Ir_ao_mar - Nº37 - Abril 2017

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REVISTA MENSAL SOBRE A ATIVIDADE DO CLUBE NAVAL DA HORTA

© ARTUR FILIPE SIMÕES | CNH 2017

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CANOAGEM PROVA DA PÁSCOA

Os canoístas demonstraram que estavam preparados

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s condições de mar não eram as ideais, mas a Prova da Páscoa, organizada pela Secção de Canoagem do Clube Naval da Horta (CNH), realizou-se este sábado, dia 22, e revelou-se um sucesso. Participaram 12 atletas, sendo que 5 vieram do Clube Naval de São Roque do Pico. Para os canoístas picoenses – convidados do CNH – tratou-se da primeira prova desta época, mas os resultados não podiam ser melhores. “Gostámos desta Prova e considero que foi bem organizada”, acentua Jorge Costa, Treinador da Secção de Canoagem do Clube Naval de São Roque. Embora o mar estivesse “um bocadinho mexido”, o que fez com que “tenham sentido dificuldades”, Jorge Costa enaltece a pertinência deste convite, que foi “muito bem-vindo”, pois estes canoístas “estavam mesmo a precisar de competir”. Sendo neste momento o único Clube da ilha montanha em que a Canoagem é uma realidade, a competição é algo inexistente para estes altetas. Por isso, este Responsável faz força para que este intercâmbio se repita. E nesse sentido garantiu que vai propôr à Direcção do

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Clube que representa para que, “muito brevemente”, o convite possa ser retribuído ao Clube Naval da Horta. “Estas provas em conjunto, além de serem salutares para o convívio, constituem uma excelente forma de aumentar a competitividade, caso contrário só podemos treinar. E todos sabemos que o objectivo é competir e evoluir”, frisa Jorge Costa. Esta experiência já aconteceu no ano transacto, em que o CNH foi a São Roque, mas este Treinador diz que foi um número pequeno de atletas, esperando que este ano seja mais alargado. Jorge Costa faz da Canoagem um hobby, mas no tempo que dedica a esta modalidade dá o seu melhor, “com gosto”. Apesar de não ter nada a apontar ao Clube Naval de São Roque, lamenta que no Pico não haja mais clubes que dinamizem este desporto, pois “só assim poderia haver resultados”. Confessa-se “triste” pelo facto de a Canoagem só ser praticada no Verão e relegada o resto do ano, apelando a quem se fica pelos passeios que deixe de ver esta modalidade como uma actividade sazonal. Depois há aqueles que, após os passeios,

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CLUBE NAVAL DA H decidem ser canoístas a sério, mas abandonam ao fim de um ano, por elegerem outras prioridades na sua vida. “Naturalmente que a escola, a prática de um outro desporto ou ainda ocupações diversas, podem fazer com que a Canoagem fique pelo caminho, o que até compreendo, pois nem sempre é fácil conciliar tudo, mas o problema é que o Clube faz investimentos que depois não são rentabilizados, como aconteceu no ano passado”, sublinha este Responsável. Contrariamente ao que se verifica habitualmente, aqui há dinheiro para gastar e vontade de o fazer, faltando quem queira manter uma relação séria com a Canoagem, que apenas regista práticas fortuitas. Para que esta modalidade possa ser praticada a 100 por cento em São Roque, o Treinador elege como solução imediata os intercâmbios com o Faial. “Ficámos muito contentes com o convite feito pelo CNH, pois só assim podemos interagir e aprender uns com os outros. Vejo esta iniciativa como sendo muito vantajosa, uma vez que nos permite saber amanhã mais qualquer coisa do que aquilo que sabíamos hoje. Foi uma excelente oportunidade para os atletas que eu treino poderem competir, assumindo-se como um grande incentivo. É verdade que um revirou, mas isso também

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faz parte do processo de aprendizagem”. Jorge Costa notou que os canoístas do Clube Naval da Horta estavam” mais evoluídos do que em 2016”, mas vê nisso uma motivação para conseguir “puxar” mais pelos seus pupilos que “só treinaram dois mesinhos”. Num Clube em que o dinheiro não é entrave, este Treinador explica que, tirando o elemento humano, a maior dificuldade com que se debate é a rampa que, “por se apresentar com limos grande parte do ano, inviabiliza os treinos”. Juntam-se também as más condições de mar – “ondas muito grandes” – que poderiam danificar o equipamento. Confirmando a relação multisecular entre “a comunidade do canal”, como a designou Tomás Duarte, o Faial, ou mais especificamente o Clube Naval da Horta, afigura-se como a bóia de salvação dos seus vizinhos do Pico, provando que, tão ou mais importante do que o dinheiro, a dimensão ou os equipamentos, está o capital humano e o know-how. Não podemos separar o que a Natureza juntou nem virar as costas a quem sempre viveu, e certamente viverá à nossa frente. Ainda que o neguemos ou que não ou queiramos ver ou assumir.

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“Eles são o orgulho do Treinador” “O mar estava desafiante e o vento fresco, mas a Prova da Páscoa correu bem”, diz Hugo Parra, Treinador de Competição da Secção de Canoagem do CNH, que acrescenta: “Só um atleta é que não terminou por causa das condições de mar, mas no cômputo geral, foi óptimo”. À pergunta, como se sente o Treinador, a resposta é peremptória: “Está satisfeito e, ainda por cima com estas condições, portaram-se todos muito bem. Eles são o orgulho do Treinador. Desde o início que lhes disse que estava difícil, mas eles estão preparados para condições adversas porque faço questão de treinar com todo o tipo de condições. É claro que quando está muito mau, vão só cheirar um bocadinho, mas também temos sempre segurança por perto”.

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Esta foi uma Prova de Fundo – que são 5 quilómetros para todos os escalões, à excepção dos Infantis e Iniciados que fizeram 2 quilómetros – e que contou com a presença dos convidados do Pico. “É bom quando vêm atletas de fora porque a disputa é maior e a evolução dá-se quando há competição”, frisa Hugo Parra, um apaixonado pela Canoagem, que vê potencial por estes lados. Contudo, evidencia as diferenças entre o que se faz localmente e no Continente. “Não é só a chuva e o vento – nosso inimigo número um – que temos de enfrentar no Faial. Temos pouco tempo de água para treinar no Inverno (ao inverso do que acontece em Portugal continental) e quando chegamos ao Verão, embora a adesão seja grande, aí já estamos em cima do calendário de provas e quem quer evoluir nesta modalidade – assim como noutras – tem de treinar. Há potencial e capacidade, mas é preciso limar algumas arestas, nomeadamente em termos logísticos”.

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VELA LIGEIRA O CLUBE NAVAL DA HORTA FOI À ESCOLA!

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o dia 31/3, a Escola de Vela do CNH esteve na Escola Básica António José de Ávila a realizar uma ação de divulgação desta modalidade.

Esta atividade é consequência de uma reunião realizada entre a Direção da Escola e o CNH, na qual aquela instituição escolar mostrou o maior interesse em manter uma intensa colaboração com o Clube na promoção dos desportos náuticos junto da população escolar. A ação hoje realizada consistiu na montagem de um pequeno stand na Escola, onde se encontrava um Optimist aparelhado e um computador no qual se podiam ver diversos vídeos sobre as atividades da Escola de Vela do

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CNH. O primeiro objetivo da ação realizada era o de motivar jovens estudantes a participarem num “open day” de iniciação à vela, tendo-se recolhido o contacto dos pais de 32 jovens, para posterior organização dessa iniciativa. Esta iniciativa foi organizada pelo coordenador da Escola de Vela do CNH Duarte Araújo, que contou com a colaboração do estagiário em gestão do desporto António Pedro Porteiro e do encarregado de armazém Armando Oliveira. Esta ação será repetida no próximo dia 4/3, dia de divulgação das notas na Escola.

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VELA LIGEIRA CINCO VELEJADORES DO CNH PARTICIPARAM NO CAMPEONATO DE PORTUGAL DE JUNIORES E ABSOLUTOS 2017

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e 6 a 9 de abril realizou-se o XXVIII Campeonato de Portugal de Juniores e Absolutos composto pelas classes de Laser Radial, Laser 4.7 e 420.

