PERNAMBUCO PASSA POR AQUI
ARQUITETURA
Casa Cor São Paulo Brunete fraccaroli
Música
o poeta do amor Nando Cordel
Diário de bordo
o caminho das índias mirella martins
Enogastronomia circuito recife
Por trás da gravata Dr. Fernando Basto
moda e beleza
juíza andréa cartaxo
Case de Sucesso de pai para filho família Pinteiro
mercado
hub nordestino
Test drive Audi S3
FERNANDA DIAS
O pioneirismo e a tradição da casa dos frios R$ 19,90 / ED. 35 /jun/jul/2015
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A Globo Nordeste está presente em cada canto do nosso Estado. Para levar notícia, informação, entretenimento e cultura para todos os pernambucanos. Porque é através da tela da Globo Nordeste que Pernambuco se vê.
UNIDADE ESPINHEIRO
EDITORIAL
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Claudio Barreto Diretor
EDITOR Claudio Barreto DRT/PE - 5254 Izabelle Rino editor@terramagazine.com.br (81) 9504 7550 REDAÇÃO/CONTEÚDO DA EDIÇÃO Ana Paula Bernardes Andrea Nunes Carlos Alberto Pinto Célia Labanca Claudio Barreto João Coscardo Luiza Tiné Paulo Azul Selma Vasconcelos Marcela Cartaxo Marivan Gadelha Mirella Martins Izabelle Rino Sófocles Medeiros
abores, tradição e família representam essa senhora de gestos delicados e que, através das receitas passadas por seus ascendentes, nos remete a uma viagem no tempo. Fernanda Dias é uma das referências da tradicional culinária pernambucana. E é com esse clima especial que chegamos à 35ª edição.
para grandes emoções sobre quatro rodas em alta velocidade. Finalmente sobrevoamos o oceano e contemplamos a Índia sob o olhar de Mirella Martins, de Varanasi a Déhli.
“Navegar é preciso, viver não é preciso” já dizia Fernando Pessoa, para outra viagem, esta em águas mornas e tranquilas, onde a família Pinteiro embarca no mercado náutico pernambucano com seu estaleiro. Do mar para a estrada, visitamos o autódromo de Caruaru que foi o palco
E finalmente para alçar voos mais altos, Recife está entre as grandes capitais do nordeste como forte candidata a centro das grandes rotas internacionais com o hub do grupo Latam Airlines. Embarque conosco e desfrute de uma boa leitura.
E a viagem continua através da enogastronomia nos charmosos restaurantes da nossa Veneza, com harmonizações perfeitas. Em sequência, Entre as várias inspirações da nossa o lado B de profissionais bem sucedidos cultura, está Nando Cordel, cantor, como Fernando Basto e Andréa Borges compositor que nos leva em uma Cartaxo. viagem através do balanço gostoso dos seus ritmos e ao encontro com a paz, A Simião Martiniano, in memoriam, a serenidade e o convívio familiar. Nas dedicamos um espaço para enfatizar o artes plásticas, conhecemos o trabalho quanto contribuiu para o audiovisual de Gegê Pedrosa e suas esculturas em pernambucano com seu olhar bem madeira machetada. humorado e intrigante.
Claudio Barreto
FOTOGRAFIA Armando Artoni Gleyson Ramos PROJETO WEB/EDIÇÃO IMAGEM Geraldo Donald Pedro Menezes
35ª EDIÇÃO JULHO de 2015 CAPA | FERNANDA DIAS FOTO | ARMANDO ARTONI
COMERCIAL Jô Santana comercial@terramagazine.com.br (81) 9605 4604 Leandro Penedo projetos@terramagazine.com.br (81) 8850 8086 REPRESENTANTE - BRASÍLIA Juliano Barreto (61) 3451 3707 IMPRESSÃO - GRÁFICA MXM Tiragem 5.000 exemplares
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ÍNDICE
EQUIPE colaboradores
16 | Mundo por Izabelle Rino 18 | Case de Sucesso família Pinteiro 20 | música Nando Cordel 24 | cultura Gegê pedrosa 26 | Capa Fernanda Dias 30 | Arquitetura 42 | Espaço design por Paulo Azul 50| Moda 59 | Diário de bordo - Mirella Martins 62 | Por trás da gravata - Fernando Basto
Izabelle Rino Editora
66 | Gastronomia 72 | social terra magazine
Luíza Tiné jornalismo
JAGUAR dynamic tour 2015
foto Gleyson Ramos
76
ana paula bernardes jornalismo
célia labanca com a palavra
Paulo Azul espaço design
Armando Artoni fotógrafia
GERALDO DONALD projeto web
rildo saraiva enogastronomia
Sófocles Medeiros cinema
78 | Test drive 80 | veículos 82 | MERCADO 86 | nEGÓCIOS por marivan gâdelha 88 | Saúde 92 | Beleza
selma vasconcelos letras da terra
DRª Fernanda Mossumez saúde
marivan gadelha negócios
94 | Cinema 97 | Série Cinema Pernambucano 98 | Reconhecimento - prêmio literarte 100 | Com a palavra Célia Labanca 101 | Dicas para leitura - andréa nunes 102 | Letras de Terra - selma vasconcelos 105 | portal terra magazine 106 | Espaço jurídico 108 | Crônica
marcela cartaxo moda
JOÃO COSCARDO BELEZA
Carlos Alberto Pinto CRÔNICAS
É o Governo Federal trabalhando para o Brasil avançar.
PREVINA-SE, FAÇA O TESTE DO HIV/AIDS E SIGA EM FRENTE
MUNDO POR IZABELLE RINO
O Candidato Demo-Cat
O Gorila Galã
Shabani faz as japonesas suspirarem e virou um objeto de desejo e admiração no país. Só que ele não é ator ou integrante de alguma das boy bands que as mulheres mais jovens tanto apreciam. Ele é um gorila que vive no zoológico da cidade de Nagoya, na região central do país. As mulheres que visitam o local, segundo a mídia, chegam a desmaiar. O motivo para tamanha admiração ainda não está muito claro, mas o fato é que Shabani "viralizou" depois de várias fãs postarem fotos em redes sociais, em março. Elas elogiam seu olhos negros e seu físico musculoso. Segundo o zoológico, Shabani está bem mais "em forma" que os outros gorilas com quem divide espaço. Aparentemente, o primata também "posa" para fotos como se fosse um modelo. E, desde então, o gorila virou um modelo de masculinidade para as admiradoras. Especialmente depois de o zoológico ter informado ao público que Shabani dedicava atenção especial a seus dois bebês gorilas.
Você conhece o gato Limberbutt McCubbins? Ele está concorrendo à Presidência dos Estados Unidos, inclusive já entrou com sua papelada na Comissão Eleitoral Federal. McCubbins está registrado como democrata, mas o seu material de campanha descreve-o como um Demo-cat. "Nós não estamos aceitando doações neste momento", disse Isaac Weiss, 17, um dos dois "gerentes" de campanha do gato. "Se mais tarde nós decidirmos aceitá-las, serão repassadas para associações de defesa dos animais." Além da discussão da reforma eleitoral, Weiss afirmou que as outras grandes questões da campanha do Demo-cat são proteger o meio ambiente e a legalização da planta catnip (ou erva-dos-gatos, já que os gatos domésticos são muito atraídos pelo odor dela e ficam doidões).
Um Monstro na Medicina
O primata passou a ser visto como modelo perfeito de homem japonês moderno: atraente e pai responsável. Para muitas mulheres japonesas, especialmente as que trabalham, este tipo de homem é coisa de sonho, o que explica a duradoura popularidade do principal ídolo pop do Japão, o cantor Takuya Kimura, de 42 anos, pai de dois filhos.
Pobreza Crescente
Um oncologista americano foi condenado a 45 anos de prisão por submeter centenas de pacientes a quimioterapias desnecessárias em troca de comissão de companhias de seguro-saúde. Os tratamentos agressivos impostos pelo médico Farid Fata, que tinha sete clínicas na região de Detroit, no Estado de Michigan, afetaram seriamente a saúde de 553 vítimas.
Dados do relatório anual de dívida social da Argentina, indicam que a pobreza no país cresceu em 2014 até 28,7%, 1,3 ponto percentual acima do índice registrado em 2013, segundo informações divulgadas pela Universidad Católica Argentina (UCA). De acordo com Barômetro elaborado pela UCA, "foi registrado um crescimento da taxa de pobreza tanto em lares como na população". Segundo o relatório, a pobreza nos lares passou de 18% para 18,3% entre 2013 e 2014, enquanto a incidência da pobreza na população cresceu de 27,4% para 28,7%. Além disso, para a UCA, a taxa de indigência em lares passou de 3,2% a 3,4%, enquanto a indigência na população aumentou de 5,4% para 6,4%.
Especialistas que avaliaram os pacientes de Fata descobriram que os tratamentos eram agressivos demais para os tumores diagnosticados e, em alguns casos, o paciente nem mesmo tinha câncer. "Ele cometeu uma série de atos criminosos horríveis", disse o juiz Paul Borman, ao anunciar a sentença. Ao longo do julgamento, o juiz ouviu histórias de pessoas que tiveram sequelas como ossos frágeis e órgãos internos queimados pelo tratamento agressivo e desnecessário. Fata, de 50 anos, implorou por misericórdia no tribunal. "Eu usei mal meus talentos, sim, e pequei por causa de poder e ganância. Minha busca por poder é autodestrutiva". Ao todo, a fraude rendeu ao médico 17 milhões de dólares das companhias de seguro-saúde.
Nome Emprestado
Motivo de briga entre amigos e familiares, emprestar o nome para alguém é uma tremenda responsabilidade, mas nem por isso deixa de ser uma prática comum no Brasil. Uma pesquisa inédita feita pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) mostra que dois em cada dez brasileiros já fizeram compras para terceiros, com a promessa de receber no futuro. Entre os entrevistados que afirmaram ter pedido o nome de alguém para conseguir crédito, 31% estavam em algum cadastro de inadimplência. Outros 24% afirmaram que já não tinham mais limite no cartão ou cheque especial. Segundo a pesquisa, 19% afirmaram já ter pedido o cartão de crédito de alguém para fazer uma compra. Pais (32%), amigos (21%) e familiares (20%) são as pessoas que costumam emprestar. Esse também é o meio de pagamento mais perigoso quando o assunto é endividamento.
migrações e terrorismo
Números Alarmantes!
Suicídio é principal causa de morte entre homens japoneses com idades entre 20 e 40 anos. No ano passado, no Japão, mais de 25 mil pessoas cometeram suicídio. Isso dá uma média de 70 por dia. A maioria delas, homens. Estes números não representam a maior taxa de suicídio entre países desenvolvidos. O título ainda cabe à Coreia do Sul, com uma média anual de 28,9 suicídios por 100 mil habitantes. Mas estão muito acima de outras nações ricas. O índice japonês de 18,5 suicídios para cada 100 mil habitantes é, por exemplo, três vezes o registrado no Reino Unido (6,2) e 50% acima da taxa dos Estados Unidos (12,1), da Áustria (11,5) e da França (12,3). "O isolamento é o fator número um que antecede a depressão e o suicídio", diz o psicólogo Wataru Nishida, da Universidade Temple, em Tóquio. "Hoje em dia, são cada vez mais comuns histórias de idosos que morrem sozinhos em seus apartamentos. Eles estão sendo negligenciados. Os filhos costumavam cuidar de seus pais no Japão, mas isso não ocorre mais".
empréstimo bilionário
A falta de alimentos e reservas de água devido ao aquecimento global pode causar migração populacional significativa, desorganizar os países e favorecer o terrorismo, em particular no Oriente Médio e na África - alertam especialistas internacionais. Um relatório intitulado "Alterações climáticas, uma avaliação dos riscos", traz previsões de cientistas, analistas políticos, especialistas em risco financeiro e militares de um cenário sombrio para o futuro da humanidade caso ocorra este aumento de temperatura global. Com o aumento do nível dos mares, a superfície das regiões agrícolas e habitáveis se reduzirão, o que favoreceria os conflitos, em especial em regiões já instáveis como o Oriente Médio e a África. Com o aquecimento global de uma média de 0,8 graus Celsius desde a Revolução Industrial, o planeta já enfrenta "problemas importantes", ressaltou o informe.
A JBS informa que contratou uma linha de crédito garantida (term-loan) no valor de US$ 1,2 bilhão. Essa linha, junto com as disponibilidades de caixa, será utilizada na aquisição do negócio de suínos da Cargill, nos EUA. O vencimento é de sete anos e os juros são em Libor mais 2,75% ao ano (com taxa Libor mínima de 0,75%). Conforme comunicado da JBS, participam os bancos Credit Suisse AG, Bank of America Merrill Lynch e Rabobank Nederland, filial Nova York.
"Uma maior mudança do clima deverá causar enormes riscos para a segurança nacional e internacional", uma vez que o esgotamento de água potável e das terras aráveis se tornará "uma fonte de conflito".
terra magazine | 17
case de sucesso família pinteiro
Paixão pelo mercado náutico que passa de pai para filho por Luíza Tiné
U
m negócio em família. Assim podemos definir a administração do Estaleiro Ecomariner, localizado às margens do Rio Capibaribe, no bairro do Pina, em Recife. O local funciona sob os cuidados da dupla José Pinteiro e José Pinteiro Filho, respectivamente pai e filho, que estão à frente desde a fabricação e produção das embarcações, assim como as vendas, até a entrega do produto final ao comprador. A Ecomariner, empresa genuinamente pernambucana, hoje em dia é considerada a quarta maior do Brasil e a primeira do Norte e Nordeste no segmento, com mais de 10 modelos de barcos de 14 a 65 pés, cada um com sua particularidade que busca atender às necessidades de seus usuários. Tudo começou com a paixão de José Pinteiro, o pai, pelo mundo náutico. De usuário, passou a observar o mercado de
18| TERRA MAGAZINE
José Pinteiro e José Pinteiro filho administram juntos o estaleiro pernambucano que é considerado o quarto maior do Brasil embarcações em Pernambuco e detectou a carência de um estaleiro, quando surgiu a ideia de abrir o negócio, há mais de 20 anos. A produção é feita com foco para o Nordeste, sendo fabricados barcos para navegar em águas rasas. O modelo Cigarrete 360, por exemplo, é considerado o carro chefe da marca, com 36 pés. Recentemente foram lançadas as Cigarrete 38, Alfa 30 e Ecomariner 25 e 21, de proa aberta e capacidade para cerca de 13 pessoas. Porém, também são feitas embarcações de
grande porte que são vendidas geralmente para o sul do País - como a Ecomariner 60 Fly, de 60 pés, que comporta cerca de 20 pessoas durante o dia e conta com quatro quartos, três banheiros e cozinha americana. Com fábrica na Paraíba e escritórios em Recife e São Paulo, a Ecomariner se consolidou no ramo pela qualidade do serviço e principalmente, pelo custobenefício, que é o diferencial da empresa com barcos produzidos e vendidos para todo o Brasil. José Pinteiro afirma: “Nós fabricamos barcos de ponta que podem disputar com qualquer fábrica de qualquer lugar do mundo, porém com uma redução de custo de até 35% em relação aos demais fabricantes na mesma categoria”. José Pinteiro Filho por sua vez entrou no negócio de forma bastante natural. Por ser filho de um apaixonado por barcos, sempre
esteve presente nas atividades e passeios náuticos da família, o que o trouxe cada vez mais para dentro da fábrica. “Assumi o trabalho ainda adolescente, aos 16 anos, quando voltei de um intercâmbio no Canadá. Entrei na faculdade, resolvi me emancipar e arregacei as mangas, seguindo também o exemplo do meu pai que também começou a trabalhar cedo – algo que sempre admirei”, conta o jovem empresário. E deu certo. Hoje em dia, os dois trabalham juntos, mas dividem as funções: Pinteiro Filho fica diariamente no escritório em Recife e se dividindo entre a fábrica na Paraíba, enquanto o pai fica mais focado na parte comercial e em contato com os vendedores e compradores.
Ninguém pode comprar um barco se não tiver onde guardar. É preciso que haja um maior investimento na estrutura de marinas e locais para abastecimento, senão, o mercado sofre” dominó das conversas. José Pinteiro Filho explica: “Sem dúvidas a crise assusta, mas não podemos nos deixar levar pelo boca-aboca. Apesar do momento, sempre estamos buscando investir em novos produtos e novas tecnologias. Recentemente lançamos
foto: Gabriel Pontual, Moove Comunicação
Quando o assunto é o mercado náutico não só em Pernambuco, mas no Brasil como um todo, a dupla é otimista e define o negócio como promissor. Eles explicam que as pessoas cada dia mais têm adquirido embarcações para além do lazer e vêm utilizando-as de diferentes formas, o que não é diferente do Recife, que por ser uma cidade litorânea e cortada por rios, está assistindo este negócio crescer assustadoramente. No entanto, na opinião da dupla, a cidade ainda precisa de um investimento forte em marinas. “Não só Recife, mas qualquer lugar onde a atividade náutica exista. Ninguém pode comprar um barco se não tiver onde guardar. É preciso que haja um maior investimento
na estrutura de marinas e locais para abastecimento, senão, o mercado sofre”, pontua José Pinteiro.
três novos modelos e já estamos nos preparando para lançar mais um, ou seja, quatro novas lanchas no auge da crise”.
Mesmo com os resultados positivos das vendas das embarcações da Ecomariner, pai e filho não negam que a empresa chegou a sofrer com a crise econômica que o Brasil atravessa recentemente, mas não se deixaram abater. Eles contam que o que deve ser feito é não temer a crise, e que grande parte dela é causada pelo efeito
O estaleiro abriga também, além da fábrica, um espaço para eventos, que foi criado para receber clientes e colaboradores, promover coquetéis de lançamentos, reuniões de negócios e demais atividades. E foi através disso que, além da carreira de Administrador de Empresas, José Pinteiro Filho seguiu paralelamente o caminho de
produtor de eventos, organizando na casa festas e shows. Outro fruto se deu após a ideia de trabalhar também como produtor: a carreira de DJ. O que começou como uma brincadeira, em um teste nas festas do estaleiro, acabou virando uma outra profissão. Hoje em dia, José Pinteiro Filho procura se especializar cada vez mais na música eletrônica e já participou de grandes festivais nacionais, como por exemplo, a Tomorrowland em São Paulo, no mês de maio de 2015. “Minha rotina é agitada. Durante a semana meu horário é de indústria, fico o dia inteiro na fábrica. Final de semana assumo o papel de produtor e DJ”, comenta. Sobre este assunto, o pai, cuidadoso, teve lá seu receio, mas devido ao sucesso que o filho acabou alcançando, agora é só orgulho. Ele nos conta que, às vezes, ao chegar aos locais – dentro e fora de Pernambuco – já é conhecido como “o pai do DJ José Pinteiro”. O futuro da Ecomariner, na opinião da dupla de empresários, só reserva coisas boas. Para os próximos anos devem surgir cada vez mais novidades e haver muito mais investimentos nas embarcações, fazendo com que o estaleiro ocupe sempre o status em que se encontra no momento. Mesmo com a rotina atribulada com tantas funções entre fábrica, vendas, produção de eventos e música eletrônica, José Pinteiro Filho não cogita a possibilidade de abandonar o emprego e se dedicar, por exemplo, a uma coisa só. E com relação a isso, o pai é o maior incentivador: “Não vejo o porquê do futuro não acontecer. O Brasil ainda é uma criança e eu acredito que no próximo ano vai voltar com mais força ainda, economicamente falando. Por isso, o que eu digo a José é que nós vamos trabalhar bastante, afinal de contas já passamos por outras crises antes – ele é jovem e não se lembra disso – e sobrevivemos. Tenho certeza de que ele tem aqui uma empresa que irá levar para os seus netos”, afirma. Uma empresa de pai para filho, que é sem dúvidas, um case de sucesso no país.
