Parasitologia
46
Giardia duodenalis: a complexa simplicidade parasitária – revisão de literatura Giardia duodenalis: the complex parasitological simplicity – literature review Giardia duodenalis: la complicada simplicidad parasitaria – revisón de la literatura
Medicina veterinária legal
58
Patologia veterinária forense: aplicação, aspectos técnicos e relevância em casos com potencial jurídico de óbito de animais Forensic veterinary pathology: application, technical aspects and relevance in cases of animal death with legal potential Patología forense veterinaria: aplicación, aspectos técnicos y su importancia en los casos con potencial jurídico de muerte de animales
Nutrição
74
Parâmetros clínicos e laboratoriais de cães obesos submetidos a restrição calórica para perda de peso Clinical and laboratory parameters of obese dogs submitted to caloric restriction for weight loss Parámetros clínicos y laboratoriales de perros obesos manejados con restricción calórica para pérdida de peso
Cardiologia
84
Valvuloplastia mitral em um cão com degeneração valvar Mitral valvuloplasty in a dog with valve degeneration Valvuloplastia mitral en un perro con degeneración de válvula
Oncologia
100
Técnica de suspensão de brow no tratamento de entrópio em shar pei – relato de quatro casos Brow suspension technique in the treatment of entropion in Shar Pei – Report of four cases Técnica de suspensión de brow para el tratamiento de entropión en Shar Pei – relato de cuatro casos
4
um cão da raça doberman – relato de caso, publicado na edição 111, na página 72, o nome correto da segunda autora é Tânia Parra Fernande.
@
Na internet
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Site
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Google Play
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92
Carcinoma de células de transição da pelve renal em uma cadela – relato de caso Transitional cell carcinoma of renal pelvis in a bitch – case report Carcinoma de células de transición en pelvis renal de una perra – relato del caso
Cirurgia
Errata: No artigo Cardiomiopatia dilatada em
Pet Vet TV
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Contato Editora Guará Ltda. Dr. José Elias 222 - Alto da Lapa 05083-030 São Paulo - SP, Brasil Central de assinaturas: 0800 887.1668 cvassinaturas@editoraguara.com.br Telefone/fax: (11) 3835-4555 / 3641-6845
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
42
Notícias
14
Saúde pública
Animais selvagens
17
Pet food
110
Medicina veterinária legal
112
Gestão, marketing e estratégia
116
Comportamento
120
Mercado pet
123
Pesquisa
124
Livros
126
Lançamentos
128
Guia veterinário – www.guiavet.com.br Vet Agenda - www.vetagenda.com.br
132 138
• FIPPA e 12º Conpavepa • CBA 2015 – Submissão de trabalhos científicos • Sistema Urubu de coleta de dados de atropelamento de fauna selvagem • A medicina veterinária de animais selvagens e o dr. Fowler
19
Bem-estar animal
24
• Declaração de Curitiba segue exemplo da Declaração de Cambridge • Incentivo ao uso de métodos alternativos no ensino • 3º Encontro de Protetores de Animais (ENAPA)
Especialidades
• • • •
Congresso Paulista das Especialidades Novos centros de reabilitação animal Atenção à sepse Homeopatia
Medicina veterinária do coletivo
• Simples Nacional: de solução a decepção...? • Clientes de valor inestimável. Quanto custam? Dr. Ian Dunbar no Brasil Quer fidelizar? Invista em relacionamento
30
Pesquisa detecta bactérias e fungos em 62,5% dos passarinhos traficados Viver o amor aos cães
34
• Castração pediátrica • Maus-tratos aos animais e violência à mulher, à criança e ao idoso: existe elo entre eles?
6
Benefícios do EPA e DHA na saúde de cães e gatos A triste história de um leão chamado Rawell
Ecologia
• Zoológicos: diversão para uns, sofrimento para outros
Qual a estratégia eficiente para o controle da LVC?
Novidades do setor pet e veterinário
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
Ser Veterinário é aproximar-se FG KPUVKPVQU GUUC RTQÉUU Q XCK CN O dos padrões de uma Ciência Médica.
9 de setembro. Homenagem da Virbac ao Dia do Médico Veterinário.
Apaixonados pela saú saúde úde animal
EDITORES / PUBLISHERS
Arthur de Vasconcelos Paes Barretto editor@editoraguara.com.br CRMV-MG 10.684 - www.crmvmg.org.br
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EDITORAÇÃO ELETRÔNICA / DESKTOP PUBLISHING Editora Guará Ltda.
CAPA / COVER: -
Tigre no zoológico de Chiang mai, Thailândia
sofrimento é uma condição experimentada por diferentes seres vivos. Muitos sempre tiveram a certeza dessa capacidade... Para aqueles mais céticos, isso também já foi reconhecido publicamente por neurocientistas, por meio da Declaração de Cambridge (2012). Mesmo assim, a cada segundo, em algum lugar do planeta, pratica-se a violência, seja contra animais ou pessoas. Humilhar, subjugar, ferir ou destruir são práticas cruéis, que continuam sendo executadas em diferentes partes do mundo. Em algumas situações, essas práticas estão tão dessensibilizadas a ponto de serem consideradas “normais” e “necessárias” por muitas pessoas. Exemplos disso podem vistos em diferentes lugares: nas escolas, nas ruas, nos serviços públicos e até nos lares. Em 2015, a revista Clínica Veterinária estará entrando no seu vigésimo ano editorial. Boa parte desse tempo de trabalho foi em prol da divulgação e da promoção da educação humanitária, do bem-estar dos animais e de toda a comunidade. Afinal, em muitos lares, os animais são membros da família. E são os membros dessas famílias que muitas vezes, em sua aflição, procuram pelos clínicos veterinários em busca de um socorro, que pode ser pontual e técnico, mas também pode ser exercido com compaixão, tornando-se uma experiência reconfortante e apaziguadora para os familiares. Uma consequência natural pode ser a gratidão, que também pode ser interpretada pelos profissionais de marketing como fidelização... Na essência, o que acontece é a demonstração da capacidade de união que o amor provê. É natural que onde há amor também haja gratidão. “Gentileza gera gentileza”, já dizia o poeta Gentileza. Nossa gratidão a vocês, leitores e amigos, que por todos esses anos prestigiam, acompanham e compartilham o conteúdo da Clínica Veterinária. Esse é o sentimento que aflora meus pensamentos sobre o 9 de setembro e o 4 de outubro. Boa leitura! Gratidão!
Arthur de Vasconcelos Paes Barretto 8
Shutterstock / Dennis van de Water
O
Onde há amor também há gratidão
Clínica Veterinária é uma revista técnico-científica bimestral, dirigida aos clínicos veterinários de pequenos animais, estudantes e professores de medicina veterinária, publicada pela Editora Guará Ltda. As opiniões em artigos assinados não são necessariamente compartilhadas pelos editores. Os conteúdos dos anúncios veiculados são de total responsabilidade dos anunciantes. Não é permitida a reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação sem a prévia autorização da editora. A responsabilidade de qualquer terapêutica prescrita é de quem a prescreve. A perícia e a experiência profissional de cada um são fatores determinantes para a condução dos possíveis tratamentos para cada caso. Os editores não podem se responsabilizar pelo abuso ou má aplicação do conteúdo da revista Clínica Veterinária.
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
CONSULTORES CIENTÍFICOS Adriano B. Carregaro
Carlos Mucha
Francisco J. Teixeira N.
Juliana Werner
Mary Marcondes
Alberto Omar Fiordelisi
Cassio R. A. Ferrigno
F. Marlon C. Feijo
Julio C. C. Veado
Masao Iwasaki
FZEA/USP-Pirassununga FCV/UBA
Alceu Gaspar Raiser DCPA/CCR/UFSM
IVAC-Argentina
FMVZ/USP-São Paulo
Ceres Faraco FACCAT/RS
Alejandro Paludi
César A. D. Pereira
Alessandra M. Vargas
Christina Joselevitch
Alexandre Krause
Cibele F. Carvalho
Alexandre G. T. Daniel
Clair Motos de Oliveira
Alexandre Lima Andrade
Clarissa Niciporciukas
Alexander W. Biondo
EMBRAPA
Aline Machado Zoppa
Salles Gomes C. Empresarial
Aline Souza
FMV/UEL
Aloysio M. F. Cerqueira
UFSM/URNERGS
Ana Claudia Balda
ODONTOVET
Ananda Müller Pereira
FMV/UFF
Ana P. F. L. Bracarense
FMVZ/USP-São Paulo
FCV/UBA
Endocrinovet FMV/UFSM
Universidade Metodista
CMV/Unesp-Aracatuba UFPR, UI/EUA
FMU/Cruzeiro do Sul
UAM, UNG, UNISA
FMVZ/USP-São Paulo UNICSUL
FMVZ/USP-São Paulo ANCLIVEPA-SP
Cleber Oliveira Soares Cristina Massoco
Daisy Pontes Netto
UFF
Daniel C. de M. Müller
UFF
Daniel G. Ferro
FMU, Hovet Pompéia
Daniel Macieira
Universidad Austral de Chile
Denise T. Fantoni
DCV/CCA/UEL
Dominguita L. Graça
Anhembi/Morumbi e Unifran
Edgar L. Sommer
FMU
Edison L. P. Farias
DMV/UFLA
Eduardo A. Tudury
André Luis Selmi
Angela Bacic de A. e Silva Antonio M. Guimarães Aparecido A. Camacho FCAV/Unesp-Jaboticabal
A. Nancy B. Mariana FMVZ/USP-São Paulo
Arlei Marcili
FMVZ/USP-São Paulo
Aulus C. Carciofi
FCAV/Unesp-Jaboticabal
Aury Nunes de Moraes UESC
Ayne Murata Hayashi FMVZ/USP-São Paulo
Beatriz Martiarena FCV/UBA
Benedicto W. De Martin FMVZ/USP; IVI
Berenice A. Rodrigues
Médica veterinária autônoma
Camila I. Vannucchi FMVZ/USP-São Paulo
Carla Batista Lorigados FMU
Carla Holms Anclivepa-SP
FMV/UFSM PROVET UFPR
DMV/UFRPE
Elba Lemos FioCruz-RJ
Eliana R. Matushima FMVZ/USP-São Paulo
Elisangela de Freitas
10
FCV/UBA
Geovanni D. Cassali ICB/UFMG
Geraldo M. da Costa DMV/UFLA
Gerson Barreto Mourão ESALQ/USP
Hannelore Fuchs Instituto PetSmile
Hector Daniel Herrera FCV/UBA
Hector Mario Gomez EMV/FERN/UAB
Hélio Autran de Moraes Dep. Clin. Sci./Oregon S. U.
Hélio Langoni
FMVZ/UNESP-Botucatu
Heloisa J. M. de Souza FMV/UFRRJ
Herbert Lima Corrêa ODONTOVET
Iara Levino dos Santos
Koala H. A. e Inst. Dog Bakery
Iaskara Saldanha Lab. Badiglian
Idael C. A. Santa Rosa UFLA
Ismar Moraes FMV/UFF
Jairo Barreras FioCruz
Karin Werther
FCAV/Unesp-Jaboticabal
Leonardo Pinto Brandão Ceva Saúde Animal
Leucio Alves FMV/UFRPE
Luciana Torres
FMVZ/USP-São Paulo
Lucy M. R. de Muniz FMVZ/Unesp-Botucatu
Luiz Carlos Vulcano FMVZ/Unesp-Botucatu
Luiz Henrique Machado FMVZ/Unesp-Botucatu
Marcello Otake Sato FM/UFTO
Marcelo A.B.V. Guimarães
FMVZ/USP-São Paulo
Marcelo Bahia Labruna FMVZ/USP-São Paulo
Marcelo de C. Pereira FMVZ/USP-São Paulo
Marcelo Faustino
FMVZ/USP-São Paulo
Marcelo S. Gomes Zoo SBC,SP
Marcia Kahvegian FMVZ/USP-São Paulo
Márcia Marques Jericó UAM e UNISA
FMV/UTP
Jane Megid
Marcio B. Castro
Janis R. M. Gonzalez
Marcio Brunetto
Jean Carlos R. Silva
Marcio Dentello Lustoza
João G. Padilha Filho
Márcio Garcia Ribeiro
FMVZ/Unesp-Botucatu
UNB
Mauro J. Lahm Cardoso FALM/UENP
Mauro Lantzman Psicologia PUC-SP
Michele A. F. A. Venturini ODONTOVET
Michiko Sakate
FMVZ/Unesp-Botucatu
Miriam Siliane Batista FMV/UEL
Moacir S. de Lacerda UNIUBE
Monica Vicky Bahr Arias FMV/UEL
Nadia Almosny FMV/UFF
Nayro X. Alencar FMV/UFF
Nei Moreira CMV/UFPR
Nelida Gomez FCV/UBA
Nilson R. Benites
FMVZ/USP-São Paulo
Nobuko Kasai
FMVZ/USP-São Paulo
Noeme Sousa Rocha FMV/Unesp-Botucatu
Norma V. Labarthe FMV/UFFe FioCruz
Patricia C. B. B. Braga FMVZ/USP-Leste
Patrícia Mendes Pereira DCV/CCA/UEL
Paulo Anselmo Zoo de Campinas
Paulo César Maiorka
Biogénesis-Bagó Saúde Animal
FCAV/Unesp-Jaboticabal
FMVZ/Unesp-Botucatu
FMV/UFPR
UFRRJ
FMVZ/USP-São Paulo
DMV/UFRPE
UAM
PUC-PR
Odontovet
CMV/Unesp-Aracatuba
DCV/CCA/UEL
Universidade da Pennsylvania
FMV/UFV
FMV/UFSM
FMVZ/USP
FMV/UFF
Hovet Pompéia
FCV/UBA
Fabian Minovich UJAM-Mendoza
FMVZ/USP-São Paulo
Paulo Iamaguti
FMVZ/Unesp-Botucatu
Paulo S. Salzo UNIMES, UNIBAN
Fabiano Montiani-Ferreira João Luiz H. Faccini
Marco Antonio Gioso
Fabiano Séllos Costa
João Pedro A. Neto
Marconi R. de Farias
Jonathan Ferreira
Maria Cecilia R. Luvizotto Pedro Luiz Camargo
Jorge Guerrero
M. Cristina F. N. S. Hage Rafael Almeida Fighera
José de Alvarenga
Maria Cristina Nobre
Jose Fernando Ibañez
M. de Lourdes E. Faria
José Luiz Laus
Maria Isabel M. Martins
José Ricardo Pachaly
M. Jaqueline Mamprim
José Roberto Kfoury Jr.
Maria Lúcia Z. Dagli
Fabricio Lorenzini FAMi
Fernando C. Maiorino FEJAL/CESMAC/FCBS
Fernando de Biasi DCV/CCA/UEL
Fernando Ferreira FMVZ/USP-São Paulo
Filipe Dantas-Torres CPAM
Univ. Estácio de Sá
FCAV/Unesp-Jaboticabal
Gabriela Pidal
UEL
FMVZ/USP-São Paulo
UFRPE, IBMC-Triade
Estela Molina
FZEA/USP-Pirassununga
Carlos Roberto Daleck
Provet
Julio Cesar de Freitas
FMVZ/USP-Pirassununga
Provet
FTB
Franz Naoki Yoshitoshi
FMVZ/UFMG
CMV/Unesp-Araçatuba
FMV/UEL
FMVZ/Unesp-Botucatu
www.animalexotico.com.br
Carlos E. S. Goulart
UFERSA
Lab. Werner e Werner
M. Kogika James N. B. M. Andrade Marcia FMVZ/USP-São Paulo
Carlos Alexandre Pessoa Flávia R. R. Mazzo Carlos E. Ambrosio
FMVZ/Unesp-Botucatu
Flavia Toledo
Flavio Massone
FMVZ/Unesp-Botucatu
Francisco E. S. Vilardo Criadouro Ilha dos Porcos
FALM/UENP
FCAV/Unesp-Jaboticabal UNIPAR
FMVZ/USP
Juan Carlos Troiano FCV/UBA
Juliana Brondani
FMVZ/Unesp-Botucatu
VCA/SEPAH
DCV/CCA/UEL
FMVZ/Unesp-Botucatu FMVZ/USP-São Paulo
Marion B. de Koivisto CMV/Unesp-Araçatuba
Marta Brito
FMVZ/USP-São Paulo
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
Paulo Sérgio M. Barros FMVZ/USP-São Paulo
Pedro Germano FSP/USP
Rafael Costa Jorge Regina H.R. Ramadinha FMV/UFRRJ
Renata A. Sermarini ESALQ/USP
Renata Afonso Sobral Onco Cane Veterinária
Renata Navarro Cassu Unoeste-Pres. Prudente
Renée Laufer Amorim FMVZ/Unesp-Botucatu
Ricardo Duarte Hovet Pompéia
Ricardo G. D’O. C. Vilani UFPR
Ricardo S. Vasconcellos CAV/UDESC
Rita de Cassia Garcia FMVZ/USP-São Paulo
Rita de Cassia Meneses IV/UFRRJ
Rita Leal Paixão FMV/UFF
Robson F. Giglio
Hosp. Cães e Gatos; Unicsul
Rodrigo Gonzalez
FMV/Anhembi-Morumbi
Rodrigo Mannarino FMVZ/Unesp-Botucatu
Rodrigo Teixeira Zoo de Sorocaba
Ronaldo C. da Costa CVM/Ohio State University
Ronaldo G. Morato CENAP/ICMBio
Rosângela de O. Alves EV/UFG
Rute C. A. de Souza UFRPE/UAG
Ruthnéa A. L. Muzzi DMV/UFLA
Sady Alexis C. Valdes ICBIM/UFU
Sheila Canavese Rahal FMVZ/Unesp-Botucatu
Silvia E. Crusco UNIP/SP
Silvia Neri Godoy ICMBio/Cenap
Silvia R. G. Cortopassi FMVZ/USP-São Paulo
Silvia R. R. Lucas FMVZ/USP-São Paulo
Silvio A. Vasconcellos FMVZ/USP-São Paulo
Silvio Luis P. de Souza FMVZ/USP, UAM
Simone Gonçalves Hemovet/Unisa
Stelio Pacca L. Luna FMVZ/Unesp-Botucatu
Tiago A. de Oliveira UEPB
Tilde R. Froes Paiva FMV/UFPR
Valéria Ruoppolo
Int. Fund for Animal Welfare
Vamilton Santarém Unoeste
Vania M. de V. Machado FMVZ/Unesp-Botucatu
Victor Castillo FCV/UBA
Vitor Marcio Ribeiro PUC-MG
Viviani de Marco
UNISA e NAYA Especialidades
Wagner S. Ushikoshi
FMV/UNISA e FMV/CREUPI
Zalmir S. Cubas Itaipu Binacional
Instruções aos autores A Clínica Veterinária publica artigos científicos inéditos, de três tipos: trabalhos de pesquisa, relatos de caso e revisões de literatura. Embora todos tenham sua importância, nos trabalhos de pesquisa, o ineditismo encontra maior campo de expressão, e como ele é um fator decisivo no âmbito científico, estes trabalhos são geralmente mais valorizados. Todos os artigos enviados à redação são primeiro avaliados pela equipe editorial e, após essa avaliação inicial, encaminhados aos consultores científicos. Nessas duas instâncias, decidese a conveniência ou não da publicação, de forma integral ou parcial, e encaminham-se ao autores sugestões e eventuais correções. Trabalhos de pesquisa são utilizados para apresentar resultados, discussões e conclusões de pesquisadores que exploram fenômenos ainda não completamente conhecidos ou estudados. Nesses trabalhos, o bem-estar animal deve sempre receber atenção especial. Relatos de casos são utilizados para apresentação de casos de interesse, quer seja pela raridade, evolução inusitada ou técnicas especiais, que são discutidas detalhadamente. Revisões são utilizadas para o estudo aprofundado de informações atuais referentes a um determinado assunto, a partir da análise criteriosa dos trabalhos de pesquisadores de todo o meio científico, publicados em periódicos de qualidade reconhecida. As revisões deverão apresentar pesquisa de, no mínimo, 60 referências provadamente consultadas. Uma revisão deve apresentar no máximo até 15% de seu conteúdo provenientes de livros, e no máximo 20% de artigos com mais de cinco anos de publicação. Critérios editoriais Para a primeira avaliação, os autores devem enviar pela internet (cvredacao@editoraguara.com.br) um arquivo texto (.doc) com o trabalho, acompanhado de imagens digitalizadas em formato .jpg . As imagens digitalizadas devem ter, no mínimo, resolução de 300 dpi na largura de 9 cm. Se os autores não possuírem imagens digitalizadas, devem encaminhar pelo correio ao nosso departamento de redação cópias das imagens originais (fotos, slides ou ilustrações – acompanhadas de identificação de propriedade e autor). Devem ser enviadas também a identificação de todos os autores do trabalho (nome completo por extenso, RG, CPF, endereço residencial com cep, telefones e e-mail). Além dos nomes completos, devem ser informadas as instituições às quais os autores estejam vinculados, bem como seus títulos no momento em que o trabalho foi escrito. Os autores devem ser relacionados na seguinte ordem: primeiro, o autor principal, seguido do orientador e, por fim, os colaboradores, em sequência decrescente de participação. Sugere-se como máximo seis autores. Todos os artigos, independentemente da sua categoria, devem ser redigidos em língua portuguesa e acompanhados de versões em língua inglesa e espanhola de: título, resumo (de 700 a 800 caracteres) e unitermos (3 a 6). Os títulos devem ser claros e grafados em letras minúsculas – somente a primeira letra da primeira palavra deve ser grafada em letra maiúscula. Os resumos devem ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões, de forma concisa, dos pontos relevantes do trabalho apresentado. Os unitermos não devem constar do título. Devem ser dispostos do mais abrangente para o mais específico (eg, “cães, cirurgias, abcessos, próstata). Verificar se os unitermos escolhidos constam dos “Descritores em Ciências de Saúde” da Bireme (http://decs.bvs.br/). Revisões de literatura não devem apresentar o subtítulo “Conclusões”. Sugere-se “Considerações finais”. Não há especificação para a quantidade de páginas, dependendo esta do conteúdo explorado. Os assuntos devem ser abordados com objetividade e clareza, visando o público leitor – o clínico veterinário de pequenos animais. Utilizar fonte arial tamanho 10, espaço simples e uma única coluna. As margens superior, inferior e laterais devem apresentar até 3 cm. Não deixar linhas em branco ao longo do texto, entre títulos, após subtítulos e entre as referências. No caso de todo o material ser remetido pelo correio, devem necessariamente ser enviados, além de uma apresen-
tação impressa, uma cópia em CD-rom. Imagens como fotos, tabelas, gráficos e ilustrações não podem ser cópias da literatura, mesmo que seja indicada a fonte. Devem ser utilizadas imagens originais dos próprios autores. Imagens fotográficas devem possuir indicação do fotógrafo e proprietário; e quando cedidas por terceiros, deverão ser obrigatoriamente acompanhadas de autorização para publicação e cessão de direitos para a Editora Guará (fornecida pela Editora Guará). Quadros, tabelas, fotos, desenhos, gráficos deverão ser denominados figuras e numerados por ordem de aparecimento das respectivas chamadas no texto. Imagens de microscopia devem ser sempre acompanhadas de barra de tamanho e nas legendas devem constar as objetivas utilizadas. As legendas devem fazer parte do arquivo de texto e cada imagem deve ser nomeada com o número da respectiva figura. As legendas devem ser autoexplicativas. Evitar citar comentários que constem das introduções de trabalhos de pesquisa para não incorrer em apuds. Procurar se restringir ao "Material e métodos" e às "Conclusões" dos trabalhos. Sempre buscar pelas referências originais consultadas por esses autores. As referências serão indicadas ao longo do texto apenas por números sobrescritos ao texto, que corresponderão à listagem ao final do artigo – autores e datas não devem ser citados no texto. Esses números sobrescritos devem ser dispostos em ordem crescente, seguindo a ordem de aparecimento no texto, e separados apenas por vírgulas (sem espaços). Quando houver mais de dois números em sequência, utilizar apenas hífen (-) entre o primeiro e o último dessa sequência, por exemplo cão 1,3,6-10,13. A apresentação das referências ao final do artigo deve seguir as normas atuais da ABNT 2002 (NBR 10520). Utilizar o formato v. para volume, n. para número e p. para página. Não utilizar “et al” – todos os autores devem ser relacionados. Não abreviar títulos de periódicos. Sempre utilizar as edições atuais de livros – edições anteriores não devem ser utilizadas. Todos os livros devem apresentar informações do capítulo consultado, que são: nome dos autores, nome do capítulo e páginas do capítulo. Quando mais de um capítulo for utilizado, cada capítulo deverá ser considerado uma referência específica. Não serão aceitos apuds (Citação direta ou indireta de um autor a cuja obra não se teve acesso direto. É a citação de “segunda mão”. Utiliza-se a expressão apud, que significa “citado por”. Deve ser empregada apenas quando o acesso à obra original for impossível, pois esse tipo de citação compromete a credibilidade do trabalho). A exceção será somente para literatura não localizada e obras antigas de difícil acesso, anteriores a 1960. As citações de obras da internet devem seguir o mesmo procedimento das citações em papel, apenas com o acréscimo das seguintes informações: “Disponível em: <http://www.xxxxxxxxxxxxxxx>. Acesso em: dia de mês de ano.” Somente utilizar o local de publicação de periódicos para títulos com incidência em locais distintos, como, por exemplo: Revista de Saúde Pública, São Paulo e Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro. De modo geral, não são aceitas como fontes de referência periódicos ou sites não indexados. Ocasionalmente, o conselho científico editorial poderá solicitar cópias de trabalhos consultados que obrigatoriamente deverão ser enviadas. Será dado um peso específico à avaliação das citações, tanto pelo volume total de autores citados, quanto pela diversidade. A concentração excessiva das citações em apenas um ou poucos autores poderá determinar a rejeição do trabalho. Não utilizar SID, BID e outros. Escrever por extenso “a cada doze horas”, “a cada seis horas” etc. Com relação aos princípios éticos da experimentação animal, os autores deverão considerar as normas do SBCAL (Sociedade Brasileira de Ciência de Animais de Laboratório). Informações referentes a produtos utilizados no trabalho devem ser apresentadas em rodapé, com chamada no texto com letra sobrescrita ao princípio ativo ou produto. No rodapé devem constar o nome comercial, fabricante, cidade e estado. Para produtos importados, informar também o país de origem, o nome do importador/distribuidor, cidade e estado
Revista Clínica Veterinária / Redação Rua dr. José Elias 222 CEP 05083-030 São Paulo - SP cvredacao@editoraguara.com.br
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
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NOTÍCIAS
Feira Internacional de Produtos para Pequenos Animais e 12º Congresso Paulista de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais
O
12º Congresso Paulista de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Conpavepa) e a Feira Internacional de Produtos para Pequenos Animais (FIPPA) ocorreram entre os dias 21 e 23 de julho de 2014, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, SP, proporcionando em um mesmo ambiente espaço para a geração de negócios e plataforma de conteúdo técnico-científico para os importantes players que buscam soluções e novidades do setor pet e veterinário. Em sua décima segunda edição o congresso esgotou a venda de suas 2.000 inscrições, com uma grade formada por renomados palestrantes que abordaram temas como odontologia veterinária, ortopedia, sistema cardiorrespiratório, oftalmologia, gestão, nutrição e doenças infecciosas e parasitárias, entre outras. Já a FIPPA, em sua primeira edição, reuniu mais de 110 empresas expositoras, que, com o potencial de crescimento e desenvolvimento do mercado, investem cada vez mais em lançamentos e tecnologias para produtos e serviços voltados a alimentação, saúde animal, higiene, acessórios, serviços e equipamentos. Para J. C. Julianelli, diretor comercial da feira, “A sociedade entre uma empresa organizadora de feiras e uma entidade com um congresso de excelência (Conpavepa) só dá maior credibilidade aos eventos e aumenta a visitação, promovendo o encontro, a atualização e o fortalecimento da relação entre profissionais e a indústria de saúde animal”. O evento contou com o apoio do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP), Comissão de Animais de Companhia (Comac) e do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan).
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Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
Confira o álbum de fotos compartilhado no Facebook: http://goo.gl/ceNofQ
NOTÍCIAS
Congresso Brasileiro da Anclivepa 2015 – Submissão de trabalhos científicos
O
Congresso Brasileiro da Anclivepa (CBA) – 2015, acontecerá na Bahia e terá como sede a cidade de Porto Seguro, situada na Costa do Descobrimento. A programação está sendo preparada pela comissão científica, e ícones da medicina veterinária do Brasil e do mundo estarão presentes trazendo novidades. Inscreva seu trabalho científico e compartilhe suas experiências com os demais colegas. O prazo para submissão é 23 de fevereiro de 2015. Confira a seguir os detalhes para participar. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS 1) Para submeter um trabalho é necessário que pelo menos um dos autores, preferencialmente o responsável pela submissão do mesmo, esteja inscrito no evento. 2) O envio dos resumos dos trabalhos deverá ser feito exclusivamente pelo site do evento. 3) O prazo para submissão dos resumos é: 23/2/2015. 4) O resultado da seleção dos trabalhos será divulgado por e-mail ao autor responsável pela submissão do trabalho. 5) Após obter a aprovação do trabalho, o responsável pelo envio precisa confirmar o pagamento da inscrição de pelo menos um dos autores no evento até 8/5/2015. 6) Todos os trabalhos selecionados serão apresentados na forma de pôsteres. Os melhores trabalhos selecionados serão convidados para uma apresentação oral em sessão durante o congresso. Haverá espaço para perguntas após cada apresentação.
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INSTRUÇÕES PARA SUBMISSÃO DE RESUMOS Tipos de trabalhos aceitos: Serão aceitos os relatos científicos de um trabalho experimental ou relatos de caso, que são fruto da experiência de um caso isolado. Nas duas situações, seguir-se-á a modalidade de resumo expandido, de acordo com as normas estabelecidas: http://anclivepa2015.com.br/?page_id=188 Para submeter um resumo, proceda da seguinte maneira: 1) Faça o seu cadastro. Não é necessário efetuar o pagamento no momento do cadastro. Isso poderá ser feito após a divulgação da aceitação do seu resumo. 2) Acesse a área restrita fornecendo seu login e senha cadastrados durante a inscrição. 3) Clique no menu “Inserir Trabalhos Científicos”. 4) Siga as instruções da tela para acessar o formulário de submissão de resumos. Preencha todos os campos do formulário on line. Para cadastro dos autores, é necessário informar o número do CPF ou do passaporte (estrangeiros). 5) Antes de submeter o resumo, revise-o com atenção, pois após a datalimite de submissão de trabalhos, não será mais permitida a alteração do conteúdo dos resumos enviados. 6) Os pôsteres ficarão expostos conforme cronograma definido pela organização do congresso. 7) Não há limite de resumo por autor. Cada trabalho poderá ter, no máximo, seis autores. 8) Ao finalizar a submissão dos resumos, clique o botão “Desconectar”. 9) Após a submissão do resumo, será enviado um e-mail automático para o responsável pelo trabalho (aquele que o submeteu), confirmando as informações cadastradas. Verifique se todas estão corretas.
Caso não estejam, você deve acessar a sua área restrita e efetuar as alterações pertinentes (o que poderá ser feito até a data limite para submissão dos resumos. 10) Caso não receba o e-mail automático no mesmo dia confirmando o envio, isso significa que o resumo não foi enviado corretamente. Nesse caso, entre em contato por e-mail informando o título do trabalho e o problema ocorrido: trabalhocientificobrasil@mcigroup.com . 11) Para novos acessos à web, basta informar LOGIN e SENHA. Caso tenha esquecido, utilize a opção “Lembrar Senha”, no topo da página. INFORMAÇÕES IMPORTANTES • Compete à comissão de avaliação de trabalhos o direito de selecionar e avaliar os trabalhos a serem apresentados. • O trabalho aprovado deverá ser apresentado pelo autor ou por um dos coautores obrigatoriamente inscrito no congresso. Caso a inscrição no congresso de, pelo menos um dos autores não tenha sido feita, a apresentação será cancelada. • Os resumos serão enviados exclusivamente pelo site oficial do congresso. • Será emitido apenas 1 (um) certificado por trabalho apresentado. No certificado constará o título do trabalho e o nome dos autores. Caso nenhum dos autores compareça ao congresso, a apresentação será cancelada e o certificado não será emitido. • A decisão final da comissão avaliadora é considerada suprema, irrevogável e inapelável, e não será revista. • A comissão organizadora do congresso não será responsável pelos custos de transporte e de hospedagem ou por quaisquer outros relacionados com a apresentação dos temas livres aprovados.
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ANIMAIS SELVAGENS
Sistema Urubu de coleta de dados de atropelamento de fauna selvagem
O
Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), juntamente com seus parceiros do Projeto Malha, desenvolveu o Sistema Urubu de coleta de dados de atropelamento de fauna selvagem. O Sistema Urubu poderá ser utilizado por qualquer pessoa, independentemente do seu conhecimento de biologia e ecologia, para contribuir com a identificação de locais onde ocorrem os atropelamentos de fauna selvagem. Na versão atual, o Sistema Urubu se baseia em fotografias georreferenciadas pelo GPS de celulares ou tablets, que são enviadas para o CBEE e depois liberadas no Banco de Dados Brasileiro de Atropelamento de Fauna Selvagem (BAFS). O Sistema Urubu foi concebido para que se possam enviar dados confiáveis e padronizados de fauna selvagem atropelada ao CBEE. Através do sistema, toda foto será vinculada à posição geográfica obtida com o GPS. O aplicativo não tem por finalidade o envio de dados de atropelamento de animais domésticos (cachorro, gato, vaca, galinha etc.) ou de seres humanos. Para os pesquisadores ou consultores que realizam amostragens sistemáticas de monitoramento de fauna atropelada, em breve estará sendo lançada uma versão mais funcional. Maiores informações podem ser obtidas pelo e-mail para cbee@dbi.ufla.br . O CBEE está sediado na Universidade Federal de Lavras, MG. Foi criado em 24 de fevereiro de 2012 e tem como meta ser um centro de excelência em pesquisa, capacitação, desenvolvimento de tecnologia e estabelecimento de políticas públicas em temas que relacionem empreendimentos viários (rodovias e ferrovias) e biodiversidade.
Baixe o Sistema Urubu, aplicativo para Android: http://goo.gl/8uquAg
O Brasil tem se tornado o mais atraente país para estudos de ecologia de estradas no mundo, devido a nossa atual condição econômica, investimentos em infraestrutura, megadiversidade, incentivos à pesquisa e relações internacionais. Segundo as Por outro estimativas do CBEE, 15 animais morrem nas estradas lado, a ambrasileiras a cada segundo, pliação da 1.296.000 a cada dia e legislação 473.000.000 por ano ambiental – sobretudo no que tange ao estabelecimento de normas mais rígidas para o licenciamento ambiental de empreendimentos de médio e grande porte – obriga todas as instituições e empresas vinculadas a esse processo a estarem cientes de suas responsabilidades.
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Atropelamentos na MG 347
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ANIMAIS SELVAGENS
A medicina veterinária de animais selvagens e o dr. Fowler
O
XVII Congresso e XXIII Encontro da ABRAVAS acontece durante os dias 6 e 10 de outubro, no Zoológico de São Paulo, SP. Bastante apropriado é o tema que o dr. Zalmir Cubas vai expor logo após a cerimônia de abertura do congresso: a “Medicina veterinária de animais selvagens no Brasil: a importância de Murray Fowler”. Um dos grandes especialistas na área, o dr. Cubas foi um dos que teve a felicidade de conviver com o dr. Fowler durante suas vindas ao Brasil, nas quais sempre se empenhou em compartilhar
informações de todo tipo: médicas, de segurança, de profissionalismo, entre outras. Inclusive, o Zoológico de São Paulo, local de realização do congresso de 2014, na década de 90 ofereceu sua estrutura para a realização de um curso teórico-prático com o dr. Murray Fowler, curso esse que se encontra amplamente registrado na edição n. 9, de 1997, da revista Clínica Veterinária. A própria foto da capa dessa edição, um mico-leão-
Em 1997, ficou registrado, na revista Clínica Veterinária n. 9, o excelente curso teórico-prático ministrado pelo dr. Murray Fowler no Zoológico de São Paulo, SP. Essa edição ainda não está no acervo digital, mas há exemplares em estoque: 0800 887.1668
Dr. Murray Fowler durante palestra no Zoológico de São Paulo, em 1997
6 a 10 de outubro São Paulo - SP
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dourado, foi gentilmente cedida pelo dr. Murray Fowler. Os momentos passados com o dr. Murray Fowler são inesquecíveis, e a expressão veterinary legend é extremamente apropriada para definir esse grande mestre que em maio de 2014, passou a compartilhar seu conhecimento por meio do seu legado. Na sequência da programação, o congresso traz um tema atual e de grande importância para o manejo de animais selvagens em cativeiro e em vida livre: a contracepção em animais selvagens, tema apresentado por Anneke Moresco. Esse tema está sempre em pauta quando temos de lidar com situações que envolvem o tráfico de animais, o controle da população em cativeiro e o controle em vida livre – talvez um dos mais difíceis de resolver por causa da possível inclusão de uma questão bastante discutida: a caça. Em face da sua importância, também haverá o minicurso Contracepção e Patologia Reprodutiva em Animais Selvagens. A programação científica detalhada, informações sobre o pré-congresso e outras informações estão disponíveis em http://congressoabravas.com.br .
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ECOLOGIA
Zoológicos: diversão para uns, sofrimento para outros Por Arthur de Vasconcelos Paes Barretto - CRMV-MG 10.684
L
amentavelmente, o final do período das férias de julho será inesquecível para um menino de 11 anos. Ele era destro e terá que aprender a fazer tudo com a mão esquerda, pois perdeu um braço ao interagir indevidamente com o tigre Hu em área dos recintos de grandes felinos proibida para visitantes. Momentos antes, o menino também havia interagido com um leão. Abaixo, algumas imagens do vídeo publicado na internet e link
para matéria jornalística que divulgou o acidente. Educação ambiental e proteção de animais selvagens “Precisamos urgentemente encerrar as atividades dos zoológicos como casa de shows, encerrar a criação de espécies exóticas e iniciar a sério a educação ambiental e a proteção de animais selvagens”, destaca o dr. Alexander Welker Biondo, médico veterinário e diretor do Departa-
mento de Pesquisa e Conservação da Fauna da Prefeitura de Curitiba, PR. “A aquisição de novos animais para o acervo de zoológicos deveria ser feita preferencialmente com animais da fauna nativa provenientes de apreensões, em condições de maustratos, mutilados ou que não possam mais ser devolvidos ao seu habitat natural”, acrescenta o dr. Biondo. De uma forma geral, os grandes felinos se reproduzem com facilidade. Inclusive os exóticos, como os leões
Diversos vídeos foram publicados na internet sobre o caso do menino de 11 anos que perdeu o braço direito ao tentar interagir indevidamente com um tigre em cativeiro (zoológico de Cascavel, PR). Para compartilhar com os leitores da Clínica Veterinária, selecionamos um vídeo publicado pelo Jornal da Cultura. As cenas gravadas por um cinegrafista amador e inseridas no noticiário mostram que o menino interagiu com um leão antes da ocorrência fatídica com o tigre. http://youtube/qesn3A5Y6gQ No zoológico de Cascavel, apesar de os recintos dos grandes felinos estarem de acordo com as normas do IBAMA, o ocorrido mostra que elas não são suficientes para garantir a segurança dos visitantes. Vale ressaltar que a segurança dos animais também precisa ser preservada. É necessário e urgente criar leis ou regulamentos que determinem um padrão arquitetônico nos recintos que impeça os visitantes de se aproximarem ou terem contato com os animais
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ECOLOGIA
e os tigres. Por isso, o dr. Biondo, que também desenvolve trabalho de controle da população de cães e gatos em Curitiba, faz um alerta sobre a realidade que envolve tanto o controle da população de cães e gatos quanto de grandes felinos: “Não adianta castrar os cães de rua se continuam abandonando caixas de papelão com filhotes dentro. Não adianta combater a reprodução de animais exóticos em zoológicos se há criadores particulares reproduzindo-os comercialmente. É vital que os zoológicos em atividade compartilhem com seus visitantes o desenvolvimento de programas continuados de preservação da fauna nativa brasileira, a importância do combate ao tráfico de animais selvagens e os riscos da introdução de fauna exótica”, complementa o dr. Biondo. Centro de proteção à vida animal O pensamento compartilhado pelo dr. Biondo também se faz presente em Belo Horizonte, MG, por meio do projeto de lei 87/2013 (http://goo.gl/1Iu4lP), do vereador Leonardo Mattos (PV), que transforma o zoológico de Belo Horizonte em Centro de Proteção à Vida Animal. Alguns pontos importantes desse projeto de lei municipal que segue em tramitação são a proibição da instalação de zoológicos de caráter público ou privado, cujo objetivo seja exclusivamente a visitação pública, o lazer e/ou a contemplação dos animais, e a reforma de recintos visando fornecer o espaço e as condições ambientais que se aproximem o máximo possível dos habitats naturais de cada espécie mantida em cativeiro. O sofrimento dos animais mantidos em zoológicos Grande parte da população pode desconhecer o sofrimento dos animais que estão em zoológicos, mas isso vem cada vez mais sendo alertado por organizações não governamentais que tentam preservar a integridade 20
Trinta e seis anos de solidão e tédio são suficientes. Free Mali é uma das campanhas desenvolvidas pela PETA AsiaPacific: http://www.freemali.com O vídeo compartilhado na campanha destaca a claudicação e a dor sentida por Mali
Mali tem dor durante as 24h do dia: http://bcove.me/xh5yqupp
Ajude Mali a ir para um santuário: http://www.freemali.com/take-action.aspx
dos animais e, em algumas situações, conseguir sua remoção para locais mais apropriados ou santuários. O sofrimento é bastante visível em animais que têm hábitos ligados à vida em grupo e que vivem isolados e sozinhos. Isso acontece frequentemente com os elefantes. Por isso tem aumentado, em diferentes partes do mundo, o número de campanhas destinadas a conseguir a remoção de elefantes em maltratados ou vivendo em condições inadequadas para santuários. Um exemplo é a campanha Free Mali, desenvolvida pela Peta AsiaPacific – http://www.freemali.com . Inclusive, de acordo com a nova regra estabelecida pela Associação de Zoos e Aquários (Association of Zoos and Aquariums – AZA – http://www.aza.org ), até 2016 todos os elefantes em cativeiro devem ser alojados com pelo menos dois outros, como se a “imitar o status de um grupo social em liberdade”. Para muitos, tal exigência é vista como o mínimo esforço que deve ser feito
para melhorar o bem-estar desses animais dotados de alta inteligência. O sofrimento da vida isolada também afeta outras espécies animais, como os chimpanzés. Em 2005, o dr. Heron Santana, promotor de Justiça do Meio Ambiente de Salvador, juntamente com 4 professores de direito, 5 associações de defesa dos animais e 8 estudantes de direito, ingressou com o pedido de habeas corpus em favor da chimpanzé Suíça, que se encontrava no Zoológico de Salvador. O caso se tornou referência mundial, por ser o primeiro caso em que um animal foi reconhecido como sujeito de direito. Porém, apesar de todos os esforços e da obtenção do habeas corpus, ela faleceu antes de poder ser removida para o santuário. Uma situação semelhante, atual e que ganhou a mídia internacional ocorre no Zoológico de Mendoza, na Argentina. É lá que ainda vive Arturo, um urso polar que desde 2012, quando faleceu sua companheira, está em depressão. Arturo
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é outro exemplo de eterno sofrimento. Ele sofreu a remoção das garras, procedimento cruel e que o limita uma vida solitária, pois dependeria delas para se defender em um ambiente com outros da sua espécie.
Arturo, “o urso mais triste do mundo”
vem se popularizando como “o urso mais triste do mundo” (http://www. greenpeace.org.ar/osozoo). Tentouse conseguir a sua remoção para um santuário, mas a justiça local foi contra o procedimento. Esse caso encontra-se relatado na edições n. 108 e n. 109 da versão em espanhol da revista Clínica Veterinária (ISSN 2237874X) – http://www.revistaclinicaveterinaria.com A história do leão Rawell, que se encontra detalhada nesta edição na seção de Medicina Veterinária Legal,
Programa Educação Ambiental Humanitária em Bem-Estar Animal - EAHBEA Em paralelo às ações destinadas a coibir a cruel exibição de animais e levadas a efeito nos próprios zoológicos, são vitais as ações diretas nas escolas, como as proporcionadas pelo Programa EAHBEA. O principal objetivo da EAHBEA é a introdução do ensino dos preceitos da ciência do bem-estar animal no sistema escolar brasileiro e a devida capacitação de educadores por meio de convênios com secretarias municipais e estaduais de Educação e outras instituições educativas, para que estes possam desenvolver o tema com seus alunos, de forma contínua, consistente e transdisciplinar. A EAHBEA propicia também uma ferramenta destinada a tratar da questão de altos índices de violência registrados em diversas cidades brasileiras, que se traduzem no ambiente escolar
pelo chamado bullying (perseguição ou intimidação). Dessa forma, a EAHBEA vem trazer sua essencial contribuição para a formação de cidadãos mais responsáveis, informados, participativos e conscientes de suas ações! Os princípios do programa educativo EAHBEA são os seguintes: • interdependência – reconhecer como os seres humanos interagem com outros animais e compartilham o meio ambiente com outros seres vivos; • empatia – reconhecer que os animais têm necessidades espécie-específicas e são seres sencientes; • conhecimentos – compreender como as ações humanas podem afetar os animais e o meio ambiente e as formas de minorar esse impacto; • valores – desenvolver e demonstrar atitudes de compaixão, respeito e responsabilidade para com todos. A EAHBEA faz eco à mudança de atitudes e valores preconizada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, propondo um paradigma biocêntrico de respeito à vida, e se insere na Educação Ambiental, obrigatória no Brasil desde 1999. O curso EAHBEA, com carga de 8
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ECOLOGIA
horas, é realizado gratuitamente pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, e o material didático é patrocinado pela indústria de embalagens Tetra Pak. O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal também está dando acompanhamento, no Congresso Nacional, a emendas que introduzem formalmente o ensino de preceitos de bem-estar animal à Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), como um dos princípios da educação ambiental. Para mais informações, entre em contato com: e.macgregor@forumnacional.com.br ou info@forumnacional.com.br .
Muitos municípios em vários estados brasileiros já participam do programa EAHBEA. Levá-lo para o seu município é muito fácil. Invista no EAHBEA
Macaco-aranha ataca invasor do seu recinto: http://youtu.be/tF7rUVBEosc
Segurança nos zoológicos De uma forma geral, os animais mais perigosos em zoológicos são os chimpanzés, leões, tigres, hipopótamos e elefantes. Porém, sempre se deve manter a atenção e o cuidado com outras espécies, mesmo que sejam de pequeno porte e aparentemente amistosas. Já foram relatados vários acidentes com primatas não humanos, e os com chimpanzés pode ser os piores. Os macacos-prego ou saguis, apesar do pequeno porte, também podem causar mordeduras. No vídeo compartilhado ao lado, registrado em um zoológico do interior de São Paulo, SP, um visitante embriagado penetra no lago que fica no entorno da ilha de macacos-aranha e é recebido como invasor, sendo atacado e ferido pelos habitantes do recinto. Alguns animais também são hábeis em arremessar objetos e causar acidentes, como os primatas não humanos e os elefantes. Uma pedra ao alcance de animais com essas habilidades pode ser fatal. Por isso, é importante que as visitas a zoológicos sejam feitas primando pela observação, atenção e, preferencialmente, em silêncio.
Experiência africana Em Groblersdal, na África do Sul, a três horas de Johannesburg, encontra-se o Jugomaro Predator Park. Os menores de 16 anos podem conhecer as “feras” pelos vídeos no YouTube, pois a visitação é proibida para eles. http://jugomaro.co.za
De frente para o tigre: http://youtu.be/x95rIAT8ei8
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BEM-ESTAR ANIMAL
Declaração de Curitiba segue exemplo Fonte: Ascom/CFMV http://goo.gl/Bd8Xmd da Declaração de Cambridge Ascom/CFMV
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Ascom/CFMV
Dra. Carla Molento segura a Declaração de Curitiba ao lado do dr. Philip Low, que mostra a Declaração de Cambridge. A Declaração de Curitiba (ao lado), formalizada durante o III Congresso Brasileiro de Bioética e Bem-estar Animal, foi elaborada por especialistas brasileiros e pelo neurocientista norte-americano Philip Low. O documento afirma que os animais não podem ser tratados como coisas. Declaração de Curitiba No dia 7 de agosto de 2014, durante o III Congresso Brasileiro de Bioética e Bem-estar Animal, os participantes, considerando as discussões e as ideias apresentadas, decidiram fazer a seguinte declaração: “Nós concluímos que os animais não humanos não são objetos. Eles são seres sencientes. Consequentemente, não devem ser tratados como coisas”.
“Fomos muito além das expectatim dos maiores legados que o III Congresso Brasileiro de vas nesses três dias únicos (nos quais Bioética e Bem-estar Animal o congresso foi realizado), em termos deixa é a Declaração de Curitiba, que de desenvolvimento científico e de oficializa a posição de seus signatá- integração, já que a Declaração de rios de que os animais não humanos Curitiba terá um potencial muito não são objetos, mas seres sencientes grande para auxiliar as ações relativas – ou seja, capazes de sentir dor e pra- aos animais em todas as esferas, zer – e que, por isso, não podem ser sejam elas científicas ou educacionais”, comemorou dra. Carla, que, tratados como coisas. A iniciativa da elaboração do docu- além de integrar a Comissão de Ética, mento surgiu por parte de dois pales- Bioética e Bem-estar Animal (Cebea), trantes: o neurocientista norte-ameri- do Conselho Federal de Medicina Vecano Philip Low, conhecido no terinária (CFMV), presidiu a comismundo científico por ter idealizado a são organizadora do congresso. A Declaração de Curitiba reforça a Declaração de Cambridge – assinada por 25 especialistas de renome inter- ideia de que os animais não podem ser nacional – sobre a consciência dos tratados como propriedade de alguém. É o que defende Low, que completa: animais; e o advogado “Ela (a Declaração de Curitiba) é brasileiro, PhD e importante por ser o limite para pós-doutor Daniel quem faz as leis, que devem Braga Lourenrefletir a forma como os aniço. Os dois mais devem ser tratados. Isso procuraram a não é uma declaração de cienmédica veteritistas, é um contrato”, enfatiza nária, PhD e o neurocientista. pós-doutora Especialista em Assinaram o doCarla Molento direito dos animais, cumento palestranpara amadurecer o dr. Daniel Braga tes de renome naa ideia. A partir Lourenço é autor cional e internadaí, teve início uma do livro Direito dos cional, autoridades discussão ativa para a redaanimais - fundae participantes do ção do documento com a partici- mentação e novas congresso. pação dos três, que ainda contou perspectivas O III Congresso com a colaboração da dra. Louise Bousfield de Lorenzi Tezza. Também Brasileiro de Bioética e Bem-estar presenciaram o encontro a dra. Luiza Animal foi organizado pelo CFMV Schneider S. Castro, o dr. Ernani em parceria com a UFPR e ocorreu Francisco Choma e o dr. Marcelo entre os dias 5 e 7 de agosto de 2014 e reuniu cerca de 700 congressistas. Weinstein Teixeira. Curta nosso álbum do III Congresso Brasileiro de Bioética e Bem-estar Animal http://goo.gl/4e9QFW
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BEM-ESTAR ANIMAL
Incentivo ao uso de métodos alternativos no ensino
O
uso de animais vivos no ensino, tanto para aulas práticas quanto para projetos que envolvem experimentação, está em
crescente contestação entre docentes, alunos e pesquisadores da área de ciências biológicas. É nesse cenário que o projeto AWIN (Animal Welfare Indicators), sob coordenação do professor doutor Adroaldo Zanella, em parceria com a WPA (World Animal Protection), representada pela dra. Rosângela Ribeiro, e em colaboração com o GEBEAUSP (Grupo de Estudos de Bem-Estar Animal da Universidade de São Paulo) e o CECSBE (Centro de Estudos Comparativos de Saúde e Bemestar), realizou, de 7 a 10 de agosto, no 41º CONBRAVET, em Gramado, RS, uma exposição de modelos e manequins de animais, com o objetivo de fomentar os métodos alternatiModelos expostos no stand do AWIN. vos que possam substituir o uso Foto gentilmente cedida pela WPA prejudicial de animais no ensino nos cursos de medicina veterinária. Os modelos utilizados na exposição, gentilmente cedidos pela Universidade Anhembi Morumbi, SP, pela Universidade de Hannover e pela Universidade de Edimburgo, permitem, cada um com a sua função, a prática de intubação oroEquipe do GEBEA-USP no stand do AWIN traqueal, ventilação
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controlada, coleta de sangue através do acesso cefálico e jugular, incisão cirúrgica, auscultação cardíaca, aferição do pulso femoral e a observação em 3D da anatomia topográfica de um gato. A substituição dos animais pelos métodos alternativos, tais como modelos, manequins, vídeos e simuladores, não deve ser vista como uma prática extremista, mas sim como um investimento a longo prazo, que contribui para uma formação mais humanista dos futuros profissionais da área, sem que haja comprometimento pedagógico, além de garantir melhores condições de bem-estar aos animais utilizados na educação. Abaixo, endereços para obter mais informações sobre o Projeto AWIN ou sobre os métodos alternativos no ensino: gebea.usp@gmail.com info@worldanimalprotection.org.br www.animalwelfarehub.com www.facebook.com/gebea.usp
Christine Henriques dos Santos Graduanda em Medicina Veterinária pela FMVZ/USP. Membro do GEBEA-USP e do Projeto Santuário. jschris45@hotmail.com
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ESPECIALIDADES
Congresso Paulista das Especialidades
O
Congresso Paulista das Especialidades conta com uma variada programação científica cuidadosamente planejada para atender às diversas especialidades durante os seus três dias de duração, com especialistas de renome em diversas áreas: anestesiologia, dermatologia, oncologia, nefrologia, urologia, nutrição, cardiologia, medicina de felinos, odontologia, oftalmologia, endocrinologia, metabologia, terapia intensiva, fisioterapia, reprodução, medicina alternativa, ortopedia e geriatria, entre outras. Além do congresso, estão programados eventos como o Encontro de Terapeutas do Comportamento Animal, o Congresso Brasileiro de Estética Animal e o Seminário de Gestão e Marketing.
Encontro de Terapeutas do Comportamento Animal Este ano, especialistas em comportamento estarão reunidos em evento especial, o I Encontro de Terapeutas do Comportamento Animal – "Mutidisciplinaridade: juntos somos muito melhores". Esse encontro reunirá profissionais de destaque em diversas aéreas que abrangem os temas relacionados a psicologia, adestramento, saúde, relação entre homem e animal, o comportamento do animal no consultório e a contribuição do profissional médico veterinário. Entre eles estão: profa. dra. Daniela Ramos, MVs Joice Peruzzi, MV MSc Carolina Rocha, MV MSc PhD Mauro Lantzman, MV MSc Lígia Panachão, adestradora Denise Falck, MV MSc Alida Gerger e o zootecnista MSc Alexandre Rossi.
Congresso Brasileiro de Estética Animal (CBEA) A Pet South America, em parceria com a Pet Society e o Pet Center Marginal, realizam o congresso que fará história na Pet South America: o Congresso Brasileiro de Estética Animal. Nesta edição, entre outros palestrantes, o congresso receberá Lindsey Dicken. A groomer americana vencedora de todas as competições de tosa apresentará no Brasil, pela primeira vez, as técnicas que usa em poodle e bichon frisé. O congresso contará também com a expertise de Clayton Muniz, tricampeão na categoria Poodle Class no Intergroom. Coordenado pelo groomer William Galharde, o congresso ocorrerá no dia 29 de outubro, durante a Pet South America 2014.
Confira a programação completa em www.petsa.com.br
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ESPECIALIDADES
Novos centros de reabilitação animal Atenção à SEPSE
N
o dia 12 de agosto, em Taubaté, SP, foi inaugurada mais uma unidade da Pet Fisio, localizada na Rua Maria Joaquina de Almeida, 28. Essa foi a décima primeira unidade inaugurada, e até final do ano, serão inauguradas mais quatro. No dia 18 de setembro (quintafeira) serão inauguradas as Unidades Pet Fisio/Fisio Care das cidades de Santo André e São Caetano do Sul, que contarão com uma palestra sobre "Afecções ortopédicas e neurológicas:
Pet Fisio Taubaté
INVESTIMENTO ATÉ 9/9 estudante sócio 350,00 estudante não-sócio 570,00 e residentes profissional-sócio 480,00 profissional não-sócio 970,00 co-irmãs (ABEV, ABOV, 870,00 AMVECOM, ANCLIVEPA, SPMV, SBDV)
como tratar?", com o dr. Ricardo Stanichi Lopes, diretor da Rede Pet Fisio e Fisio Care Pet (www.redepetfisio.com.br). A Rede Pet Fisio também se dedica a oferecer cursos na área e está habilitada a ministrar o curso prático para a obtenção do título internacional mais importante em fisioterapia veterinária: o CCRP (Canine Certified Rehabilitation Practitioner).
o dia 8 de agosto, no Rio de JaN neiro, RJ, o Hospital Veterinário Botafogo realizou o II Simpósio de
Sepse em Medicina Veterinária. Você sabe o que é a sepse? Qual é a mortalidade por sepse na clínica de pequenos animais? Quais são os tipos de infecção que podem evoluir para a sepse? Em cães e gatos, quem tem mais risco de adquiri-la? Como a sepse pode ser diagnosticada? O tratamento da sepse exige recursos sofisticados? Como é o tratamento? É possível prevenir a sepse? Palestrantes de destaque estiveram presentes, dando sua contribuição para esse importante simpósio, que teve como ponto crucial a identificação da sepse pelo clínico. Quanto mais o clínico prevenir, identificar precocemente e tratar adequadamente a sepse mais vidas serão preservadas.
Homeopatia
Pet Fisio na região do ABC Paulista
ATÉ 9/10 APÓS 9/10 400,00 450,00 670,00 770,00 530,00 1070,00 970,00
580,00 1170,00 1070,00
e 29 de seD tembro a 3 de outubro, das 19h
às 22h, será realizado um curso com discussão de casos clínicos por meio da homeopatia. A repertoriação com ferramenta gratuita e disponível na internet será destaque no curso, que conta com apenas 30 vagas. O curso é uma realização da Associação dos Ex-alunos da FMVZ-USP e é coordenado pelo dr. Nilson Benites. Informações: http://goo.gl/dGYl9l 32
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO
Andrey Kuzmin
Castração pediátrica
A
esterilização cirúrgica é fundamental para reduzir o número de cães abandonados ou recebidos nos abrigos. Uma grande variedade de programas tradicionais e não tradicionais de castração oferece informação e exemplos que podem auxiliar a decidir qual a abordagem mais efetiva para reduzir o número de cães e ninhadas abandonados. Estudos feitos nos Estados Unidos concluíram que quanto mais tempo os cães e gatos passam dentro dos abrigos, mais aumenta o risco de doenças, além dos custos adicionais com pessoal, espaço e suprimentos. Desse modo, o tempo despendido com filhotes à espera de esterilização deve ser o mais curto possível, e a esterilização pediátrica deve ser sempre considerada em cães machos e fêmeas com menos de seis meses de vida e suficientemente sadios para serem submetidos a anestesia e cirurgia. Por pelo menos quatro décadas, a tradicional idade para a ovário-histerectomia/orquiectomia de cães e gatos foi de no mínimo seis meses de vida, curiosamente sem evidências históricas de respaldo científico. Provavelmente a idade mínima de seis meses surgiu em meados do século passado como forma de prevenção de complicações cirúrgicas e/ou anestésicas, sendo recomendada com base no final do esquema de vacinação ou atingida a maturidade sexual. O termo “castração pediátrica” foi definido para descrever a ovário-histerectomia/orquiectomia em cães e gatos com menos de seis meses de vida, embora muitos médicos veterinários prefiram definir o termo como as castrações precoces realizadas no intervalo entre seis e dezesseis semanas (1,5 a 4 meses) de vida. As técnicas cirúrgicas pediátricas e os programas de castração em gran-
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A castração pediátrica pode prevenir a reprodução de 15-20% dos animais que teriam filhotes antes da castração tradicional
de volume e com alta qualidade surgiram na década de 1980, sendo reforçados com a medicina veterinária do coletivo (shelter medicine) nos Estados Unidos, e muitos desses protocolos e padrões de cuidados são rotina dentro da comunidade dos abrigos americanos. Embora sendo utilizados há décadas, alguns desses procedimentos não foram ainda absorvidos pela comunidade veterinária em geral, levando alguns clínicos a acreditar que não são comprovados, seguros ou úteis, e portanto seriam desnecessários. Embora as complicações da castração pediátrica de cães e gatos incluam desde discreto edema escrotal ou incisional, reações à sutura e suturas muito apertadas até deiscência, overdose química, infecção e morte, não há evidência científica de que sejam de maior risco quando comparadas às castrações realizadas em animais com mais de seis meses de vida. Além disso, são controver-
sos e de resultados conflitantes os estudos que avaliam as complicações a médio e longo prazo, como retardo do crescimento osseoesquelético, fraturas ósseas, displasia coxofemoral, problemas em ligamentos, no trato urinário e no comportamento, infecção urinária, câncer e obesidade. Em contrapartida, são inegáveis os benefícios da redução da idade recomendada para castração de cães e gatos, e muitos abrigos nos Estados Unidos realizam castrações de rotina entre seis e oito semanas de vida, ou quando o animal atinge o peso de 2 libras (900 gramas). Vários estudos mostram que os gatos podem atingir a maturidade sexual aos 3,5 meses de idade, que a castração pediátrica pode prevenir a reprodução de 1520% dos animais que teriam filhotes antes da castração tradicional, que 20% dos gatos tiveram ninhadas previamente à castração e que a maioria (acima de 53%) das ninhadas nascidas são indesejáveis. Além disso, a
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castração previne piometria, hipertrofia prostática, prostatite e abscessos por mordedura de gatos, além da redução do abandono de animais devido aos distúrbios de comportamento relacionados ao hormônio sexual, como agressão e urina de gatos machos, sangramento, brigas durante o cio e ninhadas indesejáveis. Um completo exame clínico deve ser realizado pelo médico veterinário, se possível com realização de hemograma e perfil bioquímico, além de testes sorológicos como o de leucemia felina, lembrando que o hematócrito do filhote é normalmente mais baixo, entre 28 e 35%. Pacientes pediátricos têm um sistema enzimático hepático imaturo, baixa de proteínas ligadoras de drogas e diminuição na taxa de filtração glomerular, causando alteração no metabolismo e excreção de drogas. Além disso, consomem mais oxigênio, são predispostos à hipoglicemia e durante a anestesia são suscetíveis à hipotermia, devido à maior proporção de área de superfície por volume corpóreo e à baixa percentagem de gordura corpórea. Durante o jejum pré-anestésico, os filhotes entre seis e dezesseis semanas de vida devem receber uma refeição liquefeita ou facilmente digerível de duas a quatro horas antes da cirurgia, para evitar a hipoglicemia. A anestesia deve ser feita em local calmo, junto com a ninhada, com o mínimo manuseio. O procedimento cirúrgico da castração pediátrica na fêmea é mais rápido e fácil que no animal adulto, pois os ovários são mais fáceis de se visualizar e exteriorizar, com pouca gordura abdominal. Nos machos, uma incisão escrotal única pode ser suficiente, e sempre se devem remover ambos os testículos. Normalmente os testículos descem até no máximo oito semanas de vida nos gatos e dezesseis semanas de idade nos cães, mas os machos de ambas as espécies são considerados criptorquídeos somente após os seis meses de idade. O pós-operatório deve ser feito com o 36
Wallenrock
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Evidências mostram que a castração pediátrica: 1) reduz o risco de tumores mamários em cadelas e gatas; 2) retarda o fechamento fiseal de ossos longos e consequentemente leva a um aumento menor desses ossos em cães, e provavelmente também em gatos; e 3) produz mais características sexuais secundárias juvenis tanto em cães como em gatos, sendo que os itens 2 e 3 não foram associados a efeitos adversos na saúde animal
restante da ninhada e coberto de modo a ter calor e familiaridade, com alimentação dentro da primeira hora após o retorno anestésico. Os animais podem ser liberados no mesmo dia da cirurgia, pois a recuperação anestésica e a cicatrização são mais rápidas que as dos adultos. A tatuagem de pacientes pediátricos é fundamental, pois a cicatriz cirúrgica pode ser de difícil visualização e palpação mais tarde na vida do animal, e é feita lateralmente à incisão cirúrgica nas fêmeas, pré-escrotal nos cães e próximo à região umbilical nos gatos. Em conclusão, os filhotes de cães e gatos podem ser segura e efetivamente castrados se forem tomados os cuidados anestésicos e cirúrgicos adequados. A castração pediátrica é essencial no esforço se assegurar que todos os animais sejam adotados já castrados. A taxa de complicações perioperatórias na castração pediátrica observadas até o momento não são maiores (e podem ser menores) que as observadas na castração tradicional.
Referências
Appel L, Scarlett J. Pediatric Neutering. In: Shelter Medicine for Veterinarians and Staff. Editors: Lila Miller and Stephen Zawistowski. 2nd Ed. Wiley-Blackwell, 2013. Aronsohn MG, Faggella AM. Surgical Techniques for neutering 6-14 week old kittens. JAVMA, 202: 53-55, 1993. Kustritz MV. Determining the optimal age for gonadectomy of dogs and cats. JAVMA, 231, 1665-1675, 2007. Spain CV, Scarlett JM, Houpt KA. Long-term risks and benefits of early-age gonadectomy in cats. JAVMA, 224, 372-379, 2004. Spain CV, Scarlet JM, Houpt KA. (2004). Long-term risks and benefits of early-age gonadectomy in dogs. JAVMA, 224, 380387.
Alexander Welker Biondo MV, MSc, PhD. Departamento de Medicina Veterinária da UFPR - Universidade Federal do Paraná. Diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna da Prefeitura de Curitiba abiondo@illinois.edu
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Maus-tratos aos animais e violência à mulher, à criança e ao idoso: existe elo entre eles?
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) de- Figura 1 – Elo das formas de violência contra a vida segundo o dr. Phil Arkow clara a violência como (consultor da American Society for the Prevention of Cruelty to Animals e do Animals & Society Institute). um crescente problema de saú- “A violência familiar é uma questão de poder e de pública e alerta os estados- controle. Frequentemente, a escolha da vítimembros a avaliar e comunicar ma depende da oportunidade. Quando um à organização os casos de vio- membro da família sofre abuso, todos os lência ocorridos em seus ter- outros na família estão sob risco”. Phil ritórios. Embora seja de com- Arkow, Breaking the cycles of violence: a plexa e difícil caracterização, practical guide (Alameda: Latham Foundation, necessitando inclusive de equi- 1995). pe intersetorial, a OMS considera a agressão contra animais ou obje- Figura 2 - O médico veterinário, em sua rotina, deve estar atento a alguns sinais tos pessoais um ato de violência física que podem indicar a ocorrência de violência doméstica e abuso de animais: moderada contra seus donos. !Ausência de explicação sobre o ocorrido; Diversos estudos mostram correla!Explicações inconsistentes, incompatíveis com a ções positivas entre casos de mausgravidade da lesão; tratos a animais e abuso às crianças, !Histórias discrepantes, versões diferentes do ocoraos idosos, violência doméstica e rido; outras formas de violência contra pes!Histórico de lesões ou mortes de diferentes anisoas fisicamente vulneráveis (Figura mais provenientes da mesma casa ou proprietário; 1). Um estudo nos Estados Unidos da !Falta de interesse pelo animal; América (EUA) mostrou que !Comportamento estranho ou até mesmo agressivo 106/153 (69,3%) dos criminosos que do proprietário diante dos questionamentos. FAMÍLIA cometeram abuso contra animais tiveram envolvimento em outros crimes violentos, porte de drogas ou armas. Além disso, foram mais sus!O animal demonstra medo diante do proprietário; cetíveis de cometer violências contra !O animal demonstra alegria quando separado do pessoas (5,4 vezes) e contra a proproprietário; priedade (4 vezes), e ainda mais pro!O animal é levado ao veterinário por sofrer lesõespensos a cometer crimes relacionanão usuais e repetitivas. dos ao uso de drogas (3,4 vezes). A violência também tem relação CÃO específica com a mulher e a criança: Fonte: The International Handbook of Animal Abuse and Cruelty, 2008 - http://goo.gl/s0CfVk 54/100 (54%) mulheres que procuraSegundo esses estudos, os animais de conduta e exame para auxiliar a reram abrigo por violência doméstica nos EUA relataram que o marido já domiciliados podem atuar como sen- conhecer, avaliar e caracterizar os havia ferido ou matado seus animais tinelas de casos de violência domés- maus-tratos perpetrados contra os de companhia (Figura 2). Esse mesmo tica, e os maus-tratos contra eles po- animais. Os casos intencionais de estudo sugeriu que a gravidade dos dem ser um bom indicador de outros maus-tratos relacionados a outras forabusos sofridos pelos animais pode tipos de violência dentro ou fora da mas de violência podem ser identificaaumentar à medida que a violência família envolvendo particularmente dos por meio da análise conjunta dos doméstica se agrava. As crianças animais de companhia no ciclo da vio- fatores (comportamento da família, expostas à violência em suas casas lência familiar. Algumas associações exame clínico e comportamento do foram mais propensas a cometer atos incentivam inclusive a notificação dos animal) que envolvem não só o anide crueldade contra seus animais e casos de maus-tratos a animais iden- mal que chega até a clínica, mas tam2,9 vezes mais propensas a se envol- tificados pelos clínicos veterinários, bém o contexto da família humana de disponibilizando um código padrão que ele faz parte (Figura 3). ver em casos de crueldade animal.
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Figura 3 - Mulher, criança e cão – todos juntos e com medo (e ainda se poderia incluir um idoso), em campanha de divulgação do combate à violência familiar nos EUA
Cresce no Brasil a pesquisa e a discussão sobre a correlação que existe entre maus-tratos a animais e violência doméstica, ainda pouco estudada de fato, principalmente dentro da área de clínica veterinária de animais de companhia. Em Curitiba, a Rede de Defesa e Proteção Animal (RDPA) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente estabeleceu uma parceria com a Secretaria Municipal Extraordinária da Mulher e a Fundação de Assistência Social, produzindo mapas individuais da violência contra os animais, as mulheres e as crianças (Figura 4). Essa abordagem intersecretarial será futuramente integrada também no registro das denúncias procedentes de maus-tratos contra os animais (Figura 5), e violência doméstica contra as mulheres e as crianças pelos respectivos órgãos municipais, de modo a alertar os demais serviços e/ou verificar se existe correlação significativa espacial entre as diferentes formas de violência contra a vida. Esse trabalho integrado entre as três secretarias pode reforçar a importância e o impacto do médico veterinário juntamente com o de assistentes sociais, médicos, enfermeiros e outros profissionais, no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), até então mais focado na saúde da família e de seus membros humanos.
Figura 4 - Denúncias de violência no município de Curitiba de janeiro a junho de 2013 por regional de saúde
Figura 5 - Cão em condições precárias e que sofreu maus-tratos encontrado em vistoria da Rede de Proteção Animal de Curitiba. Em casos assim, é fundamental o rastreamento de outras formas de violência contra a vida na mesma residência
Nesse sentido, esses profissionais da saúde vinculados ao NASF não devem se limitar aos atendimentos e encaminhamentos clínicocirúrgicos ambulatoriais ou hospitalares, mas atuar principalmente na prevenção e no combate aos casos de violência. Além disso, essa nova área de atuação amplia a responsabilidade e a competência dos clínicos veterinários de animais de companhia, que devem ser capazes de diferenciar casos aci-
dentais de violência intencional em sua rotina clínica ambulatorial. Em resumo, o trabalho intersetorial é fundamental na abordagem da violência doméstica e dos maus-tratos aos animais, para estabelecer o elo entre as diferentes formas de violência, contribuindo para a definição de indicadores, a criação e o monitoramento de intervenções e políticas públicas dirigidas à melhora das condições de saúde da comunidade.
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MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO A medicina veterinária do coletivo é particularmente capacitada para atuar de forma integrada com os mais diferentes segmentos da sociedade e o poder público nessa busca de políticas públicas de combate à violência contra a vida. Bibliografia sugerida:
Ascione, F. R., Weber, C. V., Thompson, T. M., Heath, J., Maruyama, M., Hayashi, K. Battered Pets and Domestic Violence: Animal Abuse Reported by Women Experiencing Intimate Violence and by Nonabused Women. Violence Against Women. V.13, n.6, p. 354-373, 2007. Arkow, P., Munro, H. The Veterinary Profession's Roles in Recognizing and Preventing Family Violence: The Experiences of the Human Medicine field and the Development of Diagnostic Indicators of Non-Accidental Injury. In: Frank R. Ascione, Ed.: The International Handbook of Animal Abuse and Cruelty: Theory, Research and Application, West Layatette, IN: Purdue University Press, 2008. P. 31-58.
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Cruelty to animals and other crimes, A Study by the MSPCA and Nhortheastern University, 1997. Disponível em: http://www.mspca.org/programs/crueltyprevention/animal-crueltyinformation/cruelty-to-animals-and-othercrimes.pdf DeGue, S., DiLillo, D. Is Animal Cruelty a “Red Flag” for Family Violence? Investigating Co-Occurring Violence Toward Children, Partners, and Pets. Journal of Interpersonal Violence. v. 24, n. 6, p. 1036-1056, 2009. Esther Dias da Costa MV, mestranda em Medicina Veterinária do Coletivo da UFPR - Universidade Federal do Paraná. esthercosta@ufpr.br Roseli Isidoro Bacharel em Letras. Secretária da Secretaria Municipal Extraordinária da Mulher de Curitiba. risidoro@smem.curitiba.pr.gov.br
Guia metodológico para multiplicação de observatórios municipais da violência (Orga nização Pan-Americana da Saú de/Or ga nização Mundial da Saúde), 2008. Disponível em: http://www.paho.org/bra/index.php?optio n=com_docman&task=cat_view&Itemid =423&gid=1086&orderby=dmdate_publi shed&ascdesc=DESC&limitstart=10
Márcia Oleskovicz Fruet Jornalista. Presidente da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba. mfruet@fas.curitiba.pr.gov.br Alexander Welker Biondo MV, MSc, PhD. Departamento de Medicina Veterinária da UFPR - Universidade Federal do Paraná. Diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna da Prefeitura de Curitiba abiondo@illinois.edu
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SAÚDE PÚBLICA
Qual a estratégia eficiente para o controle da LVC?
N
Por Arthur de Vasconcelos Paes Barretto
o dia 15 de agosto, a Câmara Municipal de Campo Grande, MS, realizou audiência pública por proposição do vereador Eduardo Romero (PTdoB) para discutir as condutas praticadas em relação à leishmaniose visceral canina: o abate, o tratamento e a prevenção. Na internet, no Diário Digital (http://goo.gl/oa68QW), é possível conferir os registros entre os que defendem e os que são contra o tratamento canino. O dr. Wagner Leão do Carmo, advogado da Sociedade de Proteção Abrigo dos Bichos, que conseguiu decisão favorável ao tratamento cani-
no pelo ministro da Corte Joaquim Barbosa, esteve presente e continuou defendendo o tratamento. O dr. André Luis Soares da Fonseca, médico veterinário e advogado, também defende o tratamento de cães, mas de forma responsável pelos proprietários, como já era previsto no documento que ficou conhecido como portaria apócrifa – http://goo.gl/mUtYzI –, redigida em 2006 com a participação da Anclivepa Brasil. Simpósio Internacional de LVC Mantendo a tradição e a vanguarda no compartilhamento de informação
- CRMV-MG 10.684
científica sobre a leishmaniose visceral canina, o Simpósio Internacional de LVC de 2014 contará com a presença da dra. Guadalupe Miró, presidente do Leish-Vet, instituição europeia que congrega especialistas em leishmanioses. A dra. Miró esclarecerá a conduta que envolve a preservação da vida canina e que permite o tratamento canino na Europa. Diversos outros especialistas estarão presentes, abordando tópicos que merecem a atenção de todos os que estão envolvidos com a saúde de cães e gatos. Confira abaixo a programação preliminar, compartilhe e participe dessa importante discussão.
Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina Belo Horizonte - MG
Dia 15 de novembro 8h00 – 8h30 – Abertura: Brasileish, Anclivepa-MG e CRMV-MG 8h30 – 9h15 – A leishmaniose e o conceito “One Health” – Dra. Clarisa Palatnik 9h15 – 10h15 – A visão da medicina brasileira no conceito “One Health” – Quadro atual da leishmaniose visceral humana no Brasil – casuística, expansão, tratamento e mortalidade. – Dr. Carlos Henrique Nery Costa 10h15 – 10h35 – Intervalo 10h35 – 11h35 – Remoção e sacrifício canino: estratégia efetiva e ética? – Dr. Guilherme Werneck
Dia 16 de novembro 8h00 – 9h00 – Controle vetorial na prevenção da leishmaniose visceral. Evidências de sucesso? – Dr. Filipe Dantas Torres 9h00 – 9h15 – Intervalo 9h15 – 10h15 – O tratamento canino da LV no continente europeu– novas evidências? – Dra. Guadalupe Miró 10h15 – 11h00 – Medidas de controle da LV alternativas ao abate canino – Dra. Analiz Bastos 11h00 – 12h30 – Mesa redonda – Dr. Filipe Dantas Torres, dra. Guadalupe Miró e dra. Analiz Bastos 12h30 – 14h00 – Almoço
11h35 – 12h35 – Perguntas – Dr. Carlos Henrique Nery Costa e dr. Guilherme Werneck
14h00 – 15h00 – O diagnóstico do dia a dia da clínica e o diagnóstico oficial do serviço público – Dr. Fábio Nogueira
12h35 – 13h15 – Almoço
15h00 – 15h15 – Intervalo
13h15 – 14h15 – Controle da leishmaniose visceral canina - história recente no Brasil – Dra. Waneska Alves
15h15 – 15h45 – PCR Real Time – última palavra? – Dra. Ingrid Menz
14h15 – 14h45 – Portaria apócrifa – Por que abandonada? – Dr. Vitor Márcio Ribeiro
16h00 – 16h30 – Imunohistoquímica versus xenodiagnóstico. Esses exames se equivalem? – Dr. Sydnei Magno
14h45 – 15h00 – Intervalo 15h00 – 16h00 – A leishmaniose visceral na Europa – situação atual. Estratégias utilizadas na Europa? – Dra. Guadalupe Miró 16h00 – 17h00 – Mesa redonda – Dra. Waneska Alves, dr. Vitor Márcio Ribeiro e dra. Guadalupe Miró
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16h30 – 17h00 – Estadiamento e manejo da LVC – Dr. Paulo Tabanez 17h00 – 17h30 – A realidade sobre o tratamento da LVC no Brasil – Dr. André Luis Soares da Fonseca 17h30 – 18h15 – Esmiuçando os processos jurídicos no Brasil – Dr. Wagner Leão
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Parasitologia Giardia duodenalis: a complexa simplicidade parasitária – revisão de literatura Giardia duodenalis: the complex parasitological simplicity – literature review Giardia duodenalis: la complicada simplicidad parasitaria – revisón de la literatura Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, p. 46-56, 2014 Flavya Mendes-de-Almeida
MV, mestre, dra., profa. Depto. de Patologia e Clínica Veterinária PPGMV/UFF fma@centroin.com.br
Norma Labarthe
MV, mestre, dra., profa. PPGMV/UFF assessora da presidência - Fiocruz labarthe@fiocruz.br
Resumo: O gênero Giardia é composto por várias espécies que infectam diferentes hospedeiros vertebrados, inclusive seres humanos, cães e gatos. Seu ciclo é simples e direto, e a via natural de infecção dos hospedeiros é pela ingestão de cistos na água, alimentos ou fezes. A maioria dos cães e dos gatos infectados não apresenta sinais clínicos, entretanto, quando houver manifestação clínica, a mais comum é a diarreia. Uma vez estabelecida, a infecção por G. duodenalis é dificilmente eliminada; logo, o objetivo do tratamento é, principalmente, a resolução da diarreia. O controle da infecção pode ser feito à base de compostos da classe dos nitroimidazóis, entre outros. Entretanto, o controle da infecção em assintomáticos visando à saúde pública não deve ser generalizado, uma vez que cães e gatos geralmente albergam genotipos que não são transmissíveis a outras espécies, e, portanto, não devem ser incluídos no ciclo de infecção humana por G. duodenalis. Unitermos: infecção canina, infecção felina, saúde pública, giardíase, tratamento, diagnóstico Abstract: The genus Giardia has several different species which infect a variety of vertebrate hosts, including humans, dogs and cats. Its cycle is direct and simple and the natural infection occurs through the ingestion of cysts along with water, food or feces. The majority of infected dogs or cats show no signs of disease, although some can become sick and the most common clinical sign is diarrhea. Once established in a new host, the infection by G. duodenalis is difficult to eliminate; therefore, the main purpose of treatment is the resolution of diarrhea. To control the infection, compounds of the nitroimidazole class may be used, among others. However, generalizing the control of canine or feline infections due to public health concerns should not be performed, since these animals usually harbor genotypes that are not transmitted to other species and, therefore, can not be included in the cycle of human infection by G. duodenalis. Keywords: canine infection, feline infection, public health, giardiasis, diagnostics, treatment Resumen: El género Giardia está formado por varias especies que infectan diferentes huéspedes vertebrados, inclusive los seres humanos, perros y gatos. Su ciclo es simple y directo, y la vía natural de infección de los huéspedes se produce por la ingestión de quistes presentes en el agua, alimentos o materia fecal. La mayoría de los perros y gatos infectados no presenta signos clínicos, aunque en los casos en que estos aparecen, el mas común es la diarrea. Una vez que se instala, la infección por G. duodenalis difícilmente será eliminada; es así que el objetivo del tratamiento será, principalmente, solucionar la diarrea. El control de la infección puede realizarse mediante la administración, por ejemplo, de compuestos nitroimidazólicos. El control de la infección en pacientes asintomáticos, teniendo en cuenta la salúd pública, no debe generalizarse, ya que los perros y gatos suelen albergar genotipos que no se transmiten a otras especies y, por lo tanto, no deben ser incluidos en el ciclo de la infección humana por G. duodenalis. Palabras clave: infección canina, infección felina, salud pública, giardiasis, tratamiento, diagnostico
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Medicina veterinária legal Patologia veterinária forense: aplicação, aspectos técnicos e relevância em casos com potencial jurídico de óbito de animais Forensic veterinary pathology: application, technical aspects and relevance in cases of animal death with legal potential Patología forense veterinaria: aplicación, aspectos técnicos y su importancia en los casos con potencial jurídico de muerte de animales Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, p. 58-72, 2014
Fernanda Auciello Salvagni
MV, aluna de doutorado Depto. de Patologia - FMVZ/USP fsalvagni@usp.br
Adriana de Siqueira
MV, mestre, aluna de doutorado Depto. de Patologia - FMVZ/USP adri.vetufpr@gmail.com
Anna Carolina B. Esteves Maria MV, mestre, aluna de doutorado Depto. de Patologia - FMVZ/USP annacarol.vet@gmail.com
Leonardo Pereira Mesquita
MV, mestre, aluno de doutorado Depto. de Patologia - FMVZ/USP leopmesquita@yahoo.com.br
Paulo César Maiorka
MV, dr., prof. associado Depto. de Patologia - FMVZ/USP maiorka@usp.br
Resumo: O aumento da conscientização de médicos veterinários e proprietários de animais quanto às consequências legais referentes à prática da medicina veterinária se reflete na crescente demanda pela medicina veterinária legal. A patologia forense é um instrumento valioso nessa área, sendo seu conhecimento essencial em casos de óbito de animais com suspeita de maus-tratos, negligência, intoxicações exógenas e erros médicos, dentre outros. As necrópsias com fins periciais apresentam diferenças quanto ao exame necroscópico tradicional, especialmente no registro e na documentação de lesões, tornando necessário o conhecimento das bases da patologia forense. O presente trabalho visa reunir e divulgar informações técnicas quanto à patologia forense veterinária e à realização de uma necrópsia documentada com fins periciais, a fim de auxiliar o médico veterinário frente a um caso com potencial jurídico de óbito animal. Unitermos: medicina veterinária legal, necrópsia documentada, perícia Abstract: The increasing awareness of veterinarians and animal owners regarding the legal consequences of the veterinary medicine practice is reflected on the growing demand for veterinary forensic medicine. Forensic pathology is a very valuable tool in this area, being essential in cases of animal death that may suggest abuse, neglect, poisoning and medical errors, among others. Necropsies for forensic ends present some differences regarding the traditional exam, especially regarding the recording and documentation of lesions, thus rendering the knowledge of the bases of forensic pathology necessary. The present study aims to gather and disclose technical information about the performance of forensic necropsies in animals, in order to assist the veterinarian in cases of animal death with legal potential. Keywords: forensic veterinary medicine, forensic necropsy, expertise Resumen: El aumento de la concientización de los médicos veterinarios y de los propietarios de animales en relación a las consecuencias legales relacionadas con la práctica de la medicina veterinaria puede verse reflejada en la creciente demanda por una medicina veterinaria forense. La patología forense representa un valioso instrumento en esa área, siendo esencial su conocimiento en los casos de muerte de animales donde se sospecha de malos tratos, negligencia, intoxicaciones exógenas y errores médicos, entre otras situaciones. Las necropsias con fines periciales presentan diferencias con el examen necroscópico convencional, especialmente en el registro y en la documentación de las lesiones, siendo necesario que se conozcan las bases de la patología forense. El presente trabajo tiene como objetivo reunir y divulgar las informaciones técnicas relacionadas con la patología forense veterinaria, con la realización de una necropsia documentada con fines periciales, a fin de ayudar al médico veterinario en los casos donde exista un potencial jurídico relacionado con la muerte un animal. Palabras clave: medicina veterinaria forense, necropsia documentada, pericia
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Nutrição Parâmetros clínicos e laboratoriais de cães obesos submetidos a restrição calórica para perda de peso Clinical and laboratory parameters of obese dogs submitted to caloric restriction for weight loss Parámetros clínicos y laboratoriales de perros obesos manejados con restricción calórica para pérdida de peso Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, p. 74-82, 2014 Isabelle Valente Neves
MV, mestre, aluna de doutorado UFRPE isabellevalente@hotmail.com
Jéssica Yasminne Bernardo Lima aluna de graduação CMV/UFRPE
jessica.yasminne@hotmail.com
Édson Fernando Mariz Alves aluno de graduação CMV/UFRPE
edson_alves_@hotmail.com
Maria Luiza Farias Lima MV, aluna de mestrado UFRPE
mluiza2206@hotmail.com
Fabiano Séllos Costa MV, dr., prof. adj. UFRPE
fabianosellos@hotmail.com
Resumo: A obesidade é uma doença nutricional comum nos cães, podendo levar à diminuição da longevidade e ao desenvolvimento de doenças secundárias. Neste estudo foi realizada a restrição calórica para perda de peso durante quatro meses em doze cães obesos. Nos quais foram avaliados os parâmetros clínicos, nutricionais e laboratoriais. Observou-se diminuição significativa do peso corporal, do percentual de gordura e de medidas morfométricas. Laboratorialmente, verificou-se hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia no momento inicial, com significativa diminuição do colesterol total e da fração LDL no momento final. Houve aumento significativo da ureia sérica no momento final, mas não dos níveis de creatinina. Os demais parâmetros laboratoriais avaliados não apresentaram variações significativas no período experimental. Pode-se concluir que houve significativa diminuição do peso nos animais submetidos a restrição calórica, assim como a manutenção da perda de peso semanal entre 1 e 2% e que eles permaneceram saudáveis após o período experimental. Unitermos: obesidade, emagrecimento, dieta, fenômenos fisiológicos da nutrição, canina Abstract: Obesity is a common nutritional problem in dogs. It can lead to decreased longevity and to the development of secondary diseases. In the present study, 12 obese dogs have undergone caloric restriction for weight loss for four months. Physical, nutritional and laboratory parameters of all animals were evaluated. There was a significant decrease in body weight, fat percentage and morphometric measurements. Hypercholesterolemia and hypertriglyceridemia were present at the onset of treatment, but a significant decrease in total cholesterol and LDL fraction were observed at the end of the trial. We also noticed a considerable increase in final serum urea levels, with no concomitant increase in creatinine levels. Other laboratory parameters showed no significant variations during the trial. Based on these results, one can conclude that there was a significant decrease in body weight in animals subjected to caloric restriction, with maintenance of weekly weight loss between 1-2%, and that they remained healthy after the experimental period. Keywords: obesity, weight loss, diet, nutritional physiological phenomena, canine Resumen: La obesidad es una enfermedad nutricional común en perros, que puede llevar a una disminución de la sobrevida del paciente, y también al desarrollo de enfermedades secundarias. En este estudio se realizó durante cuatro meses una restricción calórica en doce perros obesos, con el objetivo de que perdieran peso, siendo evaluados los parámetros clínicos, nutricionales y de laboratorio. Se pudo observar una disminución significativa del peso corporal, del porcentaje de gordura y de las medidas morfométricas. En los exámenes de laboratorio se pudo verificar hipercolesterolemia y aumento de triglicéridos en el momento inicial del experimento, con una significativa disminución del colesterol total y de la fracción LDL al final del mismo. Hubo aumento significativo de la urea al final del experimento, aunque no se detectaron aumentos de la creatinina. Los demás parámetros de laboratorio evaluados no presentaron variaciones significativas. Se puede concluir que hubo una significativa disminución de peso en los animales sometidos a restricción calórica, como así también un mantenimiento de la pérdida de peso semanal entre un 1 y un 2%, con mantenimiento de la condición de salud después del período experimental. Palabras clave: obesidad, pérdida de peso, dieta, fenómenos fisiológicos en la nutrición, canino
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Cardiologia Valvuloplastia mitral em um cão com degeneração valvar Mitral valvuloplasty in a dog with valve degeneration Valvuloplastia mitral en un perro con degeneración de válvula Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, p. 84-90, 2014 James Newton B. M. de Andrade MV, mestre, dr., pós-dr. DMBS/CVM/NCSU-EUA
jamescardio@terra.com.br
Luiz Fernando Leão
Médico veterinário intensivista Hospital Veterinário DiDatus luizleaovet@hotmail.com
Diogo da Motta Ferreira
médico veterinário anestesista Universidade Tuiuiti do Parana diogo734@gmail.com
Rosália Ramos Perfusionista Cardiox
roramos03@hotmail.com41
Patrícia M. Pacheco Candiotto Instrumentadora Cardiox
patimpbio@hotmail.com
Marthin Raboch Lempek
médico veterinário, residente (R1) UFMG marthinrl@hotmail.com
George Ronald Soncini da Rosa médico, PhD IDC Dr. George Soncini
gs@gscirurgiacardiaca.com.br