Esta foi uma coorganização da Federação Portuguesa de Vela e do Clube de Vela de Viana do Castelo com o patrocínio da FIDELIDADE e o apoio da Associação Regional de Vela do Norte. Esta prova foi disputada no Campo de Regatas de Viana do Castelo, estando previstas a realização de 12 regatas para cada uma das classes. As condições meteorológicas verificadas só possibilitaram a realização de 6 regatas por classe, dado que nos dias 8 e 9 não houve vento suficiente para a realização das regatas.

e 1ª feminina do Campeonato Regional, Jorge Pires, 9º da geral do Campeonato Regional e Tomaz Pó, 14ª da geral do Campeonato Regional e jovem talento regional. Os velejadores do CNH foram acompanhados e orientados por Duarte Araújo, Coordenador da Escola de Vela do CNH. A representação açoriana neste Campeonato de Portugal incluiu também velejadores dos Clubes Navais de Ponta Delgada, Vila Franca do Campo e da Praia da Vitória, tendo a Associação Regional de Vela dos Açores (ARVA) estado representada pelo seu Presidente da Direcção, Jorge Macedo.

O Clube Naval da Horta esteve representado pela tripulação de 420 que foi a campeã regional dos Açores de 2017, constituída por Ricardo Silveira e Tiago Serpa e por três velejadores de Laser 4.7 que foram Mariana Luís, 6ª na geral

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VELA LIGEIRA O CNH NO CAMPEONATO DE PORTUGAL DE JUVENIS 2017

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romovido pela Federação Portuguesa de Vela e organizado pelo Clube Naval de Sesimbra, realizou se de 12 a 15 de abril em Sesimbra, o Campeonato de Portugal de Juvenis, que contou com a presença de 120 velejadores de todo o país. O Clube Naval da Horta esteve representado pela velejadora Mariana Rosa, vice-campeã regional.

A Mariana está de parabéns, pelo empenho, persistência e dedicação que tem demonstrado desde que se iniciou neste desporto, e lhe valeu o vivo reconhecimento de vários treinadores nacionais.

Ao longo dos 4 dias de prova, realizaram se 9 regatas. As condições de vento, instável e fraco, situação frequente na Baía de Sesimbra, não permitiu que se realizassem mais regatas. A velejadora do CNH, esteve sempre regular, lutando bastante para conseguir resultados que lhe permitissem atingir os seus objetivos, em especial o de ficar no grupo de ouro, constituído pelos 60 primeiros classificados do campeonato. No entanto, no último dia do campeonato, condições mais difíceis impediram que esse objetivo fosse alcançado. Entretanto, sublinhe-se que não é um dia que corre menos bem que arruina a temporada espetacular que a Mariana tem feito até agora. Começou há menos de dois anos na vela e, nesse tempo, já se sagrou por duas vezes campeã regional feminina e vice-campeã regional em absoluto. A época continua e a Mariana ainda tem pela frente o estágio para os jogos das ilhas, em Almada no final do mês e a representação dos Açores nos jogos das ilhas em maio, na Martinica.

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VELA LIGEIRA TORNEIO DA PRIMAVERA REUNIU ATLETAS DOS CLUBES NAVAIS DA HORTA E DA MADALENA

Márcio Sousa, Carlos Cardoso, Rui Dowling, Libério Santos e Lício Silva foram os velejadores da Classe Access que disputaram o Torneio da Primavera

- Treinador João Duarte: “A prova correu muito bem e os velejadores da Classe Access já só pensam em treinar para o Campeonato Nacional, em Cascais” - Treinador Duarte Araújo: “O Torneio serviu para os velejadores praticarem as largadas e prepararem regatas, juntando o Pico e o Faial, o que foi muito bom” “Foi um dia de festa para a Vela”, refere João Duarte, Treinador de Vela da Classe Access (Vela Adaptada para velejadores com mobilidade reduzida), a propósito da forma como decorreu o Torneio da Primavera, organizado pela Secção de Vela Ligeira do CNH. A prova do Campeonato de Ilha de Vela Ligeira – na qual a Classe Access está inserida – decorreu na manhã deste sábado, dia 22, e foi realizada dentro da doca, pelo facto de fora, “as condições de mar estarem um bocadinho agressivas”. Este Técnico considera que as 3 regatas realizadas – com a duração média de 45 minutos, “tempo ideal” para uma regata de Vela Ligeira – “decorreram muito bem”. O Torneio da Primavera contou com 5 (Márcio Sousa, Carlos Cardoso, Rui Dowling, Libério Santos e Lício Silva) dos habituais 8 velejadores na competição e já serviu de pré-aqueci-

mento para a época mais dura que se aproxima a passos largos. O Treinador da Classe Access adianta que os atletas vão ter agora pela frente “2 meses de treino intensivo” com o objectivo de se prepararem para o Campeonato Nacional, que decorrerá de 30 de Junho a 2 de Julho próximos, em Cascais, organizado pelo Clube Naval daquele concelho. E realça: “Vamos aumentar o número de treinos e de carga de treino, para podermos honrar a nossa participação, porque já somos um Clube conhecido em termos nacionais, mormente através dos velejadores Lício Silva, Rui Dowling e Libério Santos. Alcançámos um 1º e 2º lugares no último Nacional, em 2016, e o nosso objectivo este ano é tentar igualar essa marca”. Naturalmente que os velejadores estão moti-

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vados para alcançar o pódio, embora o terreno lhes seja desconhecido. “A baía de Cascais é um campo de regatas exigente porque pode ter vento. Temos ali a nortada que influencia a regata e o facto de ser também na foz de um rio, faz com que a maré seja igualmente um factor importante. Contudo, estamos motivados. Para além da competição, há ainda a parte do lazer e toda a aventura que representa ir com esta malta para Cascais, onde vamos passar 5 a 6 dias juntos”. Na prova deste sábado, Márcio Sousa e Carlos Cardoso participaram na Classe 303, que são os barcos maiores. “Na Classe 303, temos 2 velejadores, com 2 velas: uma vela de proa e uma vela grande, e na Classe 2.3, que é individual – aquela em que participamos no Campeonato Nacional – há só uma vela e são barcos um pouco mais pequenos”, explica João Duarte. RESULTADOS - Access Classe 303: 1º - Márcio Sousa 2º - Carlos Cardoso Classe 2.3: 1º - Rui Dowling 2º - Libério Santos 3º - Lício Silva

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Os velejadores e os seus barcos emprestaram um colorido à Baía da Horta

“A prova correu muito bem. Tivemos de esperar que entrasse o vento e depois fizemos 3 regatas, como estava previsto. Há a notar a presença de 6 velejadores da Madalena do Pico, o que foi muito bom, embora também estivéssemos a contar com os de São Roque, o que não aconteceu”, acentua o Treinador Duarte Araújo. A comitiva da Madalena era composta, na Classe Optimist, por Pedro Xavier, Flávio Pedro, Carlos Simão e César Maiato e, na Classe Laser 4.7, participaram Alexandre Madruga e Pedro Costa. Duarte Araújo explica que “este Torneio da Primavera serviu para os velejadores praticarem as largadas e prepararem regatas”. E

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CLUBE NAVAL DA H avisa: “Quando se larga mal, dificilmente se recupera. Aqui, isso pode acontecer, mas nas provas em Portugal continental dificilmente isso acontece”. Por isso, a preocupação deste Técnico é direccionar os treinos para aquilo que é a realidade dos nacionais. Apesar de os atletas do Clube Naval da Horta treinarem, o facto é que, “mesmo assim, têm muito pouca preparação” quando a fasquia se põe ao nível do que se passa no todo do país. “As nossas provas locais servem, sobretudo, para eles treinarem os procedimentos tidos como necessários antes da regata, que é testar o vento, testar a linha de largada, afinar o barco, etc. É um treino importante independentemente do número de velejadores que houver na frota. Mas quando a parada sobe para 60 atletas, os nossos não têm experiência para se orientar na confusão da largada”, sublinha o Treinador de Competição da Secção de Vela Ligeira do CNH. Este Técnico propõe que imaginemos uma prova de Motocross em que se vêem 150 motos na linha de partida. E remata o seu racioncínio com esta certeza: “Chegamos ao fim sempre com os mesmos 3 na frente. Portanto, é crucial ter experiência na largada deste desporto e o mesmo acontece na Vela. São 60 velejadores todos a lutar por um cantinho na linha para largar. E sem experiência nessa vertente, por muito que se treine aqui – no Faial, no Pico, etc – não se pode replicar lá. Somos poucos e pequenos”. Atendendo ao meio de onde é oriundo e à experiência acumulada – refira-se que este Treinador está no CNH há 3 anos – Duarte Araújo traça um cenário muito realista sobre aquilo que deve ser o futuro. “O Tomás Pó é o melhor velejador do Clube Naval da Horta e só depois de ter participado no 3º Campeonato Nacional é que começou a ficar um pouco habituado à confusão”. Assim sendo, a chave da evolução reside na participação consecutiva em provas nacionais. “Não estou a dizer que os velejadores de cá não são bons e que não treinam, pois isso não é verdade, mas o que é certo é que não detêm a experiência de começar com esses barcos todos. E só indo lá fora é que podem alcançar isso”.