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música nando cordel
Nando Cordel Um poeta do amor em todos os sentidos
por Ana Paula Bernardes
F
ernando Manoel Correia, o mais velho dos catorze filhos do repentista Manoel Tácito Correia, um dia chegou a São Paulo, pela linha natural da imigração artística, na gravadora Ariola e apresentou suas criações. Escutou do diretor que o seu nome não vendia. Mas aquele que poderia ser um impedimento para sua vida, não foi. Já apelidado pelos 13 irmãos de "Nando" e por trazer em si já aquele universo figurativo dor cordéis, se autobatizou. Realizava ali o sonho do seu velho pai que queria ser cantador. Aprendeu violão e a música nunca mais saiu de sua vida. Hoje esse universo é ainda mais amplo nos dias de Nando Cordel, tocando uma empresa quase que integralmente familiar com seis dos sete filhos e também ao lado de sua esposa, Preta. Esta mesma produtora cuida dos trabalhos da Tribo Cordel, banda jovem formada pelos filhos do nosso artista. Essa união também no trabalho com filhos e esposa permitiu um feito ainda mais grandioso na vida do cantor e compositor. Em tempos onde as distâncias física e espiritual rodeiam as famílias, Nando contraria isto e, aos domingos, seja em casa ou na estrada, fala com os rebentos sobre o amor ao próximo, sobre a fugacidade da vida e também da negatividade do materialismo. E tudo isso Nando frisa que herdou da sua mãe, D. Renata do Nascimento, que lá
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É preciso conectar as pessoas. O mundo está preocupado com o material, mas esqueceu da paz no coração. As pessoas perderam o endereço do bem. E não sabem que é mais fácil viver na quietude e ser inofensivo” atrás, na sua infância, falava sobre o tema para todos os filhos. “Ela fazia isso com a gente, pregando o amor e o bem. Ensinava o que de fato importava nesta vida e nos dava o seu exemplo. Hoje eu preciso dizer aos meus filhos que esse nosso corpo físico vai acabar e que nós não somos melhores do que ninguém. Para que a ganância se tudo isso é passageiro?”, ressalta. Conhecemos um artista da alma e que retrata o poder do sorriso sincero para aliviar um cansaço, mas que também fala da paz no mundo, acreditando que todos os seres humanos são responsáveis pela mudança do que vemos como notícias diárias. Nando Cordel conta que sacramentou isto em sua vida, após profundo estudo espiritual onde se reconheceu como agente de
transformação, entendendo que precisava ir além de suas mensagens musicais. Nascido em Ipojuca, mas morando um tempo no Cabo de Santo Agostinho, prometeu que quando começasse a ganhar dinheiro, iria ajudar o próximo da comunidade onde viveu. Regressou do Sudeste disposto a pagar sua promessa. Hoje os projetos sociais fazem parte da família Cordel. Juntos mantêm, com apoio de muitos amigos, o Lar do Amanhã, que ajuda 150 crianças, ao lado de um Centro Educacional profissionalizante com cursos, arte e música e também de um espaço geriátrico, o Lar do Amor. “É preciso conectar as pessoas. O mundo está preocupado com o material, mas esqueceu da paz no coração. As pessoas perderam o endereço do bem. E não sabem que é muito mais fácil viver na quietude e ser inofensivo”. Ao descobrir esse poder de falar de amor, neste mundo tão árido de bons sentimentos, sua felicidade é, sem dúvida, plena, quando nos conta que suas mais de 1000 canções não têm continente fixo. Hoje podem ser ouvidas com a voz do próprio autor, além de interpretadas por outros grandes nomes da nossa música. A mais recente foi gravada por Gilberto Gil e chama-se São João Carioca, mas lembramos também de grandes sucessos ecoados por Maria Betânia, Fagner, Fafá de Belém, Xuxa, entre
fotos Charles Johnson
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música nando cordel
outros que estamparam, inclusive, temas de saudosas novelas. “ A música tem essa magia. Não tem data. É atemporal. Muitos artistas sabem dominar multidões, mas não sabem dominar emoções. Precisamos usar a música para fazer o bem, iluminar e deixá-la correr o mundo”, reforça o artista. A mensagem é única, mas os ritmos são variantes. Nando canta frevo, reggae, forró, rock e mais recente cantou para bebês no CD Soninho Profundo, onde o artista acredita que sua contribuição musical pode ser transmitida desde cedo. “ A felicidade não é só minha, por isso acredito nesse leque de contribuições para as famílias. A criança precisa relaxar. E uma bela música faz o bebê não só dormir mais confortável, como também ajuda no seu desenvolvimento. A
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educação musical deve vir desde a barriga e já existem estudos que comprovam a música como terapia”, reforça. Nando Cordel também lembra de uma fase que ele trata como divisora de águas em sua vida. Um belo dia no palco, entre uma agenda e outra de trabalho, ele desmaiou. Em seguida foi atendido e orientado a tomar remédios para conseguir dormir. Precisava desacelerar, pois estava acometido, talvez, da doença mais comum da medicina contemporânea: estresse. “Eu tinha duas opções, ou tomava remédios ou fazia música. E daí lancei o CD Doce Harmonia e descobri que várias pessoas, entre alguns amigos, não sofriam de doenças físicas e sim, espirituais, e que a música, que é pura energia e tem poder, poderia falar também
para esse público. E lá se vão mais de quinze CD´s com esta finalidade”. Mais recentemente o artista está mergulhado em outros projetos voltados para a linha editorial. O primeiro livro chama-se Cordel da Vida, que será lançado até o final do ano. São recortes de absolutamente tudo que o autor fala para o público. Também existe um outro livro, ainda em esboço, onde Nando apenas adianta que vai nos ajudar a entender a vida e a vivê-la melhor. E como foi ele quem nos ajudou a acreditar que é possível fazer um mundo melhor, a consequência disto seguramente, será uma boa vida.
cultura gegê pedrosa
Gegê Pedrosa A SINGULARIDADE DA TÉCNICA DA MARCHETERIA
por Ana Paula Bernardes
E
ntre desenhos, pinturas em telas para enfim entrar no mundo das esculturas, Gegê Pedrosa é um artista que navega em vários mares e em múltiplas direções. Uma rota que poderia migrar para o universo jurídico que a família optou, foi completamente adversa em sua vida. “Resolvi advogar outras causas”, explica, entre risos, o artista que desde sempre sabia que a sua veia era cultural. Participou de exposições, destacando com rica lembrança de detalhes a de 1989, na Galeria Lula Cardoso Ayres e a de 2003, em Genebra, na Convenção da ONU. Há pouco mais de dois anos, na inquietude artística dos simples traços e das esculturas tradicionais em concreto, resina e chapa de aço, rumou para a Marcheteria, técnica nascida na Mesopotâmia baseada no recorte de elementos talhando-os, no caso de Gegê, em madeira. A técnica remete às grandes criações de incrustações, revestimentos, folhagens, evoluindo para motivos grotescos e arabescos. Muitos feitos com cortes minuciosos, como os do Rei Luís XIV compuseram um rico capítulo da História da Arte.
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Trabalho a madeira do início ao fim. E ela me traz uma beleza ímpar” Criações belíssimas, que trazem movimento e fluidez. Parecem responder a quem olha a peça. E não deve ser diferente para quem as fabrica. Gegê conta que um dia, ao visitar a oficina de Francisco Brennand, sua grande referência em artes, encontrou-se com o próprio artista no local. Apresentou-se, bem como mostrou suas obras e naquele encontro as palavras de Brennand já afirmavam que o trabalho de Gegê não seria abstrato unicamente. Desabrochariam as figuras. Não unicamente carregado por essas palavras, mas movido pelo simbolismo que traz em seu trabalho, os desenhos de Gegê realmente apareceram. Hoje encontramos máscaras, arraias e peixes em sua grande parte. “Eles simbolizam vida, prosperidade, fartura e trago isso para minha vida e também para meu trabalho”, explica o artista.
O desafio da marchetaria é talhado por Gegê em todas as suas etapas. Desde a compra das sobras de madeiras, tratamento de cada peça, separação dos blocos e a finalização da montagem. “Trabalho a madeira do início ao fim. E ela me traz uma beleza ímpar”. Esse encantamento artístico foi a única coisa insistente na vida de Gegê. Apesar do meio jurídico em que vivia mergulhada a sua família, ele sempre viu completa admiração dos seus pais como colecionadores de artes plásticas em geral. “Cresci vendo isto. Só que o artista sofre muito preconceito ainda no Brasil. As pessoas ainda questionam se é possível viver apenas disto, mas devo à minha família o completo apoio recebido desde quando tomei esta decisão”, ressalta. E mesmo quando se fala em crise brasileira, Gegê é grato à vida e às realizações que tem conquistado. No último mês de junho viajou para Chicago para participar da Mostra Internacional das Artes, ao lado de outros nomes de expressão. E a satisfação não pára por aí. Ainda este ano e em 2016, irá expor suas obras em Belo Horizonte, Brasília e São Paulo, três cidades que abraçam a arte como inegável combustível cultural.
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CAPA fernanda dias
Fernanda
Monteiro Dias Matriarca da família fala do amor pela cozinha e da tradição da sua Casa dos Frios por Ana Paula Bernardes
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ozinhar, do verbo latino “cocinare”. Se o ato de cozinhar se traduzisse unicamente pela mistura adequada dos insumos, estaríamos fadados à não evolução dos nossos paladares. Eis que o significado vai mais além: preparar a cozinha, receber amigos, família, celebrar... Para Fernanda Monteiro, matriarca da família Dias e dona das principais receitas que transitam entre a geração dos filhos, cozinhar, ao lado de tamanha responsabilidade, é algo fácil. Basta colocar sentimento e isto é verídico na vida de dona Fernanda que fez da gastronomia um negócio de família, onde todos os seus seis filhos figuram neste universo, seguindo cada qual seus empreendimentos. Como dona da Casa dos Frios, que sem dúvida é a maior referência pernambucana como delicatessen e empório gourmet, dona Fernanda Dias conta que a tradição dos almoços em família foi um dos grandes impulsos em sua vida. “Morei numa casa onde a mesa era farta. Todos os dias tinha feijão, arroz, carne, fígado, peixe. Minha avó cozinhava muito bem e os filhos e netos aprenderam direitinho”, relembra.
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Quando casou com Sr Licínio, aquele costume de cozinhar visto ao longo de sua infância foi-se repetindo, ao mesmo tempo em que, por ter muitos filhos, diariamente ao final de tarde os bolos exalavam seus aromas em sua mesa. “Eu fazia bolo de laranja, bolo engorda marido, doces em compota e por aí vai. Eu cozinhava o que tinha aprendido e aquilo me enchia de prazer”, conta.
dias atuais deveu-se ao trabalho dos Dias: Sr Licínio e os irmãos Armênio, Luís, Antônio, Amadeu e Bernardino, que possuíam a alfaiataria Casa Paris e já atuavam na área de alimentos com o Restaurante Leite e a Confeitaria Arcádia. O reconhecimento é tanto, que naturalmente famílias, embora tradicionais, nem mesmo conseguem fazer referência alguma à tradição da Casa dos Frios, se não for a de vincular o seu êxito ao sobrenome da família da qual estamos tratando. Como bom português, Sr Licínio tratou de abastecer sua delicatessen com bolinho de bacalhau, bolos diversos com receitas de sua família, pastel de Belém, ovos moles, além de outros doces portugueses. Em 1969, com o negócio de vento em popa, comprou a parte da sociedade que pertencia ao seu irmão e tocou a empresa ao lado da esposa e dos filhos.
Em 1957, Sr Licínio adquire a Casa dos Frios de um alemão que tinha sido funcionário de seu avô. A proposta do antigo proprietário era totalmente adversa do que conhecemos hoje, com venda de embutidos, frios e chopps. Por isso, todo o trunfo do que conhecemos e elogiamos nos
E quando replicamos a existência dos bolos na vida da matriarca, reafirmamos que este foi, sem dúvida, um braço forte no comércio da família Dias. Falaríamos do bolo Souza Leão, Pé de Moleque, mas não tem jeito, o povo pernambucano quer que se fale do Patrimônio Imaterial, título
Morei numa casa onde a mesa era farta. Todos os dias tinha feijão, arroz, carne, fígado, peixe. Minha avó cozinhava muito bem e os filhos e netos aprenderam direitinho”
Foto Armando Artoni
CAPA | ANTONIO LAVAREDA
Fotos Armando Artoni
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CAPA fernanda dias
ARQUIVOS PESSOAIS
recebido pelo famoso bolo de rolo da Casa dos Frios. Apesar de não se sabermos ao certo sua origem, a receita que desfrutamos nos dias atuais, D. Fernanda nos conta que nasceu do garimpo de receitas tradicionais acrescida do seu toque especial, onde no preparo, imbutia-se aquele sentimento do qual falamos no subtítulo da matéria. Com sucesso garantido, hoje ele disputa o cargo das iguarias pernambucanas de maior destaque mundo afora. O tradicional de goiaba, ainda campeão de vendas, é ator desse sucesso ao lado dos sabores doce de leite, chocolate, nozes, maracujá e ameixa, que nada têm de coadjuvantes. Eles são servidos também em outras variadas formas, como em rolinhos, alojados em bandejas e em embalagens para viagens nos tamanhos 420g, 900g 1900g.
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Questionada, seguramente pela enésima vez, sobre a aclamação específica deste produto, D. Fernanda exalta toda sua simplicidade e num largo sorriso nos responde com segurança: “Utilizo produtos de qualidade e coloco carinho. Mas não faço sozinha. Tenho a companhia de várias cozinheiras, boleiras e doceiras ao meu lado”, citando o nome de algumas delas. “Silvana, Lúcia, Sandra, Midiam e outras meninas. Eu fico feliz com o resultado. Foram muitos anos para chegar aqui, sempre com trabalho e dedicação. Este sim é o segredo”, declara. Para atender unicamente à fabricação do bolo de rolo, dona Fernanda possui uma fábrica em Paratibe, ao lado das filhas Isabel e Carolina. Diariamente, é produzida uma tonelada de bolo de rolo para abastecer lojas, quiosques e também atacadistas. Recentemente o restaurante e empório Eataly, em São Paulo, incorporou a
iguaria ao seu menu. Ao lado deste, outros 21 estabelecimentos comercializam o bolo de rolo pelo Brasil afora. Com a cabeça fervilhando em memórias, nossa entrevistada exibe as fotos da visita do Papa João Paulo II ao Recife, em 1980. Já conhecidos pelo seu posicionamento gastronômico, ela e o marido foram convidados para receber o Pontífice, preparando-lhe todas as suas refeições durante sua estadia. Onze anos depois, o projeto de expansão começava a fazer parte da família. Boa Viagem abrigaria então a primeira loja de bairro. Dez anos depois, o sucesso era tão grande que foram para uma casa ainda maior na Domingos Ferreira, onde mantêm filial até os dias atuais, além dos quiosques em shoppings e no aeroporto. Quando nos deparamos com o sucesso que
Foto Armando Artoni
Hoje tenho a Casa dos Frios como minha vida. Ver meus filhos e netos seguirem este caminho é muito bom. E não faço por dinheiro, coloco amor no que faço. Esta sim, é a maior receita e o melhor segredo”.
famosa feijoada de família já foi banquete de presidente. “Tinha um tio meu, José Tibúrcio, corretor de algodão, que foi quem serviu Getúlio Vargas quando vinha para Pernambuco. A feijoada é receita dele”, revela. Como boa pernambucana, traz o legado das comidas de milho em sua cozinha. No entanto, a canjica, que hoje é encontrada o ano todo em suas prateleiras, também é personagem de uma história. “ Você acredita que a primeira canjica que eu fiz aqui quando a loja abriu só ficou pronta quando a loja já estava fechada”, relembra entre risos. a marca Casa dos Frios alcançou ajudando seguramente a firmar a gastronomia de Pernambuco, Dona Fernanda nos traz a memória da sua cozinha afetiva, tão definida em sua vida. E nos fala de livros de receitas que mais parecem ter vida, sejam nos almoços de família ou no seu cardápio. “Arroz de cabidela, bacalhau cozido com batatas à moda portuguesa, bacalhau ao forno, cozido de peixe à moda portuguesa,
polvo ao forno, feijoada branca, panetone, bolo rei...são tantas as lembranças. E tem também os filhoses. Ah, estes eu faço todos os dias”. E o que seria uma tarde de entrevista, entrou pela noite, num verdadeiro resgate. Entre garfadas generosas de fatias de bolos com café, Dona Fernanda falava com nossa reportagem lembrando que a
A simplicidade mais uma vez abre portas para um sucesso absoluto, que é o da alma plena. “Diga aí que eu nunca estudei gastronomia. Aprendi e criei receitas para os meus filhos. Depois vim aplicar aqui na loja. Hoje tenho a Casa dos Frios como minha vida. Ver meus filhos e netos seguirem este caminho é muito bom. E não faço por dinheiro, coloco amor no que faço. Esta sim, é a maior receita e o melhor segredo”.
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Arquitetura Brunete Fraccaroli
Brunete Fraccaroli
representa Casa Cor SP
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renomada arquiteta Brunete Fraccaroli coleciona participações na Casa Cor São Paulo. Seu interesse contínuo e crescente por todas as experiências estéticas e pela diversidade dos materiais disponíveis tornou o design de interiores um ponto de grande destaque em seus projetos. Nos tornamos gratos pela decisão da arquiteta em, de última hora, ter deixado de lado a vontade de ser cirurgiã plástica.
foto Galuber Bassi
Um novo sonho nasceria aí. Para ela, um sonho colorido, já que “Cor significa vida, movimento e energia”. E esta característica é possível encontrar em todos os seus trabalhos, mesmo nos traços mais tradicionais, dando-lhe o conhecimento mundial de “arquiteta colorida”. Nos conta:
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“O gosto pelas cores vem desde quando eu ainda era bem pequena, cheguei a pintar meu gatinho de azul. Meu quarto também sempre foi muito colorido; nunca me vesti com cores sóbrias, sempre preferi as de coloração mais alegre. Acho que isso tem a ver com estado de espírito. Como sou uma pessoa muito pra cima, isso se reflete no que faço. Trabalho e projeto sem pensar no que os outros vão dizer, acabo brincando muito com as cores e os materiais, principalmente com o vidro. Se tenho vontade de fazer um ambiente todo rosa eu vou lá e faço, solto minha imaginação e me divirto. Assim é a arquitetura para mim: pura diversão, um estado de humor, de alegria, um laboratório”, explica. Neste ano, para a Casa Cor SP 2015, apresentou o Espaço Gourmet “Acqua
Foto Romulo Fialdini
que te quero água”, exaltando sua principal característica, com o azul esverdeado criado com exclusividade em parceria com a Cosentino, a Silestone® AcquaFraccaroli. A proposta mexeu com o intuitivo da profissional que mergulhou nas lembranças de sua infância. O ambiente de 300m2, dividido em espaço gourmet, living e suíte master, foi pensado para um Chef, que gosta de preparar pratos especiais e receber amigos. Ou até mesmo uma casa de praia. Foi projetado para que as pessoas fiquem mais integradas e não separadas pelas divisões dos compartimentos de uma residência mais formal. Uma preocupação em destaque foi o item sustentabilidade que reuniu, na concepção
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Arquitetura Brunete Fraccaroli
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Fotos Romulo Fialdini
da arquiteta, bons materiais, como pisos e revestimentos, bem como a escolha de mobiliários com certificação de origem. “Detalhes que garantiram a durabilidade das peças e conseqüentemente geram menos impacto ambiental, uma vez que as peças terão longa vida útil”, explica a profissional. O quesito preocupação com o natural virou uma de suas referências, principalmente quando lembramos de todos os seus últimos projetos na Casa Cor. Um deles em especial, batizado como Casa-contêiner, transformou itens que seriam descartados como sucata em ambientes conceituais luxuosos e contemporâneos. Arrematou o prêmio de ambiente mais sustentável da Casa Cor 2011. Além do seu escritório, Brunete administra a Fraccaroli, fábrica de essências e aromas
herdada de seu bisavô, e cuida de sua família. Nos momentos de lazer adora dançar, cozinhar, viajar, mergulhar, jogar golfe e namorar. Se diz realizada com o que faz. Arquitetura, decoração e aromas. Quando entra em seu escritório, não quer mais sair e o mesmo acontece com a fábrica. É uma pessoa de bem com a vida e precisa acreditar naquilo que vai fazer para que dê certo. Se ela não se apaixonar por um projeto, não o faz. Recentemente foi homenageada como uma das arquitetas que participou de mais edições da Casa Cor, com 30 espaços em São Paulo, Brasília, Curitiba e Punta Del Este, além de espaços nas mostras paralelas: Casa Trio, Casa Boa Mesa, Casa Entretenimento e Casa Office, totalizando 35 ambientes entre 1990 e 2013.
