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PERNAMBUCO Passa POR aQUI
arquitetura TALENTOS PERNAMBUCANOS cineMa CINEASTA CAMILO CAVALCANTE entreteniMento CANTORA CRISTINA AMARAL gastronoMia ChEF VITAMILhO personalidade FÁTIMA qUINTAS Mercado publicitário CAMPANhAS DE SUCESSO Moda ENSAIO COM BLOGUEIRAS test drive NAS DUNAS COM EVOqUE DIESEL
liana ventura
r$ 19,90 / ed. 34 /mar/abr/2015
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A Globo Nordeste está presente em cada canto do nosso Estado. Para levar notícia, informação, entretenimento e cultura para todos os pernambucanos. Porque é através da tela da Globo Nordeste que Pernambuco se vê.
EDITORIAL No mercado editorial jornalístico, a credibilidade determina três importantes características de uma publicação: tradição, aceitação e longevidade. Temos oferecido aos nossos leitores informações sobre os temas relevantes, enaltecendo os mais diversos segmentos, negócios e perfis do nosso Estado. Nossa maneira é independente de divulgar matérias com transparência e autonomia, sempre buscando caráter editorial desvinculado de qualquer interesse: pessoal, político ou econômico. Nossa missão é prezar pela qualidade editorial e o rigor jornalístico e isto nos concedeu o "Prêmio de Jornalismo Liberdade de Expressão", concedido pela Associação Internacional de Escritores e Artistas, que consagra a revista como uma das mais importantes publicações do Estado de Pernambuco. Neste mês de maio apresentamos a 34ª edição. Na capa estampa Dra. Liana Ventura que, com sua obra social "Fundação Altino Ventura", beneficia pessoas carentes em todo o Estado e forma oftalmologistas do Brasil, Angola e América Latina.
Claudio Barreto Diretor | Editor Geral
Como o lançamento acontece no mês das mães, convidamos vários nomes femininos para a seção "Mães Empresárias". Essas mulheres, cada qual ao seu modo, comandam seus negócios, mas prezam pela missão maior de suas vidas que é a de ser mãe. Contamos a história de Lana Bandeira, um verdadeiro case de sucesso no ramo de doces de festas. Na seção "Moda e Beleza", várias blogueiras fizeram um ensaio e estrearam a Tv Terra Magazine. Uma super novidade na web para nosso público.
EDITOR
Claudio Barreto DRT/PE - 5254 Izabelle Rino editor@terramagazine.com.br (81) 9504 7550
REDAÇÃO/CONTÉUDO DA EDIÇÃO Ana Paula Bernardes Carlos Alberto Pinto Célia Labanca Claudio Barreto Eduardo Irineu Fabiola Moura João Coscardo Luiza Tiné Paulo Azul Pedro Romero Selma Vasconcelos Marcela Cartaxo Marivan Gadelha Izabelle Rino Ivelise Buarque Sófocles Medeiros Weslley Leal
Entre literatura e artes plásticas, figuram dois grandes nomes: Fátima Quintas e Pragana. Contar suas histórias, desbravar suas obras são outras duas gratas satisfações desta edição. E por fim, tive o privilégio de pilotar um mito: Ferrari F430. Falo da história, da ousadia e da genialidade da marca dentro do mercado automobilístico mundial. Na seção Test Drive, levamos a Land Rover Evoque diesel, lançamento da marca, para as dunas de Natal. Outra experiência única, que compartilhamos com vocês. Desejo a todos uma excelente leitura!
REVISOR DE CONTÉUDO Ana Paula Bernardes
FOTOGRAFIA
Armando Artoni
34ª EDIÇÃO MAIO de 2015 CAPA | LIANA VENTURA FOTO | ARMANDO ARTONI BELEZA | JOÃO COSCARDO
PROJETO WEB/EDIÇÃO IMAGEM Geraldo Donald Pedro Menezes
COMERCIAL
Jô Santana comercial@terramagazine.com.br (81) 9605 4604 Leandro Penedo projetos@terramagazine.com.br (81) 8850 8086
REPRESENTANTE - BRASÍLIA Juliano Barreto
IMPRESSÃO - GRÁFICA MXM Tiragem 5.000 exemplares
www.terramagazine.com.br facebook.com/terramagazinerevista revistaterramagazine@gmail.com (81) 3083 5326 | 9504 7550 R. Dom Dom Jose Lopes, 700 Boa Viagem - Recife/PE 51.021-370
Os textos assinados não refletem necessáriamente a opinião da revista. É proibida a reprodução de textos e fotos sem autorização.
ShOPPInG TACARunA PLAzA ShOPPInG ShOPPInG BOA VISTA
ÍNDICE 12 | homenagem às mães 14 | Mercado de consumo 16 | Mundo por Izabelle Rino 19 | Mercado publicitário 22 | Cristina Amaral, 30 de anos de sucesso 26 | Personalidade Fátima Quintas 30 | Perfil Carlos Pragana 34 | Capa Liane Ventura 42 | Arquitetura e construção 54 | Espaço design Paulo Azul 56 | Terra social 64 | Moda 68 | Diário de bordo 72 | Por trás da gravata 74 | Case de sucesso 76 | Gastronomia 82 | Test drive
ana paula bernardes jornalismo
Luíza Tiné jornalismo
colaboradores
37 | talentos pernambucanos
Izabelle Rino Editora
rildo saraiva enogastronomia
célia labanca com a palavra
Paulo Azul espaço design
Armando Artoni fotógrafia
GERALDO DONALD projeto web
Sófocles Medeiros cinema
selma vasconcelos Letras da Terra
marivan gadelha negócios
DRª Fernanda Mossumez saúde
marcela cartaxo moda
JOÃO COSCARDO BELEZA
joão vilaça saúde
88 | Duas rodas 90 | Saúde 96 | negócios 100 | Letras de Terra - selma vasconcelos 102 | Com a palavra Célia Labanca 105 | Série Cinema Pernambucano 106 | Curta Cinema 108 | Crônica
AGRADECIMENTOS: A Chivas Regal 12 anos abrilhantou a festa de lançamento da 33ª edição da nossa revista. Nossos sinceros agradecimentos.
Cris Lemos
Mary Mansur
Ana Paula Cascão
Ter filho pequeno em casa e ainda comandar uma empresa de sucesso não é tarefa fácil de se desempenhar no dia a dia. Mas Cris Lemos afirma que, apesar do sacrifício, é possível sim, cuidar das crianças e manter a rotina de trabalho. Mãe dos pequenos Silvio Neto, de quatro anos, e Luíza, de dois anos, ela conta que os dois têm personalidades completamente diferentes: o menino é mais carinhoso e sensível. Já a menina é cheia de atitude e gosta de mostrar pra que veio. Para conciliar a rotina entre estar em casa e no trabalho, Cris Lemos tem a ajuda da mãe e de babás, mas procura dar valor a coisas pequenas como deixar e buscar na escola, tomar café e almoçar juntos, colocá-los para dormir, levá-los ao escritório e ficar juntos nos finais de semana. Ela conta que apesar de se dedicar ao trabalho na CiS Jóias, ela se considera 100% mãe e que seus filhos são o seu coração batendo fora do seu peito.
A curitibana Mary Mansur adotou o Recife como cidade do coração e trouxe com ela os filhos Matteos, de 15 anos, e Marcela, de 13. A empresária, à frente da A Maison, loja de luxo especializada em moda festa, se divide entre as visitas diárias ao estabelecimento, o atendimento e atenção aos clientes com as tarefas domésticas. Ela cuida desde o cardápio dos filhos até o desempenho de cada um na escola, buscando ser uma mãe moderna e amiga, mas do tipo que gosta de tudo nos conformes dentro de casa, assim como no trabalho, prezando sempre pela organização. Mary revela que a maternidade foi algo que veio lhe trazer realização pessoal e muito amadurecimento, e o nascimento dos filhos foi como a realização de um sonho, já que sempre quis ter a sua própria família. Ela conta que Matteos e Marcela são a razão da sua existência, e que se trabalha todos os dias, é para oferecê-los sempre o melhor.
O jovem Pedro, de 16 anos, pode se considerar sortudo por ter uma mãe guerreira como Ana Paula Cascão. Criá-lo na infância, alheio ao trabalho à frente do escritório de arquitetura, não foi tarefa fácil já que ela já não tinha mais mãe nem sogra. Mas ser mãe, na sua opinião, é um dom natural e com muita organização e disciplina, a arquiteta sempre distribuiu os compromissos em casa e no trabalho, de forma que não ficasse a desejar nem de um lado nem de outro. Ela sempre fez questão de buscá-lo e deixá-lo no colégio, momento no qual considera íntimo e contribuinte para o estreitamento da convivência, através do diálogo. Atualmente, acompanha o dia a dia do filho seja nas tarefas da escola, consultas médicas, alimentação, aconselhamentos. Em suas próprias palavras, Pedro é o seu melhor projeto, e ela faz de tudo para ser a sua melhor amiga e confidente. Juntos, estão sempre alinhando a melhor forma de aproveitarem ao máximo o tempo que dispõe juntos, fazendo a mesma coisa com a equipe no escritório, sempre mantendo o foco de mãe e profissional, caminhando lado a lado.
Mães e empresárias de sucesso!
Sílvia Wanderley
Maria do Loreto
Ser mãe de adolescente é estar disposta a lidar com os desafios da idade sempre atenta aos perigos que o mundo oferece diariamente. É assim que Sílvia Wanderley, designer de joias, cria a única filha Eduarda, de 16 anos. A empresária tem uma rotina atribulada no trabalho com vendas e eventos, mas conta que ainda assim, arruma tempo pra as velhas perguntas como: pra onde vai, com quem vai, a que horas vai voltar, mostrando que apesar de ser uma mãe descolada, precisa ser conservadora às vezes. A relação das duas é de amizade e intimidade, indo desde as visitas da filha ao ambiente de trabalho da mãe até as idas ao dentista, ao colégio e as opiniões sobre qual look vestir quando vai sair com as amigas. Silvia conta que Eduarda tem a personalidade parecida com a sua: responsável, ética e de opinião própria. Ela, inclusive, é bastante querida pelas amigas da filhota. O maior desafio na sua opinião, mesmo tão ocupada com os afazeres profissionais, que são necessários, é de ajudar a moldá-la como ser humano.
Arquiteta de renome em Pernambuco, Maria do Loreto é mãe de José Mário, Bruno e Rodrigo, hoje já três homens adultos, e também avó do pequeno Sérgio, de dois anos. O desafio de criar três filhos com idades parecidas ao longo dos anos não foi fácil, mas ela faz questão de citar a ajuda do marido e da babá que está na família há mais de 40 anos, que permitiu que ela fosse uma profissional realizada. Atualmente, cada um mora em sua casa e tem sua própria família, mas ela faz questão que se encontrem pelo menos uma vez por semana para almoçar e conversar, além de ter o “Dia da Avó”, onde dedica todo o seu tempo ao netinho. Na infância e adolescência dos meninos, Maria sempre fez questão de acordar mais cedo para tomar café juntos antes de ir ao colégio e sempre deixou claro que ela precisava se realizar como mãe e esposa mas também como arquiteta, para que ela fosse feliz em todos os aspectos e, desta maneira, pudesse fazêlos felizes da mesma forma. O resultado atualmente são filhos orgulhosos da mãe que têm e sem nada a reclamar. texto | luiza tiné FOTO | Armando Artoni BELEZA | Dorinha Studio de Beleza look | a maison por mary mansur locação | domodi móveis
MERCADO DE CONSUMO
VACHERON CONSTANTIN Mobiliário de luxo são montados com cristais Swarovsk cor amarela da poltrona A deixa ainda mais fascinante. O brilho extraordinário liga as cores berrantes ao efeito brilhante dos cristais Swarovsk, que decoram a peça.
Elegante, fascinante, prestigioso e precioso. Esse é o relógio Harmony Cronógrafo Tourbillon que, além dos adjetivos, é composto por um novo Calibre 3200 de carga manual da Vacheron, esculpido com a forma de Cruz de Malta. A marca Vacheron Constantin é uma das mais antigas fabricantes de relógios de alta gama da Suíça paralelamente com Blancpain. A marca pertence hoje ao grupo Richemont e foi a primeira a ter recebido o selo de qualidade Poinçon de Genèv.
Uísque escocês, Macallan, cria edição especial
MISIA chanel paris
O uísque escocês Macallan é produzido por um malte raro envelhecido por 64 anos. Sua garrafa feita de cristal, foi considerada o mais cara do mundo. Foi produzido para marcar o aniversário de 150 anos do nascimento de René Lalique, um dos artesãos mais famosos da arte do cristal.
Eis o primeiro perfume de Olivier Polge para Chanel. A mais recente adição da gama Chanel de perfumes de alta qualidade, lança a "eau de toilette" com notas de violeta combinadas com ingredientes preciosos como grasse, rosa e íris Turca.
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iCam HD Pro
A iCamPRO é o menor robô de segurança inteligente que vê e rastreia objetos em movimento em tempo real e até mesmo em um ambiente mal iluminado. Possui um ângulo de visão de 360 graus e filma em HD. Esta câmera foi eleita a melhor inovação na categoria de tecnologia embutida, na feira de produtos eletrônicos - CES. Os gadgets mais inovadores foram expostos nos pavilhões de Las Vegas no início de 2015.
Adidas miCoach Smart Ball
A Smart Ball possui uma estrutura de sensores internos e sistema bluetooth. Funcionando junto a um aplicativo, isso permite que a bola seja usada para aprimorar treinamentos de bola parada, como pênaltis, faltas, chutes, escanteios, passes de longa distância e tiros de meta. A bola registra informações sobre a força com que foi chutada, oferece um visual da trajetória que ela percorreu, mostra o efeito que foi aplicado e os pontos de impacto, tudo no adidas miCoach Smart Ball app, que pode ser baixado gratuitamente na App Store da Apple.
A versão elétrica da motocicleta do filme TRON réplica funcional da moto do filme "Tron: o legado", desenvolvida pelo engenheiro Franco Sbarro, em A uma versão elétrica, produzida artesanalmente com 96 volts diretamente nos motores que integram as rodas para impedir o uso de corrente. Tudo combinado com baterias de lítio e freios hidráulicos. Sua aceleração é controlada por computador.
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MUNDO POR IZABELLE RINO
Itália ganha seu primeiro 'Museu das Fezes'
O mais caro da história
Foi inaugurado, no Museu de Ciência e Tecnologia Leonardo da Vinci, em Milão, o "Museu das Fezes", o primeiro do gênero na Itália.
Uma obra de Picasso tornou-se o quadro mais caro já leiloado na história ao ser arrematado por US$ 179,3 milhões (cerca de R$ 537 milhões). O quadro, As Mulheres de Argel, foi leiloado na casa Christie's, em Nova York, e teve o preço inicial de US$ 140 milhões. Os compradores optaram por permanecer anônimos. A pintura a óleo faz um retrato vibrante e cubista de cortesãs nuas. Ela faz parte de uma série de 15 obras criadas pelo espanhol em 1954 e 1955 e designadas pelas letras A a O.
O "Museo della Merda", ou "Shit Museum", se localiza na fazenda Castelbosco, na província de Piacenza, e é uma ideia do empreendedor Gianantonio Locatelli, que teve a ajuda dos curadores Luca Cipelletti, Gaspare Luigi Marcone e Massimo Valsecchi. O projeto, semelhante a um que já existe no Japão, nasceu porque a equipe queria mostrar o valor das fezes em diversas áreas, como arquitetura, arte, medicina, tecnologia e agropecuária, além de tirar o preconceito que muitos têm em relação ao material.
90 anos intacto!
O leilão durou 11 minutos. O valor da tela foi US$ 160 milhões, mas o preço final inclui a comissão, de cerca de 12%.
Polêmica sobre a depressão
Vladmir Lênin morreu há quase 90 anos, mas seu corpo parece melhor do que o dia em que ele partiu.
Um professor líder de psiquiatria, afirmou que a crença de que antidepressivos mais populares elevam os níveis de serotonina no cérebro é falsa. David Healy, diretor da unidade psiquiátrica Hergest, em Bangor, norte do País de Gales, disse que a ideia errada de que os baixos níveis de serotonina sejam os responsáveis pela depressão tornou-se um fato estabelecido. Ele sugeriu que o sucesso das chamadas drogas SSRI - que incluem Prozac e Seroxat – se baseia no "marketing de um mito". O surgimento das drogas inibidoras (ISRS) de serotonina, no final de 1980, veio após preocupações sobre tranquilizantes usados para tratar a depressão. Mesmo que eles fossem mais fracos do que os antidepressivos tricíclicos de estilo antigo, foram substituídos por conta da ideia de que os níveis de serotonina seriam restaurados ao normal. “Essa é uma noção que depois foi transmutada na ideia de que eles haviam sanado um desequilíbrio químico”, disse Healy.
16| TERRA MAGAZINE
Esta é a afirmação feita por seus embalsamadores, que desenvolveram técnicas experimentais para manter a aparência do corpo do revolucionário comunista. Eles se gabam de que sua técnica tem sido o resultado de quase um século de processos que levaram à criação de uma ciência beneficiada com aplicações médicas do mundo real. O trabalho é da responsabilidade de uma equipe conhecida como o "grupo Mausoléu", que, no seu auge, contou com 200 cientistas trabalhando em um laboratório dedicado ao cadáver do ex-líder. De acordo com um relatório detalhado por Jeremy Hsu, na revista Scientific American, os russos preferem preservar o corpo pela forma, peso, cor e flexibilidade, ao invés de tecido biológico. O corpo do revolucionário está em exibição pública em um mausoléu na Praça Vermelha de Moscou, mais de duas décadas após a dissolução da ex-URSS. Este ano, as autoridades russas fecharam a Praça Vermelha para que os cientistas pudessem preparar o corpo para exibição pública durante o 145º aniversário de Lenin.
Metade dos brasileiros estão conectados à Internet
Segundo IBGE, um em cada dez domicílios brasileiros com conexão à Internet acessam a rede apenas por meio de celular ou tablet. Em 2013, a região Norte apresentou o maior porcentual de domicílios que usaram o celular para acessar a internet (75,4%), enquanto no restante do Brasil predominou o uso do computador. Diferentemente do restante do Brasil, o Norte foi também a única região do país onde a conexão via banda larga móvel - as redes 3G ou 4G - ultrapassou a rede fixa. Nos Estados do Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, oito em cada dez residências com internet acessaram a rede via banda larga móvel em 2013.
Na mira da corrupção!
Mito ou Verdade?
O forno de micro-ondas tem uma reputação meio ruim por causa de seus efeitos nos nutrientes. Cozinhar e aquecer alimentos por qualquer método pode resultar em alguma degradação de nutrientes. As vitaminas C e B12 degradam rapidamente quando a comida é aquecida. Contudo, outros nutrientes podem se beneficiar com o aumento da temperatura. Por exemplo, os carotenóides, os antioxidantes encontrados em frutas e verduras coloridos como cenouras e tomates, aumentam quando as proteínas que os prendem se quebram durante o aquecimento, disse Guy Crosby, editor de ciências do programa de culinária "America's Test Kitchen" e professor da Faculdade de Saúde Pública T.H. Chan School, da Universidade Harvard. Para ajudar a evitar tais problemas, coloque uma tampa sobre o alimento no forno de micro-ondas para reter a umidade, e mantenha a potência relativamente baixa para garantir que a comida seja cozida rapidamente, mas não superaquecida, disse Rebecca Solomon, diretora de Nutrição Clínica do hospital nova-iorquino Mount Sinai Beth Israel.
O cérebro humano foi programado para 'odiar' dietas, diz pesquisa. Os cidadãos da Moldávia foram alertados pelos jornais recentemente de que 12% do Produto Interno Bruto do País simplesmente desapareceram - e que a pequena nação, espremida entre a Romênia e a Ucrânia, estava sob o risco de quebrar. Informações vazadas pelo Banco Central e por uma consultoria revelaram um buraco de US$ 1 bilhão (R$ 3 bilhões) em três das maiores instituições financeiras do País, o que muitos chamaram de "o roubo do século". O desaparecimento do dinheiro foi notado poucos dias antes das eleições para o Legislativo, em 30 de novembro de 2014, quando três bancos declararam dívidas que, somadas, resultam neste montante. Empresário Ilan Schor está em prisão domiciliar após suspeita de ter montado esquema As dívidas resultam de misteriosos empréstimos concedidos a obscuros destinatários e ninguém sabe ao certo onde o dinheiro foi parar. Para evitar a fuga de capitais ou a quebra das instituições envolvidas - Banca de Economii, Unibank e Banca Sociala -, o Estado se viu obrigado a regatá-las, injetando nelas US$ 870 milhões.
Segundo cientistas americanos no Campus de Pesquisa Janelia Farm, do Instituto Médico Howard Hughes, células do cérebro sensíveis à fome, conhecidas como neurônios AGRP, são as responsáveis pelo horror à dieta. Os pesquisadores fizeram experiências que mostraram que estes neurônios são responsáveis pelas sensações desagradáveis associadas à fome, que tornam os petiscos irresistíveis. Segundo o líder do grupo de pesquisa, Scott Sternson, as emoções negativas associadas com a fome podem transformar a dieta e a perda de peso em uma tarefa muito difícil, e a explicação pode estar nestes neurônios.
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MERCADO PUbLiCitáRiO
EM tEmPO DE CRiSE, SEJA
cRIAtIVO por ivelise Buarque
A
s oscilações e incertezas políticas e econômicas do país no último ano podem ter refreado os investimentos, mas definitivamente não apagaram os interesses do empresariado de apostar na comunicação para reforçar as imagens de marcas, produtos e negócios. O cenário atual mostra apenas que agências e clientes estão trabalhando para direcionar os investimentos de forma eficiente, apostando em canais de resultado garantido para reduzir os riscos em suas estratégias. Projeto interMeios, relatório de investimento em mídia no País coordenado pelo Grupo Meio & Mensagem em parceria com a auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC), mostrou que o mercado publicitário apresentou faturamento de R$ 46,36 bilhões, com elevação de 1,5% em relação a 2013. “A diversidade de meios e plataformas, os novos hábitos de consumo de mídia, o poder do consumidor na escolha de conteúdos, entre vários outros fatores, tornam o nosso trabalho algo novo a cada dia”, na opinião de Angelo de Mello, diretor-presidente da Aporte Comunicação.
A parcela que diz respeito à mídia chegou a R$ 39,97 bilhões, no ano passado. Mas, o índice de maior destaque é a representação no bolo publicitário da internet enquanto mídia. O mercado publicitário na grande rede atingiu cerca de R$ 8,3 bilhões em 2014 no país, destacando-se como a segunda maior após a Tv, de acordo com levantamento feito pelo interactive Advertising Bureau - iAB Brasil, considerando o principal órgão representativo do segmento digital interativo brasileiro. “Não resta dúvida de que os avanços da tecnologia digital têm afetado a vida de cada um de nós e de nossas atividades profissionais. No nosso caso, que lidamos com a comunicação, os efeitos são desafiadores. Há pouco mais de vinte anos, os computadores invadiam apenas as redações e as bancadas de diretores de arte das nossas agências de propaganda. Hoje, parece algo banal, mas aquilo já representava uma verdadeira ameaça à carreira de muitos profissionais que, de repente, tiveram que se render aos teclados, mouses e telas, aposentando de vez suas máquinas de escrever, pranchetas e réguas T”, enfatiza.