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novidade, desconhecido para os atletas do CNH, que estão habituados a treinar sempre com os mesmos, viciando, por assim dizer, os resultados. Como tal, “quando vêm elementos de fora, que não se conhecem, mesmo que sejam de um patamar inferior, aumentam um pouco a confusão, o que ajuda a outra motivação. Esta participação é importante para nós e também queremos que o Pico melhore, ilha onde o CNH marca sempre presença”, conclui Duarte Araújo. Tomás Pó, Jovem Talento Regional, deixou a confortável Classe Optimist – onde foi o melhor – para esta época ascender aos Laser, onde começou agora a fazer caminho. O facto de estar lesionado impediu-o de participar no Torneio da Primavera. O Treinador considera que Tomás Pó “é do passado e do futuro”. E avança: “Ele tem de crescer, portanto, é preciso um ano para ver resultados”. A actualidade dos Optimist no CNH é dominada por Mariana Rosa, detentora de vários títulos. Com estas ascensões e remexidas, a Classe 420 está desfalcada e a necessitar de reforços, sendo presentemente assegurada apenas pela dupla Ricardo e Tiago. Realista mas optimista, Duarte Araújo remata: “Os atletas portaram-se bem, manifestaram vontade e sei que estão a aprender. E, acima de tudo, foi uma prova óptima para juntar o Pico e o Faial”. Pela importância e significado e que se reveste, o beberete-convívio é sempre um ponto alto no culminar destas provas, pelo que a sua manutenção tem sido uma aposta do CNH, graças à colaboração graciosa de muitas dirigentes, voluntárias, mães e outras.

É por tudo o que foi dito que o Pico se afigura como “uma boa ajuda” no que toca à competição. Embora os velejadores picoenses se encontrem “num patamar um bocadinho inferior aos do Faial”, vêm introduzir o factor

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RESULTADOS: Optimist: 1º - Mariana Rosa (CNH) 2º - Maísa Silva (CNH) 3º - Bernardo Melo (CNH) 4º - Ana Luísa (CNH) 5º - Arthur Moimeaux (CNH) 6º - Pedro Moniz (CNH) 7º - Pedro Xavier (CNM) 8º - Pedro Costa (CNM) 9º - César Maiato (CNM) 10º - Carlos Simão (CNM) 11º - Flávio Pedro (CNM) 12º - António Ramos (CNH)

Tão importante quanto a vertente desportiva, é a componente social, com convívio salutar

Laser: 1º - Alexandre Madruga (CNM) 2º - Pedro Costa (CNM) 3º - Mariana Luís (CNH) 4º - Jorge Pires (CNH) 5º - André Oliveira (CNH) 420: 1º - Jorge Pires/Ricardo Silveira 2º - Mariana Luís/Ricardo Silveira

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Os velejadores da Classe Access orgulham-se da sua prestação e envaidecem o seu Treinador

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VELA LIGEIRA 1ª PROVA DE APURAMENTO NACIONAL DA CLASSE SNIPE DECORREU EM CASCAIS

David (de óculos) e Miguel: só um amor incondicional pela Vela tem permitido a persitência demonstrada e os resultados alcançados

Miguel Guimarães/David Abecasis em 8º lugar, mesmo sem realizar todas as regatas

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esmo com poucos treinos, devido a vidas profissionais muito preenchidas e uma participação incompleta, a dupla de atletas do Clube Naval da Horta (CNH), Miguel Guimarães/ David Abecasis, teve uma prestação muito positiva na 1ª Prova de Apuramento Nacional da Classe Snipe, que decorreu sábado e domingo (dias 22 e 23), em Cascais. Num universo de 21 participantes, estes velejadores da Classe Snipe classificaram-se na 8ª posição, tendo as condições sido “excelentes”. A Prova foi organizada pelo Clube Naval de Cascais, desenrolou-se em 6 regatas e o grau de dificuldade foi nulo para estes velejadores experientes.

Fazendo as contas hoje, estes atletas afirmam que se encontram fora do objectivo, que é a classificação para o Campeonato do Mundo. No entanto, a esperança continua presente se tivermos em conta que ainda faltam muitas regatas. O próximo desafio será a 2ª Prova de Apuramento Nacional, em Lagos, no fim-de-semana de 13 e 14 de Maio. Até lá, haja tempo para treinar, porque vontade e empenho não faltam a David Abecasis e Miguel Guimarães, velejadores do Clube Naval da Horta, sempre lembrados, acarinhados e presentes.

David Abecasis refere que fizeram o possível, uma vez que os compromissos de trabalho de Miguel Guimarães impediram esta equipa do CNH de participar nas 2 últimas regatas de domingo. “Já termos feito a 1ª regata do dia (23), foi muito no limite, pois o Miguel tinha uma viagem de trabalho marcada para as 16 horas”, explica David.

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VELA LIGEIRA 1ª PROVA DO “TROFÉU DUARTE BELLO”, EM ALMADA: FEMININOS - MARIANA ROSA FOI A 3ª E MAÍSA SILVA A 7ª

Duarte Araújo: “Estou satisfeito com os resultados da equipa e com os velejadores do Clube Naval da Horta. Com mais campeonatos destes, os velejadores dos Açores podem subir bastante de nível e aproximar-se dos melhores nacionais” “A Prova decorreu muito bem, os velejadores portaram-se com mérito e estiveram muito atentos e concentrados”. É assim que o Treinador de Competição do Clube Naval da Horta (CNH), Duarte Araújo, no papel de Seleccionador Regional, avalia o desempenho dos atletas na 1ª Prova do “Troféu Duarte Bello”, que decorreu sábado e domingo (29 e 30 de Abril), em Almada. A comitiva açoriana era composta por 4 velejadores: Mariana Rosa e Maísa Silva, do CNH; Duarte Barcelos, do Clube Naval da Praia da Vitória (CNPV); e Henrique Medeiros, do Clube Naval de Ponta Delgada (CNPD). Integrou ainda este grupo, Miguel Mendes,

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também do CNPD que, por pretender participar no prova de apuramento da Classe Optimist, no fim deste mês, em Almada, aproveitou para conhecer o campo de regatas. Num universo de cerca de 100 atletas, as classificações dos velejadores açorianos foram as seguintes: Mariana Rosa - 13ª classificada da geral; Duarte Barcelos - 22º; Maísa Silva - 30ª e Henrique Medeiros - 35º. Embora não conte para este quarteto, refira-que o atleta Miguel Mendes foi o 21º. Em Femininos, Mariana Rosa alcançou o 3º lugar e Maísa Silva o 7º. Duarte Araújo sublinha que “há que melhorar”, mas garante que “faz parte do processo de aprendizagem”. E

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CLUBE NAVAL DA H remata: “Estou satisfeito com os resultados da equipa e com os velejadores do Clube Naval da Horta. Com mais campeonatos destes, os velejadores dos Açores podem subir bastante de nível e aproximar-se dos melhores nacionais”. O Seleccionador Regional recorda que “os objectivos deste estágio era pôr os 4 velejadores a funcionar como uma equipa e afinar os procedimentos de regata. E apesar de considerar que “o entrosamento foi bom”, entende que “pode ser melhorado”. Quando questionado sobre o contributo que a participação nesta prova possa ter dado como estágio visando o bom desempenho nos Jogos das Ilhas deste ano, Duarte Araújo diz que “é fundamental participar em regatas para se saber fazer regatas”. E prossegue frisando que, “como o calendário oficial dos melhores velejadores dos Açores é composto por apenas 4 campeonatos, cada campeonato extra, com mais de 60 barcos e um nível elevado, torna-os cada vez mais competentes e confiantes nas suas capacidades e potencial”. Destes 2 dias de provas, o Seleccionador destaca Duarte Barcelos que, “apesar de ter estado muito constipado todo o fim-de-semana e ter captado a atenção das assistentes de