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Talentos da arquitetura pernambucana
Taciana Feitosa
Juliano Dubeux Arquitetos Associados
TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA
por Ana Paula Bernardes
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Taciana Feitosa
É um prazer ver que você está ajudando a realizar um sonho de um cliente graças a seu trabalho
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ormada pela Universidade Federal de Pernambuco, Taciana Feitosa pertence a uma geração de arquitetos que teve como mentores Zezito Goiana e grandes nomes expressivos da arquitetura na década de 80. Da época em que trabalhou com Zezito, Taciana herdou a habilidade para projetos na área corporativa. Hoje está à frente do escritório que leva seu nome, dirigindo uma equipe com três colaboradores e uma estagiária que acumulam inúmeros projetos de arquitetura e ambientação em várias cidades do interior.
claro que naquela época eu não sabia o que era arquitetura. Morei em Serra Talhada e em Betânia e gostava de sentar na praça e desenhava o que existia naquele entorno. Hoje não faço mais isso. Mas o engraçado é que minha filha tem a mesma habilidade e permiti que uma parede do quarto dela fosse usada para seus desenhos livres. Mas quando chegou a hora de decidir profissionalmente escolhi arquitetura e jornalismo. Passei nos dois cursos e tentei conciliar por um tempo. Quando cheguei nas cadeiras profissionais de jornalismo, tranquei. Ali eu tinha certeza do que queria.
Terra - Quando você percebeu que a arquitetura faria parte da sua vida?
Terra - O que é mais desafiador na hora de projetar?
Taciana Feitosa - Sempre gostei de desenhar muito. Fazia rostos, cidades, casas, ruas. Era o que vinha na cabeça. Mas
Taciana - Interpretar o que o cliente quer. Precisamos traduzir o sonho dele. Digo sempre que o arquiteto é também um
pouco psicólogo. Precisa saber ouvir bem e traduzir o que o cliente está solicitando. Esta interpretação é justamente o projeto desenhado. Terra- Quais as principais referências no seu trabalho ? Taciana - Meu primeiro estágio foi com Silvana Gondim. Depois fui trabalhar com Zezito Goiana, onde passei quatro anos estagiando. Lá tive experiência com projetos de hotelaria, edifícios e shoppings. Depois que fui tentar montar meu escritório, ainda assim mantivemos parcerias em alguns trabalhos. Terra - Qual o seu maior sonho profissional? Taciana - Acho que viver de arquitetura é muito gratificante para mim. Já é minha completa realização. Não me imagino fazendo outra coisa. E tudo que tenho
na minha vida hoje devo à arquitetura. É um prazer ver que você está ajudando a realizar um sonho de um cliente e que você pode, graças a seu trabalho, fazer a diferença na vida de alguém. Sem falar que a oportunidade que temos de ver coisas novas, poder viajar, se envolver com culturas, projetos e poder utilizar esses novos elementos de forma harmônica, nos dá a oportunidade de poder abrir o leque de nosso trabalho. Terra - As mudanças do mercado imobiliário agregaram outros valores ao desenvolvimento dos seus projetos? Taciana - Graças a Deus nosso público é bem fiel e nos indica para novos clientes. Obviamente o mercado deu uma aquecida, mas no interior, onde temos muitos projetos, não houve retração. Então, as coisas continuam acontecendo. Em Surubim, por exemplo, temos mais de
dez projetos em andamento. Lá já fomos responsáveis por lojas, concessionárias, fábricas... também temos projetos em João Alfredo, Orobó. Terra - Como a diversidade dos produtos da A.Carneiro Home pode somar ao trabalho do seu escritório? Taciana - Sempre na finalização de nossos projetos eu passo na A.Carneiro. A loja possui almofadas belíssimas, estamparia, tapetes, cortinas e tecidos em geral, que ajudam a compor muito bem os espaços.
Serviço: Taciana Feitosa Rua Laurindo Coêlho, 161- Casa Forte (81) 34429861/999732665 www.tacianafeitosa.com.br
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TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA
por Ana Paula Bernardes
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ormado em Arquitetura em 91 pela UFPE, Juliano Dubeux, nome mais do que firmado no mercado, carrega em sua trajetória lembranças de um período difícil para a arquitetura, quando se formou. Além das poucas oportunidades de projetos, vivia-se a inflação que afetou substancialmente a construção civil, com obras estacionadas e outros problemas
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que, de perto, não chegam ao que se vive hoje. Mas foi nesta época em que nasceram os grandes escritórios com forte marca na área de interiores. Juliano, graças a um “acidente feliz”, como ele fez questão de nos dizer, optou por arquitetura. Encarou o desafio, se encantou com a possibilidade da criação, driblou o que o mercado apontava naquela época e hoje mantém uma cabeça
que fervilha em cima de uma arquitetura diferenciada e transformadora socialmente. Terra - Quando você percebeu que a arquitetura faria parte da sua vida? Juliano - Foi um acidente feliz. Eu fui um aluno bom quando criança e assim até o científico. Mas o terceiro ano foi o pior
A arquitetura verde não precisa ser algo contemplativo e sim, produtivo" Juliano Dubeux
da minha vida escolar. Imagine você com 16 anos ter que decidir o que quer para o resto de sua vida. Eu era um menino, de calça curta e fiz vestibular para as três Universidades: Católica, Fesp( na época) e Federal. Me imaginava engenheiro, porque meu pai era engenheiro civil e eletricista. Como o terceiro ano tinha sido péssimo e eu estava em recuperação pela primeira vez,
tive medo de colocar engenharia e coloquei arquitetura na Federal porque eu sabia que não tinha chance de colocar Civil e passar, mas nas outras duas eu coloquei e passei nas três. Optei por arquitetura à tarde na Federal. Até hoje eu desenho a lápis. E digo sempre que felizmente que isto aconteceu porque eu era jovem. Adorava surfar de manhã e precisava de algo que estimulasse
a criatividade e o desenho sempre foi algo que eu gostei na minha vida. Terra - O que é mais desafiador na hora de projetar? Juliano - Acho que o negócio imobiliário tem muito rigor. Tende a ser conservador com prazos, custos e esforços. As pessoas
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TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA
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têm medo de arriscar, sobretudo para construir e mais ainda para vender. As empresas têm raciocínios de interpretação de êxitos anteriores. A construção civil lucra pensando em lucros do passado, em obras que deram certo. Acho que o desafio é pensar em modelos de moradias diferentes, formas de reorganização urbana e espacial diferentes e pensar que isto, sim, pode ser um modelo bem sucedido. Naturalmente existe um risco para o negócio imobiliário. Mas se perde de criar um modelo que a gente merecia viver, a exemplo de um tipo de cidade evoluída. Recife precisaria disto. Os arquitetos daqui têm competência para tal. Mas o mercado não nos deixa fazer. Somos sempre convidados a fazer o mais do mesmo e isto é justamente a antítese da arquitetura. Terra - Quais as principais referências no seu trabalho ? Juliano- Sem dúvida é o trabalho do
meu pai, Marco Júnior Costa Flores. Eu lembrava de um projeto na minha casa que ele fez. Era uma casa grande com quatro suítes que a gente acompanhou. Ele trabalhava em Camaçari na época e só tinha os finais de semana com a família e todos se envolveram emocionalmente neste projeto. Os desenhos eram lindos, o anteprojeto, belíssimo. Eu brinquei com essas plantas no final da minha infância. Brincava de construir e aqueles papéis eram meus planos secretos. Só que esta casa nunca foi construída. Então intuitivamente isto gerou em mim a possibilidade de fazer arquitetura.
Terra - Como a diversidade dos produtos da A.Carneiro Home pode somar ao trabalho desenvolvido pelo seu escritório? Juliano - Por oferecer uma ampla gama de variedade em seus produtos, a A. Carneiro nos proporciona a liberdade de projeto e nos abre caminhos às imensas possibilidades de soluções para que possamos sempre alcançar nossos objetivos e satisfazer as necessidades dos nossos clientes.
Terra - Qual o seu maior sonho profissional? Juliano - Projetos inovadores. A arquitetura verde não precisa ser algo contemplativo e sim, produtivo. Aqui no escritório a gente estuda o tempo todo soluções modernas que adequem a arquitetura e já criamos muita coisa fantástica em cima desta ótica.
Serviço: Juliano Dubeux Arquitetos Associados Rua Alfredo Lisboa, 507- 1º andar- Recife Antigo julianodubeaux@gmail.com
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ARQUITETURA Pleno Revestimentos
Mármore Material sofisticado, duradouro e de fácil manutenção que continua sendo tendência forte
por Luíza Tiné
A
rocha, que pode ser nacional, importada, dá um toque de elegância aos ambientes a um custo atualmente acessível. Um material elegante, prático, duradouro, de fácil manutenção e acima de tudo, atemporal, que pode ser usado em ambientes internos e externos durante qualquer época do ano. Com tantas qualidades, parece até ser algo difícil de encontrar, mas estamos falando do mármore, rocha composta por minerais e calcita que já vem sendo utilizada em construções, confecção de objetos ornamentais e para uso domiciliar, esculturas, revestimentos e fachadas ao redor do mundo há milhões de anos. A variedade cores – a pedra pode vir em um tom claro de rosa, branco, esverdeado ou preto – e incontestável beleza do material, que pode ser liso ou vir com os veios naturais em sua superfície, fazem com que ele traga um toque de sofisticação para qualquer lugar que seja aplicado, e tudo isso, atualmente, com um custo acessível, ao contrário do que muita gente pensa.
A pedra agrega valor por si só, porque é elegante, chama a atenção. As aplicações em mármore, sejam em áreas sociais ou íntimas, enobrecem os locais” A arquiteta Andréa Calabria explica que o mármore, sem dúvida, se destaca entre as demais rochas. “A pedra agrega valor por si só, porque é elegante, chama a atenção. As aplicações em mármore, sejam em áreas sociais ou íntimas, enobrecem os locais” pontua a profissional que está à frente da Andréa Calabria Arquitetura, localizada no bairro da Boa Vista, em Recife. O mármore é um material utilizado há séculos, e esta ideia de requinte relacionada a ele existe desde os primórdios. A famosa Vênus de Milo é um exemplo conhecido mundialmente do uso da rocha. A estátua grega atualmente faz parte do acervo do Museu do Louvre, em Paris, na França. Outro exemplo notório do uso do mármore é a peça David, feita pelo artista italiano Michelângelo, que hoje se encontra na Academia de Belas
Artes de Florença, na Itália, assim como a Pietà, assinada pelo mesmo artista – e uma de suas obras mais conhecidas, que está abrigada na Basílica de São Pedro, no Vaticano, também na Itália. Apesar de ser um item sofisticado, o material hoje em dia tem custo bastante acessível. “O mármore nacional pode até sair mais barato do que outro tipo de pedra, como, por exemplo, o granito” nos conta Andréa Calabria. A rocha também pode vir a ter um valor inferior a outros materiais bastante utilizados nas construções, como o vidro e a madeira. Os mármores importados também merecem destaque por não terem um custo alto, mesmo vindo de outros países. O Mármore de Carrara, por exemplo, vindo da Itália, que é um dos maiores fornecedores, pode custar a partir de R$350 o metro quadrado. E às vezes, um simples metro quadrado faz toda a diferença em um cômodo. O maior destaque do mármore, quando comparado a outras matérias primas, é que se trata de uma pedra natural e única, que não é feita através de processos químicos e
Arquiteta Andréa Calabria
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industriais. Uma mesa feita com a rocha jamais será semelhante à outra, pois foi extraída diretamente da natureza, e não existirá outra igual. O mármore pode ser utilizado em áreas internas e externas. As opções de uso da pedra são vastas: pisos, halls, pias e prateleiras de banheiros, cozinhas, quartos, fachadas de prédios em geral. Em banheiros e áreas sociais, principalmente para criar efeito nas paredes, é comum a confecção de bancadas. Já em locais como cozinhas e áreas de serviço, onde também são encontradas bancadas, a melhor opção na escolha do mármore são os industrializados sintéticos, que oferecem maior resistência. No Brasil e em especial, no Nordeste, que é uma área conhecida por ser tropical e de clima quente, o uso do mármore é ainda mais recomendado. O aspecto frio da rocha torna-se ideal ao clima da região, fazendo com que a confecção de pisos com a pedra seja uma vantagem a mais. Já em outros locais do mundo, quando utilizado no chão, é preciso que haja uma combinação com mantas térmicas para manter a temperatura adequada. Quem opta por utilizar o mármore no ambiente domiciliar ou de trabalho deve estar sempre atento às formas de limpeza e manutenção da pedra e buscar, principalmente, os serviços de impermeabilização para garantir a maior durabilidade. Caso não esteja ainda impermeável, por ser um material macio
e poroso, tem rápida absorção, por isso, precisa-se que haja limpeza imediata da rocha quando há derrame de líquidos sobre ela, utilizando apenas um pano seco ou levemente úmido. Detergentes neutros incolores também são indicados, evitando o uso de óleos, gorduras ou produtos de limpeza que sejam corrosivos abrasivos e acabem por degradar a naturalidade do material. Caso o mármore venha a manchar, os serviços de uma empresa especializada em polimento devem ser contatados. A sua manutenção com cera natural ou sintética, que contribui para a recuperação do brilho original, também é recomendável. E não é só nos trabalhos de arquitetura que o mármore está envolvido, mas também no ramo da moda, já que ambos caminham juntos de acordo com o que está em alta. Um exemplo disto foi o desfile de Reinaldo Lourenço durante a São Paulo Fashion Week, realizada em novembro de 2014. O estilista utilizou os veios do mármore como estampa das suas peças da coleção para a temporada de outono-inverno de 2015 que foram apresentadas ao público. Por ser um material vantajoso em diferentes aspectos, a rocha vem se tornando uma forte tendência em termos de arquitetura e decoração de ambientes, permitindo ao arquiteto responsável pelo projeto uma maior liberdade de criação para compor ambientes exclusivos. Pleno Revestimentos (81) 3461 2916 Boa Viagem, Recife /PE
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sustentabilidade
por Pedro Romero
Queiroz Galvão Conquista certificação internacional inédita em sustentabilidade
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Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI) conquistou um certificado inédito no Norte/ Nordeste, na área de sustentabilidade: O LEED Gold. O reconhecimento foi recebido pelo prédio da sede administrativa do Porto de Suape, construído pela Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário. O LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental) é um sistema de certificação e orientação ambiental de edificações, sendo o selo de maior reconhecimento internacional e o mais utilizado em mais de 130 países, inclusive no Brasil.
O objetivo do certificado é incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações. Para receber a distinção, é necessário que a obra cumpra vários requisitos ligados à sustentabilidade. Entre esses requisitos estão: coleta seletiva, redução na geração de resíduos, uso de madeira de reflorestamento, conscientização dos colaboradores e várias outras ações socioambientais que contribuem para a preservação do meio ambiente. Para
receber
uma
certificação
LEED
também é preciso reduzir os custos operacionais de água e energia, e melhorar a qualidade interna (com o aumento da luminosidade, diminuição do uso do ar condicionado). Essas e outras medidas ligadas à sustentabilidade estão cada vez mais presentes nas construções da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário. O prédio que recebeu a certificação LEED Gold faz parte do complexo Latitude, situado na zona de Comércio e Serviços de Suape, que reúne empresariais e hotel, além do centro administrativo. O prédio se tornou o primeiro do Norte e Nordeste
a receber a certificação LEED na categoria Gold. De acordo com o diretor regional da QGDI, Mucio Souto, a Queiroz Galvão realizou mais de 800 vendas, no Brasil, no primeiro semestre deste ano, sendo mais de 200 em Pernambuco, Estado que atualmente conta com de 19 canteiros de obras da empresa. Ao todo, estão sendo investidos mais de R$ 2 bilhões.
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ESPAÇO DESIGN PAULO AZUL
repaginação na energia dos espaços
por Paulo Azul
E
squeça a crise! Se você deseja repaginar sua casa, a hora é agora. Chegou o tempo de movimentar os ambientes e o menos é mais, já que com a retração do mercado financeiro, é possível encontrar muitos móveis estacionais, tapetes, tecidos, espelhos e iluminação em conta. São oportunidades imperdíveis de usar e abusar de marcas fantásticas com acabamentos que prezam pela sofisticação e bom gosto. É claro que com orientação unida à criatividade de um profissional, esse momento pode ser ainda melhor aproveitado. Eu dei um bom giro nas melhores lojas da nossa cidade e é incrível ver a troca de showroom de planejados, luminárias, mesas, estofados, objetos decorativos e uma variedade de outros produtos com 30, 40 e até 50% off. Tecidos fantásticos que antes custavam R$400 com preços que chegam até R$180. E aquela velha pergunta que muitas vezes, você leitor, se faz: será que eu tenho que trocar meu estofado ou
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mesmo, como eu queria mudar um pouco a minha casa, será que eu consigo? Eu vos digo: Sim, e por que não? As ofertas são grandes e temos oportunidades presentes até em produtos mais luxuosos. E se o seu orçamento não estiver batendo com os preços sugeridos do mercado para a troca, então por que não fazer uma verdadeira repaginação? A dica é colocar um tecido atualizado trabalhado com um bom estofador, trocar as almofadas, cortinas, usar o bom senso e bom gosto para colocar aqueles vasos maravilhosos, um tapete bacana que já precisava ser trocado, acrescentar um novo revestimento com papéis de paredes e ainda poder ter a opção de fazer uma economia elétrica com os leds que garantem uma iluminação perfeita para seus espaços. E de quebra você ainda ganha tempo, pois ultrapassamos a metade do ano e logo mais é a hora de preparar a casa para receber o Natal. Sem contar que quando estamos mexendo nos espaços, nos damos a grande oportunidade de renovar as energias
daqueles ambientes. E renovar as energias é a sabedoria de poder valorizar o nosso crescimento espiritual. Viva os orientais que possuem essa sabedoria como orientação milenar em suas vidas. Pois bem, o momento é de movimentar as energias paradas e colocar o melhor que você tem para que isto possa se desenvolver. Comece por si mesmo, movendo esta usina energética que existe entre você e o mundo, através do ambiente onde você circula. Até mesmo uma simples mudança de cor nas paredes, já realiza essa função, trazendo o aconchego que aquele espaço tanto está precisando. Então para exercitar o lema de estar bem, vamos aproveitar o momento do mercado e adequá-lo ao seu planejamento financeiro. Oportunidades são o que não faltam. Basta criar o hábito de observar com sensibilidade e bom gosto o que tem à sua volta. Com certeza você vai encontrar coisas muito bacanas, com condições especiais e quem sairá ganhando é você.
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Moda & Beleza D
esta vez nosso editorial convidou a juíza Andrea Borges Cartaxo para um super ensaio, seguindo a proposta de misturar a naturalidade brasileira e a sofisticação europeia. Na beleza, os cabelos pedem naturalidade, o Mood Praiano transita por épocas Vitorianas até o coque clássico e na maquiagem o "Contour" invade a cena. O tom marsala reflete nos olhos ou nos lábios, podendo variar de profundidade, o blush terroso iluminado com um toque de bronze e o rímel cada vez mais se impõe como elemento fundamental. Do tribunal para nossas páginas, ela mostra seis looks do seu estilo sem perder a classe jamais. Acesse o portal www.terramagazine.tv e assista a matéria completa.
