Ir_ao_mar - Nº65 - Agosto 2019

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REVISTA MENSAL SOBRE A ATIVIDADE DO CLUBE NAVAL DA HORTA

AGOSTO 2019 Nยบ 65 ARTUR FILIPE SIMร ES | CNH 2019


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BOTES BALEEIROS REGATA DO BOM JESUS DO PICO

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omo vem sendo habitual, as “baleeiras” faialenses do bote “Senhora da Guia”, da Junta de Freguesia da Feteira, têm figurado sempre no pódio das competições realizadas este ano, tanto no Faial, como no Pico, com consagração total na X Regata Internacional de Botes Baleeiros, realizada no Faial e Pico, e até mesmo no Campeonato Regional, que decorreu na Graciosa. Nessa linha de vitórias, o “Senhora da Guia” alcançou o 3º lugar, em Remo Feminino, na Regata Terra do Bom Jesus Milagroso, realizada sábado, dia 03, em São Mateus, e que integrou o Campeonato de Botes Baleeiros da Ilha do Pico 2019. Além deste bote, o Faial participou com outros 3: “Senhora de Fátima”, da Junta de Freguesia de Castelo Branco; “Senhora do Socorro”, da Junta de Freguesia do Salão e “São José”, da Junta de Freguesia do Capelo. Os botes faialenses foram rebocados pela lancha “Elite”, das Flores, tendo como mestre Carlos

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Avelar, Responsável pela comitiva do Faial. A bordo da “Elite” seguiram, também, Carlos Silva, Eugénio Vargas e “Manuel do Pico”. Nesta Regata participaram 19 botes do Faial e Pico, tendo as condições do vento e o mar inconstante dificultado a vida aos baleeiros, o que fez com que algumas provas não tenham sido finalizadas, refere Carlos Avelar.

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BOTES BALEEIROS REGATA “NOSSA SENHORA DE LOURDES” DA FETEIRA

Bote “Senhora do Socorro” ganhou na Vela e em Remo Masculino

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om tempo fresco e um bocadinho de vento, realizaram-se sábado, dia 17, as Regatas de Vela e Remo em Bote Baleeiro “Nossa Senhora de Lourdes” da Feteira. A Regata de Vela decorreu na Feteira e teve como vencedores os botes “Senhora do Socorro”, da Junta de Freguesia do Salão, tendo como Oficial Pedro Garcia; “Capelinhos”, da Junta de Freguesia do Capelo, sendo Luís Decq Motta o Oficial; e “Senhora das Angústias”, da Junta de Freguesia das Angústias, tendo como Oficial José Gonçalves. Dos 8 botes que largaram, 2 desistiram por se terem deparado com material danificado, tendo a Regata terminado com 3 botes. Na Regata de Remo, que teve como cenário o Canal Faial/Pico, participaram 4 botes: 2 Equipas Femininas e 2 Masculinas. No Remo Feminino, ganhou o bote “Senhora da Guia”, da Junta de Freguesia da Feteira, tendo

como Oficial Laura Goulart, secundado pelo “Senhora de Fátima”, da Junta de Freguesia de Castelo Branco, com a Oficial Marta Duarte. Em Remo Masculino, a vitória foi novamente para o Salão, no bote “Senhora do Socorro”, sendo Pedro Garcia o Oficial. No 2º lugar do pódio ficou o bote “Maria da Conceição”, do Clube Naval da Horta (CNH), tendo como Oficial Paulo Correia. Vítor Mota – que relatou ao Gabinete de Imprensa do CNH a forma como decorreram estas povas – foi o Presidente da Comissão de Regata e Duarte Araújo o Presidente da Comissão de Protesto. A “Maria Manuela” foi a lancha da Comissão de Regata. A Regata “Nossa Senhora de Lourdes” teve como Entidade Promotora a Junta de Freguesia da Feteira e como Entidade Organizadora, o Clube Naval da Horta. A Entrega de Prémios teve lugar neste mesmo dia, no decorrer do Jantar oferecido pela Junta de Freguesia da Feteira.

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SEMANA DO MAR 2019 - BOTES BALEEIROS PASSEIOS À VELA

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s Passeios à Vela em Bote Baleeiro, que o Clube Naval da Horta (CNH) oferece, desde há anos, no âmbito do Programa do Festival Náutico que organiza, integrado na Semana do Mar, são sempre muito procurados por locais e visitantes. Esta é uma forma de passear é certo mas, simultaneamente, de aprender, dando vida a uma tradição muito enraízada na ilha do Faial e noutras parcelas açóricas. Os Passeios à Vela em Bote Baleeiro estão programados para os dias 05, 06, 07 e 08 de Agosto (segunda, terça, quarta e quinta), sempre pelas 18h30, devendo os interessados inscreverem-se no Secretariado do Festival Náutico (a funcionar no Centro de Desportistas Náuticos do Clube Naval, no cais de Santa Cruz) e comparecerem com antecedência junto às instalações do CNH. “Uma das mais emblemáticas embarcações do Mundo” “Concebido e criado a partir do modelo norte-americano, o Bote Baleeiro Açoriano é actualmente considerada uma das embarcações mais

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emblemáticas do Mundo. O bote baleeiro americano, adaptado à baleação itinerante e de longo curso, praticada pelas grandes baleeiras – navios-fábrica – ao longo dos séculos XVIII e XIX, era mais pequeno, bojudo, pesado e de difícil manobra. Foi esta a embarcação utilizada pelos primeiros baleeiros açorianos durante quase toda a 2ª metade do século XIX. As dificuldades na sua importação estimularam a criação local de uma nova embarcação, mais comprida (aproximadamente 11,5 m de comprimento, 2 m de largura e 80 cm de pontal, a meia-nau) e melhor adaptada às condições de navegabilidade dos nossos mares e ao modelo de baleação costeira que se praticou nas ilhas dos Açores. Resultado da capacidade inventiva dos primeiros grandes construtores navais da ilha do Pico, o Bote Baleeiro Açoriano, no entender de muitos especialistas, “a mais perfeita embarcação que alguma vez sulcou os mares”, é um misto de elegância, robustez, eficácia e singularidade. O primeiro Bote Baleeiro Açoriano foi construído nas Lajes do Pico, pelo Mestre Francisco José Machado, o Experiente, nos finais do século XIX. Gerações de outros grandes carpinteiros navais

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CLUBE NAVAL DA H se notabilizaram na ilha do Pico, o grande centro da carpintaria naval do Arquipélago, na construção de botes baleeiros, tais como os Mestres da Aguada, os Mestres Experientes, o Mestre António dos Santos Fonseca, o Mestre António Racha, o Mestre António Gregório, o Mestre José Brum, o Mestre João Silveira Tavares, o Mestre Manuel Hermínio, o Mestre Manuel Ramos, o Mestre Manuel Monteiro e outros mais… Recuperação do Património Baleeiro dos Açores Com o fim da caça à baleia, no início dos anos 80 do século XX, ficou um valioso Património Baleeiro constituído, entre muitos outros vestígios materiais e imateriais, pelas embarcações baleeiras – botes e lanchas de reboque – e sua palamenta. Tendo em conta que este Património Baleeiro corria o risco de se perder, foram, a partir de 1998, tomadas medidas políticas visando a sua recuperação e reutilização. Estas medidas, em conjugação com o esforço crescente das populações, organizadas à volta de clubes navais/náuticos, autarquias, colectividades e associações

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culturais, tornaram possível a implementação de um programa de reabilitação patrimonial (40 botes e 11 lanchas de reboque), verdadeiramente exemplar e de reconhecido mérito cultural. Reanimou-se a construção naval, recuperaram-se e consolidaram-se os saberes tradicionais, estimulou-se o gosto pelas actividades ligadas ao mar e aprofundou-se a relação das comunidades com a cultura da baleação. A recuperação de uma parte significativa do Património Baleeiro dos Açores – botes e lanchas de reboque – deve ser considerada, muito provavelmente, como um dos mais emblemáticos projectos de reabilitação patrimonial, verdadeiramente ao serviço das comunidades, realizado nos últimos anos em Portugal. De facto, esta iniciativa, de referência no plano nacional e internacional, levada a cabo nos Açores de forma sistemática, na última década, revelou-se uma estratégia de grande lucidez política, de consumação da nossa dimensão marítima e de reconhecimento da importância dos barcos na nossa vivência insular”.

