Ir_ao_mar - Nº50 - Maio 2018

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REVISTA MENSAL SOBRE A ATIVIDADE DO CLUBE NAVAL DA HORTA

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BOTES BALEEIROS CAMPEONATO DO FAIAL DE 2018: “SENHORA DA GUIA” GANHOU REGATA DE N. SRA. DAS ANGÚSTIAS

Rute Matos, Oficial do Bote Baleeiro da Feteira, e a sua Tripulação Fotografias de: José Macedo

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s botes “Senhora da Guia”, (Feteira), 1º lugar; “Capelinhos” (Capelo), 2º lugar, e “Senhora de Fátima” (Castelo Branco), ficaram no pódio da Regata de Nossa Senhora das Angústias, que se realizou na manhã de sábado, dia 12, no Faial. Esta Regata, a primeira do Campeonato de 2018 de Vela em Bote Baleeiro da Ilha do Faial, foi promovida pela Junta de Freguesia das Angústias e organizada pelo Clube Naval da Horta (CNH). De acordo com José Decq Mota, representante da Entidade Organizadora, participaram todos os botes baleeiros da Ilha do Faial (8) num dia propício para esta actividade. “Esteve bom tempo e embora o vento tenha sido tendencialmente fraco, revelou-se suficiente para o desenrolar da Regata, que decorreu bem do ponto de vista náutico, desportivo e competitivo”, salientou. A Comissão de Regata foi presidida por Vítor Mota, tendo Duarte Araújo sido o Presidente da

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Comissão de Protestos. A “Walkiria” foi a lancha da Comissão de Regata e o “Tabarly” o barco de controlo do percurso. A Cerimónia de Entrega de Prémios teve lugar no decorrer do almoço servido no Pavilhão das Angústias – da responsablidade da Junta de Freguesia das Angústias – tendo contado com todos os elementos envolvidos e convidados. O Campeonato de Vela em Botes Baleeiros da Ilha do Faial de 2018 é composto por 8 Regatas. A segunda será a de Castelo Branco, calendarizada para o dia 30 de Junho.

A Cerimónia de Entrega de Prémios decorreu no Pavilhão das Angústias

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BOTES BALEEIROS COM O APOIO DO CNH, ATLETAS DA ROTA DOS BALEEIROS DO AZORES TRAIL RUN TIVERAM ENQUADRAMENTO HISTÓRICO E PASSEIO NOS BOTES BALEEIROS

José Decq Mota fez o enquadramento histórico da caça à baleia e do bote baleeiro

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ais de 40 inscritos na Grande Rota dos Baleeiros ficaram a conhecer melhor a história da baleação e do bote baleeiro, nos Açores e em particular no Faial. O enquadramento histórico da saga que marcou a economia açoriana, sobretudo das ilhas Faial e Pico, foi sucintamente abordado

O Presidente do CNH falou com o à vontade que o caracteriza e os atletas escutaram atentamente

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por José Decq Mota, Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), na tarde de quinta-feira, dia 24. Na rampa de varagem, ao lado dos botes baleeiros, o mais alto dirigente desta instituição náutica faialense dissertou sobre a história deste património, ao que se seguiu a parte prática, que é como quem diz, o passeio nestas embarcações. O pedido de colaboração partiu de Mário Leal, o rosto da organização do evento: Azores Trail Run. Caça à baleia: património recuperado, história revivida Este Responsável recordou que a caça à baleia terminou nos Açores em 1984, tendo o bote baleeiro sido a embarcação usada nesta faina. Primeiramente, a forma de continuar a dar uso ao bote baleeiro surgiu espontaneamente, ao que se seguiu um regime organizado. Para tanto, os botes foram recuperados e classificados surgindo um movimento organizado. José Decq Mota sustentou que “estas embarcações são usadas em termos lúdicos e desportivos por uma massa humana muito grande, que parti-

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Os botes foram fotografados e muito apreciados

cipa em regatas, passeios, etc”. Trata-se de uma embarcação comprida, com 11 a 12 metros, tendo de boca (largura) menos de 2 metros, que operava a remos ou à vela numa caça artesanal. Os baleeiros atiravam o arpão que ficava ligado por um fio que se encontrava na embarcação e ia sendo puxado. No século XX era usada uma lancha que rebocava os botes e as baleias já mortas. “Portugal aderiu, e bem, ao convénio, que impôs a caça à baleia”, frisou este Dirigente. Na sequência dessa proibição, foi criado um quadro legislativo, havendo a Comissão do Património Baleeiro (tutelada pela Secretaria da Cultura) e um fundo próprio. A primeira legislação foi criada em 1998 e revista em 2014. No Pico existem 23 botes e no Faial 8. Nos Açores são 43. As lanchas atingem as 11 em toda a Região. Alguns botes pertencem à Região Autónoma dos Açores, encontrando-se os mesmos protocolados com Juntas de Freguesia, Clubes e outras instituições. O CNH dispõe de 2 botes baleeiros, sendo proprietário de 1 ao passo que o outro é da Região, que o comprou a um armador. A lancha “Walkiria” – conhecida como a “Rainha

dos Mares dos Açores” – é pertença da Câmara Municipal da Horta, encontrando-se cedida ao CNH ao abrigo de um protocolo. O Presidente da Direcção do CNH salientou que, embora também tenha sido recuperado património baleeiro nalgumas zonas do país, “os Açores são a região de Portugal onde a recuperação e utilização deste património marítimo é mais significativa.” “Este movimento, resultante da conjugação de boas vontades, conhecimento e empenho, é detentor de um grande vigor nos Açores”, vincou José Decq Mota, ele próprio um forte entusista desta mobilização, e que desde a primeira hora pugnou pela sua recuperação e classificação, sendo profundo conhecedor da importância e necessidade da preservação deste valioso e singular património. Sempre zeloso e atento à segurança, o Presidente da Direcção do CNH aconselhou o uso do colete e alvitrou: “Apesar de não serem embarcações perigosas, pode acontecer algum acidente”. Neste passeio, o CNH disponibilizou, ainda, dois barcos de apoio.

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Antes de começar a parte prática, José Decq Mota desejou a todos os atletas uma excelente Rota dos Baleeiros, agradecendo o interesse demonstrado neste breve, mas muito útil, enquadramento teórico. Rota dos Baleeiros: 80 atletas, 117 kms Neste ano de 2018, a 5ª Edição do Azores Trail Run conta com a participação de mais de 750 atletas, ultrapassando as 20 nacionalidades. A Grande Rota dos Baleeiros tem a particularidade de, este ano, pertencer ao restrito Circuito Internacional Ultra-Trail World Tour, com categoria de Discovery Race, integrando os circuitos da Associação de Trail Running de Portugal (ATRP), o que representa uma grande honra para os Açores. Com competições disputadas em cenários diversos pelos vários continentes, as corridas Ulta-Trail World Tour têm valores comuns, tais como a ética, a igualdade, o respeito pelos outros e pelo meio ambiente e ‘fairplay’, entre outros. Participar neste evento é ter a oportunidade de descobrir diferenças culturais e desportivas em cada um dos 5 continentes. De assinalar que o Azores Trail Run é já o maior

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evento de desporto de natureza dos Açores, assumindo uma importância crucial para a ilha do Faial, em termos de divulgação e projecção turística, além de outras mais-valias. Em declarações ao Gabinete de Imprensa do CNH, Mário Leal referiu que a Grande Rota dos Baleeiros percorre os trilhos que estão ligados ao património edificado baleeiro: rampas de varagem, vigias, portos, indústria baleeira, etc. A partida da Grande Rota dos Baleeiros acontece pelas 22 horas desta sexta-feira, dia 25, do porto do Salão, em que os participantes seguirão

Os baleeiros dos novos tempos

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CLUBE NAVAL DA H em direcção aos Cedros, passando pela Vigia desta freguesia. Depois, continuarão até à Praia do Norte, com passagem pela Fajã, costa desta localidade, Canada das Adegas, porto do Comprido, Casa do Bote e Varadouro, dirigindo-se para a estrada do mato até à Falca, descendo pelos Flamengos, passando pela Laginha, Forte de São Sebastião, Fábricas da Baleia, Observatório Príncipe Alberto do Mónaco, a caminho da Ribeirinha, de onde atravessarão a ilha até à meta, que é o Vulcão dos Capelinhos. Este percurso de dois dias – 25 e 26, sexta e sábado – envolve 117 quilómetros, caracterizado por “um grau de dificuldade grande pelo facto de ser longo”, acentua Mário Leal, que nota: “Acresce a dificuldade dos pisos, e embora em termos de relevo a ilha não seja muito montanhosa, deparamo-nos com formações vulcânicas o que torna a caminhada difícil. Além de tudo isto, se chover é preciso contar com piso escorregadio e lamacento. Com calor, também não é fácil”. “Uma Rota carregada de história e cultura” Estão inscritos cerca de 80 amantes da natureza (além de jornalistas e atletas convidados) que reúnem 10 nacionalidades. Mário Leal explica que “percursos superiores a

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100 quilómetros atraem mais pessoas nacionais e estrangeiras”. E quando se pergunta o que os move, responde: “Vêm atrás do desafio e de explorar um território novo, onde encontram subidas, montanhas, etc. Ficam muito satisfeitas com este cenário”. “Não se trata de correr só por correr mas de fazer um circuito que integra a rede regional de trilhos pedestres, carregada de história e cultura”, realça este dirigente, lembrando que a iniciativa contempla áreas do Parque Natural do Faial. Aliado a tudo isto, surge “a grande procura” por estes trilhos que permitem caminhar a pé, ter contacto com a natureza, aprender sobre o passado e conhecer o presente, constituindo uma forte aposta no equilíbrio da vida moderna, pautada por constante agitação. “Muitas pessoas já nos manifestaram grande satisfação pelo facto de os trilhos terem sido recuperados, e muitas contam histórias que viveram nestes caminhos, que eram frequentemente utilizados pelo nosso povo”, destaca Mário Leal. Através dos trilhos, é possível qualquer pessoa que se encontre, por exemplo, no Hotel Fayal, sair e ir até ao Vulcão dos Capelinhos, o que lhe permite conhecer a ilha e a sua história.

