Oncologia
Adenocarcinoma mucinoso duodenal com metástase pulmonar em cão – relato de caso
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Duodenal mucinous adenocarcinoma with lung metastases in a dog – case report Adenocarcinoma mucinoso duodenal con metástasis pulmonar en un perro – reporte de un caso
48
Oncologia
Estudo retrospectivo (2007-2011) da casuística de cães com mastocitomas cutâneos atendidos em um hospital-escola
Retrospective study (2007-2011) of dogs with cutaneous mast cell tumors attended at a teaching hospital Un estudio retrospectivo (2007-2011) de perros con tumores de mastocitos cutáneos tratados en un hospital escuela
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Oncologia
Tratamento de um felino com carcinoma cutâneo de células escamosas avançado por meio de quimioterapia intralesional e radioterapia Treatment of a feline advanced cutaneous squamous cell carcinoma using intralesional chemotherapy and radiation therapy Tratamiento de un felino con carcinoma cutáneo avanzado de células escamosas con quimioterapia intralesional y radioterapia
Diagnóstico imagem
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Elastografia – uma nova tecnologia associada à ultrassonografia
90
Clínica
Detecção precoce e quantificação de vírus da cinomose por PCR quantitativa em tempo real (qPCR) em diferentes tecidos e fluidos de um cão
Early detection and quantification of distemper virus by quantitative real time PCR (qPCR) in different tissues and fluids of a dog Detección precoz y cuantificación del virus del moquillo a través de PCR cuantitativo en tiempo real (cPCR) en diferentes tejidos y líquidos de un perro
Errata
No artigo “Correção cirúrgica de fratura no tibiotarso de periquito-australiano (Melopsittacus undulatus) – relato de caso” publicado na edição n. 103, na página 48 na discussão, está colocado “Um estudo experimental com pombos, realizado no Hospital de Clínicas Veterinárias da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul utilizando microplacas de titânio para correção de fratura em aves, evidenciou que hematomas, edema, infecções e migração do pino para zonas articulares são algumas complicações possíveis após a intervenção cirúrgica ortopédica em aves 5.” Onde está pino leia-se parafuso.
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Elastography – a new technology associated with ultrasonography Elastografia – una tecnología nueva asociada a ultrasonografía
Diagnóstico imagem
Sarcoma de aplicação felino – aspectos do diagnóstico por imagem
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Feline injection-site sarcoma – aspects of diagnostic imaging Sarcoma asociado al sitio de inyección en felinos – aspectos del diagnóstico por imagen
Reprodução
84
Incubação artificial de ovos provenientes de cágado-pescoço-de-cobra (Hydromedusa tectifera) de vida livre – relato de caso Incubation of eggs from a wild snake-necked turtle (Hydromedusa tectifera) – case report Incubación artificial de huevos de tortuga cuello de serpiente (Hydromedusa tectifera) de vida libre – relato de caso
6
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Contato Editora Guará Ltda. Dr. José Elias 222 - Alto da Lapa 05083-030 São Paulo - SP, Brasil Central de assinaturas: 0800 891.6943 cvassinaturas@editoraguara.com.br Telefone/fax: (11) 3835-4555 / 3641-6845
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
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Notícias
• A família multiespécie, sua saúde e a medicina veterinária
• Novidades presentes na Feira Pet show • Pet Society realizou workshop de atualização clínica • Radioterapia no hipertireoidismo felino • Antipulgas com bioativação
Medicina veterinária legal
100
Comportamento
102
Gestão, marketing e estratégia
104
Pet food
106
Mercado pet
110
Lançamentos
112
Guia veterinário - www.guiavet.com.br Vet Agenda - www.vetagenda.com.br
114 122
A causa mortis como elemento decisivo de um laudo
Ecologia
24
Animais de estimação visitam pacientes hospitalizados: uma nova era
Saúde pública • O médico veterinário e o NASF Entrevista
26
Para que serve seu banco de dados?
30
Comportamento nutricional dos felinos – parte II
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PetBall, alimentação e diversão em apenas um produto
Medicina veterinária do coletivo
34
Bem-estar animal
36
• Snack light • Teste rápido para diagnóstico de leishmaniose visceral canina • Alimento exclusivo para cães castrados
• Programa Plante uma árvore
Roberto Lange, a Anclivepa-PR e a Veterinária Pet Brasil
Pesquisa
• Novas técnicas ultrassonográficas na veterinária • Doença renal policística em gatos persa e mestiços Expansão da medicina veterinária do coletivo, uma necessária e feliz realidade em Curitiba
Educação ambiental humanitária em bem-estar animal
8
98
Equipamentos
Cânulas para procedimentos intraósseos
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
A
tualmente, os Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná se destacam nas políticas públicas que respeitam os animais. Em fevereiro deste ano, por exemplo, foi implantada em Curitiba a Guarda Municipal de Proteção Animal. Desde a sua criação a corporação atendeu a 175 ocorrências, sendo a maioria relacionada a maustratos. Casos de comércio e criação ilegal de animais também foram atendidos. Felizmente, a consciência de que os animais são seres sencientes e que merecem respeito e atenção vem se propagando por todo o Brasil. Recentemente, em Salvador, BA, no dia 24 de abril, foi aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores um projeto para a criação de um hospital público veterinário. A aprovação foi motivo de comemoração para a vereadora Ana Rita Tavares (PV), autora do projeto de indicação nº 03/13, e para todos os militantes da causa animal na capital baiana. Outros dois projetos de indicação da vereadora do PV também foram aprovados, o de n. 96/13, para a criação da Secretaria Especial de Atenção aos Animais (SEDA), e o de n. 141/13, que indica ao governador do Estado a criação da Delegacia Especial de Atenção aos Animais. Também tem destaque em Salvador o Projeto de Lei que proíbe a venda de animais em pet shops do município. Ele também foi aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal de Vereadores, no dia 24 de abril. A proposta, do vereador Marcell Moraes (PV), precisa ser sancionada pelo prefeito ACM Neto. Caso o projeto vire lei, os pet shops têm até 120 dias para se adequarem às novas regras e ficam proibidos de comercializar animais de estimação. A compra somente será permitida em canis credenciados. A vida animal também vem ganhando destaque nos tribunais brasileiros através do caso do cão Scooby, de Campo Grande, MS, que recebe tratamento contra leishmaniose visceral canina. Os julgamentos continuam, mas há pontos que foram analisados por juiz federal que são importantes de serem destacados: • ao veterinário é que cabe decidir acerca da prescrição do tratamento aos animais, bem como quanto aos recursos humanos e materiais a serem empregados; • a ilegalidade da Portaria Ministerial 1426/2008MAPA, que proibia a utilização de produtos de uso humano ou não registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o tratamento de cães infectados pela leishmaniose visceral Todo esse cenário nacional mostra que o entendimento da valorização dos animais como seres sencientes está em evolução em diferentes setores da sociedade. Participe. “Seja a mudança que você deseja para o mundo” (Mahatma Gandhi).
EDITORES / PUBLISHERS
Arthur de Vasconcelos Paes Barretto editor@editoraguara.com.br CRMV-MG 10.684 - www.crmvmg.org.br
Maria Angela Sanches Fessel cvredacao@editoraguara.com.br CRMV-SP 10.159 - www.crmvsp.gov.br
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EDITORAÇÃO ELETRÔNICA / DESKTOP PUBLISHING Editora Guará Ltda.
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Clínica Veterinária é uma revista técnico-científica bimestral, dirigida aos clínicos veterinários de pequenos animais, estudantes e professores de medicina veterinária, publicada pela Editora Guará Ltda. As opiniões em artigos assinados não são necessariamente compartilhadas pelos editores. Os conteúdos dos anúncios veiculados são de total responsabilidade dos anunciantes. Não é permitida a reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação sem a prévia autorização da editora. A responsabilidade de qualquer terapêutica prescrita é de quem a prescreve. A perícia e a experiência profissional de cada um são fatores determinantes para a condução dos possíveis tratamentos para cada caso. Os editores não podem se responsabilizar pelo abuso ou má aplicação do conteúdo da revista Clínica Veterinária.
Arthur de Vasconcelos Paes Barretto 10
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
CONSULTORES CIENTÍFICOS Adriano B. Carregaro
Cassio R. A. Ferrigno
Geovanni D. Cassali
Julio C. C. Veado
Marta Brito
Alceu Gaspar Raiser
Ceres Faraco
Geraldo M. da Costa
Julio Cesar de Freitas
Mary Marcondes
Alessandra M. Vargas
César A. D. Pereira
Gerson Barreto Mourão
Karin Werther
Masao Iwasaki
Alexandre Krause
Christina Joselevitch
Hannelore Fuchs
Leonardo Pinto Brandão
Mauro J. Lahm Cardoso Mauro Lantzman Michele A. F. A. Venturini
FZEA/USP
DCPA/CCR/UFSM Endocrinovet FMV/UFSM
FMVZ/USP
FACCAT/RS
ICB/UFMG
DMV/UFLA
UAM, UNG, UNISA IP/USP
ESALQ/USP
Instituto PetSmile
FMVZ/UFMG UEL
FCAV/Unesp-Jaboticabal Merial Saúde Animal
Alexandre G. T. Daniel
Cibele F. Carvalho
Hector Daniel Herrera
Leucio Alves
Alexandre Lima Andrade
Clair Motos de Oliveira
Hector Mario Gomez
Luciana Torres
Clarissa Niciporciukas
Hélio Autran de Moraes
Lucy M. R. de Muniz
Cleber Oliveira Soares
Hélio Langoni
Luiz Carlos Vulcano
Cristina Massoco
Heloisa J. M. de Souza
Luiz Henrique Machado
Herbert Lima Corrêa
Marcello Otake Sato
Daniel C. de M. Müller
Iara Levino dos Santos
Marcelo A.B.V. Guimarães
Daniel G. Ferro
Iaskara Saldanha
Universidade Metodista
CMV/Unesp-Aracatuba
Alexander W. Biondo UFPR, UI/EUA
Aline Machado Zoppa FMU/Cruzeiro do Sul
Aloysio M. F. Cerqueira UFF
Ana Claudia Balda FMU, Hovet Pompéia
Ananda Müller Pereira
Universidad Austral de Chile
Ana P. F. L. Bracarense DCV/CCA/UEL
André Luis Selmi
Anhembi/Morumbi e Unifran
Angela Bacic de A. e Silva FMU
Antonio M. Guimarães DMV/UFLA
Aparecido A. Camacho FCAV/Unesp-Jaboticabal
A. Nancy B. Mariana FMVZ/USP
Arlei Marcili FMVZ-USP
Aulus C. Carciofi
FCAV/Unesp-Jaboticabal
Aury Nunes de Moraes UESC
Ayne Murata Hayashi FMVZ/USP
Benedicto W. De Martin FMVZ/USP; IVI
UNICSUL
FMVZ/USP
ANCLIVEPA-SP EMBRAPA
Salles Gomes C. Empresarial
Daisy Pontes Netto FMV/UEL
UFSM/URNERGS ODONTOVET
Daniel Macieira FMV/UFF
Denise T. Fantoni FMVZ/USP
Dominguita L. Graça FMV/UFSM
Edgar L. Sommer PROVET
Edison L. P. Farias UFPR
Eduardo A. Tudury DMV/UFRPE
Elba Lemos
Univ. de Buenos Aires EMV/FERN/UAB
Dep. Clin. Sci./Oregon S. U. FMVZ/UNESP-Botucatu FMV/UFRRJ
ODONTOVET
Koala H. A. e Inst. Dog Bakery Lab. Badiglian
Idael C. A. Santa Rosa UFLA
Ismar Moraes FMV/UFF
Jairo Barreras FioCruz
James N. B. M. Andrade FMV/UTP
Jane Megid
FMVZ/Unesp-Botucatu
Janis R. M. Gonzalez FMV/UEL
Jean Carlos R. Silva
FioCruz-RJ
UFRPE, IBMC-Triade
Elisangela de Freitas FMVZ/Unesp-Botucatu
João G. Padilha Filho FCAV-Unesp-Jaboticabal
Fabiano Montiani-Ferreira João Pedro A. Neto FMV/UFPR
UAM
Fabiano Séllos Costa
Jonathan Ferreira
DMV/UFRPE
Fernando C. Maiorino FEJAL/CESMAC/FCBS
Odontovet
Jorge Guerrero
Universidade da Pennsylvania
Berenice A. Rodrigues
Fernando de Biasi
José de Alvarenga
Camila I. Vannucchi
Fernando Ferreira
Jose Fernando Ibañez
Carla Batista Lorigados
Flávia R. R. Mazzo
José Luiz Laus
Médica veterinária autônoma FMVZ/USP FMU
Carla Holms Anclivepa-SP
DCV/CCA/UEL FMVZ/USP Provet
Flavia Toledo
Univ. Estácio de Sá
FMVZ/USP UFPR
FCAV/Unesp-Jaboticabal
José Ricardo Pachaly UNIPAR
FMV/UFRPE FMVZ/USP
FMVZ/Unesp-Botucatu FMVZ/Unesp-Botucatu FMVZ/Unesp-Botucatu FM/UFTO
FMVZ/USP
FMVZ/USP
CMV/Unesp-Araçatuba FMVZ/USP
FALM/UENP
Psicologia PUC-SP
ODONTOVET
Michiko Sakate
FMVZ/Unesp-Botucatu
Miriam Siliane Batista FMV/UEL
Moacir S. de Lacerda UNIUBE
Monica Vicky Bahr Arias FMV/UEL
Nadia Almosny FMV/UFF
Marcelo Bahia Labruna
Nayro X. Alencar
Marcelo de C. Pereira
Nei Moreira
Marcelo Faustino
Nelida Gomez
Marcia Kahvegian
Nilson R. Benites
Márcia Marques Jericó
Nobuko Kasai
Marcia M. Kogika
Noeme Sousa Rocha
Marcio B. Castro
Norma V. Labarthe
Marcio Brunetto
Patrícia Mendes Pereira
Marcio Dentello Lustoza
Paulo César Maiorka
Márcio Garcia Ribeiro
Paulo Iamaguti
Marco Antonio Gioso
Paulo S. Salzo
Marconi R. de Farias
Paulo Sérgio M. Barros
FMVZ/USP FMVZ/USP FMVZ/USP FMVZ/USP
UAM e UNISA FMVZ/USP UNB
FMVZ/USP-Pirassununga Biogénesis-Bagó Saúde Animal FMVZ/Unesp-Botucatu FMVZ/USP PUC-PR
FMV/UFF
CMV/UFPR
UBA-Argentina FMVZ/USP FMVZ/USP
FMV/Unesp-Botucatu FMV/UFFe FioCruz DCV/CCA/UEL FMVZ/USP
FMVZ/Unesp-Botucatu UNIMES, UNIBAN FMVZ/USP
Maria Cecilia R. Luvizotto Pedro Germano CMV/Unesp-Aracatuba
FSP/US
M. Cristina F. N. S. Hage Pedro Luiz Camargo FMV/UFV
DCV/CCA/UEL
Maria Cristina Nobre
Rafael Almeida Fighera
M. de Lourdes E. Faria
Rafael Costa Jorge
Maria Isabel M. Martins
Regina H.R. Ramadinha
FMV/UFF
VCA/SEPAH
FMV/UFSM
Hovet Pompéia
Carlos Alexandre Pessoa Flavio Massone www.animalexotico.com.br
FMVZ/Unesp-Botucatu
José Roberto Kfoury Jr.
Carlos E. S. Goulart
Francisco J. Teixeira N.
Juan Carlos Troiano
M. Jaqueline Mamprim
Renata Afonso Sobral
Carlos Roberto Daleck
F. Marlon C. Feijo
Juliana Brondani
Maria Lúcia Z. Dagli
Renata Navarro Cassu
Carlos Mucha
Franz Naoki Yoshitoshi
Juliana Werner
Marion B. de Koivisto
Renée Laufer Amorim
FTB
FCAV/Unesp-Jaboticabal IVAC-Argentina
12
FMVZ/Unesp-Botucatu UFERSA Provet
FMVZ/USP
UBA - Argentina
FMVZ/Unesp-Botucatu Lab. Werner e Werner
DCV/CCA/UEL
FMVZ/Unesp-Botucatu FMVZ/USP
CMV/Unesp-Araçatuba
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
FMV/UFRRJ
Onco Cane Veterinária
Unoeste-Pres. Prudente FMVZ/Unesp-Botucatu
Ricardo Duarte Hovet Pompéia
Ricardo G. D’O. C. Vilani UFPR
Ricardo S. Vasconcellos CAV/UDESC
Rita de Cassia Garcia FMV/USP
Rita de Cassia Meneses IV/UFRRJ
Rita Leal Paixão FMV/UFF
Robson F. Giglio
Hosp. Cães e Gatos; Unicsul
Rodrigo Gonzalez
FMV/Anhembi-Morumbi
Rodrigo Mannarino FMVZ/Unesp-Botucatu
Ronaldo C. da Costa CVM/Ohio State University
Ronaldo G. Morato CENAP/ICMBio
Rosângela de O. Alves EV/UFG
Rute C. A. de Souza UFRPE/UAG
Ruthnéa A. L. Muzzi DMV/UFLA
Sady Alexis C. Valdes ICBIM/UFU
Sheila Canavese Rahal FMVZ/Unesp-Botucatu
Silvia E. Crusco UNIP/SP
Silvia Neri Godoy ICMBio/Cenap
Silvia R. G. Cortopassi FMVZ/USP
Silvia R. R. Lucas FMVZ/USP
Silvio A. Vasconcellos FMVZ/USP
Silvio Luis P. de Souza FMVZ/USP, UAM
Simone Gonçalves Hemovet/Unisa
Stelio Pacca L. Luna FMVZ/Unesp-Botucatu
Suely Nunes E. Beloni DCV/CCA/UEL
Tilde R. Froes Paiva FMV/UFPR
Valéria Ruoppolo
Int. Fund for Animal Welfare
Vamilton Santarém Unoeste
Vania M. de V. Machado FMVZ/Unesp-Botucatu
Viviani de Marco
UNISA e NAYA Especialidades
Wagner S. Ushikoshi
FMV/UNISA e FMV/CREUPI
Zalmir S. Cubas Itaipu Binacional
Instruções aos autores A Clínica Veterinária publica artigos científicos inéditos, de três tipos: trabalhos de pesquisa, relatos de caso e revisões de literatura. Embora todos tenham sua importância, nos trabalhos de pesquisa, o ineditismo encontra maior campo de expressão, e como ele é um fator decisivo no âmbito científico, estes trabalhos são geralmente mais valorizados. Todos os artigos enviados à redação são primeiro avaliados pela equipe editorial e, após essa avaliação inicial, encaminhados aos consultores científicos. Nessas duas instâncias, decide-se a conveniência ou não da publicação, de forma integral ou parcial, e encaminham-se ao autores sugestões e eventuais correções. Trabalhos de pesquisa são utilizados para apresentar resultados, discussões e conclusões de pesquisadores que exploram fenômenos ainda não completamente conhecidos ou estudados. Nesses trabalhos, o bem-estar animal deve sempre receber atenção especial. Relatos de casos são utilizados para apresentação de casos de interesse, quer seja pela raridade, evolução inusitada ou técnicas especiais, que são discutidas detalhadamente. Revisões são utilizadas para o estudo aprofundado de informações atuais referentes a um determinado assunto, a partir da análise criteriosa dos trabalhos de pesquisadores de todo o meio científico, publicados em periódicos de qualidade reconhecida. As revisões deverão apresentar pesquisa de, no mínimo, 60 referências provadamente consultadas. Uma revisão deve apresentar no máximo até 15% de seu conteúdo provenientes de livros, e no máximo 20% de artigos com mais de dez anos de publicação. Critérios editoriais Para a primeira avaliação, os autores devem enviar pela internet (cvredacao@editoraguara.com.br) um arquivo texto (.doc) com o trabalho, acompanhado de imagens digitalizadas em formato .jpg . As imagens digitalizadas devem ter, no mínimo, resolução de 300 dpi na largura de 9 cm. Se os autores não possuírem imagens digitalizadas, devem encaminhar pelo correio ao nosso departamento de redação cópias das imagens originais (fotos, slides ou ilustrações – acompanhadas de identificação de propriedade e autor). Devem ser enviadas também a identificação de todos os autores do trabalho (nome completo por extenso, RG, CPF, endereço residencial com cep, telefones e e-mail). Além dos nomes completos, devem ser informadas as instituições às quais os autores estejam vinculados, bem como seus títulos no momento em que o trabalho foi escrito. Todos os artigos, independentemente da sua categoria, devem ser redigidos em língua portuguesa e acompanhados de versões em língua inglesa e espanhola de: título, resumo (de 700 a 800 caracteres) e unitermos (3 a 6). Os títulos devem ser claros e grafados em letras minúsculas – somente a primeira letra da primeira palavra deve ser grafada em letra maiúscula. Os resumos devem ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões, de forma concisa, dos pontos relevantes do trabalho apresentado. Os unitermos não devem constar do título. Devem ser dispostos do mais abrangente para o mais específico (eg, “cães, cirurgias, abcessos, próstata). Verificar se os unitermos escolhidos constam dos “Descritores em Ciências de Saúde” da Bireme (http://decs.bvs.br/). Revisões de literatura não devem apresentar o subtítulo “Conclusões”. Sugere-se “Considerações finais”. Não há especificação para a quantidade de páginas, dependendo esta do conteúdo explorado. Os assuntos devem ser abordados com objetividade e clareza, visando o público leitor – o clínico veterinário de pequenos animais. Utilizar fonte arial tamanho 10, espaço simples e uma única coluna. As margens superior, inferior e laterais devem apresentar até 3cm. Não deixar linhas em branco ao longo do texto, entre títulos, após subtítulos e entre as referências.
