8 minute read

educar Novo modelo de candidatura a serviços de apoio à família

Serviços de educação adaptados à realidade imposta pela COVID

Novo modelo de candidatura a serviços de apoio à família

Advertisement

Ano letivo arrancou com medidas de prevenção

© DAG

 Escola Básica do 1.º Ciclo do Cadaval: há 12 anos implantada junto ao parque de lazer

Devido à pandemia, a Educação sofreu muitas adaptações, não apenas ao nível da aprendizagem como na forma de interação, quer no seio da escola, quer na sua relação com a Câmara e com a comunidade em geral.

Em março, face ao encerramento provisório dos serviços de atendimento camarário devido ao estado de emergência, o Município sentiu necessidade de adaptar o modelo de inscrições para os Serviços de Apoio à Família 2020/2021, que permitisse as inscrições à distância. A medida foi bem acolhida pelos encarregados de educação. Em maio, a CMC abriu inscrições para o efeito, em plataforma online, por atendimento telefónico, via CTT ou por email. Garantiu-se, assim, que todos os encarregados de educação tinham forma de inscrever os seus educandos nas várias valências. A autarquia procedeu a uma ampla divulgação das novas formas de inscrição, e mesmo após a reabertura do Balcão Único de Atendimento a adesão ao formato online continuou a ser grande. Este modelo de inscrição, para além de permitir as inscrições quando não era possível o contacto direto com os serviços, possibilitou também que os processos dos alunos fossem apenas eletrónicos, não havendo circulação nem armazenamento de papel. Desta forma, deu-se um passo para a diminuição da pegada ecológica de cada um dos munícipes. Isto conjugado com a elevada adesão à faturação eletrónica, também para estes serviços, o que tem um peso significativo neste contributo ambiental.

Mais de 9 mil refeições fornecidas no confinamento

Quando em março, devido ao estado de emergência, as escolas foram encerradas, a autarquia criou e implementou um sistema de entrega diária de refeições ao domicílio para os alunos beneficiários de Escalão A, desde o ensino pré-escolar ao secundário. Garantiu-se, desde modo, que o encerramento dos refeitórios escolares não implicaria a falta de acesso a uma refeição diária gratuita a que estes alunos tinham direito, quando os estabelecimentos escolares estavam a funcionar. Os estabelecimentos de ensino encerraram a 16 de março e no dia seguinte o fornecimento deste tipo de refeições começou, tendo-se mantido até dia 11 de setembro, incluindo em feriados que ocorreram durante a semana. Esta iniciativa envolveu, diariamente, seis funcionários e três viaturas, que distribuíram um total de 9 355 refeições, numa média de 75 almoços por dia, entregues em todas as sete freguesias.

Nos estabelecimentos de educação e ensino do Concelho foram, como não poderia deixar der ser, postas em prática, desde o início do ano letivo, as recomendações da Direção-Geral da Saúde, de forma a garantir a segurança de toda a comunidade educativa. As medidas de redução do risco de transmissão do SARS-CoV-2 em ambiente escolar assentam em condições específicas e excecionais de funcionamento, regras de higiene, etiqueta respiratória e distanciamento físico. Em relação ao período de refeições, as assistentes operacionais, com equipamentos de proteção individual adequados, asseguram a adequada limpeza e desinfeção das superfícies, supervisão para a correta higienização das mãos e deslocação desfasada para a sala de refeições, para evitar cruzamento de crianças. No refeitório, ou espaços destinados para o efeito, assegura-se o máximo de distanciamento físico possível, recorrendo à divisão por turnos para uma ocupação mais reduzida. O plano de ementas está disponível para consulta no site da autarquia e afixado em todas as escolas.

Atividades de tempos livres adaptaram-se à conjuntura

Apesar de todos os constrangimentos impostos pela pandemia, foi necessário dar continuidade, embora em formato diferente, às atividades das interrupções letivas. Apenas foram admitidas crianças entre os 3 e os 10 anos de idade cujos adultos do agregado familiar tivessem ocupação profissional. Isto porque, mais do que um conjunto de atividades culturais e desportivas, importava, neste período, apoiar as famílias no seu regresso à vida ativa fora do seu domicílio. Estas atividades, decorridas entre 29 de junho e 16 de setembro, em quatro períodos distintos, foram substancialmente diferentes das que a nossa comunidade estava habituada, pois não contemplaram saídas para fora do espaço escolar ou da sua envolvente. Não houve as habituais visitas recreativas a eventos ou espaços lúdicos fora do Concelho, nem praia ou atividades aquáticas, e mesmo as atividades plásticas coletivas foram restringidas. Como os grupos teriam de ser de dimensão reduzida, a CMC organizou atividades geograficamente dispersas, de acordo com as inscrições que iam chegando e que totalizaram 54 crianças. Por isso, dos cinco grupos que participaram, quatro funcionaram na EB1 do Cadaval e um na EB1 de Figueiros, cumprindo-se todas as normas emanadas pela DGS para estes serviços.