A “Walkiria” cedida ao CNH, ao abrigo de um Protocolo com a Câmara Municipal da Horta, é uma das lanchas que se mantém no activo, garantindo, sempre, as funções de reboque dos botes e de apoio nas provas

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SEMANA DO MAR 2019 - BOTES BALEEIROS CASA DE PESSOAL DA RTP NÃO FORAM REALIZADAS DEVIDO AO MAU TEMPO

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s adversas condições meteorológicas registadas este sábado, dia 10, não permitiram a realização das tão aguardadas, participadas e disputadas Regatas de Botes Baleeiros - Prova da Casa do Pessoal da RTP, integradas no Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019, organizado pelo Clube Naval da Horta (CNH). Inscritos estavam mais de 20 botes das ilhas Faial, Pico e São Jorge. José Decq Mota, Presidente da Entidade Organizadora das referidas Regatas – Clube Naval da Horta – explica, com detalhe, o que levou ao cancelamento desta prova maior, com projecção e divulgação a nível internacional. “Em relação às Regatas em Botes Baleeiros da Semana do Mar – que representam uma das iniciativas mais emblemáticas da Semana do Mar e que são, desde há bastantes anos, das maiores que se fazem nos Açores a par da Regata da Semana dos Baleeiros das Lajes do Pico e do Cais Agosto, de São Roque do Pico – foram profundamente prejudicadas com a acentuada perturbação meteorológica que, neste quadro de instabilidade que ainda não passou, se verificou na madrugada e

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manhã deste sábado, dia 10. Os16 botes, que estavam para vir a reboque das lanchas dos portos do Pico para o Faial, não puderam fazer a viagem em tempo útil. Não estamos a falar de viagens instantâneas mas, sim, de viagens que, no caso das Ribeiras que ia à Piedade e à Calheta do Nesquim buscar 3 botes, são na ordem das 5 horas. Os botes vinham a reboque, amarrados a uma lancha, com condições de tempo extremamente adversas. Por iniciativa – justa – das companhas do Pico, o Clube Naval de Santa Cruz das Ribeiras, informou, muito cedo, hoje de manhã [sábado, dia 10], que não tinha condições para vir. De seguida, o Clube Naval de São Roque também informou que não tinha condições para vir até ao Faial. Mesmo tratando-se de uma viagem mais curta neste caso, são 15 milhas, o que se tornava bastante complicado com o tempo que se fazia sentir. Depois, as Lajes do Pico, perante esta situação e a instabilidade e as rajadas de vento que se faziam sentir, também decidiu que não vinha. Às 10h15, a Comissão de Regata e a Entidade Organizadora desta Regata, que é o CNH, depois de ouvir várias opiniões, e não eram todas iguais, tomou a decisão de cancelar as Regatas,

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José Decq Mota: “Se conseguíssemos fazer só com os botes do Faial, para além de estarmos a desvalorizar a Regata de Botes Baleeiros, estávamos a criar uma outra e mais negativa imagem desta Regata da Semana do Mar, o que não seria justo, porque foi um trabalho de muitos anos no sentido de a apresentar e de ela ganhar a dimensão que é adequada a este Festival Náutico”

porque, embora tivesse desaparecido a chuva e o nevoeiro, a instabilidade do vento, a sua direcção e intensidade continuaram até bastante mais tarde. Penso que se persistíssemos na ideia de realizar a Regata apenas com os 8 botes do Faial – se fosse possível fazer – estaríamos, primeiro: a não ter em conta as dificuldades objectivas que aqueles que se inscreveram e que são de fora do Faial, tinham em vir. Estávamos a desvalorizar completamente esse aspecto. Em segundo lugar, havia esta questão a considerar: como se sabe, as Regatas de Botes Baleeiros da Semana do Mar são patrocinadas pela Casa do Pessoal da RTP, através de um contrato que leva à sua gravação e transmissão posterior na RTP/Internacional. Os nossos conterrâneos por esse Mundo fora, sobretudo os açorianos residentes na diáspora, estão habituados e a imagem que está associada à Semana do Mar é uma Regata com uma vintena de botes ou mais. Perante isto, se conseguíssemos fazer só com os botes do Faial, para além de estarmos a desvalorizar, estávamos a criar uma outra e mais negativa imagem desta Regata da Semana do Mar, o que não seria justo, porque foi um trabalho de muitos anos no sentido de a apresentar e de ela ganhar a dimensão que é adequada a este Festival Náutico. O Clube Naval da Horta, enquanto Entidade Organizadora, não pressionou nada os Clubes do Pico, que tinham as tripulações nos portos e os barcos prontos a ir para o mar, no sentido de virem. E não pressionou nada, porque isto está associado sempre a questões de segurança. Estas viagens – já fiz algumas – são extremamente complicadas. E,

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portanto, com essas condições não seria possível. Infelizmente, o Festival Náutico da Semana do Mar 2019 não contou com as Regatas em Botes Baleeiros. Devo acrescentar nesse sentido, que, também há já muitos anos que não havia um Festival Náutico com tanta instabilidade meteorológica. Mas mesmo assim, há provas que fizemos com muito sucesso. Recordo que abrimos muito bem este Festival Náutico 2019 com a Travessiaa nado do Canal Faial/Pico; fizemos as Regatas da Vela de Cruzeiro (apenas uma foi alterada para outro dia); no que diz respeiro à Vela Ligeira, o Campeonato foi realizado mas com muita instabilidade, pelo que foi validado apenas com uma regata concluída. E relativamente às outras actividades mais pequenas e mais dentro da doca, fomos cumprindo sempre bem o Programa e com muita participação. Contra o tempo não podemos lutar e também não podemos descurar a perspectiva da imagem que tanto as Regatas de Botes Baleeiros como o Festival Náutico da Semana do Mar já alcançaram. Bem sei que nem todas as opiniões foram coincidentes mas quem tinha de decidir era a Comissão de Regata e a Entidade Organizadora. Os elementos da Entidade Organizadora que puderam ser contactados entre as 8 e as 10 horas da manhã deste sábado – e foram vários – foram consensuais. Os membros da Comissão de Regata estiveram todos reunidos no Clube e também consideraram que não havia condições. Quero referir, que a lancha da baleia “Senhora de Fátima”, do Clube Naval das Velas de São Jorge, veio até ao Faial na manhã deste sábado, trazendo um bote que não vinha participar na Regata de Vela, só trazia Remos. E isso aconteceu, porque este tempo deu a imagem enganadora de que estava bom. Como estava muito bom tempo, mar manso, no Canal de São Jorge, não terá havido um qualquer marítimo que percebesse como estava de meio Canal para cá. Como tal, fizeram uma viagem difícil até ao Faial e agora a lancha e o bote ficam cá durante 2 semanas, até à Regata de Botes Baleeiros das Lajes do Pico (Semana dos Baleeiros). Mas tenho de sublinhar que, mesmo assim, tal não mudava o panorama, atendendo a que na Regata de Vela continuavam a ser apenas os 8 Botes do Faial, já que o de São Jorge vinha para participar somente no Remo”.