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bordo, conseguiu dar sempre o seu melhor e tentar recuperar lugares durante toda a regata. Igualmente de salientar foi a forma como se ajudaram e apoiaram durante todo o estágio, tanto em terra como no mar, funcionando como uma equipa e não como velejadores de diferentes ilhas e clubes”. Quanto às velejadoras faialenses – Mariana Rosa é a 1º do Ranking Regional Feminino e Maísa Silva a 2ª – este Técnico revela que “estão muito bem dispostas e sentem a responsabilidade de representar os Açores e Portugal nos Jogos das Ilhas 2017”. Enquanto Seleccionador Regional – o que acontece pelo 3º ano consecutivo – Duarte Araújo afirma-se “cheio de vontade em dar o máximo por estes velejadores e pela Região nos Jogos das Ilhas”, que se realizam de 9 a 14 deste mês, na Martinica. No que concerne aos resultados que poderão ser alcançados nesta competição, onde haverá muita disputa, avança que “temos boas hipóteses de ficar no pódio”. Por causa da greve, a comitiva do Clube Naval da Horta encontra-se retida em São Miguel a aguardar viagem para o Faial.

Duarte Barcelos, Miguel Mendes, Mariana Rosa, Henrique Medeiros e Maísa Silva. À excepção de Miguel Mendes, todos os outros vão representar os Açores nos Jogos das Ilhas, este mês, na Martinica

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VELA LIGEIRA “WORLD CUP SERIES”, DE FRANÇA, SERVIU COMO UM TESTE PARA O CAMPEONATO DO MUNDO, NA CROÁCIA

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portunidade de aprendizagem e conhecimento pessoal sobre o estado em que se encontra, são os aspectos a retirar da participação de Rui Silveira, no “World Cup Series”, que decorreu de 24 a 29 de Abril último, em Hyéres, na França. O velejador da Classe Laser do Clube Naval da Horta, (CNH) estava plenamente consciente de que se tratava de uma competição muito dura do ponto de vista físico e psicológico, pois em prova estavam os 60 primeiros do ranking mundial. O atleta faialense viveu uma semana “muito desgastante”, mas “serviu para optimizar o resto da temporada e fazer uma boa preparação para o Mundial”. E até ao Mundial – que ocorrerá em Setembro próximo, na Croácia – “é preciso trabalhar bastante”, sublinha. Atendendo à intensidade do trabalho realiza-

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do na presente época – correspondente a 6 meses de cansaço contínuo – e aos dias que faltam para a Delta Lloyd Regata, que acontecerá já este mês, Rui Silveira não dispõe de tempo útil para recuperar em termos físicos. Daí ser entendimento do Treinador que o melhor será o velejador se preparar para o Campeonato Norte-Americano, que terá lugar a meados de Junho, no Canadá. Esta competição, uma estreia para Rui Silveira, funciona como um campeonato europeu, mas direccionado para os países da América do Norte, Central e Sul. Além do mais, esta prova é “altamente pontuável para o ranking mundial”, o que constitui um aliciante para qualquer atleta. Aproveitando este conjunto de situaçõess e ainda o facto de em Junho não haver qualquer prova na Europa, Rui Silveira aposta tudo num bom desempenho no Canadá.

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MINI-VELEIROS 2ª PROVA DO TROFÉU OURIVESARIA OLÍMPIO 2017

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ealizou-se na tarde do passado domingo, 09 de abril, a 2ª Prova do Troféu Ourivesaria Olímpio. A prova decorreu no Cais de Santa Cruz em frente à rampa de varagem, contou com a presença de dez mini veleiros, foram realizadas oito regatas e descartadas duas delas.

lugar ficou João Nunes, com 12 pontos, e em terceiro ficou José Gonçalves, com 17 pontos.

No ranking geral conjunto da primeira e segunda prova do Troféu Ourivesaria Olímpio encontra-se em primeiro lugar João Nunes com 26 pontos, em segundo José Gonçalves com 31 e em terceiro lugar Filipe Guerreiro com 58 ponO vencedor desta prova foi Hedi Costa, que tos. terminou a prova com 7 pontos. Em segundo


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MINI-VELEIROS JOÃO NUNES GANHOU A 3ª PROVA DO “TROFÉU OURIVESARIA OLÍMPIO”

Silêncio, que se vai velejar de Mini-Veleiro

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les são velejadores com muita perícia e estimam os seus mini-veleiros como se fossem paquetes de luxo, sim, porque a sua aquisição e manutenção representa dinheiro, tempo e dedicação. Competem à séria, disputam provas, apuram tempos, apresentam tabelas classificativas e até fazem festas para entrega de prémios (taças ou outros), mas são amigos, aconselham-se uns com os outros, ajudam-se mutuamente e ainda organizam convívios juntos. Eles são uma espécie de desportistas de elite, que sabem muito bem separar as águas, ou melhor, o que se passa no mar e em terra. Não sobrepõem a modalidade – curiosamente com um número crescendo de adeptos – à amizade que caracteriza este clã, mas também não deixam os seus créditos por mãos alheias. Podem ser vistos como Dartacão e os Três Moscãoteiros – quer dizer, eles ultrapassam a dúzia, sem contar com o Chefe – com a filosofia de um por todos e todos por um.

E depois, são acompanhados e auxiliados pelo Responsável, um jovem muito cooperante e prestimoso, que se dedica de corpo e alma à Secção e pugna, afincadamente, para que a paz reine no seu pedaço de céu. E para que não falte mesmo nada neste paraíso terreno – meio marítimo – lá estão os anjos da guarda, ou por outra, os preciosos voluntários que deviam ser condecorados por tudo o que fazem em prol desta instituição – o Clube Naval da Horta, que este ano completa 70 anos de vida e necessita, seriamente, de ser mais considerado (por alguns). Mas vamos focar-nos naquilo que foi a actuação dos artistas dos Mini-Veleiros na tarde deste domingo, dia 23. A ameaça de chuva não constituiu qualquer entrave às 8 regatas realizadas, sob o olhar atento do Juíz de Prova, Bruno Rosa, uma espécie de faz tudo na Secção que dirige.

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RTA Horta. E a sua humildade não deixa transparecer as voltas que dá para ser um Profissional competente, um Dirigente dinâmico e um Voluntário sempre pronto. Ele é o Responsável, o Juiz de Prova, o homem que faz as classificações, que tira fotografias, que faz vídeos e que está sempre “cool”.

Caso para dizermos: o prazer recompensa. Pois, isto pode não dar dinheiro, mas certamente que traz muitas “coisas” que o dinheiro não dá. É Participaram 9 velejadores, apoiados por 2 vo- preciso viver a experiência por dentro para não luntários – o amor à camisola é gratificante – e se falar de cor, porque, palavras, levas-as o venJoão Nunes, acostumado a estas manobras, não to! só ganhou esta 3ª Prova do “Troféu Ourivesaria Olímpio” como ainda se mantém em primero lugar no cômputo geral. É preciso habilidade para não ser destronado. E mesmo numa competição em que cerca de metade da frota acusou problemas eléctricos ou mecânicos, as expectativas continuam em alta e prevalece o optimismo. É preciso é navegar! Contas feitas e barcos lavados, aproxima-se a hora sagrada, que é como quem diz, tempo de rumar à barraca do amigo Mário Carlos, um empresário (“Turismar”), desportista e compincha da malta que, alegremente cede as instalações da sua popular e famosa barraca, conhecida como “a 70” – parece nome de senha – para os momentos de descontração, ou melhor dizendo, de importantes comentários ao desempenho da classe. E, para que o recorde não seja arruinado, Bruno Rosa diz-nos orgulhosamente que, uma vez mais não houve protestos nem complicações. Ele tem um tacto especial para evitar conflitos ou apaziguar ânimos, gerindo familiarmente a Secção dos Mini-Veleiros do Clube Naval da

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MINI-VELEIROS BRUNO ROSA, DIRECTOR DA SECÇÃO DE MINI-VELEIROS DO CNH, NO “AÇORES HOJE” DA RTP/A: “ESTES CONVITES DÃO VISIBILIDADE AO TRABALHO DO CLUBE NAVAL DA HORTA”

E aqui, este Responsável faz uma chamada de atenção, salientando que “o CNH é o clube náutico com maior volume de actividade nos Açores”. Estes momentos de projecção na mais privilegiada janela informativa do mundo e para o mundo, servem igualmente para “captar mais praticantes para a modalidade, mais sócios e voluntários para o CNH e para partilhar com todos o muito trabalho que por aqui se faz”, salienta este jovem, que engrossa as fileiras dos Voluntário nesta “casa”.

