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PERNAMBUCO PASSA POR AQUI
ARQUITETURA TALENTOS PERNAMBUCANOS CINEMA CINEASTA HILTON LACERDA GASTRONOMIA SUCESSO FEMININO POR TRÁS DA GRAVATA ALÍRIO MORAES PRESIDENTE DO SANTA CRUZ PERSONALIDADE CECÍLIA BRENNAND NEGÓCIOS MERCADO BILIONÁRIO DO E-MUSIC SAÚDE CUIDADOS COM A VISÃO TEST DRIVE JAGUAR XF | AUDI Q3
Felipe Carreras
E OS DESAFIOS DO TURISMO, ESPORTES E LAZER DO ESTADO R$ 19,90 / ED. 33 / JAN/FEV/2015
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P E R N A M B U C O .
A Globo Nordeste está presente em cada canto do nosso Estado. Para levar notícia, informação, entretenimento e cultura para todos os pernambucanos. Porque é através da tela da Globo Nordeste que Pernambuco se vê.
EDITORIAL
Claudio Barreto Editor Geral
Como dizem no Brasil, o ano novo começa depois do carnaval, então vamos lá, é hora de arregaçar as mangas e desenvolver uma nova forma de planejar nossas vidas, um novo jeito de olhar cada coisa que passou por nós em 2014. A nossa primeira edição de 2015 traz na capa, Felipe Carreras, Secretário de Turismo, Lazer e Esportes do Estado, que nos mostra que política pode ser feita de forma simples, planejada e visando o bem estar da população e da importância em atentarmos para quem nós estamos dando nossos votos. Ele fala de sua trajetória política e conta seus planos para os três segmentos no Estado. Nosso leitor vai descobrir o mundo de Cecília Brennand e do Cineasta Hilton Lacerda. Irá se deliciar na gastronomia feminina de muito sucesso das chefs Taciana Teti,Luciana Sultanum Madá Albuquerque e da empresária, Madalena Souza, neste mês em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, numa justa homenagem a todas elas. E ainda vai viajar na emoção de dirigir um Jaguar XF, na adrenalina de pilotar uma Harley Davison V-ROAD Muscle e conferir toda a elegância do Audi Q3 Quatto. Nosso Diário de Bordo por Silvana Arruda, Las Vegas e sua vasta opção de entretenimento. Três ofícios, três paixões. Assim é Alírio Moraes, nosso Por Trás da Gravata, que fala sobre sua profissão de advogado, seu cargo de Presidente do Santa Cruz e de sua paixão pela música. E Dorinha, nosso case de sucesso, que nos conta o segredo do sucesso da preferência do seu salão pelas damas da sociedade. Entre tantos outros assuntos que recheiam esta edição e que nos dão fôlego para acreditar que 2015 começou com força total. Ainda bem, pois isso nos faz acreditar que teremos muitas histórias para contar ao longo desses próximos meses. Boa leitura.
33ª EDIÇÃO Março de 2015 CAPA | FELIPE CARRERAS FOTO | ARMANDO ARTONI
EDITOR Claudio Barreto DRT/PE - 5254 Izabelle Rino editor@terramagazine.com.br (81) 9504 7550 REVISOR DE CONTÉUDO João Henrique Rino FOTOGRAFIA Armando Artoni Gleyson Ramos PROJETO WEB/EDIÇÃO IMAGEM Geraldo Donald Pedro Menezes ESTAGIÁRIA DE PUBLICIDADE Andrezza Lima COMERCIAL Jô Santana comercial@terramagazine.com.br (81) 9605 4604 REPRESENTANTE - BRASÍLIA Juliano Barreto IMPRESSÃO - GRÁFICA MXM Tiragem 5.000 exemplares ENDEREÇO R. Dom Dom Jose Lopes, 700 Boa Viagem - Recife/PE 51.021-370 www.terramagazine.com.br facebook.com/terramagazinerevista revistaterramagazine@gmail.com (81) 3083 5326 | 9504 7550
REDAÇÃO/CONTÉUDO DA EDIÇÃO Ana Paula Bernardes Carlos Alberto Pinto Célia Labanca Claudio Barreto Felipe Andrade Luiza Tiné Paulo Azul Pedro Romero Selma Vasconcelos Silvana Arruda Marcela Cartaxo Izabelle Rino Sófocles Medeiros
Os textos assinados não refletem necessáriamente a opinião da revista. É proibida a reprodução de textos e fotos sem autorização.
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TERRA MAGAZINE
EQUIPE
ÍNDICE 14 | MERCADO DE CONSUMO
58 | POR TRÁS DA GRAVATA
16 | MUNDO POR IZABELLE RINO
60 | MODA
20 | MERCADO PUBLICITÁRIO
66 | TEST DRIVE
22 | PERSONALIDADE CECÍLIA BRENNAND
70 | DUAS RODAS
26 | GASTRONOMIA
78 | TERRA SOCIAL
32 | PERFIL PAULA MEIRA
90 | SAÚDE
34 | CAPA FELIPE CARREIRAS
97 | LETRAS DA TERRA
42 | ARQUITETURA
99 | COM A PALAVRA - CÉLIA LABANCA
48 | ESPAÇO DESIGN PAULO AZUL
101 | SÉRIE CINEMA PERNAMBUCANO
50 |MERCADO DE LUXO
102| CURTA CINEMA
52 | DIÁRIO DE BORDO
104 |NEGÓCIOS
54 | TURISMO
107 | GADELHA
56 | CASE DE SUCESSO
108 | CRÔNICA
IZABELLE RINO EDITORA
ANA PAULA BERNARDES JORNALISMO
LUÍZA TINÉ JORNALISMO
ARMANDO ARTONI FOTÓGRAFIA
JOÃO COSCARDO BELEZA
PAULO AZUL ESPAÇO DESIGN
SELMA VASCONCELOS LETRAS DA TERRA
MARIVAN GADELHA NEGÓCIOS
GERALDO DONALD PROJETO WEB
MARCELA CARTAXO MODA
GLEYSON RAMOS FOTÓGRAFIA
JOÃO VILAÇA SAÚDE
CÉLIA LABANCA COM A PALAVRA
RENATO FILHO FOTÓGRAFO DE MODA
DRª FERNANDA MOSSUMEZ SAÚDE
SÓFOCLES MEDEIROS CINEMA
LUXO, REQUINTE & SOFISTICAÇÃO
Recife | João Pessoa | Natal Rua Tenente João Cícero, 285 - Boa Viagem - Recife (81) 3466.0222
MERCADO DE CONSUMO
APPLE WATCH EM OURO E DIAMANTES
Apple Watch, o relógio inteligente da marca. Versão de luxo cravejada de diamantes chamada The Diamond iWatch. Os joalheiros adicionarão 8 linhas de diamantes brilhantes redondos, que somam um total de 15,14 quilates da pedra certificada pelo Instituto Gemológico da América (GIA). O relógio poderá ter detalhes em ouro rosa, platina ou ouro branco.
BOUCHARD MONTRACHET GRAND CRU 2004 (750 ML)
Vinho Branco Francês com aroma rico em frutas tropicais e cítricas misturado com notas tostadas, pimenta branca, casca de limão e mineralidade. Harmonioso, fresco, elegante, possui bom corpo e final prolongado e persistente.
RALPH LAUREN PERFUME NOTORIOUS JIMMY CHOO
O designer de sapatos de origem chinesa construiu um verdadeiro império do luxo. Seus sapatos estão entre os mais procurados do mundo e já foram vistos nos pés de inúmeras celebridades hollywoodianas, principalmente na festa do Oscar.
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O perfume não poderia ter nome mais apropriado, já que foi elaborado para aqueles que querem se destacar. Seu alto valor faz com que seja consumido por um grupo seleto de pessoas. Com aroma floral, pode ser encontrado na Harrods, em Londres.
918 SPYDER: A GÊNESE DOS FUTUROS ESPORTIVOS DA PORSCHE O 918 Spyder é a continuação do tradicional DNA Porsche em um conceito pioneiro de carro esportivo. Projetado desde o início para ser um híbrido de alto desempenho, o 918 Spyder oferece uma combinação sem precedentes de potência (oferecendo a potência de 887 cv de um supercarro esportivo) e a locomoção virtualmente silenciosa e sem emissões de um carro elétrico. O veículo pode acelerar de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos e oferece um consumo médio que fica entre 33,3 e 29,4 km/l (126,1 e 111,3 km/g ou 3,0 e 3,4 litros/100 km). O conceito do 918 Spyder também permite que um motor a combustão seja combinado com um motor elétrico para gerar novas funções que otimizam ainda mais o desempenho dinâmico.
MY BURBERRY Perfume
Inspirada no trench coat da Burberry e na tradição do design e no trabalho artístico britânico, My Burberry capta a fragrância de um jardim em Londres depois da chuva. O frasco reflete os detalhes clássicos do trench coat: a tampa arrojada com acabamento de chifre ecoa seus distintivos botões e o nó feito à mão representa o gabardine inglês, em honra ao tecido inventado por Thomas Burberry há mais de 100 anos.
O ROLEX DEEPSEA
Projetado para condições extremas.
Relógio para mergulhadores mais resistente já feito pela Rolex, com o patenteado sistema Ringlock, uma estrutura interna feita de liga de nitrogênio, leve e praticamente indestrutível. Capaz de suportar mais de três toneladas de força e até 3.900 metros de profundidade. Usado por mergulhadores profissionais quando confiabilidade e robustez são fundamentais.
MUNDO | POR IZABELLE RINO
Novo recurso do WhatsApp • Comprado pelo Facebook há cerca de um ano, serviço comemora seu primeiro aniversário sob nova tutela com milhões de usuários ao redor do planeta, e o recurso de chamadas de voz é algo que os usuários já reivindicam há algum tempo, estando inclusive disponível em serviços rivais. A nova versão do WhatsApp não ativa o recurso de chamada de voz automaticamente, é preciso receber uma chamada de alguém com o recurso já ativo. O início da corrida por essa ajuda foi por meio de
Terra de ninguém...
• Deputados que se licenciam dos mandatos para exercer cargos nos governos estaduais ou no federal encontraram uma forma pouco sutil de manter vínculos com a Câmara: exigem dos suplentes que lhes entreguem parte dos cargos e das verbas a que cada gabinete tem direito. Os deputados dispõem de cerca de R$ 78 mil mensais para contratar até 25 assessores. Usufruem também de uma cota anual de R$ 16 milhões em emendas orçamentárias. A fraude atinge essas duas rubricas. Antes de tomar posse, os substitutos têm de assumir o compromisso de entregar aos titulares entre 20% e 50% da folha salarial e das emendas.
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um tópico no fórum XDA. Após receber essa primeira chamada de voz o recurso é ativado em seu dispositivo e você poderá ligar para outros contatos. O novo recurso incorpora à interface do Whatsapp, além da opção de realizar chamadas, a opção de conferir chamadas não atendidas, discadas e recebidas. Os relatos de usuários que já estão usando o serviço são positivos no uso com redes WiFi, deixando a desejar no uso com dados móveis. De qualquer forma, quando o usuário tiver uma chamada não atendida, poderá retornar ou enviar uma mensagem clicando na notificação.
Eles estão de volta!
• Na imagem, um cachorro corre com um edição da publicação na boca, sendo perseguido pelo grupo. Na manchete a frase: "Aqui vamos nós outra vez!". O novo número, o segundo após o atentado que deixou 12 pessoas mortas na redação em Paris em 07 de janeiro, terá uma tiragem inicial de 2,5 milhões de cópias. A última edição do semanário saiu uma semana após o massacre na sua redação e trazia uma charge de Maomé na capa. O número vendeu cerca de 7,3 milhões de exemplares, sendo mais de 700 mil no exterior.
Simples, mas surpreendente!
compra bilionária
• Exames para detectar câncer de mama estão sendo feitos por mulheres cegas na Alemanha. A ideia já existe há alguns anos, e uma pesquisa inédita sugere que pessoas cegas podem, de fato, detectar tumores mais cedo do que aquelas que enxergam.
• A British American Tobacco avalia comprar todas as ações que não possui de sua controlada brasileira Souza Cruz, podendo desembolsar mais de 10 bilhões de reais se levar a ideia adiante e a operação tiver adesão maciça dos acionistas minoritários.
Esta ideia simples, mas surpreendente, passou pela cabeça do ginecologista alemão Duisburg Frank Hoffmann.
A produtora brasileira de cigarros disse que sua sócia majoritária está estudando fazer uma oferta pública para aquisição de até a totalidade das ações em circulação da companhia, visando tirar a empresa da bolsa, e que pretende completar em até 30 dias todas as análises relacionadas à procedência ou não da oferta.
Pessoas treinadas para ler em braille tem o tato altamente desenvolvido. Por isso, Hoffmann supôs que as mulheres cegas e com deficiência visual seriam mais qualificadas do que qualquer outra pessoa para realizar exames de mama em seus pacientes.
A British American Tobacco disse que o eventual preço a ser pago por ação da Souza Cruz será de 26,75 reais, o que representa um prêmio de 13,1 por cento sobre o valor de fechamento do papel da empresa brasileira na Bovespa.
Maior crescimento
MACAU É A CIDADE QUE MAIS EXPANDIU ECONOMICAMENTE NO MUNDO EM 2014.
• Macau, Izmir, Bursa ou Xiamen não são as cidades mais conhecidas do planeta, mas estão entre as dez que mais cresceram. O resultado de um estudo envolvendo mais de 300 cidades feito pelo centro de pesquisa americano Brookings Institute, mostra que cinco delas estão na China, quatro na Turquia e Dubai, nos Emirados Árabes, completa a lista. Tóquio, Nova York, Paris e Londres, cidades entre as mais ricas do mundo, não apresentaram o mesmo crescimento que estas localidades de países em desenvolvimento. Em âmbito global, as 300 grandes cidades comparadas pelo Brookings Institute concentram 20% da população mundial, mas representam 50% da produção econômica.
Projeções negativas
• Economistas de instituições financeiras voltaram a piorar suas projeções para o crescimento econômico e a inflação neste ano, mantendo o cenário para a política monetária ao final de 2015. A pesquisa Focus do Banco Central divulgada recentemente, mostrou que a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 piorou pela oitava semana seguida, a uma contração de 0,50 por cento, contra queda de 0,42 por cento no levantamento anterior. A indústria é um grande peso sobre a atividade, mas a projeção de recuo na produção passou a 0,35 por cento, ante contração de 0,43 por cento antes.
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MERCADO PUBLICITÁRIO | AGÊNCIA AMPLA
STORYBOARD
por Luíza Tiné
P
ublicidade e propaganda. Duas palavras que andam sempre juntas, de significados similares. A publicidade, que é uma atividade profissional que busca a difusão pública e promoção de produtos e (ou) serviços; e a propaganda, que se caracteriza como um modo específico de apresentar informações sobre marcas, empresas, produtos, fazem parte, em conjunto, da comunicação social. Quando se fala em Publicidade e Propaganda em Pernambuco, uma série de agências aparecem relacionadas ao tema, visto que o Estado tem se destacado no mercado publicitário da região Nordeste pela riqueza e criatividade de suas campanhas e por aqui, um nome é bastante conhecido quando o assunto vem à tona: Ampla. Completando idade nova em 2015, a agência Ampla, com 39 anos, é uma das mais antigas em atividade no Recife e se destaca por suas constantes mudanças e adaptações às novas mídias e meios de comunicação para a realização de suas campanhas. Quem nunca cantarolou o jingle da marca de cachaças Pitu enquanto escutava o rádio? Pois bem, esta é apenas uma das maiores e mais famosas entre as inúmeras campanhas produzidas pela agência, genuinamente pernambucana, que vem contribuindo para o mercado publicitário no Estado. A Ampla foi criada em 1976 por Severino Queiroz, um dos
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pioneiros na publicidade em Pernambuco e hoje é presidida por Queiroz Filho, que também ocupa o cargo de vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP). Ao longo de todos esses anos, a agência vem se mantendo como precursora de inovações e tendências, realizando um trabalho moderno baseado na escuta do mercado e na vocação para se reinventar, chegando a atuar também fora do Nordeste. Em 2004, quando assumiu a conta da Secretaria da Fazenda do Governo do Espírito Santo, a Ampla inaugurou uma unidade capixaba, estendendo sua área de trabalho também para a Região Sudeste. O ano de 2015, que mal começou, já vem sendo de grandes conquistas e novos projetos para a Ampla. A filial da agência no Espírito Santo faturou o título de Agência de Comunicação Integrada do Ano no Prêmio Colunistas Centro-Leste, que engloba os mercados do Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Denise Botelho, diretora geral, levou, na mesma premiação, o título de Publicitária do Ano, e o Detran, cliente desde 2011, foi considerado o Cliente Promocional do Ano. Tudo isso veio como parte das comemorações dos 39 anos da agência, que promete algo maior e mais significativo no ano que vem, ao alcançar a marca dos 40. Muita gente, no entanto, se pergunta como é feita uma campanha publicitária, por quanto tempo dura, quais os efeitos causados
no consumidor. Para Queiroz Filho, não existe uma resposta certa, principalmente quando o assunto é o tempo. Tudo é muito relativo e precisa ser discutido lado a lado com o cliente. É preciso ter estratégia e planejamento, além de saber por onde seguir. Ao longo destes anos, a Ampla vem passando pelas transformações das novas mídias e tentando, a cada dia, se ajustar aos novos padrões para que o êxito seja obtido. “Antigamente tudo era mais simples. Você tinha um número muito mais limitado de canais de comunicação; via de regra, uma grande campanha tinha filme na televisão, spot ou jingle de rádio, anúncios em jornais, revistas e
regional da Protect&Gamble (P&G). Para ele, o mercado por aqui tem qualidade criativa, profissionalização, planejamento e excelentes resultados. Em Pernambuco, o negócio da Publicidade vem evoluindo e se tornando a cada dia mais um elemento significativo na geração de emprego e renda. Aos olhos dos profissionais da Ampla, o nível técnico e criativo das ações realizadas no Estado não fica a dever ao que se faz de melhor no país. O fortalecimento das empresas locais em termos de gestão, competitividade e qualidade de
Queiroz Filho, presidente, pontua que a vocação da agência para se reinventar é que a mantém cada vez mais ativa no ramo.