Uma das medidas implementadas pela nova equipa diretiva

Agrupamento de Escolas tem nova imagem corporativa

© DR

CMC adere a projeto Rádio-Escolas, já em curso

 Paulo Henriques é o novo diretor do Agrupamento de Escolas

O Agrupamento de Escolas do Cadaval adotou, recentemente, uma nova imagem corporativa, no seguimento da implementação de uma série de dinâmicas e medidas de melhoria decorrentes da mudança do órgão diretivo.

A criação de um novo logótipo pretende manter alguma continuidade com o logótipo anterior, segundo informa o atual diretor do Agrupamento de Escolas do Cadaval (AEC), Paulo Henriques. A imagem remodelada destaca «a designação do concelho “Cadaval” e também o seu ex-líbris natural, a Serra de Montejunto, e ainda o “todo” que nos une um aos outros e nos torna comunidade», afirma o professor. Paralelamente, foi criada uma nova página do agrupamento, «mais funcional e apelativa, com informação sistematicamente atualizada, enfim, uma página web mais consentânea com a modernidade e com a exigência dos tempos atuais», segundo adianta Paulo Henriques. Refira-se que o diretor do AEC havia sido empossado a 22 abril, para um mandato de quatro anos, coadjuvado pela professora Carla Aires, enquanto subdiretora, e pelos professores Elsa Rodrigues, Corina Melo e Jorge Simão, enquanto adjuntos. O Projeto de Intervenção do Diretor estabelece um conjunto de propósitos norteadores da sua ação e da sua equipa no decorrer do mandato. Entre eles, pelo menos 50% das ações a realizar deverão refletir «o compromisso sério do agrupamento perante a comunidade e a sua região, na prossecução de um mundo sustentável, mais justo e melhor para todos e todas», destaca o responsável. A realização de iniciativas que fomentem o desenvolvimento pessoal (escolar e profissional), bem como o reforço da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), de forma consistente e sistemática, em contexto de prática pedagógica, são também metas a atingir pela nova equipa diretiva. «Decorrente da pandemia da Covid-19, a Escola vive hoje momentos muito desafiantes para todos – alunos, professores, autarquia e famílias», considera o líder do AEC. «Tudo faremos para que o ano letivo 2020/2021 decorra com a máxima normalidade, de modo a constituir-se como um ano escolar bom para todos e todas nós, principalmente para as nossas crianças e alunos», acrescenta. «A Escola terá de se refundar, se necessário for, para preparar bem as gerações futuras para o amanhã. Se o fizermos unidos será muito mais fácil», defende. O diretor deixa um apelo a toda a comunidade: «Sejamos cooperantes, atenciosos, responsáveis, compreensivos, tolerantes e, sobretudo, crentes no papel da Escola na valorização da vida dos mais novos. O futuro faz-se hoje; o amanhã constrói-se agora com a ajuda e colaboração de todos».

Já arrancou, na Escola Básica e Secundária (EBS) do Cadaval, o projeto Rádio-Escolas para o ano letivo 2020-21, desenvolvido pela Associação Portuguesa Rádio Miúdos e subsidiado pelo Município. Um grupo de estudantes do 5.º ano do Concelho, que manifestaram interesse em participar, iniciaram a 30 de outubro uma formação prática de como fazer rádio, com um primeiro contacto com os equipamentos necessários ao apetrechamento do estúdio de emissão, localizado em instalações da EBS. Esta participação do Município enquadra-se no Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar – Aluno ao Centro, que visa desenvolver abordagens inovadoras com crianças e jovens. Nesse intuito, o Município celebrou, em junho de 2020, o protocolo de colaboração “Parcerias para o impacto” com o Agrupamento de Escolas do Cadaval e a Associação Portuguesa Rádio Miúdos. O Município assumiu, por um período de três anos letivos, a comparticipação do projeto, mediante atribuição de um subsídio não reembolsável, a rondar os oito mil euros, através do instrumento de financiamento “Parcerias para o Impacto”, gerido pela iniciativa pública “Portugal Inovação Social”.

Material escolar com novo modelo

Para o ano letivo 2020/2021, a autarquia decidiu passar a entregar diretamente, aos alunos beneficiários de escalão A e B, um kit de material escolar, substituindo-se o modelo anterior, pelo qual os pais eram ressarcidos, mediante apresentação de fatura, do montante a que tinham direito. Desta forma, os encarregados de educação não necessitam de adiantar o dinheiro para a aquisição do material e, por outro lado, garante-se que os alunos em causa estão munidos de um conjunto de materiais básicos necessários para o seu trabalho diário, dado que estes foram indicados pelo Agrupamento de Escolas do Cadaval e posteriormente adquiridos ao abrigo da Contratação Pública. Recorde-se que, com a publicação do despacho n.º 5296/2017 de 16 de junho, os manuais escolares haviam passado a ser distribuídos gratuitamente, a todos os alunos do 1.º ciclo, pelo que as verbas dos auxílios económicos passaram a contemplar apenas os valores para material escolar. Estes valores são de oito euros para o escalão B e de 16 euros para o escalão A. Por seu turno, a competência da Câmara Municipal para deliberar sobre a atribuição de auxílios económicos a estudantes encontra-se consagrada no artigo 33.º, nº 1, alínea hh) da Lei nº 75/2013 de 12 de setembro.

This article is from: