DIREÇÃO ARTÍSTICA LUÍSA TAVEIRA
LÍDIA
LÍDIA Novembro dias 7, 8, 13, 14 e 15 às 21h dias 9 e 16 às 16h Escolas 12 de novembro às 15h
Paulo Ribeiro coreografia Luís Tinoco música (encomenda CNB) José António Tenente figurinos Nuno Meira desenho de luz João Ceitil assistência musical Rui Alexandre ensaiador
Estreia absoluta Lisboa, Teatro Camões 7 de novembro de 2014
ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA interpretação musical Pedro Neves direção musical
A FUNDAÇÃO EDP É MECENAS PRINCIPAL DA COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO E MECENAS EXCLUSIVO DA DIGRESSÃO NACIONAL
FOTOGRAFIA © RODRIGO DE SOUZA
África Sobrino Ensaios de estúdio
VIAGEM A LISBOA ¯¯¯ Carlos Vargas ¯¯¯ Lisboa, 28 de outubro de 2014
A Saara Louis
Et in Arcadia ego Em 1994, já lá vão 20 anos, cheguei a Paris, numa viagem sem dia marcado para regresso a Lisboa. A cidade exercia sobre mim um fascínio desmesurado. Flanava sem destino pelos canais e pelos cais, os jardins como paraísos, e aproveitava cada momento. Tudo era excessivo e definitivo. Aquele frio novo não me intimidava nem me impedia de ler manhãs inteiras, sentado no Luxemburgo, soalheiras manhãs frias nos domingos familiares e infantis. Havia no ar uma euforia regalada, uma agitada tranquilidade burguesa que em francês soava na perfeição. Na velha Biblioteca Nacional, o silêncio rigoroso dos livros deixava-me tonto de erudição, com a certeza absoluta e ridícula de que tudo o que importava se encontrava ali, mais forte e real do que a realidade no exterior, ruidosa e fria. No Louvre, perdia-me sem destino, sem querer saber, só a ver, já sem ouvir, cansado e distraído de tudo, olhando pelas janelas o gelo e a neve, a imaginar o frio nos dedos e no nariz. E vi, vi muito e muitas vezes, parava, olhava, descobria, e andava, outra vez o mundo todo ali, naquele dia único e irrepetível, organizado e perfeito. Infinitas cores, avançava para um quadro mas olhava para outro. Infinitas formas, distraído olhava mas não via. Quase nunca, quase sempre. E, ao mesmo tempo, naqueles dias de inverno sem fim, lia sempre, lia muito, tantas vezes sem compreender, sem querer, mas eufórico de tudo, de tanta imagem, metáfora e verso.
Em 1994, já lá vão vinte anos, entrei fugitivo da violenta chuva no Grand Palais, um monstro escuro e quase sinistro junto ao Sena. Não era então o palácio cintilante de cristal que agora se mostra, mas um disforme e decadente edifício. No seu interior, de entrada escura, exibia-se uma exposição dedicada a Nicolas Poussin. Nesses dias de rigoroso inverno parisiense, graças ao frio e à chuva, descobri um mundo novo que eu tantas vezes lera, o maravilhoso esplendor da antiguidade clássica. A grande escala do mestre de Roma alternava com os estudos de pequena dimensão, juntamente com desenhos e esboços. A exposição guiava-nos e perdia-nos num labirinto habilidoso que nos forçava ao detalhe num instante para, de seguida, nos esmagar com a grandiosidade das telas da ala Richelieu do Louvre. A infância de Baco i, Apolo enamorado de Dafne ii, Diana e Endimião iii, O rapto das Sabinas iv desfilavam como paisagens verdadeiras de um mundo que eu lera até então mas que nunca vira. A poesia de Ovídio ali estava, feita cor e imagem, o ouro e o vermelho, a sensualidade abandonada da mulher adormecida na bucólica paisagem de Baco. E novamente em Apolo enamorado de Dafne, as Metaformoses desenhavam com delicadeza o deus da fertilidade. Mas o meu olhar era desviado da grande tela, para o pequeno estudo em papelv, no qual a mão incerta do já velho mestre desenhara aquela Arcádia pensada por Ovídio. Mas eu via agora Plutarco, e também Tito Lívio e Virgílio claro, a mostrarem-me, a mim que os tinha lido, ingénuo e cego, O Rapto das Sabinas: «Primus sollicitos fecisti, Romule, ludos,/ Cum iuuit uiduos rapta Sabina uiros.» vi E numa dessas curvas e contracurvas a que a coreografia da exposição nos forçava, tropecei entusiasmado num outro quadro de Poussin vindo de Lisboa. Tratava-se de Os Filisteus Atacados pela Peste na Cidade de Azot e pertencia ao Museu das Janelas Verdes.vii Longe de casa, em Paris, eu via pela primeira vez aquele eco de Plínio no instante em que o homem arranca a criança
