Arquibancada

Page 1

Esporte//Saúde//Bem Estar

Londrina // Novembro // # ED6

R$3,90

Londrina | Outubro // # ED4 R$3,90

Saúde

Cuidado com os joelhos dos atletas mirins

Meligeni Tenista orienta jovens

Superliga estrelada

Rafinha e Jadson

O

Judô

Tubarão VOLTOU? Parceria pode ser ressurreição do Tubarão a partir de 2011

Arquibancada 1

NOvembro.indd 1

18/11/2010 00:38:51


sumário

13

Olha eles Mano! Rafinha e Jadson na sua melhor fase

16 28

Ressureição Tubarão assina contrato e mantém esperança de títulos

Remo Relaxa o corpo e a mente

21

Moda Esportiva Mais uma vez, os looks do momento

28

Bruninho entrevista exclusiva!

equipe

Editor chefe Thiago Mossini Reportagens Victor Lopes, Rafael Souza Editor de Fotografia Marcos Zanutto Projeto Gráfico Marcelo De Mari Baxhix Diagramação Caio Rossato Edição de imagens Leon Cavalin Críticas, reclamações, elogios e sugestões redação@revistaarquibancada.com.br Anuncie na Arquibancada (43)9937-7738 | (43) 9960-7125 | (43) 9941 2676 Tiragem 3 mil exemplares Impressão Idealiza Gráfica Editora e CTP(43) 3347-3133 Circulação Londrina, Cambé, Rolândia, Arapongas, Apucarana, Maringá e Foz do Iguaçu Todos os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. Proibida a cópia ou reprodução parcial ou integral das matérias e fotos aqui publicadas. Arquibancada 2

NOvembro.indd 2

18/11/2010 00:39:01


editorial

Será que vai?

A

frase: “agora vai” e o Londrina Esporte Clube parece que nasceram um para o outro. Todo início de ano ela é incutida na cabeça dos torcedores, que, já anestesiados por tanto sofrimento, acreditam que vai mesmo. Mais uma vez a esperança de que “agora vai”, chega ao coração dos sofridos simpatizantes do Tubarão, que chegou ao fundo do fundo do fundo do poço após uma sequência de administrações incompetentes e até mal-intencionadas. O cenário, entretanto, dessa vez, é favorável a que a frase , enfim, vire realidade. A parceria com a SM Sports parece ser mesmo a última alternativa de salvação para o maltratado Londrina. A empresa tem dinheiro, prestígio, estrutura e experiência no futebol. Um dos sócios é nada mais nada menos do que o uruguaio Juan Figger, um dos homens mais poderosos do futebol mundial. Só para lembrar, o Iraty é um dos clubes que mais jogadores têm registrados na CBF, a exemplo do Rentistas, no Uruguai, também administrado pela empresa. Aos amantes do Tubarão, agora, resta cobrar uma coisa. Em Irati, a SM já demonstrou que o foco não era ganhar títulos e sim revelar e faturar com jogadores, o que tem que ser mudado no Londrina. Faturar? Sim, claro, mas competitivamente, buscando títulos. Para quem gosta de futebol, a cobrança deve ser outra. A empresa deve se desligar definitivamente do Azulão. Afinal, é inadmissível a mesma administração em dois clubes do mesmo estado. Isto é antiético e imoral, no mínimo. Juram que vai ser só até maio. É o que esperamos. Assim como esperamos ver o Estádio do Café lotado novamente e o Londrina atropelando todo mundo, como já foi um dia.

Ah, a revista tem outros assuntos também, como uma entrevista exclusiva com o levantador da seleção brasileira campeã mundial de vôlei, Bruninho, uma matéria sobre o londrinense que pode ser eleito o melhor jogador do ano na Ásia e uma reportagem com o rolandense que pode trazer uma medalha olímpica em Londres 2012.

Boa leitura!

Thiago Mossini Editor

Arquibancada 3

NOvembro.indd 3

18/11/2010 00:39:07


interação//cartas//leitor A melhor Com certeza a edição de outubro foi a melhor de todas da Arquibancada. Muito bonita a capa com a nossa Mari. Parabéns. Roberval Monte Oliveira Rolândia

Me divirto Muito divertida a coluna Na Geral, do jornalista Cláudio Osti. Com textos que retratam nosso cotidiano, mas com uma pitada cômica na medida certa para deixar o leitor instigado pelo desfecho da crônica. Devoro a Arquibancada de ponta a ponta e a cereja do bolo é, com certeza, a coluna que fecha as edições. Parabéns pelos textos e pela revista, vida longa à Arquibancada. Gustavo Santos Foz do Iguaçu

Los Hermanos Muito legal a matéria sobre os argentinos do Brasileirão. É brincadeira esses caras virem aqui no Brasil e serem os três melhores jogadores do campeonato. Márcio Figueiredo da Silva Cambé Turismo Vocês fizeram uma matéria interessante sobre turismo esportivo na primeira edição da Arquibancada e depois não fizeram mais nada. Acho interessante uma coluna nesse sentido. Felipe Bastos Neves Londrina

Críticas, reclamações, elogios e sugestões redação@revistaarquibancada.com.br

Surpresa Estou surpreso com a quantidade de atletas de qualidade que temos em Londrina, e o tanto que fazem sucesso lá fora. Tenho certeza que grande parte da cidade desconhece eles. Arquibancada veio pra mudar isso! Parabéns. Marcus Baxhix Londrina Registro na história Londrina era carente de uma revista como a Arquibancada. Tenho certeza que já está cravada na história da cidade e da imprensa londrinense. Cristina De Mari Fotografias Amante por fotografia, cada edição fico impressionado com as fotos lindas das reportagens de Arquibancada, parabens aos fotógrafos! Leonardo Silva

PROMOÇÃO

A edição de novembro da Arquibancada traz mais uma promoção para você, querido leitor. Desta vez, vamos presentear um de vocês com uma camisa da Junior Team. Para ganhar, envie um e-mail para redacao@revistaarquibancada.com.br e responda o nome de pelo menos cinco jogadores do time que busca o acesso à Segunda Divisão do Estadual. Junto com a resposta, escreva uma frase sobre o técnico do time, o ex-atacante Aléssio. A melhor frase de quem acertas a resposta vai levar a camisa.