Foto: Daniela Nader
mídia exterior. Hoje, no entanto, você pode criar uma campanha sem utilizar nenhum desses meios devido ao novo mundo de possibilidades criado com o advento dos meios digitais” afirma o presidente. Atualmente, os consumidores estão mais modernos e exigentes, por isso, as campanhas precisam envolver mais gente com diferentes expertises. O segredo, no entanto, é saber com quem você quer se comunicar. O grande diferencial da Ampla nas campanhas criadas é de que se trata de uma agência de comunicação integrada, onde se existe um grande conhecimento no famoso storytelling – contação de histórias –, nas grandes mídias, além de ter a maior estrutura digital da região. As mudanças ocorridas ao longo dos anos na indústria da comunicação são visíveis e tudo causa impacto no mercado, principalmente a cultura digital, o que de certa forma vem sendo positivo para a publicidade no Brasil e também em Pernambuco. “Vejo o mercado publicitário brasileiro com otimismo; temos uma fábrica de bons profissionais, qualificados e competentes, que sabem onde querem chegar. Em termos de Nordeste, o negócio da Publicidade está em crescimento e as marcas nacionais já sabem disso. Tanto que estão incrementando seu interesse na região” afirma Queiroz Filho, que também conta que devido a isso, no final de 2014 a Ampla conquistou, por exemplo, a conta
produtos e serviços traduzem um mercado em constante evolução. Para Queiroz Filho, a grande sacada é fazer propagandas que não pareçam com propaganda, mas sim, como um grande fator de entretenimento. As pessoas, inclusive, estão dispostas a pagar mais por canais onde os anúncios não os incomodem, por isso, elementos como diversão e encantamento não podem faltar. Humor e emoção representam bem os pernambucanos, em sua opinião. Como exemplo, não se pode deixar de citar a campanha “Bumbum para Pitu”, nos anos 1990, que é lembrada até hoje e trouxe muitos prêmios para a agência com o comercial que mostrava as manias de brasileiro, bumbum e Pitu. Outro exemplo que cativou o público foi a campanha feita para o Dia das Mães do Shopping Recife, em 2013, a partir do conceito “Com Você Sempre”, que mostrava o reencontro entre mãe e filha que não se viam há dois anos. Prestes a completar quatro décadas de atuação, a Ampla garante que a proposta deles é sempre continuar ousando e inovando na linguagem e na forma de se fazer publicidade, e agora, mais do que nunca, investir na plataforma digital. “Permanecemos firmes no caminho para consolidar nosso modelo de gestão, e abertos à modernização e às novas soluções de tecnologia, privilegiando as pessoas, na busca permanente por rentabilidade com produtividade, eficiência e qualidade” finaliza Queiroz Filho.
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PERSONALIDADE | CECÍLIA BRENNAND
MÚSICA,
DANÇA E ARTE
Cecília Brennand, Bailarina pernambucana junta amor e determinação às artes integradas para transformar a vida de crianças no Grande Recife
Por Luíza Tiné
N
ão dá para se falar em música, dança e arte no Recife e não lembrar do nome de Cecília Brennand. Certa vez, o saudoso jornalista Alex disse: “Quando ela nasceu, um anjo bom disse: - Vai, Cecília, ser bela e talentosa, dançar, amar, ser feliz, fazer amigos e abrir as portas da arte para os outros” e ele estava certo. Cecília se apaixonou pela dança na adolescência e até os dias de hoje, leva esta sua paixão para crianças de comunidades carentes e ajuda na transformação da vida de cada uma delas para melhor com o seu Aria, espaço de dança e arte localizado em Jaboatão dos Guararapes. Nascida no Recife no dia 30 de novembro de 1955, ainda bem pequena, teve um sonho onde estava vestida de bailarina, mas foi aos 14 anos que dançou pela primeira vez. “Desde o primeiro momento em que vesti uma malha, eu soube que aquela seria a minha paixão, que era aquilo que eu estava destinada por Deus a fazer” relata. Criada em uma grande residência no bairro da Madalena, juntamente com sete irmãos, Cecília começou a dar aulas de dança para as crianças vizinhas e estudantes das escolas ao redor no jardim de sua casa, e tem memórias saudosas de cenas, como por exemplo, sua avó assistindo-a lecionar pela janela da cozinha. Sua vida na dança, no entanto, mudou quando conheceu Mônica Japiassú, grande coreógrafa, atriz e professora paulistana que adotou o Recife como sua terra. Com formação na Escola Municipal
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de Bailados do Theatro Municipal de São Paulo e também na Escola de Arte Dramática (EAD), além da Escola Coreográfica de Ballet em Leningrado, na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), hoje São Peterburgo, na Rússia, Mônica veio para o Recife na década de 1970 e fundou sua primeira escola de dança. Cecília a considera como sua grande mentora, aquela quem mais a influenciou na sua carreira de bailarina. “Era bonito de vê-la na sala de aula. Ninguém lidava com as crianças como ela, era tudo muito lúdico, ela fazia milagres” comenta. E foi com Mônica que Cecília aprendeu a se apaixonar ainda mais pela dança. Ao completar 18 anos, ela teve que decidir se faria vestibular para Arquitetura, que sempre chamou sua atenção, ou se dedicava de corpo e alma à dança em tempo integral. Foi aí que o coração falou mais parte e a arte se tornou a sua prioridade. Na Academia de Mônica Japiassu, Cecília Brennand começou a dar aulas, além de seguir a sua mentora aonde quer que ela fosse, aprendendo cada dia mais sobre a dança clássica e moderna, além da arte do movimento verdadeiro, que passa emoção, que tem sentimento. Tudo isto sempre foi grande parte da vida não só profissional, mas também pessoal de Cecília Brennand. Casada com Ricardo Brennand Filho, ela pontua que agradecer o carinho, apoio e amizade do marido seria pouco, já que ele sempre foi um dos maiores incentivadores. Do casamento, nasceram três filhos,
Fotos Mônica Japiassú
Alexandre, Ricardinho e Marcelo, e mesmo durante a gestação, Cecília não abandonava o palco. Ela conta: “Lembro-me de estar enjoada, sonolenta, mas, passava mal, dormia, e ia me apresentar”. Da paixão pela cultura, música e dança, Cecília criou, junto com a também bailarina e companheira de palco, Beth Gaudêncio, em 1991, o Aria Espaço de Dança e Arte, em Jaboatão dos Guararapes. O começo de tudo, no entanto, foi ainda antes disso, com a produtora de dança Sopro-de-Vento, pela qual apresentaram os espetáculos Peles da Lua (1988), Festa da Pedra (1989) e Lua Cambará (1990) no Recife, em municípios do interior de Pernambuco e também várias cidades de Portugal. A necessidade de ter um espaço físico para colocar em prática ainda mais espetáculos e atividades como estas resultou na construção
do Aria. O lugar funcionou por muito tempo com aulas particulares de dança e música, palestras, concertos e uma grande galeria de artes plásticas onde foram realizadas renomadas exposições. O projeto social acabou nascendo de forma despretensiosa. Cecília já oferecia bolsas de estudo no Aria para crianças carentes de instituições como Casa Caroline do Movimento Pró-Criança, e dai surgiu a vontade de fazer mais por elas. A mensalidade para manter estas crianças em uma escola de dança e arte integrada não era acessível às famílias, que não podiam pagar mais de uma atividade, então, a partir de 2004, a bailarina resolveu fechar a galeria e dedicar o espaço somente ao trabalho artísticos com as crianças e assim, transformar suas vidas. “O nosso foco é
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Quando ela nasceu, um anjo bom disse: - Vai, Cecília, ser bela e talentosa, dançar, amar, ser feliz, fazer amigos e abrir as portas da arte para os outros”. Alex (José de Sousa Alencar)
transformar seres humanos através da arte” descreve. A palavra escolhida para nomear o local, Aria, significa justamente isto: transformação. O Aria atende crianças a partir dos cinco anos até a idade adulta e o trabalho realizado no local tem o diferencial da união da dança e do canto com a interpretação, técnica, aulas de violão e flauta doce, além da Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico e apoio psicológico, uma vez que muitas das crianças são oriundas de famílias com problemas. Cada aluno frequenta a escola duas vezes por semana e as suas mães também são contempladas com atividades – enquanto os filhos estão em aula, elas participam de cursos de corte e costura e também do projeto Ubuntu, de Lourdinha Oliveira, que trabalha com a confecção de joias artesanais. Os alunos também recebem vale transporte, fardamento e alimentação - uma oportunidade completa e ímpar. Cecília dedica grande parte do seu tempo ao Aria, e faz isso, visivelmente, com muito amor, assim como relata o filho Alexandre: “O Aria é o quarto filho de mamãe”. A criação do espaço foi a realização de um grande sonho que era de colocar muita gente no mesmo palco cantando, interpretando e dançando. Além de fazer o seu máximo para acompanhar de perto a produção dos espetáculos, assim como as aulas, a bailarina também toma conta de toda a parte administrativa da escola, apesar de afirmar que não é empresária, e sim artista. Mas tudo tem o seu dedo, já que ela, de fato, arregaça as mangas e vai atrás. A associação se mantém sem nenhum apoio financeiro oriundo dos governos Municipal, Estadual ou Federal, mantendo-se com o patrocínio de grandes empresas privadas e através do incentivo fiscal da Lei
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Rouanet, a Lei Federal de Incentivo à Cultura, número 8.313, de dezembro de 1991. Destaque válido de 2015 para Cecília Brennand e seus alunos do Aria é a volta da companhia Sopro-de-Zéfiro, também criada em parceria com Beth Gaudêncio. O retorno está sendo marcado pelo espetáculo O Nosso Villa – Um Musical de Villa Lobos. Trata-se de uma reverência á vida e a obra do grande compositor Heitor Villa-Lobos, que une dança e canto, interpretado ao vivo por um elenco de 35 bailarinos cantores e sete músicos, entre 16 e 25 anos. Cecília é diretora do espetáculo, e sobre ele, afirma: “Dirijo o espetáculo e o Aria Social congregando as vivências criativas de uma equipe aguerrida. É com o coração agradecido a Deus que sentimos a Sua mão guiando as nossas vidas. É um momento de felicidade e realização profissional”. O musical, inclusive, faturou o prêmio de Melhor Espetáculo de Dança de 2014 pelo Guia da Folha de São Paulo. E ainda falando em 2015, apesar de afirmar que quer arranjar mais tempo para sua família, principalmente para as duas netas, Cecília está focada na revitalização e manutenção do Aria. Ao lado de Deborah Priston, coordenadora geral e Cynthia Katzaroff, coordenadora pedagógica, a bailarina está comprometida tanto a resgatar a antiga companhia, quanto a manter acesa e ativa a chama do Aria na vida das crianças que por lá passa. “Minha principal realização é mudar completamente o horizonte deles. Mesmo que eles não trabalhem com a arte de alguma forma quando saírem daqui, ao atingir a vida adulta, eu tenho a certeza e o conforto de que suas vidas foram transformadas” declara.
A gastronomia
sob a batuta
delas! Neste mês da mulher a revista Terra Magazine escolheu quatro nomes, entre chefs, gastrônomas e empreendedoras para falar sobre o sucesso feminino na gastronomia.
Por Ana Paula Bernardes
E
las são conhecidas por dominarem o universo gastronômico desde a criação da humanidade. Num trajeto um tanto quanto preconceituoso, falar de funções femininas remetia-se a apontá-las como unicamente pilotas de fogão e donas de casa. Mas elas viraram ao avesso (completamente) esse bordão. Tornaram-se múltiplas e o cenário foi aquele mesmo jocoso do passado: entre panelas e na frente de um fogão, mas numa concepção que ultrapassa o manuseio de utensílios e preparo de pratos, virando exemplos de histórias de sucesso de mulheres que tornaram as cozinhas do mundo os seus espaços de trabalho. Neste mês de março em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, escolhemos quatro nomes da gastronomia pernambucana para dar voz a essas mudanças, como também lincar o tema central da reportagem com um dos equipamentos turísticos de grande maestria em nosso Estado: a gastronomia. Essas protagonistas irão representar outros nomes, diríamos que até todos esses femininos que figuram no cenário gastronômico recifense. Nosso carinho e respeito a todas elas.
GASTRONOMIA | SOB A BATUTA DELAS
Taciana Teti
C
om tanta bagagem, nós poderíamos narrar aqui a historinha de uma apaixonada pela cozinha que desejou desde pequenina ser isso. Na verdade, até pela inexistência de uma formação concreta na área não só no Brasil, como essencialmente em Pernambuco, o caminho de Taciana Teti não foi assim. Uma estudante do curso de informática, morando no Equador, olhou para outro curso dentro do seu campus e decidiu abandonar o que fazia para se dedicar à gastronomia. Não só cursou como foi em Quito que sua trajetória profissional iria ter início e já lá, com muito êxito. Ela lembra que entre docinhos trufados e fundados, ficou muito conhecida. Até boleira em solos equatorianos, se aventurou a ser. De volta ao Brasil, buscou outro foco. Docinhos, nem tanto. A chef hoje se aprofunda por uma cozinha mais intensa, de pesquisa. Foi além das panelas e da experiência sensorial que a ciência pede, já que buscou ampliar sua profissionalização com um MBA em Gestão Empresarial e por isso suas consultorias vão além da montagem de cardápio pura e crua. Está na linha de frente da gestão, levando ao cliente muitas vezes, a ideia de que sua casa pode até ter fila de espera, mas a manutenção de seu negócio, não pode esperar. “O custo de uma casa é altíssimo e para ter sustentabilidade é preciso ter qualidade em todos os aspectos. A visão de gestão é importantíssima para
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manutenção de uma casa. Infelizmente, muitos empresários não têm essa visão e querem sua casa lotada no início da operação. O segredo é conhecer todas as etapas do seu negócio”, ressalta a chef. Não poderíamos ter Taciana em todas as casas que ela hoje oferece seu trabalho, mas escolhemos o Haus, bar recém-inaugurado na Galeria Joana D´Arc, no Pina, para descrever um pouco desse diferencial. O local tem como sócios 5 empresários da cena cultural do Recife: Allana Marques, André Leite, Lucas Logiovine, Lucio Morais e Thiago Megale, que numa pegada alternativa, foram unânimes em montar um espaço que lembrasse os galpões de Berlim. E o cardápio assumiu uma postura de fornecer vários itens da culinária alemã, mas Taciana lembrou-se do costume recifense de frequentar bares optando por frituras, caldinhos e criou assim, um ponto de equilíbrio. Saiu da mesmice e o Haus hoje é sucesso de terça a domingo. Entre os itens do cardápio que não param de chegar à mesa está o hot dawg haus, um autêntico cachorro quente alemão que leva pão, lingüiça alemã, catchup de curry, cebola na cerveja preta, picles e molho de mostarda e ervas, com sucesso justificável e paladares agradecidos.
Madalena Souza
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uando a gente relembra a história do empreendedorismo no mundo, dificilmente nos vem à mente algum nome feminino. Não de primeira. E foi driblando uma necessidade e não só esse paradigma, que Madalena Souza chegou ao sucesso de sua Dalena, campeã com 11 prêmios pelo júri especializado da Revista Veja Recife como o melhor doce da cidade, sendo 10 deles consecutivos; uma justa recompensa ao esforço que une-se hoje a várias outras receitas de sucesso. E mais uma vez não estamos falando aqui de uma apaixonada por cozinha desde criança. Muito pelo contrário, em seu fogão só saía o trivial: arroz, feijão, como boa dona de casa. Mas Madalena acreditava que isso não era impedimento para nada, pelo contrário, tinha vontade de ter a sua independência e através da ajuda de uma irmã sua que compartilhou uma receita de uma torta alemã, que ela sentiu na veia pela primeira vez, a base do empreender. Aquela receita não foi copiada. Ela foi incrementada várias vezes até chegar ao que é hoje. Única e singular, e que hoje fala por si só do sucesso da rede de docerias. E Madalena nos conta isso ao mesmo tempo em que relembra uma frase do chef Claude Troisgros, dita para ela, quando visitou seu restaurante em São Paulo: “o nordestino tem o dom do tempero, do fazer”. E ele disse isso ao mesmo tempo em que confirmou a presença de vários
funcionários nordestinos na sua cozinha. Aquilo insistiu na cabeça de Madalena enquanto fazia vários cursos, bem como passou um memorando ao visitar os grandes restaurantes da cidade (Porcão, Alphaiate, New Sucata, Tio Armênio) oferecendo suas criações. Da pioneira torta alemã (campeã de vendas até hoje em todas as suas lojas), seguida para a cheesecake, alemã branca, brigadeiro, menta e de repente a ex-dona de casa, nordestina e com muito orgulho, se viu diante de uma pequena indústria de torta na sala de sua residência. Ali o céu já era o limite. As encomendas particulares tinham crescido e era a hora de montar sua primeira loja. A antiga galeria Alameda Center, na Conselheiro Aguiar, foi onde abrigou a primeira Dalena em 98. Em seguida a empresária abriu outras lojas de rua e se consagrou com a entrada da marca nos shoppings, onde cita a importante sociedade com o empresário Paulo Albuquerque. Naquele momento, Madalena já conhecia o seu consumidor. Criou seu nicho, sua identidade e passou a entender da importância da precisão na cozinha e da correta linha de produção. Hoje está por trás de um cardápio de quase 50 tortas, que dispensam referências. Bem como ao lado dos dois filhos, montou uma rede que hoje oferece salgados, docinhos, cafés e um cardápio de almoço com saladas nas lojas de rua. Entende de oferta, de demanda, de técnica, mas acima de tudo, entende do que é amor pelo que se faz.
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GASTRONOMIA | SOB A BATUTA DELAS
Luciana Sultanum
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historinha de Luciana também não foi aquela de paixão à primeira vista com a gastronomia. A sua trajetória profissional teve início na arquitetura, cursando até o penúltimo período. Em 2001, quando Recife já despontava para a gastronomia como um equipamento turístico em potencial e começava a abrigar restaurantes que saíam do dueto entre italiano e português, ela abandonou arquitetura e foi correr atrás de formação em gastronomia. Visitou São Paulo inúmeras vezes buscando palestras e cursos rápidos quando a cabeça já fervilhava de ideias nesta área. Decidiu voar ainda mais longe e no ano seguinte já era estudante do Institut Paul Bocuse, na França. Quando voltou, estagiou no restaurante Mingus, de propriedade de seu primo Nicolau Sultanum. Trabalhou na Sadia, foi professora de todos os cursos que já se instalaram em Recife na área de gastronomia, bem como cursou Administração e fez uma pós em Gestão de negócios, o que causou um verdadeiro turbilhão na vida de Luciana. Olhar para a cozinha sob o ponto de vista de gestão faria toda diferença em seu trabalho. Ela hoje confessa que a comida tem que ser, acima de tudo, saborosa, mas a proposta de uma cozinha tem que ser favorável para se trabalhar. “A profissionalização é a chave de tudo. Hoje não se permite que
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a cozinha ou uma proposta instalada seja apenas um espaço de aventura. Recife já viu que um restaurante é algo prazeroso, mas que para ter sucesso, dá muito trabalho. Um bom negócio tem que ser redondo e bem formatado, para que proporcione qualificação para todos que estejam envolvidos nele”, ressalta. A chef nos recebeu em sua casa e coincidentemente, nos instalamos para fotos na mesa de uma cozinha americana, onde ela nos contou que é cenário fixo para receber os amigos que se amontoam para degustar suas criações. Nosso prato foi um filé de pargo com arroz de cereais, banana e molho tailandês. Esses elementos saudáveis hoje fazem parte do cardápio particular da chef, que recentemente fez uma reeducação alimentar. Ainda assim, ela acredita que a gastronomia, mesmo a de alto escalão, não pode perder sua singularidade no sabor. “O ritual da mesa é algo muito importante. Penso que a comida tem que ser primeiramente gostosa e depois nutritiva. E isso hoje é tão possível que a pegada fit tem sido algo muito presente na alimentação”.