“Considero que participações em programas televisivos, como aconteceu esta quarta-feira, 26, no “Açores Hoje”, da RTP/A, são excelentes oportunidades para divulgar o imenso trabalho que é feito no Clube Naval da Horta (CNH)”, sublinha Bruno Rosa a propósito do convite recebido. Para o Director da Secção de Mini-Veleiros do CNH, através deste meio difusor, “a sociedade em geral pode ficar mais inteirada daquilo que este Clube faz ao longo de todo o ano”.

“Se estamos a falar de uma televisão regional e abrangente, é fundamental que olhe para todas as ilhas, promovendo o que de melhor se faz. E o Clube Naval da Horta é, sem dúvida, um grande embaixador do Faial dentro e fora de portas, pelo que merece mais apoio, consideração e dignidade”, sustenta Bruno Rosa. Venham, pois, mais convites para que o Clube Naval da Horta – Prémio de Excelência Desportiva 2011 – e as suas 12 Secções possam, também, ter oportunidade de dar a conhecer a sua imparável actividade, cujos resultados revelam trabalho, empenho e muito amor à camisola.

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PESCA DESPORTIVA DE COSTA CARLOS MEDEIROS VENCE 4ª PROVA DO CAMPEONATO altura em que o Campeonato caminha para o seu fim, o que é sinal de apuramento dos vencedores. A 5ª prova está agendada para o dia 21 de Maio próximo. Grupo da Câmara de Peniche vem pescar ao Faial Carlos Medeiros aproveitou a oportunidade para informar todos os participantes sobre o convite que a Secção recebeu da Câmara Municipal de Peniche, o que foi motivo de grande satisfação. Estamos a falar de um grupo, com cerca de 33 elementos, que se junta para pescar de forma conjunta e amigável, sendo o pescado vendido e as receitas angariadas destinam-se a viagens, onde está presente a pesca mas, sobretudo, o convívio e a camaradagem.

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O Diretor da Secção de Pesca Desportiva de Costa do CNH recorda que este grupo – que tem como responsável Francisco Silva, da Autarquia de Peniche – esteve no Faial em 2010, altura em que o Clube Naval da Horta organizou uma prova no Vulcão dos Capelinhos, tendo também decorrido pescarias nas Flores e em Santa Maria. Posteriormente, os pescadores do CNH foram convidados a ir às Berlengas mostrar os seus dotes, tendo os participantes faialenses sido sorteados para essa viagem.

om o regresso de Juliana Nóbrega, os 10 inscritos na Secção de Pesca Desportiva de Costa do Clube Naval da Horta (CNH) participaram na 4ª Prova do Campeonato, que decorreu este domingo, dia 30, na Lajinha.

E agora no dia 17 de Junho o grupo quer voltar ao Faial (marcando presença também noutras ilhas), onde haverá provas com equipas mistas de 3 elementos, ou seja, com pescadores da Câmara de Peniche e do Clube Naval da Horta. As 3 primeiras equipas receberão prémios oferecidos pelo CNH, ao passo que os prémios indiviO Diretor desta Secção, Carlos Medeiros, refere duais e o de maior exemplar ficam à conta dos que “a prova correu bem, com um mar excelen- visitantes. te”. A pescaria correu de feição a este Dirigente, que alcançou o 1º lugar, logo seguido de José Carlos Medeiros enaltece iniciativas como esta, Silva. Teles Neves capturou o maior exemplar, importantes para a troca de experiências, coum bodião com 1 quilo e 50 gramas. nhecimento de novas pessoas e subsequentes amizades mas, também, para dar a conhecer o Mesmo tendo sido o maior deste domingo, o trabalho do Clube e aquilo que a ilha oferece. bodião pescado não conta para a tabela classi- Turismo, divulgação e promoção pela mão desficativa, uma vez que em provas anteriores já te grande Embaixador do Faial chamado Clube foi capturado um exemplar com peso superior. Naval da Horta, Prémio de Excelência DesporReina um ambiente de entusiasmo nesta Secção tiva 2011. de Pesca Desportiva Costeira, ainda mais numa

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NATAÇÃO FESTIVAL DAS TÉCNICAS SIMULTÂNEAS JUNTOU 10 NADADORES

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semente lançada ao longo de vários meses já germinou. Após o desenrolar do Festival das Técnicas Simultâneas de Natação do Clube Naval da Horta (CNH), que decorreu na manhã deste sábado, dia 22, na Piscina da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA) da Horta, foi anunciado aquilo que há muito vem a ser trabalhado, e que é incentivar as camadas de formação a darem o salto para os escalões de competição desta modalidade. Sílvia Mendonça – Treinadora de Grau II e Coordenadora da Natação do CNH – afirma que esta atividade “decorreu melhor do que aquilo que era esperado”. Para começar, o número de participantes ultrapassou as expectativas, mas o melhor estava para vir. “Nesta prova conseguimos avaliar alguns nadadores e fizemos um convite para 6 deles passarem para a competição, avança a Treinadora, rematando: “Os outros 4 estão igualmente muito bem, só que ainda são de muito tenra idade”. Estamos a falar de crianças que nasceram entre 2006 e 2010 e que pertencem às Escolinhas, não estando nos escalões da Natação Federada.

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Sem dúvida que este convite constitui um aliciante não só para aqueles que foram agora convidados mas, também, para os outros deste grupo. “Queremos criar uma equipa de base cada vez mais alargada”, realça Sílvia Mendonça, uma técnica que busca incessantemente a excelência e cujo trabalho tem permitido à Natação do Clube Naval da Horta atingir orgulhosos e auspiciosos resultados. A Vice-Presidente e Responsável por esta Secção, Olga Marques, não esconde a sua satisfação e até vaidade por ter sido possível concretizar um objetivo tão almejado. “Este Festival – promovido pela Associação de Natação da Região Açores (ANARA) – correu extremamente bem e os miúdos revelaram-se muito entusiasmados. Mas o que há mesmo salientar é o facto de se ter conseguido captar mais nadadores para a competição. E quero frisar bem o papel dos pais em todo este processo que, além de darem a sua colaboração, são os primeiros impulsionadores no empenho e desempenho dos filhos. Este grupo de 6 está motivado para entrar na competição, o que significa maior carga de treino ao longo da semana a fim de atingir um desenvolvimento mais rápido”.

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NATAÇÃO ATLETAS MELHORARAM OS SEUS TEMPOS NO TORNEIO DE NADADOR COMPLETO

Neste momento, o Clube Naval da Horta já tem 8 atletas com mínimos para aceder ao Campeonato Regional de Categorias e que são: Guilherme Nunes, Luís Neves, Afonso Santimano, Diogo Vieira, Francisco Alves, Diogo Leonardo, Tomás Oliveira e Luna Amor.

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Torneio de Nadador Completo – organizado pela Associação Regional de Natação dos Açores (ANARA) – preencheu a manhã e a tarde deste sábado, dia 29, e decorreu na Piscina da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA) da Horta. Participaram 5 dos 6 novos nadadores que há pouco mais de 8 dias foram convidados a integrar a Competição no Clube Naval da Horta (CNH). E esses 6 nadadores que pertenciam às Escolas de Formação e que agora se tornaram Cadetes, são: Daniel Moumeaux, Alexandre Lima, Diogo Sá da Bandeira, Vasco Machado, Beatriz Leonardo e Gustavo Nazaré. A única que não pôde participar foi Beatriz Leonardo.

