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informar Cadaval plenamente provido de médicos de família

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editorial

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Resolvida uma das principais lacunas do Concelho

Cadaval plenamente provido de médicos de família

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Covid-19: Não desvalorizar o esforço nem a gravidade

 O centro tem o nome de António Duarte Arnaut, “pai” do Serviço Nacional de Saúde

O Cadaval passou, dia 2 de novembro, a estar plenamente provido de médicos de família, com a entrada em funções de mais dois novos profissionais. O próximo passo será prover o centro de saúde de profissionais de enfermagem em número suficiente.

João Augusto Bastos Silva e Sandra Cristiana Rodrigues Carneiro são os dois novos médicos que vieram completar a resposta clínica em termos de médicos de família no concelho do Cadaval. Segundo informou Gilberto Guimarães, coordenador da UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Primários do Cadaval, a dupla de novos clínicos de medicina geral familiar irá exercer funções, nomeadamente, nas extensões de Vilar e de Figueiros, pertencentes à UCSP do Cadaval. «Em termos de resposta, ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, estes colegas vêm colmatar falhas que existem atualmente na UCSP, assim como colmatar défices que viriam a existir num futuro próximo», declara o coordenador do centro de saúde cadavalense. «Possibilita uma melhor resposta em termos de cuidados de saúde à população, em plena crise provocada pela pandemia Covid-19, uma vez que todos somos necessários», explica Gilberto. O coordenador avança que toda a população do Cadaval ficará, doravante, coberta por médico de família. «Apenas ficarão sem acesso a médico de família os utentes que assim pretenderem», frisa. «Fica a faltar, na UCSP Cadaval, enfermeiros para que, num futuro próximo, também toda a população do Cadaval possa ter o seu enfermeiro de família», acrescenta Gilberto Guimarães. «A principal lacuna passa a ser a não cobertura de toda a população do Cadaval pelos profissionais de enfermagem. A simbiose existente na equipa médico-enfermeiro de família só se verifica em unidades em que não existe défice em nenhum destes profissionais (que trabalham em parceria, em prol da saúde dos seus utentes)», observa o responsável. Gilberto revela que os médicos do Cadaval mantêm escala na ADR da Lourinhã (Áreas Dedicadas aos Doentes Respiratórios na Comunidade, que vem substituir a anterior designação de ADC – Área Dedicada à Covid-19), estando atualmente a cumprir duas semanas de escala, a cada três semanas (por duplicação das equipas em rotação na ADR da Lourinhã). «Estas rotações acabam, também, por constituir uma sobrecarga para as equipas, em conjunto com as tarefas de seguimento de utentes suspeitos/confirmados para Covid-19», sustenta o clínico.

A propósito do estado de evolução da pandemia no Concelho, no final de outubro, Gilberto Guimarães, coordenador da UCSP do Cadaval, lançava o apelo, a toda a população, para o cumprimento das boas práticas de distanciamento social e etiqueta respiratória, já amplamente difundidos. «Só desta forma iremos conseguir, juntos, ultrapassar esta fase e possibilitar despender recursos humanos noutras áreas que não estejam na dependência da atual pandemia», observa o médico. Gilberto pede aos cidadãos que «não desvalorizem o esforço de todos os que estão a tentar minorar os danos provocados por esta pandemia e compreendam a gravidade da situação atual». «Não é que exista uma total sintonia com os períodos de guerra, mas lembrem-se que a mortalidade das populações, nestes períodos, não é decorrente apenas das balas e das bombas, mas é, em larga escala, atribuída à degradação dos cuidados de saúde e da respetiva assistência. Alocar recursos e tempo para “queixas” não urgentes e de baixa gravidade faz com que esses mesmos recursos deixem de estar disponíveis para os que deles realmente necessitam», concluí o clínico.

Sessão preveniu contágio Covid na apanha da fruta

O Município promoveu, na noite de 4 de agosto, no pavilhão João Corrêa (Cadaval), uma ação de sensibilização para a prevenção e controlo da infeção por Covid-19 durante a época das colheitas. A sessão, promovida pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, teve dinamização a cargo da Unidade de Saúde Pública do ACES Oeste Sul e reuniu mais de uma centena de profissionais do setor, proprietários agrícolas e de centrais fruteiras. Os proprietários foram exortados a ter em atenção os planos de contingência, designadamente as precauções de transporte, organização do trabalho, pausas, motivando as pessoas a manterem-se distantes umas das outras e a terem atenção aos sintomas que fujam daquilo que é a sua normalidade. O recado mais relevante deixado foi o de restringir os contactos ao máximo, para que a campanha pudesse correr com normalidade, como aliás decorreu, evitando ao máximo situações de Covid-19.

Mantendo-se uma das mais baixas da região

IMI mantêm-se em 2021 e beneficia famílias locais

 Medidas integram-se na política de apoio social do Município

O Município manteve a taxa do IMI, a liquidar em 2021, nos 0,375 por cento, abaixo do limite máximo estabelecido pelo Código do IMI, que impõe a fixação entre 0,3 e 0,45 pontos percentuais. Para além da manutenção da taxa geral (que continua a ser uma das mais baixas da região), foram aprovadas as seguintes reduções no âmbito do “IMI Familiar”: 20 euros para famílias com um dependente, 40 euros para quem tem dois dependentes e 70 euros para famílias com três (ou mais) dependentes a cargo. Foram ainda aprovadas as seguintes exceções ao valor do IMI: minorar em 10 por cento os imóveis sediados na zona antiga da vila e nas localidades inseridas na área de paisagem protegida da Serra de Montejunto (freguesias de Vilar e de Lamas/Cercal), mediante requerimento do proprietário. Daqui excetuam-se os prédios degradados, os quais, inversamente, voltam a sofrer uma majoração de 10 por cento, de modo a incentivar a recuperação destes imóveis. Estas medidas integram-se na política de apoio social que o Município tem vindo a implementar, com enfoque especial nos benefícios aplicados às famílias, no intuito de mitigar os efeitos da carga fiscal. Pretende-se, em paralelo, que constituam um incentivo à natalidade e uma forma de apoio às famílias que cuidam dos seus idosos no seio da família.

Testes à Covid-19 podem ser feitos no Cadaval

Para quem não sabe, é possível realizar testes de deteção da doença Covid-19 no concelho do Cadaval. As colheitas realizam-se, por marcação, no Pavilhão Municipal João Francisco Ribeiro Corrêa (Rua Nossa Senhora da Conceição, 2550-132 Cadaval; pavilhão situado junto ao campo da feira). O Lumilabo disponibiliza o serviço de colheitas em sistema “drive-through” (de carro), de forma a garantir a maior comodidade e segurança na realização do teste. O dito laboratório assume-se como uma das estruturas referenciadas pelo Serviço Nacional de Saúde para a realização dos mesmos testes. Contactos para marcação: 800 200 978, 217 210 480, 918 613 588, mail@lumilabo.pt. Principais acordos: Serviço Nacional de Saúde, ADSE, Advancecare, Future Healthcare, Médis e Multicare.

Sílvia Costa, no Reino Unido A saudade de ver a serra

© DR

Sílvia Susana Nobre da Costa tem 36 anos, é natural de Lamas e residiu na Correeira. É casada e tem dois filhos, de três e quatro anos. Possui licenciatura em Desporto e Condição Física, pela Escola Superior de Desporto de Rio Maior, mestrado de Investigação em Biologia Humana e doutoramento em Atividade Física e Saúde, pela Universidade de Loughborough. Tendo partido para o Reino Unido em 2008, para fazer um ano de mestrado, acabaria por ganhar uma bolsa de estudo e por ficar para fazer doutoramento. É professora em Atividade Física e Saúde Pública naquela universidade, onde dá aulas a alunos de licenciaturas e mestrados, nas áreas das Ciências do Desporto e Biologia Humana, e faz investigação na área da atividade física e saúde em crianças. Entre 2013 e 2018, teve vários trabalhos como investigadora na Universidade de Cambridge e no Instituto de Saúde da Criança da University College London. Custou-lhe a adaptação ao clima frio e nublado do Reino Unido, e ao sotaque britânico, de início. Difícil foi, também, estar longe da família e amigos, da serra e da praia, e de não ter acesso a alguns alimentos tradicionais portugueses. «Embora pera rocha haja sempre no supermercado!», ressalva. Reside perto da cidade onde trabalha, Loughborough (Leicestershire), a cinco quilómetros do emprego. Segundo Sílvia, trata-se de «uma vila no centro de Inglaterra, numa zona relativamente rural (...) que tem um dos maiores campus universitários do país e um grande foco na área do desporto», explica, realçando a hospitalidade dos locais. Entre os costumes, realça o “chá das 5” com os típicos “scones”. Nas comidas, destaca o “fish and chips”, uma espécie de peixe panado com batatas fritas. «Neste momento, toda a insegurança e algum discurso anti-Europa dentro do país, desde o referendo sobre o “Brexit”, têm-me feito sentir um pouco ansiosa sobre o futuro por aqui», declara. Antes da pandemia, vinha a Portugal pelo menos na Páscoa e no verão. «Estou a tentar gerar colaborações de investigação em Portugal para conseguir trabalhar e visitar mais algumas vezes por ano». Se pudesse, regressaria com certeza: «Se eu e o meu marido (que é britânico) tivéssemos hipótese de trabalhar como professores ou investigadores, na nossa área, numa universidade relativamente perto». Sente saudades de acordar com vista para Montejunto, fazer caminhadas pelo campo e estar com a família e com «amigos de sempre». «A Festa das Adiafas é uma excelente mostra da tradição e do que de bom se produz no Concelho», destaca. São demasiadas as recordações dos bons tempos de escola, no Cadaval. «Lembro-me, especialmente, dos treinos e competições de voleibol no Desporto Escolar, com o Prof. Daniel Carinhas e a Prof. Fátima Paz, que, sem dúvida, “moldaram” o meu interesse pelo desporto/atividade física e saúde.»

Cadaval Sem Fronteiras

Edilidade considerou manter-se a necessidade de ajuda à população Câmara volta a prorrogar medidas de apoio Covid-19

Jerónimo de Sousa recebido oficialmente

 As medidas são passíveis de ser renovadas e vigorar enquanto perdurar a pandemia

A Câmara aprovou a 6 de outubro uma nova prorrogação, até 31 de dezembro de 2020, de duas das medidas inerentes ao pacote de apoio implementado em abril, como forma de ajudar famílias, empresas e setor social a suportarem o impacto social e económico da pandemia.

O apoio visa, designadamente, a isenção do pagamento ou redução da fatura da água, saneamento e RSU (Resíduos Sólidos Urbanos), sob a forma de atribuição de apoio de valor igual, para as famílias cujo rendimento tenha sido afetado por consequência da pandemia, incidindo sobre as faturas de fevereiro, março, abril e maio de 2020. (Regulamento e requerimento disponíveis na página cadavalense consagrada à pandemia Covid-19) A autarquia justifica este novo prolongamento de prazo com a necessidade de continuar a garantir as medidas temporárias de apoio que visam ajudar as famílias a suportar o impacto social e económico da pandemia trazida pelo novo coronavírus. A Câmara entende ainda verificar-se a existência de situações que se enquadram na medida em referência e que apresentam especial situação de vulnerabilidade social. A par disso, o Município considerou verificar-se que muitos munícipes não tiveram acesso à informação divulgada, relativamente às medidas de apoio temporário implementadas em abril. Outra das prorrogações que a autarquia deliberou consiste no prazo de isenção integral de rendas e taxas de ocupação de estabelecimentos comerciais em espaços municipais, até 31 de dezembro de 2020. Também prolongada pelo mesmo prazo foi a suspensão da cobrança de todas as taxas relativas à ocupação de espaço público e publicidade, a todos os estabelecimentos comerciais com exceção de bancos, instituições de crédito, seguradoras e hipermercados. O Município teve por base, neste caso, continuarem a existir medidas restritivas que impedem o normal funcionamento dos estabelecimentos comerciais, seja no condicionamento do acesso a estes (como o estabelecimento de horários mais reduzidos), seja na redução da capacidade de prestar um determinado serviço. Considerou ainda ser necessário reduzir o impacto social e económico que acarreta o encerramento de estabelecimentos comerciais. De acordo com o compromisso assumido pela autarquia, estas medidas são passíveis de serem revistas periodicamente e vigorarão durante o período em que se mantiverem as circunstâncias excecionais de emergência e as medidas restritivas relacionadas com o combate à pandemia Covid-19.

O presidente da Câmara, José Bernardo Nunes, recebeu oficialmente, a 7 de julho, no edifício Paços do Concelho, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, no âmbito de uma visita do também deputado da Assembleia da República a uma exploração de trigo tradicional, localizada na Póvoa e propriedade de João Vieira. O encontro na Câmara Municipal permitiu caraterizar economicamente o Concelho e abordar algumas das principais preocupações do setor produtivo. O reforço da produção nacional, a garantia da soberania alimentar ou a melhoria das condições dos produtores estiveram na base do encontro e da visita. No final da breve reunião, José Bernardo ofertou alguns dos produtos endógenos do Concelho ao representante político.

Ministra “inaugurou” campanha da pera rocha

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, marcou presença na abertura oficial da campanha da pera rocha, no Cadaval, a 17 de agosto. A governante sublinhou a importância das organizações de produtores, destacando também o papel dos organismos do ministério na abertura de novos mercados para os produtos portugueses, nomeadamente no que se refere às frutas e legumes. «Tudo isto tem sido conseguido com uma grande união de esforços dos agricultores, a par duma estratégia concertada com o Ministério da Agricultura e cujos efeitos já se fazem sentir», notou. A ministra adiantou que, apesar da crise causada pela pandemia, as exportações do setor agroalimentar subiram 0,4% no primeiro semestre do ano, por comparação com o mesmo período do passado ano. «No caso da Pera Rocha, as exportações aumentaram em valor e volume», salientou Maria do Céu Antunes. A titular da pasta da Agricultura relembrou que, durante agosto, seriam feitos os adiantamentos das ajudas incluídas no Pagamento Único (PU2020), no valor de 112 milhões de euros, dirigido a cerca de 137 mil beneficiários. O Ministério da Agricultura afiançou a antecipação extraordinária do pagamento aos agricultores, desde que reunidas as condições regulamentares.

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