das mãos de sua mãe e, tal como numa cena de teatro contemporâneo, os gestos dos aflitos alinhavam-se numa ordem serena que anulava o caos. Em 1994, já lá vão vinte anos, eu lia e estudava afincadamente Horácio e procurava Lídia em todas as mulheres, carnais, eróticas ou enamoradas. Nas ruas, nos jardins dos namorados, nas paisagens neoclássicas do mestre pintor. Mas Poussin, o estóico, que tantas vezes pintou o amor, a paixão e a morte, jamais pintou as faces brancas de Lídia: «tecum uiuere amem, tecum obeam lubens.» viii
Prazer, mas devagar Em 2014, vinte anos depois daquela longínqua viagem a Paris, procuro a sombra de Lídia pelas ruas e pelos jardins descarnados de Lisboa. E também pelas margens do Tejo, guiado pelas versos de Ricardo Reis: «Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.» ix Deambulo agora pela cidade branca e subo lentamente às Janelas Verdes pelas escadas do rio. Ao fundo das salas, no silêncio dos meus passos, encontro, o solitário Poussin de outros tempos, aquela imensa tragédia de Lisboa que eu encontrara por acaso há vinte anos atrás, e tinha admirado com paixão. E observo agora, tranquilo e sereno, com a força da razão, aquela mesma tela de que já mal me recordava: «Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,/ Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,/ Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,/ E sempre iria ter ao mar.» x Avanço sonolento pelos labirintos do casarão, e do alto terraço há o rio que não vejo porque o sol encandeia tudo. Aprendi com o tempo, a observar os amantes de domingo, previsíveis nas suas carícias e t-shirts. Descubro Lídia em cada canto, que não me observa nunca, perdida nos seus segredos de ciúme fingido. E no entanto, ali estão elas, ruidosas e ingénuas, arriscando tudo pela paixão efémera: «Prazer, mas devagar,/ Lí-
dia, que a sorte àqueles não é grata/ Que lhe das mãos arrancam.» xi Quem és tu Lídia?, pergunto eu nas minhas leituras xii: em Filinto Elísio «Cloe, Glicério, Lídia, nomeadas/ Por todo o Lácio império,/ Aos gregos modos, já por ti latinos,/ Devem rumor perene./ Vive nas tuas cordas e flameja/ Do teu ciúme a cólera difícil.» xiii ou em Almeida Garrett «Basta de crueldades, Lídia bela,/Que das castas Penélopes a moda/Há muito que se foi».xiv Em Alexandre O’Neill «Assim ficamos, Lídia, eróticos,/ os corpos engastando no sorriso/ das horas e das coisas, adejando/ sob o silêncio, fixo, dos astros./ E sobre nós, os ramos, sacudidos/ pelo vento, largaram frutos densos.» xv ou em Sophia «Não creias, Lídia que nenhum estio/ Por nós perdido possa regressar/ Oferecendo a flor/ Que adiámos colher.» xvi Passam os dias, passam os anos, e a vida corre serena como a água do rio. A liberdade da razão tomou conta de mim. Permanecerei em Lisboa, onde os poetas, tal como eu, perguntam por Lídia. Recordo Natália Correia, musa agreste dessa Lisboa da minha juventude: «Com a essência das flores mais coniventes/ Na formosura, prepara o banho, Lídia./ Os anos murcham e só no corpo sentes/ Quente e fagueira a passagem da vida.» xvii Passados tantos anos já desde que deixei de poder ler, vem-me à ideia que Horácio talvez tenha estado na Lisboa do seu tempo. Por isso, continuaremos à procura de Lídia, por encargo do poeta latino. Deliro, está visto. Tudo é mais simples: enquanto procurarmos Lídia, ludibriamos a morte, afastamos para longe a peste. Mas hoje Lídia sentou-se tranquilamente a meu lado. O sol ofuscava tudo. O terraço vazio deitava sobre o rio. Demos as mãos e eu fechei os olhos. «A sorte inveja, Lídia. Emudeçamos.» xviii —
i
L’enfance de Bacchus, ou La Nourriture de Bacchus, também conhecido como
Petite Bacchanale (circa 1624-1625). Paris, Museu do Louvre. ii
Apollon amoureux de Daphné (1664). Paris, Museu do Louvre.
