Ir_ao_mar - Nº41 - Agosto 2017

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REVISTA MENSAL SOBRE A ATIVIDADE DO CLUBE NAVAL DA HORTA

© ARTUR FILIPE SIMÕES 2017

Nº 41 Agosto 2017


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ATLANTIS CUP – REGATA DA AUTONOMIA 2017 FROTA ATLANTIS CUP 2017 LARGOU DE PONTA DELGADA

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frota da Atlantis Cup – Regata da Autonomia, já navega em águas do Grupo Oriental. A 1ª perna da edição de 2017 liga Ponta Delgada (S. Miguel) a Vila do Porto (Santa Maria). Os veleiros que participam na regata largaram de Ponta Delgada com vento a soprar de oeste, com velocidade de 12 nós, para uma etapa de 55 milhas náuticas. A 29ª edição da Atlantis Cup – Regata da Autonomia, começou com uma largada limpa, com os veleiros a rondarem uma bóia de desmarque. O espetáculo pode ser apreciado a partir da marginal da cidade de Ponta Delgada. A largada foi dada às 11h35 de domingo. Na edição de 2017 da Atlantis Cup – Regata da Autonomia, estão inscritos 21 veleiros, 7 dos quais competem em ORC. A segunda etapa ligará Vila do Porto e Vila Franca do Campo (São Miguel). A largada está agendada para dia 2 de agosto, terça-feira. A última perna, com 162 milhas náuticas, fará a ligação entre as ilhas de São Miguel e Faial. A Atlantis Cup 2017, organizada pelo Clube

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Naval da Horta, conta com o apoio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Câmara Municipal de Ponta Delgada, Câmara Municipal de Vila do Porto, Câmara Municipal de Vila franca do Campo, Câmara Municipal da Horta, Clube Naval de Ponta Delgada, Clube Naval de Santa Maria e Clube Naval de Vila Franca do Campo. O evento é patrocinado por: NOS Açores e SATA.

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ATLANTIS CUP – REGATA DA AUTONOMIA 2017 FROTA ATLANTIS CUP 2017 LARGOU DE VILA DO PORTO

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frota da Atlantis Cup 2017 – Regata da Autonomia, na qual estão inscritos 21 veleiros, largou de Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, em direcção a Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel. A segunda perna da 29ª edição da Regata da Autonomia cobre uma distância de 50 milhas náuticas. A largada para a 2ª etapa da regata ocorreu pouco depois das 10h00 de quarta-feira, dia 2 de agosto. Uma largada limpa, com vento a soprar do quadrante oeste, a uma velocidade de 10 nós. À saída para a 2ª etapa da Atlantis Cup a classificação, na classe ORC, era liderada pelo veleiro “4XCape”. Em segundo lugar surgia o “Carapau”, seguido pelo “Matrix II” e “Pagode”. A edição de 2017 da Atlantis Cup – Regata da Autonomia liga as ilhas de São Miguel, Santa Maria e Faial. A última perna, com 162 milhas náuticas, fará a ligação entre as ilhas de São Miguel e Faial. A Atlantis Cup – Regata da Autonomia, organizada pelo Clube Naval da Horta, tem o Alto

Patrocínio da Assembleia legislativa da Região Autónoma dos Açores. A regata conta ainda com o apoio da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Câmara Municipal de Vila do Porto, Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, Câmara Municipal da Horta, Clube Naval de Ponta Delgada, Clube Naval de Santa Maria e Clube Naval de Vila Franca do Campo. O evento é patrocinado por: NOS Açores e SATA.

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ATLANTIS CUP – REGATA DA AUTONOMIA 2017 FROTA ATLANTIS CUP 2017 LARGOU DE VILA FRANCA DO CAMPO

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largada para a terceira e última etapa da edição de 2017 da Atlantis Cup – Regata da Autonomia, foi dada às 10h35 de sexta-feira. A perna liga Vila Franca do Campo (S. Miguel) à cidade da Horta (Faial). A última perna da 29ª edição da Atlantis cup tem uma extensão de 162 milhas náuticas. Com a competição na classe ORC em aberto, tudo ficará decidido na ligação entre os Grupos Oriental e Central. À largada de Vila Franca do Campo, o iate 4XCape liderava a classificação seguido pelo veleiro Carapau.

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Luís Quintino, Skipper do 4XCape, espera uma perna divertida. “Estamos bem. Temos o Carapau atrás de nós como rival mais direto. É uma perna muito grande, onde muita coisa pode acontecer”. Ainda com hipóteses de vencer a classe ORC, o Carapau, como explica o seu Skipper Bernardo Pinheiro com um ar divertido, espera andar à frente do 4XCape. “Ainda não lhes demos descanso e vamos continuar. Temos de chegar à frente deles”. A última perna da Regata da Autonomia de 2017 é a maior perna alguma vez realizada na Atlantis Cup. A Atlantis Cup – Regata da Autonomia, organizada pelo Clube Naval da Horta, tem o Alto Patrocínio da Assembleia legislativa da Região Autónoma dos Açores. A regata conta ainda com o apoio da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Câmara Municipal de Vila do Porto, Câmara Municipal de Vila franca do Campo, Câmara Municipal da Horta, Clube Naval de Ponta Delgada, Clube Naval de Santa Maria e Clube Naval de Vila Franca do Campo. O evento é patrocinado por: NOS Açores e SATA.

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ATLANTIS CUP – REGATA DA AUTONOMIA 2017 FROTA DA ATLANTIS CUP 2017 COMEÇOU A CHEGAR AO FAIAL

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frota da Atlantis Cup 2017 – Regata da Autonomia, composta pelos 16 veleiros que largaram de Vila Franca do Campo para a última perna, começou a chegar à cidade da Horta (Faial). O primeiro veleiro a cortar a linha na Horta foi o Wind I, a competir na classe ORC. O iate de Vila Franca do Campo completou a última etapa da 29ª Atlantis Cup em 26 horas, 46 minutos e 16 segundos. O Matrix II, também no grupo dos iates mais rápidos, foi o segundo a terminar a última perna da Atlantis Cup 2017, seguido pelo veleiro Yermad. A perna que liga São Miguel ao Faial é a maior alguma vez realizada numa Atlantis Cup, com uma extensão de 162 milhas náuticas. A linha instalada na cidade da Horta encerra à 01h00 de dia 6, sendo esse o limite para os últimos velejadores completarem a regata. A Atlantis Cup – Regata da Autonomia, organizada pelo Clube Naval da Horta, tem o Alto Patrocínio da Assembleia legislativa da Região

Autónoma dos Açores. A regata conta ainda com o apoio da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Câmara Municipal de Vila do Porto, Câmara Municipal de Vila franca do Campo, Câmara Municipal da Horta, Clube Naval de Ponta Delgada, Clube Naval de Santa Maria e Clube Naval de Vila Franca do Campo. O evento é patrocinado por: NOS Açores e SATA.

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Susana Silveira Rosa 2017

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ATLANTIS CUP – REGATA DA AUTONOMIA 2017 VELEIRO DO FAIAL VENCE ATLANTIS CUP 2017

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iate “4XCape”, com tripulação da ilha do Faial, conquistou o primeiro lugar na classe ORC. A 29ª edição da Atlantis Cup – Regata da Autonomia terminou com uma perna a ligar Vila Franca do Campo (S. Miguel) à cidade da Horta (Faial). O Wind I foi o segundo classificado na classe ORC, seguido pelos veleiros Carapau, Matrix II, Mariazinha, Air Mail e Pagode. A última perna da regata, com uma extensão de 162 milhas náuticas, foi a maior alguma vez realizada numa Atlantis Cup. A frota que largou de Vila Franca do Campo, composta por 16 veleiros, apanhou ventos superiores a 20 nós. Menos de 24 horas depois da largada, o Matrix II era avistado a partir da cidade da Horta. No entanto, acabou por ficar retido numa zona sem vento, durante praticamente 4 horas, sendo batido pelo Wind I, primeira embarcação a cruzar a linha. A classe Open ficou ordenada da seguinte forma: Yermad, Piccolo, Exocet, Soraya, Avé Maria, Princess I, Maresia II, Açor, Sul, Solaris, 5

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Estrelas, Hobby, Allegro Vivace e Noctiluca. José Decq Mota, presidente do Clube Naval da Horta, organizador da regata, deixa o desafio para futuras edições da Regata da Autonomia. “Há que ter imaginação e diversificar os percursos da regata. Nesta edição, na do ano passado e na de 2018, a Atlantis Cup toca as 9 ilhas do arquipélago. De futuro importa continuar a ter imaginação. A Atlantis Cup está viva!” A Atlantis Cup – Regata da Autonomia, organizada pelo Clube Naval da Horta, tem o Alto Patrocínio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. A regata conta ainda com o apoio da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Câmara Municipal de Vila do Porto, Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, Câmara Municipal da Horta, Clube Naval de Ponta Delgada, Clube Naval de Santa Maria e Clube Naval de Vila Franca do Campo. O evento é patrocinado por: NOS Açores e SATA.

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ATLANTIS CUP – REGATA DA AUTONOMIA 2017 ENTREGA DE PRÉMIOS DA 3ª PERNA PATROCINADA PELA SAILAZORES

Representante da Sailazores, o Presidente da Direção do CNH, José Decq Mota; e o Capitão do Porto da Horta, Rafael Silva

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ecorreu na tarde de segunda-feira, dia 7 de agosto, no Castelo de São Sebastião, na Horta, a Entrega de Prémios da 3ª perna da Atlantis Cup - Regata da Autonomia 2017. A 3ª perna da Atlantis Cup ligou Vila Franca do Campo (São Miguel) à cidade da Horta (Faial) e foi patrocinada pela Sailazores, empresa de aluguer de barcos e veleiros nos Açores, com sede na cidade da Horta. O Vice-Presidente do Clube Naval da Horta (CNH), Luís Costa, refere que se trata de 3 prémios: o 1º prémio na linha de chegada, que foi arrebatado pela embarcação Wind I”, de Carlos Araújo; o 1º prémio na Classe ORC, que também foi ganho pela “Wind I” e o 1º na Classe OPEN, que teve como vencedor o “Yermad”, de Vasco Moreira. Luís Costa recorda que nos últimos anos a Sailazores tem patrocinado a 3ª perna da Atlantis Cup, congratulando-se com a iniciativa desta empresa, que “é louvável”. Este Dirigente lamenta que outras empresas não sigam este exemplo,

patrocinando, também, as restantes etapas da maior e mais emblemática Prova de Vela de Cruzeiro realizada nos Açores e que tem a chancela do Clube Naval da Horta. A Atlantis Cup - Regata da Autonomia 2017 recebeu o Alto Patrocínio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), sendo ainda patrocinada pela NOS Açores e SATA. Esta 29ª edição contou com 21 participantes da Região Açores e do Continente português.

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ATLANTIS CUP – REGATA DA AUTONOMIA 2017 29ª EDIÇÃO DA ATLANTIS CUP - REGATA DA AUTONOMIA TEVE COMO VENCEDORES “4XCAPE” (ORC) DO FAIAL, E “YERMAD” (OPEN) DE SÃO MIGUEL

Tripulação do “4Xcape”, de Luís Quintino, Faial, vencedor do 1º Prémio na Classe ORC

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Azoris Faial Garden (antigo Hotel Fayal) foi o palco escolhido para a Cerimónia de Entrega de Prémios da 29ª edição da Atlantis Cup - Regata da Autonomia, que este ano contou com 21 inscritos. No jantar, oferecido pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), estiveram presentes a Presidente da casa da Autonomia, situada na ilha do Faial, Ana Luísa Luís; o Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), Entidade Organizadora da maior e mais importante Regata de Vela de Cruzeiro realizada nos Açores, José Decq Mota; o Presidente da Autarquia Faialense, José Leonardo Silva, e o Secretário Regional Adjunto da Presidência, Rui Bettencourt, em representação do chefe do Governo açoriano. Nas diversas intervenções da noite, foi salientada a importância desta competição única na Região e a vontade expressa de que se mantenha futuramente. O mais alto Dirigente do Clube Naval da Horta, lembrou que em 2018 a Atlantis Cup - Regata da Autonomia completa 30 anos de

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existência – uma data marcante – enfatizando “a decisão consensual e muito aplaudida de o novo figurino da prova rainha de Vela de Cruzeiro da Região tocar todas as ilhas dos Açores, numa verdadeira demonstração de unidade autonómica”. Após a Entrega de Prémios, foi exibido um filme, que retratou a história resumida da 29ª edição da Atlantis Cup - Regata da Autonomia, da autoria da empresa “Mar de Histórias”. “Excelente tratamento em Vila Franca do Campo” Em declarações ao Gabinete de Imprensa do CNH, o Director de Prova, Jorge Macedo, sublinhou o facto de “esta ter sido uma das mais rápidas regatas de sempre”, explicando que “houve sempre vento e vento favorável. O único ponto em que o vento escasseou foi à chegada ao Faial, um pouco antes da Espalamaca. Todas as embarcações entraram com pouco vento e algumas tiveram mesmo de ligar o motor. As etapas entre São Miguel e Santa Maria foram curtinhas”.

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CLUBE NAVAL DA H Largaram de Vila Franca em direcção à Horta 16 concorrentes, número considerado “bom”, mas apenas 13 concluiram a Regata. Jorge Macedo faz questão de lembrar e vincar “a forma atenciosa, prestável e disponível” como o Clube Naval de Vila Franca do Campo tratou a comitiva da Atlantis Cup 2017 na passagem por aquele concelho, sendo a primeira vez que a Regata da Autonomia toca Vila Franca do Campo. E frisa: “A recepção do Secretariado, o tratamento incansável por parte da Marina e o acompanhamento permanente do Presidente da Direcção do Clube Naval de Vila Franca do Campo, Paulo Pacheco Costa, fez-nos sentir que estávamos, verdadeiramente, numa Regata importantíssima e de grande gabarito, que é somente a maior que se faz nos Açores”, sendo promovida e organizada pelo mais dinâmico clube da Região: o Clube Naval da Horta. Este Responsável destacou, também, o contributo das Tintas Hempel de Portugal, empresa que ofereceu, aos primeiros classificados, tinta anti-vegetativa para pintar os fundos dos barcos.

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“Aproveito para agradecer este precioso apoio, manifestação da importância que tem este evento”, realçou o Director de Prova da 29ª edição da Atlantis Cup - Regata da Autonomia. Classificação: Classe ORC: 1º - “4Xcape”, de Luís Quintino, Faial 2º - “Wind I”, de Carlos Araújo, Vila Franca do Campo (São Miguel) 3º - “Carapau”, de António Cunha, Lisboa Classe OPEN: 1º - “Yermad”, de Vasco Moreira, Ponta Delgada (São Miguel) 2º - “Piccolo”, de João Azevedo, Terceira 3º - “Exocet”, de Filipe Rodrgues, Terceira

O “Wind I” foi o 2º classificado da Classe ORC

O “Carapau” foi o 3º classificado da Classe ORC. A receber o prémio, Bernardo, sendo o skipper e proprietário da embarcação, António Cunha

O “Yermad” foi o vencedor da Classe OPEN, que tem como skipper e proprietário Vasco Moreira. Recebeu o prémio, o tripulante Carlos Amaral, acompanhado dos filhos

O “Piccolo” de José Azevedo, foi o 2º classificado da Classe OPEN. José Azevedo recebeu também o prémio do 3º classificado na Classe OPEN, que foi o “Exocet”, de Filipe Rodrigues, sendo ambos da ilha Terceira

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 FESTIVAL NÁUTICO DO CNH 2017

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m dos momentos marcantes do Festival Naútico, organizado pelo Clube Naval da Horta (CNH), é o caldo de peixe, evocativo de “Como tudo começou...”, em 1975. Por isso, o Presidente da Direcção desta prestigiada instituição náutica faialense, José Decq Mota, faz um apelo para que, faialenses e visitantes, tomem parte neste convívio, franco e aberto, que terá lugar pelas 20h30 de sábado, dia 5 de agosto, à beira-mar, junto das instalações do Clube. O mítico caldo de peixe assinala o arranque da Semana do Mar, há 42 anos, sendo, por isso, um símbolo do acolhimento que os faialenses tiveram e continuam a ter para com aqueles que chegam de barco ao Faial: os sempre lembrados e amigos “aventureiros” como eram inicialmente conhecidos os actuais iatistas. Os iatistas sentem-se em casa

no Faial e é por isso que participam na festa e levam muito a sério a tradição de deixar a marca da sua passagem, presságio de uma boa viagem e de que vão regressar. Gastronomia, convívio, música e muita conversa, são ingredientes presentes nesta festa multicultural, onde todos são bem-vindos e onde os faialenses dão provas da sua hospitalidade secular. Na origem do maior cartaz turístico do Faial e da primeira grande festa concelhia a surgir nos Açores, nos anos 70 do século passado, esteve a recepção à Regata Internacional de Veleiros Portsmouth/Horta/Portsmouth, em Agosto de 1975, o que motivou grandes festejos. Luís Gonçalves, então Presidente do Clube Naval da Horta, tomou a iniciativa de receber os velejadores. Estes festejos duraram uma semana e transformaram-se num acontecimento marcante e mobilizador

de todos os faialenses. Ao que parece, tudo começou com as delícias de um caldo de peixe, o que permaneceu ao longo dos anos como arranque desta Semana e símbolo das suas raízes. Os velejadores estrangeiros gostaram da recepção e, agradecidos pela hospitalidade demonstrada, voltaram ano após ano. Curiosamente, o momento festivo mais concorrido na altura, de acordo com os relatos da imprensa local, contava com a presença de 500 pessoas! Nesse mesmo ano, realizou-se a primeira Regata do Canal, um concurso de pinturas no molhe do Doca, esculturas na areia, bem como a projecção de filmes e actuação de um grupo folclórico no Forte de Santa Cruz. Numa primeira fase, a organização esteve a cargo do Clube Naval da Horta e da então Comissão Regional de Turismo da Horta, com o apoio da Capitania do Porto da Horta.


Embora os orçamentos fossem limitados, a vontade era muita e, gradualmente, a festa foi colhendo a simpatia de velejadores regionais, nacionais e internacionais. Surgiram muitas e diversificadas actividades culturais e recreativas, prosseguindo a festa com outros contornos, chamando mais organizadores e mobilizando outros recursos. Hoje, a Semana do Mar é um cartaz mundialmente conhecido e alicercado no Festival Náutico, um programa diversificado, abrangente, completo e cativante, que comprova a capacidade organizativa do Clube Naval da Horta e a força mobilizadora para arrastar centenas de Voluntários, que deixam as suas férias, as suas vidas pessoais e profissionais para apoiarem o Festival Náutico do CNH: o maior de Portugal e que empresta à Cidade-Mar e Capital Oceânica do Iatismo fulgores de cosmopolitismo, trazendo e levando gentes do mundo e para o mundo.


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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 CALDO DE PEIXE EVOCATIVO, “COMO TUDO COMEÇOU”

Cristina Silveira | CNH 2017

O Presidente do CNH, José Decq Mota, saudou todos os presentes e reuniu à sua volta Dirigentes do Clube e Convidados para a Entrega de Prémios

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anto os locais como os visitantes aceitaram o Convite formulado pelo Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), José Decq Mota, para participar no Caldo de Peixe, evocativo de “Como tudo começou...”, em 1975, e que decorreu na noite de sábado, na Tenda Multiusos, no âmbito do Festival Náutico do CNH 2017. Depois de ter dado as boas-vindas a todos e de uma breve explicação a propósito do início desta festa (recepção à Regata Internacional de Veleiros Portsmouth/Horta/Portsmouth, em Agosto de 1975), José Decq Mota revelou que iam ser entregues os Prémios relativos à Prova de Natação de Águas Abertas/8 kms, realizada na sexta-feira, dia 4, como alternativa à Travessia do Canal Pico/Faial, cancelada devido ao mau tempo, e à Prova do Campeonato Regional de Canoagem

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de Mar, que ocorreu na manhã deste sábado. Além dos Prémios, houve, ainda, Medalhas para todos os participantes nestas actividades. O mais alto Dirigente do Clube Naval da Horta garantiu que “a Travessia do Canal é para continuar”, adiantando que “vão ser estudadas alternativas para contornar possíveis contrariedades, como o caso das condições atmosféricas”. Este Responsável salientou o potencial da Travessia na captação de visitantes à ilha do Faial e o interesse que este desafio suscita a muita gente espalhada pelo mundo. O Presidente da Câmara Municipal da Horta, José Leonardo Silva, agradeceu a presença de todos, bem como o trabalho do Presidente do CNH e da sua equipa. Na sua breve intervenção, o edil sublinhou o facto de o Caldo de Peixe poder ser visto como o arranque da Semana do Mar, “uma festa que deve orgulhar todos os faialenses pela história que encerra”. Terminou desejando “uma boa festa para todos e um excelente Festival Náutico, o maior do País”.

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Os Prémios da Prova de Natação das Águas Abertas/8 kms e da Prova Regional de Canoagem

O Caldo de Peixe evoca as raízes da Semana do Mar, em 1975, e constitui um bom pretexto para um agradável convívio

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 MAIS DE 100 PARTICIPANTES NO FESTIVAL NÁUTICO DESFILARAM ATÉ AO LARGO DO INFANTE

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ais de uma centena de Participantes no Festival Náutico da Semana do Mar 2017 – organizado pelo Clube Naval da Horta (CNH) desfilou na manhã deste domingo, dia 6, desde as instalações do Clube até ao Largo do Infante, onde o Presidente da Câmara Municipal da Horta, José Leonardo Silva, deu as boas-vindas às centenas de pessoas que ali se encontravam.

