Clínica Veterinária n. 106

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www.aveaca.org.ar

Jueves 19 Setiembre de 2013

8,00 a 9,00 9,00 a 9,15 9,15 a 10, 45

INSCRIPCIÓN INAUGURACIÓN Cardiología canina: "Arritmias que asustan y arritmias que no te dejan tiempo para consultar a un colega: cómo manejarlas" (Dr. Enrique Ynaraja - España)

10,45 a 11,30

INTERVALO

11,30 a 13,00

Respiratorio canino: "El perro pequeño que tose: enfermedades respiratorias crónicas y colapso traqueal: porqué no consigues que dejen de toser". (Dr. Enrique Ynaraja - España)

13 a 14,30

ALMUERZO

14,30 a 16

Sala 1 Técnicas quirúrgicas en patologías reproductivas en pequeños mamíferos (Dr. Leonardo Piparo) Trabajo científico Técnicas quirúrgicas en patologías reproductivas en reptiles y aves (Dr. Leonardo Piparo)

16 a 17

INTERVALO

17 a 18,30

Diagnóstico radiológico en patologías reproductivas (Dr. Diego Alvarez) Trabajo científico Manejo del dolor pre y post quirúrgico. Mesa redonda

Viernes 20 Setiembre de 2013

Sala 2 Malformaciones cráneo – cervicales (Neurovet)

Sala 3 El gato no es un perro chiquito: Afecciones oculares que marcan la diferencia. (Dra. Nathalie Weichsler - UBA)

Tema a confirmar (Neurovet)

Enfermedades Infecciosas Felinas y sus manifestaciones neurológicas. Casos clínicos. (Dra. Nélida Gómez - UBA)

Sala 2 Neoplasias oculares (Dr. Daniel Moro)

Sala 3 El ABC de las emergencias en felinos

9,00 a 10,30

Sala 1 Osteocondrosis (Dr. Andrés Álvarez - UBA)

10,30 a 11,30

INTERVALO

11.30 como a 13,00

Enfermedades óseas en el crecimiento

Enfermedades dermatológicas

Cardiología felina: "¿Porqué no son

(Dr. Gabriel Benincasa)

Psicógenas (Dra. María de la Paz Salinas)

13 a 14,30

ALMUERZO

perros pequeños?, ¿qué debo hacer diferente para que todo funcione?" (Dr. Enrique Ynaraja - España)

14,30 a 16

Toma de decisiones en cirugía toráxica (Dr. Pablo Meyer - UBA)

A confirmar

"Disneas en gatos: asma bronquial y derrame pleural: diagnóstico y manejo clínico". (Dr. Enrique Ynaraja - España)

16 a 17

INTERVALO

17 a 18,30

Toma de decisiones en cirugía abdominal (Dr. Uber Forgione )

A confirmar

El laboratorio clínico y la medicina felina (Dr. Javier Más - UBA)



Diagnóstico por imagem 38 Bem-estar animal Ultrassonografia transtorácica extracardíaca – revisão de literatura Non-cardiac transthoracic ultrasound – literature review Ecografía transtorácica no cardíaca – revisión de la literatura

54

Endocrinologia

Adrenalectomia em cão com hiperadrenocorticismo irresponsivo ao tratamento com trilostano – relato de caso Adrenalectomy in dog with hyperadrenocorticism unresponsive to treatment with trilostane – case report Adrenalectomía en perro con hiperadrenocorticismo sin respuesta al tratamiento con trilostano – relato de caso

68

Oncologia Fibrossarcoma canino – relato de caso Canine fibrosarcoma – case report Fibrosarcoma canino – relato de caso

Diagnóstico por imagem

76

Radiologia do trato gastrintestinal em pequenos animais: sete dicas para aumentar sua acurácia diagnóstica

106

Predação da avifauna nativa por cães e gatos na cidade de São Paulo, Brasil – estudo retrospectivo (1993-2011) Native avifauna predation by dogs and cats in the city of São Paulo, Brazil – retrospective study (1993-2011) Depredación de la avifauna nativa por perros y gatos en la ciudad de São Paulo, Brasil – estudio retrospectivo (1993-2011)

@ Na internet FACEBOOK www.facebook.com/ClinicaVet

TWITTER www.twitter.com/ClinicaVet

Site www.revistaclinicaveterinaria.com.br

Gastrointestinal radiology in small animals: seven tips to increase your diagnostic accuracy Radiología gastrointestinal en pequeños animales: siete consejos para aumentar su precisión diagnóstica

Ortopedia

92

Osteotomia tripla e dupla da pelve em cães – descrição das técnicas e principais diferenças Triple and double pelvic osteotomy in dogs – the techniques and their main differences Osteotomía triple y doble de cadera en perros – descripción de las técnicas y sus principales diferencias

4

Contato Editora Guará Ltda. Dr. José Elias 222 - Alto da Lapa 05083-030 São Paulo - SP, Brasil Central de assinaturas: 0800 887 1668 cvassinaturas@editoraguara.com.br Telefone/fax: (11) 3835-4555 / 3641-6845

Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 106, setembro/outubro, 2013



Medicina veterinária do coletivo • Mutirão para vacinação contra cinomose • IV Conferência Internacional de Medicina

14

114

Comportamento

116

Livros

118

Gestão, marketing e estratégia

120

Pet food

122

Mercado pet

124

Lançamentos Guia veterinário - http://www.guiavet.com.br Vet Agenda - http://www.vetagenda.com.br

126 128 135

Acreditação em Polícia de Proteção Animal

Veterinária do Coletivo - metas e indicadores

Animais, sujeitos ou propriedade? Direito? Abuso ou proteção?

Internacional de Leishmaniose Visceral Canina

Comportamento canino e felino

Saúde pública 18 • Brasileish e Anclivepa-MG realizam o X Simpósio

Notícias

• Congresso europeu de excelência - The Southern

20

European Veterinary Conference

• Encontro de residentes em medicina veterinária reu-

niu os principais nomes do segmento em Itu

• Nova unidade do grupo Pet Care de Hospitais

Veterinários

Ensino

26

Interação Homem-Animal

30

Bem-estar animal

34

• Brasileiro recebeu 3 prêmios por excelência nos EUA

Concevepa em Bonito e o turismo ecológico Crueldade nunca mais

6

Medicina veterinária legal

Recepção, um dos locais onde se pode conquistar ou afastar clientes

• Abinpet lança versão impressa do Manual Pet Food • Banco de referências bibliográficas sobre nutrição

Abinpet consegue entendimento favorável da Sefaz-ES sobre desoneração de produtos pet

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A

saúde e o bem-estar animal ainda têm muito o que avançar, mas, no Brasil, algumas conquistas obtidas nos últimos anos foram gloriosas, tanto para a vida dos animais quanto para a valorização profissional do médico veterinário e da sua importância em diversos segmentos da sociedade. Essas conquistas devem-se tanto à organização da classe veterinária quanto dos movimentos sociais. A manutenção, há mais de um ano, do atendimento veterinário gratuito em hospital veterinário mantido pela Prefeitura Municipal de São Paulo e administrado pela Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais do Estado de São Paulo (AnclivepaSP) é um exemplo real da promoção do bem-estar e da saúde da família multiespécie. Os movimentos sociais, representados por organizações não governamentais (ONGs) e por diversos políticos favorece, a promoção de eventos como o VEG FEST – http://www.vegfest.com.br/, de 25 a 29 de setembro de 2013, em Curitiba, PR – e a II Manifestação Crueldade Nunca Mais – http://www.crueldadenuncamais.com.br/, ocorrida em todo o Brasil no dia 18 de agosto de 2013. Destaca-se também a Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, coordenada pelo deputado Ricardo Izar: http://www.fb.com/frenteparlamentar. defesadosanimais/. No início de agosto, o vereador Nelo Rodolfo (PMDB) apresentou à Câmara Municipal de São Paulo o projeto de lei que cria o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Veterinário (SAMUV). O objetivo é levar até os bairros um ônibus equipado para o atendimento médicoveterinário de animais de pequeno porte, incluindo castração, coleta de material para exame, vermifugação, vacinação e cirurgias de pequeno porte emergenciais. O veículo será equipado como um pequeno hospital. Pelo projeto, haverá um ônibus para cada região de São Paulo – Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro. Cada ônibus será acompanhado de uma ambulância, para buscar em casa os animais em estado grave. Casos complexos, em que não é possível fazer o atendimento no ônibus-hospital, serão levados para um hospital veterinário. O Samuv tem o apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMVSP) e do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP), que fará a gestão do primeiro Samuv com os estudantes e residentes. Toda a América Latina necessita de ações que promovam o convívio saudável com os animais. Em Almirante Brown, na Argentina, o Centro Municipal de Saúde Animal e Zoonoses realiza gratuitamente cerca de 14 mil castrações por ano – http://www.almirantebrown.gov. ar/salud/prensa/prensa05.htm. Não importa o recurso disponível: “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível” (São Francisco de Assis).

EDITORES / PUBLISHERS

Arthur de Vasconcelos Paes Barretto editor@editoraguara.com.br CRMV-MG 10.684 - www.crmvmg.org.br

Maria Angela Sanches Fessel cvredacao@editoraguara.com.br CRMV-SP 10.159 - www.crmvsp.gov.br

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EDITORAÇÃO ELETRÔNICA / DESKTOP PUBLISHING Editora Guará Ltda.

CAPA / COVER: - Getty Images

Clínica Veterinária é uma revista técnico-científica bimestral, dirigida aos clínicos veterinários de pequenos animais, estudantes e professores de medicina veterinária, publicada pela Editora Guará Ltda. As opiniões em artigos assinados não são necessariamente compartilhadas pelos editores. Os conteúdos dos anúncios veiculados são de total responsabilidade dos anunciantes. Não é permitida a reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação sem a prévia autorização da editora. A responsabilidade de qualquer terapêutica prescrita é de quem a prescreve. A perícia e a experiência profissional de cada um são fatores determinantes para a condução dos possíveis tratamentos para cada caso. Os editores não podem se responsabilizar pelo abuso ou má aplicação do conteúdo da revista Clínica Veterinária.

Arthur de Vasconcelos Paes Barretto 8

Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 106, setembro/outubro, 2013



CONSULTORES CIENTÍFICOS Adriano B. Carregaro

Cassio R. A. Ferrigno

Gabriela Pidal

Julio Cesar de Freitas

Mary Marcondes

Alberto Omar Fiordelisi

Ceres Faraco

Geovanni D. Cassali

Karin Werther

Masao Iwasaki

Alceu Gaspar Raiser

César A. D. Pereira

Geraldo M. da Costa

Leonardo Pinto Brandão

Mauro J. Lahm Cardoso

Alejandro Paludi

Christina Joselevitch

Gerson Barreto Mourão

Leucio Alves

Mauro Lantzman

Alessandra M. Vargas

Cibele F. Carvalho

Hannelore Fuchs

Luciana Torres

Alexandre Krause

Clair Motos de Oliveira

Hector Daniel Herrera

Michele A. F. A. Venturini

Alexandre G. T. Daniel

Clarissa Niciporciukas

Alexandre Lima Andrade

Cleber Oliveira Soares

Alexander W. Biondo

Salles Gomes C. Empresarial

Aline Machado Zoppa

FMV/UEL

Aloysio M. F. Cerqueira

UFSM/URNERGS

Ana Claudia Balda

ODONTOVET

Ananda Müller Pereira

FMV/UFF

Ana P. F. L. Bracarense

FMVZ/USP

FZEA/USP FCV/UBA

DCPA/CCR/UFSM FCV/UBA

Endocrinovet FMV/UFSM

Universidade Metodista

CMV/Unesp-Aracatuba UFPR, UI/EUA

FMU/Cruzeiro do Sul UFF

FMU, Hovet Pompéia

Universidad Austral de Chile DCV/CCA/UEL

André Luis Selmi

Anhembi/Morumbi e Unifran

Angela Bacic de A. e Silva FMU

Antonio M. Guimarães DMV/UFLA

Aparecido A. Camacho FCAV/Unesp-Jaboticabal

A. Nancy B. Mariana FMVZ/USP

Arlei Marcili FMVZ-USP

Aulus C. Carciofi

FCAV/Unesp-Jaboticabal

Aury Nunes de Moraes UESC

Ayne Murata Hayashi FMVZ/USP

Benedicto W. De Martin FMVZ/USP; IVI

Berenice A. Rodrigues

Médica veterinária autônoma

Camila I. Vannucchi FMVZ/USP

Carla Batista Lorigados FMU

Carla Holms Anclivepa-SP

FMVZ/USP

FACCAT/RS

UAM, UNG, UNISA IP/USP

UNICSUL

FMVZ/USP

ANCLIVEPA-SP EMBRAPA

Cristina Massoco

Carlos E. S. Goulart FTB

Carlos Roberto Daleck FCAV/Unesp-Jaboticabal

Carlos Mucha IVAC-Argentina

10

ICB/UFMG

DMV/UFLA

ESALQ/USP

Instituto PetSmile FCV/UBA

Hector Mario Gomez EMV/FERN/UAB

Hélio Autran de Moraes Dep. Clin. Sci./Oregon S. U.