Edição de Moda Marcela Cartaxo Edição de Beleza João Coscardo Fotografia Renato Filho Apoio stud1um
Hippie Chic: Vestido longo estampado marca bem este estilo. Para uma pegada mais chique, vale apostar em acessórios poderosos. Vestido- Nicole Miller Clutch-Gucci Sapatos - Christian Louboutin Brincos – H.Stern
Casual: Este estilo segue uma linha despreocupada e ganha o ar despojado sem perder o perfume fashionista. Jardineira-Farm Camisa linho- Banana Republic Bolsa-Valentino
MODA & BELEZA Marcela Cartaxo e João Coscardo
Resort : Conforto e glamour são as palavras chaves para este estilo. Peças clássicas com mood praiano deixam a produção elegante e fácil de usar. Kaftan- Animale Sandálias-Gucci Bolsa-Gucci Brincos-Carla Amorim
High-Low: A mistura perfeita do luxo com o básico ganhando sofisticação na medida certa. Casaco- Mares Bolsa - Chanel Regata básica Calça - American Apparel
MODA & BELEZA Marcela Cartaxo e João Coscardo
Sexy Feminino: Estilo forte e marcante, mas sem perder o brilho da feminilidade. A aposta é o vestido de caimento perfeito com acessórios dramáticos e para fechar saltos em cor clara para alongar a silhueta. Vestido- Dolce& Gabbana Brincos- Dolce &Gabbana Mini Bag- Salvatore Ferragamo Sapatos- Charlotte Olympia
Red Carpet: Esse estilo tem a pegada tipo diva. Longo preto sempre é uma escolha sofisticada e cheia de poder. A Clutch colorida deixa um ar cool e as Jóias vintage completam a produção com muita elegância. Vestido- Mara Mac Clutch - Alexander Mcqueen Brincos Vintage
Publieditorial
Nova unidade d’A Maison prima pelo conceito premium de moda festa
N
ome que se consolidou rapidamente no mercado de moda festa do Recife, a loja A Maison, da empresária Mary Mansur, só tem motivos para comemorar. Na cidade há pouco mais de seis meses, em Boa Viagem, já se prepara para ganhar nova unidade, desta vez em Casa Forte, na Zona Norte. O espaço oferece roupas e acessórios exclusivos de estilistas nacionais e internacionais, todos muito bem posicionados no ranking dos criadores mais desejados do mundo. Os vestidos de noivas estão entre os grandes atrativos e diferenciais d'A Maison, que investe no segmento premium das peças. Vestidos da Rosa Clará, Romona Keveza, Pronovias, Novias D'Art e Lucas Anderi estão disponíveis nas araras da loja ou em catálogos, para as que preferem encomendar com exclusividade.
que tem no seu estoque. Os dois pisos da loja refletem bem o que ela sempre quis: reunir estilo e delicadeza em um ambiente em que as mulheres podem dar asas à imaginação e construir looks para eventos sociais. Formada em administração de empresas com ênfase em comércio exterior, Mary Mansur sempre teve participação ativa no mercado. "Eu mudei o meu ramo de trabalho completamente, eu venho da logística portuária, que não tem nada a ver com moda, mas sempre gostei de me vestir bem e sempre gostei muito de vestidos. Quando eu já morava aqui, eu detectei a dificuldade em ter mais opções de vestidos, estilos diferentes. Eu acho que Recife estava um pouco preso a um estilo, aí, quando eu pensei em montar a loja, foi para trazer uma nova oportunidade para Recife, oferecer
Ainda entre os serviços, as produções de luxo feitas pela equipe da loja, que inclui costureiras e bordadeiras, organizada em ateliê que funciona dentro da própria A Maison. Estilo, exclusividade, luxo e excelência no atendimento são os pilares dos serviços oferecidos pela loja de Mary. Lá, a noiva pode escolher do vestido aos acessórios. Outra exclusividade no seu mix de produtos, os sapatos do americano James Ciccotti, além de acessórios para cabeça e brincos. Para as provas ou para o Dia D, o espaço ainda disponibiliza camarim super completo, com maquiador e cabeleireiro sempre disponível mediante agendamento. Mary cuida de cada detalhe com muito carinho e, sempre que pode, faz questão de atender cada cliente que precisa da sua ajuda nas escolhas. A empresária não descuida na organização e consegue lembrar, sem muitos esforços, de cada peça Mary Mansur
modelos diferentes", conta. Com dois pisos extremamente convidativos, A Maison, que tem projeto arquitetônico de Romero Duarte, utiliza o conceito do visual merchandising, com fragrância própria desenvolvida por uma empresa francesa, projeção 3D das criações da loja, peças acessíveis ao toque dos clientes e manequins expostos como obra de arte. Mary pensou em tudo para realmente apresentar serviços diferenciados ao público recifense, e teve êxito na proposta. Os vestidos de festa d'A Maison já ganharam o coração das pernambucanas e das mulheres de outros estados, que fazem visitas frequentes à loja. Rosa Clará, Romona Keveza, Mabel Magalhães e as produções da própria A Maison atraem olhares de admiração de qualquer pessoa.
diĂĄrio de bordo
No caminho
das Ă?ndias por mirella martins
Por kiko selva
foto reprodução internet
diário de bordo mirella martins
A
Índia sempre me fascinou: pela história, pela gastronomia, pelos cenários, pela fé e pelo povo. País de dicotomias, mas acima de tudo, um país com muito amor, seja nas relações interpessoais ou nas transcendentais. Por ser do outro lado do mundo, ficava sempre em segundo plano. Parecia longe. Parecia não. Era. Tinha lugares na Europa que eu ainda não conhecia, assim como alguns pontos na América Latina. A vez era da Turquia, mas - coisas do destino - apareceu uma promo especial para Nova Déhli e não pensamos - sim, nós, eu e meu marido Leonardo Caribé - em fechar o pacote. Passamos meses quebrando a cabeça com o roteiro. É um País enorme e com muita coisa a ser descoberta. Não adianta ter pressa e ver tudo. Faça sua escolha e torça para uma próxima vez. Descobri uma agência que fazia o trajeto com aluguel de carro com motorista/guia. Opção acertadíssima e que indico com maior entusiasmo. Fomos para Varanasi, Agra, Jaipur, Udaipur, Rishikesh e Déhli. Cada um com seus encantos, desafios, particularidades, cheiros, catingas e gente. Sim, gente. A Índia tem muitos predicados, mas o maior deles é a população. E isso tem um
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porquê: fé acima de tudo. Seja hindu - a grande maioria - seja budista, muçulmano ou católico, os indianos acreditam na ação e reação. Faça o bem para receber o bem. E o mantra se tornou uma convivência prazerosa, atenciosa, rica.... Sim, os indianos são especiais, mas o que se faz lá? Aprecia-se. Muito. O Taj Mahal é uma coisa nunca vista. Grandiosa e com uma história encantadora; Varanasi é uma cidade sagrada. Fedorenta, mas que exala religiosidade. É onde os hindus querem morrer. Para eles, serem jogados no rio Ganges é sinônimo de nirvana. E não vá embora sem fazer o passeio de elefantes em Jaipur, ver as casas azuis de Udaipur, o pôr do sol no deserto de Rajastão, ser parte da confusão do trânsito em Old Delhi, andar de tuk tuk, se aventurar pelas ruas com o riquixá, entrar nos templos para orar, saudar a todos com namastê, experimentar os temperos marcantes da comida, praticar uma yoga, aprender a meditar e achar que vaca é sagrado. É isso, voilá. Mirella Martins é colunista social do Jornal do Commercio e titular do blog Social1.
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Por trás da gravata FERNANDO BASTO
Por trás da gravata
Fernando Basto O mestre da cirurgia capilar é músico nas horas vagas
Por Ana Paula Bernardes
S
eguramente você já ouviu falar dele. Dr. Fernando Basto é o nome por trás da cirurgia de transplante capilar que tem devolvido vitalidade às expressões masculinas que sofriam com o problema da calvície. Formado em Medicina em 81, enveredou para a cirurgia em 1988 e em 1990, após inúmeros cursos fora, sacramentou sua atuação com a cirurgia capilar. Em 1997 ingressou para a Sociedade Internacional de Calvície e em 2011 diplomou-se Especialista da American Board Of Hair Restoration Surgery, sendo o primeiro cirurgião da América Latina a possuir esta titularidade. É referência mundial e autor de diversos trabalhos científicos sobre transplante de cabelo. Entre famosos, mas também anônimos, engana-se em que pensa que o universo do cirurgião restringe-se apenas às salas operatórias. Nas horas vagas nosso Por Trás da Gravata toca violão e canta sucessos da MPB, seguido por coros alegres de familiares e amigos. Tim Maia, Lulu Santos e outros ícones da boa música. O resultado? Um repertório para ninguém colocar defeito. “É um hobby muito prazeroso praticado nos encontros com pessoas mais próximas. Trago também um pouco de samba, bossa nova e até forró é permitido”, explica o médico que também tem a participação em muitos desses encontros do filho do meio, também estudante de medicina, que embala no mesmo ritmo as cordas do violão.
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A importância da música foi uma grata coincidência neste universo de tantas responsabilidades atribuídas à medicina. Autodidata, Fernando Basto toca violão desde os 10 anos de idade. “Aprendi sozinho quando criança. Interrompi a prática aos 16 anos quando tive que estudar para a faculdade e voltei com toda força depois dos 40 anos e não parei mais”, explica. Autor da técnica da “linha anterior irregular”, o médico inovou as cirurgias que eram feitas unicamente com o implante direto do fio. “É um trabalho artesanal e milimétrico. Porém observava que o cabelo, por possuir várias reentrâncias, ficava com aspecto muito artificial após
as cirurgias. Trouxemos a técnica que respeita as linhas naturais da cabeça e isso conferiu um aspecto com mais naturalidade ao resultado final”, ressalta. Para isso, Basto explica que chega a passar até 10 horas dentro da sala de cirurgia, com uma equipe de 10 pessoas, onde muitas vezes chega a transplantar até 12 mil fios e estamos falamos de um precioso trabalho manual. Nas salas, onde tem essa congregação de tanta responsabilidade, há também uma trilha sonora. “O processo cirúrgico possui um estresse residual inconsciente para que tudo saia bem, por isso em todas as cirurgias eu opero ouvindo música clássica. Além de ter profundo agrado pelo estilo, causa
relaxamento em toda a equipe”, conta. Mas é aos finais de semana, que o médico devolve a leveza à sua alma e recarrega as energias para a semana seguinte. “ Aí que entra o violão para devolver equilíbrio e promover a reunião das pessoas que gosto. Quando toco, observo que as pessoas se envolvem, interagem. Faço isso ao lado de um bom vinho, que trato como uma bebida espiritual, servindo para degustar e nos dar o toque de maravilhoso aquele momento vivido”.
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fotos Claudio Barreto
ENOgastronomia VINHO CLUB
Harmonização perfeita para seu inverno por Ana Paula Bernardes
F
oi dada a largada para nosso inverno, que embora timidamente, nos traz aquela sensação térmica mais baixa, com muito vento, principalmente para quem está perto do litoral. Foi pensando neste mote que o Vinho Club Premium preparou um Circuito Enogastronômico recheado de grandes opções para esta estação.
A
primeira casa que visitamos foi o restaurante Tapa de Cuadril. Localizado em Boa Viagem, a casa que já existe desde 2012 é pilotada pelo empresário Paulo Brol Filho, que possui tradição de família e habilidade apuradas para trabalhar com carnes nobres. E assim o fez desde a instalação do seu restaurante. Como sugestão, a casa montou uma seleção de seus cortes numa tábua única. Entre eles, o Tapa de Cuadril, Bife de Chorizo Angus, assado de tira Angus Black e The Pork Premium Tapa, acompanhados de salada caprese, aspargos verdes na manteiga, arroz birô biro, farofa da terra e risoto de quinoa com palmito. Para acompanhar, o presidente do Vinho
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a Tapa de Cuadril Av. Conselheiro Aguiar, 1089 Boa Viagem, Recife - PE (81) 3326.0250
Club Premium, Rildo Saraiva, indicou um Ventus, fabricado pela vinícola Bodegas del Fin del Mundo, na Patagônia argentina, mais precisamente no Vale do Neuquén que é uma assemblage das uvas Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot, harmonizando perfeitamente com os cortes apresentados. O Tapa de Cuadril funciona diariamente para almoço e de terça a domingo para jantar. Os grelhados do cardápio custam a partir de R$29,90 no menu Tapa Express ( executivo durante a semana) que servem dois acompanhamentos. No cardápio tradicional, o cliente encontra pratos a partir de R$35,90.
Kojima Restaurante Rua Ondina, 141 Pina, Recife - PE (81) 3328-3585
foto Terra Magazine
a arte de harmonizar
A segunda parada do nosso tour enogastronômico foi no restaurante Kojima, de Alexandre Farestein e Arnaldo Motta, em Boa Viagem. Tradicional em sua culinária japonesa, mas com toque nikei em alguns pratos, sendo inclusive um dos que primeiro presenteou os paladares recifenses com esta técnica. O Kojima existe em Recife desde 1997. Dois anos depois migrava para a capital Federal, porém com a mesma proposta e sucesso garantido nas duas
cidades. O prato escolhido para o nosso tour reafirma a excelência do cardápio. Pudemos apreciar o Tartare misto de atum e salmão montado com Ova Ikura e creme de raiz forte, que figura entre as entradas mais disputadas da casa. O Kojima funciona para jantar diariamente das 19h a 1h da manhã e possui ticket médio R$70.
A montagem foi harmonizada por Rildo Saraiva com um Villa Antinori, 2014. Floral, com notas de rosa amarela, mescla 70% de Uva Trebbiano e Malvasia e o restante consegue equilibrar-se entre Pinot Grigio e Bianco. Um destaque para os 85 pontos no Wine Spectator.
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Siwichi Cebicheria Peruana Restaurante Rua do Cupim, 53 Graças, Recife - PE (81) 3204 9921
ENOgastronomia VINHO CLUB
E nesta viagem ao universo peruano, o Siwichi Cebicheria também foi uma grata surpresa desta edição. A cebicheria é comandada por Federico Bresani, Ivan Andrade e Breno Sampaio e tem a cozinha nas mãos de Roxana Bresani, peruana radicada em Recife desde a década de 70. Apesar do tempo na cidade, o destaque de seus almoços em casa sempre foram as iguarias que fizeram a história de sua família. Inspirada nestas receitas, principalmente as da mãe de Roxana, Blanca
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Bresani, nasceu esta casa com a cozinha chifa, uma verdadeira infusão aos conceitos da gastronomia chinesa com peruana. O resultado final é uma satisfação do palato com a experiência marcante e memorável. O prato escolhido em nosso tour foi o filé mignon cortado com tiras, salteados com pimentões e cebola, molho shoyo, servido com batatas rústicas e banana verde comprida frita.
Cabernet Sauvingnon e Carmenere que traz união perfeita de duas uvas delicadas. A colheita manual das uvas maturadas em ponto ótimo, fizeram deste vinho o toque primordial para a criação de Roxana, segundo Rildo Saraiva.
O Siwichi funciona para jantar de terça a sábado, sempre a partir das 19h. Nas sextas abre também para almoço e funciona das 12h às 15h. Aos domingos, funciona só para A robustez da criação pediu um Agustino almoço a partir do meio-dia.
Oma Pâtisserie Bistro Rua José de Godoy e Vasconcelos, 109 Paranamirim, Recife - PE, 52060-250 (81) 3049-0092
A parada no OMA Bistrô será indicada novamente para nossos leitores, justificando a criação de cozinha autoral da chef Hellida Kelsch, que dedicou-se a um exímio trabalho de pesquisa, estudos em São Paulo, para montar um bistrô, na definição exata do que o status se propõe: cozinha artesanal, feita na hora e sem antecipação de nenhuma etapa do preparo, com harmonização e cuidado em todos os aspectos e um cardápio claro e enxuto.
No OMA não há contradições ou opções alternativas. Escolhe-se, sempre com água na boca, entre um cardápio de massas, opções veganas, com ou sem proteína, sem glúten, sem lactose e o cliente não reclama. A comprovação disto é uma casa cheia seja no brunch, almoço ou jantar.
chef acredita na bela cozinha.
Para acompanhar, Rildo indicou um Chardonnay Amelia, da Concha Y Toro, que possui toques de frutas tropicais como pêra, limão e melão, além de toque de especiarias, equilibrando-se com o frescor cítrico do molho de laranja do prato, do Na nossa parada, o prato foi um Robalo peixe e dos vegetais. ao molho de laranja, acompanhado com uma lasanha de legumes onde perfumes, Desejamos a todos uma excelente viagem texturas e sabores, dão voz ao que a nossa enogastronômica.
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gastronomia restaurantereserva
DNA Chef Olivier Costa
em Gastronomia
por Izabelle Rino
O
livier é um dos mais importantes empresários do ramo da gastronomia em Portugal, com nome consolidado internacionalmente. O seu espírito empreendedor transformou-o num dos mais destacados criadores de conceitos e espaços gastronômicos do País. Deixou a sua marca no setor, com a criação do seu menu de degustação, em finais da década de 90. Mais do que vocação, a cozinha é o seu habitat natural, com fortes influências dos avós e do pai. Tem como característica a capacidade de transformar restaurantes em espaços emblemáticos da cidade, referidos nos mais prestigiados guias e publicações internacionais. Chef Olivier Costa
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Desde que iniciou a sua carreira, criou o Olímpio (Castelo de São Jorge), o Bistro XXI (Campo Pequeno), o Restaurante Olivier (Bairro Alto), Olivier Restaurante
Restaurante Reserva Sheraton Reserva do Paiva Reserva do Paiva, Cabo de Santo Agostinho – PE (81) 33122000
Restaurante Reserva (Rua do Alecrim), Olivier Avenida (Avenida da Liberdade), Yakuza by Olivier (Avenida da Liberdade), o Guilty by Olivier (Avenida da Liberdade), o Honra by Olivier (Praça da Figueira) o K.O.B. – Knowledge of Beef (Rua do Salitre) e o Pettit Palais (Av. Liberrdade) todos em Portugal. Diversificou a sua oferta por gêneros gastronômicos (fine dining, japonês de fusão e inspiração mediterrânea, casual food, comida portuguesa, steakhouse), ao que alia à excelência do serviço com a qualidade característica da marca. Recentemente, lançou seu primeiro restaurante no Brasil, o Reserva, localizado no hotel Sheraton, Reserva do Paiva. No ano passado, Olivier lançou o livro “Olivier 10 anos”, que comemora a sua primeira década de atividade como restaurateur.
O hotel Sheraton Reserva do Paiva, localizado em uma das áreas mais exclusivas de Pernambuco, reconhecido mundialmente pela excelência e singularidade dos serviços oferecidos, abriu as portas, em parceria com o chef português Olivier Costa, empresário de uma cadeia de restaurantes em Portugal, o Reserva. A casa, a primeira do chef no Brasil, segue a premissa dos padrões do hotel, com uma gastronomia requintada e contemporânea. A proposta gastronômica oferecida por Olivier é diversificada e passa por diferentes gêneros. “As minhas inspirações para criar um menu para o Brasil permeiam por todas as viagens e lugares por onde já passei. Para mim é importante conhecer o melhor que existe pelo mundo para, assim, trabalhar as minhas ideias. Além disso, gosto de saber quais os produtos de cada País para trabalhar com os melhores ingredientes. Por isso, para o Reserva, pesquisei e me
inteirei por suas peculiaridades. Sou apaixonado pela cultura do Brasil, pelas pessoas e pela comida”, ressalta o chef, que montou o menu degustação ao encontro disso. “Temos 5 entradas frias, 5 entradas quentes, 3 pratos principais à escolha”, destacou Olivier. Adega Outro diferencial do restaurante é a Adega, com grande diversidade de vinhos tintos, brancos, espumantes e champagnes, o espaço acomoda mais de 300 rótulos das melhores regiões do mundo. No mesmo espaço existe a máquina dosadora de vinhos. Nela encontram-se, 03 vinhos brancos, 01 verde e 04 vinhos tintos. Ideal para pessoas que gostam de degustar tipos distintos da bebida durante a noite ou não necessita de uma garrafa inteira. Em breve, serão 08 tipos de vinhos tintos na máquina.
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LANÇAMENTO da 34ª EDIÇÃO TERRA MAGAZINE
Família Ventura
Cristina Amaral
Manuela Domingues e João Eduardo Marinho
Lana Bandeira e Izabelle Rino
FESTA DE LANÇAMENTO DA 34ª EDIÇÃO TERRA MAGAZINE
Marcus Rufino e Soraya Carneiro Leão
Ítala Holder e José Cyrino Neto
Katia Peixto e Eduardo Henrique
A
Domodi recebeu nosso último lançamento em maio que teve entrevista de capa com Dra Liana Ventura. Os convidados apreciaram a beleza do show room do empresário Doriva Medeiros ao mesmo tempo em que desfrutaram de uma noite agradável com muitos amigos e parceiros .