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SEMANA DO MAR 2019 - CANOAGEM ENCONTRO REGIONAL DE CANOAGEM

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r Livre (8 atletas), Clube Náutico (2 atletas), Angra Iate Clube (5 atletas), da ilha Terceira, e Clube Naval da Horta (CNH) – anfitrião – são os clubes que participaram no Encontro Regional de Canoagem, no âmbito do Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019, organizado pelo CNH. Foram mais de duas dezenas de canoístas que realizaram a Prova de Fundo (5 quilómetros) e as de Velocidade (500 e 1.000 metros), tendo como cenário a bela Baía da Horta.

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SEMANA DO MAR 2019 - MINI-VELEIROS NÉRI GOULART VENCE A PROVA DA SEMANA DO MAR

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oram 8 os participantes na Prova da Semana do Mar da Secção de Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta (CNH), decorrida esta quarta-feira, dia 07. Néri Goulart, João Nunes e Flávio Pereira preencheram o pódio desta Prova, que “correu bem”, de acordo com João Sequeira, Responsável por esta Secção. Ao longo das 4 regatas “houve uma aragem razoável”, refere João Sequeira, destacando a aguerrida disputa entre o 3º e o 4º lugares. Como habitualmente, aconteceu o convívio final, tendo como ponto de encontro a “70” de Mário Carlos, também ele praticante, que brindou os colegas velejadores com uns caranguejos. As avarias marcaram presença nesta Prova, que juntou “bastante assistência”. Esta actividade inseriu-se no programa do Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019, organizado pelo CNH. A Entrega de Prémios estava programada para o

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próprio dia da Prova mas por razões várias foi adiada para o decorrer do Jantar de Encerramento do Festival Náutico, marcado para as 20 horas deste domingo, dia 11, na Tenda Multiusos do CNH.

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MINI-VELEIROS NÉRI GOULART GANHOU A REGATA DA FETEIRA

Fotografia de arquivo

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Regata da Feteira da Secção de Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta (CNH) decorrida quinta-feira, dia 22, nesta mesma freguesia, ficou marcada pela falta de vento. Por esse facto, apenas foi realizada uma regata. Participaram 8 velejadores, tendo Néri Goulart sido o vencedor. Em terra – quiosque de Mário Carlos – não faltou o usual convívio, que caracteriza a fase a seguir às provas desta Secção e que é sempre muito animado. A próxima actividade da Secção de Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta será a Regata do Varadouro, calendarizada para o dia 01 de Setembro.

1º - Néri Goulart 2º - Flávio Pereira 3º - João Nunes 4º - António Pereira 5º - João Sequeira 6º - Emanuel Silva 7º - Mário Carlos 8º - Filipe Guerreiro

A Classificação da Regata da Feteira foi a seguinte:

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SEMANA DO MAR 2019 - MOTONÁUTICA PROVA DO CAMPEONATO REGIONAL: DIA 10/CONVÍVIO VOLTA À ILHA DO FAIAL

Fotografia de arquivo

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3ª e penúltima Prova do Campeonato Regional de ‘Jet Ski’ realiza-se sábado, dia 10, na ilha do Faial, no decorrer do Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019, organizado pelo Clube Naval da Horta (CNH). A prova vai contar com a presença de um piloto muito especial. Trata-se do Campeão do Mundo na Classe GP3, Vitorino Rodrigues, que vem propositadamente ao Faial disputar a corrida. “É um motivo grande de interesse, pois teremos a oportunidade de ver um piloto a correr a sério”, salienta Marco Garcia, Coordenador da Secção de Motonáutica do Clube Naval da Horta. Este Dirigente revela, ainda, que a etapa do Campeonato Regional deste sábado também irá contar com a presença de um representante – Sebastião Pessanha – da Associação de ‘Jet Ski’ e Motonáutica dos Açores, vindo de São Miguel. Razões fortes para assistir à prova, que está mar-

cada para as 10 horas de sábado, dia 10, na Baía da Horta. O Convívio Volta à Ilha do Faial acontecerá pelas 15 horas de domingo, 11, último dia do Festival Náutico de 2019. 15 pilotos do Faial, Pico, São Jorge, Terceira e São Miguel De acordo com Marco Garcia, são esperados 15 atletas oriundos do Faial, Pico, São Jorge, Terceira e São Miguel. Do Faial, participam Tiago Mota, Márcio Gomes (em dúvida), Pedro Mendonça e o próprio Marco Garcia. A Organização desta Prova Regional é da responsabilidade do Clube Naval da Horta em parceria com a Associação de ‘Jet Ski’ e Motonáutica dos Açores. A 1ª Prova do Campeonato Regional de 2019 aconteceu em Junho, na Terceira, aquando das Sanjoaninas, e a 2ª na ilha de São Jorge, por altura da Semana Cultural das Velas. A última será

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em Setembro próximo, na ilha de São Miguel. Recorde-se que já em 2018 o Faial recebeu uma prova do Campeonato Regional, inserida no Festival Náutico. Marco Garcia aproveita esta oportunidade para explicar que o ‘Jet Ski’ está englobado na Motonáutica”. E acrescenta: “Tudo o que for desportos de motos de água ou ‘Jet Ski’s’ na água insere-se na Motonáutica. Mas o ‘Jet Ski’ engloba as 2 vertentes: o ‘Jet Ski’ em pé e a moto de água sentado”. Associação traz material para a prova no Faial A prova realizada em 2018 “correu bem”, pelo que as expectativas para este ano são de que o resultado volte a ser o mesmo. “Estão salvaguardadas todas as condições de segurança e está a ser dada toda a atenção aos diferentes pormenores”, salienta este Responsável, que recorda: “No ano passado houve alguns problemas

por causa das bóias e para evitar essa situação, este ano a própria Associação vai trazer algum material para apoio na montagem do percurso”. “Penso que está tudo coordenado para que a prova decorra com normalidade”, garante. Marco Garcia refere que os amantes da Motonáutica aproveitam a Semana do Mar para trazer a sua moto e dar o passeio. Há quem venha só pelo passeio mas também há quem faça a viagem até ao Faial de propósito para a prova de ‘Jet Ski’. “Neste caso, estamos a falar de pessoal um pouco mais jovem”. Em 2018, a Associação de ‘Jet Ski’ e Motonáutica dos Açores custeava a viagem da moto e do piloto, em transporte marítimo, e a alimentação do atleta – ficando a estadia a cargo do clube organizador – a quem quisesse disputar o Regional na classe das Motos de Água. “Mas por razões orçamentais, este ano esse apoio foi reduzido, pelo que são esperados menos pilotos nessa classe”, lamenta este Dirigente.