Hélio Langoni

FMVZ/UNESP-Botucatu

Daisy Pontes Netto

Heloisa J. M. de Souza

Daniel C. de M. Müller

Herbert Lima Corrêa

FMV/UFRRJ

ODONTOVET

UEL

FCAV/Unesp-Jaboticabal Merial Saúde Animal FMV/UFRPE FMVZ/USP

Lucy M. R. de Muniz FMVZ/Unesp-Botucatu

Luiz Carlos Vulcano FMVZ/Unesp-Botucatu

Luiz Henrique Machado FMVZ/Unesp-Botucatu

Marcello Otake Sato FM/UFTO

Marcelo A.B.V. Guimarães FMVZ/USP

CMV/Unesp-Araçatuba FMVZ/USP

FALM/UENP

Psicologia PUC-SP

ODONTOVET

Michiko Sakate

FMVZ/Unesp-Botucatu

Miriam Siliane Batista FMV/UEL

Moacir S. de Lacerda UNIUBE

Monica Vicky Bahr Arias FMV/UEL

Nadia Almosny FMV/UFF

Marcelo Bahia Labruna

Nayro X. Alencar

Marcelo de C. Pereira

Nei Moreira

Marcelo Faustino

Nelida Gomez

Marcia Kahvegian

Nilson Roberti Benites

Márcia Marques Jericó

Nobuko Kasai

Marcia Mery Kogika

Noeme Sousa Rocha

Marcio B. Castro

Norma Vollmer Labarthe

Marcio Antonio Brunetto

Patrícia Mendes Pereira

Jean Carlos R. Silva

Marcio Dentello Lustoza

Paulo César Maiorka

João G. Padilha Filho

Márcio Garcia Ribeiro

Paulo Iamaguti

Fabiano Montiani-Ferreira João Pedro A. Neto

Marco Antonio Gioso

Paulo S. Salzo

FMV/UFPR

UAM

Fabiano Séllos Costa

Jonathan Ferreira

Marconi Rodrigues de Farias

Fabricio Lorenzini

Jorge Guerrero

PUC-PR

Paulo Sérgio de Moraes Barros

Fernando C. Maiorino

José de Alvarenga

CMV/Unesp-Aracatuba

Fernando de Biasi

Jose Fernando Ibañez

FMV/UFV

DCV/CCA/UEL

Maria Cristina Nobre

Rafael Almeida Fighera

Fernando Ferreira

José Luiz Laus

FMV/UFF

M. de Lourdes E. Faria

José Ricardo Pachaly

VCA/SEPAH

Rafael Costa Jorge

Flávia R. R. Mazzo Flavia Toledo

José Roberto Kfoury Jr.

Maria Isabel M. Martins DCV/CCA/UEL

Regina Helena R. Ramadinha

Daniel G. Ferro Daniel Macieira Denise T. Fantoni Dominguita L. Graça FMV/UFSM

Edgar L. Sommer PROVET

Edison L. P. Farias UFPR

Eduardo A. Tudury DMV/UFRPE

Elba Lemos

Iara Levino dos Santos

Koala H. A. e Inst. Dog Bakery

Iaskara Saldanha Lab. Badiglian

Idael C. A. Santa Rosa UFLA

Ismar Moraes FMV/UFF

Jairo Barreras FioCruz

James N. B. M. Andrade FMV/UTP

Jane Megid

FMVZ/Unesp-Botucatu

Janis R. M. Gonzalez

FioCruz-RJ

FMV/UEL

Elisangela de Freitas FMVZ/Unesp-Botucatu

Estela Molina FCV/UBA

DMV/UFRPE FAMi

FEJAL/CESMAC/FCBS DCV/CCA/UEL FMVZ/USP Provet

Univ. Estácio de Sá

Carlos Alexandre Pessoa Flavio Massone www.animalexotico.com.br

FCV/UBA

UFRPE, IBMC-Triade

FCAV-Unesp-Jaboticabal

Odontovet

Universidade da Pennsylvania FMVZ/USP

FALM/UENP

FCAV/Unesp-Jaboticabal UNIPAR

FMVZ/USP

Juan Carlos Troiano

FMVZ/USP FMVZ/USP FMVZ/USP FMVZ/USP

UAM e UNISA FMVZ/USP UNB

FMVZ/USP

Biogénesis-Bagó Saúde Animal FMVZ/Unesp-Botucatu FMVZ/USP

FMV/UFF

CMV/UFPR FCV/UBA

FMVZ/USP FMVZ/USP

FMV/Unesp-Botucatu FMV/UFFe FioCruz DCV/CCA/UEL FMVZ/USP

FMVZ/Unesp-Botucatu UNIMES, UNIBAN

FMVZ/USP

Maria Cecilia R. Luvizotto Pedro Germano FSP/US

M. Cristina F. N. S. Hage Pedro Luiz Camargo

M. Jaqueline Mamprim FMVZ/Unesp-Botucatu

FMV/UFSM

Hovet Pompéia

FMV/UFRRJ

Renata Afonso Sobral Onco Cane Veterinária

Francisco J. Teixeira N.

Juliana Brondani

Maria Lúcia Zaidan Dagli

F. Marlon C. Feijo

Juliana Werner

Marion B. de Koivisto

Renée Laufer Amorim

Franz Naoki Yoshitoshi

Julio C. C. Veado

Marta Brito

Ricardo Duarte

FMVZ/Unesp-Botucatu FMVZ/Unesp-Botucatu UFERSA Provet

FCV/UBA

FMVZ/Unesp-Botucatu Lab. Werner e Werner FMVZ/UFMG

FMVZ/USP

CMV/Unesp-Araçatuba FMVZ/USP

Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 106, setembro/outubro, 2013

Renata Navarro Cassu Unoeste-Pres. Prudente FMVZ/Unesp-Botucatu Hovet Pompéia


Ricardo G. D’O. C. Vilani UFPR

Ricardo S. Vasconcellos CAV/UDESC

Rita de Cassia Garcia FMV/USP

Rita de Cassia Meneses IV/UFRRJ

Rita Leal Paixão FMV/UFF

Robson F. Giglio

Hosp. Cães e Gatos; Unicsul

Rodrigo Gonzalez

FMV/Anhembi-Morumbi

Rodrigo Mannarino FMVZ/Unesp-Botucatu

Ronaldo C. da Costa CVM/Ohio State University

Ronaldo G. Morato CENAP/ICMBio

Rosângela de O. Alves EV/UFG

Rute C. A. de Souza UFRPE/UAG

Ruthnéa A. L. Muzzi DMV/UFLA

Sady Alexis C. Valdes ICBIM/UFU

Sheila Canavese Rahal FMVZ/Unesp-Botucatu

Silvia E. Crusco UNIP/SP

Silvia Neri Godoy ICMBio/Cenap

Silvia R. G. Cortopassi FMVZ/USP

Silvia R. R. Lucass FMVZ/USP

Silvio A. Vasconcellos FMVZ/USP

Silvio Luis P. de Souza FMVZ/USP, UAM

Simone Gonçalves Hemovet/Unisa

Stelio Pacca L. Luna FMVZ/Unesp-Botucatu

Tiago A. de Oliveira UEPB

Tilde Rodrigues Froes Paiva FMV/UFPR

Valéria Ruoppolo

Int. Fund for Animal Welfare

Vamilton Santarém Unoeste

Vania M. de V. Machado FMVZ/Unesp-Botucatu

Victor Castillo FCV/UBA

Viviani de Marco

UNISA e NAYA Especialidades

Wagner S. Ushikoshi

FMV/UNISA e FMV/CREUPI

Zalmir Silvino Cubas Itaipu Binacional

Instruções aos autores A Clínica Veterinária publica artigos científicos inéditos, de três tipos: trabalhos de pesquisa, relatos de caso e revisões de literatura. Embora todos tenham sua importância, nos trabalhos de pesquisa, o ineditismo encontra maior campo de expressão, e como ele é um fator decisivo no âmbito científico, estes trabalhos são geralmente mais valorizados. Todos os artigos enviados à redação são primeiro avaliados pela equipe editorial e, após essa avaliação inicial, encaminhados aos consultores científicos. Nessas duas instâncias, decide-se a conveniência ou não da publicação, de forma integral ou parcial, e encaminham-se ao autores sugestões e eventuais correções. Trabalhos de pesquisa são utilizados para apresentar resultados, discussões e conclusões de pesquisadores que exploram fenômenos ainda não completamente conhecidos ou estudados. Nesses trabalhos, o bem-estar animal deve sempre receber atenção especial. Relatos de casos são utilizados para apresentação de casos de interesse, quer seja pela raridade, evolução inusitada ou técnicas especiais, que são discutidas detalhadamente. Revisões são utilizadas para o estudo aprofundado de informações atuais referentes a um determinado assunto, a partir da análise criteriosa dos trabalhos de pesquisadores de todo o meio científico, publicados em periódicos de qualidade reconhecida. As revisões deverão apresentar pesquisa de, no mínimo, 60 referências provadamente consultadas. Uma revisão deve apresentar no máximo até 15% de seu conteúdo provenientes de livros, e no máximo 20% de artigos com mais de dez anos de publicação. Critérios editoriais Para a primeira avaliação, os autores devem enviar pela internet (cvredacao@editoraguara.com.br) um arquivo texto (.doc) com o trabalho, acompanhado de imagens digitalizadas em formato .jpg . As imagens digitalizadas devem ter, no mínimo, resolução de 300 dpi na largura de 9 cm. Se os autores não possuírem imagens digitalizadas, devem encaminhar pelo correio ao nosso departamento de redação cópias das imagens originais (fotos, slides ou ilustrações – acompanhadas de identificação de propriedade e autor). Devem ser enviadas também a identificação de todos os autores do trabalho (nome completo por extenso, RG, CPF, endereço residencial com cep, telefones e e-mail). Além dos nomes completos, devem ser informadas as instituições às quais os autores estejam vinculados, bem como seus títulos no momento em que o trabalho foi escrito. Todos os artigos, independentemente da sua categoria, devem ser redigidos em língua portuguesa e acompanhados de versões em língua inglesa e espanhola de: título, resumo (de 700 a 800 caracteres) e unitermos (3 a 6). Os títulos devem ser claros e grafados em letras minúsculas – somente a primeira letra da primeira palavra deve ser grafada em letra maiúscula. Os resumos devem ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões, de forma concisa, dos pontos relevantes do trabalho apresentado. Os unitermos não devem constar do título. Devem ser dispostos do mais abrangente para o mais específico (eg, “cães, cirurgias, abcessos, próstata). Verificar se os unitermos escolhidos constam dos “Descritores em Ciências de Saúde” da Bireme (http://decs.bvs.br/). Revisões de literatura não devem apresentar o subtítulo “Conclusões”. Sugere-se “Considerações finais”. Não há especificação para a quantidade de páginas, dependendo esta do conteúdo explorado. Os assuntos devem ser abordados com objetividade e clareza, visando o público leitor – o clínico veterinário de pequenos animais. Utilizar fonte arial tamanho 10, espaço simples e uma única coluna. As margens superior, inferior e laterais devem apresentar até 3cm. Não deixar linhas em branco ao longo do texto, entre títulos, após subtítulos e entre as referências.

No caso de todo o material ser remetido pelo correio, devem necessariamente ser enviados, além de uma apresentação impressa, uma cópia em CD-rom. Imagens como fotos, tabelas, gráficos e ilustrações não podem ser cópias da literatura, mesmo que seja indicada a fonte. Devem ser utilizadas imagens originais dos próprios autores. Imagens fotográficas devem possuir indicação do fotógrafo e proprietário; e quando cedidas por terceiros, deverão ser obrigatoriamente acompanhadas de au torização para publicação e cessão de direitos para a Editora Guará (fornecida pela Editora Guará). Quadros, tabelas, fotos, desenhos, gráficos deverão ser denominados figuras e numerados por ordem de aparecimento das respectivas chamadas no texto. Imagens de microscopia devem ser sempre acompanhadas de barra de tamanho e nas legendas devem constar as objetivas utilizadas. As legendas devem fazer parte do arquivo de texto e cada imagem deve ser nomeada com o número da respectiva figura. As legendas devem ser autoexplicativas. Evitar citar comentários que constem das introduções de trabalhos de pesquisa para não incorrer em apuds. Procurar se restringir ao "Material e métodos" e às "Conclusões" dos trabalhos. Sempre buscar pelas referências originais consultadas por esses autores. As referências serão indicadas ao longo do texto apenas por números sobrescritos ao texto, que corresponderão à listagem ao final do artigo – autores e datas não devem ser citados no texto. Esses números sobrescritos devem ser dispostos em ordem crescente, seguindo a ordem de aparecimento no texto, e separados apenas por vírgulas (sem espaços). Quando houver mais de dois números em sequência, utilizar apenas hífen (-) entre o primeiro e o último dessa sequência, por exemplo cão 1,3,6-10,13. A apresentação das referências ao final do artigo deve seguir as normas atuais da ABNT 2002 (NBR 10520). Utilizar o formato v. para volume, n. para número e p. para página. Não utilizar “et al” – todos os autores devem ser relacionados. Não abreviar títulos de periódicos. Sempre utilizar as edições atuais de livros – edições anteriores não devem ser utilizadas. Todos os livros devem apresentar informações do capítulo consultado, que são: nome dos autores, nome do capítulo e páginas do capítulo. Quando mais de um capítulo for utilizado, cada capítulo deverá ser considerado uma referência. Não serão aceitos apuds. A exceção será somente para literatura não localizada e obras antigas de difícil acesso, anteriores a 1960. As citações de obras da internet devem seguir o mesmo procedimento das citações em papel, apenas com o acréscimo das seguintes informações: “Disponível em: <http://www.xxxxxxxxxx>. Acesso em: dia de mês de ano.” Somente utilizar o local de publicação de periódicos para títulos com incidência em locais distintos, como, por exemplo: Revista de Saúde Pública, São Paulo e Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro. De modo geral, não são aceitas como fontes de referência periódicos ou sites não indexados. Ocasionalmente, o conselho científico editorial poderá solicitar cópias de trabalhos consultados que obrigatoriamente deverão ser enviadas. Não utilizar SID, BID e outros. Escrever por extenso “a cada 12 horas”, “a cada 6 horas” etc. Com relação aos princípios éticos da experimentação animal, os autores deverão considerar as normas do SBCAL (Sociedade Brasileira de Ciência de Animais de Laboratório). Informações referentes a produtos utilizados no trabalho devem ser apresentadas em rodapé, com chamada no texto com letra sobrescrita ao princípio ativo ou produto. No rodapé devem constar o nome comercial, fabricante, cidade e estado. Para produtos importados, informar também o país de origem, o nome do importador/distribuidor, cidade e estado

Revista Clínica Veterinária / Redação Rua dr. José Elias 222 CEP 05083-030 São Paulo - SP cvredacao@editoraguara.com.br

Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 106, setembro/outubro, 2013

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MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO

Mutirão para vacinação contra cinomose Projeto Santuário realiza parceria com a Anclivepa-SP e a ACOMI

