40
Oncologia
Quimioterapia metronômica em cães e gatos – revisão de literatura Metronomic chemotherapy in dogs and cats – a review Quimioterapia metronómica en perros y gatos – revisión de la literatura
50
Oncologia
Quimioterapia antineoplásica em cães e gatos – uma revisão das opções de tratamento por via oral Antineoplastic chemotherapy in dogs and cats – a review of oral treatment options Quimioterapia antineoplásica en perros y gatos – una revisión de las opciones de tratamiento por vía oral
Oncologia
Metástase de osteossarcoma em osso de cão sem raça definida – relato de caso
58
Osteosarcoma metastasis in bone of a mixed breed dog – case report Metastasis de osteosarcoma en hueso en un perro mestizo – relato de caso
64
Anestesiologia
Anestesia epidural em Chinchilla lanigera – relato de caso Epidural anesthesia in Chinchilla lanigera – case report Anestesia epidural en Chinchilla lanigera – reporte de un caso
72
Anestesiologia
Controle da dor com S(+) cetamina e morfina, associadas à bupivacaína, por via peridural, em um cão submetido a hemipelvectomia parcial – relato de caso Pain control with epidural injection of S(+) ketamine and morphine associated to bupivacaine in a dog that underwent partial hemipelvectomy – case report Control del dolor con S(+) ketamina y morfina, junto con bupivacaína epidural durante una hemipelvectomía parcial en perro – reporte de un caso
Doenças infecciosas
Mixomatose em coelho – revisão da literatura Myxomatosis in rabbit – a literature review Mixomatosis en conejos – revisión de la literatura
6
80
86
Clínica
Desvio portossistêmico extra-hepático congênito em cadela schnauzer miniatura – relato de caso Portosystemic congenital shunt in a miniature Schnauzer bitch – case report Desvío porto sistémico congénito extra hepático en una perra Schnauzer miniatura – relato de caso
Clínica
Tétano em cães e gatos – revisão
92
Tetanus in dogs and cats – a review Tétano en perros y gatos – revisión de literatura
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Contato Editora Guará Ltda. Dr. José Elias 222 - Alto da Lapa 05083-030 São Paulo - SP, Brasil Central de assinaturas: 0800 891.6943 cvassinaturas@editoraguara.com.br Telefone/fax: (11) 3835-4555 / 3641-6845
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 105, julho/agosto, 2013
14
Saúde pública
• Tratar ou matar cães com LVC?
Notícias • Primeiro congresso brasileiro da Anclivepa
20
em Natal. Sucesso total!
• Cursos e congressos em Minas Gerais • V Simpósio de Nutrição Clínica de Cães e Gatos Ensino
• Vetnil realiza I Encontro de Residentes
em Medicina Veterinária
Bem-estar animal
• Vereador quer proibir venda de cães e gatos em pet shops • Bio Brazil Fair e Naturaltech batem recorde de público e expositores
Interação Homem-Animal
28 30
102
Pet food
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Gestão, marketing e estratégia
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Mercado pet
108
Lançamentos
114
IN 30: você vai ouvir falar dela Tratar doenças ou promover a saúde? O que você prefere? Potencial do mercado pet permite ampliar consumo e liderança • Alergia, atopia e hidratação • Suplemento • Comedouro inovador
36
O processo da descoberta e do tratamento de câncer em animais de companhia na visão da psico-oncologia
8
Medicina veterinária legal
Proteção animal: a experiência curitibana
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Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 105, julho/agosto, 2013
115 122
D
e 13 a 17 de maio de 2013, em Porto de Galinhas, Pernambuco, Brasil, foi realizado o Worldleish5. A comunidade científica internacional envolvida com a questão das leishmanioses conheceu de perto a realidade brasileira. Havia muitos cães andando soltos na rua do centro de Porto de Galinhas e sem evidências de pertencerem a alguma família. Cães errantes? Cães de comunidade? Não importa a classificação que recebam, o fato é que procriam e se estabelecem nas ruas. A falta de algo básico, como políticas públicas focadas no controle de natalidade de cães e gatos, dificulta e onera as ações de controle e prevenção da leishmaniose visceral canina, como encoleiramento, vacinação, identificação animal, entre outras. Com o sucesso no controle da natalidade e o incentivo para a guarda responsável, facilita-se bastante tanto o controle da leishmaniose visceral canina quanto o de diversas outras zoonoses. Na Europa, a prática do tratamento de cães com leishmaniose visceral é feito há décadas. Isso está devidamente registrado na literatura científica internacional e, até o momento, não há evidências comprovadas de que tenha atrapalhado o tratamento humano pelo desenvolvimento de algum tipo de resistência. É importante destacar esses fatos para que outros países não repitam os erros cometidos no Brasil. As condutas atuais deveriam buscar a evolução do conhecimento científico e a coerência de trabalhos recentes, como: Control of visceral leishmaniasis in Latin America — A systematic review, de ROMERO, G.A.S. ; BOELAERT, M., publicado em PLoS Negl Trop Dis v. 4, n. 1, 2010. e584. doi:10.1371/journal.pntd.0000584 http://www.plosntds.org/article/info%3Adoi%2F10.13 71%2Fjournal.pntd.0000584; The prevention of canine leishmaniasis and its impact on public health, de OTRANTO D. ; DANTAS-TORRES, F., publicado em Trends in Parasitology, v. 29, n. 7, 2013. http://download.cell.com/trends/parasitology/pdf/PIIS147149221 3000755.pdf; e LeishVet guidelines for the practical management of canine leishmaniosis, escrito por especialistas europeus que formam o LeishVet (SOLANOGALLEGO, L. ; MIRÓ, G. ; KOUTINAS, A. ; CARDOSO, L. ; PENNISI, M. G. ; FERRER, L. ; BOURDEAU, P. ; OLIVA, G. ; BANETH, G., publicado na Parasites and Vectors, v. 4, n. 86, 2011. doi: 10.1186/1756-3305-4-86 http://www.parasitesandvectors.com/content/4/1/86. No Brasil, durante décadas, informações como essas, disponíveis on line, passavam por não existentes. A realização do Worldleish5 no Brasil trouxe essa realidade científica para a América Latina, alimentando as esperanças de que as políticas públicas de saúde ainda possam ser eficientes, éticas e benéficas para toda as famílias. É muito importante que um fato esteja sempre em evidência: o cão não é o vilão! - http://www.ocaonaoeovilao.org.br .
EDITORES / PUBLISHERS
Arthur de Vasconcelos Paes Barretto editor@editoraguara.com.br CRMV-MG 10.684 - www.crmvmg.org.br
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EDITORAÇÃO ELETRÔNICA / DESKTOP PUBLISHING Editora Guará Ltda.
CAPA / COVER:
coelho-europeu (Oryctolagus cuniculus)
Clínica Veterinária é uma revista técnico-científica bimestral, dirigida aos clínicos veterinários de pequenos animais, estudantes e professores de medicina veterinária, publicada pela Editora Guará Ltda. As opiniões em artigos assinados não são necessariamente compartilhadas pelos editores. Os conteúdos dos anúncios veiculados são de total responsabilidade dos anunciantes. Não é permitida a reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação sem a prévia autorização da editora. A responsabilidade de qualquer terapêutica prescrita é de quem a prescreve. A perícia e a experiência profissional de cada um são fatores determinantes para a condução dos possíveis tratamentos para cada caso. Os editores não podem se responsabilizar pelo abuso ou má aplicação do conteúdo da revista Clínica Veterinária.
Arthur de Vasconcelos Paes Barretto 10
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 105, julho/agosto, 2013
Resolução CONAMA N. 457* A institucionalização do tráfico de animais silvestres no Brasil * http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=26/06/2013&jornal=1&pagina=96&totalArquivos=120
Caros Senhores, Em 25 de junho de 2013 foi publicada no Diário Oficial da União a Resolução CONAMA de nº 457, que entra em vigor em 180 dias a partir de sua publicação, o que nos leva a data de 25 de dezembro de 2013, um verdadeiro PRESENTE DE NATAL aos que de forma inconsciente e/ou aos sem escrúpulos praticam crimes contra a fauna silvestre brasileira. O Ministério do Meio Ambiente, através da Ilustríssima Ministra do Meio Ambiente, senhora IZABELLA TEAIXEIRA acaba de institucionalizar o tráfico de animais silvestres no Brasil. Em meus vinte e quatro anos de convivência com esta problemática em nível Brasil, tanto eu como membros de nosso entidade, que dedicam-se à busca de soluções para este problema, expomos: 1. Em 1989 quando do início de meus trabalhos neste campo, nunca, jamais e em tempo algum pudemos imaginar que o Poder Público chegaria a um nível tão baixo em assuntos que dizem respeito a defesa e conservação de nossa biodiversidade, expresso ao longo deste anos pela forma de agir do mesmo; 2. Ainda é uma incógnita se ações deste tipo são oriundas de pessoas que desconhecem completamente o problema ou se tem conhecimento do mesmo e cometem tais procedimentos em função de outros interesses; 3. Que ações que ocorrem amplamente em nível Brasil, dentro de todas as esferas do Poder, nos levam a um cenário de conivência, incompetência, ignorância e omissão em relação a este problema, além de que tristemente também há inocentes habitantes de uma espécie de mundo cor de rosa entre eles. Tal resolução não pode ser aprovada, temos alguns meses para evitar que “Papai Noel” dê este “presente” ao planeta. É preciso que nas próximas semana se crie uma espécie de comissão para discussão, com muita profundidade, desta questão. De forma que estamos a disposição, com base em nossa vivência, para trabalhar nisso. Também temos consciência que muitos dos que receberem este material, membros de órgão público, poderão estar vibrando com esta resolução que além de criar novas atividades em relação à dar suporte à legalização de animais do tráfico, fomentará de forma acelerada esta atividade criminosa. Atenciosamente,
Marcelo Pavlenco Rocha Presidente SOS Fauna
CONSULTORES CIENTÍFICOS Adriano B. Carregaro
Cassio R. A. Ferrigno
Geovanni D. Cassali
Julio C. C. Veado
Marta Brito
Alceu Gaspar Raiser
Ceres Faraco
Geraldo M. da Costa
Julio Cesar de Freitas
Mary Marcondes
Alessandra M. Vargas
César A. D. Pereira
Gerson Barreto Mourão
Karin Werther
Masao Iwasaki
Alexandre Krause
Christina Joselevitch
Hannelore Fuchs
Leonardo Pinto Brandão
Mauro J. Lahm Cardoso Mauro Lantzman Michele A. F. A. Venturini
FZEA/USP
DCPA/CCR/UFSM Endocrinovet FMV/UFSM
FMVZ/USP
FACCAT/RS
ICB/UFMG
DMV/UFLA
UAM, UNG, UNISA IP/USP
ESALQ/USP
Instituto PetSmile
FMVZ/UFMG UEL
FCAV/Unesp-Jaboticabal Merial Saúde Animal
Alexandre G. T. Daniel
Cibele F. Carvalho
Hector Daniel Herrera
Leucio Alves
Alexandre Lima Andrade
Clair Motos de Oliveira
Hector Mario Gomez
Luciana Torres
Clarissa Niciporciukas
Hélio Autran de Moraes
Lucy M. R. de Muniz
Cleber Oliveira Soares
Hélio Langoni
Luiz Carlos Vulcano
Cristina Massoco
Heloisa J. M. de Souza
Luiz Henrique Machado
Herbert Lima Corrêa
Marcello Otake Sato
Daniel C. de M. Müller
Iara Levino dos Santos
Marcelo A.B.V. Guimarães
Daniel G. Ferro
Iaskara Saldanha
Universidade Metodista
CMV/Unesp-Aracatuba
Alexander W. Biondo UFPR, UI/EUA
Aline Machado Zoppa FMU/Cruzeiro do Sul
Aloysio M. F. Cerqueira UFF
Ana Claudia Balda FMU, Hovet Pompéia
Ananda Müller Pereira
Universidad Austral de Chile
Ana P. F. L. Bracarense DCV/CCA/UEL
André Luis Selmi
Anhembi/Morumbi e Unifran
Angela Bacic de A. e Silva FMU
Antonio M. Guimarães DMV/UFLA
Aparecido A. Camacho FCAV/Unesp-Jaboticabal
A. Nancy B. Mariana FMVZ/USP
Arlei Marcili FMVZ-USP
Aulus C. Carciofi
FCAV/Unesp-Jaboticabal
Aury Nunes de Moraes UESC
Ayne Murata Hayashi FMVZ/USP
Benedicto W. De Martin FMVZ/USP; IVI
UNICSUL
FMVZ/USP
ANCLIVEPA-SP EMBRAPA
Salles Gomes C. Empresarial
Daisy Pontes Netto FMV/UEL
UFSM/URNERGS ODONTOVET
Daniel Macieira FMV/UFF
Denise T. Fantoni FMVZ/USP
Dominguita L. Graça FMV/UFSM
Edgar L. Sommer PROVET
Edison L. P. Farias UFPR
Eduardo A. Tudury DMV/UFRPE
Elba Lemos
Univ. de Buenos Aires EMV/FERN/UAB
Dep. Clin. Sci./Oregon S. U. FMVZ/UNESP-Botucatu FMV/UFRRJ
ODONTOVET
Koala H. A. e Inst. Dog Bakery Lab. Badiglian
Idael C. A. Santa Rosa UFLA
Ismar Moraes FMV/UFF
Jairo Barreras FioCruz
James N. B. M. Andrade FMV/UTP
Jane Megid
FMVZ/Unesp-Botucatu
Janis R. M. Gonzalez FMV/UEL
Jean Carlos R. Silva
FioCruz-RJ
UFRPE, IBMC-Triade
Elisangela de Freitas FMVZ/Unesp-Botucatu
João G. Padilha Filho FCAV-Unesp-Jaboticabal
Fabiano Montiani-Ferreira João Pedro A. Neto FMV/UFPR
UAM
Fabiano Séllos Costa
Jonathan Ferreira
DMV/UFRPE
Fernando C. Maiorino FEJAL/CESMAC/FCBS
Odontovet
Jorge Guerrero
Universidade da Pennsylvania
Berenice A. Rodrigues
Fernando de Biasi
José de Alvarenga
Camila I. Vannucchi
Fernando Ferreira
Jose Fernando Ibañez
Carla Batista Lorigados
Flávia R. R. Mazzo
José Luiz Laus
Médica veterinária autônoma FMVZ/USP
DCV/CCA/UEL FMVZ/USP
FMVZ/USP UFPR
FMV/UFRPE FMVZ/USP
FMVZ/Unesp-Botucatu FMVZ/Unesp-Botucatu FMVZ/Unesp-Botucatu FM/UFTO
FMVZ/USP
FMVZ/USP
CMV/Unesp-Araçatuba FMVZ/USP
FALM/UENP
Psicologia PUC-SP
ODONTOVET
Michiko Sakate
FMVZ/Unesp-Botucatu
Miriam Siliane Batista FMV/UEL
Moacir S. de Lacerda UNIUBE
Monica Vicky Bahr Arias FMV/UEL
Nadia Almosny FMV/UFF
Marcelo Bahia Labruna
Nayro X. Alencar
Marcelo de C. Pereira
Nei Moreira
Marcelo Faustino
Nelida Gomez
Marcia Kahvegian
Nilson R. Benites
Márcia Marques Jericó
Nobuko Kasai
Marcia M. Kogika
Noeme Sousa Rocha
Marcio B. Castro
Norma V. Labarthe
Marcio Brunetto
Patrícia Mendes Pereira
Marcio Dentello Lustoza
Paulo César Maiorka
Márcio Garcia Ribeiro
Paulo Iamaguti
Marco Antonio Gioso
Paulo S. Salzo
Marconi R. de Farias
Paulo Sérgio M. Barros
FMVZ/USP FMVZ/USP FMVZ/USP FMVZ/USP
UAM e UNISA FMVZ/USP UNB
FMVZ/USP-Pirassununga Biogénesis-Bagó Saúde Animal FMVZ/Unesp-Botucatu FMVZ/USP PUC-PR
FMV/UFF
CMV/UFPR
UBA-Argentina FMVZ/USP FMVZ/USP
FMV/Unesp-Botucatu FMV/UFFe FioCruz DCV/CCA/UEL FMVZ/USP
FMVZ/Unesp-Botucatu UNIMES, UNIBAN FMVZ/USP
Maria Cecilia R. Luvizotto Pedro Germano CMV/Unesp-Aracatuba
FSP/US
M. Cristina F. N. S. Hage Pedro Luiz Camargo FMV/UFV
DCV/CCA/UEL
Maria Cristina Nobre
Rafael Almeida Fighera
José Ricardo Pachaly
M. de Lourdes E. Faria
Rafael Costa Jorge
Carlos Alexandre Pessoa Flavio Massone www.animalexotico.com.br
FMVZ/Unesp-Botucatu
José Roberto Kfoury Jr.
Maria Isabel M. Martins
Regina H.R. Ramadinha
Carlos E. S. Goulart
Francisco J. Teixeira N.
Juan Carlos Troiano
M. Jaqueline Mamprim
Renata Afonso Sobral
Carlos Roberto Daleck
F. Marlon C. Feijo
Juliana Brondani
Maria Lúcia Z. Dagli
Renata Navarro Cassu
Carlos Mucha
Franz Naoki Yoshitoshi
Juliana Werner
Marion B. de Koivisto
Renée Laufer Amorim
FMU
Carla Holms Anclivepa-SP
FTB
FCAV/Unesp-Jaboticabal IVAC-Argentina
12
Provet
Flavia Toledo
Univ. Estácio de Sá
FMVZ/Unesp-Botucatu UFERSA Provet
FCAV/Unesp-Jaboticabal UNIPAR
FMVZ/USP
UBA - Argentina
FMVZ/Unesp-Botucatu Lab. Werner e Werner
FMV/UFF
VCA/SEPAH
DCV/CCA/UEL
FMVZ/Unesp-Botucatu FMVZ/USP
CMV/Unesp-Araçatuba
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 105, julho/agosto, 2013
FMV/UFSM
Hovet Pompéia FMV/UFRRJ
Onco Cane Veterinária
Unoeste-Pres. Prudente FMVZ/Unesp-Botucatu
Ricardo Duarte Hovet Pompéia
Ricardo G. D’O. C. Vilani UFPR
Ricardo S. Vasconcellos CAV/UDESC
Rita de Cassia Garcia FMV/USP
Rita de Cassia Meneses IV/UFRRJ
Rita Leal Paixão FMV/UFF
Robson F. Giglio
Hosp. Cães e Gatos; Unicsul
Rodrigo Gonzalez
FMV/Anhembi-Morumbi
Rodrigo Mannarino FMVZ/Unesp-Botucatu
Ronaldo C. da Costa CVM/Ohio State University
Ronaldo G. Morato CENAP/ICMBio
Rosângela de O. Alves EV/UFG
Rute C. A. de Souza UFRPE/UAG
Ruthnéa A. L. Muzzi DMV/UFLA
Sady Alexis C. Valdes ICBIM/UFU
Sheila Canavese Rahal FMVZ/Unesp-Botucatu
Silvia E. Crusco UNIP/SP
Silvia Neri Godoy ICMBio/Cenap
Silvia R. G. Cortopassi FMVZ/USP
Silvia R. R. Lucas FMVZ/USP
Silvio A. Vasconcellos FMVZ/USP
Silvio Luis P. de Souza FMVZ/USP, UAM
Simone Gonçalves Hemovet/Unisa
Stelio Pacca L. Luna FMVZ/Unesp-Botucatu
Suely Nunes E. Beloni DCV/CCA/UEL
Tilde R. Froes Paiva FMV/UFPR
Valéria Ruoppolo
Int. Fund for Animal Welfare
Vamilton Santarém Unoeste
Vania M. de V. Machado FMVZ/Unesp-Botucatu
Viviani de Marco
UNISA e NAYA Especialidades
Wagner S. Ushikoshi
FMV/UNISA e FMV/CREUPI
Zalmir S. Cubas Itaipu Binacional
Instruções aos autores A Clínica Veterinária publica artigos científicos inéditos, de três tipos: trabalhos de pesquisa, relatos de caso e revisões de literatura. Embora todos tenham sua importância, nos trabalhos de pesquisa, o ineditismo encontra maior campo de expressão, e como ele é um fator decisivo no âmbito científico, estes trabalhos são geralmente mais valorizados. Todos os artigos enviados à redação são primeiro avaliados pela equipe editorial e, após essa avaliação inicial, encaminhados aos consultores científicos. Nessas duas instâncias, decide-se a conveniência ou não da publicação, de forma integral ou parcial, e encaminham-se ao autores sugestões e eventuais correções. Trabalhos de pesquisa são utilizados para apresentar resultados, discussões e conclusões de pesquisadores que exploram fenômenos ainda não completamente conhecidos ou estudados. Nesses trabalhos, o bem-estar animal deve sempre receber atenção especial. Relatos de casos são utilizados para apresentação de casos de interesse, quer seja pela raridade, evolução inusitada ou técnicas especiais, que são discutidas detalhadamente. Revisões são utilizadas para o estudo aprofundado de informações atuais referentes a um determinado assunto, a partir da análise criteriosa dos trabalhos de pesquisadores de todo o meio científico, publicados em periódicos de qualidade reconhecida. As revisões deverão apresentar pesquisa de, no mínimo, 60 referências provadamente consultadas. Uma revisão deve apresentar no máximo até 15% de seu conteúdo provenientes de livros, e no máximo 20% de artigos com mais de dez anos de publicação. Critérios editoriais Para a primeira avaliação, os autores devem enviar pela internet (cvredacao@editoraguara.com.br) um arquivo texto (.doc) com o trabalho, acompanhado de imagens digitalizadas em formato .jpg . As imagens digitalizadas devem ter, no mínimo, resolução de 300 dpi na largura de 9 cm. Se os autores não possuírem imagens digitalizadas, devem encaminhar pelo correio ao nosso departamento de redação cópias das imagens originais (fotos, slides ou ilustrações – acompanhadas de identificação de propriedade e autor). Devem ser enviadas também a identificação de todos os autores do trabalho (nome completo por extenso, RG, CPF, endereço residencial com cep, telefones e e-mail). Além dos nomes completos, devem ser informadas as instituições às quais os autores estejam vinculados, bem como seus títulos no momento em que o trabalho foi escrito. Todos os artigos, independentemente da sua categoria, devem ser redigidos em língua portuguesa e acompanhados de versões em língua inglesa e espanhola de: título, resumo (de 700 a 800 caracteres) e unitermos (3 a 6). Os títulos devem ser claros e grafados em letras minúsculas – somente a primeira letra da primeira palavra deve ser grafada em letra maiúscula. Os resumos devem ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões, de forma concisa, dos pontos relevantes do trabalho apresentado. Os unitermos não devem constar do título. Devem ser dispostos do mais abrangente para o mais específico (eg, “cães, cirurgias, abcessos, próstata). Verificar se os unitermos escolhidos constam dos “Descritores em Ciências de Saúde” da Bireme (http://decs.bvs.br/). Revisões de literatura não devem apresentar o subtítulo “Conclusões”. Sugere-se “Considerações finais”. Não há especificação para a quantidade de páginas, dependendo esta do conteúdo explorado. Os assuntos devem ser abordados com objetividade e clareza, visando o público leitor – o clínico veterinário de pequenos animais. Utilizar fonte arial tamanho 10, espaço simples e uma única coluna. As margens superior, inferior e laterais devem apresentar até 3cm. Não deixar linhas em branco ao longo do texto, entre títulos, após subtítulos e entre as referências.
No caso de todo o material ser remetido pelo correio, devem necessariamente ser enviados, além de uma apresentação impressa, uma cópia em CD-rom. Imagens como fotos, tabelas, gráficos e ilustrações não podem ser cópias da literatura, mesmo que seja indicada a fonte. Devem ser utilizadas imagens originais dos próprios autores. Imagens fotográficas devem possuir indicação do fotógrafo e proprietário; e quando cedidas por terceiros, deverão ser obrigatoriamente acompanhadas de autorização para publicação e cessão de direitos para a Editora Guará (fornecida pela Editora Guará). Quadros, tabelas, fotos, desenhos, gráficos deverão ser denominados figuras e numerados por ordem de aparecimento das respectivas chamadas no texto. Imagens de microscopia devem ser sempre acompanhadas de barra de tamanho e nas legendas devem constar as objetivas utilizadas. As legendas devem fazer parte do arquivo de texto e cada imagem deve ser nomeada com o número da respectiva figura. As legendas devem ser autoexplicativas. Evitar citar comentários que constem das introduções de trabalhos de pesquisa para não incorrer em apuds. Procurar se restringir ao "Material e métodos" e às "Conclusões" dos trabalhos. Sempre buscar pelas referências originais consultadas por esses autores. As referências serão indicadas ao longo do texto apenas por números sobrescritos ao texto, que corresponderão à listagem ao final do artigo – autores e datas não devem ser citados no texto. Esses números sobrescritos devem ser dispostos em ordem crescente, seguindo a ordem de aparecimento no texto, e separados apenas por vírgulas (sem espaços). Quando houver mais de dois números em sequência, utilizar apenas hífen (-) entre o primeiro e o último dessa sequência, por exemplo cão 1,3,6-10,13. A apresentação das referências ao final do artigo deve seguir as normas atuais da ABNT 2002 (NBR 10520). Utilizar o formato v. para volume, n. para número e p. para página. Não utilizar “et al” – todos os autores devem ser relacionados. Não abreviar títulos de periódicos. Sempre utilizar as edições atuais de livros – edições anteriores não devem ser utilizadas. Todos os livros devem apresentar informações do capítulo consultado, que são: nome dos autores, nome do capítulo e páginas do capítulo. Quando mais de um capítulo for utilizado, cada capítulo deverá ser considerado uma referência. Não serão aceitos apuds. A exceção será somente para literatura não localizada e obras antigas de difícil acesso, anteriores a 1960. As citações de obras da internet devem seguir o mesmo procedimento das citações em papel, apenas com o acréscimo das seguintes informações: “Disponível em: <http://www.xxxxxxxxxx>. Acesso em: dia de mês de ano.” Somente utilizar o local de publicação de periódicos para títulos com incidência em locais distintos, como, por exemplo: Revista de Saúde Pública, São Paulo e Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro. De modo geral, não são aceitas como fontes de referência periódicos ou sites não indexados. Ocasionalmente, o conselho científico editorial poderá solicitar cópias de trabalhos consultados que obrigatoriamente deverão ser enviadas. Não utilizar SID, BID e outros. Escrever por extenso “a cada 12 horas”, “a cada 6 horas” etc. Com relação aos princípios éticos da experimentação animal, os autores deverão considerar as normas do SBCAL (Sociedade Brasileira de Ciência de Animais de Laboratório). Informações referentes a produtos utilizados no trabalho devem ser apresentadas em rodapé, com chamada no texto com letra sobrescrita ao princípio ativo ou produto. No rodapé devem constar o nome comercial, fabricante, cidade e estado. Para produtos importados, informar também o país de origem, o nome do importador/distribuidor, cidade e estado
Revista Clínica Veterinária / Redação Rua dr. José Elias 222 CEP 05083-030 São Paulo - SP cvredacao@editoraguara.com.br
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 105, julho/agosto, 2013
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SAÚDE PÚBLICA
Tratar ou matar cães com LVC?
A realidade brasileira vista e criticada pela comunidade científica internacional durante o Worldleish5 Albúm de fotos: http://goo.gl/tTb5X
“O Worldleish5 atendeu a todas as nossas expectativas, com o elevado nível do conteúdo científico apresentado e discutido no programa geral e a quantidade recorde de participantes, com quase 1.400 inscritos oriundos de 50 países de todos os continentes”, destacou o dr. Sinval Pinto Brandão Filho, membro do comitê organizador. O dr. Filipe Dantas-Torres, membro do comitê organizador e do Brasileish, destacou também que “o nível geral dos estudos apresentados no congresso foi bastante elevado, graças à participação massiva de pesquisadores renomados de vários países e ao enorme esforço dos membros da comissão científica no intuito de selecionar os melhores trabalhos”
“O momento é extremamente oportuno: contamos com a pressão internacional, com o Judiciário Brasileiro e com a mobilização social para não mais aceitar a política imposta pelo governo sobre o controle da leishmaniose no Brasil”. Esta frase, que resume bem o cenário atual da leishmaniose visceral no Brasil, encerra o artigo A portaria caiu, e agora?, publicado na ANDA, Agência de Notícias de Direitos Animais, após a realização do Worldleish5 - http://www.anda. jor.br/14/06/2013/a-portaria-caiu-e-agora . O artigo é de Antoniana Ottoni, com a colaboração do dr. Paulo Tabanez, médico veterinário infectologista e diretor do Hospital Veterinário Prontovet, de Brasília, DF, e membro fundador do Brasileish. “Revisões sistemáticas da literatura mundial sobre o assunto apontam que a eutanásia como forma de controle da doença não é eficaz e, muito menos, aceitável. Vários pontos contribuem para isto: baixa acurácia dos testes sorológicos (falso-positivos e falso-negativos), longo tempo entre a realização do exame e a remoção do animal, alto percentual de animais assintomáticos, o fato de o cão não ser o único reservatório, baixa adesão do tutor devido ao aspecto emocional envolvido na relação tutor-cão (o animal não é entregue a eutanásia), fuga dos tutores para outras áreas, tratamento indevido (uso de drogas ilícitas e sem critério médico veterinário), alta taxa de reposição dos animais que são eutanasiados e não educação da população para métodos preventivos (vacinação, uso de repelen-
(-)
Porto de Galinhas, local da realização do Worldleish5 14
(+)
Detalhes dp novo teste adotado pelo Ministério da Saúde, o DPP (Dual Path Platform), que utiliza a tecnologia de imunoensaio cromatográfico - http://www.bio.fiocruz.br. As setas preta e vermelha indicam como aparecem os resultados (negativo ou positivo). Apesar da sua praticidade, recebeu críticas durante o congresso, focadas na ocorrência de resultados falsos-negativos
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 105, julho/agosto, 2013
Congressistas lotaram a sala e muitos assistiram em pé às apresentações feitas para o tema “Tratar ou matar: qual direção deve a sociedade (e os cães) seguir?” Os aplausos fervorosos durante a apresentação do presidente do Brasileish mostraram que há muita esperança em mudanças nas políticas de saúde Tratar ou matar cães com LVC? Tema lotou a sala e merecia auditório principal. Muitos não conseguiram entrar...
tes, cuidados com o ambiente etc)”. Por motivos como esses e a grande esperança de mudanças, o tema “Tratar ou Matar: Qual Direção Deve a Sociedade (e os Cães) Seguir?” gerou grande interesse no público que lotou a sala para assistir às apresentações dos quatro debatedores: Vera Camargo e Francisco Edilson, pelo lado governamental; e Vitor Márcio Ribeiro, pre-
sidente do Brasileish, e Marco Ciampi, pela ONG Arca Brasil, defendendo uma mudança no quadro atual brasileiro, focando-se na campanha “Prevenção É a Única Solução h t t p : / / w w w. o c a o naoeovilao.org.br/ .
Durante debate com participação de representantes do governo, ficou clara a falta de evidências para o abate canino e que não há motivo para que os cães não sejam cuidados pelos médicos veterinários e seus donos
Leishmaniose visceral canina: aspectos de tratamento e controle
http://www.revistaclinicaveterinaria.com.br/v1/edicoes_ver.php?ver=71
Há décadas o tratamento canino da leishmaniose visceral vem evoluindo. Em 2009, nos anais do Worldleish4, realizado na Índia, consta o trabalho desenvolvido em Belo Horizonte pelo dr. Vitor Márcio Ribeiro: IMMUNOTHERAPY WITH LEISHMUNE® IN DOGS NATURALLY INFECTED WITH L. INFANTUM - http://goo.gl/aXYJl . Este ano, trabalho semelhante também foi apresentado, mas com outra vacina, a Leishtec®. Os últimos avanços na prevenção da leishmaniose canina podem ser conferidos em: http://download.cell.com/trends/parasitology/pdf/PIIS1 471492213000755.pdf?intermediate=true
LeishVet guidelines for the practical management of canine leishmaniosis http://www.parasitesandvectors.com/ content/4/1/86
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SAÚDE PÚBLICA
Simpósio satélite Bayer Leishvet
Norbert Mencke (Bayer), Gad Baneth e Guadalupe Miró (LeishVet) A programação científica do LeishVet Satellite Symposium on Canine Leishmaniosis teve a participação de especialistas de diferentes países. Na foto, à direita, representantes da Bayer: Norbert Mencke e Karen Zoreck
Reunião histórica ocorreu ao final do "LeishVet Satellite Symposium on Canine Leishmaniosis": membros do Leishvet, grupo europeu de especialistas em leishmanioses, reuniram-se com membros do Brasileish e outros especialistas latino-americanos. O foco da reunião foi o compartilhamento de informações da realidade brasileira e demais países do continente sul-americano. Que venham os frutos desse primeiro encontro!
Conteúdo científico compartilhado pela Bayer com os participantes do LeishVet Satellite Symposium on Canine Leishmaniosis. A Bayer também possui vídeos que abordam o tema e que estão disponíveis para acesso on line: http://www.cvbdwebconference.com Worldleish 5 - Abstract Book: http://goo.gl/HibNB http://goo.gl/jp5Su http://goo.gl/tXJdf 16
Segundo o dr. Filipe Dantas-Torres, membro do comitê organizador e do Brasileish, “o congresso foi particularmente importante para países como o Brasil, onde medidas de controle como a eutanásia de cães ainda continuam a ser praticadas”. Destacou também que “as evidências científicas irrefutavelmente demonstram que o uso de repelentes e a vacinação são as estratégias mais eficazes disponíveis atualmente para o controle da LVC” Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 105, julho/agosto, 2013
Este ano, o dr. Vitor Márcio Ribeiro, presidente do Brasileish, voltou a publicar sobre imunoterapia: Evaluation of immunotherapy assessment Leishtec® associated with allopurinol in dogs naturally infected by Leishmania infantum - preliminary results. No congresso anterior publicou Immunotherapy with Leishmune® in dogs naturally infected with L. infantum - http://goo.gl/aXYJl
Informação científica sobre leishmaniose visceral canina A Zoetis compartilhou com os congressistas catálogo de trabalhos e publicações sobre leishmaniose visceral canina. Além disso, realizou o Simpósio Zoetis: Atualizações e novas pesquisas acerca da leishmaniose visceral canina, abordando os temas: - imunopatogenia e sinais clínicos da leishmaniose visceral canina, com Paulo Tabanez; - indicadores clínicos e laboratoriais da infectividade canina, com Vitor Márcio Ribeiro; - diminuição da carga parasitária em medula óssea em cães vacinados com Leishmune®, com Adriane Pimenta da Costa Val Bicalho; - alterações imunológicas em leucócitos do sangue periférico de cães imunizados com vacinas de primeira e segunda geração contra a leishmaniose visceral canina, com Olindo Assis Martins Filho.
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NOTÍCIAS
Primeiro congresso brasileiro da Anclivepa em Natal. Sucesso total! Albúm de fotos: http://goo.gl/gG5yk
Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais- Rio Grande do Norte
Prezados(as) Expositores(as), Apoiadores(as), Patrocinadores(as),
Recepção dos congressistas com muita simpatia e alegria
O 34º CONGRESSO BRASILEIRO DA ANCLIVEPA - 2013 alcançou um sucesso absoluto. Participaram mais de 3.349 pessoas, entre congressistas, convidados e visitantes. Foram 7 salas simultâneas de palestras, 5 eventos paralelos, 63 palestrantes entre nacionais e internacionais. A cidade do sol, capital potiguar, por meio de seu povo hospitaleiro, teve imenso prazer em recebê-los. Aqui, na esquina das Américas, onde temos mais de trezentos dias anuais ensolarados e refrescados pela brisa atlântica constante, passamos quatro dias juntos. Neste período, assistimos palestrantes experientes, mesclados com notáveis revelações, discorrendo sobre temas relevantes, tanto na prática cotidiana do clínico, quanto nos resultados das mais avançadas pesquisas. Na Expoanclivepa, que contou com mais de sessenta empresas em exposição, estivemos em contato com os principais lançamentos em tecnologias de serviços, equipamentos e produtos. Foram realizadas três festas de confraternização, promovidas pelas empresas ORGANNACT, VETNIL e a última no dia 10 de maio pela ANCLIVEPA-RN, que proporcionaram o encontro e a alegria dos congressistas. Não dispensando nas horas vagas passeios pelas mais belas praias do nordeste brasileiro, respirando ar puro e saboreando rica culinária baseada em frutos do mar. Agradeço imensamente aos nossos patrocinadores, apoiadores e expositores da EXPOANCLIVEPA 2013, que deram um espetáculo à parte. Muito obrigado!!!! Med.Vet. Alex Freitas - presidente-rn@anclivepa2013.com.br (Presidente da ANCLIVEPA/RN e presidente do CBA 2013)
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Vetnil lança três produtos e é destaque da Anclivepa 2013 “Essa foi a 10ª edição que contou com a Vetnil entre os principais patrocinadores do CBA”, diz Cristiano de Sá, diretor de marketing e novos negócios da empresa. O laboratório veterinário, que está entre os melhores do Brasil, marcou sua participação com diversas ações voltadas à classe veterinária, como o Prêmio Veterinário do Ano, realizado em parceria com a Anclivepa Brasil e o Luau Vetnil. Localizado logo na entrada da exposição, o espaço da Vetnil disponibilizou três novidades em primeira mão aos profissionais presentes. A empresa apresentou a nova versão do Promater® Pó, em embalagem de 100g, ideal para pássaros. Outra novidade é o Shampoo Pelo & Derme® Hipoalergênico, que possui óleo de melaleuca, agente hipoalergênico natural, que garante frescor para a pele, Aloe vera, que hidrata a suaviza a pele com suas propriedades umectantes, e arginina, que nutre profundamente o bulbo capilar, para uma pelagem macia e brilhante. Além disso, a Vetnil lançou um produto com suporte ideal para animais de idade avançada: Geripet®, formulado para suprir as necessidades nutricionais dos cães e gatos
acima de sete anos de idade. Prêmio Veterinário do Ano Durante a abertura do CBA, a Vetnil e a Anclivepa Brasil anunciaram a vencedora do “Prêmio Veterinário do Ano Vetnil - Anclivepa Brasil 2012”. A médica veterinária Maria Alessandra Martins del Barrio foi a eleita na categoria Voto Veteriná rio. A iniciati va da Vetnil em parceria com a Anclivepa Brasil visa homenagear o trabalho dos médicos veterinários. A vencedora foi homenageada durante a cerimônia de abertura do evento e recebeu a quantia de R$ 3.500,00.
Detalhe de falésia no litoral próximo à cidade de Natal
“A Vetnil agradece a todos os médicos veterinários que participaram da votação e parabeniza, mais uma vez, a doutora Maria Alessandra Martins del Barro pela conquista”, diz o diretor. O período de indicações para o próximo prêmio veterinário do ano já começou. Até agosto de 2013, os médicos veterinários podem indicar profissionais ou se inscrever diretamente pelo email veterinariodoa no@vetnil.com.br. Após essa fase, no período de setembro de 2013 a abril de 2014, será aberta a votação no site da Vetnil para eleger o profissional do ano. Entre os prêmios estão a participação em um congresso de veterinária realizado em qualquer país da América Latina, com hospedagem e transporte pagos, divulgação e homenagem pela conquista do prêmio, e uma quantia no valor de R$ 3.500,00. Prêmio Inove Vetnil Anclivepa Brasil O Prêmio Inove Vetnil Anclivepa Brasil tem o objetivo de incentivar a pesquisa e a inovação na medicina veterinária. O prêmio é dividido em duas categorias: estudante e profissional. Cada participante poderá enviar até 2 (dois) trabalhos técnicos relacionados ao tema: “Uso de nutrientes funcionais na clínica de pequenos animais”. Os trabalhos serão avaliados por uma banca examinadora da Anclivepa Brasil e deverão ser enviados diretamente para o e-mail inove@vetnil.com.br até 31/01/14. Serão premiados 6 (seis) trabalhos, sendo 3 (três) em cada categoria. Entre os prêmios estão inscrições para o CBA 2014, com hospedagem e transporte pagos, além de tablets e netbooks.
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NOTÍCIAS
O congresso contou com diversos palestrantes de renome nacional e internacional. Porém, o tema leishmaniose visceral canina, abordado no Simpósio Tecsa, ultrapassou as expectativas dos organizadores, lotando a sala de apresentação e causando mobilização dos que não conseguiram entrar. O episódio foi sanado com a repetição de palestra no auditório principal Fábio Nogueira, membro do Brasileish, apresentou palestra sobre os métodos de prevenção da leishmaniose visceral canina
Paulo Cesar Rodrigues Tabanez, médico veterinário membro do Brasileish, além de falar sobre a etiopatogenia da leishmaniose visceral canina no Simpósio Tecsa, também apresentou os trabalhos científicos: Imunoquimioterapia com Leishmune® como tratamento para leishmaniose visceral canina – relato de caso e Despigmentação nasal causada por Leishmania infantum
A revista Clínica Veterinária esteve presente promovendo: o acervo digital da revista – http://www.revistaclinicaveterinaria.com.br ; o Vet Game – http://www.vetgame.com.br ; o Pet Vet TV – http://www.petvettv.com.br ; e toda a coleção de livros distribuídos pelo ProBem – http://www.probem.info
Vet Game: capacitação e treinamento profissional 22
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NOTÍCIAS
Cursos e congressos em Minas Gerais á alguns anos o ExpoMinas vem sendo H palco da realização do Congresso Mineiro de Especialidades Veterinárias e da Expovet.
Isso é muito importante para a consolidação do espaço que, no ano que vem, sediará o Congresso Brasileiro de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (CBA 2014). Na Expovet, as novidades despertaram grande interesse do público. Na Pet Society, por exemplo, as apresentações do Programa de Educação Continuada foram bastante prestigiadas. O groomer e consultor Waldecir Alexandre da Silva, em apresentações sobre estética canina, lotou o espaço da empresa. A promoção e o incentivo à atividade de imunizações através de centro de imunização profissional foi destaque importante no stand da Zoetis e merece a atenção de todos os veterinários. A figura do centro de imunização agrega valor ao serviço prestado e diferencia o profissional veterinário. Além da realização desse importante evento anual, a Anclivepa-MG segue bastante empenhada no CBA 2014 e em cursos de longa duração. Confira abaixo alguns módulos dos cursos de oncologia e de ortopedia. Participe!
A estética canina foi destaque no evento
Alexandre Rossi, o dr. Pet, marcou presença interagindo com o público no stand da AnclivepaMG e também dando palestra sobre comportamento e bem-estar animal
Vacinas em unidade de conservação monitorada pelo sistema Smart da Metalfrio
ONCOLOGIA
ORTOPEDIA
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NOTÍCIAS
V Simpósio de Nutrição Clínica de Cães e Gatos: A Inter-relação Nutrição e Doença 5ª edição do Simpósio de Nutrição A Clínica de Cães e Gatos ocorrerá nos dias 22 e 23 de novembro de 2013.
O simpósio é promovido pelo Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, sob a coordenação do prof. dr. Aulus C. Carciofi e organizado pelos alunos de pós-graduação. O evento é bienal, e nestes dez anos tem tido sempre grande procura, com mais de 150 inscritos, refletindo o interesse dos médicos veterinários pela nutrição dentro do dia a dia na prática clínica. Por acontecer no contexto do grupo de estudos de nutrição e nutrição clínica de cães e gatos da Unesp-Jaboticabal, o evento costuma abordar alguns temas com mais profundidade do que se observa em congressos gerais. Neste ano será focada a complexidade das doenças do trato urinário e a respectiva nutrição clínica. E não é à toa. Érico de Mello Ribeiro, médico veterinário formado na Universidade Federal de Pelotas, RS, cursando o segundo ano de aprimoramento em nutrição e nutrição clínica de cães e gatos na UnespJaboticabal atende diariamente no hospital veterinário. Segundo ele, "a casuística de animais com doença renal crônica, urólitos uretrais e vesicais é muito grande, e a progressão desses quadros é muito influenciada pela dieta". Duas especialistas de renome darão início ao simpósio: a profa. dra. Marileda Bonafim Carvalho (Unesp-Jaboticabal), falará sobre a “Abordagem diagnóstica e terapia da doença renal” e a profa. dra. Márcia Mery Kogika (FMVZ-USP), sobre “Urolitíases em cães e gatos: diagnóstico e tratamento médico”. Em seguida a dra. Juliana T. Jeremias, que tem mestrado e doutorado pela Unesp-Jaboticabal na área de concentração “nutrição de cães e gatos”, discorrerá sobre “Urolitíases em cães e gatos: suporte alimentar”. Esse grupo de palestras se encerrará, na sequência, com dois períodos utilizados pela profa. dra. Cecília Villaverde, da Universitat Autònoma de Barcelona, Espanha, para abordar a “Terapia nutricional do
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paciente com doença renal”. A dra. Villaverde é médica veterinária com doutorado em nutrição de cães e gatos e diplomada pelo American College of Veterinary Nutrition (ACVN*) e pelo European College of O simpósio ocorrerá no Centro de Convenções da Veterinary Comparative FCAV/Unesp, campus de Jaboticabal, SP Nutrition (ECVCN**). Para quem não e “Mitos em nutrição de cães e gatos”, conhece, é importante explicar que que serão proferidas pelo dr. Carciofi. “Dieta caseira: uso em nutrição clíniessas diplomações não são fáceis de conseguir. Requerem no mínimo dois ca”, embora seja um tema antigo, mereanos de dedicação cada uma, com deze- ce no atual momento ter seus conceito nas de semanas de treinamento prático abordados de forma clara e cientificaem atendimento em nutrição clínica e mente fundamentada. Ele estará a cargo execução de pesquisa científica, apri- da dra. Márcia O. S. Gomes, profa. de moramento em eventos técnicos especí- pós-graduação na Unicastelo, profissional com quase uma década de dedicação ficos e aprovação em um exame final. Já enfocando o sistema digestório, a à nutrição e doutorado com período de profa. dra. Lilian Rose Marques Sá colaboração em Berlim. O evento, como sempre, terá em seu (FMVZ/USP) falará das “Doenças intestinais crônicas” enquanto a dra. encerramento uma mesa redonda. Os Villaverde explanará a “Terapia nutri- assuntos são sugeridos na hora pela cional do paciente com enteropatia com própria plateia que questiona, debate perda proteica” e a “Terapia nutricional conduta clínica e incita pesquisas. Quer levar sua dúvida para o debate? do paciente com hepatopatia”. As vagas são limitadas, as inscrições Abordando diferentes formas de alimentar os animais, haverá duas pales- já estão abertas, e o desconto é exprestras: “Suporte nutricional parenteral”, sivo para quem se antecipar. Para facilitar a movimentação dos pelo médico veterinário Fábio A. Teixeira, participante do programa de participantes, a Unesp-Jaboticabal fornutrição clínica da Unesp-Jabotical; e necerá, salvo por motivo de força “Suporte nutricional enteral”, pelo prof. maior, um ônibus gratuito que fará o transporte dos participantes dos hotéis e dr. Márcio A. Brunetto da FMVZ/USP. Para quem está começando na nutri- restaurantes até o local do evento. ção clínica de animais de estimação, ou para quem quer experimentar um pri- Informações: Tel: (16) 3209-1303. meiro contato, o simpósio também é http://www.funep.org.br/mostrar_ev indicado. Duas palestras especialmente ento.php?idevento=358 interessarão a esse público: “Integrando http://www.nutricao.vet.br/simp_nut a nutrição clínica à prática veterinária” _clin.php * Mais informações sobre em que implica ser Diplomado pelo ACVN podem ser conseguidas na entrevista concedida ao website nutrição.Vet: http://nutricao.vet.br/entrev11_andreafascetti_2011.php#parte09 ** Mais informações sobre o programa do Colégio europeu de nutrição veterinária comparada, em: http://www.esvcn.eu/joint_nutrition/jns/college_board/college.htm
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Cristiana S. Prada omelhorparaoseucliente@nutricao.vet.br
Médica veterinária, Ms nutrição.Vet - www.nutricao.vet.br
BEM-ESTAR ANIMAL
Vereador quer proibir venda de cães e gatos em pet shops No final de abril desse ano, a Câmara de Vereadores de Salvador aprovou projeto de lei que proíbe a venda de cães e gatos em pet shops, mas permitindo sua comercialização em canis e gatis. A proposta ainda precisa ser sancionada pelo prefeito ACM Neto. O vereador Marcel Moraes do PV propôs a presente lei com o argumento de que os animais sofrem maus tratos e são tratados como mercadorias nos pet shops. O assunto vem gerando polêmica, mas é importante trazer para a discussão um exemplo de negócio de sucesso que não envolve a venda de cães e gatos: a rede norte-americana Pet Smart. Nas lojas Pet Smart os consumidores encontram diversos serviços para cães e
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gatos, alimentos e os mais variados tipos de acessórios. Nenhum cão ou gato é vendido. Porém, a Pet Smart incentiva amplamente a adoção desses animais. Contabilizando as adoções feitas desde 1994, acumulam-se mais de 5 milhões de adoções. Pet Smart e adoções: Na prática, a rede Pet http://pets.petsmart.com/adoptions Smart consegue criar um vínculo afetivo entre os seus clientes e os comercializa vidas, para empresa que animais para adoção, ambos consumido- salva vidas. res dos produtos da Pet Smart. Além Leis são importantes, mas podem disso, cria uma imagem excepcional e de levar muito tempo em tramitação. Já as excelência para sua marca, pois deixa de ações de marketing, podem ter resultalevar a identificação de empresa que dos imediatos, duradouros e benéficos.
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BEM-ESTAR ANIMAL
Bio Brazil Fair e Naturaltech batem recorde de público e expositores
Albúm de fotos: http://goo.gl/Y2ubF
Recorde de público na Bio Brazil Fair e Naturaltech
A Bio Brazil Fair e a Naturaltech, realizadas de 27 a 30 de junho, em São Paulo, SP, contabilizaram mais de 250 produtores, processadores e fabricantes – número 25% maior que o da edição anterior –, ocuparam 7 mil m² do pavilhão da Bienal do Ibirapuera e receberam mais de 21 mil profissionais do setor e consumidores finais. No ano passado, já havia expositores com produtos para animais, mas este ano os visitantes puderam conferir grandes novidades para o setor pet. A principal delas e de grande destaque foi Adivita, uma nova proposta de petiscos, elaborados com ingredientes de padrão de consumo humano e especialmente saudáveis para os pets. Adivita traz o conceito do consumo consciente, valorizando as matérias-primas da agricultura familiar e sem o uso de ingredientes de origem animal. Além disso, é hipoalergênico e isento de conservantes e corantes artificiais. Outra empresa que também trouxe produtos interessantes para os pets foi a Preserva Mundi, fazenda que produz produtos naturais e orgânicos à base das árvores Neem (Azadirachta indica). Também ocorreu paralelamente o 6º Seminário Alimentação Ética, Saudável e Sustentável, promovido pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), com um dia inteiro de palestras. Entre os temas apresentados destaca-se a palestra de Marly Winckler, com a apresentação do Selo 'SVB Aprova' para empresas com produtos veganos e Compaixão e animais, de Nina Rosa Jacob. A SVB também aproveitou a oportunidade para promover um grande even32
Completando 10 anos, SVB faz pré-lançamento de selo vegano, realiza o 6º Seminário Alimentação Ética, Saudável e Sustentável e divulga grande evento a ser realizado em Curitiba, PR, o Vegfest, de 25 a 29 de setembro de 2013 - http://www.vegfest.com.br
Produtos à base de Neem (repelentes)
to: o Vegfest / 4º Congresso Vegetariano Brasileiro, entre os dias 25 e 29 de setembro de 2013. O evento terá como temática central a formação desta massa crítica de vegetarianos, que, segundo pesquisas do IBOPE, já constituem cerca de 16 milhões de brasileiros. Ocorrendo no ano em que a SVB completa 10 anos de atuação, o Vegfest não será apenas um congresso, e sim um grande festival com atividades distribuídas principalmente entre o Mercado Municipal de Curitiba e a Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Serão
Adivita, biscoito para pets com certificação de produto orgânico http://www.adivita.com.br
mais de 70 palestrantes e uma série de atividades culturais e artísticas, com os maiores nomes do movimento vegetariano do país. A UFPR cederá para o evento o espaço do seu Campus de Ciências Agrárias, no central bairro de Cabral, durante os dias 25, 26 e 27 de setembro (quarta a sexta). Já para os dois últimos dias do evento (28 e 29), o Vegfest "se muda" para o Mercado Municipal de Curitiba, um dos mais bonitos e ativos mercados públicos do país — que conta com um grande setor apenas para produtos orgânicos. Esse mercado cresce dia a dia. Porém, muitos produtos que possuem perfil similar ao dos expostos na Bio Brazil Fair e na Naturaltech não costumam ser encontrados em pet shops, mas sim em lojas de produtos naturais. Porém, o lançamento de produtos diferenciados como a linha Adivita pode mudar essa tendência do mercado.
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Interação homem-animal
O processo da descoberta e do tratamento de câncer em animais de companhia na visão da psico-oncologia
A
tário que nunca viu seu animal doente ou debilitado. Também é um período de muita dedicação, que envolve a dedicação de tempo e cuidados ao paciente, além do investimento financeiro. O paciente em período pós-operatório de uma cirurgia invasiva ou mutilante necessita de cuidados especiais e, por isso, torna-se muito dependente de seu dono para atividades básicas, como alimentação, eliminação e auto-higiene. Da mesma forma, os animais que apresentam efeitos colaterais após a quimioterapia, como inapetência, vômitos, diarreia ou infecções oportunistas por queda de resistência, também necessitam do suporte de um cuidador. Tudo isso deve ser discutido e considerado no momento da decisão sobre o tratamento a ser ministrado. A dedicação dos proprietários aos seus animais doentes durante o período de tratamento pode levar a uma não planejada quebra de rotina de trabalho ou de lazer. A observação da degradação física e do sofrimento evidente de um animal amado pode se tornar um fator de estresse físico e psíquico para o proprietário. O suporte técnico e também afetivo da equipe que assiste os pacientes durante o tratamento pode minimizar o Hospital Veterinário da UFMG
Hospital Veterinário da UFMG
É normal que, após o impacto do diagnóstico, os proprietários do animal tenham necessidade de um momento de reflexão. Alguns deles, principalmente aqueles que são muito apegados aos seus bichos de estimação, podem experimentar um período de desorganização psíquica e ficar sem condições de decidir ou agir, mesmo se bem orientados pelo veterinário. A partir de observações feitas durante a prática clínica em oncologia de pequenos animais, percebemos que, quando o vínculo de confiança entre o proprietário e o veterinário é satisfatório, a experiência tende a ser menos conflituosa. Em algumas situações, o apoio de um psicólogo pode ser importante. Oferecer informações sobre a doença além das contidas em livros, artigos ou manuais técnicos – como, por exemplo, conversas com proprietários de outros animais com o mesmo diagnóstico –, possibilitar o contato ou apresentar vídeos de animais em tratamento e de pacientes já tratados podem ser formas de o proprietário vislumbrar a doença e os procedimentos que a cercam de maneira mais realista. O período de tratamento compreende vários temores e experiências individuais, principalmente para um proprie-
Hospital Veterinário da UFMG
O
caminho percorrido pelo proprietário de um animal com câncer é árduo e pode incluir momentos difíceis, como o diagnóstico, as etapas do tratamento, as possibilidades de desfecho (cura, controle da doença ou óbito) e o luto. Nosso grupo, composto por veterinários e psicólogos com experiência em oncologia, tem se dedicado ao estudo do processo da descoberta e do tratamento de câncer em animais de estimação. O texto abaixo apresenta e destaca os momentos de maior impacto sofridos pelos proprietários durante esse processo. A confirmação do diagnóstico de câncer em um animal de companhia que tem importância no contexto familiar em que está inserido é sempre um momento estressante. Recomendamos que o veterinário use, ao mesmo tempo, de sensibilidade e clareza ao prestar informações sobre as possibilidades de cura, as complicações e os efeitos colaterais envolvidos no tratamento. É altamente desejável que os proprietários e os veterinários estabeleçam um vínculo de confiança e empatia desde as conversas iniciais, facilitando assim as decisões a tomar e o planejamento do tratamento de comum acordo.
B
C
Gata apresentando considerável redução da lesão após 3ª (A) e 4ª (B e C) sessões de quimioterapia intralesional, com carboplatina respectivamente (Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 98, p. 64-70, 2012) 36
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Membros do grupo Psiconvet
tempo antes da indução da perda de consciência (indução anestésica). O proprietário que presencia a perda de consciência de seu bicho de estimação de forma tecnicamente adequada normalmente se sente melhor ao constatar que o animal dorme serenamente. O passo seguinte, a indução de parada cardiorrespiratória, também pode ser realizado na sua presença, se ele assim o desejar. Os enfermeiros e técnicos encarregados dos cuidados do corpo do animal após o óbito devem manipular e assumir postura de respeito durante todo o procedimento, principalmente na presença do proprietário. Envolver o corpo com cobertores e lençóis ou ainda outros objetos que o dono tenha separado para esse momento é uma forma de respeito e consideração ao seu luto, da mesma forma que permitir a sua permanência com o animal por algum tempo, para que ele se despeça. Não é raro os proprietários relatarem que seu luto não é reconhecido pelos familiares, colegas de trabalho ou mesmo pelos amigos. Alguns se sentem constrangidos ao ser criticados por pessoas que consideram banal a morte de um ser que “não passa de um cão ou um gato”. O luto não reconhecido pode transformar o sofrimento solitário e silencioso em trauma. O processo de luto invariavelmente envolve perda e sensação de vazio. A mudança de rotina, especialmente no caso de proprietários que têm uma ligação afetiva muito grande com seu bicho de estimação, pode reforçar a tristeza e levar à depressão. Para evitar esse isolamento, sugerimos que o proprietário enlutado seja capaz de manter e estimular vínculos afetivos com amigos e familiares, assim como a prática de atividades prazerosas. Concluindo, a experiência do proprietário de um animal que adoece de câncer é complexa e envolve aspectos físicos, emo-
cionais e sociais. A partir da identificação dos momentos de maior impacto, nosso grupo propõe sugestões que podem suavizar essa experiência e minimizar o sofrimento e as dificuldades encontrados nesse processo. Bernando Kemper
estresse dos proprietários. Observamos que os animais que recebem suporte em centros de terapia intensiva se recuperam mais rapidamente e com mais conforto de períodos pós-operatórios difíceis e dos episódios de efeitos colaterais severos da quimioterapia. Os proprietários de pacientes que evoluem desfavoravelmente, seja por complicações severas de cirurgias ou por quimioterapia, seja pelo avanço da doença, experimentam sensações de tristeza, frustração e angústia diante da possibilidade de óbito iminente. Um momento bastante difícil é aquele em que o proprietário considera a possibilidade da eutanásia. Aceitar que essa seja a melhor saída é sem dúvida uma constatação muito frustrante. A decisão pela eutanásia deve ser tomada pelo proprietário, assistido ou não por outros profissionais, amigos, companheiros, psicólogos, veterinários e técnicos. Sugerimos que o procedimento de eutanásia, muitas vezes solicitado, seja feito na presença do proprietário. Deve ser realizado em local reconfortante ou, se possível, similar ao ambiente da casa do animal. Salas com baixa luminosidade, silenciosas e climatizadas são mais adequadas do que os ambientes extremamente iluminados, azulejados e metálicos dos consultórios e clínicas veterinárias. Devemos oferecer ao proprietário a possibilidade de permanecer com o animal no momento de despedida, e, se for solicitado, devemos respeitar que ele permaneça ao seu lado por algum
Paciente com neoplasia óssea apendicular submetido ao procedimento de hemipelvectomia, demonstrando apoio normal do membro pélvico esquerdo (Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 102, p. 50-58, 2013) Integrantes Renata Afonso Sobral – médica veterinária Hannelore Fuchs – médica veterinária e psicóloga Régis Siqueira Ramos – psicólogo Joelma dos Santos Ruiz – psicólogo Gissele Rolemberg Oliveira Santos – médica veterinária Aline Machado de Zoppa – médica veterinária Simone Crestoni Fernades – médica veterinária Flávia Sayegh – psicóloga Os encontros do psiconvet ocorrerem em média uma vez ao mês e os interessados em participar devem enviar e-mail para: renatasobral@oncocane.com Grupo Psiconvet Avenida Miruna, 591, Moema São Paulo, SP (11) 2574-7989 e (11) 3791-3754
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Oncologia Quimioterapia metronômica em cães e gatos – revisão de literatura Metronomic chemotherapy in dogs and cats – a review Quimioterapia metronómica en perros y gatos – revisión de la literatura Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 105, p. 40-48, 2013 Sabrina Marin Rodigheri
MV, MSc., PPGCV/FCAV/Unesp-Jaboticabal docente - CMV/FEPAR smrodigheri@yahoo.com.br
Andrigo Barboza De Nardi MV, PhD, prof. assist. FCAV/Unesp-Jaboticabal
andrigobarboza@yahoo.com.b
Resumo: A quimioterapia metronômica representa uma recente opção terapêutica na oncologia veterinária. É caracterizada pelo uso contínuo de fármacos antineoplásicos em doses inferiores à dose máxima tolerada, administrados preferencialmente por via oral, a intervalos curtos e regulares. O controle da neoplasia é obtido mediante a exposição contínua das células tumorais aos fármacos citotóxicos, a inibição da angiogênese tumoral e modificações na imunologia tumoral. As vantagens dos protocolos metronômicos incluem baixa toxicidade, facilidade de administração, baixo custo e menores índices de resistência aos fármacos antineoplásicos. O objetivo desta revisão é descrever o mecanismo de ação, as indicações terapêuticas e os resultados de estudos relacionados à quimioterapia metronômica no tratamento de neoplasias em cães e gatos. Unitermos: oncologia veterinária, câncer, angiogênese, imunologia tumoral Abstract: Metronomic chemotherapy represents a recent therapeutic option in human and veterinary oncology. It is characterized by continuous use of antineoplastic drugs at doses lower than the maximum tolerated dose, which are administered preferably orally and in close and regular intervals. Tumor control is obtained by continuous exposure of cancer cells to the drugs, inhibition of tumor angiogenesis and alterations in tumor immunology. The advantages of the metronomic protocols include low toxicity, easier administration, low cost and lower rates of resistance to antineoplastic drugs. The aim of this review is to describe the mechanism of action, indications and the results of studies related to metronomic chemotherapy in the treatment of cancer in dogs and cats. Keywords: veterinary oncology, cancer, angiogenesis, tumoral immunology Resumen: La quimioterapia metronómica representa una alternativa terapéutica nueva en la oncología veterinaria. El tratamiento está caracterizado por el uso continuo de fármacos antineoplásicos a dosis inferiores a la dosis máxima tolerada, que son administrados principalmente por vía oral y a intervalos cortos y regulares. El control de la neoplasia se obtiene mediante la exposición continua de las células tumorales a los fármacos citotóxicos, por inhibición de la angiogénesis, y por modificaciones en la inmunología tumoral. Las ventajas de los protocolos metronómicos son la baja toxicidad, facilidad de administración, bajo costo e índices menores de resistencia a las drogas quimioterápicas. El objetivo de la presente revisión es describir el mecanismo de acción, las indicaciones terapéuticas y los resultados de los estudios relacionados con la quimioterapia metronómica en el tratamiento de neoplasias en perros y gatos. Palabras clave: oncología veterinaria, cáncer, angiogénesis, inmunología tumoral
Introdução O tratamento do câncer em cães e gatos evoluiu significativamente nas últimas décadas, principalmente em decorrência da utilização de diferentes fármacos antineoplásicos 1. Existem inúmeros fármacos citotóxicos que são utilizados rotineiramente na oncologia veterinária, sendo empregados no tratamento de neoplasias hematopoiéticas, em terapias adjuvantes para o controle de micrometástases em potencial, na prevenção de recidivas de tumores sólidos e no tratamen40
to paliativo de tumores irressecáveis ou metastáticos 2. As falhas na obtenção de cura e a ocorrência de efeitos adversos associados aos protocolos quimioterápicos convencionais têm provocado o aumento de pesquisas em busca de outras opções terapêuticas, mais eficazes contra as neoplasias e menos tóxicas aos pacientes 3. Uma das filosofias relacionadas à terapêutica oncológica sugere que o câncer é uma doença crônica, e por esse motivo deve ser tratado como tal 4. A partir dessa observação, os
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Oncologia Quimioterapia antineoplásica em cães e gatos – uma revisão das opções de tratamento por via oral Antineoplastic chemotherapy in dogs and cats – a review of oral treatment options Quimioterapia antineoplásica en perros y gatos – una revisión de las opciones de tratamiento por vía oral Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 105, p. 50-55, 2013 Sabryna Gouveia Calazans
MV, profa. dra. Curso de Mestrado MVPA/UNIFRAN sgcalazans@gmail.com
Daniel Paulino Jr.
MV, prof. dr. Curso de Mestrado MVPA/UNIFRAN danielcardio@yahoo.com.br
Carlos Eduardo Fonseca Alves
MV, PPG Depto. Clín. Vet. - FMVZ/Unesp-Botucatu carloseduardofa@hotmail.com
Isadora Helena de Sousa Melo aluna de graduação CMV/UNIFRAN
isahelenasousa@yahoo.com.br
Resumo: Apesar de a maioria dos antineoplásicos ser administrada por via intravenosa, há atualmente uma vasta disponibilidade desses fármacos apresentados em drágeas, comprimidos e cápsulas. Algumas vantagens da quimioterapia oral são a possibilidade de um tratamento prático, indolor e bem tolerado. Contudo, a prescrição de medicações citotóxicas para uso domiciliar deve ser criteriosa, para evitar que o tratamento represente risco à saúde dos animais e proprietários. Esta revisão de literatura relaciona e descreve os fármacos ciclofosfamida, clorambucil, melfalano, bussulfano, lomustina, capecitabina, metotrexato, idarrubicina, etoposídeo, mercaptopurina, anti-inflamatórios esteroides e inibidores de ciclo-oxigenase-2 e de tirosina-quinase. Esses medicamentos estão atualmente disponíveis para o uso por via oral na medicina humana e podem ser utilizados para o tratamento do câncer em cães e gatos. Unitermos: canino, felino, oncologia, terapia oral Abstract: Although most anticancer drugs are administered intravenously, several of these drugs are currently available as pills, tablets and capsules. Some advantages of oral chemotherapy are the possibility of a practical, painless and well tolerated treatment. However, prescription of cytotoxic medications for use at home should be done carefully to prevent risks to animal and human health. This literature review lists and describes the drugs cyclophosphamide, chlorambucil, melphalan, busulfan, lomustine, capecitabine, methotrexate, idarubicin, etoposide, mercaptopurine, steroidal anti-inflammatory, cyclooxygenase-2 and tyrosine kinase inhibitors. These drugs are currently available for oral usage in human medicine and can be used for the treatment of cancer in dogs and cats. Keywords: canine, feline, oncology, oral therapy Resumen: A pesar de que la mayoría de los antineoplásicos se presentan por vía endovenosa, existen actualmente un gran número de esos fármacos que se comercializan en forma de grageas, comprimidos y cápsulas. Algunas de las ventajas de la quimioterapia oral son la de ser un tipo de tratamiento práctico, indoloro y bien tolerado. No obstante, la prescripción de medicamentos citotóxicos para su uso en el domicilio del paciente, debe ser criteriosa, a fin de evitar que el tratamiento cause algún riesgo a los animales o al propietario. Esta revisión de la literatura relaciona y describe los fármacos ciclofosfamida, clorambucil, melfalano, bussulfano, lomustina, capecitabina, metotrexato, idarrubicina, etoposídeo, mercaptopurina, antiinflamatorios esteroides e inhibidores de la ciclo oxigenasa 2 y de tiroxina quinasa. Estos medicamentos se encuentran actualmente disponibles para su uso por vía oral en la medicina humana, y pueden ser utilizados para el tratamiento del cáncer en perros y gatos. Palabras clave: canino, felino, oncología, terapia oral
Introdução Os tumores malignos são, atualmente, uma das principais causas de morbidez e mortalidade em animais de companhia. Contudo, com a prática do diagnóstico precoce e a possibilidade de tratamentos mais eficazes, é possível promover 50
a remissão da doença e proporcionar aumento da expectativa de vida dos pacientes. Dentre as formas disponíveis, a quimioterapia antineoplásica vem sendo amplamente utilizada para o tratamento de diversos tipos de câncer em cães e gatos. Apesar de a maioria dos antineoplásicos ser
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Oncologia Metástase de osteossarcoma em osso de cão sem raça definida – relato de caso Osteosarcoma metastasis in bone of a mixed breed dog – case report Metastasis de osteosarcoma en hueso en un perro mestizo – relato de caso Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 105, p. 58-62, 2013 Juliana Moreira Rozolen médica veterinária Clínica Veterinária Portal Vet julirozolen@hotmail.com
Tarso Felipe Teixeira
MV, prof., dr. Universidade UNIP - Campi SJC tarsofelipe@hotmail.com
Resumo: O osteossarcoma (OSA) é um dos principais tipos de câncer ósseo em cães e sua prevalência tem sido cada vez maior. Seu comportamento agressivo é atribuído à alta incidência de metástase e à sua rápida evolução. O objetivo deste estudo foi relatar o caso de um cão sem raça definida, macho, de oito anos, atendido com sinais de dor e claudicação. Foi constatado um tumor na articulação radioulnar esquerda, confirmado pela radiografia que evidenciou a lise óssea. Não se observou metástase nos pulmões ou em outros órgãos. Após a ressecção, o tumor foi diagnosticado como OSA osteoblástico produtivo. Passados três meses, o paciente apresentou os mesmos sintomas em membro pélvico direito. A radiografia do fêmur constatou lise óssea com perda do padrão trabecular, sugestiva de tumor ósseo, e a presença de nódulos radiopacos no pulmão. O animal veio a óbito em vinte dias, e os fragmentos dos tecidos acometidos foram colhidos na necrópsia. Ambos confirmaram se tratar de um OSA osteoblástico. Sabe-se que a metástase de osteossarcoma em tecido ósseo é rara. Unitermos: dor, claudicação, ulna, tumor, pulmão Abstract: Osteosarcoma (OSA) is one of the main types of bone cancer in dogs, with an increased prevalence. Its aggressive behavior is attributed to the high incidence of metastasis and rapid evolution. The aim of this study was to report the case of an eight-year-old mongrel male dog admitted to the veterinary clinic with signs of pain and lameness. A tumor was found in the left radioulnar region, which was confirmed by the radiographic finding of bone lysis. There were no metastases in the lung and other organs. After resection, the tumor was diagnosed as osteoblastic productive OSA. Three months later, the patient developed the same symptoms in right hindlimb. A radiograph of the femur showed bone lysis with loss of trabecular pattern, suggestive of bone tumor, and there were radiopaque nodules in the lung. The animal died after twenty days; affected tissue fragments were collected at necropsy. Histopathological analysis confirmed that it was an osteoblastic OSA. It is known that metastasis of osteosarcoma in bone tissue is rare. Keywords: pain, lameness, ulna, tumor, lung Resumen: El osteosarcoma (OSA) es uno de los principales tipos de cáncer óseo en los perros, y su prevalencia es cada vez mayor. Es un tumor agresivo con alta incidencia de metástasis y rápida evolución. El objetivo de este trabajo fue relatar el caso de un perro mestizo, macho, de ocho años, que llegó a consulta con signos de dolor y claudicación en uno de sus miembros. En el examen radiográfico fue diagnosticado un tumor en la articulación radio cárpica izquierda, con presencia de lisis ósea. No se observó metástasis en pulmón u otros órganos. Una vez extirpado, el examen histopatológico evidenció la presencia de un OSA osteoblástico productivo. Tres meses después, el paciente se presentó a consulta con los mismos signos clínicos en el miembro posterior derecho. La radiografía mostró la presencia de lisis ósea con pérdida del patrón trabecular, sugestivo de tumor óseo, así como también la presencia de nódulos radiopacos en pulmón. El animal murió veinte días después. Durante la necropsia se obtuvieron muestras de los tejidos afectados, que confirmaron la presencia de un OSA osteoblástico. Cabe destacar la baja incidencia de metástasis de osteosarcoma en tejido óseo. Palabras clave: dolor, claudicación, cúbito, tumor, pulmón
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de citologia por aspiração com agulha fina (CAAF) ou biópsia incisional e exame histopatológico. O controle primário do osteossarcoma é realizado por meio da excisão cirúrgica radical do tecido ou do membro acometido, o que nem sempre resulta na cura. Quando essa opção terapêutica é associada ao uso de quimioterapia adjuvante sistêmica, a sobrevida dos pacientes parece aumentar 16. Relato de caso No presente estudo, relata-se o caso de um cão macho sem raça definida, de oito anos de idade e pesando 21 kg. Foi atendido durante consulta de rotina na Clínica Veterinária Portal Vet, no município de Santa Isabel, SP, em maio de 2012; a principal queixa do proprietário era emagrecimento precoce e gradativo. Outras queixas relatadas foram claudicação, dor na palpação e restrição de movimento, devido à tumoração em articulação radioulnar esquerda, com presença de solução de continuidade local e pus. Após avaliação radiográfica, suspeitou-se de tumor ósseo em região de membro torácico (Figura 1A e B). A fim de se definir o estágio da doença, foi realizado o estadiamento clínico, com análise radiográfica do tórax em três projeções distintas, não sendo evidenciados sinais compatíveis com processos metastáticos no pulmão (Figura 2). O paciente foi então submetido à excisão cirúrgica do membro, e amostras do tecido contendo o tumor foram enviadas para a análise anatomopatológica. O resultado confirmou tratarse de um osteossarcoma osteoblástico produtivo (Figura 3). Juliana Moreira Rozolen
Juliana Moreira Rozolen
Introdução A incidência de casos de câncer na rotina do médico veterinário tem aumentado nos últimos anos, e esse fato parece estar ligado tanto à longevidade dos pacientes como ao advento de técnicas que têm permitido diagnósticos mais precisos. A claudicação, a dor e a tumoração, principalmente nos membros, e também a dificuldade em apoiar a pata no chão, são sinais clínicos comuns relatados por médicos veterinários durante o exame físico. Um dos principais tumores malignos que se encaixa na descrição desses sintomas é o osteossarcoma (OSA), também conhecido como sarcoma osteogênico. O OSA é um câncer de alta complexidade, com relevante incidência tanto em cães como nos homens, sendo justamente essa semelhança biológica que tem feito dos cães um modelo clínico para o estudo desse câncer em seres humanos 1. O osteossarcoma é um tumor proveniente de tecido ósseo, composto por células mesenquimais malignas ou osteoblastos malignos que produzem osteoide maduro e imaturo 2. No entanto, a forma como esse processo ocorre ainda permanece indefinida 3. Quanto a sua classificação morfológica, os osteossarcomas podem ser subdivididos em: pobremente diferenciados, osteoblásticos, condroblásticos, fibroblásticos, e de células gigantes ou telangiectásico 4. Essas características podem variar entre eles, e em alguns casos o mesmo OSA pode apresentar diferentes tipos histológicos 5, mas as subclassificações morfológicas não parecem exercer influência direta no prognóstico, seja em cães ou nos seres humanos 6. Todavia, algumas características histológicas, tais como a quantificação mitótica, o pleomorfismo celular e áreas de necrose, continuam representando fatores importantes do ponto de vista do prognóstico. Diferentemente de alguns tumores, outro fator que parece contribuir para o prognóstico e a sobrevida de cães com OSA está diretamente relacionado à sua localização; principalmente quando acometem a escápula ou ossos longos parecem ter um pior prognóstico 7 quando comparado à cavidade oral, onde o OSA costuma adotar um comportamento menos agressivo 8. De acordo com estudos epidemiológicos, o osteossarcoma canino é responsável por cerca de 80% de todos os tumores ósseos diagnosticados 3,9, acometendo preferencialmente animais de raças grandes e de ambos os sexos. Ele é conhecido por seu alto poder de agressividade, mantendo um padrão localmente invasivo e com grandes possibilidades de metástase 10. Uma vez que ocorre a metástase, o principal órgão a ser atingido é o pulmão (90%), seguido por outros órgãos e pelo próprio esqueleto (10%) 11. Estudos restrospectivos têm demonstrado que os membros (ossos longos) são os mais acometidos, e o tumor aí localizado recebe o nome de osteossarcoma apendicular 12. Os membros torácicos (articulação radioulnar) são duas vezes mais atingidos que os pélvicos 13, seguidos pela região proximal do úmero 14. Com menor frequência, o OSA se apresenta em ossos do crânio e também da pelve, onde é denominado osteossarcoma axial 15. O diagnóstico inicial do tumor é feito por meio de avaliação radiográfica do local, sendo que a suspeita deve ser confirmada posteriormente pela colheita de material, por meio