Arquibancada 4

NOvembro.indd 4

18/11/2010 00:39:21


Arquibancada 5

NOvembro.indd 5

18/11/2010 00:39:23


Judo

Rolandense se destaque é esperança brasileira

PES PE

Por Thiago Mossini Fotos: Divulgação

Em 2012 o grande desafio de Rafael é entrar pelo seleto grupo dos medalhistas olímpicos

Arquibancada 6

NOvembro.indd 6

18/11/2010 00:39:33


e destaque no judô mundial e a brasileira em Londres-2012

Saiu da 62ª posição para o 17º posto. O ranking define os classificados para Londres-2012. Diferentemente dos anos anteriores, a vaga para a olimpí9ada passa a ser do atleta, e não mais do elenco. No fim de outubro, ele ajudou a seleção brasileira a conquistar a medalha de prata no Mundial por Equipes, disputado na cidade de Antalaia, na Turquia. Na final da competição, o Brasil acabou perdendo o ouro para o

ESO PESADO E

le tem 2,03 metros de altura e é uma das esperanças de medalha para o Brasil em na Olimpíada de Londres, em 2012. Não, não é nenhum jogador da seleção de basquete ou de vôlei. O atleta em questão é judoca. Rafael Silva, 23 anos e 145 quilos, nasceu em Campo grande, mas foi criado em Rolândia, pelos avós. Ele é um dos grandes nomes do judô brasileiro neste ano. Está abalando o judô mundial na categoria peso pesado com seus resultados em 2010. Conquistou resultados expressivos mundo afora, deu um salto gigantesco no ranking mundial da categoria e trouxe ao Brasil a esperança de mais uma medalha olímpica em um esporte que tantas alegrias já deu aos brasileiros. Silva teve bastante destaque nos Grand Slams 2010. Obteve o quinto lugar em Moscou, foi terceiro em Lisboa, ouro em Madri e segundo em São Paulo. Além disso, ajudou o Brasil a ser o terceiro colocado na primeira Copa do Mundo por equipes, que reuniu oito das principais escolas do judô mundial no Brasil. No Mundial Sênior, no Japão, não conseguiu medalha, mas seu desempenho, somando-se o ano todo, o fizeram dar um salto gigantesco no ranking mundial.

NOvembro.indd 7

Japão, que venceu o confronto por 4 lutas a 1. O judô masculino do Brasil conquistou a sua quarta medalha na história do Mundial por Equipes. Antes, ganhou bronze em 2008 e tinha sido prata em 1998 e em 2007. O sucesso atual do rolandense de coração não é por acaso. São anos de dedicação e muito treinamento. Silva, porém, ao contrário da maioria dos judocas, começou no esporte tarde, com 15 anos. Seu porte físico o ajudou a conquistar bons resultados e a ganhar projeção entre os garotos. ‘’No começo, o tamanho ajudava, mas quando chega ao adulto, aí a vantagem acaba’’, observou. E mesmo sem essa vantagem física, ele continuou se destacando até ser contratado pelo Pinheiros. ‘’No começo era complicado. A família tem que ajudar, mas aí os resultados começam a aparecer e as coisas vão melhorando’’, contou. Silva divide-se entre os treinamentos em São Paulo e períodos na Europa. No Velho Continente, tem a oportunidade de enfrentar adversários mais fortes e participar de mais competições. ‘’Para mim, aqui no Brasil, não tem muita gente grande em termos de tamanho mesmo, para lutar. Lá (na Europa) dá para participar de muitas competições em vários pa-

íses devido à proximidade’’, apontou. No Pinheiros, Silva treina com outros grandes nomes do judô nacional, como Thiago Camilo e Leandro Guilheiro, o que, segundo ele, é muito importante para seu desenvolvimento, já que extrai o máximo de aprendizado dos dois. ‘’Eles são ícones do esporte e todos almejam chegar onde eles estão. Espelho-me muito neles, que me ajudam até em detalhes técnicos’’. O judoca, que também é membro do Exército Brasileiro, tem três competições importantes nos próximos dois anos. No ano que vem tentará o ouro no Pan-Americano no México e nos Jogos Militares. Já em 2012, vem seu grande desafio, que é entrar pelo seleto grupo dos medalhistas olímpicos, subindo no pódio em Londres. ‘’Meu objetivo é esse. Faltam dois anos ainda, mas estou lutando de igual para igual com o pessoal que está entre os dez primeiros colocados no ranking. Estou cada vez mais perto deles’’, afirmou Silva, que elegeu o francês Teddy Rimer e o japonês Kasuhiko Takahashi como seus dois grandes rivais na empreitada. Sede O Brasil receberá três campeonatos mundiais de judô nos próximos cinco anos. A Federação Internacional de Judô anunciou na Turquia, após a eleição do Comitê Executivo da entidade, que Salvador sediará a competição por equipes em 2012; São Paulo, o Individual Sênior, em 2013; e o Rio de Janeiro, também o Individual Sênior de 2015. Com isso, o País se tornará chave para definir os judocas que disputarão a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, já que o Mundial é o evento que mais pontua no ranking da modalidade. E é justamente através desse ranking que os participantes dos Jogos de 2016 serão definidos. O Brasil já realizou dois mundiais: em 1965 e em 2007, ambos no Rio de Janeiro. O segundo é até hoje o Mundial com o maior número de países participantes. Desde que a competição foi criada em 1956, 17 países foram sede. O recordista é o Japão, com seis mundiais realizados.

Arquibancada 7

18/11/2010 00:39:33


Junior Team

Fotos: Divulgação

N

ão é só na Terceira Divisão do Campeonato Paranaense que a Junior Team vive dias decisão. O clube londrinense também assiste de camarote à briga de suas duas principais revelações nos tempos de parceria com o Londrina, brigando ponto a ponto pelo título do Brasileirão. Henrique e Diogo formaram a dupla de volantes titulares do Tubarão no Paranaense de 2005, quando o clube chegou pela última vez às semifinais do torneio. Na época, eram dois garotos de muito potencial, mas ainda desconhecidos, que haviam acabado de subir da base, pinçados pelo técnico Itamar Bernardes. Os dois foram para o Figueirense, junto com o atacante Bolão, que lá viraria Soares, também cria do clube. Depois, cada um seguiu seu caminho e hoje, cinco anos depois, duelam pelo título nacional. Henrique é peça fundamental no meio-campo cruzeirense, com quem foi vice-campeão da Libertadores da América no ano passado. Marca muito bem, sai para o jogo e tem um chute potente e certeiro. Já Diogo sofreu com lesões durante o ano, mas sempre que esteve em condições de jogo, foi importante para o técnico Muricy Ramalho. Na briga das revelações da Junior Team, não importa o vencedor, desde que um dos dois dê a volta a olímpica no dia 5 de dezembro. Arquibancada 8

NOvembro.indd 8

Diogo sofreu com lesões, mas mesmo assim foi dos destaques do Fluminense

Junior Team

está bem representada na briga pelo título do Brasileirão

Volantes Henrique e Diogo tentam levar Cruzeiro e Fluminense, respectivamente, ao título nacional

Henrique é o pilar do meio-campo cruzeirense

18/11/2010 00:39:38


oi

Por onde anda

Gauchinho

Maior artilheiro da história do Tubarão

F

oram 13 anos e 303 gols marcados com a camisa alviceleste. Estes números fazem de Gauchinho um dos maiores ídolos da história do Londrina Esporte Clube. Catarinense de Joaçaba, Antero Bombassaro é o maior artilheiro dos 54 anos da vida do Tubarão. Gauchinho chegou ao Londrina em 1962 vindo do Nacional de Rolândia, que o tirou ainda menino do Internacional (RS). Logo em seu primeiro ano, foi campeão paranaense e destaque do primeiro título de expressão do clube. Não à toa, o ex-jogador tem um carinho especial com o Tubarão até hoje. “Foi lá que vivi meus melhores anos como jogador. Foi uma experiência única em minha vida”, disse ele, que até hoje acompanha todas as notícias do ex-clube. Como bom torcedor, ele acredita que a recém-firmada parceria com a SM Sports