O

Projeto Santuário, desde seu surgimento como um projeto de extensão universitária, tem como foco o território extramuros da universidade. Nesse caminho, logo percebemos que seria fundamental o desenvolvimento de parcerias com outras instituições, no intuito de somar esforços e conhecimento técnico para empreender políticas públicas efetivas e educação em saúde. Apresentamos neste artigo, com muito prazer, o resultado de uma nova parceria entre o Projeto Santuário e a Anclivepa-SP, por meio da qual colaboramos com a Campanha pela Erradicação da Cinomose com a nossa marca registrada: educação para a guarda-responsável. A iniciativa da Anclivepa-SP, lançada em fevereiro de 2013, conta com apoio público e privado e visa incentivar a realização de mutirões de vacinação contra a cinomose, com o objetivo de erradicar a doença. Entre os apoiadores, além do poder público, na figura de parlamentares ligados ao bem-estar animal, a campanha conta com doações do Laboratório Biovet. Desde fevereiro, mais de 4 mil cães já foram imunizados com a vacina polivalente Imuno-Vet, doada pelo Biovet. (www.biovet.com.br). As pessoas interessadas em colaborar com a campanha ou se informar mais sobre os mutirões podem acessar http://www.facebook.com/campanhapelaerradicacaodacinomose. O Projeto Santuário FMVZ-USP escolheu o bairro Jardim Boa Vista, localizado na divisa de São Paulo com Osasco, para a realização de sua primeira campanha de vacinação contra a cinomose, em 25 de maio de 2013. A escolha do bairro deveu-se ao fato de ele apresentar uma grande quantidade de cães nas ruas e ter sido, portanto, considerado um bairro-alvo para que seus moradores entrassem em contato com os conceitos de guarda responsável disseminados pelo Projeto Santuário. A preparação da campanha contra cinomose envolveu o contato dos integrantes do Projeto com o núcleo de São 14

Paulo da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa), que disponibilizou 250 doses da vacina polivalente ImunoVet para essa intervenção, e também com a Associação Comunitária Micael (Acomi), que disponibilizou seu Equipe do Projeto Santuário FMVZ-USP e dos conviespaço e colaborou in- dados da Unimonte no momento da visita do deputado federal Ricardo Tripoli ao local da campanha de tensamente com a divacinação. vulgação da campanha entre os moradores do bairro. Os em alguma outra oportunidade, se integrantes do Projeto Santuário tam- eram castrados e se tinham acesso à bém se prepararam tecnicamente para rua. Ao final da manhã, 185 animais essa campanha, estudando a cinomose haviam sido vacinados, e as respostas e discutindo suas causas, as possibili- dos proprietários ao questionário endades de transmissão, o tratamento e globaram 166 desses 185 cães. Ao taprincipalmente a prevenção. Também bular as respostas a essas perguntas, prepararam uma palestra para apresen- pudemos constatar que, dos 166 cães, tar aos moradores do bairro que levas- 45,4% pertenciam ao sexo masculino e sem seus cães à campanha de vacina- 54,6% ao feminino; a idade variava ção. Foi um mês de trabalho intenso e entre 2 meses e 16 anos, com média de muito produtivo, o que resultou em 4 anos e 4 meses. Nos últimos 15 dias, uma campanha bem-organizada, que apenas um cão havia apresentado diarconseguiu atingir o seu objetivo: vaci- reia, e seis, vômito. Dos 166 cães, nar os cães do bairro Jardim Boa Vista 30,5% haviam sido vermifugados no e esclarecer a população sobre a guar- último ano, e os demais não. da-responsável, com ênfase na preven- Constatou-se que apenas 64,8% desses cães já haviam sido vacinados contra ção de doenças e na castração. Enquanto os moradores se cadastra- raiva, mas 81,4% deles nunca haviam vam para que seus animais fossem sido vacinados antes contra outras vacinados, responderam a um questio- doenças. Apenas 28,2% eram castrados, apenário elaborado pelo Projeto Santuário, que consistia em questões sobre o sexo sar de o bairro já ter recebido por duas dos animais, se haviam apresentado vezes os mutirões de castração promoalgum sintoma de doença nos últimos vidos pela Secretaria da Saúde do 15 dias, se já haviam sido vacinados município de São Paulo, em parceria

Número de animais vacinados no último ano contra a raiva e dos que nunca foram vacinados

Número de animais vacinados no último ano contra outras doenças que não a raiva e dos que nunca foram vacinados

Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 106, setembro/outubro, 2013


Número de animais castrados e não castrados que compareceram à campanha de vacinação pela erradicação da cinomose no Bairro Jardim Boa Vista. Ênfase: elevado número de animais não castrados com acesso à rua. Precisamos conscientizar os proprietários de que os animais não devem ter acesso à rua e devem ser castrados

com ONGs. Quase metade (49,1%) dos proprietários de cães não castrados

afirmaram ter interesse em esterilizar cirurgicamente seus animais. O dado mais preocupante de todos os coletados durante a realização do questionário foi o fato de 34,5% dos animais terem acesso à rua, sendo que 82,5% desses não eram castrados. Da campanha de vacinação realizada e da análise posterior dos dados do questionário, o Projeto Santuário FMVZ-USP pôde concluir que esse bairro necessita de mais ações que promovam a guarda responsável. Dentre elas, as campanhas educativas visando a conscientização para diminuir o número de cães com acesso à rua e as campanhas de castração, para diminuir as ninhadas indesejadas, foram consideradas as mais urgentes. Além dessas, também foram consideradas importantes as campanhas de vacinação associadas à vermifugação, para diminuiir o risco de zoonoses nessa população.

Vinícius Perez Aluno de graduação FMVZ/USP Membro do Projeto Santuário - FMVZ/USP kadikle@ig.com.br

Tais de Oliveira Campos Rebouças Aluna de graduação FMVZ/USP Membro do Projeto Santuário - FMVZ/USP

Profa. dra. Paula de Carvalho Papa Coordenadora do Projeto Santuário - FMVZ/USP

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MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO

IV Conferência Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo - metas e indicadores O evento se destina a médicos veterinários, acadêmicos do curso de medicina veterinária e indivíduos que trabalhem direta ou indiretamente com o controle e manejo de populações animais e saúde pública veterinária, principalmente em organizações não governamentais (ONG’s) de proteção animal e em Centros de Controle de Zoonoses (CCZs).

Profissionais de instituições como National Animal Control Association, Animal Welfare League of Alexandria e Oakland Animal Services estarão ministrando palestras e participando de discussões que envolvem abrigos, colecionadores de animais, sucesso em adoções e eutanásias. Inscrições e informações: http://itecbr.org/

Programação da IV Conferência de Medicina Veterinária do Coletivo* 29/11/2013 (sexta-feira) 07h30 – 08h00 Inscrição e credenciamento 08h15 - 09h00 Abertura • Néstor Calderón – ITEC • Ivan Barros - UFPR • Alexander Biondo - UFPR 09h00 – 10h30 Mesa: percepção dos abrigos, acumuladores e CCZ’s em Curitiba, Brasil • Jyothi Robertson 1 • Megan Webb 2 • Todd Stosuy 3 10h45 – 12h00 Acumuladores de animais: Serviço de Saúde Mental 14h00 – 15h30 Acumuladores de animais. Qual o papel do médico veterinário? Jyothi Robertson 1

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as

15h30 –17h00 Gestão bem-sucedida de um abrigo de animais Megan Webb (Animal Welfare League of Alexandria2) 17h15 – 18h45 Como aumentar a adotabilidade de animais abandonados Megan Webb (Animal Welfare League of Alexandria2) 18h45 – 19h45 Discussão: Protocolo de conduta e abordagem aos acumuladores

30/11/2013 (sábado) 08h00 – 09h30 Abrigos de animais nos EUA: objetivos e organização Jyothi Robertson 1 10h00 – 12h00 Abrigos de animais nos EUA: avaliação Jyothi Robertson 1

13h30 – 15h00 Serviços de controle animal nos EUA Todd Stosuy 3 15h00 – 15h30 - Intervalo 15h30 –17h00 Eutanásia e seus aspectos nos EUA Todd Stosuy 3 17h00 – 18h00 Apresentação de experiências bem sucedidas 18h00 – 19h00 Discussão: eutanásia, critérios e encaminhamentos 1 - Oakland Animal Service http://oaklandanimalservices.org/ 2 - Animal Welfare League of Alexandria http://alexandriaanimals.org/ 3 - National Animal Control Association http://www.nacanet.org/ *Sujeita a alteraçoe ̃ s sem prévio aviso

Curso de manejo de animais selvagens em cativeiro: modulando o estresse, promovendo o bem-estar e garantindo segurança Data: 23 a 27 de setembro de 2013 Local: Zoológico de Curitiba Informações: cursos@itecbr.org

!Como fazer o manejo etológico de animais selvagens?

!Como melhorar o nível de bemestar dos animais selvagens em cativeiro?

!É possível a aprendizagem dos animais para facilitar o manejo e a segurança do tratador?

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SAÚDE PÚBLICA

Brasileish e Anclivepa-MG realizam o X Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina

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Anclivepa Minas e o Brasileish vão realizar, de 13 a 15 de dezembro, o X Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina. O evento, sempre na vanguarda, promete continuar surpreendendo, qualificando e elevando as discussões. Seguindo essa tradição, as

novidades para este ano estão centradas em uma web conference e na participação de especialistas italianos para enriquecer as apresentações e os debates. Abaixo, compartilhamos a programação preliminar. Mais informações: anclivepa@anclivepa-mg.com.br ou (31) 3297-2282.

X Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina 13 a 15 de dezembro de 2013 Programa preliminar – sujeito a alteração sem aviso prévio

13/12/2013 14h00 – WEB CONFERENCE PARA TODA A AMÉRICA DO SUL – Tema : Doenças transmitidas por vetores 20h00 – Jantar de abertura – Mensagem Brasileish 14/12/2013 09h00 - 09h50 – A leishmaniose visceral na Europa na visão da Saúde Pública 10h00 - 10h50 – A leishmaniose visceral canina na Europa 10h50 - 11h05 – Intervalo 11h05 - 12h00 – A leishmaniose visceral no Brasil e na América do Sul 12h00 - 14h00 – almoço 14h00 - 14h50 – A leishmaniose visceral canina no Brasil e na América do Sul 14h50 - 15h00 – Intervalo 15h00 - 15h50 – Medidas de controle da leishmaniose visceral na Europa 15h50 - 16h40 – Medidas de controle da leishmaniose visceral no Brasil 16h40 - 18h00 – Mesa-redonda com os participantes: Realidade e controle da leishmaniose visceral humana e canina na Europa e na América do Sul. 18h00 - 20h00 – Temas livres – apresentação de trabalhos 15/12/2013 09h00 - 09h50 – Controle de flebotomíneos 09h50 - 10h05 – Intervalo 10h05 - 11h00 – Diagnóstico da leishmaniose animal – diagnóstico canino 11h00 - 12h00 – Diagnóstico da leishmaniose animal – diagnóstico felino 12h00 - 14h00 – Almoço 14h00 - 15h00 – Manejo do cão infectado na Europa 15h00 - 15h15 – Intervalo 15h15 - 16h15 – Manejo do cão infectado no Brasil e na América do Sul 16h15 - 18h15 – Mesa-redonda: Manejo de cães infectados

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Em 2012, no IX Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina, cuja cobertura foi publicada na revista Clínica Veterinária n. 96 http://goo.gl/0KOFkj, o palestrante internacional convidado, o dr. Javier Encinas Aragón, chefe de Sanidade Ambiental e Zoonoses da Comunidade de Madri, Espanha, compartilhou com os presentes a suspeita de novo reservatório da leishmaniose visceral na região de Madri: as lebres. Na época, ainda não havia dados para confirmar essa suspeita. Porém, este ano, no Worldleish 5, foi publicado um trabalho destacando a importância das lebres como reservatório: http://goo.gl/634Bjm. Para o simpósio deste ano, está prevista a participação de especialistas italianos e o evento promete continuar na vanguarda da promoção do conhecimento científico sobre o assunto entre os clínicos veterinários de pequenos animais e os colegas de outros setores

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NOTÍCIAS

Congresso europeu de excelência elo sétimo ano consecutivo, no P mês de outubro, de 17 a 19 de outubro de 2013, a Associação de

Avepa-SEVC 2012 http://youtu.be/3VDZ_5yJ1es

Veterinários Espanhóis Especialistas em Pequenos Animais (Avepa) apresenta a nova edição do seu congresso anual internacional. O programa científico do congresso é direcionado a todos os médicos veterinários especialistas em animais de companhia e animais exóticos. A missão dos organizadores é apresentar as últimas novidades nos cuidados de animais à comunidade veterinária internacional de animais de companhia, em um ambiente profissional, agradável e aconchegante.