Márcio Gomes e Marco Garcia: 2 rostos da Motonáutica no Faial

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“Precisamos de um treinador certificado para haver uma Escolinha do Desporto” Marco refere que “têm sido feitos alguns treinos”, evidenciando que “o grande problema da modalidade no Faial reside na dificuldade em montar uma Escolinha do Desporto por causa da certificação do treinador”. E prossegue: “Se conseguissemos ter um treinador certificado pela modalidade, seria tudo muito mais facilitado na obtenção de apoios por parte da Associação e da Federação Portuguesa de Motonáutica. Se tivessemos 10 miúdos a praticar, a Federação cedia-nos um ‘Jet Ski’”. Este dirigente e simultaneamente piloto assevera que “estão a ser envidados esforços com vista a conseguir um instrutor certificado”. Esse desiderato poderá vir a ser uma realidade se houver uma acção conjunta por parte das ilhas Faial e Pico. “Este ano participámos num passeio no decorrer das festas de São Roque já com o intuito de a modalidade entrar no Pico. Se o clube de São Roque se filiar na Associação por forma a ter alguma actividade, seria bom. No meu entender, só temos a ganhar com a nossa proximidade, pois se no Faial ou no Pico houvesse o tal instru-

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tor credenciado, estas duas ilhas aproveitavam essa oportunidade apostando na Motonáutica, atendendo a que a Terceira está servida e São Miguel também”.

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SEMANA DO MAR 2019 - NATAÇÃO TRAVESSIA DO CANAL FAIAL/PICO 2019 - BRIEFING

Saída entre o Monte Queimado e o Monte da Guia e chegada à escaleira do cais Norte do porto da Areia Larga, na Madalena

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ão 31 os nadadores – dos Açores, nacionais e estrangeiros – que irão fazer a 4ª Travessia a nado do Canal Faial/Pico, marcada para esta sexta-feira, dia 02, organizada pelo Clube Naval da Horta (CNH). No ‘Briefing’ preparatório do evento – que decorreu na tarde desta quinta-feira, 01 de Agosto, na Tenda Multiusos do CNH – José Decq Mota, Presidente da Direcção desta instituição náutica faialense, agradeceu a preseça de todos os nadadores, ‘skipper’s’ e elementos da Organização da Natação em Águas Abertas - Travessia do Canal Faial/Pico 2019. “Vamos abrir o Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019 com esta prova, como tem acontecido nos últimos anos”, anunciou este Dirigente, que destacou: “Trata-se de uma prova aliciante e difícil, que não é para todos mas é para vocês. Penso que é uma maneira excelente de irmos, ano após ano, dando a conhecer esta Traves-

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sia. É extremamente difícil para nós, CNH – que somos uma estrutura modesta – em termos logísticos organizarmos uma prova desta grandeza. Por outro lado, temos sempre condicionantes que têm a ver com a meteorologia e com o mar mas isso é próprio da nossa existência. Como testemunho pessoal, queria dizer-vos que esta tarde [quinta-feira, 01] – eram 15h40 quando fui para o mar – dei uma volta grande no Canal para ver como estava aqui, no percurso da travessia e no Pico, onde vão chegar (escaleira do cais Norte do porto da Areia Larga) e posso dizer-vos que se fosse hoje, poderíamos ter feito bem, quer em termos de caravelas quer em termos de mar, de correntes. Vamos ver como estará amanhã [sexta-feira]. Agradeço muito o empenho de todos em participar nesta prova e posso grantir-vos que fazemos um esforço muito grande para estarmos à altura das vossas expectativas”. A equipa coordenadora é composta por Olga Marques, Directora da Prova (e Vice-Presidente da Direcção do CNH); João Duarte, Responsável pela Segurança da Prova (e Treinador da Classe

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CLUBE NAVAL DA H Hansa - Vela Adaptada do CNH); Tiago Henriques, Coordenador da Natação do CNH; e Jorge Fontes, Vice-Presidente da Direcção do CNH. Mais de 100 pessoas envolvidas A partida será dada entre Montes (Monte Queimado e Monte da Guia) com chegada à escaleira do cais Norte do porto da Areia Larga, onde haverá um ponto de acolhimento, com águas, sumos, fruta e secos. Este ponto de acolhimento é organizado pela Câmara Municipal da Madalena do Pico que, deste modo, se associa à 4ª Travessia do Canal Faial/Pico, com a chancela do Clube Naval da Horta. Os nadadores têm de tocar na escaleira como sinal de que terminaram a prova. A concentração no CNH será pelas 08h30 desta sexta-feira (dia 02 de Agosto) com saída para a largada entre Montes pelas 09h15. A largada da prova está marcada para as 09h30. Tendo em conta o número de nadadores, os mesmos foram divididos em 2 grupos, sendo que

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o primeiro largará às 09h30 e o segundo às 09h35, havendo, no fim, os devidos descontos de tempo. João Duarte, Responsável pela Segurança da Prova, chamou a atenção de todos para o facto de este ser um Canal com “muita corrente”. Este evento envolve mais de 100 pessoas, sendo 31 nadadores, outros tantos ‘skipper’s’ nos 31 barcos de apoio (cada nadador tem um barco de apoio, no qual segue o ‘skipper’ e um acompanhante. Além disso, a Organização contará, ainda, com 2 embarcações destinadas à Direcção de Prova, Segurança e Equipa Médica (cada uma terá 1 juiz-árbitro, 1 enfermeiro, 1 nadador-salvador, 1 juiz, 1 médico e 1 oficial de segurança). A Segurança conta, ainda, com 2 motos de água – numa colaboração da Secção de Motonáutica do Clube Naval da Horta – que irão fazer a segurança em termos da navegação marítima, afastando as embarcações. “Estamos a falar de uma Organização com algum volume”, sublinhou João Duarte. Cada barco de apoio tem direito a um lanche

João Duarte, Responsável pela Segurança da Prova, explicou os meandros da Travessia

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de mar, destinado ao nadador, ao ‘skipper’ e ao acompanhante. A prova, que representa um percurso de 7,7 quilómetros (4 milhas náuticas) tem como tempo máximo 5 horas, sendo as 14h30 o tempo limite. Todos os nadadores têm mais 16 de anos (completos até à data da prova) e estão cobertos por um seguro de prova CNH. É obrigatório cada um ter touca numerada e envergar óculos. O uso ou não de fato fica ao critério de cada nadador, sendo as classificações iguais em ambas as situações. A classificação será feita em termos absolutos (para mulheres e homens), com 3 prémios (1º, 2º e 3º), havendo um prémio para o 1º lugar Feminino. Os ‘skipper’s’ devem ter uma atenção permanente à caravelas, mantendo a embarcação a uma distância mínima de 5 metros do nadador. A pensar nisso, cada barco estará munido de um

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camaroeiro para eventual captura das caravelas e de 1 garrafa de vinagre para socorrer o nadador caso seja necessário. Sempre que houver paragens por indicação do nadador (para receber alimento ou hidratação) o ‘skipper’ deve desligar o motor do barco e o nadador não poderá apoiar-se neste. Se o nadador se sentir (comprovadamente) indisposto pode ser recolhido pela embarcação de apoio e retomar a prova se assim o entender, não sendo penalizado por isso. Caso o tempo não colabore ou as caravelas impeçam a realização do percurso apresentado, foi delineado um Plano B, ou seja, um percurso alternativo, que será entre o Porto da Ribeirinha e a Praia da Conceição, representando uma distância de 7 quilómetros (3,7 milhas). A Entrega de Prémios acontecerá este sábado, dia 03, no decorrer do tradicional Caldo de Peixe” evocativo de “Como tudo começou...”, com início pelas 20 horas, na Tenda Multiusos do CNH.