Madalena Albuquerque
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ust, ou melhor, simples como ela é. Em sua essência, em seu carisma e na vontade de mostrar o que uma nordestina, natural da Zona da Mata Norte, pode apresentar à mesa, Madá, como carinhosamente é conhecida na cidade, é uma outra mulher, talvez à frente do seu tempo, quando fala que: “A maioria das mulheres se colocam em segundo plano. Talvez a cultura nordestina traga isso. É preciso ter mais impulso”, desabafa. E foi movida por esse impulso, ao lado de suas companheiras nesta matéria, e tantas outras chefs, gastronômas e empresárias, que Madá tem sua marca de ousadia, quando decidiu conciliar suas duas profissões: a de arquiteta e a de chef, com exímio cuidado e amor ao que faz. Madá nos conta que, junto com sua vinda para o Recife, ainda na adolescência, veio também a necessidade em saber fazer coisas simples na cozinha como coar um café, fazer um feijão e tudo aquilo que tinha na casa dos seus pais e que naquela hora era o sobrenome da independência alcançada. Ao mesmo tempo em que essa necessidade aguçava, figurava na mente de Madá a lembrança de que lá em Nazaré da Mata, a casa estava sempre cheia, e em volta de uma mesa estavam os nove filhos do Sr Genésio disputando espaço naquele reduto, sempre ao lado de muitos convidados. A avó paterna também caprichava nas refeições e por isso, não seria um erro afirmar que a arte de servir já fazia parte do DNA de Madá. Mas foi um casal de amigos, Máximo e Paula, que moraram em Firenze que formaram o elo definitivo de Madá com a gastronomia. Em suas vindas para o Brasil, o casal lhe trazia conservas feitas pela nona de Paula e isto estimulava nossa chef a buscar conhecer
mais sobre o universo da gastronomia, que localmente ainda era limitadíssimo. Em 2005, fez sua primeira viagem à Itália. Queria desbravar pessoalmente o que aquele casal amigo lhe contava. E já na volta dessa sua viagem, passou a oferecer antepastos em seu próprio escritório, pois ali viu que era possível empreender. Havia uma demanda reprimida de clientes, amigos e parceiros de trabalho, ávidos para tomar um vinho, harmonizar refeições, brindar sucesso de projetos. A arquitetura estava abrindo espaço para um outro negócio que até hoje funciona na mesma Galeria, em andares distintos. Nascia ali o Just Madá, junto com criações próprias, releituras da gastronomia com toques da essência que fazem Madá por ela mesma. “Busquei traduzir a gastronomia pernambucana com um design legal. Por mais que a proposta italiana estivesse arraigada aqui no bistrô, é preciso focar nas suas referências e eu venho da Mata Norte”. No cardápio prático e objetivo do Bistrô, você encontra exatamente isto: simplicidade e autenticidade. É possível degustar pratos da cozinha afetiva da Chef, com ares gourmet e com uma estética bastante respeitada. Na dúvida, feche os olhos e aposte em qualquer um. Mas se valer a dica, vá de Camarão Pragana, sucesso desde o primeiro dia de sua elaboração. Com todo o respeito que o artista Pragrana merece, o prato faz bonito ao apresentar uma massa integral, o rei dos frutos do mar que dá nome à iguaria acrescido de pimenta, mel de engenho, caldo de carne e a nossa cachaça. E para mulheres de hoje e de sempre, um recado da chef: “Em vários momentos eu tive dúvida se daria certo, mas não desisti. Ficar parado não dá. É preciso buscar fortalecimento, se reavaliar e ver que ainda dá para fazer melhor, sempre”.
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PERFIL | PAULA MEIRA
TALENTO A FAVOR DO PRÓXIMO Muitos conhecem a figura com bons relacionamentos na cidade, gentil e animada, festeira, cujo dourado é cor preferida e o luxo é ‘sinônimo de esforço’. O que talvez outros desconfiem é que existem outras ‘Paulas e Paulinhas’, que formam as várias facetas da empresária Paula Meira. por Redação Terra
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lém da filha zelosa de Dona Eliane Souto Carvalho e do saudoso Roberto Phaelante da Câmara, Paula (mãe) é orgulhosa do talento reconhecido de sua filha Gabriela, que trilha o caminho da administração e atualmente encontrase nos USA fazendo MBA. Religiosa e com deveres em dia com o próximo, Paula é capaz de abdicar de um festão de aniversário para levar para Aruba a turma que convive e que congrega seu G8, grupo formado na gandaia, para debater assuntos pertinentes ao prazer de brindar permanentemente à vida só pelo desejo de estar junto dos que ama. Mas existe ainda outra Paula: a empresária com formação em fonoaudiologia e que gerencia há 17 anos a Interne Soluções em Saúde. E é essa mulher que segue construindo uma história singular na área de Saúde do Estado, pois foi uma das primeiras mulheres a gerenciar um negócio de saúde na área privada no Recife. A Interne começou como Home Care em 1997 e hoje a entidade é referência no segmento, associada à American Chamber of Commerce for Brazil (AMCHAM). Paula também foi pioneira ao ser nomeada a primeira mulher componente do Conselho de Gestão do Grupo de Líderes Empresariais (LIDE) de Pernambuco.
serviço de home care em Recife. Foi então que surgiu a Interim Home Care como uma franquia americana que trazia um novo conceito de tratar saúde no "melhor lugar do mundo", sua casa. Seis anos depois, a Ínterim americana deu lugar à Interne Home Care, que atualmente se chama Interne Soluções em Saúde, onde toda bagagem vivida e aplicada de disciplina, humanismo, amor ao próximo, flexibilidade e muita dedicação ao trabalho Paula abraça, com respeito e entusiasmo. “Servir é um desejo, antes de tudo, e fazê-lo da melhor forma um entendimento”. Nestes 17 anos de serviços prestados à sociedade, a Interne já tratou mais de 12 mil pacientes em casa nas mais diversas condições. “Fomos escolhidos pela revista Fornecedores Hospitalares como uma das quatro melhores do país no quesito referência”, enfatiza Paula, acrescentando que “sempre pensamos em melhorar a condição de vida e de saúde dos nossos assistidos, 24 horas por dia”, arremata a empresária.
É preciso envelhecer com saúde. E ativamente”
Para chegar a este ponto, Paula relembra que iniciou seus trabalhos como voluntária no Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP). Um ano depois, foi convidada para trabalhar como coordenadora de captação de recursos e assessora da Diretoria e Presidência. Sua estadia no HCP durou sete anos, durante os quais ela pôde acumular uma rica experiência do ponto de vista humanitário, além de visão da necessidade humana por acolhimento em prestação de saúde. “Pude conviver com o misto do exemplo de voluntariado e com grandes profissionais de saúde, onde a escassez de recursos não desanimava o corpo clínico, que estava sempre em busca do melhor em tratamentos e no dia a dia para prevenção e cura para os portadores de câncer. Recursos... Nós lutávamos por eles todos os dias”, relata Paula Meira. De acordo com ela, esta base de humanismo e adversidade sempre a motivou a fazer um pouco e melhor. Em 1997, ela foi convidada por seu primo Waldemir Miranda Neto e o médico Marcelo Borges a um novo desafio: implantar um
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Ao longo de sua trajetória profissional, ela reposicionou sua empresa no mercado de saúde e hoje também oferece o Espaço Interne, com foco em saúde com bem estar, deixando de ser um serviço restrito a área de internamento e assistência domiciliar e tornando-se mais uma referência pioneira com o selo Paula Meira. Voltado para prevenção, gerenciamento de doenças, com cursos, palestras, etc. “Um conceito moderno e necessário”, defende ela que costuma ainda dizer que é preciso educar a população e nossos dirigentes. “É preciso envelhecer com saúde. E ativamente”, retruca. Sob seu comando, a empresária conduz uma equipe de 1134 pessoas para atender nada menos que 600 pacientes mensais. A mão firme para a condução dos negócios de Paula Meira parece ter a medida certa para caber no título de substituta de Dona Esther Souto, sua avó e mulher que exerceu um reconhecido papel histórico em nossa cidade quando o por sua fabulosa e importante trajetória do Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP). Para homenageá-la, Paula ergueu na sua Interne um Centro de Estudos que leva seu nome onde acontecem cursos de especialização, palestras e encontros para multiplicar o conhecimento entre os profissionais que dedicam sua vida a cuidar da saúde do próximo.
Paula Meira Foto Marlon Presotto
CAPA | FELIPE CARRERAS
FELIPE CARRERAS E OS DESAFIOS DO TURISMO, ESPORTES E LAZER DO ESTADO O nome de destaque desta edição figura no mundo político desde a juventude. Nas últimas eleições, foi o quarto Deputado Federal mais votado no Estado com 187348 votos em sua primeira candidatura, como que numa resposta do povo nas urnas de que a juventude é quem pode fazer a renovação no cenário político.
por Redação Terra
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om uma imagem que durante muito tempo vinculou-se ao cenário de entretenimento e cultura do Estado, o empresário licenciado, Felipe Carreras, assumiu a Secretaria Estadual de Turismo, Esportes e Lazer com a larga missão de destacar novamente Pernambuco nestes segmentos, mostrando que o Estado já desbancou a bandeira do Sol e Mar, com maturidade para se reposicionar em área como Turismo de Negócios, de aventura, bem como movimentar o setor esportivo com projetos e eventos que justifiquem o seu potencial e visibilidade. Casado com Fabiana, pai de Maria Luiza, Letícia e Laís, nosso entrevistado conta sua história de vida e sobre seus projetos. TERRA MAGAZINE- O senhor foi o quarto Deputado mais votado Estado, em sua primeira candidatura, numa eleição árdua para Pernambuco e para sua coligação, com a perda prematura de Eduardo Campos. O resultado nas urnas foi de 187348 votos. A que atribui este sucesso? FC- Uma grata surpresa ter sido o Deputado mais votado na capital. O resultado foi maior do que muitos políticos de expressão e já conhecidos por 100% dos recifenses. Isso é uma boa resposta dos eleitores, já que muitos, quando passam as eleições, nem lembram mais em quem votaram. E isso foi um provocamento meu durante as muitas caminhadas que realizamos, bem como nas vistas às comunidades, encontros com a juventude, estudantes e vários segmentos da sociedade. Muita gente também nos procurou querendo abraçar a campanha. Era difícil mensurar esse resultado, já que nem as pesquisas apontavam isto. Vejo como um ingrediente positivo e ao mesmo tempo, isto assume uma responsabilidade ainda maior. Caminhei pedindo o apoio deles, porém cobrando que a população se lembre realmente em quem está votando, quando começar a ver os projetos e propostas em desenvolvimento. A responsabilidade é de que essas pessoas
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votaram com a expectativa da nova atitude, na ânsia de continuar a ver melhorias para nosso Estado. Essas pessoas me deram esse crédito. Apostaram num político jovem com ideias e com muita vontade de realização. Agora as pessoas vão cobrar e elas têm esse direito. O voto a gente empresta. E quero devolver esse voto quando for avaliado depois desses quatro anos. TERRA MAGAZINE- Sua rápida passagem pela Secretaria de Turismo no Recife favoreceu o convite para assumir a pasta Estadual? FC- Sem dúvidas. Construímos essa credibilidade e isso fez com que o Governador visse nossos resultados. Quando fui convidado para a Secretaria do Recife, assumi convicto do potencial que a capital tem. Ainda me lembro do frio na barriga, mas mantive uma equipe competente, motivada e sensível, acima de tudo. Tivemos uma série de realizações em apenas 15 meses e grande parte desse sucesso se deve à participação da sociedade. Criamos a ciclofaixa, o Recife Antigo de Coração, que transformou a ocupação do bairro, com gente utilizando o Lazer na Rua, lançamos concursos de decoração natalina e junina dos bairros, o movimento Olha Recife com as pessoas conhecendo os roteiros da cidade a pé, de ônibus e de catamarã. O grande sucesso de tudo que foi realizado foi através das pessoas. Conseguimos grandes resultados de fluxo, fizemos sinalização com mais de 500 placas de turismo, profissionalizamos os CATS com profissionais bilíngües na Praça do Arsenal, Pátio de São Pedro, Marcado de São José, Dona Lindu, Aeroporto e no TIP. Interagimos com o trade turístico, ampliamos para mais de dez o número de Academia das Cidades, tivemos participação em fóruns, ajudamos no planejamento estratégico das cidades, realizamos aproximação com o Recife Convention, agentes de viagens e toda cadeia produtiva do segmento, para procurar ser o mais assertivo possível e isso credenciou a gente
Foto Armando Artoni
CAPA | ANTONIO LAVAREDA
O voto a gente empresta. E quero devolver esse voto quando for avaliado depois desses quatro anos.
CAPA | FELIPE CARRERAS
para este posto. Muitas ações também tinham a ver com o setor esportivo, a lembrar da realização do campeonato de Beach Soccer e com isso, foi observado que a gente poderia aliar os segmentos e nasceu daí a união das pastas, configurando um desafio ainda maior para a gente. TERRA MAGAZINE- Muitos vinculam sua imagem ao jovem ligado ao setor de festas, entretenimento e não sabem que sua atuação, vem de muito antes. Conte um pouco de história com a política. FC- A política veio muito antes em minha vida, tanto do entretenimento quanto dos eventos. Aos 14 anos me envolvi na campanha de 1988 entre Leonel Brizola, Lula e Collor, mesmo sem votar. Fui às ruas, fiz campanha para Brizolla, numa eleição histórica em nosso País. Vibrava muito e acompanhei a apuração dos votos. Por pouco Brizola não foi para o segundo turno e Collor ganhou. Sentia que tudo aquilo já pulsava em mim. Em 1992, na eleição para Prefeitura do Recife, o PDT, partido de Brizola, se coligou com o PSB de Arraes e o candidato a Prefeito foi Eduardo Campos com 20 e poucos anos e eu estava lá na Juventude quando ele ficou em quarto lugar. Iniciei o debate político e dois anos depois, estava na campanha de Miguel Arraes para Governo. Ele ganhou e eu, sem conhecer ninguém na época, disse que queria trabalhar no Palácio. Eu era um jovem qualquer que tinha se juntado aqueles ideais. Não tinha nome, não era filho de ninguém, não tinha conhecimento, mas insisti nisto. E foi quando Eduardo, que era Secretário de Governo na época, me chamou para trabalhar no Gabinete de Arraes, como Oficial de gabinete. Eduardo lembrava de mim quando trabalhei na sua campanha e atendeu meu pedido. Eu tinha apenas 19 anos. Neste trabalho eu organizei o 1º Fórum Jovem Popular e movimentei a juventude socialista. Era uma época de articulação e participação jovem na política. Trabalhei ao lado de nomes como Adilson Gomes, Bruno Brennand, Odilon Cunha. Por outro lado, foi essa vida política que não me deixou concluir minha faculdade. Iniciei Ciências Contábeis na Universidade Católica. Era do Diretório Central de Estudantes em 1996. Realizamos a maior calourada da história da UNICAP com Cirano e Cirano como atrações principais. Foi então que o setor de eventos entrou na minha vida. O jeito fácil de me relacionar com as pessoas, me ajudou em tudo que fiz e faço na vida. Inclusive acho que vem daí o resultado dessa votação histórica na minha primeira candidatura.
acontecimentos. O próprio movimento político do ano passado mostrou isto. Sem bandeira específica, perdeu sua consistência e não foi dado continuidade. Não havia uma pauta de reivindicação, sem um objetivo central e sem diálogo.
TERRA MAGAZINE- Quando o senhor fala que era de uma época de participação da juventude na política, acredita que hoje os jovens estejam mais despolitizados?
TERRA MAGAZINE- O turismo de Pernambuco nos últimos dez anos passou por importantes mudanças, polarizando os equipamentos e diversificando os tipos oferecidos, saindo do restrito Sol e Mar para Negócios e outras vertentes com bastante maturidade. Como o senhor vê isto e o que pretende fazer diante deste cenário para manter nosso equipamento turístico e não cairmos no ostracismo, inclusive para não vincular o Estado apenas à imagem das praias de Porto de Galinhas ou Fernando de Noronha, por exemplo?
FC- Com certeza. A juventude naquela época era bem mais participativa. Procurava mais informação, entendimento e eram autores de debates maiores. Nas próprias Universidades se via isso com os movimentos estudantis. Os movimentos sociais de hoje e também os estudantis se afastaram da sociedade. É algo muito cartorial. Existe uma carência profunda de lideranças nesses
FC- Pernambuco vive um bom momento turístico. Temos grandes bandeiras internacionais se instalando e outras locais criando alianças. São nomes como Marriot, Ibis, Accor, Sheraton e isto mostra o impulso do Estado. Importante destacar que esses grupos fazem pesquisa antes de chegarem aqui. Ninguém fez hotel por causa de Copa do Mundo. E hoje sabemos que muita gente
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Foto: Hesíodo Góes
Fotos Aluísio Moreira
vem para Pernambuco para fazer negócio durante a semana. Esta ocupação hoje está satisfatória, por isso, uma grande bandeira nossa será o turismo de Negócios, diante desses números. Hoje temos um PIB significativo, um volume de investimentos em Suape e no Litoral Norte e tudo isso deu um salto para o Estado. As pessoas têm utilizado Pernambuco para estudar, pesquisar e para cuidar de sua saúde. Vamos potencializar essa estrutura também
do turismo médico. Turistas de fora vêm para cá por um custo melhor só para se tratar. Queremos identificar quem é esse turista e melhorar ainda mais esse atendimento. Vamos potencializar outros produtos, a citar o Turismo de Aventura. Temos reservas ambientais importantes no Estado e vamos mostrar isso para os turistas, fechando parcerias com a Secretaria de Meio Ambiente, criando roteiros como a Pedra do Cachorro, em São Caetano, que não possui acesso e nem sinalização. Estamos trabalhando nisto e também em outras rotas, e já vamos buscar recursos do Prodetur. Pretendemos requalificar a orla de Boa Viagem. Já temos a ciclofaixa que mostra o interesse e participação da população e o apoio do Itaú. O poder público pode manter esse diálogo e fechar mais parcerias com o setor privado. Bem como pretendemos melhorar e requalificar também o Centro de Convenções para podermos receber ainda mais eventos e isso já está no programa de governo. Pretendemos fazer uma grande escuta em todo o Estado junto às principais cidades e ouvir o trade local, para saber as principais ações do Governo, ligadas ao turismo e vamos definir quais são as cidades indutoras do Turismo de Pernambuco. Já temos três cidades indutoras do Turismo Brasileiro e vamos adotar essa mesma metodologia.
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CAPA | FELIPE CARRERAS
TERRA MAGAZINE- Quanto ao Centro de Convenções, sabemos que este equipamento vem se delongando por gestões seguidas como uma bandeira repetida, sem finalização da sua recuperação e reforma de sua estrutura, quando sabemos que sua importância é incontestável para o Turismo de Negócios que o senhor mencionou. Como pretende dar celeridade a essas melhorias? FC- Temos um teatro que é referência nacional com uma das melhores acústicas do País, mas sabemos que uma obra dessa é muito dispendiosa para o Estado. O modelo de parcerias do setor público com o privado é a saída. Quando estive na PCR conseguimos isto para outros projetos, onde empresas como a Caixa Econômica Federal, a AMBEV e o próprio Itaú, como já citei, foram parceiras, com retornos de suas marcas. Na prefeitura conseguimos dobrar a nossa captação com parcerias privadas. Além disso, iremos o Governo Federal, financiamentos com o Banco Mundial e onde tiver recursos, para não só fazer essas reformas pontuais, e sim estruturadoras desses locais. TERRA MAGAZINE- Que mudanças o senhor prevê para o litoral Norte, esquecido em outras gestões e que foi tão importante na história do turismo pernambucano. Esse litoral tem problemas sérios como o avanço do mar e a questão dos presídios na memória da população e funcionam como inibidores para os frequentadores. No entanto, é um local que figura perto de polos importantíssimos com a chegada da FIAT e da Hemobras.