A diversidade de meios e plataformas, os novos hábitos de consumo de mídia, o poder do consumidor na escolha de conteúdos, entre vários outros fatores, tornam o nosso trabalho algo novo a cada dia” Ângelo de Mello
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MERCADO PUbLiCitáRiO
Wesley Safadão, no Mercado de São José A prova disso é o que vem por aí. Agências e clientes estão se conectando cada vez mais com uma comunicação 360graus e apostando em novas plataformas ou em novas formas de integrar o consumidor com a mensagem em suas campanhas. Numa parceria com a Globo Nordeste, por exemplo, a Ampla mais uma vez assumiu a campanha publicitária do São João da Capitá, que este ano foi realizado entre 12 e 13 de junho, no Recife. Diferente dos anos anteriores, a agência colocou um time de peso para protagonizar os filmes de divulgação do evento de forma inusitada e de impacto. “Criar para o São João da Capitá é sempre muito divertido, mas também tem o seu lado desafiador. É grande a nossa responsabilidade em atender às expectativas, que ficam maiores a cada ano, graças ao sucesso das campanhas anteriores. Mesmo assim, eu posso dizer que é um job ‘disputado à tapa’ aqui na criação da Ampla. Todo mundo quer ter a chance de participar dessa campanha, que caiu no gosto das pessoas”, diz Manuel Cavalcanti, vP de Criação da Ampla. No melhor estilo “Quem sabe, faz ao vivo”, a produção surpreendeu o público com a presença de Wesley Safadão, Luan Santana e os músicos Bruno e Marrone em pontos de grande circulação com apresentações surpresas, como o Mercado de São José e a dupla sertaneja na plataforma da Estação Recife do Metrô. E a investida não só envolveu filmes com uma média de 60” (a exemplo deste com o vocalista do Garota Safada no mercado público: www.youtube.com/watch?v=evdZbtwZ_xE) como ainda integrou o instagram como ferramenta para repercussão da campanha com filme próprio para a mídia social, Making Of, anúncios, cartaz e panfleto.
Bruno e Marrone, cantando no Metrô do Recife
Cristiano Araújo, no Aeroporto internacional do Recife
Criar para o São João da Capitá é sempre muito divertido, mas também tem o seu lado desafiador. É grande a nossa responsabilidade em atender às expectativas, que ficam maiores a cada ano" foto Daniela Nader
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Manuel Cavalcanti
Casa Comunicação: cria filme institucional reforçado com o carisma e a credibilidade do ator Lima Duarte
O olhar pessoal também é o foco da estratégia de ação da Casa Comunicação que criou o conceito #vaiguerreira para campanha da empresa alimentícia Capricche, baseada na ideia de história de vida de mulheres reais como exemplos de luta em prol da família. O plano estratégico da agência envolveu também comunicação 360graus com criação integrada em diversas plataformas, inclusive site (www.vaiguerreira.com.br) e mídias sociais com a coleta de relatos verdadeiros que serão aproveitados na segunda fase do projeto. Inicialmente, foi criado filme institucional reforçado com o carisma e a credibilidade do ator Lima Duarte. Em seguida, o time produziu três peças que foram veiculadas em horários determinados nas rádios e meios eletrônicos de Recife para a marca que carrega o mote “Capricche que o futuro dá gosto!”. Posteriormente, serão selecionados três exemplos de vida dessas reais guerreiras para a realização de nova etapa do trabalho. A conexão da mídia tradicional com a digital foi uma das apostas da Blackninja para o Vinagre Minhoto, que lançou mão do apetite appeal em comunicação informal e redes sociais, em campanha com o ator Rafael Cardoso que interpretava o chef Vicente na novela global Império. Com o mote “Segredinhos”, o trabalho envolve dois filmes de 30” (com veiculação para as praças do Nordeste, Pará e Amazonas), além de peças como backbus e outbus e material para os pontos e vendas. Nos vídeos, o faz trocadilhos carinhosos “Quer tirar uma casquinha?”, pergunta ao ensinar o segredo para descascar o ovo de maneira mais prática, explorando-se assim o expertise do ator que na vida real é amante da gastronomia que mantém o blog http://www.puramesa.com. br, no qual partilha seus conhecimentos de culinária saudável e cozinha funcional. “Minhoto ajuda a deixar tudo melhor, tudo mais gostoso. Optamos por estimular o uso do produto com uma campanha de apetite appeal”, revela Renata Gusmão, sóciadiretora da Blackninja. Mas, a agência pernambucana ainda envolveu na estratégia a execução de três filmes de 15” cada, destinados a grupos de whatsapp, com linguagem coloquial em que o ator Rafael Cardoso convida as participantes do grupo a degustarem refeições, dá dicas de cozinha e ainda levanta a autoestima da mulherada com elogios. Blackninja - Vinagre Minhoto- A campanha com o ator Rafael Cardoso que interpretava o chef Vicente na novela global Império.
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ENtREtENiMENtO cRIstINA AmARAL
comemora 30 anos de carreira por Redação Terra
A
cantora Cristina Amaral é uma das marcas da música pernambucana. Representou o Estado em importantes festivais, cantando ritmos regionais sempre reforçando a identidade local. Suas turnês mundo afora pisaram na Holanda, Áustria, Suíça, Portugal e França. Seu DvD “Minha voz, minha vida”, 2º de sua história e 14º trabalho da carreira é quem endossa a comemoração dos 30 anos de sua música. Nesse show atual, a artista faz uma compilação de todas as suas influências musicais ao lado de releituras de seus grandes sucessos, como “Eu sou o forró”, “Cidade Grande”, “Arisca” e muitos outros. Essa comemoração Cristina faz ao lado de: Genival Lacerda, César Amaral, Jorge de Altinho, Quarteto Linha, Carla Alves (Loira Marrenta), Zé Barbosa, Elvis Pires, Priscila Senna (Musa) e Lucy Alves. O DvD tem participação de Lia Sophia na faixa inserida no material extra do DvD que é assinado pelo diretor Cleodon Coelho. Além do roteiro, ele divide a direção do espetáculo com o produtor Saulo Gouveia. Os arranjos são de Luciano Magno. Natural de Sertânia, a cantora já vendeu mais de 60 mil discos e contabiliza vários sucessos nesses 30 anos dedicados à música. Desde criança nutria sua veia artística. inicialmente com a participação em grupos jovens que cantavam em igrejas Católicas, para depois começar a amadurecer-se participando como vocalista da Orquestra Marajoara. Na juventude, suas lembranças são as da apresentação na banda Os Tropicais, onde, ao lado do cantor Flávio José, dividiu o palco durante alguns anos. No início dos anos 90 tomava a decisão de seguir a carreira solo, vencendo o Festival Recifrevo e em seguida participando do
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Festival Canta Nordeste da Rede Globo de Televisão, onde ficou em segundo lugar, arrebatando ainda o prêmio de melhor intérprete com a música “Cidade Grande” do poeta Petrúcio Amorim. Em seguida recebeu convites para participar dos CDs Recifrevoé i e ii, junto com grandes nomes da música brasileira, a citar Chico Buarque de Holanda, Alceu valença, Maria Bethânia, Paulinho da viola, Geraldo Azevedo, Lenine e outros. O segundo trabalho desta trajetória foi o CD Forró Brasil, ao lado com Gilberto Gil, Dominguinhos, Elba Ramalho, Alceu valença e outros. Quando citamos as turnês internacionais, falamos do Projeto Boi voador, (Caravana do Frevo no Teatro Paradiso) pisando na Holanda e Áustria, no Palácio de Schönbrunn, conhecido também como Palácio de versalhes de viena, Suíça, Portugal e França, juntamente com Alceu valença, Antúlio Madureira, André Rio, Elba Ramalho... Cristina também participou do Festival de Montreux por duas vezes, e em 1998 teve uma música sua inserida no CD “Montreux Jazz Festival”. Em 2009 gravou o seu primeiro DvD, intitulado “A vida é um Circo”, que teve a participação de artistas locais e nacionais como, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. O Galo da Madrugada em 2012, que teve o trio dos Direitos Humanos, foi comandado por Cristina, que lhe rendeu o título de Embaixadora dos Direitos Humanos de Pernambuco, concedido pela Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário. No ano passado lançou o seu projeto “Eu canto Angela Maria”, nos teatros Luiz Mendonça e em seguida no Santa isabel. No mesmo ano, foi convidada a participar da campanha “Não desvie o olhar” (em Recife), que combateu a violência sexual contra crianças e adolescentes no período da Copa.
foto: Victor Giovanni
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foto: Dani Neves
entretenimento cristina amaral
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Minha voz, minha vida 2º DvD e 14º trabalho da carreira da Cristina Amaral, que comemora 30 anos de música.
DISCOGRAFIA 1991 – Arisca – Som Livre 1994 – Doce vendaval – RGE 1997 – Cristina Canta Alceu valença – Atração 1999 – Anjo Azul – universal 2001 – Forró Agarradinho - unidisc 2006 – Balanço Brasileiro - iNDEPENDENTE 2007- Pérola Nordestina Acústico - iNDEPENDENTE 2008- Eu Sou o Forró Ao vivo vOL.1 – iNDEPENDENTE (CD PREMiADO, + DE 11.000 CóPiAS vENDiDAS) 2009 -Dois Rubis – Cristina Amaral Canta Petrúcio Amorim iNDEPENDENTE (CD PREMiADO, + DE 10.000 CóPiAS vENDiDAS) 2010-A vida é um Circo – 25 anos de Carreira (CD E DvD) – InDEPEnDEnTE 2012/2013 – Eu Sou o Forró vOL. 2 – iNDEPENDENTE 2014 – 13 de junho – iNDEPENDENTE 2015 – Minha voz, minha vida (DvD) - iNDEPENDENTE
pARTICIpAÇÃO NOS CDS Recifrevoé i Recifrevoé ii Forró Brasil Êta Forró Bom Montreux Jazz Festival Petrúcio Amorim Asas da América Flávio José Amazan São João da Capitá vol.1 São João da Capitá vol.2 São João da Capitá vol.3
pARTICIpAÇÃO NOS DVDS Globo Nordeste 35 anos Som da Terra Petrúcio Amorim – Na Boléia do Destino São João da Capitá vol.1 São João da Capitá vol.2 São João da Capitá vol.3 Elba Ramalho – Marco Zero
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PERSONALiDADE FátImA QuINtAs
FÁTIMA qUINTAS Amor pelo silêncio, literatura e a busca constante sobre o que é a vida
Por Luíza Tiné
D
o bairro do Derby, para Portugal e de volta ao Brasil, a atual presidente da Academia Pernambucana de Letras fala sobre família, amores e o trabalho à frente de uma das mais importantes instituições do Estado. “Eu não sei quem eu sou. vivo buscando todos os dias. Pra mim, esse é justamente o caminho da literatura, um caminho de busca na tentativa de saber quem sou eu, quem somos nós, o que é a vida”. Foi essa a resposta dada por Fátima Quintas quando questionada sobre quem ela é. Estudiosa, apaixonada pela leitura, recifense, nascida no bairro do Derby no dia 28 de fevereiro, é conhecida na cena literária pernambucana e nacional por suas crônicas, contos e livros e atualmente, ocupa o cargo de Presidente da Academia Pernambucana de Letras.
a luz apagada, apenas uma vela acesa para que possa observar, por cerca de quinze minutos, a chama em movimento, que apesar de se mover, jamais é a mesma. isso lhe traz a sensação de paz interior e contribui para sua criação, já que é no silêncio que ela consegue imaginar, produzir. “O mundo de hoje é muito ruidoso... por isso eu procuro buscar o silêncio diariamente” comenta.
Aluna do Colégio São José, Fátima Quintas se apaixonou pelos estudos e pela literatura ainda muito nova. Sempre foi boa em redação e até levava puxões de orelha dos professores por não ser objetiva em suas respostas nas outras matérias. Aos 17 anos já trabalhava como professora de História. O curso superior de Ciências Sociais, iniciado na Fafire, foi transferido para a universidade Federal de Pernambuco (uFPE), que a levou pelo interesse à Antropologia e aos 21 anos, Fátima define ela mesma como uma O mundo de hoje é muito ganhou uma bolsa de estudos para pessoa inquieta – em suas próprias fazer pós-graduação na área em uma ruidoso... por isso eu procuro universidade em Portugal. Seu pai não palavras e afirma que a sua cabeça está sempre em ebulição: “Confesso que estou buscar o silêncio diariamente” gostou muito da ideia, mas a mãe, como em permanente busca de alguma coisa, sempre, muito adiantada, apoiou-a não somente do que eu sou e do que é incondicionalmente. E foi lá, que ainda a vida, mas também o que é o tempo. Não consigo me desligar jovem, conheceu o primeiro marido, o português João Manoel. nem mesmo em uma mesa de bar”, relata. Porém, na sua opinião, Foram sete anos vivendo em Lisboa e viajando por toda a Europa, todo escritor deve ser inquieto já que a inquietude favorece a com uma mochila nas costas e a vontade de conhecer o mundo. literatura e para ela, viver é perguntar, indagar, e quem vive sem “Eu tinha uma carteirinha de um programa chamado ‘auto-stop’. fazer nenhum questionamento não está vivendo, e sim apenas Com ela, pegava carona nas estradas e saía viajando de cidade em passando pela vida. cidade”, nos conta. Filha do meio de Edite e Amaro Quintas, Fátima nos conta que herdou tamanha inquietação de um misto de personalidade dos pais. A mãe foi uma mulher muito culta e inteligente e que tinha uma visão muito antecipada das coisas para a época em que viviam. Dela veio o lado poético e lúdico. Já o pai, o intelectual Amaro Quintas, era rigoroso em termos de estudos, pesquisas, algo mais sistemático. Dele veio a sua veia estudiosa, resultando numa mistura da qual ela se orgulha em falar. um fato interessante sobre Fátima Quintas é que mesmo afirmando ser tão inquieta, também se diz ser amante do silêncio. Todos os dias, ao chegar em casa cansada do vai-e-vem diário, um dos seus maiores prazeres é sentar sozinha no seu quarto de estudos com
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Os sete anos em Portugal, no entanto, não foram dos mais fáceis. A crise na Europa da época não contribuía para que ela achasse um emprego de antropóloga. Então desta forma, mesmo contra a vontade do marido e da família no Brasil, passou a trabalhar como vendedora em uma livraria – a primeira mulher a ocupar o cargo em toda a cidade. O trabalho, no entanto, abriu ainda mais o seu coração para as possibilidades que a literatura poderia lhe trazer, já que foi naquela livraria que ela teve a oportunidade de conhecer grandes escritores. Fátima e João Manoel se mudaram para o Recife, mas infelizmente, após quatro anos, ele veio a falecer. Ao todo, foram onze anos de casamento, vivendo entre Brasil e Portugal, dos quais ela guarda saudosas memórias. No livro Cheirinhos de Alecrim numa casa portuguesa, com certeza,
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foto: Terra Magazine
PERSONALIDADE Fátima Quintas Fátima Quinta reuniu suas lembranças do tempo em que viveu em terras europeias. No Recife, suas crônicas e artigos eram publicados em jornais, o que não agradava muito sua mãe. Na opinião de dona Edite, Fátima não deveria se expor tanto em um meio de comunicação tão público, e sim em livros. Sua primeira obra veio aos 30 anos: Sexo e Marginalidade, em 1987, do resultado da sua tese de mestrado em Antropologia. Antes disso, já era articulista do Jornal do Commercio, cargo que assumiu logo após o falecimento da mãe, em 1983. Entre as obras publicadas ao longo de sua carreira, estão: Segredos da Velha Arca, Assombrações e Coisas do Além, Mulheres Oprimidas, Mulheres Vencidas, Amaro Quintas, Meu Pai, entre tantas outras, além de colaborações.
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E foi no meio ao trabalho e na mudança para um novo apartamento que ela acabou conhecendo o atual marido, o espanhol Vicente, com quem tem um filho que leva o nome do pai. O destino dos dois acabou se cruzando no elevador do prédio onde moravam. Assim como Fátima, Vicente, que era padre que veio ao Brasil em um trabalho missionário, mas que acabou largando a batina, também havia ficado viúvo. Os assuntos em comum resultaram em uma união que dura até os dias de hoje. O filho do casal, formado em Direito, é a luz dos olhos da nossa entrevistada. “Sou uma boa mãe, apesar de tantos atropelos e ausências físicas”, ela conta. Coruja, se define como uma mãe presente( até demais) em certas ocasiões. O talento de Fátima Quintas para a literatura e a qualidade de
Hoje em dia, ainda escrevendo semanalmente para o Jornal do Commercio e dando aulas na Faculdade Marista, Fátima Quintas passa a maior parte do seu tempo dedicando-se à
Academia Pernambucana de Letras, principalmente na busca de recursos financeiros para manter o ambiente vivo. “É uma luta permanente”, desabafa. Seu mandato, que por sinal, já vai no quarto ano, é conhecido por trazer vida ao local, com atividades internas e externas, eventos, palestras, mostras, músicas. A sua proposta sempre foi fazer de lá um lugar onde todos, não só escritores e intelectuais, pudessem ir e apreciar. A sua gestão foi intitulada “Academia de Portas Abertas”, uma forma de interagir com o público, com a qual tem uma responsabilidade social. Com uma personalidade serena, voz branda e muita inteligência, Fátima divide a sua rotina entre o trabalho e a vida de esposa e mãe, tudo com muito amor e seriedade, o que a torna uma grande personalidade no Estado de Pernambuco.
foto: Terra Magazine
seus livros, contos e crônicas publicadas a levaram a ocupar uma cadeira na Academia Pernambucana de Letras. A indicação veio da poetisa Maria do Carmo Barreto Campelo, que sempre foi fã do trabalho de Fátima, que por sua vez, não estava esperando o título e nem se considerava madura para tal. Porém, foi eleita em 2002, tomando posse em 2003 e logo em seguida começou a se engajar nas atividades do local. O cargo da presidência veio com naturalidade em 2012, já que ela estava sempre ligada aos assuntos relativos à Academia de forma geral.
PERFIL CARLOS PRAGANA
Pragana o inquieto da arte Por Ana Paula Bernardes
A
s artes plásticas e seu desafio maior: de fazer a alma do artista ser entendida, decifrada e, por êxito, admirada e respeitada. Mas as ordens dos fatores neste caso altera totalmente o resultado. Assim é Pragana. Movido pela inquietude, falamos de um artista que, num processo inverso ao caminho natural do tempo, não dedicou toda uma vida à arte. Tampouco se preocupou em ser entendido, decifrado. Aproveitou cada momento que teve, para abraçar causas familiares e profissionais. Guardou-se para ser entregue totalmente à sua realização artística somente depois dos 40 anos. E realizou-se, de fato. Ao mesmo tempo em que ele nos conta isso, lhe vêm as lembranças do menino que durante a aula desenhava os professores, bem como traçava com primor o seu universo infantil com cowboys, heróis e histórias em quadrinhos. O traço, segundo o artista, já era único, explorando a perfeição. “Ali, no meu inconsciente, eu já queria ser artista, por isso os desenhos e pinturas estavam
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sempre ao meu redor. A família já dizia: esse menino leva jeito para artista”. Aos 14 anos Pragana recebeu seu primeiro chamado cultural. Um tio que trabalhava no Banco do Brasil na época montou uma exposição daqueles desenhos infanto-juvenis, na AABB – Associação Atlética Banco do Brasil, reunindo seus primeiros admiradores: integrantes familiares. “ Eu juntei o que tinha. Eram pinturas em óleo e querosene”, relembra. Quando adulto, Pragana teve que ir cuidar do engenho do pai em Vitória de Santo Antão. Casou e construiu família lá. Depois seguiu para Petrolina para cuidar de seus negócios onde viveu por duas décadas. Um período de hiato da arte em sua vida. A cabeça estava sempre voltada para isto, porém não conseguia operacionalizar sua produção.
Aos 49 anos, vendo-se com o negócio acabado, as filhas criadas e encaminhadas na vida, chutou tudo para o alto e foi ser artista. Comparamos isso a um acalento espiritual onde a vida confirmava o que Pragana sempre soube sobre seu dom. Hoje ele vive exclusivamente da arte e por isso, deseja vida longa para poder se dedicar à ela. Decisão agradecida pelos pernambucanos. Numa análise rápida sobre sua obra, constatamos cores que se repetem como se desejassem reafirmar algo. Mas o artista, mesmo que num profundo respeito ao observado, responde. “Não há definição. Talvez seja pela sobriedade e silêncio que tanto gosto, desejando aparecer ali”, responde. Autodidata e de evolução natural, a vida foi levando Pragana ao contato e aproximação com os artistas de sua geração. E foram alguns deles que descreveram o artista como ele é hoje. “ Não sou abstrato. Sou figurativo. Brennand me disse isso um dia, numa análise real do que eu produzo, que é a minha liberdade. Mas nunca isso foi marcado em minha vida e nem tampouco decidido.
foto: Terra Magazine
Pragana ao lado de grandes obras expostas na Florense
Simplesmente nada me prende”. Questionado sobre a maturidade e reconhecimento culturais do Estado, Pragana foi enfático. “Pernambuco é um celeiro a nível brasileiro nas artes plásticas. Eu fiz o meu trabalho e o mercado gostou. Porém o mercado de arte recifense ainda é muito pequeno. O atraso cultural de tão grande, afasta as pessoas da arte. Não há estímulo da população. Na minha cabeça é algo difícil, mas qual é a escola que dá história da arte? É lamentável. Temos um caminho longo a percorrer”. Entre desenhos e colagens, Pragana vibra com sua inquietude. Na incerteza do tempo da vida, como ele mesmo declara para os seus, nosso artista fala que ainda tem vontade de descobrir a escultura e a pintura tridimensional, e muito a mais que vier. “ Sou um artista aberto a tudo. A gente não vive sem arte. É um lugar comum, ao mesmo tempo que é um alívio e traz um bem estar enorme para a alma. Quero vida longa para fazer ainda muito mais”, destaca.
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CAPA LIANA VENtuRA
liana ventura sOlIDaRIEDaDE, DEDICaÇÃO E aMOR aO PRÓXIMO
por Ana Paula Bernardes
A oftalmologista Liana ventura sabia desde criança que desejava, profissionalmente, poder ajudar pessoas. Nascida em Patos, na Paraíba, toda sua família migrou para Recife, com exceção de seus pais, e nas reuniões de família os assuntos discutidos com seus tios médicos eram sobre casos desafiadores da medicina. Em seguida os pais mudaram para Recife para oferecer à ela e sua irmã, melhor educação e juntas foram aprovadas no vestibular de Medicina, na universidade Federal de Pernambuco. Seu primeiro sonho estava se realizando, onde o amor àquela ciência era, acima de tudo, uma oportunidade de aumentar conhecimentos científicos para utilizálos em prol da melhoria de saúde da população.
Básicas de Oftalmologia e logo em seguida outro Curso de PósGraduação (Fellow), que a qualificou como primeira oftalmologista especialista em Oftalmologia Pediátrica do Brasil.