é a grande chance que o clube terá para se reerguer. “Tem tudo para funcionar, são pessoas sérias e competentes”, disse, não deixando de cobrar como todo bom torcedor apaixonado. “Mas tem que montar time bom. O torcedor está louco para voltar ao estádio”. Atacante habilidoso, Gauchinho era temido pelos adversários pelo porte físico, mas sua grande virtude era a perfeição nas finalizações. Ao longo de seus 21 anos de carreira, Gauchinho ainda atuou por Olaria (RJ), Prudentina (SP) e Gera (Grêmio Esportivo Recreativo Apucaranense-PR). Fã da bola, o ex-jogador não perde um jogo pela televisão e compara o futebol jogado hoje com o da sua época e deixa a modéstia de lado quando comenta suas qualidades em campo. “Jogaria fácil no futebol de hoje, que é cada vez mais físico. Pelas minhas características, hoje estaria

atuando na Europa”, falou. Em 1964, no terceiro ano de sua trajetória no Londrina, Gauchinho passou no concurso para auditor da Receita Federal e conciliou as duas profissões até pendurar as chuteiras 11 anos mais tarde. Na Receita, ele se aposentou em 2007 com 43 anos de serviços prestados na instituição. Hoje com 73 anos, Gauchinho ainda vive em Londrina. Bater uma bolinha com os amigos já não é atividade tão freqüente em sua vida. Mesmo assim, o catarinense não descuida da saúde. Faz academia quatro vezes por semana e caminha quase todos os dias no Zerão. “A gente tem que manter a saúde, disso eu não abro mão”, frisou.

o al

Arquibancada 9

NOvembro.indd 9

18/11/2010 00:39:41


O Em

Gente nossa

lo

Fábio e Afonso Alves tiraram o Al-Rayyan da fila de seis anos sem títulos Por Thiago Mossini Fotos: Divulgação

E

Arquibancada 10

NOvembro.indd 10

le quase não é conhecido entre os torcedores brasileiros. É discreto, não procura e nem quer holofotes. Nem faz questão de ser famoso. Porém, do outro lado do mundo, ele é tratado como rei e é uma das grandes esperanças de uma nação inteira conseguir ver seu pequenino país entrar em campo em uma Copa do Mundo. O meiaatacante londrinense Fábio Montezine, 31 anos, é o principal jogador da seleção do Catar. Depois de conquistar os catarianos, agora ele tenta conquistar a Ásia, pois é um dos finalistas do melhor de melhor jogador do ano

no continente. Ele está há cinco anos no futebol do Catar. Tempo mais do que suficiente para conquistar a simpatia dos torcedores, dos sheiks e a camisa 11 da seleção nacional. Fábio César, como é conhecido por lá, foi um dos grandes responsáveis por tirar o Al-Rayyan, time do técnico Paulo Autuori e do atacante Afonso Alves, da fila de seis anos sem conquistas nacionais, ao ser decisivo com gols e assistências na campanha que culminou no título da Copa do Emir, em maio. Ele ainda foi o destaque da seleção catariana nas eliminatórias para a Copa da África do Sul e, por pouco, não conseguiu colo-

car o time nacional pela primeira vez em um mundial. O meia ainda continua defendendo a seleção e marcando gols, como no mês passado, no empate em 1 a 1 com Omã. O prêmio será entregue no dia 24 de novembro em Kuala Lampur, capital da Malásia. A concorrência do brasileiro naturalizado catariano é dura. A lista de 15 jogadores finalistas inclui estrelas asiáticas que disputaram e se destacaram na Copa da África, como o japonês Keisuke Honda, do CSKA Moscou, o capitão da Coreia do Sul e jogador do Manchester United, Park Ji-sung, além do australiano Tim Cahill. É a segunda vez que Fábio César é indicado ao prêmio. Em 2008, entretanto, ele ficou entre os 30 melhores. Este ano, já está entre os 15 e tem como meta ser um dos cinco primeiros. “Poderia ter feito uma temporada um pouco melhor. Acho que teria mais chances se o Al Rayyan tivesse avançado às semifinais da Liga da Ásia”, analisou. “Quem disputou a Copa leva vantagem”. Quase Rei Fábio foi campeão paulista júnior de 1999 e da Copa São Paulo de 2000 pelo Tricolor. Era um jovem meia armador, habilidoso, promessa de craque, ao lado de nomes como Kaká e Júlio Baptista. Mas foi mal aproveitado, resolveu pegar a mala e tentar a vida na Itália. Jogou na Udinese, no Napoli, em um período em que o clube estava à beira da falência, e no Avelino, até

18/11/2010 00:39:43


Emir

londrinense que apareceu o Oriente Médio na sua vida. Foi para o Al-Arabi, do Catar, em agosto de 2005. A vida do jogador, então, mudou. No deserto, encontrou um Oásis e por lá ficou e nem pensa em vir embora. Transferiu-se para o Umm Salal e, em 2008, veio a naturalização. Discreto, caseiro e avesso a badalações, é com os pés que Fábio César ganhou fama, dinheiro e uma vaga na seleção do país. No início do ano, ele trocou de time novamente. O técnico Paulo Autuori o queria no Al Rayyan. O treinador pediu para que o Sheik Abdullah bin Hamad Al Thani, primeiro ministro do país e dono do time, buscá-lo e ele foi. Na final da Copa do Emir, justamente contra seu ex-clube, deu o passe para Afonso Alves, fazer o gol do título. No dia seguinte, os rostos da dupla e de Autuori estavam estampados em todos os jornais de Doha, a capital do Catar. Boa parte das manchetes os tratavam como reis. Reflexo do fim do jejum de seis anos sem título. O time, com quem tem contratado até o meio do ano que vem, é um dos mais tradicionais do país. Assim, a popularidade do meia-atacante aumentou. No Umm Salal, o assédio era pequeno. ‘’Sempre tem gente esperando para tirar foto depois do jogo’’, contou Montezine. Apesar de ídolo por lá, o londrinense tem que conviver com estádios vazios nos jogos. Com exceção das finais dos torneios locais e um ou ou-

NOvembro.indd 11

Fábio César Montezine é praticamente um Sheik no Catar e briga pelo título de melhor da Ásia

tro jogo importante, as partidas são acompanhadas por uma quantidade bem pequena de expectadores. Uma questão cultural. ‘’Os estádios ficam praticamente vazios. Mas o povo segue o time de casa. É uma questão cultural que devagarzinho está mudando. Mas o torcedor ainda prefere o conforto da sala de casa a enfrentar uma temperatura em média de 45 graus na arquibancada. É o futebol e o chazinho em casa’’, contou o meia. Para tentar atrair o torcedor aos estádios, o Catar despejou seus petrodólares na contratação de estrangeiros, principalmente brasileiros. Como todos os jogadores são registrados na Associação de Futebol do Catar (QFA), o risco de calote é praticamente nulo e somam-se a isso os altos salários oferecidos e as mordomias que os acompanha.