Reinou a boa disposição entre aqueles que fizeram o passeio numa perspectiva pedagógica

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CANOAGEM 14 CANOÍSTAS PARTICIPARAM NA PROVA DA MARINHA

“O tempo esteve óptimo para a prática da modalidade”

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al como esperado e divulgado anteriormente, participaram 14 atletas na Prova da Marinha, organizada pela Secção de Canoagem do Clube Naval da Horta (CNH), que se realizou na Baía da Horta, na manhã de sábado, dia 19. Segundo Susana Rosa, Directora desta Secção, “a competição dividiu-se em duas etapas: a primeira foi uma prova de Velocidade, em que todos os canoístas percorreram 500 metros, e a segunda de Fundo, em que os atletas dos escalões de Menores e Iniciados fizeram 3 mil metros, ao passo que os Cadetes, Juniores e Veteranos remaram 6 mil metros. Desta vez decidiu-se acrescentar mais um quilómetro ao percurso habitual (que era de 2 kms e 5, respectivamente) com o intuito de exigir mais dos atletas nesta fase do ano. O tempo esteve óptimo para a prática da modalidade. Os vencedores de cada escalão receberam diplomas, que foram entregues pelo Capitão do Porto da Horta, Rafael Silva. A manhã terminou com um lanche-convívio, que juntou canoístas e atletas da Secção de Vela Ligeira do CNH, que neste mesmo dia realizaram

o Troféu da Marinha”. Com a realização das provas de Canoagem e Vela Ligeira, o Clube Naval da Horta associou-se, uma vez mais, às comemoraçoes do Dia da Marinha Portuguesa, celebrado no passado domingo, 20 de Maio, em homenagem a Vasco da Gama, o navegador português que a 20 de Maio de 1498 chegou à Índia, ligando a Europa e o médio Oriente, pelo mar, pela primeira vez na história mundial.

O capitão do Porto da Horta entregou os Diplomas aos vencedores de cada Escalão Da esquerda para a direita: António Pedro Oliveira, colaborador; Olga Marques, Vice-Presidente da Direcção do CNH; capitão do Porto da Horta, Rafael Silva; José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH; e Susana Rosa, Directora da Secção de Canoagem do CNH

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NATAÇÃO TORNEIO GOLFINHO E FESTIVAL DE TÉCNICAS COMBINADAS

Treinadora destaca a evolução de todos os atletas

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o Torneio Golfinho e Festival de Técnicas Combinadas, que decorreram sábado, dia 26, na Piscina da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA), da Horta, participaram cerca de 50 nadadores de vários escalões, da Secção de Natação do Clube Naval da Horta (CNH). No balanço feito por Sílvia Mendonça, Treinadora de Grau II e Coordenadora da Natação do CNH, ao desempenho dos atletas do CNH, a Técnica diz o seguinte: “As provas de velocidade dos atletas mais velhos

excederam as expectativas atendendo a que os atletas superaram os seus recordes pessoais. Relativamente aos atletas Cadetes A e B nota-se, Torneio após Torneio, uma grande evolução por parte de alguns nadadores que vêm desenvolvendo um nível técnico muito bom para a idade em questão, em simultâneo com a sua concentração e preparação emocional para estes momentos, sem a qual estes resultados não seriam possíveis. Numa análise “crua de quem não prevê o futuro”, este grupo de nadadores tem demonstrado tudo o que é necessário para se tornar excelentes atletas: aptidão, vontade, “cabecinha no sítio” e apoio familiar. Vamos aguardar.

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Para os atletas Categorias, foi a oportunidade de alcançar novos tempos mínimos para o Campeonato Regional de Absolutos, para os quais já contamos com 13 nadadores. Quanto ao grupo dos nossos pequeninos, este momento foi voltado para a experiência competitiva em si e não para o resultado final. Por motivos de saúde, infelizmente não pude estar presente nesta prova. Apesar de extremamente ansiosa com tudo o que se passava, mantive o contacto com os Atletas e Treinadores, que souberam manter-se unidos e foram sempre dando ‘feedback’ como se por vezes lá estivesse uma cópia da Treinadora. (Sorriso).

Quero agradecer à equipa de Arbitragem, Treinadores presentes, apoiantes e, acima de tudo, à EQUIPA (do “Oceanário da ESMA”). Sílvia Mendonça aproveita esta oportunidade para falar da competição que se segue: “Este foi o último momento de prova antes do Torneio Regional de Cadetes, que decorrerá nos dias 9 e 10 de Junho. O Regional reveste-se de uma importância acrescida para os Cadetes A, tendo em conta que aí acontecerá a selecção dos atletas que irão fazer parte da comitiva de uma selecção de Cadetes A-Açores, com o intuito de participarem num Estágio Nacional, a realizar em Condeixa.


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PESCA DESPORTIVA DE COSTA CARLOS MEDEIROS, JOSÉ SILVA E JOSÉ ESCOBAR NO PÓDIO DA 5ª PROVA DO CAMPEONATO DE 2018

José Silva, Carlos Medeiros, José Escobar, António Silva e José Armando, na Fajã

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arlos Medeiros (com 101 peixes e 31. 270 quilos), José Silva (com 60 peixes e 24.710 quilos) e José Escobar (também com 60 peixes e 23.560 quilos), foram os vencedores da 5ª Prova do Campeonato de Pesca Desportiva de Costa do Clube Naval da Horta (CNH) Época de 2018, que decorreu na manhã de domingo, dia 27, na Fajã. Participaram 5 pescadores, tendo o maior exemplar – um sargo com 870 gramas – sido capturado por José Armando. Carlos Medeiros, Director desta Secção, refere que “o mar estava ideal para esta prova”, que foi dedicada ao Sargo, Besugo, Patruça e Pargo. A 6ª e última Prova deste Campeonato está marcada para 15 de Julho, dia em que serão conhecidos os campeões. Olhando para a classificação, neste momento Carlos Medeiros encontra-se na dianteira.

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Carlos Medeiros | CNH 2018

Pescaria de Carlos Medeiros, 1º classificado nesta 5ª Prova, sendo o pescador que se encontra na dianteira neste Campeonato de 2018

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MINI-VELEIROS 5ª PROVA DO “TROFÉU OURIVESARIA OLÍMPIO 2018”

João Nunes, José Gonçalves e Flávio Pereira foram os vencedores na prova em que participaram 7 velejadores

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competição decorreu razoavelmente bem. O vento era pouco e um bocadinho inconstante, mas realizamos 8 regatas”. É este o balanço feito por João Sequeira, Responsável interno da Secção de Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta (CNH) à 5ª Prova do “Troféu Ourivesaria Olímpio 2018”, realizada na tarde de domingo, dia 13, na Horta. Participaram 7 velejadores, tendo os vencedores sido João Nunes (1º lugar), José Gonçalves (2º lugar) e Flávio Pereira (3º lugar). Após a Regata, os participantes rumaram até à “70” de Mário Carlos, para o habitual convívio e comentário ao desempenho e resultados.

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Fazendo as contas a estas cinco provas, João Nunes lidera a tabela classificativa em termos gerais, primando pela regularidade, factor de peso no apuramento dos vencedores finais. O “Troféu Ourivesaria Olímpio 2018” é composto por 6 Provas e conta, uma vez mais, com o patrocínio da Ourivesaria Olímpio. A última Prova está marcada para o dia 27 deste mês.

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MINI-VELEIROS 6ª PROVA DO “TROFÉU OURIVESARIA OLÍMPIO 2018”

Terminado o “Troféu Ourivesaria Olímpio 2018”, segue-se o “Troféu das Lagoas”

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oram 7 os participantes na 6ª e última Prova do “Troféu Ourivesaria Olímpio 2018” - Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta (CNH), que decorreu no dia 27 de Maio último. No pódio ficaram João Nunes (1º lugar); José Gonçalves (2º lugar) e Eduardo Pereira (3º lugar). De acordo com João Sequeira, Responsável pela Secção de Mini-Veleiros do CNH, “o tempo esteve bom, tendo a Prova decorrido por fora do Cais de Santa Cruz. Não houve grandes avarias nesta competição”. Com a realização desta Prova, chegou ao fim o “Troféu Ourivesaria Olímpio 2018”, que, no dizer deste Responsável, tem como vencedor o velejador João Nunes. No entanto, os

resultados ainda estão a ser apurados no sentido de serem divulgados. O Calendário da Secção de Mini-Veleiros do CNH para a temporada de 2018, contempla, ainda, o “Troféu das Lagoas”, a ter lugar no mês de Julho, com a realização de um churrasco, motivador do convívio entre todos

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os envolvidos; a Prova da Semana do Mar, a Regata de Nossa Senhora de Lourdes, a Regata do Varadouro, a Regata do 71º Ani-

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versário do Clube Naval da Horta e o “Troféu Turismar 2018”, composto por 6 Provas.