Paulo Azul, Anderson Aragão e Dorival Medeiros
Lívia Paschoal e Guilherme Dias
Anabela e Kleber Lacet
Fotos: Armando Artoni e Gleyson Ramos
Claudio, Maria do Carmo e Bruno Barreto
Marina, Sheila Carneiro e Thaisa
Fernanda Mossumez, Thais Suzbach e André Carício
Paulo Victor Moura e Luiza Tiné
Fábio e Natasha Oliveira
Marivan Gadelha e Deusimar Sampaio
Guilherme Farias e Sérgio Figueroa
Wagner Mendes e Marcela Cartaxo
Camila Diniz, Lu Queiroz e Mari Lindoso
Paula Queiroz
Rivando França e Ângelo de Mello
Glaucio e Mila Brandão
Brenda Carneiro e Beth Araruna
João Vilaça e Carlos Pragana
Sheila Wanderley
Madalena Souza
Neyce Campos e Veruska Costa
Adriana Noé e Raquel Neubauer
Victor e Mozart Vila Nova
portal terra magazine www.terramagazine.com.br
foto Gleyson Ramos
Rafael Furtado, Carla Bensoussan e Victor Carvalheira
AMONATI INAUGURA NO RECIFE
House Party Viva Las Vegas A House Party Viva Las Vegas, promovida pela Skol, aconteceu na Rose Beltrão Recepções no Recife. O evento contou com show de Gaby Amarantos, malabaristas, dançarinas de pole dance e cover de Elvis Presley com open bar das marcas da Ambev. Os ganhadores Iara Vasconcelos, João Rodrigues e Débora Lobo vão viajar para Las Vegas com tudo pago pela marca de cervejas.
Ex-BBB Aline e Márcio Aguiar
Giorgio Dalla, Alberto Santos, Chris Bradley e Tânia Bradley
Em uma noite intimista e animada, os empresários Chris Bradley, Alberto Santos e Tânia Bradley inauguraram, no Recife, a Amonati, showroom que representa as principais marcas italianas de móveis. Giorgio Dalla Libera, representante italiano, veio prestigiar o petit comitê, que contou ainda com presença de arquitetos e decoradores.
José Pinteiro e Paula Luck
BArte Galeria faz seu abre com exposição homenageando Van Gogh
Paulo César Paulo, Luciana Paulo e Salim Moises IÓ BRASIL LANÇA RE-VIVE DA NATUZZI
Beth Araruna e Brenda Carneiro inauguraram a BArte Galeria e Escritório de Arte. O evento de abertura contou com a exposição “Van Gogh passou por aqui”, em homenagem ao pintor holandês.
Em uma noite animada, Luciana Paulo, Salim Moises e Paulo César Paulo, à frente da Ió Brasil, lançaram com exclusividade em Pernambuco a poltrona Re-vive, da italiana Natuzzi. A marca estudou, por quatro anos, a ergonomia do sentar para criar a peça, que conta com 120 componentes para criar conforto, suporte e flexibilidade. Jacson Borpagaray e Otávio Milano, representantes da Natuzzi, vieram prestigiar o coquetel, que contou ainda com presença de arquitetos, empresário e decoradores.
Marilene Vasconcelos, Beth Araruna e Marisa Vasconcelos
Ana Cristina Cunha e César Barros
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Mônica Paes e Ronaldo Ferreira
Mariana Russo e Verônica Pimentel
foto: Agenor Lima
Foto: Felipe Souto Maior AgNews
agência Gleyson Ramos
social terra
Fusion Titanium 2.0 Ecoboost (CAT UNA5)
A partir de R$ 121.000 ou entrada de R$ 79.860 e saldo em 48 parcelas de R$ 895 com TAXA ZERO
Na cidade, somos todos pedestres. Preços e condições de financiamento válidos até 31/07/2015 ou enquanto durarem os estoques - 10 unidades. Fusion Titanium 2.0 Ecoboost (cat UNA5) a par tir de R$ 121.000,00 à vista ou financiamento com taxa de 0,00% a.m. e 0,00% a.a, 66% de entrada (R$ 79.860,00) e saldo em 48 parcelas de R$ 895,00 na modalidade CDC com 30 dias de carência para pagamento da 1ª parcela, incluindo tarifas, custos e impostos (IOF). Valor total a prazo de R$ 122.820,00. Custo Efetivo Total (CET) calculado na data de 29/06/2015 a par tir de 0,18% a.m. e 2,16% a.a., por meio do Programa Ford Credit. Não abrange seguro, acessórios, documentação e serviços de despachante, manutenção ou qualquer outro serviço prestado pelo Distribuidor. Sujeito à aprovação de crédito. O valor de composição do CET poderá sofrer alteração, quando da data efetiva da contratação, considerando o valor do bem adquirido, as despesas contratadas pelo cliente, custos de Registros de Car tórios variáveis de acordo com a UF (não incluso no valor das parcelas e no cálculo da CET) na data da contratação. Contratos de Financiamento e Arrendamento Ford Credit são operacionalizados pelo Banco Bradesco Financiamentos S.A. Valores válidos para cores sólidas. Frete incluso.
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EVENTO JAGUAR DYNAMIC TOUR
Jaguar
dynamic tour 2015 Caruaru | Pernambuco
por Claudio Barreto
Evento reúne apaixonados da marca Jaguar no Autódromo Internacional Ayrton Senna 76| TERRA MAGAZINE
J
aguar Dynamic Tour é uma estratégia global da Jaguar Land Rover que tem o intuito de proporcionar uma experiência única e emocionante entre seus clientes e convidados e assim aproximar as pessoas de seus produtos. A experiência consiste em pilotar os carros da marca nos autódromos ao lado de pilotos profissionais, com os modelos mais fortes da marca a nível de tecnologia e performance. Poder acelerar um legítimo Jaguar com até 550 cv de potência, que o faz ultrapassar os 100 km/h em poucos segundos e que pode levá-lo a mais de 200 km/h é uma
experiência incrível. Tudo, claro, com orientação de uma equipe de pilotos profissionais. Após testar a potência e dirigibilidade dos carros, os convidados compartilham esse momento uns com os outros, além de levar consigo esse momento memorável e uma experiência para a vida inteira que reúne tecnologia, design e sedução. A Terra Magazine não poderia deixar de estar presente no Jaguar Dynamic Tour e conferir a performance dessas máquinas, afinal de contas, não é todo dia que podemos levar um jaguar ao limite.
Jaguar F-Type S
Jaguar XJ
Jaguar F-Type
fotos Rudah Goes
Jaguar XFR-S
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TEST DRIVE AUDI S3
Teto solar panorâmico
Faróis xênon plus
Rodas esportivas de 18"
foto Geraldo Donald por Claudio Barreto
audi s3 Adrenalina pura 78| TERRA MAGAZINE
O
esportivo Audi S3 sedan surpreendeu em tudo: velocidade, segurança, conforto e beleza. Durante alguns dias tivemos a oportunidade de testar esta versão envenenada. Baseado no A3 Sedan, o S3 oferece mais desempenho e visual esportivo que o modelo original que encontra-se no mercado brasileiro há mais tempo. Na parte frontal nota-se apenas por uma logo com detalhe vermelho, pára-choques esportivos, saias laterais, muitos detalhes em cromado e a parte
traseira com quatro saídas de escape. Outro detalhe é que o carro é mais no chão e as rodas esportivas de 18 polegadas. Na parte interna chama atenção seu novo volante com base achatada e os bancos esportivos com revestimento de couro. Poderoso motor 2.0 Turbo FSI, 286 cavalos de potência e 38 kgfm de torque, graças ao uso de injeção direta de combustível, turbo e compressor mecânico de ar, que surge a partir dos 1.800 rpm. Possui transmissão de dupla embreagem S tronic e a tração permanente nas quatro rodas quattro®. De acordo com o fabricante a aceleração de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos e a velocidade máxima limitada eletronicamente a 250 km/h. Para testar toda sua potência fomos ao autódromo internacional Ayrton Senna localizado na cidade de Caruaru, a 130km da capital do Recife. Belo cenário para comprovar que nas retas e curvas em alta velocidade é extremamente seguro e muito confortável. O ronco super esportivo dá a sensação de estar pilotando um carro de corrida. Audi drive select
• Comfort - reduz a dureza da suspensão; • Auto - regulagem automática; • Dynamic - entrega relações mais curtas e suspensão dura; • Efficiency - equilíbrio consumo/desempenho • Individual - ajustes do “piloto”. Mesmo sem o controle de tração, dificilmente perde a trajetória.
Traseira 4 saídas de escape
Item de série - Audi drive select com 5 opções de condução: Comfort, auto, dynamic, efficiency e individual
Extremamente econômico mesmo com toda essa potência, o S3 fez uma média de 8,5 km/l na cidade e 13,8 km/l na estrada. Comportamento dele é impecável e para quem dirige são incontáveis os momentos de prazer.
Painel de instrumentos em detalhe: Boost - mostrador de pressão do turbo
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VEÍCULOS DNA DA VOLVO
Suecos à frente do seu tempo Como o pensamento escandinavo determinou o moderno e seguro DNA da Volvo por Redação Terra Magazine
S
er líder mundial em segurança no segmento automotivo é um grande diferencial da Volvo. Um trunfo resultante não apenas de décadas de investimentos em pesquisas, mas também da rica filosofia da empresa, de cuidar das pessoas em primeiro lugar. Para ter uma ideia do compromisso da marca sueca com a segurança, basta dizer que a Volvo inventou o cinto de segurança de 3 pontos nos anos 50 e disponibilizou a invenção gratuitamente a outros fabricantes de carros. As inovações da Volvo, entretanto, vão bem além. A empresa é responsável por diversos sistemas de segurança inéditos, que hoje são comuns em carros no mundo todo. A cada veículo lançado, a Volvo apresenta novos itens de segurança. Uma de suas invenções mais importantes foi o City Safety, hoje um item de segurança de série da Volvo que freia automaticamente o veículo caso o motorista não reaja a
tempo de evitar uma colisão iminente (com velocidade relativa de até 50km/h com relação ao objeto parado). Isso mesmo, o carro freia sozinho mesmo sem o condutor pisar no freio. Tem também o detector de pedestres e o detector de ciclistas que também fazem o veículo frear caso haja risco de impacto. Estes sistemas contam com radares em sua parte frontal que fazem a leitura do ambiente e são especialmente eficientes nos casos de distração do motorista. Outra novidade que chegou ao mercado brasileiro em 2013 é o Air Bag para pedestres, apresentado no Volvo V40, a fim de proteger o pedestre em caso de atropelamento. Logo depois veio o Sistema de Leitura de Placas de Sinalização para o motorista não perder nenhuma placa à sua frente, como as de limites de velocidade por exemplo. O Sistema de Alerta ao Condutor identifica sinais de sonolência no condutor e emite sinais sonoros para evitar a distração ou sonolência acima dos 65km/h. O carro emite uma mensagem no painel
sugerindo uma pausa descanso ou café, se perceber uma variação no padrão “normal” de direção. Essas são apenas algumas das últimas tecnologias de segurança Volvo. A fim de garantir tal eficiência em suas invenções, a Volvo realiza todo ano centenas de testes de colisão. O principal objetivo é garantir a segurança das pessoas dentro e fora do habitáculo do veículo, incluindo pedestres, ciclistas, etc. E também prevenir a colisão, ao invés de apenas minimizar as suas consequências. E essa fixação da Volvo pela segurança tem uma ousada meta: zerar o número de vítimas em acidentes com seus automóveis até 2020. Para isso, a Volvo investe continuamente em novos sistemas inteligentes de proteção a acidentes, seja impedindo o condutor de se distrair ou adormecer, seja alertando o mesmo sobre outro veículo ou obstáculo à frente ( ou atrás), seja travando ou corrigindo a direção do automóvel.
Bom pra cachorro Os proprietários de veículos Volvo que costumam carregar seus animais de estimação a tiracolo podem fazê-lo com toda a segurança e conforto. É que a montadora possui uma série de acessórios específicos para transportar os bichinhos da forma mais adequada e segura. Uma grade de proteção pode ser acoplada no porta-malas e limitar o espaço onde o cão deve ficar, reduzindo assim, as chances de algum imprevisto ou acidente. O acessório é ideal para carros tipo crossover ou sportswagon e não compromete o espaço para colocar compras e bagagens.
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A Volvo ainda oferece uma rede de proteção para delimitar a área dos passageiros e o compartimento de bagagem, evitando que o animal seja arremessado para frente em caso de frenagem brusca ou colisão. Carpetes resistentes à sujeira do bichinho, caixas para evitar marcas das patas na parte interna, cortinas contra calor e luz solar, além de toalhas, cobertores e compartimentos para água são outros exemplos de “mimos” que a empresa oferece para tornar o passeio dos cães e dos seus donos ainda mais agradável. Para o cliente André Nóbrega, proprietário
de um Volvo XC60 T5R-Design, a questão da segurança foi decisiva na escolha de seu veículo. André é dentista, artista visual e criador de cães para exposição. “Estava à procura de um SUV e optei pelo XC60 pelos itens de segurança que o carro oferece que contaram como um grande diferencial”. Os itens que lhe chamaram a atenção foram: o tapete anti-derrapante para o porta-malas, a rede de proteção e a tampa da mala que levanta para prender as caixas que transportam os animais evitando que elas escorreguem durante o percurso. Os seus belos cães agradecem.
Estava à procura de um SUV e optei pelo XC60 pelos itens de segurança que o carro oferece que contaram como um grande diferencial” André Nóbrega
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mercado CAMPANHA HUB
foto Marcos Pereira
Guararapes
No páreo pelo hub nordestino Redação Terra Magazine
A
umento do número de voos diários saindo e chegando ao Recife, criação de oito mil a 12 mil empregos diretos e indiretos e um investimento de R$ 4 bilhões. Esses são alguns dos atrativos que, atualmente, andam movimentando o Governo de Pernambuco, a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Estado e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para que a capital pernambucana seja a cidade escolhida para a instalação do primeiro hub do Nordeste. O empreendimento trata-se de um novo centro de voos internacionais e nacionais que o Grupo Latam (Tam e Lan) pretende implantar no Brasil em 2016. O Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre disputa o empreendimento com o de Fortaleza, no Ceará, e o de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. O movimento, que está sendo articulado a quatro mãos, também reúne o esforço da sociedade civil, deputados estaduais, deputados federais, senadores e ex-governadores pernambucanos.
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A posição estratégica geográfica de Pernambuco, aliada aos excelentes atributos do terminal recifense, faz pensar que o estado é um forte candidato a abocanhar esse hub. Com 11 pontes de embarque, 21 vagas para aeronaves podendo chegar a 31 (Operação Copa) - e estacionamento para 2.020 veículos, hoje, o aeroporto recebe cerca de sete milhões de passageiros por ano, levando em conta os dados de 2014. Sua capacidade total, no entanto, é de 16,5 milhões. Recentemente, o Gilberto Freyre foi escolhido pelos passageiros, através de uma pesquisa anual realizada pela Secretaria de Aviação Civil do Governo Federal, como o melhor aeroporto do Brasil. O questionário é aplicado nos 15 maiores aeroportos brasileiros, inclusive naqueles que não são administrados pela Infraero. Comandando a gestão do Guararapes desde o início de 2014, para o superintendente do terminal pernambucano, Alexandre Oliveira da Silva, o advento dessa premiação
estimula o aeroporto a proporcionar cada vez mais serviços de qualidade, gerando uma espécie de competição salutar entre os aeroportos avaliados em que o ganhador é sempre o passageiro. “Não podemos negar que o nosso Aeroporto, mesmo antes da premiação, já oferecia excelentes serviços, notadamente quando nos referimos a conforto e à segurança. Isso, graças ao empenho dos mais de cinco mil trabalhadores que diuturnamente fazem esta pequena cidade, chamada Aeroporto, funcionar de forma a proporcionar sempre a melhor experiência aos nossos usuários e visitantes”, comentou Silva, destacando que o desafio agora é manter o Aeroporto do Recife neste patamar de excelência, quando a responsabilidade ficou ainda maior com o título de melhor do país. O prêmio também entra como atrativo estratégico na captação do hub da Latam. Nessa disputa pelo ponto de conexão de cargas e passageiros do Nordeste, caso o aeroporto recifense seja escolhido,
Foto Carlos Pantaleão
Pernambuco ganhará impulso para receber novas empresas, geração de empregos, fluxo turístico e visibilidade. No mês de junho, durante reunião com diversas lideranças, inclusive, com adversários, para trazer o investimento da Tam ao Estado, o Governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), destacou as vantagens pernambucanas com relação ao Ceará e ao Rio Grande do Norte. "Nós temos o melhor aeroporto, com a melhor infraestrutura, uma maior movimentação de cargas e também de passageiros. Nossa
Por que Pernambuco?
economia é mais dinâmica e diversificada, o que aponta para um potencial maior de desenvolvimento nas próximas décadas. Temos a melhor rede hoteleira, inclusive próxima ao Aeroporto dos Guararapes, e atrativos turísticos e culturais sem comparação", destacou. Sem contar com alguns dos polos de negócios mais importantes do País, como de tecnologia, diplomático, de saúde, de logística e jurídico que estão localizados em Pernambuco. Se o Gilberto Freyre reúne as melhores condições econômicas para receber o hub da Latam, a sua vinda é uma grande oportunidade para o setor aéreo, assim como para áreas impactadas – que englobam desde serviço de táxi a fornecimento de alimentação. Além disso, a tendência é que empresas de manutenção de aeronaves e de armazenagem de cargas sejam seduzidas pelo hub. Com
o ponto de conexão também é possível que haja a concessão de benefícios fiscais sobre o combustível. Inclusive, já está em tramitação um acordo com a Tam para o voo internacional Recife-Buenos Aires, cuja operação foi iniciada em janeiro deste ano. Uma contrapartida da companhia é o reforço no número de voos ligando Recife a outros destinos. O número de pousos e decolagens deve subir entre 20% e 25% - com os prováveis 14 voos internacionais diários e outros 18 nacionais. Para os passageiros, isso significa mais opções de voos diretos e preços possivelmente menores. Uma grande vantagem é viajar, partindo do Recife, em voos com tempos menores para a Europa, sem precisar ir para São Paulo ou Rio de Janeiro, além de aumentar as possibilidades de escolhas de conexões e horários.
Infraestrutura Aeroportuária
De avião
Aeroporto Internacional do Recife
Aeroporto Internacional de Natal
• 7h de Lisboa – Portugal; • 8h30 de Miami - Estados Unidos da América; • 7h17 da Cidade do Panamá – Panamá; • 10h13 de Frankfurt – Alemanha; • 5h10 de Buenos Aires – Argentina; • 4h30 de Praia - Cabo Verde.
Terminal de Passageiros – 52.000m² Pontes de Embarque – 11 Dimensões da pista – 3.007m x 45m Capacidade Anual de Passageiros - 16,5 milhões Balcões de Check-in – 64 Pátio de Aeronaves - ~163.155m²** Estacionamento de Aeronaves – 31 posições**
Terminal de Passageiros – 40.000m² Pontes de Embarque – 6 Dimensões da pista – 3.000m x 60m Capacidade Anual de Passageiros - 8 milhões Balcões de Check-in – 42 Pátio de Aeronaves – 210.000m² Estacionamento de Aeronaves - 10 posições
Aeroporto do Recife • O melhor do Brasil segundo pesquisa de satisfação dos passageiros da Secretaria de Aviação Civil; • Localizado no Recife, capital do estado, com acesso rápido à ampla rede hoteleira; • 7% de evolução nos indicadores de qualidade, segundo relatório de desempenho operacional (1º trimestre de 2015 x 1º trimestre de 2014).