Conseiderados Reis nos Emirados

Boa parte dos clubes tem técnicos brasileiros. Grandes brasucas também dão as cartas em quase todos os times, como Juninho Pernambucano e Araújo no Al Gharafa, atual campeão nacional e dirigido por Caio Júnior, e muitos outros. Além de brigar pelo Prêmio de melhor jogador da Ásia, Fábio tem outra missão importante este mês: ajudar o Catar a vencer a Copa do Golfo. O torneio tem início marcado para o próximo dia 22 de novembro e reunirá oito seleções do Oriente Médio. Será sediado pela primeira vez pelo Iêmen. A Copa do Golfo de 2010 está dividida em dois grupos de quatro times cada. No Grupo A estão Iêmen, Kuwait, Catar e Arábia Saudita. No Grupo B, Omã Iraque, Emirados Árabes Unidos e Bahrein se enfrentam. Em janeiro, ocorrem os Jogos Asiáticos.

Arquibancada 11

18/11/2010 00:39:44


Seleção Por Thiago Mossini Fotos: Divulgação

D

ois londrinenses de destaque no futebol europeu vivem um período diferente na carreira. Com a mudança no comando técnico da seleção brasileira, o início de um novo ciclo visando a Copa de 2014 e a anunciada reformulação, o meia Jadson, do Shakhtar Donetsk, e o lateral-direito Rafinha, do Genoa, sonham com uma nova oportunidade no time nacional. Comandante do meio-campo do time ucraniano, Jadson vem sendo fundamental para seu time na Liga os Campeões e tem motivos de sobra para sonhar em ver seu nome em convocações futuras, já que o técnico

Mano Menezes mostrou que está observando o que acontece no Leste europeu, geralmente esquecido, pois levou para o período de treinamentos em Barcelona, em setembro, dois companheiros dele de clube, os também meio-campistas Fernandinho e Douglas Costa. ‘’Estou trabalhando para isso. Desde a conquista da Copa Uefa (em maio de 2009), fiz bons jogos e fiquei esperando uma oportunidade, mas não tive. Continuei trabalhando e, quem sabe, o Mano não olha só para mim como para os outros brasileiros que estão aqui. As convocações do Fernandinho e do Douglas Costa foi um bom sinal’’, afirmou o ex-jogador do Atlético-PR. Na volta da seleção, Fernandinho, que também é londrinense, sofreu uma fratura na perna e está em fase de recuperação. Jadson foi o grande nome do time na conquista da antiga Copa Uefa, hoje Liga Europa, da temporada 2008/2009. Foi dele, inclusive, o gol do título, na prorro-

Olha eles

Londrinenses Jadson e Rafinha vivem boa fase na Europ

Rafinha foi considerado a principal contratação do Genoa para a temporada 2010/2011 Arquibancada 12

NOvembro.indd 12

18/11/2010 00:39:44


gação, contra o Werder Bremem. O meia até tentou voltar a atuar no Brasil para aparecer antes da Copa e, quem sabe, ganhar uma chance com o então técnico Dunga. Interessados no futebol do jogador não faltaram. Porém, o presidente do clube, Rinat Akhmetov, considerado um dos homens mais ricos de toda a Europa, não liberou o jogador, que renovou contrato no ano passado e tem vínculo por mais quatro temporadas com o clube ucraniano. Já Rafinha trocou de clube e de país na janela de transferências. O Genoa pagou 9milhões de euros (cerca de R$ 21 milhões na época) ao Schalke 04 para contar com seu futebol. Na Alemanha, vinha convivendo com problemas com seu ex-treinador, o alemão Felix Magath, conhecido como ditador na Bundesliga.

No Genoa, vem atuando no meio-campo, mas reforça que continua sendo lateral e que é assim que quer que Mano Menezes o veja. Nas quatro convocações já realizadas pelo novo treinador, Daniel Alves, do Barcelona, foi lembrado em todas e esteve entre os titulares. Rafael, do Manchester United, e Mariano, do Fluminense, foram os outros dois que tiveram oportunidade. ‘’Sou lateral, não mudei de posição. Tenho a certeza de que se fizer meu papel, vou ter minha chance também’’, analisou o jogador. ‘’A gente fica na expectativa de mudanças, de renovação na seleção com o Mano. Sou novo, tenho 25 anos, já servi a seleção nas categorias de base, já joguei na principal e sei que vou ter minha chance’’, disse o jogador, que foi medalha de bronze na Olimpíada de Pequim com a seleção brasileira.

es Mano!

e na Europa e esperam uma chance na seleção brasileira

Jadson vem sendo decisivo para o Shakthar na Liga dos Campeões da Europa Arquibancada 13

NOvembro.indd 13

18/11/2010 00:39:49


Musas do Esporte

Larissa Saderi Triatleta

O

Peso: 53 kg Altura: 1,58m Nascimento: 18/01/1993 Naturalidade: Londrina – Pr Esporte que pratica: Triathlon Média de treinos semanais: 12km natação, 150km ciclismo, 40km corrida Onde treina: Academia Gustavo Borges Quando começou a praticar triathlon? Em 2007, com 14 anos de idade. O que motiva você a praticar esporte? Superação. Cada segundo é uma vitória. Desafio em 2011: IronMan Brasil 2011

Arquibancada 14

NOvembro.indd 14

18/11/2010 00:40:01


M E T DE

ON

M E T , E T R O P ES

Conteúdo editorial sério, comprometido e completo de informações Tiaragem de 3 mil exemplares distribuidos de forma inteligente em Londrina e região Único veículo dirigido ao esporte, saúde e bem estar do Norte do Paraná Público 100% atingido

Vai ficar de fora? Anuncio na Arquibancada Cristina De Mari (43) 9969 5885 comercial@revistaarquibancada.com.br

NOvembro.indd 15

Elogios, críticas e reclamações e sugestões redação@revistaarquibancada.com.br

Arquibancada 15

18/11/2010 00:40:22


Será?

especial CAPA

ressurreic Parceria pode ser

Por Rafael Souza Fotos: Marcos Zanutto

Q

uatro de novembro de 2010. A data ficará marcada na história do Londrina Esporte Clube. Não por algum título expressivo dentro de campo. Mas sim pelo recomeço. A tão aguardada assinatura do contrato de parceria com a SM Sports marca o início de uma nova era no Tubarão, que nos últimos cinco anos sofreu muito com as más administrações e dívidas sem fim. O namoro entre LEC e SM Sports teve vários capítulos antes de tornarse casamento. A relação começou ainda em 2009, quando o empresário Sérgio Malucelli, um dos donos da SM, entrou na disputa com o grupo paulista Universe para administrar o futebol do Tubarão. Malucelli perdeu a briga pelo tempo de contrato proposto – 9 anos – e assistiu de perto ao fracasso da concorrente, que não durou nem seis meses à frente do clube. Após a ruptura do contrato com a Universe, que sequer conseguiu levar o time de volta à primeira divisão estadual, em julho deste ano, Malucelli voltou a mostrar interesse em assumir o Londrina. De lá para cá, foram várias reuniões com o Conselho de Representantes e com a Justiça do Trabalho na tentativa de formalizar o acordo. Mas sabe aquele ditado que diz “o que é para ser, será”. Exatamente um ano após o início da intervenção judicial, que afastou o presidente Peter Silva do poder, Sérgio Malucelli, enfim, assume a missão de tirar o Londrina Esporte Clube do fundo do poço. “É o melhor que consideramos para o Londrina. Viramos a página e rasgamos uma página mal escrita. Tenho certeza de que vai dar tudo certo