Durante seu curso no exterior, a saudade era imensa, além da limitação de vida com poucos recursos em solos americanos, com ligações corridas para saber notícias da família no Brasil. um esforço físico e espiritual tão grande, mas que reforçaram em Dra Liana a vontade de quando voltassem para Recife, pudessem fazer algo ainda maior, para ajudar colegas médicos que desejassem se especializar em oftalmologia, criando um Curso de Especialização oficializado através do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Foi aprovada para uma bolsa de estudos Já que na ocasião, Pernambuco, apesar a fim de se especializar em cardiologia de contar com duas universidades O grande diferencial é a em Londres, entretanto, logo a seguir com curso de Medicina (universidade inovação que nós sempre conheceu Dr. Marcelo ventura, já formado Federal de Pernambuco e universidade buscamos trazer para e que atuando na oftalmologia, a convidou Estadual de Pernambuco), não oferecia para instrumentá-lo nas cirurgias. “Quando curso de residência ou especialização em Recife, com equipamentos comecei a estudar sobre a visão, e a ajudáoftalmologia, e os médicos tinham que e procedimentos lançados lo, nas cirurgias, pude observar que o se deslocar para a região Sudeste do País no mundo, bem como a olho humano, embora tão pequeno e para os grandes centros, em busca de se humanização do serviço” delicado em suas estruturas, através de especializarem nesta área. Aliás, o número procedimentos de micro cirurgia, ou outras de oftalmologias era muito reduzido em condutas clínicas, apresentava resposta de recuperação visual tão Pernambuco. “Fomos estagiar no Bascom Palmer Eye institute, significante, mudando a qualidade de vida das pessoas de forma considerado o centro de oftalmologia número um do mundo e o acentuada. Foi aí que me apaixonei pela oftalmologia e pelo diretor (Dr. Edward Norton), nos fez uma doação de mais de dois oftalmologista, o qual se tornou meu esposo em 5 meses e meio”, mil slides e vídeos, da coleção oficial deste renomado instituto, relata a médica. Dois anos depois, tiveram sua primeira filha e tudo isto para concretizar nosso sonho de implantar um serviço logo veio um grande desafio: Dr. Marcelo recebeu uma bolsa especializado com finalidades de ensino, pesquisa e assistência a para fazer as subespecialidades de catarata e retina nos Estados saúde ocular da população. Em 1986 nascia a Fundação Altino unidos e aí, quem ficaria cuidando da doce e pequena Bruna? ventura, “um ano após a nossa volta dos Estados unidos. O Os avós maternos imediatamente se prontificaram a assumir grande exemplo de voluntariado foi herdado através do meu completamente esta missão, e Bruna teve todos os cuidados e sogro Dr. Altino ventura, que ao lado de seu sócio, Dr. inácio mimos que uma primeira neta tão querida poderia ter. Fato que Cavalcanti, dedicavam duas tardes por semana para atender a permitiu que Dra Liana fizesse em Porto Rico o Curso de Ciências população de baixa renda, na Clínica de Olhos Altino ventura,
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Foto Armando Artoni
CAPA | ANTONIO LAVAREDA
CAPA LIANA VENTURA
um serviço privado. Aquele exemplo precisava ser multiplicado”, explica. A criação do Curso de Especialização em Oftalmologia da Fundação Altino Ventura, que foi credenciado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia e formava inicialmente dois médicos especialistas por ano, foi sendo ampliado progressivamente viabilizando oportunidades educionais para jovens médicos. Posteriormente a Fundação criou e credenciou também, o Curso de Residência Médica em Oftalmologia, através do Ministério da Educação e Cultura (MEC), e o Curso de Extensão (Fellow). Todos estes cursos, ao longo de 29 anos de existência já formaram 404 oftalmologistas, do Brasil, América Latina e Angola. A Fundação Altino Ventura, é 100% filantrópica (atuando através do Sistema Único de Saúde – SUS), representando um importante centro de referência no segmento, atendendo pacientes de Pernambuco e diversos estados do Norte e Nordeste do Brasil. O serviço conta com 71 oftalmologistas no seu quadro de docentes e staffs, 26 terapeutas multiprofissionais, além de 461 colaboradores. Realiza em média por mês, 37.700 consultas e 2.250 cirurgias oftalmológicas. Quebrou vários paradigmas
na região, entre eles a interiorização da oftalmologia, através da oferta de serviço especializado em unidades avançadas de atendimento (Arcoverde, Salgueiro e Jaboatão dos Guararapes), e utilizando unidades móveis clínicas e cirúrgicas que levam o especialista e equipamentos adequados, onde a população reside, em diversos municípios de Pernambuco. Em 2005, fundou o Centro Especializado em Reabilitação “Menina dos Olhos”, serviço habilitado pelo Ministério da Saúde, que conta com equipe multiprofissional, atendendo pacientes com deficiências visual, intelectual, física e auditiva, visando a inclusão familiar, escolar e social do indivíduo. Este Centro conta com parcerias de Universidades Nacionais e apoio internacional, para funcionar como serviço capacitador de 11 núcleos de deficiência visual de estados do Norte e Nordeste do Brasil. Falar da Fundação e de todo o trabalho que tem em prol do ensino, pesquisa e assistência à saúde visual e múltiplas deficiências da população de baixa renda, é falar do verdadeiro sentido da palavra dedicação. Quando o ofício da medicina começou de fato a se desenvolver em sua vida, na mente de Dra Liana movia uma força que a instigava pelo que poderia fazer para ajudar o próximo a ter uma vida mais digna. Em poucos gestos e em poucos olhares, marejados em alguns momentos desta entrevista, isso é muito claro em sua vida. O êxito da entidade é resultado disso, de um esforço contínuo de solidariedade e um grande trabalho de equipe junto a seus pares. “O grande diferencial é a dedicação, inovação e compromisso social. Procuramos ampliar a oferta de serviço especializado a população, sempre aliados a capacitação de médicos, utilizando parâmetros legitimados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o MEC e a Organização Mundial de Saúde. Tudo isto, só foi possível graças às parcerias alcançadas nacionais e internacionais, que através de doações nos possibilitam oferecer a população o que há de melhor em tecnologia, protocolos científicos adotados e uma equipe comprometida e dedicada, que oferece a população
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Foto Armando Artoni
acolhimento e acima de tudo resolução de seus problemas visuais, e de múltiplas deficiências, em um ambiente humanizado”. Graças ao apoio de uma ONG Alemã – Christian Blind Mission (CBM), ao Governo Alemão, ao Lions da Alemanha MD 111 e a rede de televisão Alemã – RTL, e aos parceiros nacionais, a Fundação Altino Ventura construiu as novas instalações do Centro Especializado em Reabilitação “Menina dos Olhos” no módulo I da sua sede própria, no bairro da Iputinga, em Recife. Este serviço é referência em múltiplas deficiências (visual, intelectual, auditiva e física). Atua na reabilitação e habilitação dos pacientes, oferecendo diversas atividades a estes e a seus familiares/cuidadores, assim como capacitando profissionais através de simpósios, workshops, estágios. “O paciente é atendido em um mesmo local, de forma global, por uma equipe multiprofissional (médicos, enfermagem e terapeutas), com metodologia e conduta adequada e personalizada de acordo com a faixa etária e necessidade do mesmo. Quando me deparo com uma porta fechada, olho para o paciente e renovo minhas forças, lembrando que o paciente é a “Menina dos nossos olhos”, ou seja, nele estão voltadas o centro de nossa atenção, e junto da minha equipe não posso desanimar diante de uma porta fechada, respiro fundo, prossigo na missão, pois sei que não estou só nesta causa. O que as pessoas necessitam, é não apenas de melhor visão física, mais de pessoas que as escutem, e valorizem seu problema e sua vida. Sinceramente, às vezes o que falta no ser humano é se colocar no lugar do outro, ter boa vontade e atitude em prol do próximo ”. A Fundação já deixou um importante legado para Pernambuco e o Brasil tem tido um reconhecimento nacional e internacional, porém entende que ainda existe um longo caminho pela frente, com muita necessidade de ampliar suas ações para favorecer
o acesso ao serviço especializado dos mais necessitados. Para isto, está buscando parceiros para construção do módulo II, de sua sede, onde funcionára a emergência otalmolológica, centro cirúrgico, centro de ensino e pesquisa, e outros serviços que permitirão dobrar sua capacidade instalada atual. Na sua história é impossível também não falar da importância em sua vida como sócia-fundadora do HOPE- Hospital de Olhos de Pernambuco. Este serviço que, nascido fruto da experiência dos sócios e após terem sido feitas várias visitas a hospitais americanos e de outros países, foi idealizado com conceitos de modernidade, inovação, praticidade e eficiência na área, tem sido um marco no pólo médico de Pernambuco. O hospital serviu de benchmarking para vários outros serviços de outras cidades brasileiras e fora do País. No HOPE, serviço credenciado pela ONA, Dra. Liana exerce a oftalmologia privada, que ao lado de uma equipe de profissionais exemplares, utilizando uma tecnologia de ponta, oferece ao paciente o que há de melhor, evitando a necessidade de seu deslocamento para outros centros em busca da solução de seus problemas visuais. “Eu poderia exemplificar meu lema de vida através da palavra ACREDITAR. Eu acredito em Deus e que Ele tem um plano maior e melhor para minha vida, eu acredito no ser humano, e no seu valor e potencial e acredito no amor, porque o vivo diariamente através da minha família, amigos e no amor que sinto no meu coração em exercê-lo ao próximo através do meu trabalho. Sendo assim, diariamente me levanto e prossigo sempre com esta pergunta em minha mente: Afinal, quanto vale uma visão?”
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Talentos da arquitetura pernambucana
Danielle Paes Barreto, Bruna Lobo e Soraya Carneiro LeĂŁo
LĂvia Paschoal e Guilherme Dias
tALENtOS DA ARqUitEtURA PERNAMbUCANA
TERRA MAGAZINE - Quando vocês perceberam que a arquitetura faria parte de suas vidas?
Danielle Paes Barreto, Bruna Lobo e Soraya Carneiro Leão
ArqMULT O importante agora não é mais ser apenas um escritório de arquitetura. O que vale agora é você oferecer algo a mais para esse cliente por Ana Paula Bernardes
T
rês jovens de gerações vizinhas, que se encontram para dividir o mesmo escritório. Este poderia ser um resumo rápido do nascedouro do escritório ArqMuLTi , comandado por Soraya Carneiro Leão, Danielle Paes Barreto e Bruna Lobo e que hoje possui, além das três sócias, 7 arquitetos colaboradores, 7 estagiários e 2 pessoas na administração. E um detalhe: todas mulheres. Focado em arquitetura de forma geral, com forte em interiores, a casa já exibe um portfólio amplo de projetos, muitos deles premiados.
Soraya- Meu caso é um pouco atípico. Eu coloquei medicina e arquitetura no vestibular. Passei na Fesp na segunda entrada na primeira opção e em arquitetura na Federal. Não era fácil decidir, mas optei por arquitetura. Era no fundo o que eu sempre tinha gostado. Engraçado que a arquitetura tem uma coisa diferente de outros cursos. você vê as turmas lotadas no início, como foi a minha, com 50 alunos, onde apenas 12 se formaram e poucos atuam. O primeiro período foi um pouco confuso, mas depois do segundo período, sabia que era aquilo que queria para minha vida. Daniele- No meu caso, desde os 10 anos de idade eu queria ser arquiteta. Não havia possibilidade de ser outra coisa. Às vezes vejo tanto adolescente preocupado com o que fazer. Graças a Deus eu nunca tive isso! Fiz Direito, mas nem cursei, deixei para lá porque realmente eu sabia o que queria. Lembro que quando mais nova, fiz uma viagem para o Paraguai e não comprei nada para mim, a não ser um estojo com compasso, régua e transferidor. Claro que nunca usei na minha vida, pois quando cheguei na Federal, já era tudo no computador, mas eu tenho até hoje este estojo. Bruna- Sempre quis ser arquiteta e não precisei de referência familiar. Terra- O que é mais desafiador na hora de projetar? Bruna- um dos maiores desafios que enfrentamos em nossa profissão eu diria que é a dificuldade de mão de obra para executar o que projetamos. A gente usa de nosso profissionalismo, faz tudo bem pensado, pesquisado, desenvolve o projeto e na hora da mão de obra entrar em campo, nos deparamos com inúmeros atrapalhos. E muitas vezes é isso que gera a insatisfação do cliente com a postura desse profissional.
Soraya- É verdade. Tem que existir essa transição harmônica entre o projeto e quem o executa.
Terra-O crescimento do mercado imobiliário agregou outros valores ao desenvolvimento dos projetos?
Danielle- Eu acho que é poder firmar o nosso trabalho no mercado. As pessoas já estão buscando arquitetos, mas é um esforço feito dia a dia que está mostrando que é necessário e que nosso trabalho não é algo fútil e que precisa na obra para dar funcionalidade e muitos detalhes a mais. Querendo ou não, o que mais existe é a visão das pessoas que consideram arquiteto um profissional muito caro. Mas eu diria que não é mais algo só de rico. O trabalho do arquiteto é bem mais do que um desenho no papel. A arquitetura é válida até para você economizar na sua obra, criando uma situação adequada. É um desafio, mas que, quando se tem amor naquilo que se faz, que se gosta e ao final conseguimos olhar uma cliente radiante, é o que dá o gás ao nosso trabalho.
Soraya- Trabalhamos muito nesta época e conseguimos conquistar o máximo que a gente pôde. Agora mesmo os investimentos são diferentes. Os clientes vão continuar a querer projetos, mas agora querem de uma forma mais enxuta.
Terra - Qual o maior sonho profissional de cada? Soraya- Eu queria continuar trabalhando como estamos, mas conquistando mais e mais desafios. Fazer projetos maiores e poder trazer com eles sempre alguma coisa boa para a sociedade, trabalhando sempre em prol de outras pessoas. Hoje a gente tem essa consciência de que nosso trabalho ajudou outros profissionais que, graças a essa parceria, conseguiram se profissionalizar melhor. Eu comecei com alguns pedreiros e marceneiros que lá atrás não eram nem tão organizados e também cresceram junto com a gente. Isso é muito gratificante. Saber que aquilo que faz emoscontribui de alguma forma para a sociedade. Realmente quero conseguir mais projetos para poder passar essa sensibilidade.
Bruna- Eu diria que não acabou ainda. Todos os esritórios estão buscando algum tipo de diferencial que faça valer a pena. Eu diria que talvez mude o tipo de perfil de cliente. Quem é esse cliente que vai continuar por aqui e que precisa de arquitetura? A arquitetura comercial por exemplo, tem que existir. Isso é uma coisa que ficou. Danielle- Verdade. Agora é que a gente tem que começar a ver como podemos reverter e tirar proveito. Porque conseguimos muitos clientes com esse boom, agora precisamos manter os nossos clientes e começar a atrair novos através desses que conseguimos conquistar e fidelizar. Que tipo de tratamento e mão de obra a gente pode oferecer para eles para sermos um diferencial. O importante agora não é mais ser um escritório de arquitetura. O importante agora é você oferecer algo a mais para esse cliente. Não só um projeto, mas a dedicação e o cuidado para finalizar a obra corretamente. Então é isso que temos que mostrar. A gente sabe que pode diminuir a quantidade de cliente. Talvez sim. Mas talvez não. Terra - Como a diversidade dos produtos da A.Carneiro Home pode somar ao trabalho deste trio?
Bruna- Eu vou dar uma resumida. Quero que o escritório da gente cresça, seja muito reconhecido, tanto pelo bom trabalho e pela satisfação dos clientes, como pela preocupação ambiental. Quero que nossa equipe seja muito mais crítica diante do trabalho que desempenha aqui no escritório, bem como esteja sempre satisfeita e cresça junto com a gente.
Soraya- Agregam muito. Já trabalhamos com os produtos da área corporativa, mas também tecidos, almofadas.
Danielle- Transformar o sonho dos nossos clientes em realidade, da maneira mais correta, profissional, coerente e com amor. Cada projeto para a gente é único, como um filho. É uma delícia pesquisar e colocar aquilo em prática.
Serviço: Av. Domingos Ferreira, 222- Boa Viagem - Recife - PE Fone: (81) 3326-0660
Bruna- Nos dias de hoje encontrar tudo num só lugar faz toda a diferença. Muitas vezes conseguimos fechar todas as nossas necessidades. É sempre um benefício para o cliente.
tALENtOS DA ARqUitEtURA PERNAMbUCANA
Guilherme Dias e Lívia Paschoal
Dipstudio Arquitetura Somos embrionários ainda, porém sonhamos em conseguir realizar mais e mais projetos.” por Ana Paula Bernardes
uma dupla que foi unida graças à arquitetura. Guilherme Aragão Dias, que iniciou sua carreira trabalhando com o irmão mais velho, ainda na faculdade conheceu Lívia Paschoal que por sua vez, com a experiência adquirida como estagiária da dupla, depois de formada tornou-se sócia do escritório que atualmente é comandado unicamente pelo casal. Juntos eles desenvolvem projetos na área de interiores, construção civil e gerenciamento de obras. TERRA-Quando vocês perceberam que a arquitetura faria parte de suas vidas?
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Guilherme- Tive como referências minha mãe, Raquel Aragão e meu irmão mais velho, Cristiano Aragão. No caso do meu irmão, como temos 10 anos de diferença de idade, ainda criança, eu olhava os desenhos dele, os livros, rabiscava , mexia ali e sabia que queria aquilo para minha vida. Quis fazer inicialmente desenho industrial, mas foi ele quem me incentivou a fazer arquitetura. Lembro que as grandes obras de concreto me chamavam atenção e isso também deu um norte inicial ao meu trabalho. Lívia- Primeiro comecei a cursar Moda lá em Fortaleza, mas não finalizei. Depois voltei para Recife e fui fazer Arquitetura e me encantei com o curso logo no início. Mas diferente de Guilherme, não tenho referências familiares. TERRA- O que é mais desafiador na hora de projetar? Lívia- Sem dúvida é atender a expectativa do cliente. Conseguir, de maneira objetiva, entender o que ele quer e poder transformar isto em ação. Guilherme- O cliente muitas vezes não tem referências ou as que ele tem não podem ser utilizadas da maneira que ele está pensando. Temos que decifrar isso com clareza e conduzir da melhor forma este processo. Tudo isto é desafiador para o nosso trabalho. TERRA- Qual o maior sonho profissional de cada? Lívia- Somos embrionários ainda. Sonhamos em conseguir realizar mais e mais projetos, atingir um determinado público-alvo e conquistar espaço no nosso segmento. Recentemente adquirimos uma sede própria e isso também foi um sonho que realizamos.
TERRA- O crescimento do mercado imobiliário agregou outros valores ao desenvolvimento dos projetos? Guilherme- Acho que tiramos uma grande lição que foi a sazonalidade. Tivemos projetos de adequação para construtoras e isso é algo que vai sempre existir, independente de boom de mercado ou não. Com a mudança do mercado, acredito que a arquitetura possa trabalhar agora frentes diferentes e públicos diferentes. TERRA- Como a diversidade dos produtos da A.Carneiro Home pode somar ao trabalho deste trio? Guilherme- Utilizamos pisos da A.Carneiro em nossos projetos corporativos. Eliminamos a questão dos transtornos das obras e conseguimos praticidade encontrando tudo num só lugar. Lívia- Na área de interiores utilizamos tecidos, almofadas e papéis de parede e realmente encontrar tudo num só lugar, facilita demais nosso trabalho.
Serviço: Dipstudio Arquitetura Av. República do Líbano, 251- Rio Mar Trade Center- Torre A sala 2913- Pina - Recife | PE 81 96158797 www.dipstudioarq.com.br
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especial ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO
fotos divulgação
Vila dos Corais um novo estilo de moradia em Pernambuco
por Redação Terra
O
condomínio Vila dos Corais, segundo residencial da Reserva do Paiva, consolidou um inovador estilo de vida, resgatando o convívio com a natureza, sem abrir mão da sofisticação e do conforto de um bairro planejado. Sua infraestrutura completa de lazer e a valorização dos cenários naturais, com espaços generosos e amplas áreas verdes entre as edificações à beira mar, permitindo, sobretudo, privacidade, mostram que o residencial é muito mais que um novo endereço. Localizado numa área de aproximadamente 60 mil m², com 345 metros de frente de praia em trecho privilegiado da Praia do Paiva e protegido por arrecifes de corais que inspiram o seu nome. O cenário paradisíaco está a apenas 15km do Aeroporto Internacional dos Guararapes e a 12km do Complexo Industrial e Portuário de Suape. Suas características são vivenciadas no conforto dos amplos apartamentos. As 132 unidades estão dispostas em seis torres com vista dupla para o mar e para o verde da Reserva Ecológica do Camaçari. As torres possuem apenas sete pavimentos, prezando pela horizontalidade e deixando a paisagem ao alcance da visão. O padrão das construções da Reserva do Paiva determina uma ocupação do solo de forma planejada, preservando os espaços livres e urbanisticamente integrados. Os estacionamentos no subsolo conferem ainda mais privacidade e conforto aos
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moradores, ao evitar o cruzamento com as vias de pedestres e áreas de lazer. Seguros e repletos de verde, os espaços comuns abrigam uma completa infraestrutura de lazer, que compreende ciclovia, pista de cooper, 600m² de piscinas, clubes de praia, gazebos, parques infantis, quadras poliesportivas, entre outros. O clube do condomínio ainda possui salão de festas para 250 pessoas, equipado com cozinha industrial, sala de jogos, academia de ginástica com equipamentos de ponta, boate com som e iluminação de última geração, sala de cinema premium mobiliada com poltronas confortáveis, onde os filmes são exibidos em BlueRay e sistema de som surrond. Toda esta estrutura foi entregue completa e funcionando junto com os apartamentos, um compromisso da Odebrecht Realizações Imobiliárias. Casa ou apartamento? Com um projeto inovador, os apartamentos do Vila dos Corais foram concebidos para abrigar famílias que prezam pelo conforto, pela privacidade e querem viver em harmonia com a beleza simples da natureza. O projeto do empreendimento ofereceu plantas diferenciadas. Foram cinco opções com áreas entre 238m² e 503m², incluindo duas novidades que foram sucesso de vendas, os apartamentos jardim e as coberturas lineares.
As 24 unidades na categoria Jardim valorizaram as unidades térreas com um projeto que une o conforto de uma casa à praticidade de um apartamento. São apartamentos térreos duplex, com um plano semienterrado, onde se localizam as garagens privativas, área e quartos de serviços, além de depósito, e um acima desse, onde ficam as áreas sociais e íntimas, um jardim privativo com varanda gourmet, decks e piscina privativa. Diferente dos modelos vigentes de cobertura no mercado, com dois andares, as coberturas lineares possuem um único plano, equivalente à área de dois apartamentos. São 12 coberturas, cada uma com 503m², onde estão dispostos terraços, varandas, piscina, salas, áreas íntimas e de serviço. Além destes modelos, o Vila dos Corais apresenta 96 apartamentos panorâmicos com projetos diferenciados. Todas as unidades têm duas varandas gourmet, uma voltada para a praia, integrada à sala, e outra para a mata, associada à cozinha. Além de ampliar os espaços de convivência, as varandas privilegiam a ventilação cruzada e a iluminação natural. O amplo apartamento traz quatro suítes, salas para três ambientes e quatro vagas de garagem. A entrega do Vila dos Corais consolidou a Reserva do Paiva como opção de primeira residência e fortaleceu a infraestrutura do bairro planejado, que já conta com telecomunicações e internet banda larga, segurança 24 horas implantada pela empresa israelense Haganá, linha de ônibus regular com integração em Barra de Jangada, coleta seletiva e a governança da Associação Geral da Reserva do Paiva, um modelo inovador de gestão de bairro. Um bairro mais completo a cada dia A Reserva do Paiva já se consagra como um bairro pronto para morar. Além de residenciais, empresarial, hotel, empório gourmet
e parques públicos e em breve, escola. A Reserva do Paiva já conta com mais de 1.500 clientes, parte já residindo no bairro. São 12 empreendimentos lançados, a metade deles entregue e em funcionamento, sendo três residenciais que somam 422 unidades, um hotel cinco estrelas com a maior estrutura para convenções do Nordeste, operado pela rede Starwood com a reconhecida bandeira Sheraton, um Empório Gourmet com 13 operações, ente elas o restaurante Beijupirá, Carmen delicatessen, Koni Mix, Caffé Trieste, além de Dantas Boutique de Carnes, Pé de Suco, Tortteria e Empório do Açaí. Soma-se à estrutura, um moderno complexo multiuso com open mall integrado, o Novo Mundo Empresarial, que dispõe de seis torres empresariais e oferta 1118 salas. Ao lado dos empresariais e hotel, um parque com 4,6 hectares e uma lagoa com 24 mil metros quadrados de espelho d´água, equipados com ampla infraestrutura de lazer para toda a família, já se encontra em funcionamento e recebendo moradores e visitantes do bairro. O Parque da Lagoa é o primeiro dos parques a ser entregue. O segundo, o Parque do Paiva, será entregue no segundo semestre.