Barcelona, uma cidade européia de grande atrativo turístico

Mais de 80 palestrantes internacionais 20

Atualmente, o Congresso AvepaSEVC é o segundo maior da Europa em termos de número total de congressistas e o maior congresso de médicos veterinários de pequenos animais do mundo em termos da presença de veterinários estrangeiros. Em cada edição do evento, além de 2 mil veterinários espanhóis, há cerca de mil veterinários de mais de 50 países que se reúnem em Barcelona todo mês de outubro. E o que atrai tantos veterinários de diferentes países? O excelente conteúdo científico e prático, apresentado tanto em forma de palestras científicas quanto em workshops práticos. Somase a essas excelentes características o local de celebração: Barcelona, a segunda maior cidade da Espanha e a capital da Catalunha. A cidade conserva sua rica e diversa história, ao mesmo tempo que encanta pela modernidade. O conteúdo científico, apresentado em mais de 200 horas de trabalhos divididas em 15 workshops com mais de 80 palestrantes internacionais, é apoiado pela parceria e a participação de uma das instituições de maior prestígio na área da formação veterinária: a North American Veterinary Conference (NAVC http://navc.com/). Uma peculiaridade específica do congresso é a sua especialidade em gestão de programas de administração de centros veterinários. O programa de gestão oferecido no congresso de Barcelona é o mais abrangente de toda a Europa e reúne os mais prestigiados especialistas na arte de gerenciar centros veterinários através de um modelo empresarial. O Congresso SECV representa uma oportunidade única de combinar a formação científica com alguns dias de passeios apreciando a cultura europeia, descobrindo a velha Europa através de uma cidade cosmopolita e compartilhando conhecimento e experiências com colegas de todo o mundo. Informações: http://www.sevc.info

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Kellen de Souza


NOTÍCIAS

Encontro de residentes em medicina veterinária reuniu os principais nomes do segmento em Itu

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ntre os dias 12 e 14 de agosto foi realizado em Itu, SP, o Encontro Vetnil de Residentes em Medicina Veterinária. A solenidade de aberModolo, a primeira patura e as primeiras paleslestra “Comportamento tras do evento reuniram no de empreendedorismo interior de São Paulo os para atuação na medicina grandes nomes e entidades veterinária”, abordou o do segmento e contaram mercado de trabalho, o com 350 participantes diferencial competitivo e oriundos de 68 universidaa qualidade da prestação des do Brasil. de serviço. O evento Primeiro evento brasiprosseguiu com a mesaleiro destinado a esse redonda que discutiu as público, o encontro teve “Ações do Ministério da palestras com temas voltaEducação e do Conselho dos às reais necessidades e Federal de Medicina Veanseios dos futuros profisterinária no reconhecisionais. O objetivo é auxiliar a prepará-los para as A solenidade de abertura e as primeiras palestras do evento mento e na qualidade dos atuais exigências do mer- reuniram, no interior de São Paulo, os grandes nomes e entida- programas de residêndes do segmento e contaram com 350 participantes oriundos cia”, seguida da palestra cado de trabalho. do professor Luiz Marins Estiveram presentes à de 68 universidades do Brasil sobre “Desafios pessoais cerimônia de abertura importantes nomes da medicina veteri- CFMV; Fábio Fernando Ribeiro e profissionais dos residentes”. Ao todo foram 42 palestras, dividinária brasileira, como os doutores Manhoso, conselheiro do Conselho Armen Thomassian, representante da Regional de Medicina Veterinária do das entre pequenos animais e equiAssociação Brasileira dos Médicos Estado de São Paulo (CRMV-SP); nos, com temas de clínica médica, Veterinários de Equídeos (Abraveq); Thomas Marzano, presidente da cirúrgica e mercado, além de mesasAntônio Felipe Paulino de Figueiredo Sociedade Paulista de Medicina redondas. O I Encontro Vetnil de Residentes Wouk, secretário-geral do Conselho Veterinária (SPMV); Alexandre Federal de Medicina veterinária Schmaedecke, da Associação Nacional em Medicina Veterinária contou com o (CFMV), assessor da Comissão de Clínicos Veterinários de Pequenos apoio de grandes entidades, como o Nacional de Avaliação do Ensino Animais (Anclivepa); Cauê Toscano, CFMV, o Conselho Regional de Superior (Conaes) e do Ministério da da Anclivepa-SP,;e Fernando Leandro, Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV/SP), a Anclivepa Brasil Educação e Cultura (MEC); Mário representante do MEC. Eduardo Pulga, vice-presidente do Ministrada pelo doutor José Rafael e SP e a Abraveq.

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NOTÍCIAS

Nova unidade do grupo Pet Care de Hospitais Veterinários

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Divulgação

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Grupo Pet Care de Hospitais Veterinários continua o seu plano de expansão e inaugurou, no início de julho de 2013, mais uma unidade, localizada em frente ao Parque do Ibirapuera, na capital paulista. É a terceira do grupo – as outras estão localizadas nos bairros do Morumbi e do Pacaembu – e forma o maior complexo de hospitais veterinários do Brasil. A unidade Ibirapuera é dirigida pela dra. Carla Berl, assessorada pelo médico veterinário Eduardo Lipparelli. “Com o Pet Care Ibirapuera temos capacidade para atender nove mil casos por mês nas três unidades. Nosso objetivo é transformar nossas unidades em centros de apoio para veterinários, que poderão encaminhar seus pacientes para exames, especialistas, casos críticos, de urgência e emergência, tendo todo o suporte do corpo clínico do Pet Care”, explica a diretora do Pet Care, Carla Alice Berl. Com 400 m² de área total, o Pet Care Ibirapuera funcionará 24 horas e terá capacidade para realizar três mil atendimentos por mês. A estrutura conta com estacionamento com manobrista, quatro salas de atendimento, duas salas de cirurgia, três salas de diagnóstico por imagem, incluindo radiografia digital, ultrassonografia e ecodopplercardiograma de última geração, salas de observação emergencial com estrutura de UTI, salas de atendimentos exclusivas e separadas para cães e gatos, pronto atendimento de emergências, laboratório e área de apoio hospitalar, fisioterapia etc. “Nosso objetivo é facilitar o acesso das pessoas a um hospital veterinário de alta qualidade em várias regiões de São Paulo. Tanto que a nova unidade segue o mesmo conceito das outras duas, a do Morumbi e a do Pacaembu, focando em especialidades, pronto atendimento 24 horas e diagnóstico veterinário”, afirma a dra. Carla Berl.

Pet Care Ibirapuera - http://www.petcare.com.br

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ENSINO

Brasileiro recebeu três prêmios por excelência nos EUA dr. Ronaldo Casimiro da Costa recebeu recentemente o prêmio de O Melhor Professor da Pós-Graduação do

Curso de Medicina Veterinária da Ohio State University (OSU), nos Estados Unidos. Esse foi o terceiro prêmio que o dr. Casimiro recebeu nessa universidade nos últimos cinco anos. Ele já havia recebido o Prêmio de Excelência Didática em 2010, e o Prêmio de Melhor Professor da Faculdade de Medicina Veterinária em 2011, sendo posteriormente finalista na seleção do Prêmio de Melhor Professor de Medicina Veterinária dos EUA em 2012. Segundo o dr. Casimiro, o melhor professor da pósgraduação é escolhido pelo voto de todos os pós-graduandos e residentes, e o prêmio é apresentado como surpresa na Cerimônia de Conclusão de Residência

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e Pós-Graduação. “Sinto-me mais uma vez extremamente honrado com esta inesperada homenagem”, disse o dr. Casimiro. “Depois de ter sido agraciado com 25 prêmios ao longo de minha carreira, o meu foco recente tem sido auxiliar meus orientandos a desenvolverem trabalhos de qualidade e serem reconhecidos. Neste ano minhas orientandas de graduação e pós-graduação já receberam quatro prêmios aqui nos Estados Unidos, o que me deixa extremamente feliz, mas é sempre bom continuar a ter o nosso trabalho como educador reconhecido.” A Ohio State University é a maior universidade pública americana, e a Faculdade de Medicina Veterinária da OSU, uma das melhores e mais tradicionais desse país, com 128 anos de história. O dr. Ronaldo Casimiro é paulistano

Dr. Ronaldo Casimiro recebendo o prêmio com o dr. Steve Friedenberg, representante dos residentes e pós-graduandos, e o dr. Rustin Moore, chefe do Departamento de Ciências Clínicas, Ohio State University

e egresso da Universidade Federal do Paraná, UFPR – Curitiba. Atualmente ele é professor associado e chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia da OSU. Mais informações sobre neurologia e o dr. Casimiro estão disponíveis em: http://www.neuronaldo.com.br/.

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INTERAÇÃO HOMEM-ANIMAL

Concevepa em Bonito e o turismo ecológico

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VIII edição do Congresso do Centro-Oeste de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Concevepa) e a VIII Feira do Mercado Pet do Centro-Oeste ocorrerão entre os dias 7 e 9 de novembro de 2013 – http://www.concevepa2013. com.br . O Concevepa vem se consolidando como tradicional evento realizado pelas Anclivepas do Centro-Oeste, e este ano será sediado em Bonito-MS, região de excelência no ecoturismo. A programação do congresso deixará todas as manhãs livres, permitindo conciliar uma excelente programação científica com atividades de lazer tanto para os clínicos quanto para os seus acompanhantes. A cidade de Bonito conta com uma infraestrutura de excelência para eventos e hospedagem, além de oferecer a tranquilidade do interior com o maior índice de segurança pública do Estado do Mato Grosso do Sul.

Pontos turísticos São inúmeras as opções em Bonito, MS. Há aventuras radicais (Abismo Anhumas), excursões contemplativas (Buraco das Araras), visitação e mergulho em inúmeras cachoeiras e flutuação em rios para observação de peixes, entre outras. Escolher um passeio em Bonito é difícil, pois todas as opções são muito tentadoras. Entretanto, a visita à Fazenda Água Viva, passeio conhecido popularmente como Cachoeira do Rio do Peixe, é inesquecível. Moacir, proprietário da Fazenda Água Viva, tem uma grande habilidade de se comunicar com os animais. Tucanos, araras e macacos-prego são alguns dos animais com os quais Moacir mantém comunicação. Os macacos-prego ficam na mata, mas, ao chamado de Moacir, vêm em bando ao seu encontro, mesmo com a presença dos visitantes. Araras e tucanos também atendem ao chamado de Moacir e

pousam no seu ombro. Destaca-se que nenhuma das aves possuei as asas cortadas, nem tampouco se veem gaiolas ou viveiros. O ambiente é de preservação e liberdade. A Fazenda Água Viva fica a 36 quilômetros do centro de Bonito. Quem quiser conhecer esse paraíso ecológico preservado precisa acordar cedo e deve estar com o voucher (recibo ou autorização de ingresso) em mãos, o que pode ser adquirido nas agências de turismo de Bonito. Os visitantes são recebidos com lanche de boas-vindas. Em seguida, sempre acompanhado pelo guia de turismo, o grupo dá início a uma magnífica trilha de cerca de 1.600 metros na mata ciliar do rio do Peixe. No passeio há locais onde as cachoeiras exercem uma influência sobre o rio, criando áreas de águas mais tranquilas e cristalinas, bem adequadas para banho. Em cada ponto de parada há uma característica peculiar: disponibilidade de hidromassagem

Sede da Fazenda Água Viva, Cachoeira do Rio do Peixe, em Bonito, MS 30

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Parte do percurso feito na trilha da Cachoeira do Rio do Peixe

natural em vários pontos de quedas-d’água, deque de madeira para contemplação e banho de sol, trampolim e ponto para salto na cachoeira do Poção, e também um ponto de salto com carretilha (tirolesa), que leva os turistas ao trecho onde o rio é mais largo e onde a queda é inevitável, garantindo emoções e diversão.

Moacir, proprietário da Fazenda Água Viva – Cachoeira do Rio do Peixe. Portador de muita simpatia e de surpreendente habilidade de se comunicar com os animais Clínica Veterinária, Ano XVIII, n. 103, março/abril, 2013

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Almoço caseiro e redário complementam o magnífico passeio na Cachoeira do Rio do Peixe (Bonito, MS) 32

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BEM-ESTAR ANIMAL

Crueldade nunca mais A manifestação Crueldade Nunca Mais, ocorrida no dia 22 de janeiro de 2012 em mais de 200 cidades brasileiras, além de Miami (EUA), Nova York (EUA) e San Diego (EUA), foi um protesto histórico, que reuniu mais Há alguns anos, por exemplo, na de 100 mil pessoas pelo Brasil, o Sacavet/FMVZ/USP, Semana que a caracterizou como a maior Acadêmica de Veterinária da manifestação de todos os tempos Faculdade de Medicina Veteriem defesa dos animais! De forma nária e Zootecnia da Universiinédita, a proteção animal de todo dade de São Paulo, vem se mano país se articulou em torno de tendo a inclusão de opções veum objetivo comum: exigir uma getarianas servidas nos intervamudança legislativa que implelos das palestras. Destaca-se mentasse penas mais rigorosas Imagens da manifestação feita em 18 de agosto, também o empenho do médicopara crimes cometidos contra os em São Paulo, compartilhadas pela SOS Fauna veterinário Wilson Grassi, diretor da animais, de forma a inibir os maus-tra- dadenuncamais.com.br/. tos e crueldades! Além do movimento contra a cruel- Associação Nacional de Clínicos VeteEste ano, o movimento novamente dade para com os animais, também rinários de Pequenos Animais de São foi para as ruas no dia 18 de agosto, cresce o número de brasileiros que Paulo, Anclivepa-SP, em divulgar a culocorrendo em cerca de 150 cidades, in- optam por alimentação vegetariana, seja tura da alimentação vegana (sem nada clusive em Nova York. Na página prin- por saúde, cultura de paz ou proteção de origem animal), que publicou o livro cipal do movimento, é possivel ver a dos animais, entre outros. Atualmente, educativo Seja vegano. Grassi também lista completa das cidades participantes, segundo o Ibope, são mais de 16 está envolvido com ações de promoção bem como o link para páginas do Face- milhões de brasileiros que seguem essa de saúde dos animais, como a campabook onde foram registradas as ativi- tendência. Na medicina veterinária, nha de erradicação da cinomose e do dades de cada local – http://www.cruel- essas mudanças também são evidentes. atendimento veterinário gratuito através de hospitais mantidos pela Prefeitura Municipal de São Paulo e administraO Instituto Nina Rosa dos pela Anclivepa-SP. O primeiro hosé uma das organizapital com esse perfil já completou um ções não governamenano, e a criação de outras unidades está tais (ONGs) que apoia em andamento. o movimento e que está sempre investindo em materiais educativos para a promoção de uma cultura de paz. A personagem Luka, da obra Vegana, é um exemplo

http://www.blogdaluka.org/ Em Vegana, conheça a história de Luka, uma adolescente de 16 anos que conseguirá fazer com que até seu pai, um homem resistente a novas ideias e a mudanças de hábitos, repense alguns valores e práticas. http://youtu.be/eBRKb9qmLvo 34

Wilson Grassi durante campanha de vacinação contra cinomose – http://www.wilsonveterinario.com.br/