agora, com um grupo que todos conhecem”, discursou o procurador do Ministério Público do Trabalho, Heiler Natali, que conduziu toda a negociação com Malucelli e o Conselho de Representantes do clube. A parceria, com duração de 10 anos, já tem sua primeira missão: recolocar o clube na primeira divisão já em 2011. Para isso, Malucelli já confirmou que trará de Irati a base do time londrinense para a Segundona do ano que vem. Segundo o empresário, após o término da primeira divisão, o time completo, mais a comissão técnica e alguns juniores campeões da Copa Tribuna deste ano, vêm para Londrina com esta missão. “O que podemos prometer é muito trabalho. Sabemos que teremos uma responsabilidade muito grande daqui pra frente, mas este é o nosso trabalho. Estamos muito confiantes nesta parceria”, disse o empresário na solenidade de assinatura do contrato. Trabalho este que já começou. Malucelli e seu sócio, o uruguaio Juan Figger, um dos empresários mais fortes do mundo da bola, firmaram um acordo com o Lanús, atual campeão argentino para o intercâmbio de jogadores. No entanto, esta troca só passaria a valer após a volta do Tubarão para a Primeirona do Estadual. Apoio da Prefeitura, sempre reclamado nas últimas administrações do clube, também não vai faltar dessa vez. Pelo menos no que depender do discurso do prefeito Barbosa Neto (PDT), torcedor assumido do clube e um dos principais defensores da parceria, a SM e o próximo presidente do clube podem ficar tranqüilos. Barbosa, que participou ativa-

do Tu

Depois de chegar ao fundo do parceria com grupo milionário pa

Arquibancada 16

NOvembro.indd 16

18/11/2010 00:40:22


eicão

o Tubarão

fundo do poço, Londrina firma ionário para tentar se reerguer

mente das negociações e esteve presente na assinatura do contrato, anunciou patrocínio da Sercomtel para o time já a partir de janeiro, mesmo o time ficando inativo até maio. Serão R$ 420 mil durante todo o ano, R$ 35 mil por mês. As outras benfeitorias anunciadas pelo prefeito são a reforma das cadeiras cativas do Estádio do Café, onde cinco mil serão substituídas e mais três instaladas, aumentando a capacidade do setor para oito mil. A obra toda custará R$ 700 mil. No outro estádio, o VGD, o prefeito anunciou que renovará a concessão ao Londrina, vencida ano passado. O clube poderá usar o local para treinos e jogos das categorias de base. Problema do Tubarão nos últimos anos, estrutura é o que não vai faltar nesta “nova era”. O CT da SM Sports, construído na zona sul de Londrina, no antigo Horto Tropical, não fica devendo em nada para os maiores clubes do Brasil. O espaço recém-inaugurado conta com um miniestádio com dimensões oficiais e iluminação e outros seis campos de futebol, além de refeitório, lavanderia, dois vestiários, sala de musculação, rouparia, piscina e quatro campos de futebol

suíço. Tudo isso estará à disposição do LEC a partir de janeiro. “Queremos dar o melhor ao Londrina. Sabemos que para alcançar objetivos no futebol, é preciso estrutura”, reforçou o presidente da SM Sports. Ainda fora de campo, o Conselho de Representantes do Londrina já aprovou o novo estatuto do clube e agendou as eleições para o próximo dia 27. Os candidatos é que ainda precisam ser definidos. Nos bastidores, o trabalho é intenso. É bem provável que haja um bate-chapa. O nome preferido de Malucelli para a presidência era o do ex-atacante Élber, que por enquanto prefere não assumir tal responsabilidade em razão dos compromissos com o futebol que ainda lhe tomam boa parte do tempo. “Para ser um presidente ausente, melhor não ser. Quem sabe mais para frente”, disse. Isso faz com que Malucelli e sua cúpula lance mão de um plano B, o empresário londrinense Cláudio Canuto, irmão do meia Silvinho, que defendeu o LEC ano passado. Já a “oposição” promete lançar um candidato também, que seria o também empresário Getúlio Castilho.

Sérgio Malluceli (direita) terá muito trabalho para reerguer o LEC

Arquibancada 17

NOvembro.indd 17

18/11/2010 00:40:26


Volei

Liga das est

Superliga tem início recheada de astros do vôlei mundial e com expectativa de ser a mais forte e equilibrada de todas Por Thiago Mossini Fotos: Divulgação/CBV

T

oda estrelada, a Superliga de vôlei masculino edição 2010/2011 promete ser a melhor da história. O torneio tem início neste mês de novembro com o objetivo de ser o principal campeonato nacional de clubes do mundo. Para isso, os investimentos das equipes foram pesados, mas contou a favor também a valorização do real, que fez com que os salários do Brasil ficassem mais próximos do que pagam os clubes europeus. Assim, serão 11 tricampeões mundiais em quadra. Além deles, Campeões olímpicos, mundiais em anos anteriores, estrelas brasileiras e estrangeiras. São 15 times, divididos por seis estados: São Bernardo, Campinas, Pinheiros, Santo André, São Caetano, Sesi e Vôlei Futuro, de São Paulo; Blumenau e Florianópolis, de Santa Catarina; Montes Claros, Cruzeiro e Minas, de Minas Gerais; Sogipa, do Rio Grande do Sul; Londrina/Sercomtel, do Paraná; e Volta

Redonda, do Rio de Janeiro. Dos 14 campeões mundiais na Itália mês passado, somente Dante, Theo e João Paulo bravo seguem atuando no exterior. Eleito melhor jogador do mundo, Murilo é o principal astro do torneio, ocupando o posto que sempre pertenceu ao londrinense Giba, outra estrela da competição. Entre as equipes, o Pinheiros/ Sky, de Giba, é um dos mais caros do torneio. Obviamente, é favorito ao título. ‘’Fazendo uma análise bem superficial, acho que pelo menos sete equipes entram na competição com chances de chegar à final. Nós sabemos que a responsabilidade é grande. O Giba, o Gustavo, o Marcelinho e eu temos ciência que a cobrança para chegar à decisão será enorme. Estamos preparados para encarar esse desafio’’, apontou o meio-derede Rodrigão, da equipe paulistana. Da lista dos favoritos, não dá para deixar de fora o atual tricampeão Cimed/Florianópolis. O time do levantador Bruninho e do oposto João Paulo Tavares, campeões com a seleção na Itália, defende a hegemonia com um londrinense no elenco, o oposto Rafael Araújo, que foi cam-

Arquibancada 18

NOvembro.indd 18

18/11/2010 00:40:28


estrelas O líbero Alan (esquerda), campeão mundial com a seleção , é o principal nome do Londrina/Sercomtel

Com 11 tricampeões mundiais, Superliga promete ser a mais equilibrada da história

peão sul-americano com a seleção brasileira juvenil recentemente. ‘’Sabemos que, dessa vez, a dificuldade será muito maior. O Vôlei Futuro, o Pinheiros, o Sesi, o Sada Cruzeiro, o Minas e Montes Claros se reforçaram e serão adversários muito difíceis”, apontou o levantador Bruno Rezende. Ainda engatinhando, o jovem time de Londrina já considera um grande feito avançar aos playoffs. O Londrina/Sercomtel, caçula do torneio, conta com o líbero reserva da seleção brasileira, Alan. Principal nome do time, ele acredita que as sete primeiras vagas no playoffs já estão definidas, restando a Londrina, brigar com outras sete equipes pela última vaga. ‘’Vôlei Futuro, Sesi, Pinheiros, Sada, Minas, Montes Claros e Cimed vão se classificar. Resta brigar pela oitava vaga. Vai ser muito difícil’’, avaliou o líbero.

