I AMOSTRA DE TRABALHOS: LINGUAGEM, MEDIAÇÃO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Comunidade Autorreflexiva em Ensino de Língua Portuguesa
Mairom Jardel Andrade Adriana de Lima Correia Orientadora: Francieli M. Pinton Ana Cecília Teixeira Gonçalves
Objetivo Geral
Promover um espaço de debate permanente sobre as concepções teórico-metodológicas que norteiam o ensino de Língua Portuguesa na educação básica, identificando novas possibilidades de ação a partir da reflexão como reconstrução da experiência.
Objetivos Específicos Refletir sobre os diferentes objetos de ensino de Língua Portuguesa;
Analisar criticamente as diferentes concepções teóricas e metodológicas
sobre o ensino de produção textual; Ler criticamente os referenciais curriculares: nacional e estadual –
Parâmetros Curriculares Nacionais e Lições do Rio Grande; Planejar, coordenar e elaborar um projeto de letramento para ser
desenvolvido nas escolas em que as participantes atuam, Refletir criticamente sobre as atividades desenvolvidas no projeto,
(re)construindo ações eficazes para o ensino de Língua Portuguesa.
Referencial Teórico O ensino de Língua Portuguesa no Brasil, tradicionalmente, se volta para a gramática normativa numa perspectiva prescritiva (imposição de um conjunto de regras a ser seguido, como, por exemplo, as regras de concordância nominal e verbal) e analítica (identificação das partes constitutivas do todo, com suas perspectivas funções, como as funções sintáticas dos tempos da oração, elementos mórficos das palavras) (BEZERA, 2007, p.37)
Referencial Teórico Conforme análise realizada por Motta–Roth (2006, p.497): a perspectiva de linguagem adotada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (doravante PCN) é orientada para a vida social e se configura em um avanço, se comparada a visão estruturalista, amplamente adotada na escola, até recentemente, em que se definia em programa de curso, em termos de categorias da gramática normativa a serem trabalhadas de modo descontextualizado, tais como a concordância verbal e o emprego de advérbios.
Referencial Teórico Esta visão é bastante diferente da visão corrente do leitor/escrevente como aquele que domina o código escrito para decifrar ou cifrar palavras, frases e textos, e, mesmo, daquele leitor/escrevente que, dentre os seus conhecimentos de mundo, abriga, na memória de longo prazo, as estruturas gráficas necessárias para compreender e produzir, estrategicamente, textos com variadas metas comunicativas (2006, p. 121).
Referencial Teórico “A formação deve estimular uma perspectiva crítico-reflexiva, que forneça aos professores os meios de um pensamento autônomo e que facilite as dinâmicas de auto-formação participada. Estar em formação implica um investimento pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os percursos e projetos próprios com vista à construção de uma identidade, que é também uma identidade profissional”. (NOVOA, 1995, p.25)
Referencial Teórico
“Este tipo de professor (reflexivo) esforça-se por ir ao encontro do aluno e atender o seu próprio processo de conhecimento-na-ação como saber escolar. Este tipo de ensino é uma forma de reflexão na ação que exige do professor uma capacidade de individualizar.” (SCHÖN, 1995, p.82)
Atividades O curso de extensão ofertou 8 oficinas: Oficina 1 – O conto brasileiro na escola (Prof. Demétrio Alves Paz) Oficina 2 – Representações discursivas sobre a atividade do
professor (Prof. Ana Cecília Teixeira Gonçalves) Oficina 3 – representação e anti-representação técnica,
ética, estética e política (Prof. Pablo Lemos Berned)
Atividades Oficina 4 – Tecnologia e ensino de língua Portuguesa I
(Prof. Tatiane Chassot) Oficina 5 – Alternativas Metodológicas para o ensino de
língua portuguesa (Prof. Francieli M. Pinton) Oficina 6 – Os gêneros textuais em livros didáticos: da teoria a
prática (Prof. Raquel Goulart)
Atividades Oficina 7 _ Atividade de Leitura em Sala de Aula
(Prfº. Cristiano Egger Veçossi ) Oficina 8_ Proposta: Plano de Aula (Língua Portuguesa)
(encerramento das atividades deste ano)
Atividades
Resultados Parciais
O grupo é constituído por 24 professores de língua
portuguesa: 14 em formação inicial e 10 em continuada, que se encontram mensalmente.
Resultados Parciais Abordagem para formação docente utilizada nos encontros, baseada na reflexão da realidade escolar e docente, na (re)construção teórica e metodológica e na ação pedagógica de sala aula, aliada à reflexão crítica de cada um desses momentos, pode ser sintetizada nesta figura:
Resultados Parciais As discussões em grupo a partir da reflexão realizada, possibilitou compreender aspectos relevantes sobre a prática docente e sobre o ensino de língua portuguesa neste contexto de análise: i) objeto de ensino é a língua; ii) o texto continua sendo pretexto; e, iii) a produção textual é realizada com base em modelos de texto, especialmente os da esfera literária.
Considerações Finais
Acreditamos que o modelo de formação mais adequado é a reflexão na ação, pois permite a (re)construção da prática docente de forma individualizada, promovendo a emancipação de cada um dos sujeitos participantes.
Referências BEZERRA, M.A. Ensino de Língua portuguesa e contexto teórico-metodológicos. In: DIONISIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. (Orgs.). Gêneros textuais & ensino. 5.ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007. p.37-46. BRASIL. 1997. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros curriculares nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: Ministério da Educação. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro02.pdf. Acessado em 18 mar 2010. BUNZEN, C. Da era da composição à era dos gêneros: o ensino de produção de texto no ensino médio. In: BUNZEN, C. MENDONÇA, M. (Orgs). Português no ensino médio e formação do professor. 1.ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2006. p.139-161. GERALDI, W. G. Portos de passagem. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. MACHADO, A. R. A perspectiva interacionista sociodiscursiva de Bronckart. In: MEURER, J.L.