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Foi assim que o autarca fez a abertura oficial do maior cartaz do Faial e um dos maiores dos Açores: a Semana do Mar, que congrega locais e visitantes, com uma forte componente da diáspora. Como habitualmente, foram ouvidos os acordes da Marcha da Semana do Mar e apresentada a Rainha da festa maior do Faial, que este ano vai já na sua 42ª edição.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 25 EMBARCAÇÕES ENCORPORARAM-SE NA PROCISSÃO MARÍTIMA DA SENHORA DA GUIA

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mbora o tempo não fosse o mais convidativo, 25 embarcações participaram na Procissão Marítima da Senhora da Guia, que se realizou na tarde de domingo, dia 6, revela o Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), José Decq Mota. O mais alto Responsável por esta instituição náutica – organizadora do Festival Náutico da Semana do Mar – refere que as embarcações eram de pesca e de recreio, tendo o Clube Naval da Horta participado com as duas lanchas baleeiras: “Walkiria” e “Maria Manuela” e com

os botes “Maria da Conceição”, do Clube; e “Senhora da Guia”, da Junta de Freguesia da Feteira. Os botes vararam na praia de Porto Pim e foram benzidos. Juntou-se à Procissão Marítima, o “Cruzeiro do Canal”, que transportou todos quantos quiseram associar-se a este evento, em que os marítimos prestam homenagem à sua protectora: a Senhora da Guia que, lá do alto da sua ermida no Monte da Guia, protege e abençoa os homens da faina e todos os outros que têm o mar por companhia diária.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 CLUBE NAVAL DA HORTA PROMOVE E DIVULGA AS SUAS ATIVIDADES NA EXPOMAR

ARTUR FILIPE SIMÕES | CNH 2017

Esta constitui uma oportunidade não só para o CNH divulgar o que faz mas, também, para captar novos adeptos para as suas 12 Secções

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ma vez mais, o Clube Naval da Horta (CNH) está presente na ExpoMar, uma feira de atividades marítimas, onde muitas empresas e instituições se fazem representar, constituindo uma excelente oportunidade de divulgação, promoção e até negócio. O CNH aproveita estes dias da Semana do Mar para, junto do público – locais e visitantes – promover as muitas atividades que organiza e desenvolve ao longo de todo o ano; para vender

material promocional e, sobretudo, para captar novos adeptos para a prática das 12 modalidades que dinamiza nesta Cidade-Mar e que são: Apneia, Botes Baleeiros, Mergulho, Canoagem, Natação, Pesca Desportiva de Barco, Pesca Desportiva de Costa, Mini-Veleiros, Vela de Cruzeiro, Vela Ligeira, Windsurf e Xadrez. O Clube Naval da Horta, o mais dinâmico dos Açores, completa no próximo mês de Setembro, 70 anos de vida, sendo a instituição do Faial que mais contribui para a divulgação e promoção da atividade náutica e, ao mesmo tempo, da ilha e dos Açores, dentro e fora de portas.

CRISTINA SILVEIRA | CNH 2017

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 DESCERRADA PLACA COM A INSÍGNIA AUTONÓMICA DE MÉRITO CÍVICO

Para o ato de descerramento da Placa foram convidados o Diretor Regional da Juventude e o Presidente da Câmara Municipal da Horta

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entrada do Gabinete do Presidente da Direção do Clube Naval da Horta (CNH) já eram visíveis algumas placas atestando distinções recebidas pelo Clube e, também, feitos de antigos Presidentes marcantes, como foi o caso de Genuíno Madruga, que deu a volta ao Mundo, em viagem de circum-navegação. A juntar a todas elas, desde a tarde de sábado, dia 12, que figura mais uma, e que é aquela com que o CNH foi distinguido no Dia da Região 2017 (5 de Junho): Insígnia Autonómica de Mérito Cívico. O ato de descerramento contou com a presença de diversas autoridades e foi presidido pelo Diretor Regional da Juventude, Lúcio Rodrigues, em representação do Presidente do Governo dos

Açores, e pelo Presidente da Câmara Municipal da Horta, José Leonardo Silva. Para o Presidente da Direção do CNH, José Decq Mota, esta distinção “corresponde ao esforço que o Clube Naval da Horta faz, de há muitos anos para cá, para estar à altura das suas responsabilidades, tanto na valorização da nossa sociedade, como na formação das camadas mais novas, na promoção dos desportos náuticos e, ainda, na divulgação do Faial e dos Açores no exterior. O Clube Naval da Horta – que na sua formação atual foi constituído a 26 de Setembro de 1947 – completa 70 anos no próximo dia 26 de Setembro. Uma boa prenda seria, por exemplo, o anúncio de novas instalações, uma justa pretensão e urgente necessidade, atendendo ao elevado nível de degradação das atuais, que há muito se revelam desajustadas ao gigantesco volume de atividade promovida, organizada e levada a cabo pelo CNH.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 O MAR COMO GINÁSIO - JOANA MENESES DÁ AULAS DE IOGA EM PRANCHAS DE PADDLE

O sonho era ser atriz, mas o ioga, o pilates e o exercício físico levaram a melhor

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oana Meneses nasceu na ilha Terceira, mas com 2 anos emigrou com a família para o Canadá. Perseguindo o sonho de ser atriz, mais tarde mudou-se para Nova Iorque, onde queria aprender teatro. Como era preciso pagar as formações, servia às mesas em restaurantes, o que não se afigurava fácil. Cansada dessa vida, fez formação em pilates e ioga e começou a dar aulas nesta área, pois sempre gostou de exercício físico, tendo praticado vólei e basquetebol. Revela que gostou “tanto de pilates”, que se especializou e já deu formações em Espanha, no Brasil, Portugal (no Estádio do Benfica), América (Porto Rico, Bermudas, Toronto, etc) e noutros países um pouco por todo o mundo. “Se não falasse português não teria conseguido tudo isto” Foi a primeira professora de pilates dos Estados

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Unidos da América e há 18 anos que dá aulas de ioga, pilates, exercício físico, porque gosta “muito de movimento e de mar”. Como o pai nunca se adaptou completamente ao inglês – ao contrário da mãe – teimou em continuar a falar português, o que fez com que a filha tenha mantido a língua materna. “E isso foi uma mais-valia”, sublinha Joana Meneses, pois foi contratada precisamente por dominar o português, além de também saber espanhol, italiano e o inglês, naturalmente. “Se não falasse português, certamente que tantas portas não se tinha aberto para mim”, frisa esta açoriana de português meio americano, mas com um forte sotaque terceirense. Outro aspeto que fez com que não esquecesse as origens, foram as férias anuais passada na Terceira, terra de “muitos familiares e amigos”. E foi depois de um Verão passado na terra natal e ao regressar à América, que apostou na prancha para fazer exercícios em água, passando o mar a funcionar como um ginásio. Com o patrocínio da Aqua Physical (empresa da Inglaterra,

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CLUBE NAVAL DA H onde é professora) conseguiu que fosse criada, há 5 anos, a primeira prancha para fazer exercícios em água, “o que é bom e desafiante”. As pranchas podem ser usadas na piscina, durante o Inverno. Joana Meneses define as suas aulas como sendo uma combinação de pilates, ioga e exercício físico. “Os participantes divertem-se tanto, que se esquecem que isto é trabalho”, salienta, explicando: “As pessoas pensam que precisam de ter concentração e controlar a respiração, mas o ar puro e o mar é que dão a estabilização. No ginásio, apenas são trabalhados alguns músculos, ao passo que as aulas de ioga em pranchas de paddle no mar permitem fazer exercício ao ar livre, trabalhando todos os músculos. O alinhamento e a postura são feitos de uma forma diferente daquilo que acontece no ginásio”. “É importante as pessoas fazerem uma pequena pausa no seu dia-a-dia agitado para respirar e apanhar um pouco de ar livre”, aconselha esta adepta do físico em harmonia com a mente. “Agradeço muito ao CNH” Este é o segundo ano que Joana Meneses é convidada pelo Clube Naval da Horta (CNH) para dar as suas aulas no decorrer do Festival Náutico, que têm como espaço de eleição Porto Pim. A primeira vez foi em 2016 e “correu muito bem”. “Agradeço muito ao Clube Naval da Horta na pessoa do seu Presidente, o senhor Decq Mota, assim como a toda a sua equipa. Sei que trabalham muito e é uma honra estar novamente aqui este ano”, realça Joana Meneses. Sendo da Terceira, já desenvolve esta prática na sua terra, tendo, também, dado aulas em São Miguel. Segundo esta profissional, “os grupos estão a gostar muito das aulas deste ginásio da água” e os preços praticados são bastante acessíveis. Só para termos uma ideia, se for um grupo de 10/12 pessoas, o custo por prancha (aula) ronda os 7,5 euros e, no caso de ser uma aula individual, pode atingir o dobro. As últimas aulas desta professora de bem consigo e com o cosmos, realizam-se quarta-feira, dia 9, havendo duas sessões: a primeira às 11 e a segunda às 18 horas, sempre em Porto Pim. As inscrições podem ser feitas no Secretariado do CNH, a funcionar no Centro de Desportistas Náuticos. Porto Pim: “As aulas de ioga em pranchas de paddle no mar permitem fazer exercício ao ar livre, trabalhando todos os músculos” Joana veio por um período de 3 meses, encontrando-se já há 2 na Terceira, onde vai ficar mais 1. Confessa que para o ano gostava de voltar

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outro tanto tempo com o intuito de estabilizar a sua empresa, a BodyRoots Azores (no Canadá tem a designação de BodyRoots). Esta professora não se cansa de enaltecer e elogiar o trabalho dos amigos terceirenses, Luciano Correia (que fez pranchas para o mar) e do Alexandre Barcelos, que considera “mais do que amigos: São a minha tribo! Têm trabalhado graciosamente. O Luciano tem roubado muito tempo à família para desenvolver a empresa nos Açores, tendo estado no Faial. Ambos sabem que primeiro é preciso investir. Há 2 anos que trabalhamos e nenhum está a ganhar para montar o ginásio no mar. As pessoas da Terceira estão a adorar este projeto e são simpáticas. Aliás, não são só os terceirenses, são todos os locais! Já viajei muito por todo o mundo e nunca conheci pessoas como os Açorianos! Eles abrem os braços e deixam entrar tudo em casa. Todos me têm ajudado: o Governo, a Sata, o Grupo Bensaúde, a Polícia Marítima. É um programa muito fixe e só posso agradecer a todos, pois nunca me trataram como uma estrangeira mas, sim, como uma filha da terra”. Em 2016, Joana trouxe um grupo da América para fazer aulas no mar da Terceira e uma dessas pessoas arranjou 11 amigas e este ano vieram até à Praia da Vitória celebrar o aniversário dela. O grupo é de apenas 12 pessoas por ser precisamente esse o número de pranchas que Joana trouxe. Estas 12 pessoas de Nova Iorque tiveram duas aulas por dia: a primeira era com as pranchas, no mar, e a segunda aula era de ioga nos tapetes, na praia. “Não preciso de muito dinheiro, pois ele não paga a felicidade” A propósito das aulas de pilates, ioga, enfim, do exercício físico de conjunto, Joana diz: Adoro o que faço. Dá-me vida! Fascina-me fazer exercício no mar onde nasci. Trata-se de uma combinação entre o espírito e o corpo. Estou sempre a aprender, já que as formações também me ensinam coisas novas. O meu objetivo é melhorar constantemente! Não preciso de muito dinheiro, pois ele não paga a felicidade. Tenho o privilégio de sentir e viver esta alegria. O meu pai faleceu com cancro e a minha mãe também já partiu, com apenas 45 anos. Por isso, quando atingi essa idade, tive algum receio, mas o que mais desejo é viver e fazer tudo o que ela não teve oportunidade. Os meus pais emigraram para terem uma vida melhor para eles e para os filhos e sei que estou a honrar o legado que me transmitiram. Sinto-me livre e abençoada por fazer o que gosto e poder viajar. Tenho o melhor de dois mundos, considerando que os meus pais me deram tudo para que eu agora possa estar a receber”.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 APNEIA DINÂMICA COM BARBATANAS - TROFÉU “FREDERIC BUYLE”

Em Masculinos, Paulo Nóbrega foi o 1º classificado. Em Femininos venceu Kirstin Jones

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Troféu “Frederic Buyle” - Apneia dinâmica com barbatanas, contou com 21 inscritos em diversos escalões, tendo a prova decorrido na manhã de sábado, dia 12, no âmbito do Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH) 2017. A prova consistiu em percorrer a maior distância possível em apneia, tendo o vencedor, em Masculinos, Paulo Nóbrega, alcançado 107 metros. Tratou-se de um evento aberto, pelo que o número de participantes foi “bastante elevado, de acordo com Paulo Nóbrega da Organização da Prova, que revela que “todos disseram ter gostado imenso, sendo uma experiência para repetir”. Este vencedor adiantou que, nos dias 1 e 2 de Dezembro próximo, o Faial irá acolher o Campeonato Nacional de Apneia de Piscina.

Kirstin Jones venceu em Femininos

Nas Crianças, o 1º foi Miguel Nóbrega (filho de Paulo Nóbrega)

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 PASSEIOS À VELA EM BOTE BALEEIRO

Os amigos espanhóis de Cliff Silva ficaram dececionados por não terem passeado à Vela em Bote Baleeiro

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s desfavoráveis condições atmosféricas que se registaram nos últimos dias, impediram a realização dos habituais Passeios à Vela nos Botes Baleeiros, uma iniciativa sempre muito participada e que acontece ao longo do Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH). Por razões de segurança, em nenhum dos dias programados foi possível concretizar estes Passeios, que já tinham dezenas e dezenas de inscritos no Secretariado do Festival Náutico. O Gabinete de Imprensa falou com Cliff Silva, que esta quinta-feira esteve no Secretariado para saber se afinal ia ou não haver Passeio. “Já fui dar este Passeio em anos anteriores e gosto sempre de ir, pois também estive ligado ao Clube Naval da Horta como praticante de Vela (Optimist e 420).

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Apesar de já conhecer esta realidade, em cada ano venho sempre repetir a experiência, trazendo comigo familiares e amigos. Este ano tinha pensado ir com uns amigos espanhóis que estão cá, mas infelizmente não foi possível. Esta iniciativa do CNH é sempre muito importante, porquanto é uma forma de as pessoas terem contacto com a tradição baleeira, percebendo como eram as condições de um baleeiro no mar, tratando-se de uma embarcação diferente, o que também é um atrativo neste cenário. Eles ficaram dececionados por saber que não vão poder andar à Vela em Bote Baleeiro, ainda mais porque iria ser a primeira vez e já estão por dentro desta questão histórica. Com este Passeio, o Clube Naval da Horta consegue envolver as pessoas e manter viva uma tradição muito enraizada no Faial e noutras ilhas, memória de um passado não muito distante e que foi marcante para a economia destas gentes”.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 ENTREVISTA AO ÚLTIMO TRANCADOR DE BALEIA DOS AÇORES

“Entro aqui (CNH) como se fosse em minha casa. Gosto muito desta gente”

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osé Lisandro, ou melhor, José Raimundo Xavier, nome da pia, é uma figura castiça que conversa e graceja com toda a gente. O avó, que era da Ribeira Quente, ilha de São Miguel, foi, com 14 anos, trabalhar para casa do tio chamado Lisandro. E foi daí que surgiu o nome pelo qual José Raimundo é famosamente conhecido. Mas esta história de nomes trocados ou por outra, todos diferentes, é uma tradição familiar, digamos assim, pois o pai, João Bernardo Mendonça, até aos 50 anos nunca teve filho algum com o seu sobrenome. Quarta-feira, dia 9, este florentino de gema, mas faialense de coração, completou 88 primaveras, visitadas por muitos outonos, e diz com graça que só foi registado um ano depois de ter nascido. E só não foi mais tarde, porque o tio José como fez carta de chamada à mãe de José Lisandro – a família podia ter ido parar à América,

mas o chefe de família assim não entendeu – foi no Registo Civil, por causa de fazer os papéis para embarcar, que se percebeu que o bebé Raimundo ainda não havia sido registado. Por estar no Faial, a viver e a conviver com a malta do Clube Naval da Horta, na festa que foi a Entrega de Prémios do XII Encontro Internacional de Vela Ligeira, cantaram-lhe os parabéns, desejando muitos mais verões. E porque não pode haver aniversário sem prendas, o menino Lisandro foi obsequiado com um estojo em vidro, com uma baleia no interior. Mas nota-se que o aniversariante está habituado a estes mimos – e aprecia! – pois quando perfez 8 décadas ao serviço da vida, houve um grande jantar festivo no CNH, altura em que recebeu um estojo com ferramentas pequenas em osso de baleia, que muito apreciou. E os olhos do velho lobo do mar brilham com estas memórias e manifestações de carinho e de amizade por parte de uma gente que tem como sua. Mas José Lisandro não se esquece de quem gos-

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ta, e na casa que o acolhe sempre de braços abertos – o Clube Naval da Horta – esta sexta-feira, dia 11, vai brindar os amigos com um petisco divinal, para o qual o Gabinete de Imprensa também já foi convidado. A coisa promete a avaliar pelos comentários e a garantia de que o petisco veio de longe propositadamente para a festa! Um lobo do mar É no mar que este velho lobo se sente bem. Por isso, a vida foi passada por aqui e por ali, tendo como companhia os amigos, as baleias, os passageiros e as namoradas, em terra. Começou a arriar baleia aos 13 anos, atrás do tio, António Raimundo, que era mestre de lancha. Com 15/16 anos arriava nos botes. Aos 17 tirou a Carta de Trancador, na Capitania de Santa Cruz das Flores, ilha onde começou a arrear. No ano de 1930 foi como trancador para a Terceira, regressando posteriormente a casa. Há meio século veio para o Faial arriar como trancador. O José Rufino, que era das Angústias mas mudou-se para a freguesia do Salão por lá ter casado, era oficial de baleia, tendo sido “o melhor oficial” que José Lisandro teve, por ser “muito calmo e discreto”. Após um ano no Faial, para onde veio contratado pelo Manuel da Rosa, do “Costa & Martins”, regressa à sua ilha. Foi o feito alcançado no anterior à vinda para o Faial, em que apanhou 28 baleias, que esteve na origem deste contrato, ao abrigo do qual recebia 3 soldadas no fim da época e tinha casa para morar. Tudo somado, perfaz 30 anos como trancador nas Flores, Faial e Terceira. Não admira, pois, que diga de forma muito natural que a sua vida foi o mar. Só assim se explica que, já depois de a faina ter acabado, continuasse a vivê-la intensamente e quando estava deitado na cama e ouvia uma bomba, dava um salto, pensando que o passado se fizera presente. Mas o Faial, por onde andou embarcado em navios de passageiros, como o “Carvalho Araújo” – pois era preciso ganhar a vida “no que calhava” e o mar afigurava-se como um chamamento – sempre teve outro encanto para este florentino, ou não fosse a terra onde há 56 anos deu o sim a Regina Ávila Pereira Xavier, moradora para os lados da Feteira. Deste amor nasceram dois rebentos, um rapaz e uma rapariga, mas quis o destino que ele partisse aos 23 anos, fruto de uma doença súbita. A filha não encara o mar com a coragem do pai.

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O gosto pelo mar As regatas de Botes Baleeiros que animam o programa do Festival Náutico do CNH, são encontros sagrados para José Lisandro, que por isso não falta a uma. A grande amizade que nutre por José Decq Mota fica bem patente na forma como se tratam. José Lisandro não esconde o quanto gosta do Faial, onde se sente muito bem; do Clube Naval da Horta, onde entra como se fosse em sua casa e se sente à vontade; da Semana do Mar, festa que aprecia muito; e desta gente, que vê como uma grande família, que o acolhe e escuta. Ícone dos marítimos Convidado a dizer umas palavras sobre este grande amigo, José Decq Mota sorri e atira: “Sempre que gosta de alguém, diz que é um porcaria”. As razões para cá estar e gostar disto, já foram apresentadas. “Desde que os Botes Baleeiros têm uma Comissão do Património Baleeiro, que José Lisandro vem à Semana do Mar, sendo uma figura que “ajuda e desestabiliza. É uma espécie de ícone dos marítimos e das profissões variadas que exercia na caça à baleia. Tem 88 anos e toda a gente sempre o respeitou e continua a respeitar. É gratificante receber alguém como o meu Amigo José Lisandro, o último trancador da baleia nos Açores, ainda vivo”. José Lisandro é um contador nato de histórias e testemunha de um passado ainda quente, que nos identifica e distingue.

“Sempre que José Lisandro gosta de alguém, diz que é um porcaria”

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 REGATAS DE BOTES BALEEIROS - CASA DE PESSOAL DA RTP ENVOLVERAM 230 PESSOAS

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s tão aguardadas, participadas e disputadas Regatas de Botes Baleeiros - Casa do Pessoal da RTP, integradas no Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH) 2017, realizaram-se na tarde de sábado, dia 12 de agosto. Participaram 25 botes do Faial, Pico e Flores, tendo sido 23 na Vela, 6 em Remo Feminino e 11 em Remo Masculino. Participaram os 8 botes do Faial (das Juntas de Freguesia do Salão, Feteira, Castelo Branco, Angústias e CNH); do Pico vieram 15 (Calheta de Nesquim, Ribeiras, Lajes, São João, São Mateus e São Roque) e das Flores (Lajes), vieram 2. De acordo com José Decq Mota, da Secção de Botes Baleeiros do CNH, “as regatas decorreram bem. Inicialmente havia pouco vento, mas depois houve o suficiente para que a Regata de Vela fosse bonita e rápida”. O limite máximo para a realização da Regata de Vela eram 2 horas, mas o Bote mais rápido precisou de apenas 1 hora e 5 minutos, ao passo que o mais lento gastou um pouco mais do que 1 hora e meia. José Decq Mota sublinha o facto de ter sido “um espetáculo muito interessante de seguir, sobretu-

do na reta final, porquanto permitiu muita visibilidade para o exterior. E muita gente acompanhou os Botes no seu percurso de regata”. De acordo com este Dirigente, a Regata de Vela e as de Remo Feminino e Masculino envolveram cerca de 230 pessoas, número que inclui, também, as tripulações das lanchas de apoio e que foram “Walkiria” e “Maria Manuela”, do CNH; “Medina”, da Calheta de Nesquim (Pico); “Açoriana”, das Ribeiras (Pico); “Rosa Maria” e “Cigana”, das Lajes do Pico e “Garota”, de São Roque do Pico.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 PROVA DO CAMPEONATO REGIONAL DE CANOAGEM DE MAR

Os canoístas consideram que as condições da Prova foram espetaculares, participaram 32 atletas do Faial, Pico, Terceira e São Miguel.

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raçámos um percurso que conseguisse tirar proveito das condições previstas pela meteorologia, tendo a Prova decorrido entre o Porto Pim e a Baía da Horta”, explica o Presidente do Clube Ar Livre da Terceira, simultaneamente Presidente da Associação Regional de Canoagem dos Açores (ARCA), Antas de Barros, que nesta Prova desempenhou as funções de Árbitro. Este Dirigente revela que “já se sabia que o vento ia crescer e que as condições se iam alterar no sentido de se tornarem mais difíceis”. Mas, atendendo à atualização gradual da frota, que agora já dispõe de algumas embarcações de surfski, “quanto maior for a ondulação, melhor para este tipo de embarcação”. O professor Antas de Barros explica que “os surfski dispõem de um sistema que lhes permite ir esgotando a

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água à medida que se deslocam, pelo que a ondulação não é problema, muito pelo contrário”. Segundo os próprios canoístas, “estas condições foram espetaculares” tendo possibilitado surfar e aproveitar a experiência adquirida. “Se o mar estivesse chão teria sido uma monotonia”, sustenta este Dirigente, que realça, a propósito: “Se tudo decorrer com segurança, como foi o caso desta Prova que decorreu no âmbito do Festival Náutico, organizado pelo CNH, quanto piores forem as condições, melhor será para o plano de mar. Muitos barcos viraram, tendo os canoístas por si conseguido colocarem-se de novo dentro dos mesmos. Os surfski permitem esse auto-salvamento, digamos assim. As autoridades ainda não perceberam o tipo de funcionamento desta embarcação e, por vezes, manifestam excesso de zelo”. Antas de Barros sublinha, enquanto Presidente da ARCA, que este organismo está a tentar reconverter a frota antiga, mas trata-se de um processo moroso atendendo a que estas novas em-

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barcações custam “quase o dobro do preço dos caiaques fechados, com saiote, que dificultam a navegação com a entrada da água”. Este projeto de apetrechamento de todos os clubes dos Açores que praticam Canoagem, foi um trabalho iniciado há 4/5 anos, mas que só começou a ter resultados práticos no ano passado, curiosamente ano eleitoral. E nessa altura foi possível dotar cada um dos clubes regionais (que desenvolvem a modalidade) com uma destas novas embarcações. Só para ficarmos com uma ideia do investimento necessário, basta referir que um surfski de fibra de vidro custa 1200 euros e um de fibra de carbono cerca de 2500 euros, enquanto um caiaque pode ficar por volta dos 900 euros.

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Os surfski são uma realidade recente em Portugal – 4/5 anos – mas muito em voga há bastante tempo em países de topo neste desporto, como é o caso da África do Sul e da Austrália. Como ainda há 50% de barcos antigos, a prioridade é conseguir a reconversão total da frota, o que poderá levar algum tempo, se tivermos em conta os custos da nova embarcação e a situação financeira de certos clubes regionais que, apesar dos constrangimentos a que se veem sujeitos – decorrentes das políticas que têm vindo a ser adotadas – continuam a ser um exemplo no que à Canoagem diz respeito e a demonstrar que mais faz quem quer e tem gosto do que quem pode e julga que sabe.

Nos Açores, o professor Antas de Barros é o rosto da dedicação e da entrega à Canoagem

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 ENTREVISTA A ANTAS DE BARROS, O “PAI” DA CANOAGEM NOS AÇORES

A prioridade do Presidente da ARCA é passar o testemunho, o que tem de ser feito com passos seguros

“lavar de alma”, teve de almoçar fora de horas. “Só neste mandato é que consegui que a Direcção fosse repartida”

alar em Canoagem nos Açores é sinónimo de Antas de Barros, o último bastião da persistência que leva este natural de Ponte da Barca a presidir à Associação Regional da Canoagem dos Açores (ARCA) desde 2000. Aliás, foi graças a este canoísta – há 30 anos ligado à modalidade – que foi criada a Associação Regional. Volvidas 3 décadas, o “pai” da Canoagem nos Açores, dá o tudo por tudo para fazer a passagem do testemunho, mas confessa que não tem sido fácil envolver alguém nesta relação, que ele conhece como mais ninguém. Aproveitando a participação no Festival Náutico, o Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta (CNH) conversou com Antas de Barros, que, após este

Gabinete de Imprensa do CNH: Este é o seu último mandato à frente da ARCA? Antas de Barros: Gostava que assim fosse. Encontro-me no 1º ano deste mandato de 4 e em fase de transição, ou seja, pretendo passar a pasta ao meu sucessor, mas é preciso envolver essa pessoa nesta missão.

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Gabinete de Imprensa do CNH: Tem sido sempre o seu Clube, ou seja, o Ar Livre da Terceira na presidência? Antas de Barros: Há muito que venho tentando que a Direcção contasse com elementos de outras ilhas, o que só foi conseguido neste mandato, em que é repartida com São Miguel. Além dos Cubes Ar Livre e Angra Iate Clube, da Tercei-

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CLUBE NAVAL DA H ra, há ainda o Clube da Lagoa (São Miguel) na Direcção. Também gostava que tivesse alguém do Faial, mas a pessoa mais abalizada para isso, que era o Francisco Bettencourt, encontra-se focado noutros projectos e não foi possível esse desiderato. Mas está a funcionar bem, com destaque para a coordenação verificada com os clubes de São Miguel. Era difícil envolvê-los. Registo com muito agrado que este é o segundo ano consecutivo que São Miguel vem ao Faial participar no Regional de Canoagem. Gabinete de Imprensa do CNH: Esta Prova do Campeonato Regional de Canoagem de Mar, realizada sábado (dia 5), no Faial, correu bem? Antas de Barros: Além da envolvência registada em relação a São Miguel, este ano alcançou-se outra vitória, que foi o facto de São Roque (Pico) vir ao Faial. É preciso não se perder isso e manter o bom que se conseguiu até ao momento. Gabinete de Imprensa do CNH: Qual a radiografia que faz da Canoagem nos Açores? Antas de Barros: São Miguel tem ainda muito que crescer nas categorias de formação, havendo primazia nos Séniores e Veteranos. Digamos que está nos 75%. Na Terceira, a percentagem é de 50% relativamente aos diferentes escalões e, no Faial, há um grande equilíbrio do número de canoístas em todos os escalões. “Nenhuma ilha tem um clube com a dinâmica do CNH” Gabinete de Imprensa do CNH: Mas o Clube Naval da Horta queixa-se da falta de competição... Antas de Barros: Nenhuma ilha dos Açores tem um clube com a dinâmica do Clube Naval da Horta. Quando o CNH acarinha uma modalidade, mostra logo sinais de evolução. Está à vista de todos a evolução que a Canoagem teve esta época. Considero que o problema reside no facto de as Direcções dos Clubes não olharem com carinho para a Canoagem. A Vela é que é tudo e o Jet-Ski e outras, enquanto que a Canoagem é o pé no chinelo. Mas para o Presidente do CNH, José Decq Mota, a Canoagem está em pé de igualdade com as outras modalidades. É louvável o trabalho da Susana Rosa à frente da Secção de Canoagem do CNH e noto muito que o Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta tem olhado para a Canoagem. Só pela forma como as notícias são feitas, percebe-se a importância que a Canoagem tem para este Clube. Felicito o Gabinete de Imprensa pelo traba-

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lho desenvolvido. Aliás, quando li as notícias que iam sendo publicadas pelo CNH, já sabia que íamos ter uma equipa para se defrontar ombro a ombro com os da Terceira. Já tinha avisado os meus canoístas dessa realidade. Naturalmente que esta evolução também é fruto do trabalho do Hugo Parra (Treinador), algo que consome imenso tempo, dedicação e empenho. Gabinete de Imprensa do CNH: O Clube Naval da Horta está numa ilha que tem o mar como centralidade... Antas de Barros: Na Horta, respira-se mar e há uma elite ligada ao mar. Há uma apetência por este porto e basta ver o iatismo que aqui aflui. O faialense é desportista náutico por natureza. Na Terceira, só vai para o mar quem não tem nada para fazer em terra. Ir para o mar é visto como o último recurso. Ser pescador é algo quase marginal. “No Faial, os Voluntários perguntam se é preciso ajudar” Gabinete de Imprensa do CNH: Este Clube consegue envolver a sociedade, nomeadamente os Sócios, os Voluntários... Antas de Barros: O Clube Naval da Horta brilha exactamente pelo corpo de Voluntários de que dispõe. Na Terceira também há, mas não no grau de grandeza do que se verifica no Faial. Aqui, os Voluntários perguntam se é preciso ajudar e a sua colaboração é quase espontânea. É claro que isso permite um conforto enorme para uma Direcção se abalançar a organizações de outro nível. Na Terceira não faltam voluntários para touradas nem para o Espírito Santo. De resto... Gabinete de Imprensa do CNH: A sua vida foi sempre ligada à Canoagem? Antas de Barros: Aos 14 anos comecei a praticar Canoagem, aos 18 era Treinador e partir de 1994 passei a ser Dirigente. Desde 1989 que venho à Horta em competições. Pode ter havido um outro interregno, mas são praticamente 30 anos de Canoagem. Posso dizer que sou limiano. Na minha juventude comecei a navegar naquelas águas, com as quais tenho uma ligação muito grande. Gabinete de Imprensa do CNH: Encara a Canoagem como uma vocação ou uma missão? Antas de Barros: A Canoagem precisava de mim. Se eu me dedicasse a outras coisas, ela iria passar por momentos muito difíceis. Se não

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“Quero passar a ser só Presidente e Treinador do Clube Ar Livre”

fosse eu, não haveria um prazo para sustentar o que tinha sido alcançado, ou seja, iria haver um vazio no dirigismo por falta de sucessor. “Gostaria que o que foi alcançado não fosse deitado a perder” Gabinete de Imprensa do CNH: E se não se perfilar um sucessor? Antas de Barros: Se não houver um sucessor, haverá uma comissão interina. Quero passar a ser só Presidente e Treinador do Clube Ar Livre. Vou continuar a dar apoio à Direcção da ARCA, mas passo para segunda linha. Gabinete de Imprensa do CNH: É degastante?... Antas de Barros: Ao longo destas décadas, já passei por fases de exaustão e superei e voltei a acusar cansaço. Desde algum tempo, que o meu plano tem sido voar baixinho, como os cagarros. E por isso acusam-me de falta de ambição e eu admito isso, mas quem abraça projectos grandes, logo a seguir diz: “Venha outro para o meu lugar, porque já não posso”. Tenho a missão de dar continuidade e, como tal, deixei-me de organizações. Defendo participação com alguma

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contenção, pois gostaria que o que foi alcançado não fosse deitado a perder. Organizações nacionais são muito bonitas mas, para mim, mérito é aguentar. Gabinete de Imprensa do CNH: Tem havido apoio por parte do Governo? Antas de Barros: Deixou de haver critérios na atribuição de apoios, o que provoca desmotivação. É mau quando encontramos pessoas na tutela que são técnicos para quem só contam números, estatísticas, não conseguindo ver o trabalho feito e a evolução alcançada. Só querem resultados imediatos. “Recorro sempre aos meus ‘criadores secos’” Gabinete de Imprensa do CNH: A sua persistência é uma questão de gosto... Antas de Barros: O que faço é amadorismo e amor à camisola, e entendo que isso merecia mais respeito, consideração e carinho. A Canoagem, sendo uma modalidade que não tem visibilidade imediata, depende quase só dos subsídios do Governo. E ao terem-nos na mão, fazem o que querem e entendem. Contudo, pen-

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so que isto que está a acontecer é um mal que vem por bem. É preciso assegurar a liderança da Canoagem na Região. Portanto, vai ter que se criar um vazio, sem ter o “paizinho”, e encontrar alternativas. Gabinete de Imprensa do CNH: O Clube Ar Livre conta com muitos atletas? Antas de Barros: Tem 52 atletas inscritos na Federação, mas praticantes são um grupo de 20. Todos os que já passaram pelo Clube não se desligam e têm por norma inscreverem-se e colaborarem na organização de provas e actividades. Claro que tenho sempre o cuidado de os chamar. Na Terceira há vários Impérios do Espírito Santo e os criadores de gado oferecem animais. Os que não têm animais, que são os chamados “criadores secos”, oferecem esse valor em dinheiro. Adaptando à minha situação, a Canoagem é o meu Império e os antigos canoístas são os meus “criadores secos”. Gabinete de Imprensa do CNH: Conta com o apoio familiar ou isso tem sido outra batalha paralela na sua vida? Antas de Barros: Já foi difícil conciliar tudo, pois esta dedicação à Canoagem prejudica a família. A solução foi envolver a minha mulher, Vitalina Antas de Barros, que é a minha Treinadora-Adjunta, a minha atleta veterana e a minha grande rectaguarda e apoio. Ela tem plena consciência disto tudo.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 21 ATLETAS DO FAIAL, TERCEIRA E SÃO MIGUEL REALIZARAM A PROVA LOCAL DE CANOAGEM

Alguns dos canoístas que participaram na Prova do Campeonato Regional de Canoagem de Mar, também quiseram disputar a Prova Local de Canoagem, realizada na tarde de domingo

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organização está muito satisfeita com o desempenho dos atletas e, apesar de haver uma aragem, o que fez com que tenhamos invertido o percurso, passando de Sul para Norte, a prova correu bem”. É assim que a Directora da Secção de Canoagem do Clube Naval da Horta (CNH), Susana Rosa, descreve a Prova Local de Canoagem, realizada na tarde de domingo, dia 6, no âmbito do Festival Náutico do CNH 2017. Tratou-se de uma prova de velocidade, dividida em 500 e 1000 metros, que contou com convidados da Terceira e de São Miguel, que este sábado, dia 5, disputaram a Prova do Campeonato Regional de Canoagem de Mar, igualmente integrada no Festival Náutico. Esta competição local, da responsabi-

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lidade do CNH, também teve o apoio, em termos de arbitragem, da Associação Regional de Canoagem dos Açores (ARCA), presidida pelo professor Antas de Barros. A Cerimónia de Entrega de Prémios, que contou com um lanche-convívio, foi antecipada de quarta, dia 9, para a tarde deste domingo, uma vez que os participantes convidados regressam às suas ilhas segunda-feira, dia 7.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 18 NADADORES IRÃO FAZER A TRAVESSIA A NADO DO CANAL

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realização da Travessia a Nado do Canal Pico/Faial, marcada para a manhã de sexta-feira, dia 4, está dependente das condições atmosféricas. No briefing de preparação, realizado na tarde de quinta-feira, dia 3, na Tenda Multiusos do Clube Naval da Horta (CNH), entidade promotora e organizadora deste evento, Pedro Afonso – colaborador do Clube, membro do Circuito de Águas Abertas dos Açores e Oficial de Segurança deste evento – sublinhou que “assegurada está só a prova de águas abertas”. E acrescentou: “Nos Açores é mesmo assim: temos de esperar para saber se é possível realizar as actividades previstas”. Inscritos estão 18 nadadores, de ambos os sexos, do Faial, Pico, Terceira, Continente português (Porto e Lisboa), Espanha e Itália. Atendendo às condições previstas para esta sexta-feira, “foi decidido que a Travessia será no sentido Pico/Faial (se fosse no sentido inverso implicaria nadar todo o percurso contra o vento), o que representa um pouco mais do que 7,5 kms (7,7), variando consoante a sinuosidade do nadador e, também, em função da maré e do vento”. Se o tempo ajudar, a partida deverá aconte-

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cer do porto da Areia Larga, na ilha do Pico, até ao redondo da doca, (farol), no Faial. A organização concede um prazo máximo de 5 horas para que os nadadores – com idades acima dos 15 anos – concluam a Travessia. Pedro Afonso garantiu esta quinta-feira à tarde que a previsão para o dia seguinte era de “má visibilidade, devido à chuva, e de agitação marítima”. Todos os inscritos na Travessia, assim como os skippers dos barcos de apoio e todos os restantes envolvidos nesta actividade, incluindo os dirigentes máximos do CNH, estiveram presentes nesta reunião. Por razões de segurança, cada nadador tem um barco de apoio com um skipper, que irá dando água, alimentos, indicações e outro tipo de ajuda que seja solicitada pelo nadador. O uso ou não de fato fica ao critério dos participantes, tendo Pedro Afonso alertado para a existência, na água, de águas vivas e caravelas portuguesas. Caso o nadador tenha a infelicidade de ser apanhado por uma caravela, terá de solicitar imediatamente vinagre ao barco de apoio. Em caso de ser necessária a intervenção

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CLUBE NAVAL DA H A realização da Travessia a Nado do Canal Pico/Faial, marcada para a manhã de sexta-feira, dia 4, está dependente das condições atmosféricas. No briefing de preparação, realizado na tarde de quinta-feira, dia 3, na Tenda Multiusos do Clube Naval da Horta (CNH), entidade promotora e organizadora deste evento, Pedro Afonso – colaborador do Clube, membro do Circuito de Águas Abertas dos Açores e Oficial de Segurança deste evento – sublinhou que “assegurada está só a prova de águas abertas”. E acrescentou: “Nos Açores é mesmo assim: temos de esperar para saber se é possível realizar as actividades previstas”. Inscritos estão 18 nadadores, de ambos os sexos, do Faial, Pico, Terceira, Continente português (Porto e Lisboa), Espanha e Itália. Atendendo às condições previstas para esta sexta-feira, “foi decidido que a Travessia será no sentido Pico/Faial (se fosse no sentido inverso implicaria nadar todo o percurso contra o vento), o que representa um pouco mais do que 7,5 kms (7,7), variando consoante a sinuosidade do nadador e, também, em função da maré e do vento”. Se o tempo ajudar, a partida deverá acontecer do porto da Areia Larga, na ilha do Pico, até ao redondo da doca, (farol), no Faial. A organização concede um prazo máximo de 5 horas para que os nadadores – com idades aci-

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ma dos 15 anos – concluam a Travessia. Pedro Afonso garantiu esta quinta-feira à tarde que a previsão para o dia seguinte era de “má visibilidade, devido à chuva, e de agitação marítima”. Todos os inscritos na Travessia, assim como os skippers dos barcos de apoio e todos os restantes envolvidos nesta actividade, incluindo os dirigentes máximos do CNH, estiveram presentes nesta reunião. Por razões de segurança, cada nadador tem um barco de apoio com um skipper, que irá dando água, alimentos, indicações e outro tipo de ajuda que seja solicitada pelo nadador. O uso ou não de fato fica ao critério dos participantes, tendo Pedro Afonso alertado para a existência, na água, de águas vivas e caravelas portuguesas. Caso o nadador tenha a infelicidade de ser apanhado por uma caravela, terá de solicitar imediatamente vinagre ao barco de apoio. Em caso de ser necessária a intervenção médica, é o skipper que deverá contactar um dos 2 barcos de segurança, cada um com uma equipa médica a bordo (médico e enfermeiro), além de nadador-salvador, juiz e árbitro. O canal de comunicação a ser utilizado é o 72. Os barcos de apoio são o “Éric Tabarly” e o “Piloto João Lucas, do CNH. “Para além destas embarcações do Clube, haverá ainda outras 2, que

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são as antigas lanchas que andavam na faina da baleia: “Walkiria” e “Maria Manuela”, que irão em missão de sinalização e apoio à Comunicação Social”, informou o Presidente do CNH, José Decq Mota, acrescentando que, “o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) também terá o seu barco a acompanhar a prova”. As paragens para alimentação ou hidratação não são obrigatórias, sendo as mesmas feitas quando o nadador assim o entender. Proibido está o contacto físico do nadador com a respectiva embarcação de apoio, sob pena de vir a ser desclassificado. No entanto, “é autorizada e desejável a comunicação”, pois é para isso que há um barco de apoio, o qual poderá levar o número de elementos que a sua lotação permitir. Os skippers devem manter o barco a uma distância mínima de 5 metros em relação ao nadador, devendo estar sempre atentos ao mesmo, já que a sua função é prestar auxílio em tudo o que estiver ao seu alcance. Nesse sentido, a melhor posição para o barco de apoio acompanhar o respectivo nadador é ao lado e nunca à frente, devendo o skipper informar que avistou águas vivas ou caravelas, dando informações sobre a maré, o rumo que o nadador está a seguir ou outras que se afigurem úteis. Pedro Afonso salientou “o papel fundamental do skipper no sentido de orientar o esforço do nadador”. Como tal, alertou para que “não haja distrações com telemóveis ou outro equipamento,

o que poderá pôr em causa a segurança do nadador, já que o risco número um é precisamente ir para cima do nadador por distracção”. Todos os participantes na prova estão cobertos por um seguro do CNH, embora cada um tenha assinado um Termo de Responsabilidade. A concentração no Clube Naval da Horta está marcada para as 9 horas desta sexta-feira, altura em que será decidido se haverá ou não Travessia. Em caso afirmativo, a partida da Horta está marcada para as 9h30, em direcção ao porto da Areia Larga. A largada será feita em 2 grupos de 9 nadadores cada, com um intervalo de 5 minutos entre a saída do primeiro e do segundo grupo. Os barcos de apoio devem manter-se a uma distância de 50 metros dos nadadores e à medida que estes se forem posicionando na linha de partida, as embarcações vão aproximando-se, tendo em atenção não só a posição do nadador a quem vão dar apoio, mas todos os outros, por razões de segurança. Caso o tempo não permita a realização da Travessia Pico/Faial, foram estudados 2 percursos em águas abertas, sendo que qualquer um deles implica uma distância de 8 kms. O primeiro engloba a saída da Praia do Almoxarife, contornando a ponta da Espalamaca, porto da Horta, contornar o Monte da Guia e chegada a Porto Pim. O segundo será na costa Sul do Faial: Porto Pim/Feteira e percurso inverso.

O Presidente da Direcção do CNH, José Decq Mota, deu algumas achegas em termos de segurança

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 TRAVESSIA CANCELADA DEVIDO AO TEMPO

Olga Marques, Vice-Presidente do CNH; José Decq Mota, Presidente do CNH; e Pedro Afonso, Oficial de Segurança, na reunião da manhã de sexta-feira, dia 4. Nadadores fazem percurso alternativo: Porto Pim/Feteira/Porto Pim

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s adversas condições atmosféricas verificadas na manhã de hoje, sexta-feira, 4 de Agosto, ditaram o cancelamento da Travessia a Nado do Canal Pico/Faial, que deveria largar do porto da Areia Larga em direcção ao redondo da doca. Na reunião realizada um pouco depois das 9 horas desta manhã cinzenta, na Tenda Multiusos do Clube Naval da Horta (CNH), o Presidente da Direcção desta instituição, José Decq Mota, anunciou que “a Comissão Organizadora da Prova decidiu que a Travessia não iria realizar-se, posição que está em convergência com a opinião e determinação da Autoridade Marítima”. O mais alto Dirigente da entidade promotora e organizadora deste evento – o Clube Naval da Horta – revelou que, em alternativa tinha sido au-

torizado o Percurso 2, que contempla a saída da Baía de Porto Pim, indo até fora do Porto da Feteira, onde se encontra uma bóia que deverá ser contornada, com regresso a Porto Pim e entrada na área do Portão. A hora da largada manteve-se: 11 horas, mas o número de nadadores sofreu um ligeiro decréscimo, tendo passado de 18 para 16. A Organização concedeu aos nadadores um prazo máximo de 5 horas para cumprimento do percurso estipulado. Pedro Afonso – colaborador do Clube, membro do Circuito de Águas Abertas dos Açores e Oficial de Segurança deste evento – referiu que “esta mudança de planos deve ser desmotivadora para quem veio de fora propositadamente para fazer a Travessia a Nado do Canal, investindo neste desafio”, mas realçou que “não estão reunidas as condições minimamente aceitáveis para a realização deste percurso”. Contudo, frisou que “outras oportunidades irão surgir certamente”. Para aqueles que desconsideram o grau de exigência desta alternativa em comparação com a

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Travessia do Canal, Pedro Afonso alertou: “Não vai ser um desafio fácil”. De realçar que a distância a percorrer é de cerca de 8 kms. Foi aconselhado aos skippers terem cuidado com a zona das baixas e aos nadadores que decidam seguir essa via, a necessidade de se coordenarem com o barco de apoio. A indicação de quem conhece a zona é para que os nadadores

se mantenham junto à costa, onde haverá pouca corrente. Foram instituídos prémios para os 3 primeiros a cortar a linha de chegada (incluindo homens e mulheres) e ainda um 1º prémio no feminino. A Cerimónia de Entrega de Prémios terá lugar este sábado, dia 5, no decorrer do caldo de peixe, evocativo de “Como tudo começou...”

O compasso de espera entre a reunião e a deslocação para Porto Pim

Com a mudança de planos, os contactos desdobraram-se

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 14 NADADORES CONCLUÍRAM A PROVA DE NATAÇÃO DE ÁGUAS ABERTAS/8 KMS Tiago Durães vencedor da prova

- Tiago Durães foi o vencedor, com fato - Maria Armas foi a vencedora, sem fato

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mau tempo que se abateu sobre a ilha do Faial na manhã de sexta-feira, dia 4, fez com que os nadadores tenham realizado um percurso alternativo à Travessia do Canal Pico/Faial. Como tal, foi realizada a Prova de Natação de Águas Abertas/8 kms (Porto Pim/Feteira/Porto Pim, que na prática foram cerca de 9 kms). O Presidente do Clube Naval da Horta (CNH), José Decq Mota, explica que “a alternativa se centrou na costa Sul do Faial por ser o local mais próximo e onde as condições de vento, maré e mar produziam menos efeitos negativos”. E acrescenta: “Esta decisão foi tomada pelas 8h45 desta sexta-feira, tendo sido cumprido o restante horário e mobilizada a estrutura, adaptando-a ao novo percurso de cerca de 9 kms”. José Decq Mota ressalva que “esta foi uma decisão da Comissão Técnica da Prova, da Direção do CNH e da Autoridade Marítima”, frisando que “não houve proibição mas concordância de posições”.

Inscritos estavam 18 nadadores – dos quais 3 elementos femininos – oriundos do Faial, Pico, Terceira, São Miguel, Continente português (Lisboa e Porto), Espanha, Itália e França. Verificaram-se 4 desistências: 3 antes da prova e 1 no decorrer da mesma. Este Dirigente lamenta que as condições atmosféricas não tenham permitido a Travessia do Canal. Para precaver eventuais situações semelhantes, o Presidente do CNH equaciona a possibilidade de, futuramente, “puderem ser estudados 2 diferentes dias para a realização da Travessia”, mas vai logo adiantando que “isso implica alterações estruturais no programa”. Olga Marques, Vice-Presidente do CNH, concorda que “esta alternativa não foi tão agradável quanto teria sido fazer a Travessia”, chamando a atenção para o facto de “a distância ter sido superior: perto de 9 kms e o grau de dificuldade não ter sido inferior, com duras condições de prova”. Tanto o Presidente como a Vice-Presidente do CNH aproveitam esta oportunidade para expressarem, de forma pública, o seu agradecimento às dezenas de Voluntários (Sócios, Dirigentes, Treinadores, Amigos e Simpatizantes do Clube

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Naval da Horta, que deram de si, do seu tempo e das suas embarcações), pois sem o indispensável apoio e empenho de todos não teria sido possível levar a cabo esta grandiosa Prova, que atesta de forma inequívoca a importância crucial o trabalho gigantesco e gracioso dos Voluntários no Festival Náutico do CNH, o maior que se realiza em Portugal. “A todos, um grande e sincero obrigado!” De realçar, ainda, a estreita colaboração com a Autoridade Marítima e a dedicação dos elementos da Comissão Organizadora da Travessia do Canal – que este ano teve como alternativa a Prova de Natação de Águas Abertas/8 kms – que constitui já um cartaz incontornável de promoção turística da ilha do Faial e da Região Açores, com a chancela do Clube Naval da Horta, o mais dinâmico dos Açores. “Pretendo voltar em 2018 para fazer a Travessia do Canal” Entrevistado pelo Gabinete de Imprensa do CNH, Tiago Durães, de Oeiras, diz que “a sensação é boa” e que “não estava à espera” de ganhar a Prova. Ele foi o vencedor, com fato, tendo levado 2 horas e 22 minutos. Impossibilitado de estar presente na Cerimónia de Entrega de Prémios, que se realiza este sábado, dia 5, no decorrer do Caldo de Peixe, evocativo de “Como tudo começou...”, com início pelas 20h30, Tiago Durães já foi fotografado de medalha ao peito, ao lado do Presidente do CNH. Confessa que quinta-feira, dia 3, ainda tinha expectativa de fazer a Travessia do Canal mas hoje de manhã (sexta-feira, dia 4) quando viu tudo nublado, percebeu logo que não ia ser possível. No entanto, garante que pretende concretizar esse desafio, pelo que se continuar a prática da natação (em piscina), voltará em 2018 para fazer a Travessia do Canal. E já deixou recado para ser contactado logo que abram as inscrições para o próximo ano. Sendo engenheiro civil de profissão, a natação representa um hobby. Até agora, este continental desconhecia por completo os Açores e nesta curta viagem – de 3 a 5 – apenas viu parte do Faial. Questionado sobre a forma como descobriu a Travessia do Canal organizada pelo Clube Naval da Horta, refere que foi através de uma amiga, que faz travessias curtas, que ao ver a informação no Facebook lhe comunicou. Daí até ter entrado em contacto com a Secretaria do CNH

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foi um ápice, tendo feito a sua inscrição há bastante tempo. O vencedor dedica a vitória às filhas gémeas: Joana e Maria, de 7 anos, que, certamente estão orgulhosas do feito alcançado pelo pai. A propósito da Prova, afirma que não parou para comer nem beber e que até à boia (na Feteira) nadou a um ritmo moderado. Já no regresso, imprimiu maior velocidade, vindo sempre encostado à costa. Durante o percurso apenas viu uma caravela portuguesa. Embora admita que sabia estar “bem colocado”, assegura que “nunca” pensou ganhar. O vencedor realça o trabalho do skipper do barco de apoio, Luís Moniz, a quem agradece, e dá os parabéns à Organização. Tiago Durães refere que do pouco que teve possibilidade de ver, pode dizer que gostou da ilha, sublinhando que “as pessoas são simpáticas”. Certamente que esse é um fator de peso para que que regresse no próximo ano e incentive amigos e conhecidos a virem conhecer o Faial, ainda mais agora que percebeu que pode fazer um périplo pelo Triângulo, oportunidade exclusiva nestas ilhas do Grupo Central. Este afável engenheiro, refere que trocou contactos com nadadores para provas futuras, os quais se revelaram “muito prestáveis”. Não admira, pois, que tenha feito novos amigos. “Só queria completar a prova” Maria Armas, de 19 anos, natural da ilha Terceira, foi triplamente vencedora pois, além de ter sido a 2ª da geral (demorando 2 horas e 26 minutos), foi a 1ª a cortar a linha de chegada dentro daqueles que não usaram fato, tendo, também, sido o 1º elemento feminino deste conjunto. Além dela, havia ainda em prova outras 2 adversárias: Letícia Toste, igualmente terceirense, e Laurence Falconet, francesa. A corrente impediu esta praticante de natação de ter completado a Travessia do Canal (Faial/ Pico) em 2016. Por isso, preparou-se para vencer o desafio este ano, confessando que só queria acabar o percurso. Por isso, “jamais” pensou que poderia ganhar. Contudo, admite que foi “interessante” ter levado a dianteira aos homens presentes na prova (à exceção do vencedor com fato). Perante a mudança de planos, esta terceirense diz que tem de voltar em 2018, pois a

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Maria Armas, a 1ª mulher a completar a prova e a 1ª na linha de chegada sem fato

Travessia do Canal continua atravessada. O objetivo agora é convencer gente da sua faixa etária a participar neste desafio, “o que não se tem revelado muito fácil”. Esta jovem já fez travessias na sua ilha e começou nestas aventuras há apenas 1 ano, a convite do tio, Elias Ribeiro, também ele amante destas provas. Maria Armas considera que “este ano correu muito melhor do que no ano transato” e admite que “o cansaço e o facto de o mar estar agitado foi o mais difícil, já na reta final”. Fazendo uma avaliação, acha que devia ter comido, mas não o fez para não perder tempo e também por recear que isso a deixasse enjoada. Como tal, só bebeu água. Na opinião desta participante, “o Circuito foi bem organizado e tudo decorreu sem problemas”. “Destaco o espírito de equipa, a mobilização do CNH e a simpatia de todos” Ricardo Frias, de Lisboa – que demorou 2 horas e 30 minutos a fazer o percurso – afirma que costuma realizar travessias, embora esta tenha sido

a primeira no Faial e nos Açores. Como tinha férias marcadas para o Triângulo (Faial, Pico e São Jorge), já vinha com a intenção de se inscrever caso houvesse alguma prova. No entanto, “não estava à espera de ganhar” e confessa que “foi duro”. E explica: “Embora a corrente para lá estivesse boa, para cá, o cansaço, a maré e o vento dificultaram, mas o mais complicado foi o facto de os braços não quererem ajudar”. Este adepto das travessias – já fez várias no Continente e também na Madeira – revela que não costuma parar quando os percursos são até aos 10 kms. Mesmo dizendo que não estava preparado, confirma que “tinha consciência das condições”. O facto de só muito recentemente ter recuperado de uma lesão de bicicleta – outra paixão – não o impediu de agarrar este desafio, visto em primeiro lugar para com ele próprio e só depois para com os outros. Destaca a “excelente organização do CNH”, a quem dirigiu os parabéns, salientando o acolhimento, o tratamento em prova e o acompanhamento. “Fui muito bem acolhido e garantidamente é para voltar em 2018 e fazer a Travessia do Canal. Se puder, trago outros comigo”.

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“Dentro da capacidade organizativa, quero ainda vincar o espírito de equipa, a espantosa mobilização do Clube Naval da Horta e a simpatia de todos os que por aqui andam. É inerente às pessoas de cá e à forma como recebem”, sustenta. O facto de ter tido oportunidade de visitar três ilhas, permiti-lhe afirmar que “cada uma é muito particular”. Realça “a imponência de São Jorge com as suas magníficas e únicas fajãs, a rota da baleia e do vinho no Pico, além da majestosa montanha, e a hospitalidade do Faial e das suas gentes, muito viradas para o mar. Sou professor de Educação Física e fico contente por ver tanta gente a praticar desporto no Faial, onde se respira actividades náuticas, sem dúvida muito mais do que em Lisboa, também uma cidade situada à beira-mar”. Classificação: Com fato:

4. Jorge Fontes: 2h 58’32’’38 5. Rodrigo Rodrigues: 2h 58’54’’58 6. Sérgio Alves: 3h 11’54’’80 7. Paulo Alves: 3h 14’14’’45 8. Tomás Oliveira: 3h 19’31’’95 9. Laurence Falconet: 3h 52’06’’87 10. Mirko Girolamo: 3h 52’27’’77 11. Arnaldo Martins: 4h 03’24’’04 12. Elias Ribeiro: DNF 13. Albino Pinheiro: DNS 14. Alexandre Guerreiro: DNS 15. Vítor Medeiros: DNS (DNF: não completou a prova/DNS: não realizou a prova) Sem fato: 1. Maria Armas: 2h 26’08’’17 2. Letícia Toste: 3h 47’44’’00 3. Paulo Monjardino: 4h 22’27’’47

1. Tiago Durães: 2h 22’01’’85 2. Ricardo Frias: 2h 30’49’’60 3. Pablo Garcia Alta Ribas: 2h 45’25’’48

Ricardo Frias: “O cansaço, a maré e o vento dificultaram, mas o mais complicado foi o facto de os braços não quererem ajudar”

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 TOMÁS OLIVEIRA, O MAIS JOVEM NADADOR DA PROVA DE NATAÇÃO DE ÁGUAS ABERTAS/8 KMS

O Presidente do CNH, José Decq Mota, acompanhado por Tomás Oliveira, o mais jovem nadador na Prova de Natação de Águas Abertas/8 kms

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omás Oliveira é um jovem de apenas 15 anos, segundo o Cartão de Cidadão, mas a postura, a determinação e o discurso fazem dele um adulto. Há muito que é atleta do Clube Naval da Horta (CNH), antes em Vela, agora já só em Natação, desporto a que decidiu dedicar-se a 100%. Sempre brilhante e exigente para consigo próprio, diz que gosta de desafios, daí ter pensado que “era bom tentar fazer a Travessia do Canal”. A sua decisão foi amplamente incentivada pela atual Treinadora de Natação, Sílvia Mendonça; e pelo ex-treinador, Lúcio Rodrigues; mereceu o apoio do pai e o receio da mãe. Após ter treinado “o suficiente”, o jovem atleta não tinha dúvidas de que “estava preparado”. A única coisa

que o assustava um pouco eram as águas vivas e as caravelas (inimigas de qualquer nadador), tendo chegado a avistar duas águas vivas durante o percurso. Já a caminho, Tomás começou a ter “muitas cãibras e frio”, o que o levou a pensar desistir, mas eis que no barco de apoio apareceu Lúcio Rodrigues, que começou a puxar pelo antigo atleta, incentivando-o a continuar, e Tomás confessa que foi graças a esse apoio que conseguiu chegar ao fim. “Foi uma surpresa ele ter aparecido ali e, ao começar a puxar por mim, motivou-me. Fiz questão de acabar o percurso, pois queria que ele se sentisse orgulhoso de mim. Além disso, deu-me umas dicas técnicas e táticas e isso ajudou-me bastante. Agradeci-lhe no fim da prova”. O apoio de Sílvia Mendonça também constituiu um incentivo, já que a Treinadora estava “constantemente” a telefonar para um dos elementos que seguiam no barco de apoio com o intuito de saber como estava a portar-se o seu aluno. Dio-

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go Picanço, skipper do “Bolero”, foi testemunha e personagem ativa deste filme de ação, rumo à consagração de Tomás Oliveira. No seu percurso de nadador do CNH, este jovem pôde contar com “dois treinadores excelentes”: Lúcio Rodrigues e Sílvia Mendonça. “Têm estilos diferentes, mas gosto de ambos”. Ao cortar a linha de chegada, o herói do dia não esconde que só lhe apetecia descansar e, ao chegar, deitou-se na rampa junto ao Portão de Porto Pim. Foram 3 horas e 19 minutos a nadar! Quanto ao facto de ter havido mudança de planos, Tomás Oliveira afirma que “esta alternativa era à mesma um percurso longo, com um tempo difícil, já que o mar não estava fácil”. “Foi duro!”, admite. E revela: “Quando foi anunciado que seria o percurso Porto Pim/Feteira/Porto Pim, senti-me até mais confiante, porque já tomei banho ali várias vezes e conhecia razoavelmente aquela zona”.

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Agora que tudo acabou bem, Tomás considera que “valeu a pena o esforço”, o que pode ser visto como mais um elemento de peso para o currículo deste jovem de apenas 15 anos. Embora ainda não tenha tomado uma decisão quanto ao futuro profissional, sabe que “será algo relacionado com o desporto”. No dia (5 de Agosto) em que foi distinguido com um Prémio por ter sido o mais jovem participante a realizar a proeza de nadar cerca de 9 kms em condições adversas – no decorrer da Cerimónia de Entrega de Prémios aos vencedoras da Prova de Natação – Tomás Oliveira, com o seu sorriso sincero e ar tímido, agradece a toda a gente que o apoiou neste desafio, destacando os pais, os avós, os colegas, os amigos e, naturalmente o clube do coração: o Clube Naval da Horta.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 ANDRÉ AZEVEDO E LAURA FONSECA GANHARAM O CIRCUITO REGIONAL DE ÁGUAS ABERTAS

Na foto, atrás, da esquerda para a direita: Laura Fonseca vencedora Feminina da Prova de Natação, e Conceição Marques, Tesoureira do CNH À frente, pela mesma ordem: Olga Marques, Vice-Presidente do CNH e Dirigente da ANARA, e Álvaro Carvalho, Director Técnico da ANARA

Classificação

nscreveram-se 24 pessoas na Prova de Natação do Circuito Regional de Águas Abertas, realizada na tarde de quinta-feira, dia 10, no decorrer do Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH) 2017. Esta Prova realizou-se pela 4ª vez, sendo uma organização da Associação de Natação da Região Açores (ANARA), que contou com o apoio do CNH. Dos inscritos, 19 chegaram ao fim, tendo percorrido uma distância de 1.500 metros, entre a ponta da doca e a rampa. Em Masculinos, André Azevedo ficou em 1º lugar e em Femininos Laura Fonseca foi a 1ª classificada.

3º - Diogo Vieira

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Masculinos: 1º - André Azevedo 2º - Tomás Oliveira

Femininos: 1ª - Laura Fonseca 2ª - Raquel Vítor 3º - Luísa Leal

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 NATAÇÃO: TRAVESSIA CURTA DA DOCA CONTOU COM 58 INSCRITOS

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mítica Travessia Curta da Doca – Prova de Natação, contou este ano com 58 inscritos, dos quais apenas um não chegou ao fim. O percurso era composto por 250 metros e ia desde a rampa da doca velha até à escaleira em frente ao Peter Café Sport. A Vice-Presidente do Clube Naval da Horta (CNH), Olga Marques, salienta o facto de esta Travessia atrair “sempre muita gente”, sendo já uma prova emblemática do Festival Náutico, promovido e organizado pelo CNH. A Travessia Curta da Doca aconteceu sexta-feira, dia 11, sendo uma organização da Associação de Natação da Região Açores (ANARA), que contou com o apoio do CNH. No Escalão 1 (dos 0 aos 10 anos), o vencedor foi Vasco Alexandrino; no Escalão 2 (dos 11 aos 14 anos), Ricardo Faria foi o 1º classificado; no Escalão 3 (dos 15 aos 20 anos), o número 1 do pódio foi Francisco Alves e no Escalão 4 (mais de 20 anos), Filipe Martins ficou na dianteira.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 POLO AQUÁTICO: TORNEIO REUNIU JOGADORES E MUITA ASSISTÊNCIA

O Polo Aquático é uma modalidade com grande tradição no Festival Náutico do CNH

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ecorreu na tarde de quinta-feira, dia 10, a primeira parte do jogo de Polo Aquático, integrado no Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH) 2017. Esta modalidade é já uma tradição antiga no decorrer

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da Semana do Mar, juntando não só vários jogadores, como muito público, que, entusiasticamente, vai incentivando e dando dicas às equipas, que apostam o seu melhor para chegar ao título. O jogo termina na sexta-feira, dia 11.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 POLO AQUÁTICO: “A CABANA DA PREVENÇÃO DO AFOGAMENTO” GANHOU O TORNEIO

Todos os anos, o Polo Aquático é integrado no Festival Náutico do CNH

“A

Cabana da Prevenção do Afogamento” foi a equipa vencedora do Pólo Aquático, cujos jogos começaram a ser disputados quinta-feira, dia 10, e terminaram sexta, dia 11. Em 2º lugar ficaram os “Ressacados”, em 3º a equipa “Que Venha Jantarada” e em 4º os “Sharks”. Nestes dois dias foram realizados 4 jogos, sendo que cada jogo conta com dois pe-

ríodos e cada período tem a duração de 7 minutos. O Pólo Aquático é uma actividade sempre presente no Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH), sendo uma competição muito divertida, com público entusiástico e que “puxa” pelas equipas. Foram Árbitros em ambos os dias, Joana Castro e Armando “Catita”.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 “SENHORA DA GUIA” GANHOU A 2ª PROVA DE CORRICO DE BARCO E CAPTUROU O MAIOR EXEMPLAR

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embarcação “Senhora da Guia”, foi a vencedora da 2ª Prova de Corrico do Campeonato de Pesca Desportiva de Barco do Clube Naval da Horta (CNH), realizada na noite de sexta-feira, dia 4 (das 19 às 23 horas). Nesta penúltima Prova do Campeonato – que se encontrava em atraso – participaram 3 embarcações: “Senhora da Guia”, de Renato Azevedo, que ficou em 1º lugar; “Melo”, de José Melo, que alcançou a 2ª posição e “Xark”, de Vicente Barreto, 3ª classificada. O maior exemplar, uma bicuda com 2.730 quilos, também foi capturada pela “Senhora da Guia”. O Campeonato de Pesca Desportiva de Barco do CNH é composto por 8 provas no total, sendo 4 de Pesca de Fundo e 4 de Pesca de Corrico. A última Prova de Corrico, noturna – Pesca Desportiva de Barco – terá lugar esta terça-feira, dia 8, no decorrer do Festival Náutico da Semana do Mar 2017. O Campeonato de Pesca Desportiva de Barco do Clube Naval da Horta 2017 é liderado pela embarcação “Xark”, logo seguida da “Melo”.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 “XARK”, “SENHORA DA GUIA” E “MELO” VENCERAM A 4ª E ÚLTIMA PROVA DE CORRICO DE BARCO

A Prova contou com a participação de 7 embarcações

D

ecorreu na noite de terça-feira, dia 8, a 4ª e última Prova de Corrico - Campeonato de Pesca Desportiva de Barco do Clube Naval da Horta (CNH). Esta Prova integra o Torneio de Pesca do Festival Náutico da Semana do Mar 2017. Participaram 7 barcos: “Xark”, “Senhora da Guia”, “Melo”, “Adriana”, “Júnior”, “Titou” e “Cagarro”. O maior exemplar, uma serra, com 3.350 quilos, foi capturada pela embarcação “Melo”. O Diretor da Secção de Pesca Desportiva de Barco do Clube Naval da Horta (CNH), Luís Carlos Rosa, explica que “há classificações diferentes, distinguindo os que costumam pescar integrados no Campeonato do Clube Naval e aqueles que participam neste Torneio da Semana do Mar, uma prova esporádica. Assim sendo, os vencedores da 4ª e última Pro A Prova decorreu entre as 19 e as 24 horas, “estando o mar fresco, o que dificultou um pouco a participação das embarcações mais pequenas”. Contudo, Luís Carlos Rosa realça que “a intenção é competir, pelo que quanto maior for o grau de dificuldade, mais aguerrida se torna a compe-

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tição e maior é a distinção entre os concorrentes”. E prossegue: “É nas adversidades que se consegue perceber quem são realmente os bons. Sendo a competição o fator dominante da Prova, a intenção é ganhar e não apanhar muito peixe, pelo que, neste caso, as condições de mar ou de lua não influenciaram a participação”. O Campeonato de Pesca Desportiva de Barco do CNH é composto por 8 provas no total, sendo 4 de Pesca de Fundo e 4 de Pesca de Corrico. As Provas de Corrico chegaram ao fim, estando, agora, a faltar a última de Fundo (Noturna), marcada para esta quinta-feira, 10 de Agosto. va de Corrico do Campeonato do CNH, foram: 1º - “Xark” 2º - “Senhora da Guia” 3º - “Melo” 4º - “Titou” Perante os resultados alcançados, a embarcação “Xark” sagrou-se vencedora da Pesca de Corrico.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 PESCA DESPORTIVA DE BARCO: “SENHORA DA GUIA” VENCEU A 4ª E ÚLTIMA PROVA DE FUNDO

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embarcação “Senhora da Guia”, foi a vencedora da 4ª e última Prova de Fundo - Campeonato de Pesca Desportiva de Barco do Clube Naval da Horta (CNH). Esta Prova integra o Torneio de Pesca do Festival Náutico da Semana do Mar 2017 e decorreu na noite de quinta-feira, dia 10. Participaram 5 embarcações: “Adriana”, de Paulo Vargas; “Senhora da Guia”, de Renato Azevedo, “Xark”, de Vicente Barreto, “Melo”, de José Melo e “Junior”, de Rui Silveira. A prova decorreu entre as 19 e as 24 horas e inicialmente contou com boas condições, tendo havido marés muito fortes a caminho do final.

O maior exemplar, um congro com 8.910 quilos, foi capturado pela embarcação “Adriana”. O Campeonato de Pesca Desportiva de Barco do CNH 2017 é composto por 8 provas no total, sendo 4 de Pesca de Fundo e 4 de Pesca de Corrico, as quais já foram todas realizadas.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 PESCA DESPORTIVA DE COSTA: JOSÉ ARMANDO SILVA GANHOU A PROVA NOTURNA

Foram 15 os pescadores que participaram na Prova Noturna de Pesca Desportiva de Costa, realizada na Lajinha, entre as 20 e as 24 horas de sexta-feira, dia 11.

A

Prova, integrada no Torneio da Semana do Mar 2017, além dos pescadores da Secção de Pesca Desportiva de Costa do Clube Naval da Horta (CNH), contou, também, com convidados da Calheta de São Jorge (3) e de Ponta Delgada, ilha de São Miguel (4). O maior exemplar, uma abrótea com 1,770 quilos, foi pescada por João Franco, de Ponta Delgada.

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O Diretor da Secção de Pesca Desportiva de Costa do CNH, Carlos Medeiros, afirma-se “satisfeito” pela forma como decorreu esta atividade, realçando “uma questão muito importante nestas pescarias, que é o convívio e a camaradagem”. E aqui há a destacar a amabilidade dos vizinhos e amigos da Secção de Pesca do Clube de Futebol da Calheta, que trouxeram queijo para o brinde que se regista em todas as provas, e que foi acompanhado pela cerveja oferecida pelo Clube anfitrião.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 LEONOR SILVA GANHOU A PROVA DE PESCA INFANTIL E APANHOU O MAIOR EXEMPLAR

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Prova Infantil de Pesca Desportiva de Costa contou com 15 participantes e realizou-se na manhã de sábado, dia 12, no âmbito do Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH) 2017. De acordo com o Director da Secção de Pesca Desportiva de Costa do CNH, Carlos Medeiros, “a prova foi muito boa e os miúdos divertiram-se bastante, tendo-se feito acompanhar pelos pais. Alguns tiveram a sua primeira experiência na pes-

ca e foi muito positiva”. Leonor Silva foi duplamente vencedora pois, além de ter sido a 1ª classificada, também apanhou o maior exemplar, uma salema com 240 gramas. A Entrega de Prémios da Prova de Pesca Desportiva Infantil decorreu na tarde deste sábado, na Tenda Multiusos do CNH. Foto de arquivo

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 PESCA DESPORTIVA DE COSTA: JOSÉ SILVA FOI O VENCEDOR DA PROVA DIURNA

Pescadores do CNH, de São Jorge e de São Miguel participaram na Prova Diurna de Pesca Desportiva de Costa - Torneio da Semana do Mar 2017

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Prova Diurna de Pesca Desportiva de Costa, realizada em Castelo Branco, entre as 8 horas e o meio-dia de domingo, dia 13, teve como vencedor José Silva, do CNH. A Prova, integrada no Torneio da Semana do Mar 2017, contou com 16 pescadores, sendo que 3 eram de São Jorge (Secção de Pesca do Clube de Futebol da Calheta), 4 de São Miguel (Clube Açoriano de Pesca Desportiva) e os restantes 9 do Clube Naval da Horta (CNH). O maior exemplar, uma veja com 1 quilo e 770 gramas, foi capturado pelo pescador Hernâni, do CNH.

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O Director da Secção de Pesca Desportiva de Costa do CNH, Carlos Medeiros, refere que “a prova começou com chuva, mas depois veio o sol e secou todos os que se haviam molhado”. E a propósito da reacção dos participantes afirma: “Eles gostaram e foi uma prova excelente, com uma competição renhida. Há a realçar o salutar convívio e o contributo que os amigos pescadores de São Jorge deram para o habitual convívio, trazendo do seu afamado queijo, que foi muitíssimo apreciado”. Carlos Medeiros revelou que a Secção de Pesca Desportiva de Costa do CNH irá ao Torneio Açoriano, que se realiza em São Miguel, nos dias 16 e 17 de Setembro próximo.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 MINI-VELEIROS: EDUARDO PEREIRA GANHOU A PROVA DA SEMANA DO MAR

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duardo Pereira, João Nunes e Luís Alves foram os vencedores da Prova de Mini-Veleiros, realizada na tarde de terça-feira, dia 8, integrada no Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH) 2017. De acordo com Eduardo Pereira – que arrecadou o 1º lugar do pódio – “as condições atmosféricas estavam acima do ideal, com vento muito forte”. No entanto, a experiência dos velejadores tornou possível a realização das 4 regatas previstas. Instado a comentar a vitória, Eduardo Pereira afir-

ma que “por se tratar de uma regata especial, integrada no Festival Náutico da Semana do Mar, qualquer um gosta de ganhar e de ter um bom desempenho. Como tal, o prémio tem um sabor especial”. Participaram 5 velejdores nesta Prova, que teve como Juiz Ana Figueiredo. No fim, e respeitando a tradição instituída entre o grupo, todos foram conviver para “a 70”, barraca do companheiro Mário Carlos. Classificação: 1º - Eduardo Pereira 2º - João Nunes 3º - Luís Alves 4º - Flávio Pereira 5º - António Pereira

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 VELA DE CRUZEIRO: REGATA DOS SOLITÁRIOS/GENUÍNO MADRUGA

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a Classe ORC, a embarcação “Air Mail”, com o skipper Luís Carlos Mota, e na Classe OPEN a “Boreas”, capitaneada por Luís Paulo Morais, foram as vencedoras da Prova de Vela de Cruzeiro “Regata dos Solitários/Genuíno Madruga”, que decorreu na tarde de terça-feira, dia 8, integrada no Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH) 2017. Na Classe OPEN, atrás da embarcação “Boreas”, classificaram-se a “No Stress”, com o skipper António Oliveira, e a “Tee”, com o skipper Emídio Gonçalves. A regata teve como cenário o Canal Faial/Pico.

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De acordo com o Vice-Presidente do CNH e simultaneamente Diretor da Secção de Vela de Cruzeiro, Luís Costa, estavam inscritas 13 embarcações, mas “as adversas condições atmosféricas fizeram com que só 6 tenham comparecido na linha de partida”.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 VELA DE CRUZEIRO: “BOREAS” FOI O VENCEDOR DA “REGATA TROFÉU HORTA”

A

embarcação “Boreas”, de Luís Paulo Morais, foi a vencedora da “Regata Troféu Horta” - Prova de Vela de Cruzeiro, realizada na tarde de quarta-feira, dia 9, no âmbito do Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH) 2017. O Vice-Presidente do CNH e simultaneamente Diretor da Secção de Vela de Cruzeiro, Luís Costa, sublinha que as condições no campo de regata eram “muito más”, o que fez com que alguns barcos não tenham concluído a prova.

ARTUR FILIPE SIMÕES | CNH 2017


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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 VELA DE CRUZEIRO: REGATA DAS SEREIAS

Cláudia Naia “4Xcape” (ORC) e Carolina Correia “Fun-Tastic” (OPEN), ganharam a Regata das Sereias

A

Regata das Sereias/MWF (Vela de Cruzeiro) destinada a Skippers Femininos, contou com 15 barcos e decorreu na tarde de sexta-feira, dia 11, integrada no Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH) 2017. Segundo o Director da Secção de Vela de Cruzeiro do CNH, Luís Costa, registaram-se “excelentes condições de vento, tendo as skippers feito duas voltas ao percurso (triângulo no Canal Faial/Pico). “Foi uma belíssima prova de Vela de Cruzeiro, que contou com mais de 100 pessoas nos diferentes bar-

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cos participantes” sublinha este Dirigente. Na Classe ORC, a vencedora foi Cláudia Naia, a bordo do “4Xcape” e, na Classe OPEN, Carolina Correia no “Fun-Tastic” foi a primeira classificada.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 VELA DE CRUZEIRO: REGATA DO CANAL

Mais de 120 pessoas participaram na Regata do Canal a bordo das 19 embarcações. “4Xcape” (ORC) e “Boreas” (OPEN), foram os vencedores da regata

O

Director da Secção de Vela de Cruzeiro do Clube Naval da Horta (CNH), Luís Costa, está “muito satisfeito” pela forma como decorreu a emblemática Regata do Canal. Esta Prova, a última de Vela de Cruzeiro do Festival Náutico do CNH 2017, realizou-se na tarde de domingo, dia 13. Participaram 19 embarcações com um total de 120 pessoas. “Estavam excelentes condições para a prática da Vela e os barcos concor-

rentes deram duas voltas ao percurso, percorrendo cerca de 17 milhas no Canal Faial/Pico”. Na Classe ORC, o vencedor foi o “4Xcape”, de Luís Quintino, e na Classe OPEN, o “Boreas, de Luís Paulo Morais.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 MAIS DE 120 VELEJADORES NO XII ENCONTRO INTERNACIONAL DE VELA LIGEIRA

Bom vento e bom mar no 1º dia do XII Encontro Internacional de Vela Ligeira

O

XII Encontro Internacional de Vela Ligeira, que arrancou na manhã de segunda-feira, dia 7, deu um colorido diferente à Baía da Horta. As delegações participantes neste Encontro Internacional atingem os 150 elementos, entre velejadores (mais de 120), Treinadores, Dirigentes e Colaboradores. Esta Prova, que é já uma referência no mundo da Vela Ligeira tendo em conta a convergência anual que proporciona, decorre no âmbito do Festival Náutico da Semana do Mar 2017, sendo organizado pelo Clube Naval da Horta (CNH). Os atletas, das Classes Optimist, 420, Laser 4.7 e Hansa, são oriundos dos Açores e do Continente português, designadamente Clube Naval de São Roque, Clube Náutico das Lajes (ambos da ilha do Pico), Clube Naval da Praia da Vitória (ilha Terceira), Clube Naval de Vila Franca do Campo, Clube Naval de Ponta Delgada (ilha de São Miguel), Clube Naval das Flores, Clube Naval de Cascais, Clube de Vela do Tejo, Clube

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Naval de Portimão, BBDouro, Sport Club do Porto, Clube de Vela do Atlântico, Clube Naval de Viana do Castelo, além do clube anfitrião: Clube Naval da Horta.

Bruno Rosa, Presidente da Comissão de Regata, refere que “as condições eram favoráveis à prática da Vela”. E realça: “Estes pequenos corajosos demonstraram o seu gosto pela modalidade, reflectindo as competências adquiridas ao longo do ano”. Em relação aos velejadores da Classe Hansa, o Treinador, João Duarte, refere que “houve bom vento e bom mar, tendo sido exigente. Foi um

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CLUBE NAVAL DA H bom dia de Vela em que se realizaram as 3 regatas previstas”. Quanto a resultados dos velejadores do CNH, na Classe 2.3, Lício Silva ficou em 1º lugar nas duas primeiras regatas e em 2º na terceira. Para Rui Dowling, Campeão Nacional em 2016, estava muito vento, tendo acabado duas regatas em 3º lugar, sendo que uma não foi concluída. Na Classe 303, o atleta Carlos Cardoso não participou pelo facto de estar lesionado, tendo a dupla vencedora sido Márcio Sousa/Luís Paulo Moniz.

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O Campeão Nacional da Classe Hansa 2017, Fernando Pinto, do Porto, classificou-se em 2º nas duas primeiras regatas do dia e em 1º na terceira regata. O XII Encontro Internacional de Vela Ligeira começou esta segunda-feira, dia 7, e termina quarta, 9 de Agosto, dia em que haverá a Cerimónia de Entrega de Prémios, na Tenda Multiusos do CNH.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 2º DIA DO XII ENCONTRO INTERNACIONAL DE VELA LIGEIRA CONTOU APENAS COM UMA REGATA

ARTUR FILIPE SIMÕES | CNH 2017

As condições de vento e de mar ditaram a realização de apenas uma regata neste 2º dia do XII Encontro Internacional de Vela Ligeira

A

s condições de vento acentuaram-se, pelo que no 2º dia – terça-feira, 8 de Agosto – do XII Encontro Internacional de Vela Ligeira, apenas se realizou a primeira. Em declarações ao Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta (CNH), Bruno Rosa, Presidente da Comissão de Regata, explicou que, “de acordo com a revisão feita pela equipa de segurança da Prova, não havia condições para que se realizassem as três as regatas previstas”. João Duarte, Treinador da Classe Hansa do CNH, referiu que os seus velejadores “ainda foram até ao campo de regata, mas por questões de segurança, atendendo ao mar e ao vento registado, não foi realizada qualquer regata neste 2º dia do XII do Encontro Internacional de Vela Ligeira”, que decorre no âmbito do Festival Náutico do CNH 2017. Recorde-se que as delegações que se encontram no Faial ultrapassam os 150 elementos, incluindo velejadores (mais de 120), Treinadores, Dirigentes e Colaboradores. Os atletas, das Classes Optimist, 420, Laser 4.7

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e Hansa, são oriundos dos Açores e do Continente português, designadamente Clube Naval da Madalena, Clube Naval de São Roque, Clube Náutico das Lajes (todos da ilha do Pico), Clube Naval da Praia da Vitória (ilha Terceira), Clube Naval de Vila Franca do Campo, Clube Naval de Ponta Delgada (ilha de São Miguel), Clube Naval das Flores, Clube Naval de Cascais, Clube de Vela do Tejo, Clube Naval de Portimão, BBDouro, Sport Club do Porto, Clube de Vela do Atlântico, Clube Naval de Viana do Castelo, além do clube anfitrião: Clube Naval da Horta. O XII Encontro Internacional de Vela Ligeira começou esta segunda-feira, dia 7, e termina hoje, quarta-feira, dia em que haverá a Cerimónia de Entrega de Prémios, na Tenda Multiusos do CNH.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 XII ENCONTRO INTERNACIONAL DE VELA LIGEIRA CHEGOU AO FIM

Lício Silva, da Classe Hansa do CNH, ficou em 1º lugar, à frente do Campeão Nacional 2017

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tendendo às circunstâncias, podemos dizer que o XII Encontro Internacional de Vela Ligeira, integrado no Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH), foi óptimo. Os velejadores portaram-se muito bem e aprenderam muitíssimo. Como tal, estão de parabéns, pois lutaram muito”. É este o balanço feito pelo Treinador de Competição de Vela Ligeira do CNH, Duarte Araújo, após três dias de intensa actividade nesta modalidade. No 1º dia deste XII Encontro (segunda, 7), as regatas decorreram muito bem, no 2º (terça, 8), as condições foram adversas e no 3º (quarta, 9), foram bastante difíceis. Duarte Araújo corrobora esta realidade, afirmando que “foram condições muito duras, com muito vento e ondas grandes. Os velejadores revelaram o seu máximo e alguns até deram espectáculo com estas condições”.

Questionado sobre a preparação dos atletas perante tão grande adversidade, este Técnico sustenta que “alguns estavam preparados, mas os que ainda não estão, mostraram grande vontade em aprender e conseguir. Alguns velejadores do Continente são dos melhores do país, ao passo que outros ainda estão na mesma fase de aprendizagem que os do Clube Naval da Horta”. Duarte Araújo destaca o desempenho de Maísa Silva, Vice-Campeã Regional Feminina, embora considere que “todos os velejadores deram o seu melhor, tendo procurado aprender ao máximo nesta prova”. A propósito deste último dia de prova – quarta-feira – Bruno Rosa, Presidente da Comissão de Regata, refere que “houve muitas dificuldades, pois o vento estava sempre a rondar: iniciou a sudeste, passou para Norte e depois ficou noroeste um bom bocado. Quando estabilizou, ficou novamente sudeste e foi possível fazer uma regata. Apesar das condições bastante adversas, os velejadores finalizaram e sentiam-se super-contentes”.

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Lício Silva é o grande vencedor da Classe Hansa “O dia de hoje [quarta-feira] foi muito mau. Por volta das 13 horas começou a entrar vento sueste e mar e por razões de segurança, nenhum velejador da Classe Hansa acabou a regata”, explica João Duarte, Treinador da Classe Hansa do CNH. Este Técnico está muito orgulhoso perante a coragem demonstrada pelos seus velejadores e mostra particular ensejo pelo resultado alcançado por Lício Silva, que conseguiu ficar em 1º lugar na Classe 2.3, à frente do Campeão Nacional de 2017: Fernando Pinto, do Porto. A boa prestação aconteceu no 1º dia do XII Encontro Internacional de Vela Ligeira, em que Lício alcançou belíssimas classificações. Fazendo um balanço a estes 3 dias de Provas, João Duarte sublinha que “foram muito duros em termos em termos náuticos, tendo-se verificado uma situação extrema de mar. O 1º dia estava duro, mas foi um rico dia para a Vela. O 2º não oferecia segurança e o 3º foi mesmo muito mau.

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O Rui Dowling – Campeão Nacional da Classe em 2016 – não teve possibilidade de mostrar o seu potencial, pelo facto de ser um velejador muito leve, e perante estas condições extremas teria posto em causa a sua segurança, o que foi evitado”. “Surpreendi toda a gente, até a mim próprio” Lício Silva sustenta a grande dificuldade que envolveu este XII Encontro Internacional de Vela Ligeira e realça: “As condições eram bem adversas, o que se revelou muito difícil, e então para andar à frente do Fernando Pinto, muito pior! Ele tem um traquejo diferente de todos. Dá muita luta no mar e tem imensa experiência. É uma pessoa muito humilde, mas um velejador que batalhou e tentou sempre. Não dava hipótese a alguém. No 1º dia de Prova andei bem e consegui ficar à frente dele, que é o Campeão Nacional. No 2º dia, a Classe Hansa não fez regatas e neste 3º e último dia, o vento estava muito fra-

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co de manhã, mas quando chegámos lá fora – foi só demora de entrar no barco e chegar ao campo de regata – começou a aumentar de intensidade e estava desagradável. Assim sendo, não acabei a regata e o Fernando continuava a batalhar, pelo que pensei que eu já não tinha qualquer hipótese. No entanto, ele também veio a desistir. Portanto, só soube que tinha ganho a prova quando já estava em terra. Surpreendi toda a gente e até a mim próprio. A minha vitória não deixa de ter uma componente de sorte, mas a Vela tem destas coisas. Estou muito satisfeito, claro, pois há imenso tempo que anseava por um 1º lugar! Foi uma boa prova e o convívio é o mais importante. Aprendemos muito com este tipo de competição, pois quando há velejadores de grande nível, como é o caso do Fernando Pinto, funcionam como concorrência elevada e temos de nos esforçar bastante. Isso também puxa por nós e faz-nos querer dar mais e evoluir. As provas e os treinos são muito renhidos e competitivos. Por isso, considero que este prémio tem um dedo deles todos. É graças à competição aguerrida, provocada pela presença e desempenho dos outros, que conseguimos batalhar mais e mais, navegando rumo à concretização dos nossos sonhos”.

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A segurança foi garantida em todas as provas Recorde-se que as delegações que disputaram este XII Encontro Internacional de Vela Ligeira – uma organização do CNH – envolvem 150 elementos, incluindo Velejadores (mais de 120), Treinadores, Dirigentes e muitos Voluntários. Os atletas, das Classes Optimist, 420, Laser 4.7 e Hansa, são oriundos dos Açores e do Continente português, designadamente Clube Naval da Madalena, Clube Naval de São Roque, Clube Náutico das Lajes (todos da ilha do Pico), Clube Naval da Praia da Vitória (ilha Terceira), Clube Naval de Vila Franca do Campo, Clube Naval de Ponta Delgada (ilha de São Miguel), Clube Naval das Flores, Clube Naval de Cascais, Clube de Vela do Tejo, Clube Naval de Portimão, BBDouro, Sport Club do Porto, Clube de Vela do Atlântico, Clube Naval de Viana do Castelo, além do clube anfitrião: Clube Naval da Horta. As actividades do programa desta quarta-feira, dia 9, terminaram com uma grande festa, que foi o jantar e a Cerimónia de Entrega de Prémios a estes destemidos velejadores, que deram provas de que estão preparados para o embate.

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A Tenda Multiusos do CNH foi o espaço gigante que acolheu este convívio de gente amiga, que o CNH quer voltar a receber no próximo ano. O mais alto Dirigente do Clube anfitrião congratulou-se com os resultados obtidos, a forma afinca-

da e empenhada como todos trabalharam para o sucesso desta iniciativa e agradeceu a presença de toda a gente, além de desejar boa viagem e bons ventos a todos os convidados que, esta quinta-feira, começam a regressar às suas terras.

O Presidente da Direcção do CNH, José Decq Mota, falando, entusiasticamente, na Cerimónia da Entrega de Prémios do XII Encontro Internacional de Vela Ligeira

As estrelas da Classe Hansa na festa que foi a Entrega de Prémios

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Lício Silva, ao lado seu Treinador, João Duarte: o orgulho é mútuo

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 ENTREVISTA A BEATRIZ GAGO E A BEATRIZ CINTRA, DE PORTIMÃO – GRUPO DE OURO E PRATA NO MUNDIAL DE OPTIMIST 2017

Beatriz Gago e Beatriz Cintra são ambas do Clube Naval de Portimão e fazem muitos sacrifícios pela Vela

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las estão no top 5 da Vela em Portugal, representaram o País das Quinas no Mundial de 2017, são simpáticas e adoram o Faial. Beatriz Gago tem 15 anos, 7 dos quais dedicados à Vela, no Clube Naval de Portimão. Participou no Mundial, realizado há 2 semanas, na Tailândia, tendo ficado em 4º lugar feminino – Grupo de Ouro – a 2 pontos do 3º lugar. No grupo dos 281 velejadores que disputaram o Mundial na Tailândia, Beatriz Gago classificou-se em 43º lugar. Beatriz Cinta tem 14 anos e também pratica Vela desde os 7, no mesmo Clube. Aliás, foi a Vela que as tornou amigas. Participou igualmente no Mundial, tendo ficado no 2º grupo de 4, o que significa Grupo da Prata.