A B
Figuras 1 - Exame radiográfico de membro anterior esquerdo. A) Incidência craniocaudal, decúbito esternal. B) Incidência mediolateral esquerda, decúbito lateral esquerdo. Ambas as imagens demonstram reabsorção e lise óssea total de terço distal do úmero, radioulnar e do carpo esquerdo
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Anestesiologia Anestesia epidural em Chinchilla lanigera – relato de caso Epidural anesthesia in Chinchilla lanigera – case report Anestesia epidural en Chinchilla lanigera – reporte de un caso Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 105, p. 64-70, 2013 Jenifer de Santana Marques médica veterinária PPG/VCI/FMVZ/USP
jenifermarques@usp.br
Renata Cristina Menezes médica veterinária
renatacristinamenezes@bol.com.br
Fernanda Corrêa Devito MV, pós-graduada
fernandadevito@gmail.com
Igor Alexandre Quirico
MV, prof. titular Universidade de Santo Amaro quirico.anest@gmail.com
Resumo: As chinchilas são mamíferos de pequeno porte da ordem Rodentia e da família Chinchillidae. A espécie Chinchilla lanigera é a mais comum nos criadouros, e indivíduos dessa espécie são muito utilizados como animais de estimação. O trauma ortopédico em pequenos roedores é frequentemente resultado de acidentes residenciais, como queda de objetos, fechamento de portas e pisoteio por parte de outros animais. Os primeiros socorros consistem em controlar o estado de colapso, as alterações respiratórias, os distúrbios abdominais e as hemorragias. Este trabalho relata o protocolo anestésico elaborado para um exemplar de Chinchilla lanigera submetido à cirurgia de amputação de membro pélvico após fratura exposta de fêmur. O protocolo utilizando anestesia epidural mostrou-se seguro, pois permitiu estabilidade dos parâmetros fisiológicos, rápida recuperação e ausência de dor nos períodos trans e pós-operatório. Unitermos: amputação, animais selvagens, protocolo anestésico Abstract: Chinchillas are small mammals of the order Rodentia and family Chinchillidae. The species Chinchilla lanigera is the most commonly bred; individuals of this species are often used as pets. Orthopedic trauma in small rodents often results from domestic accidents such as falling objects, slamming doors and trampling by other animals. First aid consists in controlling the state of collapse, respiratory changes, abdominal disorders and bleeding. This study reports the anesthetic protocol developed for a Chinchilla lanigera undergoing an amputation surgery of the pelvic member due to an exposed fracture of the femur. The protocol used epidural anesthesia and proved to be safe, as it allowed stabilization of the physiological parameters, rapid recovery and absence of pain trans- and postoperatively. Keywords: amputation, wildlife, anesthetic protocol Resumen: Las chinchillas son pequeños mamíferos del orden Rodentia y familia Chinchillidae. En los criaderos la especie más común es la Chinchilla lanigera que suele ser la más utilizada como animales de compañía. El trauma ortopédico en pequeños roedores se suele producir por accidentes residenciales, como la caída de objetos, cierre de puertas y pisotones provocados por otros animales. Los primeros auxilios consisten en controlar el estado de colapso, las alteraciones respiratorias, disturbios abdominales y los procesos hemorrágicos. Este trabajo relata el protocolo anestésico para un ejemplar de Chinchilla lanigera en la que se realizó una amputación de miembro posterior, debido a una fractura expuesta de fémur. El protocolo mediante la utilización de anestesia epidural fue seguro, manteniendo estables los parámetros fisiológicos, con rápida recuperación y ausencia de dolor tanto en el intra, como el post operatorio. Palabras clave: amputación, animales salvajes, protocolo anestésico
Introdução A escolha de um animal exótico como bicho de estimação tem aumentado nos últimos anos. Consequentemente, tem se observado um grande aumento no atendimento a esses animais em clínicas veterinárias e, por diversos motivos, muitas vezes os pacientes necessitam de procedimentos anestésicos. Há questões específicas a levar em conta a respeito da aplicação de anestesia em roedores. Diferenças anatômicas, fisiológicas e comportamentais e variações existentes dentro da mesma classe demonstram a necessidade de um estudo pré64
vio para que se proporcione uma anestesia segura e coerente 1. As chinchilas, roedores de hábitos noturnos originários da América do Sul, são mamíferos de pequeno porte da ordem Rodentia e da família Chinchillidae. Os animais da espécie estudada, Chinchilla lanigera – a mais comum nos criadouros – são muito utilizados como bichos de estimação e para experimentos em laboratório 2. As lesões musculoesqueléticas são comuns em chinchilas, principalmente as fraturas de porções distais de membros. Isso é explicado pelo fato de essa espécie apresentar ossos
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Anestesiologia Controle da dor com S(+) cetamina e morfina, associadas à bupivacaína, por via peridural, em um cão submetido a hemipelvectomia parcial – relato de caso Pain control with epidural injection of S(+) ketamine and morphine associated to bupivacaine in a dog that underwent partial hemipelvectomy – case report Control del dolor con S(+) ketamina y morfina, junto con bupivacaína epidural durante una hemipelvectomía parcial en perro – reporte de un caso Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 105, p. 72-78, 2013 Luciano Cacciari B. A. da Silva médico veterinário PPG - Universidade Guarulhos luciano_cacciari@hotmail.com
Giancarlo Bressane Gomes médico veterinário PPG - Universidade Guarulhos gianbressane@gmail.com
Fabiano Takeo Miyahira
médico veterinário PPG - Universidade Guarulhos fabianotakeo@gmail.com
Jéssica Sperandio Cavaco graduanda CMV - Universidade Guarulhos jessi.cavaco@gmail.com
Fábio Futema
MV, prof., dr. Universidade Guarulhos fabiofutema@uol.com.br
Resumo: A hemipelvectomia é uma técnica cirúrgica usualmente indicada no tratamento de neoplasias ósseas localizadas em pelve de cães e está associada a dor de alta intensidade no pós-operatório, comprometendo a recuperação e o bem-estar do animal. A busca da associação de fármacos que atuem de modo eficaz no controle da dor ainda representa um desafio a ser superado na medicina veterinária e constitui o objetivo deste trabalho. Neste estudo uma fêmea da raça rottweiler, diagnosticada com osteossarcoma em região de fêmur e íleo, foi submetida a hemipelvectomia parcial. Para realizar o procedimento optou-se pelo bloqueio peridural com S(+) cetamina e morfina associada a bupivacaína e fixação do cateter peridural para avaliação rigorosa da analgesia pós-operatória. A associação dos fármacos usados no presente estudo demonstrou ser alternativa promissora na analgesia intra e pós-operatória. Unitermos: multimodal, osteossarcoma, analgesia Abstract: The hemipelvectomy is a surgical technique usually indicated for the treatment of canine pelvical bone tumors. It is associated with high levels of postoperative pain, which undermines the recovery and well-being of the animal. The search for a drug association that effectively works in controlling pain still represents a challenge to be overcome in veterinary medicine, and is the objective of this work. In this study, a female Rottweiler diagnosed with osteosarcoma in the region of the femur and ileum underwent partial hemipelvectomy. An epidural block with S(+) ketamine and morphine plus bupivacaine and catheter fixation was chosen in order to allow accurate assessment of postoperative analgesia. The combination of drugs used in this study proved to be a promising alternative for intra- and postoperative analgesia. Keywords: multimodal, osteosarcoma, analgesia Resumen: La hemipelvectomía es una técnica quirúrgica comúnmente indicada para el tratamiento de neoplasias óseas localizadas en la pelvis de los perros, que está relacionada con dolor de alta intensidad durante el postoperatorio, comprometiendo la recuperación y el bien estar del animal. Es así que la búsqueda de una combinación de fármacos que actúen de una manera eficiente en el control del dolor representa un desafío a ser superado en medicina veterinaria, siendo este el objetivo del presente trabajo. En este relato, se realizó una hemipelvectomía parcial en una hembra Rottweiler, en la que se había diagnosticado un osteosarcoma en la región de fémur e ileon. Para la cirugía se utilizó un bloqueo peridural con S(+) ketamina, morfina y bupivacaína, a través de un catéter epidural, con el fin de poder evaluar rigurosamente la analgesia postoperatoria. La asociación de los fármacos utilizados en este estudio mostró ser una alternativa promisoria para la analgesia intra y postoperatoria. Palabras clave: multimodal, osteosarcoma, analgesia
Introdução O osteossarcoma ou sarcoma osteogênico é a neoplasia óssea primária mais frequente no cão e representa 85% das neoplasias com origem no esqueleto 1-5. Estudos demonstra72
ram maior incidência em fêmeas em relação aos machos, e frequência maior nos cães da raça rottweiler e pastor alemão, seguidos de doberman e boxer 6. As neoplasias com localização na pelve podem ser tratadas
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com hemipelvectomia parcial ou total, um procedimento cirúrgico agressivo, que exige profundo conhecimento da anatomia regional e grande habilidade cirúrgica. Devido ao fato de apresentar alta complexidade e agressividade, o emprego da anestesia peridural é uma alternativa bastante eficaz 7. Várias substâncias têm sido usadas nessa técnica anestésica, e a literatura cita os opioides, a cetamina e os agonistas alfa-2 adrenérgicos, fármacos que apresentam resultados satisfatórios 8. Dentre os anestésicos locais de uso comum, destaca-se a bupivacaína que produz bloqueio sensitivo e motor, atuando de modo sinérgico à ação analgésica da morfina e potencializando seu efeito de longa duração 9,10. A morfina é um opioide hidrofílico muito utilizado e produz analgesia espinhal devido a sua afinidade com os receptores opioides 11. Os neurotransmissores excitatórios que atuam através dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA) têm sido relacionados ao desenvolvimento e à manutenção dos estados da dor após a lesão tecidual, principalmente por hiperalgesia e alodinia 12. A cetamina bloqueia os receptores NMDA e a sua forma levógira, a S(+) cetamina, apresenta estereosseletividade pelo receptor NMDA quatro vezes maior que o isômero dextrógiro, o que justifica maior potência analgésica da S(+) cetamina em relação à cetamina dextrógira e particularmente em relação à cetamina racêmica. Em baixas doses, a cetamina não provoca efeitos hemodinâmicos ou depressores respiratórios, não sendo também frequente ocorrer efeito psicomimético ou sedação. Além disso, foi demonstrado que a cetamina em baixas doses é segura, sendo potente adjuvante dos opioides tanto na qualidade do alívio da dor quanto na redução da quantidade de opioides consumida 13,14.
Figura 1 - Radiografia com presença de reação periostal mista (proliferativa e lítica) em terço médio-distal de fêmur direito e área de lise óssea em asa de íleo direito, sugestiva de neoplasia
tos de fixação do cateter peridural foram realizados e confirmados pelo exame radiográfico, e assim o paciente permaneceu durante 24 horas (Figura 2). Dados da pressão arterial, frequência cardíaca, saturação da oxihemoglobina, tensão de dióxido de carbono no final da expiração e a concentração expirada de isoflurano ao final da expiração foram registrados a cada quinze minutos até o término da intervenção cirúrgica. Durante todo o procedimento cirúrgico, a concentração expirada de isoflurano não ultrapassou 0,5% e não foi necessário incrementar a anestesia com o uso de analgésicos intravenosos. Ao término do procedimento cirúrgico, a paciente foi medicada com dipirona 25mg/kg-1 e meloxicam 0,2mg/kg-1, encaminhada para a sala de recuperação, onde se avaliou a analgesia pós-opera-
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Relato de caso Uma fêmea da espécie canina, rottweiler, de oito anos de idade, pesando 37kg, foi submetida a cirurgia de hemipelvectomia parcial, devido ao diagnóstico de osteossarcoma em fêmur e asa do íleo confirmado por meio de sintomatologia clínica, citologia óssea e radiografia (Figura 1). Na medicação pré-anestésica utilizou-se a associação de acepromazina e morfina na dose de 0,05mg/kg-1 e 0,3 mg/kg-1, respectivamente, por via intramuscular. Após vinte minutos, foi realizada a venóclise com cateter de calibre 18G no membro torácico e iniciada a administração de solução fisiológica 0,9%, seguida da indução anestésica com propofol (2,6-diisopropilfenol) na dose de 5mg/kg-1. Ato contínuo, realizou-se a intubação endotraqueal. Com o paciente em decúbito esternal e após tricotomia e antissepsia da região lombossacral, realizouse a punção peridural no espaço lombossacro (L7-S1) com uma agulha de Tuhoy 20G. A certificação do correto posicionamento do bisel da agulha no espaço peridural foi realizada por meio da técnica de perda da resistência, seguida da administração das soluções de: S(+) cetamina 1mg/kg-1, morfina 0,08mg/kg-1 e bupiva- Figura 2 - Radiografia com presença do cateter peridural inserido em caína 0,5mg/kg-1. Em seguida, os procedimen- espaço lombossacro para manutenção da analgesia
Doenças infecciosas Mixomatose em coelho – revisão da literatura Myxomatosis in rabbit – a literature review Mixomatosis en conejos – revisión de la literatura Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 105, p. 80-84, 2013 Sávio Freire Bruno MV, prof. dr. assoc. III FV/UFF saviobruno@vm.uff.br
Paulo Roberto de Souza Marques médico veterinário Projeto Práticas em Clínica Médica de Animais Silvestres e Exóticos do HUVET/UFF uiadeo@ig.com.br
Rogério Tortelly
MV, prof. dr. assoc. IV Faculdade de Veterinária – UFF rtortelly@hotmail.com
Resumo: A mixomatose é uma doença infectocontagiosa, de notificação obrigatória, que acomete coelhos, provocada por um vírus da família Poxviridae (Myxoma virus), transmitida direta ou indiretamente através de vetores. Possui grande importância mundial devido a sua endemicidade e alto índice de mortalidade. É caracterizada por blefaroconjuntivite bilateral, nodulações e edema disseminado por todo o corpo, em especial edema na face, no focinho e nas orelhas, dando à cabeça do animal um aspecto leonino. O diagnóstico é baseado principalmente nos sinais clínicos. Achados anatomopatológicos contribuem para o diagnóstico. A confirmação pode ser realizada por meio de microscopia eletrônica, Elisa, fixação de complemento, reação em cadeia de polimerase (PCR) e isolamento viral. Não há tratamento após a infecção e a maioria dos animais acometidos vão a óbito. A principal medida profilática é a vacinação. Unitermos: lagomorfos, tapitis, Sylvilagus brasiliensis Abstract: Mixomatosis is an infectious-contagious disease of compulsory notification that affects rabbits and is caused by a virus from the Poxviridae family (Myxoma virus), trasmitted directly or indirectly through vectors. It is very important globally because of its endemicity and high mortality rate. Symptoms are bilateral blepharoconjunctivitis, noduli and generalized edema over the whole body, especially on the face, nose and ears, which makes the head of the animal resemble that of a lion. Diagnosis is mainly based on the clinical signs, aided by anatomopathological findings. Confirmation can be achieved through electron microscopy, ELISA, complement fixation test (CF), polymerase chain reaction (PCR) and viral isolation. There is no treatment after the infection and most animals die. The most important prophylactic measure is vaccination. Keywords: lagomorpha, tapetis, Sylvilagus brasiliensis Resumen: La mixomatosis es una enfermedad infecto contagiosa que afecta a los conejos, de notificación obligatoria, provocada por un virus de la familia Poxviridae (Myxoma virus), que es transmitida a través de vectores, tanto en forma directa como indirecta. Debido a su carácter endémico posee una gran importancia a nivel internacional, con alto índice de mortalidad. Se caracteriza por presentar una blefaroconjuntivitis bilateral, nodulaciones y edema diseminado por todo el cuerpo, especialmente en la cara, nariz y orejas, dándole al animal un aspecto leonino. El diagnóstico se fundamenta principalmente en los signos clínicos. La anatomopatología ayuda en el diagnóstico de la enfermedad. La confirmación puede realizarse a través de microscopía electrónica, Elisa, fijación de complemento, reacción en cadena de polimerasa (PCR) y aislamiento viral. No existe un tratamiento después de instaurada la infección, y la mayoría de los animales afectados vienen a óbito. La principal medida profiláctica es la vacunación. Palabras clave: lagomorfos, tapitis, Sylvilagus brasiliensis
Introdução A mixomatose também é conhecida como mixoma de Sanarelli 1-3. De grande importância mundial, devido a sua característica endêmica e pelo alto índice de mortalidade, é uma doença infectocontagiosa que acomete coelhos, provocada por um DNA-vírus pertencente à família Poxviridae (Myxoma virus). A notificação da doença é obrigatória 1,2,4-6. A doença é caracterizada por blefaroconjuntivite bilateral, 80
nodulações e edema disseminado por todo corpo, em especial edema na face, no focinho e nas orelhas, dando à cabeça do animal um aspecto leonino. Apresenta tumores subcutâneos gelatinosos e com exsudato viscoso ao corte, de várias dimensões, disseminados pelo corpo, principalmente na área dos olhos, boca, nariz, orelhas e órgãos genitais (Figuras 1, 2, 3 e 4). Há ainda sintomas como anorexia, dispneia e febre. Embora esses sintomas sejam comuns a muitas enfermidades infecciosas, as características clínicas
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 105, julho/agosto, 2013
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Etiologia O Myxoma virus pertence à família Poxviridae, gênero Leporipoxvirus. Os poxvírus são os maiores e mais complexos dentre as famílias de vírus. A família Poxviridae compreende duas subfamílias de vírus que contêm DNA de dupla fita, que se multiplica no citoplasma da célula (Entomopoxvirinae e Chordopoxvirinae). A subfamília Chordopoxvirinae, que infecta vertebrados e invertebrados, é formada por oito gêneros, dentre os quais se distingue o gênero Leporipoxvirus, que afeta artrópodes e lagomorfos 12. O gênero Leporipoxvirus é comumente apresentado em outras denominações de gênero e de espécie. Na nomenclatura do mesmo vírus são também encontrados na literatura outros termos, como Poxvirus mixomatis 1. Sávio Freire Bruno
acima descritas são inerentes à mixomatose, de forma que não há na literatura nenhuma citação quanto a diagnósticos diferenciais. Em machos pode ocorrer orquite 1,7,8. A forma clássica da mixomatose é influenciada por aspectos sazonais marcantes, isto é, sua incidência aumenta na época de verão, que coincide com o aumento da população dos insetos vetores 9,10. O período de incubação da doença é de dois a dez dias, e a mortalidade dos animais se dá de oito a quinze dias após a sintomatologia clínica se estabelecer 1-3. O tapiti (Sylvilagus brasiliensis), lagomorfo sul-americano que ocorre do México à Argentina, não é imune ao vírus; esse mamífero apresenta a forma benigna da doença, caracterizada por pequenos tumores autolimitantes. O tapiti é mais resistente ao vírus do mixoma, em comparação com o coelho europeu. Este último, também conhecido como coelho-doméstico (Oryctolagus cuniculus), é sensível ao Myxoma virus 11.
Sávio Freire Bruno
Figura 3 - Coelho. Mixomatose. Nódulos no pavilhão auditivo externo e no focinho, blefaroconjuntivite, edema da face e aspecto leonino
Sávio Freire Bruno
Sávio Freire Bruno
Figura 1 - Coelho. Mixomatose. Nódulos subcutâneos
Figura 2 - Coelho. Mixomatose. Nódulos subcutâneos e blefaroconjuntivite
Figura 4 - Coelho. Mixomatose. Orquite
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Clínica Desvio portossistêmico extra-hepático congênito em cadela schnauzer miniatura – relato de caso Portosystemic congenital shunt in a miniature Schnauzer bitch – case report Desvío porto sistémico congénito extra hepático en una perra Schnauzer miniatura – relato de caso Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 105, p. 86-90, 2013 Gustavo Pinto Paiva médico veterinário
gustavopintopaiva@yahoo.com.br
Maria Leonora Veras de Mello MV, M.Sc., profa. Unifeso
leonoramello@bichosonbline.vet.br
Maria Eduarda Monteiro Silva MV, D.Sc., profa. Unifeso
meduardamonteiro@yahoo.com.br
Denise de Mello Bobany MV, M.Sc., profa. Unifeso
debobany@gmail.com
Resumo: Uma cadela mini-schnauzer de doze meses apresentou sintomatologia neurológica periódica, com andar cambaleante, cegueira amaurótica, vômito e inapetência. Suspeitou-se de desvio portossistêmico com encefalopatia. A venoportografia mesentérica contrastada revelou desvio portossistêmico extrahepático. Hemograma, bioquímica sanguínea, albumina, colesterol, creatinina e proteínas totais não foram conclusivos para o diagnóstico. A esplenoportografia mesentérica confirmou desvio portossistêmico extra-hepático. Como o proprietário não autorizou a cirurgia, prescreveram-se cloridrato de ranitidina, silimarina, metronidazol, ampicilina, ácido ursodesoxicólico, lactulose e dieta de ricota sem sal, arroz e cenoura, por três meses. Para manter as funções hepáticas adotou-se tratamento homeopático com silimarina, Carduus marianus e Chelidonium majus. Em quatro anos de tratamento, o animal não teve nenhuma crise de encefalopatia ou outro distúrbio mais grave. Unitermos: encefalopatia, derivação portossistêmica Abstract: A 12-month-old miniature Schnauzer bitch presented continuous neurologic symptoms such as incoordination, amaurotic blindness, vomiting, and lack of appetite. The suspicion of an extra-hepatic shunt with encephalopathy was confirmed by contrasted mesenteric venous portography. Hemogram, blood biochemistry, albumin, cholesterol, creatinin and total protein levels were not conclusive for the final diagnosis, but a mesenteric splenoportography confirmed the presence of a portosystemic shunt. Since the owner did not authorize surgery, the animal was prescribed ranitidine hydrochloride, silymarin, metronidazole, ampicillin, ursodeoxycholic acid and lactulose, as well as a salt-free diet based on ricotta, rice and carrots for three months. For posterior hepatic housekeeping, the animal was prescribed a homeopathic treatment with silymarin, Carduus marianus and Chelidonium majus. In the four years of treatment the animal did not have any crisis, encephalopathy or any other severe disturbs. Keywords: encephalopathy, portosystemic shunt Resumen: Una perra mini-Schnauzer de doce meses presentó sintomatología neurológica periódica, con andadura tambaleante, ceguera amaurótica, vómitos e inapetencia. Se sospechó de desvío porto sistémico con encefalopatía. La venoportografía mesentérica contrastada comprobó desvío porto sistémico extra hepático. Hemograma, bioquímica sanguínea, albúmina, colesterol, creatinina y proteínas totales no fueron conclusivos para el diagnóstico. La esplenoportografía mesentérica confirmó el desvío porto sistémico extra hepático. El propietario no autorizó la cirugía, y se inició una terapia con clorhidrato de ranitidina, silimarina, metronidazol, ampicilina, ácido ursodesoxicólico, lactulosa, y dieta de ricota sin sal, arroz y zanahoria, por tres meses. Para mantener las funciones hepáticas fue prescripto tratamiento homeopático con silimarina, Carduus marianus y Chelidonium majus. En cuatro años de tratamiento, el paciente no tuvo ninguna crisis de encefalopatía, o cualquier alteración más grave. Palabras clave: encefalopatía, desvío porto sistémico
Introdução O fígado é dinâmico na sua capacidade de armazenamento de sangue e a redução da circulação portal resulta na atro86
fia dos hepatócitos, perda das reservas de glicogênio, vacuolização hepatocelular e marcante redução nas suas dimensões em certas afecções 1,2.
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 105, julho/agosto, 2013
Clínica Tétano em cães e gatos – revisão Tetanus in dogs and cats – a review Tétano en perros y gatos – revisión de literatura Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 105, p. 92-100, 2013 Fabiana Azevedo Voorwald
MV, MSc. PPGCV da FCAV/Unesp-Jaboticabal voorwald@gmail.com
Caio de Faria Tiosso
MV, MSc. PPGCV da FCAV/Unesp-Jaboticabal caiotiosso@gmail.com
Diogo José Cardilli
MV, dr. PPDCVRA da FCAV/Unesp-Jaboticabal djcardilli@yahoo.com.br
Izabella Ribeiro C. dos Santos médica veterinária
bella_rcs@hotmail.com
Gilson Hélio Toniollo
MV, prof. titular Depto. de Med. Vet. Prev. e Rep. An. FCAV/Unesp-Jaboticabal toniollo@fcav.unesp.br
Resumo: Tétano é uma toxi-infecção caracterizada por desordem neuromuscular debilitante, dolorosa e potencialmente fatal, causada pela neurotoxina tetanospasmina, produzida pelo Clostridium tetani em condições de anaerobiose. Cães e gatos apresentam resistência natural relacionada à inabilidade da toxina para penetrar e se ligar aos tecidos nervosos. A imunoprofilaxia ativa não é recomendada para essas espécies devido ao alto custo de produção das vacinas, em relação à baixa prevalência de animais acometidos. A ocorrência esporádica da doença no atendimento clínico de pequenos animais resulta em despreparo e inexperiência no diagnóstico presuntivo imediato, retardando a correta conduta clínica emergencial necessária para garantir a sobrevivência dos pacientes. Objetiva-se apresentar e discutir fisiopatologia, sinais clínicos, métodos para diagnóstico, possíveis complicações, tratamento e prognóstico do tétano em cães e gatos. Unitermos: neurotoxina, Clostridium tetani, tetanospasmina Abstract: Tetanus is a disorder caused by the action of the painfully and potentially fatal neurotoxin tetanospasmin, which is produced under anaerobic conditions during the vegetative growth phase of Clostridium tetani. Dogs and cats have natural resistance due to the relative inability of the toxin to penetrate and bind to nervous tissue. Active immunoprophylaxis is not recommended to these species due to the high cost of vaccine production compared to the low prevalence of affected animals. The sporadic occurrence of tetanus in small animals leads to lack of practical and theoretical knowledge to allow immediate presumptive diagnosis, which in turn retards the correct lifesaving clinical measures necessary to patient survival. This article aims to review, update and discuss the physiopathology, clinical signs, methods of diagnosis, possible complications and tetanus prognosis in dogs and cats. Keywords: neurotoxin, Clostridium tetani, tetanospasmin Resumen: El tétano es una toxiinfección caracterizada por una disfunción neuromuscular debilitante, dolorosa y potencialmente fatal, causada por la neurotoxina tetanospasmina, producida por el Clostridium tetani en condición de anaerobiosis. Tanto los perros como los gatos presentan una resistencia natural, ya que la toxina no puede penetrar y ligarse al tejido nervioso. La inmuno profilaxis activa no está recomendada para estas especies debido al alto costo en la producción de vacunas, y también por una baja prevalencia en animales. La aparición esporádica de esta enfermedad durante la atención clínica de pequeños animales da como resultado una cierta falta de preparación e inexperiencia para obtener un diagnóstico presuntivo inmediato, retrasando así la implementación de una conducta clínica de emergencia, necesaria para garantizar la supervivencia de los pacientes. Este trabajo tuvo como objetivo presentar y discutir la fisiopatología, signos clínicos, métodos de diagnóstico, posibles complicaciones, tratamiento y pronostico del tétano en perros y gatos. Palabras clave: neurotoxina, Clostridium tetani, tetanospasmina
Introdução Tétano é uma toxi-infecção raramente diagnosticada em cães e gatos, caracterizada por desordem neuromuscular debilitante, dolorosa e potencialmente fatal, causada pela neurotoxina tetanospasmina 1. Cães e gatos apresentam resistência natural ao tétano 1 e a baixa prevalência da doença no atendimento clínico de pequenos animais resulta em despreparo e inexperiência no diagnóstico presuntivo imediato, retardando a correta conduta clínica emergencial necessária 92
para garantir a sobrevivência dos pacientes acometidos. Objetiva-se apresentar e discutir fisiopatologia, sinais clínicos, métodos para diagnóstico, possíveis complicações, tratamento e prognóstico do tétano em cães e gatos. Microbiologia A neurotoxina é produzida pelo Clostridium tetani, bacilo gram-positivo, telúrico, móvel, não encapsulado, que produz esporos em condições de anaerobiose, que germinam e
Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 105, julho/agosto, 2013
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Jueves 19 Setiembre de 2013
8,00 a 9,00 9,00 a 9,15 9,15 a 10, 45
INSCRIPCIÓN INAUGURACIÓN Cardiología canina: "Arritmias que asustan y arritmias que no te dejan tiempo para consultar a un colega: cómo manejarlas" (Dr. Enrique Ynaraja - España)
10,45 a 11,30
INTERVALO
11,30 a 13,00
Respiratorio canino: "El perro pequeño que tose: enfermedades respiratorias crónicas y colapso traqueal: porqué no consigues que dejen de toser". (Dr. Enrique Ynaraja - España)
13 a 14,30
ALMUERZO
14,30 a 16
Sala 1 Técnicas quirúrgicas en patologías reproductivas en pequeños mamíferos (Dr. Leonardo Piparo) Trabajo científico Técnicas quirúrgicas en patologías reproductivas en reptiles y aves (Dr. Leonardo Piparo)
16 a 17
INTERVALO
17 a 18,30
Diagnóstico radiológico en patologías reproductivas (Dr. Diego Alvarez) Trabajo científico Manejo del dolor pre y post quirúrgico. Mesa redonda
Viernes 20 Setiembre de 2013
Sala 2 Malformaciones cráneo – cervicales (Neurovet)
Sala 3 El gato no es un perro chiquito: Afecciones oculares que marcan la diferencia. (Dra. Nathalie Weichsler - UBA)
Tema a confirmar (Neurovet)
Enfermedades Infecciosas Felinas y sus manifestaciones neurológicas. Casos clínicos. (Dra. Nélida Gómez - UBA)
Sala 2 Neoplasias oculares (Dr. Daniel Moro)
Sala 3 El ABC de las emergencias en felinos
9,00 a 10,30
Sala 1 Osteocondrosis (Dr. Andrés Álvarez - UBA)
10,30 a 11,30
INTERVALO
11.30 como a 13,00
Enfermedades óseas en el crecimiento
Enfermedades dermatológicas
Cardiología felina: "¿Porqué no son
(Dr. Gabriel Benincasa)
Psicógenas (Dra. María de la Paz Salinas)
13 a 14,30
ALMUERZO
perros pequeños?, ¿qué debo hacer diferente para que todo funcione?" (Dr. Enrique Ynaraja - España)
14,30 a 16
Toma de decisiones en cirugía toráxica (Dr. Pablo Meyer - UBA)
A confirmar
"Disneas en gatos: asma bronquial y derrame pleural: diagnóstico y manejo clínico". (Dr. Enrique Ynaraja - España)
16 a 17
INTERVALO
17 a 18,30
Toma de decisiones en cirugía abdominal (Dr. Uber Forgione )
A confirmar
El laboratorio clínico y la medicina felina (Dr. Javier Más - UBA)
MEDICINA VETERINÁRIA LEGAL
Proteção animal: a experiência curitibana Em uma típica manhã ção com foco na protechuvosa curitibana, lá estação animal e as castrava eu, em frente à casa de ções”, afirmou. madeira onde funciona o De acordo com o direDepartamento de Pesquisa tor, a diretriz do seu trae Preservação da Fauna, a balho é pensar como convite do professor Alemédico veterinário e dar xander Welker Biondo. um respaldo técnico, traMinha missão era acompabalhar de maneira técninhar por um dia a rotina de ca à questão da fauna em fiscalizações do órgão da Curitiba. “Em relação à Prefeitura de Curitiba. superpopulação de aniÀs 8h30 saímos em uma mais de rua não adianta viatura com uma equipe concentrar-se em castraformada pelo fiscal Enio ções e adoções sem ataAlves dos Santos, pela car a origem do probleAssessora da Rede de ma. O problema princiDefesa e Proteção Animal pal está na educação.” Katia Dittrich, além de dois Segundo ele, só há servidores da Guarda quatro maneiras de comDepartamento de Pesquisa e Preservação da Fauna Municipal de Proteção bater animais de rua, Preservação da Fauna, órgão da sejam cães, gatos, cavalos, etc: guarda Animal. Foram diversas visitas, todas Secretaria Municipal de Meio responsável, castração, diminuição de de atendimento a denúncias de mausAmbiente que responde pelo Zoológico abandono ou adoção. Por isso a RDPA tratos a animais envolvendo acumulado Parque Iguaçu, Museu de História criou o programa Veterinário Mirim, dores, abandono e agressão. Em um dos Natural e Rede de Defesa e Proteção em parceria com a Universidade atendimentos encontramos um cão Animal (RDPA). amarrado a uma árvore no quintal de Federal do Paraná (UFPR), a Pontifícia Foi uma entrevista enriquecedora, na Universidade Católica do Paraná (PUCuma casa, com uma corrente curta, na qual o dr. Biondo apresentou o trabalho PR), a Universidade Tuiuti do Paraná chuva, sem abrigo ou alimento. que vem desempenhando à frente do (UTP) e a Faculdade Evangélica do Mais tarde, de volta à sede, enconsetor e os objetivos traçados. “Nossas Paraná. O Veterinário Mirim é a parte trei-me com o dr. Biondo, que desde 1º três metas principais são o combate aos educacional destinada aos alunos do de fevereiro último ocupa o cargo de maus-tratos, o investimento na educa- ensino fundamental em Curitiba, que diretor do Departamento de Pesquisa e
Membros da equipe da Rede de Proteção Animal 102
Prof. Biondo na sede do departamento, localizada no Passeio Público
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acaba de ser aprovada pela Secretaria de Educação. Serão atingidos quase 20 mil alunos e respectivos professores de todas as 184 escolas da rede pública de ensino do município de Curitiba. É o primeiro programa de educação de massa no Brasil relacionado a zoonoses, guarda responsável e bem-estar animal. Os recursos investidos em controle populacional de cães e gatos serão vinculados à inserção do programa nas escolas. Nesse sentido, a educação de guarda responsável deverá contar com no mínimo 10% do total de recursos aplicados em castrações de animais de companhia. Em 2013 estão licitadas 6 mil castrações em Curitiba, provenientes do fundo municipal de meio ambiente, no valor de R$1.200.000,00. Desse modo, por emenda parlamentar municipal, serão aplicados R$120.000,00 em educação. Em outra iniciativa pioneira, em 16 de fevereiro de 2013 foi criada a Guarda Municipal de Proteção Animal de Curitiba, para atuar em conjunto com a Rede de Proteção Animal. A guarnição foi deslocada do efetivo da Guarda Municipal de Curitiba. Alguns questionam a utilização da Guarda Municipal nesse trabalho, em vez de priorizar o combate à violência. Entretanto, Biondo defende a iniciativa, afirmando que a partir daí será possível desenhar um mapa da violência, com os animais funcionando como sentinelas da violência de um modo geral. Alguns membros da guarnição já
realizavam o Serviço de Captura de Cães Ferozes (SACAFE), e todos são treinados continuamente durante o serviço na Rede de Proteção Animal. Recentemente foi realizado um curso de 20h de treinamento teórico-prático específico para 17 guardas municipais de Curitiba e três da região metropolitana. Não há ainda um treinamento específico apropriado, nem no Brasil nem na maioria dos países do mundo, incluindo Estados Unidos e países da Europa. Desse modo, de 14 a 18 de outubro de 2013 será realizado em Curitiba o primeiro Curso Nacional de Acreditação para Polícia de Proteção Animal, como parte do Encontro Nacional de Patologia Veterinária (Enapave), contando com a presença da dra. Melinda Merck, que atualmente treina a polícia americana de proteção animal da SPCA (Society for the Protection of Cruelty to Animals) dos Estados Unidos. De acordo com o diretor, o curso deve ter a chancela da Associação Brasileira de Medicina Veterinária Legal, da Prefeitura de Curitiba, da Universidade Federal do Paraná, da Universidade de São Paulo, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná e do Conselho Federal de Medicina Veterinária. Outras metas do Departamento de Pesquisa e Preservação da Fauna são o controle e a restrição do comércio; ações contra criadouros clandestinos; substituição do uso de animais para tração por meios alternativos; formulação
de política específica para os chamados “acumuladores”, com acompanhamento psiquiátrico e retirada dos animais quando necessário; a implementação de unidades móveis de atendimento veterinário; a criação do selo Amigos dos Animais para estabelecimentos comerciais, clínicas e veterinários autônomos – entre outros. O objetivo é tornar Curitiba uma referência no que diz respeito à proteção animal. A cidade já tem várias leis de proteção ambiental e animal, e em particular duas leis recentes que respaldam grande parte das vistorias feitas em conjunto entre agentes da Guarda Municipal e fiscais da Rede de Proteção Animal. A primeira é a Lei n. 13.908/2011, que estabelece sanções e penalidades administrativas para aqueles que praticarem maus-tratos aos animais, e a outra é a Lei n. 13.914/2011 que disciplina o comércio de animais de estimação no município de Curitiba. Assim, as denúncias de maus-tratos (Lei n. 13.908/2011) ou de comércio ilegal (Lei n. 13.914/2011) podem ser feitas através do sistema 156 da Prefeitura Municipal de Curitiba (http://www.central156.org.br/) ou pelo telefone 156. Inscrever-se e participar da Conferência Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo (http://itecbr.org) é uma excelente oportunidade para conhecer de perto essa experiência curitibana. Este ano, em sua quarta edição, ela será realizada em Curitiba, no setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR), de 28 de novembro a 1º de dezembro, juntamente com o I Simpósio: Saúde Única e Participação Social. Participe, compartilhe e visite Curitiba. Sérvio Túlio Jacinto Reis Médico Veterinário Perito Criminal Federal. Pós-graduado em nível de especialização em Medicina Veterinária Legal. Mestrando em Perícias Criminais Ambientais (UFSC). Membro do Conselho TécnicoCientífico da ABMVL. Membro da Comissão de Meio Ambiente do CRMV/PR
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PET FOOD
IN 30: você vai ouvir falar dela
O
s veterinários clínicos de pequenos animais estão acostumados a acompanhar a legislação pertinente ao seu exercício profissonal direto. Já as normas direcionadas às empresas fabricantes de alimentos para animais de estimação não costumam ser alvo de sua atenção. Entretanto, a Instrução Normativa n. 30, publicada em 5 de agosto de 2009 pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), vai te interessá-lo. A IN 30, como é conhecida, estabelece critérios e procedimentos para o registro de produtos, para a rotulagem e propaganda e para a isenção da obrigatoriedade de registro de produtos destinados à alimentação de animais de companhia. Por tratar de rótulo e de propaganda, ela trata, então, do diálogo entre a empresa produtora e os proprietários de animais e os veterinários, que, respectivamente, compram e indicam esses produtos. Algumas mudanças que a normativa trouxe aumentaram o envolvimento dos responsáveis técnicos com os produtos nas empresas e também elevaram as exigências de conhecimento sobre nutrição e alimentação por parte dos veterinários clínicos: - Os alimentos completos (vulgarmente chamados de rações completas e balanceadas) e os alimentos específicos (popularmente chamados de treats ou agrados) destinados aos animais de companhia passaram a ser isentos de registro e aprovação pelo MAPA. Com isso a burocracia para lançamentos de produtos novos diminuiu, o que era uma demanda do setor produtor de pet food. Por outro lado, é fato que essa facilidade foi aberta tanto às empresas corretas como às descuidadas. Assim sendo, os consumidores perderam um “filtro” dentro do processo e o profissional médico veterinário passou a ser um agente ainda mais importante na diferenciação qualitativa dos produtos. - Compete ao responsável técnico do estabelecimento a aprovação dos rótulos, embalagens e fórmulas dos produtos isentos de registro de que trata a IN 30 e o preenchimento do relatório técni104
co que deve ser mantido pela empresa e apresentado em caso de eventual fiscalização. Qualquer alteração tem de ser aprovada e assinada por esse profissional da empresa, e ele responde solidariamente em caso de problemas. - De maneira geral – mas há particularidades no tocante às vitaminas - os níveis de garantia dos produtos destinados à alimentação animal deverão ser expressos em mg/kg quando a concentração for inferior a 10.000 mg/kg, e em g/kg quando for superior ou igual a 10.000 mg/kg. Isso veio melhorar a leitura comparativa dos rótulos de diversos produtos similares. Ainda assim, continua sendo preciso ter atenção quanto às unidades de medida, ou podemos acabar tendo a sensação de que um produto de 11,2g/kg de determinado fator tem menor quantidade do que outro que tenha 9.999mg/kg. - O artigo 43º traz: “O rótulo, a embalagem e a propaganda de produtos destinados à alimentação de animais de companhia, qualquer que seja a sua origem, embalados ou a granel, não devem: [...]” e em seu ítem V continua: “utilizar vocábulos, terminologias, conceitos, declarações, sinais, denominações, dizeres, logotipos, símbolos, selos, emblemas, ilustrações, fotos, desenhos ou outras representações gráficas que sugiram: tratamento, prevenção, diagnóstico, alívio, cura, ação farmacológica, ação imunológica, atividade terapêutica ou relação com intoxicações, infecções, afecções, patologias, doenças, sinais, sintomas, síndromes ou dados anatômicos, exceto nos casos fixados em normas específicas”. Cabe então ao próprio médico veterinário manter-se informado quanto às relações que os ingredientes e suas associações – presentes nos produtos – podem ter com os animais, caso a caso. - Já o artigo 2º define, no seu ítem III: “ alimento coadjuvante: é um produto composto por ingredientes ou matériasprimas e aditivos destinado exclusivamente à alimen-
tação de animais de companhia com distúrbios fisiológicos ou metabólicos, cuja formulação é incondicionalmente privada de qualquer agente farmacológico ativo”. Esses produtos, diferentemente dos alimentos completos e balanceados comuns, continuam precisando de registro e têm inclusive de seguir outro decreto e outra instrução normativa do MAPA, além do descrito na IN 30. Vale mencionar que a solicitação de seu registro junto ao MAPA “deverá estar acompanhada dos documentos que comprovem a eficácia e segurança do uso, propriedades funcionais e valor nutricional, embasado em publicações técnico-científicas, nacional ou internacionalmente aceitas ou por experimentações próprias”. Desde sua publicação, a IN 30 tem causado muitos debates. Em congressos e em conversas com profissionais do meio, ouve-se que a norma contém vários pontos pouco claros, o que dificulta seu cumprimento. Também se ouvem análises indicando que a IN 30 inibe a inovação, uma vez que as melhoras desenvolvidas enfrentam barreiras para serem divulgadas adequadamente ao seu público. No âmbito da Câmara Setorial sobre Animais de Estimação que existe no MAPA, criada em novembro de 2012
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(http://www.agricultura.gov.br/comu nicacao/noticias/2012/11/ministroinstala-camara-setorial-de-animaisde-estimacao), foi iniciado um processo de revisão da IN 30 com a participação de técnicos do MAPA, da indústria e representantes da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET http://abinpet.org.br) e do Sindirações (http://sindiracoes.org.br). Sensível a esse cenário, o Congresso Internacional sobre Nutrição de Animais de Estimação, promovido pelo Colégio Brasileiro de Nutrição Animal
(CBNA - http://www.cbna.com.br), que ocorreu em abril de 2013, deu destaque a esse assunto em sua palestra de abertura. O tema “Os avanços no ambiente regulatório de pet food” ficou a cargo da médica veterinária Flávia Rossi, responsável por assuntos regulatórios na empresa Mars. O nutrição.Vet a entrevistou, e o resultado está em: http://www.nutricao.vet.br/entrev_14 _flaviarossi_2013.php . A legislação pertinente pode ser acessada no Banco de Referências Bibliográficas do nutrição.Vet aplicando-se o filtro “tipo de publicação /
Lei, decreto, Instrução Normativa” (http://nutricao.vet.br/eventos/sitem_referencias_bibliograficas) ou diretamente no site do MAPA: http://sistemasweb.agricultura.gov.b r/sislegis/action/detalhaAto.do?method=abreLegislacaoFederal&chave= 50674&tipoLegis=A .
Cristiana S. Prada omelhorparaoseucliente@nutricao.vet.br
Médica veterinária, Ms nutrição.Vet - www.nutricao.vet.br
ANOTE 3 e 4 de setembro de 2013: II Congresso sobre Tecnologia da Produção de Alimentos para Animais -
http://www.cbna.com.br/portal/Eventos/Ver/Congresso-Sobre-Tecnologia-da-Producao-de-Alimentos-Para-Animais
22 e 23 de novembro de 2013: V Simpósio de Nutrição Clinica de Cães e Gatos: A Inter-relação Nutrição e Doença - http://www.funep.org.br/mostrar_evento.php?idevento=358
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GESTÃO, MARKETING & ESTRATÉGIA
Tratar doenças ou promover a saúde? O que você prefere? “... para tanto aplicando os conhecimentos científicos e técnicos em benefício da prevenção e cura de doenças animais...”
Trecho extraído do juramento do médico veterinário (http://goo.gl/ok904)
P
erceberam que no juramento a palavra prevenção vem antes de cura? Os animais, assim como nós, não gostam de sofrer e ficar doentes, por isso é nossa obrigação ética tentar evitar as doenças. Mesmo assim, ainda vemos clínicas que dão mais ênfase ao tratamento e, quando fazem prevenção, restringem-se à aplicação de vacinas e à prescrição ocasional de vermífugos. Por coincidência (ou não), muitas delas estão reclamando do excesso de concorrência e das dificuldades financeiras do mercado. Houve um tempo em que essas clínicas tinham fila de pacientes aguardando para tomar soro a cada surto de gastrenterite viral ou cinomose que surgia na cidade... E os veterinários ganhavam muito dinheiro! Bons tempos aqueles, dizem os mais antigos, enquanto outros aguardam ansiosos que uma nova epidemia venha resolver seus problemas. O fato é que isso dificilmente ocorrerá, graças à melhora dos cuidados com saúde e nutrição que houve nos últimos 20 anos. Além disso, a última revista do CFMV (n. 58, p. 28-31. 2013) traz um artigo que comprova aquilo que os veterinários já pressentem há alguns anos: somos muitos profissionais disputando os mesmos clientes. Segundo esse artigo, a quantidade de cães por veterinário no Brasil diminuiu 22% entre 2001 e 2011 (de 529 para 410 cães/veterinário). Por outro lado, o mercado traz ótimas notícias: segundo a COMAC (Comissão de Animais de Companhia do Sindan), a medicalidade com produtos veterinários no Brasil é de somente 17%, contra 85% no Canadá, e um estudo de 2012 da consultoria Gouvêa de Souza mostra a baixa participação dos serviços veterinários no faturamento do setor: apenas 6% (R$ 642,7
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mil). Em comparação, os serviços de higiene e embelezamento respondem por 13,1%, (R$ 1,4 bilhão), e os snacks e petiscos por 5%, (R$ 533,6 mil), o que significa que um número muito grande de pets ainda não recebem um tratamento veterinário adequado, embora seus proprietários possuam recursos suficientes para isso, tanto que gastam em ração, petiscos e serviços de higiene. Essas informações geram diferentes interpretações: enquanto alguns afirmam que tais proprietários preferem gastar com snacks porque não valorizam nossos serviços, que a Participação dos serviços veterinários no fatuconcorrência está prejudiramento do setor: apenas 6% (R$ 642,7 mil) cando o setor e que não existe solução a não ser disputar os requerem novos cuidados. Sua imporclientes a qualquer custo, outros percetância é tão grande que, a partir de 2014, bem uma grande oportunidade para serão incorporados na PNS (pesquisa fazer crescer sua empresa oferecendo nacional de saúde) do IBGE. Desse serviços e produtos de qualidade e modo, o veterinário deve se tornar um melhorando a saúde de seus pacientes. agente do bem-estar animal e, assim, Tais clínicas possuem um desempenho exercer sua profissão com ética para se acima da média por dois motivos: conrealizar tanto profissional quanto finanseguem criar valor aos olhos dos proceiramente. prietários, o que lhes permite cobrar Para aproveitar esse novo mercado mais pelos serviços, e estabelecem vínseguem algumas dicas: culos fortes, diminuindo assim a taxa de 1- Não fique sentado aguardando o deserção de clientes. cliente chegar: deixe de ser reativo (o A verdade é que estamos vivendo veterinário que cura) para ser proativo um momento único, que oferece exce(o veterinário que previne). lentes oportunidades de crescimento financeiro para os estabelecimentos 2- Melhore sua capacidade de comuveterinários, graças à ascensão das nicação: este é um dos grandes desaclasses C e D e à mudança de status fios do novo veterinário, pois estamos dos cães e gatos que migraram do quintão envolvidos com a técnica que nos tal para o sofá. Hoje os pets são consiesquecemos da importância de saber derados membros da família para a interagir com as pessoas, sejam funciomaior parte da população e, portanto, nários ou clientes. Lembre-se de que a
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apresentação da equipe, a organização e a limpeza da clínica comunicam tanto quanto o que é dito durante a consulta. 3- Crie protocolos de saúde adequados para cada fase da vida de seus pacientes. A programação garante que nada seja esquecido e permite que você mantenha contato constante com o paciente. 4- Aplique a política dos três rs (recall, recheck ou remind): ao final de cada consulta, sempre agende um novo contato para: verificar se está tudo bem com o paciente, realizar um novo exame ou procedimento (checkup anual, tratamento periodontal, controle de peso etc) ou lembrar o cliente de algum evento (troca de ração, por exemplo). 5- Seja um educador e disponha de tempo durante a consulta para conversar com os proprietários. Lembre-se de que é mais difícil convencê-lo de coisas
que ainda não ocorreram, por exemplo: é mais fácil explicar que um cão está doente quando tem um episódio de diarreia com sangue do que conversar com o dono sobre os riscos da obesidade. 6- Não tenha medo de dar boas notícias: muitos colegas ainda acham que os clientes vão reclamar ao gastar para realizar exames que se revelem normais. O proprietário deseja que seu animal esteja bem, e vai ficar feliz ao receber um resultado que confirme isso. 7- Desenvolva indicadores de desempenho: isso permitirá avaliar a adesão dos pacientes aos tratamentos propostos. O objetivo não é simplesmente ganhar dinheiro, mas garantir que seus pacientes recebam o melhor acompanhamento possível. 8- Aumente a gama de serviços
oferecidos: implantação de microchips, orientações sobre posse responsável, manejo nutricional, prevenção de doenças, orientação sobre comportamento animal e saúde pública são alguns exemplos. 9- Mantenha um banco de dados para organizar as informações e conhecer melhor o perfil de seus clientes a fim de conhecer suas necessidades. Enfim, torne-se o personagem central na relação entre animal e homem, orientando, definindo e acompanhando o proprietário e seu bicho de estimação desde filhote até a velhice. Renato Brescia Miracca renato.miracca@q-soft.net
Médico veterinário, bacharel em direito, MBA Q-soft Brasil Tecnologias da
Informação - www.qvet.com.br
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ACUPUNTURA
ANIMAIS SELVAGENS
3 a 4 de agosto de 2013 (início) Inscriçõs até: 19/07/13 Botucatu - SP VIII Curso de pós-graduação em acupuntura veterinária http://www.bioethicus.com.br
30 de julho a 3 de agosto Fortaleza - CE III Simpósio Cearense de Animais Selvagens FAVET/UECE simposioselvagens@hotmail.com
17 e 18 de agosto (início) Campinas - SP Curso de especialização em acupuntura veterinária (19) 3208-0993
3 e 4 de agosto Brasília - DF Avistar Brasília http://www.avistarbrasil.com.br
17 e 18 de agosto Uberlândia - MG Curso de especialização em acupuntura e medicina tradicional chinesa http://www.institutojp.com.br
ANESTESIOLOGIA
30 de agosto a 1º de julho Araçatuba - SP XI Encontro de Anestesiologia Veterinária http://www.fmva.unesp.br 10 a 12 de dezembro Botucatu - SP I Curso teórico-prático de anestesia loco-regional em cães e gatos http://bioethicus.com.br/anestesia_loco_regional
3 e 4 de agosto Salvador - BA III Simpósio de medicina de animais selvagens – Módulo de Aves Selvagens - ABRAVAS http://www.abravas.org.br 31 de agosto a 1º de setembro Rio de Janeiro - RJ 2º Avistar Rio http://www.avistarbrasil.com.br 31 de agosto a 7 de setembro Aquidauana - MS II Curso de capacitação para trabalho com fauna em vida livre (Conservação in situ) - ABRAVAS http://www.abravas.org.br 6 a 8 de setembro Macacu - RJ
Curso teórico e prático sobre técnica de levantamento de fauna para licenciamento ambiental http://selvagememfoco.com/#!cur so-rj 8 a 13 de setembro Pirenópolis - GO XXIV International Bioacoustics Congress (IBAC) http://www.ibacbrazil.com 26 a 29 de setembro Chapada dos Guimarães - MT Curso de capacitação: ecologia e biologia em campo - Cerrado http://www.abravas.org.br
AUXÍLIAR VETERINÁRIO
6 de agosto a 31 de outubro São Paulo - SP Curso de auxiliar veterinário (11) 2265-6911
BEM-ESTAR ANIMAL
30 e 31 de julho São Paulo - SP O elo entre o abuso animal e a violência humana http://itecbr.org
24 a 27 de setembro Florianópolis - SC Congresso Brasileiro de Bioética http://www.bioeticafloripa2013.com .br
Arquipélago de Abrolhos, Bahia - Brasil
CARDIOLOGIA
2013 Curitiba - PR Curso teórico-prático de eletrocardiografia computadorizada (um aluno por turma em cada módulo) http://www.jamesandrade.com 2013 Curitiba - PR Acompanhamento individualizado em cardiologia http://www.jamesandrade.com 29 de julho a 3 de agosto São José do Rio Preto - SP Cardiologia em pequenos animais http://www.kardiovet.com.br 1º a 25 de agosto São Paulo - SP VII Encontro Científico Social SBCV http://www.sbcv.org.br 9 e 10 de agosto São Paulo - SP Curso de eletrocardiografia veterinária - Teoria e prática da avaliação de ritmos sinusais, arritimias e bloqueios de condução cursos@provet.com.br 17 e 18 de agosto Botucatu - SP Curso de extensão teórico-prático
Abrolhos é um arquipélago que localiza-se no Oceano Atlântico, no sul do litoral estado da Bahia, Brasil. É constituído por cinco ilhas, pertence ao Parque Nacional Marinho de Abrolhos, sob o controle do ICMBio e com apoio da Marinha Brasileira.