(Infantil), Vítor Silva (Juvenil A) e Diana Silveira (Juvenil B). Esta última também esteve impossibilitada de competir no Torneio de Nadador Completo. Esta foi, portanto, a primeira prova de competição para todos estes atletas o, que, “constituiu não só uma estreia mas, também, uma oportunidade para conhecer todos os elementos da equipa”, sublinha Sílvia Mendonça, Treinadora de Grau II e Coordenadora da Natação do Clube Naval da Horta. Atletas mais velhos apadrinham os novos

Esta Técnica salienta o apadrinhamento dos atletas mais velhos em relação aos novos e revela que “foi o nadador Tomás Oliveira quem Durante o passado mês de Abril também já se lembrou de fazer isso”. “Os mais velhos sahaviam sido introduzidos na Competição do bem, por experiência, que os mais pequenos CNH, Sofia Pereira (Cadete), Rodrigo Pereira precisam sempre de colocar questões e como a

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Natação acaba por ser um desporto individual, já que os treinos decorrem em horários diferentes, a única conversa que têm é no balneário, mas o espírito de equipa também é importante. Para fomentá-lo, é preciso que se conheçam melhor a fim de interagirem entre si”, frisa Sílvia Mendonça, que remata: “Os mais novos acabam por ver os mais velhos um pouco como heróis e querem fazer como eles e os mais velhos também não os querem deixar ficar mal, o que possibilita uma simbiose entre eles”.

que frequentam a Natação na Piscina da Escola Secundária. Entre as provas marcadas para o período da manhã e as do período da tarde, houve tempo para um almoço muito animado, no Bar do CNH, oferecido pelo Clube, que se revelou uma autêntica festa.

O desempenho visto pela Treinadora A propósito do desempenho dos nadadores, a Treinadora de Competição diz que “relativamente aos Cadetes, constata-se que, na sua larga maioria, efectuaram os diversos percursos, partidas e viragens, com a devida correcção técnica”. E explica: “Neste escalão, temos em conta estes aspectos fundamentais enquanto que, nos escalões de Categorias, valoriza-se o tempo final obtido. Dos 9 atletas Categorias O almoço, no Bar do Clube, foi um bom pretexto para o Masculinos que realizaram a prova de Nada- entrosamento e a brincadeira dor Completo na sua totalidade, registam-se 8 melhorias no recorde pessoal na prova dos 100m costas, 6 nos 100m livres, 4 nos 200m estilos, 7 nos 100m bruços e 6 nos 100 mariposa. Nas provas realizadas pela atleta Categoria Feminina, registaram-se melhorias em 4 das 5 provas realizadas”. Neste momento, o Clube Naval da Horta já tem 8 atletas com mínimos para aceder ao Campeonato Regional de Categorias e que são: Guilherme Nunes, Luís Neves, Afonso Santimano, Diogo Vieira, Francisco Alves, Diogo Leonardo, Tomás Oliveira e Luna Amor. Conversas muito animadas, que também têm os seus

Sílvia Mendonça avisa que os dois meses de objectivos preparação que aí vêm “devem ser muito bem aproveitados pelos atletas que se encontram empenhados em alcançar resultados que lhes permitam aceder, também, a estes Campeonatos”. Actualmente, o Clube Naval da Hora conta com 43 nadadores das Escolas, que se encontram na Iniciação à Natação, nas instalações da Piscina Municipal, e com 30 atletas das Escolas

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NATAÇÃO DIANA NEVES: “TENHO UMA PAIXÃO ENORME PELA NATAÇÃO” Sente que a Treinadora (Sílvia Mendonça) é “exigente”, mas percebe que isso é para que fique “resistente” e “possa evoluir”. Os seus adversários directos são os que conheceu até agora e estão em São Miguel e na Terceira, onde também fez amigos. Admite que a intimidam se pensar que podem ser melhores, mas isso só acontece fora de água, pois em competição esta faialense tem mostrado a sua raça. Ser a melhor deixa-a “orgulhosa” por si e pelo CNH, além de que sabe bem receber os parabéns da Treinadora e a admiração dos colegas e amigos. Os pais – Luís Carlos e Sónia – ficam “impressionados” com ela e com o irmão e todos já se aperceberam de que ambos podem ter “um grande futuro”. Sente que o Clube Naval da Horta é a sua casa e gosta imenso dos momentos que permitem o convívio entre atletas e amigos, proporcionala tem apenas 10 anos de idade, mas já dos pelos almoços, beberetes e outras acções é considerada a melhor nadadora dos que o CNH promove, precisamente visando o Açores no seu escalão. Chama-se Diana entrosamento dos atletas. Neves, defende as cores do Clube Naval da Horta (é Cadete A) e tem-se revelado um Estando no 5º ano de escolaridade, já percebeu prodígio. que vêm por aí muitos desafios, mas acredita em si e na capacidade de agarrá-los e vencer. Começou a nadar com 5 anos e mesmo depois de um treino de 90 minutos diz que não está Trabalhar é a palavra de ordem para esta adocansada. Ambiciona ser professora de Educa- lescente de longos cabelos claros, olhos azuis e ção Física e gostava de fazer da natação uma ar doce. Sonha que “vai ser bonito” poder recarreira profissional, o que poderá vir a ser presentar o Clube num patamar mais elevado, uma realidade se tivermos em conta as me- já que, por enquanto, apenas conhece a realidadalhas que já ganhou e a fixação em alcançar de açoriana. bons tempos e resultados. Parece que os genes também lhe dão uma ajudinha, pois o irmão – Contudo, já começou a mentalizar-se de que as Luís Neves, de 16 anos, igualmente nadador do asas do sucesso a levarão para voos mais altos CNH – é um excelente atleta, muitíssimo meda- e longínquos do Faial. Mesmo dizendo que tem lhado também. “medo dos fortes e grandes”, sabe que dá cartas e que pode contar sempre com a experiência Esta candura de menina, tem na História e no e incentivo da Treinadora, que não brinca em Português – além da Educação Física, claro – as serviço. suas disciplinas favoritas, conseguindo ter boas notas na escola e no desporto.

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Os elogios da Directora da Secção de Natação do CNH, Olga Marques, que gosta “muito” dela e lhe diz sempre que ela “é boa”, aliás, “a melhor”, deixam-na tímida perante a responsabilidade mas, ao mesmo tempo, com o ego em alta, sendo “fixe” ouvir palavras como essas. Considera que “é bom ajudar o Clube”, mas reconhece que é esta casa que está a fazer dela uma grande nadadora. A dança também preenche a vida de Diana – que integra um grupo de hipop – assim como a leitura, embora numa escala mais reduzida. Diz com naturalidade que tem um namorado – e atenção, que este já não é o primeiro – mas garante que “os pais sabem”. Aliás, o felizardo (também nadador no CNH) é, a par da família, a pessoa mais importante na sua vida. Despontando para a perceção do potencial que encerra, Diana Neves aspira “ficar em 1º lugar e ter bons tempos para ir aos nacionais”, uma Nas suas brincadeiras, Diana já dá aulas sobre a Natanovidade no seu percurso. ção e tenta que os “seus alunos” sigam os passos dela

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Depois das medalhas e títulos alcançados nos Açores, é tempo de nadar para mais longe

Sentindo ser o foco das atenções daqueles que não percebem este afinco, Diana sabe que não pode correr o risco de tirar tempos não condicentes com o seu estatuto, que implica resistência e evolução em escala ascendente. Sendo adepta de educação física, com predilecção para as corridas e os saltos, é normal que surjam pequenas lesões, as quais são esquecidas – mesmo com “alguma dor” – sempre em nome da assiduidade e do cumprimento dos objectivos traçados. Com o seu talento nato e trabalho diário, motivado pela insaciável vontade de vencer da Treinadora, os resultados são uma realidade, mostrando que o futuro tem de ser preparado desde já. É por isso que outras realidades se avizinham para Diana Neves, cuja timidez inicial é vencida por um à vontade e simpatia espontâneos, ainda muito marcados pela inocência de quem está pouco habituada à fama. Diana: rapidamente te vais habituar a entrevisParalelamente ao momentos que dedica aos jo- tas e a focos de luz, pois a partir de agora é semgos em computador e ao jogo dos gestos, a Na- pre a subir, que é como quem diz, a nadar mais tação também está presente nas brincadeiras de e mais fundo nas águas da competição. Diana, em que finge ser professora, com espaço para dar explicações sobre esta modalidade. E depois questiona “os seus alunos” sobre “o porquê de também não praticarem este desporto”. E sempre que lhe dizem que “têm muito medo do fundo”, sabiamente explica que “quando começarem a nadar, vão perceber que já não olham para o fundo e vão seguir em frente”. Quando esta revelação no feminino está a nadar, sente-se tão bem que tudo o resto é esquecido. Não admira, pois, que efusivamente diga que a natação é o seu mundo da paixão. E a dedicação é mesmo a 100 por cento, já que em pleno tempo de férias, no Verão, (em que as aulas de Natação ficam a descansar), ela agarra na touca e nos óculos e vai treinar para as piscinas, o que deixa “muito mirones” fixados nela.