No caso de todo o material ser remetido pelo correio, devem necessariamente ser enviados, além de uma apresentação impressa, uma cópia em CD-rom. Imagens como fotos, tabelas, gráficos e ilustrações não podem ser cópias da literatura, mesmo que seja indicada a fonte. Devem ser utilizadas imagens originais dos próprios autores. Imagens fotográficas devem possuir indicação do fotógrafo e proprietário; e quando cedidas por terceiros, deverão ser obrigatoriamente acompanhadas de au torização para publicação e cessão de direitos para a Editora Guará (fornecida pela Editora Guará). Quadros, tabelas, fotos, desenhos, gráficos deverão ser denominados figuras e numerados por ordem de aparecimento das respectivas chamadas no texto. Imagens de microscopia devem ser sempre acompanhadas de barra de tamanho e nas legendas devem constar as objetivas utilizadas. As legendas devem fazer parte do arquivo de texto e cada imagem deve ser nomeada com o número da respectiva figura. As legendas devem ser autoexplicativas. Evitar citar comentários que constem das introduções de trabalhos de pesquisa para não incorrer em apuds. Procurar se restringir ao "Material e métodos" e às "Conclusões" dos trabalhos. Sempre buscar pelas referências originais consultadas por esses autores. As referências serão indicadas ao longo do texto apenas por números sobrescritos ao texto, que corresponderão à listagem ao final do artigo – autores e datas não devem ser citados no texto. Esses números sobrescritos devem ser dispostos em ordem crescente, seguindo a ordem de aparecimento no texto, e separados apenas por vírgulas (sem espaços). Quando houver mais de dois números em sequência, utilizar apenas hífen (-) entre o primeiro e o último dessa sequência, por exemplo cão 1,3,6-10,13. A apresentação das referências ao final do artigo deve seguir as normas atuais da ABNT 2002 (NBR 10520). Utilizar o formato v. para volume, n. para número e p. para página. Não utilizar “et al” – todos os autores devem ser relacionados. Não abreviar títulos de periódicos. Sempre utilizar as edições atuais de livros – edições anteriores não devem ser utilizadas. Todos os livros devem apresentar informações do capítulo consultado, que são: nome dos autores, nome do capítulo e páginas do capítulo. Quando mais de um capítulo for utilizado, cada capítulo deverá ser considerado uma referência. Não serão aceitos apuds. A exceção será somente para literatura não localizada e obras antigas de difícil acesso, anteriores a 1960. As citações de obras da internet devem seguir o mesmo procedimento das citações em papel, apenas com o acréscimo das seguintes informações: “Disponível em: <http://www.xxxxxxxxxx>. Acesso em: dia de mês de ano.” Somente utilizar o local de publicação de periódicos para títulos com incidência em locais distintos, como, por exemplo: Revista de Saúde Pública, São Paulo e Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro. De modo geral, não são aceitas como fontes de referência periódicos ou sites não indexados. Ocasionalmente, o conselho científico editorial poderá solicitar cópias de trabalhos consultados que obrigatoriamente deverão ser enviadas. Não utilizar SID, BID e outros. Escrever por extenso “a cada 12 horas”, “a cada 6 horas” etc. Com relação aos princípios éticos da experimentação animal, os autores deverão considerar as normas do SBCAL (Sociedade Brasileira de Ciência de Animais de Laboratório). Informações referentes a produtos utilizados no trabalho devem ser apresentadas em rodapé, com chamada no texto com letra sobrescrita ao princípio ativo ou produto. No rodapé devem constar o nome comercial, fabricante, cidade e estado. Para produtos importados, informar também o país de origem, o nome do importador/distribuidor, cidade e estado
Revista Clínica Veterinária / Redação Rua dr. José Elias 222 CEP 05083-030 São Paulo - SP cvredacao@editoraguara.com.br
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NOTÍCIAS
A família multiespécie, sua saúde e a medicina veterinária Uma característica marcante nas famílias atuais é a sua composição. Os animais cada vez mais são assumidos como parte da família. Em função dessa intensa relação em família, compartilhada por pessoas e animais, o tema de abertura da Conferência Internacional de Comportamento e Saúde Animal foi a família multiespécie. A dra. Ceres Berger Faraco, médica veterinária e doutora em psicologia, destacou as características dessas famílias e os benefícios adquiridos nas relações. "Os cães têm a capacidade de vivenciar subjetivamente as emoções, perceber e sentir. Os animais de estimação são membros do núcleo familiar e cumprem a função de proporcionar conforto e companhia", destacou a especialista. A intimidade encontrada na família multiespécie mostra como é importante o papel da medicina veterinária para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento dos problemas que envolvem o comportamento dos animais. Agressividade Os registros de casos de agressões por animais e do relato de problemas comportamentais mostram até que ponto podem ficar comprometidas a saúde e a segurança das famílias e como são importantes as orientações
Agressão: ações de educação podem prevenir os casos de agressão animal em crianças, destacou o dr. Néstor Calderón, do Itec – http://www.itecbr.org 16
Ceres Faraco, Gonçalo Pereira, Alexandre Rossi, Arthur Paes Barretto, Néstor Calderón e João Telhado durante o primeiro dia da conferência. Confira o álbum de fotos no Facebook: http://goo.gl/IG8f0
que primam pelo convívio e pela interação saudável. O dr. Néstor Calderón, médico veterinário e consultor internacional que há anos vem contribuindo para o desenvolvimento do setor, discorreu sobre a agressividade canina e a dra. Ceres Berger Faraco sobre a agressividade felina. Uma das mensagens importantes sobre esse tópico foi o investimento na prevenção dos casos de agressão animal através da educação das crianças. Alguns exemplos pioneiros no desenvolvimento de material educativo para crianção são o manual de prevenção contra agressões por cães e gatos Criando um amigo – http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/manual_educador02_1253732588.pdf e a versão em vídeo de Criando um amigo – http://youtu.be/ubtP0hFAr7g . Estresse As situações de estresse vividas pelos animais foram destaque em uma das palestras ministradas pelo dr. Gonçalo da Graça Pereira, médico veterinário e professor de Comportamento, Bem-estar e Proteção Animal na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e investigador do Centro de Investigação em Ciências Veterinárias da mesma faculdade, em Portugal. "Muitos trabalhos recentes sobre a fisiologia do estresse enfatizam
a importância das diferenças individuais na percepção. Essa percepção é muito importante no sentido de entender o estresse, e precisamos compreender como os animais percebem o mundo. A percepção envolve a avaliação do impacto de um estímulo, em resultado do qual o animal começa a mobilizar a sua resposta. Tudo isso acontecerá no sistema nervoso central. As respostas finais são expressas de forma variada. Elas poderão ser hormonais e/ou comportamentais. O resultado da resposta ao estresse (sobretudo em casos prolongados ou descontrolados – pela perspectiva do animal) está na origem de problemas comportamentais e psicológicos, mas também de problemas médicos." Também destacou que "cada vez mais se apresentam estudos que sugerem a influência do estresse em muitas doenças sistêmicas felinas. Se conseguirmos reduzir o estresse envolvido, melhorando a qualidade de vida e o bem-estar do animal, seguramente diminuiremos o risco e a manifestação de outras doenças". A clínica dos sonhos A conceituação da clínica dos sonhos – ou estabelecimento pet friendly, denominação internacional para classificar estabelecimentos voltados à causa dos animais –, foi feita por meio de palestra apresentada pela médica veterinária Alida Gerger. O tema é tra-
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
tado em um capítulo do livro Cão de família – http://www.probem.info, cuja autoria a dra. Alida Gerger divide com Alexandre Rossi, o dr. Pet. Enriquecimento ambiental Alexandre Rossi, da franquia Cão Cidadão, especializada em adestramento e comportamento animal,teve importante participação ministrando palestra sobre como o enriquecimento ambiental pode ser benéfico para o bem-estar dos animais, prevenindo comportamentos indesejáveis, excesso de peso e maior interação no núcleo familiar. Exemplos de enriquecimento ambiental podem ser conferidos no livro Cão de família, citado acima e também em vídeos na internet como, por exemplo, o enriquecimento ambiental preparado para tigres no Zooparque, em Itatiba, SP – http://youtu.be/uR-bm7cQYM8 .
Muita atenção durante os 3 dias da conferência
versa sobre todas as áreas que envolvem o tratamento da dor, começando por fatos históricos, ética, fisiologia, farmacocinética e farmacodinâmica dos agentes empregados para o controle da dor, além de todas as técnicas modernas aplicadas no dia a dia da prática clínica.
http://goo.gl/IG8f0
O melhor benefício para a prevenção de enfermidades em filhotes é mantê-los com a mãe até 60 dias: destacou, a dra. Mitika K. Hagiwara,
Obesidade Atualmente, há muitas opções de alimentos que podem resolver o problema da obesidade por meio de dieta equilibrada. Pro Plan Reduced Calorie
Enriquecimento ambiental com PetBall – http://www.revistaclinicaveterinaria.com.br
– http://www.proplan.com.br e Equilíbrio Veterinary Obesity & Diabetic – http://www.equilibriototalalimentos.com.br são exemplos do que se pode encontrar. Porém, não basta haver as opções de dietas, pois há relatos de animais com obesidade evidente cujos tutores não admitem essa condição, inviabilizando qualquer tentativa de diminuir o excesso de peso, destacaram o dr. João Telhado e a dra. Márcia Jericó.
Dor Outra especialista da FMVZ/USP presente como conferencista foi a dra. Denise Fantoni, que abordou o tema da dor. Esse assunto é largamente abordado pela especialista em recente obra de sua autoria: O tratamento da dor na clínica de pequenos animais – http://goo.gl/3frKj . Seu conteúdo
Vacinação e socialização de filhotes A vacinação e a socialização de filhotes foi outro importante e polêmico tema. Ele foi abordado na conferência pela dra. Mitika K. Hagiwara, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP). Um dos pontos importantes destacados pela especialista foi o foco na atenção dada aos filhotes
Dra. Márcia Jericó e dr. João Telhado apresentando em conjunto tema de grande evidência: a obesidade
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NOTÍCIAS
na prevenção de enfermidades infecciosas, como a cinomose, e a idade ideal para separar os filhotes das mães. Na prática, é comum que os filhotes percam o contato materno com 30 dias. Porém, nesse período, a própria mãe desenvolve importante papel na socialização dos filhotes. A especialista destacou que tanto para o desenvolvimento da proteção contra as enfermidades infecciosas quanto para a sua socialização, os filhotes deveriam ser separados das mães somente a partir dos dois meses de idade. Vale destacar que a lei Nº 14.483, de 16 de julho de 2007 (Projeto de Lei nº 243/07, do Vereador Roberto Tripoli – PV), que dispõe sobre a criação e a venda no varejo de cães e gatos por estabelecimentos comerciais no município de São Paulo (http://www.robertotripoli.com.br/wp-content/uploads/2008/11/lei_14483.pdf), no § 1º do Art. 18, determina: “Os animais somente podem ser comercializados, permutados ou doados após o prazo de 60 (sessenta) dias de vida, que corresponde ao período mínimo de desmame”. Essa lei é municipal, mas outros municípios já se espelham nela. Na prática, uma forma de os criadores garantirem a saída de todos os filhotes seria iniciar o processo de venda durante a gestação e/ou logo após o nascimento, mas determinando
que a entrega de todo filhote seja feita apenas após os 60 dias de vida. Próximos eventos De uma forma geral, a Conferência Internacional de Comportamento e Saúde Animal atraiu a atenção de todos os participantes durante os três dias de evento. As avaliações foram muito positivas e enriquecedoras, incentivando que no próximo ano a conferência expanda ainda mais o importante conhecimento em prol da saúde das famílias multiespécies. Para este ano ainda há vários eventos importantes que envolvem a saúde e a interação entre homem e animal, todos cadastrados no Vet Agenda – http://www.vetagenda.com.br : • Curso de Formação de Oficiais de Controle Animal (CURSO FOCA) Nível 2, de 20 a 24 de maio de 2013, em Taubaté, SP; • Humans and animals: the inevitable bond – 2013 Triennial International Conference and 150th Annual Convention of American Veterinary Medical Association, de 20 a 22 de julho, em Chicago, EUA; • Seminário internacional: O elo entre o abuso animal e a violência humana: dias 30 e
31 de julho, em São Paulo, SP, na FMVZ/USP; • 2nd International Congress on Pathogens at the Human-Animal Interface (ICOPHAI): One Health for Sustainable Development, de 14 a 17 de agosto, em Porto de Galinhas, PE; • 9th International Veterinary Behavior Meeting, de 26 a 29 de setembro, em Lisboa, Portugal; • Conferência Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo, de 28 de novembro a 1º de dezembro, em Curitiba, PR. Para quem não consegue tempo para viajar e participar de eventos como esses mas pode estar on line, uma excelente opção são os cursos à distância oferecidos pelo Instituto de Saúde e Psicologia Animal, sob a coordenação científica da médica veterinária e doutora em psicologia Ceres Berger Faraco, com a tutoria de professores atuantes nas áreas de comportamento, saúde animal e temáticas afins: http://www.psicologiaanimal.com.br/. On line ou presencial o importante é manter-se atualizado! Vet Agenda – http://www.vetagenda.com.br – consulte e programe-se!