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BEM-ESTAR ANIMAL

Wilson Grassi também será palestrante no IV Congresso Vegetariano Brasileiro (Vegfest), que ocorrerá de 25 a 29 de setembro em Curitiba, PR – http://www.vegfest.com.br/. Outros nomes de destaque que participarão desse importante evento são: Alberto Peribanez Gonzalez (médico cirurgião formado pela Universidade de Brasília, com mestrado e doutorado pelo Instituto de Pesquisa Cirúrgica da Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha, e autor do livro Lugar de médico é na cozinha; Eric Slywitch (médico, mestre em nutrição (pela Unifesp/EPM), especialista em nutrologia, especialista em nutrição parenteral e enteral, pós-graduado em nutrição clínica, autor dos livros: Alimentação sem Carne - guia prático e Virei Vegetariano. E agora?; Heron José Santana Gordilho (pós-doutor em direito ambiental pela Pace University Law School, Nova York, onde é professor visitante e integra a diretoria do Brazilian-American Institute for Law and Environment e autor da teoria do habeas corpus para os grandes primatas e de diversos artigos e livros técnicos na área de direito ambiental, direito animal e sociologia do direito); Vania Tuglio (promotora de justiça desde 1993 e integrante do Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais e de Parcelamento Irregular do Solo Urbano – Gecap, do Ministério Público de São Paulo); entre dezenas de outros palestrantes já confirmados. Ocorrendo no ano em que a Sociedade Vegetariana Brasileira completa 10 anos de atuação, o Vegfest não será apenas um congresso, e sim um grande festival com atividades multiculturais distribuídas entre alguns locais diferentes de Curitiba – em especial o Mercado Municipal de Curitiba e a Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Serão mais de 36

70 palestrantes, entre os maiores nomes da comunidade vegetariana do país, e uma série de atividades culturais e artísticas. A UFPR cederá para o evento o espaço do seu campus de Ciências Agrárias, no central bairro de Cabral, durante os dias 25, 26 e 27 de setembro (de quarta a sexta-feira). Já para os dois últimos dias do evento (28 e 29), o Vegfest "se muda" para o Mercado Municipal de Curitiba – um dos mais bonitos e ativos mercados públicos do país –, que conta com um grande setor apenas para produtos orgânicos. Um detalhe importante é que no dia de abertura do IV Congresso Vegetariano haverá alimentação vegana em todos os refeitórios do campus. Nos dias 26 e 27 (quando o evento ainda é na UFPR), haverá almoço vegano especial

(em apenas uma das unidades). A realização de evento dessa magnitude é muito importante para que se entenda que o valor da vida é precioso para todos os seres. Eventos como rodeios, vaquejadas e afins são grandes promotores de padecimento para os animais, e o conhecimento disso é antigo. O sofrimento animal foi descrito cientificamente pela ilustre neuroanatomista dra. Irvênia Prada no artigo “Bases metodológicas e neurofuncionais da avaliação da ocorrência de dor/sofrimento em animais”, publicado no vol. 5 de 2002 da Revista de Educação Continuada do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP). Recentemente, em Wyoming, EUA, um bezerro teve o pescoço quebrado e morreu em um rodeio. A tragédia foi registrada pela organização não governamental SHARKonlineorg: http://youtube/eOGnas0My4Q . Barbáries semelhantes, mas mais incomuns, costumam sensibilizar e chamar atenção das pessoas, como, por exemplo, as práticas cruéis envolvendo ursos ou golfinhos. Porém, na verdade, a crueldade é igual. O fato de haver animais para exploração e diversão e outros para companhia ou até para serem membros da família é considerado especismo, termo criado em 1973 pelo psicólogo britânico Richard Ryder, com o intuito de exprimir um preconceito que existe com relação aos animais não humanos. O entendimento de que todo ser vivo merece ser respeitado como ser senciente é o primeiro passo para desenvolvermos uma cultura de paz. Vamos nessa?

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ACVR Annual Scientific Conference Welcome to Savannah! The American College of Veterinary Radiology (ACVR) would like to welcome you to our 2013 Annual Scientific Conference in the beautiful city of Savannah, Georgia, October 8-11th. Savannah lies on the Savannah River, approximately 20 miles (32 km) upriver from the Atlantic Ocean. We are delighted to be welcoming you to what promises to be a highly educational, collaborative and successful conference! Savannah meeting attendees should also make time to discover the history, food and drink, shopping, entertainment, arts and culture, outdoor adventures, and tours of this wonderful host city. In addition, day trips to Amelia Island, Charleston, Hilton Head, Fort Sumter National Monument, and Harris Neck National Wildlife refuge and other nearby areas can be planned. http://www.acvr.org/page/acvr-annual-scientific-conference


Diagnóstico por imagem Ultrassonografia transtorácica extracardíaca – revisão de literatura Non-cardiac transthoracic ultrasound – literature review Ecografía transtorácica no cardíaca – revisión de la literatura Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 106, p. 38-51, 2013 Luís Guilherme de Faria

médico veterinário PPGMV da FMVZ/Unesp-Botucatu lgfaria.medvet@ymail.com

Washington Takashi Kano

médico veterinário PPGMV da FMVZ/Unesp-Botucatu

washingtontakashikano@hotmail.com

Luciane dos Reis Mesquita

MV, mestre PPGMV da FMVZ/Unesp-Botucatu lrmesquita@yahoo.com.br

Lídice Araújo Campos

médica veterinária PPGMV da FMVZ/Unesp-Botucatu lidicecampos@yahoo.com.br

Maria Jaqueline Mamprim MV, profa. adj. FMVZ/Unesp-Botucatu

jaquelinem@fmvz.unesp.br

Raquel Sartor

MV, dra. FMVZ/Unesp-Botucatu

raquelsartor@yahoo.com.br

Resumo: A radiografia é, normalmente, o principal método de diagnóstico a ser utilizado na avaliação inicial do tórax. Diante dos recentes avanços tecnológicos dos aparelhos de ultrassom, a ultrassonografia transtorácica não cardíaca se tornou um importante método de diagnóstico das afecções de pulmão, pleura, mediastino e parede torácica. Embora existam limitações, devido à dificuldade de o feixe sonoro se propagar de forma eficiente sobre o ar, esse exame possibilita a tomada rápida de decisões terapêuticas, assim como torna mais segura e efetiva a coleta de materiais. O conhecimento da anatomia ultrassonográfica torácica fica restrito, pois o que prevalece nesses casos é o artefato causado pela presença de ar dos pulmões; já a ausência dele facilita a detecção das alterações torácicas. O objetivo desta revisão de literatura é apresentar as principais anormalidades passíveis de ser detectadas no exame ultrassonográfico. Unitermos: ultrassom, tórax, pulmão, mediastino Abstract: Radiography is usually the primary method of diagnosis to be used in the initial evaluation of the chest. In view of recent technological advances in ultrasound machines, noncardiac transthoracic ultrasound has become an important method of diagnosis for diseases of the lung, pleura, mediastinum and chest wall. Despite limitations due to the difficulty of efficient sound propagation in air, this exam allows fast decisions and makes sample collection safer and more effective. Knowledge of the sonographic chest anatomy is however restricted because of the artifact caused by the presence of air in lungs. When absent, it facilitates the detection of thoracic alterations. The aim of this review is to present the main abnormalities that are likely to be detected by ultrasonography. Keywords: ultrasonography, thorax, lung, mediastinum Resumen: La radiografía es generalmente el método principal de diagnóstico para ser usado en la evaluación inicial del tórax. Frente a los recientes avances tecnológicos en equipos de ultrasonido, la ecografía cardíaca transtorácica no cardíaca se ha convertido en un importante método de diagnóstico de las enfermedades de pulmones, pleura, mediastino y de la pared torácica. Aunque existen limitaciones debido a la dificultad de que el sonido se propague eficientemente por la presencia de aire, esta prueba permite tomar decisiones rápidas en relación a posibles tratamientos, así como también ofrece la posibilidad de efectuar toma de muestras de manera segura y efectiva. Existen limitaciones en relación a la anatomia ecográfica, ya que con esta técnica, prevalece el artificio causado por la presencia del aire pulmonar; su ausencia facilita la detección de alteraciones torácicas. El objetivo de esta revisión de literatura es presentar la principales anormalidades detectables a través del examen ultrasonográfico. Palabras clave: ultrasonografía, tórax, pulmón, mediastino

Introdução Na medicina humana e na medicina veterinária, o exame ultrassonográfico como método de diagnóstico das alterações torácicas extracardíacas foi, ao longo dos anos, subutilizado e pouco valorizado, devido principalmente à barreira imposta pelo ar presente nos pulmões, que, dificultando a obtenção das imagens, pode ser um obstáculo na transmissão das ondas ultrassonográficas 1-5. Contudo, observou-se 38

que, apesar da impossibilidade de obter imagens adequadas das estruturas torácicas normais, algumas enfermidades torácicas – em especial aquelas que cursam com a diminuição ou a ausência de ar em determinado local – levam à formação de imagens que permitem diferenciar condições fisiológicas e patológicas 2,6. Atualmente, a ultrassonografia é considerada um exame complementar importante na abordagem das afecções

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torácicas; associada ao exame radiográfico ou tomográfico, contribui significativamente para o diagnóstico de afecções mediastinais, pleurais, alterações no parênquima pulmonar e para a investigação de massas intratorácicas 3,4,7, além do benefício do baixo custo, quando comparada com outras modalidades de imagem 8. Dentre as indicações do exame ultrassonográfico nas alterações torácicas extracardíacas, pode-se citar: identificação e diagnóstico de efusões pleurais ou pericárdicas, mesmo quando em quantidades insuficientes para o meio radiográfico; avaliação das estruturas mediastinais; caracterização da morfometria; extensão e vascularização de determinadas massas pulmonares, mediastinais e de parede torácica; e ainda diagnóstico complementar da presença de torção de lobo pulmonar, de irregularidades na superfície pleural e de alterações diafragmáticas 3,6,9-12. Na medicina humana, a ultrassonografia também vem sendo introduzida nos atendimentos emergenciais e no acompanhamento dos pacientes em estado crítico nas unidades de terapia intensiva, para identificação de complicações resultantes de trauma e para uma rápida diferenciação entre as causas de dispneia, não exigindo o deslocamento do paciente. Quando utilizada como guia para procedimentos invasivos – como toracocentese, citologia aspirativa por agulha fina e biópsias –, a ultrassonografia os torna mais seguros e eficazes, evitando possíveis lesões de estruturas vitais. Tais procedimentos são habitualmente realizados em centros médicos e hospitais humanos, e ultimamente vêm sendo implementados na medicina veterinária 2,10,13-15. Em um estudo com 40 pacientes humanos, com o auxílio da ultrassonografia transtorácica, foi possivel estabelecer o diagnóstico de pneumotórax, edema pulmonar, fibrose intersticial pulmonar, pneumonia, embolismo pulmonar e tuberculose 16. A possibilidade de permitir um diagnóstico em curto prazo, sua reprodutibilidade, flexibilidade, acessibilidade e o custo relativamente baixo, por meio de um método inócuo ao paciente, tornaram, portanto, a ultrassonografia uma modalidade diagnóstica indispensável no atendimento hospitalar na medicina humana 2,6,17,18. Algumas limitações do exame são decorrentes da dificuldade de acesso a algumas regiões – causada pela reverberação das ondas sonoras quando em contato com o ar dos alvéolos pulmonares, janelas acústicas muito pequenas – e da obesidade, que dificulta ou impede a avaliação de lesões profundas do parênquima pulmonar, dos linfonodos mediastinais, da porção cranial do esôfago torácico e do mediastino 9,11,14,17. O objetivo desta revisão bibliográfica foi descrever os achados ultrassonográficos das afecções torácicas não cardíacas e discutir a relevância e a aplicabilidade do método no diagnóstico das pneumopatias em pequenos animais. Técnica para realização do exame ultrassonográfico do tórax O animal deve ser posicionado em decúbito dorsal ou lateral (Figura 1), com os membros torácicos tracionados para o sentido cranial. Caso o paciente apresente algum déficit respiratório, o posicionamento esternal ou ortostático

deve ser adotado, a fim de conferir maior conforto ao paciente 11. Preconiza-se a abordagem de ambos os antímeros, realizando múltiplos cortes, longitudinais e transversos, para a completa inspeção do tórax, com o transdutor posicionado nos espaços intercostais, subcostal ou diretamente na lesão, e movimentado nos sentidos craniocaudal e dorsoventral 4,12,19,20. A frequência e o modelo do transdutor devem ser baseados nas características físicas do paciente (tamanho, raça e espécie) e na profundidade das lesões suspeitas 11. Os transdutores de alta frequência, entre 7,5 e 10 MHz, produzem melhor resolução de imagem de estruturas mais superficiais, sendo indicados para a avaliação de lesões localizadas na parede torácica e na pleura, assim como para a abordagem de felinos e cães de pequeno porte. Por outro lado, os transdutores de frequência mais baixa, entre 3,5 e 5MHz, são ideais para a avaliação de estruturas mais profundas no tórax, sendo preferíveis para cães de raças grandes 12,20. A utilização de transdutores microconvexos ou microlineares facilita a obtenção da janela acústica intercostal, evitando a interferência das costelas 11. Sempre que possível, a radiografia torácica deve ser realizada previamente ao exame ultrassonográfico, para determinar a área de varredura mais apropriada para a avaliação ultrassonográfica, assim como para a comparação dos achados, melhorando a acuidade diagnóstica do exame 4,12,19. Em casos de efusão pleural, o grau de dificuldade respiratória deve ser um parâmetro utilizado para decidir submeter ou não o paciente a toracocentese anterior à abordagem ultrassonográfica do tórax, pois, por menor que seja, o

Figura 1 - Preparo e posicionamento do animal para realização do exame ultrassonográfico do tórax. Tricotomia ampla da região torácica e gel para exame ultrassonográfico são preparos básicos e essenciais para a obtenção de imagens de alta qualidade. As imagens do hemitórax direito foram obtidas com o animal posicionado em decúbito lateral esquerdo e o transdutor em plano transversal intercostal

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Endocrinologia Adrenalectomia em cão com hiperadrenocorticismo irresponsivo ao tratamento com trilostano – relato de caso Adrenalectomy in dog with hyperadrenocorticism unresponsive to treatment with trilostane – case report Adrenalectomía en perro con hiperadrenocorticismo sin respuesta al tratamiento con trilostano – relato de caso Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 106, p. 54-66, 2013 Sílvia V. de Magalhães e Corrêa graduanda de medicina veterinária Universidade Anhembi Morumbi correa-silvia@uol.com.br

Adriana Tomoko Nishiya

MV, mestre, prof. Universidade Anhembi Morumbi adriananishiya@hotmail.com

Fabrício L. de Aranha Machado MV, mestre Universidade Anhembi Morumbi fabricio_lorenzini@hotmail.com

Resumo: O hiperadrenocorticismo (HAC) é uma alteração endócrina resultante de elevadas concentrações séricas de glicocorticoides. Quando endógeno, pode ser hipófise-dependente ou adrenal-dependente. A literatura propõe que casos adrenaldependentes, unilaterais e sem metástase sejam tratados cirurgicamente, mas essa conduta ainda não é rotina no Brasil. Uma análise dos estudos publicados nas últimas décadas evidencia, no entanto, significativa redução na taxa de mortalidade perioperatória desses pacientes. O presente trabalho relata o caso de uma cadela de dez anos, sem raça definida, com HAC adrenal-dependente, que se mostrou irresponsiva ao tratamento clínico e foi submetida a adrenalectomia, enfatizando os cuidados pré e pós-operatórios que contribuíram para o sucesso da intervenção. Unitermos: glândula adrenal, neoplasia, intervenção cirúrgica Abstract: Hyperadrenocorticism (HAC) is an endocrine condition resulting from elevated serum glucocorticoid levels. When endogenous, it may be pituitary-dependent or adrenal-dependent. Literature reports suggest that cases of adrenal-dependent unilateral HAC without metastases be treated surgically, but this conduct is not routine in Brazil yet. A review of studies published in the last decades shows, however, significant reduction in the perioperative mortality rate of such patients. The current study reports the case of a crossbreed 10-year-old female dog with adrenal-dependent HAC that was unresponsive to medical treatment and was submitted to adrenalectomy. We emphasize both preoperative and post-operative care measures that contributed to the success of the surgery. Keywords: adrenal glands, neoplasia, surgical procedures Resumen: El hiperadrenocorticismo (HAC) es una enfermedad endocrina que se produce debido a concentraciones elevadas de glucocorticoides. En los casos en que el origen es endógeno el HAC puede ser hipófisis o adrenal-dependiente. La literatura indica que aquellos casos adrenal-dependientes, unilaterales y sin metástasis deben ser tratados mediante cirugía, aunque esta práctica aún no es común en Brasil. Un análisis de los estudios publicados en las últimas décadas indica que ha habido una significativa reducción en la tasa de mortalidad perioperatoria de esos pacientes. El presente trabajo relata el caso de una perra mestiza de diez años con un HAC adrenaldependiente, que no mostró respuesta al tratamiento clínico y en la que se realizó una adrenalectomia, haciendo énfasis en el manejo pre y post operatorio, que fue importante para el éxito de la intervención. Palabras clave: glándula adrenal, neoplasia, intervención quirúrgica

Introdução Hiperadrenocorticismo (HAC) é o nome que se dá ao conjunto de alterações clínicas e laboratoriais resultantes da exposição crônica a excessivas concentrações de glicocorticoides 1-3. Em condições fisiológicas normais, o hipotálamo produz o hormônio CRH (hormônio liberador de corticotrofinas), que estimula a hipófise a secretar ACTH (hormônio adreno54

corticotrófico), que, por sua vez, age sobre o córtex das glândulas adrenais, levando à produção do cortisol. Níveis adequados de cortisol são percebidos pelo hipotálamo e pela hipófise, que reduzem o estímulo sobre as adrenais, num feedback negativo que mantém a homeostase do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) 1,4. Os três principais tipos de hiperadrenocorticismo resultam

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Oncologia Fibrossarcoma canino – relato de caso Canine fibrosarcoma – case report Fibrosarcoma canino – relato de caso Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 106, p. 68-74, 2013 Ivan Felismino Charas dos Santos MV, mestre PPGMV/FMVZ/Unesp-Botucatu professor FV - Universidade Eduardo Mondlane Moçambique ivansantos7@hotmail.com

Renata Bezerra Marujo

médica veterinária autônoma Renata_marujo@hotmail.com

Resumo: O objetivo do trabalho foi relatar um caso de fibrossarcoma (FSA) de tecido mole, com metástases pulmonar e hepática em um cão da raça rottweiler, macho não castrado de dez anos de idade, cujos sinais clínicos eram tumefação na região coxofemoral do membro esquerdo e apatia. Foi observada uma massa de 20 cm de diâmetro com áreas ulceradas localizadas na região coxofemoral do membro esquerdo e dispneia. Foram realizados hemograma, bioquímica sanguínea sérica, exame radiográfico das regiões torácica e coxofemoral do membro esquerdo e ultrassonografia abdominal. O exame citológico da massa tumoral não foi conclusivo e, devido ao estado clínico do animal e ao prognóstico grave dos diagnósticos presuntivos, o proprietário optou pela eutanásia. O resultado histopatológico foi de fibrossarcoma de tecido mole com metástases pulmonares e hepáticas. O presente relato de caso apresenta uma forma pouco comum do fibrossarcoma, cuja capacidade metastática pulmonar e hepática tornou o prognóstico grave. Unitermos: neoplasia, tecido subcutâneo, fibroblastos Abstract: The aim of this study was to report a soft tissue fibrosarcoma with lung and liver metastases in an unneutered 10-year-old male Rottweiler. Clinical signs were a swollen left hip and apathy. A 20 cm localized mass with ulcerated areas was observed on the left hip region, the animal also presented dyspnea. Blood count, biochemical blood serum, chest and hip region X-rays and abdominal ultrasound exams were performed. Cytology of the tumor was not conclusive. Considering the clinical status of the dog and the poor prognosis, the owner opted for euthanasia. Histopathology exams revealed a soft tissue fibrosarcoma with lung and liver metastases. This case report presents an unusual form of fibrosarcoma, whose ability to produce lung and liver metastases yielded a poor prognosis. Keywords: neoplasia, subcutaneous tissue, fibroblasts Resumen: El objetivo del presente trabajo fue relatar un caso de fibrosarcoma de tejidos blandos, con metástasis pulmonar y hepática en un perro Rotweiler macho, no castrado, de diez años, cuyos signos clínicos eran apatía, disnea y tumefacción en la región de la cadera izquierda. También se observó una masa circunscrita que media aproximadamente 20 cm de diámetro, poseía áreas ulceradas y estaba localizada próxima a la articulación de la cadera y fémur izquierdos. Fue realizado hemograma, bioquímica sérica, examen radiográfico de tórax y de la articulación de la cadera afectada, así como ecografía abdominal. El examen citológico de la masa no fue concluyente y, debido al estado clínico del paciente y al pronóstico grave en función a posibles diagnósticos presuntivos, el propietario decidió por la eutanasia del perro. El resultado del examen histopatológico fue de fibrosarcoma de tejidos blandos con metástasis pulmonar y hepática. El presente trabajo presenta una forma poco frecuente de fibrosarcoma, en la que la presencia de metástasis en pulmón e hígado hizo que el paciente tuviera un pronóstico grave. Palabras clave: neoplasia, tejido subcutáneo, fibroblastos

Introdução A etiologia do fibrossarcoma (FSA) está relacionada com fatores genéticos, carcinógenos químicos, vacinações e radiações 1. O FSA é formado por fibroblastos atípicos e uma mistura de células mesenquimais neoplásicas, não classificadas, que produzem colágeno 1,2 e se originam no tecido conjuntivo fibroso de qualquer parte do organismo, podendo ser diagnosticado no tecido esquelético ou nos tecidos extraesqueléticos ou tecidos moles 1,3. 68

O fibrossarcoma dos tecidos moles representa a forma mais comum do FSA em cães e gatos. Ocorre sob a forma de nódulos circunscritos que variam de 1 a 15 cm de diâmetro, conforme o estágio do tumor 1,4. Por outro lado, pode invadir o tecido ósseo circunvizinho, ocorrendo a dificuldade de distinção entre neoplasia óssea primária ou secundária 1. O FSA de tecidos moles no cão é observado majoritariamente na pele e no tecido subcutâneo do tronco e dos membros torácicos e pélvicos 1,5, sendo localmente invasivo.

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Diagnóstico por imagem Radiologia do trato gastrintestinal em pequenos animais: sete dicas para aumentar sua acurácia diagnóstica Gastrointestinal radiology in small animals: seven tips to increase your diagnostic accuracy Radiología gastrointestinal en pequeños animales: siete consejos para aumentar su precisión diagnóstica Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 106, p. 76-90, 2013 Daniel Capucho de Oliveira médico veterinário PPGCV/UFPR

danielcapucho@gmail.com

Tilde Rodrigues Froes

MV, Ms, DVM, profa., coordenadora PPG Ciências Veterinárias HV/DMV/UFPR froestilde@gmail.com

Resumo: O radiologista enfrenta inúmeros desafios em sua prática diária, na tentativa de definir melhor a propedêutica futura de um paciente. A confirmação e a exclusão de doenças do trato gastrintestinal que requerem cirurgia pode ser um dilema a enfrentar, principalmente para jovens radiologistas. O objetivo desta revisão é descrever algumas considerações para a melhor abordagem de pacientes com processos obstrutivos gastrintestinais que utilizam a radiologia computadorizada simples, sem o uso de meios de contraste, como forma de triagem ou para sustentação diagnóstica. Descrevem-se conceitos sobre técnica radiográfica, posicionamento, anatomia radiográfica, diferenças interespécies, achados radiográficos em determinadas doenças obstrutivas, bem como as possíveis causas de falhas diagnósticas e como evitá-las. Unitermos: radiografia, obstrução gastrintestinal, torção gástrica, corpo estranho Abstract: Radiologists face numerous challenges in daily practice at attempting to better define the future workup of a patient. The confirmation and exclusion of gastrointestinal diseases that require surgery can be a dilemma to be faced, especially for young radiologists. The objective of this review is to describe some considerations for better management of patients with gastrointestinal obstructive processes that are surveyed by means of non-contrasted computed radiographies for screening or diagnostic support. The article describes concepts of the radiographic technique, positioning, radiographic anatomy, interspecies differences and radiographic findings in certain obstructive diseases, as well as reflections of possible causes of diagnostic failures and how to avoid them. Keywords: radiography, gastrointestinal obstruction, gastric torsion, foreign body Resumen: El radiólogo enfrenta a numerosos desafíos en su práctica diaria, en un intento por definir mejor la conducta futura respecto al paciente. Confirmar o descartar una enfermedad gastrointestinal de tratamiento quirúrgico suele ser un dilema que enfrenta, principalmente, un radiólogo iniciante. El objetivo de esta revisión es describir algunas consideraciones que propician mejorar el abordaje de pacientes con procesos obstructivos gastrointestinales, a través del uso de la radiología computarizada simple, sin el uso de medios de contraste, como una forma de seleccionar al paciente, o para la reafirmación del diagnóstico. Se describen conceptos sobre la técnica radiográfica, posicionamiento, anatomía radiográfica, diferencias entre especies, particularidades de determinadas enfermedades obstructivas, así como las posibles causas de los errores diagnósticos y como evitarlos. Palabras clave: radiografía, obstrucción intestinal, torsión gástrica, cuerpo extraño

Introdução Com o aumento da utilização dos exames ultrassonográficos abdominais, houve um declínio do uso do exame radiográfico como modalidade diagnóstica de doenças da cavidade abdominal de cães e gatos 1. Apesar disso, o exame radiográfico simples continua sendo eficiente e passível de aplicação na cavidade abdominal de pequenos animais, além de constituir uma importante técnica de triagem, principalmen76

te para algumas síndromes clínicas, como, por exemplo, a suspeita de torção gástrica 1. Dessa forma, o exame ultrassonográfico não deve ser visto como um substituto do exame radiográfico do abdômen, até porque, para algumas suspeitas, a associação das técnicas é muito interessante no suporte diagnóstico das enfermidades gastrentéricas 1. Vale ressaltar que o exame radiográfico simples ainda é visto como uma modalidade de triagem na medicina, principalmente na

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Ortopedia Osteotomia tripla e dupla da pelve em cães – descrição das técnicas e principais diferenças Triple and double pelvic osteotomy in dogs – the techniques and their main differences Osteotomía triple y doble de cadera en perros – descripción de las técnicas y sus principales diferencias Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 106, p. 92-104, 2013 Amaro Fabio de A. Souza

Resumo: A osteotomia tripla da pelve (OTP) é o tratamento cirúrgico mais indicado para displasia coxofemoral de cães entre seis e onze meses de idade. Em 2006 foi desenvolvida uma variante dessa técnica, denominada osteotomia dupla da pelve (ODP), com a vantagem de se evitar uma osteotomia, visando reduzir o tempo cirúrgico, a morbidade pós-cirúrgica e algumas complicações inerentes à osteotomia tripla. Essas duas técnicas vêm sendo realizadas no Hospital Veterinário da UFRPE, com boa recuperação da atividade motora, sem comprometimento neurológico nem sinais de dor articular. Foram efetuadas 20 cirurgias de osteotomia tripla e 4 cirurgias de osteotomia dupla. O objetivo deste trabalho é descrever os detalhes da realização dessas técnicas. A experiência acumulada permite concluir que ambas as técnicas possuem pontos positivos e negativos. A ODP é menos demorada e menos traumática e exige implante mais caro e complexo. Cabe ao cirurgião escolher a que melhor se aplica a seu paciente. Unitermos: ortopedia, displasia coxofemoral, cirurgia