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WINDSURF UM EVENTO PARA CADA MÊS: EM MAIO REALIZA-SE O “PERCURSO DOS MARINHEIROS” O Windsurf, modalidade que está inserida na Secção de Actividades Subaquáticas do Clube Naval da Horta (CNH) programou um evento para cada mês, cujo Calendário arrancou em Março passado e termina em Janeiro de 2018, como se pode observar.

A actividade que estava agendada para Abril teve de ser adiada por motivos de calendário. O evento previsto para este mês de Maio é o “Percurso dos Marinheiros” e destina-se a assinalar o Dia da Marinha.


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“UM DIA PELA VIDA” – EQUIPA “NAVEGADORES SOLIDÁRIOS”, DO CNH, COM AÇÕES EM MARCHA

Clube Naval da Horta apela à mobilização dos Sócios para o Projeto “Um Dia Pela Vida”, participando no Rally de Vela de Cruzeiro, no Convívio Solidário e na Ação de Sensibilização e Prevenção sobre o Cancro da Pele O cancro é uma doença que, de um modo ou de outro, já nos afetou a todos. A Delegação do Faial da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) desenvolve este ano o Projeto “Um Dia Pela Vida”, em que desafia os faialenses a criarem equipas para desenvolver as mais variadas atividades. Por um lado, o objetivo é a angariação de fundos para poder ajudar aqueles que não têm meios financeiros para fazer face às despesas elevadas que um combate destes exige. Por outro, este evento, desenvolvido no âmbito do programa internacional Relay for Life do American Cancer Society, visa também a prevenção do cancro. O Clube Naval da Horta (CNH) abraçou esta causa e formou uma Equipa, denominada “Navegadores Solidários”, que tem como Capitã Susana Rosa, da Direção do CNH. A Equipa do Clube Naval da Horta tem já delineado um programa de ação que contempla a realização de um Rally de Vela Cruzeiro, batizado precisamente com o nome deste Projeto: “Um Dia Pela Vida”, que decorrerá no próximo sábado, dia 6 de Maio, pelas 14h30. As receitas das inscrições revertem a favor deste Projeto. Pretende-se que cada tripulante adquira uma t-shirt alusiva, de modo a dar mais visibilidade à causa. O CNH apela a todos os Sócios, proprietários de embarcação de recreio, para que se mobilizem e levem também a família neste Rally especial. O desafio é extensivo a todos elementos das variadas Secções do Clube Naval da Horta e população em geral, para que participem no Convívio Solidário, com variado serviço de pastelaria, que decorrerá no

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Pavilhão Náutico do Clube, com início pelas 20 horas deste mesmo dia. Haverá ainda outras surpresas, sempre visando o apoio financeiro a esta causa, que diz respeito a todos. Dentro do programa organizado pela Equipa “Navegadores Solidários”, no dia 11, pelas 21 horas, será realizada, no Bar do Clube, integrada na “Náutica no Bar”, uma Sessão de Sensibilização e Prevenção do Cancro da Pele, tema escolhido pela Equipa do CNH, e que tem como cor associada o preto. O orador convidado é o dermatologista Tiago Mestre, que se disponibilizou a participar nesta ação do CNH. “Um Dia Pela Vida” realiza-se este ano pela primeira vez no Faial e conta já com várias Equipas. Arrancou oficialmente no dia 18 de Março último e termina a 20 deste mês, na Quinta de São Lourenço. A nível Açores e em 2017, o Faial é a única ilha onde decorrem ações do Projeto “Um Dia Pela Vida”. Em termos mundiais, mais de 23 nações já integram este Projeto. Em Portugal, a iniciativa arrancou em 2005 e já decorreu em 50 localidades. Nestes 11 anos, mais de 250 mil pessoas contactaram, de alguma forma, com este projeto e, aproximadamente, 60 mil participaram ativamente. Os principais objetivos são: • Mudar a atitude da comunidade e de cada um de nós face à doença – cancro não é necessariamente sinónimo de morte! • Educar e informar. A prevenção é o caminho para a cura. • Angariar fundos para os programas de prevenção e atividades da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Sob o mote Celebrar (com os que venceram), Recordar (os que partiram) e Lutar (apoiar os que estão a lutar) “Um Dia Pela Vida” inclui educação e prevenção, comunidade, angariação de fundos e muito divertimento. “Um Dia Pela Vida” representa a esperança de que os que foram levados pelo cancro não serão esquecidos, que aqueles que estão a lutar contra o cancro serão apoiados e, que, um dia, o Cancro será vencido.

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ASSINATURA DE PROTOCOLO: CLUBE NAVAL RECEBE DO MUNICÍPIO DA HORTA CERCA DE 38 MIL EUROS PARA APOIO À ACTIVIDADE DESPORTIVA, INCLUINDO FESTIVAL NÁUTICO

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ando continuidade à boa relação existente entre o Clube Naval e o Município da Horta, foi assinado na manhã desta segunda-feira, dia 24, o Protocolo de Cooperação Desportiva entre estas duas entidades. São cerca de 38 mil euros destinados a apoiar a realização da Actividade Desportiva do Clube Naval da Horta (CNH) ao longo de 2017, onde se insere a organização do maior Festival Náutico do país, que acontecerá durante a Semana do Mar.

ferência da primeira tranche, correspondente a 50 por cento do valor em causa”. Isto, porque, José Leonardo considera que “é importante as instituições saberem com o que contam”. Nesse sentido, evidenciou que tem sido política desta Câmara “pagar a tempo e horas”.

Por seu turno, o Presidente do CNH, José Decq Mota, entende que “apoiar o Clube Naval da Horta é apoiar o Faial e os Açores, pois tudo o que se fizer nesta Ilha em prol do desenvolvimento e projecção está, também, a divulgar e a De acordo com o autarca faialense, José Leo- promover a Região”. E justificando a confiannardo Silva, este ano – “mesmo em tempo de ça que a Câmara vem depositando neste clube dificuldade” – o montante disponibilizado au- náutico, o mais alto dirigente do CNH sublimentou 8 por cento em relação ao que era ha- nhou que, “mesmo não sendo ainda Verão, Sebitual, o que “não sendo muito, representa um mana do Mar ou períodos de actividade mais acréscimo”. E para ajudar na liquidez de tesou- intensa, no passado fim-de-semana este Clube raria, “a Câmara vai, de imediato, fazer a trans- promoveu e realizou uma prova de Vela Ligei-

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CLUBE NAVAL DA H ra (em que participou também a Classe Access – Vela Adaptada para pessoas com mobilidade reduzida), uma de Canoagem, uma de Natação e uma de Mini-Veleiros, cenário habitual em vésperas do Festival Náutico, em que estiveram dezenas de atletas, incluindo de clubes do Pico, que foram convidados”.

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Horta e a Ilha do Faial além fronteiras. Sendo a Horta vocacionada para o mar e suas temáticas, o edil comunga das ambições do CNH ao querer revestir estes eventos de referência a uma escala universal. “Estamos, em conjunto, a potenciar uma marca diferenciadora daquilo que melhor nos define e caracteriza”, salientou o Presidente da Câmara.