CICSA - Álbum de fotos: http://goo.gl/IG8f0
Alexandre Rossi, da Cão Cidadão – http://www.caocidadao.com.br/ –, e participante de Caruaru, PE, Breno Tabosa, da clínica e pet shop Clube Pet Legal
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Alida Gerger e Néstor Calderón durante intervalo para repor as energias com as delícias veganas e gourmets servidas pelo Emporium Vida – http://www.emporiumvida.com.br
Arthur Paes Barretto, responsável pela promoção da conferência, e participante de Cotia, SP, Dan Wroblewski, da Dog World - Parque Canino – http://parquecanino.com.br/ Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
NOTÍCIAS
Novidades para os pets na Pet Show
U
ma série de novidades para o mercado pet foram apresentadas em primeira mão na feira Pet Show, realizada entre os dias 7 e 10 de março de 2013, em São Paulo, SP. Há produtos inovadores, fabricados sob o conceito da sustentabilidade, artesanais, úteis, práticos, funcionais... Confira alguns deles. Scratcher Lounge: um arranhador, um ninho, uma caminha... Um cantinho para o gato. s_lounge@yahoo.com.br
TagPet, novo conceito na identificação de pets. No pingente constam os dados da central de atendimento e uma imagem em QR Code. A leitura do código estampado no pingente com um smart phone ou tablet acessa diretamente o perfil do pet. Funciona ainda como um sistema de serviços e vantagens para o proprietário – http://www.tagpet.com.br
Limpa Patas http://www.focinhodourado.com.br
Immobile Cat, equipamento para a imobilização de gatos que oferece segurança e conforto durante qualquer procedimento médico veterinário – http://www.immobileanimal.com.br
Caixa exclusiva elaborada pela Cão Paixão, ONG de defesa dos animais – http://www.caopaixao.org.br
Bandeja higiênica com pratinhos inclinados: http://www.truqys.com.br
Canil com portas de alumínio, trincos com fechamento automático, base e bandeja móveis – http://www.pettour.com.br O programa Max em Ação é uma iniciativa da Max – Total Alimentos para levar ajuda aos animais necessitados de todo o Brasil. O objetivo é criar uma rede de doações de ração animal entre os consumidores dos produtos integrantes e as ONGs e protetores independentes participantes – http://www.maxemacao.com.br 20
Ice Pet, sorvete para animais desenvolvido por veterinários e registrado no MAPA – http://www.icepet.com.br
Pet Green, sanitário higiênico: http://www.furacaopet.com.br
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
II Congresso Mineiro de
Especialidades Veterinárias
PROGRAMAÇÃO %JB r 4FYUB GFJSB 09h00 - 10h00 10h00-12h00
Credenciamento 5FOEÐODJBT EB %ÏDBEB o *OPWF TFV 4FSWJÎP t %S 3POBME (MBO[NBOO o $FOUSBM 7FU Almoço 4"-" $0/46-5¶3*0
4"-" $*3¼3(*$"
4"-" 7"3*&%"%&4
14h00 - 15h00
Dermatoses Parasitárias em Cães "CTDFTTP EFOUÈSJP o %JBHOØTUJDP F (BUPT o 1BSUF * t %S 4ÏSHJP F 5SBUBNFOUP t 1SPG -VJ[ 4PGBM Daltro – Doutor Derme BA
1SPUPDPMPT WBDJOBJT F PT GBUPSFT que podem influencia-los %S "OESFJ /BTDJNFOUP
15h00-16h00
Dermatoses Parasitárias em Cães &NFSHÐODJBT 3FTQJSBUØSJBT FN F (BUPT o 1BSUF ** t %S 4ÏSHJP DÍFT F HBUPT t 1SPGB 1BUSÓDJB Daltro – Doutor Derme BA Maria Colleto Freitas – EV UFMG
$VJEBEPT FTQFDJBJT SBÎB QPS SBÎB 1SPG 'FSOBOEP #SFUBT o &7 6'.(
16h00-17h00
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$JUPMPHJB "TQJSBUJWB QPS "HVMIB 'JOB VNB GFSSBNFOUB TJNQMFT F NVJUP ÞUJM t 1SPG 3VCFOT Carneiro - EV UFMG
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9h30-10h30
$PNP EJBHOPTUJDBS F USBUBS BT EPFOÎBT WJSBJT EPT HBUPT 1SPGB .BSJB "MFTTBOESB %FM #BJSSP - Puc Minas Poços de Caldas
$JSVSHJBT 5PSÈDJDBT 1SPGB 1BUSÓDJB .BSJB $PMMFUP Freitas – EV UFMG
Com a idade os aspectos VMUSBTTPOPHSÈöDPT EP BCEÙNFO TF BMUFSBN t 1SPG "OUÙOJP $BSMPT $VOIB -BDSFUB o 6'-"
11h00-12h30
O que devemos ensinar para os QSPöTTJPOBJT EF TBÞEF TPCSF B 5PYPQMBTNPTF t 1SPGB .BSJB Alessandra Del Bairro - Puc Minas Poços de Caldas
/VUSJÎÍP $MÓOJDB t %S 3POBME (MBO[NBOO o $FOUSBM 7FU
4FHSFEPT EB 3BEJPMPHJB UPSÈDJDB EP DÍP F EP HBUP t %SB 'FSOBOEB Guimarães- EV UFMG
Almoço 14h00-15h00
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6MUSBTTPOPHSBöB FN GFMJOPT P RVF UFN EF FTQFDJBM t 1SPGB Mariana Ferreira de Freitas
15h00-16h00
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* $JDMP EF "UVBMJ[BÎÍP 4#$7 'JTJPMPHJB DBSEJPWBTDVMBS F öTJPQBUPMPHJB EB *$$ 1SPG .PBDJS -FPOJM o 1VD .JOBT Poços de Caldas
(BTUSPFOUFSPMPHJB $JSÞSHJDB 1SPG 1BVMP 3FOBUP EPT 4BOUPT Costa – UFV
7 a 9 de junho &YQPNJOBT
Belo Horizonte - MG
CURSO DE FORMAÇÃO DE RESPONSÁVEIS TÉCNICOS PARA O MERCADO PET FACILITADORES: Médico Veterinário Sergio Lobato e Médica Veterinária Rebecca Dung CONTEÚDO: r *OUSPEVÉÈP B SFTQPOTBCJMJEBEF UÊDOJDB r 'PSNBUPT EF /FHÓDJPT 7FUFSJOÃSJPT r 'VOEBNFOUPT EF .BSLFUJOH "QMJDBEPT Æ 3FTQPOTBCJMJEBEF 5ÊDOJDB r -FHJTMBÉÈP "QMJDBEB r 3PUJOBT 'VODJPOBJT EP 3FTQPOTÃWFM 5ÊDOJDP r /PÉ×FT EF #JPTTFHVSBOÉB r 1SFWFOÉÈP EF "DJEFOUFT FN &TUBCFMFDJNFOUPT r /PSNBT F -FHJTMBÉÈP "QMJDBEB B #JPTTFHVSBOÉB
8 e 9 de junho - Sábado e Domingo - 9h às 17h 7BMPS 3 t XXX FYQPWFU DPN CS
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KVOIP EPNJOHP
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9h30-10h30
* $JDMP EF "UVBMJ[BÎÍP 4#$7 4FNJPMPHJB F FYBNFT complementares no cardiopata %S &VMFS 'SBHB 4JMWB o %PVUPS FN $JÐODJB "OJNBM
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4FNJOÈSJP 5FDTB EF "MFSHPMPHJB 7FUFSJOÈSJB *NVOPMPHJB EBT "MFSHJBT FN DÍFT F HBUPT 1SPG 1BVMP 5BCBOF[
11h00-12h30
* $JDMP EF "UVBMJ[BÎÍP o 4#$7 Cardiomiopatia x Valvopatias FN DÍFTw %S .PBDJS -FPNJM /FUP Puc Minas Poços de Caldas
-VYBÎÍP EF 1BUFMB FN $ÍFT tratamento conservador ou DJSÞSHJDP 1SPG -FPOBSEP .V[[J o 6'-"
4FNJOÈSJP 5FDTB EF "MFSHPMPHJB 7FUFSJOÈSJB 5FTUFT "MÏSHJDPT F Imunoterapia na prática WFUFSJOÈSJB t %S -VJ[ &EVBSEP 3JTUPX
Almoço 14h00-15h00
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Obtendo o máximo de JOGPSNBÎÜFT EF VN IFNPHSBNB 1SPGB 'BCÓPMB EF 0MJWFJSB 1BFT -FNF
15h00-16h00
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Inscrições: XXX FYQPWFU DPN CS BUFOEJNFOUP!FYQPWFU DPN CS 5FM 3FBMJ[BÉÈP
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SAÚDE PÚBLICA
O médico veterinário e o NASF
m 21 de outubro de 2011 foi aproE vada a Política Nacional de Atenção Básica para o SUS, que incluiu
a medicina veterinária no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Porém, a real inserção desse profissional às equipes multiprofissionais ainda é lenta. Na prática, os próprios médicos veterinários ainda não estão atualizados a respeito dos conceitos preconizados e muitos estudantes também se formam sem conhecer esse setor de atuação do médico veterinário. No mês de fevereiro de 2013, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), preocupado com inúmeros questionamentos recebidos pela Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNSPV/CFMV), publicou em seu site texto elaborado em forma de perguntas e respostas sobre o que é o NASF, para esclarecer algumas dúvidas frequentes: • O que é o NASF e quais profissionais podem compô-lo ?; • Como será definida a composição das equipes do NASF ?; • Todos os profissionais listados na portaria terão garantida a atuação nos NASFs ?;
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• Qual a importância da inclusão do médico veterinário no rol de profissões que podem compôr o NASF ?; • Como faço para participar do NASF ?; • Como será a atuação do médico veterinário no NASF ?; As respostas e informações adicionais estão no site do CFMV: http://www.cfmv.org.br/portal/pagina.p hp?cod=42 . Curso para atuação do veterinário na saúde pública* Será realizado em outubro o 1º Curso de Planejamento para Atuação do Médico Veterinário na Saúde Pública – NASF, com aulas teóricas e práticas sobre o aprendizado das principais ferramentas para planejar ações de saúde de maneira integrada, diferenciada e de forma humanitária no âmbito do NASF, com as Equipes de Saúde da Família e as Equipes de Atenção Básica à Saúde – SUS. O curso se dará no contexto da publicação da portaria que aprova a Política Nacional de Atenção Básica para o SUS, e inclui o médico veterinário no NASF. Dentre as várias atuações desse profissional, faz-se necessário destacar o desenvolvimento de projetos de saúde
com foco nas enfermidades transmitidas, direta e indiretamente, dos animais para os seres humanos. Paradoxalmente, uma pesquisa de opinião publicada pelo CFMV em 2012, (Revista CFMV n. 57), mostra que, no Brasil, 33% dos médicos veterinários entrevistados afirmaram não conhecer o NASF, que se encontra inserido no SUS, e que 62% deles gostariam de aprofundar seus conhecimentos a respeito deste programa. Nesse sentido, a experiência acumulada pela Disciplina de Planejamento de Saúde Animal e Saúde Pública do Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública da FMVZ/Unesp-Botucatu, ao longo de mais de 30 anos em atividades extensionistas, possibilitou que fosse elaborado um modelo de planejamento de saúde próprio, com roteiros de ações apropriados, métodos determinados e objetivos definidos, e com efetivo controle e domínio desses procedimentos. O curso é uma realização da disciplina de Planejamento de Saúde Animal e Saúde Pública. * Fonte: http://www.fmvz.unesp.br/#!/noticia/264/curso-para-atuacao-do-veterinariona-saude-publica/
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
ENTREVISTA
Roberto Lange, a Anclivepa-PR e a Veterinária Pet Brasil
MV Roberto Lange, presidente da ANCLIVEPA-PR e da VETERINÁRIA PET BRASIL presidente@veterinariapetbrasil.com.br
CBA 2012: a excelente programação científica foi um importante item para o estabelecimento do recorde de 3.285 inscritos
1. O que significou para a medicina veterinária a realização da edição do CONGRESSO BRASILEIRO DA ANCLIVEPA na cidade de Curitiba no ano passado? Roberto Lange (RL): O CBA 2012 foi um marco histórico para a medicina veterinária e em especial para o estado do Paraná. Tivemos uma adesão recorde de 3.285 congressistas e uma participação especial das maiores e melhores empresas do mercado veterinário do Brasil.
grade científica bem elaborada e a satisfação das empresas expositoras e dos patrocinadores e apoiadores com o público participante, dos congressistas aos visitantes. Vários foram os pedidos para que se repetisse um evento da mesma envergadura. Assim sendo, estamos nos preparando para repetir, entre os dias 3 e 5 de outubro de 2013, mais um evento de sucesso em Curitiba.
2. Qual foi o aprendizado obtido durante a organização do congresso do ano passado? RL: Posso afirmar com certeza que a maior lição que tivemos foi o planejamento e o comprometimento da nossa diretoria naquela oportunidade, bem como o das empresas organizadoras. A soma dos esforços resultou no sucesso absoluto do congresso. Para resumir: planejar, executar e se comprometer tem sido a nossa missão.
4. Quais serão os diferenciais desse novo evento: VETERINÁRIA PET BRASIL? RL: Devido à avidez dos veterinários pelo conhecimento e à demanda da sociedade com as exigências em relação a esses profissionais, vamos inovar e faremos um Fórum Hospitalar Veterinário no qual serão discutidos temas comuns aos hospitais e clínicas do Brasil. Teremos a presença dos maiores nomes desse segmento para trocar informações em todos os âmbitos, como, por exemplo, questões trabalhistas e tributárias.
3. Em que momento se vislumbrou que seria possível realizar outro grande evento no Paraná? RL: Já na época da realização do evento, percebíamos um alto grau de satisfação dos veterinários por conta da
5. Qual a expectativa que o congressista deve ter dessa edição do evento? RL: O congressista pode ter certeza e esperar – e isso é palavra desta diretoria – um congresso de alto nível técnico-científico.
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6. Quais serão as novidades do evento? RL: Além do Congresso Sul Brasileiro, teremos simultaneamente os congressos de especialidades, que incluem a oncologia, o diagnóstico por imagem e o intensivismo. A grande novidade será o Fórum Hospitalar Veterinário e a primeira Feira Hospitalar Veterinária, nos moldes da da medicina humana. 7. Como se dará a programação científica do congresso? RL: A programação científica está em fase de elaboração em que se estabelecem contatos, mas a nossa primordial preocupação será a qualidade científica de alto nível. 8. Haverá algum pacote promocional para os congressistas? RL: Sim. Durante os meses que se seguem, várias serão as ações que vamos promover para facilitar a presença do médico veterinário e dos estudantes. Tudo poderá ser acompanhado pelo site oficial – www.veterinariapetbrasil.com.br – e pelos canais de comunicação das instituições parceiras. 9. Além do congresso, haverá programação para que os congressistas possam conhecer um pouco a cidade? RL: Teremos excelentes programações e o apoio de uma das mais respeitadas agências de viagem da cidade, além do apoio incondicional do Convention Bureau. Quem participar terá boas surpresas.
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
ENTREVISTA
10. Quais serão os itens mais importantes que contarão com a participação maciça dos congressistas? RL: Em primeiro lugar, consideramos a elaboração da grade científica como ponto primordial para que o congressista participe. Mas não deixamos de lado a atenção para que os participantes se sintam bem. Então teremos rede hoteleira de primeira linha, transporte facilitado e atrações a um valor convidativo. 11. Sabemos do grande trabalho em conjunto e também do tempo disponibilizado para a realização Rua das Flores, de um congresso Centro, Curitiba dessa magnitude. Como encara esse fato? RL: Essa é uma questão realmente importante. Porém, estou tranquilo, pois tenho uma diretoria extremamente coesa e ciente da res ponsabilidade. Somos 14 voluntários na diretoria e essa equipe faz a diferença. Sobretudo, conto com a experiência de uma das mais respeitadas empresas organizadoras de congressos veterinários no Brasil, a SDMKT. 12. Como os inteMemorial Árabe, Praça ressados em partiGibran Khalil Gibran, cipar poderão ter Centro, Curitiba maiores informações sobre o evento? RL: Ações de divulgação em eventos como o Congresso Brasileiro da Anclivepa 2013, em Natal, nos demais congressos regionais das Anclivepas e pelo site do congresso, que pode ser acessado por meio do endereço http://www.veterinariapetbrasil.com. br . 30
Torre Panorâmica, Rua Prof. Lycio Grein de Castro Vellozo, 191, Mercês, Curitiba
UNILIVRE, Universidade Livre do Meio Ambiente: Rua Victor Benato, 210, Pilarzinho, Curitiba
Jardim Botânico de Curitiba
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MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO
Expansão da medicina veterinária do coletivo, uma necessária e feliz realidade em Curitiba A expansão da medicina veterinária Rede de Defesa e Proteção Animal dia a dia”, explica o guarda municipal Agentes da Guarda Municipal de Leandro Cotinho, integrante do curso e do coletivo no Brasil começou há alguns anos e teve como grande res- Curitiba e da região metropolitana par- um dos idealizadores da Guarda ponsável pela sua propagação os even- ticiparam, no final do mês de abril, de Municipal de Proteção Animal. “O tos promovidos pelo Instituto Técnico um curso de capacitação da Guarda aprendizado foi grande em relação ao de Controle e Educação Animal Municipal de Proteção Animal para manejo adequado de animais domésti(ITEC). Destaca-se a Conferência manejo de animais domésticos. cos”, diz. Internacional de Medicina Veterinária Durante toda a semana, 16 agentes de Desde a sua criação, em fevereiro do Coletivo, que este ano, em sua quar- Curitiba e três guardas de municípios deste ano, a corporação atendeu a 175 ta edição, será realizada em Curitiba, da região metropolitana participaram ocorrências em Curitiba, sendo a maiono setor de Ciências Agrárias da Uni- de aulas práticas e teóricas. ria em relação a maus-tratos de ani“Revimos as maneiras mais fáceis e mais. Casos de comércio e criação ileversidade Federal do Paraná (UFPR), de 28 de novembro a 1º de dezembro, corretas de nos aproximar dos animais, gal de animais também foram atendijuntamente com o I Simpósio: Saúde garantindo a integridade deles e a dos pela Guarda Municipal de nossa, o que é fundamental em nosso Proteção Animal. Única e Participação Social. Além das ações do ITEC O fortalecimento da para promover a especialidaRede de Proteção Animal de, também são de grande da Prefeitura de Curitiba, importância as ações pioneie a criação da Guarda ras desenvolvidas na centeMunicipal de Proteção nária UFPR. Em 2011, criouAnimal são apontados se a disciplina Medicina como alguns dos fatores Veterinária do Coletivo responsáveis pelo (Shelter Medicine), voltada aumento registrado no para o problema de popunúmero de denúncias lações de cães e outros anisobre maus-tratos de animais abandonados e/ou que mais, recebidas pelo fone sofrem com a falta de cuida156. dos. “Tínhamos em média Destaca-se também a de dez a quinze denúncias capacitação dos professores por dia e agora chegamos do Departamento de Mea 25 denúncias diárias”, dicina Veterinária da UFPR e informa o diretor do Dedos profissionais da prefeitupartamento de Pesquisa e ra de Curitiba, realizada no Conservação de Fauna, mês de fevereiro de 2013, por Alexander Biondo. Ele meio de uma série de visitas comenta a importância da a instituições de ensino e pesparticipação da populaquisa e a abrigos de animais ção. (animal shelters) nos estados A Rede de Defesa e da Califórnia e do Oregon, na Proteção Animal, suborcosta oeste dos Estados dinada à Secretaria Unidos. Municipal do Meio A mais nova ação educaAmbiente (SMMA), é cional realizada na UFPR é o um programa que envolrecebimento de uma aluna da ve vários agentes públiInformações bem simples, mas que, lendo com atenUniversidade Estadual de cos, da iniciativa particução, podem ser muito úteis para melhorar a nossa Londrina para a realização lar e do terceiro setor na vida, a vida dos animais e o modo como os vemos no de estágio curricular em busca de melhores condinosso bairro, na nossa cidade, no nosso dia a dia: – medicina veterinária do coleções de vida para a fauna http://www.zoonoses.agrarias.ufpr.br/livro_2_final.pdf tivo. da cidade de Curitiba. 34
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PESQUISA
Novas técnicas ultrassonográficas na veterinária
N
o início de maio, importante evento da medicina humana, o 14º Congresso Mundial de Ultrassonografia em Medicina e Biologia, contou com um dia inteiro destinado à medicina veterinária. A ultrassonografia com contraste por microbolhas e a elastografia são exemplos de novas técnicas ultrassonográficas que vêm sendo pesquisadas na medicina veterinária e foram apresentadas no congresso pela dra. Cibele Figueira Carvalho, palestrante e coordenadora de toda a programação veterinária do congresso. A aplicação das técnicas de elastografia na medicina veterinária é recente. A elastografia em tempo real, por
exemplo, tem aplicação como método auxiliar da imagem sonográfica convencional, na diferenciação de lesões focais malignas e benignas em diversos órgãos. Outra técnica de aplicação recente na medicina veterinária é a ultrassonografia com contraste por microbolhas, que promove o aumento da sensibilidade na detecção do sinal Doppler em casos de pacientes obesos, vasos profundos e vasos pequenos ou com baixa velocidade de fluxo sanguíneo.
Para que a aplicação de técnicas como essas faça parte da rotina dos exames complementares na medicina veterinária é preciso realizar mais pesquisas, tanto com a finalidade de padronizar quanto para aperfeiçoar a avaliação de diversas afecções. O congresso também contou com palestras da dra. Amalia Agut Giménez, da Espanha; da dra. Tilde Rodrigues Froes Paiva, de Curitiba (UFPR); e da dra. Maria Jaqueline Mamprim, de Botucatu.
Doença renal policística em gatos da raça persa e mestiços
A
doença renal policística (DRP) é a doença genética mais comum em gatos domésticos, especialmente gatos da raça persa e mestiços. A DRP é uma doença hereditária de caráter autossômico dominante e caracterizada pela presença de cistos localizados nos rins e, ocasionalmente, no fígado e no pâncreas. Os felinos acometidos geralmente apresentam os sinais clínicos da doença tardiamente, entre três e dez anos de idade, devido ao crescimento progressivo dos cistos e à compressão do tecido normal. No entanto, sabemos muito pouco sobre a distribuição dessa grave doença no Brasil. O diagnóstico da DRP em gatos é realizado associando-se sinais clínicos, análises de sangue, exames de ultrassonografia e testes genéticos. A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP) está desenvolvendo um projeto de pesquisa para estudo da doença renal policística em gatos da raça persa e mestiços. Em uma primeira etapa, busca-se conhecer qual a real distribuição da mutação que causa essa doença nos gatos criados no Brasil. 32
Assim, o primeiro passo será a realização do teste genético para detecção da mutação causadora da doença nos felinos e a análise da prevalência da DRP. Para que isso seja possível, solicita-se a colaboração dos médicos veterinários, dos proprietários e dos criadores de gatos da raça persa e mestiços que tenham interesse em participar desse estudo pioneiro no país. O teste genético será realizado a partir de células da boca coletadas pelo próprio proprietário por meio de uma escova, com pouco estresse e risco mínimo para o animal. Posteriormente, essas amostras serão enviadas pelo correio para a Faculdade de Veterinária da USP, para o teste genético. Os resultados serão enviados diretamente aos proprietários ou médicos veterinários participantes do estudo, e os dados serão protegidos por um
termo de confidencialidade, garantindo que os resultados não serão divulgados nominalmente. O projeto foi aprovado pela Comissão de Bioética Animal da Faculdade de Veterinária da USP e não haverá nenhum custo para os participantes. Para participar ou obter mais informações, entrar em contato pelo e-mail: projetofelinos@googlegroups.com .
