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artigos científicos
Ortopedia
38
Deformidades angulares de esqueleto apendicular em cães – revisão
38
Angular appendicular skeletal deformities in dogs – review Desvíos angulares de los miembros en perros – revisión
Neurologia
48
Trauma medular agudo: fisiopatologia e opções terapêuticas – revisão Acute spinal cord injury: pathophysiology and therapeutic options – review
48
Trauma medular agudo: fisiopatología y opciones terapéuticas – revisión
Dermatologia
60
Avaliação dos efeitos do uso do oclacitinib sobre o escore de prurido segundo as escalas quantitativa linear e qualitativa de Yazbek-Larsson em cães com dermatite atópica atendidos no Serviço de Dermatologia da FMVZ/USP Effects of oclacitinib on pruritus score of dogs with atopic dermatitis seen by the dermatology service of the School of Veterinary Medicine and Animal Sciences of the University of São Paulo (FMVZ/USP), Brazil
60
Evaluación de los efectos del uso del oclacitinib sobre la puntuación de prurito según escalas cuantitativa lineal y cualitativa de Yazbek-Larsson en perros con dermatitis atópica atendidos en el servicio de dermatología de la FMVZ/USP, Brasil
Anatomia
74
Estudo anatômico da origem e da área de inervação que formam o plexo braquial de macaco-prego (Sapajus libidinosus) Anatomical study of the origin and area of innervation that form the brachial plexus of monkey-nail (Sapajus libidinosus) Estudio anatómico del origen y área de inervación que forman el plexo braquial de monos capuchinos (Sapajus libidinosus) 4
74
Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
Thiago Fantoni
14
Especialidades • O maior encontro de clínicos veterinários da américa latina • VI BVECCS será em Ribeirão Preto, SP
14 20
Medicina veterinária do coletivo
22
• Vulnerabilidade dos moradores das ruas • Brucelose no brasil: alguém viu?
14
22 26
32
Saúde pública • XVIII Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina
34
Pesquisa • Combate à leishmaniose com nanotecnologia • Exportação de vacina contra dengue
34 36
20
82
Medicina veterinária legal • A abordagem preventiva da violência doméstica com a conexão da violência contra os animais
26
22 84
Bem-estar animal
84 • Bem-estar animal e políticas públicas • Programa para conservação do peixe-boi-marinho 85
86
Pet food • Comedouro exclusivo para felinos • Prêmios de incentivo à pesquisa em nutrição
86 88
90
Lançamentos • Redução da proteinúria na doença renal crônica • Analgesia para pequenos e grandes animais
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32 34
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“Alguns animais de estimação parecem antecipar a chegada de seu dono. Sua capacidade de antecipar essa chegada parece depender de um tipo de vínculo telepático. Eu explico esse efeito em termos de um campo mórfico que liga o pet ao proprietário, através do qual suas intenções de voltar para casa são transmitidas ao animal de estimação”, explica Rupert Sheldrake, biólogo e autor de mais de 85 artigos científicos e 13 livros. Ele também já foi classificado pelo Instituto Duttweiler, em Zurique, o principal grupo de pesquisa da Suíça, entre os 100 melhores líderes de pensamento global. O seu livro mais recente, Science and Spiritual Practices, trata de temas como a meditação, a gratidão e a conexão com a natureza. Preocupações metodológicas relativas às meta-análises da redução do estresse através da meditação transcendental são a base de trabalhos científicos com a participação de Michael C. Dillbeck que estão na base de dados do PubMed: • Disaster Relief for the Japanese Earthquake-Tsunami of 2011: Stress Reduction through the Transcendental Meditation® Technique http://doi.org/10.2466/02.13.PR0.117c11z6 • Methodological Concerns for Meta-Analyses of Meditation: Comment on Sedlmeier et al. (2012) http://dx.doi.org/10.1037/a0035074 Seja você cético ou não, as evidências, assim como os conflitos, estão cada vez mais presentes no mundo atual. Levando-se em consideração as evidências das pesquisas atuais, o Festival Mundial da Paz do Mundo no Ekam, que será realizado no período de 9 a 19 de agosto de 2018, pode ser bastante transformador. A proposta do festival é que a paz mundial seja muito mais do que a resolução de conflitos.
https://www.mumpress.com/scientificresearch/collected-papers/scientific-researchon-transcendental-meditation-and-tm-sidhiprogram-vol-7.html
http://youtu.be/lRZM1NFhcck
Vídeo com Michael Dillbeck sobre pesquisa científica envolvendo os efeitos da tecnologia védica da consciência. Use o recurso de tradução automática do YouTube para inserir legenda no idioma de escolha – http://youtu.be/lRZM1NFhcck 8
“Os cães sabem quando seus donos estão chegando – pesquisas científicas explicam os poderes surpreendentes de nossos animais de estimação”*, obra de Rupert Sheldrake publicada em 2000, compartilha, entre outras informações, as categorias principais de percepções animais inexplicáveis: a telepatia, o senso de direção e as premonições
Entre os programas de meditação, a técnica da meditação transcendental tem a mais longa história de pesquisa científica, desde a primeira publicação na revista Science em 1970. A recente obra Scientific Research on Transcendental Meditation and TM-Sidhi Program – v. 7, reúne pesquisadores e cientistas de renome como Michael C. Dillbeck, Ph.D.; Vernon A. Barnes, Ph.D.; Robert H. Schneider, M.D.; Frederick T. Travis, Ph.D.; e Kenneth G. Walton, Ph.D.
Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
animais na meditação pela paz. Inclusive eles acabam sendo envolvidos nos casos de violência doméstica, tema presente na seção de medicina veterinária legal desta edição. Confira o convite feito por KrishnaJi e seja um promotor da paz mundial. Paz no seu coração. Paz na família. Paz no mundo.
Arthur de V. Paes Barretto
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Segundo KrishnaJi, cofundador da O&O Academy, a paz é um estado de consciência que a humanidade como um todo tem que adotar para criar um mundo melhor. “Esse será o nosso próximo salto evolutivo. Sem uma consciência pacífica, toda forma de progresso eventualmente acabaria por nos levar a mais separação, divisão e conflito. Um ser humano pacífico é um presente para toda a família, uma força poderosa para o bem do mundo”, explica KrishnaJi. Na divulgação do Festival Mundial da Paz do Mundo no Ekam, KrishnaJi destaca: “O seu conflito é o conflito do mundo. A sua paz é a paz mundial. Quando você desperta para o belo estado de paz em sua consciência e medita coletivamente, o poder do fenômeno flui por você. Você gera um campo de força divino que pode minimizar a guerra, minimizar conflitos em comunidades, minimizar a violência contra os inocentes e as crianças. Você se torna um instrumento da paz. Sua própria família se torna um ponto de paz”. Durante o Festival Mundial da Paz no MUndo no Ekam, as imensas energias de paz geradas pela meditação de milhares de pessoas se amplificarão. Esse poder vai convergir e culminar no dia 19 de agosto. Nesse dia, estima-se que haverá 7 mil centros energéticos de paz ao redor do mundo. Considerando-se a telepatia com os animais e também as várias situações de sofrimento decorrentes de cruelda de contra eles, é mais do que justa a inclusão dos
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Fique por dentro do Festival Mundial da Paz do Mundo no Ekam: http://onenessbrasil.com.br/festival-mundial-da-paz-ekam
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Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
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FZEA/USP-Pirassununga
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Álan Gomes Pöppl
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FV/UFRGS
FMU, Hovet Pompéia
FCV/UBA
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FCV/UBA
Universidad Austral de Chile
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Alceu Gaspar Raiser
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Médica veterinária autônoma
Alejandro Paludi
André Luis Selmi
Camila I. Vannucchi
FCV/UBA
Anhembi/Morumbi e Unifran
FMVZ/USP-São Paulo
Alessandra M. Vargas
Angela Bacic de A. e Silva
Carla Batista Lorigados
Endocrinovet
FMU
FMU
Alexandre Krause
Antonio M. Guimarães
Carla Holms
FMV/UFSM
DMV/UFLA
Anclivepa-SP
Alexandre G. T. Daniel
Aparecido A. Camacho
Carlos Alexandre Pessoa
Universidade Metodista
FCAV/Unesp-Jaboticabal
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Alexandre L. Andrade
A. Nancy B. Mariana
Carlos E. Ambrosio
CMV/Unesp-Aracatuba
FMVZ/USP-São Paulo
FZEA/USP-Pirassununga
Alexander W. Biondo
Arlei Marcili
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UFPR, UI/EUA
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EMATER-DF
Aline Machado Zoppa
Aulus C. Carciofi
Carlos Roberto Daleck
FMU/Cruzeiro do Sul
FCAV/Unesp-Jaboticabal
FCAV/Unesp-Jaboticabal
Aline Souza
Aury Nunes de Moraes
Carlos Mucha
UFF
UESC
IVAC-Argentina
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Clínica Veterinária é uma revista técnico-científica bimestral, dirigida aos clínicos veterinários de pequenos animais, estudantes e professores de medicina veterinária, publicada pela Editora Guará Ltda. As opiniões em artigos assinados não são necessariamente compartilhadas pelos editores. Os conteúdos dos anúncios veiculados são de total responsabilidade dos anunciantes. Não é permitida a reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação sem a prévia autorização da editora. A responsabilidade de qualquer terapêutica prescrita é de quem a prescreve. A perícia e a experiência profissional de cada um são fatores determinantes para a condução dos possíveis tratamentos para cada caso. Os editores não podem se responsabilizar pelo abuso ou má aplicação do conteúdo da revista Clínica Veterinária.
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Na internet
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Cassio R. A. Ferrigno
Francisco J. Teixeira N.
Juliana Brondani
Marta Brito
Ricardo Duarte
FMVZ/USP-São Paulo
FMVZ/Unesp-Botucatu
FMVZ/Unesp-Botucatu
FMVZ/USP-São Paulo
All Care Vet / FMU
Ceres Faraco
F. Marlon C. Feijo
Juliana Werner
Mary Marcondes
Ricardo G. D’O. C. Vilani
UFERSA
Lab. Werner e Werner
CMV/Unesp-Araçatuba
UFPR
Franz Naoki Yoshitoshi
Julio C. C. Veado
Masao Iwasaki
Ricardo S. Vasconcellos
Provet
FMVZ/UFMG
FMVZ/USP-São Paulo
CAV/UDESC
Gabriela Pidal
Julio Cesar de Freitas
Mauro J. Lahm Cardoso
Rita de Cassia Garcia
FCV/UBA
UEL
FALM/UENP
FMV/UFPR
Gabrielle Coelho Freitas
Karin Werther
Mauro Lantzman
Rita de Cassia Meneses
UFFS-Realeza
FCAV/Unesp-Jaboticabal
Psicologia PUC-SP
IV/UFRRJ
Geovanni D. Cassali
Leonardo D. da Costa
Michele A.F.A. Venturini
Rita Leal Paixão
ICB/UFMG
Lab&Vet
ODONTOVET
FMV/UFF
Geraldo M. da Costa
Leonardo Pinto Brandão
Michiko Sakate
Robson F. Giglio
DMV/UFLA
Ceva Saúde Animal
FMVZ/Unesp-Botucatu
Hosp. Cães e Gatos; Unicsul
Gerson Barreto Mourão
Leucio Alves
Miriam Siliane Batista
Rodrigo Gonzalez
ESALQ/USP
FMV/UFRPE
FMV/UEL
FMV/Anhembi-Morumbi
Hannelore Fuchs
Luciana Torres
Moacir S. de Lacerda
Rodrigo Mannarino
Instituto PetSmile
FMVZ/USP-São Paulo
UNIUBE
FMVZ/Unesp-Botucatu
Hector Daniel Herrera
Lucy M. R. de Muniz
Monica Vicky Bahr Arias
Rodrigo Teixeira
FCV/UBA
FMVZ/Unesp-Botucatu
FMV/UEL
Zoo de Sorocaba
Hector Mario Gomez
Luiz Carlos Vulcano
Nadia Almosny
Ronaldo C. da Costa
EMV/FERN/UAB
FMVZ/Unesp-Botucatu
FMV/UFF
CVM/Ohio State University
Hélio Autran de Moraes
Luiz Henrique Machado
Natália C. C. A. Fernandes
Ronaldo G. Morato
Dep. Clin. Sci./Oregon S. U.
FMVZ/Unesp-Botucatu
Instituto Adolfo Lutz
CENAP/ICMBio
Hélio Langoni
Marcello Otake Sato
Nayro X. Alencar
Rosângela de O. Alves
FMVZ/UNESP-Botucatu
FM/UFTO
FMV/UFF
EV/UFG
Heloisa J. M. de Souza
Marcelo A.B.V. Guimarães Nei Moreira
Rute C. A. de Souza
FMV/UFRRJ
FMVZ/USP-São Paulo
CMV/UFPR
UFRPE/UAG
FMV/UFSM
Herbert Lima Corrêa
Marcelo Bahia Labruna
Nelida Gomez
Ruthnéa A. L. Muzzi
Edgar L. Sommer
ODONTOVET
FMVZ/USP-São Paulo
FCV/UBA
DMV/UFLA
Iara Levino dos Santos
Marcelo de C. Pereira
Nilson R. Benites
Sady Alexis C. Valdes
Koala H. A. e Inst. Dog Bakery
FMVZ/USP-São Paulo
FMVZ/USP-São Paulo
Unipam-Patos de Minas
Iaskara Saldanha
Marcelo Faustino
Nobuko Kasai
Sheila Canavese Rahal
Lab. Badiglian
FMVZ/USP-São Paulo
FMVZ/USP-São Paulo
FMVZ/Unesp-Botucatu
Idael C. A. Santa Rosa
Marcelo S. Gomes
Noeme Sousa Rocha
Silvia E. Crusco
UFLA
Zoo SBC,SP
FMV/Unesp-Botucatu
UNIP/SP
Ismar Moraes
Marcia Kahvegian
Norma V. Labarthe
Silvia Neri Godoy
FMV/UFF
FMVZ/USP-São Paulo
FMV/UFFe FioCruz
ICMBio/Cenap
Jairo Barreras
Márcia Marques Jericó
Patricia C. B. B. Braga
Silvia R. G. Cortopassi
FioCruz
UAM e UNISA
FMVZ/USP-Leste
FMVZ/USP-São Paulo
James N. B. M. Andrade Marcia M. Kogika
Patrícia Mendes Pereira
Silvia R. R. Lucas
FMV/UTP
FMVZ/USP-São Paulo
DCV/CCA/UEL
FMVZ/USP-São Paulo
Jane Megid
Marcio B. Castro
Paulo Anselmo
Silvio A. Vasconcellos
FMVZ/Unesp-Botucatu
UNB
Zoo de Campinas
FMVZ/USP-São Paulo
Janis R. M. Gonzalez
Marcio Brunetto
Paulo César Maiorka
Silvio Luis P. de Souza
FMV/UEL
FMVZ/USP-Pirassununga
FMVZ/USP-São Paulo
FMVZ/USP, UAM
Jean Carlos R. Silva
Marcio Dentello Lustoza
Paulo Iamaguti
Simone Gonçalves
UFRPE, IBMC-Triade
Biogénesis-Bagó Saúde Animal
FMVZ/Unesp-Botucatu
Hemovet/Unisa
João G. Padilha Filho
Márcio Garcia Ribeiro
Paulo S. Salzo
Stelio Pacca L. Luna
FCAV/Unesp-Jaboticabal
FMVZ/Unesp-Botucatu
UNIMES, UNIBAN
FMVZ/Unesp-Botucatu
João Luiz H. Faccini
Marco Antonio Gioso
Paulo Sérgio M. Barros
Tiago A. de Oliveira
UFRRJ
FMVZ/USP-São Paulo
FMVZ/USP-São Paulo
UEPB
João Pedro A. Neto
Marconi R. de Farias
Pedro Germano
Tilde R. Froes Paiva
UAM
PUC-PR
FSP/USP
FMV/UFPR
Jonathan Ferreira
Maria Cecilia R. Luvizotto Pedro Luiz Camargo
Valéria Ruoppolo
Odontovet
CMV/Unesp-Aracatuba
Int. Fund for Animal Welfare
Jorge Guerrero
M. Cristina F. N. S. Hage Rafael Almeida Fighera
Vamilton Santarém
Universidade da Pennsylvania
FMV/UFV
FMV/UFSM
Unoeste
José de Alvarenga
Maria Cristina Nobre
Rafael Costa Jorge
Vania M. de V. Machado
FMVZ/USP
FMV/UFF
Hovet Pompéia
FMVZ/Unesp-Botucatu
Jose Fernando Ibañez
M. de Lourdes E. Faria
Regina H.R. Ramadinha
Victor Castillo
FALM/UENP
VCA/SEPAH
FMV/UFRRJ
FCV/UBA
José Luiz Laus
Maria Isabel M. Martins
Renata A. Sermarini
Vitor Marcio Ribeiro
Provet
FCAV/Unesp-Jaboticabal
DCV/CCA/UEL
ESALQ/USP
PUC-MG
Flavia Toledo
José Ricardo Pachaly
M. Jaqueline Mamprim
Renata Afonso Sobral
Viviani de Marco
Univ. Estácio de Sá
UNIPAR
FMVZ/Unesp-Botucatu
Onco Cane Veterinária
UNISA e NAYA Especialidades
Flavio Massone
José Roberto Kfoury Jr.