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especial ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO
universo dos condomínios Elísio Correia, Presidente do Secovi-PE, fala sobre serviços e benefícios do Sindicato.
por Luiza Tiné
I
magine um grupo de pessoas reunidas em prol de uma causa ou da resolução de um problema, sempre com um líder representativo de frente que busca o bem geral de todos os membros. Uma agremiação fundada para a comum defesa dos interesses das pessoas que a aderiram. Esta pode ser uma das mais claras para a definição de o que é um sindicato. Divididos em diversas vertentes voltadas para as classes de bancários, jornalistas, médicos, comerciários, contabilistas, entre tantas outras, o movimento sindical no Brasil já existe de longa data com o objetivo de estar ao lado do trabalhador, garantindo os seus direitos e lutando pela negociação coletiva.
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Muita gente sabe que o leque de opções em se tratando de sindicatos é grande, mas poucos têm o conhecimento de que no Brasil existe um deles responsável apenas pelos condomínios, sejam eles residenciais, empresarias ou comercais. Trata-se do Secovi, que detém sedes em diversas capitais do país e o Recife é uma delas. Localizado na Rua Ernesto de Paula Santos, número 960, loja 03, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da cidade, o SecoviPE foi fundado no ano de 1990 e desde então, vem sendo o único representante legal dos condomínios e seus administradores, assim como administradoras de imóveis e imobiliárias no estado de Pernambuco.
Uma vez que associados ao Secovi, os membros têm acesso ilimitado a estes serviços pagando apenas uma taxa de R$60 por mês. Atualmente, entre o Recife e Região Metropolitana, existem aproximadamente 10 mil condomínios e empresas associadas ao sindicato – que tem a pretensão de cada vez mais expandir este número para que mais serviços sejam prestados. No estado de Pernambuco como um todo, envolvendo cidades como Caruaru, Gravatá e Petrolina, o número cresce para cerca de 12 mil. Capitaneado pelo presidente Elísio Correia da Cruz Júnior, o SecoviPE trabalha de maneira mais profissional possível, buscando sempre a aproximação com os associados para discutir as necessidades de cada um e juntos, buscarem soluções inovadoras e eficientes para qualquer que seja a demanda. Qualquer tipo de associado ,seja ele condômino ou administrador (síndico), pode procurar os serviços da instituição, que dispõe de uma vasta equipe espalhada nos departamentos Jurídico, Cobranças, Recursos Humanos, Universidade Corporativa e Câmara de Conciliação e Arbitragem. Terra Magazine: Um dos mais importantes projetos do SecoviPE é De Olho Na Rua, executado em parceria com o Governo do Estado e Secretaria de Defesa Social. Como funciona? Elísio Correia: O De Olho Na Rua é um serviço pioneiro do Secovi-PE que tem como maior objetivo promover a segurança dos condomínios e empresas associados ao sindicato. Através dele são distribuídos entre os porteiros rádios com comunicação direta com a polícia e Secretaria de Defesa Social de Pernambuco. Desta forma, qualquer infração na rua ou até mesmo dentro da propriedade, pode ser informada imediatamente. O custo para fazer parte do projeto é o de adesão e manutenção do rádio, que custa R$160, podendo ser dividido entre os condôminos. O De Olho Na Rua, inclusive, vem sendo inspiração para demais unidades do sindicato em outros estados. Terra: Qual o procedimento para se tornar um associado do Secovi-PE e qual é o custo mensal? Elísio: Os interessados em fazer parte do sindicato devem acessar o site (www.secovi-pe.com.br) para fazer o download do documento com as propostas associativas de condomínios e de empresas. É preciso preencher um cadastro de identificação e anexar cópias do CNPJ, ata que elegeu o síndico, assim como seus RG e CPF. As contribuições são de R$60 no plano mensal, R$179,32 no plano anual e uma taxa assistencial de R$110 anuais (em exercício desde 2014). O processo pode ser feito também pessoalmente na sede do Secovi-PE. Terra: O Departamento Jurídico é, sem dúvidas, um dos mais procurados diariamente no Secovi-PE. Como o órgão funciona e quais as suas funções? Elísio: O Departamento Jurídico do Secovi é um dos mais antigos e mais requisitados seja por condôminos, funcionários ou síndicos diariamente. Lá são resolvidas questões e dúvidas condominiais do dia a dia diretamente com um profissional de advocacia, seja pessoalmente (por ordem de chegada ou com horário agendado), por email, telefone ou fax, buscando a versatilidade e agilidade no atendimento. O departamento registra cerca de trezentos atendimentos mensais com temas relacionados a assuntos como convenções, assembleias, responsabilidade civil e direitos trabalhistas.
Terra: O Secovi-PE também criou um órgão chamado 1ª Câmara de Conciliação e Arbitragem de Pernambuco (CCA-PE). Qual a sua finalidade? Elísio: A CCA-PE tem seu trabalho ligado ao Departamento Jurídico, sendo apta a promover a conciliação e resolução de conflitos através do método da arbitragem. A arbitragem é um meio alternativo para a solução dos problemas feita por um grupo treinado, responsável pela administração dos processos e suporte técnico aos árbitros, que são profissionais da área jurídica e proferem as decisões finais, muitas vezes, sem a necessidade de recurso ou entrada, de fato, na Justiça. Tanto pessoas físicas como jurídicas podem submeter seus conflitos à câmara, onde será avaliado por um baixo custo, com total sigilo e num prazo de apenas 60 dias. Terra: Inadimplência, sem dúvida, é um problema recorrente no universo dos condomínios. Como o Secovi-PE lida com este tipo de demanda? Elísio: Existe no sindicato o Departamento de Cobranças, implementado em 2008, que também trabalha junto com o Jurídico e a 1ª CCA-PE. Lá são resolvidas demandas que envolvam inadimplência e cobrança de taxas condominiais com apoio jurídico gratuito. O serviço nada mais é que a possibilidade de cobrança através de ações feitas após o cadastramento prévio, onde cada condomínio credor poderá apresentar a relação de inadimplentes para que medidas sejam tomadas. Terra: Em 2010, o sindicato criou a Universidade Corporativa Secovi-PE (UNISECOVIPE). Quais os serviços oferecidos pelo departamento? Elísio: A criação da UNISECOVIPE foi um dos nossos maiores destaques. Através dela são oferecidos aos profissionais como porteiros, zeladores, síndicos, entre outros, cursos e palestras presenciais e à distância. Entre os cursos oferecidos, encontram-se Técnicas de Limpeza Profissional, Soluções Práticas Para Problemas Hidráulicos, Básico Tratamento de Piscina, Melhoria da Qualidade no Atendimento em Portaria, Segurança Patrimonial, Fala Síndico, Prevenção e Combates a Princípios de Incêndio e Primeiros Socorros, Programa de Manutenção Preventiva, Soluções Para Problemas Elétricos, entre tantos outros. A lista completa pode ser encontrada no site do Secovi-PE (www.secovi-pe.com.br). Terra: Qual a função da área de Recursos Humanos do SecoviPE e qual a sua contribuição para os condomínios e empresas associadas? Elísio: O departamento de Recursos Humanos do Secovi-PE também é um dos grandes diferenciais da instituição que contribui para o bom funcionamento dos condomínios em todo o Estado. Através da análise dos currículos que são enviados à sede, são realizados recrutamentos e seleções, entrevistas, aplicação de testes psicológicos e avaliações no período de experiência e para promoção de cargos. Desta forma, as empresas e condomínios que procuram funcionários com perfis adequados às funções requisitadas, podem solicitar a ajuda do departamento na hora de selecionar seus profissionais.
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especial ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO
Uma questão de foco
Taperoá Construções e Marca Engenharia, duas empresas genuinamente pernambucanas, que trabalham para grandes marcas em todo o território nacional. Por Luíza Tiné
A
construção civil é um termo que engloba a reforma e confecção de diversos tipos de obras como casas, edifícios residenciais e empresariais, barragens, pontes, aeroportos, estradas, túneis, viaduto, entre outros tipos de infraestruturas, onde participam profissionais de Engenharia Civil, Arquitetura e técnicos de outras disciplinas. E dentro da construção civil existe um universo vasto em se tratando da criação e reforma de empreendimentos comerciais. Empresas pernambucanas vêm se destacando neste ramo em vários estados do Brasil, seja pela qualidade de seus serviços, compromisso com os clientes e cumprimento dos prazos.
Centauro, C&A e restaurantes Outback, além de mais de 50 lojas construídas espalhadas pelos shoppings do Recife e obras em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Bahia e Belo Horizonte.
A Taperoá Construção, de José Cyrino Neto, que tem sua expertise em lojas de varejo, é um exemplo deste outro segmento da construção civil que já está em atividade há mais de 20 anos e carrega em seu portfólio o levantamento e reforma de estabelecimentos como Lojas Renner, Americanas,
Anualmente a empresa executa cerca de 40 obras em todo o País, incluindo as de grande porte e as chamadas obras-satélites, construções menores de casas de praia e campo ou reforma de clínicas, laboratórios, academias, escritórios e salões de beleza. Cyrino conta que no Nordeste, a Taperoá já pode ser considerada como a mais forte tecnicamente e isso se deve ao respeito pelo cliente e o compromisso de entregar a obra no prazo. “Como a nossa maior experiência é com lojas de shopping, entendemos que existe uma data de inauguração e demais fatores que exigem que sejamos pontuais. Prezamos por isso, e o resultado, é que empresários e donos de estabelecimentos nos indicam para próximos trabalhos pelo Brasil. Nossa grande ferramenta
José Cyrino Neto
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Formado em Engenharia Civil e detentor do cargo de Diretor Técnico, Cyrino criou a Taperoá para firmar sua carreira solo após trabalhar em outras construtoras e se especializar em estruturas, acabamento, orçamento e incorporação. Apesar de o nome da empresa ser o mesmo de uma cidade no interior da Paraíba, a Taperoá é pernambucana e familiar, uma vez que nela também trabalham os dois filhos, esposa, nora, irmão e sobrinhos.
de marketing é o boca a boca”, afirma. Um exemplo da força do nome da construtora fora de Pernambuco é na construção dos restaurantes Outback pelo Brasil, onde só existem quatro empresas escolhidas para construção e reformas e a Taperoá é uma delas.
demais trabalhos nas regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste e Sudeste. A história da empresa, no entanto, é marcada por uma tragédia acontecida em julho de 2011 com o acidente do avião da Noar, que caiu na Avenida Boa Viagem, vitimando o sócio de João Eduardo, Marcelo Campelo.
Ainda no quesito construtoras pernambucanas que fazem sucesso fora do Estado, outro nome de grande porte é a Marca Engenharia. Fundada pelos engenheiros civis João Eduardo Marinho e Marcelo Campelo no ano 2000, a empresa é considerada uma das maiores no segmento da construção de concessionárias. Com obras construídas em estados como Maranhão, Ceará, São Paulo, Distrito Federal, Paraíba, Amazonas e Pará, a Marca carrega em seu portfólio cerca de 45 concessionárias como Jeep, Mercedez, Dafonte, Ford, Toyota, Pedragon, Dafra e Hyundai.
Com a morte de Campelo, o mercado veio a se questionar como a situação da Marca iria ficar, já que ele era o sócio-administrador. Porém João Eduardo não deixou a peteca cair. A credibilidade da empresa foi mantida porque ele buscou a ajuda de consultorias e a melhoria contínua dos serviços. Continuar não foi fácil, mas o legado deixado por Marcelo Campelo durante os anos em que esteve em atividade são, sem dúvida, fator contribuinte para o sucesso.
As atividades da construtora iniciaram com a construção de usinas de cana de açúcar na época em que o Brasil corria o risco do chamado “apagão”, em meados de 2002. Após a experiência trabalhando com energias alternativas, o negócio foi se expandindo para a construção de fábricas, residências e hotéis de luxo, até que em 2006 surgiu a oportunidade de construir a primeira concessionária no Recife: a Toyota da Imbiribeira. A obra foi bem sucedida, agradando o cliente principalmente por terminar no tempo previsto, o que acabou por tornar a Marca uma empresa com expertise voltada para este tipo de construção. O desafio de sair de Pernambuco veio em 2008, quando foram contratados para uma obra em São Luís do Maranhão. De lá, foi dado o pontapé inicial para os
João Eduardo pontua, que assim como a Taperoá, o diferencial da Marca é o compromisso com o cliente e o cumprimento das construções no prazo determinado. “Nós temos uma equipe de monitoramento de prazo e tudo é acertado com o cliente através de contrato. Hoje, devido à esta organização, produzimos anualmente cerca de 10 obras de grande porte no tempo previsto” ,relata. Além da equipe citada, existe um grande staff por trás de toda obra desempenhada, somando um total de cerca de 300 funcionários trabalhando diretamente. Ainda que no ramo da construção civil, segmento com crescimento expressivo nos últimos anos, não se pode negar que o país está em crise e que clientes e empresas acabam sendo afetados de alguma forma. A visão de Cyrino e João Eduardo com relação ao atual momento é de que o cenário está, sim, complicado em termos de capital e incorporação, mas que ambas as empresas, Taperoá e Marca, felizmente, atravessam momentos favoráveis. Ainda que, na opinião de ambos, o ano de 2015 seja tempo de agir com cautela, focar nos investimentos e na organização, é preciso não temer a crise. As duas construtoras pernambucanas têm sua clientela fiel, principalmente no Nordeste, e inclusive, com obras acertadas já para o segundo semestre deste ano. Quando o assunto é 2016, fazer planos para o futuro é algo incerto, mas, otimistas, acreditam que a situação, em termos de construção civil, irá sim, melhorar. É esperar para ver.
João Eduardo Marinho
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ESPECiAL ARQuItEtuRA E cONstRuÇÃO
Gesner Lins Especialista em Direito Cível e Contratual Sócio Fundador da Lins e Pinto
tAxA dE cORREtAGEm? O consumidor que assinou o contrato e efetivamente pagou pela taxa de corretagem de forma embutida ou não pode ingressar na Justiça, buscando a devolução desse montante. A Jurisprudência tem firmado entendimento no sentido de condenar a incorporadora na devolução do valor pago indevidamente, podendo ainda ser condenada na devolução em dobro, conforme preceitua o Art. 42 da Lei 8078/90 (Código de Defesa do Consumidor)
A
proliferação de novos empreendimentos e lançamentos imobiliários trouxe consigo diversas polêmicas a respeito dos abusos praticados pelas construtoras. Dentre eles a contratação do corretor e o pagamento dele merecem destaque, isso pois, as construtoras e imobiliárias estão repassando ao cliente o valor da taxa de intermediação. A abusividade se torna ainda maior quando o consumidor, interessado na aquisição de um imóvel na planta, dirige-se a um stand de vendas, normalmente implantado no local onde será edificado o empreendimento e lá se depara com uma estrutura que oferece todas as informações necessárias sobre o lançamento imobiliário, contando com maquetes e apartamentos decorados. Normalmente, o atendimento ao consumidor é feito por corretores de imóveis, pertencentes às empresas especializadas, contratadas pela construtora responsável pelo empreendimento. uma vez demonstrado o interesse na aquisição do imóvel, o consumidor recebe a informação referente ao valor do negócio. E esse valor total, na verdade corresponde ao valor do imóvel que se pretende adquirir mais o valor da comissão que é imposto ao adquirente como condição para aquisição do imóvel. A corretagem é a taxa paga ao intermediário da negociação, neste caso ao corretor. Ele é responsável pela negociação dos valores e apresentação do imóvel. Ele recebe sua remuneração após o fechamento do negócio. No entanto, é sabido que os corretores contratados para trabalharem nos stands são pagos pelas construtoras/incorporadoras. Logo, se o comprador do imóvel também pagar a taxa de corretagem, o pagamento estará sendo feito de forma duplicada, o que não faz sentido algum. Tal repasse é considerado indevido pelo judiciário, pois quando o consumidor vai diretamente à Construtora fazer a compra do imóvel e está contrata corretor, quem deve pagar pela corretagem é a Construtora. Muitas vezes o consumidor sequer é informado de que entre os pagamentos firmados estão os honorários do corretor e mesmo existindo a previsão em contrato no sentido de que o comprador arcará com os custos da corretagem, a pratica ainda será considerada ilegal, já que os interessados se dirigem aos stands achando que realizarão um negócio diretamente com as construtoras.
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No caso, não há liberdade de se negociar o valor da corretagem e sem o pagamento desta a proposta não é aceita. Ademais, é sabido que os corretores contratados para trabalharem nos stands são pagos pelas construtoras/incorporadoras. Logo, se o comprador do imóvel também pagar a taxa de corretagem, o pagamento estará sendo feito de forma duplicada, o que não faz sentido algum. A comissão paga deve estar incluída no custo do empreendimento. Caso contrário, trata-se de cobrança indevida, o que também é proibida pela legislação consumerista. No entanto, infelizmente, existem muitas construtoras desonestas que informam o valor do imóvel com a taxa de corretagem embutida e no momento da assinatura do contrato, coloca apenas o valor do imóvel, e não o real valor pago pelo comprador. Outras construtoras, ainda, cobram a taxa de corretagem sob a denominação de taxa Sati (Serviço de Assessoria Técnico-imobiliária), o que também não é correto. O Código de Defesa do Consumidor, lei nº 8.078/1990, determina que o consumidor deve pagar por serviços contratados por ele. O fornecedor não pode terceirizar o pagamento de algo que ele deveria arcar, como é o caso da taxa de corretagem. Caso o consumidor pague, a cobrança se encaixa como indevida e ele tem direito de receber o dobro do que foi pago com juros e correção monetária. O advogado Gesner Lins, do escritório Lins & Pinto Advogados Associados afirma que no caso do consumidor que se dirige até o stand de venda da construtora, nitidamente não contratou serviços de corretagem para auxiliá-lo na compra de imóvel, ele mesmo buscou a compra sozinho. Assim, a comissão de corretagem deve ser paga pela parte que contratou os serviços do corretor, ou seja, a incorporadora. A justiça brasileira entende que a partir do momento que a corretora monta o stand a mesma que deve assumir a responsabilidade pelos pagamentos de corretagem ao intermediário da venda. “A responsabilidade pelo pagamento dos serviços de corretagem é da construtora que não pode repassar esse ônus ao consumidor, sob pena de incorrer em prática abusiva e venda casada”, finaliza Gesner Lins. Por isso, é preciso ficar sempre atento e conferir o valor que foi pago com o valor escrito no contrato para não haver diferença.
SE A VIDA É FEITA DE OPORTUNIDADES, NÃO DEIXE ESSA PASSAR. No Terraço Laguna, a vida acontece de um outro jeito. Cercado de toda estrutura da Reserva do Paiva, o condomínio está localizado em frente ao Parque da Lagoa e também ao Empório Gourmet, um centro com opções de gastronomia e conveniência. Mais de 1.500 clientes já escolheram a Reserva do Paiva. E essa é a sua chance.
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TERRA MAGAZINE
ESPAÇO DESIGN PAULO AZUL
Design O mínimo é mais ou a explosão dos anos
por Paulo Azul
O
branco, o bege, os tons neutros ou os tons fortes: laranja, amarelo ou vermelho? Até mesmo o verde. É isto que Milão trouxe em sua edição 2015. Definitivamente a personalidade unida com o sonho de realização dos nossos clientes assume a importância neste mundo sem limites, onde procurase verdadeiramente acompanhar a explosão de criatividade, harmonia, ousadia e sofisticação. No caso do móvel composto, encontraremos ferro composto, vidro, pedras naturais e industrializadas como tendência. É este móvel que, na maioria das vezes no projeto, está com a responsabilidade de dar equilíbrio e harmonia ao espaço. Onde por sua vez, são verdadeiras caixas temáticas, imensas e grandiosas estantes que criam, neste universo, a divisão, a acústica e a sofisticação do ambiente. Tapetes sobre tapetes. Esta é uma outra tendência que o cliente irá vivenciar. Falo inclusive de listras sobre liso. No caso dos Persas junto com listrados e outros formatos de design, todos com alta personalidade nos espaços. Almofadas. Sejam pequenas, baguetes ou gigantescas, elas vão assumir nos projetos o papel de grandes vedetes no momento. Isso porque as grandes grifes da moda no mundo, como Fendi, Desigual, Roberto Cavalli, entre outras, entraram nas casas, numa mistura de personalidades, religiões, pluralidade de gostos e diversas culturas. Tudo é design e a moda endossa bem isto, já que ela não está unicamente na bolsa bacana ou no sapato maravilhoso, e sim, nos puxadores, nas poltronas, na mesa, nas cores, na tradução da energia, traduzindo cada individualidade e responsável pelo resultado final. Esta seria a explicação mais concreta do mínimo como sendo mais e daí voltamos no tempo e eis quem bate às nossas portas: os anos 80! O cliente vai encontrar a composição do verde natural em flores, plantas, o amor e o saudosismo que existem para lembrar que, na casa dos pais ou dos avós sempre tinha uma samambaia de destaque na varanda ou até mesmo nas estantes. Toda essa mistura e memória afetiva estão trazendo com muito vigor e personalidade aos estofados estampados sem o medo de errar, sabendo, que vai ser projetado ali para seu lar a tradução da sua personalidade.
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80?