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Ambas já vieram várias vezes ao Faial, a convite do Clube Naval da Horta (CNH), onde se sentem muito bem, tendo mesmo pedido para voltar em 2018. Aproveitando a sua participação no XII Festival Internacional de Vela Ligeira, organizado pelo CNH, o Gabinete de Imprensa do Clube entrevistou estas medalhadas atletas, que têm grandes ambições no mundo da Vela. Beatriz Gago: “Os meus pais apoiam-me muito!” Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta (CNH): Como correu o Mundial? Beatriz Gago: Poderia ter sido um pouco melhor, já que fiquei a 2 pontos do 3º lugar. No entanto, alcancei o meu objectivo, que era fazer melhor do que em 2016, ano em que fui em 6º lugar feminino, na 59ª posição da geral.

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CLUBE NAVAL DA H Gabinete de Imprensa do CNH: Como surge a Vela na tua vida? Beatriz Gago: O meu avô tinha um veleiro e meu pai gostava que eu praticasse Vela. Isto começa porque quis fazer a vontade a ele, mas a verdade é que depois fui começando a ganhar gosto e posso dizer que os meus pais me apoiam muito! “A Vela permite-me conhecer novas culturas” Gabinete de Imprensa do CNH: O que é que a Vela te trouxe? Beatriz Gago: Conquistas e oportunidades de conhecer novas pessoas, novos países e culturas, fazer amizades dentro e fora do país e praticar outras línguas. Como fazemos muitos estágios em que só se fala inglês, temos de dominar este idioma. Até agora, a Vela já me permitiu conhecer Tailândia, Irlanda, País de Gales, Omã, Espanha e até o meu país, incluindo duas ilhas dos Açores: Faial e Pico.

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“Gostava de ser velejadora olímpica!” Gabinete de Imprensa do CNH: O que representa a Vela para ti? Beatriz Gago: A Vela é a minha vida. Gabinete de Imprensa do CNH: Qual o teu sonho? Beatriz Gago: Ser velejadora olímpica! Mas para assegurar o meu futuro, gostava de tirar um Curso na área das Ciências e Matemáticas. Gabinete de Imprensa do CNH: É fácil conciliar a Escola com a Vela? Beatriz Gago: Já tive umas picardias com alguns dos meus professores para conseguir que mudassem a data dos testes e consegui, pois a legislação diz que são obrigados a fazer isso quando se trata de atletas de competição que representem o país no estrangeiro.

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“Quando se trabalha e se tem vontade, tudo é possível” Gabinete de Imprensa do CNH: És vista como um exemplo? Beatriz Gago: Sim, dizem-me que eu sou um exemplo para os outros no sentido de mostrar que, quando se trabalha e se tem força de vontade, tudo é possível. Incentivo outros colegas e amigos a também praticarem Vela. Gabinete de Imprensa do CNH: Fazes sacrifícios pela Vela? Beatriz Gago: Abdico da minha vida pessoal para treinar.

Gabinete de Imprensa do CNH: O que fazes nos tempos livres? Beatriz Gago: Faço surf com meu pai e o meu irmão. Gosto de estar com a minha família e com os meus amigos, gosto de ir à praia, de passear e de viajar. Beatriz Cintra: “É muito difícil conciliar a Escola com a Vela” Gabinete de Imprensa do CNH: Porque apostaste na Vela? Beatriz Cintra: Comecei na Vela por causa do meu irmão, que também praticava. O meu pai também já fez Vela e tenho um primo que ainda pratica.

Gabinete de Imprensa do CNH: Gostas de vir ao Festival Náutico, organizado pelo Clube Naval da Horta? Beatriz Gago: Muito! Esta é já a 4ª vez que venho ao Faial. A primeira foi em 2012, depois em 2015 vim duas vezes: uma por altura do Campeonato Nacional de Juvenis e a segunda aquando do Festival Náutico, e agora novamente no Festival Náutico.

Gabinete de Imprensa do CNH: Porquê a Vela e não outro desporto? Beatriz Cintra: Porque gosto e por achar que é um desporto mexido e engraçado.

Gabinete de Imprensa do CNH: Qual é a tua impressão? Beatriz Gago: A ilha é bonita, assim como o Pico, que também aproveitei para visitar. Os atletas são simpáticos e as pessoas estão sempre dispostas a ajudar, sendo hospitaleiras e humildes. O Encontro Internacional de Vela Ligeira está bem organizado. Entendo que os velejadores têm potencial, mas compreendo que devido às circunstâncias geográficas e não só, seja mais difícil evoluir aqui do que no Continente. Falta experiência. Nós lá, metemo-nos no carro e vamos para qualquer lado, ao passo que aqui, já não é assim.

Gabinete de Imprensa do CNH: Os professores percebem a vossa vida? Beatriz Cintra: Alguns sim, mas também já tive de conversar com outros para lhes fazer ver a minha situação, o que nem sempre é fácil de perceber.

Gabinete de Imprensa do CNH: Dá para aprender alguma coisa aqui? Beatriz Gago: Sim, aprende-se sempre qualquer coisa, pois não há regatas perfeitas. Gabinete de Imprensa do CNH: Contas com algum patrocínio? Beatriz Gago: Da Companhia Náutica, que me cedeu o barco que uso desde o início de 2016.

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Gabinete de Imprensa do CNH: É fácil conciliar com a Escola? Beatriz Cintra: É muito difícil, mas consigo porque estudo todos os dias.

“Estamos as duas no top 5” Gabinete de Imprensa do CNH: Porque razão foste ao Mundial? Beatriz Cintra: Por ter conseguido ficar apurada, tendo representado Portugal, assim como a Beatriz Gago. Ao Mundial de Optimist – o maior campeonato da classe – foram 5 velejadores de cada país, num total de 281 atletas. Estamos as duas no top 5. Gabinete de Imprensa do CNH: A carga de treino é muito intensa? Beatriz Cintra: Treinamos sempre que podemos, mas garantidos estão 3 treinos semanais de várias horas. O nosso Treinador é o Frederico Rato e o Clube Naval de Portimão tem condições para a Vela.

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“A Vela fez com que aprendesse a organizar-me” Gabinete de Imprensa do CNH: Também tens o mesmo patrocinador? Beatriz Cintra: Sim, é também a Companhia Náutica, mas no meu caso uso um barco do Clube. Há velejadores que têm o seu próprio equipamento, mas o Clube Naval de Portimão tem barcos para todos e, bons! Gabinete de Imprensa do CNH: O que é que a Vela te proporcionou? Beatriz Cintra: Aprendi a organizar-me e a gerir o tempo; tenho viajado, já fui à Tailândia, à Itália e a Espanha. Conheço o meu país e esta é a terceira vez que venho ao Faial. Só lamento ter de mudar de escalão, devido à idade. Gabinete de Imprensa do CNH: Qual a tua opinião sobre o CNH e a ilha? Beatriz Cintra: O CNH está bem situado, mesmo à beira-mar, o que é muito bom. As pessoas são muito simpáticas e estão sempre prontas a ajudar. Não querem problemas com ninguém nem stressam. Gabinete de Imprensa do CNH: Quando vens às competições organizadas pelo CNH aprendes algo de novo? Beatriz Cintra: Aprende-se em todas as regatas, porque cometemos sempre erros. Cada uma tem

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o seu grau de dificuldade. Gabinete de Imprensa do CNH: Fazes sacrifícios pela Vela? Beatriz Cintra: Desde que estou na Vela nunca mais fui a uma festa de aniversário. Gabinete de Imprensa do CNH: Consideras-te um exemplo? Beatriz Cintra: Na Vela, somos exemplos. Muitas vezes dizem-me: “Não vens à praia, não sais com os amigos, tudo por causa da Vela? Eu não era capaz de fazer isso!” Gabinete de Imprensa do CNH: O que fazes quando não estás na Vela? Beatriz Cintra: Vou com meu pai andar de bicicleta, jogo ténis, ping-pong, vou à praia e passeio pelas montanhas. Gabinete de Imprensa do CNH: No futuro, gostarias de ser...? Beatriz Cintra: Quando era pequena, queria ser PSP, seguindo o exemplo de meu pai, mas depois, por causa da Vela, passei a querer um futuro relacionado com o mar. Então, juntando os dois, decidi que vou ser Polícia Marítima. Gabinete de Imprensa do CNH: A Vela vai ser uma realidade até...? Beatriz Cintra: Nunca vou deixar a Vela!

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 ENTREVISTA AO COMODORO DO CLUBE DE VELA DE VIANA DO CASTELO

Rui Costa é Comodoro do Clube de Vela de Viana do Castelo há 10 anos e garante que não troca estas funções por quaisquer outras

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ui Costa, um apaixonado pela Vela, há 10 anos que é Comodoro (nome pomposo para Responsável Técnico) do Clube de Vela de Viana do Castelo, cidade que se orgulha de ter as melhores e mais modernas instalações de Portugal para a prática da Vela, que custaram perto de 2 milhões de euros. É o Clube que mais investe na formação e só em transportes, em 2016 gastou qualquer coisa como 250 mil euros. É em Viana que estão situados os 4 maiores Centros Náuticos do País: Vela, Remo, Canoagem e Surf. Desde que o Centro de Formação de Vela está a funcionar – 2013 – o Clube de Vela de Viana já organizou vários Campeonatos Nacionais, 3 Campeonatos da Europa

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e 1 Campeonato do Mundo, o que representou milhares de visitantes. Atendendo à vocação da Horta como Cidade-Mar e ao inegável dinamismo do Clube Naval da Horta, Rui Costa gostava de se avistar com o Presidente da Câmara da Horta, José Leonardo, para convidá-lo a visitar estas magníficas instalações, com o objetivo de a Autarquia replicar o modelo na ilha do Faial. Gabinete de Imprensa do CNH: De onde lhe vem o gosto pela Vela? Rui Costa: Comecei a praticar Vela (Optimist) aos 7 anos de idade, tendo percorrido todas as classes. Mantive a prática até perto dos 40 anos, altura em que abandonei para assumir as actuais funções. Gabinete de Imprensa do CNH: Tem sido sucessivamente eleito ao longo destes anos e conse-

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CLUBE NAVAL DA H gue conciliar estas funções com a sua atividade profissional? Rui Costa: Sim, tenho sido sempre reeleito e como sou empresário, consigo dedicar-me a este cargo, de que gosto muito. É uma oportunidade única para conhecer e viajar, algo que aprecio muitíssimo. Não troco esta vida por qualquer outra. “A Vela não é um desporto para todos” Gabinete de Imprensa do CNH: Os seus filhos são velejadores? Rui Costa: Tenho uma filha com 13 anos que pratica Vela (Optimist) desde os 6. Gabinete de Imprensa do CNH: A Vela é um desporto fácil? Rui Costa: A Vela não é um desporto para todos, pois os miúdos sofrem muito, têm de ir para o mar em dias de mau tempo, com frio, têm os fins-de-semana praticamente todos preenchidos com atividades, não sobrando tempo livre para eles e para a família. Embora eu considere que não é difícil conciliar a Vela com a Escola, a verdade é que os velejadores têm menos tempo para estudar e para fazer os trabalhos de grupo. É preciso gostar muito da modalidade. Gabinete de Imprensa do CNH: Mas a Vela também os ajuda a crescer... Rui Costa: Muitíssimo! A Vela dá-lhes muitas competências, como autonomia, responsabilidade, capacidade de decisão, espírito de entre-ajuda. Um miúdo com 9/10 anos já tem de fazer opções e o facto de viajarem e conhecerem outras realidades, torna-os independentes, ativos, com um sentido de preparação para a vida. Gabinete de Imprensa do CNH: A Escola de Vela de Viana do Castelo tem quantos velejadores? Rui Costa: 50, sendo a equipa de Competição na Classe Optimist composta por 18 velejadores. “A competição é o nosso maior foco” Gabinete de Imprensa do CNH: Costumam vir ao Encontro Internacional de Vela Ligeira, que decorre no âmbito do Festival Náutico, organizado pelo Clube Naval da Horta?

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Rui Costa: Esta é a segunda vez que a Escola de Vela de Viana do Castelo participa no Encontro Internacional de Vela Ligeira. Já tínhamos sido convidados em 2016, ano em que trouxemos um grupo de 20 elementos e este ano a comitiva é composta por 9 pessoas, em que a Organização da Prova contribui para as despesas. Trata-se de uma prova engraçada, que permite aos velejadores navegarem num sítio diferente, pois o mar daqui não é igual ao nosso. A qualidade aqui é alta. Os nossos miúdos aprendem e fazem regatas competitivas. Eles gostam de vir, de passear e de conhecer a ilha. E aproveito para agradecer o convite – pois é o único Clube dos Açores que nos convida – e a forma como somos tratados. Gabinete de Imprensa do CNH: O que leva a Escola de Vela de Viana do Escola a aceitar o convite do CNH? Rui Costa: É uma oportunidade de convívio para os miúdos, constituindo, também, uma oportunidade para conhecermos novos sítios, mas sem dúvida que a competição é o nosso maior foco, pois estamos habituados a ganhar, atendendo ao nível em que nos encontramos. O Faial é uma ilha bonita, com pessoas acolhedoras. O Presidente do Clube, sr. José Decq Mota, trata-nos sempre muito bem. Quanto ao Treinador, o Duarte Araújo, já nos conhecíamos de lá. Portanto, estamos entre amigos. Gabinete de Imprensa do CNH: Em Viana, há uma grande aposta na Vela... Rui Costa: Tanto a Escola de Vela como os pais investem milhares neste desporto. Sem dúvida que a Escola de Viana do Castelo pode ser vista como um exemplo, sendo o Clube que mais investe na formação da Vela. No entanto, em Viana paga-se muito menos para praticar Vela do que em Lisboa ou noutra cidade do país. Uma mensalidade fica-se pelos 35 euros, enquanto que em Lisboa, por exemplo, ultrapassa em muito os 100 euros por mês. Gabinete de Imprensa do CNH: As vossas instalações são as melhores do País? Rui Costa: Sim, temos uma Escola de Formação, um Centro de Estágio, Área Social, Bar, Restaurantes, Ginásio, Camaratas, Hangar... Costumamos receber outros clubes e seleções interna-

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cionais. Organizamos a maior prova de Vela a nível nacional, com mais de 200 barcos e é que tratamos sempre das deslocações em terra. Tudo isto porque o Clube dispõe de meios de financiamento, que advêm das rendas resultantes do aluguer de vários espaços (restaurantes, escritório, etc). Também contamos com as quotizações dos Sócios, que são à volta de 300. Gabinete de Imprensa do CNH: É um número pouco representativo. Não é daí que provém o grosso das vossas receitas... Rui Costa: Sim, é um número reduzido. O grande impulsionador financeiro do Clube é o dinheiro das rendas. “A Câmara de Viana aposta fortemente na Vela” Gabinete de Imprensa do CNH: As vossas instalações, de topo, foram oferecidas pela Câmara Municipal de Viana do Castelo... Rui Costa: Trata-se de um edifício de raiz, tendo a Câmara se candidatado a um projeto europeu. Assim sendo, a obra foi suportada em 85% por fundos comunitários e os restantes 15% saíram dos cofres camarários. Gabinete de Imprensa do CNH: Estamos a falar de um modelo para o país, muito invejado? Rui Costa: O projeto da Câmara Municipal de Viana do Castelo – há muito pensado – constitui um exemplo para todo o país. As nossas instalações são muito procuradas e visitadas por autarquias de várias zonas de Portugal. Em 10 anos, a cidade de Viana deu um salto enorme. Éramos pequenos e pobres e chegamos a este ponto de grandeza, graças também ao trabalho de voluntários e gente amiga. Gabinete de Imprensa do CNH: O objetivo é replicar o vosso exemplo? Rui Costa: Naturalmente que todos querem perceber como é que isto foi feito e ambicionam ter um Centro de Vela como o nosso. Dá muito trabalho, mas dá um gozo ainda maior. Sem dúvida que este projeto funciona como um incentivo para toda a gente.

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“Convido o Presidente da Câmara da Horta a visitar o nosso Centro” Gabinete de Imprensa do CNH: Acha possível haver algo semelhante na ilha do Faial, ainda que a uma escala mais reduzida? Rui Costa: Claro que sim! Se houver vontade política, tudo é possível. Não estamos a falar de muito dinheiro para uma autarquia. O nosso Centro custou à volta de 2 milhões de euros, mas é preciso ver que a Câmara só pagou 15%. Com esta obra, a Cidade de Viana passou a ter os 4 maiores Centros Náuticos do país: Vela, Remo, Canoagem e Surf. Viana tem rio, tem mar e grandes tradições marítimas, com excelentes condições para a prática destas 4 modalidades. Reafirmo: o Faial tem hipóteses. Eu próprio gostava de convidar o Presidente da Câmara Municipal da Horta a ir visitar o nosso Centro de Vela. Tenho muito gosto em oferecer-lhe a passagem e a estadia. É meu convidado. Gostava muito que ele se encontrasse com o nosso autarca, José Maria da Costa. De certeza que a conversa iria ser muito produtiva. Gabinete de Imprensa do CNH: Certamente que o retorno já se começou a fazer sentir? Rui Costa: Já organizámos vários Campeonatos Nacionais, 3 Campeonatos da Europa, 1 Campeonato do Mundo, o que atrai milhares de pessoas, chegando ao ponto de não haver capacidade hoteleira, pois Viana não é uma cidade muito grande. Em Outubro de cada ano costumamos organizar a maior regata do País, na Classe Optimist, com mais de 200 barcos. “900 alunos das Escolas do Concelho na Vela, Remo, Canoagem e Surf” Gabinete de Imprensa do CNH: Há, também, participação por parte dos alunos das Escolas locais? Rui Costa: Foi desenvolvido um projeto pioneiro entre a Câmara de Viana e o Ministério da Educação, o que faz com que todos os alunos do Concelho pratiquem estas 4 modalidades nos tempos destinados às aulas de Educação Física. São 900 alunos. Só em transportes, em 2016 foram despendidos 250 mil euros.

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CLUBE NAVAL DA H Gabinete de Imprensa do CNH: Mas também há uma comparticipação grande por parte dos atletas e dos pais destes? Rui Costa: Muito diferente do que acontece aqui. Cada atleta tem o seu barco com todo o equipamento necessário, adquirido a expensas próprias. Para a Iniciação, consegue-se um barco usado por mil e poucos euros. Se já estivermos a falar de competição, um barco novo pode chegar aos 5 mil euros. E os pais gastam isto e mais. Mesmo os que têm menos possibilidades, pois os filhos são a grande prioridade dos pais. Eu próprio invisto bastante na minha filha. Gabinete de Imprensa do CNH: Mas e se estivermos a falar de uma família carenciada, o Clube não apoia? Rui Costa: Claro que apoia! O Clube dispõe

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de equipamento que cede a atletas que não têm possibilidade de ter o seu. Não é por falta de equipamento que alguém vai deixar de praticar. Gabinete de Imprensa do CNH: O que acha dos atletas do CNH? Rui Costa: A nível competitivo não se nota diferença em relação aos do Continente e digo isso avaliando os resultados que eles alcançam, pois já estiveram em Viana. Mas claro que só evoluem se saírem e competirem. Noto que há dificuldades inerentes à insularidade, mas o Clube Naval da Horta funciona bem. É um Clube que vejo representado em vários Campeonatos no Continente e percebe-se que investe nos miúdos.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 ENTREVISTA A FREDERICO RATO: “HÁ UMA INTER-AJUDA ENTRE O CLUBE NAVAL DA HORTA E O DE PORTIMÃO”

“Esta foi a primeira vez que os atletas de Portimão fizeram regatas com os velejadores da Classe Hansa e ficaram com admiração por eles”

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rederico Rato é Treinador de Vela do Clube Naval de Portimão há 10 anos, tendo começado a praticar a modalidade aos 7 anos de idade. Esta é a 6ª vez que se encontra no Faial, ilha onde se sente bem e descontraído. A comitiva de Portimão, composta por 8 velejadores (4 masculinos e 4 femininos) veio no dia 6 e regressa a casa no dia 10. A segurança e a simpatia locais, fazem com que se sintam completamente à vontade e queiram voltar sempre, mas se possível já em 2018. O Gabinete de Imprensa conversou com este Técnico, que traçou uma panorâmica sobre a Vela que se pratica no Faial e a relação com o Clube Naval da Horta, o único dos Açores que convida o de Portimão para as suas provas.

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Gabinete de Imprensa do CNH: Por que razão, o Clube Naval de Portimão gosta tanto de vir ao Faial, a convite do CNH? Frederico Rato: Vimos sempre que nos é possível e posso garantir que é uma alegria, porque é uma maneira completamente diferente de estar. O ambiente é descontraído e os atletas não estão a disputar um campeonato de apuramento, apesar de quererem competir e ganhar. Já viajei pelo Brasil, Malásia e outros países e o Faial é um sítio único, com pessoas únicas e muita segurança. Desde que falei com um PSP daqui e ele me disse que o grupo podia estar tranquilo, passei a ter um à vontade enorme sempre que venho cá com eles. Fomos à praia de Porto Pim, visitámos o Pico, as piscinas naturais, as grutas. A viagem ao Pico não foi desta vez, mas anteriormente, porque costumamos ter um dia livre para as nossas visitas, o que não foi possível agora. Há-de ser para a próxima vez.

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CLUBE NAVAL DA H Gabinete de Imprensa do CNH: Isso significa que já estão a pensar em voltar? Frederico Rato: Eu gostava de voltar no próximo ano e os miúdos também já me pediram isso. Vamos falar com os de Viana do Castelo para trazer os Laser. Eles têm mais facilidade em termos de transporte de contentores. “Só viemos, porque o CNH nos cedeu as embarcações” Gabinete de Imprensa do CNH: Há uma boa relação com o Clube Naval da Horta? Frederico Rato: Temos uma relação de inter-ajuda com o CNH desde há 6/7 anos. Viemos com 8 atletas: 4 femininos e 4 masculinos, mas porque o Clube de cá nos cedeu embarcações. Caso contrário teria sido impossível, pois para nós, do Sul, os custos relacionados com transporte de contentor são elevadíssimos! Apenas trouxemos material para equipar os barcos. E posso dizer que os meus velejadores se dedicam mesmo, pois embora não estejam habituados, o facto é que estiveram a esfregar e a lavar os barcos que o CNH nos empresta. Como forma de agradecimento, vamos deixar todo o material que trouxemos. Já conhecemos o Clube e o Duarte Araújo, somos sempre recebidos com carinho e há uma inter-ajuda entre o CNH e o Clube Naval de Portimão. Gabinete de Imprensa do CNH: Fazer regatas aqui não é o mesmo que em Portimão? Frederico Rato: Gostamos muito de ondas e este mar vem de encontro ao nosso estilo. Mas claro que é exigente velejar aqui e o mar do Faial trouxe algumas contrariedades aos atletas, sobretudo aos mais novos, que sentiram dificuldade em ajustar-se a este mar. À saída da barra levámos com o sueste, o que provocou algumas desistências. Também sentimos dificuldades pelo facto de o material não ser tão bom quanto o nosso e, naturalmente que eles querem ganhar.