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Foto:Andréa Rêgo Barros
Felipe Carreras é o idealizador da ciclofaixa
FC- Muito se fala do Litoral Norte lincando à questão dos Presídios. Mas não é só isso. Precisa de planejamento estratégico e ordenamento para que o local possa virar uma referência. Na medida que a gente estiver preparado com isso, com bons acessos e com plano de ocupação, vamos conseguir atrair turistas do mercado nacional e internacional. Esse plano de ordenamento, inclusive, é uma das bandeiras do nosso Plano de Marketing. Mas isso não se faz a curto prazo, no entanto já temos canais para iniciar isto com caminhos e cronograma de execução. TERRA MAGAZINE- Como o senhor pretende mostrar o Estado nas importantes Feiras de Turismo? Isso vem diminuindo nos últimos anos. Quais ações mais imediatas tomadas para isso? FC- Sempre participamos destes calendários, mas queremos fazer diferente. Muito executivo participa e nem sempre traz resultados efetivos. Vamos buscar redirecionar nossas ações, fazer investimentos em outros projetos, como por exemplo, os novos voos que estamos conseguindo para o Estado. Queremos atrair novos cruzeiros, que as operadoras trabalhem melhor o destino e com isso, conseguir efetivos de ocupação. O voo inaugural de Recife para Buenos Aires é um exemplo graças a uma política de atração que ainda trará outros voos, graças à isenção do ICMS do querosene. Essa política de atração é pioneira no Estado. A partir do dia 5 de junho, teremos outro voo que irá ligar a Cabo Verde, com escala direta de Pernambuco a Paris, Amsterdã e Lisboa, com
Foto Armando Artoni
custo similar ao operado hoje entre Recife/Lisboa. Cabo Verde já é um destino interessante. Vamos preparar produtos para esses turistas, atraindo também outros mercados emissores. TERRA MAGAZINE- Sabemos que um dos principais enfrentamentos da sua Gestão seria o Governo Federal como oposição. Isto já está sendo dissolvido com o encontro recente com o Ministro Vinicius Lages? FC- A nossa posição política ficou muito clara na nossa campanha, onde nossa proposta ia de encontro ao que ia acontecendo no País. Foi dado o alerta da crise econômica, caso a presidente Dilma assumisse, onde iria vigorar essa alta carga tributária. Nós perdemos a eleição, a presidente se elegeu e agora temos que conviver, desarmar palanque e fazer parcerias institucionais. A presidente já disse que não ia fazer retaliação a Pernambuco. Cabe a nós, gestores, buscarmos essa aproximação e também parcerias. Em apenas 30 dias depois de termos assumido, estivemos com o Ministro do Turismo e o de Esportes que foram sensíveis com Pernambuco. O Ministro de Turismo já fez três visitas a Pernambuco e vemos com isso um cenário extremamente promissor em relação ao Governo Federal. Essa aproximação política com o PT, é histórica, vem desde Miguel Arraes. Então, não é algo partidário unicamente. Na medida em que o PT e a Presidente cumprirem com os compromissos assumidos com a educação, saúde, passe livre, reforma política e executarem parte de nosso programa de governo em sintonia com a população e com o que ela almeja, não faremos política de oposição por oposição. Temos responsabilidade acima de tudo. TERRA MAGAZINE- O Projeto de Lei nº 163/2015. A proposta estende a concessão do benefício do programa Bolsa-Atleta aos atletas-guia dos atletas das categorias T11 e T12. Fale um pouco mais a respeito. FC- Tive a felicidade de em três dias como Deputado Federal,
apresentar este projeto. Cerca de 140 atletas recebem esta BolsaAtleta, mas alguns deles precisam de um guia e não recebiam ajuda. Agora vão receber. TERRA MAGAZINE- E sobre o setor esportivo, de maneira geral, o que muda? FC- Vou buscar uma aproximação pessoal com todos os segmentos esportivos e promover um grande debate de atenção para eles nos apresentarem suas necessidades. Já temos algumas pautas de reivindicações do setor e vamos utilizar isto inicialmente. Criaremos conselhos, promoveremos a requalificação do centro esportivo Santos Dumont para poder realizar jogos escolares, campeonatos, inserindo o esporte na educação de base e dando atenção às comunidades com a inclusão social dentro do Pacto pela Vida. A atividade esportiva trabalhando neste ponto vai ser de suma importância. Outro projeto será para os alunos da Rede pública com bom desempenho que poderão ir a outro País competir , aprender e treinar nesses centros mundiais. É um projeto para ter início neste primeiro semestre. TERRA MAGAZINE- Palavras finais para o nosso leitor. FC- Eu diria que tudo na vida para a gente alcançar, construir, conquistar, tem que ter motivação e confiança. E minha motivação diária é conseguir realizar ações que têm impacto para a população no seu dia a dia, promovendo melhoria na qualidade de vida. Nada motiva mais um gestor público do que tirar do papel um projeto e ver que ele melhorou a qualidade de vida das pessoas e dizer com isso que elas podem acreditar mais na política, que tem esse poder transformador, se for feita de forma correta. É preciso a população saber em que votou para poder cobrar resultados. Então, estejam atentos.
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TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA
Taciana Carulla
Jo達o Domingos
TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA
TERRA - Quando você percebeu que a arquitetura faria parte da sua vida?
Taciana Carulla Existem dois fatores fundamentais no trabalho de arquitetura que são a visão espacial e o desenho técnico. Eles têm que estar em harmonia, independente do estilo” por Ana Paula Bernardes
Formada pela FAUPE há exatos 20 anos, a arquiteta iniciou esta entrevista falando que nem sentiu o tempo passar; duas décadas em que carrega sozinha um currículo de grandes projetos. Taciana Carulla é dona do escritório que leva seu nome, ao mesmo tempo em que entende bem sobre a gestão do seu negócio, fazendo absolutamente tudo dentro da empresa. O resultado disso tudo é uma arquitetura completa e bastante detalhada, no qual o cliente só agradece.
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TACIANA CARULLA - Desde pequena. Minha mãe teve o privilégio de ser a segunda cliente local de Janete Costa e por gostar de tantas reformas, eu cresci vendo Janete e minha mãe mexerem no espaço da minha casa. E aquilo foi sendo incorporado à minha vida. Comecei a desenhar, criar... Uma grande lembrança que tenho são os desenhos, ainda criança, bem caprichados, onde eu assinava atrás como Taciana Carulla Escritório de Arquitetura e hoje isso é uma realidade. Esses desenhos existem e foram guardados pelo meu pai. TERRA - O que é mais desafiador na hora de projetar? TC - Cada projeto é particularmente especial. Penso que cada cabeça é um mundo, onde cada um sabe valorizar algum detalhe ou elemento. Quando um cliente vem querendo fazer um projeto, você tem que ter em mente que aquela primeira conversa é sem dúvida a mais crucial do seu trabalho, pois é onde você vai filtrar uma história, os costumes e preferências daquela família. Saber ouvir ali vai ser fundamental, atentando ao nível de exigência que aquela contratação requer e no nível de detalhes necessários. Também penso que existem dois fatores fundamentais no trabalho de arquitetura, que são a visão espacial e o desenho técnico. Eles têm que estar em harmonia, independentemente do estilo. O sucesso será consequência. TERRA - Quais as principais referências no seu trabalho? TC - Janete Costa, sem dúvidas. Cresci vendo Janete e convivendo com todo aquele universo de obras e reformas. Além disso, como tive a oportunidade de estagiar pouco e só trabalhar em um Órgão Público e logo em seguida já montar meu próprio escritório, construí com isso um estilo próprio. Minha forma de trabalho
acabou não sendo igual à de ninguém. Não digo que isso seja o ideal, mas tem um lado bastante positivo. TERRA - Qual o seu maior sonho profissional? TC - Não existe sonho de um projeto físico. Isso eu posso dizer que não tenho, já que todo projeto tem sua particularidade. Eu penso numa maneira em que todos os meus projetos sejam reconhecidos. Acho que isso faz parte da trajetória de todo profissional. Quando recebemos um retorno do trabalho realizado, ele se torna diferenciado e especial. TERRA - O crescimento do mercado imobiliário agregou outros valores ao desenvolvimento dos seus projetos? TC - O trabalho do escritório sempre acompanhou a movimentação do mercado. Construímos uma carreira que o cliente sempre vem por indicação, o que é extremamente gratificante. No entanto, consigo ver que esse novo momento trouxe uma valorização
maior ao trabalho do arquiteto. Existe mais gente se interessando, bem como a ampliação da formação para profissionais deste ramo. Existem cursos novos no mercado e isso é o reflexo dessa necessidade em ter o arquiteto e designer de interiores mais próximo do cliente. TERRA - Como a diversidade dos produtos da A.Carneiro Home podem somar ao trabalho do seu escritório? TC- Além de servir de inspiração, o mix de produtos da A.Carneiro Home é a solução para a vida corrida de todos nós, inclusive dos nossos clientes, que precisam resolver com qualidade e competência grande parte do projeto em um único lugar. Serviço: Taciana Carulla tacianacarrula@hotmail.com
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TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA
TERRA - Quando você percebeu que a arquitetura faria parte da sua vida? JD - Maria do Loreto era arquiteta de minha mãe e este contato se deu ao longo de sua vida. Mas antes disso, sempre gostei de desenhar, gostava de geometria e tinha certeza de que meu curso seria da área de humanas com algo de exatas. E foi quando identifiquei que arquitetura tinha um pouco dos dois, misturando técnica, sensibilidade, história, arte... Os meus desenhos, muitos deles, meu pai sempre guardou.
João Domingos Um bom profissional nunca tem que escolher o que quer fazer. E os desafios serão as inúmeras oportunidades que se abrem para você atuar” por Ana Paula Bernardes
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ormado em arquitetura no ano de 2001 pela UFPE, o arquiteto João Domingos coleciona experiências fantásticas na vida. Estagiou no escritório de Maria do Loreto e depois foi trabalhar com Carlos Fernando Pontual até se formar. No entanto, um marco na sua forma de ver os traços da arquitetura, ocorreu quando fez um intercâmbio pela PUC de Campinas. Nesta época, militante do movimento estudantil de arquitetura, discutia novas diretrizes curriculares para o curso, o que acabou mudando sua postura e forma de atuar.
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TERRA - O que é mais desafiador na hora de projetar? JD - Eu parto da premissa de que o profissional tem que estar preparado para resolver qualquer tipo de demanda. Todas as escalas são desenvolvidas, passando pela volumetria, bem como entender da inserção da arquitetura dentro do contexto das cidades. Um bom profissional nunca tem que escolher o que quer fazer. E os desafios serão as inúmeras oportunidades que se abrem para você atuar, de forma que você respeite os anseios dos clientes, desejos e limitações, sem impor gostos específicos do arquiteto. TERRA - Quais as principais referências no seu trabalho? JD - Loreto sem dúvida foi o início de tudo. Ela formou minha base. Carlos Fernando me deu amadurecimento. As oportunidades que tive enquanto estagiei com ele foram de grande importância. Além disso, minhas viagens, minha militância, me deram o olhar fora dos livros. Quando me formei passei dois meses mochilando na Europa e esta foi uma experiência muito rica. Ao me formar, me associei com Juliano Dubeaux e essa parceria me deu também muita bagagem para atuar na área corporativa, bem como para entender o dia a dia e a valorizar a arquitetura de interiores. Essas foram três etapas importantes para minha formação.
TERRA - Qual o seu maior sonho profissional? JD - O sonho tem a ver com a valorização do profissional arquiteto, que já era uma bandeira minha desde os tempos de militância estudantil. Infelizmente, ainda estamos longe de ver isso valorizado no patamar desejado. Já melhorou, mas ainda não é tudo. Todos os profissionais envolvidos no contexto cidade tem que respeitar a contribuição que o profissional de arquitetura pode dar. TERRA - O crescimento do mercado imobiliário agregou outros valores ao desenvolvimento dos seus projetos? JD - Acho que esse boom imobiliário foi importante para o Estado crescer acima da média nacional. Isso possibilitou avanços tecnológicos, e cada vez mais passamos a utilizar isto em diversas áreas. Na arquitetura não foi diferente. Vimos muita gente mudar a forma de vida, romper paradigmas de um mercado que era conservador e trazer novas performances e possibilidades de se reinventar. TERRA - Como a diversidade dos produtos da A.Carneiro Home podem somar ao trabalho do seu escritório? JD - Enxergo como um grande parceiro que possui uma gama de produtos e soluções para espaços corporativos, soluções para construções secas, forros, pisos, produtos de alto padrão e acabamento para atender todos os nossos serviços com grande qualidade.
Serviço: João Domingos Av. João de Barros, 1527, 701 - Espinheiro joaodomingos@metro.arq.br | (81) 9615-6292
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ESPAÇO DESIGN | PAULO AZUL
Milão, o mundo das possibilidades do design por Paulo Azul
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alar de Milão é, sem dúvida, transcender a essência do design. Numa rápida retrospectiva do Salão internacional do Móvel de Milão de 2014, lembramos do mundialmente reconhecido pelo seu design de produto e de interiores — e também arquiteto, Philippi Starck, que associando-se a Grendene desenvolveu uma linha completamente ousada e colorida de cadeiras que figuraram em exposição e coletiva para a imprensa naquela ocasião. O bacana é que, desde daquele momento, o renomado designer, abriu as portas para o mundo da criatividade, dando oportunidade a arquitetos e designers do mundo, desenvolver novos designs de cadeiras e móveis para serem comercializados nesta escala, onde inclusive os projetos aprovados teriam participação da tiragem do produto e venda no mundo. Outra grata lembrança do movimento artístico cultural de design em Milão no ano passado, aconteceu no bairro da Tortoña, onde empresas como Peugeot, da Red Bull, e outros grandes nomes italianos incentivaram a explosão da criatividade. Tratava-se de um laboratório do que vai estar a mostra, no Salão de Milão 2015 que inicia em 14 abril. Importante lembrar a expectativa mundial para o que está por vir, já que no passado o reencontro do homem com a civilização ancestral estavam tendo maior aproximação, exibindo a volta do ferro com o carbono. Essas matérias-primas eram sujeitos maiores em acabamentos, revestimentos e soluções para os novos projetos. O que será que está por vir? Figuramos
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aqui entre ânsia, acreditando que o mundo de possibilidades já se abriu. É preciso descobri-lo, usá-lo. Não há limites para o processo de criação. A Expo Milano 2015 chega à sua 43 edição, com visita aberta ao público de 1 de maio a 31 de outubro, com o tema “Nutrir o planeta, energia para a vida”, contará com a participação de 144 países. A cidade, que recebeu 6,3 milhões de turistas em 2013, espera a visita de 20 milhões de pessoas, durante o evento. Do Brasil, atualmente o terceiro mercado internacional de turistas para Milão, depois de China e Estados Unidos, são esperados 600 mil visitantes. Acessem o site www.expomilano.org, para conferir programação. Desde já deixo como dica , para quem estiver na cidade, esta rica oportunidade de visitá-la. Diante do universo da criatividade, formato, tendências de cores, textura de tecidos, movimentos elevados de tapete, a concepção do vidro, a utilização da pedra, em sua tecnologia e a integração do ferro e do carbono, serão visualizados , pois este que vos fala, estará presente e apresentará nas próximas edições, os detalhes deste que é o maior movimento de design do móvel do planeta. Aguardem.
MERCADO DE LUXO
LUXO MERCADO QUE CRESCE EM PERNAMBUCO
REDE DE HOTÉIS SHERATON É UMA DAS MARCAS PREMIUM QUE APORTAM NO RECIFE, CONSIDERADA CAPITAL ATUAL DO SEGMENTO NO NORDESTE
por Redação Terra
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pesar do poder aquisitivo das famílias brasileiras estar em baixa, inflação acima da meta e retração nos investimentos, o “consumo de marcas” premium teve aumento de 15% em 2014. A expectativa dos empresários para 2015 é manter um crescimento de dois dígitos, projeção confirmada pela MCF, consultoria especializada em artigos de luxo. Dentre os setores, se destacam os de imóveis e turismo/hotelaria. O Nordeste tem um papel relevante nesse cenário, representando a região com maior potencial devido à sua base muito baixa de ofertas. Pernambuco é um local estratégico para marcas classe A, sendo Recife considerada a capital atual do consumo de luxo fora do eixo Rio-São Paulo. A tendência para a cidade é seguir com o protagonismo, com a chegada de grifes como Sheraton, que inaugurou o primeiro hotel cinco estrelas na Reserva do Paiva, no último mês de novembro. Primeiro hotel da bandeira americana em Pernambuco, o Sheraton Reserva do Paiva abriu suas portas mirando os turistas de alto poder aquisitivo e o movimentado segmento corporativo para se tornar referência na região. A escolha do endereço foi estratégica. A Reserva do Paiva, no município do Cabo de Santo Agostinho, é o primeiro bairro planejado do Estado e consiste em um corredor de negócios entre a capital nordestina que mais cresce economicamente e o Porto de Suape, considerado o mais moderno do país.
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Os edifícios do hotel se destacam em meio à área planejada, com ares de condomínio fechado. Entre vias asfaltadas e limpas, conjuntos residenciais de alto padrão e uso previamente determinado de terrenos, estão os três blocos do empreendimento Sheraton Reserva do Paiva. Com 298 apartamentos, sendo um deles a Suíte Presidencial, com 120m², o hotel está inteiramente equipado para receber turistas, com tarifas a partir de R$ 500,00 por noite. Para quem quer apenas relaxar, o cinco estrelas conta com um Shine SPA de aproximadamente 600m², academia de ginástica completa, piscina, quartos com mínimo de 33m² e os restaurantes Paiva Grill e Reserva; este último com inauguração prevista para o primeiro semestre de 2015 sob a batuta do chef português Olivier Costa. Em local privilegiado à beira-mar, o Beach Club by Sheraton é um dos destaques do hotel. Com formato sofisticado de clube de praia, o espaço conta com lounge, terraço semicoberto, piscina de adulto e infantil, vestiários, espreguiçadeiras e gazebos, além de uma extensa faixa de areia na praia do Paiva. A proposta é oferecer opções diferenciadas para hóspedes e visitantes, que queiram passar o dia no hotel (day use R$ 100,00), desfrutando de uma espaçosa área de diversão e descanso com uma natureza exuberante, a começar pela vista paradisíaca para o mar e coqueiral.
Para o cliente corporativo, o hotel dispõe de cinco salas modulares (que podem virar dez), a maior delas com capacidade para acomodar 1.200 pessoas sentadas. No total, são 1.500 m² que comportam 2,1 convidados, com direito a entrada e recepção exclusivas. Eventos não corporativos como casamentos, também são muito bem-vindos. Exemplo disso é o pacote lua de mel premium que o hotel oferece a recém-casados. Além da hospedagem, os noivos contam com café da manhã especial de núpcias servido no apartamento, 01 garrafa de champagne Dom Pérignon e morangos, 01 garrafa de mini Veuve Clicquot, trufas do chef, tábua deluxe de queijos, frios e torradas, decoração especial com flores, aromatização especial no quarto, roupão personalizado com as iniciais dos noivos, acesso ao Shine SPA com direito a massagem Shine for two e terapia facial – mediante agendamento prévio, 01 peça do artista plástico Francisco Brennand, como presente especial, e lençóis diferenciados Trussardi. Também é oferecida uma vaga de estacionamento, como cortesia. Early check in às 10h e late check out 18h será concedido mediante disponibilidade do hotel.
