Revista Municipal Nº 70

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dezembro 2020 Resolvida uma das principais lacunas do Concelho

Cadaval plenamente provido de médicos de família

Â  O centro tem o nome de António Duarte Arnaut, “pai” do Serviço Nacional de Saúde

O Cadaval passou, dia 2 de novembro, a estar plenamente provido de médicos de família, com a entrada em funções de mais dois novos profissionais. O próximo passo será prover o centro de saúde de profissionais de enfermagem em número suficiente.

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João Augusto Bastos Silva e Sandra Cristiana Rodrigues Carneiro são os dois novos médicos que vieram completar a resposta clínica em termos de médicos de família no concelho do Cadaval. Segundo informou Gilberto Guimarães, coordenador da UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Primários do Cadaval, a dupla de novos clínicos de medicina geral familiar irá exercer funções, nomeadamente, nas extensões de Vilar e de Figueiros, pertencentes à UCSP do Cadaval. «Em termos de resposta, ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, estes colegas vêm colmatar falhas que existem atualmente na UCSP, assim como colmatar défices que viriam a existir num futuro próximo», declara o coordenador do centro de saúde cadavalense. «Possibilita uma melhor resposta em termos de cuidados de saúde à população, em plena crise provocada pela pandemia Covid-19, uma vez que todos somos necessários», explica Gilberto. O coordenador avança que toda a população do Cadaval ficará, doravante, coberta por médico de família. «Apenas ficarão sem acesso a médico de família os utentes que assim pretenderem», frisa. «Fica a faltar, na UCSP Cadaval, enfermeiros para que, num futuro próximo, também toda a população do Cadaval possa ter o seu enfermeiro de família», acrescenta Gilberto Guimarães. «A principal lacuna passa a ser a não cobertura de toda a população do Cadaval pelos profissionais de enfermagem. A simbiose existente na equipa médico-enfermeiro de família só se verifica em unidades em que não existe défice em nenhum destes profissionais (que trabalham em parceria, em prol da saúde dos seus utentes)», observa o responsável. Gilberto revela que os médicos do Cadaval mantêm escala na ADR da Lourinhã (Áreas Dedicadas aos Doentes Respiratórios na Comunidade, que vem substituir a anterior designação de ADC – Área Dedicada à Covid-19), estando atualmente a cumprir duas semanas de escala, a cada três semanas (por duplicação das equipas em rotação na ADR da Lourinhã). «Estas rotações acabam, também, por constituir uma sobrecarga para as equipas, em conjunto com as tarefas de seguimento de utentes suspeitos/confirmados para Covid-19», sustenta o clínico.

Covid-19: Não desvalorizar o esforço nem a gravidade

A propósito do estado de evolução da pandemia no Concelho, no final de outubro, Gilberto Guimarães, coordenador da UCSP do Cadaval, lançava o apelo, a toda a população, para o cumprimento das boas práticas de distanciamento social e etiqueta respiratória, já amplamente difundidos. «Só desta forma iremos conseguir, juntos, ultrapassar esta fase e possibilitar despender recursos humanos noutras áreas que não estejam na dependência da atual pandemia», observa o médico. Gilberto pede aos cidadãos que «não desvalorizem o esforço de todos os que estão a tentar minorar os danos provocados por esta pandemia e compreendam a gravidade da situação atual». «Não é que exista uma total sintonia com os períodos de guerra, mas lembrem-se que a mortalidade das populações, nestes períodos, não é decorrente apenas das balas e das bombas, mas é, em larga escala, atribuída à degradação dos cuidados de saúde e da respetiva assistência. Alocar recursos e tempo para “queixas” não urgentes e de baixa gravidade faz com que esses mesmos recursos deixem de estar disponíveis para os que deles realmente necessitam», concluí o clínico.

Sessão preveniu contágio Covid na apanha da fruta

O Município promoveu, na noite de 4 de agosto, no pavilhão João Corrêa (Cadaval), uma ação de sensibilização para a prevenção e controlo da infeção por Covid-19 durante a época das colheitas. A sessão, promovida pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, teve dinamização a cargo da Unidade de Saúde Pública do ACES Oeste Sul e reuniu mais de uma centena de profissionais do setor, proprietários agrícolas e de centrais fruteiras. Os proprietários foram exortados a ter em atenção os planos de contingência, designadamente as precauções de transporte, organização do trabalho, pausas, motivando as pessoas a manterem-se distantes umas das outras e a terem atenção aos sintomas que fujam daquilo que é a sua normalidade. O recado mais relevante deixado foi o de restringir os contactos ao máximo, para que a campanha pudesse correr com normalidade, como aliás decorreu, evitando ao máximo situações de Covid-19.


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