Resumo: A degeneração mixomatosa da valva mitral é a cardiopatia mais frequente em cães. Sua evolução é lenta, progredindo para insuficiência cardíaca congestiva, sendo esta a principal complicação da enfermidade. A terapêutica farmacológica apenas reduz o avanço da insuficiência cardíaca, e a única forma de impedir a progressão da doença é a intervenção cirúrgica. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de valvuloplastia mitral por reparo margem a margem, associada a plicatura comissural, com circulação extracorpórea em um canino com doença valvar. O presente relato descreve a técnica cirúrgica utilizada, bem como o pré, trans e pós-operatório, demonstrando a eficácia da técnica e reiterando a intervenção cirúrgica como possibilidade terapêutica para pacientes com insuficiência cardíaca congestiva devido a degeneração valvar. Unitermos: canino, endocardiose, cirurgia cardíaca Abstract: The myxomatous degeneration of the mitral valve is the most common heart disease in dogs. Its evolution is slow and leads to congestive heart failure, which is the main complication of the disease, often leading to death. Pharmacological therapy only slows down the course of heart failure. The only way to prevent the progression of the disease is surgery. The objective of this study is to report a case of mitral valvuloplasty by means of margin-to-margin repair associated to commissural plication annuloplasty and cardiopulmonary bypass in a canine with valvular disease. This case report describes the surgical technique used, as well as the pre-, transand postoperative care, demonstrating the effectiveness of this technique and supporting surgical intervention as an alternative for patients with congestive heart failure due to valvular degeneration. Keywords: canine, endocardiosis, cardiac surgery Resumen: La degeneración mixomatosa de la válvula mitral es la cardiopatia más frecuente en perros. Su evolución es lenta, progresando hacia una insuficiencia cardíaca congestiva, que representa la principal complicación de la enfermedad. La terapéutica farmacológica sólo reduce el avance de la insuficiencia cardíaca, y la única forma de impedir la progresión de la enfermedad es la cirugía. El objetivo de este trabajo es relatar un caso de valvuloplastia mitral, con reconstrucción de márgen a márgen, asociada a una plicatura comisural, con circulación extracorpórea en un perro con enfermedad valvular. El presente relato describe la técnica quirúrgica utilizada, así como el pre, trans y postoperatório, demostrando la eficiencia de la técnica y reafirmando a la cirugía como una posibilidad terapéutica en aquellos pacientes con insuficiencia cardíaca congestiva por degeneración valvular. Palabras clave: canino, endocardiosis, cirugía cardíaca
Introdução A degeneração valvar mitral ou degeneração mixomatosa da valva mitral (DMVM), ou ainda endocardiose mitral, é a doença cardíaca mais frequente em cães, correspondendo a cerca de 75% das cardiopatias 1. A condição consiste na degeneração mixomatosa crônica do aparato valvar mitral, com espessamento e má coaptação dos folhetos, com ou sem prolapso, levando à insuficiência valvar 2. Apresenta progressão lenta, porém muitos cães evoluem para a insuficiência cardíaca congestiva (ICC), em cujos casos avançados o tempo de sobrevida é baixo (nove 84
meses, em média) 1. Segundo alguns autores, cerca de 7% de toda a população canina morre de ICC antes dos dez anos de idade, sendo esta, na maioria das vezes, causada pela DMVM 3. A terapia médica atual envolve apenas a redução do avanço da ICC, sem intervir na degeneração. A intervenção cirúrgica é a única forma de impedir a progressão da doença, devendo ser realizada, preferencialmente, antes do aparecimento dos sinais de ICC 1,2,4. A terapia cirúrgica consiste na troca valvar ou nas valvuloplastias, sendo que as primeiras são indicadas apenas
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para pacientes de porte maior, devido à inexistência de próteses de tamanho adequado para os cães de menor porte, pois são produzidas para utilização em seres humanos. Além disso, requerem terapia anticoagulante pósoperatória. As valvuloplastias correspondem ao reparo do aparato valvar, por meio de técnicas isoladas ou combinadas, como anuloplastia circunferencial, substituição das cordas tendíneas, plicatura comissural e reparo margem a margem (técnica de Alfieri) 4-6. A anuloplastia é utilizada nos casos em que exista dilatação do anel mitral, e corresponde à colocação de um ou dois semianéis, confeccionados de politetrafluoretileno ou de pericárdio bovino, para reduzir o diâmetro do anel; a substituição da cordoalha é realizada quando há ruptura de uma ou mais cordoalhas importantes, contribuindo para a regurgitação; a plicatura das comissuras consiste na sutura dos folhetos na região das comissuras valvares, causando aproximação de um folheto ao outro e redução da regurgitação; a técnica de Alfieri, ou reparo margem a margem, consiste na sutura do folheto septal ao parietal, no centro ou na região comissural 4-6. As valvuloplastias têm ainda a vantagem de não requererem terapia antitrombótica pós-operatória. Todas as técnicas requerem circulação extracorpórea (CEC), recurso pouco utilizado em medicina veterinária em todo o mundo, devido ao seu custo elevado, necessidade de equipe treinada e grande número de complicações pós-operatórias 7. Em seres humanos, está bem relatado na literatura que a CEC produz uma resposta inflamatória sistêmica (Sirs), com liberação de substâncias que prejudicam a coagulação e a resposta imune; além disso, aumentam o tônus venoso, produzem grande liberação de catecolaminas, alterações no fluido sanguíneo e no estado eletrolítico, disfunção, lesão ou necrose celular do miocárdio e disfunção pulmonar
branda. Essa resposta inflamatória leva à movimentação de fluidos do espaço intravascular para o intersticial, em razão das alterações na permeabilidade vascular e da diminuição da pressão oncótica, o que acarreta algumas complicações no período pós-operatório imediato 7. Assim, pode resultar em edema, complicações respiratórias, aglutinação leucocitária com deposição na microcirculação, distúrbios neurológicos, lesão renal aguda, arritmias, síndrome de baixo débito, sangramento pós-operatório, infecções e dificuldade no controle glicêmico, entre outras. Quanto maior o tempo de CEC, mais grave será o desequilíbrio fisiológico do paciente e as complicações que poderão ser provocadas por esse procedimento 7. Além dessas implicações, o baixo volume sanguíneo dos cães em relação ao dos seres humanos, devido ao tamanho, também limita o sucesso da CEC, possivelmente pelo maior grau de hemólise. Foi relatado maior sucesso em cães maiores de 15 kg, e considera-se que a técnica de CEC não deveria ser utilizada em animais com peso menor que 5 kg 6. O presente artigo relata um caso de cão com DMVM submetido a valvuloplastia mitral por reparo margem a margem, associada a plicatura comissural, com circulação extracorpórea. Relato do caso Uma cadela sem raça definida, de treze anos de idade e 10 kg, foi atendida em consulta de rotina, em que se detectou um clique mesossistólico durante a auscultação. O animal não mostrava sinais de ICC, e os demais aspectos clínicos apresentavam-se normais. O ecocardiograma revelou prolapso mitral moderado, com jato de regurgitação moderado (Figura 1) e sinais iniciais de repercussão hemodinâmica, caracterizando degeneração mitral de classe B2, de acordo com o consenso atual do Colégio Americano de James Newton Bizetto Meira de Andrade
James Newton Bizetto Meira de Andrade
A
B
Figura 1 - Ecocardiograma bidimensional com Doppler colorido (A) e espectral contínuo (B) da cadela deste relato com degeneração mixomatosa da valva mitral, janela paraesternal esquerda caudal (apical), corte de 4 câmaras, evidenciando jato leve a moderado de regurgitação mitral, antes da valvuloplastia Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
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Oncologia Carcinoma de células de transição da pelve renal em uma cadela – relato de caso Transitional cell carcinoma of renal pelvis in a bitch – case report Carcinoma de células de transición en pelvis renal de una perra – relato del caso Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, p. 92-98, 2014 Carla Simone Soares
Resumo: Em cães, os tumores renais primários são raros, sendo mais frequentes os carcinomas renais. Os tumores renais podem ser classificados segundo sua origem como tubular renal, nefroblásticos, não epiteliais e de células de transição. Este último tipo pode se originar tanto no ureter quanto na pelve renal. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de uma fêmea da espécie canina, SRD, de nove anos de idade, não castrada, atendida no setor de cirurgia de um Hospital Veterinário Escola. Ao exame ultrassonográfico de abdômen, visibilizou-se uma massa em região mesogástrica direita. O ovário e o rim direitos não foram visualizados. A paciente foi submetida a laparotomia exploratória, seguida de nefrectomia e ovariossalpingo-histerectomia. O exame histopatológico da formação confirmou o diagnóstico de carcinoma de células de transição de pelve renal. Unitermos: cão, rim, neoplasia
MV, aluna de especialização Unisa soaresc03@gmail.com
Danielle Almeida Zanini
MV, aluna de mestrado - FM/USP HV/Anhanguera ABC daniellezanini@hotmail.com
Marjorie Takiy Ikehara médica veterinária HV/Anhanguera ABC
marjorie.ikehara@anhanguera.com
Ana Paula L. de Moraes Oliveira
MV, mestre, profa. Universidade Anhanguera de São Paulo anamoraes85@gmail.com
Abstract: Primary renal tumors in dogs are rare; among these, renal carcinomas are the most frequent. Renal tumors may be classified according to their origin as renal tubular, nephroblastic, non-epithelial and transitional cell carcinomas. The latter can originate either in the ureter or in the renal pelvis. This work reports the case of a nonneutered nine-year-old female mongrel assisted by the Surgery Sector of a Veterinary Hospital. Ultrasound examination of the abdomen disclosed a mass in the right mesogastric region. The ovary and right kidney could not be visualized. The patient underwent exploratory laparotomy, followed by nephrectomy and hysterectomy with salpingo-oophorectomy. Histopathology confirmed the diagnosis of transitional cell carcinoma of renal pelvis. Keywords: dog, kidney, neoplasia Resumen: Los tumores renales primarios son raros en perros, siendo los carcinomas las neoplasias más frecuentes. Los tumores renales pueden ser clasificados según su origen como tumores del túbulo renal, nefrablásticos, no epiteliales y de células de transición. Este último tipo puede originarse tanto en el uréter como en la pelvis renal. El objetivo de este trabajo es relatar un caso de una hembra canina, mestiza, de nueve años de edad, no castrada, que fue atendida en el sector de cirugía de un Hospital Veterinario Escuela, a la que durante la ecografía abdominal, se le detectó una masa en región mesogástrica derecha. El ovario y el riñón derechos no pudieron ser visualizados. Se le realizó una laparotomía exploratoria y posterior nefrectomía y ovariohisterectomia. El examen histopatológico de la formación confirmó la presencia de un carcinoma de células de transición de pelvis renal. Palabras clave: perro, riñón, neoplasia
Introdução Os tumores renais primários são raros em cães e gatos 1-18 com incidência de menos de 2% de todas as neoplasias nessas espécies 1,14,17, sendo que 85% são malignos 2,9. As neoplasias metastáticas renais secundárias são observadas mais comumente 1,14,16,17. Os tumores renais têm quatro origens distintas: tubular renal, de células de transição, nefroblásticos e não epiteliais 2,9. O carcinoma renal é o tumor renal primário canino mais diagnosticado 2,5,6,8,13, sendo que o envolvimento bilateral ocorre em cerca de 92
30% dos casos com neoplasia renal primária 1,2. As neoplasias renais podem causar sintomas locais ou manifestações sistêmicas de insuficiência renal. Os tumores oriundos da pelve renal são capazes de causar hematúria ou hidronefrose 17,18. Acometem mais frequentemente machos do que fêmeas. Cães de meia-idade e idosos são mais propensos a ser afetados 2,6,8,10,18. Entretanto, não há predileção racial 6,8. O diagnóstico de um tumor renal primário pode ser baseado em histórico clínico e achados em exame físico, hemograma completo, urinálise e perfil bio-
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Relato de caso Uma fêmea da espécie canina, SRD, de nove anos de idade, pesando 11 kg e não castrada, foi atendida no setor de cirurgia de pequenos animais do Hospital Veterinário Escola da Universidade Anhanguera de São Paulo – campus ABC. A principal queixa do proprietário foi a presença de nódulos de crescimento lento nas glândulas mamárias. No exame físico, a paciente apresentou-se alerta, com frequência cardíaca de 148 bpm, frequência respiratória de 48 mrm, tempo de preenchimento capilar de 2 segundos, hidratação adequada, mucosas róseas claras e linfonodos superficiais de tamanho e consistência normais. Na palpação mamária, observou-se a presença de
neoformações em mama torácica caudal direita, cranial esquerda e abdominal cranial esquerda, com aproximadamente 0,5 cm de diâmetro, firmes e não aderidas. Na auscultação cardiopulmonar não apresentava alterações. Na palpação abdominal, evidenciou-se aumento de volume firme em região mesogástrica direita e ausência de sensibilidade. O proprietário foi orientado a realizar exame radiográfico de tórax e ultrassom abdominal para pesquisa de metástase e investigação de aumento de volume em região epigástrica direita, além de exames hematológicos e bioquímicos. O exame radiográfico de tórax em três projeções não evidenciou alterações. Na ultrassonografia abdominal visualizou-se, em região mesogástrica direita, estrutura ovalada de paredes finas e irregulares com conteúdo anecogênico e pequenos pontos ecogênicos em suspensão, sem vascularização evidente no estudo doppler, HV/UASP-ABC
químico sérico. Entretanto, os resultados frequentemente são inespecíficos e muitas vezes dentro dos parâmetros normais 1,2,6, principalmente se a neoplasia é unilateral 6. O exame radiográfico abdominal pode identificar o aumento de volume do órgão, a posição ectópica do rim e das vísceras adjacentes e os focos de metástases 1,2,6,17; já as radiografias da região torácica facilitam a identificação de metástases pulmonares 1,2,6,16-18, descoberta que pode auxiliar na abordagem terapêutica adotada 1,2,6. A ultrassonografia abdominal é o exame de eleição para diagnóstico, devido a sua sensibilidade e especificidade. A urografia excretora auxilia na localização da neoplasia, confirmando se há envolvimento do parênquima renal e qual a sua extensão 2,6,17,18. O diagnóstico definitivo é obtido a partir de estudo histológico do tecido afetado 1,6,16-18. A nefrectomia é o tratamento preconizado nos casos de neoplasias renais unilaterais, nos pacientes sem alterações na bioquímica sérica e que não possuem evidências de metástase 1,2,16-18 .
Figura 1 - Imagem ultrassonográfica de abdômen evidenciando estrutura ovalada em topografia de ovário e rim direito, região epimesogástrica direita, com conteúdo anecogênico
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Cirurgia Técnica de suspensão de brow no tratamento de entrópio em shar pei – relato de quatro casos Brow suspension technique in the treatment of entropion in Shar Pei – Report of four cases Técnica de suspensión de brow para el tratamiento de entropión en Shar Pei – relato de cuatro casos Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, p. 100-108, 2014 Kelly Cristine de Sousa Pontes MV, dra., profa. FACISA/Univiçosa
kellycpontes@yahoo.com.br
Tatiana Schmitz Duarte MV, dra. Depto. de Veterinária, UFV tatianaduarte@ufv.br
Luis Eugênio Franklin Augusto MV, mestre, prof. FACISA/Univiçosa
luis.efranklin@hotmail.com
André de Paula Monteiro Resende aluno de graduação CMV/FACISA/Univiçosa
andrepmresende@gmail.com
Resumo: A técnica de suspensão de brow é a preferida para a correção de entrópio em cães da raça shar pei. Porém, a técnica cirúrgica é pouco ilustrada na literatura, e os resultados de sua utilização são raramente descritos, o que pode fazer com que seu emprego seja escasso na rotina cirúrgica. Este relato tem como objetivo descrever a técnica de suspensão de brow de forma simples e ilustrada, associada ou não à técnica de Hotz Celsus, além dos achados pós-operatórios, quando aplicada em quatro cadelas da raça shar pei. Houve sucesso em dois dos casos relatados, e nos outros ocorreu recidiva. A técnica de suspensão de brow acentua as características da raça shar pei, tão desejadas pelos proprietários. Porém, podem ocorrer recidivas. Unitermos: cães, cirurgia, pálpebras Abstract: The Brow suspension technique is preferred for entropion correction in Shar Pei dogs. However, the surgical technique is scarcely illustrated in literature and its results are rarely described, which can make its use scarce in surgical routine. The aim of this report is to describe the brow suspension technique in a well-illustrated and simple manner, associated or not to the Hotz Celsus technique, plus the postoperative findings when applied to four Shar Pei dogs. Two of the reported cases were successful; the other presented relapses. The brow suspension technique undoubtedly accentuates the characteristics of the Shar Pei breed, as desired by the owners. However, relapses may occur. Keywords: dogs, surgery, eyelid Resumen: La técnica de suspensión de brow suele ser la más recomendada para la corrección del entropión en perros de la raza Shar Pei. Sin embargo, la técnica quirúrgica está poco ilustrada en la literatura, y los resultados de su uso rara vez son descriptos, lo que puede hacer que la técnica sea poco utilizada en la rutina quirúrgica. Este informe tiene como objetivo describir la técnica de suspensión de brow en cuatro perras Shar Pei, de forma sencilla y bien ilustrada, con o sin el uso de la técnica Hotz Celsus, además de los resultados postoperatorios. El procedimiento fue exitoso en dos de los casos relatados, en tanto que en los otros hubo recidiva del cuadro palpebral. La técnica de suspensión de brow acentúa las características de la raza Shar Pei, lo que suele ser el pedido de los propietarios. Sin embargo, pueden ocurrir recidivas. Palabras clave: perros, cirugía, párpados
Introdução O entrópio é a inversão total ou parcial da pálpebra, que promove, no caso particular dos cães da raça shar pei, o contato dos pelos que recobrem a pele palpebral com a superfície ocular. Tal condição resulta em dor e irritação na córnea, podendo causar lesões 1. Algumas das causas para o desenvolvimento do entrópio são as anomalias anatômicas. Certas raças já possuem predisposição ao desenvolvimento do entrópio, e, dentre elas, a raça shar pei merece destaque, 100
por possuir quantidade de pregas excessiva na face, o que agrava o grau da doença 2. O tratamento para o entrópio em cães jovens dessa raça pode ser transitório, com suturas (tacking), pois com o avançar da idade a predisposição ao desenvolvimento do entrópio diminui. Entretanto, alguns indivíduos poderão necessitar de correção cirúrgica permanente 1, existindo várias técnicas que poderão variar, dependendo da causa, da localização, da extensão do entrópio e ainda da presença de problemas concomitantes 2.
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PET FOOD
Benefícios do EPA e DHA na saúde de cães e gatos
O
s ácidos graxos poli-insaturados são gorduras que desempenham diversas funções e geram benefícios para a saúde de cães, gatos e seres humanos. A maior parte dos efeitos benéficos relaciona-se ao metabolismo dos ácidos eicosapentaenoico (EPA, 20:5n-3) e docosahexaenoico (DHA, 22:6n-3), pertencentes à família ω 3, o que os torna nutracêuticos de interesse terapêutico para vários pacientes 1 (Figura 1). Um dos principais interesses da suplementação com EPA e DHA relaciona-se à modulação imunológica. Quando ocorre lesão celular, as membranas celulares liberam os seus ácidos graxos componentes, que são metabolizados a eicosanoides pelas enzimas ciclo-oxigenases e lipo-oxigenases. O ácido araquidônico (AA, 20:4n-6), da família ω 6, origina eicosanoides das séries 2 e 4 (PGE2, TXA2, PGI2, LTB4), potentes mediadores inflamatórios e
Um dos principais interesses da suplementação com EPA e DHA relaciona-se à modulação imunológica imunossupressores. Em contraste, a liberação de EPA e DHA produz eicosanoides 3 e 5 (PGE3, TXA3, LTB5), de menor atividade inflamatória e não imunossupressores 2. O EPA e o AA competem pelas mesmas vias enzimáticas na síntese de eicosanoides. Nesse fato reside seu potencial terapêutico, uma vez que a suplementação dietética de EPA influencia sua disponibilidade nas membranas, estimula a produção de eicosanoides 3 e 5, garante a prevalência do efeito anti-inflamatório e
outros efeitos decorrentes da modulação imunológica. Devido a limitações enzimáticas, os cães e os gatos não realizam eficientemente a conversão de ácido αlinolênico (ALA, 18:3n-3) em EPA e DHA, portanto, necessitam ingeri-los para obter seus benefícios 3. O fitoplâncton (algas e outras plantas marinhas), o zooplâncton e os óleos de peixes (ex: salmão, anchova e sardinha) que se alimentam desses organismos marinhos constituem fontes concentradas de EPA e DHA. Alguns estudos foram eficazes em estabelecer doses capazes de reduzir a ocorrência de arritmias ventriculares, prevenir a caquexia cardíaca e aumentar a sobrevida de cães cardiopatas: 25 mg/kg EPA + 18 mg/kg DHA a 40 mg/kg EPA + 25 mg/kg DHA 4,5,6. Essas doses são utilizadas como referência geral na medicina veterinária, uma vez que não há um consenso de doses para cada condição. Essas doses também respeitam
CONDIÇÃO
EFEITO
Cardiopatias
Prevenção da caquexia cardíaca Redução das arritmias cardíacas Redução da chance de morte súbita. Aumento da sobrevida
Câncer
Redução da carcinogênese e metástases Prevenção da caquexia neoplásica
Doença renal
Auxilia no controle da inflamação Renoproteção
Osteoartrose
Auxilia no controle da inflamação e da dor Redução das doses necessárias de glicorticoides
Dermatopatias
Auxilia no controle da inflamação e do prurido Redução das doses necessárias de glicorticoides
Endocrinopatias
Redução do colesterol e dos triglicérides circulantes
Filhotes e animais idosos (DHA)
Desenvolvimento da retina (visão) e do cérebro (aprendizado) Neuroproteção, melhora da cognição e da memória
Figura 1 - Principais benefícios da suplementação diária de EPA e DHA 110
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uma razão aproximada de 1,5 EPA:1 DHA 3. Essa proporção, em que prevalece a concentração de EPA, é importante para garantir os efeitos metabólicos esperados, enquanto as relações invertidas (em que prevalece o DHA) são mais indicadas para benefícios relacionados ao papel estrutural do DHA, como o desenvolvimento da retina e do SNC. Em suplementações excessivas (intoxicações), não recomendadas usualmente, foram descritos ocorrência de vômitos, diarreias, ganho de peso, redução da agregação plaquetária e, raramente, pancreatite 7. Porém, esses efeitos são considerados de baixa incidência e dose-dependentes. Referências
1-BAUER, J. E. Therapeutic use of fish oils
in companion animals, Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 239, n. 11, 2011. 2-CALDER, P. C. ; GRIMBLE, R. F. Polyunsatured fatty acids, inflammation and immunity. European Journal of Clinical Nutrition, v. 56, supl. 3, p. 1419, 2002. 3-FREEMAN, L.M. Beneficial effects of omega-3 fatty acids in cardiovascular disease, Journal of Small Animal Practice, v. 51, p. 462–470, 2010. 4-FREEMAN, L. M. ; RUSH, J. E. ; KEHAYIAS, J. J. et al. Nutritional alterations and the effect of fish oil supplementation in dogs with heart failure. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 12, p. 440-448, 1998. 5-FREEMAN, L. M. ; RUSH, J. E. ; MARKWELL, P. J. et al. Effects of dietary modification in dogs with early chronic valvular disease. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 20, p. 1116-1126, 2006. 6-SMITH, C. E. ; FREEMAN, L. M. ; RUSH,
J. E. et al. Omega 3 fatty acids in Boxer dogs with arrhythmogenic right ventricular cardiomyopathy. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 21, p. 265-273, 2007. 7-LENOX, C. E. ; BAUER, J. E. Potential Adverse Effects of Omega-3 Fatty Acids in Dogs and Cats, Journal of Veterinary Internal Medicine, p.1-10, 2013.