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DIÁRIO DE BORDO | LAS VEGAS POR SILVANA ARRUDA
DIÁRIO DE BORDO
LAS VEGAS PARA TODAS AS IDADES POR SILVANA ARRUDA
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as Vegas é conhecida por ser a capital mundial do entretenimento. Para alguns, ela traz um encantamento adulto, porém este destino tem encantos para todas as idades. Esta cidade localizada no deserto de Clark County, no Estado americano de Nevada, foi criada em 1905, mas tornou-se oficialmente uma cidade em 1911. Tinha como atração principal, o jogo com os cassinos, mas hoje não é só isso que o turismo da cidade oferece. Para quem não sabe, é a cidade que possui o maior número de leitos por metro quadrado, com uma programação que oferece, desde shows dos melhores artistas e cantores, assim como centros comerciais com grandes estoques, grandes hotéis, cassinos para todos os gostos, o que faz desta umas das cidades mais visitadas do mundo. A STRIP, como é chamada a rua principal de Las Vegas, abriga todos os hotéis que fazem sua história, bem como os cassinos mais imponentes do mundo. O Flamingo foi o primeiro hotel cassino construído, e ali se encontra a localização principal turística da cidade. Entre o Hotel Bellagio, passando pelo Caesar's Palace até o Htl Mirage, Excalibur, Luxor, todos valem a pena. Mas para conhecer a Strip por completo, precisa ir do Mandalay Bay até a Stratosphere, onde para quem não tem medo de altura, vale a pena presenciar uma das visões mais lindas já existentes.
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A cidade já serviu de cenário para vários filmes. Como 007 - Os Diamantes São Eternos, Assalto em Las Vegas, A Três Mil Milhas do Inferno, Onze Homens e um Segredo, Miss Simpatia 2, Resident Evil: Extinction (br: Resident Evil 3: A Extinção), The Hangover (br: Se Beber, Não Case / pt: A Ressaca), entre tantos outros. Ir a Las Vegas e não conhecer o The Forum shops, no Hotel Caesar's Palace, o zoológico com seus tigres brancos no Hotel Mirage, e o show das águas, no Hotel Venetian, conhecer o Grand Canal shops e fazer um passeio de gôndola, que se você não fizer, dá a sensação de que não foi a Las Vegas. A cidade também é bastante procurada pelos turistas no Reveillon. Já tive a oportunidade de ir duas vezes com meu marido e nossos filhos. A celebração do Ano Novo é bastante conhecida, o que faz com que a cidade seja o 4º destino mais procurado do país para esta ocasião. Outra dica é assistir aos shows do Cirque Du Soleil. A cidade possui sete tipos, um em cada hotel, que causam verdadeira disputa e dúvida entre os turistas por qual espetáculo assistir. Nossa dica é ir ao Hotel Bellagio, mas todos são um espetáculo aos nossos olhos. Outra lembrança imperdível de sua viagem a Vegas é a oportunidade de fazer um voo sobre o Grand Canyon, que pode ser feito de avião ou helicóptero, com durações que variam entre 30 minutos a 1 hora. Tem passeios a menos de US$ 100.
fotos reprodução internet
Tracei um rápido roteiro, para todos os gostos e bolsos: HOTÉIS: •Para quem quer localização e tarifas acessíveis: Hotel Paris •Para quem quer luxo e serviço: Htl Wynn e Encore •Para quem quer juventude e localização: The Cosmopolitan •Para quem não quer cassino, quer paz, localização e serviço: HTL Mandarin Oriental RESTAURANTES: •IZUMI, melhor japonês e tepan: Htl Wynn •MILO'S, rest grego: Htl The Cosmopolitan •Le Cirque, francês: Htl Bellagio •TAO, rest asiático: Htl Venetian ATRAÇÕES: •Cirque du soleil:" O " Htl Bellagio •Zarkanna, Htl Aria •One by Michael Jackson, Htl Mandalay bay •Ilusionistas: David Copperfield e JAN Rouven •Uma luta de UFC também é um show à parte, no Htl MGM •Shows de cantores como: Elton John, Celine Dion, se apresentam sempre em Las Vegas. Ver a programação de shows por ano!!! •Passeio de helicóptero para o Grand Canyon CENTROS COMERCIAIS IMPERDÍVEIS: •Cristals: Htl Aria •The Forum shops: Htl Caesar' S Palace •The Grand Canal Shops: Htl Venetian •Muito bom também as lojas de grife dos Htl Bellagio e Htl Wynn.
TURISMO | PRAIA DE PIPA
cenário paradisíaco por Pedro Romero
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ituado à beira mar, no melhor ponto da Praia do Pipa, no Rio Grande do Norte, e com arquitetura privilegiada, o Boutique Hotel Marlin’s é o local ideal para quem busca a exclusividade de uma pousada bem equipada, aliada ao luxo de um hotel cinco estrelas. O equipamento tem a melhor estrutura para os casais que elegem o Rio Grande do Norte como cenário perfeito para a lua de mel e é também o destino das famílias que não abrem mão do conforto na hora de curtir as férias. Com 17 apartamentos, o Marlin’s se destaca pelo alto padrão dos serviços prestados da forma exclusiva que só um hotel boutique pode oferecer. Um verdadeiro paraíso é oferecido aos hóspedes. O equipamento fica de frente para a Praia do Pipa, com acesso privativo a mesma, e conta com uma completa infraestrutura de lazer de alto padrão. Além de estar perto da praia, o Matlin’s fica localizado no centro da cidade, a poucos metros da avenida principal, repleta de restaurantes e barezinhos que compõe a atmosfera da vila. O hotel é dividido em dois prédios. No prédio dianteiro, todas as suítes foram projetadas para vislumbrar o mar. São 10 suítes decoradas que contam com TV LCD e SKY HD, cofre digital, arcondicionado, telefone, conexão wireless e a cabo com a internet, frigobar, entre outros serviços, dependendo da categoria. O prédio traseiro tem um foco diferente. Conta com apartamentos
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que, em sua maioria, acomodam um número maior de hóspedes. Todos os apartamentos possuem TV LCD com SKY, cofre digital, arcondicionado, telefone, conexão wireless e a cabo com a internet, frigobar ou geladeira, entre outros equipamentos. Alguns ainda possuem cozinha e vista para o mar. Cada um dos apartamentos tem sua decoração exclusiva, diferentes um do outro com seu toque especial. O Boutique Hotel Marlin’s atua no mercado hoteleiro desde 1991, inicialmente como pousada. Após várias reformas se transformou em hotel de luxo, na busca por atingir uma infraestrutura de alta qualidade administrativa e operacional e, por consequência, um alto padrão nos serviços prestados. Além da maioria de seus quartos terem vista para o mar, a piscina do hotel também fica ao nível da praia e o café da manhã é servido no espaço Pedra do Santo - um salão de visão panorâmica para o mar. Ou seja, todo o hotel é projetado para vislumbrar o mar a todo o momento, muitas vezes até mesmo de dentro do box do banheiro, enquanto se toma banho. O café da manhã num espaço paradisíaco é apenas um dos pontos da sofisticada gastronomia do hotel. Para satisfazer os mais requintados paladares, os hóspedes do Boutique Hotel Marlin's podem desfrutar os sabores do Ú Bistrô, Cuisine Contemporaine,
um restaurante que mistura gastronomia e arte, comandado pelo melhor Chef da Pipa, Altemar Cardoso. Ú Bistrô já foi vencedor do 10º Festival Gastronômico de Pipa, com o prato Camarão ao Ar de Curry com Risoto e Tomate Assado. Além do público do Rio Grande do Norte, o Hotel Marlin’s quer conquistar os turistas de outros estados, como Pernambuco. “Acreditamos que, como um hotel boutique, devemos agradar os pernambucanos pela excelência de nossos serviços. Sendo o consumidor pernambucano exigente, a melhor maneira de conquistá-lo é através de uma hospitalidade impecável, e o Boutique Hotel Marlin’s está preparado para oferecê-la”, diz Tatiana Costa, diretora do hotel. Ela acrescenta que a Praia do Pipa é um dos lugares mais encantadores do Nordeste, estando sempre cotada entre as praias mais bonitas do Brasil. O lugar conta com culinária variada e vida noturna alegre. “Nesta praia ocorre um fenômeno interessante, que é uma mistura cultural diferenciada. Pessoas de todo o Brasil e de outros países se encontram aqui num convívio alegre e harmonioso”. Serviço: Boutique Hotel Marlins Rua Beija Flor, 61, Praia da Pipa, Tibau do Sul (RN) (84) 3246-2127 |3246-2219 Mais informações e reservas: www.hotelmarlins.com
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CASE DE SUCESSO | A BELEZA PELAS MÃOS DE DORINHA
A BELEZA PELAS MÃOS DE DORINHA por Ana Paula Bernardes
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o registro, Maria das Dores da Silva. Mas é pelo apelido carinhoso de infância, Dorinha, que ela tornou-se conhecida no ofício de cabeleireira, dona dos salões que levam seu nome e que possuem vagas disputadíssimas não só pelas mulheres recifenses. Uma verdadeira viagem no tempo fez Dorinha lembrar que quando largava da Escola Amaury de Medeiros em Afogados, nos tempos de criança, parava diante de uma vitrine de um salão de beleza do bairro. Uma máquina de fazer permanente capilar na época chamava sua atenção, bem como o dia a dia daquelas profissionais. Aquela visão repetia-se diariamente. Aos 14 anos, decidiu o que queria da vida: seria cabeleireira. Mas ali naquele momento, impulsionada pela necessidade de ajudar em casa, foi parar no salão de Edelson, no bairro da Madalena, onde na carteira atuou como faxineira, embora não escondesse sua curiosidade de já olhar como os profissionais de cabelo desempenhavam sua função. Em seguida, foi para onde diz ter sido sua verdadeira escola, no salão de Ernani, onde como assistente, passou 26 anos de sua vida desabrochando o ofício. Em seguida, partiu para o salão da antiga academia Performance e de lá montou seu primeiro salão na galeria Santa Cecília, na Domingos Ferreira. Os nomes de todos esses empreendedores, ex-chefes e hoje queridos amigos, Dorinha faz questão de nomear na lembrança e lhes tem a gratidão pela oportunidade e por tudo que pôde aprender com eles. Até hoje – embora instalada em outros dois endereços –, a clientela que ela conseguiu fazer na sua trajetória a acompanhou. Já são quatro gerações dessas famílias que fazem jus ao sucesso que dá nome a seu trabalho, onde até mesmo clientes que moram em outros Estados e em até outros países, quando vêm ao Recife, não dispensam serem atendidos pelas mãos da profissional. “O sucesso se deve a Deus em primeiro lugar, em segundo à determinação que sempre tive em minha vida e também porque acredito que você tem que escolher uma profissão certa e fazer aquilo que gosta”, ressalta. Ao longo do tempo, Dorinha com certeza fez aquilo que mais sonhou. Durante anos abriu e fechou diariamente seu salão em Boa Viagem, ordenou seus funcionários e criou como marca o seu alto nível de exigência para o que poderia ser tido como um dos maiores problemas das grandes empresas na atualidade: a qualidade do serviço. E a empresária não desistiu um só momento, mesmo quando acometida por uma trombose na perna esquerda, sentiu medo de ter que parar, mas apenas desacelerou este ritmo, e ainda hoje lidera uma equipe de 19 funcionários na unidade de Boa Viagem e 24 colaboradores na unidade do Shopping RioMar,
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onde nesta loja especificamente, divide o trabalho ao lado da filha e genro. O mercado de beleza e estética hoje possuem grandes cursos e técnicas de ponta para o atendimento no salão, e Dorinha conhece o nível de exigência que seu consumidor possui. “Antigamente os patrões é que passavam as técnicas para seus funcionários. Hoje não. Existem cursos excelentes no mercado e posso dizer que vi uma revolução nesse mercado. Sou de uma época em que só existiam shampoo, laquê e dois tipos de tinta. Hoje temos acesso a tudo o que de melhor existe no mundo e o cliente quer ter acesso a isto”. Em alguns momentos da entrevista, Dorinha emocionou-se ao lembrar que de origem humilde, criou seus três filhos com o ofício de cabeleireira. Mesmo quando decidiu montar seu próprio salão, sabia que arriscava sair do certo para o duvidoso. Entendia da técnica do salão, mas não de empreender um negócio. E foi esse impulso que lhe moveu durante toda a vida, ao mesmo tempo em que lembra com carinho a ajuda de diversos clientes nesta caminhada. “Costumo dizer que, mais do que clientes, fiz grandes amigas com meu trabalho. Reconheço onde estou, mas ter essas pessoas em minha vida é o mais gratificante nisto tudo. Não há dinheiro que pague”, ressalta.
O sucesso se deve a Deus em primeiro lugar, em segundo à determinação que sempre tive em minha vida e também porque acredito que você tem que escolher uma profissão certa e fazer aquilo que gosta”
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POR TRÁS DA GRAVATA | ALÍRIO MORAES
POR TRÁS DA GRAVATA COM ALÍRIO MORAES RIO PRESIDENTE DO SANTA CRUZ FUTEBOL CLUBE
Por Ana Paula Bernardes
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dvogado desde 1986, dono de um escritório tradicional do Recife que leva seu nome, Alírio Rio Moraes de Melo, divide sua extensa agenda entre o ofício diplomado e o cargo de recém-empossado como Presidente do Santa Cruz Futebol Clube.
ras levantadas, inclusive, pela gestão de Alírio, que está em contato direto com as torcidas organizadas e promovendo estímulos para os sócios, já que tem a absoluta certeza de que sem a torcida no campo, não existirá futebol de verdade.
Para falar desse segundo ofício em sua vida, os olhos marejaram por algumas vezes durante a entrevista, que foi, sem dúvida, tomada pela sensibilidade em diversos momentos. A família Rio é uma apaixonada pelo clube, ultrapassando gerações com idas ao estádio do Arruda para ver o time do coração jogar, onde esse DNA tem início com a presença do seu avô materno, Alberi Rio Lima, como jogador tricolor nos anos 30, numa época onde ir aos estádios ainda era um programa familiar. Essa é uma das bandei-
Ao lado de Alírio, o escritório de advocacia é comandado pelas irmãs, Carla, Paula e seu cunhado-irmão, Carlos Alberto Oliveira – todos advogados –, e também por Dadá Rio, sua mãe, que atua na área administrativa. Mas todos esses corações, e mais o do outro irmão, André Rio, conhecido intérprete pernambucano, também pulsam por outra veia que nada a ver tem com o Direito e sim, com a música.
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O nosso por trás da gravata desta edição fala que esta sua outra paixão não poderia ser adversa em suas vidas. A avó paterna, D. Linda, tocava acordeon, bandolim e violão. Na casa onde ela morava, o nosso entrevistado e os seus irmãos participaram de muitas serenatas ao longo da vida. O pai de Alírio, o advogado Benedito Alírio Moraes de Melo, já falecido, ainda quando jovem desenvolveu aptidão para tocar violão e começou a compor, incluindo em seu repertório, consagradas letras de frevo, e foi eleito in memorian, como Comendador do famoso ritmo pernambucano, na inauguração do Paço do Frevo do Estado. Essas duas gerações sempre figuravam no inconsciente de Alírio que, ao lado dos irmãos, participaram de festivais e assim, muitos prêmios conseguiram colecionar. Até hoje a imagem do pai se mistura com todos esses elementos que estão por trás da vida do advogado. Contar sua história é lembrar-se da casa que foi o ponto de encontro de músicos, artistas e intelectuais da cena cultural pernambucana. No entanto, na hora de decidir-se profissionalmente, pesou a escolha de uma atividade mais sólida, ao mesmo tempo em que por ser visivelmente tímido e discreto, precisava de algo que o ajudasse neste sentido.
No ano passado finalizou um CD com 12 canções, onde os gêneros MPB, Valsa e Samba Canção disputam o papel de protagonista da produção que retrata fielmente o que é o estilo de Alirinho e fazem uma viagem ao seu passado reafirmando sua identidade real. O CD tem participação ainda do Maestro Spok, Renato Bandeira e do pianista Tiago Albuquerque. A obra foi finalizada no mesmo momento em que o convite para disputar a presidência do Santa Cruz aconteceu e por isso, ainda não foi lançada. Depois de retratar tantos traços da herança familiar de Alírio, redundante seria dizer que essa história não para por aqui. Pai de cinco filhos e com um neto, os rebentos assumem a predileção pelo Santa Cruz, como também pelo gosto musical do pai e avô. Uma certeza de que o DNA é a resposta para o ser humano em sua essência, numa das únicas comprovações do que somos de verdade, de onde viemos e do que desejamos.
“A Advocacia me ajudou neste controle e amadurecimento emocional e assim fui seguir meu caminho no Direito, no escritório de meu pai, mas a música continuava ali, latente”, explica. No hiato da doença do pai até sua despedida, Alirinho, como é conhecido entre familiares e amigos mais próximos, sentiu o pulsar musical novamente. A partir daí viria o que ele acredita ser o seu maior surto criativo. Mergulhou em composições próprias para esquecer a dor da partida paterna e conseguir tocar sua vida.
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MODA | ESTILO & TENDÊNCIA | POR MARCELA CARTAXO
Moda & Beauty por MARCELA CARTAXO e JOÃO COSCARDO Fotos RENATO FILHO
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uem disse que precisa ser modelo para usar, abusar e ousar nas produções e ainda estar na moda? As coleções de outono e inverno já foram apresentadas nas semanas de moda internacional e nacional e já já estarão nas araras. É tanta informação que às vezes ficamos confusas, mas a ideia deste editorial é simplificar e mostrar as principais tendências da temporada. Iremos demonstrar como você poderá ficar linda de várias formas com os looks, utilizando as peças do closet que podem ser adaptadas, e claro, as coringas, que podem ser arrematadas de várias maneiras com o belo truque de styling. Para completar os looks, cabelos lisos, divididos ao meio, ondulados e soltos naturais e ou um rabo de cavalo. Já na maquiagem, cada vez menos é mais.
Na sombra, tons nudes ou pretinho básico e o indispensável rímel. O blush suave sem marcação e nos lábios, um batom vermelho ou nude. O efeito cara limpa, saúde ou fresch dá um toque fino e elegante para as composições. Convidamos a Claudia Leitte para estrear e invadimos o seu closet, garantindo os looks inusitados, harmônicos e cheios de graça... Como a dona!!!! Enjoy it!!!
Trench Coat Burberry Bolsa Gucci Sapato Valentino
Calรงa Calvin Klein Blusa Parker Blazer H&M Sandรกlia Versace Bolsa Chanel
Calรงa Diesel Camisa Branca Casaco Zara Sapatilha Chanel Bolsa Gucci
Saia H&M Camiseta H&M Cinto BCBG Escarpins Christian Louboutin
Macacão Osklen Bolsa BCBG Sandália Jimmy Choo Colete Franjas Bo.bô
Macacão BCBG Colar BCBG Sandálias Bo.bô
TEST DRIVE | JAGUAR XF
JAGUAR XF
O GRANDE FELINO POR CLAUDIO BARRETO
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grade frontal, a tampa do porta malas com imagem do felino, o capô musculoso, os faróis com led. O perfil atraente e contemporâneo do XF causa uma impressão imediata com suas asas dianteiras e saídas de ar, fazendo uma combinação harmoniosa, registrando a tradição e imponência da marca Jaguar. O estilo o acabamento interno artesanal em Black Piano e revestido em madeira e couro naturais são itens de fábrica. Praticidade e controle na ponta dos dedos permitem a operação e personalização no computador de bordo, rádio e celular com informações em português. Ajustes elétrico dos bancos, controle de ar-condicionado individual, painel com tela touch screen de 7". Possui câmera de ré com alta definição com balizador e limitador. Fazem com que o conforto seja o ponto alto do Jaguar adaptando ao motorista a melhor posição de dirigir. O motor silencioso 2.0, Turbocharged a gasolina, potência 240cv, respondendo bem nas rotações baixas e nas altas. De acordo a fábrica, a aceleração de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos e velocidade máxima limitada a 250 km/h.
sistema dinâmico de controle de estabilidade reduz uma eventual falta de tração das rodas e corrige saídas de dianteira. Os amortecedores eletrônicos constantemente se ajustam para oferecer a suspensão ideal. O câmbio automático de 8 marchas desenvolvido pela ZF, a mesma empresa que produz câmbios para carros da Fórmula 1, oferece mudanças rápidas de marchas, sem perda de potência, adequando ao seu estilo de direção, seja do econômico ao esportivo. Detalhe: Por uma exigência do mercado, ainda existe a opção de se fazer trocas por borboletas atrás do volante, pois não vi nenhuma necessidade em usá-la. Na cidade o sistema de tecnologia inteligente START/STOP, que proporciona economia de combustível funcionou bem. Este sistema é acionado ao parar por completo o veículo, onde apenas o motor desliga automaticamente para economizar energia. Tirando o pé do pedal de freio, o motor mais uma vez é ligado. Conclusão: A excelência, a potência, o design, produzem uma sensação de poder e prazer ao dirigir.