iii
Diane et Endymion (circa 1629). Detroit Institute of Art, EUA.
iv
L’Enlèvement des Sabines (circa 1637-1638). Paris, Museu do Louvre.
v
Louis-Antoine Prat, Pierre Rosenberg, Nicolas Poussin, 1594-1665 : Catalogue
raisonné des dessins, 1994, II, n 381. Ovídio, Ars amatoria [A arte de amar], Livro I, verso 101. (Rómulo, pioneiro, fizeste
vi
os jogos agitados,/ Quando o rapto das sabinas tornou feliz os teus homens.) Uma outra versão deste tema por Nicolas Poussin pertence ao Museu do Louvre.
vii
Trata-se de La Peste d’Asdod (ou d’Azoth). Horatius Opera, Carm. III 9, v. 24. (Contigo amaria viver, de boa vontade morreria
viii
contigo). Ricardo Reis, Ode (1914), in Fernando Pessoa, O rosto e as máscaras. Lisboa,
ix
2008, 47-48, v.1. x
Idem, ibidem, vv. 13-16. Ricardo Reis, Ode (1923), in Fernando Pessoa, O rosto e as máscaras. Lisboa,
xi
2008, 99, vv. 1-3. A este propósito, leia-se António Manuel Ferreira, As vozes de Lídia, Ágora.
xii
Estudos Clássicos em Debate 3 (2001) 247-268. xiii
Joaquim Ferreira, Líricas e Sátiras de Filinto Elísio. Porto, s/d, 144-146.
xiv
Almeida Garrett, Lírica. Porto, 1981, 158-159.
xv
Litoral – Revista Mensal de Cultura, 6. Lisboa, 1945, 186-189.
xvi
Sophia de Mello Breyner Andresen, Antologia. Porto, 1985, 235.
xvii
Natália Correia, O Sol nas Noites e o Luar nos Dias II. Lisboa, 1993, 244-245.
xviii
Ricardo Reis, Ode (1923), in Fernando Pessoa, O rosto e as máscaras. Lisboa,
2008, 99, v. 10.
PAULO RIBEIRO COREOGRAFIA
LUÍS TINOCO MÚSICA
—
—
Depois de uma vasta experiência como intérprete em várias
Formou-se na Escola Superior de Música de Lisboa em 1996.
companhias belgas e francesas, Paulo Ribeiro (natural de
Mais tarde, completou um Mestrado na Royal Academy of
Lisboa) começou a coreografar em 1984, na 1ª Biennalle Off, de
Music, em Londres, e um Doutoramento na University of York.