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
BEM-ESTAR ANIMAL
Educação ambiental humanitária em bem-estar animal Introdução A educação ambiental humanitária constitui um instrumento fundamental para fazer frente aos problemas decorrentes do modelo de desenvolvimento econômico adotado, que imprime padrões de produção e consumo insustentáveis, com reflexos importantes na relação entre humanos e não humanos. Nesse contexto, a mobilização e o empoderamento das comunidades escolares são aspectos fundamentais para promover instrumentos de construção e crítica da realidade. De posse desses recursos, cidadãos e comunidade terão mais possibilidades de fazer frente às contradições e aos desequilíbrios socioambientais, e estar aptos a mudar a forma de tratamento dispensado aos animais, que ainda são considerados como meros objetos passíveis de subjugação para o atendimento de interesses diversos da atividade humana. Da mesma forma, as pessoas poderão mudar as atitudes em relação aos seus semelhantes. Baseado em atitudes culturalmente arraigadas e ultrapassadas, o cenário de maus-tratos e abandono dos animais denota uma lacuna no nível de informação e educação das pessoas e do próprio sistema escolar brasileiro em relação ao atual conhecimento científico da senciência animal e, portanto, das necessidades próprias da espécie. Nesse sentido, também é fundamental considerar os altos índices de violência registrados no ambiente familiar e escolar em diversas cidades brasileiras. Significa dizer que a mudança de atitudes e valores preconizada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação e pelas diretrizes curriculares encontra eco nos princípios da educação ambiental humanitária em bem-estar animal (Ehbea), configurando importante interface e, portanto, um caminho profícuo para a construção de uma sociedade mais humana, e contribuindo para quebrar o ciclo da violência. É possível registrar que a inclusão da Ehbea no universo do ensino formal 36
também encontra amparo em aspectos como autonomia, flexibilidade e especificidades regionais, que caracterizam o sistema educacional nas diferentes instâncias. Assim, a gestão para alcançar tal propósito deve passar pela formalização de parcerias locais – nos âmbitos estadual e municipal – para a formação de professores e multiplicadores, bem como para o desenvolvimento de programas e/ou projetos específicos, conforme as demandas regionais. Será, portanto, um bom caminho para fazer frente ao paradigma antropocêntrico que vem norteando há muito a conduta humana e que tem profundas implicações éticas – questão que deve importar sobremaneira aos educadores.
Década da educação para o desenvolvimento sustentável Na sua 57ª reunião, em dezembro de 2002, a Assembleia Geral da ONU proclamou “2005-2014 a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, (Deds)", enfatizando que a educação é um elemento indispensável para alcançar o desenvolvimento sustentável". Também designou a Unesco como a principal agência de promoção e implementação da década. A Deds define educação para o desenvolvimento sustentável (EDS) como um conceito que vai muito além da educação ambiental. A EDS trata da inclusão do desenvolvimento humano (crescimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental) em
Educação Humanitária: ‘Um amplo campo de estudo que estabelece conexões entre todas as formas de justiça social (...) explora como podemos viver com respeito e compaixão por todos os seres. (...) ensina aos jovens sobre o que está acontecendo ao planeta e dá-lhes instrumentos para realizar escolhas que vão gerar um mundo mais justo, pacífico e seguro’ (Zoe Weil 2004)
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nossos sistemas de educação formal e informal de uma forma equitativa e segura. Isso significa usar a educação para reduzir a pobreza e promover os direitos humanos, a igualdade de gênero, a diversidade cultural, a compreensão internacional, a paz e muito mais. A EDS procura mudar comportamentos e incorporar a sustentabilidade na vida das pessoas. A Unesco define EDS como um meio de visualizar "um mundo onde todos tenham a oportunidade de se beneficiar da educação e aprender os valores, comportamentos e estilos de vida necessários para um futuro sustentável e para uma transformação positiva da sociedade". Curso de Educação Ambiental Humanitária em Bem-estar Animal (Eahbe) - Conteúdo programático I - De Descartes a Darwin – a evolução
AM; Parintins, AM; Distrito Federal, DF; Faro, PA; Terra Santa, PA; Matinhos, PR; Barra do Piraí, RJ; Maricá, RJ; Miguel Pereira, RJ; Petrópolis, RJ; Resende, RJ; Valença, RJ; Vassouras, RJ; Campo Belo, RS; Estância Velha, RS; Porto Alegre, RS; São Francisco do Sul, SC; Avaré, SP; Santo André, SP; São João da Boa Vista, SP.
dos conceitos científicos sobre as capacidades e habilidades dos animais; II - Bem-estar animal e sustentabilidade – entendendo a interdependência entre meio ambiente, ser humano e outros animais e estabelecendo novos parâmetros de avaliação; III - Link entre diversas formas de violência – políticas de anti-intimidação e ferramentas contra o bullying; IV - O papel da escola na construção de um novo paradigma – a ética do futuro. Elizabeth Suzanne Mac Gregor, Gerente de Educação do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA), já ministrou cursos de Educação Humanitária em Bem-Estar Animal administrados para docentes, gestores e coordenadores pedagógicos das seguintes secretarias municipais de educação: Manaus, AM; Nhamundá,
Mais informações: Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal – http://www.forumnacional.com.br, ou diretamente com Elizabeth Suzanne Mac Gregor, gerente de educação do FNDPA: e.macgregor@forumnacional.com.br
Pós-graduação com qualidade. Mais que um título, o reconhecimento!
PÓS-GRADUAÇÕES201 3 Medicina Veterinária Holística Início: 23, 24 e 25 de Agosto de 2013 Turma 01: Jaguariúna / SP Trata-se de técnicas que encaram o animal como um todo, que tendem a sintetizar unidades em totalidades, como a acupuntura e a homeopatia.
Diagnóstico por Imagem em Pequenos Animais Início: 02, 03 e 04 de Agosto de 2013 Turma 03: Rio de Janeiro / RJ Início: 23, 24 e 25 de Agosto de 2013 Turma 04: Belo Horizonte / MG Carga Horária: 360 horas Duração:18 meses
Prepare-se e conquiste seu espaço no mercado! Credenciamento FAJ - MEC Parecer: IES 1490 (Portaria 586 05/05/2000)
INSCRIÇÕES
ABERTAS
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Oncologia Adenocarcinoma mucinoso duodenal com metástase pulmonar em cão – relato de caso Duodenal mucinous adenocarcinoma with lung metastases in a dog – case report Adenocarcinoma mucinoso duodenal con metástasis pulmonar en un perro – reporte de un caso Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 104, p. 40-46, 2013 Lorena Gabriela Rocha Ribeiro MV, mestre PPGCA/EV/UFMG
lorenagrr@gmail.com
Silvia de Araújo França MV, mestre PPGCA/EV/UFMG
silviavet2010@gmail.com
Rogéria Serakides
MV, mestre, dra., profa. assoc. EV/UFMG serakidesufmg@gmail.com
Natália de Melo Ocarino MV, mestre, dra., profa. adj. EV/UFMG nataliaocarino@gmail.com
Resumo: Os adenocarcinomas intestinais apresentam baixa ocorrência na medicina veterinária e a maioria localiza-se, preferencialmente, no intestino grosso. Os sinais clínicos podem estar ausentes, mas em geral são inespecíficos e incluem apatia, anorexia, vômito e dor abdominal. O presente relato tem por objetivo descrever as características clínicas e patológicas de um adenocarcinoma de duodeno com metástase pulmonar em uma cadela da raça golden retriever de oito anos de idade. O animal apresentou hiporexia, vômitos, diarreia e emagrecimento. O quadro clínico progrediu para anorexia, vômitos persistentes, icterícia, dispneia intensa e estertores pulmonares à auscultação. O óbito ocorreu quatro dias após a internação. Com base nos achados macro e microscópicos, foi firmado o diagnóstico de adenocarcinoma mucinoso duodenal com metástase pulmonar. Unitermos: canina, oncologia, neoplasia, intestino delgado, mucina Abstract: Intestinal adenocarcinomas have low occurrence in veterinary medicine and are located preferentially in the large intestine. Clinical signs could be absent but in most cases are not specific and include depression, anorexia, vomiting and abdominal pain. This case report describes the clinical and pathological characteristics of an adenocarcinoma of the duodenum with lung metastasis in an eight-year-old female Golden Retriever. The animal presented decreased appetite, vomiting, diarrhea and weight loss. Clinical findings progressed to anorexia, persistent vomiting, jaundice, severe dyspnea and rales upon auscultation. The patient died four days after hospitalization. Based on the gross and microscopic findings, the diagnosis of duodenal mucinous adenocarcinoma with lung metastasis was established. Keywords: canine, oncology, cancer, small intestine, mucin Resumen: Los adenocarcinomas intestinales presentan una baja incidencia en medicina veterinaria y, en la mayoría de los casos, se localizan principalmente en el intestino grueso. Los signos clínicos pueden estar ausentes y en general suelen ser inespecíficos; estos incluyen apatía, anorexia, vómitos y dolor abdominal. El presente relato tiene como objetivo describir las características clínicas e histopatológicas de un adenocarcinoma duodenal con metástasis pulmonar en una perra golden retriever de ocho años de edad. El animal presentó hiporexía, vómitos, diarrea y pérdida de peso. El cuadro clínico progresó, llevando al paciente a la anorexia, vómitos persistentes, ictericia, disnea intensa y estertores pulmonares durante la auscultación. El paciente murió cuatro días después de ser internado. En base a los resultados de exámenes macro y microscópicos, se confirmó el diagnóstico de adenocarcinoma mucinoso de duodeno con metástasis pulmonar. Palabras clave: canino, oncología, cáncer, intestino delgado, mucina
Introdução Os tumores intestinais epiteliais são raros em cães 1-2, sendo a incidência em média de 0,3% de todas as neoplasias 3-4. Sua etiologia ainda não foi compreendida, mas acredita-se que fatores como a dieta ou a sensibilidade alimentar possam influenciar na sua patogênese 5. Para alguns pesquisadores, a baixa incidência dos tumores intestinais se deve à descama40
ção epitelial frequente e ao rápido trânsito dos alimentos nessa porção, reduzindo a intensidade de exposição do epitélio aos carcinógenos 6-8. Em seres humanos, os tumores intestinais estão relacionados principalmente a doença inflamatória crônica ou à doença de Crohn 6. A incidência desses tumores aumenta com a idade, sendo observada maior prevalência em cães machos de oito e nove
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Oncologia Estudo retrospectivo (2007-2011) da casuística de cães com mastocitomas cutâneos atendidos em um hospital-escola Retrospective study (2007-2011) of dogs with cutaneous mast cell tumors attended at a teaching hospital Un estudio retrospectivo (2007-2011) de perros con tumores de mastocitos cutáneos tratados en un hospital escuela Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 104, p. 48-52, 2013 Rafael Ricardo Huppes
MV, Msc PPG da FCAV/Unesp-Jaboticabal rafaelhuppes@hotmail.com
Sofia Borin-Crivellenti
MV, Msc PPG da FCAV/Unesp-Jaboticabal sofiaborin_vet@yahoo.com.br
Andrigo Barboza de Nardi MV, prof. FCAV/Unesp-Jaboticabal
andrigobarboza@yahoo.com.br
Thaís Larissa L. Castanheira médica veterinária PPG da FCAV/Unesp-Jaboticabal thaisllcastanheira@gmail.com
Leandro Zoccoloto Crivellenti MV, Msc PPG da FCAV/Unesp-Jaboticabal crevelenti_ls@yahoo.com.br
Roberto Andres N. Ampuero médico veterinário PPG da FCAV/Unesp-Jaboticabal zeronav@hotmail.com
Renée Laufer Amorim MV, profa. FMVZ/Unesp-Botucatu renee@fmvz.unesp.br
Mirela Tinucci Costa
MV, profa. FCAV/Unesp-Jaboticabal mirelatc@fcav.unesp.br
Resumo: Na maioria das espécies animais, as neoplasias de origem mastocitária são incomuns. Raros são os casos de mastocitoma cutâneo (MC) em seres humanos; no entanto, na espécie canina, é a segunda neoplasia mais diagnosticada, representando aproximadamente 20% dos casos de tumores cutâneos. A faixa etária de maior ocorrência é entre oito a nove anos, podendo ocorrer em animais jovens com até três semanas de idade. Este estudo objetivou descrever as características epidemiológicas, hematológicas e histopatológicas de cães portadores de mastocitoma cutâneo atendidos pelo Serviço de Oncologia Veterinária de um hospital-escola do estado de São Paulo, entre os anos de 2007 e 2011, totalizando 73 pacientes. Foram obtidos os dados referentes a raça, idade, sexo, peso, região cutânea acometida, resultado do hemograma no momento da primeira consulta e graduação histopatológica de cães com diagnóstico da neoplasia. Unitermos: oncologia, epidemiologia, hemograma, histopatologia Abstract: Neoplasms of mast cell origin are uncommon in most animal species. Although cases of cutaneous mastocitoma (CM) are rare in humans, it is the second most diagnosed cancer in dogs, accounting for approximately 20% of cutaneous tumors in this species. The age group most frequently affected is between eight and nine years, but it may occur in animals up to three weeks old. This study aimed to describe the epidemiological, hematological and histopathological characteristics of 73 dogs with cutaneous mast cell tumors attended between 2007 and 2011 by the Oncology Service of a teaching hospital in the state of São Paulo. Data collected included race, age, sex, weight, skin region affected, blood tests results at the first consultation and histopathological grading of dogs diagnosed with this neoplasia. Keywords: oncology, epidemiology, hemogram, histopathology Resumen: En la mayoría de las especies animales, las neoplasias de origen mastocitaria son poco frecuentes. En medicina humana los casos de mastocitoma cutáneo (MC) suelen ser raros; no obstante, en la especie canina son la segunda neoplasia mas diagnosticada, representando aproximadamente el 20% de los tumores cutáneos. El rango etario con mayor frecuencia es entre los ocho y nueve años, pudiendo presentarse en animales jóvenes con hasta tres semanas de edad. Este estudio tuvo como objetivo describir las características epidemiológicas, hematológicas e histopatológicas de los perros con mastocitoma cutáneo, atendidos en el Servicio de Oncología Veterinaria de un hospital escuela en el estado de São Paulo, entre los años de 2007 y 2011, que representaron un total de 73 pacientes. Se obtuvieron datos referentes a la raza, edad, sexo, peso, región cutánea afectada, resultado de hemograma en la primer consulta y grado histopatológico de los perros diagnosticados con esta neoplasia. Palabras clave: oncología, epidemiología, hemograma, histopatología
Introdução Os mastócitos são células de tecido conjuntivo, de origem hematopoiética, que participam do sistema imune e são encontradas principalmente no tecido subcutâneo e nas muco48
sas de quase todas as espécies. A principal característica dos mastócitos maduros é a presença de grânulos no interior dessas células, ricos em substâncias ativas, como histamina e heparina 1-5.
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Oncologia Tratamento de um felino com carcinoma cutâneo de células escamosas avançado por meio de quimioterapia intralesional e radioterapia Treatment of a feline advanced cutaneous squamous cell carcinoma using intralesional chemotherapy and radiation therapy Tratamiento de un felino con carcinoma cutáneo avanzado de células escamosas con quimioterapia intralesional y radioterapia Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 104, p. 54-60, 2013
Simone C. dos Santos Cunha MV, mestre PPG da UFF
simonecsc@gmail.com
Kátia Barão Corgozinho MV, dra. PPD da UFF
katiabarao@uol.com.br
Paula Gazé Holguin
médica veterinária autônoma paulaghvet@hotmail.com
Luis Alfredo Vidal de Carvalho engenheiro, dr. prof. COPPE/UFRJ luisalfredo@ufrj.br
Ana Maria Reis Ferreira
MV, dra. profa. Universidade Federal Fluminense anaferreira@pesquisador.cnpq.br
Resumo: Um felino portador de carcinoma cutâneo de células escamosas extremamente avançado foi tratado por meio de quimioterapia intralesional e radioterapia. A lesão estava localizada no plano nasal, media 6 x 9 cm e foi classificada como T4N0M0 segundo o sistema de estadiamento da OMS para tumores epidérmicos de felinos. O animal foi submetido a doze frações radioterápicas de 4 Gy, realizadas três vezes por semana por meio de um equipamento de ortovoltagem. A quimioterapia intralesional foi realizada uma vez por semana durante quatro semanas, cerca de trinta minutos antes de uma fração radioterápica, com o objetivo de atuar como um agente radiopotencializador. Ao término do tratamento, houve remissão completa. Os efeitos colaterais do tratamento foram leves e reversíveis. A associação da radioterapia com a quimioterapia intralesional foi considerada eficaz e segura. Unitermos: gatos, terapia, neoplasias Abstract: A cat with advanced cutaneous squamous cell carcinoma was treated by intralesional chemotherapy and radiation therapy. The 6 x 9 cm lesion was located at the nasal plane and was staged as T4N0M0 according to the WHO staging system of feline epidermal tumors. The animal was submitted to twelve 4-Gy radiation fractions by means of an orthovoltage unit on a Monday-Wednesday-Friday schedule. Intralesional chemotherapy was performed 30 minutes prior to a radiation fraction for radiopotentiation once a week for four weeks. Complete remission was observed. Side effects were considered mild. Association between intralesional chemotherapy and radiation therapy was considered effective and safe. Keywords: cats, therapy, neoplasms Resumen: Un felino con carcinoma cutáneo de células escamosas extremamente avanzado fue tratado a través de quimioterapia intralesional y radioterapia. La lesión estaba localizada en el plano nasal y medía 6 x 9 cm; fue caracterizada como T4N0M0 según el sistema de estadificación de la OMS para tumores epidérmicos de gatos. El animal fue sometido a doce sesiones radioterápicas de 4 Gy realizadas tres veces por semana a través de un equipo de ortovoltaje. La quimioterapia intralesional se realizó una vez por semana durante cuatro semanas, cerca de treinta minutos antes de la radioterapia, con el objetivo de actuar como un agente radio potencializador. Al término del tratamiento hubo remisión completa. Los efectos colaterales del tratamiento fueron leves y reversibles. La asociación de la radio y la quimioterapia intralesional fue considerada eficiente y segura. Palabras clave: gatos, terapia, neoplasias
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Relato de caso Um felino SRD, macho, de quinze anos de idade, portador de grande lesão nasal ulcerada e que vinha sendo tratado para esporotricose havia cerca de quatro meses foi submetido a biópsia para confirmação histopatológica do CCE. O fragmento coletado foi imediatamente imerso em solução tamponada de formol a 10%, por um período de 24-48 horas. No processamento histopatológico, foi clivado, desidratado, diafanizado e, posteriormente, processado e incluído em parafina. Os cortes foram corados por hematoxilina-eosina. O estadiamento clínico foi realizado de acordo com o sistema da Organização Mundial de Saúde para tumores epidérmicos de felinos 18, em que a categoria T correspondeu ao tamanho e à profundidade da neoplasia primária, N à presença de acometimento de linfonodos locais e M à presença de metástases distantes (Figura 1). A lesão foi mensurada por meio de um paquímetro (mediu 6 x 9 cm) e invadia a cartilagem nasal, conforme visualizado em radiografias de face. Não havia evidências de metástases para os linfonodos submandibulares e nem se evidenciaram metástases distantes em radiografias torácicas e ultrassonografia abdominal (Figura 2). Assim, o estadiamento clínico foi definido como T4N0M0. Também foram realizados exames de sangue, incluindo hemograma, ureia, creatinina,
Localização
Tumor primário
Estádio Tis T0 T1 T2 T3 T4
Linfonodos regionais Metástases distantes
N0 N1 M0 M1
Definição Carcinoma in situ (pré-invasivo) Sem evidência de tumor Tumor < 2 cm de diâmetro, superficial Tumor entre 2 e 5 cm de diâmetro ou com mínima invasão do tecido subcutâneo Tumor > 5 cm de diâmetro ou com invasão do tecido subcutâneo Tumor invadindo outras estruturas, como fáscia, músculo, cartilagem ou osso Sem evidência de acometimento de linfonodos Acometimento de linfonodos Sem evidência de metástases Evidência de metástases
Figura 1 - Estadiamento clínico de tumores epidérmicos dos felinos segundo a Organização Mundial de Saúde 18
A
Simone C. dos Santos Cunha
Introdução A radioterapia é uma das modalidades de tratamento do câncer e sua principal finalidade é eliminar as células neoplásicas, evitando atingir o tecido sadio adjacente 1,2. O carcinoma de células escamosas (CCE) é o tumor de pele mais frequente em felinos e está relacionado à exposição dos animais aos raios solares e ao clima da região 3-5. As áreas com poucos pelos, como o plano nasal, os pavilhões auriculares e as pálpebras são as mais acometidas e os gatos brancos são mais propensos do que os gatos de outras cores 3-5. Várias modalidades de tratamento têm sido utilizadas no tratamento do CCE cutâneo 5. A radioterapia é indicada principalmente em casos avançados em que a cirurgia não é possível 5,6. A radiação deve ser dividida em múltiplos tratamentos (fracionamento) para melhor controle do tumor e minimização dos efeitos colaterais 2,5-7. A carboplatina e a cisplatina, quimioterápicos rotineiramente utilizados, podem atuar como agentes radiopotencializadores e têm sido estudadas em linhagens celulares humanas 8-12. Por meio da associação entre a carboplatina e a radioterapia há maior produção de quebras das fitas simples e duplas de DNA causadas pela radiação e a diminuição dos mecanismos de reparação do DNA intracelular 8-11,13,14. Além disso, a radiação pode melhorar a ligação da carboplatina à dupla fita do DNA sob condições de hipóxia 8-11,13. Na medicina veterinária, a combinação entre quimioterapia com carboplatina e radioterapia vem sendo utilizada para o tratamento de diversos tipos de neoplasias 15-17. O objetivo deste trabalho foi relatar o caso de um gato portador de carcinoma de células escamosas cutâneo extremamente avançado, tratado efetivamente por meio de radioterapia associada a quimioterapia intralesional.