Sistema de Dinâmica Adaptativa calibra o carro de acordo com a estrada e seu estilo de condução, adaptando a suspensão para maior conforto. Na estrada se comportou como um grande esportivo. Em curvas de alta velocidade manteve-se colado no asfalto, o
Design projetado pelas mãos do escocês Ian Callum, vencedor do Prêmio "INTERIOR DESIGNER OF THE YEAR"
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TEST DRIVE | AUDI Q3
ELEGANTE EM QUALQUER TERRENO POR CLAUDIO BARRETO
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eguimos a estrada do litoral da Paraíba à procura de lugares de extrema beleza para fazer o test drive. O escolhido para desbravar esta aventura foi o AUDI Q3 QUATTRO.
O Q3 é o mais compacto da turma SUV da marca, carregado de tecnologia e muito econômico com um motor 2.0 turbo, 170cv, equipado com injeção direta, tração Quattro e câmbio S-tronic de sete marchas que trabalha sozinho e muito rápido. No modo esportivo, as trocas de marcha são retardadas e o contagiros registra quando o pedal direito é pressionado. A função sequencial pode ser utilizada por meio de borboletas localizadas atrás do volante ou pela alavanca do câmbio. Apertando apenas um botão, o condutor tem acesso à tecnologia Drive Select que conta com quatro programas eletrônicos: “conforto”, “dinâmica”, “auto” e “eficiência”, que adaptam as
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respostas do acelerador, modificam as curvas do motor e ajustam a pressão dos amortecedores, dependendo das intenções do motorista. Por exemplo, na opção “eficiência”, o consumo do carro é melhorado por meio da otimização de energia. Na estrada, o Q3 é um carro valente, com ultrapassagens rápidas e seguras. Nas curvas de alta velocidade mostrou grande estabilidade, pois o sistema Quattro permite que o Q3 contorne curvas como um esportivo compacto. A direção eletro-hidráulica é rápida e precisa nas manobras e o veículo possui um espaço confortável para 4 adultos. O Audi Q3 é uma boa opção para quem mora em um grande centro urbano e gosta de aproveitar o fim de semana para viajar, curtindo a natureza com a família, proporcionando momentos de descontração e não deixando de lado o conforto e segurança.
MOTOR/PERFORMANCE/CÂMBIO Motorização: 2.0 T Alimentação Gasolina injeção direta Combustível Gasolina Potência (cv) 170.0 Cilindradas (cm3) 1.984 Torque (Kgf.m) 28,6 Velocidade Máxima (Km/h) 212 Tempo 0-100 (Km/h) 7.8 Consumo cidade (Km/L) 9.0 Consumo estrada (Km/L) 13.6 Tanque (L) 64 Porta-malas (L) 460 Câmbio S-tronic de 7 marchas Tração 4x4 Direção elétrica
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DUCATI MADE IN BRASIL MOTO ITALIANACONSIDERADA FERRARI DAS MOTOS POR CLAUDIO BARRETO
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Ducati, conhecida como "Ferrari de duas rodas", desde 2012 é montada no polo fabril na Zona Franca de Manaus, onde tornou-se um sonho ao alcance de muitos brasileiros aficionados por velocidade, pois no passado esta máquina era difícil de adquirir no país. A vinda da fábrica deve-se ao nicho de mercado luxo que está em pleno crescimento. Considerada uma das mais desejadas da montadora italiana no mundo, o modelo Diavel Dark traz, além da pintura preto fosco da estrutura, outros equipamentos e detalhes com acabamento na mesma cor, tornando o visual da motocicleta ainda mais exclusiva, sinônimo em motocicletas Premium de alto desempenho, tecnologia e design inovador chegando para integrar o portfólio de novidades da marca em solo nacional. A primeira vista a moto impressiona com suas medidas: 2.235 mm x 860 mm x 1.192 mm, rodas de liga leve de 17 polegadas com pneu traseiro de 240 mm, equipadas
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com pneu Pirelli Diablo Rosso. Possui um sistema com três modos de pilotagem (Urban, Touring e Sport) e oito níveis de controle de tração. Motor de dois cilindros e 1.198,4 cc rende 13 kgfm de torque a 8.000 rpm, com refrigeração líquida, e trabalha em conjunto com câmbio de seis marchas. A pilotagem na cidade é mais adequada é o modo "Urban", pois a potência do motor fica limitada a 100cv e proporciona saídas mais leves com segurança e economizando combustível. No trânsito intenso da cidade surpreende pela força e maneabilidade, pesando apenas 205 kg e medindo 1,60m entre eixos, mostrou-se uma moto ágil com sensação de estar em uma moto de pequena cilindrada. Detalhe, com seu tamanho exagerado todos abrem caminho, deixando-a passar. O visual e o som do duplo escapamento conjugado que sai pela lateral direita são fortes e agradáveis. O assento é muito confortável e macio, apoia as costas e fica a apenas 77 cm do solo.
Possui Safety Pack, que reúne freios ABS e controle de tração. O câmbio é preciso e a navegação pelos seus múltiplos controles é fácil através de dois displays coloridos bem posicionados, permitindo visualização clara e precisa que mostra: velocímetro, tacômetro, indicador de temperatura do radiador, contador de voltas, cronômetro, relógio e modo de pilotagem. Na estrada, ultrapassagens e subidas de ladeiras, o ideal é a pilotagem no modo "Touring" liberando todo seu poderio de 162cv, chegando a marca de 240 km/h. No modo de pilotagem "Sport" é desativado o DTC (Ducati Traction Control) e despeja todos os 162cv na roda traseira, seu desempenho chega próximo das superesportivas, atingindo uma velocidade de 0 a 100 km/h em 2,6 segundos, mais veloz que a superesportiva Panigale 1199. Onde encontrar: Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 2727 Imbiribeira - Recife/PE | (81) 3117.4840
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DUAS RODAS | V-ROD MUSCLE
PEGANDO
ESTRADA HARLEY DAVIDSON V-ROD MUSCLE
POR CLAUDIO BARRETO
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arley Davison, ícone da cultura americana, é chamada pelos seus fãs "A lenda viva”. Símbolo de status e ao mesmo tempo de rebeldia, atravessou o século XX e persiste até hoje como desejo de muitas gerações. A marca de motocicletas mais famosa do mundo e seu ronco do motor inconfundível. Um mito que se tornou um sonho de consumo em todo mundo. Elvis Presley, um grande fã da marca em 1956, posava para o mundo com sua moto. Em cada canto do grande Recife existe um grupo de proprietários de Harley, os “harleiros”, que promovem passeios, viagens e encontros entre os aficcionados, que conduzem um grande número de modelos diferentes, em
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sua maioria “custom” e “touring”. Vários motociclistas declaram que, ao pilotar uma Harley, cria-se um vínculo emocional com a motocicleta, daí a empatia da marca em todo o mundo. Para comprovar tal tese, participamos de algumas reuniões para entrar na atmosfera dos apaixonados por motos. O público, em sua boa parte na faixa etária dos 45 anos e todos bem sucedidos: juízes, advogados, médicos, engenheiros e demais profissionais, em sua maioria do sexo masculino. Um fato importante foi que observamos que os “harleiros” formam uma grande família, não existindo nem um tipo de discriminação.
Foto: Aristone Marinho
A moto escolhida para esta aventura foi uma Harley Davidsonn V-Rod Muscle, propulsor bicilíndrico em V de 1.248 cm³, com refrigeração líquida desenvolvida em parceria com a Porsche, 122 cv a 7.750 rpm, não vibra como os outros modelos. O torque de 11,9 kgfm a 6.500 rotações, largamente distribuído ao longo da escala do conta-giros, câmbio manual de cinco marchas com transmissão por correia, rodas de liga leve de cinco raios com pneus desenvolvidos pela Michelin exclusivamente para a V-Rod Muscle e usam medidas 120/70 R19 na frente e um "pneuzão" 240/40 R18 atrás, freios ABS de série e pinças Brembo. A principal diferença da V-Rod Muscle em relação aos
outros modelos Harley-Davidson é o motor. Na estrada ela desliza e faz curvas longas com estilo. Seu comprimento, peso e a largura dos pneus fazem dela uma moto muito estável, principalmente em longas retas. Na cidade, pode-se manter na primeira ou segunda marcha confortavelmente. Com toda essa potência e beleza foi idealizada para acelerar e desfilar chamando atenção por onde passa. Podemos afirmar que pilotar uma V-Rod Muscle é muito mais que liberdade, é sentir adrenalina na veia, deixando seu emocional fluir.
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SOCIAL | LANÇAMENTO 32ª EDIÇÃO TERRA MAGAZINE
FESTA DE LANÇAMENTO DA 32ª EDIÇÃO TERRA MAGAZINE Mais uma vez o luxuoso e imponente Hotel Sheraton Reserva do Paiva recebeu o lançamento de uma de nossas edições, a 32a. Mesmo num mês em que disputávamos as atenções com tantas confraternizações na cidade, muitos nomes da sociedade foram prestigiar nosso evento. CLAUDIO BARRETO, célia labanca e maria do carmo BARRETO
FLÁVIO MELLO E ANdréa CalAbria
lulu pinheiro e Clodoaldo Sampaio
Fabio Saboya e paulo azul
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homero moraes e izabelle rino
Taciana Carulla e daniel pessoa
Eduardo Pessoa e Paula Queiroz
Eduardo e Kátia Peixoto
carolina thé e armando garrido filho
VIVIANE MORAES ECESAR MAURILIO
Deusimar Sampaio e Marivan Gadelha
BÁRBARA CEREJA
VALDEJANE MORAES
Miguel Braga e Diógenes Tavares
MICHELE QUEIROZ E LEONARDO SIMÕES
JOÃO E YASMINA VILAÇA
ronan E SIMONE drummond
rildo saraiva e gisele espirito santo
Nila e Glaucio Brandão
FERNANDA MOSSUMEZ
otávio moraes
ulisses andrade e jô santana
josé augusto pontual
américo E SOCORRO MEDEIROS
Silvinha Wanderley
RAFAEL COUTINHO
ROMILDO ALVES
Genildo Valença e FABIANA TEIXEIRA
ANDERSON ARAGÃO E DAVID SOUZA
foto: Wilton Marcelino
CaMAROTE da Skol | Recife Antigo
Antônio Lavareda e Carla Bensoussan
Carlos Machado e Ivy Machado
foto Jailson Lemos
Carol Castro e Fábio Porchat
Celso Muniz e Alvanir Tortato
Danielle Winits
Raul Henry e Luiza Nogueira
Danilo Cunha
Mendonça Filho e Taciana Mendonça
foto Cleo Santana
Janguiê e Sandra Diniz
Rebeca e Daniel Coelho
Dani Monteiro
André e Patricia de Paula
anabela e kleber lacet
Gerlane LopEs
Se o assunto é mármore, a referência é Pleno.
Quem escolhe a Pleno leva para casa muito mais do que exclusividade. Tem a confiança e a excelência de uma marca especialista em revestimentos e projetos personalizados. Tudo isso com a maior variedade de pedras importadas e linhas premium das melhores marcas. Deca - Franke - Jacuzzi - Crismoe - Bellinzoni Silestone - Emporio Stone - Tramontina
RE F E R Ê NC I A E M MÁR M OR E S E AC AB AME NT OS .
Rua Carlos Pery de Lemos, 268 - Boa Viagem - Recife(PE) - Fone: 81 3461.2916 - vendas@plenorevestimentos.com.br
"PORQUE SIM!" BRASIL KIRIN COMEMORA MAIS UM CARNAVAL NA TERRA DO FREVO
por Redação Terra
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Love Cafusú, Enquanto Isso na Salada Justiça, Cabeça de Touro, Pega Vareta e Passaram a Perna, foram algumas das prévias patrocinadas pela cerveja Schin. Seguindo pelo sábado de Zé Pereira, foi a vez dos concorridos camarotes Caldeirão Vip e Majestic, no Galo da Madrugada. Daí, continuou presente durante os quatro dias de folia com o Carvalheira na Ladeira e o Recife Antigo também não ficou de fora com o Camarote da Cervejaria Devassa, que contou com shows de diversos artistas. Já no interior do estado, a marca também esteve presente incentivando a riqueza cultural do carnaval pernambucano. Com o Carvalheira na Ladeira, que teve a Devassa como patrocinadora do evento, os produtores Jorge Peixoto, Victor Carvalheira, Rafael Lobo, Cristiano Lumack, José Pinteiro e Geraldo Bandeira, realizaram uma bela festa com o tradicional e renomado padrão Carvalheira. Durante os quatro dias de folia, o evento trouxe grandes nomes da música nacional e internacional para agitar carnaval de Pernambuco. Passaram pelo palco nomes como Seu Jorge, Natiruts, Otto, Alceu Valença, Monobloco, Baile do Sapucapeta, Los Sebosos Postizos, Latino, Léo Verão & Daniel Fritas, Sambô, Carrossel de Emoções, Del Rey, alem dos DJ’s Alok, Mario Fischetti, Erik Morillo e Kaskade, que encerrou o carnaval Carvalheira com chave de ouro. Isabelle Fregapane, gerente de promoções e eventos da Brasil Kirin, comemora mais um ano de muitas parcerias no carnaval de Pernambuco. A Brasil Kirin, uma das maiores empresas de bebidas do país, marcou presença nos blocos e camarotes mais badalados da terra do frevo. Desde as prévias carnavalescas, passando pelo Galo da Madrugada e encerrando os festejos na terça-feira gorda; a marca reforçou sua paixão pela folia. Através das marcas Devassa e Schin, a empresa manteve antigas parcerias e deu início a outras com muito êxito. “É um prazer participar de tantos eventos importantes através de nossas marcas, e poder compartilhar a alegria com todo mundo que esteve presente no carnaval do Recife, de Olinda e também do interior do estado. A Brasil Kirin tem tudo a ver com a animação do carnaval e com certeza ajudou a refrescar o calor da folia de Momo”, afirma Isabelle Fregapane.
CARVALHEIRA FANTASY
Geraldo Bandeira, José Pinteiro, Rafael Lobo , Victor Carvalheira, Jorge Peixoto e Cristiano Lumack
Lia Sophia
Eduardo e Germana Carvalheira, Roberta e Gustavo Dubeux
Silvério Pessoa e Saulo Fernandes
Polo Oficial Galo da Madrugada 2015 O tema do Galo deste ano, “Asas da América, Asas para o Frevo”, o espaço apresentou na decoração o tema “A Magia da América”, utilizando referências das civilizações incas, maias e astecas. Romildo Alves assinou toda a concepção do ambiente.
Saulo Fernandes, Margareth Menezes, Rômulo Meneses e Ana Nery
Sérgio Loroza, Rodrigo Menezes, Carla Asfora e Guilherme Menezes
José Loreto, Fábio Villa Verde e Arthur Aguiar
CONFRARIA SECRETA
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Vinho Club Premium lançou a sua Confraria Secreta. A primeira edição apresentou uma versão do festival Gastronômico do pousadeiro Zé Maria Sultanum, de Fernando de Noronha, e contou com cerca de 60 amantes do vinho. Além do almoço preparado por Zé Maria, o grupo seleto pode apreciar quatro rótulos cuidadosamente selecionados: espumante e vinhos branco, rose e tinto – todos franceses. Para Rildo Saraiva, presidente do Vinho Club, a proposta da Confraria Secreta é sair do ambiente do restaurante e criar um clima de almoço intimista, aconchegante. Outro atrativo é o elemento surpresa: o cardápio é secreto e elaborado para poucos privilegiados, tudo harmonizado com rótulos também confidenciais. “Essa ideia já é antiga. Há meses que estávamos formatando o evento com Zé. Agora, o objetivo é trazer outros chefs”. A parceria com Fernando de Noronha também continua.
GISELE ESPIRITO SANTO, ILDO SARAIVA, ISABELLE RINO, ZÉ MARIA, ANA CLAUDIA E CLAUDIO BARRETO
TRANSLATO DA AUDI PARA RECEPCIONAR OS CONVIDADOS ATÉ O LOCAL DO EVENTO
Matheus Moraes
revelação no sertanejo universitário
A Pink Elephant recebeu no mês de dezembro o show do cantor Matheus Moraes, que está iniciando sua carreira abraçando o estilo sertanejo universitário. No evento, amigos, jornalistas, empresários e formadores de opinião prestigiaram a ocasião.
GUILHERME MACHADO E GLAUCIA
CRISTIANA FONTES E LUÍS MÁRIO MOUTINHO, VALDEJANE MORAES E RICARDO ALBUQUERQUE SHEYLA WANDERLEY E JOÃO ALBERTO
CESAR MAURILIO E VIVIANE MORAES
TALITA QUEIROZ E LUCAS MORAES
MIRELLA MARTINS E LEONARDO CARIBÉ
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HOMENAGEM | JORNALISTA CARLOS PERCOL
Torneio de Futebol presta homenagem ao jornalista Carlos Percol
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rtistas, jornalistas, publicitários, políticos e profissionais de emissoras de TVs e rádios, agências, revistas e também clientes se encontraram no final do ano passado no torneio de futebol promovido pela Rede Globo Nordeste, que prestou homenagem ao jornalista Carlos Percol, falecido no trágico acidente aéreo em Santos-SP, ano passado. O troféu Carlos Percol aconteceu na Arena Global, em Olinda, e contou com sete equipes (TVs, Jornais/ Revistas, Agências, Rádios, Internet, além de uma equipe formada por artistas e outra por políticos). Antes de iniciar o torneio, todos se reuniram no centro do gramado, numa bela homenagem a Carlos Percol, com a presença de familiares do jornalista, momentos de discursos emocionados e lembranças. Bastante emocionado, Iuri Leite, diretor comercial da Globo Nordeste, e idealizador do torneio, falou das virtudes do amigo Carlos Percol e dos momentos inesquecíveis em que estiveram juntos no mesmo torneio. Outros participantes, também emocionados, proferiram palavras em memória a Percol, e em seguida fizeram uma oração. A final do torneio foi disputada entra a equipe dos políticos e Rádios, sendo a equipe dos políticos consagrada campeã da competição, vencendo por 1 x 0. Mas, o objetivo principal, além de homenagear Carlos Percol, foi confraternizar o mercado de comunicação e arrecadar alimentos para os mais necessitados. Mais de uma tonelada de alimentos foram arrecadados e doados para o Comitê Estadual da Ação e da Cidadania.