Lyon (França). Posteriormente, criou e/ou remontou obras para
Desde 2000, colabora com a Antena 2 / RTP como autor de
companhias de renome como Nederlands Dans Theater (Holan-
programas radiofónicos dedicados à música dos séculos XX /
da), Grand Théâtre de Genève (Suíça), Centre Chorégraphique de
XXI. Para a mesma rádio, é responsável pela direção artística
Nevers (França) e Ballet Gulbenkian (Lisboa, Portugal). E mais,
do Prémio e Festival Jovens Músicos. Dedica-se ao ensino
recentemente, para o Ballet de Lorraine (França), Grupo Dançan-
lecionando Composição na Escola Superior de Música de
do com a Diferença (Madeira, Portugal) e Companhia Nacional
Lisboa, onde exerce também o cargo de Subdiretor. Como
de Bailado (Lisboa, Portugal) para a qual criou Du Don de Soi
compositor, o seu catálogo integra música de cena como Evil
e La Valse. Em 1995, fundou a sua companhia de autor, para a
Machines – com libreto e encenação do Monty Python Terry
qual já criou 15 coreografias: Sábado 2, Rumor de Deuses, Azul
Jones no São Luiz Teatro Municipal; Paint Me – com libreto
Esmeralda, Memórias de Pedra – Tempo Caído, Orock, Ao Vivo,
de Stephen Plaice e encenação de Rui Horta na Culturgest;
Comédia Off -2, Tristes Europeus – Jouissez Sans Entraves,
e Passeios do Sonhador Solitário – uma cantata com texto
Silicone Não, Memórias de um Sábado com rumores de azul,
de Almeida Faria na Casa da Música. Trabalhos orquestrais
Malgré Nous, Nous Étions Là, Masculine, Feminine, Maiorca e
recentes incluem Cercle Intérieur – estreado pela Orquestra
Paisagens – onde o negro é cor e, mais recentemente, Jim e
Filarmónica da Radio France; Concerto para Trompa – dedi-
o solo Sem um tu não pode haver um eu. As suas obras têm
cado a Abel Pereira e estreado no 45th International Horn
conquistado importantes distinções nacionais e internacionais,
Symposium, Memphis, EUA; e Frisland para orquestra – es-
algumas das quais no Concurso Volinine (França), em 1985, e
treado pela Orquestra Sinfónica de Seattle. Projetos futuros
nos prestigiados Rencontres Choregraphiques Internationales
envlovem a composição de uma nova partitura orquestral,
de Danse, de Seine-Saint-Denis (França), em 1996. Foi ainda
co-encomendada pela Orquestra Gulbenkian e pela Orquestra
distinguido pelo Instituto Português das Artes do Espectáculo
Sinfónica Estadual de São Paulo. A música de Tinoco é publi-
(Portugal), em 1999; pela Casa da Imprensa, em 2000 e em 2005;
cada pela University of York Music Press e está disponível em
no Dance Week Festival (Croácia), em 2009; e pela Sociedade
CDs comerciais gravados com a Orquestra Gulbenkian (Naxos
Portuguesa de Autores, em 2010. Paulo Ribeiro tem-se dedicado
8.572981) e o Ensemble Lontano (Lorelt 121). —
ainda à formação, orientando vários workshops em Portugal e em países onde a companhia tem marcado presença. Deu aulas no Conservatório Nacional de Dança e lecionou a disciplina de Composição Coreográfica, no âmbito do mestrado de Criação Coreográfica Contemporânea da Escola Superior de Dança. Foi também comissário do ciclo Dancem! do Teatro Nacional São João, no Porto, em 1996, 1997, 2003, 2009 e 2011; diretor artístico do Ballet Gulbenkian, entre 2003 e 2005; diretor-geral e de programação do Teatro Viriato, em Viseu, entre 1998 e 2003, e, de novo, a partir de 2006 até este momento. —
JOSÉ ANTÓNIO TENENTE FIGURINOS
NUNO MEIRA DESENHO DE LUZ
—
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Após ter iniciado a sua formação superior em Arquitetura,
Bacharel em Engenharia de Electrónica e Telecomunicações,
José António Tenente envereda pela moda, revelando em
frequentou a Escola Superior de Música e Artes do Espectácu-
1986 a sua primeira coleção. Atualmente o universo da marca
lo no curso de Produção Luz e Som. Tem trabalhado com diver-
estende-se a vários projetos: ‘TENENTE escrita’, ‘TENENTE