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mir tão cedo. É claro que por tudo isto, estão desejosos por voltar ao Faial. Gabinete de Imprensa do CNH: Aqui, a competição é mais escassa... Frederico Rato: A situação é um pouco mais injusta para quem está nas ilhas. O nível é um pouco inferior e as referências também. Mas este tipo de prova é fundamental para que os atletas se conheçam e possam ter uma experiência quase internacional. Se não fosse iniciativas como esta, as provas de Vilamoura, de Viana do Castelo e outras para que foram selecionados, como o Campeonato Nacional, eles não se conheciam. Falamos, interagimos e conhecemo-nos, o que é fundamental. Gabinete de Imprensa do CNH: Qual a sua opinião sobre a Organização? Frederico Rato: No CNH estão muito bem organizados. Nota-se que estão bem alinhados e que sabem dos procedimentos de largada. Estamos a lidar com gente que sabe fazer as coisas. Os percursos estão bem montados e há uma atenção permanente. A nível nacional, há provas em que os organizadores deveriam estar mais bem preparados. Gabinete de Imprensa do CNH: Qual o feedback dos velejadores de Portimão? Frederico Rato: Esta foi a primeira vez que fizeram regatas com os velejadores da Classe Hansa e constituiu uma excelente oportunidade para verem o esforço que eles fazem e para se aperceberem de que são uma referência. Foi muito bom os miúdos poderem navegar lado a lado com os colegas da Classe Hansa e reparei que estavam muito observadores. Fizeram-me algumas perguntas a propósito. Ficaram com admiração por eles e viram que eles se esforçaram e enfrentaram o mar.

Gabinete de Imprensa do CNH: Também dá para aprender? Frederico Rato: Eles aprendem sem pressão e de forma divertida. E depois das provas podemos ir à praia, passar um bom tempo, ir à festa, aos concertos. Não têm aquela pressão para ir dor-

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 VELEJADORES DO CNH FALAM DA IMPORTÂNCIA DO XII ENCONTRO INTERNACIONAL DE VELA LIGEIRA

Pedro Moniz, velejador CNH

Pedro Moniz: “Só os melhores é que se aguentaram”

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edro Moniz pratica Vela no Clube Naval da Horta (CNH) há 6 anos, mas diz que mais a sério isso acontece desde há 4. Aos 14 anos de idade dedica-se a este desporto de eleição, na Classe Optimist, mas sempre que pode também colabora em terra e no mar (barcos de apoio) como Voluntário. Foi o que aconteceu quinta-feira, dia 10, no decorrer do XII Troféu Cidade da Horta em Vela Ligeira – Escolas de Vela (Optimist e Raquero. A propósito do XII Encontro Internacional de Vela

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Ligeira, que decorreu de 7 a 9 do corrente, integrado no Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH) 2017, diz que “correu bem”. E explica: “Realizei todas as regatas do princípio ao fim. Estava muito vento, ondulação e corrente, o que tornou as provas difíceis e duras. Havia muitos cabeços de maré, tudo isto fez com que alguns tenham desistido. Só os melhores é que se aguentaram. Os velejadores do Continente têm muitas provas, ao passo que nós aqui só temos as provas locais e os regionais para aprender e ganharmos experiência.O facto de estar muita gente na largada, ajuda-nos na preparação para os nacionais e

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Maísa Silva, velejadora CNH

até mesmo europeus. Estas competições permitem sempre fazer novos amigos, embora no mar seja cada um por si. Os que são do mesmo clube ajudam-se uns aos outros. O Festival Náutico representa 10 dias de atividade muito intensa e variada, o que nos permite aprender em diferentes sectores”. Maísa Silva: “Aprendi bastante com este Encontro, pois não estava habituada a condições com tanto vento” Maísa Silva tem 12 anos de idade e pratica Vela há 2. Foi Vice-Campeã de Femininos em Juvenis e diz que no último ano notou “uma evolução muito grande”. “O XII Encontro Internacional de Vela Ligeira correu bem, acabei todas as regatas e deu para aprender com o pessoal de fora. Houve muito vento e muita onda, mas consegui alcançar as minhas expectativas, que era ficar nos 20 primeiros. Aprendi bastante com este Encontro, tendo em conta que não estava habituada a condições de tanto vento. Ter tanta gente na largada é mais difícil, mas é assim que se aprende. Os do Continente disseram que aqui era diferente. Eles têm mais campeonatos e, portanto, mais experiência do que nós. Já conhecia alguns de-

les e agora foi uma oportunidade para conhecer melhor. Os do Porto (BB Douro) são o grupo onde tenho melhores amigos. Vai haver uma Regata em Outubro próximo, em Viana do Castelo, e eu gostava de participar. Por vezes também dou apoio nas regatas do CNH, sobretudo nas dos mais pequenos. Também aprecio ver os outros a velejar. Gosto de vir, participar e ajudar”. Jorge Pires: “Este Encontro permitiu-me perceber como é que os velejadores das outras ilhas estão a andar” “Foi bom rever amigos dos Clubes Navais de Cascais e de Viana do Castelo” Jorge Pires tem 16 anos, faz Vela há 5 anos e esta é a sua primeira época na Classe Laser. No que concerne ao XII Encontro Internacional de Vela Ligeira, uma organização do CNH, diz: “Não correu da forma que eu esperava, mas foi divertido. Gostaria de ter tido uma melhor classificação. Os meus resultados deveram-se ao facto de eu não treinar há algum tempo. O forte vento e as condições de mar tornaram este Encontro muito difícil. Mas sem dúvida que valeu a pena a participação, pois foi divertido. O facto de conhecer alguns velejadores de fora, também foi bom. Mas a presença deles fez com que a frota fosse maior do que aquela que encontramos nos

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Jorge Pires, velejador CNH

regionais. Foi bom rever amigos dos Clubes Navais de Cascais e de Viana do Castelo. Eles costumam ir aos Nacionais, onde nos encontramos. Este Encontro também me permitiu perceber como é que os velejadores das outras ilhas estão a andar. Confesso que o Alexandre Madruga, do Clube Naval da Madalena, me impressionou. Os regionais ajudam-nos a evoluir. A frota regional de Laser tem bastante qualidade. Mais uma razão para a equipa desta Classe do CNH ter de aumentar os treinos. O Tomás Pó é o velejador do CNH que tem melhores resultados. O Festival Náutico, sendo 10 dias de muita atividade, possibilita termos outras experiências. Gosto de ir nos barcos de apoio, pois além de ajudar também me divirto. Isso vai acontecer esta sexta-feira, na Regata das Sereias. Gosto de ajudar nos Veleiros e na Canoagem. Sendo uma Semana muito diferente, dá para convivermos mais. Este ano vivi uma experiência nova, que foi a Atlantis Cup. Fui convidado pelo meu amigo Cristóvão Ribeiro para ir no barco dele, o “Pagode”, e gostei muito. Foi bastante cansativo, mas pude ver que a Vela em equipa é muito diferente da Vela Ligeira. Aprendi a fazer vela de veleiro, o que foi algo de novo para mim. É completamente

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diferente da Vela Ligeira. Ambas são boas, mas de diferentes formas. Gostava muito de repetir esta experiência em 2018”. Mais de 120 velejadores no Faial O XII Encontro Internacional de Vela Ligeira trouxe à Horta mais de 120 velejadores, das Classes Optimist, 420, Laser 4.7 e Hansa, oriundos dos Açores e do Continente português, designadamente Clube Naval da Madalena, Clube Naval de São Roque, Clube Náutico das Lajes (todos da ilha do Pico), Clube Naval da Praia da Vitória (ilha Terceira), Clube Naval de Vila Franca do Campo, Clube Naval de Ponta Delgada (ilha de São Miguel), Clube Naval das Flores, Clube Naval de Cascais, Clube de Vela do Tejo, Clube Naval de Portimão, BBDouro, Sport Club do Porto, Clube de Vela do Atlântico, Clube Naval de Viana do Castelo, além do clube anfitrião: Clube Naval da Horta.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 CERCA DE 15 VELEJADORES DO FAIAL E DO PICO PARTICIPARAM NO “XII TROFÉU CIDADE DA HORTA” EM VELA LIGEIRA

O “XII Troféu Cidade da Horta” em Vela Ligeira – Escolas de Vela, contou com velejadores do Faial e do Pico

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erca de 15 velejadores participaram no “XII Troféu Cidade da Horta” em Vela Ligeira – Escolas de Vela (Optimist e Raquero), realizado na manhã de quinta-feira, dia 10, na Baía da Horta, no âmbito do Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH) 2017. Além dos atletas do CNH, participaram, também, alguns do Clube Naval da Madalena e do Clube Náutico das Lajes do Pico. Os três primeiros do pódio, foram Maria Ramos (1º lugar) do CNH, David Moimeaux (2º), também do CNH, e Miguel Mendes (3º), do Clube Naval da Madalena. A Entrega de Prémios, com lanche, aconteceu na tarde deste dia, na Tenda Multiusos do CNH. O Gabinete de Imprensa do CNH conversou com os Treinadores da Madalena e das Lajes.

Edmar Delgado, Treinador do Clube Naval da Madalena: “Fazemos mais regatas no Faial do que no Pico” “Esta prova foi importante, na medida em que lhes permitiu uma primeira experiência de regatas, valendo, também, pelo convívio. Os atletas do Clube Naval da Madalena vêm muitas vezes ao Faial, a convite do CNH. Aliás, fazemos mais regatas cá do que no Pico. Aqui, temos uma frota maior, o que é bom para evoluir e tem-se notado essa evolução. Hoje [quinta-feira] havia pouco vento no início da prova e estava sempre a saltar, mas foi bom”. Treinador do Clube Náutico das Lajes do Pico, Filipe Fernandes: “É importante vir ao Faial e participar nestas provas” “É importante vir ao Faial e participar nestas provas. É uma oportunidade especialmente para este desporto. Somos ilhéus e, como tal, devíamos ser competentes na água e saber usufruir do mar,

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estando confortáveis naquilo que nos rodeia. Eles aprendem tremendamente e têm um grande à vontade. A capacidade de decisão e a auto-confiança deles aumenta de dia para dia. Estamos a falar de miúdos com 12 anos com capacidade para resolver situações de forma mais competente do que a maioria dos adultos. A Vela serve para o mar e para a vida. O Clube Náutico das Lajes do Pico costuma vir a estas competições. Como Treinador, é a minha primeira vez, mas eles já vieram anteriormente e adoram! Uma parte nova do desporto é terem de ambientar-se, pois tudo é multiplicado quando a frota é grande. Pode ser deslumbrante para eles esta quantidade de informação e a dificuldade faz com que cresçam. Na prova de hoje tivemos mais barcos do que eles têm nos treinos. Mas sem dúvida que o Encontro Internacional de Vela Ligeira impressiona! É muito barco e as condições foram muito duras. Nesta prova, as condições começaram por ser fáceis, mas foram aumentando de dificuldade,

mas nada que se compare com o Encontro Internacional. Hoje [quinta-feira] tivemos um campo de regata mais abrigado e as dificuldades estavam ajustadas ao nível deles. A maioria dos nossos velejadores estão no Faial desde domingo, dia 6. Outros vieram quarta-feira (dia 9), véspera do “XII Troféu Cidade da Horta”, para poderem ter a experiência completa da pernoita, o que é muito interessante. A competitividade inter-clubes e inter-ilhas é muito saudável na Vela. Os velejadores procuramse e querem conhecer-se. Na Vela, há um ambiente muito menos competitivo do que noutros desportos. O desafio consiste em superarem-se a si próprios, mais do que ao adversário. Neste desporto, são vistos como homólogos, o que é muito saudável”.

O Treinador Duarte Araújo, com os altetas do CNH

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A Entrega de Prémios foi muito animada

Atletas do Clube Naval da Madalena do Pico com o Treinador, Edmar Delgado, e o Presidente do Direçcão do CNH, José Decq Mota

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Atletas do Clube Náutico das Lajes do Pico na Entrega de Prémios do “XII Troféu Cidade da Horta” em Vela Ligeira, com o Treinador, Filipe Fernandes, e o Presidente da Direçcão do CNH, José Decq Mota

Duarte Araújo | CNH 2017

Maria Mendes, do CNH, foi a vencedora do “XII Troféu Cidade da Horta” em Vela Ligeira 2017

Duarte Araújo | CNH 2017

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 ANDRÉ AZAD, JOSÉ GONÇALVES E LUÍS MELO, FORAM OS VENCEDORES DA REGATA DOS VELHOTES

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erca de 20 participantes deram corpo à Regata dos Velhotes: regata de antigos praticantes de Vela Ligeira, na Classe Optimist, realizada na tarde de quinta-feira, dia 10, no âmbito do Festival Náutico do Clube Naval da Horta (CNH). Os vencedores foram André Azad, José Gonçalves e Luís Melo.

A descontração é uma característica da Regata dos Velhotes

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 CERCA DE 30 PESSOAS PARTICIPARAM NO EVENTO DE PROMOÇÃO DA CLASSE HANSA

No Faial, a Vela conta com a Classe Hansa e seus velejadores, que podem ser muitos mais

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objectivo era divulgar a Classe Hansa no sentido de todos perceberem que esta embarcação não se destina só a pessoas com mobilidade reduzida mas a todas as que quiserem fazer Vela. Com esse intuito, os Responsáveis pela Classe Hansa do Clube Naval da Horta (CNH) – o único dos Açores com esta Classe de Vela no activo – programou um Evento de Promoção, que decorreu na manhã de sexta-feira, dia 11, integrado no Festival Náutico do CNH 2017.

Esta é uma iniciativa que se realiza há 3 anos, com “o objectivo de dar a conhecer à comunidade, a modalidade da Vela e estas embarcações, muito atractivas. É o tipo de embarcação ideal para quem quer dar os primeiros passos na Vela de forma segura e confortável”. João Duarte pondera a hipótese de eventos semelhantes serem realizados noutra altura do ano. A iniciativa desta sexta-feira, contou com cerca de 30 interessados em experimentar a sensação

O Treinador da Classe Hansa aposta tudo na divulgação desta Classe da Vela João Duarte, Treinador da Classe Hansa do CNH, afirma que “as pessoas adoraram, pois trata-se de uma experiência única. A facilidade de velejar neste tipo de embarcação revela a forma como foi idealizada”.

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CLUBE NAVAL DA H de navegar, ocupando os lugares dos velejadores da Classe Hansa, um exemplo para todos nós. “Pude constatar que se trata de um barco confortável e seguro”

Clotilde Duarte, foi uma das curiosas que decidiu testar na prática a fama das embarcações da Classe Hansa e revela: “Foi a minha primeira experiência e decorreu muito bem. São barcos muito seguros e as pessoas podiam aproveitar esta facilidade para terem a sua primeira experiência na Vela. Havia pouco vento, mas pude constatar que se trata de um barco confortável. Lamento que mais não tenham participado neste Evento de Promoção da Classe Hansa. Depois do que vivi, vou lembrar a outros que há a possibilidade de fazerem uma experiência nestes barcos e nada melhor do que a Semana do Mar, em que o Festival Náutico

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oferece muitas e variadas opções de diversão, aprendizagem e contacto com outras realidades, que nos passam ao lado no dia-a-dia”. Armando Castro deliciou-se com o passeio

“Gostei de participar. É uma embarcação gira e trata-se de um excelente evento a favor de uma boa causa. Esta acção revela a extraordinária dinâmica que têm os Responsáveis pela Classe Hansa e o carinho enorme por quem pratica. É um exemplo a seguir por outros clubes navais da Região, pois só assim poderá haver outro nível competitivo. No Faial, a Classe Hansa e o seu trabalho estão extremamente divulgados e é de enaltecer o papel do Clube Naval da Horta neste projecto e a gigantesca actividade realizada. E a prova disso são os magníficos resultados alcançados, o que só se consegue com muito trabalho e trabalho de equipa. Recordo, a propósito, que o Rui Dowling foi Campeão Nacional da Classe em 2016 e que Lício Silva foi o 1º. no XII Festival Internacional de Vela Ligeira, que decorreu de 7 a 9 do corrente, tendo mesmo ficado à frente do actual Campeão da Classe, Fernando Pinto. Aproveito para dar os parabéns aos responsáveis por estes feitos e pelo esforço que têm em manter e divulgar a Vela em todas as Classes e particularmente a Hansa, cujos velejadores são um modelo para a nossa sociedade, que se quer cada vez mais inclusiva, para que todos possam, de facto, ser iguais”.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 DEMONSTRAÇÃO DE WINDSURF CONTOU COM 11 PARTICIPANTES

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Secção de Windsurf do Clube Naval da Horta (CNH) organizou uma Demonstração da modalidade, que decorreu na tarde de sábado dia 5, no âmbito do Festival Náutico 2017 desta instituição náutica. De acordo com Flávio Pereira, Representante desta Secção, a Demonstração contou com 11 windsurfistas, tendo este evento tido também como objectivo recordar e homenagear o faialense do mundo, João Carlos Fraga, um dos pais da Semana do Mar (o maior cartaz do Faial e a primeira grande festa concelhia a surgir nos Açores nos anos 70 do século XX) e mentor do Windsurf na ilha.

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ARTUR FILIPE SIMÕES | CNH 2017

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 “PIRATAS” (CRIANÇAS) E “BIDONA III” (ADULTOS) VENCERAM A REGATA DAS JANGADAS

Os mais novos construiram as suas jangadas, reutilizando material que ia para o lixo

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o decorrer das Férias Desportivas do Clube Naval da Horta (CNH) 2017, os participantes realizaram um projeto relacionado com a construção de três jangadas, tendo sido utilizados materiais já em fim de vida. O objetivo foi sensibilizá-los para a necessidade de se reaproveitar, aderindo à reciclagem, o que ajuda a preservar o meio ambiente. Esta iniciativa do Observatório do Mar dos Açores (OMA) contou com o apoio do CNH. Recorde-se que as Férias Desportivas do CNH 2017 tiveram como Coordenador o professor Miguel Mendes, da Escola Básica Integrada da Horta, que acompanhou os miúdos nestes trabalhos. Depois de feitas as jangadas – projetadas em papel pelos próprios frequentadores das Férias Desportivas do CNH 2017 – era chegada a hora de testá-las em viagem, no mar. E foi o que aconteceu sexta-feira, dia 11, no decorrer do

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Festival Náutico do CNH 2017. Para tanto, foi organizada uma Regata de Jangadas, em que participaram 4 equipas, 3 de crianças e 1 de adultos, tendo a classificação sido a seguinte: Crianças: 1ª equipa: “Piratas” 2ª equipa: “Titanic” 3ª equipa: “Mestre Simão” Adultos: 1ª equipa: “Bidona III” Travessia do Canal em Jangada: projeto com 15 anos Franz Hutschenreuter, líder da equipa “Bidona III”, explicou, em declarações ao Gabinete de Imprensa do CNH, que “o Projeto das jangadas existe desde há pelo menos 15 anos, sendo realizada uma Travessia no Canal Faial/Pico”. Tratava-se de um evento que decorria à parte da Semana do Mar, mas que este ano foi in-

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Franz Hutschenreuter: o chefe da equipa “Bidona III”

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tegrado, atendendo à envolvência dos miúdos das Férias Desportivas do CNH. Habitualmente, inscrevem-se equipas de adultos, mas desta vez, e porque havia muitas crianças inscritas, realizou-se uma Regata na Baía. Este viking navegador, recorda que “havia super-jangadas” e que “já foram construídas outras “Marias Bidonas” (jangadas com bidões), sendo que este ano “é a pão de milho”, ou seja, à vela. Embora a Travessia do Canal em Jangada seja uma iniciativa com 15 anos, sofreu um interregno de 10, tendo sido retomada há 5. Franz orgulha-se de ser o único que participou em todas as regatas realizadas no âmbito deste Projeto, da autoria do OMA e da Associação de Pescadores de Espécies Demersais dos Açores (APEDA). “A primeira – lembra – teve uma adesão estrondosa de gente do Pico”, caracterizando-se esta competição por ser “cheia de fairplay”. Franz Hutschenreuter considera que “o Festival

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Náutico não é a melhor altura para se realizar este evento, uma vez que toda a gente está muito ocupada noutras atividades”. Como tal, defende que “deve ser encontrada outra data”. “O grande desafio é atravessar o canal”, pelo que este adepto diz que “este ano o nível não foi o mesmo”. Alertar para a necessidade de se fazer uso de materiais que já não interessam e reutilizá-los, dando-lhes nova vida, é a missão número um deste Projeto, amigo do ambiente e que potencia o desenvolvimento de outras capacidades, além de proporcionar divertidos e saudáveis momentos de companheirismo e aprendizagem. Nesse contexto, foram utilizados bidões, antigos cabos de pesca, antigas almofadas e macas dos Bombeiros, câmaras de ar de motos e bicicletas, perfis de alumínio de janelas e portas e outros, cujo destino era o lixo.

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 BALANÇO NA ENTREGA DE PRÉMIOS DAS REGATAS DE VELA DE CRUZEIRO, VELHOTES E PESCA DESPORTIVA

José Decq Mota: “Tem de haver a ambição de evoluir qualitativamente, enquanto não houver, por parte do Governo dos Açores, a compreensão da importância e do alcance do Festival Náutico, promovido e organizado pelo Clube Naval da Horta, não daremos outros passos”

“O

Festival Náutico da Semana do Mar 2017 acabou. Estou mais descontraído. Agora, é necessário desmontar as estruturas e arrumar tudo, o que já não envolve o stress da preparação”. Foi assim que o Presidente da Direcção do CNH, José Decq Mota, começou por se dirigir aos presentes na última Cerimónia de Entrega de Prémios do Festival Náutico do CNH 2017, que decorreu na noite de domingo, dia 13. O chefe do elenco directivo do mais dinâmico Clube Naval dos Açores realçou e agradeceu a participação de todos nas diversas modalidades, ao longo do qual se foi sucedendo “uma catadupa diária de actividades com exigências técnicas e de apoio”. E, a propósito, vincou: “Temos

capacidade organizativa para este tipo de evento e para outros”. José Decq Mota também dirigiu palavras de reconhecimento aos que prepararam a Tenda Multiusos, que confeccionaram o caldo de peixe, aos Sócios, Colaboradores e Voluntários, realçando que, sem eles, não teria sido possível levar a cabo o maior Festival Náutico do País. E apontando o foco aos membros da “sua” Direcção, sustentou que “são uma peça importante do Clube Naval da Horta, assim como os funcionários”. Este Dirigente enfatizou a necessidade de “haver a ambição de ir melhorando”. E quando dizem que “está tudo sempre na mesma”, grita bem alto: “Este Festival Náutico não tem nada a ver com o que havia há 20 anos! Tem evoluído. Mas é imperioso que a ambição de evoluir seja constante, com o crescente nível qualitativo das provas”. O Presidente da Direcção do CNH deu como exemplo de inovação o convite formulado aos pescadores de São Jorge e de São Miguel para participarem nas Provas de Pesca, “o que poderá e deverá ser alargado a outras ilhas”.