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SEMANA DO MAR 2019 - NATAÇÃO MANUEL ALVES, DA TERCEIRA, GANHOU A TRAVESSIA DO CANAL FAIAL/PICO 2019

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anuel Landeiro Alves tem apenas 17 anos e mais um feito para juntar aos títulos já alcançados no mundo da Natação, ao ter ganho a Travessia a nado do Canal Faial/Pico 2019, na manhã desta sexta-feira, dia 02. O atleta terceirense nadou durante 2 horas, 21 minutos e 55 segundos a distância de 7,7 quilómetros (4 milhas náuticas). A partida foi dada entre Montes (Monte Queimado e Monte da Guia) com chegada à escaleira do cais Norte do porto da Areia Larga, na Madalena, onde havia um ponto de acolhimento, com águas, sumos, fruta e secos, oferecido pela Câmara Municipal da Madalena do Pico. Encontravam-se algumas pessoas no ponto de chegada, incluindo Mário Silva, Vereador da edilidade madalenense. O 2º lugar do pódio foi alcançado por Tiago Du-

rães, de 46 anos, oriundo de Oeiras, que já em 2017 tinha vindo ao Faial com o propósito de realizar esta Travessia, a qual não se concretizou devido às desfavoráveis condições atmosféricas, tendo sido feito o percurso alternativo entre a Feteira e Porto Pim. Este nadador do Continente português fez 2 horas, 24 minutos e 34 segundos. Gonçalo Menezes, de Braga, 27 anos, foi 3º classificado, com o tempo de 2 horas, 32 minutos e 09 segundos. Esta 4ª Travessia do Canal Faial/Pico, organizada pelo Clube Naval da Horta (CNH), contou com 31 nadadores dos Açores, nacionais e estrangeiros. Deste conjunto, 4 desistiram e 1 não acabou a prova no tempo regulamentar (5 horas). A vencedora da geral e sem fato da edição de

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Esta foi a 4ª Travessia do Canal Faial/Pico organizada pelo CNH

2018, Maria Armas, da ilha Terceira, ficou na 4ª posição este ano, tendo feito 2 horas, 34 minutos e 22 segundos. De realçar que o CNH contou com 3 atletas da Secção de Natação, que fizeram excelentes tempos (Afonso Santimano: 2 horas, 37 minutos e 48 segundos, que chegou em 5º lugar; Guilherme Nunes, 2 horas, 38 minutos e 15 segundos, que foi 6º classificado; e Diogo Vieira, com o tempo de 2 horas, 39 minutos e 49 segundos, que ficou na 7ª posição). A classificação foi feita em termos absolutos (para mulheres e homens), com 3 prémios (1º, 2º e 3º), havendo um prémio para o 1º lugar Feminino, que foi ganho por Maria Armas, da Terceira. A Entrega de Prémios da Prova de Natação em Águas Abertas - Travessia do Canal Faial/Pico 2019 terá lugar este sábado, dia 03, no decorrer do Caldo de Peixe, evocativo de “Como tudo começou...”, há 44 anos, tendo como espaço a Tenda Multiusos do CNH. Esta prova deu o pontapé de saída no Programa do Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019, o qual termina no dia 11 do corrente (domingo).

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A Travessia do Canal tinha como tempo máximo 5 horas de realização. A equipa coordenadora era composta por Olga Marques, Directora da Prova (e Vice-Presidente da Direcção do CNH); João Duarte, Responsável pela Segurança da Prova (e Treinador da Classe Hansa - Vela Adaptada do CNH); Tiago Henriques, Coordenador da Natação do CNH; e Jorge Fontes, Vice-Presidente da Direcção do CNH. Cada nadador contou com um barco de apoio, que a bordo tinha o ‘skipper’ e um acompanhante. Além disso, a Organização dispunha, ainda, de 2 embarcações destinadas à Direcção de Prova, Segurança e Equipa Médica (cada uma com 1 juiz-árbitro, 1 enfermeiro, 1 nadador-salvador, 1 juiz e 1 oficial de segurança, havendo 3 médicos). A Segurança contou, também, com 2 motos de água – numa colaboração da Secção de Motonáutica do Clube Naval da Horta – que garantiram a segurança em termos da navegação marítima. José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH, congratula-se pela forma como decorreu

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esta prova, agradecendo o “indispensável contributo dos Sócios”, que colaboraram “de forma empenhada e disponível”. O Gabinete de Imprensa do CNH conversou com o campeão terceirense, que deu a conhecer um pouco do seu percurso, dizendo o que pensa sobre esta prova.

contorna várias bóias e triângulos. Aqui, estamos a falar de uma travessia com muito mais ondulação, o que se tornou mais complicado. O mais difícil foi a corrente e as ondas. Nunca tinha nadado antes neste Canal. Apenas na Baía da Horta e conheço atletas do CNH, bem como o Treinador de Natação, Tiago Henriques.

Manuel Alves: “O mais difícil foi a corrente e as ondas”

Gostaria muito de repetir esta experiência!

“Há vários anos que faço provas em águas abertas pertencentes ao circuito regional. Este ano já fiz 2 provas de águas abertas do circuito nacional, integradas no Campeonato Nacional. A primeira foi em Portimão, numa distância de 7,5 quilómetros, e a segunda em Montalegre, um percurso de 5 quilómetros. Mas em mar aberto, a travessia de hoje foi a primeira que fiz e gostei. Foi bom! Não posso dizer que tenha sido fácil, porque fácil nunca é e aqui deparei-me com factores inexistentes nas provas de águas abertas da Federação, que são em circuitos fechados, em que se

A Travessia correu bem. Não vi águas vivas nem caravelas. A água estava limpa. Como se encontrava a uma temperatura boa, nem precisei de usar fato. Vinha com receio de encontrar águas vivas e caravelas, sobretudo estas últimas, atendendo a que tive há 3 ou 4 anos, na Terceira, uma reação a uma água viva. E este ano há muitas mas correu bem. O ‘skipper’ do meu barco de apoio, o Miguel Carvão [a bordo do “Terrinha”], ajudou-me. Foi fundamental para definirmos a rota a fim de compensar a corrente, que ia a puxar. Sem dúvida que gostaria muito de repetir esta experiência!

Tiago Durães, 2º classificado, conseguiu o sonho de realizar esta Travessia, adiado desde 2017

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Gonçalo Meneses, 3º classificado, à chegada à Areia Larga

Durante a Travessia, houve alguma sede mas não parei. Só tive abastecimento de um gel energético, que ia guardado no fato e quando achei que era conveniente, virei-me de costas, tomei e atirei a embalagem para a água, que foi logo recolhida pelo ‘skipper’. Estou habituado a não parar. Acho que assim é mais benéfico, pois, no meu entender, parar provoca quebra de ritmo. Gostava de fazer a Travessia do Canal Faial/ Pico, porque sempre a vi como uma prova importante e ainda por cima realiza-se entre duas ilhas de que gosto. Por isso, decidi vir, reconhecendo que tinha treino para isso. Já tinha ouvido falar desta prova, que é bastante conhecida e importante, realizando-se durante a Semana do Mar, que é a grande festa do Faial. E sei que já participaram grandes atletas regionais e nacionais. A Organização foi impecável, sem falhas a apontar, pelo que o CNH está de parabéns. Dedico esta vitória aos meus pais, que me apoiam sempre. Telefonaram-me logo que acabei a prova. Dedico a eles pelos que sacrifícios

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que fazem por mim no sentido de eu manter esta actividade. Vim propositadamente ao Faial (na companhia de um primo) para fazer esta Travessia. Sou atleta do Clube Naval da Praia da Vitória desde os 6/7 anos e relativamente à Natação posso dizer que é uma modalidade muito difícil. Enquanto puder conciliar os estudos com este desporto quero manter mas não sei o que

Tiago Henriques com os “seus” nadadores do CNH: Guilherme Nunes, Afonso Santimano e Diogo Vieira

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O campeão na chegada ao Pico

será o futuro, pois gostaria de enveredar pelas engenharias. Treinamos 8 vezes por semana na água (piscina) durante todo o ano, além do treino de ginásio e de flexibilidade antes dos treinos na água. Já ganhei alguns títulos na Natação, modalidade que me ocupa o tempo todo”.