Maria Lúcia Z. Dagli
Renata Navarro Cassu
Wagner S. Ushikoshi
FMVZ/USP
FMVZ/USP-São Paulo
Unoeste-Pres. Prudente
FMV/UNISA e FMV/CREUPI
Juan Carlos Troiano
Marion B. de Koivisto
Renée Laufer Amorim
Zalmir S. Cubas
FCV/UBA
CMV/Unesp-Araçatuba
FMVZ/Unesp-Botucatu
Itaipu Binacional
FACCAT/RS
César A. D. Pereira UAM, UNG, UNISA
Christina Joselevitch FMVZ/USP-São Paulo
Cibele F. Carvalho UNICSUL
Clair Motos de Oliveira FMVZ/USP-São Paulo
Clarissa Niciporciukas ANCLIVEPA-SP
Cleber Oliveira Soares EMBRAPA
Cristina Massoco Salles Gomes C. Empresarial
Daisy Pontes Netto FMV/UEL
Daniel C. de M. Müller UFSM/URNERGS
Daniel G. Ferro ODONTOVET
Daniel Macieira FMV/UFF
Denise T. Fantoni FMVZ/USP-São Paulo
Dominguita L. Graça PROVET
Edison L. P. Farias UFPR
Eduardo A. Tudury DMV/UFRPE
Elba Lemos FioCruz-RJ
Eliana R. Matushima FMVZ/USP-São Paulo
Elisangela de Freitas FMVZ/Unesp-Botucatu
Estela Molina FCV/UBA
Fabian Minovich UJAM-Mendoza
Fabiano Montiani-Ferreira FMV/UFPR
Fabiano Séllos Costa DMV/UFRPE
Fabio Otero Ascol IB/UFF
Fabricio Lorenzini FAMi
Felipe A. Ruiz Sueiro VETPAT
Fernando C. Maiorino FEJAL/CESMAC/FCBS
Fernando de Biasi DCV/CCA/UEL
Fernando Ferreira FMVZ/USP-São Paulo
Filipe Dantas-Torres CPAM
Flávia R. R. Mazzo
FMVZ/Unesp-Botucatu
Francisco E. S. Vilardo Criadouro Ilha dos Porcos
DCV/CCA/UEL
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INSTRUÇÕES AOS AUTORES
A
Clínica Veterinária publica artigos científicos inéditos, de três tipos: trabalhos de pesquisa, relatos de caso e revisões de literatura. Embora todos tenham sua importância, nos trabalhos de pesquisa, o ineditismo encontra maior campo de expressão, e como ele é um fator decisivo no âmbito científico, estes trabalhos são geralmente mais valorizados. Todos os artigos enviados à redação são primeiro avaliados pela equipe editorial e, após essa avaliação inicial, encaminhados aos consultores científicos. Nessas duas instâncias, decide-se a conveniência ou não da publicação, de forma integral ou parcial, e encaminham-se ao autores sugestões e eventuais correções. Trabalhos de pesquisa são utilizados para apresentar resultados, discussões e conclusões de pesquisadores que exploram fenômenos ainda não completamente conhecidos ou estudados. Nesses trabalhos, o bem-estar animal deve sempre receber atenção especial. Relatos de casos são utilizados para a apresentação de casos de interesse, quer seja pela raridade, evolução inusitada ou técnicas especiais. Devem incluir uma pesquisa bibliográfica profunda sobre o assunto (no mínimo 30 referências) e conter uma discussão detalhada dos achados e conclusões do relato à luz dessa pesquisa. A pesquisa bibliográfica deve apresentar no máximo 15% de seu conteúdo provenientes de livros, e no máximo 20% de artigos com mais de cinco anos de publicação. Revisões são utilizadas para o estudo aprofundado de informações atuais referentes a um determinado assunto, a partir da análise criteriosa dos trabalhos de pesquisadores de todo o meio científico, publicados em periódicos de qualidade reconhecida. As revisões deverão apresentar pesquisa de, no mínimo, 60 referências provadamente consultadas. Uma revisão deve apresentar no máximo 15% de seu conteúdo provenientes de livros, e no máximo 20% de artigos com mais de cinco anos de publicação.
Critérios editoriais Enviar pelo site da revista um arquivo texto (.doc) com o trabalho, acompanhado de imagens digitalizadas em formato .jpg – http://revistaclinicaveterinaria.com.br/blog/envio-de-artigos-cientificos. As imagens digitalizadas devem ter, no mínimo, resolução de 300 dpi na largura de 9 cm. Se os autores não possuírem imagens digitalizadas, devem encaminhar pelo correio ao nosso departamento de redação cópias das imagens originais (fotos, slides ou ilustrações – acompanhadas de identificação de propriedade e autor). Devem ser enviadas também a identificação de todos os autores do trabalho (nome completo por extenso, RG, CPF, endereço residencial com cep, telefones e e-mail). Além dos nomes completos, devem ser informadas as instituições às quais os autores estejam vinculados, bem como seus títulos no momento em que o trabalho foi escrito. Os autores devem ser relacionados na seguinte ordem: primeiro, o autor principal, seguido do orientador e, por fim, os colaboradores, em sequência decrescente de participação. Sugere-se como máximo seis autores. O primeiro autor deve necessariamente ter diploma de graduação em medicina veterinária. Todos os artigos, independentemente da sua categoria, devem ser redigidos em língua portuguesa e acompanhados de versões em língua inglesa e espanhola de: título, resumo (de 700 a 800 caracteres) e unitermos (3 a 6). Os títulos devem ser claros e grafados em letras minúsculas – somente a primeira letra da primeira palavra deve ser grafada em letra maiúscula. Os resumos devem ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões, de forma concisa, dos pontos relevantes do trabalho apresentado. Os unitermos não devem constar do título. Devem ser dispostos do mais abrangente para o mais específico (eg, “cães, cirurgias, abcessos, próstata). Verificar se os unitermos escolhidos constam dos “Descritores em Ciências de Saúde” da Bireme – http://decs.bvs.br. Revisões de literatura não devem apresentar o subtítulo “Conclusões”. Sugere-se “Considerações finais”. Não há especificação para a quantidade de páginas, dependendo esta do conteúdo explorado. Os assuntos devem ser abordados com objetividade e clareza, visando o público leitor – o clínico veterinário de pequenos animais. Utilizar fonte arial tamanho 12, espaço simples e uma única coluna. As margens superior, inferior e laterais devem apresentar até 3 cm. Não deixar linhas em branco ao longo do texto, entre títulos, após subtítulos
e entre as referências. IImagens como fotos, tabelas, gráficos e ilustrações não podem ser cópias da literatura, mesmo que seja indicada a fonte. Devem ser utilizadas imagens originais dos próprios autores. Imagens fotográficas devem possuir indicação do fotógrafo e proprietário; e quando cedidas por terceiros, deverão ser obrigatoriamente acompanhadas de autorização para publicação e cessão de direitos para a Editora Guará (fornecida pela Editora Guará). Quadros, tabelas, fotos, desenhos, gráficos deverão ser denominados figuras e numerados por ordem de aparecimento das respectivas chamadas no texto. Imagens de microscopia devem ser sempre acompanhadas de barra de tamanho e nas legendas devem constar as objetivas utilizadas. As legendas devem fazer parte do arquivo de texto e cada imagem deve ser nomeada com o número da respectiva figura. As legendas devem ser autoexplicativas. Não citar comentários que constem das introduções de trabalhos de pesquisa para não incorrer em apuds. Sempre buscar pelas referências originais. O texto do autor original deve ser respeitado, utilizando-se exclusivamente os resultados e, principalmente, as conclusões dos trabalhos. Quando uma informação tiver sido localizada em diversas fontes, deve-se citar apenas o autor mais antigo como referência para essa informação, evitando a desproporção entre o conteúdo e o número de referências por frases. As referências serão indicadas ao longo do texto apenas por números sobrescritos ao texto, que corresponderão à listagem ao final do artigo – autores e datas não devem ser citados no texto. Esses números sobrescritos devem ser dispostos em ordem crescente, seguindo a ordem de aparecimento no texto, e separados apenas por vírgulas (sem espaços). Quando houver mais de dois números em sequência, utilizar apenas hífen (-) entre o primeiro e o último dessa sequência, por exemplo cão 1,6-10,13. A apresentação das referências ao final do artigo deve seguir as normas atuais da ABNT 2002 (NBR 10520). Utilizar o formato v. para volume, n. para número e p. para página. Não utilizar “et al” – todos os autores devem ser relacionados. Não abreviar títulos de periódicos. Sempre utilizar as edições atuais de livros – edições anteriores não devem ser utilizadas. Todos os livros devem apresentar informações do capítulo consultado, que são: nome dos autores, nome do capítulo e páginas do capítulo. Quando mais de um capítulo for utilizado, cada capítulo deverá ser considerado uma referência específica. Não serão aceitos apuds nem revisões de literatura (Citação direta ou indireta de um autor a cuja obra não se teve acesso direto. É a citação de “segunda mão”. Utiliza-se a expressão apud, que significa “citado por”. Deve ser empregada apenas quando o acesso à obra original for impossível, pois esse tipo de citação compromete a credibilidade do trabalho). Somente autores de trabalhos originais devem ser citados, e nunca de revisões. É preciso ser ético pois os créditos são daqueles que fizeram os trabalhos originais. A exceção será somente para literatura não localizada e obras antigas de difícil acesso, anteriores a 1960. As citações de obras da internet devem seguir o mesmo procedimento das citações em papel, apenas com o acréscimo das seguintes informações: “Disponível em: <http://www.xxxxxxxxxxxxxxx>. Acesso em: dia de mês de ano.” Somente utilizar o local de publicação de periódicos para títulos com incidência em locais distintos, como, por exemplo: Revista de Saúde Pública, São Paulo e Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro. De modo geral, não são aceitas como fontes de referência periódicos ou sites não indexados. Ocasionalmente, o conselho científico editorial poderá solicitar cópias de trabalhos consultados que obrigatoriamente deverão ser enviadas. Será dado um peso específico à avaliação das citações, tanto pelo volume total de autores citados, quanto pela diversidade. A concentração excessiva das citações em apenas um ou poucos autores poderá determinar a rejeição do trabalho. Não utilizar SID, BID e outros. Escrever por extenso “a cada 12 horas”, “a cada 6 horas” etc. Com relação aos princípios éticos da experimentação animal, os autores deverão considerar as normas do SBCAL (Sociedade Brasileira de Ciência de Animais de Laboratório). Informações referentes a produtos utilizados no trabalho devem ser apresentadas em rodapé, com chamada no texto com letra sobrescrita ao princípio ativo ou produto. Nesse subtítulo devem constar o nome comercial, fabricante, cidade e estado. Para produtos importados, informar também o país de origem, o nome do importador/distribuidor, cidade e estado.
Revista Clínica Veterinária / Redação Rua dr. José Elias 222 CEP 05083-030 São Paulo - SP cvredacao@editoraguara.com.br
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ESPECIALIDADES
O maior encontro de clínicos veterinários da América Latina
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O
39º Congresso Brasileiro da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa) e o XV Congresso Internacional Fiavac, realizados de 6 a 8 de junho no Rio de Janeiro, RJ, 14
Foi congressista? Os certificados de participação estão disponíveis pelo endereço http://cba-fiavac2018.com.br
promoveram o aprimoramento técnico-científico por meio de palestras das diversas especialidades em oito salas simultâneas. Além dessa extensa programação, os organizadores inovaram e também realizaram o I Simpósio de Burnout na Medicina Veterinária. Sua realização foi importante, pois é contínuo o crescimento do número de médicos veterinários com doenças emocionais que prejudicam sua vida profissional e pessoal. “Quando cuidar de animais cansa”, matéria sobre a síndrome de burnout, está disponível na revista Clínica Veterinária n. 123, julho/agosto, 2017, Ano XXII – http://issuu.com/clinicavet/docs/clinica-veterinaria-123/42.
Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
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ESPECIALIDADES
Carlos E. Larsson recebendo o Prêmio Veterinário do Ano 2017 Vetnil Anclivepa, das mãos de Cristiano Santos Sá (Vetnil) – http://youtu.be/qy1H-v0mwOQ
Durante as atividades de abertura do congresso, no dia 6 de junho, Carlos Eduardo Larsson, professor aposentado do Departamento de Clínica Médica da FMVZ/USP, recebeu homenagem na 6ª edição do Prêmio Veterinário do Ano 2017 Vetnil Anclivepa, destinado a homenagear os profissionais que atuam no atendimento a pequenos animais. O dr. Larsson foi indicado e eleito pelo voto direto dos médicos veterinários de todo o Brasil. A realização em conjunto do 39º Congresso Brasileiro da Anclivepa e do XV Congresso Internacional Fiavac, foi muito importante para estreitar o relacionamento com os colegas da Europa e da América Latina e ajudar a quebrar as limitações que envolvem os idiomas espanhol e português. Confira alguns eventos fora do Brasil que são muito oportunos para aqueles que desejam praticar o espanhol: o XVIII Congreso Nacional Aveaca, em Buenos Aires, Argentina; o Congreso Veterinario De León, em León, no México; e, em Madri, na Espanha, o Congreso Nacional Avepa. Confira os detalhes na seção Vet Agenda, no final desta edição.
Confira no Facebook o álbum de fotos da revista Clínica Veterinária
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Hélio Autran de Moraes (DVM, PhD, DACVIM – medicina interna e cardiologia), brasileiro residente nos EUA, foi um dos palestrantes mais procurados. Entre vários temas importantes, o especialista destacou as diretrizes de vacinação para a América do Sul, que estão disponíveis na revista Clínica Veterinária n. 124, setembro/outubro, 2017 – http://vet-agenda.com/produto/clinica-veterinaria-n-124
Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
Foto: Thiago Fantoni
http://youtu.be/qy1H-v0mwOQ
Ortopedia veterinária foi destaque no 39º CBA Entre os destaques do 39º Congresso Brasileiro da Anclivepa foi o lançamento do livro Ortopedia veterinária básica pela editora In Rio, escrito por Rodrigo Luis Morais da Silva e colaboradores, assim como a presença do autor em palestras de ortopedia programadas pelo evento. Desde 2003, quando concluiu a graduação em medicina veterinária, a ortopedia já estava no foco de interesse do autor. Na sequência, fez pós-graduação em cirurgia e anestesia pela Faculdade de Medicina Veterinária de Valença e recebeu a certificação nos cursos Aovet (básico e avançado) e Kyon TTA. Na produção da obra colaboraram vários profissionais renomados. Ortopedia veterinária básica aborda desde o primeiro atendimento, com todas as fases (recepção, triagem, exame clínico, exames complementares, tratamentos convencionais e alternativos) discutidas de maneira prática e fartamente ilustrada com imagens muito didáticas, que facilitam a compreensão e o entendimento do assunto por aqueles que já se interessam pela área – ou até mesmo para aqueles que não realizam atendimento conhecerem a forma de atendimento inicial, estabilização e encaminhamento dos pacientes. Além da abordagem das técnicas aplicáveis nos pacientes com traumas, a obra também contempla as doenças mais frequentemente diagnosticadas, tanto de causas neoplásica ou metabólica como
as relacionadas ao crescimento e às articulações. Rodrigo Luis é palestrante em congressos realizados no Brasil e ministra cursos práticos pela empresa CursosvetRl em diversos estados brasileiros direcionados à área de ortopedia veterinária: atendimento clínico, correção de fraturas simples e complexas, osteotomia do joelho –TPLO e TTA, entre outros. O livro encontra-se disponível para compra no site da empresa pela qual ministra seus cursos: http://www.cursosvetrl.com.br.
http://www.cursosvetrl.c om.br
Ortopedia Veterinária Básica. Um guia para a rotina prática de clínicos e cirurgiões iniciantes. À esquerda, registro feito na noite de autógrafos no estande da Vets in Rio, no 39º Congresso da Anclivepa
Curso de correção de fraturas simples em Campo Grande, MS, curso composto por 80% de aulas práticas ministradas pelo dr. Rodrigo Luis, com exercícios aplicados em ossos sintéticos. O objetivo é que o aluno tenha uma experiência prática sólida para fixar o conteúdo do curso Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
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ESPECIALIDADES
Dermatologia, endocrinologia, intensivismo e saúde felina foram destaques do Fórum de Especialidades da Royal Canin ® durante o CBA 2018 Em um dos maiores congressos veterinários realizado no país, especialistas convidados pela Royal Canin ® abordaram métodos de diagnóstico e tratamento para as enfermidades de cada uma das áreas. Quem passou por lá pôde absorver muita informação e ciência. As discussões abordaram desde o papel fundamental do tutor no tratamento da obesidade do pet até a importância da hidratação e da alimentação no tratamento de pacientes com problemas renais crônicos. Em sua palestra intitulada “A sepse e o nefropata: uma dupla mortal”, o dr. Rodrigo Rabelo destacou que 50% das lesões renais agudas verificadas em UTI são decorrentes da sepse. Já o dr. Alan Gomes Pöppl, endocrinologista veterinário, abordou um problema cada vez mais comum: a obesidade – segundo pesquisas, 50% dos animais apresentam sobrepeso ou obesidade no mundo. Em sua palestra “Estratégias comportamentais no combate da obesidade em cães e gatos”, o dr. Pöppl alertou para um procedimento que, apesar de essencial para a classe veterinária, é frequentemente esquecido: o registro do peso e do escore da condição corporal do animal. Além disso, o sucesso do tratamento depende impreterivelmente do engajamento do tutor do pet, já que a mudança nos hábitos de alimentação e atividade física do animal é a base para o seu emagrecimento. Além do Fórum de Especialidades, a Royal Canin ® promoveu o lançamento nacional do Royal Canin ® Renal Special Canine, formulado especialmente para o manejo dos pacientes renais. Com nutrientes adequados e perfil aromático diferenciado, esse alimento pode ser oferecido individualmente ou em combinação com os outros produtos da linha, que oferece até 10 opções de combinação de alimentos completos e balanceados para cães e gatos com doença renal crônica. PremieRpet ® Patrocinadora do evento, a PremieRpet ® esteve em um estande exclusivo, onde os visitantes puderam se informar sobre os alimentos de alta qualidade para cães e gatos que a marca disponibiliza em todo o Brasil. Foram destaques a linha de alimentos úmidos PremieR Gourmet, a linha de cookies PremieR Cookie, a linha de alimentos coadjuvantes para animais em tratamento PremieR Nutrição Clínica e a linha que oferece a exclusiva fonte de proteína Korin PremieR Seleção Natural, que desde março inclui uma nova opção de sabor: PremieR Seleção Natural Frango Korin com Batata Doce – Adultos Raças Pequenas. Vacinação em tempos de mudança No segundo dia do congresso, a MSD Saúde Animal realizou o Simpósio MSD Saúde Animal em Vacinologia 18
de Cães e Gatos, com a participação da profa. dra. Mary Marcondes, da profa. dra. Fernanda Amorim da Costa e da profa. dra. Mitika K. Hagiwara. O evento, bastante prestigiado, foi aberto a todos os congressistas. Considerando-se a necessi- Dra. Mitika Hagiwara, exemplo dade da contínua difu- de dedicação e entusiasmo no são das diretrizes vaci- ensino da medicina veterinária nais atuais, isso foi muito bom. Confira na Clínica Veterinária n. 119 o artigo Revisão sobre a leptospirose no Brasil, escrito pela dra. Mitika K. Hagiwara e colaboradores – http://vet-agenda.com/produto/clinica-veterinaria-n-119.
https://vet-agenda.com/evento/40-congresso-brasileiro-da-associacao-nacional-de-clinicos-veterinarios-de-pequenos-animais-anclivepa/
De 16 a 18 de maio de 2019, já está programado para ocorrer em Brasília, DF, o 40º Congresso Brasileiro da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais. Entre os diferenciais desse próximo congresso estão as ações sociais e a sustentabilidade. Confira detalhes acessando http://vet-agenda.com
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ESPECIALIDADES
VI BVECCS será em Ribeirão Preto, SP
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http://bveccs.net
Confira a mensagem de Rodrigo Rabelo e todas as informações do VI BVECCS através do endereço http://bveccs.net
BVECCS é uma entidade voltada para a atualização e especialização do médico veterinário através de eventos científicos em diversas cidades do país e é fundamental o apoio de toda a classe que se interessa pela medicina veterinária intensiva de pequenos animais. Este ano a sexta edição do Simpósio Brasileiro de Medicina Intensiva acontecerá no hotel Stream Palace, na cidade de Ribeirão Preto, SP, entre os dias 11 e 13 de outubro. Entre os dias 9 e 10 haverá o pré-congresso e também acontecerá a prova de título de especialista. As inscrições para a prova serão aceitas pela Academia Brasileira de Medicina Veterinária Intensiva até o dia 10/09/2018. Para inscrever-se, o candidato deve conhecer e estar plenamente de acordo com o regulamento do concurso de título de especialista em medicina veterinária intensiva 2018. Na programação do simpósio estão previstos temas relacionados com: • choque e sepse; • monitorização e coagulação; • cardiologia intesiva; • ventilação e mecânica respiratória.