sos criadores das áreas do teatro e da dança, com particular
eyewear’, ‘Amor Perfeito’ perfume e perfumaria de casa. Em
destaque para Ana Luísa Guimarães, António Lago, Beatriz
2009 viu editado um livro sobre o seu trabalho JAT – Traços de
Batarda, Diogo Infante, Fernanda Lapa, Gonçalo Amorim, João
União. Em 2010 comissariou a exposição Assinado por Tenente
Cardoso, João Pedro Vaz, Manuel Sardinha, Marco Martins,
no MUDE, Museu do Design e da Moda, em Lisboa. Com um
Nuno Carinhas, Nuno M. Cardoso, Paulo Ribeiro, Tiago Guedes
trabalho reconhecido e galardoado com vários prémios de
e Ricardo Pais. Foi sócio-fundador do Teatro Só e do Cão Da-
“Criador de Moda” e outras distinções, José António Tenente
nado e Companhia, é também colaborador regular da ASSéDIO
dedica atualmente a maior parte do seu trabalho à criação de
(desde 1998), da Companhia Paulo Ribeiro (desde 2001) e dos
figurinos para espetáculos, atividade que desde cedo ocupa
Arena Ensemble (desde 2007). Foi distinguido, em 2004, com
um importante lugar no seu percurso, tendo trabalhado com
o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte. Para a Companhia Na-
diversos encenadores e coreógrafos: Beatriz Batarda, Carlos
cional de Bailado desenhou a luz dos bailados Du Don de Soi
Avillez, Carlos Pimenta, Lúcia Sigalho, Maria Emília Correia,
de Paulo Ribeiro em 2011 e O Lago dos Cisnes de Fernando
Pedro Gil, Tonan Quito, Benvindo Fonseca, Clara Andermatt,
Duarte em 2013 e mais recentemente Tempestades de Rui
Paulo Ribeiro, Rui Lopes Graça, Rui Horta, entre outros. Para
Lopes Graça. —
a CNB criou os figurinos de Intacto (1999) de Rui Lopes Graça, Du Don de Soi (2011) de Paulo Ribeiro, O Lago dos Cisnes (2013), de Fernando Duarte/Petipa. —
FOTOGRAFIA © RODRIGO DE SOUZA
Susana Matos e Marta Sobreira Ensaios de estĂşdio
PEDRO NEVES DIREÇÃO MUSICAL
ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA
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Pedro Neves é maestro titular da Orquestra Clássica de
A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) estreou-se a 10 de
Espinho, assumindo recentemente o cargo de maestro convi-
junho de 1992. Desde então, assegura extensa atividade que
dado da Orquestra Gulbenkian. Atualmente é doutorando na
compreende os repertórios barroco, clássico e sinfónico – in-
Universidade de Évora, sendo o seu objeto de estudo as seis
tegrando neste último caso os jovens intérpretes da Orquestra
sinfonias de Joly Braga Santos. Pedro Neves foi maestro titu-
Académica Metropolitana. Distingue-se igualmente pela versa-
lar da Orquestra do Algarve entre 2011 e 2013, e é convidado
tilidade que lhe permite abordar géneros como a Música de Câ-
regularmente para dirigir a Orquestra Sinfónica do Porto Casa
mara, o Jazz, o Fado, a Ópera ou a Música Contemporânea, pro-
da Música, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra
porcionando a criação de novos públicos e a afirmação do caráter
Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Filarmonia das Beiras,
único da Metropolitana. A entidade, que tutela a orquestra, tem
a Joensuu City Orchestra (Finlândia) e a Orquestra Sinfónica
como característica inovadora o relacionamento das práticas
de Porto Alegre (Brasil). Em 2012 colaborou pela primeira
artística e pedagógica, pela convivência quotidiana de músicos
vez com a Companhia Nacional de Bailado dirigindo A Bela
profissionais com alunos das suas escolas – a Academia Na-
Adormecida de Piotr I. Tchaikovski. No âmbito da música
cional Superior de Orquestra, o Conservatório e a Escola Profis-
contemporânea tem colaborado com o Sond’arte Electric
sional Metropolitana. Esta dinâmica faz parte da identidade da
Ensemble, com o qual realizou estreias de vários compositores
OML, a que se junta a ativa participação cívica e a apresentação
portugueses e estrangeiros, realizando digressões pela Coreia