Aeroporto Internacional de Fortaleza Terminal de Passageiros – 35.660m² Pontes de Embarque – 7 Dimensões da pista – 2.545m x 45m Capacidade Anual de Passageiros - 6,2 milhões Balcões de Check-in – 32 Pátio de Aeronaves – 134.767m²* Estacionamento de Aeronaves - 46 posições*
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*Soma do pátio 1 (aviação geral), pátio 2 (aviação comercial) e pátio 3 (aviação cargueira) **Utilização da estrutura do parque de manutenção (Pama) – Operação Copa
MERCADO BLINDAGEM
Blindagem em expansão por Redação Terra Magazine
F
oi-se o tempo em que a blindagem era item que significava unicamente status. Atualmente onde o rigor com a segurança tem se ampliado dentro das famílias brasileiras, dificultar ações de risco é fundamental para todos que possuem veículos particulares. Em Pernambuco isto é endossado pelo último dado da Associação Brasileira de Blindagem – Abrablin, que informou recentemente que o Estado só perde posição para São Paulo e Rio de Janeiro em número de veículos blindados. Aqui no Estado, a Full blindagens, tecnologia Imbra, é uma das empresas que comemora o crescimento e mudanças no setor. Para Ivo Queiroz, diretor da marca, houve o aumento da procura pela blindagem também por carros mais baratos. “O mercado está mudando. No passado só os carros de alto padrão faziam, mas hoje a segurança das cidades está exigindo este esforço dos donos de veículos de médio porte”, explica. Com 35 anos no mercado nacional e 12 anos em Pernambuco, esta necessidade social favoreceu a Full blindagens, que ampliou sua participação no mercado e adquiriu a blindadora do Grupo Via Sul. Com isto, a empresa pretende ampliar seu share em
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O mercado está mudando. No passado só os carros de alto padrão faziam, mas hoje a segurança das cidades está exigindo este esforço dos donos de veículos de médio porte”
que possui resistência confirmada contra a delaminação neste período. Além disso, nossa tecnologia é a mais antiga do mercado e fazemos, além da blindagem automotiva, blindagem para capacete, coletes e veículos de tanques do exército, cabines de avião e serviços para a construção civil como proteção de guaritas e portarias”, ressalta Ivo .
A empresa que realiza 15 blindagens ao mês tem a expectativa de que, com a nova parceria, outras concessionárias se interessem também na ampliação do negócio. “Entendemos que os grupos de revendas de veículos de Pernambuco estão de olho para ampliar seus negócios e por isso parcerias desta natureza podem ser favoráveis para todos eles”, explica Queiroz.
O item peso, para o aspecto da blindagem, também é levado em conta pelos clientes na hora da compra. E a boa notícia é a de que a tecnologia para blindagem avançou significativamente neste sentido e atualmente possibilita kits mais leves, também explicado por Ivo. “ Um kit completo pesa de 180 a 200 kg. O da tecnologia Imbra, por exemplo, não é feito unicamente de aço como antigamente. Utilizamos a blindagem mais leve e segura do mercado feita com 95% de manta de aramida e 5% de aço, o que favorece a suspensão dos veículos que com o passar do tempo ficava comprometida”.
Atrás da marca da blindadora mais antiga do País, outros itens favorecem sua tradição. “Fornecemos 10 anos de garantia para o cliente que compra o nosso serviço,
Outra dúvida levantada por muitos clientes na hora da compra é qual o valor correto para a blindagem ou se isso varia de carro para carro. E para este ponto, é importante
50%. “A parceria possibilitou a união de duas marcas fortes com duas carteiras de clientes grandes”, destaca Ivo Queiroz.
fique por dentro saber que trata-se de um serviço de bastante complexidade por isso, desconfie de valores muito baixos. “A média é um serviço custando a partir de R$40 mil reais. Este é o certo. Mas é claro que existem carros mais em conta para você comprar e montar a blindagem como é o caso do Nissan Sentra. Ele possui um valor atrativo no mercado e com a blindagem instalada, terá um custo benefício melhor para a venda futura. Mas este é só um dos exemplos que eu citaria. A gente também auxilia o cliente em relação a este ponto”, explica Ivo. O diretor da Imbra adverte que, ainda assim, como qualquer serviço adequado para veículos, a sua manutenção se faz necessária. “A blindagem requer cuidados como qualquer outro serviço, por isso, é importante que todo cliente, independente do veículo que possua, faça a manutenção preventiva e nossa empresa oferece isso”, destaca. Full Blindagens 81 3312 2300 Av. Eng. Domingos Ferreira, 460 Boa Viagem - Recife/PE www.inbrablindados.com.br
Após seis meses da montagem, é importante fazer a primeira revisão. E depois, anualmente, o cliente deve se dirigir à loja onde contratou o serviço e realizar a manutenção preventiva. ----------------------------------------------------Antes de comprar o serviço, visite lojas tradicionais. Pesquise os tipos de veículos mais em conta para fazer a blindagem. Uma dica importante é buscar, se possível, um veículo que não seja desvalorizado com o tempo para não perder o importante item de segurança adquirido; ----------------------------------------------------O valor do preço da blindagem depende da área do carro que receberá a proteção. Se o carro for muito grande, naturalmente seu preço será maior; ----------------------------------------------------Depois da compra do material é solicitada uma autorização do exército, que retorna, em média, após uma semana. Trata-se do Certificado de Registro; -----------------------------------------------------
A montagem do kit demora um prazo de 15 a 30 dias após esta autorização; ----------------------------------------------------Tire todas as suas dúvidas sobre peso e resistência do material antes da compra; ----------------------------------------------------No Brasil os níveis de proteção de blindagem são o I, II-A, II e III-A, sendo o nível I o menor, mais barato e de menor peso e o nível mais resistente, mais caro e de maior peso, o III-A. ----------------------------------------------------Existem veículos em pronta-entrega na loja Imbra com a blindagem já instalada, como Blaser, Corolla e Porshe. Verifique disponibilidade no show-room; ----------------------------------------------------Os homens ainda são os que mais contratam o serviço de blindagem no Brasil. No entanto, já existe a comprovação de que os carros blindados são os que mais alternam de donos dentro da mesma família; ----------------------------------------------------O item película é opcional e particular para o cliente na hora da compra.
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Negócios Dorival Medeiros Júnior
DO FUTEBOL A EMPRESÁRIO DE SUCESSO Conhecido jogador de futebol, Dorival Medeiros Júnior - Doriva, se reinventou numa carreira empresarial extremamente exitosa por Marivan Gadêlha
Terra Magazine - Como resumiria o início de sua trajetória empresarial?
Terra - Como vem ocorrendo o processo de diversificação?
Dorival Medeiros - Joguei futebol por quatorze anos em treze clubes diferentes sendo oito anos fora do Brasil entre México, Arábia Saudita, Espanha e Portugal. Parei de jogar aos trinta e um anos de idade no Sport Club do Recife há aproximadamente dez anos. Naquele momento comecei a procurar uma nova área de atividades. Surgiu então, a oportunidade de comprar uma pequena empresa de logística em Suape, na época com vinte nove empregados. Naquela fase Suape vinha crescendo de forma significativa, num período em que chegavam os parques eólicos, o Estaleiro, a Refinaria e a fábrica de PET. Eram motores com mais de 400 Ton para descarregamento, movimentação e entrega. Dessa empresa surgiu um terminal alfandegado, um armazém geral e uma transportadora para atender à cadeia completa da logística. O crescimento foi extraordinário. Em um ano e meio adquirimos 81 carretas, 80% delas operavam 24 horas.
Doriva - Identificamos a oportunidade de criar uma importadora e distribuidora de móveis soltos para área externa. Neste contexto foi criada há pouco mais de três meses a loja DOMODI, modelo de negócio que requer o arquiteto como especificador, exigindo naturalmente conhecimento dos nossos produtos e serviços. Os móveis são produzidos fora do Brasil com a nossa marca. Importamos e armazenamos no Cabo de Santo Agostinho. Nossa loja vende em Pernambuco e começamos a distribuir para os outros estados. Já estamos em São Paulo e no momento estamos entrando no mercado do Rio de Janeiro. Nossa intenção é que o negócio disponha de estoque regulador no Brasil. Hoje temos produtos para pronta entrega por dois anos.
Terra - Como ocorreu a sua saída do segmento de logística? Doriva - Cinco anos depois quando já tínhamos 715 empregados começaram a chegar ao Estado grandes players de logística. Neste novo nível de competição, consideramos a venda da empresa como extremamente estratégica de forma que, entramos num período de “quarentena” contratual para as atividades de logística por cinco anos. Surgiu daí a necessidade de um novo recomeço, quando me direcionei para o mercado de franquias. Chegamos a ter 19 lojas da TIM em shoppings de São Paulo.
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Terra - Como você enxerga o momento econômico? Doriva - Apesar de delicado, naturalmente o segundo semestre será bem melhor como ocorre em todos os anos. O empresariado anda com medo, muito preocupado com tudo. No meu caso, apesar das vendas também estarem impactadas, estou investindo num momento em que todos estão se retraindo. Isso faz com que minhas iniciativas, principalmente de marketing, apareçam mais. Em momentos de crescimento todos fazem propaganda, mostram suas marcas e fazem eventos. Crescer na crise será seguramente mais doloroso, porém será mais proveitoso e mais rápido para os meus novos negócios. Terra - Como você analisa a posição do estado de Pernambuco nesse momento?
Doriva - Quando comecei minha atividade empresarial, Suape era a bola da vez. Um complexo portuário onde as indústrias estavam em seus limites geográficos, facilitando a importação e a exportação. Não vejo possibilidade de retrocesso no médio e longo prazo. Porém, estamos vivendo um momento a nível estadual muito diferente. A propósito do que vem ocorrendo no resto do país, as pessoas estão com medo de investir. O mercado imobiliário vem enfrentando um cenário de forte retração. Apesar disso, acredito que as pessoas vêm enxergando uma crise muito maior do que a que vem se materializando. O medo pode elevar a dimensão da nossa crise, potencializando as dificuldades. Terra - Que diferenças você destacaria no momento, considerando seus mercados em São Paulo e Recife? Doriva - Tenho observado em São Paulo um momento extremamente difícil. As classes C e D, que representam um importante mercado de nossas lojas de aparelho celular na capital paulista, estão completamente endividadas. Vários são os motivos porém, destaco o cartão de crédito, cujo modelo brasileiro permite a compra em até 12 vezes. O nível de comprometimento salarial dessas classes sociais supera os 40% da renda, o que vem impactando nos negócios. No que tange as nossas novas iniciativas em Recife, aspectos culturais merecem atenção. Um novo negócio em São Paulo é novidade por apenas uma semana. Em Recife, apesar de se tratar de uma grande metrópole, as pessoas são mais conservadoras, costumam comprar nos mesmos lugares, de forma que um novo negócio exige preparação para pelo menos um ano de maturação, o que representa uma dificuldade adicional.
Dorival Medeiros Júnior
Terra - Como você enxerga os desafios do varejo? Doriva - Resistir à crise exercitando ao máximo a criatividade. Numa feira de varejo em Nova York, pude acompanhar o desafio associado à sobrevivência das lojas físicas frentes ao mercado virtual. Vi muitos cases de sucesso. Entre eles, lojas de roupas com “araras” móveis, iguais a academias de ginástica. Nesse exemplo, das 17:00 às 21:00 horas o cliente pode marcar sua aula de ginástica quando as
“araras” são afastadas. Neste período, vamos encontrar pessoas comprando e fazendo ginástica simultaneamente. Em outro caso, a propósito do que já ocorre numa rede de Recife, o cliente pode escolher as roupas pelo site e a loja onde quer “prová-las”. Em 48 horas uma “arara” estará disponível, com as roupas escolhidas com seu nome. Esta estratégia permite utilizar o ambiente virtual para atrair o cliente à loja, onde o consultor(a) poderá otimizar / agregar venda. Tive ainda a oportunidade de conhecer um
negócio, onde o espelho do “provador” se caracteriza como uma tela sensível ao toque, ou seja, touchscreen. Pelo toque o cliente pode navegar, escolher a tela de fundo e dos modelos e tamanhos que quer provar. Todos exemplos de criatividade empresarial a favor da evolução tecnológica, para a qual vamos precisar cada vez mais de aderência. doriva@domodi.com.br
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saúde dr. joão vilaça
Avanços na correção cirúrgica da vista cansada (presbiopia)
U
ma das necessidades mais comuns entre as pessoas que chegam à faixa dos 40 anos é a do uso de óculos para o auxílio da leitura. Muitas até nem tem um grau tão forte, mas precisam da ajuda das lentes na hora de sentar em frente ao computador, folhear uma revista, abrir o jornal. A chamada “vista cansada”, ou cientificamente, a presbiopia, atinge a população causando uma certa dificuldade para enxergar de perto por conta da perda da capacidade de focar. O motivo? A lente natura do olho, o conhecido cristalino, com o passar dos anos, vai perdendo a capacidade de ajudar o foco. A presbiopia é a deficiência mais frequente do globo ocular e acomete quase cem por cento dos indivíduos acima desta faixa etária, com exceção dos míopes, que conseguem enxergar de perto com clareza por um maior espaço de tempo. Existe uma estimativa global de que o problema atinja mais de um bilhão de pessoas.
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A opção para a correção da presbiopia é a cirurgia feita a laser ou o implante de lentes intraoculares, como é feito também na cirurgia de catarata. O problema, no entanto, tem solução. A opção para a correção da presbiopia é a cirurgia feita a laser ou o implante de lentes intraoculares, como é feito também na cirurgia de catarata. Para a realização do procedimento, no entanto, é preciso que se leve em consideração, além dos quesitos clínicos, o perfil comportamental e as aspirações específicas de cada paciente. Os
novos hábitos da vida moderna como o uso frequente de dispositivos eletrônicos como laptops, celulares e tablets têm exigido uma necessidade maior do esforço visual para perto. A busca pelas cirurgias pode ser uma alternativa pelo fato da dependência dos óculos ser desagradável para a maioria das pessoas, além do estigma de que o acessório é sinônimo de envelhecimento. Chamado de Lasik ou Fentolasik e PRK, o laser para a correção da vista cansada é utilizado para o tratamento da moldagem da córnea, que é a primeira camada transparente do olho. A fotoablação com o Excime Laser, além de contribuir para a correção da presbiopia, também auxilia em outros problemas como miopia, hipermetropia e astigmatismo. O laser, no entanto, é mais indicado para aqueles pacientes que ainda não tenham catarata e tem o desejo de se livrar total ou parcialmente dos óculos. A cirurgia é
O problema não pode ser impedido, mas você pode ajudar a proteger sua visão de acordo com estas dicas:
oferecer a até mais de 96% dos pacientes uma maior liberdade dos óculos para a visão de longe e perto. Com o objetivo de minimizar o uso dos óculos, existem as lentes multifocais formadas por anéis concêntricos que conferem o poder da multifocalidade. As lentes acomodativas sem os anéis permitem a melhora na visão intermediária de longe; já as lentes monofocais combinam um olho focando para longe e outro para perto, não havendo a multifocalidade, mas permitindo visão confortável para as duas diferentes distâncias. O índice de satisfação é alto: em uma pesquisa, 94% das pessoas que optaram pelo implante da lente, afirmaram estar muito satisfeitas e que indicariam para amigos e familiares.
bastante segura e precisa, porém não é de efeito definitivo, podendo precisar, se necessário, de um retoque ao passar de alguns anos. O implante de lentes intraoculares multifocais, apesar de ser um processo invasivo realizado dentro do olho, é feito de forma extremamente segura, rápida e ao contrário do laser, tem a vantagem do efeito duradouro. Atualmente, os avanços técnicos nas lentes vêm possibilitando a personalização das cirurgias, agregando ainda mais qualidade de vida. Elas são minúsculas (tem apenas seis milímetros de diâmetros) e implantadas nos olhos para substituir a lente natural do globo ocular, o cristalino. A técnica cirúrgica para a extração do cristalino, chamada de Facoemulsificação evoluiu consideravelmente, o que a deixou ainda mais segura e reprodutível. O avanço tecnológico das lentes intraoculares multifocais ou acomodativas chegam a
Este tipo de cirurgia é indicada principalmente para pacientes portadores de catarata, mesmo incipiente, e alguns colegas também a indicam com finalidade refrativa, ou seja, correção da vista cansada e também dos altos graus de miopia, hipermetropia ou astigmatismo. As lentes intraoculares são introduzidas por microincisões de dois milímetros, o que ajuda a diminuir a incidência de complicações pósoperatórias. Elas apresentam a melhora em um curto período, fazendo com que os pacientes tenham melhor quantidade e qualidade de visão sem ter que esperar muito. Dados da Organização Mundial de Saúde mostram que existem 18 milhões de pessoas cegas por catarata no mundo e estima-se que no Brasil o número seja de 350 mil. Cerca de 85% dos pacientes de catarata estão acima dos 50 anos e nos dias de hoje, isto quer dizer que a maioria trabalha, viaja e tem hábitos e preferências que devem ser considerados no momento de definir qual tipo de lente será implantada. A presbiopia faz parte do processo natural de envelhecimento de cada pessoa, que não pode ser evitado. Ao passar dos anos, o olho vai perdendo a elasticidade e os músculos responsáveis pelo foco de perto vão enfraquecendo. Os sinais de cansaço na vista geralmente aparecem aos 40 anos, podendo também ser mais precoces naqueles que trabalham intensamente com leitura e computador.
• Faça exames regularmente com o oftalmologista, mesmo se você enxergar bem; • Faça o controle de doenças como diabetes e hipertensão, pois estas também podem afetar sua visão caso não recebam o tratamento adequado; • Proteja seus olhos do sol com lentes com proteção ultravioleta (UV); • Tente se alimentar de maneira saudável, principalmente a base de frutas cítricas, folhas verdes, cenoura e espinafre; • Uso de suplementos vitamínicos a base de vitaminas A, C, E, Ômega-3 e minerais como zinco e selênio, além da luteína, também são indicados; • Use óculos de maneira correta, prescritos pelo oftalmologista e não os conhecidos “óculos de farmácia”, já que estes podem ter distorções nas lentes, além do grau geralmente não ser o correto; • Adquira hábitos de descanso de dez minutos para cada uma ou duas horas de leitura e procure uma iluminação adequada que contribua para reduzir o esforço e consequentemente, o cansaço visual.
Dr. João Vilaça Hvisão - Hospital da Visão de Pernambuco www.hvisao.com.br/ (81) 3117 9090 | 9609 0557
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SAÚDE Dra fernanda Mossumez
Gordura na alimentação,
toda ela faz mal à saúde?
Alimentos de origem animal são ricos em gorduras saturadas. Já os alimentos de origem vegetal são, em geral, fontes de ácidos graxos insaturados, com prevalência significativa em Ômega-6 (óleos de milho, girassol, algodão, gergelim, cártamo e prímula; nozes e sementes oleaginosas em geral, como noz, castanha-do-brasil, castanha de caju, amêndoa, avelã).
M
uito se fala da diminuição da ingestão de gordura na dieta hoje em dia. A indústria de alimentos “light” (com menor teor de gordura) tem crescido de maneira vertiginosa nos últimos anos, paradoxalmente ao incremento da indústria das chamadas “JUNK-FOODS” servidas principalmente na forma de “fastfoods”. Ou seja, alimentos preparados de forma extremamente carregada com gordura saturada para dar sabor e sensação de saciedade, entregues rapidamente ao consumidor final, sejam em lanchonetes, deliverys ou preparados rapidamente em casa mesmo. Agora e o que são gorduras saturadas? Esta é a gordura ruim, aquela que fica acumulada nos vasos (inclusive os do coração). Gorduras saturadas são necessárias para funções estruturais e energéticas; entretanto, seu consumo excessivo pode trazer riscos ao organismo. O consumo de gordura saturada e trans é classicamente relacionado com elevação do LDL-c plasmático e aumento de risco cardiovascular. Além do aparecimento da aterosclerose que pode cursar com vários consequências limitantes do ponto de vista de qualidade de vida. As recomendações nutricionais da ingestão de lipídios (gorduras) a indivíduos saudáveis variam muito pouco, contudo é fundamental que sejam selecionadas fontes alimentares adequadas e igualmente importante é o cuidado quanto ao modo de preparo e armazenamento dessas fontes.
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Já os alimentos de origem vegetal considerados fontes de Ômega-3 são de ocorrência rara na natureza. Os
representantes vegetais desses lípides são a soja (5% a 7%), a canola (7% a 10%) e a semente de linhaça (58% a 60%) - Contudo, é salientado que o Ômega-3 encontrado nesses vegetais é o ácido alfalinolênico (C18:3), o qual pode ser convertido nos principais representantes da classe. Entretanto, como a conversão em EPA (eicosapentaenoico) e DHA (docosahexaenoico) é baixa, deve-se dar prioridade para o consumo de Ômega-3 proveniente de fontes animais. No entanto, grande quantidade de Ômega-3 encontrada em peixes não se verifica significativamente disponível ou, sequer, presente no filé portanto, na parte comumente comestível pelas populações ocidentais.