Miguel Carvão e Manuel Alves, que a propósito do ‘skipper’ do seu brco de apoio, diz: “O apoio do Miguel foi fundamental”

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SEMANA DO MAR 2019 - NATAÇÃO TIAGO DURÃES ELOGIA “EQUIPA MARAVILHA” E ENALTECE A ORGANIZAÇÃO DA TRAVESSIA DO CANAL FAIAL/PICO 2019

Tiago Durães e a esposa, no barco de apoio, acompanhados por Duarte Araújo, ‘skipper’ e por Leonor Porteiro e Isabel Carvão

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iago Durães, de Oeiras, foi o 2º classificado (2 horas, 24 minutos e 34 segundos), na Travessia a nado do Canal Faial/Pico 2019, realizada este sábado, dia 02, no âmbito do Festival Náutico da 43ª edição da Semana do Mar, a mais antiga festa concelhia dos Açores. Esta foi a 4ª Travessia do Canal promovida e organizada pelo Clube Naval da Horta (CNH), tendo contado com 31 nadadores. Recorde-se que este atleta do Continente português – engenheiro civil de profissão, tendo na Natação um ‘hobby’ – já tinha vindo ao Faial com esse propósito em 2017, ano em que esta Travessia não se concretizou devido ao mau tempo, tendo feito o percurso alternativo Porto Pim/ Feteira/Porto Pim, que na prática foram cerca de

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9 quilómetros. E nesse ano foi o vencedor, com fato, com o tempo de 2 horas e 22 minutos. A vitória de 2017 foi dedicada às filhas gémeas: Joana e Maria, na altura com 7 anos. Regressado agora a casa, Tiago Durães mandou um e-mail (segunda-feira, dia 06) à Vice-Presidente da Direcção do CNH, Olga Marques, que foi a Directora de Prova da Travessia, o qual, pelo seu conteúdo simpático, merece ser partilhado com todos quantos estiveram envolvidos neste evento: “Junto em anexo esta fotografia, uma das equipas mais bonitas da Travessia do Canal, em que acho que está bem espelhado o sentimento de alegria do grupo. Aproveito para dar os meus sinceros parabéns à Organização do evento por tudo o que nos proporcionaram, pelo rigor, pelo cumprimento dos horários, pelo apoio incondicional de quem quer

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que fosse que fizesse parte do grupo, o clima salutar, a festa, a comida…, a própria ilha que é maravilhosa. Eu já falei a tantas pessoas desta Travessia, que lhe garanto que para o ano ou estabelecem um número limitado de inscrições ou não vão ter barcos suficientes para os nadadores. Aproveitando o presente e-mail, e uma vez que reparei que o barco das fotos/filme esteve algum tempo de “volta de mim” se tiver oportunidade de falar com o fotógrafo peça-lhe para me enviar todas a fotos/filmes, mesmo de menor qualidade, para eu mostrar às minhas gémeas de 9 anos”. Muito obrigado. Com os melhores cumprimentos, Tiago Durães”

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Tiago Durães participou no Caldo de Peixe, de sábado, e recebeu o Prémio que atesta o 2º lugar na Travessia a nado do Canal Faial/Pico 2019

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SEMANA DO MAR 2019 - NATAÇÃO TRAVESSIA LONGA DA DOCA

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“Circuito de Águas Abertas dos Açores - Travessia Longa da Doca”, realizado na tarde de quinta-feira, dia 08, juntou 30 atletas – femininos e masculinos – que nadaram 1.500 metros. Tiago Henriques, Coordenador da Natação do Clube Naval da Horta (CNH), refere que a Travessia decorreu “muito bem”, destacando o facto de terem sido “muitos” os atletas da Secção de Natação do CNH a participar, com a particularidade de “terem ficado nos lugares cimeiros em todos os escalões”. “Eles são muito unidos”, frisa este Técnico. Os nadadores foram divididos em 4 grupos (A, B, C e D) de acordo com os escalões etários: Grupo A, dos 11 aos 12 anos; Grupo B, dos 13 aos 16; Grupo C, dos 17 aos 20; e Grupo D,

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dos 21 anos para cima. Para sexta-feira, dia 09, está programada a Travessia Curta da Doca, com início pelas 15 horas. Tiago Henriques adianta que na tarde desta quinta-feira já tinham sido registadas mais de 40 inscrições. Estas provas decorrem no âmbito do Festival Náutico da Semana do Mar e são organizadas pelo CNH e pela Associação de Natação da Região Açores (ANARA). A Entrega de Prémios terá lugar este sábado, dia 10, no decorrer do Jantar marcado para as 20 horas, tendo como espaço a Tenda Multiusos do CNH.

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SEMANA DO MAR 2019 - NATAÇÃO TRAVESSIA CURTA DA DOCA

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oram 69 os atletas que realizaram o “Circuito de Águas Abertas dos Açores - Travessia Curta da Doca”, actividade que decorreu na tarde de sexta-feira, dia 09, no âmbito do Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019, organizado pelo Clube Naval da Horta (CNH). Esta prova, sempre muito participada, juntou pais e filhos e muitos dos nadadores pertencem à Secção de Natação do CNH, tendo os mesmos alcançado lugares de pódio nos diferentes escalões. Tiago Henriques, Coordenador da Natação do Clube Naval da Horta (CNH) e Responsável pela Prova, diz que o percurso ultrapassou os 400 metros (entre a rampa e a escaleira) e que “correu tudo bem”. “A malta adorou! Foi uma actividade muito gira, realizada com tempo espectacular!”,

distingue este Técnico. A prova foi organizada pelo CNH e pela Associação de Natação da Região Açores (ANARA). A Entrega de Prémios terá lugar este sábado, dia 10, no decorrer do Jantar marcado para as 20 horas, tendo como espaço a Tenda Multiusos do CNH.

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SEMANA DO MAR 2019 - NATAÇÃO TORNEIO DE PÓLO AQUÁTICO CONTOU COM 4 EQUIPAS

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oram 4 as equipas que disputaram o Torneio de Pólo Aquático, que decorreu quinta e sexta, dias 08 e 09, no âmbito do Festival Náutico (da Semana do Mar), organizado pelo Clube Naval da Horta (CNH). José Menezes, Responsável por esta actividade, sublinha a forma como tudo decorreu, referindo que houve “bastante assistência” nos jogos disputados nestes 2 dias. Os campeões “Cabana do Pai Tomás” viram terminar em 2º lugar o “Borussia Monta’nelas” e na 3ª posição a equipa “Lusares”.