em eventos públicos relevantes. Cabe-lhe, ainda, a responsabi-
do Sul e Japão, com o Grupo de Música Contemporânea de
lidade de assegurar programação junto de autarquias da região
Lisboa, e com o Remix Ensemble Casa da Música. É fundador
centro e sul, além de promover a descentralização cultural pelo
da Camerata Alma Mater, que se dedica à interpretação de
país. Tendo como fundadores a Câmara Municipal de Lisboa,
repertório para orquestra de cordas, e com a qual tem rece-
a Secretaria de Estado da Cultura, o Ministério da Educação e
bido uma elogiosa aceitação por parte do público e da critica
Ciência, o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social,
especializada. Pedro Neves iniciou os seus estudos musicais
a Secretaria de Estado do Turismo e a Secretaria de Estado do
na sua terra natal, estudou violoncelo com Isabel Boiça, Paulo
Desporto e Juventude, a Metropolitana é constituída também
Gaio Lima e Marçal Cervera, respetivamente no Conserva-
por um conjunto de Mecenas, Patrocinadores, Promotores
tório de Música de Aveiro, Academia Nacional Superior de
Regionais e Parceiros que se unem neste projeto. Desde o
Orquestra em Lisboa e Escuela de Música Juan Pedro Carrero
início, a OML é referência incontornável do panorama orques-
em Barcelona, com o apoio da Fundação Gulbenkian. No que
tral nacional. Fez digressões pela Europa, Índia, Coreia do Sul,
diz respeito à direção de orquestra estudou com Jean Marc
Macau, Tailândia, Cabo-Verde e China. Tocou com os mais re-
Burfin, obtendo o grau de licenciatura na Academia Nacio-
putados maestros nacionais e internacionais, colaborando com
nal Superior de Orquestra, com Emilio Pomàrico em Milão e
conhecidos solistas. Gravou onze CD, um dos quais disco de pla-
com Michael Zilm, do qual foi assistente. O resultado deste
tina, para diferentes editoras. Tem mantido uma colaboração
seu percurso faz com que a sua personalidade artística seja
regular com a Companhia Nacional de Bailado na interpretação
marcada pela profundidade, coerência e seriedade da inter-
musical de diversas obras do seu repertório. —
pretação musical. —
DIREÇÃO ARTÍSTICA Luísa Taveira BAILARINOS PRINCIPAIS Adeline Charpentier; Ana Lacerda; Barbora Hruskova; Filipa de Castro; Filomena Pinto; Inês Amaral; Peggy Konik; Solange Melo; Alexandre Fernandes; Carlos Pinillos; Mário Franco; BAILARINOS SOLISTAS Fátima Brito; Isabel Galriça; Mariana Paz; Paulina Santos; Yurina Miura; Andrea Bena; Brent Williamson; Luis d’Albergaria; BAILARINOS CORIFEUS Andreia Pinho; Annabel Barnes; Catarina Lourenço; Henriette Ventura; Irina de Oliveira; Maria João Pinto; Marta Sobreira; Seong-Wan Moon; Armando Maciel; Dominic Whitbrook; Freek Damen; Miguel Ramalho; Ruben De Monte; Tom Colin; Xavier Carmo CORPO DE BAILE África Sobrino; Alexandra Rolfe; Almudena Maldonado; Andreia Mota; Carla Pereira; Catarina Grilo; Charmaine Du Mont; Elsa Madeira; Filipa Pinhão; Florencia Siciliano; Inês Ferrer; Inês Moura; Isabel Frederico; Júlia Roca; Leonor de Jesus; Margarida Pimenta; Maria Santos; Marina Figueiredo; Melissa Parsons; Patricia Keleher; Shanti Mouget; Sílvia Santos; Susana Matos; Tatiana Grenkova; Zoe Roberts; Christian Schwarm; Dukin Seo; Filipe Macedo; Francesco Colombo; Frederico Gameiro; João Carlos Petrucci; José Carlos Oliveira; Tiago Coelho; Kilian Souc; Lourenço Ferreira; Mark Biocca; Nuno Fernandes; Ricardo Limão; BAILARINOS ESTAGIÁRIOS Calum Collins; Joshua Earl;
MESTRES DE BAILADO Fernando Duarte (coordenador); Maria Palmeirim ENSAIADOR Rui Alexandre ADJUNTO DA DIREÇÃO ARTÍSTICA João Costa COORDENADORA MUSICAL Ana Paula Ferreira COORDENADORA ARTÍSTICA EXECUTIVA Filipa Rola COORDENADOR DE PROJETOS ESPECIAIS Rui Lopes Graça INSTRUTOR DE DANÇA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE LESÕES Didier Chazeu PROFESSOR DE DANÇA CONVIDADO Yannick Boquin** PIANISTAS CONVIDADOS Humberto Ruaz**; Jorge Silva**; Hugo Oliveira**