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“Esta Direcção não irá dar passos ao acaso”

Atlantis Cup: 30 anos em 2018

E elencando o que de melhor foi feito ao longo destes 10 dias de intensa e variada actividade, destacou a Prova do Campeonato Regional de Canoagem, onde estiveram “os melhores dos Açores”, a qual contou com a presença e a colaboração do Presidente da Associação Regional de Canoagem dos Açores (ARCA), professor Antas de Barros, o que “muito orgulhou” o CNH. Outro importante acontecimento deste Festival foi o Encontro Internacional de Vela Ligeira, que juntou mais de 120 velejadores e delegações que totalizaram 150 elementos, vindas dos Açores e de diversos pontos de Portugal Continental (Portimão, Cascais, Porto, Viana do Castelo, etc). “Poderíamos ter tido aqui equipas francesas, espanholas e americanas neste Encontro Internacional, mas isso só vai ser uma realidade quando houver um quadro de apoio definido. Esta Direcção não irá dar passos ao acaso. Enquanto não houver, por parte do Governo dos Açores, a compreensão da importância e do alcance do Festival Náutico promovido e organizado pelo Clube Naval da Horta, isso não irá acontecer”, frisou este Responsável.

José Decq Mota alvitrou que em 2018 se comemoram os 30 anos da Atlantis Cup, que também no próximo ano completa o figurino de tocar todas as ilhas, tornando-se, verdadeiramente, a Regata da Autonomia. “Em 2016 estivemos a Ocidente, em 2017 a Oriente e em 2018 vamos fazer uma gincana, tocando – não é passando – nas ilhas Graciosa, Terceira e Pico, terminando no Faial. Temos outros desafios”. “Agradeço, reconhecidamente, a todos os participantes das outras ilhas, de forma muito especial às pessoas envolvidas nas Regatas de Botes Baleeiros. E não quero terminar sem fazer uma referência sentida ao meu grande e estimado amigo, José Lisandro, que já é um emblema da Semana do Mar. Este florentino já veio a muitas edições do Festival Náutico e espero que venha a muitas mais”, concluiu José Decq Mota.

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Lúcio Rodrigues: “Não tenho nenhum saco de dinheiro para satisfazer os desejos do Presidente do CNH, mas posso garantir que da parte do Governo Regional há vontade e interesse de continuar a apoiar o Festival Náutico, grande orgulho da Região Açores”

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CLUBE NAVAL DA H O Director Regional da Juventude, Lúcio Rodrigues, em representação do chefe do executivo açoriano, agradeceu o convite para estar presente nesta Cerimónia e respondendo directamente a José Decq Mota, atirou: “Não tenho nenhum saco de dinheiro para satisfazer os desejos do Presidente do CNH, mas posso garantir que da parte do Governo Regional há vontade e interesse de continuar a apoiar o Festival Náutico, grande orgulho da Região Açores”. Lúcio Rodrigues – que disse estar em casa ao referir-se concretamente ao Clube Naval da Horta – colocou a tónica das suas palavras nas pessoas e na valorização que deve ser feita das mesmas. E nesse sentido, aplaudiu a presença de todos os que estiveram no Faial estes dias para participar nas Provas de Pesca, Botes Baleeiros, Vela, etc. “Ser ilhéu é receber as outras ilhas e não alimentar bairrismos, que não nos levam a nada. É importante destacar a postura do Clube Naval da Horta e da ilha do Faial, que a todos recebem na Capital do Mar dos Açores, que é a Cidade da Horta”, salientou. Neste domigo, foram entregues os Prémios ref-

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erentes às Regatas de Vela de Cruzeiro (“Regata dos Solitários/Genuíno Madruga”, Regata “Troféu Horta”, “Regata das Sereias” e “Regata do Canal”), “Regata dos Velhotes: antigos praticantes de Vela, na Classe Optimist” e Pesca Desportiva. As classificações gerais estão disponíveis na Página do CNH. “Regata dos Solitários/Genuíno Madruga” Classe ORC: 1º - “Air Mail” – Luís Carlos Lourenço Decq Mota 2º - “Mariazinha” – João Nunes 3º - “Wind I” – Carlos Araújo Classe OPEN: 1º - “Boreas” – Luís Paulo Morais 2º - “No Stress” – António Pedro Oliveira 3º - “Tee” – Emídio Gonçalves Regata “Troféu Horta” Classe OPEN: 1º - “Boreas” – Luís Paulo Morais 2º - “Air Mail” – Luís Carlos Decq Mota 3º - “Soraya” – Frederico Rodrigues

Sara Costa, ganhou a “Regata das Sereias” como skipper do “4Xcape”

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Regata dos Velhotes: 1º - André Azad 2º - José Gonçalves 3º - Luís Melo Regata das Sereias Classe ORC: 1ª - “4Xcape” – Sara Costa 2ª - “Mariazinha” – Mónica Nunes 3ª - “Air Mail” – Maria Castro Classe OPEN: 1ª - “Fun Tastic” – Carolina Correia 2ª - “Boreas” – Alexandra Gonçalves 3ª - “Noctiluca”– Ana Margarida Regata do Canal Classe ORC: 1º - “4Xcape” – Luís Quintino 2º - “Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes 3º - “Air Mail” – Luís Carlos Decq Mota

Classe OPEN: 1º - “Boreas” – Luís Paulo Morais 2º - “No Stress” – António Pedro Oliveira 3º - “”Fun Tastic”– José Correia

Pesca Desportiva de Costa - Torneio da Semana do Mar 2017: 1º - Eduardo Viveiros: Clube Açoriano de Pesca Desportiva (São Miguel) 2º - Carlos Medeiros: Clube Naval da Horta (Faial) 3º - José Armando: Clube Naval da Horta (Faial) Maior exemplar: Em ex-aequo: João França (Clube Açoriano de Pesca Desportiva (São Miguel), e Hernâni, Clube Naval da Horta (CNH)

Luís Quintino no seu “4Xcape”, foi o vencedor da Regata do Canal, Classe ORC

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José Correia, no “Fun Tastic”, arrecadou o 3º lugar na Classe OPEN, na Regata do Canal

Foram vários os prémios ganhos por Luís Paulo Morais no “Boreas”

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A embarcação “Adriana”, de Paulo Vargas, ganhou o Prémio para o maior exemplar capturado na 4ª e última Prova de Fundo - Campeonato de Pesca Desportiva de Barco do Clube Naval da Horta, Prova que integrou o Torneio de Pesca da Semana do Mar 2017

João França, de Ponta Delgada, e Hernâni, do CNH, ganharam em ex-aequo o Prémio para o maior exemplar

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FESTIVAL NÁUTICO DA SEMANA DO MAR 2017 10 DIAS DE INTENSA E DIVERSIFICADA ACTIVIDADE COM 12 MODALIDADES E CENTENAS DE PARTICIPANTES, VOLUNTÁRIOS, DIRIGENTES E TREINADORES

Procissão Marítima da Senhora da Guia

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Festival Náutico (da Semana do Mar) 2017, promovido e organizado pelo Clube Naval da Horta (CNH), representou 10 dias de intensa e diversificada actividade, repartido por 12 modalidades e vários eventos. O primeiro dia – 4 de Agosto – foi marcado pela realização da Prova de Natação de Águas Abertas/8 kms (Porto Pim/Feteira/Porto Pim que, na prática, foram cerca de 9 kms), como alternativa à Travessia do Canal Pico/Faial, devido ao mau tempo. Esta prova constitui já um cartaz incontornável de promoção turística da ilha do Faial e da Região Açores, com a chancela do Clube Naval da Horta, o mais dinâmico dos Açores. O Caldo de Peixe, evocativo de “Como tudo começou...”, (recepção à Regata Internacional de Veleiros Portsmouth/Horta/Portsmouth, em Agosto de 1975), juntou centenas de pessoas. Várias dezenas de Participantes no Festival Náutico da Semana do Mar desfilaram desde as instalações do Clube até ao Largo do Infante, repre-

sentando as diversas Secções do CNH. Na Procissão Marítima da Senhora da Guia estiveram 25 embarcações de pesca e de recreio, tendo o Clube Naval da Horta participado com as duas lanchas baleeiras: “Walkiria” e “Maria Manuela”, e com os botes “Maria da Conceição”, do Clube; e “Senhora da Guia”, da Junta de Freguesia da Feteira. O “Cruzeiro do Canal”, transportou todos quantos quiseram associar-se a este evento, em que os marítimos prestam homenagem à sua protectora: a Senhora da Guia. A Prova de Natação do Circuito de Águas Abertas realizou-se pela 4ª vez neste Festival e contou com cerca de 20 nadadores, tendo a mítica Travessia Curta da Doca (Natação) sido um sucesso, com 57 nadadores na linha de chegada. A Prova do Campeonato Regional de Canoagem de Mar contou com canoístas do Faial, Pico, Terceira e São Miguel e com a presença e colaboração do Presidente da Associação Regional de Canoagem dos Açores (ARCA), professor Antas de Barros.

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Participantes no Festival Náutico da Semana do Mar com representações das diversas Secções do CNH

Participantes na Prova do Campeonato Regional de Canoagem de Mar

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CLUBE NAVAL DA H A Demonstração de Windsurf registou a participação de 11 windsurfistas, tendo este evento tido também como objectivo recordar e homenagear o faialense do mundo, João Carlos Fraga, um dos pais da Semana do Mar (o maior cartaz do Faial e a primeira grande festa concelhia a surgir nos Açores nos anos 70 do século XX) e mentor do Windsurf na ilha. Mais de 120 velejadores participaram no XII Encontro Internacional de Vela Ligeira, que decorreu nos dias 7, 8 e 9 de Agosto, num total de 150 elementos incluindo Velejadores, Treinadores, Dirigentes e muitos Voluntários. Os atletas, das Classes Optimist, 420, Laser 4.7 e Hansa, vieram de várias ilhas dos Açores e de diferentes regiões do Continente português (Portimão, Cascais, Lisboa, Porto, Viana do Castelo, etc). Destaque para as 2 melhores velejadoras do top 5 em Portugal: Beatriz Gago e Beatriz Cintra, de Portimão, que estiveram em Julho no Mundial, na Tailândia. No 1º dia, as regatas correram bem, mas no 2º e 3º as adversas condições atmosféricas puseram à prova as capacidades dos velejadores, revelando a fibra dos mais fortes. Na Classe Hansa, a grande surpresa foi a vitória de Lício Silva (Classe 2.3), do CNH, que conseguiu ficar em 1º lugar, à frente do actual Campeão da Classe, Fernando Pinto, do Porto. O Evento de Promoção da Classe Hansa – Vela para pessoas com mobilidade reduzida – permitiu que dezenas de curiosos experimentassem o conforto e a segurança destas embarcações, ideais para quem quer dar os primeiros passos na Vela. Ainda dentro da Vela Ligeira, o “XII Troféu Cidade da Horta” – Escolas de Vela, juntou dezenas de velejadores de algumas ilhas, e a Regata dos Velhotes: regata de antigos praticantes de Vela Ligeira, na Classe Optimist, mostrou que quem sabe nunca esquece. As diversas Regatas de Vela de Cruzeiro (“Regata dos Solitários/Genuíno Madruga; “Regata Troféu Horta”; “Regata das Sereias” e “Regata do Canal”) constituiram excelentes oportunidades para a prática da Vela, tendo proporcionado magníficos cenários no Canal Faial/Pico. Os Mini-Veleiros deixaram a nu a perícia dos experimentados velejadores e a Pesca Desportiva de Barco e de Costa reuniu muitos amantes da pesca, em aguerridas competições. Na Prova

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de Costa, os convidados de São Jorge e de São Miguel emprestaram mais brilho e dinamismo a este Festival Náutico. Os mais pequenos tiveram, igualmente, a sua Prova Infantil de Pesca de Costa, bastante animada e participada. A Regata das Jangadas possibilitou não só a diversão mas, também, a sensibilização para a necessidade de reutilizar, dando vida a materiais cujo destino era o lixo. A reciclagem é, pois, o caminho a seguir para poupar o meio ambiente, missão que é de todos nós. O Pólo Aquático, sempre muito disputado e com vasta assistência, constituiu um atractivo espectáculo desportivo e de boa disposição, começando logo pelos originais nomes das equipas concorrentes: “A Cabana da Prevenção do Afogamento”, os“Ressacados”,“Que Venha Jantarada” e os “Sharks”. As Regatas de Botes Baleeiros - Casa do Pessoal da RTP (Regatas de Vela, Remo Feminino e Masculino) foram acompanhadas de bom tempo, tendo sido muitíssimo apreciadas e acompanhadas pelas pessoas, no mar e em terra. O Canal encheu-se de novos baleeiros (eles e elas), numa verdadeira saga de memória e tradição. O Troféu de Apneia Dinâmica com Barbatanas, que este ano tomou o nome de “Frederic Buyle” em homenagem a este antigo campeão a residir no Faial, deixou em todos a vontade de mergulhar mais fundo. A Cerimónia de Entrega de Prémios no sábado, dia 12, onde estiveram mais de 400 pessoas – metade das quais envolvidas nos Botes – demonstra bem o empenho e o trabalho depositados na preservação deste passado ainda quente, assegurado pela Comissão do Património Baleeiro e pelo vibrante entusiasmo e persistente trabalho de muitos orgnismos, entre os quais o CNH e o seu Presidente, José Decq Mota. O repto lançado ao Director Regional da Cultura, Nuno Lopes, para que estivesse presente – tendo sido aceite – foi bem a prova de que o Governo reconhece a importância de todos aqueles que mantêm vivo este inolvidável captítulo da nossa história colectiva. Uma vez mais, o Clube Naval da Horta (CNH) esteve patenteado na ExpoMar, uma feira de actividades marítimas, aproveitando para promover as muitas iniciativas que organiza e desenvolve

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A Casa de Pessoal da RTP (Delegação dos Açores) patrocina as Regatas de Botes Baleeiros do Festival Náutico da Semana do Mar

A Vela de Cruzeiro esteve em alta neste Festival Náutico de 2017

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CLUBE NAVAL DA H ao longo de todo o ano; para vender material promocional e, sobretudo, para captar novos adeptos para a prática das 12 modalidades que dinamiza e que são: Apneia, Botes Baleeiros, Mergulho, Canoagem, Natação, Pesca Desportiva de Barco, Pesca Desportiva de Costa, Mini-Veleiros, Vela de Cruzeiro, Vela Ligeira, Windsurf e Xadrez. As Aulas de Ioga em pranchas de padlle, a cargo da professora Joana Meneses, emigrada no Canadá, relaxaram o corpo e a mente, e os apreciados Passeios à Vela nos Botes Baleeiros – cujas inscrições atingiram as várias dezenas – este ano não sairam do programa por questões de segurança, mas ficou bem expresso o interesse e a importância desta iniciativa do CNH no contacto que permite com esta marcante tradição baleeira. O Secretariado destinado a dar informações, panfletos, programas, resultados de provas, registando inscrições e trabalhando nas classificações foi, como sempre, um ponto de apoio a este Festival Náutico, só possível de realizar nestes moldes graças à colaboração afincada de cen-

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tenas de Voluntários, Sócios e Amigos, pontificando a entrega abnegada do elenco directivo e o trabalho dos funcionários. Foi no decorrer do Festival Náutico que chegou à Horta a Atlantis Cup - Regata da Autonomia, que este ano completou 29 anos de navegações. A prova Raínha da Vela Ligeira nos Açores é organizada pelo CNH e, em 2018, completa 30 anos de vida. É também em 2018 que termina o actual figurino que transformou a Atlantis Cup na regata de todos os açorianos, ao tocar as 9 parcelas arquipelágicas. Foi um belíssimo Festival Náutico, com grande adesão e participação, sustentáculo e razão de ser da Semana do Mar que, no dizer de muitos, foi a melhor de sempre, aos 42 anos. Sinal de maturidade, a que não é alheio o especial ano em que acontece e que justificou o excepcional investimento no seu programa e noutras questões de captação, promoção e divulgação da Capital Oceânica do Iatismo, da Cidade-Mar e de uma das mais Belas Baías do Mundo: a Horta, hospitaleira e pioneira.

Mais de 120 velejadores participaram no XII Encontro Internacional de Vela Ligeira

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BOTES BALEEIROS REGATA DE NOSSA SENHORA DE LOURDES

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oram 8 os botes participantes na Regata de Botes Baleeiros Nossa Senhora de Lourdes da Feteira, realizada no dia 20 de agosto. De acordo com declarações prestadas por José Decq Mota, membro da Secção de Botes Baleeiros do Clube Naval da Horta (CNH), a Regata de Vela decorreu fora da costa da Feteira, ao passo que a de Remo foi realizada entre as duas docas, na Horta. Na Regata de Remo, o vencedor foi o bote “Claudina” do CNH, e na Regata de Vela o 1º classificado foi o bote “Nossa Senhora das Angústias”, da Junta de Freguesia das Angústias. Estiveram envolvidas as lanchas baleeiras “Walkiria” e “Maria Manuela”, bem como os semi-rígidos “Eric Tabarly” e “Piloto João Lucas”, em termos de embarcações de apoio e segurança. Esta Regata, que integrou o Campeonato de Botes Baleeiros do Faial 2017, decorreu no âmbito das festividades de Nossa Senhora de Lourdes, tendo sido promovida pela Junta de Freguesia da Feteira e organizada tecnicamente pelo CNH. A Cerimónia de Entrega de Prémios teve como palco o Parque da Feteira.

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VELA LIGEIRA VELA ESPETACULAR DO CNH 2017

Vela Espetacular do CNH 2017: “Este Projeto visa capacitar jovens na arte da Vela, do conforto no mar e na aptidão náutica”

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Vela Espetacular tem dois objetivos: o primeiro é ensinar vela – na melhor altura do ano para velejar – a quem sempre quis experimentar; e o segundo é dar treinos de competição mais intensivos, às equipas do Clube”. É assim que o Coordenador da Escola de Vela do Clube Naval da Horta (CNH) e, simultaneamente, Treinador de Competição, Duarte Araújo, sintetiza o Projeto “Vela Espetacular” do CNH 2017, que decorreu de 19 de Junho a 29 de Julho. Instado a fazer um balanço a este período de atividades, Duarte Araújo diz que “tal como em anos anteriores, os meses de Junho e Julho foram ocupados no mar, todas as manhãs com Vela de Iniciação e as tardes com competição. Passaram pelo CNH 50 alunos na modalidade da Vela, muitos dos quais pela primeira vez, ao passo que outros repetem este Projeto. Neste mês e meio de treinos, capacitamos muitos velejadores e angariamos mais alunos para a Escola de

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Vela. Correu muito bem e tivemos sempre muito bom tempo, o que ajudou a ensinar e a promover a Vela. Posso garantir que a Vela Espetacular do CNH 2017 foi um sucesso. As 27 aulas que demos aos alunos de Iniciação possibilitaram várias atividades relacionadas com o mar, mas menos com a vela especifica, como visitas a barcos e tripulações de iates de passagem pelo Faial. Tivemos várias nacionalidades e origens: Holanda, Itália, França, Brasil e continentais de várias regiões do país. A multiculturalidade é um dos traços da ilha do Faial e o Clube Naval da Horta, nas suas múltiplas iniciativas, representa isso mesmo. Destaco, acima de tudo, o espírito de equipa que os jovens velejadores tiveram durante todas as aulas, sempre divertidos mas aplicados na aprendizagem. Saliento, também, o trabalho dos velejadores de competição do Clube Naval da Horta, que serviram de treinadores de iniciação e transmitiram, de uma forma que me orgulha, a sua responsabilidade e competências. Foram fundamentais para o sucesso do projeto. O equipamento que usamos para estas aulas tem sido a necessidade mais importante e temos feito melhorias a cada ano. Vamos continuar a melho-

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rar esse equipamento, cada vez mais adequado a idades mais jovens, permitindo realizar mais sessões de treino, com diferentes intensidades de vento e com mais segurança. Esta é uma tecla em que estou sempre a bater e o Clube tem respondido com muita responsabilidade, sempre de acordo com as suas possibilidades. Os alunos adoraram, muitos pretendem continuar na Vela durante o ano, inscrevendo-se para começar em Setembro. Mais do que isso, observar a sua alegria e felicidade durante e no final das atividades propostas, recompensa o trabalho levado a cabo. Sendo o propósito do Clube Naval da Horta promover a Vela e o seu ensino, este Projeto visa

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capacitar jovens na arte da vela, do conforto no mar e na aptidão náutica. Na cidade-mar (Horta) é fundamental haver uma relação forte entre a sua população e a razão de maior fama da cidade: o abrigo do mar, ponto de peregrinação de qualquer velejador que se considere oceânico. Neste aspeto, quanto maior a compreensão e entendimento do mar, da vela, das suas dificuldades e especificidades, maior a ligação ao mar e também ao futuro que nos pode proporcionar, seja na área profissional ou na de lazer”.

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VELA LIGEIRA RUI SILVEIRA PARTICIPOU EM TEST EVENT REALIZADO NA DINAMARCA

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velejador da Classe Laser do Clube Naval da Horta, (CNH) Rui Silveira, participou no Test Event que decorreu na Dinamarca de 8 a 12 de agosto. Esta prova funcionou como preparação para o Campeonato do Mundo da ISAF (International Sailing Federation = Federação Internacional de Vela) - Classes Olímpicas, do próximo ano. Participaram mais de 70 velejadores de diversas partes do mundo, sendo que apenas eram permitidos 2 atletas por país. Rui Silveira sustenta que a prova serviu como treino, tendo-se deparado com “condições duras e instáveis”. Estes 5 dias de regatas serviram como teste ao próprio velejador. O próximo desafio que se coloca a este atleta de alta competição é o Campeonato do Mundo, que começa no dia 9 de Setembro, na Croácia. Com o intuito de se preparar para esta decisiva prova, onde estará em competição a nata da Vela, o velejador faialense embarca já este domingo, dia 20, rumo à Croácia, acompanhado do seu treinador, Miguel Andrade.

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DESDE 1947 PRÉMIO DE EXCELÊNCIA DESPORTIVA 2011 INSÍGNIA AUTONÓMICA DE MÉRITO CÍVICO 2017 WWW.CNHORTA.ORG

MONTAGEM: ARTUR SIMÕES TEXTOS: CRISTINA SILVEIRA


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