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ARC EUROPE 2018 “LUMIKKI”, “DEVONA” E “TEMPLARS’F” FORAM OS TRÊS PRIMEIROS VELEIROS A CORTAR A LINHA DE CHEGADA NA HORTA

“Lumikki”, “Devona” e “Templars’F” foram os três primeiros barcos da ARC Europe 2018 a cortar a linha de chegada na Cidade da Horta, completando, assim, a 2ª perna deste ‘Rally’ Atlântico

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ARC Europe 2018 conta com 29 veleiros de 16 nacionalidades, num total de 114 tripulantes. O “Lumikki”, de 15 metros, chegou cerca da 1h30 desta madruga (dia 27), sendo Jukka Maki-Kullas, o ‘skipper’. Arvora bandeira da Finlândia e tem a bordo um casal. Perto das 13h30 deste domingo, dia 27, atracou na super-lotada Marina da Horta, o segundo veleiro – “Devona”, com 16 metros – que, de acordo com Manuel Ferreira Lima, Assistente do Director de Prova, chegou ao Faial com problemas no leme. Navega com bandeira de Gibraltar, tendo como ‘skipper’ John Hill. No total, a bordo encontram-se 5 tripulantes, sendo

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um de Gilbraltar, um irlandês, um americano, um austríaco e um suíço. O terceiro barco – “Templars’F”, de 15 metros – chegou ao Faial por volta das 14h30 deste domingo (dia 27). Tem como ‘skipper’ Antonino Sauve e arvora bandeira italiana. A bordo encontram-se 5 tripulantes: 4 italianos e um suíço. Nesta viagem da Bermuda para o Faial, todos os veleiros se têm debatido com um problema comum: vento fraco, o que está causar alterações nas datas de chegada à meta desta 2ª perna do ‘Rally’. O Gabinete de Imprensa do CNH agradece a disponibilidade e empenho de José Macedo na belíssima documentação fotográfica registada.

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“Lumikki” foi a primeira embarcação a chegar ao Faial

Tripulação do “Lumikki”

O veleiro “Devona” chegou em 2º lugar

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RTA Tripulação do “Devona”

O “Templars’F” foi a 3º a chegar ao Faial

Tripulação do “Templars’F”

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ARC EUROPE 2018 26 BARCOS JÁ SE ENCONTRAM NO FAIAL

Se as previsões se concretizarem, o 27º barco poderá chegar ao Faial sexta-feira

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os 29 barcos que empreenderam a 2ª perna da ARC Europe 2018 – Bermuda/Faial – 26 já se encontram na Horta. Manuel Ferreira Lima, Assistente do Director de Prova, refere que o 27º tem chegada prevista para a madrugada de sexta-feira, dia 1 de Junho. Dando cumprimento ao programa organizado para os dias de permanência no Faial, decorreu na tarde de quarta-feira, dia 30 de Maio, a ‘Happy Hour’ no Bar do Clube Naval da Horta. Manuel Ferreira Lima revela que os velejadores “gostaram muito”, imperando o convívio e a oportunidade para travarem um conhecimento mais profundo entre todos, um dos grandes objectivos deste ‘Rally’ pelo Atlântico.

Para esta sexta-feira, o programa prevê, pelas 10 horas, ‘Briefing’ na Sala “Peter”, destinado a preparar o Cruzeiro a realizar nas ilhas Terceira, São Miguel e Santa Maria; pelas 14 horas, volta à Ilha do Faial, com guia turístico, oferecida pela Direcção Regional de Turismo e, a encerrar, pelas 17h30, Recepção de Boas-Vindas, da responsabilidade da Direcção Regional de Turismo, no Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, onde decorrerá a Cerimónia Entrega de Prémios relativa à 2ª perna da ARC Europe 2018: Bermuda/Horta. O CNH faz-se representar nesta Cerimónia pelo Presidente da Direcção, José Decq Mota. Na manhã deste sábado, dia 2, a comitiva partirá em direcção à Terceira. Recorde-se que a ARC Europe é um ‘rally’ do Atlântico Oeste-Leste, navegando do Caribe ou da América do Norte para a Europa, organizado pelo World Cruising Club, que todos os

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anos tem paragem obrigatória na ilha do Faial. Aqui, a ARC Europe conta, ano após ano, com o apoio do Clube Naval da Horta, que passa pela cedência das instalações do Centro de Formação de Desportistas Náuticos, onde se encontra a funcionar o Secretariado com todo o sistema de comunicações, apoio administrativo e outros serviços. Além disso, o CNH participa, também, no programa de boas-vindas. A ARC Europe desenrola-se ao longo de três pernas. A primeira decorreu entre Tortola/Bermuda, tendo a respectiva Entrega de Prémios

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sido na Bermuda. A segunda etapa encontra-se a decorrer, sendo Bermuda/Faial. O programa prevê que os velejadores naveguem livremente à Vela entre as ilhas até Santa Maria, um novo ponto incluído na viagem deste ano. A terceira perna ligará Santa Maria a Lagos, onde se realizará a última Entrega de Prémios, no dia 17 deste mês.

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ARC EUROPE 2018 ENTREGA DE PRÉMIOS DECORREU NO CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO VULCÃO DOS CAPELINHOS

O Director de Prova, Mark Burton, deu os parabéns aos vencedores, tendo os prémios sido entregues pelos convidados

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ecorreu na tarde de sexta-feira, dia 1 de Junho, a Cerimónia de Entrega de Prémios relativa à 2ª perna da ARC Europe 2018: Bermuda/Horta. O cenário escolhido foi o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, onde esteve presente o Director Regional do Turismo, Hernâni Jorge; os velejadores (mais de uma centena) participantes; o Director de Prova, Mark Burton; o Assistente do Director, Manuel Ferreira Lima; o Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), José Decq Mota; o proprietário do “Peter - Café Sport”, José Henrique Azevedo; e autoridades Militares e da Marinha. A Cerimónia decorreu no âmbito da Recepção de Boas-Vindas à ARC Europe 2018, a cargo da Direcção Regional de Turismo, entidade que patrocinou os prémios.

Manuel Ferreira Lima referiu que o último veleiro – o “Born Free”, com bandeira italiana e dois italianos a bordo – chegou ao Faial na tarde deste sábado, dia 2. Dos 29 barcos que partiram da Bermuda com destino à Horta, 6 ficaram no Faial, pelo que, o grupo que zarpou rumo à Terceira, na manhã de sábado último, era composto por 23 veleiros. Na Marina da Terceira o vento tem-se sentido com intensidade, criando instabilidade às embarcações. São Miguel e Santa Maria são os próximos destinos dos velejadores. A saída da Terceira para São Miguel aconteceu na noite desta segunda-feira, dia 4, ao passo que a viagem que liga São Miguel a Santa Maria está prevista para esta quinta-feira, dia 7. A partida para a última perna deste ‘Rally” acontece no próximo sábado, dia 9 do corrente. A ARC Europe é um ‘rally’ do Atlântico Oeste-Leste, navegando do Caribe ou da América do Norte para a Europa, organizado pelo World

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Cruising Club, que todos os anos tem paragem obrigatória na ilha do Faial. Aqui, a ARC Europe conta, invariavelmente, com o apoio do Clube Naval da Horta, que passa pela cedência das instalações do Centro de Formação de Desportistas Náuticos, onde funcionou o Secretariado, com todo o sistema de comunicações, apoio administrativo e outros serviços. A ARC Europe desenrola-se ao longo de três pernas. A primeira decorreu entre Tortola/Bermuda, com Prémios entregues na Bermuda. A segunda etapa ligou a Bermuda ao Faial, tendo a Cer-

imónia de Entrega de Prémios decorrido sexta-feira passada. A terceira perna liga Santa Maria a Lagos, onde se realizará a última Cerimónia de Entrega de Prémios, no dia 17 deste mês. Neste ano de 2018 figuram 114 tripulantes de 16 nacionalidades, havendo um maior número de barcos, de tripulantes e de nacionalidades envolvidas. O programa prevê que os velejadores naveguem livremente à Vela entre as ilhas até Santa Maria, um novo ponto incluído na viagem deste ano.

O ‘Rally’ deste ano conta com 114 tripulantes de 16 nacionalidades

Os prémios, o ‘gin’ no “Peter - Café Sport” e a forma como são recebidos, são atractivos da escala no Faial, ilha onde muitos decidem ficar

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Tripulação do “Lumikki” (finlandês), o 1º barco a chegar ao Faial, cerca da 1h30 da madrugada do dia 27 de Maio último. Jukka Maki-Kullas é o ‘skipper’

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VELA LIGEIRA PROVA DE APURAMENTO PARA OS CAMPEONATOS DO MUNDO E DA EUROPA

Leonor Porteiro e Maísa Silva representaram o CNH na Prova de Apuramento para os Campeonatos do Mundo e da Europa. As velejadoras do CNH também vão participar nos Jogos das Ilhas.