B
Figura 2 - Radiografias na projeção lateral de face (A) e do tórax (B), evidenciando invasão da cartilagem nasal e ausência de metástases pulmonares
alanino-aminotransferase (ALT) e tiroxina (T4) total, e ecodoppler, para avaliar o risco anestésico, estando todos os exames dentro da normalidade. O animal foi tratado em uma clínica particular de radioterapia veterinária, com um equipamento de ortovoltagem do modelo Stabilipan I. O planejamento da radioterapia foi realizado em conjunto com o físico médico responsável, e teve como base uma tabela de percentual de profundidade e taxa de dose, que foram previamente estabelecidos a partir de testes dosimétricos realizados no equipamento. O protocolo utilizado foi o de fracionamento padrão de doze frações de 4gy, realizadas três vezes por semana, totalizando 48gy. Para o tratamento, foram utilizados energia de 120kV, 15mA e filtro 2mm de alumínio. Utilizou-se cone de 6 x 8cm e a distância foco-pele foi de 30cm. A taxa de dose foi de 140cgy/minuto. Para a determinação do campo a ser irradiado, uma margem de cerca de 1cm foi dada ao redor da lesão neoplásica e uma caneta de feltro foi utilizada para a marcação desse campo. A dose foi calculada para 1cm de profundidade devido à grande invasão do tumor. Lençóis de chumbo de 1mm de espessura foram utilizados para proteger as áreas sadias ao redor do tumor. Para o procedimento, o animal foi previamente anestesiado com propofol a (4 mg/kg EV), para assegurar o correto posicionamento em todas as sessões. Para o posicionamento
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Diagnóstico por imagem Elastografia – uma nova tecnologia associada à ultrassonografia Elastography – a new technology associated with ultrasonography Elastografia – una tecnología nueva asociada a ultrasonografía Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 104, p. 62-70, 2013 Cibele Figueira Carvalho
médica veterinária, mestre, dra. PPD do IR/FM/USP cibelefcarvalho@gmail.com
Maria Cristina Chammas
médica, dra, diretora Serviço de Ultrassonografia - IR/FM/USP mcchammas@hotmail.com
Resumo: Desde os primórdios da medicina, a palpação sempre foi um meio semiológico fundamental para detectar anormalidades no exame clínico. Os atributos mecânicos dos tecidos moles estão relacionados às mudanças na sua dureza. Porém, esses e a ecogenicidade dos tecidos nem sempre estão correlacionados. A elastografia surgiu na última década como um método associado à ultrassonografia, capaz de fornecer informações sobre as propriedades acústicas (ecogenicidade e textura) e os atributos mecânicos (dureza) de uma área de interesse relacionada ao tecido adjacente. Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre os princípios físicos desse método, assim como das diversas formas de processamento da imagem elastográfica, a fim de auxiliar a compreensão dessa nova técnica e suas potenciais aplicações na rotina veterinária. Unitermos: elasticidade, técnicas de imagem por elasticidade, dureza, tumor Abstract: Since the beginnings of medicine, palpation has always been the main semiological method to detect abnormalities during clinical examination. The mechanic properties of soft tissues are usually related to changes in hardness. However, those properties and tissue echogenicity are not always correlated. Elastography has emerged in the last decade as a new ultrasonography-associated method that can provide information about both the acoustic properties (echogenicity and texture) and the mechanic attributes (hardness) of a region of interest related to the adjacent tissue. The aim of this work is to review the literature about the physical principles of this method, as well as the several modes of elastographic image processing, in order to help professionals understand this new technique and its potential use in the veterinary routine. Keywords: elasticity, elasticity imaging techniques, hardness, tumor Resumen: Desde las primeras épocas de la medicina, la palpación ha sido un medio semiológico fundamental para detectar anormalidades en el examen clínico. Las características mecánicas de los tejidos blandos están relacionadas a cambios en su consistencia o dureza. No obstante, estos cambios no siempre están correlacionados. La elastografía surgió durante la última década como un método asociado a la ultrasonografía, siendo capaz de ofrecer informaciones sobre las propiedades acústicas (ecogenicidad y textura), así como también de los atributos mecánicos (dureza) de un área de interés, en relación al tejido adyacente. Este trabajo tuvo como objetivo realizar una revisión de la literatura sobre los principios físicos del método, así como las diferentes formas de procesamiento de la imagen elastográfica, con el fin de ayudar a entender esta técnica nueva, y sus aplicaciones potenciales en la rutina veterinaria. Palabras clave: elasticidad, técnicas de imagen por elasticidad, dureza, tumor
Introdução Desde os primórdios da prática médica, a palpação é um meio semiológico utilizado para detectar a presença de anormalidades que pudessem indicar a presença de patologias. Isso se deve principalmente ao fato de as propriedades mecânicas do tecido doente serem tipicamente diferentes daquelas apresentadas pelo tecido normal adjacente. No entanto, a palpação é um meio limitado para a detecção de massas situadas mais profundamente em relação à superfície 62
da pele. Outras propriedades associadas ao tecido doente, como a quantidade de água, a densidade do tecido e a capacidade de interação acústica, proporcionaram o surgimento da área de diagnóstico por imagem que permite a imagem diagnóstica muito além dos limites da palpação 1. Os atributos mecânicos dos tecidos moles dependem de sua constituição molecular (gordura, fibras colágenas, elastina, água, etc.) e de sua organização estrutural micro e macroscópica. Esses atributos incluem a elasticidade, a
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Princípios físicos da elastografia A elastografia é baseada nos princípios físicos relacionados aos conceitos de força de compressão, tração e tensão ou elasticidade, ou seja, as propriedades mecânicas dos tecidos. Até um limite, dependendo do material (tecido vivo) e da temperatura, as tensões aplicadas ao meio são aproximadamente proporcionais às deformações. A razão de proporcionalidade entre elas (tensão/deformação) é chamada módulo de elasticidade ou módulo de Young 3. O módulo de elasticidade pode ser entendido também como resultado de uma equação matemática que calcula a capacidade viscoelástica do tecido em relação a uma força aplicada (equação viscoelástica dinâmica). Para compreender a aplicação desses princípios físicos à elastografia, é importante também entender que 4: • a força aplicada no tecido é considerada estática. Ou seja, o tempo de aquisição dos dados é muito curto se comparado ao tempo em que a força atua ocasionando mudanças. Assim, essa força pode ser considerada constante durante a aquisição dos dados;
• uma vez que a força aplicada é estática, reduz-se assim a complexidade da equação viscoelástica dinâmica resultante; • o deslocamento axial (na direção do eixo principal do feixe sonoro) no tecido é muito pequeno (da ordem de menos de 1%), e portanto a equação resultante é considerada sobre uma força linear. Quando um meio elástico sofre a compressão exercida por uma força uniaxial constante, todos os pontos experimentam um nível de deslocamento longitudinal, cujos componentes principais se dispõem ao longo do eixo de compressão e movimento. Se um ou mais elementos do tecido tem parâmetro de dureza diferente em relação aos outros, o nível de deslocamento resultante desse elemento será maior ou menor 4,5 . Um elemento tecidual mais duro sofrerá menor deformidade quando submetido a compressão em relação aos outros elementos de menor dureza ou mais moles (Figura 1). O deslocamento longitudinal (axial ou lateral) desses elementos é estimado por meio da análise dos sinais ecográficos Cibele Figueira Carvalho
dureza e a mobilidade apresentadas por um tecido como resposta a uma força aplicada a ele 1. As alterações patológicas geralmente estão correlacionadas às mudanças na dureza do tecido. Em muitos casos, apesar da diferença de dureza ou de mobilidade, o tamanho diminuto de uma lesão e/ou sua localização mais profunda impedem sua detecção ou avaliação por meio da palpação. Além disso, as lesões podem ou não ter propriedades acústicas que as tornem detectáveis ultrassonograficamente. Os atributos mecânicos e a ecogenicidade dos tecidos nem sempre estão correlacionados. Assim, se somadas as informações dessas propriedades em um determinado tecido, espera-se que as imagens resultantes estejam relacionadas à estrutura tecidual e à patologia, proporcionando maior acurácia diagnóstica. Por exemplo, os tumores prostáticos podem ser pouco visibilizados ou até mesmo nem ser observados no exame ultrassonográfico habitual, mesmo tendo áreas mais duras em relação ao tecido adjacente. Isso também acontece em casos de doenças difusas, como na cirrose hepática, que aumenta consideravelmente a dureza do tecido hepático, embora em alguns estágios iniciais da enfermidade as imagens se apresentem dentro dos limites da normalidade no exame ultrassonográfico convencional 1. A elastografia surgiu na última década como um método de imagem muito promissor associado à ultrassonografia, pelo fato de fornecer em conjunto as informações sobre as propriedades acústicas e os atributos mecânicos de uma área de interesse em relação ao tecido adjacente 2. A adequada interpretação das imagens geradas com esse recurso tecnológico requer a compreensão dos atributos mecânicos do tecido, ou seja, da relação de dureza e elasticidade, assim como o conhecimento dos diversos métodos de processamento da imagem elastográfica 2. Assim, este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão da literatura publicada sobre os princípios físicos de formação da imagem, a fim de auxiliar na compreensão de potenciais aplicações dessa nova ferramenta diagnóstica.
Figura 1 - Figura demonstrando o efeito da força de compressão sobre um tecido com lesões focais de natureza diferente. A lesão mais dura deforma-se menos
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Diagnóstico por imagem Sarcoma de aplicação felino – aspectos do diagnóstico por imagem Feline injection-site sarcoma – aspects of diagnostic imaging Sarcoma asociado al sitio de inyección en felinos – aspectos del diagnóstico por imagen Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 104, p. 76-82, 2013 Karen Maciel Zardo médica veterinária PPGCCV/FMVZ/USP zardo@usp.br
Alessandra Sendyk-Grunkraut médica veterinária PPGCCV/FMVZ/USP asendyk@usp.br
Claudia Matsunaga Martín MV, mestre PPGCV/FMVZ/USP cmartin@usp.br
Ana Carolina B. de C. F. Pinto MV, profa. dra. Depto. de Cirurgia da FMVZ/USP anacarol@usp.br
Resumo: O sarcoma de aplicação felino é um tumor de origem mesenquimal que pode se desenvolver em região submetida a traumatismo que recebeu implante de microchip ou onde tenha sido previamente aplicada uma injeção. Além de ser localmente invasivo, sua principal característica é a natureza mais agressiva que a de outros sarcomas. O SAF é um desafio para os médicos veterinários, pois tem demonstrado resistência às diferentes abordagens terapêuticas e há diversos relatos de recorrência tumoral. A verdadeira incidência e a etiologia do SAF não estão completamente esclarecidas e continuam sendo objeto de pesquisa. Objetiva-se apresentar uma revisão de literatura sobre os aspectos imaginológicos desse tumor e sobre o modo como essas informações podem fornecer subsídios para a melhor maneira de abordá-lo em termos de diagnóstico, tratamento e monitoração. Unitermos: gatos, neoplasias, radiologia, tomografia, ultrassonografia Abstract: The feline injection-site sarcoma (FISS) is a mesenchymal tumor that may develop in regions subjected to trauma, injections or after microchip implantation. Besides being locally invasive, its main feature is aggressiveness when compared with other sarcomas. The FISS is a challenge for veterinarians since it has demonstrated resistance to various therapeutic approaches and there are many reports of tumor recurrence. The true incidence and etiology of FISS are not completely understood and continue to be studied. The purpose of this review is to provide information about imaging aspects of this tumor and how these can lead to the best approach in terms of diagnosis, treatment and monitoring. Keywords: cats, neoplasms, radiology, tomography, ultrasonography Resumen: El sarcoma asociado al sitio de inyección en felinos (SASIF) es un tumor mesenquimal, que puede aparecer tanto en una región expuesta a un trauma, donde el paciente recibió el implante de un microchip, o bien donde haya recibido una inyección. Además de ser un tumor localmente invasivo, la principal característica es su mayor agresividad en relación a otros sarcomas. El SASIF representa un reto para el médico veterinario, ya que ha demostrado una gran resistencia a los diferentes tipos de tratamientos, constatándose muchos relatos de recidiva tumoral. La verdadera incidencia y la etiología del SASIF no están totalmente explicadas, y siguen siendo motivo de investigación. El objetivo de este trabajo es presentar una revisión de la literatura sobre los aspectos del diagnóstico por imágenes del tumor y, principalmente, sobre la forma en que esas informaciones pueden ofrecer elementos que permitan abordar mejor los casos desde el punto de vista diagnóstico, terapéutico y de monitoreo del paciente. Palabras clave: gatos, neoplasias, radiología, tomografía, ultrasonografía
Introdução O sarcoma de aplicação em felinos (SAF) é um tumor de origem mesenquimal que pode se desenvolver em região onde foi previamente administrada vacina ou um fármaco por via subcutânea ou intramuscular 1, em região submetida a traumatismo 2 ou ainda após implante de microchip 3. Além de ser localmente invasivo, estendendo-se profundamente para o tecido adjacente através de projeções tipo finger-like 4, sua 76
principal característica é a natureza mais agressiva que a de outros sarcomas. A apresentação típica do SAF é uma massa emergindo em uma área previamente utilizada para injeção 5, sendo a região interescapular a mais comumente observada para o desenvolvimento da neoplasia, seguida das regiões femoral, flanco, lombar e glútea 6. O SAF é um desafio para os médicos veterinários, pois tem demonstrado resistência às diferentes
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
Reprodução Incubação artificial de ovos provenientes de cágado-pescoçode-cobra (Hydromedusa tectifera) de vida livre – relato de caso Incubation of eggs from a wild snake-necked turtle (Hydromedusa tectifera) – case report Incubación artificial de huevos de tortuga cuello de serpiente (Hydromedusa tectifera) de vida libre – relato de caso Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 103, p. 84-88, 2013
Rodrigo Volpato
MV, MSc, doutorando FMVZ-Unesp/Botucatu
rodrigo.volpato@hotmail.com
Ettore Giovanni Leardini
MV, residente Depto. Clínica Médica - UFPR/Palotina ettore_leardini@hotmail.com
Thyara Caroline Weizenmann
graduanda em medicina veterinária UFPR/Palotina thyarac@hotmail.com
Josiane Gomes
graduanda em medicina veterinária UFPR/Palotina josi_gomes_@hotmail.com
Pamela Thalita Rocha
graduanda em medicina veterinária UFPR/Palotina pamorrisom87@hotmail.com
Eduardo Henrique de Bastiani graduando em medicina veterinária UFPR/Palotina
eduardohenriquedebastiani@hotmail.com
Rebeca Bastos Abibe
graduanda em medicina veterinária FMVZ/Unesp-Botucatu re_abibe@hotmail.com
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Resumo: A Hydromedusa tectifera é um cágado encontrado no Sudeste e no Sul do Brasil, estendendo-se a outros países como Uruguai, Paraguai, Argentina e Bolívia. Os quelônios de forma geral apresentam reprodução sazonal e a eclosão dos filhotes se dá em períodos ambientais favoráveis. Para a incubação artificial obter sucesso, é necessário ter cuidados especiais na coleta dos ovos nos ninhos e no posicionamento da incubadora, pois eles não possuem calaza e a formação da câmara de ar acontece algum tempo depois da postura. Essa espécie tem o hábito de desovar longe de recursos hídricos. Durante a procura do melhor local para a desova, é comum que os cágados sofram acidentes como atropelamentos em beira de estradas e capturas. Este relato tem como objetivo demonstrar como se deram a incubação e a eclosão de ovos provenientes da celiotomia de uma H. tectifera encontrada na beira de uma estrada após possível atropelamento. Unitermos: incubação, ovos, répteis Abstract: Hydromedusa tectifera is a tortoise found in southern and southeastern Brazil, as well as in other countries such as Uruguay, Paraguay, Argentina and Bolivia. Chelonians generally have seasonal reproduction and hatching during environmentally favorable periods. Successful artificial incubation requires special care during the retrieval of eggs from the nests and their subsequent positioning in the incubator, since they do not have a chalaza and formation of the air chamber happens some time after laying. This species lays eggs far from water resources due to predation and it is not uncommon that tortoises be ran over by vehicles during their search for nesting places. This report describes the celiotomy, incubation and hatching of eggs from a H. tectifera found almost dead by a roadside after being probably hit by a vehicle. Keywords: incubation, eggs, reptiles Resumen: La Hidromedusa tectifera es una tortuga que se distribuye por el sudeste y sur de Brasil, así como en otros países como Uruguay, Paraguay, Argentina y Bolivia. Los quelonios generalmente presentan reproducción estacional y la eclosión de las crías se da en períodos ambientales favorables. Para que la incubación artificial sea exitosa es necesario tener ciertos cuidados especiales durante la recolección de huevos en los nidos, así como su posición en la incubadora, ya que no poseen chalaza, y la formación de la cámara de aire se produce algún tiempo después de la postura. Esta especie tiene el hábito de desovar lejos de recursos hídricos. Durante la búsqueda por un mejor lugar para la desova, es frecuente que las tortugas sufran accidentes, como atropellamientos en las rutas, pudiendo ser también capturadas. Este relato tiene como objetivo demostrar como fue la incubación y eclosión de los huevos provenientes de una laparotomía de una H. tectifera que fue encontrada al costado de una ruta, después de probablemente haber sido atropellada. Palabras clave: incubación, huevos, reptiles
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
www.revistaclinicaveterinaria.com.br