Congresso ABFel 2018
E
ntre os dias 11 e 14 de outubro de 2018, a Academia Brasileira de Felinos (ABFel) realizará o seu congresso anual em Belo Horizonte, MG. O dia 11 de outubro será dedicado a oficinas: uma de cuidados paliativos e outra de atualização em infectologia felina. Na oficina de cuidados paliativos serão abordadas terapias complementares, questões envolvendo terminalidade, momentos difíceis, luto e muito mais... Na oficina de infectologia felina o objetivo é compartilhar o que há de novo sobre as principais doenças infecciosas, através de revisão analítica de literatura (2016-2018). O congresso terá início no dia 12 de outubro, com a presença de palestrantes de renome: Heloísa Justen, Archivaldo Reche Junior, André Shih, Giovana Mazzotti, Carmen Helena 20
Vasconcellos, Myrian Iser, Marcello Roza, Bruno Divino Rocha, Euler Fraga, Lara Carrasco, Christine Martins, Cristiano Nicomedes e Durval Verçosa. O local de realização do congresso será o mesmo de 2017, o Quality Hotel Pampulha. Reserve essas datas! Informações: http://www.abfel.org.br
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Vulnerabilidade dos moradores das ruas Primeiros relatos de piolhosdo-corpo em moradores de rua em Curitiba e São Paulo
G
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randes cidades como Curitiba 1 e São Paulo 2 têm aplicado no primeiro ano de suas respectivas gestões municipais (2017-2020) certas políticas consideradas “higienistas” 3, buscando a reurbanização de áreas ocupadas por pessoas em situação de rua com remoções compulsórias, demolição de edificações e limpeza pública por dispersão. Em resposta, ações da defensoria pública e de direitos humanos têm intervindo, estabelecendo fluxos de identificação individual visando incluir essas pessoas nos atendimentos especializados de recolhimento e atendimento médico dos municípios. Essa vulnerabilidade social pode ser definida pela incapacidade de proteger os próprios interesses 4, o que representa em torno de 9,96% da população brasileira vivendo na faixa da miséria 5. Socialmente, três grandes grupos se formam: • 1. presidiários: considerada a terceira maior população carcerária do mundo, com média de 300 presos para cada 100 mil habitantes 6; • 2. refugiados: com um aumento anual de 12%, chegando a 9.552 de 82 nacionalidades diferentes 7; • 3. pessoas em situação de rua: com estimativas de mais de 100 mil pessoas vivendo nas ruas 8. Particularmente no Brasil, a percepção da presença de pessoas em situação de rua inicia-se a partir das décadas de 1960 e 1970, concomitantemente ao processo de industrialização das cidades (más condições de trabalho, 22
moradias e o deslocamento às periferias) 9. Além disso, a associação com drogas e/ou problemas de saúde mental causa desorganização social, gerando insegurança, impactos negativos na economia, na cultura e na política local, regional ou nacional 10. Sendo esse um grupo heterogêneo que compartilha experiências e exposições, torna-se importante na investigação de fatores de saúde pública e saúde única. Uma dessas experiências e exposições é a convivência com animais de companhia, que pode agir como “facilitador social”, mantendo o foco de atenção e agindo como agente tranquilizador e de apego e como um suporte social, determinando formas de aprendizagem de como agir e pensar 11. Em contrapartida, a presença do cão ainda é um impasse nas questões sanitárias do acolhimento 12. Um morador da região central de São Paulo comentou recentemente que “daqui a uns dias o controle de zoonoses vai ter que ir lá por causa de rato, barata, sujeira. Não tem água, e a luz foi puxada em um ‘gato’” 13. A presença de animais sinantrópicos coloca em risco a saúde dessa população, devido à superexposição ao problema; em contrapartida, animais domésticos compartilham do cenário (Figura 1), tomam a mesma água, comem a mesma comida e dormem nas mesmas “camas”, estabelecendo o conceito prático de sentinelas em saúde única. Pessoas sem teto, devido ao seu estado físico e a hábitos precários de higiene (falta de banho e/ou troca de vestuário),
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Figura 1 – Representatividade do compartilhamento dos mesmos cenários das pessoas em situação de rua e dos animais de companhia
Pediculus humanus capitis Figura 3 – Piolhos morfologicamente identificados como Pediculus humanus humanus encontrados em roupas de pessoas em situação de rua
Pediculus humanus humanus
Phthirus pubis
Figura 2 – Piolhos que infestam seres humanos: Pediculus humanus capitis (piolho-da-cabeça), Pediculus humanus humanus (piolho-do-corpo) e Phthirus pubis (piolho-do-púbis)
também podem estar expostas a infestação por piolhos (pediculose) e possíveis infecções relacionadas. A pediculose pode ser causada por três espécies de piolhos hematófagos, o Pediculus humanus humanus (piolho-docorpo ou muquirana), Pediculus humanus capitis (piolho-da-cabeça) e Phthirus pubis (piolho-do-púbis ou chato) (Figura 2). O P. h. humanus é considerado o vetor competente de três microrganismos potencialmente letais (Rickettsia prowazekii, Bartonella quintana e Borrelia recurrentis) 14,15. Em consequência, a pediculose é relatada como uma doença negligenciada e importante para a saúde pública. Ações multiprofissionais da medicina veterinária do coletivo com as secretarias de saúde e de assistência social já abordam pessoas em situação de rua com cães, tentando desmistificar o cão como impasse ao acolhimento e buscando entender a relação do animal como facilitador e instrumento para o suporte social. E foi nesse contexto que se iniciou a investigação da presença dos piolhos-do-corpo em Curitiba e em São Paulo. Em Curitiba, PR, um voluntário apresentando lesões pruriginosas e espécimes nas roupas (blusa e calças) foi abordado em uma praça central da cidade. Já em São Paulo, SP, a pesquisa se realizou em um abrigo, encontrando piolhos
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nas roupas de 2 de 5 usuários avaliados. Esses piolhos coletados foram identificados morfologicamente como P. h. humanus, demonstrando a infestação desses ectoparasitas em nossa população em situação de rua (Figura 3) 16. As populações vulneráveis, particularmente os moradores de rua, deveriam ser sempre monitoradas e passar por investigações continuadas de patógenos endêmicos e novos, por estarem mais expostas e suscetíveis sendo, portanto, sentinelas dessas doenças. A saúde única aborda de modo prático a importância da implementação de políticas públicas voltadas à saúde e ao acolhimento de populações vulneráveis, tendo o médico veterinário papel fundamental na articulação da saúde animal, ambiental e pública. Referências 01-GAZETA DO POVO. Moradores de rua são acordados pela GM, que ainda confisca seus pertences. Gazeta do Povo. Curitiba, 2017. Disponível em: <http://www.tribunapr.com.br/noticias/curitiba-regiao/moradores-de-rua-sao-acordados-pela-gmque-ainda-confisca-seus-pertences/>. 02-CAVICCHIOLI, G. ; PORTAL R7. Políticas de Doria são higienistas e dificilmente vão mudar vida de morador de rua, dizem especialistas. Portal R7. São Paulo, 2017. Disponível em: <https://noticias.r7.com/sao-paulo/politicas-de-doria-sao-higienistas-e-dificilmente-vao-mudar-vida-de-morador-de-rua-dizem-especialistas-14012017>. 03-OLIVEIRA SOBRINHO, A. S. São Paulo e a ideologia higienista entre os séculos XIX e XX: a utopia da civilidade. Sociologias, v. 15, n. 32, p. 210-235, 2013. doi: 10.1590/S151745222013000100009. 04-Council For International Organizations Of Medical Sciences – CIOMS. International ethical guidelines for biomedical research involving human subjects. Geneva: CIOMS, 2002. 60 p. ISBN: 9290360755. 05-JAHAN, S. UNDP. Human development report 2016: human development for everyone. New York: United Nations Development Programme, 2017. 286 p. ISBN: 978-9211264135. Disponível em: <http://hdr.undp.org/sites/default/files/2016_human_development_report.pdf>. 06-CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Cidadania nos presídios. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/sistema-carcerario-eexecucao-penal/cidadania-nos-presidios>. 07-MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Política externa: refugiados e CONARE. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/153-refugiados-e-o-conare>. 08-NATALINO, M. A. C. TD 2246 – Estimativa da população em situação de rua no Brasil. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2016. 09-BRASIL. Diálogos sobre a população em situação de rua no Brasil e na Europa: experiências do Distrito Federal, Paris e Londres. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, 2013. 188 p. ISBN: 978-8560877461. 10-GOMES, M. A. ; PEREIRA, M. L. D. Família em situação de vulnerabilidade social: uma questão de políticas públicas. Ciência & Saúde Coletiva, v. 10, n. 2, p. 357-363, 2005. doi: 10.1590/S141381232005000200013. 11-FARACO, C. B. Interação humano-animal. Ciência Veterinária
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nos Trópicos, v. 11, n. 1, p. 31-35, 2008. 12-GRAVINATTI, M. L. ; SOUZA, M. G. ; BIONDO, A. W. Consultório na rua atende moradores de rua e seus cães. Clínica Veterinária, ano XX, v. 115, p. 30-32, 2015. ISSN: 1413571-x. 13-REVISTA GALILEU. Políticas higienistas nas cidades podem apenas esconder problemas. Galileu, 2017. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2017/05/o-quevoce-faz-para-mudar-sua-cidade.html>. 14-LY, T. D. A. ; TOURÉ, Y. ; CALLOIX, C. ; BADIAGA, S. ; RAOULT, D. ; TISSOT-DUPONT, H. ; BROUGUI, P. ; GAUTRET, P. Changing demographics and prevalence of body lice among homeless persons, Marseille, France. Emerging Infectious Diseases, v. 23, n. 11, p. 1894-1897, 2017. doi: 10.3201/eid2311.170516. 15-FACCINI-MARTÍNEZ, Á. A. ; MÁRQUEZ, A. C. ; BRAVOESTUPIÑAN, D. M. ; CALIXTO, O. J. ; LÓPEZ-CASTILLO, C. A. ; BOTERO-GARCÍA, C. A. ; HIDALGO, M. ; CUERVO, C. Bartonella quintana and typhus group rickettsiae exposure among homeless persons, Bogotá, Colombia. Emerging Infectious Diseases, v. 23, n. 11, p. 1876-1879, 2017. doi: 10.3201/eid2311.170341. 16-GRAVINATTI, M. L. ; FACCINI-MARTÍNEZ, A. A. ; RUYS, S. R. ; TIMENETSKY, J. ; BIONDO, A. W. Preliminary reports of body lice infesting homeless people in Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 60, 2018. doi: 10.1590/S1678-9946201860009. Mara Lucia Gravinatti - MV, mestre pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR) maralgravinatti@gmail.com
Amanda Haise - discente do curso de Medicina Veterinária da UFPR amanda.haisi@gmail.com
Juliana Mendes da Silva Santo - assistente social – Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais – PR. juliana.silva@sjp.pr.gov.br
Álvaro Adolfo Faccini Martínez - doutorando do Programa de Pós-graduação em Doenças Infecciosas, Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. afaccini@gmail.com
Jorge Timenetsky - Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo – USP joti@usp.br
Alexander Welker Biondo - MV, MSc, PhD. Professor de biologia molecular aplicada, zoonoses e medicina veterinária do coletivo, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Paraná (UFPR) abiondo@ufpr.br
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Brucelose no Brasil: alguém viu? Doença endêmica ou emergente Causadora de importantes prejuízos econômicos e sanitários, principalmente em rebanhos pecuários, a brucelose é uma zoonose negligenciada provocada por bactérias do gênero Brucella spp., que também acomete animais de companhia e é subnotificada em casos humanos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 1. O aumento do número de casos em pessoas tem sido uma preocupação na área de infectologia médica, principalmente devido ao pouco conhecimento da doença por profissionais da saúde e à sintomatologia inespecífica, culminando em uma falha no sistema de notificação graças às poucas informações sobre antecedentes epidemiológicos que justifiquem a suspeita 2. A positividade dos casos de brucelose em seres humanos se dá em três populações de risco distintas: profissionais de laboratórios envolvidos em acidentes, profissionais do manejo de bovinos e consumidores de produtos lácteos não pasteurizados 1,3. Em 2017, a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), por meio do Centro Pan-americano da Febre Aftosa (Panaftosa), concluiu o levantamento de zoonoses emergentes e endêmicas de importância e entregou-o aos ministérios da Saúde e da Agricultura de 33 países da América Latina e do Caribe, determinando que o impacto
se apresenta maior em populações negligenciadas 1,3. Desses, 31 países responderam aos questionamentos: Argentina, Bahamas, Barbados, Bermuda, Brasil, Bolívia, Ilhas Cayman, Chile, Colômbia, Cuba, República Dominicana, Equador, El Salvador, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname, Uruguai, Trinidad e Tobago, Ilhas Turcas e Caicos e Venezuela. A pesquisa mostrou que a brucelose é considerada uma das três zoonoses emergentes mais citadas pelos ministérios da saúde pesquisados e a principal zoonose endêmica citada pelos ministérios da Agricultura (Figura 1), demandando uma necessidade de integralização e alinhamento dos dois ministérios para realizar levantamentos epidemiológicos de zoonoses importantes 3.
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Figura 1 – Zoonoses citadas pelos ministérios da Saúde (barra azul) e da Agricultura (barra vermelha) de 31 países da América Latina, onde os números representam porcentagem das respostas. Fonte: Centro Pan-Americano de Febre Aftosa em países da América Latina e do Caribe 3
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Programas sanitários – PNCEBT Em junho de 2017, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) o “Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose (PNCEBT)” pela Instrução Normativa nº 10/2017 4 da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O programa havia sido atualizado recentemente por meio da Instrução Normativa nº 19 (revogada no final de 2016 5), e traz diretrizes na tentativa de diminuir e erradicar a doença. A vigência desse novo programa foi estabelecida após termo de cooperação técnica entre o Mapa e a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP), publicado no Diário Oficial da União em 1º de janeiro de 2003, processo nº 21.000.009. 003/2002-59, cujo objetivo contempla estudos epidemiológicos no âmbito do PNCEBT, como a caracterização da situação epidemiológica da brucelose e da tuberculose bovinas nas unidades federativas brasileiras (UF). Nesses estudos, foram considerados fatores e variáveis que pudessem estar associados à prevalência da doença nas unidades federativas. Dentre as variáveis analisadas, destacam-se: número de bovinos, sistema de exploração (carne, leite e misto), tipo de criação (confinado, semiconfinado, extensivo), uso de inseminação artificial, raças predominantes, número de vacas com idade superior a 24 meses, presença de outras espécies domésticas, presença de animais silvestres, destino da placenta e dos fetos abortados, compra e venda de animais, vacinação contra brucelose, abate de animais na propriedade, aluguel de pastos, pastos comuns com outras propriedades, pastos alagados, piquete de parição e assistência veterinária 6. O que de fato muda na nova revisão? A figura 2 representa a estratégia de atuação do PNCEBT baseada na classificação das unidades federativas (UF) quanto à prevalência em foco (um ou mais animais positivos por propriedade) e às ações executadas no combate a doença. Ou seja, a definição de procedimentos de defesa sanitária animal a serem adotados será: os estados que receberem a classificação E (prevalência desconhecida) deverão realizar estudos epidemiológicos para conhecerem sua prevalência, além de ser obrigatória a cobertura vacinal de 80% do rebanho; os classificados em D e C (prevalências conhecidas acima de 10% e entre 5 a 10% respectivamente) deverão realizar cobertura vacinal de 80% do rebanho até que a prevalência diminua; os classificados em B (prevalência entre 2 a 5%) deverão realizar cobertura vacinal de 80% do rebanho, saneamento obrigatório de focos detectáveis e vigilância epidemiológica para detecção de focos; e os classificados em A (prevalência abaixo de 2%) poderão ser livres de vacinação mas com saneamento obrigatório de focos detectáveis 28
Prevalência Focos (%)
<2 ≥2<5 ≥ 5 < 10 ≥ 10 Desconhecida
Classe
Nível __________________________ Inicial
A B C D E
0 0 0 0 0
Qualificação da execução das ações ___________________ Baixa 1 1 1 1 0
Média 2 2 2 2 0
Alta 3 3 3 3 0
Figura 2 – Tabela de classificação de risco para brucelose bovina e bubalina, sendo: E0 – risco desconhecido; D0, D1, D2 e D3 – risco alto; C0, C1, C2 e C3 – risco médio; B0, B1, B2 – risco baixo; B3, A0, A1 e A2 – risco muito baixo; A3 – risco desprezível. Fonte: Instrução Normativa nº 10 de 20 de junho de 2017/Mapa
e vigilância epidemiológica para detecção de focos 4. Outras alterações além dessa classificação 7 Outras alterações que foram feitas além dessa classificação devem ser mencionadas, como: 1. Ficará a encargo das Unidades Federativas a criação de Comissões Estaduais de Combate à Brucelose e à Tuberculose, que deverão auxiliar na criação de políticas públicas estaduais para a viabilização dos procedimentos de combate às doenças e na elaboração e manutenção de fundos para indenização do produtor rural cujos animais sejam abatidos devido ao diagnóstico; 2. A emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) para deslocamento interestadual de bovinos e bubalinos, qualquer que seja a finalidade e não só para a reprodução, será condicionada aos testes diagnósticos negativos, dependendo da Unidade Federativa a que o animal se destina. Apenas os estados classificados como risco muito baixo ou desprezível continuarão apresentando os testes apenas para animais destinados a reprodução; 3. A vacinação e a marcação nos animais também sofreram alterações, sendo a principal a utilização da vacina não indutora de anticorpos aglutinantes, Rb51, até mesmo em fêmeas jovens – o ponto mais crítico das alterações, pois, como já dito, os acidentes vacinais ainda são causa de brucelose humana. Ou seja, ainda que os estudos oriundos do Termo de Cooperação entre Mapa e USP tenham levado em consideração a presença de outras espécies domésticas coabitando com bovinos, nada foi incluído a esse respeito no novo PNCEBT. Diagnóstico epidemiológico Logo após a revisão e a publicação do novo PNCEBT, realizou-se em Castro, a maior bacia leiteira do Paraná, o
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evento Brucelose: Diagnósticos e Zoonoses, por uma demanda da Vigilância Sanitária do município devido ao aumento de notificação dos casos de brucelose na região. Vale lembrar que as notificações ganharam atenção após o estabelecimento do Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância em Saúde para Brucelose Humana no Estado do Paraná 8. Estados como Santa Catarina e Tocantins possuem protocolos semelhante ou em processo de finalização, respectivamente, demonstrando a importância do fluxograma (Figura 3) e do conhecimento real da dimensão da doença, além de nortear as ações dos profissionais da saúde para determinar a fonte de transmissão. Uma das maiores preocupações das secretarias municipais de Saúde é com a utilização da vacina Rb51 pelos profissionais das áreas de risco (descritas abaixo), visto que ela é formulada com uma amostra atenuada de Brucella abortus rugosa, originada de amostra lisa virulenta que sofreu mutação e sucessivas passagens. Por ser amostra rugosa, não induz à formação de anticorpos anti-LPS lisos, o que faz com que os testes sorológicos de rotina para Brucella sp., baseados na detecção desses anticorpos, não tenham sucesso 1. Com isso, o protocolo também não contempla espécies importantes para a saúde pública, como por exemplo a Brucella canis. Entre as ocupações e a exposição consideradas de risco, conforme o protocolo paranaense, estão: a) profissionais de manejo de animais vivos e abatidos: tratadores de animais, médicos veterinários e seus auxiliares, e agropecuaristas, entre outros; b) trabalhadores de frigoríficos, abatedouros e açougues, durante o abate e a manipulação de produtos de carnes e vísceras; c) trabalhadores de ordenha e fabricação de produtos lácteos e atividades assemelhadas; d) acidentes durante a aplicação de vacinas: por inoculação dérmica durante a aplicação da vacina animal ou con-
tato do líquido vacinal em mucosas; e) acidentes laboratoriais: manipulação de culturas de bactérias, aspiração de culturas e aerossóis, contato direto com a pele e conjuntivas; f) manipulação de material biológico por profissionais de saúde. Porém, o protocolo não inclui estudantes de medicina veterinária, embora diversas publicações tenham noticiado contaminação nessa população 9, o que leva à seguinte pergunta: por que não exigir certificação em todas as fazendas de universidades? O protocolo tampouco inclui controladores de espécies invasoras (caçadores), regulamentados pelo Ibama 10 como grupos de risco – apesar de nesse caso existirem esforços de pesquisadores da Embrapa no sentido de oferecer treinamento a essas pessoas para que possam se proteger. Brucelose canina Como já foi relatado anteriormente, temos dois problemas até aqui: programas sanitários que não englobam outras espécies domésticas; e protocolos de notificação de brucelose humana que não contemplam diagnóstico de bactérias de membrana rugosa, como a Brucella canis. Além disso, há relatos de sorologia positiva para Brucella abortus em cães, sendo a B. abortus a mais patogênica em se tratando do Brasil. Existem alguns estudos no Brasil referentes a brucelose canina, porém são escassos e descontinuados. A maioria são inquéritos sorológicos realizados em diferentes regiões, e embora o caráter zoonótico deva ser considerado, pouco se sabe sobre a transmissão de Brucella spp. dos cães para outros animais ou para o homem 11,12. Um grupo de trabalho da Universidade de São Paulo (USP) sob a coordenação do professor Fernando Ferreira vem retomando os estudos dessa e de outras zoonoses importantes. A responsável pelos inquéritos sorológicos
Reservatório silvestre Reservatório doméstico Contato direto da pele lesionada e mucosas com secreções de aborto, urina ou sangue de animais infectados e carcaças de animais mortos
Via inalatória” aerossóis, limpeza de estábulos, movimentação do gado e atividades em abatedouros
• Leite e derivados não pasteurizados • Acidentes vacinais
Homem
Ingestão de carne, sangue e medula óssea ou vísceras de animais infectados
Ingestão de vegetais contaminados por fezes e urina de animais infectados
Figura 3 – Modo de transmissão dos animais ao homem mostrando a aproximação entre reservatórios domésticos (bovinos, bubalinos, caninos, caprinos e ovinos) e silvestres, e as diversas formas de transmissão onde ingestão de leites/derivados não pasteurizados e acidentes vacinais são as mais comuns. Fonte: Protocolo de manejo clínico e vigilância em saúde para brucelose humana no Estado do Paraná, 2016 Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
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MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO
relacionados a brucelose é a médica veterinária Anaiá da Paixão Sevá, porém os resultados ainda são muito preliminares. O projeto chama-se Programa Cãoservação, e a população estudada é de cães domésticos e domiciliados, portanto em contato estreito com pessoas que adentram áreas de conservação, sendo o objetivo entender a transmissão de doenças entre as espécies 13. Considerações finais Todas essas considerações nos levam a pensar em como estamos distantes do controle dessa doença. O Brasil necessita de uma maior integração entre o Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) e o Ministério da Saúde (MS), bem como entre outros órgãos como o Ibama e a Embrapa, a fim de que as informações não se desencontrem e que estratégias de controle de doenças como a brucelose sejam bem estabelecidas. Precisamos urgentemente desenvolver novas metodologias de diagnóstico que detectem bactérias de membrana rugosa como a Rb51 e a Brucella canis, nesse último caso metodologias que sejam acessíveis às clínicas veterinárias para possibilitar uma maior interação com órgãos da saúde e confiança nas notificações. Referências 01-LAWINSKY, M. L. J. ; OHARA, P. M. ; ELKHOURY, M. R. ; FARIA, N. C. ; CAVALCANTE, K. R. L. J. Estado da arte da brucelose em humanos. Revista Pan-Amazônica De Saúde, v. 1, n. 4, p. 75-84, 2010. Doi: 10.5123/S2176-62232010000400012. 02-SBMT. Brasil registra aumento no número de casos de brucelose humana e por acidente vacinal. Sociedade Brasleira De Medicina Tropical. 2017. Disponível em: <http://www.sbmt.org.br/portal/brazil-records-increase-in-numberof-human-brucellosis-cases-due-to-vaccine-accident/>. 03-MAXWELL, M. J. ; CARVALHO, M. H. F. ; HOET, A. E. ; VIGILIATO, M. A. N. ; POMPEI, J. C. ; COSIVI, O. ; VILAS, V. J. R. Building the road to a regional zoonoses strategy: a survey of zoonoses programmes in the Americas. Plos One, v. 12, n. 3, p. 119, 2017. Doi: 10.1371/Journal.Pone.0174175. 04-Brasil. Instrução normativa SDA nº 10, de 3 de março de 2017. Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose. 2017. Disponível em: <http://www.adapar.pr.gov.br/arquivos/File/GSA/PECEBT/IN_SD A_10_2017_PNCEBT.pdf>. 05-Brasil. Instrução normativa nº 19, de 10 de outubro de 2016. Programa Nacional De Controle E Erradicação De Brucelose E Tuberculose. 2016. Disponível em: <http://www.lex.com.br/legis_27212693_INSTRUCAO_NORMATIVA_N_19_DE_10_DE_OUTUBRO_DE_2016.aspx>. 06-POESTER, F. ; FIGUEIREDO, V. C. F. ; LÔBO, J. R. ; GONÇALVES, V. S. P. ; LAGE, A. P. ; ROXO, E. ; MOTA, P. M. P. C. ; MÜLLER, E. E. ; FERREIRA-NETO, J. S. Estudos de prevalência da brucelose bovina no âmbito so Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose: introdução. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 61, n. 1, p. 1-5, 2009. Doi: 10.1590/S0102-09352009000700001. 07-Mapa. Tb4 – Medidas Sanitárias. Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal. 2017. Disponível em:
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<http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/brucelose-e-tuberculose/tb-4-medidas-sanitarias.pdf/view>. 08-PARANÁ. Resolução Sesa nº 084/2016. Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância em Saúde para brucelose humana no Estado do Paraná. Secretária Da Saúde, Paraná, 2016. Disponível em: <http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/Resolucoes2016/084_1 6.pdf>. 09-PIMENTA, I. Dezenas de alunos foram contaminados por brucelose na Universidade Nacional de Assunção, no Paraguai. Notícias Agrícolas, 2017. Disponível Em: <https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/boi/200868-dezenas-de-alunos-foramcontaminados-por-brucelose-na-universidade-nacional-de-assuncao-no-paraguai.html>. 10-IBAMA. Instrução normativa nº 03/2013, De 31 de janeiro fe 2013. Decreta a nocividade do javali e dispõe sobre o seu manejo e controle. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). 2013. – Disponível em: <http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/fauna/2014/07/IN_Ibama_03_ 2013.pdf>. 11-AGUIAR, D. M. ; CAVALCANTE, G. T. ; VASCONCELLOS, S. A. ; MEGID, J. ; SALGADO, V. R. ; CRUZ, T. F. ; LABRUNA, M. B. ; PINTER, A. ; DA SILVA, J. C. R. ; MORAES, Z. M. ; CAMARGO, L. M. A. ; GENNARI, S. M. Ocorrência de anticorpos anti-Brucella abortus e anti-Brucella canis em cães rurais e urbanos do Município de Monte Negro, Rondônia, Brasil. Ciência Rural, v. 35, n. 5, p. 1216-1219, 2005. Doi: 10.1590/S010384782005000500039. 12-DORNELES, E. M. S. ; SANTOS, H. ; MINHARRO, S. ; NASCIMENTO-ROCHA, J. M. ; MATHIAS, L. A. ; DASSO, M. G. ; TIENSOLI, C. D. ; HEINNEMAN, M. B. ; LAGE, A. P. Anticorpos anti-Brucella canis e anti-Brucella abortus em cães de Araguaína, Tocantins. Brazilian Journal Of Veterinary Research And Animal Science, v. 48, n. 2, p. 167-171, 2011. Doi: 10.11606/S1413-95962011000200010. 13-Programa Caoservação. 2016. Disponível em: <http://caoservacao.wixsite.com/caoservacao>. Meila Bastos de Almeida - mestre pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Paraná – UFPR e analista em biotecnologia no Instituto de Tecnologia do Paraná – Tecpar meilaba@tecpar.br
João Henrique Perotta - MV, MSc, PhD. Professor de Clínica de Equídeos, Departamento de Medicina Veterinária – UFPR. perotta@ufpr.br
Alexander Welker Biondo - MV, MSc, PhD. Professor de biologia molecular aplicada, zoonoses e medicina veterinária do coletivo, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Paraná (UFPR) abiondo@ufpr.br
Ivan Roque Barros Filho - MV, MSc, PhD. Professor de Clínica Médica Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária – UFPR. ivanbarf@ufpr.br
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SAÚDE PÚBLICA
https://vetagenda.com/evento/brasileish-2018/
A
XVIII Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina
tualmente, estão em evidência projetos que envolvem a vacinação coletiva contra leishmaniose visceral canina. Porém, não há estudos concluídos que sustentem tais projetos. Os resultados favoráveis comprovados por pesquisas para o controle da leishmaniose visceral canina estão relacionados ao uso de coleiras impregnadas com repelentes. Entretanto, há em andamento
estudos vacinais que poderão respaldar estratégias de saúde pública. Esse tema será apresentado durante o XVIII Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina, bem como outros de grande importância. O evento conta ainda com a participação da dra. Maria Grazia Pennizi, da Itália, integrante do grupo europeu de estudos de leishmanioses, o Leishvet.
Local: Belo Horizonte, MG – Auditório da Escola de Veterinária da PUC – Rua Sergipe, 790 – Savassi – Praça da Liberdade
10/11/2018 – Saúde Única PRA VALER! 08h30 – 09h00 Abertura – Anclivepa Brasil, Anclivepa MG, Brasileish, CRMV-MG, CFMV, MAPA, MS. Coordenador: dr. Manfredo Werkauser (Brasileish) 09h00 – 09h40 Saúde Única e a leishmaniose animal. Posicionamento do CFMV – dr. Nélio Batista de Morais (CFMV) Coordenador: dr. Vitor Márcio Ribeiro (Brasileish) 10h10 – 10h50 Aspectos epidemiológicos das leishmanioses tegumentar e visceral no Brasil. Distribuição humana e o papel dos reservatórios – Célia Maria Ferreira Gontijo (Fiocruz – Belo Horizonte) Coordenador: dr. Sydnei Magno (Brasileish) 10h50 – 11h30 Panorama da leishmaniose no continente europeu. Ações de controle e investigação de novos reservatórios – dra. MariaGrazia Pennizi (Leishvet – Itália). Coordenador: dr. Octavio Estevez (Brasileish) 11h30 – 12h00 Palestra do patrocinador 13h30 – 14h10 Medidas de controle da população canina. Uma experiência de dez anos na cidade de Salvador – dr. Augusto Angelim – Bahia. Coordenador: dr. André Luis Soares da Fonseca (Brasileish) 14h10 – 14h50 É melhor prevenir do que remediar! Atualidades sobre o controle dos flebotomíneos e outros vetores – dr. Filipe Dantas Torres (Fiocruz Pernambuco). Coordenadora: dra. Ingrid Menz (Brasileish) 15h20 – 16h00 Vacinação contra LVC no Brasil. Individual e coletiva: resultados encontrados – dr. Francisco Anílton (autônomo). Coordenador: dr. Manfredo Werkauser (Brasileish) 16h00 – 16h40 Medicina do coletivo frente a LVC. A popularização do tratamento e novas ferramentas públicas de controle – palestrante a confirmar. Coordenador: dr. Filipe Dantas Torres (Brasileish) 16h40 – 17h00 Palestra do patrocinador 17h00 – 18h00 Mesa redonda com todos os palestrantes
11/11/2018 – O dia a dia da clínica veterinária na leishmaniose visceral canina 08h00 – 08h50 Leishmaniose felina. Semelhanças e diferenças I. Aspectos clínicos e diagnóstico – dra. Maria Grazia Pennizi (Leishvet – Itália). Coordenador: dr. Antonio Rodriguez (Brasileish) 08h50 – 9h30 Leishmaniose felina. Semelhanças e diferenças II. Tratamento e controle – dra. Maria Grazia Pennizi (Leishvet – Itália). Coordenador: dr. Paulo Tabanez (Brasileish) 10h00 – 10h50 Discrasias sanguíneas na LV – dr. Paulo Tabanez (Brasileish). Coordenador: dr. André Luis Soares da Fonseca (Brasileish) 10h50 – 11h40 Congruências e incongruências no diagnóstico da LVC. Abordagem de casos. Vacinação e diagnóstico – dr. Vitor Márcio Ribeiro (Brasileish). Coordenador: dr. Paulo Tabanez (Brasileish) 11h40 – 12h00 Palestra do patrocinador 13h30 – 14h10 Avaliação da infectividade canina. Como o clínico pode acompanhar? – dr. Filipe Dantas Torres (Fiocruz Pernambuco). Coordenador: dr Vitor Márcio Ribeiro (Brasileish) 14h10 – 14h50 Estadiamento e tratamento da LVC no Brasil. Panorama atual – dr. Fábio Nogueira (Brasileish) Coordenador: dr. Sydnei Magno (Brasileish) 15h20 – 16h00 Nefroproteção e manejo terapêutico das nefropatias na LVC – Júlio Cambraia Veado Coordenador: dr. Fábio dos Santos Nogueira (Brasileish) 16h00 – 16h40 Apresentação da portaria interministerial (Ministério da Saúde/MAPA) – dr. Francisco Edilson e dr. Lucas Donato. Coordenador: dr. Antonio Rodriguez (Brasileish) 16h40 – 17h00 Palestra do patrocinador 17h00 – 18h00 Mesa redonda com os palestrantes do dia e encerramento
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PESQUISA
Exportação de vacina contra dengue
O
Instituto Butantan conseguiu patentear nos Estados Unidos o processo de produção da vacina contra a dengue, que atualmente está na última fase dos testes em seres humanos necessários para que o imunizante possa ser disponibilizado à população. A patente foi conferida em maio pelo Escritório Americano de Patentes e Marcas (United States Patent and Trademark Office – USPTO). Além de garantir visibilidade internacional ao projeto, a conquista pode significar uma inversão da lógica tradicional de importar tecnologia de países desenvolvidos, segundo comunicado distribuído pela assessoria de imprensa do Butantan. “Desta vez, será o instituto que poderá exportar a tecnologia para o hemisfério norte, que também vem enfrentando casos de dengue e demandará a vacina contra a doença. Há uma corrida entre pesquisadores ao redor do mundo para desenvolver uma vacina segura e eficaz, que possa ser produzida em larga escala. O Instituto Butantan, com a patente conferida nos Estados Unidos, deu um passo fundamental para se estabelecer na vanguarda do processo”, diz a nota. Desde o início, o projeto da vacina contra a dengue teve investimento total de R$ 224 milhões oriundos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Fundação Butantan e do Ministério da Saúde. A terceira fase do estudo clínico, que começou em 2016,
está sendo realizada em 14 centros de pesquisa clínica, distribuídos em cinco regiões do país, e envolverá até o final 17 mil voluntários. O objetivo nessa etapa é comprovar a eficácia do imunizante em proteger os seres humanos contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. Ainda não há data definida para a conclusão dos testes. Dados preliminares indicam que a vacina do Butantan é segura para pessoas de 2 a 59 anos, inclusive as que nunca tiveram a doença anteriormente, induzindo o organismo a produzir anticorpos de maneira equilibrada contra os quatro sorotipos. Terminada esda etapa, o pedido de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) poderá ser feito. “A patente obtida nos Estados Unidos demonstra o nível de excelência do Instituto Butantan, no panorama internacional, comparável aos melhores centros do mundo, graças à competência demonstrada no desenvolvimento dessa vacina. É mais um passo importante no processo de internacionalização do instituto”, disse Dimas Tadeu Covas, diretor do Instituto Butantan. Um dos grandes avanços do Butantan no desenvolvimento da vacina foi a formulação liofilizada, que garante a estabilidade necessária para manter os vírus vivos em temperaturas não tão frias, permitindo seu armazenamento em sistemas de refrigeração comum, como geladeiras, além de aumentar o período de validade da vacina (um ano).