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ecorreu em Leixões, de 28 a 30 de Abril, a Prova de Apuramento da Classe Optimist, para os Campeonatos do Mundo e da Europa. De acordo com Duarte Araújo, Treinador de Competição de Vela Ligeira do Clube Naval da Horta (CNH), esta instituição náutica faialense esteve representado pelas velejadoras Leonor

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Porteiro e Maísa Silva. Este Técnico explica que isso aconteceu pelo facto de terem sido as únicas atletas do CNH apuradas para o Campeonato de Portugal. Esta Prova serviu, também, como estágio para os Jogos das Ilhas, em que as velejadoras do CNH se irão juntar a dois velejadores do Clube Naval de Ponta Delgada, formando, assim, a Selecção dos Açores. Leonor e Maísa serão as representantes femininas das atletas da Vela dos Açores nesta prova internacional – Jogos das Ilhas – que decorrerão de 23 a 26 deste mês, na Catânia, Sicília.

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VELA LIGEIRA ALUNOS DO NAVIO-ESCOLA HOLANDÊS “WYLDE SWAN” VELEJARAM NOS RAQUEROS DO CNH

Os estudantes aproveitaram o bom tempo para velejar na Horta

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navio-escola holandês “Wylde Swan” fez uma escala na ilha do Faial, segunda-feira, dia 14, tendo o capitão solicitado ao Clube Naval da Horta (CNH) colaboração no sentido de os alunos poderem fazer Vela Ligeira. De acordo com in-

O CNH disponibilizou dois raqueros a estes estudantes holandeses

formações do Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta, José Decq Mota, foram disponibilizados dois raqueros – “Comandante Salema” e “Augie” – que proporcionaram aos estudantes uma belíssima tarde de Vela na Baía da Horta. Os alunos deste navio-escola frequentam o ensino secundário e encontram-se envolvidos num projecto semelhante ao “School at Sea”, que, recorde-se, neste ano lectivo de 2017/2018 contou com a velejadora do CNH, Mariana Rosa. O veleiro “Wylde Swan”, transformado em navio-escola da marinha holandesa, começou como um “caçador de arenque” em 1920, para trazer o peixe fresco do Atlântico Norte até ao mercado no menor tempo possível. Entre 2007 e 2010 foi convertido no veleiro que é hoje conhecido como “Wylde Swan”. O “Wylde Swan” é a maior escuna gávea de dois mastros no mundo, com 45 metros, e uma impressionante área de velas. A saída da da Horta está prevista para a manhã de terça-feira, dia 15.

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A preparação dos raqueros contou com a colaboração do Presidente da Direcção do CNH

“Wylde Swan”: da pesca para o ensino

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VELA LIGEIRA RUI SILVEIRA FOI 49º CLASSIFICADO NO CAMPEONATO DA EUROPA, NA FRANÇA

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velejador da Classe Laser Standard do Clube Naval da Horta (CNH), Rui Silveira, alcançou o 49º lugar na classificação geral e o 35º lugar no grupo dos europeus que participaram no Campeonato Europeu da Classe, que decorreu em La Rochelle, na França, de 7 a 12 do corrente. Rui Silveira refere que se tratou de “uma prova desafiante do ponto de vista físico e psicológico”, atendendo a que contou com pouco tempo de preparação. Recorde-se que este foi o primeiro Campeonato que o atleta faialense disputou após uma paragem de 5 meses, devido à lesão sofrida num joelho.

Foram 6 dias de regatas, realizadas em “condições duras”, tendo-se registado “muito vento”. Mal refeito do esforço, o velejador do CNH já se encontra na Holanda a treinar para a Delta Lloyd Regata, que acontecerá de 22 a 26 deste mês. A propósito, Rui Silveira diz que “gostava de fazer um bom resultado”, mas tudo dependerá das condições com que se vier a deparar.

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VELA LIGEIRA SELECÇÃO DOS AÇORES NOS JOGOS DAS ILHAS

Leonor Porteiro e Maísa Silva representam, no feminino, o que a Vela tem de melhor nos Açores.

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aísa Silva e Leonor Porteiro são as representantes femininas da Vela dos Açores nos Jogos das Ilhas, que decorrerão de 23 a 26 deste mês, na Catânia, Sicília (Itália). As velejadoras do Clube Naval da Horta (CNH) formam, juntamente com dois velejadores do Clube Naval de Ponta Delgada, a Selecção dos Açores. Nesta viagem, as atletas serão acompanhadas pelo Treinador e por um Dirigente da Associação Regional de Vela dos Açores (ARVA). Duarte Araújo, Treinador de Competição de Vela Ligeira do CNH, explica os meandros desta par-

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ticipação e a sua importância. Gabinete de Imprensa do CNH: Como foi feito o apuramento para os Jogos das Ilhas? Duarte Araújo: O apuramento da Selecção que vai representar os Açores na Vela, foi feito no ‘Ranking Regional’: os dois primeiros rapazes e as duas primeiras raparigas, tal como vem sendo habitual. Gabinete de Imprensa do CNH: Qual a importância desta prova? Duarte Araújo: Ser o representante dos Açores por si só é importante, já que as nossas velejadoras se juntam a uma comitiva de atletas representantes das diversas modalidades. A Selecção dos Açores é composta pelos melhores da modalidade na Região.

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Gabinete de Imprensa do CNH: Quais são as expectativas? Duarte Araújo: Espero que continuem a dar o seu melhor neste Campeonato e que procurem um lugar no pódio. Gabinete de Imprensa do CNH: Quais poderão ser as maiores dificuldades? Duarte Araújo: É um campo de regata novo para os velejadores e não sabemos que dificuldades que pode trazer, nem sequer se vai correr tudo bem com o transporte do material e os velejadores. Penso que essas incertezas são a maior dificuldade. Gabinete de Imprensa do CNH: A carga de treinos tem sido maior por causa dos Jogos das Ilhas? Duarte Araújo: Os velejadores da Selecção dos Jogos das Ilhas têm tido competições de grande nível e dificuldade, que os ajudaram a preparar-se para esta também. Os treinos têm sido normais, procurando afinar promenores que possam dar uma pequena vantagem em regata. Gabinete de Imprensa do CNH: Trata-se de um evento importante também ao nível da divulgação do CNH e dos Açores? Duarte Araújo: Ao ter atletas presentes, o CNH está no topo da tabela desportiva da modalidade na Região e este facto é de extrema importância para a sua divulgação desportiva. A participação dos Açores nesta competição, funciona como veículo de promoção da Região e de todo o seu potencial turístico. Para os velejadores, constitui uma oportunidade única de estabelecimento de relações pessoais com atletas de outras nações, mas que se de-

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batem com as mesmas limitações que a insularidade implica. Gabinete de Imprensa do CNH: Esta é uma competição em que o CNH é presença habitual. Duarte Araújo: Desde que a Vela regressou às participações nos Jogos das Ilhas, o Clube Naval da Horta tem participado sempre com dois velejadores no mínimo, o que elucida bem o trabalho feito e, por consequência, os frutos alcançados.

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Gabinete de Imprensa do CNH: Interessa um bom resultado ou a participação por si só já é uma vitória? Duarte Araújo: A participação não faz sentido se não se procurar trazer um bom resultado. As mais-valias que participações como estas trazem não são justificativas em termos do investimento que é feito se a evolução desportiva não for a principal motivação.

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VELA LIGEIRA JOGOS DAS ILHAS 2018: SELECÇÃO DOS AÇORES CONQUISTOU 2º LUGAR DA GERAL

Miguel Mendes e Xavier Novo, do Clube Naval de Ponta Delgada; Leonor Porteiro e Maísa Silva, do CNH, constituiram a Selecção dos Açores - Vela Ligeira – nos Jogos das Ilhas 2018. Em femininos, Maísa Silva e Leonor Porteiro, do CNH, alcançaram o 2º e 3º lugar do pódio.

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aísa Silva e Leonor Porteiro, atletas do Clube Naval da Horta (CNH), foram as representantes femininas da Vela da Região Açores nos Jogos das Ilhas 2018, que decorreram de 23 a 26 deste mês, na Catânia, Sicília (Itália). A Selecção dos Açores era composta pelas velejadoras do CNH e pelos atletas de Vela Ligeira do Clube Naval de Ponta Delgada: Miguel Mendes e Xavier Novo. A comitiva açoriana integrou, ainda, o Treinador

de Competição do CNH, Duarte Araújo, e o Presidente da Associação Regional de Vela dos Açores (ARVA), Jorge Macedo. Duarte Araújo reporta a forma como decorreu esta importante competição, em que a Selecção dos Açores arrecadou o 2º lugar da geral, tendo Maísa Silva e Leonor Porteiro, do CNH, em Femininos, ocupado o 2º e 3º lugares do pódio, respectivamente. “Os Jogos das Ilhas deste ano realizaram-se na cidade de Catânia, na Sicília. Estiveram presentes cerca de 1000 Atletas, Treinadores, Dirigentes, Voluntários e outros Representantes. Na Vela, estavam representadas as Ilhas de Jersey, Córsega, Malta, Sicília e Açores. O programa de 9 regatas foi cumprido, sempre com pouco vento, não passando dos 10 nós, registando-se muito sol e calor.