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SEMANA DO MAR 2019 - PESCA DE BARCO PROVA DE CORRICO NOCTURNA

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oram 6 as embarcações participantes na Prova de Corrico Nocturna da Semana do Mar – Pesca Desportiva de Barco – que decorreu esta quarta-feira, dia 07, no âmbito do Festival Náutico 2019. No pódio ficaram as embarcações “Senhora da Guia” (1º lugar), de Renato Azevedo; “Adriana” (2º lugar), de Paulo Vargas; e “Zeus”(3º lugar), de Jorge Oliveira. A “Senhora da Guia” foi duplamente vencedora, tendo em conta que também capturou o maior exemplar: uma anchova com 4,690 quilos. “Melo”, “Xark” e “Junior” foram as outras embarcações participantes nesta prova, que contou com lanche de mar, como acontece com todas as provas de mar realizadas no âmbito do Festival Náutico da Semana do Mar, organizado pelo Clube Naval da Horta. Luís Carlos Rosa, Director da Secção de Pesca Desportiva de Barco do CNH, refere que “a competição decorreu bem” e que “os participantes se sentiam satisfeitos”, embora uns tenham tido mais sucesso do que outros. “O resultado dependeu da estratégia adoptada por cada um e do local

escolhido”, sublinha este Dirigente, que assinala o facto de entre o 1º e o 2º classificados a diferença ter sido mínima: apenas 40 gramas!” Após a pesagem, momento sempre aguardado com grande expectativa, os pescadores ficaram a conviver uns com os outros, como sempre acontece nesta Secção. Recorde-se que esta sexta-feira, dia 09, será realizada a Prova de Fundo Nocturna, entre as 19 e as 24 horas. Os interessados deverão inscrever-se até 2 horas antes do início da mesma no Secretariado do Festival Náutico, a funcionar no Centro de Formação de Desportistas Náuticos do CNH, no Cais de Santa Cruz. A Entrega de Prémios destas 2 Provas terá lugar no decorrer do Jantar de Encerramento do Festival Náutico 2019, marcado para as 20 horas de domingo, dia 11, na Tenda Multiusos do Clube Naval da Horta. Tratando-se de provas independentes e não de um torneio, haverá prémios para os 3 primeiros classificados de cada prova (Corrico Nocturna e Fundo Nocturna) e para os maiores exemplares de cada uma destas 2 pescarias.

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SEMANA DO MAR 2019 - PESCA DE BARCO “XARK” FOI O VENCEDOR DA PROVA DE FUNDO NOCTURNA

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oram 7 as embarcações participantes na Prova de Fundo Nocturna - Pesca Desportiva de Barco da Semana do Mar, realizada na noite desta sexta-feira, dia 09. No pódio ficaram os barcos “Xark”, de Vicente Barreto; “Rosana”, de Hélder Fraga, e “Júnior”, de Rui Silveira. O 4º lugar foi ocupado pelo “Senhora da Guia”, o 5º pelo “Zeus”, em 6º ficou o “Abito” e em 7º o “Melo”. O maior exemplar, um Congro com 11,350 quilos, foi capturado pela embarcação “Xark”. Luís Carlos Rosa, Director da Secção de Pesca Desportiva de Barco do CNH, refere que “a competição decorreu bem, embora com o mar um pouco alteroso, pelo que a maior parte das embarcações regressou antes do tempo previsto para o final da prova: 19h00/24h00”. “Apesar de as capturas não terem sido muito abundantes, a verdade é que o 1º classificado, o “Xark”, conseguiu contabilizar mais de 21 quilos de pescado”, nota este Dirigente. O convívio e a cavaqueira pontificaram, como sempre, no final da pescaria, que contou com lanche de mar, o que acontece em todas as provas de mar do Festival Náutico da Semana do Mar, organizado pelo CNH.

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A Entrega de Prémios acontecerá este domingo, dia 11, no decorrer do Jantar de Encerramento do Festival Náutico 2019, marcado para as 20 horas, tendo como espaço a Tenda Multiusos do Clube Naval da Horta.

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PESCA DE BARCO CAMPEONATO REGIONAL DE PESCA DE CORRICO COSTEIRO 2019

“Senhora da Guia” ganhou a Prova do Campeonato Regional de Pesca de Corrico Costeiro 2019

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equipa de Renato Azevedo, a bordo da embarcação “Senhora da Guia”, com 22.030 quilos de pescado, ganhou a Prova do Campeonato Regional de Pesca de Corrico Costeiro 2019, realizada no Faial. A competição começou pelas 18h30 de sexta-feira, dia 23, e terminou à 01h30 de sábado, dia 24. Trata-se de uma organização da Associação Açoreana de Pesca Desportiva de Mar (AAPDM) e do Clube Naval da Horta (CNH), além de outros clubes dos Açores. Esta Prova do Campeonato Regional de Pesca de Corrico Costeiro 2019, em que participaram 5 embarcações, contou com “um pouco de vento do quadrante Norte, o que fez com tenha decorrido praticamente na zona Sul do Faial”, refere Luís Carlos Rosa, Director da Secção de Pesca Desportiva de Barco do Clube Naval da Horta, que acrescenta: “No geral, correu bem, embora uma das embarcações se tenha deparado com um problema no motor, o que a obrigou a abandonar a Prova mais cedo”. De realçar que em 2º lugar ficou equipa de Jorge Oliveira, na embarcação “Zeus”, que capturou 20.610 quilos, tendo pescado 2 outras Bicudas com 990 gra-

mas cada. Se ambas tivessem mais 10 gramas cada, teria ganho a prova, o que não aconteceu por 20 gramas. Em 3º lugar ficou a equipa de José Melo (“Melo”); em 4º a equipa de Vicente Barreto (“Xark”) e em 5º a de Hélder Fraga (“Rosana”). Após a pesagem houve, como sempre acontece nesta Secção, convívio e amena cavaqueira entre os participantes. Faial, Pico, Graciosa, Terceira, Santa Maria e São Miguel, são as ilhas englobadas nesta competição. Após a realização da Prova em cada uma das ilhas inscritas neste Campeonato, os resultados são enviados para a AAPDM, em São Miguel, onde será feito o apuramento e encontrados os vencedores, sendo distinguidas as três melhores equipas. O local onde decorrerá a Entrega de Prémios do Campeonato Regional de Pesca de Corrico Costeiro 2019 será divulgado oportunamente.

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SEMANA DO MAR 2019 - PESCA DE COSTA MARTIM BETTENCOURT GANHOU A PROVA INFANTIL, COM 3,250 QUILOS DE PESCADO

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nscreveram-se 17 crianças e destas 14 realizaram a Prova Infantil de Pesca Desportiva de Costa da Semana do Mar, que decorreu na manhã de sexta-feira, dia 09, no cais da Lota da Horta. Foram eles (por ordem arbitrária): Joaquim Melo, Tomás Terra, Guilherme Fortunato, Francisco Matos, Teresa Fontes, Rosa Furtado, Francisca Leal, Álvaro Pinto, Joaquim Barcelos, Angelica Silva, Francisco Melo, Alexandre Pinheiro, Angelico Frias e Martim Bettencourt. No pódio ficaram Martim Bettencourt, que foi o campeão, com 3.250 quilos de pescado; seguindo-se Alexandre Pinheiro, que pescou 2.540 quilos e Angelica Silva, com 870 gramas. O maior exemplar foi capturado por Álvaro Pinto: 1 safia (sargo) com 140 gramas. Todos os pescadores receberam Medalhas de Participação. José Decq Mota, Presidente da Direcção do

Clube Naval da Horta, deu as boas-vindas aos mais pequenos (pescadores) e aos maiores (pais e avós) e lembrou que “esta Prova é já uma tradição na Semana do Mar”, fazendo votos para que continue. “Daqui a algum tempo, os que estão aqui como pais passarão à situação de avós e os concorrentes passarão a ser pais”, referiu este Dirigente, que acrescentou: “Numa época em que prevalece uma certa mania das proibições, ainda nunca fomos proibidos de fazer esta pesca no cais da Lota. Não me admiraria de um dia isso vir a ser uma realidade mas enquanto for assim, esta Prova continuará a ser ali”. E rematou dizendo: Estive lá, no decorrer da Prova, e gostei muito de ver o entusiasmo dos participantes”. Carlos Medeiros, Director da Secção de Pesca Desportiva de Costa do Clube Naval da Horta e Responsável pela Prova, congratulou-se pela forma como decorreu esta competição, que durou 2 horas. “Estou satisfeito, correu bem, com muito