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LANÇAMENTO DA 33ª EDIÇÃO TERRA MAGAZINE
festa de lançaMento da 33ª edição vários nomes da sociedade pernambucana marcaram presença no lançamento da 33ª edição da Terra Magazine que teve Felipe Carreras na capa. O evento aconteceu na concessionária Rota Premium e contou ainda com pocket show da cantora Cristina Amaral, som do Dj Caverna, buffet impecável do Arcádia e whisky Grant´s 12 anos. A decoração foi assinada pelo designer Paulo Azul e móveis da villa Naro. iZabelle rino, felipe carreras e claudio barreto
iuri e claudia leite
antonio augusto pimentel e jose ranulfo queiroz
helder Marcelino, felipe carreras e guido stutz y
silvio menezes, jorge moraes e jorge pinho
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cezzinha e cristina amaral
Madalena souza e paulo albuquerque
paula, roberta e Martha queiroz
taciana carulla
eduardo henrique e katia peixoto
flávia torres, joão coscardo e dorinha
paulo camelo e silvana salazar
fernanda mossumez thais sulzbach e carmo barreto
ivo queiroz e cristiane couto
Marília Martins, jorge cury, luciano lima e ana lúcia romeiro
dany khadydja e cristina felix
manoelito moraes, luciana de paula e rebeka nazário
david souza e anderson aragão
fabiana teixeira e genildo valença
léo barbosa e paulo azul
luciana sultanum
rildo saraiva
joana cavalcanti e bruno gallindo
denia ferreira,ana pamera,daniela gusmão e olavo de andrade
Marivan gadêlha
joão domingos
guilherme aragão, lívia pascoal, maria helena mendonça e murilo santiago
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SOCiAL tERRA
Espaços exclusivos marcam o RioMar Design & Decor A primeira edição do RioMar Design & Decor apresentou ao público espaços exclusivos de arquitetos renomados do Estado, tudo seguindo as tendências mais modernas e arrojadas quando o assunto é decoração de interiores. O piso L3 do mall foi palco para várias produções de destaque, com palestras e workshops relacionados à área.
raul henry, luiza nogueira, carla guerra e simone lima
doriva Medeiros e Mary Mansur
ana paula cascão e waldir bitú
Joaquim e Márcia vieira
Maria do loreto e rodrigo duarte
A empresária kátia Gomes, franqueada da joalheria Pandora no Recife, promoveu evento para o lançamento da nova coleção da grife, intitulada “Encantos da Natureza”. A nova linha apresenta jóias que chegam com brilho e elegância rendidos aos elementos mais belos da natureza. As flores do campo dão vida a um jardim cheio de promessas e são traduzidas nas jóias de prata de lei em diversas possibilidades e formas. As combinações são únicas e inesperadas, tais como múltiplos anéis de borboleta, que emitem um efeito 3D. kátia gomes e karol rigueira
foto João vicente
Empório Gourmet inaugura na Reserva do paiva
henrique castro, carol tigre e lourdes brennand O Grupo Ricardo Brennand inaugurou, recentemente, a primeira operação de varejo na Reserva do Paiva, Cabo de Santo Agostinho: o Empório Gourmet. Com coquetel, degustação das operações que já estão em funcionamento, apresentação do espaço por meio de Henrique Castro, gerente geral do segmento imobiliário do Grupo Ricardo Brennand e Carol Tigre, da Odebrecht e show da banda Fool Brothers, liderada pelos irmãos Tomaz e Rafael Furtado, a 54| MAGAZINE noite TERRA fluiu em clima de descontração.
Greenmix
Mariana dias, lidiane barbosa e rafaela dias Os empresários Ricardo Canella, Mariana e Rafaela Dias, à frente da Greenmix, maior e mais completo mercado saudável do Brasil, trouxeram, recentemente, a renomada chef paulista Lidiane Barbosa. Especializada em gastronomia funcional, La convidada ministrou dois cursos na Cozinha Show da casa: “Detox: desintoxicando seu dia” e “Comidinhas de Boteco”, todos com receitas livres de glúten, leite de origem animal, soja e açúcar refinado.
foto Luíz Fabiano
foto Juliana Bandeira
Encantos da Natureza
SOCiAL tERRA
O lançamento do novo layout do blog Meu Dia D A blogueira Mila Moura reuniu fornecedores na noite do dia 6 de abril, no Castelo Eventos, para lançamento do novo layout do Meu Dia D. Todo repaginado, o blog traz muitas novidades, tanto para as noivas quanto para os profissionais da área. No evento, houve palestra de Lucas Brasil e Ricardo, da empresa de marketing para casamento Folhetim, além de show da banda Bailinho Maravilha. cristina carvalho, Mila Moura e tânia konrad
daniela vaz e gabriela lima
lourdinha noyama e romildo alves
roberta imperiano e alice Melo
Evento da Tufi Duek no Recife A noite do dia 23 de abril foi de encontro de moda no RioMar. A Tufi Duek trouxe ao Recife o diretor criativo da marca, Eduardo Pombal, e a diretora de redação da vogue Brasil, Daniela Falcão. O evento marcou o lançamento da coleção outono/inverno da grife, linha toda inspirada nos vickings.
daniella steffanello,eduardo pombal e daniela falcão
rafaela galvão
“Grandes Artistas e Suas Facetas” celebra a arte contemporânea na Galeria Ranulpho carlos pragana, carlos ranulpho e francisco villa-chan
carlos ranulpho, roberto Matos e ana Matos
leonardo dantas e lailson de holanda
tilma belfort e carlos ranulpho
O marchand Carlos Ranulpho traz, para sua Galeria Ranulpho, a exposição “Grandes Artistas e Suas Facetas”. vinte e três obras, mais duas esculturas, entram em cena, assinadas por artistas como Mestre Noza, virgolino, Francisco Brennand, Mário Nunes, Capiba, Rafael Guerra, isolda, Lula Cardoso Ayres e outros nomes da arte contemporânea de Pernambuco e do Brasil.
ouro nada de tolo
por Weslley Leal
W
hisky, whiskey ou simplesmente uísque. O fato é que a bebida destilada de cereais maltados, trigo e cevada, de sabor forte, continua exercendo sua personalidade nos copos e paladares de todo o mundo. Favorito entre os recifenses – maior capital no consumo per capita do destilado no mundo -, a origem do uísque remonta a do próprio processo de destilação que teria surgido com os árabes, ainda no século iX. No entanto, apesar da suposta paternidade de DNA oriental, oficialmente é reconhecido que o uísque, o mais próximo de como o conhecemos hoje, surgiu dentro dos monastérios, em especial pelas mãos do monge escocês John Corr. O religioso teria adquirido meio quilo de malte, ainda no século Xv, para a produção de aqua vitae (água de vida) – bebida predecessora do uísque, usada para fins medicinais. O fato é que até 1820 a produção de uísques era algo artesanal. Feito de maneira doméstica, na qual a cevada restante da destilação era usada como alimento para o gado. “Em meados do século XiX, o governo inglês reduziu os impostos, o que incentivou ainda mais a produção da bebida, já beneficiada pelo clima, geografia e a experiência na produção de cevada, típicos dos escoceses”, conta Nicola Pietroluongo, mixologista e embaixador da Diageo no Brasil, que esteve no Recife no dia 14 de maio para degustação guiada de uísques premium da marca Johnnie Walker, promovida pela Casa dos Frios em parceria com a Diageo, no bairro das Graças. Segundo Nicola, o termo ‘whisky’ de Origem Controlada se aplica apenas aos destilados de malte produzidos na Escócia e reproduzidos com sucesso pelos japoneses. “O uísque é uma bebida reconhecida pela sua pluralidade de sabores e aromas, que podem incluir desde um paladar mais neutro – devido às águas com que é produzido, até notas de fruta, defumado e minerais – visto a proximidade com o mar em algumas regiões produtoras”, explica. O especialista pontua que atualmente existem três tipos de uísques: single malts (feitos apenas com destilação de cevada), grain whiskeys (feitos com outros cereais como trigo e centeio) e blended (elaborados a partir de mistura dos dois tipos anteriores).
A melhor forma de beber uísque é da maneira que mais agradar seu paladar” Nicola Pietroluongo, mixologista e embaixador da Diageo no Brasil
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foto Terra Magazine
“Johnnie Walker, uma das mais consagradas marcas de uísque no mundo, é reconhecida por sua qualidade de blend. Neste tipo de uísque, o tempo – se são 8, 12, 18 anos não influencia, como no caso dos single malts”, conta Nicola, recifense com ascendência italiana e 15 anos de experiências em hotéis em Madrid, Londres e Milão. Ele defende que, ao contrário do que pregam os mais ‘puristas’, não é pecado beber uísque com água de coco, ou acrescentá-lo a drinks, por exemplo. “A melhor forma de beber uísque é da maneira que mais agradar seu paladar”, afirma. “É perfeitamente possível harmonizar comidas com uísque, a bebida é interessante para combinar com os pratos da culinária pernambucana, ricos de sabor e aroma, assim como o destilado do malte”, finaliza.
A loja de noivas e moda festa mais completa do Norte/ Nordeste. Peças da estilista Romona Keveza, com exclusividade, no Brasil!
Vestidos exclusivos para noivas, madrinhas, mães de noivos e daminhas, além de todos os acessórios para festas, como sapatos, tiaras e brincos.
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moda e beleza Marcela Cartaxo e João Coscardo
Moda& Beleza N
osso editorial deu um pulo no mundo da blogosfera e convidamos quatro super blogueiras para um ensaio diferente e muito cool. Elegemos a coleção Rota da Seda da Animale, que traz um colorido forte e ao mesmo tempo elegante, para compor e apresentar as melhores tendências de como usar e abusar sem perder o estilo pessoal. No cabelo e na maquiagem, a beleza tem uma pegada forte na liberdade de expressão, onde cada uma imprime sua personalidade. O resultado é para ninguém botar defeito.
Mari Lindoso | Mamãe Estilosa www.turmadatiamari.com.br Vestido rosa nômade com uma pegada bem lady like deixa a grávida ainda mais feminina. Vale apostar com mini bolsa vermelha de corrente e sandálias com amarração no tornozelo. Cabelo e maquiagem leves, rímel pra levantar a expressão, blush leve terroso e batom rosa suave para compor o look. Vestido e Bolsa – Animale Sandália – Acervo Pessoal
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Camila Diniz |Tipo Diva www.camidiniz.com.br O toque do orientalismo do kimono bordado com a calça flare de mood setentinha alonga a silhueta e deixam o look ainda mais glamouroso. O cabelo em tom platinado com divisão marcada e preparado com babyliss dá um ar bem diva. A maquiagem mais imponente, olhos marcados, muito rímel, blush contornando a silhueta e o baton vermelho vivo deixaram o visual fino e marcante. Look todo - Animale
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Lu Queiroz | Mãe Antenada www.vidadois.com.br O conjuntinho de tricot e saia com estampa de tigre. Aposte com botas de cano curto, além de confortável, deixa o look super despojado. No cabelo, ela aposta no prático rabo de cavalo. Na maquiagem, a pele bem feita, boca lavanda, rímel e sombra marcam o olhar. Tricot, saia e colar – Animale. Botas – Acervo Pessoal
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Karol Nogueira | You are Rock www.karolnogueira.com Parka militar com bordados nas mangas. Um luxo. Arremate com um short + boots e ganhe com look poderoso. Um olhar forte: blush com recorte, boca marcante em tom coral e o cabelo liso, ganham movimento do meio para as pontas, bem estilo anos 70. Parka – Animale Short e Botas – Acervo Pessoal
Edição de Moda: Marcela Cartaxo Edição de Beleza: João Coscardo Beleza: Kleber Andrade/Assistente de beleza: Jack Lima Fotografia: Maristela Martins Tratamento de imagem: Geraldo/Pepper web Locação : Sheraton Reserva do Paiva
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diário de bordo Rússia POR KIKO SELVA
DIÁRIO DE BORDO
Uma Semana inesquecível na Rússia Por kiko selva
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Em viagem pelo leste europeu, estiquei a viagem até a Rússia e simplesmente me apaixonei pelos seus encantos e magia. Fui convidado a dar dicas de alguns lugares que tive o privilégio de fazer as refeições.
Vamos por partes: St.Petersburgo - onde considero uma parada obrigatória neste roteiro. Citaria o Xander Bar, localizado dentro do hotel Four Season. Lá realizamos uma das experiências mais marcantes, onde recebi uma verdadeira aula sobre os diversos tipos de vodcas que aquele País tanto enobrece com todo merecimento. Destacaria igualmente o Sintoho, que também está situado dentro Four Seasons. Trata-se de um restaurante super badalado asiático, onde você também o encontra em Singapura, Tokyo e Hong Kong. O Terrazas é outra dica com muito sabor. Está localizado em um rooftoop com uma comida muito boa e ambiente super alto astral.
Moscou Ahhhhhhhhhhhhhhhhh, Moscou, que saudade! Poderia ter passado uns 15 dias por lá explorando os inúmeros de restaurantes que essa metrópole possui. Vamos listar alguns dos que fui e adorei: O Belly Krolik é um lugar imperdível. Ele me fez lembrar muito o Kong de Paris, pois é refinado e com um visual da cidade fantástico. O Café Pushkin, só o prédio do restaurante já o deixa de boca aberta. Lugar super antigo e tradicional com uma comida refinada e serviço maravilhoso. E por fim, o Bolshoy Restaurante - localizado praticamente ao lado do belo teatro de Bolshoy e próximo a uma das principais ruas de luxo da cidade. A decoração é linda, com móveis da Ralph Lauren. Foi o lugar que comi o melhor estrogonofe da minha vida. Kiko Selva é chef e pilota o restaurante IT, localizado dentro da Loja Dona Santa, em Recife.
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tURiSMO
um passeio na cidade do sol
um perfeito paraíso é oferecido aos hóspedes. O hotel possui ampla área verde com mais de 10 mil metros quadrados, piscinas adulto e infantil totalmente sinalizadas de acordo com as normas internacionais de segurança e uma das melhores quadras de squash do nordeste brasileiro. Além disso, o Porto do Mar conta com toda infra-estrutura para realização de conferências, reuniões e eventos, oferecendo ainda amplo estacionamento. O seu atendimento nada deixa a desejar de um hotel cinco estrelas que, junto a um perfeito visual, constituem o cenário perfeito para passar fins de semana, sendo este um destino certo das famílias que não abrem mão do conforto na hora de curtir as férias ou um bom descanso.
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O café da manhã é repleto de frutas tropicais e quitutes de dar água na boca, preparados pelo restaurante da casa que possui gastronomia especializada na cozinha regional, mas também internacional.
esta edição da revista Terra, fizemos um test drive em um Evoque, modelo da marca Land Rover. Nosso roteiro passando pela cidade de Natal, "Cidade do Sol", com destino final nas Dunas de Genipabu, região norte do Rio Grande do Norte.
Fica como dica especial para nossos leitores. Aproveitem a programação e valores do Porto do Mar para o mês de junho : *Corpus Christi de 04 a 07/06/2015 ( 50% de desconto nas diárias de apartamentos duplos, triplos e Quadruplo, sem mínimo de diária);
Ponto de saída para filmagens e fotos, partimos de uma charmosíssima hospedagem, Hotel Porto do Mar, com sua localização privilegiada à beira-mar da via Costeira de Natal, em frente ao Farol de Mãe Luíza, perto dos agitos noturnos e das melhores opções de lazer da cidade.
*Dia dos Namorados 12 a 15/06/2015 (50% de desconto nas diárias de apartamentos duplos, com mínimo de 2 diárias).
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Endereço: Av. Senador Dinarte Medeiros Mariz, 455, Parque das Dunas - via Costeira - Natal/RN • +55 84 4008-4242
Por trás da gravata Otavio Moraes
Por TRÁS
DA gravata com Otavio Moraes
Por Ana Paula Bernardes
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tavio Moraes não é um nome que transite por aí de terno e gravata. Um blazer já lhe é suficientemente pesado, visto que seu DNA reflete leveza, aventura e paz de espírito. Algo que o empresário consegue na sua busca constante, tanto na prática de esportes radicais como em reunir amigos ao redor de uma boa mesa, seja cozinhando ou mesmo degustando rótulos do mundo todo. E essa talvez seja sua grande admiração: enogastronomia. Entre vinhos franceses (sua predileção) e gastronomia multicultural, Moraes considera-se pleno. No projeto de sua nova casa, um detalhe não poderia faltar:
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uma cozinha americana de frente para o mar, interligada à uma mesa espaçosa e à sua sala, onde os amigos estivessem todos próximos, degustando e opinando sobre suas criações. Na parede da cozinha, inúmeros pratos da Boa Lembrança são figurantes e na despensa ao lado, temperos ricos, alguns raros, mas que são utilizados com frequência em seu menu. Presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Empresarial-IBADE, este ofício permite-lhe uma agenda atribulada de eventos e palestras no Brasil e no Exterior. Além disso, durante mais de duas décadas, o professor, sociólogo
O empresário reúne amigos em sua Confraria OM e em petit comités na casa de amigos
e mestre em Administração foi fundador e esteve à frente da escola de negócios CEDEPE, o que também possibilitou importantes viagens que, embora a trabalho, o faziam visitar restaurantes do mundo todo. Algo que Moraes nunca o fez sem o olhar de pesquisador, observando e fazendo analogias. Num momento posterior e num caráter autodidata, com esta criticidade peculiar, nascia o Moraes expert em enogastronomia.
OM, abreviatura de suas iniciais, a qual tem possibilitado que os amigos do empresário se reúnam em restaurantes da cidade, e também na sua residência, para discutir diversos temas e degustar cardápios variados. Porém essas reuniões informais originaram também eventos onde esta congregação assume caráter ainda maior. O último desses encontros, realizado no restaurante Azu do Cabanga, reuniu 50 inscritos entre renomados médicos, procuradores, advogados, empresários e executivos da cidade, que desfrutaram de um menu exclusivo preparado a quatro mãos por Jeff Colas e Biba Fernandes e harmonizado pelo sommelier Angelo Miranda, da Cantu. uma noite memorável que rendeu planos para um calendário mais fixo, vislumbrando encontros dentro e também fora da cidade.
Segundo Câmara Cascudo, a cultura de um povo é transmitida através dos aromas e dos sabores da cozinha"
De grandes restaurantes brasileiros, a começar pelos da sua cidade natal, São Paulo, que dispensam apresentação para a consagração da gastronomia do País, bem como os da cidade que o abraçou nas últimas décadas e lhe deu o título de cidadão, Moraes agora não mais é um mero visitante desses locais. Tornou-se amigo de muitos chefs brasileiros. Não só degusta. virou um cliente crítico, com opiniões respeitadas, embasadas na rica vivência do seu paladar. Aqui em Pernambuco é autor de dois projetos inusitados para a cena gastronômica. O primeiro deles, intitulado como Empresário Gourmet, teve como proposta reunir empresários e executivos da cidade, dos mais diversos segmentos, pilotando cozinhas de importantes restaurantes locais. Nomes como o do oftalmologista Álvaro Dantas, da galerista Lúcia Santos, do empresário Paulo Magnus, do advogado e curador Armando Garrido, entre tantos outros, endossaram o êxito do projeto. A mais recente empreitada de sua autoria chama-se Confraria
Sobre planos para seu futuro na gastronomia, o empresário enfatiza com louvor “Segundo Câmara Cascudo, a cultura de um povo é transmitida através dos aromas e dos sabores da cozinha. Nas residências, é na mesa e na cozinha onde as conversas fluem, as pessoas se revelam, os valores são transmitidos e os prazeres são experimentados. Minha área profissional é a Educação Corporativa, porém pretendo diversificá-la e investir em A&B, fora do Brasil. Como sociólogo, aprendi a “sociologia da cozinha”. A cozinha tem me permitido praticar a arte de receber. As despretensiosas sessões da Confraria OM e os nossos Petits Comitês estão cada vez mais desejados, provocados e disputados, pela simples confraternização e momentos de qualidade de vida que nos proporcionam. Convido os leitores a seguirem a @confrariaom no instagram”, revela.
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CASE DE SUCESSO LANA BANdEIRA
mOdA &
GAstRONOmIA LANA BANDEiRA DE MELO SE DESTACA NOS TRABALHOS À FRENTE DA JOSEFiNNA E DO ATELiER DE DOCES
por Luíza Maria Tiné
E
la é casada, mãe de família, empresária de moda e gastronomia. Lana Bandeira é um nome conhecido na sociedade pernambucana seja pelo trabalho à frente da Josefinna, seja pelo atelier de doces, ambos desempenhados com dedicação e competência.
nosso carro-chefe, mas procuramos fazer coisas diferentes, como disponibilizar uma coleção de guarda-chuvas durante o inverno ou de chapéus do Panamá para o verão”, completa. Durante o ano, a empresária é responsável pelas compras, faz quatro viagens dentro e fora do Brasil para garimpar novidades.
Natural de Petrolina, antes de fixar residência no Recife, Lana morou e estudou em Brasília, onde conheceu o marido recifense, Eduardo Bandeira, e se mudou de vez para a capital de Pernambuco em 1997. Formada em Moda, aos 21 anos, em parceria com a cunhada Guilhermina Coutinho, abriu as portas da Josefinna, em Boa viagem. A loja, que começou pequena no ano de 1999, está prestes há completar 16 anos em atividade, já passou por duas ampliações e se prepara para uma grande reforma em breve.
E foi no ambiente da Josefinna que surgiu uma nova paixão de Lana Bandeira: os doces. Tudo começou quando ela sentiu a necessidade de oferecer um mimo a mais às clientes da loja e passou a fazer bombons de nozes para servi-las durante as compras e não demorou muito para que os docinhos caíssem no gosto das pessoas. Então, das clientes da Josefinna, assumiu a mesa de doces do casamento da filha de uma amiga e da festa de 15 anos de uma sobrinha, e desde lá, não parou. Foram cursos e muita criatividade que hoje resultam em um negócio de sucesso.
A inauguração da maison partiu da vontade de Lana de ter um negócio próprio. Após as pesquisas de mercado junto com a cunhada, percebeu a carência de Recife em lojas exclusivas para sapatos. Foi assim que a Josefinna surgiu, oferecendo um espaço repleto de pisantes para todas as idades, e acessórios envolvendo bolsas e bijouterias. Lana conta que o forte do estabelecimento sempre foi sapatos voltados para festas como casamentos, formaturas, 15 anos.
“Recife é uma cidade agitada, tem evento acontecendo de janeiro a janeiro. O diferencial da Josefinna é que sempre temos peças adequadas para estas ocasiões, não importa a época do ano”, comenta. Existe um espaço exclusivo na loja para este tipo de sapatos e sandálias – e entre todos os produtos, são encontrados modelos feitos para todo tipo de mulher, desde a adolescência até a terceira idade, do chinelinho e sapatilha até os saltos agulha e plataforma, em todas as cores e estilos. Além dos sapatos, bolsas e bijouterias, a Josefinna também conta com um espaço para roupas – sob os maiores cuidados de Guilhermina Coutinho – que existe há seis anos e outro dedicado às joias, criado há quatro. Diariamente, Lana visita a loja, atende clientes, fiscaliza o estoque e desempenha outras atividades, dedicando grande parte do seu tempo ao estabelecimento. “Procuro estar presente porque temos um compromisso com os clientes e gosto de observar em que aspecto podemos melhorar” conta, afirmando que tanto ela quanto a cunhada tem a preocupação de estar inovando o estoque com produtos diferentes para não cair na mesmice. “As sandálias e sapatos são o
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Lana montou a primeira cozinha em um espaço pequeno, onde conseguia atender uma demanda de mil doces semanalmente e contava com a ajuda de apenas uma funcionária. Hoje em dia, após cerca de nove anos, ela comanda uma cozinha industrial, na qual também visita diariamente, com uma equipe de 25 funcionários, todos treinados pessoalmente por ela, que tem capacidade de entregar até 20 mil doces por semana para diversos tipos de evento, além do atelier que fica na Rua Ondina, em Boa viagem, onde são recebidos os clientes para atendimento e orçamento.
Gosto de criar, de imaginar. Em um dos cursos que fiz recentemente, aprendi a fazer peônias, mas só existiam formatos grandes, para bolos. Eu disse ao professor que eu queria fazê-las pequenas, e fiz”
A relação de Lana Bandeira com os doces é de amor. “Gosto de criar, de imaginar. Em um dos cursos que fiz recentemente, aprendi a fazer peônias, mas só existiam formatos grandes, para bolos. Eu disse ao professor que eu queria fazê-las pequenas, e fiz” conta. As criações exclusivas como as rosas de coco e damasco e os brigadeiros gourmet nos sabores de churros e farinha láctea, e o brigadeiro chique (dourado, feito com chocolate e caramelo que desde o começo nunca deixou de fazer parte das encomendas) fazem o diferencial da sua produção. A empresária e doceira é perfeccionista. Nos dias de hoje, devido à quantidade de funções que ela desempenha profissionalmente, Lana já não consegue mais colocar o avental e a mão na massa, mas nada sai do atelier sem antes passar pelo seu aval. “Fiscalizo tudo. Minhas funcionárias já sabem que quando tem algum doce que acabou se machucando, que a cor ficou diferente, ou qualquer outro detalhe, eu reparo e peço para repor”, comenta. Suas duas
foto: Geraldo Donald
maiores preocupações são, em primeiro lugar, o tamanho – nada pode ser muito grande nem também muito pequeno. Em segundo lugar vem o sabor, onde ela preza para que as iguarias não sejam muito açucaradas. Além dos docinhos tradicionais, existem as edições especiais de ovos de chocolate, na Páscoa, e as criações no Natal. Durante estas duas épocas todo material também fica exposto em uma vitrine na Josefinna. Lana Bandeira é um exemplo de empresária pernambucana bem
Eu sempre gostei desse clima de festa, de estar em eventos. Trabalhar com moda e com os doces, ambos voltados para este tipo de situação, é algo que me fascina” sucedida. Sobre a Josefinna e os doces, afirma que uma coisa completa a outra: “Eu sempre gostei desse clima de festa, de estar em eventos. Trabalhar com moda e com os doces, ambos voltados para este tipo de situação, é algo que me fascina”, relata. E em meio a tudo isso, sobra tempo na sua agenda para ir à academia, cuidar da casa e exercer o papel de esposa e mãe de Henrique. Os ingredientes? Amor, sorriso no rosto e dedicação. O resultado? Feedback positivos dos clientes, amigos, familiares. Juntos, acabam se tornando um case de sucesso.
GAStRONOMiA cHEF VItAmILHO
pratos deliciosos
com o flocão sabores O
cuscuz é um dos pratos mais tradicionais da culinária nordestina. E foi pensando nisto, que a vitamilho desenvolveu um produto com sabor diferente, mas que agradasse o paladar dos nordestinos, respeitando os hábitos da cultura da região. Agora, além do Flocão tradicional, os consumidores contam com o ‘Flocão vitamilho Sabores’, nas versões: Picanha, Manteiga, Calabresa, Charque e Leite de Coco, desenvolvidas com os recursos da moderna tecnologia de alimentação. Para testar o produto, três chefs de renomados restaurantes usaram o Flocão Sabores das mais diferentes formas e criatividades para preparar deliciosas receitas.
Além da criatividade dos pratos, o desafio para os restaurantes e os seus chefs foi mostrar as várias formas de utilização e aplicação na culinária. Com menus inventivos e saborosos, o Flocão vitamilho Sabores é a grande estrela, usado como elemento principal da receita, e mostrando as suas várias formas de utilização e aplicação na gastronomia.
Para o chef Edmilson Caetano, do RESTAuRANTE pORTAL DE GRAVATÁ, a utilidade do Flocão vitamilho Sabores foi o momento ideal para divulgar o paladar da região. “Pode-se dizer que o produto é um coringa para criação de inúmeros pratos. usado no lugar da farinha de rosca, por exemplo, para empanar aves, carnes e peixes, o Flocão acentua a ‘crocância”, comenta Edmilson. O chef preparou um mini cuscuz recheado de Flocão Sabor Charque, uma torta cremosa Flocão Sabor Calabresa e um bolo cremoso de Flocão Sabor Manteiga. “O produto enriquece o prato, acentuando o sabor, é rico em vitaminas, é nutritivo para quem gosta de comer bem, principalmente, no café da manhã. Acho essencial”, destacou Edmilson. BOLO CREMOSO DE FLOCÃO SABOR MANTEIGA (tempo médio de preparo 45min.) InGREDIEnTES: 3 ovos 2 colheres (sopa) de manteiga 4 xícaras (chá) de leite 3 xícaras (chá) de açúcar 3 colheres (sopa) farinha de trigo 1 e ½ xícara de Flocão Sabor Manteiga 1 colher (chá) de fermento em pó PREPARO: Pré-aqueça o forno a 160°C. Bata todos os ingredientes juntos no liquidificador, começando pelos líquidos. Despeje a mistura na forma de bolo (untada com manteiga e polvilhada com farinha). Deixe assar por 30 minutos.
ChEF EdmILsON cAEtANO
Já para a Chef Luciana Lima, do RESTAuRAnTE CORDEL BOTEQuiM, localizado na Rua da Hora, no Espinheiro, em Recife, a inspiração para produzir os pratos com o Flocão vitamilho Sabores veio das recordações de sua infância. “Nasci e fui criada no Sertão pernambucano. O cheiro e o sabor do cuscuz lembram quando a minha mãe e a minha avó preparavam a comida”, conta. Ainda segundo Luciana, não há segredos para produzir um bom prato à base de Flocão Sabores. Mas existe uma dica. “Quando for molhar o floco de milho, deve-se deixar descansar por 10 minutos, aproximadamente, para que ele absorva bem a água, ganhando textura”, revela a chef, que preparou uma isca de peixe crocante, um feijão tropeiro e um cuscuz de vitamilho recheado. “Sou alucinada pelo Flocão vitamilho Sabores. É saudável, prático, rápido no preparo, barato e muito gostoso. Os pratos feitos a base de Flocão são os primeiros a acabar, até quando servimos apenas a farofa do cuscuz pura”, acrescenta. VITAMILHO RECHEADO InGREDIEnTES: 500g de vitamilho Flocão Sabor Charque 200g de charque desfiada e marinada com cebola na manteiga de garrafa 200g de queijo coalho assado 50g de vinagrete
ChEF LucIANA LImA
PREPARO: Prepare o vitamilho conforme instruções da embalagem. Em seguida, arrume a massa na cuscuzeira, intercalando o vitamilho, o queijo e a charque. Leve ao fogo (médio) por seis minutos. Desenforme e sirva acompanhado do vinagrete e duas fatias finas do queijo. Decore com criatividade.
Rivandro França, do RESTAuRANTE COZINHADO ESCONDIDINHO, na Rua Conselheiro Peretti, Casa Amarela, em Recife, foi outro renomado Chef que utilizou o Flocão vitamilho Sabores em seus pratos. Para degustação, ele preparou um cuscuz de batata doce com carne de sol, um bolinho de cuscuz e tapiocas de cuscuz. “É uma comida que está na casa das pessoas. Sempre trago um diferencial. Por mais simples que seja a receita, eu tento tirar o melhor potencial”, inspira-se Rivandro. “Minha pretensão foi mostrar que nossos pratos podem chegar a qualquer lugar do mundo, quando feitos com o Flocão vitamilho. A meta é revelar nossos sabores. Essa foi minha intenção”, completa. Essas novas opções de Flocão Sabores, associadas à reconhecida qualidade dos produtos vitamilho, chegam para atender à expectativa de quem quer praticidade no preparo de um prato, sem abrir mão do resultado final de uma receita. CuSCuZ DE BATATA DOCE COM CARNE DE SOL InGREDIEnTES: 100g de carne de sol cozida e desfiada 200g de cuscuz pronto e esfarelado 100g de purê de batata doce 50g de queijo manteiga ralado 50 ml de manteiga de garrafa Pimenta biquinho Cebolinho
ChEF RIVANdRO FRANÇA
PREPARO: Junte o cuscuz ao creme de batata a ponto que possa ser moldado. Regule o sal e leve a carne de sol à frigideira com a manteiga de garrafa até dourar. Monte o cuscuz em um prato, moldando seu formato e coloque a carne de sol na lateral. Coloque o queijo manteiga sobre ele e leve ao forno para dar uma dourada no queijo. Retire do forno e sirva quente, decorado de pimenta e cebolinho.
foto Terra Magazine
ENOgastronomia VINHO CLUB
Enogastronomia a arte de harmonizar O interesse pelos vinhos vem se tornando cada vez mais frequente entre os pernambucanos. Seja ele tinto, branco, espumante ou até o verde, acompanhado de um bom prato, entrada ou petisco, pode fazer toda diferença no almoço com os amigos ou no jantar à dois. Pensando nisso, a Terra Magazine e a Vinho Club Premium prepararam um roteiro com alguns restaurantes do Recife, com sugestões de dar água na boca (literalmente!). por Fabíola Moura
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nstalado em um casarão da Avenida Dezessete de Agosto, em Casa Forte, o Mura Orora agrada não apenas os fãs de sushi. Agregando dois espaços diferentes, o Vila Aurora, espaço voltado mais para um happy hour, servindo petiscos e localizado no jardim do casarão e o Mura, com clima mais intimista e focado na culinária japonesa. O nome é em homenagem ao casarão do século 19, batizado de Villa Aurora: Mura significa “vila” em japonês, e Orora uma adaptação do nome Aurora. O restaurante tem ar contemporâneo, com ambiente de luz acolhedora e decoração moderna, mas com o cardápio autenticamente japonês, montado pelo chef e sócio Edson Leite à base de muito estudo da culinária daquele país. “Trouxemos para o Mura o cardápio tradicional do Japão, desde o sushi até os pratos quentes, como o tepan”, revela Edson. O prato escolhido foi o Combinado do Chef que surpreende desde a apresentação até o sabor. O combinado é composto de 30 peças, no qual o chef entrevista os clientes antes da montagem. “Procuro saber antes o que os clientes não gostam e o que mais gostam para fazer os sushis. Nenhum Combinado sai igual ao outro. A
Mura Orora Av. Dezessete de Agosto, 1008 Parnamirim, Recife/PE - 81 3442-1174 criação é toda feita na hora com base nessa entrevista”, diz Edson. A montagem usa de utensílios da cozinha japonesa: o hashi, ‘pauzinhos’ que se come o sushi; a makizushi, esteira que enrola os sushis e ainda o nozoki, o “pires” que coloca o shoyo. Tudo isso em cima de uma esteira, resfriada por gelo, mantendo os sushis sempre frescos. Os ingredientes vão desde os mais tradicionais como o salmão e camarão, até os mais elaborados, como ovas massago, shimeji, tartar, azeite trufado, passando também pelos regionais, como o sushi de peixe branco com palha de batata doce. Para a harmonização, o Veuve Clicquot Brut tem o toque perfeito para acompanhar o prato. Com borbulhas finas e intensas, aroma de maçã e pêra madura, quando degustado, apresenta muita elegância e cremosidade. Na temperatura ideal, além de combinar com o nosso clima, harmoniza perfeitamente com os ingredientes mais requintados do Combinado, como as ovas massago e o foie gras.
Para quem quer passear um pouco pela culinária francesa, alemã, argentina e regional, o Oma Bistrô é o lugar certo! Inaugurado há pouco mais de um ano, o restaurante é aconchegante, cheio de mimos e doces, onde você pode tomar um bom café pela tarde e um maravilhoso vinho pela noite. Localizado no Parnamirim, zona norte do Recife, o local é um misto de pâtisserie e bistrô. Como já diz o nome (Oma significa avó em alemão), o cardápio é cheio de receitas familiares e assinado pelos chefs Hugo Provout e Hélida Kelsch, que fez questão de trazer um pouco da culinária alemã (descendência do seu marido e sócio) para o bistrô. Na sua adega encontramos mais de 60 rótulos, incluindo Europeus, Norte-Americanos, entre outros mais diferenciados, como os Sul-Africanos.
foto Terra Magazine
Para o almoço ou jantar, a pedida é o belo encontro da cozinha regional e francesa com o filé ao molho de foie gras, com cogumelos frescos, purê de mandioquinha e chips de macaxeira. Um bom acompanhamento é um velho conhecido dos pernambucanos: um carménère, da vinícola Concha y Toro, safra de 2012.
Oma Pâtisserie Bistro R. José de Godoy e Vasconcelos, 109 - Paranamirim Recife/PE - 81 3049-0092
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foto Terra Magazine
ENOgastronomia VINHO CLUB
Toscana Trattoria Rua Pereira da Costa, 80 PinaRecife/PE 81 3314-7071
Ainda passeando pela culinária internacional, o Toscana Trattoria, localizado na Zona Sul do Recife, possui o estilo de restaurante italiano contemporâneo. Inaugurado em 2014, tem inspiração na gastronomia de Toscana, região central da Itália e traz cardápios de almoço e jantar.
Com opções para todos os gostos, o Ça Va Bistrô possui clima romântico e intimista, ótimo para um jantar a dois. No estilo de culinária internacional contemporânea com inspiração francesa, o restaurante traz cardápios de almoço e jantar, assinados pela chef paulista Carla Chakrian e que são renovados todos os anos.
Quem assume as caçarolas do restaurante é o próprio Thiago Vitta, chef e sócio da casa, formado na Escola Le Cordon Bleu da Umbria. O prato escolhido é um grande conhecido dos amantes da comida italiana: polenta fresca, com ragu de linguiça suína e queijo grana padano.
O restaurante é uma ótima opção para os apreciadores de vinhos, com uma adega com mais de 80 rótulos. O ambiente aconchegante e acolhedor, mistura na decoração o sofisticado e o regional, assim como o seu cardápio.
Para beber, a indicação é o vinho italiano Toscana, com uvas sangiovese superiore, também da mesma região conhecida pelos vinhos de alta qualidade. Com o mesmo nome da casa, o vinho é importado direto da Itália pelo restaurante e é o carro chefe na harmonização com os pratos italianos.
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Um dos pratos queridos da casa é a coxa e sobrecoxa de pato confitados ao molho de vinho tinto, mostarda dijon e mel de engenho com risoto de prima dona. Para acompanhar, Franc Beausejour, vinho francês da região de Bordeaux. Com boa acidez, ele harmoniza quase todos os tipos de carne e vai de massa a risoto com simplicidade e elegância.
foto Terra Magazine
Ça Va Bistrô Rua Capitão Rebelinho, 519 Pina - Recife/PE 81 3034-0008.
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TEST DRIVE FERRARI F430
Paixão por
Ferrari
FERRARI muitos anos de história POR CLAUDIO BARRETO | FOTOS GERALDO DONALD
U
m cavalo negro empinado num fundo amarelo, sempre com as letras "S F" de Scuderia Ferrari é sem dúvida uma das marcas mais admiradas e cobiçadas do mundo.
O cavalo originalmente era o símbolo do Conde Francesco Baracca, um lendário "ás" da força aérea italiana durante a Primeira Guerra Mundial, que o pintou na lateral de seus aviões. Baracca morreu muito jovem em 19 de Junho de 1918, abatido após 34 duelos vitoriosos e muitas vitórias em grupo, tornando-se assim um herói nacional.
primeiros anos e não tinham administração separada), e também porque ele mesmo tinha a reputação de ser o melhor cavaleiro de sua equipe. O cavalo empinado não foi sempre identificado como marca apenas da Ferrari: Fabio Taglioni usou-o nas suas motocicletas Ducati. O pai de Tagliani foi de fato um companheiro de Baracca. Lutou com ele no 91º Esquadrão Aéreo, mas ao passo que a fama da Ferrari cresceu, Ducati abandonou o cavalo; esse pode ter sido o resultado de um acordo privativo entre as duas marcas.
Baracca queria o cavalo empinado nos seus aviões porque a sua esquadra, os "Battaglione Aviatori", fora inscrita num regimento da Cavalaria (as forças aéreas estavam nos seus
Na genialidade e ousadia do italiano Enzo Ferrari, surgem as Ferraris e em pouco tempo ele transformou os veículos em referências absolutas em termos de desempenho e estilo.
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O ronco do motor é inconfundível para os apaixonados por automobilismo e impressionante até mesmo para aqueles que simplesmente apreciam o design único e elegante dessa máquina. Uma das características da marca da Ferrari é a sua cor vermelha. A utilização dessa cor teve início nos anos 20, altura em que a entidade que viria a ser chamada de FIA, impunha que as marcas italianas teriam de apresentar cor vermelha, as francesas azul, as alemãs prateada, as holandesas laranja, as belgas amarela, as inglesas verde e as norte-americanas branca. Para comemorar os 40 anos de existência da Ferrari, foi lançada em 1987 a Ferrari F40, sendo esse o carro de estrada mais rápido do mundo até o momento. Em 2003 a Ferrari, em memória do seu fundador, lança a Ferrari Enzo um super esportivo baseado na tecnologia utilizada na Fórmula 1. F430, lançada em 2004, durante o Salão do Automóvel de Frankfurt. O modelo de uma série especial com uso de tecnologia derivada da sua equipe de Fórmula 1 e ajuda do heptacampeão Michael Schumacher. Equipada com o f1 superfast, um software que reduz o tempo de troca de marchas para apenas 60 milésimos de segundo. *Fontes: retiradas e compiladas do site oficial da empresa
A revista Terra Magazine, não poderia ficar longe da história(risos). Achamos esta máquina em uma loja especializada em carros importados semi novos de luxo, Nordest Import, empresa no mercado há 16 anos no Recife. Lá encontramos: Ferrari, Maserati, Porsche, Mercedes, Jaguar entre outros. Ao deparar com o modelo Ferrari F430, não poderiamos deixar de ter tal experiência de pilotar pois, não é apenas uma máquina, ou um automóvel, é um mito, que encanta a todos. É um objeto de desejo da maioria dos mortais. A comparação das máquinas construídas em Maranello com raras e exclusivas jóias não é exagero, tamanha sua exclusividade. Seja qual for a razão ou desculpas para pilotar uma Ferrari, a sensação é impressionante e única. O motor V-8 da FERRARI F430 é um espetáculo. Rosnando 490 cavalos de potência tão alto fazendo com que os ocupantes riam de alegria ou de medo.
Onde encontrar:
Nordest Import Av. Engenheiro Domingos Ferreira, 470 - Boa Viagem, Recife/PE 51011-050 - Fone (81) 3465-4844
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TEST DRIVE EVOQUE DIESEL
EVOQUE NÃO USE COM MODERAÇÃO POR
CLAUDIO BARRETO | FOTOS GERALDO DONALD
As famosas dunas do Rio Grande do Norte, foi cenário perfeito para testar o lançamento da Land Rover Evoque a diesel. "É prazerosa a sensação de conforto e segurança que o carro oferece em ambientes diversos, tanto nas auto estradas como no deserto das praias da cidade de Natal".
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C
omprar um carro com muita tecnologia e usá-lo apenas no trânsito da cidade ou estrada, é prática de muitos brasileiros. Por mais difícil que seja colocá-lo em situações de riscos, é bom saber que seu carro pode andar por diversos tipos de terrenos: lama, areia, neve e entre outros, seja por diversão ou necessidade. E não adianta apenas "saber", tem que "aprender", colocar em prática. Algumas montadoras proporcionam aos seus clientes experiências em campos de testes para ensinar a melhor forma de explorar tudo que o carro oferece. Nesta edição, levamos a Land Rover para um passeio na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, precisamente nas Dunas de Genibapu. Evoque movida a diesel, modelo lançando no Brasil, final de 2014. O SUV mais vendido da marca, chegando ao mercado na versão de acabamento Prestige, equipado com o motor SD4 2.2 turbodiesel de 190 cavalos de potência e 42,8 mkgf de torque. Com 50 cavalos a menos que o motor 2.0 turbo a gasolina, o modelo a diesel tem mais torque. O desempenho do modelo é um pouco inferior que o veículo a gasolina. Segundo dados de fábrica, o modelo a diesel acelera de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos e chegando aos 195 km/h, na versão gasolina, 7,6 segundos e 217 km/h. Enfim... Pegamos a estrada para pecorrer 290km, de Recife a Natal. Na parte interna um espaço confortável para 5 ocupantes. Na estrada escutando músicas em alta definição com sistema de som de 17 alto-faltantes. Bancos e painel com revestimento de couro,
central multimídia com GPS e conexões com mídias externas. Mais conforto para o pessoal do banco traseiro, equipado com duas telas de 8" para os vídeos, com destaque para o teto solar panorâmico, praticamente deixando-o conversível (ou quase). O câmbio automático de nove marchas com tração integral mostrou que é muito econômico, marcando 14,7 km/l na estrada. Em velocidade constante parece que está flutuando na estrada. Proporcionou curvas rápidas e ultrapassagens seguras. Detalhe: porta-malas com abertura e fechamento automáticos. "Gostei... é muito prático". Na cidade, seu visual permanece imponente. Equipado com faróis de xenônio com luzes auxiliares de LED´s e rodas em aro 20", chamando atenção onde passa. No trânsito mostrou-se suave, suspensão ligeiramente firme e o motor silencioso (comparado a outros modelos diesel) e com pouca vibração. A sensação de pilotagem nas Dunas de Genipabu, foi prazerosa. O carro possui diversos recursos para off-road, sendo este um ponto muito forte. Pilotamos o carro sem moderação na areia, subimos e descemos as dunas e em nenhum momento o carro “se negou” a fazer algo. Ficamos ainda mais apaixonados. Projetado para dirigir nas trilhas e na cidade de forma elegante, mesmo sujo não pede sua majestade.
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DUAS RODAS POR DIEGO MONTENEGRO
América do Sul sobre
duas rodas D
iversidade e beleza são palavras que traduzem bem o conjunto que compõe a América do Sul. Rico em recursos naturais, em etnias e até em conflitos, o subcontinente sabe encantar quem se propõe a desbravá-lo. Foi o que aconteceu com o empresário Diego Montenegro, um apaixonado pela vida sobre duas rodas que decidiu embarcar com mais três amigos – Gustavo Salsa, Romero Salsa e Nelson Braga – numa road trip de moto com 12 mil km de estrada, passando por países como Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Após 25 dias de aventura, o motociclista está de volta cheio de (boas) histórias para contar e deslumbrado com as paisagens da América do Sul, especialmente com as do Brasil, definido por ele como um país riquíssimo, e por isso mesmo, onde não deveria haver espaço para fome nem miséria. Agora, ele abre o diário de bordo da viagem e revela toda a beleza que encontrou na estrada! Saindo do Recife, o primeiro ponto de parada oficial dos aventureiros foi a Bahia, onde puderam conhecer os encantos da Chapada Diamantina, composta por 24 municípios baianos. De lá, eles seguiram rumo ao Sul do Brasil, para cruzar as primeiras divisas internacionais. Nesse ponto, puderam passar pelo município de Foz do Iguaçu, no Paraná, cidade estrategicamente colocada no roteiro, claro, já que abriga as Cataratas do Iguaçu, consideradas uma das novas Sete Maravilhas da Natureza, além, de possuir a Usina Hidrelétrica de Itaipu, que também integra a lista das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. “A força da água é incrível e traz sentimentos loucos, contraditórios. Você se sente vivo, renovado e ao mesmo tempo pequeno diante daquele poder”, explica Diego. Outro momento de destaque da viagem foi a passagem dos aventureiros pela Ponte Internacional da Amizade, que liga a cidade de Foz do Iguaçu, no Brasil, com a Ciudad del Este, no Paraguai, passando sobre o Rio Paraná. “A ponte estava em reforma, com apenas uma mão funcionando. Isso destacou a quantidade de motociclistas que passam diariamente por ela. São vários”, diz Diego. Já no Paraguai, ele destaca justamente sua passagem pela capital, Assunção, conhecida como a “Mãe das Cidades” porque, durante a conquista espanhola, partiram dela várias expedições com o objetivo de fundar outras cidades do cone Sul-americano. “Assunção é a cidade com maior atividade cultural do Paraguai, está cheia de histórias, de movimentos artísticos... Nossa vontade era ficar até conhecer tudo, mas o chamado da estrada é mais forte”, diverte-se o motociclista. No país dos Hermanos, a Argentina, a melhor recordação foi proporcionada por Rosário, localizada na província de Santa Fé e popularmente conhecida como a “Chicago argentina”. Entre os fatores, Diego destaca a diversidade de etnias, arquitetura, cultura e calor humano. “Fomos muito bem recebidos”. Claro que a capital do país também reservou bons momentos aos viajantes. “Buenos
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Aires é incrível. Linda e acolhedora”, revela. Mas, experiência diferente aconteceu mesmo no país seguinte. “Tive o prazer de acampar em Punta del Este, o que sem dúvida é uma forma diferente de sentir a cidade. Tenho orgulho de dizer que estive lá e não fiquei em um grande hotel”, diz ele, se referindo ao balneário de luxo localizado no Uruguai, tido como um dos dez mais famosos da América Latina. Já de volta ao Brasil, fazendo o caminho de volta para casa, o motociclista curtiu paisagens a beira-mar e pôde contemplar as curvas sinuosas da Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina. Uma experiência definida por Diego em uma palavra: adrenalina. As estradas, de acordo com ele, estavam em boas condições na maior parte do tempo, apesar do grupo ter reparado na pouca ou nenhuma fiscalização rodoviária em vários trechos do caminho. Já sobre os fatores climáticos, não teve como escapar. Em 25 dias o que não faltou foi sol, chuva e vento fortes. “Tudo amenizado pelas paisagens e pelo sentimento de liberdade que a estrada proporciona. Aí, qualquer desconforto fica em segundo plano”, revela. Além do gosto pela velocidade, um dos objetivos da aventura foi divulgar pelo Brasil e pelos países visitados o Recife Moto Week, evento motociclístico idealizado por Diego Montenegro que entra em sua segunda edição maior, mais forte e já com data para acontecer – de 5 a 8 de outubro, na orla de Boa Viagem –. “Esperamos receber mais de 40 mil pessoas e um número ainda maior de marcas expositoras este ano, principalmente do segmento premium”, explica o empresário, que já planeja novos eventos voltados para esse público. Fomentar o mercado de motos no estado e contribuir para o fim do preconceito contra os motociclistas, aliás, estão entre as missões de Diego.
Foto: reprodução internet
DICAS DE VIAGENS
Curvas sinuosas da Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina. Uma experiência definida por Diego em uma palavra: adrenalina.
Bastidores e dicas para se aventurar Apesar de ter conhecido lugares incríveis, o motociclista destaca que a viagem não foi apenas de turismo. “Foi uma viagem para andar de moto, de superação pessoal e autoconhecimento. Na estrada, com o nível de atenção redobrada porque sua vida depende disso, é incrível como os problemas do dia a dia, que antes pareciam grandes, ficam pequenos”, revela. E o estado de alerta realmente tem que estar ativado durante todo o percurso, já que fome, cansaço e sono podem comprometer o desempenho em cima da moto. “Cheguei a dirigir 14 horas seguidas, parando apenas para abastecer, beber água e fazer um lanche leve”, diz Diego, revelando que chegou a percorrer 1320 km em um único dia, mas sempre respeitando os limites do corpo. Se houve imprevistos? Sim. Vários! “É pneu que murcha, gasolina que acaba longe de postos de combustíveis, desvios de rotas e roteiros... Enfim, são perrengues normais da estrada, o importante é saber contornar a situação com bom humor”. Por isso as dicas de segurança não param por aqui. Ele e todos os seus companheiros de viagem adotaram uma série de medidas preventivas antes e durante a trip para garantir o sucesso da empreitada. “Uma delas, por exemplo, é o check up dos veículos e do GPS. O plano de saúde e o seguro de vida também precisam estar em dia”, avisa. Uma alimentação leve, a ingestão constante de líquidos e proteção solar são outros pontos fundamentais. Na bagagem, apenas o essencial, como roupas adequadas para o clima dos lugares visitados e uma barraca. “Não reservamos hotel, então é importante ter esse cuidado porque pode haver necessidade de um acampamento. Isso não tem como prever”.
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foto: reprodução internet
SAÚDE Dra fernanda Mossumez
O
DETOX
nosso corpo possui um mecanismo de equilíbrio sutil onde as toxinas geradas conseguem ser naturalmente eliminadas. Nosso organismo possui um sistema equilibrado para a remoção destes produtos. Contudo, quando as células precisam funcionar e não tem como por conta das toxinas que ficam acumuladas no nosso corpo, temos um processo de intoxicação ou como eu gosto de chamar, “INTOX”.
Nosso estilo de vida atual tem produzido muito mais toxinas do que nosso corpo consegue expulsar. Contudo, o aumento na ingestão de produtos com conservantes, adoçantes artificiais, liberação de substâncias dos recipientes que estes alimentos são acondicionados ( como por exemplo embalagens plásticas), tudo que é industrializado, além dos poluentes ambientais como chumbo, mercúrio, arsênico, agrotóxicos, medicamentos, ufa... uma interminável lista poderia ser acrescida aqui. Aí o corpo começa a dar sinais de desgaste... falta de concentração, memória, retenção de líquidos, alterações nos hormônios, impaciência, irritabilidade, distúrbios de comportamento, dificuldade de perda de peso, entre outros sintomas. É ai que entra o DETOX, que cada dia mais ouvimos falar. As principais fontes de desintoxicação do nosso organismo são o fígado e o intestino, os quais além do excesso de toxinas, também sofrem com a falta de nutrientes adequados. A maioria das toxinas é solúvel em gordura, ou seja, considerando
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que a membrana da célula é formada de gordura( em todo o nosso organismo), o objetivo da desintoxicação é transformar estes compostos solúveis em gordura ( que têm efeito cumulativo e ficam armazenados nos depósitos de gordura), em substâncias solúveis em água para que possam ser excretadas pelo organismo. O processo na verdade é feito em três etapas. Normalmente em uma DETOX adequada, há a necessidade da eliminação de determinados tipos de alimentos por um período mínimo de sete dias. Solicita a exclusão durante este tempo de cafeína, glúten, PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS, bebida alcóolica, proteína de origem animal e lactose. Como são dietas restritivas e que mudam muito o metabolismo, além de terem o componente de excreção das toxinas do corpo, o adequado é que sejam feitas sob supervisão do médico ou nutricionista. Pacientes habituados a um maior aporte calórico, podem se sentir mais cansados e extenuados, caso pratiquem alguma atividade física de moderada a alta intensidade. Qual a periocidade que se recomenda este tipo de tratamento? Na realidade depende do quanto a sintomatologia relacionada ao processo de intoxicação prévia esteja alterando seu organismo. Por isto é fundamental a parceria do médico com o nutricionista. O ideal mesmo é procurarmos incorporar novos hábitos alimentares e atitudes a fim de que cada vez menos o processo de INTOX exija uma DETOX. www.drafernandamossumez.com.br/
saúde dr. joão vilaça
MEDICINA MODERNA LASER NA OFTALMOLOGIA
A
palavra LASER vem do acrônimo para a amplificação da luz por Emissão Estimulada de Radiação (Light Amplification by Stmulated Emission of Radiation), ou seja, uma luz altamente organizada (coerente). Pouca gente sabe, mas a oftalmologia foi a primeira especialidade na Medicina a utilizar o laser com objetivo de tratamento. O primeiro laser foi desenvolvido pelo físico americano Theodore H. Maiman em 1960 com cristal de rubi, abrindo caminho para a impressionante evolução dessa fantástica forma de energia para diversas aplicações na Medicina. À primeira vista, a palavra “laser” tem uma conotação de tecnologia avançada e futurística, e assim como os computadores, os lasers estão em constante e rápida evolução. Na oftalmologia, os lasers têm aplicações na área de diagnóstico (exames) e tratamento (terapêutico). Utilizamos no tratamento de diversas patologias, os lasers de argônio, criptônio, dióxido de carbono, nodímio-YAG e Eximer. Nas últimas duas décadas, os pesquisadores desenvolveram um laser que, ao reduzir a duração dos pulsos para a faixa de femtossegundos (10 -15 do segundo), tornou possível concentrar a energia em uma área cem vezes menor, aumentando significativamente o controle e a precisão de cirurgias na córnea e no cristalino. Interessante é que, como em muitas outras situações da história da Medicina, a descoberta foi acidental. Em 1992, um residente de Medicina da Universidade de Michigan, Ronald Kurtz, observou um corte limpo e perfeitamente delineado na córnea de um cientista que havia tido uma lesão acidental com um laser que estava estudando para a indústria automobilística. Eureka! Uma palavra criada por Arquimedes, que se encaixa bem nesta descoberta, pois o laser de femtosegundos veio revolucionar a cirurgia oftalmológica para sempre. O Intralase foi o primeiro laser de femtosegundos a ser aprovado pelo FDA em 2000, e, um ano depois, disponível para o mercado internacional, com crescente e rápida aceitação no mercado de cirurgia refrativa (correção do grau a laser). Hoje, utilizamos o laser de femtosegundos para realização de cortes mais precisos, o que reduz o índice de complicações e torna
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as cirurgias mais previsíveis. Nas cirurgias da córnea (camada transparente anterior do olho), é utilizado para a confecção do flap (fatia fina) para a realização do LASIK, técnica de cirurgia para correção de grau onde um laser chamado EXIMER molda a córnea em sua camada mais profunda. Para atingir esta camada, é preciso primeiro confeccionar uma fatia da córnea (flap), o que pode ser feito de forma mecânica (com lâmina do microcerátomo) ou a laser de femtosegundos. Quanto às outras aplicações do laser de femtosegundos na córnea existe a tunelização para implantes de anel intraestromal (anel de Ferrara), transplante de córnea, biópsia, incisões para astigmatismo, extração de lentícula (SMILE), e incisões para cirurgia da catarata. Atualmente, o laser de femtosegundos vem sendo uma ferramenta útil para a cirurgia da catarata. As novas versões deste laser permitem aplicá-lo nas camadas mais profundas como o cristalino. O laser é guiado por um sistema de imagens captadas por um tomógrafo de coerência óptica ( OCT), integrado ao laser de femtosegundos, o que permite o controle da cirurgia durante o procedimento.
A cirurgia de catarata a laser, como é chamada pela mídia, vem realmente permitir mais segurança, reduzindo o índice de complicações como infecção, maior previsibilidade cirúrgica e recuperação visual mais rápida.
que veio para ficar, mas, como toda nova tecnologia, seus custos são altos, o que inviabiliza sua aquisição para a maioria da classe médica, e que nos faz lembrar dos computadores pessoais, que eram caríssimos há 10 anos.
Na verdade, a cirurgia não é totalmente a laser. Os americanos a definem como “cirurgia de catarata assistida por laser de femtosegundos”, ou seja, o laser de femtosegundos realiza algumas etapas da cirurgia como incisões, abertura da cápsula do cristalino, fragmentação da catarata e posterior aspiração da mesma pelo aparelho de facoemulsificação tradicional.
O laser de femtosegundos evoluiu para uma plataforma que permite sua utilização para cirurgia da córnea e cristalino (catarata) em um aparelho único, viabilizando a aquisição do mesmo. Com a proposta de acompanhar a evolução tecnológica, e já com a experiência do laser de femtosegundos há quase cinco anos para cirurgia de córnea ( IntraLase FS), o Hospital da Visão de Pernambuco - HVisão adquiriu recentemente o laser de femtosegundos: VICTUS, da empresa americana Baush & Lomb, único aparelho no Norte-Nordeste, um dos quatro do Brasil e 160 no mundo.
No último congresso da ASCRS (American Society of Cataract and Refractive Surgery), em San Diego-CA, observamos que mesmo em um País tão rico como os Estados Unidos, os fatores “capital investido para aquisição do laser” e “custo por procedimento”, são problemas para aquisição dessa tecnologia na prática diária. A cirurgia tradicional acompanhada de lentes intraoculares “premium” ainda são as mais realizadas naquele país, o que nos faz refletir que o laser de femtosegundos é uma tecnologia emergente
Hvisão - Hospital da Visão de Pernambuco www.hvisao.com.br/ (81) 3117 9090 | 9609 0557
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Negócios Marivan Gadêlha
CAPITAL SOCIAL ESTRATÉGIA NO CRESCIMENTO DO GRUPO SER EDUCACIONAL
A
frente do Núcleo de Eventos do Grupo Ser Educacional, o Professor João Janguiê aposta no network para potencialização do Capital Social da instituição.
TERRA MAGAZINE - Qual a importância da realização de congressos no contexto do surgimento e da evolução do Grupo Ser Educacional? JOÃO JANGUIÊ - O grupo surgiu a partir do Bureau Jurídico, curso preparatório para concursos que funcionou por alguns meses na frente do Consulado Americano, depois, após a aquisição de um imóvel na Av. Joaquim Nabuco, passou a funcionar no bairro da Torre, imóvel adquirido após a realização do primeiro congresso realizado em 1996 no Centro de Convenções do Recife. O Bureau Jurídico foi o responsável pela realização dos eventos da Faculdade Maurício de Nassau até o final de 2013, quando deixou de existir, passando a se chamar Núcleo de Eventos do Grupo Ser Educacional, hoje responsável pela realização de congressos em quase todas as capitais do nordeste. TERRA - Como pesquisador e principal responsável pelo Núcleo de Eventos do Grupo Ser Educacional, o que mais lhe atrai no universo de atividades de sua área de atuação? JOÃO - O network. O relacionamento e a troca de conhecimentos e experiências com palestrantes, alunos, convidados e parceiros, que se renova e se fortalece na realização de cada evento. TERRA - Resumidamente define-se capital social, como o conjunto de potencialidades que podem ser utilizadas em favor de uma organização, pelas pessoas que compõem os quadros de influência de seus clientes, pelas redes de relacionamento de sua força de trabalho e, pela sua própria força de trabalho. A partir desta visão, como você poderia contextualizar os ganhos gerados pelo Núcleo de Eventos do Grupo Ser Educacional? JOÃO - Como principal responsável pela elaboração e coordenação de todos os eventos do grupo, o núcleo tem importância vital na divulgação de sua imagem de forma “saudável”, sem questionamentos e concorrências, agregando valor institucional e educacional a todos os participantes. Instituições de ensino precisam de bons professores que, por sua vez, precisam de alunos que desejam aprender e que, naturalmente, precisam de professores, caracterizando um “círculo” que não tem fim, onde o conhecimento é a base de tudo. Este círculo é potencializado
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naturalmente nos congressos que realizamos, onde a divulgação da marca e sua veiculação nas outras instituições de ensino, ocorrem de forma “leve”, sem que se force a quem quer que seja, nos permitindo estar em todos os lugares, compartilhando experiências, ideias e conhecimentos, fortalecendo nosso capital social e, consequentemtente, gerando ganhos incalculáveis nas dimensões do aprendizado, dos processos internos, do mercado e financeiro para nossa instituição. TERRA - Como está estruturada a equipe de colaboradores próprios e terceirizados do Núcleo de Eventos do Grupo Ser Educacional, incluindo os principais parceiros para a realização dos congressos? JOÃO - Já estamos no mercado há quase vinte anos, de forma que hoje o núcleo ja possui “corpo” próprio, sendo capaz de realizar eventos em diferentes cidades ao mesmo tempo. Temos uma estrutura operacional e logística pronta para atender a qualquer inscrito em nossos eventos. Realizamos nos dias 21 a 23 de maio no Centro de Convençoes de Recife, vários eventos simultâneos, sendo eles: O 1o Congresso Brasileiro de Engenharia Civil e Meio Ambiente, cujo tema é “MEIO AMBIENTE COMO BASE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”; O 1º Congresso Brasileiro de Aquitetura, Urbanismo e Design de Interiores, cujo tema é CIDADE SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL e, o Evento de Automação, cujo tema é “DESAFIOS PARA UM MUNDO COM SUSTENTABILIDADE”. TERRA - Quantos eventos em média são realizados por ano, que tipos de congressos você considera mais relevantes e quais são os números de beneficiados? JOÃO- Não há evento mais relevante, nossa equipe trata todos eles com a mesma importância. Realizamos em média 25 a 30 eventos por ano, sem considerar mini cursos e pequenos seminários. Alguns, como aqueles voltados para o Direito, chegam a alcançar mais de 7.500 participantes num único congresso. No entanto, nos últimos anos, temos alcançado em média 2.500 participantes/ evento, aproximadamente 30.000 beneficiados / ano. Nos eventos de engenharia que ocorrerão nos próximos dias teremos mais de 3.000 participantes. TERRA- A evolução na Tecnologia da Informação – TI que tem tido forte impacto no ensino a distância. Este cenário tem afetado o modelo atual de realização de congressos?
Foto Cleber Faustino
Professor João Janguiê JOÃO - Não, pois estamos permanentemente atentos a evolução em todos os tipos de mídias, de forma que transmitiremos nossos eventos para várias salas de aula do Grupo tem tempo real, ou seja, o aluno de Manaus, poderá assistir a uma palestra que estará acontecendo no Centro de Convençoes de Recife no mesmo instante. TERRA - No contexto do planejamento estratégico do Grupo Ser Educacional, quais são os principais desafios do Núcleo de Eventos nos próximos anos?
JOÃO - A criação de nova formatação para os modelos de conferências e palestras pois, os alunos estão se cansando, temos que interagir mais, criar e fomentar novos modelos de palestras, onde o aluno possa participar mais, questionar mais. No evento que iremos realizar em outubro em Salvador, o novo formato de “Talk Show”, será utilizado em todo o evento, de forma que o palestrante terá pouco mais de 10 minutos para sua apresentação e, duas horas para discussão com seus pares e com a platéia. Espero que, com isso, consigamos prender a atenção da platéia, fazer com que as pessoas sintam prazer em participar, que possam ficar três ou quatro horas assistindo aos debates.
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letras da terra POR Selma Vasconcelos
ILUMINURAS
Ser poeta é ter uma voz reconhecível dentre todas as outras Mário Quintana
H
á livros que uma vez publicados passam a ter uma destinação de perenidade tal a dimensão da lacuna que veio a preencher na história das letras. Este é o caso da obra Audálio Alves- vida e poesia organizado pela escritora Lourdes Nicácio e Silva.O livro reúne em um só volume os títulos publicados pelo autor no período de 1961 a 1987. Além da poesia, a obra é enriquecida por curtos ensaios de intelectuais, entre os quais Ângelo Monteiro, que na sua erudição contumaz considera a poesia de Audálio “de caráter barroco, não só no domínio métrico, mas na temática vincada pelo topos da fugacidade das coisas versus tragicidade na oposição entre matéria e espírito”. Conheci Audálio, inicialmente, através de jornais, revelando-se como brilhante articulista com estilo próprio, daqueles que o leitor ao ter o primeiro contato, o identifica em qualquer outra publicação, dado a força de sua palavra. Diga-se de passagem, que mesmo na prosa ele não conseguia esconder sua alma de poeta exposta nas entrelinhas do texto. A publicação de sua obra vem resgatar para as novas gerações, este grande valor pernambucano que não pode e não deve ser esquecido. Os temas da vida cotidiana, família, amigos, vida, morte, são tratados, com maestria , apreendendo o leitor e elevando-o além da realidade factual embora não fugindo dela. Esta é a alquimia própria e exclusiva dos grandes artistas. Todo resgate de vida e obra exige daquele que se propõe, um trabalho de arqueologia, de procura do inusitado e também do corriqueiro, da exploração da memória oral dos contemporâneos, do mergulho entre papéis, enfim, de um longo processo de pesquisa,seleção, catalogação e ordenação das preciosidades encontradas. Conheço bem este caminho quando pesquisei e publiquei a memória da vida e obra de outro pernambucano – João Cabral de Melo Neto. Por sinal, foi Audálio Alves quem leu o discurso de posse do poeta de O cão sem plumas na Academia Pernambucana de Letras. Para mim, confesso, foi uma emoção inusitada ler a poesia de Audálio, que veio “matar a saudade” do mergulho em uma poesia de mais valia,achado cada
OPINIÃO
D
a poesia, inadvertidamente, se cobra a compreensão objetiva do texto `a guiza da prosa, de características bem diversas daquelas do poema. Acontece que a questão da comunicabilidade, da necessidade do poema fazerse compreender, é uma discussão que remonta, no mínimo, ao início da modernidade, considerada por muitos na virada do século XVIII para o XIX quando da ruptura com o classicismo. O que caracterizou o movimento foi exatamente o rompimento com normas orientadoras da criação. Há, por outro lado, quem contextualize a modernidade com os movimentos de vanguarda do século XX, como os muitos “ismos’(dadaísmo, cubismo surrealismo etc.). Dentre as muitas leituras, fico catando algo que possa transmitir compreensivamente ao leitor que não é da seara. Por isto, dentre todos os critérios relativos à “oposição histórica” entre passado/presente, desponta o conceito do simbolista Baudelaire: “a modernidade é o transitório, o fugitivo, a metade da arte cuja outra metade é o eterno, o imutável”. Compreende-se que a “fera” francesa quis exatamente passar a noção de que o moderno hoje pode ser o clássico amanhã. A literatura, que considero prima pobre de todas as artes, alvo que é de incompreensões, desperta sempre a expectativa de” fazer sentido”,já que trabalha com a linguagem, atributo de todos os humanos. O bicho pega muito mais quando se fala em poesia, já que o poetas dos tempos pré-modernos eram tidos como seres
vez mais raro por esses nossos dias. Deixo aqui como amostra do que o leitor vai encontrar, pequeno trecho da grande poesia de Audálio. O verso a seguir está no poema Quartetos da elegia quarta considerado pelo autor como “estudo ao pé do túmulo de Carlos Pena Filho`a data comemorativa do seu falecimento: Saberei se me escutam quando falo/apenas de meus lábios a meus dentes/pois direi secretamente: eu a morte recuso quando venha. A morte não entendo ao trazer-te aqui / e alem dessas prisões enfileiradas, não beijou tuas mãos prostada ao solo”. A editora é a Nova Horizonte.
iluminados, arautos dos deuses, conceito este que nos persegue até os dias atuais dificultando a legitimação da poesia, como um fazer, uso artístico da palavra, arte da subtração, tanto quanto a pintura que navegou pelo impressionismo, cubismo, surrealismo, chegando ao abstracionismo. Na contemporaneidade, a poesia emancipou-se da linguagem discursiva, referencial, de sentido, diferentemente da prosa onde a lógica diretiva das palavras procura facilitar o entendimento através de significados explícitos e do compromisso com a realidade objetiva. A poesia, ao contrário, é o pincel do poeta, que não trabalha com tintas mas com o signo, é zona de liberdade e transgressão, descomprometida com regras lingüísticas, e como toda obra de arte, “traz para o universo do leitor a obra e suas infindas possibilidades de significações”. A comunicabilidade, em poesia, necessita da “decodificação do poema como objeto de arte”. Por último, falar do relâmpago que irrompe do poema é reiterar a sensação de prazer e pujança, causando estranhamento e que puxa o leitor para aquela floresta sem lhe apontar caminhos de descoberta. Para dar o que falar, deixo assertivas de dois ícones da poesia universal: “a poesia se faz com palavras, não com ideias”( Stephan Mallarmé), ou por outra, a insuperável poeta portuguesa Natália Correia, cujo poema “Em defesa do poeta” não deixa nada a ser dito: “senhores jurados, sou um poeta / um multipétalo, um uivo,um defeito.....uma avaria cantante......Ó subalimentados do sonho / a poesia é para comer”.
foto: reprodução internet
COM A PALAvRA POR céLIA LABANcA
Romantismo pelas ruelas da Alfama
olé! D
epois de um giro rápido por alguns países europeus para onde venho sempre que posso para justificar as minhas férias, acabo de chegar a Madri, ou Madrid, como querem os espanhóis das terras dos ancestrais do meu melhor companheiro de vida, e de viagens. Madri continua majestosa, e mais bela. A primavera está chegando. Os parques, praças, e jardins, já sorriem bem tratados e floridos. A Praça Maior, e a do Sol, onde tudo acontece, e pela Grand via, fervilha gente no entorno de lojas com preços acessíveis e artigos de despertar o desejo consumista no mais econômico de qualquer um de nós. Os restaurantes lotados com clientes esquecidos dos mais rigorosos regimes, valendo a pena ir e até voltar ao Restaurante Botin, considerado o mais antigo do mundo, onde se deve comer de joelhos! Os Museus que são muitos, com filas e mais filas às suas portas, vivos, dão oportunidades aos que os visitam de terem um contato profundo com a arte, e a história que eles distribuem aos mais sensíveis, são de fazer inveja a qualquer um, e até instigar, ou humilhar qualquer poder público, de qualquer lugar, que não dimensione suas importâncias para a cultura e a cidadania. As mulheres de Madri são muito bonitas e bem vestidas, e a juventude alegre e barulhenta. Os homens são elegantes e gentis, desde o porteiro do hotel, aos garçons, motoristas, e até os mais graduados. Os serviços públicos são de primeiro mundo mesmo, apesar da crise que tem consumido aquele país de forma tão contundente,
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motivando inclusive manifestações populares diárias, mas ordeiras, contra e a favor de partidos políticos, e das reformas que o governo começa a fazer na tentativa de minorá-las. – Lá, como de resto em todo o continente, a economia tem sido feita de todas as formas. As escadas rolantes das lojas e dos metrôs, para descer, estão desligadas na grande maioria dos países. O transporte público tem trafegado com biogás e biodiesel. Especialmente aqui, até a famosa e tradicional sesta tem diminuído. Entendem todos que mais horas de trabalho, e o trabalho mais cedo são fundamentais para que o país possa sair da crise mais rápido. – Só não economizam gentileza. Eles sabem o valor de cada turista! Estou me reportando à Espanha e à Madri porque aqui se encontram problemas parecidos com os nossos em termos econômicos, e de ética, embora tudo seja tratado com o povo absolutamente atento, com compreensão, e com maior civilidade por conta de seus tantos anos de existência, e das preocupações do governo em responder com algum respeito a todos. Depois daqui, da Bélgica, e da França, me resta chegar a Portugal, à minha Lisboa querida, passear de bondinho o meu romantismo pelas ruelas da Alfama, ver lá de cima uma paisagem das mais bonitas que conheço, ir à Brasileirinha e tirar outras fotos junto à estátua de Fernando Pessoa, comer muitos pastéis de Belém, e ir ao melhor restaurante de lá, o Le Petit Café na subida da Sé, onde quem não gostar não paga, encontrar os meus amigos Gil, seu proprietário, de Wander, seu gerente, tomar um bom vinho, e dizer olé à vida, você tem sido muito generosa comigo.