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SAÚDE | DRA. FERNANDA MOSSUMEZ
COMO ANDA SEU TREINO? U
ma queixa comum é a dificuldade de ganho de massa muscular. Mesmo treinando direitinho, alimentando-se bem e nada? Bom, vamos avaliar algumas necessidades e observar se realmente esta tudo tão direitinho.
Se o problema está na falta de animo e energia, pode estar ocorrendo também algum distúrbio metabólico, passando do colesterol alto a desregulação hormonal, cada vez mais precoce em nosso meio.
Primeiro em relação à periodicidade do treino. Três vezes por semana é um treino para manter o corpo em atividade, mas não o suficiente para definição muscular. Pense da seguinte forma, se for um treino só para braços ou só para pernas, haverá um grande intervalo para um novo estimulo. Se for um treino para a parte anterior e posterior de braços e pernas também. Portanto, a não ser que se faça uma atividade extenuante para braços e pernas no mesmo dia, já inicia aqui uma das dificuldades de ganho de massa muscular.
Para isso é importante que antes de se iniciar um plano de atividade física, também seja feita uma consulta médica para análise de alguma alteração que possa estar interferindo no mecanismo gral do corpo.
Outro aspecto a ser avaliado é a alimentação e o uso de suplementos. Ficar dolorido a ponto de não conseguir fazer musculação no outro dia? Isto demonstra deficiência no aporte de proteínas. Hoje em dia, já não há mais razão para este tipo de queixa se constituir em causa de abstinência do exercício. Uma alimentação adequada com uma orientação bem feita quanto ao que ingerir no pré e pós-treino faz toda diferença no tão cobiçado corpo desenhado. Há de se entender também que existe o biótipo de cada um e como sempre a gente pode melhorar e muito o nosso corpo.
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É interessante notar que quem se trata e persiste no tratamento, ao longo do tempo vai adquirindo mais disciplina e força de vontade por causa dos resultados concretos que podem ser vistos através de pequenas mudanças de hábitos incorporados no diaa-dia. Aí o treino que pode ser feito com grande intensidade e em apenas 40 min, não se tornando algo tão difícil e que pode ser feito diariamente e porque não até nos finais de semana? Muitas pessoas começam a dormir melhor, ter mais disposição, ficam leves, tornam-se mas produtivas e de bem com a vida. Não é mais necessária a famosa expressão: “ no pain, no gain” ( Sem dor não há ganho). Substitua por ganho com prazer!! Afinal, não é preciso sofrer para ter resultados. www.drafernandamossumez.com.br/
SAÚDE | DR. JOÃO VILAÇA
CUIDADOS COM A
~
VISAO EM DIFERENTES ÉPOCAS DA VIDA
A preocupação com a saúde dos olhos deve iniciar desde o nascimento com o "teste do olhinho“. O cuidado com os olhos deverá ser um hábito que deve fazer parte de toda a vida. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 50 milhões de brasileiros sofrem de algum tipo de deficiência visual. Porém, se a grande maioria fosse tratada com antecedência, poderiam ter sido evitados. Citamos os cuidados mais importantes em cada época da vida.
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ATÉ OS 10 ANOS DE IDADE NNos primeiros anos de vida, as crianças já se interessam por equipamentos tecnológicos e possuem habilidades para usar. Sendo assim, é importante estar atento às novas tendências que chamam a atenção dos pequeninos. Um bom exemplo é o uso desregrado das novas tecnologias, que é cada vez mais frequente nesta fase. A exposição prolongada a aparelhos eletrônicos como o computador, pode gerar alguns sintomas como olhos vermelhos e irritados, coceira e cansaço nos olhos, sensação de areia, olhos secos e vontade de piscar mais. Alguns cuidados fáceis, mas importantes, podem evitar tais sintomas, como fazer pausas de 1 a 5 minutos a cada hora em frente ao computador, afastar o foco de luz dos olhos, manter o brilho do computador baixo, deixar o ambiente claro etc. Mas fique atento! Mesmo que a criança não apresente nenhuma queixa, é importante que a primeira visita ao oftalmologista seja realizada entre os três e quatro anos de idade, momento em que é possível examinar melhor e ouvir o que o pequeno tem a dizer sobre sua visão. A partir daí, a visita pode ser feita em intervalos de1 a 2 anos.
10 AOS 20 ANOS DE IDADE No início desta fase, o desenvolvimento do sistema visual alcançará a maturidade. Neste período, costumam aparecera miopia e o ceratocone. Quando chega a fase da adolescência, é preciso ter mais atenção, como o mau rendimento dos filhos na escola e as queixas de cansaço visual, visão embaçada, dores de cabeça, vista cansada etc. Aqui também é preciso evitar longas exposições diante do computador, que pode prejudicar tanto os olhos como a circulação do corpo. Os adolescentes também costumam pegar muito sol e nem sempre acham importante usar óculos escuros, que protegem os olhos contra os raios ultravioleta. Segundo especialistas, esta é uma fase em que se fazem necessários exames da visão periódicos. Isso porque são normais as mudanças muito rápidas nos problemas oculares, com alterações no grau dos óculos ou das lentes de contato. Os responsáveis precisam estar atentos aos sintomas, como: dificuldade de leitura, sensibilidade exagerada à luz, terçol frequente, dores de cabeça e tonteiras. Nestes casos, é importante consultar um oftalmologista para um diagnóstico mais preciso, no caso de problema ocular.
20 AOS 40 ANOS DE IDADE
de contato, também é preciso ter atenção na hora da higienização, caso contrário pode causar irritação ou contaminação nos olhos. Dormir com as lentes não é permitido!
40 AOS 50 ANOS DE IDADE AA partir desta idade, é importante estar mais atento às questões de prevenção à saúde ocular, com visitas regulares ao oftalmologista; ao menos uma vez por ano. Verificar se a pressão ocular está normalizada pode evitar o glaucoma. Doença silenciosa, causada por pressão ocular alta, que pode provocar cegueira irreversível. No caso de ser diagnosticada a doença, colírios indicados pelo especialista podem diminuir a pressão; em alguns casos, a cirurgia é indicada. Além disso, a partir dos 40 anos, 99,9% da população tem a chamada “vista cansada”, como é conhecida a presbiopia. Tratase da dificuldade de enxergar de perto por perda da capacidade de focar. Este fato acontece porque a lente natural dos olhos, o cristalino, perde de forma gradativa a capacidade de ajustar o foco, com o envelhecimento. A correção do problema pode ser feita com cirurgia a laser ou implante de lentes intraoculares, como no procedimento cirúrgico de catarata.
A PARTIR DOS CINQUENTA ANOS DE IDADE A ocorrência de catarata e degeneração macular aumenta nesta fase da vida. A degeneração macular é um problema que afeta o centro da retina, que possibilita a percepção de detalhes, formas e cores. A alimentação equilibrada tem papel fundamental na prevenção do problema. A ingestão de alimentos ricos em vitamina A, E, D e zinco, que tem quantidade significativa de antioxidantes, pode retardar o aparecimento dessas doenças. Os ricos em luteína têm potencial de proteger os olhos das lesões causadas pelos raios solares. É possível encontrar esses nutrientes na couve, espinafre, brócolis, milho, ervilhas e ovos. É sempre importante lembrar que a automedicação é muito perigosa, porque agrava doenças oculares. Por isso, é preciso evitar remédios vendidos sem receita! Colírios com cortisona, por exemplo, aumentam a pressão ocular e podem levar ao glaucoma ou até mesmo à catarata precoce. As consultas regulares ao oftalmologista, tendo a periodicidade indicada para cada fase da vida, e a realização de exames periódicos são atitudes que podem preservar a saúde ocular. Consulte um especialista, ele poderá evitar ou cuidar dos problemas oculares que possam aparecer.
Período de entrada na idade adulta em que o livre arbítrio começa a direcionar a vida de muitos, nesta fase. Nesse ponto, a vida passa a ser vivida com mais intensidade! Não poucos são fumantes nesta fase, que pode ser considerada a mais produtiva. O cigarro compromete a circulação sanguínea da retina, reduzindo a quantidade de antioxidantes no sangue e comprometendo a visão. As doenças oculares ligadas ao tabagismo podem ser: catarata e degeneração macular. No caso das mulheres, na fase em que a vaidade está a pleno vapor, é importante tomar cuidado com o prazo de validade da maquiagem, pois produtos fora do prazo da validade podem sofrer modificações que causam alergias. No caso de uso de lentes
Dr. João Vilaça
Hvisão - Hospital da Visão de Pernambuco www.hvisao.com.br/ (81) 3117 9090 | 9609 0557
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LETRAS DA TERRA| POR SELMA VASCONCELOS
ILUMINURAS Quando chegar o momento em que o homem seja bom para o homem, lembrai-vos de nós com indulgência.
LIVRO
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aria Cristina Cavalcante de Albuquerque é médica psiquiatra, escritora e membro do instituto Arqueológico e Histórico de Pernambuco. No seu currículo traz várias obras dedicadas ao gênero do romance histórico. Não é difícil deduzir que, sendo uma profissional médica que tem como objeto de trabalho decifrar os meandros da personalidade e do subconsciente humano, bem como uma pesquisadora da história de Pernambuco, conta com estas prerrogativas para ter as portas de seu imaginário franqueadas à urdição de tramas ficcionais sem perder o compromisso com a verdadeira história. O título referenda o personagem principal, o general Matias de Albuquerque. Seu avô, Duarte Coelho, foi feito primeiro donatário da capitania de Pernambuco pelas mãos do rei Dom João III. O velho donatário teve dois filhos, Duarte e Jorge de Albuquerque. Ambos lutaram na desastrada cruzada de D. Sebastião contra os mouros. O jovem monarca Sebastião “encantou-se”; Duarte feito prisioneiro, morreu após a libertação. Jorge sobreviveu e foi feito sucessor do irmão
OPINIÃO
Bertolt Brecht como terceiro donatário de Pernambuco. Matias é filho mais novo de Jorge de Albuquerque e desde a juventude teve a personalidade moldada pelo rigor do serviço militar a que se submeteu em terras africanas. Após o termino da formação militar, sua primeira missão no Novo Mundo foi como governador de Pernambuco (1620 a 1627). Volta à corte por um breve período e dois anos após atendendo aos apelos do rei, retorna ao Brasil para planejar e comandar a defesa de nossa costa ante a ameaça iminente da invasão flamenga. O desenrolar desta missão toma grande extensão do livro. É este personagem real que pelas mãos da autora, se investe de narrador de sua história em terras pernambucanas seguindo o curso cronológico dos fatos. Sua esposa, Catarina Bárbara de Noronha, condessa de Alegrete, é a fiel ouvinte deste relato emocionado no qual Matias se redime da preocupação explícita de deixar às gerações posteriores, o registro dos fatos vividos desde a chegada de seu avô a Pernambuco. Esta preocupação, digase de passagem, é comungada pela escritora que tem dedicado sua produção literária ao registro da memória familiar e da história pernambucana. O estilo é elegante, conciso, colocando nas palavras de Matias a singeleza própria da oralidade compatível com a estrutura narrativa do livro e que garante a atenção e o interesse do leitor. Todos os personagens reais e partícipes da fundação e defesa das terras pernambucanas, estão elencadas ao final da obra. A editora é a Bagaço.
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liberdade de expressão e o direito à informação são direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal Brasileira. No entanto, são categorias distintas: a livre expressão é um direito civil, enquanto o direito à informação está entre os direitos sociais, tais como saúde, educação, segurança e trabalho. Não raro se estabelecem tensões entre os direitos individuais e coletivos que exigem limites para evitar a supremacia de um em detrimento do outro. Apesar de reconhecer o direito à livre expressão, o próprio legislador, no Brasil, admitiu a necessidade de regulamentação de alguns itens relativos à informação, por exemplo, na propaganda de tabaco, álcool, medicamentos, agrotóxicos etc. A respeito da convivência entre os direitos fundamentais acima referidos, o filósofo Norberto Bobbio em seu livro " A era dos direitos" propõe para superação do conflito de concorrência entre eles: “a dificuldade resolve-se com a introdução dos limites à extensão de um dos direitos, de modo que seja em parte salvaguardado também o outro. Por exemplo, no direito à liberdade de expressão por um lado, e o direito do outro de não ser enganado, escandalizado, injuriado ou difamado. Nestes casos, deve-se falar em direitos fundamentais não absolutos, mas relativos, no sentido de que na tutela deles se encontra um limite insuperável na tutela de um direito igualmente fundamental, mas concorrente”. A revista satírica francesa Charlie Hebdo é reincidente na sua atitude desrespeitosa com o alvo de suas críticas . A questão fica mais complexa quando estes alvos são líderes religiosos. Scott Long, ativista americano em direitos humanos, em seu artigo “Porque não sou Charlie”( FSP 18 de janeiro de 2015) lembra que a sátira não deixa de ser um exercício de poder, um olhar por cima dos pobres mortais e que tem efeitos bem diversos quando atingem poderosos ou minorias como é o caso da comunidade islâmica.
preconceitos. Ironizando o profeta Maomé, líder fundador do islamismo, não se está atingindo só a ele, mas a toda uma corrente religiosa que ademais de ser, desde os primórdios, uma rival do cristianismo, tem sérios ressentimentos ao Ocidente em decorrência do combate sofrido ao longo dos séculos. Convém lembrar também que os mulçumanos sempre expandiram sua fé por meio da força e de conquistas militares. Por sua vez, a violência perpetrada pelos cruzados no Oriente médio são feridas abertas entre as duas correntes religiosas. Considere-se ainda que o Alcorão, como todo livro fundador das religiões, tem interpretação diversa por parte das diversas correntes de seguidores quando diz: “ quem mata uma pessoa , sem que haja cometido crime ou semeado a corrupção na terra, é como se tivesse matado toda a humanidade”.Ora, no entendimento de um fanático muçulmano os cartunistas semearam a corrupção ao ridicularizar o profeta e deveriam ser mortos(?!). Considerando este contexto histórico, fica ainda mais complexa a análise das decorrências do deboche da imprensa francesa contra o profeta Muhammad( 570-632) À luz de nossa Carta Magna (artigo 221 §IV) o respeito aos valores éticos e morais devem ser considerados em todo veiculo de comunicação.Entende-se como preceito universal e não observado pelos cartunistas do Charlie que avançaram sobre o direito do profeta e de seus seguidores de não sofrerem vilipendio ou dano moral. O caminho de combate à violência, ao terrorismo e ao fanatismo não é outro, senão, o da abolição do preconceito, do diálogo e das ações políticas que estimulem a solidariedade e o respeito aos diferentes. Convém deixar bem claro meu veemente repúdio ao assalto e assassinato dos cartunistas, mas por toda argumentação acima, devo declarar que também não sou Charlie.
A sátira dirigida aos mais frágeis pode inclusive legitimar e acirrar
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COM A PALAVRA | POR CÉLIA LABANCA
DE FRENTE PARA O SOL
J
á estamos a bom tempo no ano novo, e isto nem é mais novidade. “O Tempo não para”, já dizia o poeta. Nesse tempinho em que deixamos para trás as festas do ano velho, os muitos convites, as comidas ótimas que nos deixaram com a barriga do Papai Noel só para nos culpar e termos que reiniciar os regimes; os muitos papéis de presentes e desejos rasgados, as chuvas de fogos pelo mundo a fora, os muitos encontros e confraternizações, e ele já prenuncia senão horrores, alertas contundentes. Pensando sobre isto, questionei sobre quantos de nós fez alguma reflexão sobre o que vivemos naquela época para além dos conceitos religiosos, ou moralistas; sobre quantos de nós fez um balanço de ações e atitudes sobre os trezentos e sessenta e cinco dias passados; quantos de nós nos reconhecemos em débito com nós mesmos, ou com os outros, ou o outro; quantos de nós nos conscientizamos do que, e onde, precisamos mudar independentes dos nossos desejos, para um dia merecê-los. Quantos de nós estivemos sós? Sim, porque o costume é fugirmos nos cercando de gente na medida em que não temos solicitude com nós mesmos, ou nem sabemos o que isto significa! Aí, pensamos que a multidão nos faz menos frágeis, menos infelizes. Menos nós. – Não reconhecemos, por exemplo, que a águia vive só. E, viver só, não significa ser triste, ou depressivo. Não significa isolamento, denota solitude, que é a vontade consciente e delicada de estar-se intensamente consigo. Significa que escolhemos a nós mesmos para voar. Voar a piques insuperáveis e encontrarmos nossas almas cujo aspecto sublime as fazem existir para além do organismo, para além do infinito. E nelas o melhor de nós. Pois, somente as encontrando aprenderemos a ser indulgentes e tolerantes com nós mesmos, e com o outro. Coisa que não acontece mais entre nós, que não vemos mais estrelas, que não lemos os sinais. Os sentimentos, os pensamentos, e as emoções são vibrações que ultrapassam e transformam a matéria, e que projetados, influenciam categoricamente os nossos destinos. – O cérebro é o grande administrador de todo sistema físico, orgânico, e acolhedor do nosso espírito. Como temos pouca ciência disto, das possibilidades e das aventuras do que somos nós, vivemos apegados, em nossa grande maioria, às periferias existenciais. Por isto, nossas convivências sociais e humanas
quase sem saídas, nos fazem viver num circulo vicioso de dores e dissabores. É o que considera como “umbiguismos” a psicóloga Marise Morais em seu excelente artigo “Je suis Charlie”, sobre a última barbárie em Paris, e que se abateu dolorosamente sobre o mundo. Para ela, num resumo do seu enfoque, é necessário que se avente sobre a ética, e a liberdade. Sim, porque para sermos livres, precisamos começar por termos sentimentos éticos com nós mesmos. – Eles, como tudo, também tem dois lados. Primeiro o de não confundirmos liberdade com libertinagem, liberalidade, e outras. Segundo, o de nos livrarmos de nós mesmos, dos nossos egocentrismos e excessivo materialismo, para entendermos “que o que vemos hoje ser defendido é uma utopia de liberdade meio sóciopata. E, sóciopata, para quem não sabe, é uma pessoa que adoeceu tanto, mentalmente, que perdeu ou até nem desenvolveu a capacidade de sentir e de se identificar com o sentimento do outro. É um doente emocional que se torna perigoso para o convívio social.” Sei que somos seres complexos e confusos. Tanto que naturais em nossos delírios não entendemos que as emoções nos limitam, a tal ponto, que não as reconhecemos quando positivas ou negativas, até porque elas e a razão funcionam juntas no mesmo cérebro, e nos levam então, a nos afastar de nossa interioridade, porque é sempre mais fácil lidar com o compreensível, com o palpável, com o simplesmente acessível. E, o acessível é a realidade externa, “é a que prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência ao ser.” É “a que não exige sabedoria, e promove a oração sem caridade”, como disse Gandhi. Assim é que, a minha proposta, e eu adoro propor, é que cada um de nós vivamos como frutos da inspiração divina, indo sem temor de encontro ao sol, compreendendo que a inteligência sem caráter, ou a generosidade dos holofotes somente nos afastam de nós. Não nos impulsionam à fantástica viagem interior, que embora difícil e demandando bravura, nos levará ao alento de saber que a nossa realidade, bem longe do trivial simples de nossas vidas cotidianas, somente sairá da hipótese de ser geral, quando a entendermos para além das construções comezinhas e banais que a sociedade nos impõe e desafia, em respeito a uma nova e bela história que podemos construir.