OPART E.P.E. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente José António Falcão; Vogal Adriano Jordão; Vogal João Pedro Consolado DIREÇÃO DE ESPETÁCULOS Diretora Margarida Mendes; Carla Almeida (coordenadora); Bruno Silva (digressão e eventos); Natacha Fernandes (assistente); ATELIER DE COSTURA Paula Marinho (coordenadora); Adelaide Pedro Paulo; Cristina Fernandes; Conceição Santos; Helena Marques DIREÇÃO TÉCNICA Diretora Cristina Piedade; Sector de Maquinaria Alves Forte (chefe de sector); Miguel Osório; Carlos Reis* Sector de Som e Audiovisuais Bruno Gonçalves (chefe de sector); Paulo Fernandes Sector de Luz Vítor José (chefe de sector); Pedro Mendes Sector de Palco Ricardo Alegria; Frederico Godinho; Marco Jardim DIREÇÃO DE CENA Diretor Henrique Andrade; Vanda França (assistente / contrarregra) Conservação do Guarda Roupa Carla Cruz (coordenadora) DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO Cristina de Jesus (coordenadora); Pedro Mascarenhas Canais Internet José Luís Costa Vídeo e Arquivo Digital Marco Arantes Design João Campos** Bilheteira Ana Rita Ferreira; Luísa Lourenço; Rita Martins ENSAIOS GERAIS SOLIDÁRIOS Luis Moreira*** (coordenador) PROJETOS ESPECIAIS Fátima Ramos*** DIREÇÃO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA OPART Diretora Sónia Teixeira; António Pinheiro; Edna Narciso; Fátima Ramos; Marco Prezado (TOC); Susana Santos Limpeza e Economato Lurdes Mesquita; Maria Conceição Pereira; Maria de Lurdes Moura; Maria do Céu Cardoso; Maria Isabel Sousa; Maria Teresa Gonçalves DIREÇÃO DE RECURSOS HUMANOS OPART Diretor Paulo Veríssimo; Sofia Teopisto; Vânia Guerreiro; Zulmira Mendes GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO Nuno Cassiano (coordenador); António Silva; Armando Cardoso; Artur Ramos; Carlos Pires; Carlos Santos Silva; Daniel Lima; João Alegria; Manuel Carvalho; Rui Rodrigues e Sandra Correia GABINETE JURÍDICO OPART Fernanda Rodrigues (coordenadora); Anabela Tavares; Inês Amaral; Juliana Mimoso** Secretária do Conselho de Administração Regina Sutre OSTEOPATA Vasco Lopes da Silva** SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA Fisiogaspar** SERVIÇOS DE INFORMÁTICA Infocut
* Licença sem vencimento
** Prestadores de serviço
*** Regime de voluntariado
Henriette Ventura Ensaios de estĂşdio
FOTOGRAFIA © RODRIGO DE SOUZA
BILHETEIRAS E RESERVAS Teatro Camões Quarta a domingo das 13h às 18h (01 nov – 30 abr) das 14h às 19h (01 mai – 31 out) Dias de espetáculo até meia-hora após o início do espetáculo. Telef. 218 923 477 Teatro Nacional de São Carlos Segunda a sexta das 13h às 19h Telef. 213 253 045/6 Ticketline www.ticketline.pt Telef. 707 234 234 Lojas Abreu, Fnac, Worten, El Corte Inglés, C.C. Dolce Vita
PRÓXIMOS ESPETÁCULOS — TEATRO CAMÕES 5 DEZ—21 DEZ
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES
CONTACTOS
FERNANDO DUARTE ANDRÉ e. TEODÓSIO
Teatro Camões Passeio do Neptuno, Parque das Nações, 1990 - 193 Lisboa Telef. 218 923 470
INFORMAÇÕES AO PÚBLICO Não é permitida a entrada na sala enquanto o espetáculo está a decorrer (dec. lei nº315/95 de 28 de Novembro); É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar durante os espetáculos; É proibido fumar e comer/ beber dentro da sala de espetáculos; Não se esqueça de, antes de entrar no auditório, desligar o seu telemóvel; Os menores de 6 anos não poderão assistir ao espetáculo nos termos do dec. lei nº23/2014 de 14 de abril; O programa pode ser alterado por motivos imprevistos. Espetáculo M/6
CONFERÊNCIAS / CONVERSAS TEATRO CAMÕES
O QUEBRA-NOZES E A TRADIÇÃO 29 NOVEMBRO – 18H CONVIDADOS
MARIA JOSÉ FAZENDA e os criadores de Quebra Nozes Quebra Nozes
CAPA © CLÁUDIA VAREJÃO
ANDRÉ e. TEODÓSIO FERNANDO DUARTE MEDIA PARTNERS:
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