MV, mestre PPGCV/UFRPE

amarodsvi@ig.com.br

Eduardo Alberto Tudury MV, prof. dr. assoc. IV DMV/UFRPE respeit@hotmail.com

Marcella Luiz de Figueredo MV, mestre PPGMV/UFRPE

marcellaf@gmail.com

Bruno Martins Araújo médico veterinário PPGMV/UFRPE

bmaraujo85@hotmail.com

Thaiza Helena Tavares Fernandes médica veterinária PPGMV/UFRPE

thaizavet@gmail.com

Abstract: Triple pelvic osteotomy (OTP) is the most indicated surgical treatment for hip dysplasia in six to eleven-month-old dogs. A variation of this technique called double pelvic osteotomy (ODP) was developed in 2006. It has several advantages over OTP, such as no need for a third pelvic osteotomy, reduced surgery time, smaller post-surgical morbidity and less complications inherent to OTP. Both techniques have been applied at the Veterinary Hospital of UFRPE with satisfactory animal motor rehabilitation, with neither neurological compromise nor signs of joint pain. So far, 20 OTPs and four ODPs have been performed. The aim of this work is to describe the details of these procedures. Our experience indicates that both techniques have positive and negative points: ODP is faster and less traumatic, but demands a more expensive and complex implant. The choice of which technique fits best the patient lies with the surgeon. Keywords: orthopedics, hip dysplasia, surgery Resumen: La osteotomía pélvica triple (OTP) es el tratamiento quirúrgico de elección para la displasia de la cadera de perros entre los seis y once meses de edad. En 2006 se desarrolló una variante de esta técnica, denominada osteotomía doble de la pelvis (ODP), que tenía como ventaja el evitar una de las osteotomías, reducir el tiempo quirúrgico, la morbilidad postoperatoria y minimizar algunas complicaciones relacionadas a la OTP. Ambas técnicas se han utilizado en el Hospital Veterinario de la UFRPE, con buena recuperación de la actividad motora, sin que se presenten complicaciones neurológicas o signos de dolor articular. Se realizaron 20 cirugías de osteotomía triple y 4 osteotomias dobles. El objetivo de este trabajo es describir los detalles de estas cirugías. La experiencia acumulada permite concluir que ambas técnicas poseen puntos positivos y negativos. La ODP es mas rápida y menos traumática, exigiendo un implante mas caro y complejo. Le cabe al cirujano elegir la mejor de ambas técnicas en relación a cada paciente. Palabras clave: ortopedia, displasia de cadera, cirugía

Introdução A displasia coxofemoral (DCF), caracterizada por uma incongruência entre os componentes acetabular e femoral dessa articulação, é causada pela combinação de diversos 92

fatores, como hereditariedade, dieta alimentar, grau de exercício e fatores do meio ambiente, e pode acometer todas as raças, sendo mais comum em cães de grande porte 1-4. Diferentes tipos de tratamentos são propostos para a

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Bem-estar animal Predação da avifauna nativa por cães e gatos na cidade de São Paulo, Brasil – estudo retrospectivo (1993-2011) Native avifauna predation by dogs and cats in the city of São Paulo, Brazil – retrospective study (1993-2011) Depredación de la avifauna nativa por perros y gatos en la ciudad de São Paulo, Brasil – estudio retrospectivo (1993-2011) Clínica Veterinária, Ano XVII, n. 106, p. 106-113, 2013 Ticiana Zwarg

MV, mestre Divisão Técnica de Med. Vet. e Manejo da Fauna Silvestre de São Paulo ticiana.zwarg@gmail.com

Thaís Caroline Sanches

MV, mestre Divisão Técnica de Med. Vet. e Manejo da Fauna Silvestre de São Paulo tatasanches@uol.com.br

Alice Soares de Oliveira

MV, mestre Divisão Técnica de Med. Vet. e Manejo da Fauna Silvestre de São Paulo alice_de_oliveira@yahoo.com.br

Adriana Marques Joppert

MV, dra. Divisão Técnica de Med. Vet. e Manejo da Fauna Silvestre de São Paulo adrianajoppert@uol.com.br

Vilma Clarice Geraldi

médica veterinária Divisão Técnica de Med. Vet. e Manejo da Fauna Silvestre de São Paulo vgeraldi@prefeitura.sp.gov.br

Resumo: Foi realizado um levantamento retrospectivo com a finalidade de verificar os casos de predação por cães e gatos domésticos da avifauna atendida pela Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre da Prefeitura de São Paulo, em 19 anos. As quatro espécies de aves mais acometidas foram: rolinha-roxa, sabiá-laranjeira, periquito-verde e bem-te-vi. Os gatos foram responsáveis por 77,6% do total de ataques, e os cães, por 22%. Grande parte dos casos de agressão ocorreu nas residências de munícipes (57,4%). A grande maioria dos animais agredidos foi a óbito (71,3%). Apenas 27,2% das aves sobreviveram, sendo estas destinadas à soltura (25,4% do total) e ao cativeiro (1,8%). Nossos dados indicam que os cães e gatos domésticos podem representar um fator de impacto considerável para a sobrevivência da avifauna. Unitermos: políticas de conservação, ataques, aves, animais de estimação Abstract: We analyzed 19 years of data collected by the São Paulo Veterinary Medicine and Wild Fauna Management Technical Department involving cases of avifauna predation by domestic dogs and cats to determine the potential species conservation impacts. The four species most frequently affected were: the ruddy ground dove, the rufous-bellied Thrush, the plain parakeet and the great kiskadee. Cats were responsible for 77.6% of the total attacks, whereas dogs were responsible for 22%. The majority of predation events occurred in households (57.4%) and most of the attacked birds died (71.3%). Only 27.2% of the animals survived; these were either released (25.4% of the total), or kept in captivity (1.8%). Our data indicates that domestic pets can represent a considerable impact factor on avifauna survival. Keywords: conservation polices, attacks, birds, pets Resumen: Se realizó un levantamiento retrospectivo de 19 años con el objetivo de verificar los casos de predación de la avifauna por parte de perros y gatos domésticos, que fueron atendidos por la División Técnica de Medicina Veterinaria y Manejo de Fauna Silvestre de la Prefectura de São Paulo. Las cuatro especies de aves más afectadas fueron la tortolita, el zorzal colorado, cotorritas y el benteveo. Los gatos fueron los responsables por el 77,6% del total de ataques, y los perros por el 22%. Gran parte de los casos de agresión sucedieron en las residencias (57,4%). Casi todos los animales agredidos murieron (71,3%). Sólo el 27,2% de las aves sobrevivieron, de las cuales el 25,4% fue liberada, y el 1,8% quedaron en cautiverio. Nuestros datos indican que los perros y gatos domésticos pueden representar un factor de impacto considerable para la supervivencia de la avifauna Palabras clave: políticas de conservación, ataques, aves, animales de estimación

Introdução A região metropolitana de São Paulo é o segundo maior aglomerado populacional do mundo 1, sendo o município de São Paulo o mais populoso do Brasil 2. A região abriga remanescentes bastante fragmentados da Mata Atlântica, albergando, contraditoriamente, uma rica biodiversidade 3. Essas áreas verdes são vitais para a conservação da fauna 4. 106

A pressão exercida pelo avanço da urbanização sobre as áreas verdes no município de São Paulo pode levar a perdas irreversíveis da biodiversidade 4. Fatores como a perda e a fragmentação de habitat, colisões (contra edificações ou veículos) e intoxicações por praguicidas são importantes causas de extinção e diminuição da população de aves no mundo. Esses fatores podem contribuir para a transmissão de doen-

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MEDICINA VETERINÁRIA LEGAL

Curso Nacional de Acreditação em Polícia de Proteção Animal

O

tema de maus-tratos aos animais vem estimulando a realização de palestras e eventos especilizados no tema. Inclusive, recentemente, por meio de parceria realizada entre o Instituto Técnico de Educação e Controle Animal (Itec) e a Associação Brasileira de Medicina Veterinária Legal (ABMVL), Phil Arkow – coordenador da National Link Coalition, presidente da Animal Abuse & Family Violence Prevention Project (The Latham Foundation), consultor da American Society para a prevenção do abuso animal, consultor da Animal Welfare Institute e diretor da American Association of Human-Animal Bond Veterinarians – esteve no Brasil ministrando palestras sobre a ligação entre o abuso de animais e a violência familiar. Dando continuidade às parcerias, a ABMVL, o Itec e a Rede de Proteção Animal (RPA) de Curitiba promoverão de 14 a 17 de outubro de 2013 o I Curso Nacional de Acreditação em Polícia de Proteção Animal. O evento será destinado a profissionais de segurança pública que atuem em ocorrências de crimes contra a fauna ou outras que envolvam animais. A expectativa de público é de aproximadamente 250 pessoas. A realização de um evento dessa dimensão, com foco nos profissionais de segurança pública, é inédita no Brasil e visa • capacitar policiais, peritos, bombeiros, fiscais e demais profissionais de segurança pública que atuam direta ou indiretamente em ocorrências de maustratos aos animais; • mostrar como os casos de maus-tratos e crueldade para com os animais são atendidos fora do país e como a medicina veterinária legal pode ser utilizada na investigação de crimes contra os animais, apresentando experiências relatadas por profissionais de segurança pública e peritos de renome internacional; • possibilitar a abertura de um espaço para interação entre as diferentes esferas 114

(municipal, estadual e federal) da polícia de proteção animal. O evento terá a participação de renomados palestrantes internacionais: • Melinda Merck (EUA) – consultora forense em casos que envolvem animais, assessora de investigadores de crueldade animal em investigação de local de crime e diretora da Internacional Veterinary Forensic Sciences Association; • David Bailey (UK) – cientista forense e médico veterinário, fundador e diretor do primeiro curso de pós-graduação em Medicina Veterinária Forense e Direito; • M. Lee Goff (EUA) – professor de ciências forenses, diretor do programa Chaminade Forensic Sciences, PhD em Entomologia pela Universidade do Hawaii, atualmente é consultor de entomologia forense no escritório de Medicina Legal de Honolulu e membro da Academia do FBI em Quantico, Virginia, EUA. Esses especialistas também estarão ministrando palestras sobre patologia forense para médicos veterinários no Congresso Brasileiro de Patologia Veterinária, que ocorrerá simultaneamente ao I Curso de Acreditação em Polícia de Proteção Animal, de 14 a 18 de outubro, em Curitiba, PR: http://www.enapave.com.br/.

Aqueles que têm interesse pelo tema de maus-tratos aos animais também podem se aprofundar por meio do livro do capitão Marcelo Robis Francisco Nassaro, Maus tratos aos animais e violência contra as pessoas

Sérvio Túlio Jacinto Reis Médico veterinário perito criminal federal. Pós-graduado em nível de especialização em Medicina Veterinária Legal. Mestrando em Perícias Criminais Ambientais (UFSC). Membro do Conselho TécnicoCientífico da ABMVL. Membro da Comissão de Meio Ambiente do CRMV/PR

I Curso Nacional de Acreditação em Polícia de Proteção Animal 14 a 17 de outubro de 2013 Local: Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil Módulo Módulo Módulo Módulo Módulo

I (ABMVL) II (ITEC) III (ABMVL) IV (Polícia) V (Polícia)

Data Tópico 14/10/2013 Legislação 15/10/2013 Manejo Animal 16/10/2013 Medicina Veterinária Legal 17/10/2013 Polícia prática orientada Total

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Carga horária 8 horas/módulo 8 horas/módulo 8 horas/módulo 8 horas/módulo 16 horas (a parte) 48 horas



COMPORTAMENTO

Animais, sujeitos ou propriedade? Direito? Abuso ou proteção?

N

as últimas décadas a percepção sobre os animais parece ter mudado. Faz algum tempo que os animais de companhia são considerados membros significativos do núcleo familiar, e as pessoas manifestam seu intenso envolvimento emocional para com eles. Essa realidade alterou a forma como eles são tratados: vivem no interior das casas, ganham comida de boa qualidade e serviços veterinários sofisticados e de alta complexidade. Também recebem tratamentos antes reservados apenas aos seres humanos (festas de aniversário e de casamento, creche, viagens, cremação, passeios em parques e brinquedos). A transformação da relação estabelecida entre as pessoas e os animais é foco de estudos conceituais e propostas explicativas do âmbito da sociologia, da antropologia e de outras áreas das ciências humanas. Sem sombra de dúvida, isso tem afetado a formação veterinária e o seu exercício. Diante desse fato social, surgiram questões a respeito do modo como os animais são percebidos nos regramentos sociais tradicionais. Nos dias de hoje, cada vez mais se acentua a necessidade de alinhar os ordenamentos jurídicos com o estatuto e o valor atribuídos aos animais. Uma vez que as leis representam as demandas sociais, o vínculo entre os seres humanos e os animais tem exigido decisões inusitadas como: a tutela em casos de divórcio, os cuidados após o falecimento dos tutores, a punição dos atos de crueldade e de maus-tratos, as interdições relativas ao comércio dos animais e a responsabilização veterinária em práticas inadequadas e negligentes. No entanto, há descompassos em todo esse processo de aprimoramento social. Isso fica evidente ao se considerar o animal como objeto, como uma propriedade humana. Ainda é raro o reconhecimento das obrigações existentes entre a sociedade e as pessoas para com os animais não humanos. Nessa perspectiva, o animal não é o sujeito de sua vida, não tem passado, presente ou futuro, é um ser não biográfico. É mais um entre inúmeros em canis/gatis com lotação excessiva, é um pacote de carne anônimo e certificado em supermercados ou é objeto de tráfico para deleite de colecionadores que compram a natureza para ornamentar sua casa. A ambiguidade da valorização do animal como sujeito de direito é o que prevalece, pois o animal é visto como uma propriedade muito especial e, por isso, distinguível dos objetos inanimados. É inegável que, em termos legais, os animais estão muito mais próximos dos seres humanos do que jamais estiveram. Essa condição inédita na história da relação entre os seres humanos e os animais tem desafiado políticas de saúde com conceitos ameaçadores: saúde única e bem-estar único. A resistência se manifesta contra a aceitação do valor intrínseco dos animais, e, incansavelmente, surgem medidas que visam o retrocesso dos instrumentos que propiciaram um

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Cada vez mais os animais de companhia são considerados membros significativos do núcleo familiar

olhar ao animal como sujeito. Toda essa mudança não foi suficiente para impedir a crueldade para com os animais. Os atos dessa natureza revelam sentimentos de insensibilidade perante o bem-estar dos demais seres vivos, humanos ou animais não humanos. Esses comportamentos com certeza não ocorrem isoladamente ou direcionados a um único animal. Quais os limites para esses atos e a repercussão do silêncio diante deles? A reflexão sobre essas questões e a busca de estratégias para

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extinguir esses comportamentos é tarefa de todos e de cada um de nós. O dia 4 de outubro, data em que se comemora o Dia dos Animais, está próximo, e é pertinente lembrar que o bemestar e as condições de vida a que os animais estão submetidos dependem das ações do homem. O apego a algumas espécies, a idealização de outras e a invisibilidade da maioria devem ser motivo de reflexão. As atitudes ambíguas só privilegiam a manutenção de espaços para distorções e equívocos. No dia 4 de outubro, proponho que todos ponderem sobre os animais como sujeitos de direito e reformulem os comportamentos para alcançar esse fim. Eles são sujeitos vulneráveis, portanto, dependem de nossas decisões.