TERRA MAGAZINE | 99
série
CINEMA
PERNAMBUCANO
Foto: Alexandre Bragança Reprodução internet
por SÓFOCLES MEDEIROS
HILTON LACERDA O ROTEIRISTA DE SUCESSO QUE TORNOU-SE UM DIRETOR PREMIADO
AS ORIGENS Nasceu em Recife, no ano de 1965. Iniciou os cursos de Jornalismo (Unicap) e Educação Artística (UFPE) sem chegar a concluí-los. Mas, o ambiente universitário foi decisivo para conhecer várias pessoas que seriam importantes na sua relação com a 7ª arte. Começou no cinema como Assistente de Direção de Lírio Ferreira no curta “O Crime da Imagem” (iniciado em 1988, concluído em 1992 e lançado em 1994). AS DIVERSAS FACETAS Hilton é considerado um dos mais conceituados roteiristas do cinema nacional mas, na prática, se mostra um artista com múltiplas facetas. Desempenhou a função no “Baile Perfumado” (1976), o filme responsável pela retomada do cinema pernambucano, e foi roteirista de todos os longas de Cláudio Assis. Também assinou o roteiro de outras produções que fizeram sucesso, como “Árido Movie” (2004, direção de Lírio Ferreira), “A Festa da Menina Morta” (2008, direção de Matheus Nachtergaele) e “Capitães de Areia (2011, direção de Camila Amado). Nos anos 90, ao lado de Helder Aragão (DJ Dolores), formou a dupla Dolores & Morales, que se notabilizou pela direção de diversos videoclipes para músicos pernambucanos de uma nova geração que fariam muito sucesso, como Mestre Ambrósio e Mundo Livre S/A, além de Chico Science e Nação Zumbi. A ATIVIDADE DE DIRETOR A ideia de se tornar diretor sempre esteve, de forma latente, na vida de Lacerda. As primeiras experiências ocorreram com dois curtas: “Simião Martiniano - o camelô do cinema” (1998) e “A Visita” (2001). Em 2007, roteirizou e dirigiu “Cartola – música para os olhos”, ao lado do amigo Lírio Ferreira. O caminho já estava preparado para o seu primeiro longa ficcional, agora a ser dirigido individualmente. A OBRA MAIOR Na realidade, entre a ideia e a concretização de dirigir aquela que seria sua obra maior, Hilton levou cerca de 7 anos. Segundo ele, o filme
surgiu a partir de uma conversa com o cineasta João Silvério Trevisan. “Tatuagem” é uma produção propositadamente anarquista, talvez um pouco autobiográfica, considerada como um referencial para o cinema gay, principalmente a nível nacional. Pode até, ser considerada isso, mas não é somente isso. Passado em plena ditadura militar (1978), narra a improvável (ou não?) história de amor entre um recruta do exército nacional e o líder de uma trupe teatral subversiva. A trupe retratada no filme resgata a lembrança do “Vivencial Diversiones”, um grupo teatral que, na década de 1970, ignorando os preconceitos e a repressão, tornou-se um ícone da contracultura discutindo temas sociais e sexuais sempre com muita irreverência. Estreou no Festival de Gramado de 2013, onde o filme ganhou 4 prêmios: “Melhor Filme”, “Melhor Ator” (Jesuíta Barbosa), ”, “Melhor Ator Coadjuvante” (Rodrigo Garcia) e “Melhor Trilha Sonora” (DJ Dolores) . No Festival do Rio, no mesmo ano, a produção ganhou 5 prêmios. Também ganhou o 17º Festival Internacional de Cine de Punta del Este, no Uruguai, e foi indicado como representante brasileiro na categoria de melhor filme Íbero - Americano da 29° edição do Prêmio Goya (Espanha). OS NOVOS PROJETOS Em parceira com Ana Carolina Francisco adaptou o livro “Big Jato”, de Xico Sá, para um filme homônimo de Claudio Assis. Aproveitando a força do cinema pernambucano e preocupado em ocupar o novo espaço criado pelos seriados para TV, está participando do projeto “Conto que Vejo”, como diretor geral e roteirizando contos de autores nordestinos. E claro que a ideia de um novo longa já está sendo trabalhada. Vem por aí “Fim de Festa”, uma história, ambientada no Recife contemporâneo, entre uma 4ª Feira de Cinzas e o domingo depois do carnaval. FILMOGRAFIA (COMO DIRETOR) Curtas: “Simião Martiniano - o camelô do cinema” (1998, ao lado de Clara Angélica); “A Visita” (2001). Longas: “Cartola – música para os olhos” *(2007, em parceria com Lírio Ferreira); “Tatuagem” (2013).
CURTA
#CINEMA CADA UM NA SUA CASA
O planeta Terra foi invadido por seres extraterrestres, os Boov, que estão em busca de um novo planeta para chamar de lar. Eles convivem com os humanos pacificamente, que não sabem de sua existência. Entretanto, um dia a jovem adolescente Tip (Rihanna) encontra o alien Oh (Jim Parsons), que foi banido pelos Boov devido às várias trapalhadas causadas por ele. Os dois logo embarcam em uma aventura onde aprendem bastante sobre as relações intergalácticas
KINGSMAN, SERVIÇO SECRETO
Harry Hart (Colin Firth) intregra a organização independente internacional de inteligênciaKingsman e recruta um deselegante mas promissor garoto de QI altíssimo (Taron Egerton) para o programa de treinamento supercompetitivo da agência justo quando um perverso gênio tecnológico ameaça o planeta.
O ÚLTIMO ATO
Simon Axler (Al Pacino)é um famoso ator de teatro que se torna depressivo e adquire tendências suicidas quando, de repente e inexplicavelmente, perde seu talento. Numa tentativa de recuperar seu dom, ele tem um caso com uma jovem lésbica (Greta Gerwig) que tem a metade da idade dele. Rapidamente, a relação gera caos e pessoas ligadas ao casal reaparecem em suas vidas.
NEGÓCIOS | E-MUSIC
foto: reprodução internet
e-music Mercado bilionário FATURAMENTO DO SETOR NO BRASIL ULTRAPASSA OS 3 BILHÕES E O PÚBLICO EM EVENTOS DO GÊNERO PASSA DOS 28 MILHÕES por Felipe Andrade
E
Foto: Gabriel Pontual/Agência Moove
m 2014, o mercado de música eletrônica no Brasil movimentou R$ 3,1 bilhões, cerca de R$ 100 mil a mais em relação a 2013. Na questão da mobilização das pessoas para o estilo, as festas do setor reuniram um público total de 28,2 milhões de pessoas no ano passado, um aumento de cerca de 1 milhão de público a mais que no ano anterior à pesquisa. Os dados mostram também que o Nordeste fica com 3,8% desta fatia e o Sudeste liderando com 41% do faturamento.
Henrique Figueira, André Gimk, Greg Guardião, Bruno V e Sílvio Pontual
Os números são do Anuário 2015 do Rio Music Conference (RMC), mais respeitado encontro para estudos do mercado eletrônico da América Latina ocorrido no Rio de Janeiro, em fevereiro, e que reuniu nomes como Marcelo Calero (Secretário de Cultura do Rio de Janeiro), Sandra Jimenez (YouTube), Sergio Gordilho (Agência Africa) e Juarez Petrillo (Unverso Paralello). E as cifras devem aumentar ainda mais em 2015 com a vinda do festival belga Tomorrowland ao País, em maio, e a volta do norteamericano Ultra Music Festival, além dos já consagrados Dream Valley, XXXPerience, Warung Day, etc. Só em Pernambuco, nos primeiros dois meses do ano, já foram registradas vindas dos maiores DJ's da atualidade: David Guetta, Dimitri Vegas & Like Mike, Hardwell, Blasterjaxx, Tiesto e Kaskade, que se apresentaram no Estado com casas lotadas. Para o produtor e DJ Bruno V, sócio da produtora pernambucana Mk2 Music, esses números expressam a realidade sem nenhuma surpresa. "Não me surpreende em nada a dimensão que o mercado da música eletrônica tomou no brasil e no mundo. É o som de uma geração que foi exposta à cultura eletrônica em geral desde seu nascimento, seja na música da babá eletrônica, no ringtone do celular, nas trilhas sonoras dos filmes e videogames, nos desenhos animados, nos aplicativos da escola, no Ipad e por aí vai", explica. “Ouvir música eletrônica reflete muito bem a maneira como o jovem antenado e o consumidor de música comporta-se no mundo de hoje”, completa. Duas produtoras atuam exclusivamente voltadas para este nicho em Pernambuco: a MK2 Music, que além do DJ Bruno V tem entre os sócios os produtores Sílvio Pontual, Greg Guardião, André Gimk e Henrique Figueira; e também a DeLux, pilotada por Thiago Wellk e Eduardo Trajano. Ambas já negociam calendário de eventos e até final do ano o Estado recebe a vinda de DJ’s consagrados e festivais internacionais. No calendário da MK2 está a festa holandesa Life in Color, que vem pela primeira vez ao Recife com data ainda neste primeiro semestre. Já a Delux, produzirá o festival Kaballah Circus, em setembro, e há também a negociação de DJ's que estarão no line up da Tomorrowland Brasil para vindas paralelas ao Estado em maio.
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NEGÓCIOS | MARIVAN GADÊLHA
S
egundo a Associação Brasileira de Franshising, o setor cresceu 7,7% em faturamento no ano passado. Isto se deve principalmente, ao fato de que a probabilidade de se obter sucesso por meio do sistema de franquia, é muito maior do que a de se montar um negócio independente. Já são aproximadamente 2.942 redes, 94,4% originalmente nacionais, das quais 16,5% são de São Paulo, 7,4% do Rio de Janeiro e 2,4% de Belo Horizonte, cuja soma representa 26,3% do global. Franquias consolidadas possuem marca reconhecida e modelo de negócio formatado e testado, com destaque para as sistemáticas de capacitação, aquisição, produção, precificação e distribuição. Na maioria dos casos, é possível ainda contar com dados e informações gerenciais das outras unidades franquiadas da mesma rede, o que se caracteriza como um processo de benchmarketing continuado, fortalecendo a possibilidade de uma gestão extremamente eficiente, baseada na contínua melhoria dos indicadores de desempenho. Tudo isso coloca o setor como uma alternativa de investimento extremamente segura, seja para expansão dos negócios existentes, seja para os novos empreendimentos, elevando de forma destacada a atratividade do semento, cujo crescimento em 2015, em que pese todas as sinalizações econômicas negativas para o País, deverá superar os 7,5%. Nesse mercado, é importante que o investidor analise a viabilidade econômico-financeira do negócio, e que tenha certeza de sua afinidade com o produto ou serviço a ser comercializado. Algumas franquias permitem que o candidato a franqueado, acompanhe por algum tempo a operação, para que ele tenha a certeza de que seu perfil se enquadra no cenário das atividades do negócio. Porém, o sucesso de qualquer novo negócio, entre outros aspectos, está relacionado ao comportamento da equipe na busca dos resultados planejados. Se considerarmos que esse comportamento depende das características pessoais, associadas às formas de atuação individuais, podemos afirmar que, alinhar e manter um grupo de pessoas atuando conforme um modelo de trabalho prédefinido de franquia, representa um dos mais importantes desafios do setor, e transforma a seleção de pessoas, num processo de
investimento continuado de tempo da maior relevância. Apesar do exposto, em época de crise, atrair novos clientes e estimular o consumo daqueles parceiros históricos, são grandes obstáculos para qualquer empresa. Nesse contexto, a propósito do que já foi comentado, franquias apresentam crescimento diferenciado, como decorrência principalmente de marcas fortes e de processos internos estruturados, fatores que as destacam fortemente num ambiente de escassez de renda. No contexto das potencialidades do segmento, a interiorização vem ganhando grande atenção, como decorrência sobretudo do elevado crescimento nos custos dos aluguéis nos grandes centros urbanos, associada ao crescimento no poder de compra das classes menos favorecidas. Hoje, aproximadamente 25% das franquias já se encontram fora das capitais e regiões metropolitanas. O potencial de consumo nas cidades do interior do país, segundo dados do Sebrae, supera os R$ 827 bilhões ao ano, equivalente a aproximadamente 38% do total do consumo no país. Dessa forma, a interiorização se apresenta como uma grande oportunidade de negócios, cuja contribuição para a geração de emprego e renda fora dos eixos metropolitanos precisa ser considerada. Se focalizarmos as opções de franquia de baixo investimento, mais procuradas pelos micro, pequenos e médios empreendedores, merecem destaque no momento: Beleza e estética, microfranquias, serviços, franquias virtuais, marketing digital, pet e alimentação. Nesse cenário de alternativas, nossa atenção especial está voltada para os setores de beleza e estética e de microfranquias. O primeiro vem crescendo de forma extraordinária, principalmente em função do crescimento de renda da população, se caracterizando como uma das melhores alternativas. Com relação às microfranquias, este tipo de negócio já representa aproximadamente 5% do mercado, cujo investimento inicial, inferior a R$ 80.000,00 para os mais variados segmentos, vem atraindo cada vez mais investidores. As franquias ligadas a serviços domésticos de reparos e manutenção, se mostram como excelentes alternativas de investimento. Tudo isso nos leva a afirmar que, franquia hoje, representa marca associada a know how, permitindo independência, controle e resultado. gadelha@qsmconsultoria.com.br
TERRA MAGAZINE | 107
Carlos Alberto Pinto Sócio da Lins & Pinto Advocacia. Especializado em Planejamento Tributário.
CRÔNICA
TRIBUTOS | Viveremos um Estrangulamento Fiscal? A terra presenciava uma devassadora crise em suas economias e o Brasil, no embalo de um consumismo frenético, alimentava ainda mais seu pseudo crescimento, ignorando a queda de, até então, inabaláveis potências mundiais. Lembremos dos EUA, Espanha, Itália, Grécia, Argentina..... Deslizando nesta onda desenfreada, o Governo ignorava o efeito dominó que abalava os seus vizinhos e estimulava cada vez mais o consumo interno. A redução de impostos incidentes sobre bens de consumo foi a alternativa encontrada para acelerar a todo vapor um crescimento, insustentável. Economia instigada, consumo elevado, maior produção, mais emprego no mercado e uma população, que trabalha cada vez mais e recebe menos em troca. A nossa base econômica advém do consumo. É nele que incidem os Impostos indiretos. Ricos e Pobre submetidos às mesma condições de preço. A mão que afagava era a mesma que batia. É por conta desta disparidade que o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo e ocupa a 4ª posição de menor alíquota sobre Imposto de Rendimentos. Mesmo assim, o Governo fazia de tudo para assediar o contribuinte. Isentou IPI, reduziu taxas de juros de financiamentos...etc. Eram recordes por ano na indústria e no comércio. E ainda, para animar a festa, tinha-se a parasita chamada: especulação. Era um tal de dormir com dezena e acordar falando de milhão, como nunca se verá novamente. E o Governo fez o que? Concedia cada vez mais crédito no mercado para que aquele apartamento 01 ano depois pudesse ser comprado por aquele milhão. E ainda comprei barato, dizia ele, feliz pelos longos 30 anos de prestações assumidas. É rezar pro sonho não virar pesadelo. Logo, como justificarmos esta hiper valorização? Se nada mudou. Ao contrário..... E o contribuinte continuava na freneticidade desta droga chamada CRÉDITO. É graças a ela que hoje temos um endividamento da renda familiar em torno de 50%. Ou seja, alavancamos a receita do Governo, no esquecimento de que crédito tomado é para ser pago, e agora nos deparamos com uma instabilidade onde não há mais como continuar consumindo, a economia vai enfraquecer o como o Governo manterá suas " bolsas"? O mercado está abstinente desta droga, o crédito está mais caro, a eclosão desta crise que bate à nossa porta doida pra entrar de vez em nossa casa é inevitável! Não é preciso ser o melhor dos administradores para perceber que o segredo para se atravessar uma crise é reduzir custos e aumentar receitas. Assim fica fácil entendermos o real objetivo deste texto. Se a nossa base é o consumo, se estamos na iminência do auge de uma grave crise financeira, como o Governo angariará mais recursos, se os cortes orçamentários não serão suficientes? A malha fina da Receita Federal é a opção que mais vem a acalhar neste momento. Apostaria todas as minhas fichas, se estivéssemos em uma mesa de pôquer, brinca Carlos Pinto, complementando: "Os próximos 5 anos, serão como um vulcão em erupção que adormece durante anos, acordará em fúria e trará dores de cabeças aqueles "contribuintes espertalhões". Em 2014 foram mais de 937 mil contribuintes que caíram nela, finaliza ele.
108|TERRA MAGAZINE
Você acha que Governo permitiu adesão de mais 140 empresas ao Sistema Simplificado de Tributação por que ele é bonzinho.? Claro que não.! Apenas 6% do PIB vem destas empresas, e elas representam cerca de 95% das Empresas registradas em nosso país. É nela que residem as vulnerabilidades fiscais. O próprio Min. Levyr, já apontou uma atenção às empresas sem funcionários registrados.... Nossa alíquota máxima sobre o IR é de 27,5%, enquanto na Suécia, melhor lugar do mundo para se viver, paga-se mais de 55%. Estamos falando dos afortunados e que ganham bem. É tudo tão óbvio, que a Receita Federal já "enquadrou" os profissionais liberais, obrigando-os a informar o nome e CPF do paciente. Nem adianta mais abrir empresa, para fugir do FISCO. Isso tudo, além de outras mais, como controle dos gastos de cartão de créditos, movimentações bancárias etc, são medidas que ao longo dos anos vem sendo alimentadas e agora estão no ápice de suas maturidades e por meio do comportamento do contribuinte poderão estabelecer se as informações obtidas são equivalentes à renda declarada. E daí tudo culminará quando da implantação do E-Social em 2016, programa que permitirá melhor identificação destas informações, por meio de uma intercomunicação constante. A melhor saída é mesmo se organizar e conhecer qual o melhor formato para que você tenha capacidade financeira que equivalha à sua renda declarada. O planejamento tributário, tanto para pessoa física como para pessoa jurídica é a melhor alternativa, para que o barato não saia caro. Não temos outra opção que não seja pagar imposto, a questão é saber como manejar isso da melhor maneira. Uma orientação adequada não deve estimular e nem proporcionar sonegação. Ela deve, dentro da legalidade, identificar qual a melhor solução para o tipo de negócio ou rendimento que o cliente necessitar. Aqueles que sonegam, irão ser incluídos na malha fina, não tem jeito. Aqueles que fazem planejamento, poderão dormir com a cabeça no travesseiro, pois os tributos serão recolhidos de conformidade com a lei. Tudo é uma questão de conceito, neste primeiro momento, pois, num segundo momento, considerando que temos os melhores equipamentos para esses tipos de cruzamentos do mundo, a questão será invertida. A Receita é que informará a você os seus rendimentos. Lembremos que estamos em plena era digital e todas as medidas implantadas estão interligada por meio de super-sistemas a disposição do Fisco, Federal, Estadual e Municipal. Então a melhor solução é perceber que por força de uma elevada crise financeira, é tudo uma questão de tempo para que haja esta autuação da Receita, se você sonega rendimentos. Estar preparado para um amanhã próximo, ao invés de achar que nada poderá acontecer, será o diferencial entre aqueles que ganham e planejaram como pagarão o seu Imposto de Renda, para aqueles que se preocupam apenas em ganhar. Contar com um Advogado Especializado e que trate do assunto profissional e individualmente, sem sombra de dúvidas é um começo necessário, pois, o que se aplica à uma pessoa, pode não ser aplicado à outra, a exemplo da desoneração tributária buscada, que é eficaz e segura.