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Este ano, os Jogos das Ilhas contaram com a presença do Vice-Campeão Europeu de 2016, o velejador de Malta Richard Schulteis, e mais dois velejadores de topo: o italiano Marco Genna e o maltês Saul Vassallo, o que permitiu aos nossos velejadores terem uma referência de excelência na sua Classe. Toda a viagem e Campeonato decorreram muito bem e os resultados foram, tigualmente, muito bons. Em equipas, conseguimos o 2º lugar da geral e, individualmente, as velejadoras faialenses Maísa Silva e Leonor Porteiro, classificaramse, respectivamente, em 2º e 3º lugar. Esta experiência permitiu aos atletas conhecerem outra ilha e desportistas de outras ilhas, fazer amizades e melhorar a sua motivação desportiva, perante esta exigência de representar a Região e o País além fronteiras. Saíram todos mais ricos e preparados, visando o objectivo de se aplicarem ainda mais na próxima época”. O Gabinete de Imprensa recolheu as impressões das velejadoras vencedoras do CNH, que, no Feminino, representaram a Classe a nível regional.

Maísa Silva, 2ª classificada, em Femininos: “Não acho que tenha sido uma prova muito difícil. Para mim, o mais complicado foram as ondas maretas (ondas mais pequenas e mais seguidas), mas já estou a lidar melhor com elas. Encontrei alguns velejadores muito competitivos na frota, sobretudo aqueles que vão ao Mundial. Contudo, fiz novas amizades, em especial da ilha de Jersey. Na nossa Classe, a Selecção dos Açores era pequena, mas já nos conhecíamos de provas regionais e nacionais. Não contava muito com este resultado, o que naturalmente me deixou satisfeita. No último dia passeámos um bocadinho e a Entrega de Prémios foi uma cerimónia bonita, com a representação de todas as ilhas participantes. Apesar de esta ter sido a minha segunda participação nos Jogos das Ilhas, constituiu uma nova experiência, ou seja, mais uma nova experiência a juntar a outras que tenho tido e que são muito importantes para a minha evolução enquanto velejadora”.

Maísa Silva: “Encontrei alguns velejadores muito competitivos na frota, sobretudo aqueles que vão ao Mundial”

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Leonor Porteiro, 3ª classificada, em Femininos:

“A participação neste campeonato foi fixe [primeira vez nos Jogos das Ilhas]. Deu para aprender muitas coisas com os velejadores que integravam a frota, alguns dos quais vão ao Mundial, o que faz surpreender. O campo de regata era pequeno, permitindo que estivessemos concentrados do princípio ao fim. Considero que as provas realizadas no Continente português são mais difíceis, porque envolvem frotas maiores. Aqui, éramos apenas

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18 velejadores. Algumas largadas foram difíceis, atendendo a que os adversários eram bons e faziam tudo ao seu alcance para se posicionarem na dianteira. Como não tinha grandes expectativas, estou contente com o resultado alcançado. Correu bem e foi uma oportunidade para fazer amigos novos, sobretudo da ilha de Jersey. Em relação à Vela Ligeira, a Selecção dos Açores era pequena, mas espectacular. Já conhecia os colegas de Ponta Delgada”.

Leonor Porteiro: “Algumas largadas foram difíceis, atendendo a que os adversários eram bons e faziam tudo ao seu alcance para se posicionarem na dianteira”

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VELA LIGEIRA TROFÉU DO DIA DA MARINHA CONTOU COM MAIS DE 20 ATLETAS

Os velejadores da Classe Hansa estão em preparação para o Campeonato Nacional

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oi com bom tempo que decorreu, este sábado, dia 19, o Troféu do Dia da Marinha, organizado pela Secção de Vela Ligeira do Clube Naval da Horta (CNH). Participaram mais de 20 atletas das Classes Optimist, Laser, 420 e Hansa. João Duarte, Treinador da Classe Hansa, refere que “o tempo esteve excepcional e estável”, tendo os velejadores de todas as Classes realizado duas regatas, que tiveram como palco o Canal Faial/Pico. Esta prova serviu, também, como treino para os atletas da Classe Hansa do CNH que irão participar no Campeonato Nacional da Classe, marcado para os dias 1, 2 e 3 de Junho, em Portimão. A Entrega de Prémios aconteceu durante o lanche-convívio, que “foi óptimo para estimular a

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confraternização entre todos os envolvidos neste Troféu comemorativo do Dia da Marinha”, sublinha João Duarte. Recorde-se que este momento de descontração também juntou os canoístas que, no mesmo dia, realizaram a Prova da Marinha. Os velejadores receberam Medalhas e os canoístas Diplomas, entregues pelo Capitão do Porto da Horta, Rafael Silva.

A dupla Mariana Luís/Rita Branco - Classe 420

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Houve Prémios, Medalhas, convívio e animação

Velejadores, Treinadores e Colaboradores atentos ao discurso do Presidente

António Pedro Oliveira, Colaborador; Olga Marques, Vice-Presidente da Direcção do CNH; Rafael Silva, Capitão do Porto da Horta; José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH, discursando; e Susana Rosa, Directora da Secção de Canoagem do CNH

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SCHOOL AT SEA “ESTA É UMA VIAGEM PARA QUEM GOSTA DO MAR”

“Se voltasse atrás, fazia tudo igual”

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tempo passou depressa demais. Parece que foi um sonho e ainda não alcancei a realidade”. Mariana Rosa, velejadora do Clube Naval da Horta (CNH), não acredita que já passaram 6 meses desde que embarcou no “Thalassa” para uma viagem de grande aprendizagem no âmbito do “School at Sea”, Projecto holandês destinado a alunos de todo o mundo, do ensino secundário, com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos de idade. Foi a 21 de Outubro de 2017 que começou esta epopeia, na Holanda, (porto de Ijmuiden), onde terminou no dia 21 de Abril último. A prioridade agora é a Escola, pois, ainda que tenha acompanhado o programa curricular e fei-

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to os mesmos testes que os colegas de turma (10º ano), a verdade é que os resultados obtidos não contam para nota. Como tal, a aluna já começou a enfrentar uma maratona de testes, o que está a ser bastante exigente. Embora houvesse um Coordenador Pedagógico a bordo e professores para esclarecerem dúvidas, a verdade é que as matérias do currículo escolar holandês são diferentes das nossas, com a particularidade de o aluno ter cada cadeira com uma turma diferente. Apesar das dificuldades sentidas e do esforço acrescido, Mariana tem intenções de concluir o ano com aproveitamento. Mesmo que ainda não saiba a carreira que quer seguir – encontra-se na área de Ciências, na Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA), da Horta – há uma certeza: “será sempre algo relacionado com o mar”.

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“Sei que quero seguir uma profissão relacionada com o mar”

“O holandês é difícil” Pelo menos no que toca à disciplina de Inglês, Mariana sabe que a situação está controlada, pois, esta aventura marítima contribuiu, “e muito”, para o desenvolvimento dessa língua, escrita e falada. Recorde-se que Mariana Rosa e Miriam Pinto, eram as únicas portuguesas num universo de 32 holandeses, que, embora comunicassem em inglês com estas estrangeiras, como estavam em maioria, falavam sempre em holandês entre si. A solução foi aprender holandês e a faialense confessa que “é difícil”, apesar de dizer o mesmo relativamente ao português. Graças a esta adaptação bastante esforçada, a língua não constituiu um entrave e a nossa entrevistada só lamenta agora o facto de não poder praticar, o que vai ser sinónimo de esquecer. Em contrapartida, o idioma de Camões foi pouco aprendido por parte do grupo, o que só aconteceu, vagamente, quando os holandeses tinham as portuguesas no seu grupo. É claro que, volvidos 180 dias de convívio, o

mais difícil de deixar foram as pessoas, ou seja, os novos amigos, e Mariana assevera que “algumas destas amizades são para manter”. Referindo-se ao carácter dos holandeses, considera-os “sérios”, que é como quem diz “levam as coisas demasiado a peito”. Contudo, esta definição parece aplicar-se só aos mais novos, já que os adultos – pelo menos os da tripulação do “Thalassa” – eram “bem divertidos”. Mas antes desta descontracção acontecer, houve um período de adaptação à vida a bordo, marcado pelo frio que se fazia sentir e pelas saudades de casa. “As camas não eram más” (havia quartos para dois, três e até para quatro pessoas), a barreira linguística foi orgulhosamente ultrapassada e a comida foi o possível, atendendo a que os alunos eram os próprios cozinheiros. Assim sendo, não é de estranhar que a massa e o pão tenham sido grandes companheiros nesta jornada. A amiga que Mariana já levava do Faial era Miriam, a colega de Escola. “Foi muito bom para ambas termos ido juntas, pois apoiámo-nos”.