Fontes: Agência Fapesp – http://agencia.fapesp.br/butantan-obtem-patente-para-producao-da-vacina-contra-dengue-nos-eua/28036/ SP Saúde – http://www.portaldenoticias.saude.sp.gov.br/vacina-contra-dengue-ganha-patente-nos-estados-unidos/
http://www.inrio.vet.br
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PESQUISA
Combate à leishmaniose com nanotecnologia
D
do pela indústria farmacêutica em outros medicamentos. O silicone é biocompatível e um facilitador da interação do medicamento com a pele porque reduz a tensão superficial, melhorando a espalhabilidade e a permeabilidade dos componentes da formulação através das células epiteliais e também promovendo a entrega do fármaco em camadas mais profundas da pele. A formulação inicial passou por dois testes principais no IPT: o de liberação e o de permeação cutânea. O primeiro comparou o perfil de liberação do fármaco encapsulado na pele com o fármaco livre, utilizado nas doses injetáveis do tratamento atual. Resultado: ao passo que o fármaco livre é liberado de uma só vez, tendo uma atuação por tempo limitado no organismo, o nanocarreador promove uma liberação sustentada, que cresce ao longo do tempo. “Isso pode indicar que, no caso do uso de uma pomada, por exemplo, o paciente poderia fazer um curativo e deixar o medicamento agir na ferida por um tempo mais prolongado, sem a necessidade de reaplicação recorrente da dose”, afirma a técnica. O desafio no segundo teste era entender se o fármaco encapsulado e de forma tópica conseguiria passar pelo estrato córneo da pele, camada que recobre a epiderme (onde está o protozoário). Para tal, a formulação foi aplicada em uma membrana animal semelhante à pele humana.
Tecnologia A pesquisa desenvolvida por Thais visa a criação de um medicamento para uso tópico (pomada ou creme) que possa ser aplicado pelo próprio paciente. A tecnologia é baseada no uso de nanocarreadores poliméricos coloidais, sistemas capazes de levar medicamentos diretamente até o local do organismo onde devem agir, construídos em uma escala de tamanho de 1 nanômetro – ou 1 bilionésimo de metro. “Essas nanoestruturas são formadas por polímeros biodegradáveis que carregam, como uma cápsula, o medicamento até o foco da doença, ou seja, o protozoário hospedado na pele”, explica Thais. “O grande diferencial do projeto é o uso de um açúcar, a maltodextrina, para o carreamento do antimoniato de meglumina”. Thais conta que a tecnologia funciona como uma espécie de “cavalo de Tróia”. Isso porque o protozoário, alojado na epiderme, apresenta receptores em sua parede celular que reconhecem moléculas de glicoconjugados produzidas a partir de açúcares recebidos pelas células. “O uso da maltodextrina faz com que o medicamento atinja preferencialmente as células infectadas, porque o colocamos dentro de uma molécula que o parasita necessita em seu metabolismo. Em tese, o açúcar iria preferencialmente para as células que o estão demandando mais”, explica a técnica. Outra inovação do projeto está no fato de ela basear-se em uma dispersão inversa em que nanoestruturas hidrofílicas estão envoltas em um silicone biodegradável, já utiliza34
Arquivo IPT
e 700 mil a 1,2 milhão: gira em torno desses números os novos casos de leishmaniose tegumentar registrados anualmente no mundo, segundo a Drugs for Neglacted Diseases initiative (DNDi) – http://www.dndi.org/, concentrados sobretudo em uma lista de nove países da África e América do Sul – incluindo o Brasil. Um estudo realizado no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) busca o desenvolvimento de um novo medicamento para combate à doença, que se utiliza da tecnologia de nanocarreadores para elaborar um tratamento tópico, menos invasivo e mais eficiente aos pacientes, além de menos dispendioso aos serviços públicos de saúde. Fruto dos resultados do mestrado profissional desenvolvido pela técnica Thais Aragão Horoiwa, do Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas do IPT – http://goo.gl/j9Mvqm, as pesquisas já renderam uma patente para o Instituto e, atualmente, a formulação inicial do medicamento passa por testes pré-clínicos no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).
Imagem de microscopia eletrônica dos nanocarreadores poliméricos coloidais de maltodextrina contendo antimoniato de meglumina
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“O fármaco encapsulado não apenas penetra nas camadas mais profundas da pele, como se mantém mais concentrado do que o medicamento livre. Apesar de uma parte considerável ficar retida no estrato córneo, também consideramos o fato de que, quando a doença está instalada, observam-se feridas onde essa camada superior não está mais presente. Como o medicamento seria aplicado diretamente na epiderme, espera-se que a eficiência seja ainda maior”, avalia ela. Segundo Thais, os ensaios de permeação cutânea também mostraram que o fármaco não chegaria à corrente sanguínea mesmo estando encapsulado em uma estrutura nanométrica, ficando retido preferencialmente nas camadas da pele. Em termos práticos, isso significa que a chance de haver efeitos colaterais é muito menor. Desenvolvimento A formulação criada no IPT passa, agora, por testes preliminares no ICB-USP, cujo principal objetivo é avaliar a eficiência dos nanocarreadores contra o protozoário em animais. Embora o antimoniato de meglumina tenha ação efetiva comprovada no tratamento, é preciso entender como o sistema de nanocarreamento elaborado no IPT traz ganho em comparação com a terapêutica atual. “Nessa fase, procuramos observar o efeito tóxico do composto diretamente contra o parasita in vitro”, explica Mauro Javier Cortez Veliz, pesquisador do Departamento de Parasitologia do ICB. “Inicialmente estamos trabalhando com a Leishmania amazonensis,
causadora de dois tipos de leishmaniose cutânea, mas a ideia é realizar testes em diferentes espécies e entender a eficácia da droga em combatê-las”. Testes de citotoxicidade, ou seja, que garantam que o medicamento não afetará de forma agressiva também as células saudáveis, são o último passo para comprovar a eficácia do fármaco. “Em caso de sucesso nos testes, a metodologia principal será a realização de testes em modelo animal, em que será possível comprovar efetivamente a eficácia do tratamento tópico através dos nanocarreadores coloidais. Analisaremos o curso de infecção e verificaremos a quantidade de parasita (carga parasitária) na lesão do animal após o tratamento”, explica Veliz. A partir daí, a evolução dependeria, sobretudo, de uma parceria com alguma indústria farmacêutica – etapa em que seria possível melhorar a formulação inicial do medicamento, estudar a viabilidade financeira de sua produção e realizar testes finais em animais e humanos para a disponibilização do fármaco no mercado. Embora a tecnologia seja promissora e cerca de 1 milhão de novos casos de leishmaniose cutânea sejam computados por ano no mundo, ainda assim o medicamento deve encontrar entraves para se tornar realidade no Brasil. Isso porque a enfermidade faz parte do rol das chamadas doenças negligenciadas: tropicais, endêmicas, e concentradas em populações de baixa renda de países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento da Ásia, África e América Latina.
Fonte: IPT – http://www.ipt.br/noticia/1353-combate_a_leishmaniose.htm
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Ortopedia Deformidades angulares de esqueleto apendicular em cães – revisão Angular appendicular skeletal deformities in dogs – review Desvíos angulares de los miembros en perros – revisión Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, p. 38-47, 2018
Fernando B. da Silva Sobrinho
Resumo: Desvios angulares e rotacionais dos membros locomotores são condições ortopédicas comuns em cães. Essas deformidades são mais comumente descritas em rádio e ulna de animais da espécie canina, tendo como principal etiologia o traumatismo local, levando à interrupção do crescimento da ulna, ao tempo em que o rádio continua o crescimento. Esta revisão busca mostrar a importância do planejamento cirúrgico nas deformidades angulares, por meio da metodologia do centro de rotação da angulação (Cora), bem como da aplicação das principais técnicas de osteotomias corretivas. As osteotomias corretivas e a fixação de seus fragmentos são técnicas de tratamento relativamente complexas e eficientes na correção de desvios angulares e rotacionais. Unitermos: cirurgia, ortopedia, diagnóstico, osteotomia
MV, residente FMVZ/Unesp-Botucatu fernando-medvet@hotmail.com
Durval Baraúna Júnior MV, mestre, dr., prof. adj. Univasf-Petrolina durvalbarauna@hotmail.com
Cássia Regina Oliveira Santos Médica veterinária HVU/Univasf-Petrolina cassia.santos@univasf.edu.br
Luis Gustavo G. Gonçalves Dias MV, mestre, dr., prof. assist. FCAV/Unesp-Jaboticabal gustavogosuen@gmail.com
Matheus Pinho de Carvalho Xisto MV, aluno de mestrado Univasf-Petrolina matheus.xisto@yahoo.com.br
Bruno Martins Araújo MV, mestre, dr. HVU/UFPI-Teresina bmaraujo85@hotmail.com
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Abstract: Angular and rotational limb deformities are common orthopedic disorders in dogs. These deformities are more commonly seen in the radius and ulna of dogs. The leading cause is local trauma to the distal growth plates of these bones, resulting in interruption of ulnar growth with continued radius growth. Corrective osteotomies with adequate bone fixation are relatively complex but highly successful techniques in the treatment of angular and rotational deviations. This review highlights the importance of surgical planning using the angular rotation center (Cora) methodology in the treatment of angular deformities. Main techniques of corrective osteotomies are reviewed. Keywords: surgery, orthopedics, diagnosis, osteotomy Resumen: Los desvíos angulares y rotacionales de los miembros locomotores son condiciones ortopédicas comunes en los perros. Estas deformaciones se describen con mayor frecuencia en radio y ulna y su origen más común es el trauma local, que provoca la interrupción en el crecimiento del cubito mientras el radio continúa su proceso de crecimiento normal. Esta revisión de la literatura pretende mostrar la importancia del manejo quirúrgico de los desvíos angulares a través del uso del centro de rotación del ángulo (Cora), así como también la aplicación de las osteotomías correctivas. Este tipo de osteotomías y la fijación de los fragmentos son técnicas de relativa complejidad, siendo eficientes para la corrección de los desvíos angulares y rotacionales. Palabras clave: cirugía, ortopedia, diagnóstico, osteotomía
Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
Fernando B. S. Sobrinho
Introdução As deformidades angulares e rotacionais (DARs) são consideradas afecções cirúrgicas complexas na medicina veterinária de pequenos animais. As deformidades anatômicas de crescimento do antebraço são os tipos mais comuns de deformidades no cão. Existe um fator genético associado às raças com deformidades específicas, tais como valgo do carpo em springer spaniels inglês e genu valgum em dogue alemão, além de deformidades de crescimento herdadas, como as que têm sido relatadas na raças labrador retriever, basset hound, bulldog inglês e dachshund 1. As deformidades podem ser descritas como angulares (flexão), rotacionais (torção) ou a combinação de ambas, sendo caracterizadas como focal ou multifocal (Figura 1) e afetando significativamente toda a extensão óssea 1. Normalmente, os sinais clínicos nos pacientes com fechamento prematuro parcial ou completo das fises incluem claudicação, membro encurtado, deformidade angular, valgo (que é a angulação lateral do segmento distal do osso) ou varo (angulação medial do osso), rotação, desconforto, crepitação e amplitude de movimento restrita 2.
Figura 1 – Desenho esquemático ilustrando deformidades radiais multifocais em membro torácico de animal da espécie canina. Mensurações dos Coras do rádio
http://www.naus.vet.br Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
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Neurologia Trauma medular agudo: fisiopatologia e opções terapêuticas – revisão Acute spinal cord injury: pathophysiology and therapeutic options – review Trauma medular agudo: fisiopatología y opciones terapéuticas – revisión Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, p. 48-58, 2018
Thyara Caroline Weizenmann MV, aluna de mestrado UFPR thyarac@hotmail.com
José Fernando Ibãnez MV, dr., prof. adj. UFPR ibanez@ibanez.net.br
Resumo: O trauma medular pode resultar em incapacidade motora permanente, e seu tratamento ainda permanece um desafio. A lesão medular aguda inicia a sequência de eventos vasculares, bioquímicos e inflamatórios que ocasionam o desenvolvimento de lesões teciduais secundárias em diferentes tecidos, levando à destruição progressiva do tecido neuronal, com consequências frequentemente irreversíveis às funções motora e sensorial do paciente. Alguns estudos fizeram aumentar a compreensão dos mecanismos envolvidos na lesão medular aguda, e apesar de décadas de pesquisas objetivando a recuperação funcional e a qualidade de vida dos pacientes, o tratamento para essa condição ainda é frustrante. O presente artigo tem como objetivo compilar informações acadêmicas sobre a fisiopatologia e as principais propostas terapêuticas para trauma medular agudo. Unitermos: neurologia, lesões, traumatismo, espinhal, tratamento Abstract: Spinal cord trauma can result in permanent disability and its treatment remains a challenge. Spinal cord injury triggers a sequence of vascular, biochemical and inflammatory events that result in the development of secondary tissue lesions. The secondary injury leads to progressive destruction of neuronal tissue with frequently irreversible consequences to the patient’s motor and sensory functions. Studies have increased the understand of the mechanisms of spinal cord injury. But despite decades of research aiming at functional recovery and improved quality of life of patients, treatment for this condition is still frustrating. This article compiles academic information on pathophysiology and main therapeutic approaches for spinal cord injury. Keywords: neurology, injuries, trauma, spinal cord, treatment Resumen: El trauma medular puede llevar a una incapacidad motora permanente y su tratamiento aún representa un desafío. La lesión medular aguda gatilla una secuencia de eventos vasculares, bioquímicos e inflamatorios que ocasionan lesiones secundarias en diferentes tejidos, y que llevan a la destrucción progresiva del tejido nervioso, con consecuencias generalmente irreversibles en cuanto a las funciones motora y sensorial del paciente. Algunos estudios permitieron mejorar la comprensión de los mecanismos relacionados con la lesión medular aguda y, a pesar de que han pasado décadas realizándose investigaciones sobre la recuperación funcional y la calidad de vida de los pacientes, el tratamiento para esta patología es frustrante. El objetivo del presente trabajo fue recopilar informaciones académicas sobre la fisiopatología y las principales propuestas terapéuticas del trauma medular agudo. Palabras clave: neurología, lesiones, traumatismo, espinal, tratamiento
Introdução Lesões à coluna vertebral e à medula espinhal compõem desordens neurológicas que comprometem funções motoras, sensitivas e autonômicas, implicando situações que podem levar à perda permanente da função neurológica 1. As opções atuais de tratamento para lesão medular aguda incluem intervenções cirúrgicas para a estabiliza48
ção e a descompressão medular e cuidados de reabilitação. O objetivo do tratamento é permitir a recuperação neurológica em casos em que a magnitude da lesão primária esteja abaixo do limiar que a torne irreversível 2. Dentre as enfermidades consideradas no diagnóstico diferencial para lesão medular aguda em cães e gatos, destacam-se: extrusão do disco intervertebral, fraturas,
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luxações e subluxações da coluna vertebral e infarto medular por embolismo fibrocartilaginoso 3,4. O diagnóstico das afecções neurológicas baseia-se na resenha, na anamnese, nos sinais clínicos e nos achados dos exames neurológico e de imagem 5. Os sinais clínicos associados ao trauma medular são agudos e geralmente não progressivos 6. As alterações neurológicas, as consequências e o prognóstico variam de acordo com a localização e a intensidade da lesão 4,7. A presença de nocicepção está consistentemente correlacionada ao bom prognóstico em pacientes com trauma medular agudo. A ausência de nocicepção decorrente de lesão concussiva externa apresenta pior prognóstico quanto ao retorno da função motora, quando comparada com lesões compressivas e a presença de déficits neurológicos parciais 6. Fisiopatologia do trauma medular A fisiopatogenia do trauma medular agudo compreende mecanismos de injúrias primárias e secundárias. O evento primário é decorrente de forças que causam danos mecânicos, como interrupção anatômica, compressão, concussão e isquemia 6-10. Envolve a ruptura e o esmagamento de elementos neuronais e vasculares, resultando em desestabilização mecânica das vias neurais 1,8,9. A interrupção anatômica do parênquima da medula espinhal consiste na laceração física do tecido nervoso (total ou parcial), ocorrendo em casos de fraturas, luxações e subluxações vertebrais 7,9. A compressão decorre da presença de material no interior do canal medular, que causa pressão anormal no parênquima medular, por protusão ou extrusão do disco intervertebral 7,9,11. A concussão é consequência do impacto medular agudo, com ou sem
compressão residual, que pode levar à destruição progressiva do tecido nervoso 7,9, considerada a forma mais severa de injúria medular 6. O prognóstico de pacientes com trauma medular grave (paraplegia sem nocicepção) causado por trauma externo é significativamente pior quando comparado com o de pacientes com extrusão aguda do disco intervertebral 6. A isquemia caracteriza-se por interrupção sanguínea arterial para a medula espinhal 12, relacionada à perda do aporte sanguíneo no segmento medular lesionado. A extensão do processo isquêmico depende da severidade da lesão, sendo de caráter progressivo 13 e potencialmente irreversível 14. Após a lesão primária, ocorre a deflagração da cascata de eventos destrutivos que expandem a zona de lesão do tecido neuronal, levando à perda da integridade do tecido não comprometido e à exacerbação dos déficits neurológicos 15. Alterações celulares, focais e sistêmicas caracterizam as lesões secundárias, resultando em deterioração funcional e comprometimento da integridade estrutural da medula espinhal 9,16 (Figura 1). A cascata de lesões secundárias ativa células inflamatórias como macrófagos, células T, micróglia e neutrófilos 17, que infiltram a lesão por comprometimento da integridade vascular 1. Essas células desencadeiam a liberação de citocinas inflamatórias, fator de necrose tumoral (TNF-α), interleucina (IL), com pico de 6 a 12 horas após a lesão 18, e contribuem para o processo apoptótico 19. Além disso, as disfunções metabólicas severas, caracterizadas por intensa despolarização das membranas celulares e pela liberação de glutamato 20, resultam em diminuição da regeneração axonal e morte de neurônios em locais adjacentes ao epicentro da injúria 21. O epicentro da