Arquibancada 19

NOvembro.indd 19

18/11/2010 00:40:34


Volei

a fi n o c s e

d i Sa t e mos

a sombr a t s a f a í t i cos , r c s o a ho cal é c n i co n t i n o u d r ho , B ser fil undial r m o o p ã o Campe seleçã a n á t não es ra q u e

a de Ric

Por Thiago Mossini Fotos: Divulgação/FIVB

Arquibancada 20

NOvembro.indd 20

Ser filho do técnico sempre gera polêmicas. Ainda mais se esse técnico dirige a melhor seleção de vôlei do mundo. É inevitável a desconfiança, os comentários de que está no time só porque o pai era o técnico. Conviver com isso não foi nada fácil para o levantador Bruno Rezende, filho de Bernardinho. Ainda mais quando se tem a sombra de Ricardinho, um monstro da posição. Bruninho, 24 anos, chegou ao Campeonato Mundial de vôlei na Itália como reserva após uma irregular Liga Mundial. Mas contou com a sorte para recuperar a posição. O então titular, Marlon, sofreu um sério problema intestinal e ele acabou se tornando o único jogador da posição em boa parte do torneio. Ele não decepcionou e fez com primor seu papel. Logo no seu mundial de estreia, foi o terceiro na estatística dos levantadores. De volta para tentar comandar o seu Cimed/Florianópolis ao quarto título seguido da Superliga, Bruninho falou sobre tudo isso e muito mais com exclusividade à ARQUIBANCADA. Confira a entrevista:

Bruninho se desmancha nos braços do veterano londrinense Giba após a conquista

18/11/2010 00:40:35


a ç n a fi

R i ca rd e d a r b

inho

Arquibancada: Como você avalia seu desempenho no Mundial? Bruninho: Acho que fiz um bom mundial. Consegui jogar com regularidade e o mais importante é que todos na equipe foram bem, o que culminou com o título. A: O que passou pela sua cabeça quando sentiu o tornozelo contra a Itália? O risco de perder a final era grande. B: Durante a semifinal, quando ainda tentava voltar ao jogo, fiquei preocupado, pois não estava conseguindo me movimentar. Durante a noite passei muitas horas com gelo e fazendo fisioterapia e rezei muito para que a dor diminuísse um pouco e pudesse jogar. Mas conversei com o Marlon e sabia que se ele jogasse iria dar tudo certo também. Graças a Deus as coisas aconteceram da melhor forma. A: Apesar de você estar consolidado como grande levantador, muita gente ainda faz essa ligação com seu pai. Isso ainda te incomoda ou já assimilou? B: A preferência por outros jogadores às vezes feita por alguém não me incomoda, pois isso faz parte. Agora, duvidarem da ética do meu pai isso ainda incomoda um pouco. A: Você fez uma fase final de Liga Mundial ruim. O que mudou em dois meses, do fim da Liga para o início do Mundial? B: O que mudou foi a fase que tive para descansar, principalmente mentalmente e poder estar tranquilo para o Mundial. Tivemos apenas uma semana entre a Superliga e a Liga Mundial e acho que minha cabeça não estava legal naquele momento.

A: Esse título mundial, com você como titular quase todo o campeonato vai fazer com que você seja visto de forma diferente? B: Não sei se serei visto diferente, mas sinto que essa geração um pouco renovada já esta mostrando muita coisa. Isso é importante, pois conseguimos manter os resultados da última geração, que foi a melhor de todos os tempos. O que importa é a equipe sempre. A: Você esperava uma renovação na seleção vitoriosa como está sendo? B: Por todo o nosso sacrifício e nosso trabalho diário, sabia que iríamos chegar entre os melhores. Mas vencer todas as competições em 2009 e 2010 foi acima do que pensava. A: E a Superliga? São 11 tricampeões mundiais. Qual sua avaliação do torneio? B: Temos um dos melhores campeonatos do mundo e isso vai fazer com que o público esteja cada vez mais nos ginásios e nosso esporte cresça.Tem tudo para ser uma Superliga maravilhosa. A: Vai ser difícil manter a hegemonia? B: Sem dúvida. Como em todos os anos anteriores vai ser muito difícil. As equipes têm orçamentos maiores que os nossos e investiram muito para montarem grandes equipes. Mas trabalharemos muito para conseguirmos chegar a mais uma final.

Arquibancada 21

NOvembro.indd 21

18/11/2010 00:40:35


Tênis

O guerreiro das quadras Fernando Meligeni sempre foi símbolo de raça e agora, cobra de seus sucessores postura parecida para reerguer o tênis brasileiro

Fotos: Divulgação/ Angelita Niedzieiko

F

ernando Meligeni ganhou respeito no Brasil com suas jogadas espetaculares e pela dedicação em quadra. Tudo normal, não fosse ele um argentino. Pode ser engraçado, mas a rivalidade entre as duas nações não o atrapalhou em nada em sua carreira. O “hermano” naturalizado brasileiro está na lista dos maiores tenistas do País. Sua melhor colocação no ranking mundial da ATP foi um 25º lugar em 1999, quando foi semifinalista do badalado torneio de Roland Garros, na França, e já na reta final da carreira foi capitão da Seleção Brasileira na Copa Davis. Meligeni deixou as quadras em 2003, mas ainda continua arrastando fãs por onde passa. Foi assim em Londrina no final de outubro, quando veio ministrar palestras e clínicas para tenistas participantes do mês do tênis, realizado durante todo o mês passado nas quadras do Londrina Country Club, com o Arthrom Cup e

Copa Raul Fulgêncio. Sua rotina continua ligada diariamente ao tênis. Quando não está em quadra disputando jogos exibição, o ex-tenista ataca de “jornalista”, comandando um blog. A história que começou na brincadeira ganhou ares mais sérios. Seus comentários sobre tênis contam com cerca de 150 mil acessos mensais. “É muito legal. Tem uma interatividade com o fã, que sempre pede comentários sobre os acontecimentos do tênis brasileiro e internacional. Além disso, é uma maneira de eu me manter ligado à minha paixão, o tênis”, comenta Meligeni. Mas ultimamente, Meligeni admite que gostaria de tecer comentários mais animadores sobre o tênis brasileiro. A derrota para a Índia na Copa Davis e a polêmica em que se envolveu o número 1 do Brasil, Thomaz Bellucci, quando desvalorizou os técnicos brasileiros, não o deixaram muito a vontade. Do alto de seus 39 anos, e com a “malandragem” de quem dedicou já 26 deles ao tênis, o ex-tenista preferiu não entrar em atrito com Bellucci, mas deixou no ar uma res-