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“Eu e a Miriam apoiámo-nos mutuamente”

“Esta não é uma viagem para qualquer pessoa” Mariana admite as (naturais) saudades, mas adianta que não foram fortes o suficiente para regressar a casa antecipadamente, pois, se o fizesse, sabia que iria arrepender-se. Afirma que “se voltasse atrás fazia tudo igual” e aconselha outros jovens a concretizarem este sonho. Sem dúvida que a angariação do montante necessário (cerca de 25 mil euros) é a parte “mais difícil” materialmente falando, mas, tão importante quanto isso, é “ser uma pessoa aberta e divertida e que esteja com disposição para ir para um sítio diferente”. Sim, porque, definitivamente “esta não é uma viagem para qualquer pessoa. É preciso gostar de mar, mas não é necessário ser marinheiro, já que na primeira semana o pessoal da tripulação ensinou as noções básicas para aprendermos a manobrar o barco, “e havia mui-

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“Adorei a viagem! Mas explicar por palavras torna-se difícil. Só vivendo!”

tas pessoas que nunca tinham posto os pés num barco. No entanto, é fundamental ter a consciência se queremos ou não embarcar neste projecto, que implica muito trabalho (preparação) antes e durante”. Naturalmente que o facto de Mariana Rosa ser uma velejadora com provas dadas ajudou imenso e isso foi notado pelo capitão que, algumas vezes chamou a velejadora do CNH para comandar o “Thalassa”. Prova de que os ensinamentos do Treinador Duarte Araújo e de outros anteriores a ele, deram frutos, mas com o mérito da aluna, sem dúvida, que se empenhou em estar à altura da responsabilidade. E, a propósito, refira-se que Mariana manteve sempre contacto com os colegas velejadores e o Treinador, “permanentemente interessados e atentos” ao desenrolar desta aventura.

“A viagem da minha vida” Quando perguntamos a Mariana como decorreu a viagem, ela responde sorridente: “Bem!” Mas como sabe que esta é uma resposta demasiado telegráfica para uma jornalista, continua à procura das palavras que façam juz ao que sente e que satisfaçam quem está do outro lado: “Adorei a viagem! Mas explicar por palavras torna-se difícil. Só vivendo!” Após esta experiência tão intensa e absorvente, Mariana garante que é possível viver sem estar agarrada ao telemóvel. “Lá, não precisava do telemóvel para nada. Tínhamos o ‘mail’ semanal e sempre que nos davam oportunidade para falarmos com a família, obviamente que aproveitava, mas não havia esta dependência constante do telefone. E ainda bem, porque caso contrário não ia ser a mesma coisa. O telemóvel ia distrair muito e então no início da viagem íamos estar sempre agarrados a ele, interferindo com a união

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do grupo. Além das pessoas (família e amigos) não senti falta de nada! Até mesmo o Natal foi uma quadra fácil de celebrar fora de casa. As expedições – onde passei muito frio – permitiram-nos aprender muitas coisas e vermos ‘in loco’ modos de vida completamente diferentes daqueles a que estamos habituados, como por exemplo, em Cabo Verde e Dominica, onde havia pobreza e miséria e as marcas de destruição da passagem do furacão. Esta jovem diz que se sente a mesma pessoa, mas quando a confrontamos com alguns aspectos concorda que está “mais adulta e responsável”. E se dúvidas houvesse sobre a proximidade que ganhou com este grupo, ficariam agora dissipadas: “O que mais destaco é o apoio que dávamos uns aos outros, pois estávamos habituados a viver em conjunto”. Holandeses muito bem impressionados com o Faial Um dos pontos de paragem do “Thalassa” foi a ilha do Faial – no fim de Março, princípio de Abril – tendo os pais de Mariana e Miriam organizado um programa de recepção à comitiva. “Eles adoraram o Faial e foram muito bem impressionados com tudo o que viram, ouviram, comeram... Foram super-bem acolhidos e salientaram o facto de a ilha ser muito verde, permitindo o contacto com a natureza. Por isso, alguns afirmaram que gostavam de morar aqui. Gostei de ter passado por casa e ainda bem que foi na recta final da viagem, pois, se fosse antes, sei que ia ficar com mais saudades”. “Obrigada a todos os que me apoiaram” Mariana Rosa também deu o corpo ao manifesto na angariação de fundos para esta experiência, mas sem os pais e os avós – que ajudaram a todos os níveis – nada disto teria sido possível. Sem qualquer desmerecimento para a mãe (Susana Rosa) aqui, é de máxima justeza fazer uma ressalva ao papel do pai da velejadora – Fernando Rosa – que, sendo, também, velejador, desde

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sempre foi a pessoa que mais incentivou a filha. Quando Mariana chegou ao Faial, no fim do mês passado, e se apresentou na Escola, muitos foram os que manifestaram curiosidade em saber como tinha decorrido este percurso, mas “a cadeira mais espectacular” foi a de Inglês, em que o professor Victor Rui Dores organizou uma recepção à aluna, que passou a aula a responder a imensas questões colocadas pelos colegas. Na hora de fazer agradecimentos, a velejadora refere, em primeiro lugar, a família e amigos, o Clube Naval da Horta por todo o apoio na divulgação e recepção à comitiva no Faial, patrocinadores e, também, a Escola, nomeadamente a professora Regina Dores, que foi a intermediária entre a ESMA e o Coordenador Pedagógico do “School at Sea” deste ano lectivo de 2017/2018. Trajecto Mariana saiu do Faial e viajou até Lisboa. De lá, embarcou rumo à Holanda, tendo feito paragens em Espanha (Corunha); Portugal (Porto Santo, na Madeira); novamente Espanha (Tenerife, nas Canárias); Cabo Verde (São Vicente); Dominica; Martinica; Santa Lúcia; Curaçao; Panamá (San Blas, Portobelo e Bocas del Toro); Cuba; Bermudas; Faial (Açores); novamente Corunha, com términus na Holanda. A velejadora passa agora a figurar na galeria dos faialenses – e velejadores do CNH – que podem orgulhar-se de ter integrado o Projecto da Fundação “School at Sea”: Júlia Vieira Branco, Bartolomeu Ribeiro, Emília Vieira Branco, Carolina Salema e Jorge Medeiros. Além disso, parte já com a vantagem de ter uma história fantástica – vivida na primeira pessoa – para desvendar aos filhos e aos netos, que hão-de fazer parte dessa prole numerosa que espera vir a ter. Fotografias cedidas por: Susana Rosa

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PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO DESPORTIVA CLUBE NAVAL DA HORTA RECEBE MAIS DE 37 MIL EUROS DA CÂMARA MUNICIPAL DA HORTA

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oi com a internacional e super-lotada Marina da Horta como pano de fundo, que decorreu na manhã desta segunda-feira, dia 28, num espaço do Clube Naval da Horta (CNH), a Assinatura do Protocolo de Cooperação Desportiva entre esta instituição náutica faialense e a Câmara Municipal da Horta (CMH). O montante da comparticipação financeira é de 37.838,035€, sendo o período de vigência deste Protocolo o ano de 2018.

não ser aproveitada de forma integral”, uma vez que os apoios não vão de encontro àquilo que é o verdadeiro potencial desta “casa”. Nesse contexto, José Decq Mota apela a que outras entidades vejam no CNH um parceiro, funcionando como veículo e instrumento neste esforço de promoção desta Cidade-Mar, Marina e Porto, cada vez com um papel mais decisivo e preponderante no mundo da náutica de recreio internacional.

Parceria “regular, intensa e permanente” Na sua intervenção, José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH, começou por saudar todos os presentes, enfatizando “o especial significado” deste momento, revelador da linha de parceria mantida entre o Clube Naval da Horta e a Câmara Municipal e que se caracteriza por ser “regular, intensa e permanente”. “A capacidade de realização do Clube Naval da Horta é bastante alta”, frisou o Presidente da Direcção, asseverando que “a mesma continua a

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A finalizar, o homem forte do CNH deixou esta mensagem: “Temos um Porto muito bom e uma Marina internacional, além de uma Baía que é a Mais Bela dos Açores e a número dois de Portugal. Todos sabemos que os pontos menos bons que afectam este Porto – reconhecido deste sempre como o mais seguro e abrigado dos Açores – têm de ser corrigidos. Tenho a certeza de que as entidades com voto na matéria não vão deixar que esses pontos fracos sejam mantidos ou agravados”. Equipa do CNH faz um “belíssimo trabalho” José Leonardo Silva, Presidente da Autarquia Faialense, usou de simpatia ao cumprimentar a vasta equipa (composta por muitos Dirigentes, Atletas, Voluntários, e poucos Funcionários e Colaboradores) do CNH que faz “um belíssimo trabalho em nome do mar”. O Responsável pelos destinos do Faial vincou as vertentes social e turística das acções empreendidas pelo CNH, que “têm colocado o Faial e os

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Açores num patamar diferenciador no que à náutica de recreio diz respeito”. Por isso, a Câmara entendeu disponibilizar esta verba para que o Clube Naval da Horta possa realizar actividades náuticas, a sua verdadeira vocação. Em jeito de resposta à mensagem deixada por José Decq Mota, o Autarca do Faial adiantou que a Comissão Municipal dos Assuntos do (CMAM), de que faz parte o CNH, tem reunido e trabalhado no sentido de haver “fortes investimentos no nosso Porto”. Dentro da parceria estabelecida com o CNH, o Presidente da CMH lembrou o protocolo de cedência da lancha “Walkiria”, realçando “a boa gestão e conservação que o Clube faz deste património baleeiro”. Fazendo jus às excelentes relações institucionais entre CNH e CMH, e numa atitude de justiça, José Leonardo reconheceu “o grande trabalho que José Decq Mota e a sua equipa têm levado a bom porto, num esforço Voluntário, que prestigia o Faial e os Açores”.

