pela Receita Federal ano passado e que vale este ano, onde todo mês as instituições deverão informar o nome e CPF daquelas pessoas físicas que mantiverem saldo acima de 2 mil reais por mês e das pessoas jurídicas acima de 6 mil. E agora??? Hein??? Vai fazer como ???? A entrega de declaração será meramente pró forma, pois a constituição da sua declaração de renda se dará mês a mês automaticamente e, é melhor que no final de ano ela bata com o rendimento acumulado, senão já viu né??? É um verdadeiro big brother onde você e o leão dividem a mesma cela meu amigo. Daí agora eu te pergunto. Será mesmo que não estamos vivendo um colapso fiscal? Se isto é inevitável, nossas cobranças pelo retorno de tanto imposto devem ser ainda mais intensa. Devemos renovar de maneira integral os nossos políticos e retirar de uma vez por todas de nossa história esta entranha que se chama corrupção. Acorda Brasil, que ainda vem mais por aí...




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