Arquibancada 22

NOvembro.indd 22

18/11/2010 00:40:41


posta ao jovem tenista paulista. “Ele ainda é novo, acho que não quis dizer aquilo. Quando se é número 1 do Brasil, é preciso tomar cuidado com o que se diz”, recomendou. “Para mim, o Brasil tem melhores técnicos que jogadores”, opinou. Já sobre a derrota para a Índia, Meligeni criticou a Confederação Brasileira de Tênis (CBT), pela falta de transparência após o estranho revés para os indianos, longe de serem tradicionais no circuito mundial. “Foi uma coisa bem estranha. Ficamos sem saber o que aconteceu, sem os motivos reais daquela derrota. Uma derrota assim precisa trazer uma reflexão, ver o que está errado”, apontou Fininho. Outro assunto que ele cansa de responder em suas viagens pelo Brasil afora é as promessas do tênis brasileiro. Torcedores, imprensa, fãs, todos querendo saber quem pode o próximo Meligeni ou Gustavo Kuerten. Segundo ele, pretendes ao posto não faltam, mas é preciso cautela com os jovens tenistas. “É difícil apontar quem vai ser o próximo tenista brasileiro de destaque no cenário mundial. Apostas temos muitas, como o Marcelo Demoliner, e os Tiagos, Fernandes e Monteiro. São todos bons, mas no tênis há um caminho longo para eles percorrerem ainda”, finalizou.

Arquibancada 23

NOvembro.indd 23

18/11/2010 00:40:46


Conheça o esporte

Remando

contra o sedentarismo

Remo é uma boa pedida para quem quer exercitar os músculos e a cabeça

Arquibancada 24

NOvembro.indd 24

18/11/2010 00:40:52


Por Thiago Mossini Fotos: Marcos Zanutto

V

ocê e o barco. Sensação de liberdade. Os exercícios fazem bem ao corpo e à mente e podem ser feitos em qualquer idade. Esse é o remo, um esporte que apesar de ter chegado primeiro que o futebol no Brasil, ainda não tem tanta tradição no país, mas que vem sendo usado pelos cidadãos comuns, atrás não de resultados, mas de qualidade de vida. A prática do remo é uma das atividades mais perfeitas e completas para o aprimoramento físico, uma vez que exercita todos os músculos do corpo, principalmente, os do abdome, influenciando o sistema digestivo de forma positiva. O remo oferece uma ginástica perfeita para todas as articulações, o que condiciona o bom funcionamento do sistema respiratório e a circulação, ao colocar a massa corporal para trabalhar. Apesar de exigir toda uma operação muscular para seu desenvolvimento, o remo não é um esporte pesado. É, inclusive, indicado para obesos e diabéticos. Pode ser praticado por pessoas de todas as idades e ambos os sexos. Para obter uma boa performance, o atleta de remo deve praticar bastante, para atingir quatro metas: velocidade, agilidade, resistência e força. Para que tudo funcione de forma equilibrada e funcional, o atleta deve transformar o meio aquático em ponto de apoio para seguir em frente, coordenando seu movimento juntamente com o dos demais. A falta de habilidade pode fazer o que os remadores chamam de “enforcar a remada”, ou seja, fazer com que o ritmo seja quebrado. A técnica do atleta se baseia tanto na maneira de usar o remo, como

NOvembro.indd 25

na melhor forma de entrar no barco sem causar oscilações. O corpo da pessoa - sentada em um assento com rodas (carrinho), que se movimenta sobre um trilhos - deve estar inclinado, os joelhos afastados e os calcanhares devem estar em contato com a barra dos pés. “Os braços alongados devem segurar o cabo do remo sem muita rigidez. É muito importante manter a sintonia entre os movimentos de braços e pernas para não remar errado”, orienta o professor de canoagem e remo do Iate Clube de Londrina, Gelson Moreira. “O movimento das pernas, braços e costas do atleta determinará a potência da remada”, completa. O remo, apesar de pouco conhecido entre a população brasileira, surgiu antes que o futebol no país. Quem trouxe a modalidade para cá, em 1880, foram os imigrantes alemães do Rio Grande do Sul e, posteriormente, italianos do Estado de São Paulo. Com a criação da Federação Brasileira das Sociedades de Remo, em 1931, a Confederação Brasileira de Desportos em 1914, clubes de todo o Brasil passam a se filiar. As competições passam a ser feitas com mais freqüência, bem como a participação dos brasileiros em campeonatos internacionais. Crianças e idosos podem praticar o remo. Por este motivo, a faixa

etária dos atletas e dos alunos varia muito. É por isso também que o número de mulheres em treinamento está crescendo. A reportagem da Arquibancada se arriscou nas águas do Lago Igapó nas aulas de remo. A coordenação motora é a principal inimiga no início, mas logo você vence essa batalha e ganha como prêmio a possibilidade de remar pelo belo cenário da região. Os tipos de barcos oficiais utilizados são constituídos por 1, 2, 4 ou 8 remadores. Na fase de aprendizado, geralmente se utilizam dois tipos de barcos: palamenta simples e palamenta dupla. O primeiro se rema com um e o segundo com dois remos. Os barcos são do tipo single-skiff , double-skiff e four-skiff, de palamenta dupla. Eles podem ter timoneiro, que é a pessoa responsável pelo comando da guarnição e que, através do equilíbrio, guia o leme, podendo ficar na proa do barco ou deitado na ré.

O instrutor Gelson Moreira acompanha de perto as remadas dos Arquibancada 25 iniciantes, como o repórter Thiago Mossini (direita)

18/11/2010 00:41:00


Reflexão

Ai! Meu jo

Os pais devem se conscientizar que cada exigência tem seu tempo, inclusive no esporte.

Aumenta o número de lesões de joelho em crianças e adolescentes na última década; ortopedista Rodrigo Medeiros explica as causas do fenômeno

Arquibancada 26

NOvembro.indd 26

Por Victor Lopes Fotos: Marcos Zanutto

E

las são as grandes vilãs de muitos atletas profissionais. Quando ocorrem, podem acabar com a carreira de quem deseja manter um nível elevado nos esportes de alto rendimento ou mesmo atrapalhar quem pratica apenas atividades físicas nos finais de semana. Entretanto, as famosas lesões de joelho vêm atingindo um público, digamos, diferente nos últimos dez anos. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Joelho do Hospital do Coração (HCor), o número de fraturas e torções no local aumentou 15% ao ano entre crianças e adolescentes no período.