José Decq Mota chama a atenção para o “altíssimo padrão de actividade do CNH”, frisando O mais alto responsável pelos destinos da autar“a capacidade desta instituição para tudo isto e quia faialense fez questão de vincar que a instimuito mais”. tuição a que preside “tem primado por cumprir com o Clube Naval da Horta”, tudo porque tem Contudo, não se pode só olhar para o aumento notado “que esta Direcção tem feito um grande da actividade, devendo a mesma ser acompa- esforço de promoção do CNH, da Horta e do nhada do respectivo envelope financeiro, pois Faial”. “Orgulha-nos saber que temos pessoas fazer omeletes sem ovos ou mais com menos, na presidência de instituições, como é o caso do é desconsiderar o trabalho gigantesco de toda Clube Naval, que fazem bem o seu trabaho de esta equipa. Nesse contexto, o Presidente da casa e dão crédito à nossa Ilha”. Direcção do CNH sustenta: “Sentimos todos que, com mais apoios – públicos privados, in- E porque de projecção internacional se redividuais, ou outros – ainda temos capacidade veste muito do trabalho desta casa à beira-mar para fazer mais e ir mais longe. E quando digo sedeada, José Leonardo elencou actividades ir mais longe, estou a pensar nos aspectos qua- emblemáticas como “o grande” Festival Náutilitativos. Nós aspiramos, por exemplo, que a co – o maior de Portugal – ou a Regata InterTravessia do Canal a Nado seja uma prova de nacional de Botes Baleeiros (a acontecer em referência a nível mundial ou que o Encontro Setembro próximo, em New Bedford) “muito Internacional de Vela Ligeira – embora não seja marcante na nossa diáspora”, onde se encontra uma prova pontuável para as nossas classifica- o Museu da Baleia, que patenteia de forma exções – seja de referência em termos nacionais e pressiva a baleação nestas ilhas. internacionais. E aspiramos a tudo isto, porque temos possibilidades de dar estes passos quali- Sem dúvida que vêm por aí muitos desafios, tativos, valorizando a nossa Terra, a nossa Ma- acompanhados de trabalho (mais ainda!), mas rina e a nossa Região. E é neste sentido que dei- o entendimento unânime é de que estamos no xo sempre o apelo, especialmente às entidades bom caminho. regionais e às instituições, no sentido de terem a disponibilidade adequada às nossas possibilidades. Em relação à Câmara Municipal da Horta não temos que pedir isto, porque isso já é feito”. “Esta Direcção tem promovido o Clube e o Faial” José Leonardo referiu que a assinatura deste Protocolo poderia ter decorrido em conjunto com outras instituições do Concelho, mas frisou que este exclusivo se prende com “a importância que a Câmara Municipal dá ao Clube Naval da Horta”, entidade que projecta a Cidade da

Estes Presidentes têm remado no mesmo sentido

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ASSEMBLEIA-GERAL REVELOU SAÚDE FINANCEIRA EM EQUILÍBRIO ESTÁVEL: “CLUBE NAVAL DA HORTA PRECISA DE APOIO PARA CONSEGUIR EVOLUIR COM QUALIDADE

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esde há 4/5 anos que o Clube Naval da Horta (CNH) vive uma profunda contradição, ou seja, tem vindo a expandir a sua atividade, mas a mesma não é acompanhada do respetivo envelope financeiro. Por isso, o Presidente da Direção, José Decq Mota, garante que esta instituição está “a fazer mais com o mesmo”.

Apresentação, discussão e votação do Relatório de Atividades e Contas de 2016, bem como a Apresentação, discussão e votação do Plano de Atividades para 2017, além da Proposta para uma Campanha de Angariação de Sócios, eram alguns dos pontos da Ordem de Trabalhos da Assembleia-Geral do CNH, realizada na noite desta quinta-feira, dia 27, no Bar do Clube.

“Esta contradição – frisa o mais alto Dirigente do CNH – não nos permite ir pelos aspetos qualitativos. Conseguimos realizar todas as provas calendarizadas e até mais, em que se regista grande número de voluntários, sócios, dirigentes e jovens, com notório empenho, mas não conseguimos evoluir qualitativamente”. E tudo, porque essa urgente e imprescindível evolução qualitativa “obriga a iniciativas que acarretam despesa”.

Na Assembleia, pautada pela “aprovação unânime” dos assuntos discutidos, o Técnico Oficial de Contas (TOC) do CNH, David Marcos, explicou, “de forma extensa e fundada”, todos os documentos da contabilidade, tendo “apresentado os indicadores que mostram a saúde económica em equilíbrio estável do CNH, situação em que o Clube já vive há muitos anos”. Naturalmente, que o Mestre deste enorme barco se congratula pelo facto de as contas terem sido “fechadas no positivo em 2016”, contrariaJosé Decq Mota afirma, desassombradamente, mente ao que se havia registado em 2015. que “a capacidade de organizar eventos está instalada, mas são insuficientes os apoios para Uma das razões que tem contribuído para a o completo aproveitamento dessa capacidade”. manutenção deste equilíbrio financeiro, pren-

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CNH - Desde 1947 - Prémio de Excelência Desportiva 2011


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de-se com o facto de “esta instituição não ter passivo bancário”, tendo sido política de todas as direções contornar a tentação de contrair empréstimos bancários com o intuito de realizar atividades, o que tem sido recorrente por parte de outros clubes. “E esta Direção continuará a seguir essa linha de ação”, assevera José Decq Mota, caso contrário estaria iniciado o desequilíbrio estável. “É impensável fazermos uso de meios emprestados sem ter a garantia de que os mesmos poderiam ser cobertos”. Em abono da verdade, este Responsável recorda que “a estabilidade e a boa gestão que tem norteado esta casa não é só trabalho das recen- Tudo isto exige do atual elenco diretivo “uma tes direções mas, sim, algo que vem desde há gestão extremamente rigorosa na realização da muitos anos”. despesa”, uma vez que “o CNH sabe com o que conta a partir do padrão (restrito) do ano passaO Presidente da Direção do CNH entende que do e não com a realidade”. “estes são indicadores fortes e mais do que suficientes para que as entidades oficiais e os A Campanha de Angariação de Sócios, aborpatrocinadores tenham confiança neste Clube dada e aprovada nesta Assembleia-Geral, vai e naquilo que ele faz”. E realça: “É fácil de se arrancar no dia 2 de Maio e termina a 31 de perceber que, para que o Clube Naval da Horta Dezembro próximo. Trata-se de uma iniciativa possa atingir a evolução qualitativa na Traves- “extremamente importante, não só pelo sigsia do Canal, na Regata Atlantis Cup ou no En- nificado que tem nas contas do Clube, já que contro Internacional de Vela Ligeira, precisa de estamos a falar de uma receita que representa mais algum apoio, ultrapassando este quadro 30 mil euros anuais, mas, sobretudo, porque económico e financeiro equilibrado, mas muito essa massa associativa é sinónimo de uma licomprimido. Com apoios ligeiramente maiores gação muito forte à sociedade. Há sócios que o poderíamos melhorar, substancial e qualitati- são pela prática das suas atividades no sentido vamente, a prática desportiva do CNH. Isto é de terem os barcos na Marina, outros porque pensar e trabalhar para a verdadeira promoção são praticantes – ou os filhos – das mais vardo Faial e dos Açores como destino náutico, iadas modalidades que o Clube oferece, mas, mas esta mensagem ainda não foi integralmen- também há sócios muito antigos, que já reprete percebida”. sentaram as cores do CNH e que mantêm uma relação estreita e amigável com o Clube. Esta “Faltam meios pela escassez dos apoios”, refere interação é fundamental”. este Dirigente, que explica: “Os critérios que são usados em relação ao CNH por parte das enti- A campanha em marcha vem, portanto, não só dades oficiais – e não me estou a referir à área permitir a adesão de novos sócios como, aindo Desporto, porque isso está regulado por lei, da, dar a oportunidade àqueles que já o foram mas sim a outras áreas, nomeadamente no que e, que, por qualquer motivo perderam este esdiz respeito à promoção do Faial e dos Açores e tatuto, o possam readquirir, estando isentos do que tem a ver com a área do Turismo – não são pagamento de joia (valor equivalente a um ano critérios idênticos àqueles que são usados com de quotização). outras instituições de outros lugares. Os apoios existem, mas estão definidos por padrões que são limitados e limitativos”.

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DESDE 1947 PRÉMIO DE EXCELÊNCIA DESPORTIVA 2011 WWW.CNHORTA.ORG

MONTAGEM: ARTUR SIMÕES TEXTOS: CRISTINA SILVEIRA


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