Cabe, entretanto salientar, a ingesta das “boas fontes de gordura”, como a do coco, oleaginosas (nozes, castanhas de caju, macadamia) e abacate, por exemplo; tendo em vista que vitaminas importantíssimas para o metabolismo como a vitamina A, a vitamina D, a vitamina E e a vitamina K são solúveis em gordura, bem como nossa massa encefálica que é composta em sua maioria por tecido gorduroso e em todas as células que tem em sua membrana a presença de gorduras como fator constituinte. Lembrando ainda que são boas
fontes energéticas que provêm sensação de saciedade, ajudando na diminuição da fome e compulsão por alimentos ricos em carboidratos. Sendo assim, em alguns casos, é importante que se faça a suplementação direta em forma de cápsulas destes compostos aliada a uma profunda e significativa mudança de hábitos alimentares. Costumo sempre ressaltar no consultório a importância da reeducação alimentar e não a realização de dietas milagrosas a base de 500 cal dia que só conseguem ser efetuadas por um curto período de tempo sem ensinar ao organismo o prazer de se alimentar de forma correta para sempre e ainda com o prejuízo de varias funções do corpo a curto e longo prazo, algumas até irreversíveis. www.drafernandamossumez.com.br/
beleza CRESO RUFINO
Creso Rufino Trinta anos de dedicação ao universo das tesouras Um profissional que preza não só por cortar cabelos, mas por contribuir com a melhora da auto-estima das pessoas
por Luíza Tiné
U
m cabeleireiro clássico, como a combinação do preto com o branco, que nunca sai de moda. É assim que se define Creso Rufino, que no ano de 2016 completa 30 anos de profissão. Nome conhecido em Recife e no estado de Pernambuco, o hairstylist iniciou sua carreira aos 17 anos, quando se descobriu. “Sou cabeleireiro por vocação. Meu primeiro corte foi em mim mesmo, depois comecei a experimentar nos amigos e familiares e veja só onde estamos, quase três décadas depois” comenta o profissional, que de cinco irmãos, foi o único que se enveredou por este caminho. Hoje, com salão instalado nas dependências da loja Dona Santa, no bairro de Boa Viagem, Creso tem clientes que o acompanham desde os seus primeiros passos. Ele afirma: “Estou presente em algumas famílias há gerações. Comecei pela a avó, passei pela filha e cheguei até a neta. Isto é gratificante!”. A paixão pelo universo das tesouras começou no colegial, quando morou em Ribeirão, interior do Estado, inspirado por uma colega de classe. Ele conta que por ser
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Procuro conversar com cada um e tentar entender o estilo, a personalidade. Isto influencia bastante no meu trabalho. uma das mais velhas da sala, as atividades e grupos de estudo sempre eram realizados na casa desta amiga, que era cabeleireira. Lá ele observava o seu trabalho, e curioso, sempre buscava entender a dinâmica da arte de cortar cabelos. O primeiro salão de beleza que Creso Rufino trabalhou foi o extinto Chanel, de Mônica Lima, Miss Pernambuco do ano de 1983. Lá, o profissional trabalhou por seis anos e além do aprendizado, construiu uma relação de amizade pessoal com a proprietária, por quem é bastante grato. De lá, investiu em parcerias com outros cabeleireiros como Edelson, Espaço Set no Shopping Recife e Dorinha – esta última chegou a trabalhar por aproximadamente dez anos, e a considera uma “mãezona”. Durante todos estes anos, participou de
diversos cursos e workshops ao redor do Brasil, promovidos por marcas de renome, e viajou para lugares como Paris e Barcelona, onde pôde aprimorar o seu trabalho. Ele se considera um profissional completo, daqueles que domina qualquer demanda, seja um corte de cabelo, penteado, maquiagem ou coloração. E todo este conhecimento veio não só dos cursos que fez dentro e fora do País, mas da experiência adquirida no dia a dia. “Eu comecei do zero, sem assistentes. Além de realizar os serviços, eu mesmo lavava e secava os cabelos e ainda varria o chão após o término de tudo” pontua. A sua forma de trabalhar está ligada ao desejo dos cliente. “Procuro conversar com cada um e tentar entender o estilo, a personalidade. Isto influencia no meu trabalho, que é focado no visagismo, naquilo que se encaixa em cada pessoa como um todo. Muita gente já chega ao salão com um protótipo, mas se sinto que não é tão adequado, sento, converso, observo. Desta forma, nós vemos o que é ideal, se é de fato o que o cliente trouxe ou se vamos precisar buscar, juntos, uma nova alternativa” ressalta. Creso tenta ao máximo ser criativo e executar os serviços da melhor forma, prezando que todos saiam do salão com a auto-estima renovada. Ele nos conta que o papel do cabeleireiro na sociedade é fundamental, já que estão presentes em momentos importantes na vida de alguém como casamentos, formaturas ou promoção no ambiente profissional. Para ele, não é só cortar, colorir ou maquiar, é compartilhar momentos difíceis e de realizações junto com a vaidade e a mudança do visual. A cadeira do hairstylist acaba por se tornar um verdadeiro divã. Ao término de cada trabalho, ele busca ter a certeza que o cliente atingiu o seu objetivo e que sua missão foi cumprida. “Não deixo o trabalho em uma gaveta ou em uma prateleira,
no universo feminino navego sem leme e sem bússula”
afinal, aquilo não é um serviço para mim, é para o cliente. O que eu não quero para mim eu também não desejo nem faço para os outros, tento me colocar no lugar do próximo. Procuro manter a excelência no que eu faço para que haja sempre o retorno. Não é à toa que tenho clientes há mais de 20 anos” destaca. A maior parte do seu tempo é dedicada ao salão, lugar que gosta de estar. Atualmente, além do seu braço
direito, que é a sua irmã Carmen Valéria, conta com uma equipe treze profissionais que lhe acompanham há cerca de cinco anos. Juntos, estão sempre procurando se atualizar, fazer treinamentos, estar em dia com o que é e o que não é tendência no universo da moda e beleza. É o tipo de equipe que se completa, já que a forma de conduzir os serviços é a mesma. O bem-sucedido cabeleireiro também
costuma dizer que “no universo feminino navego sem leme e sem bússula” já que o que mais gosta de fazer é criar, inovar. Ele deve seguir com este pensamento, e para o segundo semestre deste ano, está planejando novidades que virão a somar ainda mais ao ambiente do Espaço Creso Rufino.
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curta
#CINEMA
LINDA DE MORRER
QUE HORAS ELA VOLTA
A cirurgiã plástica Paula (Glória Pires) é obcecada em descobrir uma fórmula para combater a celulite. Acreditando ter descoberto a substância ideal, Paula injeta no próprio corpo e acaba morrendo. Com a ajuda de um amigo psicólogo/médium, ela volta à Terra e tenta evitar que ninguém lance o produto no mercado.
Depois de deixar a filha no interior de Pernambuco e passar 13 anos como babá do menino Fabinho em São Paulo, Val tem estabilidade financeira mas convive com a culpa por não ter criado sua filha Jéssica. Às vésperas do vestibular do menino, no entanto, ela recebe um telefonema da filha que parece ser sua segunda chance. Jéssica quer apoio para vir a São Paulo prestar vestibular. Com alegria e ao mesmo tempo apreensão, Val prepara a tão sonhada vinda da filha, apoiada por seus patrões. Mas quando Jéssica chega, a convivência é difícil. Ela não age dentro do protocolo esperado para ela, o que gera tensão dentro da casa. Todos serão atingidos pela autenticidade de sua personalidade. No meio deles, dividida entre a sala e a cozinha, Val terá que achar um novo modo de vida.
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QUARTETO FANTÁSTICO
O reboot apresenta um novo Quarteto Fantástico formado por jovens excluídos da sociedade e que vão parar em um universo paralelo, onde eles sofrem transformações físicas. Reed Richards (Miles Teller) ganha a habilidade de esticar o corpo como borracha. Sue Storm (Kate Mara) passa a ter o poder da invisibilidade. Johnny Storm (Michael B. Jordan) se transforma numa tocha humana e Bem Grimm (Jamie Bell) transforma seu corpo em pedra. Com seus superpoderes, eles lutam para salvar o mundo das mãos de um amigo que se virou contra o quarteto.
pixels
sobre amigos, amor & vinho
Sobrenatural A Origem
Em eventos anteriores aos apresentados em Sobrenatural, Sean Brenner (Dermot Mulroney) e a filha, Quinn (Stefanie Scott), são aterrorizados por entidades misteriosas. A especialista em fenômenos paranormais Elise Rainier (Lin Shaye) se envolve no caso e busca uma forma de livrar a família do demônio.
Quando eram crianças, na década de 1980, Sam Brenner (Adam Sandler), Will Cooper (Kevin James), Ludlow Lamonsoff (Josh Gad) e Eddie "Fire Blaster" Plant (Peter Dinklage) salvaram o mundo milhares de vezes – ao custo de US$ 0,25 centavos de dólar por jogo nos fliperamas. Agora, eles terão de fazê-lo de verdade. Em Pixels, quando alienígenas intergalácticos descobrem feeds de vídeo de jogos clássicos de fliperama e os interpretam equivocadamente como uma declaração de guerra, eles atacam a Terra, usando os videogames como modelos para seus ataques e agora o presidente Cooper dos Estados Unidos precisa convocar seus velhos amigos dos antigos fliperamas para salvar o mundo de ser destruído pelo PAC-MAN™, Donkey Kong™, Galaga™, Centopeia® e Space Invaders™. Junta-se a eles, a tenente-coronel Violet Van Patten (Michelle Monaghan), especialista que fornecerá aos “Arcaders” armas exclusivas para lutar contra os alienígenas.
Na história, Antoine Chevalier (Lambert Wilson) sofre um ataque cardíaco no dia em que comemora com amigos seu aniversário de 50 anos. Ele se dá conta que passou boa parte dos últimos anos tomando cuidados com a saúde e a aparência e, decepcionado com o acontecido, decide adotar um novo estilo de vida. Como uma taça na mão, o protagonista vai viver muito melhor e mais feliz!
a prática leva perfeiçãoleva aà prática à perfeição
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série
CINEMA
PERNAMBUCANO FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET
SÓFOCLES MEDEIROS
SIMIÃO MARTINIANO camelô e cineasta
(in memorian)
O ED WOOD NORDESTINO
S
IMIÃO MARTINIANO: camelô e cineasta - Ed Wood (EUA, 1924 – 1978) foi considerado o pior diretor de cinema de todos os tempos. Acumulava muitas funções nas suas produções de orçamento baixíssimo e seus roteiros sempre abordavam coisas estranhas e inverossímeis. Erros técnicos, efeitos especiais que já eram óbvios naquela época, atuações beirando o ridículo... Enfim, uma série de detalhes que deveriam ter deixado o criador e seus filmes execrados e esquecidos. Mas, por um desses mistérios que não se consegue explicar de uma forma racional, Ed Wood e sua obra tornaram-se um referencial cult, muito provavelmente porque a sua ingenuidade e a paixão pelo cinema despertaram uma simpatia inusitada nos amantes da 7ª Arte. O cinema pernambucano também teve o seu “Ed Wood”: Simião Martiniano, que faleceu no dia 27 de abril de 2015. A sua arte pura e o dom de acreditar no que fazia contribuíram para torná-lo uma referência para os cineastas pernambucanos. A DIFÍCIL VIDA FAMILIAR Simião nasceu em União dos Palmares, Alagoas. Segundo o seu registro o fato ocorreu em 1933, mas ele garantia que tinha dois anos a menos. Sua vida na fase inicial foi bastante atribulada e muito dela está presente nos seus filmes. Era um dos mais velhos de uma família de 5 irmãos, cujo pai agricultor era viciado em bebida e jogo, o que fez com
que a sua mãe fugisse de casa. Depois de algum tempo ele seguiu o mesmo caminho e, aos 10 anos, partiu para procurá-la. Na cidade próxima de Colônia Leopoldina recebeu do padre local a informação de que ela tinha falecido. Foi criado por um capitão de campo de uma usina, com quem viveu muitos anos. Após desavenças familiares, pegou carona num caminhão e veio para o Recife, onde trabalhou na construção civil. AS ORIGENS COMO CINEASTA Martiniano sempre gostou de cinema e seus gêneros favoritos eram romance e faroeste. Um dia, levado por um amigo para acompanhar uma filmagem, terminou conhecendo os cineastas Pedro Teófilo e Cleto Mergulhão e acabou como figurante. Durante a produção do filme eram oferecidas oficinas sobre cinema e ele foi vendo e aprendendo tudo sobre a 7ª arte. Roteirizou sua vida sofrida e produziu “Minha Vida É um Romance”, uma novela que era apresentada numa rádio em Limoeiro. Antes que a novela terminasse, resolveu adaptá-la para o cinema e, em 1979, realizou em Super-8 o seu primeiro filme “Traição no Sertão”. Para viabilizar a produção, Simião concedeu o papel principal ao proprietário da máquina de filmar e ele mesmo dublou, posteriormente, todos os personagens. Depois o mesmo filme foi refeito, deste vez em formato VHS.
AS MÚLTIPLAS FACETAS No Camelódromo do Recife, Simião tinha uma loja onde negociava discos usados e raros, no formato LP. Nas suas produções, ele desempenhava múltiplas funções: ator, produtor, roteirista, diretor, responsável pelas músicas e até pelas capas das cópias em VHS que vendia na sua loja e distribuía, com sucesso, nas locadoras de Jaboatão dos Guararapes, cidade onde morava. No início tudo era feito com recursos próprios, mas depois ele começou a captar recursos, de forma totalmente amadora, principalmente com as Prefeituras. Após o documentário “Simião Martiniano, o Camelô do Cinema” (1998), dos cineastas pernambucanos Hilton Lacerda e Clara Angélica, ele ficou bem mais conhecido. Filmografia Longas: “Traição no Sertão” (1979)*; “O Herói Trancado” (1989); “A Rede Maldita”(1991); “O Vagabundo Faixa Preta” (1992); “A Mulher e o Mandacaru”(1994); “Traição no Sertão” (1996)**; “A Moça e o Rapaz Valente” (1999); “A Valise Foi Trocada” (2007); “O Show Variado” (2010). (*) versão inicial, em Super 8. (**) nova versão, em VHS.
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Reconhecimento
Terra Magazine
É agraciada com prêmio Literarte
Redação Terra Magazine
N
o dia 13 de junho, a revista Terra Magazine foi uma das agraciadas com o prêmio Literarte Recife Liberdade de Expressão 2015. A premiação aconteceu no salão Francisco Brennand do Hotel Dorisol, em Piedade, e contou com a participação de jornalistas, artistas nacionais e internacionais, veículos de comunicação, entre outros. Liderado pela Associação Internacional de Escritores e Artistas com sede no Rio de Janeiro, com correspondência em 18 países, o prêmio tem como objetivo, destacar os melhores trabalhos de mídia, literatura, música e artes em geral, lançados ao longo do presente ano. Para Isabelle Valladares, presidente da Literarte, a importância do prêmio ultrapassa o Brasil e está atenta a tudo que é produzido no cenário criativo e literário. “ Nesta edição levamos ao público grandes nomes que fazem muito mais do que sua parte com a sociedade. Eles constroem culturas”, destaca Valladares.
Alfredo de Sousa Pereira, que já recebeu o prêmio em outras edições. Para Claudio Barreto, editor da revista Terra Magazine, a indicação do prêmio traduz o empenho do veículo em sua proposta editorial séria e atenta à ampla visibilidade para o que Pernambuco tem realizado. “É fruto de um trabalho contínuo com envolvimento e mesmo quando se fala tanto em crise, nós acreditamos em coisas boas e na função do jornalismo sério, e que pode mostrar o lado bom de Pernambuco”, ressaltou. Sheila Carneiro, que integra o conselho editorial da revista e é mentora da
Nesta 5ª edição, as categorias contempladas foram de alcance visual, impresso, popular, digital, musical, literário e teatral, dentro dos critérios de criatividade, adequação e equilíbrio – explica a presidente da Literarte, Izabelle Valladares. No evento foram homenageadas personalidades brasileiras e alguns artistas que moram no Exterior como o português
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Claudio Barreto, Isabelle Valladares e Cássio Cavalcante
seção Talentos da Arquitetura, também compartilha sua satisfação pelo recebimento do destaque. “A liberdade de expressão é fundamental quando queremos crescer em todos os sentidos: emocional, familiar, profissional, e principalmente nos relacionamentos com os amigos. Fazer parte da equipe da Revista Terra Magazine, como articuladora da área de arquitetura me deixa muito honrada com o Troféu Prêmio de Jornalismo Liberdade de Expressão 2015, e mais ainda quando me coloco ao lado de mulheres como Célia Labanca, Ana Paula Bernardes, Izabelle Rino, Selma Vasconcelos, Fernanda Mossumez, Luiza Tiné e Marcela Cartaxo. Sem dúvida é um justo reconhecimento ao nosso trabalho”, ressalta. Sobre o Grupo Literarte - A Associação Internacional dos Escritores e Artistas foi fundada em julho de 2010 e possui sede na cidade de Cabo Frio, Rio de Janeiro. Está presente em 18 países com grupos correspondentes. É uma entidade sem fins lucrativos e com objetivo de congregar e divulgar a nível nacional e internacional escritores e artistas plásticos. Seu nascimento justifica-se da necessidade dos escritores e também artistas diversos de apresentar suas criações e propagálas perante o mundo, na visão de Isabelle, que tem se empenhado em celebrar a arte, criando eventos para o segmento e promovendo concursos culturais.
Com a palavra Célia Labanca
Que bom que você gostou!!! S
empre que tenho o compromisso de escrever um texto, ou quando alguma ideia, ou pensamento mais insistente ou a observação deles me fazem entender a cobrança de expressa-los dou como que uma olhada no que me cerca por dentro e por fora, e na maioria das vezes a partir de longo diálogo interno, eles crescem de forma a se tornarem um dos meus escritos. – Como este. Como a maioria dos seres humanos, ou simplesmente como a maioria das mulheres, sou um misto de razão e romantismo, ou vice versa. Misto mesmo, porque quase nunca identifico diferenças entre o que sinto com o coração, ou penso com a razão. Nem na intensidade, nem nos predicados. E, isto por vezes dói muito! Acontece, no entanto, que mesmo sem querer, talvez como defesa, ou como escudo, sou levada a racionalizar mais do que gostaria. – Não sendo cartesiana, e não querendo ser, o espanto mesmo assim é muito grande. Mas, reconheço, é isto tudo que faz o conteúdo da minha literatura, e das minhas escritas. De mim. Assim, quando dou de cara com meus sustos, sapateio entre o objetivo e o sutil, como quem não sabe para onde ir, mesmo sabendo que desde a idade do gelo, desde os xamãs, que há sempre possibilidades, e há novas dimensões. No mais das vezes, no entanto, na conversa comigo sobre a atualidade que tanto me instiga, e me surpreende, e na minha “obrigação” de racionaliza-la entendo que fazer da existência o trivial simples, torna tudo mais fácil. Por isto, concluo que céleres estamos assumindo a volta repugnante ao conservadorismo que foi expurgado entre nós com muita luta por uma geração
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da qual me orgulho, porque foi a minha, que somado às ignorâncias atuais têm me levado quase a desesperançar. A ética e a moral são construções que dependem do caráter, do espírito, e da formação intelectual de cada indivíduo. A Declaração dos Direitos Humanos é o documento que mais próximo disto trata, e quer dizer da originalidade e da individualidade de cada um a serem respeitadas, nos envolvendo num elo que nos classifica então como seres humanos. Mesmo assim, pouco reverenciada, a ponto de com o passar do tempo nós nos imbuirmos da irresponsabilidade, passando a romper sistematicamente com a conduta do bem. Recebemos o direito ao livre arbítrio que faz plausível escolhermos de tudo conforme desejamos. Mas, a liberdade seria a possibilidade de degenerar a espécie, e decompor o ser espiritual que somos, e a natureza que nos cerca? O amor nos ensinaria que todo e qualquer excesso leva ao fim da abastança; não seria importante nos alertarmos com relação às leis de causas e efeitos? Ou perdemos a memória, e a capacidade de questionarmos para além do objeto, e do objetivo? Sim, porque o poder seduz, mas não obriga ninguém a ser corrupto, nem corruptor. Constatar que o escurecimento e a podridão que também fazem parte de nossa essência é o nosso lado mais incentivado, mesmo que acobertado pelas missas de fim de semana, ou pela generosidade de quem "compra um terreno no céu", é estarrecedor! Muito mais quando nos apercebemos que estas partes se avolumam indisfarçadamente a cada atitude, a cada negociação, a cada
Imagem reprodução internet
contato, a cada encontro, manipuladas pelos interesses e pelos mais abjetos dos sentimentos, sem compaixão, liderados apenas pela ganância e pela inconsciência, tendendo somente ao lucro, qualquer que seja ele, e quanto mais fácil melhor! Não seria o caso de ensinarmos política nas escolas, mesmo que ela seja um xadrez dos mais difíceis de entender e de jogar, para tentarmos fazer das próximas gerações cidadãos e cidadãs de bem, se conhecedores da história? Esse ensino não deverá ser partidarizado, nem usado como doutrinação, até porque toda ela disseminada pelas igrejas não surtiram, e nem tem surtido efeito. – Veja-se a violência disseminada por todo o planeta. Pois então, acho que ele seria fundamental. Senão, o assédio do mal, e do consumo, que é o que nos impede de refletir sobre o que se é, e o que nos cerca, continuará a estimular o afastamento da nossa própria condição ou natureza de seres cósmicos, além de humanos, que somos. Não sabemos qual país queremos no futuro. Enquanto isto se vai tornando tudo em processos, muitas vezes sem a certeza da manutenção dos direitos à defesa, e a não espetacularização deles, permitindo inclusive que a mídia nos leve, como está levando, apenas para a involução da consciência, e da liberdade, propensa que é a uma agenda de fim do mundo como se não fossem responsáveis pela isenção das informações, e pela formação da visão crítica de uma enorme população de “analfabetos” de vários níveis, cobradores do que nem sabem o que cobram. – Isto sim, é desesperador. Célia Labanca
Dicas para leitura andréa nunes
A VIDA NÃO É JUSTA ANDRÉA PACHÁ
DIAS PERFEITOS RAPHAEL MONTES COMPANHIA DAS LETRAS
Um dos charmes do enredo de Dias Perfeitos é retratar pessoas completamente comuns se envolvendo em situações absolutamente extraordinárias. Nessa obra, Téo, o pacato estudante de medicina cuja única afeição era um cadáver das suas aulas de anatomia, toma por desafio dissecar de alma e corpo a jovem Clarice, com a frieza e precisão de um legista. Para dar vazão à sua obsessão , Téo planeja e executa as mais impressionantes atrocidades com a moça. Enquanto isso , nós , leitores, vamos dissecando a cada página a mente tortuosa do protagonista psicopata, conduzidos pela densa narrativa de Raphael Montes, um dos grandes talentos da nova literatura policial brasileira.