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Wandréa Mendes
wmendes@avert.com.br
Médica veterinária, MSc, DSc Avert - www.avert.com.br
Karina Yazbek
Médica veterinária, MSc, DSc All Care Vet - www.allcarevet.com.br
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MEDICINA VETERINÁRIA LEGAL
A triste história de um leão chamado Rawell
F
Rawell nasceu e cresceu no circo. Durante cinco anos foi mantido em um minúsculo espaço
A vistoria foi feita por ordem da Promotoria de Justiça e Ministério Público do Estado do Paraná, bem como para apurar a denúncia de “notícia de crime e infração ambiental decorrente de maus-tratos e abuso contra animais silvestres”, realizada na época pela ONG Reserva Brasil. A proibição do uso de animais em circos na cidade de Foz do Iguaçu, PR, ocorreu em junho de 2008, poucos meses após a realização da vistoria do Ibama (Lei Municipal n. 3.456, de 11 de junho de 2008, proíbe a manutenção, utilização e apresentação de animais em circos ou espetáculos assemelhados). Durante a fiscalização, foram encontrados um babuíno-sagrado, uma leoa de quinze anos, dois leões machos de 8 anos cada e Rawell, um leão adulto de cinco anos. Conforme a ficha de vistoria anexada à notificação, determinou-se que fossem feitas adequações nos recintos dos animais, devendo o circo apresentar as melhoras ao Núcleo de Fauna do Ibama-PR no prazo de trinta dias após a lavratura do auto. Expirado o prazo estipulado e com as modificações realizadas apenas parcialmente, e ainda atendendo a
Rawell passando por check-up (agosto/2014)
Secretaria Municipal de Comunicação Social
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decisão judicial, o Ibama-PR providenciou a apreensão e retirada do babuíno-sagrado que estava sendo mantido pelo circo, feitas sob proteção policial e tumulto, com detenção de membros do grupo circense e multa à proprietária do circo por dificultar a ação da fiscalização. Quanto aos leões, nova vistoria foi realizada para verificar o atendimento à notificação do Ibama-PR, com apoio de dois
Maurilio Cheli/SMCS
oi bastante divulgada na mídia a recente história do furto de um leão de nome Rawell e da batalha judicial para saber quem seria o seu proprietário legal, mas a verdadeira história desse leão como ser vertebrado capaz de sentimentos (senciente) é ainda muito pouco conhecida. Ela começa com o seu nascimento em cativeiro, no Circo H. R., no ano de 2003, época recente em que animais domésticos e selvagens ainda eram indiscriminadamente reproduzidos e utilizados para a diversão e o lazer das pessoas. A história desse leão se confunde com a história das leis e mudanças de valores da sociedade brasileira na proteção de animais domésticos e selvagens, histórias tristes que aos poucos vão começando a ter um final mais feliz. Embora várias cidades, como o Rio de Janeiro (Lei Municipal n. 3.714/2001), já proibissem “a apresentação de espetáculo circense ou similar que tenha como atrativo a exibição de animais de qualquer espécie”, a prática de animais em circos em Curitiba foi proibida somente em 2007 (Lei Municipal n. 12.467/2007), e o projeto de lei estadual ainda tramita na Câmara Legislativa do Paraná. Mesmo que Rawell tenha nascido e crescido sem leis municipais ou estadual específicas que proibissem animais em circos, o aumento do rigor na aplicação das antigas leis de proteção animal (Lei Federal n. 24.645/1934, Lei Federal de Crimes Ambientais n. 9.605/1998 e Decreto-Lei n. 3.179/1999) fez com que fosse realizada em março de 2008 uma vistoria fiscalizatória do Ibama-PR na cidade de Foz do Iguaçu, PR, onde se encontrava o Circo H. R. na ocasião.
Exame clínico geral, exame e limpeza dos dentes e boca, coleta de amostras de sêmen e sangue para exames, exame e limpeza das patas e garras e radiografia das patas
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
Maurilio Cheli/SMCS
soldados da Polícia Ambiental do Paraná (Força Verde). Dessa vez o circo estava na cidade de Santa Helena, PR, e os leões, apesar de escore corporal adequado, apresentavam dentes fraturados, sem tratamento odontológico e com dolorosa exposição de canal. Três dos quatro leões, incluindo Rawell, haviam sido submetidos recentemente a oniectomia e tenotomia, cirurgia de retirada permanente das terceiras falanges, que impede o crescimento das garras. A leoa ainda apresentava sequelas da cirurgia, com fragmentos ósseos das falanges nas patas que causavam dor e desconforto ao caminhar. Além da precariedade na manutenção dos animais e os maus-tratos, sérios problemas
Até que se decida sua posse definitiva, o Zoológico de Curitiba passou a exercer a função de fiel depositário de Rawell. O cidadão que tiver dúvidas sobre a manutenção de animais em cativeiro pode requisitar informações ao IBAMA por meio do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC): www.ibama.gov.br/acesso-a-informacao/servico-de-informacao-ao-cidadao-sic
Secretaria Municipal de Comunicação Social
Secretaria Municipal de Comunicação Social
MSc.. Luiz Fernando Drumond, Eletronvet
Secretaria Municipal de Comunicação Social
Rawell apresentava claudicação e foi submetido a exame radiográfico, pois suas garras e metade das falanges distais haviam sido retiradas. No exame clínico foi identificada infecção e fístula do osso de uma falange distal, e realizou-se limpeza, dreno e tratamento. Caso volte a claudicar, ele poderá ser encaminhado para cirurgia Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
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MEDICINA VETERINÁRIA LEGAL
relacionados à segurança dos animais e das pessoas foram constatados, incluindo ferrugem em diversos pontos da jaula e ausência de plano em caso de fuga dos leões. Por coincidência, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) proibiu a oniectomia e a tenotomia em gatos domésticos (Resolução n. 877/2008) em fevereiro daquele ano, por ser prática inaceitável sob o ponto de vista do bem-estar animal. Embora a resolução tenha estabelecido a proibição apenas para gatos domésticos, a prática foi interpretada como ainda mais cruel nos felinos selvagens, em virtude do prejuízo ao comportamento natural da espécie, subsidiando as ações do Ibama-PR na ocasião. Os leões foram apreendidos e distribuídos em maio de 2008, dentro dos termos de depósito (fiel depositário), sendo um leão macho encaminhado para o Zoológico Municipal de Cascavel, PR, um casal de leões levado para um mantenedor de fauna exótica em Rio Azul, PR, e o leão Rawell transferido para um mantenedor particular em Maringá, PR. As instituições e mantenedores que receberam os animais se comprometeram por escrito a oferecer alimento adequado, assistência médico-veterinária e condições adequadas de manutenção em cativeiro conforme a legislação vigente (Instrução Normativa Ibama n. 169/2008), permitindo a movimentação, o descanso e a distração dos espécimes, bem como garantindo a segurança dos tratadores, dos eventuais visitantes e dos próprios animais. Rawell ficou apenas alguns meses em Maringá. Segundo o documento protocolado no Ibama-PR em outubro de 2010 pelo fiel depositário, ele havia sido transferido ao final de 2008, sem qualquer tipo de autorização, para o criadouro conservacionista São Francisco de Assis, localizado na cidade de Monte Azul Paulista, SP. Em consequência, o referido documento deu origem a processo encaminhado ao Setor Jurídico do Ibama-PR para questão de possível 114
depositário infiel do mantenedor de Maringá. Durante o período em que o leão estava sendo mantido irregularmente em Monte Azul Paulista, SP, o Ibama-SP realizou vistoria no empreendimento e identificou a irregularidade. Na ocasião houve aplicação de multa e nova apreensão do felídeo, ficando o proprietário do criadouro conservacionista São Francisco de Assis como novo fiel depositário do Rawell até que houvesse decisão no processo administrativo relacionado à autuação. Em maio de 2014, enquanto corria o trâmite do processo da transferência sem prévia autorização, o leão Rawell foi, segundo informações da imprensa, furtado do Criadouro São Francisco de Assis pelo próprio fiel depositário; de acordo com seu advogado, o leão era o mesmo que se encontrava novamente em Maringá, PR. As imagens do circuito de vigilância mostraram uma caminhonete com uma jaula na carroceria. A razão do furto, segundo o fiel depositário, teria sido a negativa de devolução do animal, que havia sido levado para Monte Azul Paulista, SP, por falta de espaço, com cessão do animal por tempo determinado. No entanto, de acordo com um dos coordenadores do criadouro São Francisco de Assis, o primeiro fiel depositário os havia procurado meses antes para buscar o animal, pois ele seria utilizado em um comercial de televisão. Com base na informação prestada dando conta de que o leão confiado em depósito havia sido transferido para outro local sem autorização, e ainda, segundo notícias veiculadas na imprensa, de que havia retornado do mesmo modo para Maringá, o IbamaPR decidiu substituir o fiel depositário (Instrução Normativa Ibama n. 10/2012), repassando o termo de depósito para o Zoológico de Curitiba. As questões relacionadas aos possíveis crimes ocorridos durante a invasão da propriedade e a retirada do leão sem qualquer autorização estão sendo investigadas pela
polícia civil de Monte Azul Paulista. As investigações devem apontar o que realmente aconteceu naquela noite e quem são os envolvidos, inclusive se houve a participação de algum médico veterinário ou eventual exercício ilegal da profissão. Rawell está hoje com nove anos de idade; é um leão adulto de 300 kg sem as falanges e as garras. Nasceu e cresceu no minúsculo espaço do circo até os cinco anos de idade; foi transferido para um mantenedor particular por alguns meses, e transferido posteriormente para outro criadouro, onde viveu mais quatro anos. Hoje, mesmo dispondo de uma área muito maior no Zoológico de Curitiba e ao lado do recinto de duas leoas que seriam uma opção de companhia para expressar o comportamento natural da espécie, o convívio é tido como arriscado, pois sem as garras para autodefesa, poderá colocar em risco sua saúde física. Esse leão nunca poderá ser reintroduzido ao seu habitat natural, as savanas africanas, onde os ancestrais de Rawell nunca deveriam ter sido capturados e trazidos ao Brasil, provavelmente há décadas ou mesmo séculos atrás. O único final feliz dessa história é que os valores e as leis da sociedade brasileira, várias criadas durante a vida de Rawell, garantirão que isso nunca mais aconteça. Que o restabelecimento da saúde de Rawell ocorra com brevidade e que, mesmo fadado a uma vida solitária, possa viver com saúde e sem o estresse de viver aprisionado em um minúsculo recinto.
Alexander Welker Biondo Médico veterinário, MSc, PhD. Medicina Veterinária do Coletivo, Universidade Federal do Paraná (UFPR). Diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna da Prefeitura de Curitiba. abiondo@illinois.edu
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GESTÃO, MARKETING & ESTRATÉGIA
Simples Nacional: de solução a decepção... o dia 7 de agosto, a presidente Dilma sancionou a Lei CompleN mentar n. 147/2014, que, entre outras
mudanças, “universaliza” o acesso das empresas ao sistema de tributação simplificado, ou Simples Nacional. A partir de janeiro de 2015, as empresas com faturamento de até R$3,6 milhões/ano poderão optar por esse regime, inclusive as prestadoras de serviços de profissões regulamentadas, como médicos, advogados, engenheiros e veterinários, entre outras. O Simples Nacional é um modo simplificado de arrecadação que permite o pagamento simultâneo de vários tributos (PIS, COFINS, CSSL, IR, CPP, ICMS e ISS) por meio do DAS, documento de arrecadação do Simples, cabendo à receita fazer o rateio entre os governos federal, estadual, municipal e a previdência social. TRIBUTO IR CSSL PIS COFINS ISS INSS
ALÍQUOTA 15% 9% 0,65% 3% 5% 20%
As alíquotas dependem do tipo de empresa, variando conforme o faturamento (quanto maior o faturamento, maior a alíquota), e até a chegada da nova lei existiam cinco tabelas. Os serviços têm alíquotas maiores do que as do comércio e indústria, pois presume-se que a lucratividade nesse setor seja maior. Antes dessa lei, as empresas veterinárias podiam optar por duas formas de tributação: lucro real e lucro presumido. No caso de serviços, a presunção de lucro é de 32%. Portanto, se a lucratividade for maior do que 32%, é melhor optar pelo lucro presumido, caso contrário se deveria optar pelo lucro real. Por praticidade, as pequenas empresas e seus contadores acabam optando pelo lucro presumido, já que o lucro real exige uma escrituração mais
INCIDÊNCIA Presunção lucro (32%) Presunção lucro (32%) Faturamento Faturamento Faturamento Folha de pagamento
% FATURAMENTO 4,80% 2,88% 0,65% 3,00% 5,00% ? 16,33%
Figura 1: Principais impostos sobre os serviços veterinários Receita bruta em 12 meses (em R$) Até 180.000,00 De 180.000,01 a 360.000,00 De 360.000,01 a 540.000,00 De 540.000,01 a 720.000,00 De 720.000,01 a 900.000,00 De 900.000,01 a 1.080.000,00 De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 De 3.420.000,01 a 3.600.000,00
Alíquota 16,93% 17,72% 18,43% 18,77% 19,04% 19,94% 20,34% 20,66% 21,17% 21,38% 21,86% 21,97% 22,06% 22,14% 22,21% 22,21% 22,32% 22,37% 22,41% 22,45%
(lucro presumido)
IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP 14,93% 14,93% 14,93% 14,93% 15,17% 15,71% 16,08% 16,35% 16,56% 16,73% 16,86% 16,97% 17,06% 17,14% 17,21% 17,21% 17,32% 17,37% 17,41% 17,45%
ISS 2,00% 2,79% 3,50% 3,84% 3,87% 4,23% 4,26% 4,31% 4,61% 4,65% 5,00% 5,00% 5,00% 5,00% 5,00% 5,00% 5,00% 5,00% 5,00% 5,00%
Figura 2 - Tabela VI da Lei Complementar n. 147/2014: http://goo.gl/3uiAIe 116
detalhada e está sujeito a maior fiscalização pela receita. Infelizmente, como a presunção de lucro de 32% não se adequou à situação atual do mercado, que trabalha com margens cada vez menores, algumas empresas do setor veterinário acabaram optando pela informalidade, não emitindo a nota fiscal de todo serviço realizado. Por isso, a decepção... Havia uma grande expectativa de que a mudança nas regras do Simples pudesse favorecer o setor, simplificando o processo e diminuindo a carga tributária e, consequentemente, estimulando a formalização, mas, infelizmente, foi criada a Tabela VI, cujas alíquotas superam o que se poderia considerar razoável. Como é possível ver na figura 1, considerando-se o lucro presumido, a carga tributária sobre o faturamento é muito próxima, se comparada à tabela VI (Figura 2). O que poderá ser determinante é o impacto da folha de pagamento sobre o faturamento: para empresas com muitos funcionários, a diminuição do INSS patronal pode estimular a adesão ao Simples, caso contrário pode não valer a pena. Mesmo assim, podem existir algumas vantagens da adesão ao Simples Nacional: diminuição dos custos contábeis, diminuição das taxas, pois haverá somente uma empresa (TFA, TFE, entre outras), simplificação dos processos e diminuição do INSS patronal sobre a folha de pagamento. De qualquer modo, recomenda-se uma avaliação desse assunto com seu contador nos próximos meses, já que a opção poderá ser feita até o final deste ano e pode exigir alterações no contrato social e abertura ou fechamento de empresas, quando existe CNPJ distinto para pet shop e clínica veterinária. Renato Brescia Miracca renato.miracca@q-soft.net
Médico veterinário, bacharel em direito, MBA Q-soft Brasil Tecnologias da
Informação - www.qvet.com.br
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GESTÃO, MARKETING & ESTRATÉGIA
Clientes de valor inestimável. Quanto custam?
O cliente das “redondezas” Quem são as pessoas do seu bairro, 118
Khakimullin Aleksandr / shutterstock
T
odos nós sabemos quanto nos custa substituir um cliente. Mas quanto nos custa manter os clientes? Você de fato está fazendo as coisas certas para manter os seus clientes? Em medicina veterinária, gostamos de chamar o vínculo que compartilhamos com os animais de estimação de "inestimável", no entanto, nós sabemos que o "inestimável" tem um preço. Olhando além dos animais, vemos a pessoa que traz o animal de estimação à nossa clínica. Não podemos alcançar "os inestimáveis" sem saber o verdadeiro custo de nossas ações, e a única maneira de saber o verdadeiro custo é participar ativamente na gestão financeira da empresa veterinária. É de vital importância incluir o seu time em qualquer discussão sobre relacionamento com os clientes e como pode ser “caro” esse relacionamento para sua clínica. Independentemente da identidade das pessoas, todos os donos de animais estão à procura de um serviço excepcional. Eles querem que seu animal de estimação seja tratado de uma forma profissional, rentável e oportuna. Assim, nosso objetivo é agradar-lhes! Mas qual o preço de um serviço excepcional? Além disso, em que ponto do preço vamos obter a satisfação do cliente? A observação de alguns números-chave de sua empresa pode ajudar sua equipe a acompanhar os passos da prestação de diferentes serviços. As amizades podem ser de valor inestimável, mas as relações com os clientes não são. Há um preço para atraí-los e retê-los, e um preço para perdê-los. Existem alguns clientes "inestimáveis” que até gostaríamos de pagar para perder, mas, falando sério, você sabe o preço que paga para atrair os clientes do seu bairro?
Você conhece os desejos e necessidades de seus clientes?
as pessoas que você encontra todos os dias? Vale refletir: você realmente conhece os clientes que gostam do seu trabalho e os que provavelmente continuarão a fazer negócios com você? Pode ser surpreendente descobrir algumas coisas sobre eles. Não estamos falando de segredos pessoais, mas do que eles precisam, do que desejam para seus animais de estimação, do que eles detestam em relação aos cuidados dos pets e do que sentem quando visitam a sua clínica. O seu time de observação no bairro A obtenção de algumas dessss informações é fácil; basta criar o seu time de observação no bairro, atribuir a liderança desse projeto a alguns dos membros de confiança da sua equipe, orçar seu tempo e recursos, e deixálos fazer sua análise e informar os números obtidos para você e sua equipe. Você pode se beneficiar por ter um representante de cada área de sua clínica (recepcionista, área técnica, médico veterinário), mas, certamente, designar um líder para coordenar todos os esforços da equipe é mais eficaz. A equipe deve trabalhar junto aos proprietários que fazem parte da sua rotina para determinar o foco dos seus esforços. Por exemplo, você pode estar curioso para saber se é difícil fazer negócios com sua clínica e até que ponto vai essa dificuldade. Você sabe? Você se importa? Você deve se preocupar, porque isso pode
estar minando silenciosamente sua base de clientes. Deixe seu time de observação pesquisar os clientes do bairro. Sua equipe de pesquisa pode decidir fazer uma pergunta rápida logo após a consulta, pouco antes da saída dos clientes. Simplificando: "Foi fácil para você fazer a consulta conosco hoje?" O cliente terá de três a cinco escolhas: de muito fácil a mais difícil do que o esperado. Sua equipe pode executar essa avaliação durante uma semana, registrar os resultados e fazer um relatório para você. Analisando os relatórios Você pode, por exemplo, descobrir que os processos burocráticos têm infiltrado seus procedimentos operacionais padrão e estão afetando a capacidade dos seus clientes de marcar uma consulta ou agendar um retorno. Como a pontuação que se refere ao esforço do cliente pode afetar a sua prática? Seus clientes estão indo embora devido a dificuldades em fazer negócios com você? Custa cinco vezes mais substituir esses clientes que abandonam a sua clíncia. Custa ainda mais para superar qualquer informação ruim passada no boca a boca sobre como é difícil lidar com sua empresa. Pode lhe custar a possibilidade de aumentar a clientela. Realizar uma análise FOFA (forças, oportunidades, fraquezas e ameaças) do serviço que você presta ao cliente é a única maneira de saber o que está acontecendo no seu bairro e o que seus clientes estão enfrentando quando seus animais de estimação são tratados por você. Prof. dr. Marco Antonio Gioso
FMVZ/USP - http://www.usp.br/locfmvz
M.V Dra. Maria das Graças Jardim M.V Coach Steve Kornfeld VetCoaches - http://www.vetcoaches.com.br
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COMPORTAMENTO
Dr. Ian Dunbar no Brasil*
A
primeira quinzena de novembro de 2014 será um marco no que se refere ao estudo do comportamento canino no Brasil, pois teremos a presença inédita do dr. Ian Dunbar ministrando seminário e workshop. O dr. Ian Dunbar é veterinário, comportamentalista animal e escritor. Recebeu o diploma de veterinário e o certificado de Dr. Ian Dunbar Honra ao Mérito em Fisiologia e Bioquímica pelo Royal Veterinary College (Universidade de Londres) e recebeu o título de doutor em comportamento animal pelo Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia, em Berkeley, EUA, onde passou dez anos a investigar a comunicação olfativa, o desenvolvimento do comportamento social hierárquico e a agressão nos cães domésticos. Há mais de 35 anos, o dr. Dunbar juntou-se à Society for Veterinary Ethology (agora chamada de Society for Applied Ethology – http://www.applied-ethology.org). Na época, era o único membro especializado em problemas de comportamento de cães e gatos. Mais tarde também participou da criação da American Society for Veterinary Ethology (hoje em dia conhecida como American Veterinary Society of Animal Behavior – http://avsabonline.org). Além disso, é membro do Royal College of Veterinary Surgeons, da International Society for Applied Ethology, da California Veterinary Medical Association (http://www.cvma.net), da Sierra Veterinary Medical Association (http://www.skisvma.org) e da Association of Professional Dog Trainers – APDT (http://apdt.com), fundada pelo próprio dr. Ian Dunbar. Sua participação na literatura especializada também é muito importante. Entre os numerosos livros que escreveu, destacam-se How to Teach a New Dog Old Tricks e Good Little Dog Book. Gravou mais de onze DVDs acerca * Organização: It's All About Dogs http://itsallaboutdogs.org Deita e Rola Educação Canina http://deitaerolaeducacaocanina.com.br Apoio: Dog Solution http://dogsolution.com.br Inscrições: deitaerola@hotmail.com 120
de treino e comportamento de cães, incluindo o Sirius® puppy training, Training dogs with Dunbar e Every picture tells a story. Todos esses vídeos ganharam vários prêmios. Sirius puppy training (o primeiro vídeo de treino de cães já produzido) é ainda hoje em dia um dos que mais venderam. Durante três anos seguidos Sirius puppy training foi votado o número 1 de treino de cães pela maior e mais influente associação de treinadores de cães do mundo: a Association of Pet Dog Trainers (APDT). O dr. Ian Dunbar desenvolveu as primeiras aulas para cachorros em 1981. Antes disso, elas não existiam. O vídeo Sirius puppy training teve uma enorme influência no universo da criação de cães e mudou completamente a forma como eles eram treinados numa série de países. As técnicas exclusivas de treino desenvolvidas pelo dr. Ian Dunbar, de usar comida como luring, surgiram como uma alternativa fantástica ao velho esticão da coleira, considerado desumano e pouco cooperativo. De certa forma, esse vídeo veio eliminar os esticões do treino de cães. As técnicas usadas nele vem sendo adotadas pela grande maioria dos treinadores de cães carinhosos e que gostam de evoluir. Durante sete anos o dr. Dunbar assinou uma seção na revista de comportamento do American Kennel Club, que foi votada durante muitos anos como a melhor coluna do gênero pela Dog Writers Association of America (http://www.dwaa.org). O projecto atual do dr. Dunbar reside na criação dos jogos K9, um evento que engloba jogos competitivos, movimentados e motivadores para cães e donos (http://youtu.be/uMbaR4Fbiao). Há mais de 30 anos o dr. Dunbar dá seminários para veterinários e treinadores de cães. Desde 1986 ele já acumulou mais de 800 dias de seminários e workshops por todo o mundo. Existem poucos treinadores atualizados que não foram fortemente influenciados pelos jogos, treinos e a perspectiva divertida do dr. Dunbar. Seminário com o dr. Ian Dunbar – 1 e 2 de novembro Socialização canina: prevenindo a agressão (sábado) “Aparentemente, a socialização tende a ser uma prática comum, mas ainda não praticamos um décimo do treino, nem metade da modificação comportamental e muito menos uma fração da socialização e do condicionamento clássico necessários”, destaca o dr. Dunbar. Um dos aspectos mais importantes e relevantes do treino consiste em criar cães para serem confiantes perto das pessoas e apreciarem sua companhia, especialmente tratando-se de crianças, homens e estranhos. O processo é crucial e tão fácil como prazeroso, e é, na verdade, uma questão de senso comum, mas continuamos a não o fazer.