Introdução O conhecimento da história natural das espécies brasileiras de cágados é bastante incipiente, apesar de estudos conduzidos desde as últimas décadas terem contribuído de maneira significativa para a elucidação de vários aspectos da biologia do grupo. Entretanto, a escassez de conhecimento dificulta abordagens mais amplas sobre vários aspectos ecológicos e evolutivos das espécies, que são primordiais em eventuais planos de conservação e manejo 1. Aproximadamente 20% das 278 espécies de quelônios do mundo ocorrem na América do Sul, representando oito famílias (Dermochelyidae, Cheloniidae, Chelydridae, Emydidae Kinosternidae, Testudinidae, Podocnemididae e Chelidae). Dessas, a família Chelidae, cujos representantes típicos são os animais conhecidos popularmente como cágados, é a mais rica, contando com 23 espécies, das quais 19 ocorrem no Brasil 1. Dentro da família Chelidae encontramos o gênero Hydromedusa, que pertence à subordem Pleurodira. As duas únicas espécies pertencentes ao gênero são H. tectifera e H. maximiliam, popularmente conhecidas como cágado-de-pescoço-comprido ou cágado-pescoço-de-cobra 2,3. A Hydromedusa tectifera se distribui pelo Sudeste e Sul do Brasil, Uruguai, nordeste da Argentina, leste do Paraguai e extremo sudoeste da Bolívia 2,4-7, habitando rios, ribeirões, lagos, lagoas, açudes, córregos e canais artificiais 2,7. Contudo, pouco se sabe a respeito dos aspectos mais básicos de reprodução, com apenas alguns relatos pontuais 8. A reprodução e nidificação representam os estágios mais críticos do ciclo de vida dos quelônios e, por essa razão, dados da ecologia reprodutiva das espécies são extremamente importantes para o delineamento de estratégias de conservação 9. Esse cágado de água doce possui hábitos semiaquáticos, busca alimentos na água, mas frequenta a terra para se aquecer ao sol, fazer postura e forragear 10. Anatomicamente, apresenta carapaça oval e achatada dorsoventralmente, com
coloração críptica, e passa facilmente despercebido entre as pedras e troncos caídos, que lhe proporcionam excelentes refúgios nos períodos de inatividade. A cabeça é dividida em duas partes, superior e inferior, por uma lista negra que se inicia na margem distal e se estende até o final do pescoço 2,3. As fêmeas de H. tectifera são maiores que os machos. O comprimento da carapaça varia de 20,2 a 30,6cm para as fêmeas e de 15,4 a 28,4cm para os machos. Os machos possuem cauda mais comprida e larga que as fêmeas, com abertura cloacal mais distal, e apresentam uma concavidade entre os escudos umerais e anais do plastrão 4. Em média os filhotes nascem com 4,3cm de carapaça, pesando 10,4g 11. A reprodução dos quelônios é sazonal e os filhotes eclodem nos períodos em que as condições ambientais são favoráveis. O fotoperíodo, a temperatura, o ciclo térmico e a oferta de alimentos são fatores importantes 10. Os ninhos são construídos longe da água, sendo que as características ambientais que mais influenciam na escolha do local da nidificação são a cobertura vegetal, o tipo de substrato e a inclinação do terreno 1,5. A maior frequência de ninhos depositados longe de recursos hídricos pode ocorrer devido ao fato de a predação ser extremamente alta em posturas perto da água 5. As desovas ocorrem do fim de outubro ao início de abril, sendo 75% entre os meses de novembro e janeiro, e existindo a possibilidade de mais de uma desova por estação reprodutiva 4, sendo a maior ocorrência no início da noite 5. As ninhadas apresentam entre cinco e 15 ovos com casca calcária, coloração creme e forma alongada 4,5,10. Os ovos dos répteis não possuem calaza, estrutura encontrada em ovos de aves e responsável por estabilizar o vitelo, e a câmara de ar se forma algum tempo depois da postura 10. As eclosões se concentram nos meses de fevereiro a abril 4. Para que a incubação artificial tenha êxito, os ovos devem ser coletados corretamente no ninho e posicionados de modo adequado na incubadora 10. As condições necessárias para a incubação e a eclosão dos ovos – a assepsia e a manutenção Ettore Giovanni Leardini
Ettore Giovanni Leardini
A
B
Figura 1 - Hydromedusa tectifera apresentando fraturas na carapaça e no plastrão. A) Setas brancas indicando as fraturas da carapaça, sendo A na região marginal; B, região costal; e C, região vertebral. B) setas azuis indicando as fraturas do plastrão, sendo A na região gular; B, região umeral; C, região peitoral; e D, região inframarginal Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
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Clínica Detecção precoce e quantificação de vírus da cinomose por PCR quantitativa em tempo real (qPCR) em diferentes tecidos e fluidos de um cão Early detection and quantification of distemper virus by quantitative real time PCR (qPCR) in different tissues and fluids of a dog Detección precoz y cuantificación del virus del moquillo a través de PCR cuantitativo en tiempo real (cPCR) en diferentes tejidos y líquidos de un perro Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 104, p. 90-96, 2013 Graziela Ribeiro Cunha
MV, residente Depto. de Medicina Veterinária - UFPR graziela.ribeiro@ufpr.br
Esther Dias Costa
MV, residente Depto. de Medicina Veterinária - UFPR esthercosta@ufpr.br
Aline Baumann da Rocha Gizzi médica veterinária PPG da UFPR
alinebaumannrocha@yahoo.com.br
Marko Estrada
Bachelor in Sciences BSc Idexx Laboratories marko-estrada@idexx.com
Christian Leutenegger MV, mestre, PhD Idexx Laboratories
christian-leutenegger@idexx.com
Mary Marcondes MV, mestre, PhD Unesp-Araçatuba
marcondes@fmvz.unesp.br
Simone Tostes Oliveira
MV, mestre, PhD, profa. Depto. de Medicina Veterinária - UFPR simonetostes@ufpr.br
Renato Silva de Sousa
MV, mestre, PhD, prof. Depto. de Medicina Veterinária - UFPR renatosousa@ufpr.br
Alexander Welker Biondo
MV, mestre, PhD, prof. Depto. de Medicina Veterinária - UFPR
Resumo: A cinomose é uma doença de desafio diagnóstico, especialmente quando não há histórico de vacinação. O objetivo deste estudo foi detectar e quantificar partículas virais de cinomose em diferentes fluidos e tecidos biológicos de um cão, determinando o melhor tecido para diagnóstico viral ante mortem na fase de viremia. Atendeu-se um cão adulto com manifestações clínicas inespecíficas e corpúsculos de Sinegaglia Lentz em linfócitos. Amostras post mortem foram submetidas a PCR em tempo real (qPCR), que demonstrou RNA viral em concentrações de (x105) em líquor (1.216), bexiga (1.009), cérebro (605), sangue (572), cerebelo (523), rins (373), fígado (257), pulmões (191), estômago (154), terceira pálpebra (70) e urina (2,1). A técnica de qPCR permitiu confirmar a infecção pelo vírus, descartando vacinação recente. A amostra de líquor mostrou-se representativa para diagnóstico molecular de fase aguda de cinomose no animal estudado. Unitermos: doença infecciosa, líquor, Sinegaglia Lentz Abstract: Canine distemper is a disease of challenging diagnosis, particularly when no vaccination history is available. The aim of this study was to detect and quantify distemper viral particles in different tissues and biological fluids of a dog, thus determining the best sample for ante mortem viral diagnosis during the viremic phase. An adult dog was received with non-specific clinical manifestations and scarce viral inclusions in lymphocytes. Post mortem samples were submitted to real-time PCR (qPCR), which demonstrated the following viral RNA concentrations (x10 5): cerebrospinal fluid (1,216), bladder (1,009), brain (605), blood (572), cerebellum (523), kidneys (373), liver (257), lungs (191), stomach (154), nictitating membrane (70) and urine (2.1). The qPCR technique allowed confirmation of viral infection, ruling out interference from recent vaccination. The cerebrospinal fluid sample proved to be representative of molecular diagnosis of the acute phase of canine distemper in the animal studied. Keywords: infectious disease; cerebrospinal fluid, Sinegaglia Lentz Resumen: El moquillo es una enfermedad desafiante desde el punto de vista diagnóstico, especialmente cuando no existen datos sobre la vacunación. El objetivo de este estudio fue detectar y cuantificar partículas virales de moquillo en diferentes líquidos y tejidos de un perro, determinando el mejor tejido para el diagnóstico viral ante mortem en fase de viremia. Se atendió un perro adulto con manifestaciones clínicas inespecíficas y corpúsculos de Sinegaglia Lentz en linfocitos. Muestras post mortem fueron evaluadas con PCR en tiempo real (cPCR), que mostraron ARN viral en concentraciones de (x105) en líquido cefalorraquídeo (1.216), vejiga (1.009), cerebro (605), sangre (572), cerebelo (523), riñones (373), hígado (257), pulmones (191), estómago (154), tercer párpado (70) y orina (2,1). La técnica de cPCR permitió confirmar la infección viral, descartando una vacunación reciente. La muestra de líquido cefalorraquídeo fue representativa para el diagnóstico molecular en fase aguda de moquillo en el animal estudiado. Palabras clave: enfermedad infecciosa, líquido cefaloraquídeo, Sinegaglia Lentz
abiondo@illinois.edu
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EQUIPAMENTOS
Cânulas para procedimentos intraósseos
A
aspiração de medula óssea para a realização de diagnóstico ou obtenção de células pluripotenciais para o tratamento de doenças (células tronco), bem como a realização de fluidoterapia intra-óssea são exemplos de procedimentos que exigem a perfuração de tecido ósseo. Em filhotes ou aves, a tênue camada de tecido ósseo permite que a medula seja alcançada com instrumentos simples, como uma agulha hipodérmica. Porém, em animais adultos e de grande porte, esse procedimento passa a ser um desafio tanto para a agulha quanto para quem a manuseia, pois as tradicionais agulhas hipodérmicas, que não têm mandril nem a empunhadura adequada, não são projetadas para essa finalidade. Sua utilização, portanto, pode ser desfavorável ao bem-estar do animal, pois a tentativa de perfuração, se não for única e certeira, pode ser frustrada se a ponta da agulha se quebrar no interior do animal. Punção de medula em onça-pintada (esterno) No mercado brasileiro encontram-se cânulas produzidas pela Biomedical, empresa italiana, que oferecem excelente empunhadura, permitindo perfuração certeira e controlada por dispositivo que regula a profundidade que a agulha deve atingir; mandril monofacetado, item que oferece resistência e firmeza para o procedimento de perfuração e impede a contaminação da amostra por sangue periférico Exemplos da regulagem da e tecido; e conexão luer-lock, profundidade da agulha que trava a seringa à cânula. Punção de medula em cão (tubérculo maior do úmero). A seta vermelha evidencia a conexão luer-lock
Cânula fabricada pela Biomedical, modelo anatômico, disponível em quatro medidas diferentes – http://www.vetmedical.com.br
Cânula fabricada pela Biomedical, modelo ergonômico, disponível em três medidas diferentes – http://www.vetmedical.com.br
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Demonstração de punção de medula em cão (crista ilíaca): http://youtu.be/2Su6h0k_8j8
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MEDICINA VETERINÁRIA LEGAL
A causa mortis como elemento decisivo de um laudo
E
m um jornal de grande circulação do Rio de Janeiro, divulgouse um estudo criticando médicos-legistas por não informarem a causa de assassinatos. Afirma-se ainda que a pesquisa encomendada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) concluiu que a posição daqueles profissionais da saúde contribui para a “obscuridade e a impunidade” dos crimes cometidos. Traçando-se um paralelo com a realidade da medicina veterinária, podemos analisar com um certo alento que na nossa área ocorre o contrário. É evidente que isso só não basta, já que em nosso cotidiano continuam acontecendo maldades e atitudes perversas contra os animais, sobretudo os animais de companhia. Laudos e pareceres técnicos de colegas médicos veterinários não escondem lesões traumáticas, sobretudo as que culminam em óbito dos
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animais. Pelo contrário, informam com riqueza de detalhes (e fotos) a covardia de alguns seres humanos contra os demais seres vivos. E, além disso, nos dias atuais, após uma suspeita de atitudes insanas de profissionais de estabelecimentos veterinários ou até mesmo de erros médico veterinários, muitos proprietários, com ou sem influências externas, já solicitam imediatamente a necropsia dos “membros da família”, o que nos mostra que a nova realidade da busca pela causa mortis não é um privilégio da medicina humana. Nesse mesmo estudo, os médicoslegistas alegaram que não preenchiam o espaço destinado à causa da morte na certidão de óbito porque “não podem antecipar as investigações criminais”. O que ao meu ver é um contrassenso, justamente pelo fato de que um prontuário ou um formulário incompleto ou preenchido de forma errônea só tende a
dificultar a elucidação de um eventual crime. Está certo que o perito e/ou o anatomopatologista não é obrigado a concluir nada – quem conclui, ou melhor, quem dá sentença é a autoridade judiciária. Porém, é responsabilidade do auxiliar da justiça, ainda que o caso ainda não tenha virado processo, fornecer a causa médica e elaborar uma peça técnica que elucide à autoridade. O vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina Legal (ABML) disse que a polêmica sobre o não preenchimento da causa externa não é nova. Diz ainda que os médicos deixam o espaço em branco porque não têm condições de responder com certeza e não podem ser responsabilizados por problemas estatísticos. Isto é, não querem se comprometer, quando na medicina veterinária, na pior das hipóteses, relata-se um “sugestivo de”. Como vice-presidente da nossa Associação Brasileira de Medicina Veterinária Legal (ABMVL), seria leviandade de minha parte afirmar que não há divergências entre os laudos técnicos dos médicos veterinários de todo o Brasil no que tange à suspeita ou à conclusão de maus-tratos aos animais, mas estamos longe de uma polêmica como a enfrentada na medicina humana, que prejudica a justiça no nosso país. Clifton Davis da Cruz Conceição cliftonvet@bol.com.br Médico veterinário, Vicepresidente da Associação Brasileira de Medicina Veterinária Legal – ABMVL
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COMPORTAMENTO
Animais de estimação visitam pacientes hospitalizados: uma nova era Para os estudantes e profissionais de medicina veterinária é bastante óbvio o vínculo entre as pessoas e os animais de estimação. Trata-se de uma ligação emocional, intensa e fortalecida constantemente pela interação entre eles. Com essa perspectiva, surge a concepção de que os animais podem ajudar as pessoas, o que tem sido aplicado em intervenções terapêuticas por fonoaudiólogos, assistentes sociais, terapeutas de família, terapeutas ocupacionais, veterinários, enfermeiros, psicólogos, comportamentalistas, pedagogos, professores, médicos, além de profissionais de outras áreas de conhecimento e exercício profissional. Nesse sentido, recentemente, foram liberadas as visitas de animais a pacientes no Hospital Albert Einstein em São Paulo. A iniciativa se alinha ao interesse crescente sobre as terapias mediadas por animais e projetos de visitas em hospitais, em escolas e em casas geriátricas e seguem os resultados positivos obtidos em outros países com projetos dessa natureza. Um exemplo ocorre nos Estados Unidos, onde há mais de dois mil programas terapêuticos em que os animais participam como agentes de saúde. O fato de essas intervenções poderem ser agregadas às atividades rotineiras em instituições saúde, tanto na rede pública como privada, indica a inegável amplitude dessa proposta e a repercussão potencial na saúde e no bem-estar dos pacientes. Nas três últimas décadas, as práticas utilizando animais de estimação na saúde foram ampliadas. Existem inúmeros artigos científicos e livros dedicados a terapias mediadas por animais, aplicadas em crianças com déficit de desenvolvimento e outras dificuldades, em pacientes adultos psiquiátricos, bem como nos campos da geriatria e da fisioterapia. Logo, a expectativa na relação com os animais é que estes contribuam para o bem-estar físico e mental das pessoas. Outro exemplo vem da psicoterapia mediada por animais, que tem demonstrado ser efetiva tanto com crianças como com adultos, em uma variedade de instituições, hospitais psiquiátricos, geriatrias, enfermarias e centros residenciais de tratamento. Existem hoje suficientes evidências para os animais fazerem parte do protocolo de tratamentos dedicados aos pacientes. Também há dados de que os cães podem ajudar no controle da pressão arterial, aliviar a solidão dos idosos e ajudar crianças a superar enfermidades e internações hospitalares. Mas por que o convívio com cães faz as pessoas se sentirem melhor? Resultados de pesquisas mostram que afagar um cão por alguns minutos promove a liberação de uma série de hormônios, incluindo a serotonina, a prolactina e a ocitocina. Além disso, acariciar cães diminui os níveis de estresse, por reduzir o principal hormônio responsável por ele, o cortisol. Essas alterações hormonais que ocorrem quando os seres humanos e os cães interagem poderiam ajudar as pessoas a 102
Existem inúmeros artigos científicos e livros dedicados a terapias mediadas por animais aplicadas em crianças com déficit de desenvolvimento e outras dificuldades e em pacientes adultos psiquiátricos, tanto nos campos da geriatria como da fisioterapia
lidar com a depressão e com outros transtornos relacionados ao estresse? Em outras palavras, um cão poderia influenciar os níveis de serotonina, ajudando os pacientes deprimidos? É o que as pesquisas atuais tentam avaliar. Segundo o que verificou um estudo realizado por cientistas sul-africanos, após 15 minutos em silêncio acariciando um cão, ocorrem alterações hormonais benéficas tanto para o cão como para o ser humano. A elevação dos níveis do neurotransmissor serotonina nos torna mentalmente mais alertas, melhora a qualidade do sono e pode nos tornar mais tolerantes à dor. Essas novas descobertas mostram que há um mecanismo fisiológico terapêutico que subjaz ao relaxamento e ao
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bem-estar na presença de um animal de estimação. Não é apenas um comportamento aprendido e cultural. De modo que se pode esperar que a presença de animais ajude pacientes em fase de recuperação de doenças. Em 1995, Erika Friedman realizou na Universidade de Maryland um estudo envolvendo 392 pacientes que haviam passado por quadros severos de insuficiência coronariana e constatou que os que conviviam com cães tinham oito vezes mais chances de ter um ano de sobrevida em comparação com os demais. Cabe destacar que não se aconselha aos pacientes que abandem os tratamentos para conviver com um cão. No entanto, sabemos que a terapia mediada por animais é técnica complementar relevante em vários quadros, como no tratamento da depressão. E não são apenas os cães que estão sendo estudados por seu “poder terapêutico”. Atualmente, há estudos sobre o fato de a atração inata pela natureza ajudar pacientes com demência. Pacientes com mal de Alzheimer muitas vezes têm perda de peso porque são incapazes de se concentrar o suficiente para comer. Mas quando sentados em frente a aquários com peixes coloridos esses pacientes conseguem se concentrar por tempo suficiente para fazer uma refeição.