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Dermatologia Avaliação dos efeitos do uso do oclacitinib sobre o escore de prurido segundo as escalas quantitativa linear e qualitativa de Yazbek-Larsson em cães com dermatite atópica atendidos no Serviço de Dermatologia da FMVZ/USP Effects of oclacitinib on pruritus score of dogs with atopic dermatitis seen by the dermatology service of the School of Veterinary Medicine and Animal Sciences of the University of São Paulo (FMVZ/USP), Brazil Evaluación de los efectos del uso del oclacitinib sobre la puntuación de prurito según escalas cuantitativa lineal y cualitativa de Yazbek-Larsson en perros con dermatitis atópica atendidos en el servicio de dermatología de la FMVZ/USP, Brasil Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, p. 60-72, 2018 Leandro Haroutune H. Galati MV, residente Hovet/VCM/FMVZ/USP leandroharoutune@gmail.com
Carlos Eduardo Larsson Júnior MV, mestre dermatovet@yahoo.com.br
Alexandre Merlo MV, mestre Zoetis Ind. de Prod.Vet. Ltda. alexandre.merlo@zoetis.com
Carlos Eduardo Larsson MV, mestre, dr., prof. tit. VCM/FMVZ/USP larsderm@hotmail.com
Resumo: A dermatite atópica canina ganha destaque mundial pela alta incidência e recentes descobertas sobre sua complexa fisiopatogenia. Este estudo avaliou os efeitos da terapia com oclacitinib a sobre o escore de prurido de 20 cães com dermatite atópica, diagnosticados com estritos critérios de exclusão, em três momentos (dias 0, 14 e 28), segundo escalas quantitativa e qualitativa, na óptica dos proprietários. A terapia via oral reduziu em mais de 50% a intensidade do prurido em 85% dos cães, em doses de 0,4 a 0,6 mg/kg a cada 12 horas. O uso da mesma dose a cada 24 horas mostrou que 80% dos animais obtiveram redução do prurido, em média de 44%. Não houve reações adversas ao uso do ativo nos 28 dias de avaliação. O oclacitinib a mostrou ser eficiente no tratamento de cães com dermatite atópica, com altos índices de redução de prurido em ambas as posologias, sobretudo no uso a cada 12 horas. Unitermos: caninos, dermatologia, atopia, janus quinase Abstract: Canine atopic dermatitis gains worldwide attention due to its high incidence, and to recent discoveries about its complex pathophysiology. This study evaluated the effects of oclacitinib a on pruritus scores of 20 dogs with atopic dermatitis. Levels of pruritus described by owners were diagnosed based on strict exclusion criteria, at 3 moments (days 0, 14 and 28), by quantitative and qualitative scales. In 85% of the dogs, oral administration of 0.4 - 0.6 mg/kg twice daily resulted in more than 50% reduction in pruritus level. The same dose once daily reduced pruritus in 80% of the animals, being 44% the average reduction. None of them presented adverse reactions during the 28 days of evaluation. Oclacitinib a has shown efficiency in the treatment of dogs with atopic dermatitis, with high rates of pruritus reduction in both dosages, especially when used every 12 hours. Keywords: canine, dermatology, atopy, janus kinase Resumen: La dermatitis atópica canina tiene destaque mundial por su alta incidencia y recientes descubrimientos acerca de su compleja fisiopatogenia. El presente estudio evaluó los efectos de la terapia con oclacitinib a sobre la puntuación de prurito de 20 perros con dermatitis atópica diagnosticada en base a estrictos criterios de exclusión, en tres momentos (días 0, 14 y 28), según escalas cuantitativa y cualitativa, en la observación del propietario. La terapia redujó en más de un 50% la intensidad del prurito en el 85% de los perros cuando se utilizó la dosis de 0,4-0,6 mg/kg cada 12 horas por vía oral. El uso de la misma dosis cada 24 horas mostró reducción del prurito en el 80% de los animales, con reducción média de el 44%. Ninguno de los perros presentó efectos adversos con el uso del principio activo durante la prueba de 28 días. El oclacitinib a mostró ser eficiente para el tratamiento de perros con dermatitis atópica, con altos índices de reducción de prurito en ambas posologías, sobre todo cuando del uso cada 12 horas. Palabras clave: caninos, dermatología, atopia, janus quinasa
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Introdução A dermatite atópica canina é uma das dermatopatias mais frequentes na clínica médica de pequenos animais 1. Pressupõe-se que acometa entre 3 e 15% da população canina, embora a real ocorrência dessa enfermidade seja desconhecida 2. A dermatite atópica canina é definida como uma afecção cutânea com predisposição genética de natureza alergoinflamatória de manifestações clínicas características, associada à produção de anticorpos IgE, mais comumente direcionados contra alérgenos ambientais 3. O diagnóstico é estabelecido por meio dos dados da resenha, pelas manifestações clínicas e, finalmente, pela exclusão de outras dermatopatias pruriginosas 4. Um conjunto de critérios propostos, denominados critérios de Favrot 5, objetiva auxiliar o diagnóstico da dermatite atópica canina. São eles: 1. início dos sintomas até os três anos de idade; 2. pacientes que vivem a maior parte do tempo em ambiente intradomiciliar; 3. prurido responsivo a corticoides;
4. prurido sine materia (alesional); 5. acometimento lesional dos membros torácicos; 6. acometimento lesional dos pavilhões auriculares; 7. bordas dos pavilhões auriculares não acometidos; 8. região dorsolombar preservada. Os critérios de Favrot 5 mostram sensibilidade de 85% para os casos em que cinco, dentre os oito critérios, estejam presentes, e especificidade de 79%. A especificidade aumenta para 89% nos casos em que seis dos oito critérios sejam evidenciados 1. Devemos lembrar, porém, que esses critérios não são, como sempre, absolutos. Aproximadamente um em cada cinco casos (20%) pode não ser diagnosticado se esses parâmetros forem aplicados de forma estrita. No entanto, com a adequada exclusão de ectoparasitoses e das infecções cutâneas, a especificidade desses critérios aumenta significativamente. Finalmente, é importante ter em mente que, nos estágios iniciais da dermatite atópica, as lesões podem não ser observadas na sua topografia característica, e o prurido pode estar presente sem lesões observáveis 6.
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Dermatologia
Identificação RG FMVZ/USP: Sexo:_____________ SRD CRD: ___________ Idade: ____________ Peso: _____________ Data: ______________
Favrot (2010)
Caso Nº
Início antes dos 36 meses de idade Vivem ambiente intradomiciliar Responsivo a corticoides Prurido “sine materia” Afeta MTs Afeta pavilhões Poupa borda dos pavilhões Poupa dorso
_________
Dia 0 – Pré-tratamento Observação: _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ Responsável: _____________________
Prurido Yazbek: ___________ Linear: ____________
Foto Protocolo terapêutico ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Figura 2 – Ficha de avaliação dos animais empregada neste estudo. RG: registro geral; SRD: sem raça definida;
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VCM/FMVZ/USP
Projeto oclacitinib
VCM/FMVZ/USP
Dia 14 – Pós-tratamento
Observação: _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ Responsável: _____________________
Prurido Yazbek: ___________ Linear: ____________
Foto
Dia 28 – Pós-tratamento Observação: _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ Responsável: _____________________
Prurido Yazbek: ___________ Linear: ____________
Foto
CRD: com raça definida; MTs: membros torácicos
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Anatomia Estudo anatômico da origem e da área de inervação que formam o plexo braquial de macaco-prego (Sapajus libidinosus) Anatomical study of the origin and area of innervation that form the brachial plexus of monkey-nail (Sapajus libidinosus) Estudio anatómico del origen y área de inervación que forman el plexo braquial de monos capuchinos (Sapajus libidinosus) Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, p. 74-81, 2018
Francisco Rener F. de Alcântara Médico veterinário UFCG-Patos reneralcantara@hotmail.com
Resumo: Os macacos da espécie Sapajus libidinosus, considerados animais do Novo Mundo, têm sido foco de estudos do plexo braquial. Essas pesquisas sobre as origens e distribuições dos nervos que formam o plexo braquial de primatas contribuem para o fornecimento de informações a outras áreas de atuação da veterinária: anatomia funcional, injúrias e procedimentos clínicos e cirúrgicos, bem como procedimentos anestésicos. O plexo braquial dos macacos da espécie Sapajus libidinosus é constituído por fibras neurais provenientes da união das raízes dorsais e ventrais dos segmentos vertebrais cervicais C5 a C8 e torácico T1, e organizado em quatro troncos principais, tendo ainda uma subdivisão no tronco médio. Cada tronco formou um nervo ou um grupo de nervos cuja origem variou entre os animais estudados. As origens, trajetórias e território de inervação dos troncos nervosos do plexo braquial do Sapajus libidinosus são semelhantes aos de outros primatas, porém ocorrem variações no percurso. Unitermos: primatas, nervos, membro torácico Abstract: We studied, and herein describe, the anatomy of the brachial plexus in the Sapajus libidinosus, a New World primate species. The study of origin and distribution of the nerves that form the brachial plexus of primates contributes to the body of knowledge of veterinary functional anatomy, and can have important ramifications to clinical, surgical, and anesthetic procedures, as well as to the understanding of injures in these species. We found that the brachial plexus of Sapajus libidinosus is composed of neural fibers originating from the union of the dorsal and ventral roots of the cervical vertebral segments C5 to C8 and thoracic T1. These fibers then are organized in four main trunks, with a subdivision in the middle trunk. We concluded that the origins, trajectories and territory of innervation of the nerve trunks of the brachial plexus of Sapajus libidinosus are similar to those of other primates, with some variations occurring in the course. Keywords: primates, nerves, thoracic limb Resumen: Los primates de la especie Sapajus libidinosus, considerados animales del Nuevo Mundo, han sido el foco del presente estudio del plexo braquial. Esta investigación sobre los orígenes y distribución de los nervios que forman el plexo braquial de estos primates suman información en otras áreas de la veterinaria relacionadas con la anatomía funcional, procedimientos clínicos, quirúrgicos y traumas, así como también procedimientos anestésicos. El plexo braquial de los Sapajus libidinosus está formado por fibras nerviosas provenientes de la unión de las raíces dorsales y ventrales de los segmentos vertebrales cervicales C5 a C8 y torácico T1, y se organizan en cuatro troncos principales, con una subdivisión en el tronco medio. Cada tronco formó un nervio o un grupo de nervios, cuyo origen varió entre los animales estudiados. Los orígenes, trayectos y área de inervación de los troncos nerviosos del plexo braquial del Sapajus libidinosus son similares a los de otros primates, pero se encontraron variaciones en el recorrido. Palabras clave: primates, nervios, miembro anterior
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Introdução A família Cebidae (subfamília Cebinae), da espécie Sapajus libidinosus, conhecida popularmente como macaco-prego, é representada pelos mais robustos e inteligentes primatas do Novo Mundo, apresentando a maior distribuição geográfica entre as espécies neotropicais 1-3. Os macacos-pregos singularizam-se por peso corporal que varia de 1,4 a 4,8 kg e porte médio; o comprimento médio da cabeça ao corpo é de 350 a 488 mm, e o da cauda, de 375 a 554 mm. Apresentam dimorfismo sexual, sendo os machos adultos maiores que as fêmeas; a reprodução na natureza ou em cativeiro demonstra que essa espécie se reproduz sazonalmente, com maiores taxas de nascimento entre os meses de outubro a fevereiro, período em que há maior disponibilidade de alimentos como frutos e insetos 4. São animais diurnos; têm corpo robusto e cauda semiprêensil, que lhes confere uma enorme agilidade e é utilizada durante a procura de alimento e em suspensão, bem como para manter o equilíbrio. A cauda é capaz de suportar o peso de um adulto apenas por curtos períodos, aspecto importante, devido ao seu modo de vida
arborícola. As mandíbulas são robustas, e os dentes grandes e compactos, bem adaptados ao seu forrageio extrativo. Em geral, têm em cada hemimandíbula dentição com três pré-molares, três molares, um canino e dois incisivos, totalizando 36 dentes 5,6. São os únicos primatas não humanos do Novo Mundo que possuem mãos capazes de manusear ferramentas rudimentares 7-11. Têm unhas achatadas (nunca em garras). As narinas são distantes entre si e voltadas para os lados. O período de infância e partilha de alimentação é grande. Além da díade mãe/filhote, apresentam hábitos de predação de alguns vertebrados e utilização espontânea de ferramentas. Constituem 21 gêneros e cerca de 204 espécies e subespécies 12. A cor dos pelos pode variar de acordo com a localização 13, sendo mais comum o marrom-claro, amarelo ou bege, com membros de cor escura com tendência ao preto, bem como topete espesso. Os membros pélvicos são um pouco mais longos que os torácicos, e os dedos são de tamanho médio e moderadamente diferenciados 14. Os macacos-pregos podem ser vistos solitários na natureza, porém a maioria vive em grupos sociais formados
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MEDICINA VETERINÁRIA LEGAL
A abordagem preventiva da violência doméstica com a conexão da violência contra os animais
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abordagem preventiva da violência doméstica registrar essas ocorrências foram abordadas para responcom a conexão da violência contra os animais já é derem a um questionário no qual constam perguntas relauma na realidade na Delegacia de Polícia de cionadas ao envolvimento entre a vítima, o agressor e os Defesa da Mulher (DDM) do município de Diadema, SP. animais da família. Os resultados preliminares se mostraram significativos, Há iminente necessidade de abordagem do tema da violência doméstica e familiar em todas as áreas sociais, a ponto de a DDM passar a empregar essa questão na rotinão apenas no ambiente jurídico, uma vez que, antes de na dos registros de ocorrências. Portanto, todos os relatos os fatos chegarem ao conhecimento da autoridade poli- que caracterizam violência doméstica e familiar, e tamcial, a mulher sofreu calada por muito tempo, ou por anos, bém alguma hostilidade contra os animais de estimação, são documentados na própria unidade especializada. sem denunciar sua dor, quer seja por medo, vergonha Pretende-se utilizar essas informações tanto ou mesmo insegurança. para fins de divulgação dos dados estatístiA falta de conhecimento dos mecaniscos, para corroborar a prevenção da viomos de enfrentamento da violência lência doméstica e contra os animais, doméstica e familiar acarreta alarquanto para uma possível investigamantes números estatísticos no que ção dos fatos narrados, referente diz respeito à quantidade diária de às questões dos animais, pela vítimas. Segundo dados publicaequipe de investigadores da pródos pela Secretaria de Seguranpria DDM, desde que haja ligaça Pública do Estado de São ção das motivações. Assim, se Paulo, no ano de 2017 foram um agressor maltrata um aniregistrados em todo o estado mal de estimação como forma aproximadamente 50 mil caUma nova visão na abordagem e no tratamento de gerar sofrimento na comsos de lesões corporais doloda violência doméstica e familiar panheira, por exemplo, havesas, e mais de 280 tentativas rá interesse em apurar os fatos de feminicídios. em conjunto. Caso se verifiBuscando novos mecanisque que não há qualquer ligamos de identificação da vioção entre os fatos, os elementos lência doméstica e familiar, no colhidos em relação aos crimes intuito de preveni-la ou mesmo contra os animais serão remetide evitar reincidências, a Delegados para a Delegacia de Polícia de cia de Polícia de Defesa da Mulher Meio Ambiente (DPMA). (DDM) do município de Diadema A questão envolvendo violência passou a incluir no ano de 2018, a títucontra os animais também é abordada lo experimental, a questão da violência no programa Homem Sim, Consciente contra os animais durante o registro das Também, que foi iniciado na DDM de Diadeocorrências, entendendo que esta, dentro dos ma, SP. Esse programa foi criado com o objetivo de lares, pode ser um indicativo de outras infrações penais conscientizar homens com perfil violento, buscando uma naquele cenário. Essa iniciativa foi tomada após a DDM ter firmado par- reflexão e a consciência de si, do seu papel social e, princeria com Universidade de São Paulo (USP) para que o cipalmente, do seu papel na família. O programa ainda oferece orientação em diversas áreas estudo científico “A investigação da associação entre a crueldade animal e a violência doméstica”, sob a orienta- da vida do homem, buscando a redução da violência ção do prof. dr. Eduardo Massad, pudesse ser realizado na doméstica e familiar, inclusive social, de forma preventiunidade especializada. Nesse estudo, as mulheres que va, dando ao participante a oportunidade de aceitá-la sem sofrem violência doméstica, independentemente de qual que nada lhe seja imposto. A participação do homem no programa independe da modalidade seja (moral, psicológica, patrimonial, sexual ou física), e que procuraram a unidade especializada para existência de inquérito policial. Ele pode passar a integrar 82
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o grupo de diversas formas, inclusive por demanda espontânea. Os encontros têm em média 15 participantes homens, e o ciclo tem três meses e meio de duração. Cada encontro é dirigido por um profissional diferente, com expertise no assunto proposto. A equipe é formada por assistentes sociais, psicólogos, juristas e profissionais da área médica, dentre outras vinculadas ao combate à violência, e, recentemente, com a parceria de uma médica veterinária para abordar temas referentes à violência contra os animais no âmbito familiar. Com essas iniciativas, espera-se uma nova visão na abordagem e no tratamento da violência doméstica e familiar, quer seja entre os que atuam nas esferas preventivas, quer seja na esfera da polícia judiciária e do poder judiciário. Busca-se com tais iniciativas uma sociedade cada vez mais atuante e atenta em relação à proteção e aos direitos das pessoas vulneráveis e dos animais que sofrem violência. A prevenção ocorrerá com a ampliação do conhecimento
e dos olhares atentos ao redor, evitando assim o preconceito ou o juízo de valor. Por fim, espera-se que a comunidade científica desenvolva estudos que possam cada vez mais contribuir para essa prevenção e para intervir nos atuais sistemas “estáticos” do nosso país.