O SENHOR AGORA VAI MUDAR DE CORPO ILUMINURAS
AGIR
RAIMUNDO CARRERO
Humana, demasiado humana. É essa a impressão que a escritora Andréa Pachá me passa, agora que concluí a leitura do seu livro A VIDA NÃO É JUSTA. Pedi socorro aos conceitos de Nietzsche para compreender o espírito livre dessa magistrada de retinas viciadas em romancear a realidade para nos brindar com suas crônicas leves e comoventes sobre o seu dia-a-dia no fórum, onde a condição humana se desnuda na tragicomédia do absurdo existencial.
A minha primeira percepção é sobre a sutileza do título: o narrador, um ilusionista por natureza, como o próprio Carrero gosta de lembrar, insere tal frase no livro, atribuída a uma cuidadora , que se dirige ao seu protagonista, o escritor, como se estivesse a preveni-lo das limitações de movimentos, mudanças anatômicas e fisiológicas enfrentadas pelo mesmo em decorrência do Acidente Vascular Cerebral.
Minha admiração por Andréa Pachá transcende a literatura: essa juíza da vara de família que hoje responde pela Ouvidoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi vicepresidente da Associação dos magistrados brasileiros e , como membro do Conselho Nacional de Justiça coordenou a implantação e criação do Cadastro Nacional de Adoção e das varas de violência doméstica contra a mulher. Mas esse currículo inspirador foi apenas uma parte de sua vida. Em "A vida não é justa", a narradorapersonagem, juíza de direito de uma vara de família, quebra o falso paradigma da neutralidade do operador da Justiça. E nos mostra que não é apenas o seu olhar que é superlativo para enxergar o cotidiano- é também o seu senso de justiça, pois que a lei não pode , em todas as situações , dar o amparo que o ser humano precisa. Juíza e escritora, Andréa é espectadora das angústias humanas e protagonista de impagáveis batalhas contra o preconceito, o arbítrio, a miséria e o anacronismo do sistema legal.. Capítulo a capítulo, a caneta como arma,a paciência e o humor como escudo, ela vai sentenciando para cada um de seus leitores que é preciso ter fé na humanidade, tolerância, e afeto. Sim, a vida está longe de ser justa. Mas, tal como esse livro, vale a pena ser degustada.
Mas o que se vê da história é mais, bem mais do que isso: o incauto leitor vai se deixando de tal modo envolver pela técnica de descrição dessa nova realidade, que, seduzido, vai emprenhando pela leitura e pelos ouvidos- sim, pelos ouvidos , porque Carrero detém o dom da narrativa rítmica, poética, quase musical. No mundo pós moderno de identidades fragmentadas, o leitor muda constantemente de corpo conforme vira as páginas, junto com Carrero e seus personagens- ora mutila os seios, encolhe, rasteja sem pernas como o anão, elastece. Viaja nas realidades aumentadas, hipérboles, ou cola ao chão da hiper-realidade da sua nova vida de abstinência alcoólica. Vocês estão vivendo comigo, mas não estão em mim, diria o escritor, em um de seus momentos de reflexão. Mas somente o poder da boa literatura é capaz de nos transportar da simpatia para a empatia, e sentir as dores da alma e do corpo quase inertes do protagonista. Assim, ao terminar a leitura ele, o leitor, estará indubitavelmente grávido. Seu útero é uma gigantesca nave, onde germinam inquietações sobre a frágil e tenebrosa condição humana. Senhores leitores, se preparem para mudar de corpo. E nem digam que não foram avisados desde o primeiro momento.
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letras da terra selma vasconcelos Iluminuras A língua brasileira é uma das mais ricas e sonoras. E possui o admirabilíssimo “ão”
LIVRO
Mário de Andrade
M
ario Raul de Morais Andrade (1893-1945), intelectual paulistano, homem de cultura, foi pesquisador, folclorista, músico, etnólogo e figura central no movimento modernista. Por ocasião das homenagens pelos setenta anos de sua morte neste ano (2015) foi o homenageado da FLIP- Festa Literária Internacional de Paraty, e mereceu o lançamento da biografia escrita por Eduardo Jardim, estudioso da vida e obra. O titulo- Eu sou trezentos- remete a um poema do mesmo nome de autoria do biografado. Jardim faz uma análise da trajetória intelectual de Mário e um paralelo entre este aspecto e a preocupação político social do escritor, uma vertente que acompanhou e influenciou toda sua
produção intelectual. Analisa também traços de sua personalidade conflitada, sua trajetória como administrador cultural (criador e primeiro diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo e fundador da Sociedade de Etnologia e Folclore paulistana). A obra detém-se ainda no período da perda de entusiasmo do escritor frente a algumas derrotas de seu projeto intelectual e político, entendendo-se este, como o ideal de um novo Brasil, de respeito aos interesses coletivos e da liberdade da língua em relação ao português clássico cultuado no País pelos literatos de então. Bem ilustrado o livro traz imagens do autor de Macunaíma. A editora é a Saraiva.
OPINIÃO
M
ario de Andrade entendia a modernidade. No Brasil, não só como guerra à literatura passadista, mas como um movimento transformador das artes que teve fonte (inegável) nas vanguardas europeias do inicio do século XX. Na verdade, o movimento modernista não começou com a semana de Arte Moderna em 1922. Toda a inquietação dos intelectuais paulistas com o imobilismo dos cânones conservadores predominantes até então, já vinha sendo gestado tanto na literatura, como nas artes plásticas através de artistas que tinham a oportunidade de conviver com as vanguardas europeias. Um marco que antecedeu a “semana” foi a exposição de Anita Malfatti em 1917 que despertou uma crítica negativa e acirrada, a exemplo do artigo histórico de Monteiro Lobato intitulado ”Paranóia ou Mistificação”, texto que apesar de reconheer o talento da artista, cataloga sua obra exposta como arte “caricatural”. No entanto, o grupo modernista não se intimidou e resolveu trazer a público as idéias de renovação nas artes; tendo à frente figura como Paulo Prado (o mecenas do projeto) e Di Cavalcanti, Mario e Oswald de Andrade.
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Reuniram-se no Teatro Municipal de São Paulo pintores, escultores arquitetos e escritores e provocaram assim uma verdadeira revolução no pensamento estético de então. Instalava-se a fase denominada por eles de “destruidora” nas letras e artes brasileiras. Seguiu-se uma verdadeira “orgia “ criativa entre os adeptos do movimento. Mario de Andrade foi uma das figuras mais importantes neste processo, que se mostrou irreversível. E trouxe como grande contribuição, segundo o próprio Mario, três princípios fundamentais: o direito permanente à pesquisa estética; à atualização da inteligência artística brasileira e à estabilização de uma consciência criadora nacional. Em toda sua obra, empreendeu uma busca incessante de imprimir um caráter original e nacionalista à literatura brasileira baseada modo de falar coloquial, no desapego às regras, na liberdade da criação enfim, no reconhecimento de um escrever brasileiro. Segundo o próprio escritor forma “errada” sua intenção atenção para a necessidade a nossa língua das normas
mesmo de era chamar de libertar gramaticais
portuguesas e descrever a cultura popular e as características da personalidade de nosso povo. Seu livro Paulicéia Desvairada (1922) é a primeira publicação de nossa poesia modernista. Nesta linha segue-se toda a sua obra . Em Macunaíma o escritor foi buscar na convivência com o mundo rural paulistano seu modelo de brasilidade: o herói primitivo de fala não erudita, no culto ao ócio, a malemolência e a esperteza tantas vezes encontradas no nosso homem comum. Inúmeros títulos se seguiram como Losango Caqui (1926), Clã do Jabuti (1927) e tantos outros reunidos na sua Obra Completa. Muito contribuiu para o aprofundamento do seu pensamento as viagens etnográficas empreendidas pelo Norte e Nordeste do Brasil registrando costumes, manifestações folclóricas e lendas do Brasil caboclo. Esta árdua tarefa levada a cabo por Mario, sem dúvida, influenciou duas décadas depois o estilo de Guimarães Rosa ao mesmo tempo “erudito e popular”. Todo este arsenal de pesquisa encontra-se à disposição na Biblioteca Mario de Andrade, em São Paulo.
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Brasil Kirin expande fábrica em Igarassu
foto Gleyson Ramos
Inaugurada expansão da fábrica da Brasil Kirin em Igarassu. O projeto da ampliação que compreende uma área de 38 mil m2 incluindo três linhas de produção da marca, teve investimento inicial de R$ 400 milhões e foi planejado pra ser realizado em seis etapas, desenvolvidas para os próximos cinco anos, somando R$ 900 milhões no total do investimento. Localizada às margens da BR-101-Norte, a fábrica abastecerá, além de Pernambuco, os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas.
Grupo Roval expande projeto para manipulação pet
Ecopole Motocar chega a Pernambuco
Dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) indicam que o Brasil tem mais de 100 milhões de pets e outros animais, dividindo com o Japão a posição de segundo maior mercado do mundo em produtos e serviços na área, atrás apenas dos Estados Unidos. Para atender este mercado, o Grupo Roval está investindo no projeto de expansão de franquias de manipulação veterinária. A rede foi pioneira em Pernambuco quando abriu loja exclusiva para este setor em Boa Viagem, sendo a terceira do mesmo segmento no Nordeste do País.
Na contramão da crise, Pernambuco pode comemorar a chegada da Ecopole Motocar. Trata-se da concessionária responsável pela comercialização dos triciclos (tuk tuks), alternativas mais econômicas tanto para o mercado de transporte urbano de passageiros quanto de cargas, com deslocamentos de pequena distância. Produzidos no Brasil eles possuem menor custo de manutenção e baixo consumo de combusível.
Sayonara Veras é a nova Miss Pernambuco 2015
Representante de Olinda, Sayonara Veras, leva o título de mulher mais bela do Estado na 60ª edição do concurso de Miss.
Chlorophylla lança linha Erva Doce A Chlorophylla está lançando uma linha que promete conquistar os consumidores. A nova linha Erva Doce, com hidratante corporal, creme para as mãos e sabonete líquido, foi produzida para proporcionar suavidade, cuidado e conforto. Os novos produtos estão disponíveis em bisnagas, formato que traz o conforto e funcionalidade que uma linha dia a dia pede. A cor bege foi escolhida para realçar os detalhes em verde e acabamento fosco. Já o delicado desenho da erva-doce faz com que o consumidor identifique a linha para cuidados diários, despertando o desejo de experimentar e conferir a fragrância deliciosa e refrescante.
ESPAÇO JURÍDICO
Tratamento médico estabelecimento não credenciado pelo plano de saúde: quem deve pagar?
I
magine a seguinte situação: um médico que prescreve ao seu paciente, segurado por plano de saúde, tratamento específico para a sua recuperação, sendo que há apenas um estabelecimento capacitado na região.
médico indicado, a operadora do plano de saúde deve custear integralmente as despesas médicas e hospitalares em estabelecimento não credenciado. A obrigatoriedade de seguir a rede credenciada, assim, é relativizada.
E se o estabelecimento não for credenciado junto ao plano de saúde? Teria, o paciente, que arcar com todos os custos? Em outras palavras, estaria o plano de saúde adstrito a sua própria rede credenciada?
Ora, a Constituição Federal privilegia os direitos humanos fundamentais, notadamente o direito à saúde. Os serviços e ações de saúde são de relevância pública e garanti-los é competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios brasileiros, sendo, contudo, explorada economicamente pelo setor privado.
Deve-se ter em mente que a rede credenciada de um plano de saúde é definida por intermédio de um contrato de adesão. Um contrato, considerado em si mesmo, não se limita mais aquele tipo que foi definido no direito romano, ou seja, que deve ser cumprido em seus delineamentos, sem uma interpretação mais extensiva. A bem da verdade, o chamado princípio do pacta sunt servanda, que diz que os contratos devem ser cumpridos, é mitigado em algumas situações, a fim de garantir a justiça das relações privadas e a função social do contrato. Sabe-se, atualmente, que restando evidenciada a necessidade do tratamento
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No entanto, no choque entre a livre atuação do profissional médico e a delimitação de uma rede credenciada, aquela, e não esta, deve prosperar. Em outras palavras, o que se tem percebido é que as decisões judiciais têm afastado as limitações e exclusões de coberturas previstas em contratos de planos de saúde, em nome da livre atuação. Até mesmo porque os referidos contratos são de adesão. Ora, este tipo de contrato não admite que o aderente intervenha em seu conteúdo. Essa
técnica de contratação é muito utilizada na sociedade atual, e pode vir a fustigar as reais necessidades do paciente e consumidor, rompendo com o equilíbrio das relações privadas. Justamente esta é a situação que o Poder Judiciário deve reprimir, atuando ativamente no restabelecimento da justeza das convenções. Recomenda-se, assim, que o paciente que se sinta constrangido a custear, sozinho, tratamento específico prescrito por médico, pois não incluído em rede credenciada, procure advogado de sua confiança, pois é muito provável que o caso se enquadre nesta situação específica. Afinal, é preciso ficar bem claro que o médico, e não o plano de saúde, é o responsável pela orientação terapêutica; e no choque entre a liberalidade e a saúde, esta deve prevalecer.
Amanda Queiroz é advogada, formada pela Universidade Católica de Pernambuco e especialista em direito civil pela PUC Minas. Atua no setor cível do escritório Lins & Pinto Advocacia.
crônica Adv. Carlos Alberto Pinto Lins & Pinto Advocacia Especializado em Planejamento Tributário
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Crise Reeducando-se para crescer!
A
onde quer que eu vá! Com quem quer que fale, não se toca em outro assunto. É, não se toca em outro assunto.... que não seja a CRISE. Uns dizem que foi por isso, outros dizem que foi por aquilo, há quem diga até que a culpa é de fulano, sicrano e beltrano. Quer saber a minha opinião? Bem, na minha opinião o culpado disso tudo somos nós, por permitimos tudo isso. Consentindo, calando, deixando de expor nossos ideais e de reivindicar o respeito e educação com o próximo, deixando de lado o valor da arma mais poderosa que temos, o voto. Talvez agora, aquela pessoa que o vendeu, que votou pela amizade, que sequer leu as propostas ou tem atitudes indignas de um cidadão, perceba o tamanho da burrada que fez. Talvez agora, possamos parar e fazer uma auto-reflexão. Uma daquelas que te faz reavaliar tudo e todos, inclusive você que, infelizmente, tem uma memória recente, tão esquecida. É neste contexto que consigo perceber o lado bom dos momentos ruins. São eles que nos abrem os olhos e nos ensinam, sempre da pior maneira. A dor ensina a gemer, né verdade? Fica o aprendizado! Não adianta mais fugir e nem tampouco fingir que nada está acontecendo e esquecer que ainda há de piorar. Os próximos 12 meses serão dolorosos e trarão inúmeras consequências sociais e financeiras. É fato! Não podemos nos manter inertes em meio a tudo isso, são diversos pontos de vistas que merecem ser revistos, mas nosso
108| TERRA MAGAZINE
objetivo aqui é despertar dentro de você a coragem de um Leão para que enfrente este momento ruim com garras e dentes, e quando tudo isso passar, tornar-se a Fênix, para ressurgir das cinzas, como na mitologia. Ficar de braços cruzados não vai adiantar nada agora. É preciso ter atitude, partir pra cima dela com a sua capacidade de reinventar-se. Este é o segredo do sucesso. Reinventar-se! Crise, só se vence com trabalho e para isso, você deve buscar alternativas que permitam perpetuar o teu negócio, a sua manutenção e tudo mais que advier dos teus esforços. É possível prorrogar o seu negócio, de maneira socialmente correta e financeiramente mais econômica. Parece até que estou falando grego, né? Mas, não estou não. Você já pensou em dar oportunidade de trabalho a um ex-presidiário - Reeducando? Certamente não. Pois é, poucos sabem, mas estas pessoas estão submetidas a Lei de Execuções Penais e não às leis trabalhistas e previdenciárias. Ou seja ao Reeducando será devido Salário, garantido o mínimo legal, mas não serão devidos: Aviso Prévio, FGTS + 50%, INSS, Férias + 1/3, multas...enfim, nem a possibilidade de reconhecimento de vínculo trabalhista há. É gritante a economia sobre folha, sem, falar, no serviço que está sendo prestado à sociedade, participando ativamente para redução dos índices de criminalidade e reincidências, que deverão aumentar nos próximos anos, em razão de todo o cenário vivido. Tenho clientes que aderiram a esta ideia,
não apenas pelo contexto social, mas, também, por enxergarem que esta é uma maneira de contribuir para melhoria da vida destas pessoas, que por conta de um erro no passado, são excluídas e por conta disso, não poderiam ver-se favorecidas com a oportunidade de um emprego. Este trabalho foi apresentado pelo IDERES - Instituto de Desenvolvimento e Reinserção Social, uma ONG que trabalha para redução destas diferenças, por meio do projeto "Reeducar - A mudança é uma Porta que se Abre de Dentro pra Fora", que objetiva conscientizar o empresário sobre os benefícios que o uso desta mão de obra pode trazer à realidade da sua empresa, independente do perfil. Ele é o responsável por toda esta disponibilização, tratamento, qualificação e assistência, do Reeducando e da Empresa. São seres humanos, PESSOAS, que sem qualquer mácula, poderão desempenhar todo e qualquer tipo de função; pedreiros, serventes, vendedores, auxiliares administrativos, telefonistas, serviços gerais, digitador....etc.. De maneira SOCIALmente correta, a Empresa consegue unir o útil ao agradável. Fazer o bem e ainda economizar cerca de 65% dos custos com folha de pagamento, além de elidir o risco de passivo trabalhista. Além das vantagens que existem neste tipo de relação, você ainda aumentar sua competitividade no mercado, eis, que, reduzidos os custos, o preço final se torna mais atraente ao consumidor, cada vez mais escasso. Tá vendo que o inevitável, já não é mais tão inevitável assim? Para isso é preciso apenas se Reeducar.