Essa condição pode determinar a continuidade da vida. Portanto, a investigação científica tem validado a importância dos animais para a saúde humana e a melhora da qualidade de vida. Diante dessa realidade, cabe aos veterinários contribuir para com os estudos da interação entre seres humanos e animais e reconhecer a transição profissional que esse ramo emergente das ciências da saúde demanda. Fonte:
FARACO, Ceres Berger ; Pizzinato, A. ; Csordas, M. C ; Calesso Moreira, M ; Zavaschi, M.L.S. ; Santos, T ; Oliveia, VLS ; Boschetti, FL ; Menti, LM . Terapia mediada por animais e Saúde Mental: Um programa no Centro de Atenção Psicossocial da Infância e Adolescência em Porto Alegre. Saúde Coletiva (Barueri), v. 34, p. 231-236, 2009. Mculloch, J. Animal Facilitates therapy. Overview and future directions. California Veterinarian, 8 (36), 13 -24.
Profa. dra. Ceres Berger Faraco
Instituto de Saúde e Psicologia Animal (INSPA) www.psicologiaanimal.com.br Médica veterinária, clínica de comportamento animal, doutora em psicologia e presidente da AMVEBBEA (Associação Médico-Veterinária Brasileira de Bem-Estar Animal) www.amvebbea.com.br
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GESTÃO, MARKETING & ESTRATÉGIA
Para que serve seu banco de dados?
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ocê certamente já se perguntou por que tem aquele arquivo enorme, pesado, cheio de fichas, exames e papéis na clínica. Na faculdade aprendemos como se deve fazer um prontuário clínico: histórico, anamnese completa, sintomas, suspeita clínica, exames, diagnósticos e todas aquelas informações que anotamos minuciosamente na ficha de nossos pacientes, mas que raramente usamos na prática. Em primeiro lugar, a obrigação de manter prontuários é uma forma de comprovar a conduta clínica do médico veterinário prevista na Resolução CFMV 722, de 16/08/2002 – Código de Ética do Médico Veterinário: “Art. 13. É vedado ao médico veterinário: “IX - deixar de elaborar prontuário e relatório médico veterinário para casos individuais e de rebanho, respectivamente”. A elaboração e o arquivamento dessa documentação são extremamente importantes para o caso de surgirem questionamentos técnicos e/ou éticos por parte do proprietário do animal, sendo muitas vezes a única prova a favor do profissional. Desse modo, cabe ao dono da clínica e ao responsável técnico cuidar de que esse procedimento seja bem realizado. Além do aspecto jurídico, o prontuário clínico, quando associado às informações sobre a movimentação financeira de nossos clientes (compras e pagamento de produtos e serviços), vai se tornar um dos ativos mais valiosos da empresa, mas, para que isso ocorra é necessário transformar o banco de dados em ação. Compare os seguintes grupos de dados: “torskt 20s39sjrdo% =iasfrej”– tais dados não fazem sentido algum para quem lê, porém: “Totó, 20/04/2012, vacina antirrábica, 20/04/2013 – R$50,00” tem algum significado: um nome, uma data, um valor, dados que podem ser parcialmente compreendidos. Ao analisar esses dados no contexto da vacinação de um paciente, temos uma informação: o animal Totó foi vacinado em 20/04/2012 com a vacina
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antirrábica, sendo cobrados R$50,00 pelo serviço e a data para revacinação foi agendada para 20/04/2013. Essa informação esclarece determinado evento, a vacinação do Totó, e vai gerar algumas consequências (ações): o dono do Totó deve pagar R$50,00 pela vacinação; o Totó terá que ser revacinado após 1 ano; teremos que fazer um atestado, etc. Como é fácil perceber, não é de grande utilidade conhecer o evento “vacinação do Totó” se as ações seguintes não forem executadas (será que isso não ocorre em nossa clínica ?). Um conjunto de dados só terá valor conforme nossa capacidade de transformá-lo em conhecimento e ação, pois somente ela é capaz de gerar retorno financeiro para a empresa. Quanto melhor e mais organizada for a nossa informação, maior será o conhecimento criado e mais fundamentadas serão nossas ações. Esaa é a principal função da teconologia da informação: permitir a coleta e o armazenamento dos dados e tornar o acesso à informação e ao conhecimento mais rápido e eficiente. A informática permite a análise dos dados de uma clínica veterinária por meio de listagens, relatórios, planilhas e indicadores de desempenho, que são usados para orientar o relacionamento com o cliente (CRM), realizar pesquisas e cruzamentos de dados (data mining), direcionar o marketing da empresa, efetuar o planejamento logístico e financeiro, avaliar os resultados obtidos e planejar o futuro. Retornando ao nosso exemplo: pelo fato de manter um registro das vacinas realizadas no Totó e nos outros pacientes, a clínica consegue realizar várias ações: avisar aos proprietários a data de retorno, controlar os estoques de vacinas adequadamente, criar campanhas de marketing para melhorar os indicadores de revacinação, prever e comprar a quantidade certa de vacinas para um determinado período. Tudo isso traz benefícios para o paciente e para o proprietário e ainda aumenta o faturamento da clínica. A utilização de softwares de gestão ainda parece estranha e desconfortável para muitos veterinários, mas ao
lembrarmos que há alguns anos o uso dos computadores, celulares e outros equipamentos tecnológicos não era tão comum e agora dependemos deles para tudo, percebemos que esse é um caminho sem volta. Possuir um arquivo (de papel ou eletrônico) somente para armazenar os dados dos pacientes é desperdiçar uma oportunidade valiosa de melhorar o negócio. Com a competição acirrada de hoje, o investimento na busca de novos clientes é cada vez maior e não tem sentido não conseguir atender bem e não explorar a base de clientes que a empresa já tem, pelo contrário: ao desconhecer o potencial de nossos clientes e não atender a suas necessidades adequadamente, corremos um risco maior de perdê-los para a concorrência. O sucesso, porém, sempre vai depender das pessoas: afinal, são elas que inserem os dados, decidem o tipo de informação que será gerado, analisam o conhecimento obtido, planejam e executam as ações resultantes. De nada adiantará o melhor sistema se a empresa não tiver funcionários, gestores e veterinários envolvidos e conscientes da importância de conhecer e agir. Além disso, a empresa deve estar orientada sobre os processos, que são as “receitas” de como fazer as coisas, ou seja, a sequência de acontecimentos que envolvem a consulta, o atendimento telefônico, a cobrança, o agendamento etc. Quando ferramenta, processos e pessoas compõem um conjunto harmonioso, a gestão da informação se torna o “melhor amigo” do veterinário ou empresário. Então, não perca tempo, procure aprender, treinar, compreender e gostar da tecnologia, pois as empresas que já fazem isso estão em grande vantagem competitiva no mercado.
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 104, maio/junho, 2013
Renato Brescia Miracca
renato.miracca@q-soft.net
Médico veterinário, bacharel em direito, MBA Q-soft Brasil Tecnologias da Informação www.qvet.com.br
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Comportamento nutricional dos felinos – parte II Influência das características do alimento na palatabilidade
A
escolha do alimento é determinada por suas características e pela percepção que o animal tem dele. O gato seleciona o alimento em quatro etapas: I) primeiro ele cheira o alimento para avaliar o odor e a temperatura; II) no caso de o alimento agradar ao seu olfato, o gato tentará ingeri-lo; III) quando ele leva o alimento a boca, este é avaliado pelo sabor e pelas propriedades físicas – no caso de alimento seco, pelo tamanho e o formato dos grãos, a sensação que estes proporcionam na boca, a facilidade para triturálos e mastigá-los etc; IV) finalmente, os efeitos pós-ingestão constituem a última etapa. AVALIAÇÃO OLFATIVA DO ALIMENTO A percepção olfativa se inicia com um período de latência que corresponde ao tempo necessário para que o odor alcance, através da mucosa, os receptores. Nos casos de estímulo prolongado, os receptores podem entrar em fadiga, o que se traduz por uma prorrogação dessa fase de latência. A agudeza olfativa de base aumenta quando o animal tem fome, e diminui quando ele está saciado. O processo da digestão reduz a agudeza olfativa durante a primeira hora após a refeição. Olfato e raça A agudeza olfativa pode variar de acordo com a raça do animal. Poderá depender da superfície da mucosa olfativa, da quantidade de receptores e também da anatomia facial, que determina a direção da corrente de ar. Um exemplo são os gatos braquicéfalos, quando comparamos a gatos de outras raças. Olfato e sexo De um modo geral, as fêmeas são mais sensíveis aos odores que os machos. Essa sensibilidade varia em função do ciclo estral e da impregnação
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de estrógenos (Parlee, 1983). A sensibilidade olfativa a alguns odores é melhor durante o anestro do que no cio. A agudeza olfativa da fêmea varia durante a gestação, paralelamente à evolução dos níveis de estrógeno no sangue. Com a esterilização, ocorre uma diminuição significativa da agudeza olfativa. Olfato e idade Quando os animais envelhecem, o olfato é o primeiro sentido que começa a diminuir. A diminuição do apetite nos gatos de idade avançada pode estar ligada a essa perda da capacidade olfativa. Por isso, os aromas são muito importantes nos alimentos, principalmente para os animais velhos. Olfato e ambiente A temperatura atua ressecando a mucosa olfativa, reduzindo assim a capacidade olfativa. O vento também favorece esse processo de ressecamento da mucosa. Qualquer condição que provoque o ressecamento da mucosa poderá levar a diminuição das capacidades olfativas. Olfato e medicamentos A maioria dos medicamentos alteram o olfato. Segundo pesquisas, em torno de 40% dos medicamentos alteram as faculdades olfativas e gustativas (Doty, 2003). A temperatura do alimento O gato prefere os alimentos próximos à temperatura corporal, o que corresponde à temperatura de suas presas na natureza (Sohail, 1983). De um modo geral, não gostam de alimentos frios (recém-tirados do refrigerador). O mesmo ocorre com os alimentos muito quentes (as altas temperaturas, próximo dos 40ºC, podem fazer com que ocorra perda na palatabilidade). O odor do alimento Os gatos têm o sentido do olfato muito desenvolvido e os aromas
representam um papel importante na palatabilidade dos alimentos. Isso é particularmente digno de atenção nos casos de animais com idade avançada, enfermos ou em tratamento, cuja capacidade olfativa se encontra reduzida. Ressaltamos a importância dos processos de oxidação. O modo de preensão do alimento Os gatos têm três modos de realizar a preensão dos alimentos, a saber: I) modo labial: o gato pega os alimentos com os incisivos, sem utilizar a língua; é o modo mais amplo; II) modo supralingual: utiliza a parte dorsal da língua, como se estivesse lambendo o alimento; III) modo sublingual: aplica a parte ventral da língua nos alimentos, voltando-a para trás. ESTUDOS DE PREENSÃO DO ALIMENTO Estudos sobre o modo de preensão e mastigação dos alimentos (alimentos secos). No momento em que a fase de preensão precede de levar o alimento a boca, apresenta um profundo efeito sobre a aceitação do mesmo. O sabor O processo de ingestão de alimentos se inicia quando o animal leva o alimento a boca e avalia o sabor e as sensações produzidas por seu formato, sua textura, sua consistência etc... De todos
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esses fatores, o sabor é o elemento mais importante, embora não devamos subestimar a influência da textura na palatabilidade. O gosto O gato é muito sensível ao sabor amargo e apresenta diferenças significativas quando o comparamos com outras espécies. O sabor amargo se deve a componentes diversos como, por exemplo, os taninos e alcaloides. A percepção desse sabor se localiza na parte posterior da língua. Os gatos são mais sensíveis que os cães em relação a esse sabor, mesmo em concentrações reduzidas. Essa percepção permite evitar a ingestão de sustâncias tóxicas, como, por exemplo, a estricnina, cujo sabor é amargo. O gato não responde ao sabor doce. Apresenta também uma atitude de rejeição perante edulcorantes sintéticos como a sacarina e o ciclamato, que eles percebem como sabor amargo (Bartoshuk y col., 1975). Já os cães gostam de recompensas doces (biscoitos e etc...) e essa atração pelo sabor doce é causa frequente de envenenamento por etilenoglicol. Os gatos se sentem atraídos pelos sabores ácidos, uma particularidade empregada pelas empresas de alimentos destinados a animais de estimação. Essa preferência pode complicar a elaboração dos alimentos coadjuvantes para gatos que apresentem doença renal, pois os alimentos destinados a eles devem apresentar um teor de fósforo reduzido e uma acidez moderada. Em resumo, os fatores mais importantes que modulam a percepção do sabor são: o sexo, a idade, o estado de saúde e a administração de medicamentos. A dimensão psicológica das sensações olfativas e gustativas é fundamental. As consequências psíquicas de um aroma ou de um sabor dependem muito do passado nutricional do animal e estão submetidas a uma grande variabilidade individual. Portanto, quando se alimentam, tanto o animal como o ser humano não saboreiam os alimentos, mas sim o que ficou guardado na memória, positivo ou negativo.
FATORES QUALITATIVOS A seleção dos ingredientes e o modo de conservação São muitos os fatores que influenciam no sabor de um determinado alimento e podem permitir melhorá-lo. Entre eles, a seleção dos ingredientes, sua origem, as técnicas para garantir a qualidade, os processos de extração e de fabricação, a conservação e os produtos finais que potencializam a palatabilidade. Os produtos resultantes da oxidação das gorduras, especialmente os peróxidos, os aldeídos (hexanal) e as cetonas, reduzem a palatabilidade dos alimentos e provocam odores de ranço. Alguns controles para garantir a palatabilidade de um alimento: - utilização de matérias-primas de alta qualidade e livres de oxidação; - incorporação de antioxidantes que limitan as reações de oxidação; - utilização de oligoelementos quelados que se mantêm biodisponíveis, mas que são incapazes de catalisar as reações de oxidação no alimento: - a utilização de embalagens hermeticamente fechadas e os procedimentos de envase (logo após a fabricação). Tamanho e formato O formato, o tamanho e a textura são características físicas que podem ter influência direta na seleção do alimento pelo animal. O tamanho e o formato adequados facilitam o consumo do alimento. A textura A textura de um alimento (seco) é avaliada com a ajuda de equipamentos específicos que simulam os dentes do gato. Esses parâmetros apresentam um impacto evidente na palatabilidade do alimento. Pós-ingestão As sensações olfativas, visuais e gustativas dos alimentos participam na sua ingestão. O trato digestório origina numerosos sinais relacionados com a ingestão do alimento. A presença de alimentos no estômago estimula a distensão dos receptores e dos quimiorreceptores. A dilatação do estômago gera um sinal de
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saciedade que influi na ingestão do alimento. Existe uma sinergia entre o estômago e o intestino delgado na regulação da saciedade. AVALIAÇÃO DAS PREFERÊNCIAS NUTRICIONAIS Em se tratando de nutrição pet, a inovação não provém exclusivamente das novas fórmulas dos alimentos e tem como base a evolução e a melhora dos métodos de pesquisa. O uso de técnicas inovadoras de aferição das preferências nutricionais proporciona resultados mais próximos da realidade. Os fabricantes realizam uma infinidade de testes de palatabilidade, mas, dependendo do modelo utilizado, podemos ter resultados que não irreais. Possíveis desvios de observação em testes de palatabilidade No final dos testes de avaliação da palatabilidade, o animal apresenta uma grande desvantagem quando comparado ao homem: não fala. Para entender as preferências dos animais e oferecer-lhes alimentos adaptados a suas necessidades, temos que medir a palatabilidade entre vários alimentos e o modo de consumo. As aferições da palatabilidade são realizadas em gatis com animais adaptados ao manejo, acostumados a provar alimentos distintos diariamente e também com animais que vivem em ambiente doméstico, denominados “testes em condições reais”. Em gatis, os animais estão familiarizados desde cedo com as condições dos futuros testes de palatabilidade. Vivem em grupos e estão acostumados com o fato de os alimentos serem distribuidos em dois recipientes idênticos. Para evitar o excesso de consumo, que pode ser prejudicial durante a fase de crescimento, somente participam dos testes os animais em idade adulta, após um ano de idade. Seja qual for o método utilizado para medir a preferência dos animais, o tempo dos testes se adapta ao comportamento do animal que consome um alimento seco ou úmido. O comportamento nutricional do gato é distinto do do cão. O gato se alimenta de várias refeições pequenas durante o período de 24 horas. 107
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A confiabilidade dos testes Para comprovar a exatidão e a precisão dos painéis dos animais participantes, os protocolos devem ser precisos. Eles permitem detectar os animais que perderam as faculdades (olfato, paladar), particularmente quando estão envelhecendo. Temos que levar em consideração o tipo de alimento consumido durante os dias anteriores ao teste. Esse passado nutricional apresenta um efeito e uma influência importantes sobre as escolhas dos animais. Teste comparativo Dois alimentos devem ser oferecidos – um junto ao outro – em dois comedouros idênticos, deixando que o animal consuma espontaneamente o que escolher. No final do teste (algumas horas) se procede à aferição do consumo. No teste comparativo, confrontamos a palatabilidade de um alimento em relação ao outro. O animal consome uma quantidade maior ou menor de cada alimento em função de suas preferências. Ao realizar os testes com dezenas de animais, é possível ter uma aferição precisa da preferência do grupo. Mediante comparações sucessivas dos pares, descobrem-se as melhores combinações para aprimorar a palatabilidade dos alimentos. A relação de consumo é a porcentagem de cada alimento consumido pelo conjunto dos grupos de animais, comparada com o consumo total do painel. O alimento preferido será aquele cuja relação é estatisticamente mais elevada que a do outro alimento. A relação é calculada pelo consumo do alimento A dividido pelo consumo dos alimentos A e B. Em primeiro lugar temos que avaliar o consumo individualmente, para cada animal e na sequência, calculando a média das relações individuais para obter o resultado médio do grupo. Essa relação reflete o consumo do alimento. A preferência corresponde ao número de animais que preferem um alimento a outro. A preferência se expressa em número de animais ou também em porcentagem sobre o total de animais 108
que participaram nos testes. Para saber se um animal prefere um alimento a outro, convém fixar as quantidades de consumo. Por exemplo, pode-se considerar que um animal prefere um alimento quando ingere o dobro dele em relação ao outro. Cada animal marca sua preferência por um determinado alimento – ou não indica nenhuma preferência quando consome a mesma quantidade de ambos. O teste de primeira escolha (First choice) O teste de primeira escolha é apreciado pela pessoa que distribui o alimento e corresponde ao alimento que o animal consome em primeiro lugar. Desse modo, dentre um grupo de animais que provam os mesmos alimentos, podemos conhecer a quantidade de cada um que é consumido em primeiro lugar: o alimento A ou o alimento B. Em relação ao consumo, o teste de primeira escolha informa a atração olfativa do alimento. A cinética de consumo A cinética de consumo é a avaliação em tempo real – de que modo os alimentos estão sendo consumidos. Também é possível medir o consumo em tempo real e registrar a quantidade consumida de cada alimento em seus respectivos comedouros, em função de um período determinado – isto é, o registro da cinética de consumo. O estudo da cinética de consumo foi desenvolvido fundamentalmente em gatos, já que os testes de preferências em cães duram poucos minutos. Estudos mais aprofundados, necessitam de equipamentos especiais e são úteis em gatis que realizam testes de preferências que duram entre 10 e 20 horas. A análise da cinética consiste em registrar o consumo, o período de duração e o momento de cada ingestão alimentar dos gatos. Em testes comparativos, a análise da cinética mostra a evolução da relação de consumo e a partir de que momento os gatos passam a diferenciar significativamente ambos os alimentos.