Profa. dra. Ceres Berger Faraco

04 de outubro – Dia dos Animais – O comportamento e o bem-estar dos animais e as condições de vida a que estão submetidos dependem das ações do ser humano

Instituto de Saúde e Psicologia Animal (INSPA) www.psicologiaanimal.com.br Médica veterinária, clínica de comportamento animal, doutora em psicologia e presidente da AMVEBBEA (Associação Médico-Veterinária Brasileira de Bem-Estar Animal) www.amvebbea.com.br

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LIVROS

Comportamento canino e felino

A

obra Fundamentos do Comportamento Canino e Felino (São Paulo: Inspa/Medvet, 2013), organizada por Ceres Berger Faraco e Guilherme Marques Soares, traz uma

Aconselhamento e orientação para dúvidas e queixas que poderão ameaçar a convivência dos animais com as famílias humanas

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coletânea de textos sobre o comportamento de cães e gatos. Conta também com outros autores, especialistas em medicina veterinária do comportamento e áreas afins: João Telhado, Mauro Lantzman, Rubén Mentzel, Marina Snitcofsky, Gonçalo Pereira e Yves Miceli. O texto tem por objetivo apresentar o repertório de comportamentos espontâneos de caninos e felinos. A ideia é oferecer aos acadêmicos e profissionais uma linha de base para a compreensão da forma de ser típica dos animais de companhia. Para tanto, o livro é dividido em 17 capítulos com abordagens sobre temáticas variadas: aprendizagem, cognição, processo de envelhecimento, comportamento social e predatório, ontogenia e filogenia, entre outras. Traz explicações sobre o vínculo entre as pessoas e os animais e a sua importância na prática veterinária. Inovando na abordagem científica do comportamento, oferece dois capítulos singulares: o primeiro trata dos siste-

Saiba distinguir os comportamentos típicos dos inadequados e dos patológicos

mas que regulam e controlam o comportamento, e o segundo conecta a etologia clínica com as demais doenças sistêmicas. A proposta que subjaz ao conteúdo apresentado é a necessidade de incorporar uma avaliação comportamental à rotina clínica. Nesse sentido, capacita o leitor a aplicar esse conhecimento na coleta e interpretação da história clínica. Os dispositivos são os dados disponíveis ao longo do texto. Além disso, a obra propicia que o profissional agregue aos serviços ofertados o aconselhamento e a orientação para dirimir dúvidas e queixas que poderão ameaçar a convivência dos animais com as famílias humanas. Assim, é um livro muito interessante para distinguir os comportamentos típicos dos inadequados e dos patológicos. Nesse sentido, aguça a perspicácia do clínico para reconhecer o que corresponde ao comportamento expresso pelos animais do que as pessoas percebem sobre eles. Cabe salientar que essa percepção equivocada é uma das causas de ruptura do vínculo. As informações contidas no livro demonstram a falha da visão antropomorfizada dos animais de companhia, embora referende suas necessidades, especificidades e subjetividades.

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GESTÃO, MARKETING & ESTRATÉGIA

Recepção, um dos locais onde se pode conquistar ou afastar clientes

A

tender às necessidades de cada cliente deve ser a conduta básica de qualquer estabelecimento. Porém, o estabelecimento que busca diferenciação e preferência no mercado precisa oferecer mais do que isso. Precisa encantar o cliente. Geralmente, quem acaba sendo responsável por isso são os colaboradores que estão à frente da empresa, na recepção. Na chegada e na saída de cada cliente, os colaboradores que estão nesse setor são vitais, pois podem tornar agradável a espera pelo atendimento, bem como promover satisfação imediata em cada experiência de retorno ao estabelecimento. Atualmente, tem crescido muito o número de cursos de formação de auxiliares veterinários. Eles são muito importantes, e o mercado tem demanda para o profissional qualificado, mas o empreendedor não deve esquecer que o sucesso do estabelecimento depende de toda a equipe. Os colaboradores da recepção devem ser valorizados, capa-

Por 18 anos, seja em eventos ou no próprio Provet, Humberto sempre exerceu a excelência profissional 120

citados e integrados a toda a equipe. O relacionamento com o cliente é vital. Porém, na medicina veterinária, além disso, temos de cuidar da forma de interação com os animais, por meio da aplicação das técnicas de manejo etológico, garantindo segurança para os colaboradores e bem-estar para os animais. Há profissionais que podem naturalmente ter todas as qualifidadesrequeridas por um colaborador que atue na recepção. No entanto, o empreendedor pode e deve buscar a qualificação de seus colaboradores. Há, por exemplo, o curso de capacitação de recepcionistas de serviços de saúde oferecido pela IGM Clínica – http://www.igmclinica.com.br/. No seu conteúdo, alguns

pontos merecem destaque: como prevenir a insatisfação do cliente; como receber e acolher o cliente; frases e palavras de impacto positivo; atendimento de clientes insatisfeitos e reclamações, entre outros. Além da qualificação, a aparência também é vital. Transmitir impacto visual agradável, que denote bem-estar e segurança, consolidará uma imagem de respeito, estima e competência. Arthur de Vasconcelos Paes Barretto editor@editoraguara.com.br

Médico veterinário, editor da revista Clínica Veterinária

www.revistaclinicaveterinaria.com

PERFIL IDEAL

No perfil do colaborador que mantém contato com os clientes algumas características serão vitais para os resultados positivos: • responsabilidade; • dinamismo; • discrição; • organização; • atenção; • iniciativa; • criatividade; • imparcialidade ; • flexibilidade; • comunicabilidade ; • ponderação; • educação; • simpatia; Humberto Badolato Neto • confiança; (in memorian) • sigilo; foi colabora• autonomia; dor do Provet • segurança; por mais de • lealdade; uma década. • postura; Encantava • empatia ; clientes, fornecedores e todos aqueles com • ética profissional quem se relacionava.

Humberto Badolatto Neto (in memoriam)

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PET FOOD

Abinpet lança versão impressa do Manual Pet Food Brasil o início de agosto, a Associação N Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet)

lançou o Manual Pet Food Brasil 7ª ed. 2013, documento que é referência para os fabricantes de alimentos para pets. Além da versão impressa 2013, será elaborada a versão digital do manual, que poderá ser acessada no site http://abinpet.org.br. Aplicativos para tablet e smartphone serão disponibilizados ainda este ano. Com 648 páginas, o manual foi desenvolvido por profissionais técnicos e acadêmicos, para fornecer a instituições públicas, acadêmicas e privadas do setor uma referência de qualidade e segurança para alimentos. A publicação contém informações sobre os padrões técnicos e de qualidade de matérias-primas, parâmetros nutricionais, metodologias analíticas aplicáveis e condições ideais de produção para garantir alimentos seguros ao mercado nacional. A obra é dividida em sete guias: • Guia nutricional para cães e gatos, com recomendações nutricionais para cães e gatos; • Guia nutricional para aves e peixes ornamentais, que contém informações nutricionais e peculiaridades de espécies de aves e peixes ornamentais difundidos como animais de estimação;

Além de material técnico para profissionais, a Abinpet também lança aplicativos para proprietários de animais

• Guia de identidade e qualidade, que traz definições de produtos, características de composição e qualidade, descrição de processos tecnológicos, principais contaminadores e referências analíticas; • Guia de matérias-primas, com padrões de identidade e qualidade, segurança biológica, química e física. Além disso, fornece parâmetros que norteiam os requisitos para compra, transporte, estocagem e utilização dos ingredientes para industrialização de alimentos; • Guia de sustentabilidade, que aborda temas relacionados à conduta sustentável das empresas, envolvendo as partes tributária, econômica e ambiental, além dos consagrados Guias de boas práticas de fabricação (BPF) e Análise

de perigos e pontos críticos de controle (APPCC); • Guia de laboratórios, com diretrizes quanto a amostragem, coleta, métodos analíticos e sistema de qualidade de gestão para laboratórios; • Guia de legislações, que contemplará as principais legislações relacionadas à pet food.

Sobre a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) representa a indústria Pet, com associados de toda a cadeia produtiva. A entidade congrega os segmentos Pet Food (alimentos), Pet Vet (medicamentos veterinários), Pet Serv (serviços e cuidados com os animais), e Pet Care (equipamentos, acessórios e produtos para higiene e beleza). Confira o novo canal do Facebook: http://www.facebook.com/abinpet Acesse também a página do Projeto Pet Brasil: http://www.facebook.com/projetopetbrasil

Banco de referências bibliográficas sobre nutrição ara consultar o banco de referênP cias bibliográficas em nutrição veterinária, basta acessar o endereço http://nutricao.vet.br/eventos/sitem_referencias_bibliograficas e pronto. Você já está no banco de referências bibliográficas exclusivas em nutrição de animais de estimação do website nutrição.Vet. Já na primeira página ficam expostas as últimas referências adicionadas ao banco. Ele foi lançado com mil itens, entre artigos indexados, artigos de divulgação, capítulos, livros, normas e notas oficiais. Agora esse montante já cresceu.

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Clicando em filtros, a sua pesquisa pode ser feita por assunto, autor, ano, tipo de publicação e outros mais. A lista de resultados apresentados pode ser impressa em documento PDF. O visitante pode também clicar em ver referência completa de algum item listado e então, dependendo do caso – sempre respeitados os direitos autorais –, poderá ter acesso a link para o site da revista em que o artigo foi publicado originalmente, ou acesso ao resumo, a comentários ou mesmo ao artigo na íntegra, em PDF. A seleção dos itens que são adicionados ao banco é feita por médica veteri-

nária capacitada na área, e estamos sempre adicionando novidades. Experimente! Faça uma visita ao nutrição.Vet.

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MERCADO PET

Abinpet consegue entendimento favorável da Sefaz-ES sobre desoneração de produtos pet Com a substituição tributária, evasão tributária sobre biscoitos e bolachas para animais de estimação diminuirá

M

ais um estado, além de São Paulo, deixou de adotar o sistema de substituição tributária em biscoitos e bolachas para animais de estimação. Após requisição da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), a Secretaria da Fazenda do Estado do Espírito Santo (Sefaz-ES) reconheceu que esse tipo de alimento complementar não se enquadra no conceito de ração animal do RICMS/ES, cujo texto diz: "ração animal se entende como a mistura de ingredientes capaz de suprir as necessidades nutritivas para manutenção, desenvolvimento e produtividade dos animais a que se destinam". O entendimento foi baseado na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM 2309.90.30). Com essa vitória, a entidade acredita que o giro de capital das empresas será beneficiado e contribuirá

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para o fortalecimento econômico da indústria. Essa é mais uma conquista do setor, junto a outras medidas importantes para a indústria de produtos para animais de estimação. No dia 1º de julho de 2013, a Secretaria da Fazenda de Minas Gerais (Sefaz-MG) publicou a Portaria SUTRI 277/13, que manteve o cálculo de PMPF (preços médios ponderados a consumidor final), por quilograma, em substituição à margem de valor agregado (MVA) no estado, decisão que manteve os preços inalterados. A Abinpet, junto a outras entidades públicas e privadas, também conseguiu que o Conselho

Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) revogasse o Ajuste Sinief 19. Agora, os empresários podem informar o percentual de material importado no produto em vez de discriminar valores. O Sinief 19, criado em novembro de 2012, violava o direito de sigilo das empresas, pois expunha sua margem de lucro.

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LANÇAMENTOS

TAPETES HIGIÊNICOS PARA CÃES

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Divulgação

ara tornar prática e higiênica a rotina do recolhimento dos dejetos caninos a Pet Society® lançou tapetes

Tapetes higiênicos: impermeáveis e com neutralizador de odores

O

HIGIENE BUCAL

Laboratório Ecovet lançou no mercado a Linha Oral Care, que é composta por: • Denti Bianchi, creme dental; • Higi Bianchi, gel higienizante que contém ácido hialurônico, que atua na redução da gengivite, e o timol, que tem ação antimicrobiana, antisséptica e frescor oriundo do mentol; • Aqua Bianchi, solução utilizada para o controle da halitose de cães e gatos. Ecovet: http://www.ecovet.com.br

Linha Oral Care do Laboratório Ecovet: Aqua Bianchi, Denti Bianchi e Higi Bianchi 126

higiênicos nos tamanhos P (50 x 50 cm), M (50 x 70 cm) e G (60 x 80 cm). Além de ter base impermeável e fitas adesivas para fixar os tapetes no chão, evitando que os dejetos tenham contato com o piso, os tapetes higiênicos da Pet Society® apresentam outras vantagens frente aos jornais, como a alta concentração de gel ultra-absorvente, que faz com que a urina seque mais rapidamente, têm atrativo natural e sistema antiodores, que captura as moléculas de mau cheiro, neutralizando-as. “Com o uso dos tapetes higiênicos evitam-se problemas com a contaminação com os dejetos do animal no piso ou mesmo pelo contato com o jornal

úmido. Para o pet é apenas uma questão de costume até que ele troque o jornal pelo tapete. Embora ele possa estranhar no começo, o tapete higiênico conta com um odor atraente natural que vai estimulá-lo a fazer suas necessidades sempre naquele mesmo lugar”, explica Cleiser Kurashima, gerente de Tecnologia & Inovação da Pet Society®. Compactos, os tapetes higiênicos também não fazem volume na hora de serem descartados e as embalagens podem ser encontradas com 7 ou 30 unidades, nos tamanhos P e M, e 15 unidades no tamanho G, fazendo com que o custo-benefício valha a pena – e a higiene, ainda mais! Pet Society®: www.petsociety.com.br

BISCOITO ORGÂNICO E VEGANO PARA CÃES Os biscoitos Adivita são uma nova proposta de petisco, elaborados com ingredientes de padrão de consumo humano e especialmente saudáveis para os cães. Adivita traz o conceito do con-

sumo consciente, valorizando as matérias-primas da agricultura familiar e sem o uso de ingredientes de origem animal. Adivita: http://www.adivita.com.br

Características do Adivita: • uso de ingredientes orgânicos; • sem conservantes e corantes artificiais; • hipoalergênico

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