www.horizonteaberto.com.br
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em eletrocardiografia em cães e gatos - Instituto Bioethicus (14) 3814-6898
veterinária - SBCV http://www.sbcv.org.br
20 de agosto a 26 de setembro Osasco - SP Curso de eletrocardiografia (11) 5093-6456
7 e 8 de setembro Maceió - AL IV Curso nacional de reciclagem em cardiologia veterinária - SBCV http://www.sbcv.org.br
23 a 25 de agosto Juíz de Fora - MG IV Curso nacional de reciclagem em cardiologia veterinária - SBCV http://www.sbcv.org.br
7 a 9 de setembro Região Sul IV Curso nacional de reciclagem em cardiologia veterinária - SBCV (11) 8318-8652
26 a 30 de agosto São José do Rio Preto - SP Curso de ecodopplercardiograma http://www.kardiovet.com.br
12 e 13 de outubro São Paulo - SP Conferência internacional de cardiomiopatias em felinos - SBCV (11) 8318-8652
Setembro de 2013 Rio de Janeiro - RJ Ciclo de atualização em cardiologia veterinária - SBCV http://www.sbcv.org.br 7 de setembro Brasília - DF Atualização em cardiologia
1º de novembro Salvador - BA Atualização em cardiologia veterinária - SBCV http://www.sbcv.org.br Novembro de 2013 São Paulo - SP
Simpósio internacional de metodologia científica - SBCV http://www.sbcv.org.br Novembro de 2013 São Paulo - SP Desvendando o ecocardiograma http://www.sbcv.org.br
CIRURGIA
2 de agosto Cascavel - PR Anatomia cirúrgica em cães e Gatos - Qualittas 0800 725 6300 16 e 17 de agosto São Paulo - SP Cirurgia de tecidos moles "módulo urinário" - teórico/prático. Hospital Veterinário Pompéia http://www.hovetpompeia.com.br 16 de agosto de 2013 a 8 de março de 2015 São Paulo - SP Pós graduação em cirurgia de pequenos
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animais UNISA http://migre.me/fb2TF 31 de agosto de 2013 a 11 de maio de 2014 São Paulo - SP Curso de técnica cirúrgica http://www.cetacvet.com.br 14 e 15 de setembro São Paulo - SP Atualização em ortopedia módulo articulações (11) 3673-9455 26 a 28 de setembro São Paulo - SP Curso prático de cirurgias da coluna vertebral http://www.cipo.vet.br (11) 3819-0594 17 a 19 de outubro São Paulo - SP CIPO - Curso Intensivo Prático de Ortopedia (módulo básico) http://www.cipo.vet.br (11) 3819-0594
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CIRURGIA
26 de outubro de 2013 a 9 de fevereiro de 2014 São Paulo - SP Curso de aprimoramento em reabilitação ortopédica Fisiocarepet caramicofisiovet@gmail.com 23 de novembro São Paulo - SP Cirurgia de tecidos moles "módulo de penectomia / uretrostomia perineal em felinos teórico e prático http://www.hovetpompeia.com.br 6 e 7 de dezembro São Paulo - SP Módulo placas e hastes bloqueadas - CIPO: Curso Intensivo Prático de Ortopedia http://www.cipo.vet.br (11) 3819-0594
CLÍNICA
5 de agosto a 7 de outubro São Paulo - SP 1º Curso intensivo de citopatologia veterinária - Anclivepa SP fgrandivet@gmail.com 9 a 11 de agosto Botucatu - SP IX Simpósio Internacional de Patologia Clínica Veterinária (19) 8111-2911 16 a 18 de agosto Botucatu - SP Simpósio de clínica médica de pequenos animais - UNESP cmpabotucatu@yahoo.com.br 24 de agosto de 2013 a 8 de junho de 2014 São Paulo - SP Curso de clínica médica http://www.cetacvet.com.br 26 e 27 de outubro São Paulo - SP Hemoterapia em cães e gatos http://www.provet.com.br (11) 3266-2299 7 de novembro São Paulo - SP Palestra: Glaucoma! E agora? http://www.provet.com.br
COMPORTAMENTO
2013 Online - EAD Etologia geral - Fundamentos do comportamento animal http://psicologiaanimal.com.br/
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2013 Online - EAD Ansiedade por separação em cães (aberto - estudo dirigido) http://psicologiaanimal.com.br/ 2013 Online - EAD Terapia assistida por animais (aberto - estudo dirigido) http://psicologiaanimal.com.br/ 2013 Online - EAD Psicofarmacologia - Princípios http://psicologiaanimal.com.br/
DERMATOLOGIA
2 a 4 de agosto Rio de Janeiro - RJ Pós-graduação em dermatologia veterinária (19) 3937-4693 4 a 25 de agosto São Paulo - SP Curso de dermatologia (11) 2995-9155 8 de agosto a 8 de outubro Online - EAD Atualização em dermatologia em animais de companhia - Equalis 0800-701-6330 23 a 25 de agosto Jaguariúna - SP Pós-graduação em dermatologia veterinária (19) 3937-4693 25 de agosto São Paulo - SP Eletroquiomioterapia na dematologia veterinaria http://www.sbdv.com.br 24 de novembro São Paulo - SP Onicopatias em cães e gatos http://www.sbdv.com.br
ENDOCRINOLOGIA
10 a 26 de setembro São Paulo - SP Endocrinologia clínica http:www.hovetpompeia.com.br 21 e 22 de setembro Campinas - SP Atualização em endocrinologia veterinária com dra Márcia Jericó e dr. Fabrício Lorenzinit contato@petheart.com.br
FISIOTERAPIA
14 e 15 de setembro de 2013
Inscrições até: 01/09/13 Botucatu - SP VI Curso de especialização em fisioterapia e reabilitação veterinária - 26 módulos http:www.bioethicus.com.br 9 a 24 de novembro São Paulo - SP VI Curso intensivo de fisioterapia veterinária - Fisiocarepet (11) 99591-1206
GERIATRIA
21 a 23 de março de 2014 Jaguariúna - SP Pós-graduação em geriatria de cães e gatos - IBVET (19) 3937-4693
GESTÃO
1º a 15 de agosto São Paulo - SP Coaching executivo - Visão maior! Marco Antonio Gioso (11) 3763-3049 2º semestre de 2013 Curitiba - PR Gestão e marketing (clínicas, veterinárias e pet shops) NE: 0800-7021088 SUL: 0800-7016330
IMAGENOLOGIA
2 a 4 de agosto Rio de Janeiro - RJ Pós-graduação: diagnóstico por imagem em pequenos animais http://www.ibvet.com.br 6 de agosto a 12 de dezembro São Paulo - SP Especialização em radiognóstico veterinário - 2º semestre - IVI (11) 3016-0200 6 de agosto a 12 de dezembro São Paulo - SP Curso teórico-prático de ultrassonografia abdominal (11) 3016-0200 15 de agosto São Paulo - SP Palestra: Ultrassom ocular e suas indicações - Provet (11) 3266-2299 24 a 26 de agosto (início) Belo Horizonte - MG Pós-graduação: Diagnóstico por imagem (18 meses) (19) 3937-4693 21 de setembro São Paulo - SP
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Ultrassonografia de pequenos animais (20 meses) - Inbrapec (11) 3567-4401 18 a 20 de outubro São Paulo - SP Diagnóstico por imagem das afecções da cavidade torácica cursos@provet.com.br 27 de novembro a 5 de dezembro São Paulo - SP Curso teórico e prático de ultrassonografia abdominal - Provet (11) 3266-2299 3 a 11 de dezembro Brasília - DF Curso de ultrassonografia abdominal e pélvica - Qualittas http://www.qualittas.com.br 17 a 19 de dezembro Viçosa - MG Curso de interpretação ultrassonográfica em pequenos animais (31) 3899-8300 19 a 21 de dezembro Viçosa - MG Curso de interpretação radiográfica em pequenos animais (31) 3899-8300
INTENSIVISMO
5 de agosto a 16 de outubro São Paulo - SP Urgências e emergências "módulo avançado" http://www.hovetpompeia.com.br 12 a 16 de agosto São Paulo - SP Curso de imersão teórico Prático em emergência e terapia intensiva - Nível I - Equalis 0800-701-6330 4 a 13 de novembro São Paulo - SP Imersão em tratamento intensivo http://www.hovetpompeia.com.br 7 a 10 de novembro São Paulo - SP Curso de emergência e terapia intensiva - Provet http://www.provet.com.br 24 de novembro São Paulo - SP Urgências e emergências "módulo básico" - prático II (simulação de atendimento) http://www.hovetpompeia.com.br
INTENSIVISMO
4 a 13 de novembro São Paulo - SP Curso de imersão em tratamento intensivo http://www.hovetpompeia.com.br 26 e 27 de outubro São Paulo - SP Urgências e emergências "módulo básico" - teórico e prático (técnicas de estabilização) (11) 3673-9455 8 a 10 de novembro Uberlândia - MG I Simpósio de emergência e traumatologia de pequenos animais (34) 3218-2135
MED. ALTERNATIVA
23 a 25 de agosto Canoas - RS Curso de quiropraxia veterinária (módulo cervical) http://quiropraxiaanimal.com/brasil.html
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23 a 25 de agosto Jaguariúna - SP Pós-graduação em medicina veterinária holística (19) 3937-4693 28 e 29 de setembro Porto Alegre - RS I Curso de terapia floral aplicado aos animais http://www.anclivepa-rs.com.br 21 a 24 de novembro Canoas - RS Curso de quiropraxia veterinária http://quiropraxiaanimal.com/brasil.html
MEDICINA FELINA
1 e 2 de agosto São Paulo - SP Diminuindo o estresse de felinos em gatis e residências medicinaveterinariadocoletivo @gmail.com 6 de agosto São Paulo - SP
Palestra: Tríade felina - Provet (11) 3266-2299 13 a 29 de agosto São Paulo - SP Clínica médica aplicada - clínica de felinos módulo II http://www.hovetpompeia.com.br 20 de agosto Porto Alegre - RS Palestra pancreatite felina aspectos diferenciais http://www.anclivepa-rs.com.br
2 e 3 de novembro Porto Alegre - RS Simpósio Sul-americano de Medicina Felina http://www.ufrgs.br/semedfel/ sulmedfel@gmail.com 1º de fevereiro de 2014 a 9 de novembro de 2014 São Paulo - SP Curso de medicina felina 2014 http://www.cetacvet.com.br
MEDICINA VET. LEGAL
13 a 15 de setembro Rio de Janeiro - RJ Pós-graduação em medicina clínica de felinos (19) 3937-4693
21 de setembro São Paulo - SP Medicina veterinária legal - Perito veterinário - 4 Turma (18 meses) - Inbrapec (11) 3567-4401
20 a 22 de setembro Jaguariúna - SP Pós-graduação em medicina clínica de felinos (19) 3937-4693
14 e 15 de setembro São Paulo - SP Urologia e nefrologia em cães e gatos - Provet (11) 3579-1427
Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 105, julho/agosto, 2013
NEFROLOGIA
ACVR Annual Scientific Conference Welcome to Savannah! The American College of Veterinary Radiology (ACVR) would like to welcome you to our 2013 Annual Scientific Conference in the beautiful city of Savannah, Georgia, October 8-11th. Savannah lies on the Savannah River, approximately 20 miles (32 km) upriver from the Atlantic Ocean. We are delighted to be welcoming you to what promises to be a highly educational, collaborative and successful conference! Savannah meeting attendees should also make time to discover the history, food and drink, shopping, entertainment, arts and culture, outdoor adventures, and tours of this wonderful host city. In addition, day trips to Amelia Island, Charleston, Hilton Head, Fort Sumter National Monument, and Harris Neck National Wildlife refuge and other nearby areas can be planned. http://www.acvr.org/page/acvr-annual-scientific-conference
NEONATOLOGIA
14 e 15 de setembro São Paulo - SP Urologia e nefrologia em cães e gatos - Provet (11) 3579-1427
NEUROLOGIA
2 e 3 agosto São Paulo - SP Neurologia e convulsão - Provet (11) 3266-2299 24 de agosto a 22 de setembro São Paulo - SP Aprimoramento em reabilitação neurológica - Fisiocarepet (11) 99591-1206
22 de outubro São Paulo - SP Palestra: Exoftalmia traumática, o que fazer? - Provet (11) 3266-2299
ONCOLOGIA
16 a 18 de agosto Jaboticabal - SP II Encontro de oncologia veterinária - UNESP (16) 9723-1416
23 a 25 de agosto Florianópolis - SC I Simpósio Sul Brasileiro de Oncologia Clínica e Cirúrgica simposios2013@anclivepasc.com. br
31 de agosto a 1º de setembro de 2013 - inscrições até 15/08/13 Botucatu - SP V Curso de formação em neurologia veterinária http://www.bioethicus.com.br
24 e 25 de agosto São Paulo - SP Curso de oncologia em cães e gatos - Provet (11) 3266-2299
2014 São Paulo Curso de neurologia com o dr. Ronaldo Casimiro http://neuronaldo.com.br/
21 e 22 de setembro Botucatu - SP Curso de oncologia veterinária Bioethicus http://www.bioethicus.com.br
NUTRIÇÃO
3 e 4 de setembro Maringá - PR II Congresso CBNA sobre tecnologia da produção de alimentospara animais http://www.cbna.com.br 23 e 24 de outubro Brasil, local a ser confirmado 28ª reunião anual do CBNA: “nutrição de animais jovens" http://www.cbna.com.br 22 e 23 de novembro Jaboticabal - SP V Simpósio sobre nutrição clínica de cães e gatos ‘A inter-relação nutrição e doença’. http://www.nutricao.vet.br
OFTALMOLOGIA
REPRODUÇÃO
17 e 18 de agosto São Paulo - SP Curso teórico e prático de inseminação artificial em cães e gatos (11) 3266-2299 7 e 8 de dezembro São Paulo - SP Curso teórico e prático de inseminação artificial em cães e gatos - Provet (11) 3266-2299 http://www.provet.com.br
SAÚDE PÚBLICA
5 a 9 de agosto Aracruz - ES Curso de Formação de Oficiais de Controle Animal - FOCA www.itecbr.org
21 e 22 de setembro São Paulo - SP Oftalmologia em cães e gatos http://www.provet.com.br
23 a 27 de setembro Curitiba - PR Curso de Formação de Oficiais de Controle Animal III cursos@itecbr.org
28 e 29 de setembro São Paulo - SP Curso teórico prático de oftalmologia de pequenos animais - VetMasters (11) 3082-3532 http://www.vetmasters.com.br
Novembro de 2013 Curitiba - PR IV Conferência Internacional Medicina Veterinária do Coletivo e I Simpósio: Saúde Única e Participação Social http://www.itecbr.org
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SEMANAS ACADÊMICAS 6 a 9 de agosto João Pessoa - PB IV SEMEVET - Semana Acadêmica de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Paraíba semevet4@yahoo.com.br 14 a 22 de setembro São Bernardo do Campo - SP Semana acadêmica de medicina veterinária da Universidade Metodista http://davetmetodista.com.br/sa mvet/ 2 a 4 de outubro Rio de Janeiro - RJ V SEMAC - Semana Acadêmica Nicolau Maués Serra-Freire vsemac.vet@gmail.com 23 a 25 de outubro Santos - SP Semana Acadêmica de Medicina Veterinária - Unimonte (13) 9625-6037 4 a 8 de novembro Campos dos Goytacazes - RJ XV Sacamev - Semana acadêmica de medicina veterinária Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF http://www.xvsacamev.blogspot.com.br
FEIRAS E CONGRESSOS 30 e 31 de julho São Paulo - SP Seminário Internacional: O Elo entre o Abuso Animal e a Violência Humana itecbr@gmail.com 12 a 14 de agosto Itu - SP 1º Encontro Vetnil de residentes em medicina veterinária http://www.vetnil.com.br/encontroderesidentes2013 14 a 17 de agosto Porto de Galinhas - PE 2n International Congress on Pathogens at the Human Animal Interface (oportunidade única para cientistas, estudantes de pós-graduação e profissionais das áreas afins trocarem informações atualizadas sobre os aspectos-chave de enfermidades zoonóticas) http://www.onehealthglobal.net
Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 105, julho/agosto, 2013
20 a 22 de agosto Rio de Janeiro - RJ Conferência Sul-americana de Medicina Veterinária congressos@nm-brasil.com.br 5 a 7 de setembro Brasília - DF 1º COBRA - Congresso Brasiliense da Anclivepa - DF http://www.cobra.vet.br 6 a 11 de outubro Salvador - BA XVI Congresso - XXII Encontro ABRAVAS 2013 Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens http://www.abravas.org.br 29 a 31 de outubro São Paulo - SP Pet South America 2013 http://www.petsa.com.br Novembro de 2013 Rio de Janeiro - RJ Fórum Mundial da Ciência 2013 http://migre.me/ecKYE 7 a 9 de novembro Bonito - MS VII CONCEVEPA - Congresso do Centro Oeste de clínicos de pequenos animais http://www.anclivepams.com.br 14 a 16 de novembro Fortaleza - CE All About PetShow http://www.allaboutpetshow.com. br 21 a 24 de novembro Recife - PE Fenapet 2013 - CONEVEPA http://www.fenapet.com.br 17 a 23 de novembro Salvador – BA 40º Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária - Conbravet http://www.conbravet2013.com.br
2014 2014 Goiânia - GO XXV Encontro dos Médicos Veterinários e Feira Petgree 2014 http://crmvgo.org.br/encontro/ 30 de abril a 2 de maio de 2014 Belo Horizonte - MG 35º Congresso da ANCLIVEPA http://anclivepabrasil.com.br
Internacional ANIMAIS SELVAGENS
7 a 11 de agosto Vilnius - Lithuania The International Conference on Malaria and Related Haemosporidian Parasites of WildlifeVilnius http://malariarcn.org/conference2013 29 de setembro a 4 de outubro Grampians, Victoria - Australia Australasian Wildlife Disease Association Conference http://www.wildlifedisease.org 29 de outubro a 3 de novembro Patagonia - Chile Workshop internacional de fotografia e observação de Aves Avistar Patagonia http://www.avistarpatagonia.com
2 a 13 de setembro Buenos Aires - Argentina Medicina Felina - CEMV cemv@cemvargentina.com.ar
NUTRIÇÃO
13 a 16 de agosto Manhattan - Kansas - USA Extrusion Processing Technology and Commercialization http://goo.gl/JsZT1
ODONTOLOGIA
3 a 6 de outubro Nova Orleães - Luisiana - EUA Annual Veterinary Dental Forum http://veterinarydentalforum.com
SAÚDE PÚBLICA
17 a 20 de novembro Davos - Switzerland One Health Summit One Health One Planet - One Future: Risks and Opportunities http://www.onehealth.grforum.org
FEIRAS E CONGRESSOS 9 e 10 de agosto Mar del Plata - Argentina 8vas Jornadas Internacionales de Veterinaria Práctica http://www.cvpba.org 10 y 11 de agosto Lima - Perú I Congreso peruano de cirugía y anestesia en pequeños animales http://goo.gl/gfuTY 17 a 20 de setembro Praga - Republica Tcheca World Veterinary Congress 2013 http://www.wvc2013.com/en 19 e 20 de setembro Buenos Aires - Argentina XIII Congreso Nacional AVEACA (Asociación de Veterinarios Especializados en Animales de Compañía de Argentina) http://www.aveaca.org.ar
2 a 5 de outubro Dublin - Irlanda 19th FECAVA - EuroCongress 2013 European Companion Animal Veterinary Congress http://www.fecava2013.org 17 a 19 de outubro Barcelona - Espanha SEVC - Southern European Veterinary Conference Congreso Nacional AVEPA http://www.sevc.info 18 a 20 de novembro Quito - Equador 6º Congreso LAVECCS Caninos & Felinos http://laveccs.org/congreso/index. php
2014
16 a 19 de setembro de 2014 Cape Town - África do Sul World Small Animal Veterinary Association 2014 (WSAVA 2014) http://www.wsava2014.com
COMPORTAMENTO
26 a 29 de setembro de 2013 Lisboa - Portugal 9th International Veterinary Behavior Meeting http://www.ivbmportugal.org
29 de outubro de 2013 a 29 de outubro de 2014 Online - EAD Master en etología clínica y bienestar animal - Universidad de Zaragoza y Instituto Micromat http://www.imicromat.com
GESTÃO
24 a 26 de setembro Bogotá - Colombia Clínica Veterinaria y Pet Shop Un negocio de personas y mascostas http://www.gioso.com.br
IMAGENOLOGIA
3 a 9 de agosto Buenos Aires - Argentina Segundo curso teórico práctico de resonancia magnética. RMvet drfarfallini@gmail.com
MEDICINA FELINA
13 a 16 de agosto Manhattan - Kansas - USA Extrusion Processing Technology and Commercialization http://goo.gl/JsZT1
130
“Venetian Towers” Praça de Espanha, Barcelona - Espanha
A Praça de Espanha foi costruída para a Exposição Internacional de 1929, que foi mantida ao pé do bairro de Monjuic. AVEPA em colaboração com NAVC, organizada pela Southern European Veterinary Conference - SECV - 48 AVEPA Congresso Nacional, a ser realizada na Fira de Barcelona (Montjuic) de 17 a 19 de outubro de 2013.
www.sevc.info
Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 105, julho/agosto, 2013