Teste monádico Em um teste monádico, o animal não recebe mais que um alimento. Desse modo, não tem que dazer uma escolha. Os parâmetros registrados demonstram que o consumo total do alimento não depende unicamente da sua palatabilidade, mas também do apetite do animal, das condições do alimento e do meio em que o animal vive. O teste monádico e o teste comparativo apresentam informações complementares. No comparativo, a escolha do animal é de algum modo forçada. Ele avalia a preferência de um alimento em relação ao outro. No monádico se observa melhor a reação do animal a um determinado alimento, de que modo ele o consome, o número de refeições que faz, o tamanho das refeições, sua velocidade e o período de tempo que duram. Testes em condições reais Os testes em condições reais permitem avaliar o comportamento dos animais diante dos alimentos no ambiente doméstico, ou seja, em casa. Respondem às mesmas metodologias que os realizados com grupos de animais adaptados. Os alimentos podem ser testados aos pares (comparativo) ou individualmente (monádico). São realizados sempre no final do desenvolvimento de um determinado produto e representam o último passo na sua avaliação. Protocolo Os alimentos que serão testados são entregues aos responsáveis pelos animais (proprietários, tratadores e outros), em embalagens neutras e codificadas, acompanhadas de um questionário, de comedouros e de uma balança. O questionário deverá ser preenchido e ser devolvidos ao responsável pelo teste junto com o protocolo e os elementos que forem avaliados. Os proprietários medem o consumo dos alimentos de seus animais e respondem às perguntas sobre a apreciação do alimento, indicando se há ou não intenção de adquirir os produtos que seu animal tenha provado e preferido e fornecendo sua opinião sobre a preferência de seu animal por um ou outro alimento. É o que se denomina
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palatabilidade percebida (subjetiva). Os critérios para determinar se o animal demonstra preferência por um alimento podem variar de um proprietário a outro. Uma vez entregue o questionário, a relação de consumo é calculada a partir das aferições de consumo dos alimentos. A relação de consumo é comparada com a palatabilidade percebida com a finalidade de verificar se os animais preferiram um dos alimentos e se os proprietários perceberam essa diferença durante o teste. Os testes de palatabilidade realizados em casa As vantagens desse tipo de teste em relação aos testes realizados em gatis são três: 1) Teste mais próximo da realidade – As aferições realizadas com os grupos de gatos adaptados são mais precisas; os testes são realizados em condições mais reais, mais semelhantes às do contexto habitual. Os proprietários podem raciocinar livremente sobre a utilização e a praticidade dos alimentos que são oferecidos. As variações culturais das distintas regiões de um país devem ser levadas em consideração; 2) Seleção precisa dos animais – Os tes-
tes em condições reais permitem encontrar rapidamente animais com perfis particulares. Os critérios podem ser de grupos de idade, de raças, de animais que consomem habitualmente uma determinada marca de alimento, de animais com um modo de vida particular (gatos que vivem em ambientes internos); 3) A opinião do proprietário – Os proprietários comentam suas intenções de compra do produto e dão sua opinião sobre a reação do animal perante o alimento. Avaliam o aspecto, o odor, a cor, o formato e o tamanho. A palatabilidade implica a interação entre o animal, o alimento e o meio em que ele vive. Os testes e o ambiente do animal representam a melhor opção para avaliar o alimento no contexto dos três parâmetros. Esse meio de informação é importante, pois os proprietários têm uma visão distinta sobre os alimentos, quando comparados com as pessoas que trabalham diariamente com eles. Testes complementares Em alguns casos, a quantidade de alimento disponível para avaliar a palatabilidade é insuficiente. Os especialistas utilizam uma lista de odores preestabelecida e traçam o perfil aromático do produto.
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Os testes triangulares (comparativos de três produtos por par),também podem determinar as diferenças de aroma entre os produtos. Conclusão As técnicas de produção e os diversos aromas demonstram a capacidade de criação de alimentos cada vez mais palatáveis e atraentes para os gatos, pois apresentam uma situação particular em comparação a outras espécies, no que se refere ao comportamento nutricional. O aroma, a facilidade de preensão, o sabor, o tamanho do alimento (os grãos, no caso de alimentos secos), o formato, a textura, os métodos de fabricação, as práticas para garantir a qualidade, as técnicas de envase, a anatomia do animal, a raça e o estado de saúde, apresentam influência direta ou indireta na palatabilidade de um alimento. Yves Miceli de Carvalho
ymvet.consulting@yahoo.com.br Mestre em Nutrição Animal (FMVZUSP) Membro Comitê Pet CBNA Membro do Comitê Técnico da ABINPET Coordenador do Grupo de Estudos da Interação Humano Animal da ABINPET (INTERHA) Conselheiro Suplente CRMV-SP Departamento Técnico e Cientifico Nano Vet Bionanotecnologia em Medicina Veterinária Nutricionista Anhambi Cães e Gatos
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MERCADO PET
PetBall, alimentação e diversão em apenas um produto
A
Pet Games traz ao mercado pet a PetBall e a Big PetBall. Elas podem substituir as tradicionais vasilhas de ração e também funcionam como brinquedos. São fabricadas com polipropileno atóxico e aditivo com propriedade antimicrobiana. A Big PetBall, inédita no mercado, é o único brinquedo inteligente e ocupacional para cães de grande porte. “Os cães de grande porte destroem com muita facilidade a maioria dos brinquedos. Por isso, o objetivo era desenvolver um brinquedo interativo cujo objetivo não fosse buscar, morder ou destruir, mas sim empurrá-lo com o focinho e a pata a fim de descobrir como fazer o alimento sair de seu interior para consumi-
lo. Mesmo que o cão quisesse mastigar o brinquedo, não conseguiria, pois ele foi projetado num tamanho que não permite abocanhá-lo com facilidade, o que o torna mais durável”, explica o médico veterinário Dalton Ishikawa. Projetados com pequenos furos que dissipam o cheiro do alimento, a PetBall e a Big PetBall atiçam não só o faro aguçado dos animais, mas também a visão e a audição, pois são translúcidas, e o seu deslocamento faz com que os pellets de ração gerem um ruído característico. A PetBall e a Big PetBall são indicadas para todos os animais, mas especialmente os obesos e os sedentários são beneficiados, porque precisarão se
exercitar para comer. Cães de caça, de pastoreio, terriers e SRD (sem raça definida) tendem a passar mais tempo com o comedouro-brinquedo, por terem muita energia para gastar. A PetBall é indicada para cães e gatos até de 15kg, e a Big PetBall para animais acima de 15kg. Quanto aos gatos, o médico veterinário Dalton Ishikawa conta que o tempo para eles interagirem com o brinquedo é maior, principalmente entre os de raça, que tendem a ser mais pacatos e dormem grande parte do dia. “Apesar disso, pelo instinto de caça, os gatos não só se adaptam à nova forma de se alimentar, como também adoram o desafio.”
A PetBall e a Big PetBall podem funcionar como comedouros ocupacionais. Deposita-se a ração nos compartimentos do brinquedo, regula-se o nível de dificuldade e o animal se alimenta à medida que consegue retirar o alimento do seu interior
Há oito níveis de dificuldade pela combinação de quatro aberturas ajustáveis que regulam a saída de ração, o que torna a hora de comer muito mais divertida 110
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A e balanceadas ba balanc balance ala la eada addaass para ppaara par aarra ra que quue ue ne necessitam ne esssitam sitam itam tam am de am de
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3 a 4 de agosto de 2013 (início) Inscriçõs até: 19/07/13 Botucatu - SP VIII Curso de pós graduação em acupuntura veterinária www.bioethicus.com.br 17 e 18 de agosto (início) Campinas - SP Curso de especialização em acupuntura veterinária (19) 3208-0993
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Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 104, maio/junho, 2013
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Marketing e gestão www.anclivepapr.com.br 9 e 10 de julho São Paulo - SP Curso para empresas familiares www.gioso.com.br 2º semestre de 2013 Curitiba - PR Gestão e marketing (clínicas, veterinárias e pet shops) NE: 0800-7021088 SUL: 0800-7016330
IMAGINOLOGIA
17 de maio a 22 de setembro Campinas - SP Curso de ecodopplercardiografia em pequenos animais contato@echoa.com.br 21 de maio a 11 de julho São Paulo - SP Aprimoramento teórico-prático em radiodiagnóstico veterinário Instituto Veterinário de Imagem (11) 3016-0200
Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 104, maio/juho, 2013
7 a 9 de junho Campinas - SP Ultrassonografia da cabeça e pescoço contato@echoa.com.br 24 a 28 de junho São Paulo - SP Diagnóstico por imagem das afecções da cavidade torácica (11) 3266-2299 30 de junho Presidente Prudente - SP Afecções radiográficas da coluna vertebral - curso de exttensão (19) 3937-4693 Julho de 2013 Belo Horizonte - MG Ultrassonografia de pequenos animais - Qualittas 0800 725 6300 5 de julho Porto Alegre - RS Atualização em diagnóstico radiográfico www.equalis.com.br
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12 a 14 de julho Campinas - SP Ultrassonografia músculo-esquelética em pequenos animais contato@echoa.com.br
28 e 29 de junho Porto Alegre - RS II Simpósio Internacional de Emergências em Pequenos Animais inscricoes.siepa2013@gmail.com
4 de junho São Paulo - SP Palestra: Pancreatite aguda em gatos - Aspectos diferenciais (11) 3266-2299
24 de julho a 1º de agosto São Paulo - SP Curso teórico e prático de ultrassonografia abdominal - Provet cursos@provet.com.br
12 de julho São Paulo - SP Pós-graduação lato sensu Urgência e cuidados intensivos www.cetacvet.com.br
14 de junho Fortaleza - CE Pós graduação em clínica médica de felinos www.equalis.com.br
2 a 4 de agosto Rio de Janeiro - RJ Pós-graduação: diagnóstico por imagem / pequenos animais www.ibvet.com.br
12 a 14 de julho São Paulo - SP Curso de emergência e terapia intensiva - Provet (11) 3266-2299
14 a 16 de junho Florianópolis - SC I Simpósio Sul Brasileiro de Felinos - ANCLIVEPA - SC (48) 3025-4143
6 de agosto a 12 de dezembro São Paulo - SP Especialização em radiognóstico veterinário - 2º semestre - IVI (11) 3016-0200
5 de agosto a 16 de outubro São Paulo - SP Urgências e emergências "módulo avançado" http://www.hovetpompeia.com.br
14 a 16 de junho Londrina - PR Simpósio de medicina felina www.peteventos.com.br
6 de agosto a 12 de dezembro São Paulo - SP Curso teórico-prático de ultrassonografia abdominal em pequenos animais (11) 3016-0200
MED. ALTERNATIVA
15 de agosto São Paulo - SP Palestra: Ultrassom ocular e suas indicações - Provet (11) 3266-2299 24 a 26 de agosto Belo Horizonte - MG Pós-graduação: Diagnóstico por imagem (19) 3937-4693
INTENSIVISMO
15 e 16 de junho Campinas - SP XIV Curso de especialização em homeopatia www.institutojp.com.br
MEDICINA VET. LEGAL
21 de setembro São Paulo - SP Medicina veterinária legal - Perito veterinário - 4 Turma (18 meses) - Inbrapec (11) 3567-4401
NEFROLOGIA
14 e 15 de setembro São Paulo - SP Urologia e nefrologia em cães e gatos - Provet (11) 3579-1427
NEONATOLOGIA
17 a 19 de maio Botucatu - SP III Simpósio de neonatologia veterinária - Unesp (14) 3880-2148
6 e 7 de julho Botucatu - SP II Simpósio Internacional de Fitoterapia Chinesa em Medicina Veterinária - Bioethicus (14) 3814-6898 17 a 28 de julho Botucatu - SP Fitoterapia chinesa (14) 3814-6898
18 de maio a 15 de dezembro São Paulo - SP Medicina intensiva (11) 2305-8666
27 de julho Botucatu - SP Curso de fitoterapia chinesa em medicina veterinária (14) 3814-6898
25 e 26 de maio São Paulo - SP Urgências e emergências "módulo básico" (teoríco/prático) - Hospital Veterinário Pompéia (11) 3673-9455
17 e 18 de agosto Uberlândia - MG Curso de especialização em acupuntura e medicina tradicional chinesa www.institutojp.com.br
9 de junho São Paulo - SP Urgências e emergências "módulo básico" - pratico II http://www.hovetpompeia.com.br
23 a 25 de agosto Jaguariúna - SP Pós-graduação em medicina veterinária holística (19) 3937-4693
14 de junho de 2013 São Paulo - SP Pós graduação latu-sensu em cirurgia e anatomia de pequenos animais - CETAC (11) 2305-8666
14 de maio São Paulo - SP Palestra: Causas infecciosas de diarréia em gatos http://www.provet.com.br
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6 de agosto São Paulo - SP Palestra: Tríade felina - Provet (11) 3266-2299
13 a 29 de agosto São Paulo - SP Clínica médica aplicada - clínica de felinos módulo II http://www.hovetpompeia.com.br
MEDICINA FELINA
Curitiba, PR - Brasil. Teatro Ópera de Arame: grande estrutura de metal tubular, com teto e paredes transparentes, erguida sobre um lago. Recebe peças e shows. Aproveite para conhecer o Parque das Pedreiras, ao lado, em meio à Mata Atlântica. www.viajeaqui.abril.com.br/cidades/br-pr-curitiba
Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 104, maio/junho, 2013
SEMANAS ACADÊMICAS
20 a 24 de maio Porto Alegre - RS XIII Semana acadêmica - medicina veterinária UFRGS http://www.ufrgs.br/favet 22 a 25 de maio Londrina - PR XIV ARAVET - Ciclo de palestras do curso de medicina veterinária da Unopar (43) 3172-7560 3 a 6 de junho Londrina - PR XXX CICLOVET - VetJr www.vetjr.com.br 7 a 9 de junho Jaguariúna - SP II Singeas - 2º Simpósio do Grupo de Animais Silvestres http://goo.gl/BuIEK 6 a 9 de agosto João Pessoa - PB IV SEMEVET - Semana Acadêmica de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Paraíba semevet4@yahoo.com.br
23 a 25 de outubro Santos - SP Semana Acadêmica de Medicina Veterinária - Unimonte (13) 9625-6037
FEIRAS E CONGRESSOS
7 a 9 de junho-Belo Horizonte - MG Expovet Minas 2013 II Congresso Mineiro de Especialidades Veterinárias www.expovet.com.br 30 e 31 de julho São Paulo - SP Seminário Internacional: O Elo entre o Abuso Animal e a Violência Humana itecbr@gmail.com 3 a 5 de outubro Curitiba - PR Veterinária Pet Brasil www.veterinariapetbrasil.com.br 6 a 11 de outubro Salvador - BA XVI Congresso - XXII Encontro ABRAVAS 2013 Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens www.abravas.org.br
29 a 31 de outubro São Paulo - SP Pet South America 2013 www.petsa.com.br Novembro de 2013 Rio de Janeiro - RJ Fórum Mundial da Ciência 2013 http://migre.me/ecKYE 7 a 9 de novembro Bonito - MS VII CONCEVEPA - Congresso do Centro Oeste de clínicos de pequenos animais www.anclivepams.com.br 14 a 16 de novembro Fortaleza - CE All About PetShow www.allaboutpetshow.com.br 21 a 24 de novembro Recife - PE Fenapet 2013 - CONEVEPA www.fenapet.com.br
2014 30 de abril a 2 de maio de 2014 Belo Horizonte - MG 35º Congresso Brasileiro da ANCLIVEPA www.anclivepabrasil.com.br
Lisboa, Distrito de Lisboa - Portugal
Internacional ANIMAIS SELVAGENS
Julho de 2013 Província do Cabo Leste - África do Sul Vet Pratices in South Africa www.animalia.vet.br
CLÍNICA
27 de maio a 24 de junho Online - EAD Cabeça e pescoço tumores em cães e gatos www.vets.quadam.com
COMPORTAMENTO
20 a 22 de julho Chicago - EUA The IAHAIO's International Conference 2013 - Chicago/USA www.iahaio.org 26 a 29 de setembro de 2013 Lisboa - Portugal 9th International Veterinary Behavior Meeting www.ivbmportugal.org
Muita história e cultura, conhecida pela sua luminosidade única e pelo charme incomparável. Tornou-se um dos destinos favoritos da Europa graças à sua incrível diversidade e às paisagens magníficas. Na foto acima é possível ver a Ponte 25 de Abril, que liga a cidade de Lisboa à cidade de Almada, em Portugal. A ponte atravessa o estuário do rio Tejo. www.portugal-live.net
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Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 104, maio/junho, 2013
MEDICINA FELINA
26 a 30 de junho Barcelona - Espanha World Feline Veterinary Congress - ISFM www.isfm.net/congress
NUTRIÇÃO
20 e 21 de junho Buenos Aires - Argentina 2º Congreso Nacional y 1º Congreso Internacional de gastroenterología y nutrición veterinaria institutogastroenterologia@ gmail.com 13 a 16 de agosto Manhattan - Kansas - USA Extrusion Processing Technology and Commercialization http://goo.gl/JsZT1
31 de maio a 2 de junho Copenhagen - Dinamarca EVECCS Congress 2013 www.eveccs2013.org 26 a 28 de junho Guadalajara - Jalisco - Mexico Mexico Pet Expo 2013 www.mexicopetexpo.com
19 e 20 de setembro Buenos Aires - Argentina XIII Congreso Nacional AVEACA (Asociación de Veterinarios Especializados en Animales de Compañía de Argentina) www.aveaca.org.ar
9 e 10 de agosto Mar del Plata - Argentina 8vas Jornadas Internacionales de Veterinaria Práctica www.cvpba.org
2 a 5 de outubro Dublin - Irlanda 19th FECAVA - EuroCongress 2013 European Companion Animal Veterinary Congress www.fecava2013.org
17 a 20 de setembro Praga - Republica Tcheca World Veterinary Congress 2013 www.wvc2013.com/en
17 a 19 de outubro Barcelona - Espanha SEVC - Southern European Veterinary Conference -
Congreso Nacional AVEPA www.sevc.info 18 a 20 de novembro Quito - Equador 6º Congreso LAVECCS Caninos & Felinos www.ecveccs.com
2014
16 a 19 de setembro de 2014 Cape Town - África do Sul WSAVA 2014 www.wsava2014.com 18 a 22 de janeiro de 2014 Orlando - Flórida - EUA North American Veterinary Conference 2014 (NAVC) www.navc.com
ODONTOLOGIA
3 a 6 de outubro Nova Orleães - Luisiana - EUA Annual Veterinary Dental Forum veterinarydentalforum.com
FEIRAS E CONGRESSOS
28 a 30 de junho Lima - PE I Congreso Veterinario de Lima gilbertobendezu@gmail.com 31 de maio a 1º de junho Brussels - Leuven - Bélgica Best of Veterinaire - A nomeação da Saúde Animal www.bestofveterinaire.com
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Barcelona, Espanha.
Barceloneta, praia bastante famosa de Barcelona e muito próxima do centro da cidade. Nos seus arredores estão muitos bares e restaurantes. Um lugar para passear, fazer esporte e curtir!
http://www.dicaseturismo.com.br/barcelona/
Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 104, maio/junho, 2013