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AZORES TRIANGLE SEAS PHOTO CHALLENGE EDIÇÃO DE 2018 CONTA COM CATEGORIA EXPERIMENTAL DE VÍDEO

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Clube Naval da Horta (CNH) é a entidade promotora e organizadora do Concurso de Fotografia Subaquática intitulado “Azores Triangle Seas Photo Challenge”, cuja 2ª edição se encontra a decorrer desde o dia 1 deste mês, prolongando-se até 31 de Setembro próximo. Na Cerimónia de Entrega de Prémios da 1ª edição (2017) deste Concurso, que aconteceu em Janeiro deste ano, o consagrado fotógrafo Nuno Sá, elemento do Júri, formulou votos para que houvesse “muitas edições a seguir”, deixando a garantia de que iria “colaborar sempre”. E lançou o desafio para que na edição seguinte deste Concurso “passasse a haver, também, uma categoria de vídeo”. Jorge Fontes – membro da Direcção do CNH e porta-voz no que ao Projecto diz respeito – apressou-se a dizer na altura que Nuno Sá parecia ter-lhe lido os pensamentos. Perante esta sintonia de ideias, já era de prever que a edição deste ano do “Azores Triangle Seas Photo Challenge” incluisse a Categoria de Vídeo (vídeos curtos). Jorge Fontes explica que “por se tratar de uma categoria experimental, a mesma não receberá Prémio, mas, sim, uma Menção Honrosa”. Este Dirigente sublinha que “o Concurso tem um formato bastante diferente dos habituais campeonatos de fotografia subaquática” e enumera as três diferenças marcantes. A primeira diferença prende-se com o âmbito geográfico, permitindo que as fotografias e os vídeos sejam captados em qualquer região do Triângulo (ilhas do Faial, Pico, São Jorge, bancos e

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águas adjacentes); a segunda tem a ver com a janela temporal, já que não há dias específicos destinados à prova, ou seja, os interessados podem fotografar e filmar em qualquer dia, escolhendo as melhores condições e as situações mais favoráveis para conseguir os resultados de maior impacto; e, por último, o tema é livre, fazendo com que cada um fotografe e filme de acordo com a sua preferência e sem restrições. As empresas de mergulho do Triângulo são parceiras do CNH nesta organização, constituindo o principal meio de divulgação do Concurso e angariação de concorrentes ao divulgarem este evento junto dos seus clientes. Podem concorrer todas as pessoas, residentes ou visitantes de todo o mundo e esta constitui uma oportunidade para o amador, o principiante ou o premiado poderem ser reconhecidos pelo seu trabalho de fotografia ou de vídeo mais original. As inscrições podem ser feitas através do formulário online aqui disponibilizado: Os vencedores da Categoria de Fotografia terão direito a prémios pecuniários no valor de 1.000 euros, montante que é patrocinado pelo Turismo dos Açores, no âmbito do projecto que se destina a apoiar actividades de divulgação do destino e marca Açores. O 1º classificado terá direito a 700€, o 2º receberá 200€ e o 3º 100€. O júri deste Concurso é composto por Jorge Fontes (biólogo marinho, membro da Direcção do CNH, mergulhador e fotógrafo), Nuno Sá (reconhecido fotógrafo profissional) e um representante do Turismo dos Açores.

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A FIGURA DO MÊS AURÉLIO MELO: “O CNH DESEMPENHA UM PAPEL INSUBSTITUÍVEL NO DESENVOLVIMENTO DO FAIAL”

1991: Aurélio Melo, a bordo da lancha “Atlântida”, do CNH, na companhia do filho, Jorge Melo

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Figura que hoje dá corpo a esta rubrica é Aurélio de Freitas Melo, antigo Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH) que, mesmo depois de há muito anos ter cessado funções, continua ligado a esta “casa”. A sua total e imediata disponibilidade em colaborar, bem como o espólio cedido – documental e fotográfico – revelam bem o empenho que teve enquanto Dirigente, nos anos 90, e a afectividade que mantém ao Clube, que visita de quando em vez, mantendo-se como Sócio. É graças ao seu cuidado na preservação do arquivo, que hoje podemos rever algum do passado desta instituição, que merece ser compilado de forma integral, desde os primórdios até hoje.

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Nesta entrevista, Aurélio Melo deixa a sua opinião sobre a preponderância e a missão da mais dinâmica instituição náutica dos Açores: o Clube Naval da Horta, na ilha do Faial. - Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta (CNH): Por que razão aceitou encabeçar uma lista para a Direcção do CNH na década de 90? (Mandato de 1990 a 1992). - Aurélio Melo: Foi uma surpresa para mim o convite que me foi feito pelo Dr. Luís Decq Mota e pelo saudoso Luís Gonçalves, para encabeçar a lista para a Direcção do CNH. - Gabinete de Imprensa do CNH: Qual era a sua ligação ao Clube? Praticava algum desporto no CNH? O que fazia profissionalmente? - Aurélio Melo: Nessa altura, a minha ligação ao Clube era muito fraca, o que acontecia também com a maioria dos Sócios. Em 1990, o

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RTA hoje. No entanto, o Clube já desempenhava um importante papel no Faial... - Aurélio Melo: Nessa altura, no CNH trabalhavam apenas a Orlanda Neves como contratada, e o “Catita” (Armando Oliveira). Além da colaboração dos seccionistas das diversas modalidades, contratámos o professor Vítor Medeiros como Secretário Técnico. A actividade do Clube era menor do que hoje, mas existia um défice enorme de pessoal e de equipamentos para as iniciativas que eram desenvolvidas. Gabinete de Imprensa do CNH: Como caracteriza o seu mandato? - Aurélio Melo: Com sentido de humor, considero que o nosso mandato – 1990/1992 – foi a “Época do Renascimento” do CNH e a actual é a “Época Moderna”. Refiro, a título de exemplo, o facto de na Secretaria só existir um telefone

Composição dos Corpos Gerentes no período entre 1990 e 1991. De acordo com Aurélio Melo, no segundo ano do mandato (1991/1992), esta lista sofreu alterações

CNH atravessava uma crise estrutural e o Bar estava mal explorado, facto que afastava os associados. Não aceitei imediatamente o convite, pois, trabalhava na Alfândega e os meus conhecimentos náuticos eram muito rudimentares. Nessa época, praticava Pesca Desportiva. - Gabinete de Imprensa do CNH: Foi fácil reunir essa equipa? - Aurélio Melo: Pelas razões referidas anteriormente, não foi fácil reunir a equipa que depois trabalhou comigo. Lembro-me dos importantes contributos de Carlos Lacerda, Tesoureiro, e dos Vice-Presidentes: Hermínio Freitas e José Fraga. - Gabinete de Imprensa do CNH: Nessa altura, o Clube Naval da Horta contava com poucos funcionários e a actividade era menor do que

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Ano de 1992: Classificação de uma Prova de Pesca Desportiva do CNH, em que Aurélio Melo foi 9º classificado

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A Regata “Vannes/Les Açores/Vannes” foi marcante para a Horta no âmbito da Náutica de Recreio e o CNH esteve sempre evolvido

1990: “A minha Direcção conseguiu aproximar novamente os Sócios do Clube”

Programa evocativo do 45º Aniversário do CNH, ocorrido no ano de 1992, e publicado no Jornal “O Telégrafo”, edição de 25 de Setembro de 1992

A 31 de Julho de 1992, o desaparecido Semanário “Incentivo” abordava a realização da Regata “Vannes/ Açores/Vannes”

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A existência da Câmara Hiperbárica foi noticiada pelo Jornal “Correio da Horta”, na edição de 31 de Janeiro de 1992, e o acto solene da entrega da mesma contou com a presença do Presidente do Governo Regional da altura, Mota Amaral

fixo, não havendo computador. Por outro lado, as embarcações de Remo e de Vela, assim como o “Ilha Azul” e a embarcação a motor “Raio Azul” estavam em mau estado de conservação. - Gabinete de Imprensa do CNH: Não considerou uma recandidatura? - Aurélio Melo: Não considerei a minha recandidatura por várias razões, entre as quais destaco o esforço para conciliar a minha profissão com todas as solicitações do Clube. Para poder manter o cumprimento dos meus deveres a cem por cento, iria continuar a prejudicar a minha família ao longo de mais dois anos. - Gabinete de Imprensa do CNH: O que recorda particularmente? Situações, eventos, pessoas... - Aurélio Melo: Recordo especialmente, o facto

Semana dos Baleeiros, nas Lajes do Pico, ano de 1992: velejador Rui Lacerda (filho de Carlos Lacerda), Aurélio Melo, António Luís, Vítor Medeiros, não identificado, e António Sarmento