Luciana Vargas MV, aluna de mestrado do Departamento de Medicina Legal da Faculdade de Medicina da USP
Renata Lima de Andrade Cruppi Delegada Titular da Delegacia da Mulher de Diadema, SP
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BEM-ESTAR ANIMAL
Bem-estar animal e políticas públicas
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os dias 25 e 26 de maio de 2018 o Fórum de cães e gatos, bem-estar animal e epidemiologia. Destacou-se o pôster da afiliada do Fórum Animal da Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA) realizou seu V Seminário de Defesa Animal – cidade de Tefé, no Amazonas, mostrando o difícil trabalho Desafios da Sociedade Civil e do Poder Público. O even- da Associação de Proteção Animal de Tefé (Apat) em to ocorreu em Belo Horizonte, MG, numa parceria com a relação à implantação de um controle humanitário. Além disso, foi lançado o selo Defesa Animal da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (EV/UFMG), conduzido pela dra. Danielle Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, emhomenagem ao movimento que luta pela proteção a animais em Magalhães e da dra. Christina Malm. Com o objetivo de incentivar a divulgação de conheci- todo o mundo. Em 2020, o VI Seminário será realizado na mento e de novos instrumentos, e gerar, essencialmente, Universidade Federal do Paraná (UFPR), em uma grande sinergia por meio do congraçamento de pesparceria com o Laboratório de Bem-Estar soas e profissionais que trabalham na área, o evento Animal – Labea, coordenado pela dra. contou com o apoio de: Movimento Mineiro de Carla Molento. Direitos dos Animais, revista Clínica VeterináEm constante atividade, memria, OAB-MG, Anclivepa-MG, CRMV-MG, bros do FNPDA estiveram presenMP-MG e empresa Ceva. O FNPDA é a tes em evento oficial do estado de maior rede de proteção animal do Brasil e São Paulo, que ocorreu no dia 18 conta com mais de 130 organizações afiliade junho de 2018, no qual foi das em todas as regiões, além de corpo téclançado o Pet São Paulo, pronico veterinário que dá embasamento a grama estadual em defesa dos suas ações. Há mais de quinze anos atua animais domésticos. Na ocana construção de uma sociedade em que a sião, o governador Márcio compaixão pela vida animal venha a ser um valor nacional. Ao mesmo tempo, suas França recebeu em mãos ofício do Fórum Animal em que foi afiliadas proveem o cuidado direto de pedido o fim da caça, dos milhares de animais vítimas de maus-trarodeios e da exportação de gado tos ou abandono. vivo em todo o estado. Doze temas específicos foram apresentaO programa Pet São Paulo dos e discutidos com o público que compavisa dar apoio aos municípios na receu às mesas de discussão: senciência, realização de campanhas, feiras, desastres ambientais, alojamento de animais castração e microchipagem. O prode produção, exportação marítima de gado Governador Márcio França recebendo em mãos ofício vivo, controle populacional de cães e gatos, grama está detalhado nos decretos do Fórum Animal no qual animais usados para entretenimento, equídeos, n. 63.504 – que institui a Política e se pede o fim de atividades zoonoses relevantes na atualidade, animais silo Sistema Estadual de Defesa dos envolvidas com a crueldade vestres e políticas públicas foram os temas Animais Domésticos e dá proviaos animais abordados nesse evento. dências correlatas – e n. 63.505 – Apesar dos desafios do momento envolvenque institui o termo de colaboração do a crise no transporte e no abastecimento, cerca de 150 que entre si celebram o estado de São Paulo, por interméparticipantes, entre protetores, políticos, alunos de gra- dio da Casa Militar, e o gabinete do governador – para a duação e pós-graduação, e representantes de outros seg- implementação do programa estadual de identificação e mentos sociais puderam se inteirar de assuntos atuais controle da população de cães e gatos. Para coordenar os complexos que necessitam da mobilização de entidades trabalhos com as prefeituras, está sendo criada a do terceiro setor e da sociedade civil, para que a defesa Subsecretaria de Defesa dos Animais, vinculada à Casa dos animais se fortaleça em todas as frentes, sejam Militar. A subsecretaria será responsável por coordenar o sociais, jurídicas, de bem-estar animal e/ou da saúde Sistema Estadual de Defesa dos Animais (Sieda), um única. comitê gestor intersetorial responsável por realizar e Foram apresentados pôsteres de vinte e dois trabalhos apoiar projetos e ações de proteção de cães e gatos em nas áreas de direito animal, bioética, controle populacional todo o território paulista. 84
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Programa para conservação do peixe-boi-marinho
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Monitoramento prévio motivou criação do Fundação Mamíferos Aquáticos, lanprograma çou o Programa Peixe-boi-marinho, Entre 2016 e 2017, o projeto que conta com o apoio da “Desenvolvimento e difusão de tecnoFundação Grupo Boticário de logia inovadora aplicada ao monitoProteção à Natureza. O Programa ramento satelital e conservação dos tem ações previstas até 2020 e visa peixes-bois marinhos (Trichechus mudar o status de conservação da manatus) no Brasil”, que também espécie com a reintrodução do teve o apoio da Fundação Grupo peixe-boi-marinho em seu habiBoticário de Proteção à tat por meio da construção de Natureza, buscou monitorar a dois cativeiros naturais: o priespécie para elaborar medidas meiro na Barra do Mamanguape, de conservação mais efetivas. na Paraíba; e o segundo no Em parceria com uma empremunicípio de Soure, no Pará. A sa brasileira de tecnologia, a reintrodução em áreas preferenNortronic, que fabrica todo o apaciais tem como objetivo minimirato utilizado para monitorar os zar os impactos que a espécie sofre https://web.facepeixes-boi via satélite, foram colecom a ação do homem, como o desbook.com/fundatados dados que possibilitaram analipejo de dejetos em locais inadequacaogrupoboticario/videos/21463 sar informações sobre a localização dos e o tráfego de embarcações, que 40935376137/ dos animais, características das áreas podem provocar o afugentamento e até habitadas, padrões comportamentais e mesmo o atropelamento dos animais. aspectos ecológicos da espécie. Com isso, foi A iniciativa busca promover a educação ambiental e o desenvolvimento do turismo de obserpossível verificar as áreas com maior tempo de pervação, formando uma rede de colaboradores locais como manência dos animais monitorados, sendo uma delas na uma alternativa para o crescimento econômico sustentá- Zona de Proteção Estuarina (ZPE) da Área de Proteção vel. “Contribuir com a conservação dessa espécie em Ambiental (APA) da Barra do Rio Mamanguape. Baseada regiões tão carentes desses esforços, como o Norte e o nesta preferência, foi proposta a ampliação dos limites Nordeste do Brasil, com certeza nos traz muita satisfa- territoriais da ZPE em 0,150798 hectares. ção” afirma o médico veterinário e responsável técnico Sobre a Fundação Grupo Boticário pelo Programa, João Carlos Gomes Borges. A Fundação Grupo Boticário é fruto da inspiração de O Trichechus manatus, nome científico da espécie, é classificado como um mamífero aquático de grande porte. Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presiApesar de poder chegar a 600 quilos e 4 metros de com- dente do Conselho de Administração do Grupo primento, é um animal dócil e frágil. Atualmente, seu sta- Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos tus está classificado como ‘vulnerável’ pela União antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), marco para a conservação ambiental mundial. A com cerca de 1.000 desses animais distribuídos de forma Fundação Grupo Boticário apoia ações de conservação descontínua na região Nordeste do país. Na região Norte, da natureza em todo o Brasil, totalizando mais de 1.500 as estimativas populacionais ainda carecem de informa- iniciativas apoiadas financeiramente. Protege 11 mil ções. hectares de Mata Atlântica e Cerrado, por meio da criaPara a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário ção e manutenção de duas reservas naturais. Atua para de Proteção à Natureza, Malu Nunes, essa ação é mais que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos uma que justifica todo os investimentos em projetos e negócios e nas políticas públicas, além de contribuir programas pelo país. “Essas iniciativas envolvem não para que a natureza sirva de inspiração ou seja parte da apenas os pesquisadores, mas toda a comunidade, propor- solução para diversos problemas da sociedade. Também cionando um ganho da biodiversidade, além de ser uma promove ações de mobilização, sensibilização e comuforma de desenvolvimento econômico, que são conquis- nicação inovadoras, que aproximam a natureza do cotitas essenciais para as comunidades locais”, avalia. diano das pessoas. Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
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PET FOOD
Comedouro exclusivo para felinos
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Patteran/Shutterstock
s tutores que convivem com seus gatos notam que muitas vezes eles comem o alimento que está no centro do comedouro, mas não encostam no que fica próximo às bordas internas. Eles também podem se alimentar fazendo várias pausas, demorando muito tempo para ingerir uma pequena porção. Esse comportamento ainda pouco estudado e muito frequente ocorre porque o focinho e a língua dos gatos domésticos são muito curtos, dificultando o acesso ao alimento quando se utilizam comedouros genéricos para pets. Outro fator é que suas vibrissas – ou, popuhttp://youtu.be larmente, os bigodes – são órgãos sensoriais /fGFZWxLXMO Q muito desenvolvidos e delicados. Muitos animais sentem desconforto e dor quando encostam os bigodes frequentemente nas bordas do comedouro durante as refeições. Essa condição pode gerar um estresse crônico e a recusa Vídeo demonstrando a utilização dos comedouros desenvolvidos em se alimentar justamente nos momentos especificamente para gatos – http://youtu.be/fGFZWxLXMOQ que deveriam ser prazerosos para eles. Para diminuir esses comportamentos indesejáveis, é preciso atentar para o comedouro utilizasinais que auxiliam o felino a ter noção espacial e a interpretar o ambiente onde vive. Devido a do pelo animal. No mercado pet não existia essa função, é natural que o animal se esse cuidado “sensorial”, e os produtos incomode com o contato desses bigooferecidos seguiam o mesmo padrão de des nas paredes internas dos comeformato: fundos e baixos. Para medouros tradicionais durante a refeilhorar a qualidade de vida dos gação. Por isso, pensamos em uma tos, a Pet Games, primeira solução simples e ergonômica empresa brasileira que desenpara garantir o bem-estar dos volve e fabrica produtos inovagatos nos vários momentos dores focados no comportadiários em que se alimenta”, mento animal e no enriqueciafirma Dalton Ishikawa, mento ambiental, traz para o médico veterinário da Pet mercado o Cat Fit, um comeGames. douro exclusivo para felinos O comedouro inovador que possui características possui pezinhos emborraespeciais como: altura correchados e pesa 150 gramas, ta, diâmetro maior, fundo rabem mais que os comedouros so e côncavo, sem quinas comuns, justamente para miinternas, peso adequado e pés nimizar deslocamentos e baruantiderrapantes que permitem a lhos que possam assustar os feingestão de alimentos em uma linos durante as refeições. Além posição mais confortável e sem o disso, o formato do Cat Fit garante desconforto para as vibrissas dos Comedouro ergonômico para que o gato se alimente de toda a ragatos. gatos deve levar em consideção, pois sua cavidade é rasa e côncava, “As vibrissas são estruturas sensoração suas vibrissas e as vibrissas não tocarão nas bordas. riais que enviam para o cérebro diversos 86
Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
PET FOOD
Prêmios de incentivo à pesquisa em nutrição
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oltado para profissionais de medicina veterinária e zootecnia, o 4º. Prêmio de Pesquisa PremieRpet® teve seus vencedores contemplados no final de abril, em um evento exclusivo no restaurante A Figueira Rubaiyat, em São Paulo. Entre cerca de 120 convidados estavam os participantes do prêmio, acadêmicos de algumas das mais importantes faculdades de medicina veterinária do país, os principais expoentes na área clínica, parceiros da PremieRpet® e formadores de opinião. A premiação foi sucedida de uma apresentação do jornalista Jaime Spitzcovsky. Ele abordou um tema de interesse geral que despertou o interesse dos convidados: “O desafiador cenário mundial e seu impacto local”. Com leveza e bom humor, sua fala proporcionou uma reflexão bastante oportuna sobre as recentes transformações que ocorrem ao redor do mundo e suas implicações sociais e econômicas. No dia 17 de maio, foi anunciada a vencedora do Prêmio Waltham de Pesquisa, durante o Congresso CBNA Pet 2018, em Campinas. O melhor trabalho avaliado, segundo a banca julgadora presente, foi o da estudante doutoranda Camila Goloni, pesquisadora da Fa- Camila Goloni e Aulus Carciofi, seu orientador culdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp – Campus de Jaboticabal, com o trabalho “Diferentes fluídos corporais na aplicação do método da água duplamente marcada na mensuração da composição corporal, gasto energético e fluxo de água em gatos machos e fêmeas”, sob orientação do prof. dr. Aulus C. Carciofi. Camila recebeu das mãos do orientador a premiação, que contempla o valor de € 3.500,00, a ser investido em uma viagem a Munique para participar da edição 2018 do Congresso promovido pela ESVCN (European Society of Veterinary and Comparative 88
1º 2º
3º
4º. Prêmio de Pesquisa PremieRpet® 1º lugar: Equações preditivas de necessidade energética de manutenção para cães adultos saudáveis e com doenças crônicas, de Vivian Pedrinelli, orientada pelo prof. dr. Marcio Antonio Brunetto. Prêmio: viagem para participar do ACVIM Forum – The American College of Veterinary Internal Medicine. 2º lugar: Fatores associados ao insucesso e insucesso dos programas de perda de peso em cães, de Mariana Porsani, orientada pelo prof. dr. Marcio Antonio Brunetto. Prêmio: participação no 39º CBA – Congresso Brasileiro da Anclivepa. 3º lugar: Nutrição enteral via tubo de esofagostomia como adjuvante do tratamento de enteropatia associada a perda proteica em cão, de Nathália Spina Artacho, orientada pelo prof. dr. Ricardo Duarte. Prêmio: Ipad Mini 4.
Nutrition) e visitar o Centro de Nutrição e Bem-estar Animal WALTHAM™, localizado na Inglaterra. Outro prêmio na área de nutrição é o 7º Prêmio de Incentivo à Pesquisa, realizado pela Total Alimentos. O resultado dos vencedores deve ser compartilhado no início de agosto. “Nesta edição o projeto expandiu horizontes. Serão premiados trabalhos de três países da América Latina, sendo Brasil, Colômbia e Uruguai”, conta a coordenadora da comunicação científica, Bárbara Benitez. Os vencedores irão para a Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, para participar de um workshop de nutrição clínica com o consultor técnico internacional da Total Alimentos, George Fahey. Dois trabalhos de cada país serão escolhidos e os autores junto com seus orientadores serão premiados, seguindo as categorias de melhor relato de caso e melhor revisão. Informações: http://equilibriototalalimentos.com.br/incentivoapesquisa
Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
LANÇAMENTOS
REDUÇÃO DA PROTEINÚRIA NA DOENÇA RENAL CRÔNICA
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Boehringer Ingelheim, uma doença imunomediada, hipertensão das líderes mundiais em saúde arterial sistêmica, hipercalcemia, animal, traz para o mercado neoplasias etc. Os sinais clínicos brasileiro o Semintra, um novo aliado mais comuns são: poliúria primária, do médico veterinário no tratamento polidipsia compensatória, inapetênda doença renal crônica (DRC), enfercia, perda de peso e letargia. Sinais midade que atinge de 35% a 50% dos relacionados ao trato gastrintestinal gatos de meia-idade a idosos*. também são frequentes, tais como: Desenvolvido especialmente para vômito, úlceras orais, halitose e consgatos, o Semintra é um bloqueador do tipação. receptor de angiotensina para ser usaPara diagnosticar a DRC e verificar do na medicina veterinária. É indicado se há perda de proteínas pelos rins, o para a redução da proteinúria associamédico veterinário baseia-se princida à DRC e tem como princípio ativo palmente nos exames físico, de sana telmisartana. gue e de urina. Algumas alterações O Semintra chega ao mercado esperadas em exames complementaveterinário em solução oral e palatáres de gatos com DRC são: aumento vel. “Sua administração é diária, e o do nível sérico de ureia e creatinina, tutor deve fornecer 1 mL de Semintra Semintra: disponível aumento do nível sérico de fósforo, para cada 4 kg de peso do gato (0,25 em frascos de 30 mL diminuição do nível sérico de potásmL por quilo de peso do animal). sio, anemia não regenerativa, além de “Lembrando que o médico veterinário sempre deve ser diminuição da densidade urinária, podendo ainda haver consultado”, explica a gerente de marketing de animais aumento na relação da proteína/creatinina urinária, que é o de companhia da Boehringer Ingelheim Saúde Animal, indicador para a perda de proteínas pelos rins. Fabiana Porto. A novidade está disponível em frascos de A proteinúria contribui significativamente com a pro30 mL (4 mg de telmisartana por mL) e dura, em média, gressão da DRC, além de diminuir a expectativa de vida um mês para gatos com 4 kg de peso, além de conter uma dos gatos com a doença. “O Semintra vem para auxiliar o seringa que permite ajuste de doses para animais entre tratamento desses pacientes. Segundo estudos publica0,5 e 8 kg. dos, 57%* dos gatos com DRC morrem em decorrência A DRC tem alta prevalência em gatos. É definida pela da doença. O tratamento desses animais visa melhorar presença de anormalidades funcionais e estruturais dos sua qualidade de vida e, na medida do possível, diminuir rins, que persistem por mais de três meses. Existem várias a progressão da doença, aumentando sua expectativa de causas possíveis: anormalidades congênitas, pielonefrite, vida”, finaliza Fabiana.