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COMPORTAMENTO
Os tópicos incluem: • Nature versus nurture – ou seja, genética versus herança social; • Estágios práticos de desenvolvimento vis-à-vis e prevenção de problemas; • Socialização programada e manuseamento no criador e na nova casa; • Manejo neonatal; • Modelo médico raramente se aplica ao comportamento; • Quatro estágios da inibição de mordida; • Severidade das mordidas de acordo com a patologia das feridas (dano causado) – 6 níveis; • Dessensibilização progressiva e como agarrar pela coleira; • Condicionamento clássico contínuo; • O que é previsível, preventivo e pode ser resolvido; • O método de recompensa, recompensar e sair; • Reforços secundários para acelarar e maximizar o condicionamento clássico. Treino com recompensa para completo controle dos cães sem guia (domingo) A maioria dos tutores de cães começa por usar comida para treinar os seus cães, ou começa a usar o clicker, mas muito poucos terminam e ainda menos conseguem deixar de usar a comida na mão ou as muletas de treino (coleiras, guias, clickers, comida etc.) para produzir um cão adulto confiante e amigável, que pode ser totalmente controlado sem trela mesmo quando está distraído e à distância. Esse seminário vai comparar as vantagens e desvantagens das cinco técnicas de treino baseadas em recompensas: manuseamento físico, treino com luring, shaping, auto-shaping e treino com recompensa de tudo ou nada com especial ênfase no processo de luring e recompensa para obter um excelente controle verbal sem guia. Grande parte do dia será ocupada com a questão de como motivar os cães a desempenhar comportamentos sem guia e à distância sem o uso de contínuos utensílios de treino. Essa é, na verdade, a área que tem tido maiores progressos nas ultimas décadas. Os tópicos incluem: • Vantagens e desvantagens das cinco técnicas de treino baseadas em recompensas; • Vantagens e desvantagens do uso de recompensas e
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punições; • A sequência de treino básica: 1 (pedido), 2 (isca), 3 (resposta) e 4 (recompensa); • Como retirar a comida após uma dúzia de tentativas e substituí-la por sinais gestuais; • Como substituir os sinais gestuais por sinais verbais; • Como introduzir o treino nas atividades favoritas dos cães, tais como passeios e cheirar arbustos, e no meio de distrações, que usualmente trabalham contra o treino; • Recompensas que resultam bem no treino; • Como usar jogos interativos tais como tug e bolas para motivar os cães ao máximo; • Reforços secundários e a sua exploração para obter excelentes resultados; • Alternativas não aversivas para inibir e eliminar comportamentos indesejados. Workshop de jogos e desenvolvimento de comportamentos estáveis – 8 e 9 de novembro Os workshops do dr. Dunbar trazem de volta a excitação, a diversão e a fluência ao treino de cães. São muito divertidos, tanto para os cães quanto para os tutores, e especialmente informativos e interessantes para aqueles que apenas observam os cães desenvolverem os comportamentos e a rapidez nas respostas. A ideia de praticar jogos com os cães é algo que impulsiona bastante os seus tutores. Todos os jogos são desenhados de forma a melhorar o relacionamento entre o tutor e o cão e tornar todos os comportamentos ensinados mais afinados e mais rápidos, aperfeiçoando todos os exercícios de obediência praticados durante o workshop e os novos que possam ser ensinados no futuro. Durante o workshop, os tutores aprendem a motivar os cães e fazem muitos exercícios que desenvolvem a sua compreensão das capacidades dos cães e da melhor forma de explorá-las. O número de cães será limitado, e a preferência será dada aos que se inscreverem primeiro. Cães com ou sem treino prévio serão aceitos, pois não interessa quanto o cão sabe. o workshop será produtivo tanto com os cães que sabem muito como com aqueles que não sabem nada. Também se aceitarão cães jovens, com idade mínima de 6 meses.
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MERCADO PET
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fidelização dos clientes é construída através da criação de vínculos gerados através de experiências positivas. É importante reforçar isso porque também pode haver experências negativas, e essas não criam vínculo. Pelo contrário, geram dificuldade para a reconstrução de vínculos. Quando se criam muitos vínculos positivos, podemos dizer que estamos promovendo o bem-estar da interação entre homem e animal. Isso se torna uma ferramenta de lucratividade quando sabemos motivar o relacionamento e praticamos o registro e a gestão de todas as experiências que se proporciona a cada cliente. Esse é o espírito do Simpósio BCG Pet.
através do smart phone – isso é o Bistro, um comedouro automático que foi desenvolvido tanto para alimentar os gatos quanto para compartilhar com os seus tutores informações individualizadas de cada gato que se alimenta. O vídeo “Bistro: The Smartest Cat Feeder. Ever.” apresenta de forma prática a satisfação e a interatividade dos usuários de Bistro. Para os que não são usuários dessas modernas tecnologias também há outras formas de estimular o relacionamento dos felinos com seus tutores. Uma delas é compartilhando brincadeiras como as publicadas no livro Brincando com o seu gato, de Jackie Strachan (São Paulo: Pensamento, 2010), que ensina 50 Brincando com jogos divertidos.
o seu gato www.probem.info
Relacionamento com cães As opções para o estímulo do relacionamento com os cães são bastante variadas. A Kong Company, por exemplo, tem diversos tipos de
Relacionamento com gatos Tecnologia e criatividade proporcionando relacionamento de forma simples,
Bistro: comedouro automático que permite acompanhar pelo smart phone a alimentação dos gatos http://goo.gl/90nqvv
brinquedos inteligentes que fazem muito sucesso com os cães, tanto pela excelente aceitação pelos animais quanto pela qualidade e durabilidade. A criatividade pode ser Cães adoram brincar ilimitada para http://goo.gl/OTB3M1 intensificar o relacionamento. Exemplo disso é o Pet Bolhas, lançamento da Pet Games, primeira bolinha de sabão própria para animais – uma diversão Pet Bolhas segura e ga- http://goo.gl/LX6SgZ rantida para toda a família, pois é atóxica, instintiva, inovadora, interativa e antiestresse. Benefícios do relacionamento Os tutores adoram ver seus animais desfrutando momentos de satisfação. Poder proporciná-los é uma forma de fortalecer os vínculos e, consequentemente, fidelizar clientes. Os animais que vivem em ambiente enriquecido e brincam com seus tutores têm menos tendência à obesidade e são mais sociáveis. Em função dos hábitos da vida moderna, que levam muitas pessoas a viver sozinhas em apartamentos, é fundamental estar atento ao estilo de vida dos clientes e saber oferecer produtos e serviços de todos os tipos e para animais de todas as idades. Prestigie e participe do Simpósio BCG Pet e vacine-se contra insucessos! Durante o simpósio haverá muito mais a ser compartilhado. Consulte pacote especial de assinatura da Clínica Veterinária com inscrição no simpósio: 0800 887.1668.
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
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PESQUISA
Pesquisa detecta bactérias e fungos em 62,5% dos passarinhos traficados*
o
s argumentos em prol das campanhas educativas para desestimular a compra de animais silvestres comercializados ilegalmente ganharam um reforço com um estudo concluído recentemente na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP). A pesquisa “Caracterização da microbiota intestinal bacteriana e fúngica em passeriformes silvestres confiscados do tráfico que serão submetidos a programas de relocação”, desenvolvida com o auxílio à pesquisa da FAPESP, encontrou microrganismos com potencial patogênico – que podem apresentar risco à saúde humana e animal – em 62,5% de 253 amostras de material coletado na cloaca (órgão por onde as aves eliminam as fezes e a urina e põem os ovos) de 34 espécies de passarinhos silvestres resgatadas do tráfico de animais e encaminhadas ao Departamento de Parques e Áreas Verdes de São Paulo (Depave) para avaliação, reabilitação e relocação no ambiente. Segundo dados da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), as aves são o principal alvo do comércio ilegal de animais. Os passeriformes silvestres (pássaros nativos de pequenas dimensões, como sabiás, canários e curiós, entre outros) são os mais traficados, seguidos de papagaios, araras e demais gêneros. “A pesquisa de alguns microrganismos, como Salmonella spp., Cryptococcus spp. e Candida spp. é prevista na lista de exames sanitários recomendados pela Instrução Normativa n. 179 do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis]”, disse Priscilla Anne Melville, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde
Animal da FMVZ, responsável pelo estudo. “No entanto, quisemos fazer um estudo mais abrangente para descobrir que outros patógenos podem ser carreados por esses animais.” O trabalho contou com a participação dos pesquisadores da FMVZ/USP Nilson Roberti Benites, Paulo Eduardo Brandão, André Becker Simões Saidenberg, Patrícia Braconaro e Eveline Zuniga, e das veterinárias do Depave Adriana Joppert da Silva, Thaís Sanches e Ticiana Zwarg. De acordo com os pesquisadores, o material coletado na cloaca das aves é mais preciso como indicador da microbiota intestinal do que as fezes, já que, em condições normais, os microrganismos presentes ali são oriundos somente do trato intestinal. Já a análise das fezes pode levar a falsos resultados pela contaminação do material por bactérias presentes no ambiente. Segundo Melville, os exames de verificação de ocorrência e frequência de fungos e bactérias mostraram que em 158 (62,5%) das 253 amostras havia presença de microrganismos. Em 123 delas (77,84%) havia somente bactérias; em outras quatro, somente fungos; e em 31, fungos e bactérias. Microrganismos mais encontrados Foram encontradas 13 espécies de Staphylococcus spp. em 38 amostras. O gênero Micrococcus spp. foi localizado em 29 amostras, enquanto Klebsiella spp. e Escherichia coli estavam em 27 amostras cada. Em testes de suscetibilidade a diferentes antibióticos e quimioterápicos, essas bactérias apresentaram multirresistência a determinados antimicrobianos. Foram encontradas ainda as bactérias Enterococcus spp. (em 11 amostras); Enterobacter spp. (10); Streptococcus spp. (8) e Citrobacter spp. (7).
“Cada microrganismo tem suas peculiaridades e causa doenças específicas. As bactérias Escherichia coli, por exemplo, podem estar associadas a distúrbios gastrintestinais. As espécies de Staphylococcus podem estar associadas a infecções cutâneas, sinusites, artrites e pneumonias. A transmissão se dá principalmente por meio do contato com as fezes do animal, com posterior ingestão acidental ou mesmo inalação de material contaminado”, afirmou a pesquisadora. Alguns microrganismos encontrados no estudo ainda não haviam sido mencionados em trabalhos semelhantes. Entre eles, há a Rhodotorula spp. (levedura oportunista que pode causar doença em paciente imunossuprimido), Edwardsiella (bactéria associada a meningites e gastrenterites, entre outras) e Pasteurella multocida (agente associado à cólera aviária). O estudo confirmou a presença de fungos filamentosos e leveduras encontrados em estudos anteriores de outros autores, tais como Candida spp. (fungo associado a distúrbios gastrintestinais e respiratórios), Penicillium spp. (fungo associado a doenças como ceratites e endocardites, entre outras), Mucor spp. (fungo que pode acometer pacientes imunossuprimidos, causando infecções no trato respiratório e gastrintestinal, no sistema nervoso ou na pele), Aspergillus spp. (fungo que acomete principalmente o trato respiratório de aves), e Trichosporon spp. (patógenos oportunistas que podem acometer pacientes imunossuprimidos). A pesquisa revelou ainda que é baixo o risco de transmissão de microrganismos sugeridos para investigação pela Instrução Normativa do Ibama, como Salmonella spp. e Cryptococcus spp. (ausentes nas amostras) e Candida spp. (baixa ocorrência).
*Fonte: Agência Fapesp - Por Jussara Mangini – http://agencia.fapesp.br/19558 124
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
Também é baixo o risco de aves avaliadas transmitirem aos seres humanos bactérias E.coli como a Escherichia coli enteropatogênica (EPEC), a Escherichia coli patogênica aviária (APEC) e a Escherichia coli uropatogênica (UPEC). Por outro lado, há risco de transmissão intra ou interespécies ou de introdução no ambiente de E. coli multirresistentes a antimicrobianos. Bactérias resistentes A investigação da microbiota intestinal das aves antes do processo de soltura é importante, pois pode esclarecer os possíveis riscos relativos à presença de resistência bacteriana aos antimicrobianos. “Ao serem eliminadas no ambiente, as bactérias multirresistentes a antimicrobianos podem se multiplicar e infectar diferentes hospedeiros, disseminando a resistência antimicrobiana entre as bactérias”, explicou Melville.
“Isso pode levar ao desencadeamento de doenças de difícil tratamento, já que a resistência antimicrobiana reduz as possibilidades terapêuticas. Por outro lado, muitas bactérias podem se tornar resistentes a um antimicrobiano, mesmo sem nunca terem tido contato com ele”, disse a pesquisadora. O alerta deve ser considerado principalmente quando se leva em conta que grande parte dos indivíduos que adquirem animais traficados mantém as aves como animais de estimação em sua residência. “As pessoas devem ter ciência de que podem ser contaminadas por determinados agentes bacterianos, virais e fúngicos transportados pelos animais traficados, especialmente os grupos de risco – idosos, crianças e pessoas imunossuprimidas ou que são submetidas a algum tratamento imunossupressor”, disse Melville.
Saidenberg esclareceu que, mesmo em liberdade, as aves podem hospedar microrganismos com potencial para causar doenças na própria espécie, em outros animais e em seres humanos. No entanto, em geral, observa-se um equilíbrio entre o microrganismo e o hospedeiro, como parte de um processo de coevolução e que também atua sobre o controle populacional. A presença de determinado microrganismo não significa obrigatoriamente que a doença se manifeste. “No entanto, quando são traficados, esse equilíbrio pode ser alterado em razão dos elevados níveis de estresse, das péssimas condições de higiene e da alimentação inadequada a que são submetidos os animais, o que pode acarretar o desencadeamento de doenças infecciosas causadas por microrganismos com os quais estavam anteriormente em equilíbrio”, disse Saidenberg.
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LIVROS
Viver o amor aos cães
Um trabalho em prol da Sociedade Lavrense de Proteção aos Animais: http://www.parquefranciscodeassis.com.br
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om a responsabilidade sagrada de transformar vidas, um grupo de voluntários se ofereceu para o serviço de resgate. Em um ex-matadouro municipal de bovinos e suínos, erigiu um centro de cura para caninos que um dia vagaram pelas ruas, e hoje os prepara para viverem em lares harmoniosos. Abriga 400, e em três anos mais de 2.200 passaram por lá. Nutrido e guiado por circunstâncias vivas sopradas pelo destino, o livro Viver o amor aos cães, de Ana Regina Nogueira, foi construído a partir da observação direta, de leituras livremente interpretadas, de pequenos depoimentos escritos, mas, sobretudo, de 60 conversas gravadas. Reflexões entrelaçadas a ricos diálogos espelham o amor aos cães, seus personagens. Um livro dentro de um livro para quem ama cães ou almeja amá-los. Inspirada por vozes caninas e humanas, a história emriquecida por belas fotos sobre o canil Parque Francisco de Assis, transborda ardente reverência pelos cães sem teto. Narrativas poéticas, relatos e vivências entusiastas dão a chave de como os homens se curam enquanto curam os caninos. O texto também oferece guias para a vida práti-
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Conheci o local quando já era o Parque Francisco de Assis, isto é, muito trabalho depois. Uma legião de servidores voluntários já havia dedicado a ele seu amor e suor, transformando física e energeticamente o que havia sido um lugar de pavor, horror, dor em um oásis de acolhimento, cuidados, carinho e renovação da vida. Posso ainda ouvir certas palavras do Trigueirinho em uma partilha: “Faça o contrário! Ao se deparar com uma situação muito negativa, faça o contrário”. E foi o que ali fizeram. Quase um milagre! A troca por meio da renovação da vida de animais humanos e não humanos, uns curando os outros. Os seres humanos recebendo amor, alegria, gratidão, e os animais sendo um exemplo de superação, ensinando-nos que rapidamente deixam o passado para trás e resgatam a autoestima e a confiança. O trabalho do Parque Francisco de Assis persiste, e requer diariamente, muita dedicação, iniciativa, paciência, fé e recursos. Requer também a contribuição de pessoas alinhadas com a coragem de fazer o bem. Nina Rosa Jacob – Instituto Nina Rosa http://www.institutoninarosa.org.br
ca, incluindo o acompanhamento consciente da morte – ou desencarnação – de um animal. Conforme os capítulos avançam, você trilha caminhos floridos, passeia com cães entre árvores frutíferas, é chamado por um sininho para uma refeição vegetariana e lê partituras de músicas compostas para esse local. Por meio de entrevistas, muitas vozes vão explicando o motivo amoroso de tantos jovens e visitantes de várias partes do mundo virem aqui fazer experiências voluntárias, e por que uma funcionária maternal, após trabalhar com cães os durante a semana, retorna aos domingos como voluntária. Essas vozes foram reunidas em 42 histórias reais e surpreendentes, que instruem, ampliam e abrem o coração de leitores de todas as idades.
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
LANÇAMENTOS
ROUPA PÓS-CIRÚRGICA EXCLUSIVA PARA GATOS
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egurança, conforto e tranquilidade são características que descrevem a preocupação da Pet Med quando elabora seus produtos. Possuindo completa linha de roupas pós-cirúrgicas e protetores funcionais, o principal lançamento da Pet Med em 2014 foi a roupa pós-cirúrgica exclusiva para gatos. Elaborada especialmente para a anatomia do gato, cobre toda a cadeia mamária, sendo indicada para castrações de fêmeas e cirurgias abdominais em geral.
POTÁSSIO SÉRICO
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A cava no ombro é mais alta, o que impede que o gato a retire, visto que possui mais flexibilidade que os cães. Também possui uma cava maior na região femural para não limitar os movimentos e facilitar a locomoção. Além disso, para que fique anatomicamente ajustada, é fabricada com 98% de algodão e 2% de elastano. Conheça toda a linha especializada da Pet Med visitando o site: http://www.petmedcirurgica.com. br e fique por dentro das novidades que serão lançadas na Pet South America 2014.
Citrato K®, suplemento a base de Citrato de Potássio, foi formulado especialmente para a reposição do potássio sérico de cães e gatos. Vetnil: http://www.vetnil.com.br
Roupa pós-cirúrgica exclusiva para gatos: segurança, conforto e praticidade
A
NOVOS SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS PARA CÃES E GATOS
Saúde Animal da Bayer HealthCare acaba de lançar Nutricare, uma linha de suplementos nutricionais que acompanha todas as fases da vida do pet. Disponível em tabletes mastigáveis e palatáveis, características que tornam o produto mais facilmente aceito pelo animal, a linha Nutricare possui em sua formulação ricos ele-
mentos essenciais que melhoram a condição física do pet. Para os cães são indicadas as versões “Vitaminas e Minerais” que é rica nesses nutrientes e em aminoácidos em uma combinação que promove o crescimento saudável e auxilia em situações de deficiência nutricional ou em fases de alta demanda; “Ômegas”, composto por ácidos graxos e ômega 3 e 6,
Nova linha é específica para animais de estimação e traz elementos essenciais que melhoram a condição física e mantém a vitalidade do pet
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Citrato K® é encontrado em embalagens com 30 comprimidos
que melhoram a pelagem e a recompõem a deficiência desses elementos; “Condroitina e Glicosamina” que beneficia a condição física e atua na manutenção da atividade em cães de qualquer idade; além da opção “Cálcio”, que também pode ser administrado em gatos e traz em sua composição esse nutriente e o fósforo, que juntos favorecem períodos como gestação e lactação ou quando o animal está em um estado nutricional inadequado. Com o lançamento de Nutricare, a área de Saúde Animal traz para o mundo pet toda a expertise e tecnologia da Bayer em desenvolver linhas líderes em vendas para a suplementação nutricional para uso de humanos. Bayer: 0800 701 5546 http://www.bayer.com.br
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
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LANÇAMENTOS
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PROMOVENDO UMA PELE SAUDÁVEL POR MEIO DA ALIMENTAÇÃO
uatro novos alimentos para cães complementam a linha Veterinary Diet, da Royal Canin. Eles devem ser prescritos por médicos veterinários e auxiliam o tratamento de algumas enfermidades relacionadas à pele, àhipersensibilidade e à alergia alimentar. Os produtos lançados são: Skin Care Junior Small Dog, Skin Care Small Dog Adult, Hypoallergenic Small Dog e Hypoallergenic Canine na versão úmida. Hypoallergenic Small Dog Alimento indicado para cães de pequeno porte, de até 10 kg, formulado para ser utilizado como coadjuvante ao tratamento de hipersensibilidade e alergia alimentar, por meio de uma seleção de proteínas hidrolisadas.
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hipersensibilidade e alergia alimentar, por meio de uma seleção de proteínas hidrolisadas. Skin Care Junior Small Dog Indicado para cães filhotes com quadros de dermatite atópica, dermatoses, perda de pelo, piodermatites, alergia à picada de pulgas e otite externa. Skin Care Small Dog Adult Indicado para cães de pequeno porte, de até 10 kg, com quadros de dermatite atópica, dermatoses, perda de pelo, piodermatites, alergia à picada de pulgas e otite externa.