18/11/2010 00:41:04


Estatística que preocupa ortopedistas de todo o País. A reportagem da Revista Arquibancada conversou com um especialista no assunto para descobrir as causas do problema. O ortopedista Rodrigo Medeiros, do Instituto de Videoartroscopia, Ortopedia e Traumatologia (Ivot) explica que a carga exaustiva de treinamentos em crianças é um dos principais fatores para o aumento desse número de lesões. “A exigência da família e a precocidade para conquistar resultados ainda pequenos acabam afetando os mais jovens, que ainda estão com o esqueleto imaturo para isso”, avalia o especialista. Tal intensidade nas atividades entre os pequenos pode gerar lesões difíceis de serem tratadas e causar

prejudica a garotada. Como ficam tempos sem se exercitar, quando fazem atividades de alto impacto, acabam se lesionando. “Alia-se a isso o aumento da taxa de obesidade em crianças e adolescentes, o que é bem preocupante”, ressalta o ortopedista. Dentre as modalidades que mais trazem crianças até as clínicas de ortopedia do País estão o vôlei, basquete, skate e principalmente o futebol. “O futebol é muito praticado e acaba expondo demais ao contato físico, por isso a taxa de lesão acaba sendo elevada”, explica Rodrigo. Para atenuar esse tipo de problema, recomenda-se exigir menos do esporte nesse período de crescimento, para que os jovens sintam o prazer da atividade sem nenhum tipo de pressão maior. Associa-se a isso alter-

joelho! prejuízos para a vida toda, tanto físicos quanto psicológicos. “Você acaba tirando o potencial de um atleta e ainda fazendo com que ele desista do esporte precocemente”, comenta Medeiros. Além da intensidade, a falta de exercícios regularmente também

nar atividades de impacto com outras que estimulem o alongamento. “Os pais devem se conscientizar que cada exigência tem seu tempo, inclusive no esporte. Para crianças que realmente competem, é necessário possuir um treinamento específico e com profissionais”, complementa o especialista.

Atividades por faixa etária NATAÇÃO Pode ser praticada até por bebês de meses, de forma lúdica. Com fins de desempenho, 5 anos é a idade mínima. VÔLEI, BASQUETE, FUTEBOL Melhor após 8 anos, quando a criança já tem disciplina para trabalhar em grupo, além de noção de posicionamento. JUDÔ, CAPOEIRA A partir de 3 anos, para estimular disciplina e concentração, mas não a competição. BALÉ Também a partir dos 3 anos, para desenvolver disciplina, postura e equilíbrio.

Arquibancada 27

NOvembro.indd 27

18/11/2010 00:41:05


Descolado, na moda e

com atitude!

Moda Esportiva

Camiseta gola “V” Ecko rosa Bermuda Billabong branca e cinza Tênis Oakley Flak Low Boné Oakley cinza Mochila Billabong camuflada

Pólo listrada branca Adidas Bermuda de sarja Timberland cinza Crocs marrom

Bermuda Timberland marrom Camiseta gola “V” Billabong listrada Tênis Converse cru

Arquibancada 28

NOvembro.indd 28

18/11/2010 00:41:19


Por Victor Lopes Chinelo ou tênis no pé, bermudas coloridas e camisetas com estampas diferenciadas com a cara do verão. Todo homem, independente da idade, gosta de vestir looks despojados, muitas vezes sonhando em fugir da calça jeans e camisas mais pesadas do dia a dia. Nesta edição de novembro da Revista Arquibancada, a equipe da Bolivar Sport Wear preparou seis combinações especiais para estes homens descolados, que buscam associar conforto ao estilo. Os clicks são do fotógrafo Marcos Zanutto.

Camiseta Billabong branca Bermuda Mormaii listrada Tênis Adidas Light Marrom Boné Billabong preto e azul

Bermuda Billabong vermelha e preta Camiseta Billabong branca Tênis Oakley Teeth branco

Bermuda Mormaii branca Camiseta Nike preta com detalhes Chinelo Adidas

Arquibancada 29

NOvembro.indd 29

18/11/2010 00:41:30


NA GERAL // CLÁUDIO OSTI

Não tem transmissão de televisão que se iguale à vibração, à energia e à diversão que é assistir uma partida de futebol num estádio. Tudo bem que tem gente que não gosta, mas estádio é um dos poucos lugares onde você encontra pessoas de todas as classes sociais sofrendo igual, xingando igual, festejando igual, torcendo pelo seu clube. Está certo que tem gente que chega de BMW, Mercedes, carros populares e até espremido no Gol (Grande Ônibus Lotado). Mas, independente de como você chegou, depois que coloca a bunda (no caso dos endinheirados poderíamos usar outros termos como glúteos ou nádegas) na arquibancada, o poder do dinheiro, a escola sofisticada, o curso de pós-graduação na Europa, o carteado no tunguete, tudo é esquecido. Todos são iguais perante a imprevisibilidade do jogo. Todos são iguais ao criticar aquele árbitro Fdp que só porque o nosso lateral deu um toco no atacante deles, fazendo voar a caneleira do adversário, sangrando parte da perna e arrancando um metro quadrado de grama, deu falta próxima a área que acabou resultando no primeiro gol da partida. Por outro lado, o pênalti duvidoso, marcado no último minuto da partida, para o nosso glorioso time redime o árbitroherói nosso de cada partida. Pois é meu amigo. A explosão de alegria no momento do gol do seu time, a tensão, esse clímax, você só encontra no estádio e em algumas camas de motéis, mas aí o tema foge um pouco da Arquibancada. Já se você assiste o jogo em casa é um drama. Fala sério. A primeira providência é se esparramar no sofá, prejudicando a sua coluna vertebral, pega o controle remoto, coloca o saco de pipoca feito no microondas, e se prepara. Dez minutos de jogo e seu filho quer saber se não dá para mudar de canal que ele quer ver desenho.

- Não, não dá. Hoje é domingo e a TV é do pai. O atacante chuta, a bola segue sua trajetória em direção ao gol e quando o ato vai ser consumado... sua filha passa entre você e a televisão. - Perdi o gol de novo, droga. Tudo bem que já inventaram o replay, mas não é a mesma coisa. É o mesmo que rir da piada duas horas depois, sozinho no banheiro. Minutos depois, parece até cronometrado, a mulher reclama: - E aí, hoje é domingo, não vai comparecer? E você, na maior cara-de-pau: - Só depois do futebol, isso se meu time ganhar, caso contrário, considere-se descomparecida. Confesse, quantas vezes isso não aconteceu na sua casa? Todo domingo? No estádio não, você se concentra na partida, mas também pode – ulha!!!! desconcentrar-se olhando as jovens que, cada vez mais, comparecem aos jogos. Loiras, morenas, ruivas, negras, mulatas, altas, baixas, médias, mignon, longilíneas, cheinhas, magrinhas, no ponto, bem passadas, mal passadas... E a pipoca então? Ah a pipoca!!! Ela é feita daquele jeitinho antigo, com óleo velho. A cerveja, carregada por aqueles ambulantes que insistem em parar exatamente na sua frente para atender toda a torcida do Flamengo, quando está gelada, está morna; mas quando ela está morna está mesmo é quente; gelada, gelada, só quando você acerta a sorte grande. Mas o normal mesmo é você lembrar do goró no dia seguinte abraçado a Santa Neosaldina. Viu? Arquibancada é tudo de bom. Programaço!!! Agora, se você quer ficar em casa, esparramado no sofá, suando o barrigão, babando no travesseiro... e, pior, não comparecendo...

Estádio sim,

TV não

Arquibancada 30

NOvembro.indd 30

18/11/2010 00:41:31


Arquibancada 31

NOvembro.indd 31

18/11/2010 00:41:32


r a l u b i t s Ve UniFil 2011 28

Provas de novembro, as 9h

26 de novembro 43

Arquibancada 32

NOvembro.indd 32

3375.7474

www.uniďŹ l.br - Londrina PR

18/11/2010 00:41:34


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.