ANALGESIA PARA PEQUENOS E GRANDES ANIMAIS
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Xilazin 50 mL
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Syntec incorporou mais um produto à sua linha de anestésicos veterinários, o Xilazin 50 mL, sedativo à base de cloridrato de xilazina, que pertence ao grupo alfa-2 agonista. É um agente seguro e de ação rápida, que promove sedação, analgesia e relaxamento muscular em nível central, levando o paciente a um estado de sonolência, sendo muito utilizado para a contenção de animais. O grau de profundidade da sedação é diretamente proporcional à dose utilizada. A via de administração pode ser intramuscular e endovenosa, na dosagem de até 4 mg/kg. Nessa dosagem, o Xilazin produz sedação por 1 a 2 horas e analgesia de 15 a 30 minutos. O Xilazin pode ser associado ao cloridrato de cetamina como pré-anestésico, a barbitúricos e a anestésicos locais para intervenções cirúrgicas mais profundas. Em animais idosos, gestantes, desidratados e com obstrução urinária, a dose deve ser reduzida e o sedativo só deve ser usado quando não houver opção mais segura. Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
ANESTESIOLOGIA 18 de agosto Viçosa - MG Minicursos – XX SAMEV http://www.samev.org 14 a 16 de novembro Brasília – DF XIII Congresso Brasileiro de Anestesiologia Veterinária http://congressocbav.com.br
ANIMAIS SELVAGENS 16 de julho São Paulo – SP, Cursos de Férias do HOVET Pompeia – Módulo de animais silvestres http://www.hospitalveterinariopompeia.com.br/cursos 14 de agosto Viçosa – MG Primeiros Socorros em Animais Selvagens – XX SAMEV http://www.samev.org 14 de agosto Viçosa - SP Médico Veterinário de Animais Silvestres em um Pequeno Zoológico – Cotidiano e Desafios – XX SAMEV http://www.samev.org 17 a 19 de agosto Botucatu – SP I Simpósio de Nutrição em Animais Selvagens http://fb.com/geasbtu 2 a 6 de setembro João Pessoa – PB XXV Congresso Brasileiro de Ornitologia http://fb.com/xxvcbo2018 2 a 6 de setembro Florianópolis – SC 4º Congresso Latino-americano de Reabilitação de Fauna Marinha http://www.reabilitacaofaunamarinha.com.br
21 a 23 de setembro Curitiba – PR 3º Workshop de Nutrição de Animais Selvagens https://doity.com.br/nutricaoselvagens 27 de setembro Uberlândia – MG IX ENANSE – Encontro sobre Animais Selvagens http://geasufu.wixsite.com/enanse 2 a 5 de outubro São José dos Campos – SP XXI Congresso e XXVI Encontro Abravas 2018 http://www.abravas.org.br 24 e 25 de novembro Porto Alegre – RS Intensivo de clínica e emergência em aves silvestres e exóticas http://goo.gl/KknXQv
BEM-ESTAR ANIMAL 13 de agosto Viçosa – MG Bem-estar animal na experimentação – XX SAMEV https://www.samev.org/programacao
CARDIOLOGIA 14 de agosto Viçosa – MG Arritmias Cardíacas em Pequenos Animais – XX SAMEV https://www.samev.org 18 de agosto São Paulo – SP Cursos de Férias do HOVET Pompeia – módulo de cardiologia http://www.hospitalveterinariopompeia.com.br/cursos 7 a 9 de novembro Campos do Jordão – SP III Congresso Brasileiro de Cardiologia Veterinária http://www.sbcv.org.br
CIRURGIA 20 a 22 de julho São Paulo – SP Miscelâneas cirúrgicas tóraco-abdominais http://www.cipo.vet.br 28 de Julho Curso Teórico-Prático de Neurologia e Neurocirurgia de Cães e Gatos http://eventos.funep.org.br/Eventos/Detalhes#/exibir/2121 18 de agosto Jaboticabal - SP Curso de Obesidade: perspectivas e desafios http://eventos.funep.org.br/Eventos/Detalhes#/exibir/2218 26 de agosto Rio de Janeiro – RJ ICR-Vet Rio de Janeiro: imagem, cirurgia e reabilitação (21) 2581-9175 1º de setembro (início) Jaboticabal – SP IV Curso de aperfeiçoamento em cirurgia clínica (168h) http://funep.org.br 12 a 15 de setembro Belém – PA • XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia do CBCAV • XIII Congresso Internacional do CBCAV http://cbcav.iweventos.com.br
CLÍNICA 28 de julho São Paulo – SP Cursos de Férias do HOVET Pompeia – módulo de laboratório http://www.hospitalveterinaripompeia.com.br/cursos 13 de agosto Viçosa - MG Etiologia Clínica – XX SAMEV https://www.samev.org
17 e 18 de agosto São Paulo – SP Infecto In Rio SP http://www.inrio.vet.br 1º e 2 de setembro Rio de Janeiro – RJ 1º Vet-Tropical http://www.vet-tropical.org.br 3 de setembro a 31 de outubro São Paulo – SP Patologia clínica. Interpretação e diagnóstico http://ivi.vet.br 10 e 11 de novembro Belo Horizonte – MG XVIII Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina http://brasileish.com.br
COMPORTAMENTO 19 a 22 de novembro Ouro Preto – MG Encontro Anual de Etologia http://goo.gl/teuqcL
DERMATOLOGIA 23 de julho São Paulo – SP Cursos de Férias do HOVET Pompeia – módulo de dermatologia http://www.hospitalveterinariopompeia.com.br/cursos
ENDOCRINOLOGIA 18 de agosto Jaboticabal - SP Curso de Obesidade: Perspectivas e Desafios https://eventos.funep.org.br/Even tos/Detalhes#/exibir/2218
GESTÃO & MARKETING 5 de agosto Rio de Janeiro - RJ SOS Veterinária – Juntos somos mais fortes sergiorslvet@hotmail.com (21) 98856-0396
http://www.cipo.vet.br
http://cipo.vet.br http://www.cipo.vet.br
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GESTÃO & MARKETING 4 de setembro Rio de Janeiro – RJ Workshop jurídico (21) 98856-0396 9 de setembro Rio de Janeiro – RJ Vet Meeting Brasil sergiorslvet@hotmail.com 2 de outubro (início) São Paulo – SP Curso: gestão de negócios http://anclivepa-sp.com.br
IMAGENOLOGIA 19 de julho São Paulo – SP HOVET Pompeia – módulo de Radiologia: interpretando os raios X de tórax http://www.hospitalveterinariopompeia.com.br/cursos 30 de julho a 31 de agosto São Paulo – SP Ultrassonografia abdominal http://ivi.vet.br 1º a 3 de agosto São Paulo – SP Treinamento prático internacional SonoPath/NAUS http://naus.vet.br 4 a 6 de agosto Porto Alegre – RS Treinamento prático internacional SonoPath/NAUS http://naus.vet.br 5 de agosto São Paulo Curso – O papel do diagnóstico por imagem na diferenciação de lesões benigas e malignas (ABRV) http://abrv.org.br 8 a 10 de agosto Brasília – DF Treinamento prático internacional SonoPath/NAUS http://naus.vet.br 22 de agosto São Paulo – SP NAUS – Capacitação em ultrassonografia de pescoço em cães https://goo.gl/FH6xc5 10 de setembro São Paulo - SP NAUS – Capacitação em Ultrassonografia Doppler em pequenos animais https://goo.gl/UfHyb2
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19 de setembro São Paulo – SP NAUS – Capacitação em Ultrassonografia em Felinos https://goo.gl/tyVyvd 27 de setembro Uberlândia– MG IX ENANSE – Encontro sobre Animais Selvagens http://geasufu.wixsite.com/enanse 9 de novembro Ribeirão Preto – SP Ultrassonografia e especialidades veterinárias http://bit.ly/2JePhNa
INTENSIVISMO 28 de julho São Paulo – SP Simpósio Internacional de Traumatologia Veterinária http://ufape.com.br 31 de agosto a 2 de setembro Jaboticabal – SP Curso avançado de emergência e intensivismo direcionado à rotina do plantão http://funep.org.br 1º de setembro São Paulo – SP Simpósio de Emergências Veterinárias da Universidade Cruzeiro do Sul http://www.gepaucs.com
MEDICINA FELINA 13 de agosto Viçosa - MG Medicina Felina – XX SAMEV http://samev.org/programacao 12 a 14 de outubro Belo Horizonte – MG Congresso ABFel 2018 http://abfel.org.br
MEDICINA VETERINÁRIA INTEGRATIVA 14 de julho (início) Botucatu – SP XII Curso de extensão em fitoterapia chinesa veterinária http://www.bioethicus.com.br (14) 3814-6898 24 de agosto São Paulo - SP Aprofundamento em diferenciações de síndromes pelos Zang Fu http://incisaimam.com.br/ 25 de agosto (início - 500h) Botucatu – SP XIII Curso de pós-graduação lato sensu em acupuntura veterinária
http://www.bioethicus.com.br (14) 3814-6898 17 de agosto Viçosa - MG Plantas Medicinais – XX SAMEV https://www.samev.org 17 a 19 de agosto Botucatu – SP VII Curso dietoterapia para animais de pequeno porte http://www.bioethicus.com.br (14) 3814-6898 24 de agosto São Paulo – SP Aprofundamento em diferenciações de síndromes pelos Zang Fu (11) 3582-7804 25 de agosto (início) Botucatu – SP XIII Curso de pós-graduação lato sensu em acupuntura veterinária http://www.bioethicus.com.br 31 de agosto e 1º de setembro São Paulo – SP 1º Simpósio de Medicina Integrativa Veterinária da UAM gemiv_uam@hotmail.com 14 de setembro Belo Horizonte – MG Farmacopuntura http://goo.gl/ugNQkc 15 de setembro Belo Horizonte – MG Técnicas de agulhamento http://goo.gl/yXFuEP 16 de setembro Belo Horizonte – MG Técnicas de implantes de fios http://goo.gl/EkSnjn 19 de outubro São Paulo – SP Toxipuntura - apitoxina e toxina botulínica (11) 3582-7804
MEDICINA VETERINÁRIA LEGAL 26 a 28 de setembro João Pessoa – PB VI Congresso Mundial de Bioética e Direito Animal http://saudeedireitoanimalufpb. com.br
NEFROLOGIA 19 de setembro a 14 de novembro São Paulo – SP Nefrologia e urologia - intensivo http://anclivepa-sp.com.br
Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
NEUROLOGIA 28 de julho a 16 de dezembro Jaboticabal – SP Curso teórico-prático de neurologia e neurocirurgia de cães e gatos http://www.funep.org.br 7 e 8 de junho Rio de Janeiro – RJ Neuropatias periféricas http://cba-fiavac2018.com.br 7 a 9 de setembro Rio de Janeiro – RJ Simpósios Internacionais ABNV: neurologia clínica e neuroanatomia aplicada http://simposios.abnv.com.br (11) 99722-3132
NUTRIÇÃO 17 a 19 de agosto Botucatu – SP VII Curso dietoterapia para animais de pequeno porte http://www.bioethicus.com.br (14) 3814-6898 18 e 19 de agosto Jaboticabal – SP II Curso de Obesidade: perspectivas e desafios http://www.funep.org.br 17 a 19 de agosto Botucatu – SP I Simpósio de Nutrição em Animais Selvagens – GEAS Botucatu http://fb.com/geasbtu
OFTALMOLOGIA 20 e 21 de outubro Ribeirão Preto – SP Curso básico em oftalmologia veterinária (16) 3623-0050
ONCOLOGIA 18 de agosto São Paulo – SP I Simpósio de Oncologia e Radioterapia Veterinária https://www.sorv.com.br/ 10 a 11 de novembro Jaboticabal – SP 3º Curso de aperfeiçoamento em cirurgia oncológica e reconstrutiva em cães e gatos https://eventos.funep.org.br/Eventos/Detalhes#/exibir/2203 24 a 26 de novembro Belém – PA Curso de oncologia em cães e gatos http://anclivepa-pa.com.br
http://www.bioethicus.com.br
https://vetagenda.com/ev ento/cursodiagnosticopor-imagem-ab rv/
27 a 29 de julho Botucatu – SP Curso intensivo de ortopedia módulo II http://www.bioethicus.com.br
8 a 21 de setembro Araucária – PR Curso de Medicina Veterinária do Coletivo e Curso FOCA (Formação de Oficiais de Controle Animal) http://itecbr.org
15 de agosto São Paulo – SP Ortopedia em Pequenos Animais – XX SAMEV http://www.samev.org/programacao
26 de setembro João Pessoa – PB Pré-conferência internacional da medicina veterinária do coletivo https://goo.gl/3XAHH5
26 de agosto Rio de Janeiro – RJ ICR-vet Rio de Janeiro – imagem, cirurgia e reabilitação sergiorslvet@hotmail.com
10 e 11 de novembro Belo Horizonte – MG XVIII Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina http://brasileish.com.br
7 a 8 de dezembro Jaboticabal – SP IV Curso de aprimoramento em ortopedia de cães e gatos
23 e 24 de maio de 2019 João Pessoa – PB IX Conferência Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo http://itecbr.org
ORTOPEDIA
14 a 16 de junho de 2019 Jaboticabal – SP I Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia de Pequenos Animais http://www.funep.org.br
SAÚDE PÚBLICA 21 de agosto Maceió – AL Fórum Alagoano de Leishmaniose medicinaveterinaria.pv@uninassau.edu.br 2 a 5 de setembro Olinda – PE MEDTROP 2018 – 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical http://www.medtrop2018.com.br
SEMANAS ACADÊMICAS 13 a 18 de agosto Viçosa – MG XX SAMEV / UFV http://goo.gl/wVGLkD
24 e 28 de setembro Rio Branco – AC SACAVET-UFAC http://www.ufac.br 2 de outubro Jaboticabal - SP XXXII SEAB https://www.facebook.com/seabunesp/ 29 de outubro a 1º de novembro Campinas – SP XVI SEMEVUC http://fb.com/semevuc
FEIRAS & CONGRESSOS 21 a 23 de agosto São Paulo – SP Pet South America http://www.petsa.com.br 6 a 8 de setembro Goiânia – GO 1º CONPET – Congresso de Especialidades Veterinárias e Fórum Goiano de Negócios Pet http://conpet2018.com.br
11 de setembro Santos – SP XX-SAUMVET (Semana Acadêmica Universitária de Medicina Veterinária) (13) 99155-1642
12 a 15 de setembro Belém – PA • XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia do CBCAV • XIII Congresso Internacional do CBCAV http://cbcav.iweventos.com.br
11 a 13 de setembro Bauru – SP XI Semana Acadêmica de Medicina Veterinária UNIP Bauru (14) 3312-7000
17 a 19 de setembro Londrina – PR XX Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária http://www.xxcbpv.com.br
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Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
2 a 5 de outubro São José dos Campos – SP XXI Congresso e XXVI Encontro Abravas 2018 (Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens) http://www.abravas.org.br 11 a 13 de outubro Ribeirão Preto – SP VI Simpósio Brasileiro de Medicina Veterinária Intensiva – VI BEVVCS http://bveccs.net 11 a 14 de outubro Belo Horizonte – MG Congresso ABFel 2018 http://www.abfel.org.br 7 a 9 de novembro Campos do Jordão – SP III Congresso Brasileiro de Cardiologia Veterinária http://www.sbcv.org.br 10 e 11 de novembro Belo Horizonte – MG XVIII Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina http://brasileish.com.br 14 a 16 de novembro Brasília – DF XIII Congresso Brasileiro de Anestesiologia Veterinária http://congressocbav.com.br 19 a 22 de novembro Ouro Preto – MG XXXVI Encontro Anual de Etologia da SBEt (Sociedade Brasileira de Etologia) http://www.etologiabrasil.org.br
http://www.cba-fiavac2018.com.br
http://www.expovet.com.br
AGENDA Internacional 21 de julho a 5 de agosto Bolonha, Itália Brain Camp 2018 http://goo.gl/1HWo1b 5 a 8 de setembro Breckenridge, Colorado – EUA IVAS 44th Congress on Veterinary Acupuncture http://www.ivas.org/congress 5 a 8 de setembro León – México Congreso Veterinario de León http://www.cvdl.com.mx 14 a 18 de setembro New Orleans, Luisiana – EUA IVECCS 2018 http://veccs.org/iveccs2018 20 a 22 de setembro Copenhague, Dinamarca 31st Annual Symposium of the ESVN-ECVN http://vetneuro2018.org
25 a 28 de setembro Singapura – Malásia World Small Animal Veterinary Association Congress http://wsava.org
18 a 20 de outubro Louisville, Kentucky – EUA 2018 Annual Conference of the Veterinary Cancer Society (VCS) http://vetcancersociety.org
4 e 5 de outubro Buenos Aires – Argentina XVIII Congreso Nacional AVEACA 2018 (Asociación de Veterinarios Especializados en Animales de Compañia de Argentina) http://www.aveaca.org.ar
24 a 27 de outubro Phoenix, Arizona – EUA 2018 ACVS Surgery Summit (American College of Veterinary Surgeons) https://www.acvs.org/surgerysummit/upcoming-meetings
14 a 19 de outubro Dallas, Texas – EUA 2018 IVRA/ACVR Scientific Meeting (American College of Veterinary Radiology/International Veterinary Radiology) http://www.acvr.org 18 a 20 de outubro Madri – Espanha XII Southern European Veterinary Conference. 53º Congresso Nacional AVEPA http://sevc.info
3 a 7 de novembro Washington – EUA 2018 ACVP (American College of Veterinary Pathology) and ASVCP Concurrent Annual Meeting http://www.acvp.org 2019 19 a 23 de janeiro Orlando, Florida – EUA VMX: Veterinary Meeting & Expo http://navc.com/conference 22 e 23 de fevereiro Bucarești, Romênia
https://vetagenda.com/evento/simposios-internacionais-abnv/
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Clínica Veterinária, Ano XXIII, n. 135, julho/agosto, 2018
International Congress of Veterinary Nephrology http://solarevents.ro/conferinte/2018/hemodialivet 12 de fevereiro Newark, Delaware – EUA International Darwin Day http://darwinday.org 16 a 19 de julho Toronto – Canadá World Small Animal Veterinary Association Congress http://goo.gl/muyX8t 16 a 19 de outubro Las Vegas, NV – EUA 2019 ACVS Surgery Summit https://www.acvs.org/surgerysummit/upcoming-meetings 2020 23 a 26 de setembro Varsóvia - Polônia World Small Animal Veterinary Association Congress http://goo.gl/ggz57A
http://www.labyes.com http://labyes.com http://www.labyes.com/labyderm