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de, para além de cumprirmos todos os compromissos nacionais e internacionais (TRANSRAC, VANNES/LES AZORES/VANNES, COURSE DES HORTÊNSIAS, etc, que o CNH tinha nessa altura, a minha Direcção ter conseguido aproximar novamente os Sócios do Clube com convites para as comemorações dos Aniversários do CNH e com a mudança da gerência do Bar, que foi entregue ao Armando Castro e ao Paulo Gonçalves. No que se refere ao equipamento, destaco a colocação da câmara hiperbárica no Hospital da Horta e a aquisição da lancha “Atlântida” e de diversas embarcações em fibra para o Remo e para a Vela Ligeira. A Secretaria passou a ter um computador e um rádio para comunicação marítima. Realizámos, também, a primeira Regata de Cruzeiro para o Cais do Pico e deslocámos para lá a nossa Escola de Vela Ligeira, a convite da Direcção do Clube Naval e da Câmara Municipal de São Roque. Este facto contribuiu para a promoção dos desportos náuticos em São Roque do Pico, de que resultou a posterior organização anual das provas náuticas do Cais Agosto. - Gabinete de Imprensa do CNH: Uma boa equipa pode fazer toda a diferença... - Aurélio Melo: Já não resido na Horta desde 1998. No entanto, recordarei sempre com gratidão as pessoas que me ajudaram durante os dois anos que presidi aos destinos do CNH. Com o risco de me esquecer de alguns, quero destacar o meu amigo Carlos Lacerda; os Vice-Presidentes Hermínio Freitas e José Fraga; a competente equipa do Júri de Regatas, constituída pelo Comandante Salema, pelo Jorge Macedo – agora Presidente da Associação Regional de Vela (ARVA), que conseguimos sedear na Horta – e pelo Eduardo Sarmento. Obrigado ao Jorge Rosa e a alguns jovens Sócios que nos deram uma colaboração valiosa na área da informática. Agradeço, também, a colaboração artística graciosa de John Von Opstal, que desenhou os impressos de promoção das actividades do Clube. Destaco o trabalho técnico do professor Víitor Medeiros, que, conjuntamente com a Orlanda Neves e com o “Catita”, me ajudaram a realizar com êxito os eventos náuticos nesses dois anos. Nessa época, os nossos velejadores da

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Folhetos e desdobráveis promocionais da actividade do CNH, da autoria de John Von Opstal

Classe Optimist eram os melhores dos Açores. Em 1992, o Rui Terra foi Campeão Regional da Classe; o Filipe Goulart foi 3º classificado; o Rui Lacerda 4º; e o Néri Goulart posicionou-se em 5º lugar. Ficaram bem classificados, também, o Pedro Monteiro, o Nuno Henriques, o Pedro Garcia, o Luís Serpa, o Nuno Santos e o Filipe Silva. O Pedro Terra era um dos melhores velejadores do CNH tendo estado em 3º lugar no Ranking. Para a obtenção destes excelentes resultados, muito contribuiu a competência do Monitor de Vela, Luís Paulo Moniz. O Vítor Frazão era o seccionista do Remo e Treinador dos ‘Yolle’; o Altino Goulart treinava os remadores dos ‘Skiff’, sendo o Pedro Gonçalves o Monitor das duas Classes. Smpre que eu podia, disputava algumas provas de Pesca Desportiva com os campeões José Macedo, José Alberto, Vítor Jorge e Juliana Nóbrega. Também não posso esquecer o competente trabalho efectuado por António Luís na realização de Cursos de Patrão e de Marinheiro. Pessoalmente, tenho de lhe agradecer as lições que me permitiram tirar o Curso de Patrão de Vela e Motor, em 1991. Nesses tempos, havia muitas dificuldades financeiras. Para além do apoio da Câmara Municipal da Horta destinado à realização das provas

Folheto promocional do CNH, com a particularidade de a mensagem se encontrar em vários idiomas

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RTA insubstituível no desenvolvimento do Faial. Actualmente, acompanho as actividades do Clube através da ‘Internet’. - Gabinete de Imprensa do CNH: O que acha que falta ao CNH? - Aurélio Melo: Mais cedo ou mais tarde, o CNH terá de resolver a questão da presidência do Clube: um Presidente voluntário ou um Presidente profissional? - Gabinete de Imprensa do CNH: Considera que o Clube pode ainda fazer mais do que aquilo que já faz? - Aurélio Melo: Acho que o CNH, nos tempos mais próximos, não deverá aumentar a sua actividade, para poder continuar a prestar um serviço de qualidade.

Já nos anos 90, o CNH brilhava na Vela Ligeira

náuticas da Semana do Mar, tínhamos de recorrer aos privados para nos ajudarem a comprar material e embarcações à Vela e a Remo. Recordo que recebemos apoios da firma “Teófilo Ferreira Garcia” (Toyota). A “Atlantis Cup” era patrocinada por grandes empresas, como por exemplo a Petrogal. A Secretaria do Turismo, que na época era dirigida pelo Dr. Eugénio Leal, concedeu-nos um apoio comunitário de 80% para a compra da lancha “Atlântida”, com base num projecto que elaborei para esse efeito, invocando o início da prestação do serviço de Passeios Turísticos e Pesca Desportiva Costeira, assim como o desenvolvimento da Secção de Escafandria, que foi dotada de equipamentos novos. Também não posso deixar de referir a compreensão demonstrada pelo Director da Alfândega da Horta, Dr. Jorge Mora Porteiro, que não se opôs à minha actividade no Clube, tendo dado uma ajuda preciosa no sentido do edifício da antiga sede do CNH passar a ser património do Clube. - Gabinete de Imprensa do CNH: Na sua opinião, o que representa actualmente o CNH para a ilha do Faial e para os Açores? - Aurélio Melo: O CNH estará sempre no coração dos Faialenses e desempenha um papel

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- Gabinete de Imprensa do CNH: Sentia que as pessoas conheciam e reconheciam a importância do Clube no seu tempo? E hoje? - Aurélio Melo: No meu tempo, os faialenses conheciam e apreciavam o trabalho desenvolvido pelo CNH. Espero que hoje em dia continuem a fazê-lo. - Gabinete de Imprensa do CNH: Como eram as Semanas do Mar? - Aurélio Melo: No início da década de 90, as Semanas do Mar tinham um Programa Náutico muito grande para as capacidades do Clube. Só com o voluntariado de alguns Sócios é que conseguimos cumprir, com êxito, esses programas.

Ano de 1990: o Presidente da Direcção do CNH, Aurélio Melo, discursando na Cerimónia de Entrega de Prémios da Secção de Pesca Desportiva, no antigo Restaurante “A Árvore”

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Capa da Revista “Atlantis Cup”, do ano de 1992

Classificação das Regatas de Botes Baleeiros, realizadas no decorrer da Semana do Mar de 1992

Este documento recorda o percurso do bote “Claudina”

1992: lista das Regatas de Vela de Cruzeiro organizadas pelo CNH

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1991: Entrega de Prémios, na Semana do Mar. Atletas vencedores recebem das mãos do Presidente da Câmara Municipal da altura, Renato Leal, as taças conquistadas, sob o olhar atento do Presidente da Direcção do CNH, Aurélio Melo

- Gabinete de Imprensa do CNH: Como vê o actual Presidente? Qualquer pessoa pode ser Presidente de uma “casa” como esta? - Aurélio Melo: Vejo o actual Presidente do CNH como um grande conhecedor de todos os assuntos náuticos e um apaixonado pelo Clube. Não é qualquer pessoa que pode ser Presidente da Direcção. Felizmente, têm aparecido Sócios capazes de administrar bem o Clube. - Gabinete de Imprensa do CNH: Já no seu tempo havia marcadamente voluntariado? - Aurélio Melo: O voluntariado é imprescindível para o modo de funcionamento do nosso Clube.

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- Gabinete de Imprensa do CNH: Acha que, como alguns dizem, a Vela foi sempre a rainha no Clube? - Aurélio Melo: A Vela foi sempre a actividade mais marcante no CNH. A Vela de Cruzeiro leva o nome do CNH para todo o Mundo e a Escola é um instrumento valioso na formação dos jovens. Este facto não era compreendido pelas entidades oficiais. Foi no nosso mandato que o grande navegador Genuíno Madruga entrou para Sócio do Clube Naval da Horta. - Gabinete de Imprensa do CNH: O Clube de hoje está muito diferente daquilo que conheceu? - Aurélio Melo: Exceptuando o facto do nosso Clube hoje realizar mais eventos, não me

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A 14 de Abril de 1992, o Jornal “Correio da Horta” noticiava que o CNH tinha uma nova lancha, chamada “Atlântida”

Na edição de 3 de Agosto de 1991, o extinto Semanário “Incentivo” publicou uma entrevista a Aurélio Melo, a propósito da Semana do Mar

parece que esteja muito diferente do que era no meu tempo.

- Gabinete de Imprensa do CNH: O que gosta de fazer nos tempos livres? Aurélio Melo: Na Horta, nos meus tempos livres gostava muito de pescar. Agora, em São Jorge, tenho pouco tempo disponível, mas dou passeios de bicicleta e tenho um jardim que me obriga a fazer muito exercício físico. (Sorriso).

- Gabinete de Imprensa do CNH: Quem passa pelo Clube não consegue desligar-se? Continua a estar, de alguma forma, ligado ao CNH? Aurélio Melo: Apesar de residir noutra ilha, o CNH terá sempre um lugar especial na minha vida. - Gabinete de Imprensa do CNH: E os seus filhos, estiveram ligados ao Clube? Aurélio Melo: Os meus filhos não praticaram actividades náuticas com continuidade. Participaram nalgumas provas de Vela, de Remo e de Pesca, na Semana do Mar.

- Gabinete de Imprensa do CNH: Qual a sua perspectiva sobre o futuro desta “casa”? Aurélio Melo: O futuro desta “casa” depende dos Sócios e de mais ninguém. Fotografias e documentos cedidos por: Aurélio Melo

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DESDE 1947 PRÉMIO DE EXCELÊNCIA DESPORTIVA 2011 INSÍGNIA AUTONÓMICA DE MÉRITO CÍVICO 2017 WWW.CNHORTA.ORG

MONTAGEM: ARTUR SIMÕES TEXTOS: CRISTINA SILVEIRA


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