Hypoallergenic e Skin Care: novas opções para a saúde da pele
Royal Canin: 0800 703 5588 http://www.royalcanin.com.br http://fb.com/royalcanindobrasil
SNACK FREEZE DRIED NUTRITION
Equilíbrio, linha superpremium da Total Alimentos, acaba de lançar o snack Freeze Dried Nutrition – um produto inédito no Brasil, desenvolvido por meio da técnica de liofilização. Freeze dried (ou liofilização) é um processo que conserva as características nutricionais dos ingredientes, inclusive as vitaminas e os minerais. Os snacks Freeze Dried Nutrition têm três versões: Calm, Vitality e Dermato: Freeze Dried Nutrition Calm é composto de extrato de chá verde, proteína de alta digestibilidade e triptofano. É indicado para cães agitados ou para amenizar o estresse dos animais. O chá verde tem ação antioxidante, enquanto o triptofano, componente de origem natural, proporciona sentimentos de calma e tranquilidade. Freeze Dried Nutrition Dermato contém ingredientes especiais que contribuem para a defesa natural do pet: ômegas 3 e 6 (EPA e DHA), ricos em óleo de peixe e outros ingre-
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Hypoallergenic (alimento úmido) Alimento úmido indicado para cães, formulado para ser utilizado como coadjuvante ao tratamento de
dientes. Sua composição promove a saúde da pele e da pelagem. Freeze Dried Nutrition Vitality contém suporte energético de 4060 kcal/kg, ingredientes naturais, proteínas de alta digestibilidade e excelente palatabilidade, sendo recomendado em casos específicos em que os animais necessitam de alta energia,
como: pós-cirúrgicos, durante e após a amamentação e em casos de estresse ou convalescência. O Freeze Dried Nutrition Vitality pode ser dissolvido em água e amassado, para facilitar a digestão do alimento, ou oferecido seco, pois é bem crocante e saboroso para o cão. Total Alimentos: 0800 725 8575
Os snacks Freeze Dried Nutrition conservam as propriedades genuínas das matérias-primas utilizadas e têm alto valor nutricional
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
ANESTESIOLOGIA
8 de novembro a junho de 2015 Rio de Janeiro - RJ 11º Curso de anestesiologia http://goo.gl/oZdClj 23 de novembro a 21 de dezembro São Paulo - SP Curso teórico-prático de anestesia veterinária juna.eventos@uol.com.br 9 a 11 de dezembro Botucatu - SP II Curso teórico-prático de anestesia locorregional em cães e gatos (14) 3813-3898 20 a 22 de janeiro de 2015 Botucatu - SP II Curso de fluidoterapia e equilíbrio ácido/base em pequenos animais http://goo.gl/6RyOqD
ANIMAIS SELVAGENS
6 a 10 de outubro São Paulo - SP XVII Congresso e XXIII Encontro da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (ABRAVAS). Pré-Congresso de 4 a 6 de outubro http://www.abravas.org.br
22 de setembro a 29 de outubro São Paulo - SP Curso de auxiliar veterinário (11) 2305-8666
24 de janeiro de 2015 (início) São Paulo - SP Curso de cardiologia veterinária (11) 2305-8666
BEM-ESTAR ANIMAL
30 e 31 de janeiro Jaguariúna - SP Curso de extensão eletrocardiograma em pequenos animais http://goo.gl/KpZVNA
27 a 30 de novembro Recife - PE Identificação animal e sua relação com o bem-estar e a fidelização de clientes; O bem-estar e a obesidade. O sucesso na implementação do controle de peso nos pets. BCG PET - Simpósio de Bemestar, Comportamento e Gestão para o Mercado Pet http://www.feirapetnor.com.br 0800-887.1668
CARDIOLOGIA
2 a 4 de outubro Vinhedo - SP VII Imersão em Ecocardiografia Veterinária - módulo básico http://goo.gl/O47lht 31 de outubro a 1º de novembro São Paulo - SP Conferência Internacional de Cardiopatias Congênitas em cães e gatos http://www.sbcv.org.br/
17 a 19 de outubro Botucatu - SP I Simpósio de patologia aplicada a animais selvagens geas@fmvz.unesp.br
1º de novembro São Paulo - SP Festa de 20 anos da Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária (SBCV) http://www.sbcv.org.br
27 a 29 de novembro Santa Maria - RS VI Simpósio Gaúcho de Animais Selvagens - UFSM http://w3.ufsm.br/lcdpa/
7 e 8 de novembro Salvador - BA Curso de extensão eletrocardiograma em pequenos animais http://goo.gl/KpZVNA
AUXÍLIAR VETERINÁRIO
21 e 22 de novembro Porto Alegre - RS Curso de extensão eletrocardiograma em pequenos animais http://goo.gl/KpZVNA
2014 São Paulo - SP Curso de formação técnica em veterinária cursotecnico@provet.com.br
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Março de 2015 (início) São Paulo - SP Cardiologia em cães e gatos - 24 meses http://www.inbrapec.com.br
CIRURGIA
25 a 27 de setembro São Paulo - SP CIPO - Módulo Cirurgias da Coluna Vertebral http://www.cipo.vet.br (11) 3819-0594 24 a 26 de outubro Jaboticabal - SP II Curso teórico-prático de cirurgia reconstrutiva em cães e gatos http://goo.gl/nx4o4A 8 de novembro São Paulo - SP Cirurgia de tecidos moles Hospital Veterinário Pompéia 11) 3673-9455 10 de novembro Belo Horizonte - MG Cirurgia gastroentérica anclivepa@anclivepaminas.com.br 27 a 29 de março de 2015 Jaboticabal - SP I Curso internacional de cirurgia reconstrutiva em cães e gatos http://www.funep.org.br
CLÍNICA
13 e 14 de setembro São Paulo - SP Clínica médica aplicada (11) 3673-9455
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
14 a 16 de novembro Botucatu - SP Simpósio de Doenças Infecciosas em Pequenos Animais: Novos enfoques http://goo.gl/uqyN8A
COMPORTAMENTO
2014 Online - EAD Curso de terapia assistida por animais (TAA) 2014 contato@psicologiaanimal.com.br 2014 Online - EAD Fisiologia do comportamento de cães e gatos: fundamentos Psicologia Animal http://www.psicologiaanimal.com.br 7 a 10 de outubro Botucatu - SP Curso de comportamento animal ouvidoria@fmvz.unesp.br 1 a 9 de novembro São Paulo - SP Dr Ian Dunbar no Brasil 2014 http://www.iandunbarnobrasil.com 27 a 30 de novembro Recife - PE Técnicas de prevenção de problemas comportamentais. Manejo etológico de cães e gatos. BCG PET - Simpósio de Bem-estar, Comportamento e Gestão para o Mercado Pet http://www.feirapetnor.com.br
DERMATOLOGIA
Outubro (data a divulgar) São Paulo - SP Imunoterapia do cão atópico http://www.sbdv.com.br
ENDOCRINOLOGIA
4 e 5 de outubro Porto Alegre - RS Curso de atualização em endocrinologia de cães e gatos (19) 3837-2925
ENDOCRINOLOGIA
9 de novembro São Paulo - SP Simpósio internacional de obesidade em cães e gatos http://www.anclivepa-sp.com.br (11) 3813-6568
25 e 26 de outubro Botucatu - SP VII Curso de pós graduação em fisiatria, fisioterapia e reabilitação veterinária (14) 3813-3898
4 a 26 de outubro São Paulo - SP VIII Curso intensivo de fisioterapia caramicofisiovet@gmail.com
27 a 30 de novembro Recife - PE Os centros de reabilitação animal e sua importância para o sucesso terapêutico. O bem-estar e a obesidade. O sucesso na implementação do controle de peso nos pets. BCG PET - Simpósio de Bemestar, Comportamento e Gestão para o Mercado Pet http://www.feirapetnor.com.br 0800.887.1668
17 a 19 de outubro Botucatu - SP III Simpósio internacional de fisioterapia, reabilitação e fisiatria veterinária secretaria@bioethicus.com.br
5 de outubro a 16 de novembro São Paulo - SP Curso de gastroenterologia clínica (11) 2995-9155
22 a 24 de janeiro de 2015 Jaguariúna - SP Curso de atualização em endocrinologia de cães e gatos IBVET http://www.ibvet.com.br/
FISIOTERAPIA
GASTROENTEROLOGIA
GERIATRIA
19 a 28 de setembro Porto Alegre - RS I Curso de geriatria em pequenos animais http://pt-br.facebook.com/ciclodepalestrasmundoaparte
GESTÃO
13 de outubro Belo Horizonte - MG Gestão e negócios aplicado a medicina veterinária anclivepa@anclivepa-mg.com.br (31) 3297-2282
Identificação animal e sua relação com o bem-estar animal e a fidelização dos clientes. BCG PET - Simpósio de Bemestar, Comportamento e Gestão para o Mercado Pet http://www.feirapetnor.com.br
IMAGENOLOGIA
12 a 14 de setembro Jaboticabal - SP Curso de ultrassonografia na reprodução animal - pequenos animais (16) 3209-1300
10 e 11 de novembro Online - EAD Curso de marketing - Anclivepa http://migre.me/j2Nn3
19 a 21 de setembro Campinas - SP Intensivo de ultrassonografia oftálmica em pequenos animais http://www.echoa.com.br
27 a 30 de novembro Recife - PE Aumentando o faturamento e o vínculo com os clientes através através da otimização de dados.
22 de setembro a 24 de outubro Campinas - SP Intensivo de ecodopplercardiografia em pequenos animais (19) 3365-1221
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3 e 4 de outubro Lavras da Mangabeira - CE Curso de afecções radiográficas da coluna vertebral - IBVET http://goo.gl/vay1kP
Início: março de 2015 São Paulo - SP Ultrassonografia em pequenos animais http://www.inbrapec.com.br
6 a 22 de outubro São Paulo - SP Tratamento Intensivo - Hovet Pompéia (11) 3673-9455
17 a 20 de outubro Porto Alegre - RS Curso de video endoscopia veterinária (51) 3013-7065
Início: agosto de 2015 São Paulo - SP Diagnóstico por imagem em pequenos animais - especialização http://tinyurl.com/jwnbmj4
17 a 19 de outubro Botucatu - SP V Simpósio Internacional de Emergências em Animais de Companhia http://goo.gl/vHb0wq
22 e 23 de novembro Belo Horizonte - MG IV Simpósio Internacional de Diagnóstico por Imagem Veterinário http://goo.gl/O8sxa1 26 de novembro a 4 de dezembro São Paulo - SP Curso de ultrassonografia abdominal http://www.provet.com.br
INTENSIVISMO
19 e 20 de setembro Lavras da Mangabeira - CE Emergência na clínica de pequenos animais - IBVET http://goo.gl/sKcHsj 27 e 28 de setembro Salvador - BA Emergência na clínica de pequenos animais - IBVET http://goo.gl/sKcHsj
18 e 19 de outubro São Paulo - SP Urgências e emergências "módulo básico" teórico e prático I - técnicas de estabilização do paciente crítico - Hovet Pompéia (11) 3673-9455 9 de novembro São Paulo - SP Urgências e emergências -
"Módulo básico" prático II - simulação de atendimento - Hovet Pompéia (11) 3673-9455 21 e 22 de novembro Rio de Janeiro - RJ Emergência na clínica de pequenos animais IBVET http://goo.gl/sKcHsj 21 a 23 de novembro São Paulo - SP Curso teórico e prático de emergências e terapia intensiva http://www.provet.com.br 27 a 29 de janeiro de 2015 Botucatu - SP II Curso de ventilação mecânica em pequenos animais secretaria@bioethicus.com.br
Belo Horizonte, MG - Brasil. O voo livre é o principal destaque e atrai turistas do mundo inteiro à Serra da Moeda, em Minas Gerais. Basta percorrer um caminho de apenas 25 quilômetros, partindo do centro Belo Horizonte, para ter a oportunidade de deslumbrar-se com um dos ângulos mais fantásticos das montanhas mineiras. http://www.belohorizonte.mg.gov.br/atrativos/turismo/roteiros/arredores/serra-da-moeda
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Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
INTENSIVISMO
29 a 31 de janeiro de 2015 Jaguariúna - SP Tópicos em Medicina Intensiva http://www.ibvet.com.br
MEDICINA ALTERNATIVA
13 e 14 de setembro Campinas - SP Especialização em Homeopatia (19) 3208-0993 29 de setembro a 3 de outubro São Paulo - SP Homeopatia - curso de casos clínicos (30 vagas - FMVZ/USP) benites@usp.br 17 de outubro a 23 de novembro Botucatu - SP IV Curso de neuroacupuntura secretaria@bioethicus.com.br 18 de outubro Uberlândia - MG Especialização em acupuntura e medicina tradicional chinesa http://www.institutojp.com.br/ 17 e 18 de janeiro de 2015 Botucatu - SP V Curso de quiropraxia secretaria@bioethicus.com.br
NEFROLOGIA
13 e 14 de setembro São Paulo - SP Curso intensivo de urologia e nefrologia em cães e gatos (11) 3579-1427
NEUROLOGIA
20 e 21 de setembro Botucatu - SP VII Formação em neurologia veterinária em pequenos animais secretaria.bioethicus@gmail.com
NUTRIÇÃO
26 e 27 de setembro Porto Alegre - RS II Sinpet - Simpósio de Nutrição de Animais de Companhia http://www.ufrgs.br/nutricaodecaesegatos 17 a 24 de outubro Jaboticabal - SP Curso Teórico-Prático sobre Nutrição de Cães e Gatos - 2014 - FCAV-UNESP (16) 3209-1300 nutricaocaogato@gmail.com http://nutricao.vet.br/curso_teorico_pratico.php
ODONTOLOGIA
2014 Online - EAD Odontologia e estomatologia em pets exóticos - Qualittas 0800 725 6300 19 a 21 de outubro Viçosa - MG Curso de odontologia (31) 3899-8300
OFTALMOLOGIA
27 de setembro São Paulo - SP Oftalmologia em pequenos animais - 24 meses http://www.inbrapec.com.br
27 e 28 de setembro São Paulo - SP Curso teórico-prático de oftalmologia em pequenos animais http://www.vetmasters.com.br/
ONCOLOGIA
2014 Vários locais - Brasil Curso de especialização: oncologia veterinária http://www.qualittas.com.br/
17 a 19 de setembro Curitiba - PR II Simpósio Sul-brasileiro de Oncologia Veterinária http://anclivepapr.com.br (41) 3205-5590 25 de outubro Rio de Janeiro - RJ Curso de oncologia veterinária atualização para os clínicos de pequenos animais http://goo.gl/OqimM7 25 de outubro Rio de Janeiro - RJ VI Curso de oncologia veterinária secretaria.bioethicus@gmail.com 25 de outubro de 2014 a 24 de setembro de 2016 Botucatu - SP VI Curso de oncologia veterinária secretaria.bioethicus@gmail.com
ORTOPEDIA
15 de setembro a 15 de outubro Online - EAD Curso de ortopedia veterinária 0800 707 4520
MEDICINA FELINA
20 e 21 de setembro São Paulo - SP Gestão clínica, cirúrgica e comportamental de felinos cat.cursosdefelinos@gmail.com 25 e 26 de outubro São Paulo - SP Gestão clínica, cirúrgica e comportamental de felinos http://www.totalalimentos.ind.br 8 de novembro São Paulo - SP Cirurgia de tecidos moles "Módulo de penectomia/uretrostomia perineal em felinos" (11) 3673-9455 6 e 7 de dezembro São Paulo - SP Gestão clínica, cirúrgica e comportamental de felinos cat.cursosdefelinos@gmail.com
MEDICINA VET. LEGAL
2015 Online - EAD Medicina veterinária legal - perito veterinário (4º turma) (11) 3567-4401
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São Paulo, SP - Brasil.
O Congresso Abravas de 2014 será realizado no zoológico de São Paulo, considerado o 4º maior zoo do mundo! Uma boa opção para quem quer aprender um pouco sobre a fauna brasileira. Aproveite o evento e visite o Parque Ibirapuera, que foi eleito o melhor parque do Brasil e o 8° melhor do mundo
htttp://www.congressoabravas.com.br/local/
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
16 a 18 de setembro São Paulo - SP CIPO - Módulo Básico de Ortopedia http://www.cipo.vet.br (11) 3819-0594 25 a 27 de setembro São Paulo - SP Curso Intensivo Prático de Ortopedia - Módulo de cirurgias da coluna vertebral http://www.cipo.vet.br 16 a 18 de outubro São Paulo - SP Curso Intensivo Prático de Ortopedia - Módulo básico http://www.cipo.vet.br (11) 3819-0594 5 e 6 de dezembro São Paulo - SP Curso Intensivo Prático de Ortopedia - Módulo hastes e placas bloqueadas http://www.cipo.vet.br
PATOLOGIA
19 a 21 de setembro Viçosa - MG Curso de realização e interpretação dos principais exames laboratoriais em pequenos animais (31) 3899-8300 Início: março de 2015 Jaguariúna - SP Curso de pós-graduação em patologia clínica veterinária http://goo.gl/HKjQ1f
REPRODUÇÃO
8 a 10 de novembro Viçosa - MG Cursos de inseminação artificial e exame andrológico e congelamento de sêmen de cães (31) 3899-8300
SAÚDE PÚBLICA
Em breve! Aracruz - ES Curso de Formação de Oficiais
de Controle Animal - FOCA cursos@itecbr.org
SEMANAS ACADÊMICAS
5 de setembro Palotina - PR IV Simpósio de Zoonoses com Interesse em Saúde Pública gesp_ufpr@hotmail.com
8 a 12 de setembro São João da Boa Vista - SP SEMAVET - UNIFEOB http://unifeob.edu.br/agenda-deeventos/semavet/
11 de setembro Rio de Janeiro - RJ Curso de responsabilidade técnica CRMV-RJ (21) 2576-7281
15 a 20 de setembro Patos - PB Semana Acadêmica de Medicina Veterinária & Expofeira - SAMEV http://www.samev2014.wix.com/ expofeira
7 e 8 de novembro Belo Horizonte - MG V Conferência Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo - Itec http://goo.gl/EwBYp2 http://www.itecbr.org 15 e 16 de novembro Belo Horizonte - MG Simpósio Internacional de LVC http://goo.gl/pHMef3
25 a 28 de setembro Araçatuba - SP XX SEMEV - UNESP - FMVA http://www.facebook.com/semev. aracatuba 29 de setembro a 3 de outubro Goiânia - GO SEVET - Semana Acadêmica de Veterinária da UFG (62) 8186-5522
Recife, PE - Brasil. Recife foi fundada pelos portugueses em 1537 e dominada pelos holandeses no século XVII. Quando foram expulsos da cidade, holandeses e judeus vagaram pelo oceano Atlântico e fundaram Nova Amsterdã, hoje Nova York. Agende sua visita durante a Pet Nor (http://goo.gl/Sqvk7r) de 27 a 30 de novembro, em Recife - PE. http://wikitravel.org/pt/Recife
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Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
13 a 17 de outubro São Carlos - SP I Simpósio de Medicina Veterinária UNICEP 2014 (16) 3362-2111 20 a 22 de outubro São José dos Campos - SP SEMEVEP 2014 - UNIP (12) 99183-7463 20 a 23 de outubro Londrina - PR XXXI Semana Acadêmica de Medicina Veterinária (CICLOVET) e IX Mostra Acadêmica de Trabalhos Científicos. (43) 9600-1298 27 a 31 de outubro Curitiba - PR ENCIMEV - Encontro Científico de Medicina Veterinária - FEPAR http://goo.gl/7e3yGd 3 a 7 de novembro Campos dos Goytacazes - RJ XVI SACAMEV - UENF http://www.uenf.br/
2015
28 de março a 2 de abril São Paulo - SP SACAVET 2015 http://goo.gl/owU7Pb
FEIRAS E CONGRESSOS
8 e 9 de setembro Águas de Lindóia - SP 1º Encontro Nacional de Veterinários Especialistas - ABVET http://migre.me/jVLzL 22 a 26 de setembro Gramado - RS 7º CBMZ - Congresso Brasileiro de Mastozoologia http://migre.me/jVNxU 26 a 28 de setembro São José dos Campos - SP Pet Fair - A inovação do Mundo Animal (12) 3942-1604 6 a 10 de outubro São Paulo - SP XVII Congresso e XXIII Encontro
da ABRAVAS (Pré-Congresso de 4 a 6 de outubro) http://goo.gl/ded1EF http://www.abravas.org.br 8 a 10 de outubro São Paulo - SP Semana Científica prof. dr. Benjamin Eurico Malucelli http://www.fmvz.usp.br/ 17 a 19 de outubro Curitiba - PR II Simpósio Sul-brasileiro de Oncologia Veterinária (41) 3205-5590 28 a 30 de outubro São Paulo - SP PET South America 2014 & Congresso Paulista das Especialidades http://goo.gl/lkLaTD 13 a 16 de novembro Bento Gonçalves - RS XI Congresso Brasileiro de Cirurgia do CBCAV e I Congresso Internacional de
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
Cirurgia do CBCAV http://goo.gl/8tcGk2 22 e 23 de novembro Belo Horizonte - MG IV Simpósio Internacional de Diagnóstico por Imagem Veterinário - SINDIV 2014 http://www.sindiv2014.com.br/ 27 a 30 de novembro Recife - PE PetNor | Conevepa - Congresso Nordestino de Especialidades Veterinárias em Pequenos Animais | BCGPET - Simpósio de Bem-estar, Comportamento e Gestão para o Mercado Pet. http://www.feirapetnor.com.br 2015 (data a divulgar) Ribeirão Preto - SP CBNA Pet 2015 http://www.cbna.com.br 20 a 22 de maio de 2015 Porto Seguro - BA 36º CBA http://goo.gl/iLND5o
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17 a 23 de setembro Florença - Itália 39th Annual International Congress - IVAS http://www.ivas.org/news/congress/
AGENDAInternacional 11 e 12 de setembro Buenos Aires - Argentina • XIV Congreso Nacional AVEACA • XI Congreso Iberoamericano FIAVAC http://www.aveaca.org.ar 11 al 14 de setembro Santiago - Chile Primer Congreso Latinoamericano de Traumatología, Ortopedia e Imagenología Veterinaria SOCHITOV 2014 http://congresosochitov2014.cl 16 a 19 de setembro Cape Town África do Sul WSAVA 2014 The 39th World Small Animal Veterinary Association Congress http://migre.me/jVNig
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Início: outubro de 2014 Online - EAD Comportamiento y bienestar en el perro - Universidad de Zaragoza (Instituto Micromat) http://www.imicromat.com/ 1 e 2 de outubro Bogotá - Colombia Seminario Internacional de Actualización en Medicina Felina http://goo.gl/mqNbsE 6 a 9 de outubro Habana - Cuba XXIV Congreso Panamericano de Ciencias Veterinarias 2014 PANVET http://goo.gl/jgVhcj 15 a 18 de outubro San Diego, CA - EUA 2014 ACVS Veterinary Symposium - The Surgical Summit http://www.acvs.org 16 de outubro Buenos Aires - Argentina Curso inicial de enfermedades
respiratorias en caninos y felinos http://www.cemvargentina.com.ar 16 a 18 de outubro Barcelona - Espanha SEVC 2014 http://www.sevc.info 18 e 19 de outubro Sintra - Portugal IV Congresso Psianimal http://goo.gl/YRbdzR 23 a 26 de outubro Praga - República Checa World Congress on Controversies, Debates & Consensus in Veterinary Medicine http://www.congressmed.com 6 a 9 de novembro Munich - Alemanha 20th FECAVA Eurocongress 60th Congress of the GSAVA http://www.fecava2014.org 19 a 21 de novembro Salinas - Equador 4to Congreso ECVECCS http://www.ecveccs.com 10 de dezembro Online - EAD Revisión de casos clínicos de medicina felina http://migre.me/jSy1F
Clínica Veterinária, Ano XIX, n. 112, setembro/outubro, 2014
2015
17 a 21 de janeiro de 2015 Orlando, FL - EUA NAVC Conference 2015 - The North American Veterinary Conference http://navc.com Abril de 2015 Lima - Peru Latin American Veterinary Conference www.tlavc-peru.org 9 a 12 de abril de 2015 Birmingham - Inglaterra BSAVA Congress 2015 Leading veterinary excellence http://www.bsava.com Maio de 2015 Bangkok - Tailândia 40th World Small Animal Veterinary Association Congress - WSAVA 2015 - The Always Amazing Thai Experience http://www.wsava2015.com