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Reprodução internet - foto: Aline Arruda | www.flickr.com
por SóFOCLES MEDEIROS
camilo cavalcante uMa proMissora estreia coMo diretor de longas
AS ORIGENS Nasceu no dia 08 de outubro de 1974, em Recife. Como seus pais eram médicos que trabalhavam na saúde pública, sendo transferidos frequentemente, durante a sua infância morou em diferentes cidades interioranas de Pernambuco, Piauí e Paraíba, até que a família se fixou em Recife. Com isto, ele teve uma visão do sertão nordestino que seria importante na sua maior obra. Estudava na mesma escola dos filhos dos agricultores locais e convivia com eles o tempo todo. Cursou Jornalismo na uFPE, durante o qual realizou sua primeira obra audiovisual, “Cálice” (1995), em vídeo vHS, que tinha como temática um assassinato ocorrido na Casa de Estudante da uFPE. Em 1996, foi para Cuba participar de uma oficina de roteiros e, durante o curso, realizou “Hambre Ombre”, obra que alcançou uma boa repercussão em alguns festivais. AS DIVERSAS FACETAS Em 1999, criou o manifesto “Cinema Cabra da Peste”, propondo um cinema mais próximo do cotidiano. Dirigiu a série “Olhar”, exibida no Canal Brasil em 2012, apresentando a vida e a obra de 10 cineastas pernambucanos de diversas épocas e tendências. Também dirigiu, ao lado de Cláudio Assis, de quem foi sócio na produtora Parabólica Brasil, o documentário “Eu vou de volta”, que registrava histórias da migração nordestina no Brasil, para a série “Cinco sobre Cinco Documentários”, exibida na TvE, em 2013. Seus curtas (ver filmografia no final) renderam mais de 120 prêmios, preparando o terreno para a produção de um longa, que seria muito bem recebido pela crítica e pelo público. A OBRA MAIOR Seu longa de estréia chama-se “A História da Eternidade” e narra a vida de três mulheres, em diferentes fases de suas vidas, que vivem num pequeno vilarejo do sertão nordestino. Apesar de existir um curta com o mesmo título, lançado em 2003, as histórias contadas são bem diferentes. O filme foi rodado na comunidade de Santa Fé, um vilarejo que fica a uns 60 km da cidade Petrolina, um local ainda sem acesso à internet e ao sinal de celular.
Na nossa opinião, o sertão brasileiro nunca foi tão bem retratado desde as obras primas “vidas Secas” (1963, dirigido por Nelson Pereira dos Santos) e “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964, dirigido por Glauber Rocha). A fotografia, digna de cartões postais, é de Beto Martins, do sertão da Bahia. A trilha sonora consegue misturar com harmonia composições originais do polonês Zibgniew Preisner (autor das músicas dos filmes de krzysztof kieślowski, o diretor da “trilogia das cores”) com as de Dominguinhos, num de seus últimos trabalhos. Parece difícil acreditar que o projeto de realização do filme quase foi inviabilizado pela não aprovação em diversos editais em que participou. um fato interessante é que o filme só entrou no “Festival de Paulínia”, em 2014, de última hora, em substituição a um documentário sobre a vida de Cássia Eller que não foi finalizado a tempo. E terminou como o grande vencedor, sendo agraciado com os seguintes prêmios: “Melhor Filme” (público e crítica), “Melhor Diretor”, “Melhor Ator” (irandhir Santos) e “Melhor Atriz” (que foi dividido por Debora ingrid, Marcélia Cartaxo e Zezita Matos). OS NOVOS pROJETOS Atualmente, Camilo finaliza o documentário “Beco” e começa a préprodução de “king kong en Asunción”, seu segundo longa, sobre um velho matador em crise, que resolve conhecer a filha no Paraguai. No ano que vem, pretende rodar outro enredo que se passa longe do sertão: “Bette Davis Eyes”, drama sobre uma artista às vésperas da aposentadoria. FILMOGRAFIA Curtas: “Hambre Hombre” (1996); “Alma Cega” (1997);“Ocaso” (1997); “Amorte” (1999); “Leviatã” (1999); “Matarás” (1999); “O Velho, o Mar e o Lago” (2000); “A História da Eternidade” (2003); “Ave Maria ou Mãe dos Oprimidos” (2003); ““Rapsódia para um Homem Comum” (2005); “O Presidente dos Estados Unidos” (2007); “Ave Maria ou Mãe dos Sertanejos” (2009); “My Way” (2010); “Os Dois Velhinhos” (2011). Longa: “A História da Eternidade” (2014).
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curta
#CINEMA
A espiã que sabia de menos
Missão Impossível: Nação Secreta
Susan Cooper é uma despretensiosa analista de base da CIA, e heroína não reconhecida por trás das missões mais perigosas da Agência. Mas quando seu parceiro sai da jogada, e outro agente fica comprometido, Susan se voluntaria para se infiltrar no mundo de um traficante de armas mortais e evitar um desastre global.
Ethan Hunt (Tom Cruise) descobre que o famoso Sindicato é real, e está tentando destruir o IMF. Mas como combater uma nação secreta, tão treinada e equipada quanto eles mesmos? O agente especial tem que contar com toda a ajuda disponível, incluindo de pessoas não muito confiáveis...
Dragon Ball Z – O Renascimento de Freeza
Sorbet e Tagoma, dois remanescentes do exército de Freeza, chegam à Terra em busca das Esferas do Dragão. A ideia é reuni-las para ressuscitar seu antigo líder, que faleceu após uma batalha contra Goku. O plano é bemsucedido e, com isso, Freeza retorna disposto a se vingar. Para tanto ele se prepara durante meses, de forma que possa reencontrar Goku no auge do seu poder.
Jurassic World – o mundo dos dinossauros
Cidades de papel
O Exterminador do Futuro: Gênesis
Quinto episódio da franquia O Exterminador do Futuro (1984), na qual Arnold Schwarzenegger interpreta um androide futurista que ataca os terráqueos.
O Jurassic Park, localizado na ilha Nublar, enfim está aberto ao público. Com isso, as pessoas podem conferir shows acrobáticos com dinossauros e até mesmo fazer passeios bem perto deles, já que agora estão domesticados. Entretanto, a equipe chefiada pela doutora Claire passa a fazer experiências genéticas com estes seres, de forma a criar novas espécies. Uma delas logo adquire inteligência bem mais alta, se tornando uma grande ameaça para a existência humana.
A história é centrada em Quentin Jacobsen (Nat Wolff) e sua enigmática vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman (Cara Delevingne). Ele nutre uma paixão platônica por ela. E não pensa duas vezes quando a menina invade seu quarto propondo que ele participe de um engenhoso plano de vingança. Mas, depois da noite de aventura, Margo desaparece – não sem deixar pistas sobre o seu paradeiro.
reconhecimento
Fabian Gomes, Iremar Mendonça, Marta Queiroz Gama, Mônica Paiva, Osvaldo Luna e Terry Hill
Concessionária da Paraíba é a melhor do Brasil por Redação Terra
S
er a melhor entre todas em um País de dimensões continentais como o Brasil não é fácil. Uma premiação dessas envolve um número maior de concorrentes e uma variedade enorme de possibilidades. Mas, quando há um trabalho focado e uma equipe comprometida, o reconhecimento é uma consequência. E foi assim que, no dia 13 de abril, a concessionária paraibana Rota Premium Jaguar Land Rover ganhou três premiações nacionais. Dentre elas, a loja ganhou a maior de todas as distinções, que foi o de “Melhor concessionária do ano fiscal 2014/2015”, além de “Melhor pós-vendas” e “Melhor gerente de pós-vendas”. Em todo o Brasil existem 40 show rooms Jaguar Land Rover, cinco das quais integram o Grupo Rota Premium, que também atua nas praças de PE e BA. O anúncio da premiação foi feito na convenção anual dos concessionários na cidade de Mogi das Cruzes, São Paulo. Quem esteve por lá e recebeu a placa de reconhecimento dos organizadores da premiação foi a gerente comercial do grupo Rota Premium, Marta Queiroz Gama, a gerente geral da Rota Premium Paraíba, Mônica Paiva e o gerente de pós-vendas da concessionária, Osvaldo Luna, que também foi premiado. Além de levar a premiação de melhor do ano fiscal 2014-2015, a Rota Premium João Pessoa também se destacou como a melhor concessionária em serviços de pós-venda e também teve seu gerente de pós-vendas, Osvaldo Luna, reconhecido como o melhor gerente da categoria no Brasil. No final, a loja recebeu três, das oito premiações. Para se chegar à esta conclusão, auditores vieram diretamente da Inglaterra, sede da Land Rover, para avaliar cada critério da premiação, levando em consideração que as concessionárias no Brasil precisam atingir padrões internacionais de atendimento e oferta de serviços. A Rota Premium Paraiba, no caso, mostrou que atingiu todas as metas exigidas para ser a melhor concessionária do País. Para a Gerente da concessionária, Mônica Paiva, a distinção é um
reconhecimento pelo esforço e pelo constante aperfeiçoamento para atender os clientes da melhor forma possível. “Não é só venda ou pós-venda, é relacionamento. Isso garante que, como equipe, busquemos não só atender o cliente em suas necessidades, mas surpreendê-los sempre superando suas expectativas”, comentou Mônica, mostrando o porquê da liderança. “Temos um maravilhoso produto que são os carros da Jaguar/Land Rover, mas, mais que isso estamos focados nos nossos clientes. Na relação que estabelecemos com eles e que se consolida a cada novo negócio”, destacou Mônica. Para o empresário da construção civil, José Neto, o atendimento e a estrutura da loja na Paraíba são “TOP”, sem deixar de mencionar a gerência e o pós-vendas. “A concessionária está de parabéns pelo prêmio. Ela realmente é maravilhosa, principalmente em se tratando de atendimento e estrutura. A gerência e os serviços de pós-vendas também são itens de alta qualidade na concessionária que estimulam a venda e atraem os clientes. Parabéns mesmo”, destacou o empresário. “Excelente”. Foi assim que o médico Og Arnnaud avaliou a concessionária Rota Premium, frisando que o atendimento realmente é o grande destaque da loja. “Dentre todos os serviços oferecidos pela concessionária, eu destacaria o atendimento, que é perfeito, personalizado”, disse o médico, que foi o primeiro pessoense a rodar com um Land Rover na cidade, há mais de 20 anos. “Na época comprei em Recife, porque já gostava do carro e ainda não tínhamos a loja por aqui”, comentou, comemorando a existência de uma Land Rover na Paraíba. “Muito bom, muito bom. O prêmio faz jus aos serviços oferecidos pela concessionária”, disse ele. Os prêmios para “Melhor concessionária do ano” e “Melhor serviço de Pós-venda” são duas viagens: uma para assistir ao Grande Prêmio de Fórmula I, em Mônaco, e outra para a Capadócia, na Turquia, respectivamente. Já Osvaldo Luna, que ganhou a distinção de “Melhor gerente Pós-venda” vai conhecer os Vinhedos do Chile. Além disso, a concessionária recebeu três placas de reconhecimento por cada uma das distinções.
hOMENAGEM NELcY cAmPOs
O HERÓI QuE sALVOu O REcIFE
Nelcy campos O
busto do prático da barra Nelcy da Silva Campos está pronto para ser recolocado no Terminal Marítimo de Passageiros do Porto do Recife. O trabalho de reparação que durou 20 dias foi feito pelo escultor pernambucano Demétrio Albuquerque, que também foi o criador da obra, instalada na Praça do Marco Zero, em setembro de 2003. Naquela ocasião, Nelcy Campos foi homenageado pelo 3º Distrito Naval da Marinha, em uma cerimônia alusiva ao Dia Mundial do Marítimo, por ter salvado Recife de uma catástrofe ao rebocar para alto mar um navio petroleiro em chamas. A previsão é de que a escultura seja reinaugurada neste mês de maio. Com cerca de 25 quilos, esculpida em resina e pó de mármore, a escultura de 80 centímetros recebeu um tratamento especial, delicado e minucioso. O artista Demétrio Albuquerque se debruçou, principalmente, na limpeza da fuligem, provocada pelo escapamento dos veículos, que ficou incrustada na obra. Para o artista, o resultado do trabalho lhe rendeu orgulho e satisfação. Apesar de não conhecer a história do então prático da barra (espécie de guia para embarcações), Demétrio passou a admirar a determinação e o feito de Nelcy Campos, que salvou o Recife da explosão de um petroleiro que estava em chamas no Porto do Recife. “Muitas vezes não conhecemos a figura nem a biografia daqueles que retratamos em esculturas. Contudo, eu me surpreendi, não apenas com a coragem de Nelcy Campos, mas também com a atitude independente dele, que tomou a decisão solitária de evitar uma possível catástrofe”, reverencia. REGISTRO HISTÓRICO O feito heróico do prático Nelcy Campos completou 30 anos neste mês de maio. Em 1985, ele rebocou para longe da costa o navio petroleiro Jatobá, que pegou fogo e cujas chamas ameaçavam explodir o Parque de Tancagem do Brum, onde estavam armazenados 153 mil metros cúbicos de produtos inflamáveis. A situação de risco começou por volta da 1h30 da madrugada de um domingo, quando um dos três tanques do navio explodiu, deixando a embarcação em chamas. Atracado no Porto do Recife, o petroleiro carregava 1.500 toneladas de gás butano, conhecido como gás de cozinha.
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O pior é que o incêndio e as explosões em série poderiam atingir o Parque de Tancagem do Brum, que estava a 500 metros do petroleiro e armazenava mais de cento e cinqüenta mil metros cúbicos de produtos inflamáveis. De acordo com os técnicos, uma explosão no local destruiria tudo num raio de cinco quilômetros, atingindo os bairros de Santo Antônio, Recife Antigo, Boa vista, Brasília Teimosa e Pina. Todo o efetivo do Corpo de Bombeiros do Recife foi mobilizado para combater o incêndio, mas os homens não conseguiram debelar as chamas, que chegavam a 20 metros de altura. A situação era tão grave que o então governador de Pernambuco, Roberto Magalhães, foi acordado às presas e teve que deixar o Palácio do Campo das Princesas, onde morava, localizado no Bairro da Boa vista. Foi nessa situação que o prático da barra Nelcy da Silva Campos, então com 54 anos, foi chamado às pressas em sua casa pelas autoridades responsáveis pela Capitania dos Portos. Ele chegou ao porto por volta das duas horas da manhã e, com a ajuda de alguns auxiliares, começou um perigoso trabalho. Distribuindo as ordens, chegou a serrar dois dos nove cabos do navio petroleiro, que estava ancorado no Armazém A-1. um desses cabos, que foi amarrado a outro de 200 metros, serviu para prender o petroleiro no reboque Saveiro. Para que a saída do Jatobá fosse possível, também foi preciso movimentar os navios que estavam na frente e atrás dele. Só depois desse difícil trabalho, a embarcação em chamas pode ser rebocada para alto mar, onde não representava mais perigo para os recifenses. O petroleiro foi deixado à deriva a aproximadamente cinco quilômetros da costa. Ao voltar ao porto, já na manhã da segunda-feira, dia 13 de maio, Nelcy Campos foi recepcionado pelo governador Roberto Magalhães, pelos amigos e pela família, que o esperava ansiosa. Ao chegar, ele declarou: “Nunca me vi em situação tão difícil e perigosa, mas pensei logo na população. Mesmo sabendo que poderia morrer, parti para a operação”. Nelcy da Silva Campos nasceu no Recife no dia 21 de janeiro de 1931. Trabalhou durante 25 anos como prático, ofício que aprendeu com o pai. Morreu no dia 27 de setembro de 1990, de causas naturais.
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CRÔNICA
Carlos Alberto Pinto Sócio da Lins & Pinto Advocacia. Especializado em Planejamento Tributário
50tinhas, onde vão parar? 4h50
de um desses meus dias trafegando pela maior avenida em linha reta do Brasil e da América Sul, me deparei com algo difícil de acreditar. De cabelo invocado, com um loiro amarelado e desenhos laterais, aquele menino que trajava uniforme de torcida organizada, pilotava uma motocicleta ainda mais incrementada que seu próprio estilo. Municiado em sua mão esquerda de um latão de cerveja, aquele rapazote, parado ao sinaleiro, com sua outra mão, acelerava cada vez mais aquele motor que de 50 cc não tinha mais nada. É o que se poderia concluir quando daquele barulho ensurdecedor que escapava do escapamento, adulterado para este fim e, chamava a atenção de todos que esperavam o sinal abrir. Era o retrato da perfeita impunidade, que se viu ainda mais enriquecido, ao atentar-me que do outro lado, sob a regência do mesmo sinal, dois policiais assistiam a tudo aquilo de maneira passional, como se nada estivesse ocorrendo. A verdadeira ignorância às leis aplicáveis a nós, meros mortais. - Meu Deus, a que ponto chegamos? Pensei comigo mesmo, em voz alta. Inventada em 1869, por um Norte Americano e um Francês, o que se tinha na verdade, era uma bicicleta movida por um motor a vapor. Quando em 1885, fruto da ideia de um garoto de 16 anos, se teve o registro do motor à combustão de gasolina. Já no Brasil, a primeira motocicleta foi fabricada pela Monark em 1951. Nos anos 60 passou um tempo esquecida, em razão do avanço do mercado automobilístico e por isso muitas indústrias fecharam suas portas. Tendo retomado seu aparecimento nos anos 70, perpetuando-se desde lá, algumas marcas como Honda e Yamaha. Fruto de uma evolução histórica, o uso desta categoria de motocicleta, está submetida às mesmas regras que às aplicadas às motos convencionais, mesmo sendo de baixa cilindrada. É exatamente por isso, baixa cilindrada, que estas "pestinhas"não poderiam, sequer, estar circulando em vias de trânsito rápido e sobre calçadas de vias urbanas. Não é minha opinião, é a lei! Art. 57 do Código de Trânsito Brasileiro. É meu amigo leitor. Dura Lex, Sed Lex, ou seja, a LEI é dura, mas é a LEI. Quer gostemos ou não, é ela que regula as relações sociais. Que equilibra nossas atitudes. Que rege nossos comportamentos enquanto em sociedade. É dela que sai o certo e o errado, social.
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Entretanto, apesar de sermos testemunhas diárias destas afrontas ao nosso estado em sociedade, nos tornamos inertes a este tipo de problema que afeta não apenas o nosso cotidiano, mas também os nossos bolsos como contribuintes. É desnecessário lembrar, que somos submetidos ao pagamento de Tributos, Taxas.... Valores estes, que deveriam ser utilizados de maneira a proporcionar investimentos para prover melhorias na nossa qualidade de vida, como por exemplo: melhorias ao trânsito, que está cada vez mais imobilizado, diga-se de passagem!. Ao invés disso, os gastos com tratamento de acidentados, que por um desleixo, se torna uma "arma branca" nas mão daqueles, que muitas vezes, não poderiam, por lei, sequer, estar pilotando cinquentinhas, são cada vez mais elevados. Acidentes que decepam, incapacitam e abarrotam os corredores e UTI's de hospitais públicos. Gastos elevados, que poderiam estar sendo direcionados para setores mais carentes, como educação, judiciário, por exemplo. Acidentes na grande maioria causados por imprudências praticadas por jovens de 12, 15 anos, que terão que aprender a lidar com a falta de uma perna, de um braço, ou pior, famílias que perdem seus filhos ou seus entes queridos, vítimas das apelidadas cinquentinhas. Não devemos, enquanto cidadãos, nos confortarmos com as cenas repudiantes presenciadas em nosso cotidianos, na qual o personagem principal é sempre ela, a 50tinha. Não quero estimular a discriminação do uso deste meio de transporte, que tão bem se adapta ao corre corre do dia-dia. Muito pelo contrário! Ainda mais quando lembramos que muitos pais de família, respeitam as leis de trânsito e levam o sustento de seus dependentes com o uso destas mobiletes. É por isso que defendo a aplicação da Lei de maneira equânime e não igualitária, preservando as diferenças. Se estamos em momento de crise, e não se fala em outro assunto que não seja enxugar os gastos públicos, enxergar este problema social sob esta ótica, parece ser uma boa ideia, não acha? Não restam dúvidas, que serão geradas economias na saúde. O caminho é árduo, eu sei. Mas em algum momento esta atitude precisará ser tomada e quanto mais tempo perdermos, maior perto do esquecimento ficará a lei, que deve ser aplicada a este caso concreto. Senão for assim!!! Até onde irão os inimputáveis condutores das cinquentinhas????