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Martim Bettencourt, 1º classificado, costuma pescar no Clube Naval de São João do Pico

bom tempo e colaboração ideal. Os miúdos divertiram-se e os pais colaboraram na preparação da pescaria e no decorrer da mesma naquilo que era permitido: tirar o isco e o peixe”, explica este Dirigente, sublinhando que esta iniciativa antiga funciona como “um bom incentivo para que, futuramente, haja mais pescadores desportivos de costa”. E a propósito do vencedor, assinala: “Notei que ele tem experiência, pois não pescava ao acaso”. O pescador mais pequeno tinha apenas 4 anos, sendo os 13 anos a idade limite para a participação nesta Prova. A Entrega de Prémios aconteceu na Tenda Multiusos, por entre aplausos, fotografias e muitos sorrisos, seguindo-se o almoço. Esta actividade inseriu-se no programa do Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019, organizado pelo Clube Naval da Horta, evento que decorre de 02 a 11 de Agosto. Em conversa com o Gabinete de Imprensa do CNH, Martim Bettencourt, que começou a pescar com 2/3 anos, revela que a família – pai

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e mãe – vão participar nas provas de Pesca de Costa da Semana do Mar de sábado e domingo (dias 10 e 11) e, como tal, decidiram vir um dia mais cedo para também ele poder participar nesta. A pesca é, como já se percebeu, uma tradição familiar. O pai, Carlos Bettencourt, é pescador profissional, e a mãe, Fátima Bettencourt, também é uma pescadora assídua. “Vou pescar quase todos os dias e acontece até ir duas vezes por dia, sempre para o porto de São João. Minha avó materna (Fátima) vai comigo, pois ela também tem o vício. No Pico, costumo pescar com os grandes, representando o Clube Naval de São João. Já apanhei 1 congro com cerca de 7 quilos, 1 abrótea grande e 1 lagosta. Gosto muito de pescar e esta é a segunda vez que participo na Prova Infantil da Semana do Mar”, conta este veterano, com apenas 10 anos de idade.

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Alexandre Pinheiro arrecadou o 2º lugar

Angelica Silva ganhou o 3º Prémio

O maior exemplar foi pescado por Álvaro Pinto

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VELA DE CRUZEIRO - ATLANTIS CUP FROTA ATLANTIS CUP 2019 JÁ NAVEGA

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, 2, 1…..” ao sinal sonoro eram 15 os alinhados ao largo de Vila do Porto. Uma largada limpa, com vento a soprar de Noroeste, a uma velocidade de 10 nós. Um começo de Atlantis Cup 2019 a deixar adivinhar uma competição renhida na classe ORC. Os veleiros “Hexentric” de José Henrique de Sousa Freitas e o “Celtic Dream” de João Reis largaram muito próximos, tendo sido mesmo os primeiros a rondar a boia de demarque montada na baía de Vila do Porto. A classe ORC, de competição, conta este ano com 6 veleiros. Embora esteja a participar em OPEN, o “Ventosga” de Leonel Carvalho rodou a boia na popa do “Celtic Dream”, podendo ser um dos candidatos ao prémio de “Primeiro a cortar a linha” em Ponta Delgada. O prémio de “Primeiro a cortar a linha”, em Ponta Delgada e Angra do Heroísmo, é patrocinado pela empresa “Espaço X”. Os veleiros mais rápidos deverão começar a chegar a Ponta Delgada ao final da tarde deste domingo. A linha montada em São Miguel en-

cerra às 08h00 da manhã seguinte. A edição de 2019 da Regata da Autonomia tem um total de 217 milhas náuticas, a ligar as ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira e Faial. A Atlantis Cup, Regata da Autonomia 2019, conta com o Alto Patrocinio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.

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VELA DE CRUZEIRO - ATLANTIS CUP “HEXENTRIC” LIDERA ATLANTIS CUP 2019

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“Hexentric”, de José Henrique de Sousa Freitas, foi o primeiro a cortar a linha montada em Ponta Delgada, tendo sido o mais rápido na primeira regata da edição de 2019 da Atlantis Cup, que trouxe a frota, composta por 15 embarcações, de Vila do porto, na ilha de santa Maria. A tripulação do “Hexcentric” completou as 55 milhas náuticas entre as ilhas de Santa Maria e São Miguel em 10 horas e 16 minutos, liderando a classe ORC. Seguem-se as embarcações “Gustave”, “Twisted” e “Celtic Dream”. Os veleiros “Air Mail” e “Rift” enceram a classificação ORC, que conta com seis embarcações. O segundo a cortar a linha em Ponta Delgada foi o veleiro “Phileas Fogg III”, de José Paulo da Costa Caseiro, sendo o mais rápido da classe Open. A frota da Atlantis Cup deixa Ponta Delgada na terça-feira, em direção a Angra do heroísmo. O “Hexcentric” venceu igualmente o prémio de “Primeiro a cortar a linha” que será entregue na receção oficial oferecida pela Câmara Municipal de ponta Delgada, oferecido pelo Clube

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Naval de Ponta Delgada. A edição de 2019 da Regata da Autonomia tem um total de 217 milhas náuticas, a ligar as ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira e Faial. A Atlantis Cup, Regata da Autonomia 2019, conta com o Alto Patrocinio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.

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VELA DE CRUZEIRO - ATLANTIS CUP FROTA ATLANTIS CUP 2019 NAVEGA EM DIREÇÃO A ANGRA DO HEROÍSMO

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vento, ou a falta dele, não ajudou na largada para a segunda regata da Atlantis Cup 2019, em Ponta Delgada. A largada sofreu um atraso tendo sido dada às 10h23, com o vento a soprar de Nordeste, a uma velocidade de 4 a 5 nós. O veleiro “Hexentric” voltou a ser o mais rápido na largada tendo sido o primeiro a rondar a boia de desmarque, levantando de imediato o balão. A boia foi rondada de seguida pelos veleiros “Soraya”, “Ventosga”, “Phileas Fogg III e Celtic “Dream”. A frota da Atlantis Cup, Regata da Autonomia, composta neste momento por 18 veleiros, tem pela frente uma tirada de 92 milhas náuticas, entre as ilhas de São Miguel e Terceira. A edição de 2019 da Regata da Autonomia tem um total de 217 milhas náuticas, a ligar as ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira e Faial. A Atlantis Cup, Regata da Autonomia 2019, conta com o Alto Patrocinio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.

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VELA DE CRUZEIRO - ATLANTIS CUP “HEXENTRIC” LIDERA ATLANTIS CUP 2019

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veleiro mais rápido da frota Atlantis Cup 2019, na segunda regata, o “Hexentric”, completou a ligação entre Ponta Delgada e Angra do Heroísmo em 14h37. O “Hexentric” continua a liderar a classificação da classe ORC, seguido pelos veleiros “Gustave”, “Celtic Dream”, “Twisted”, “Rift” e “Air Mail”. O segundo a cortar a linha de chegada da regata que ligou as ilhas de São Miguel e Terceira, montada em Angra do Heroísmo, foi o “Soraya”. Seguiram-se as embarcações “Phileas Fogg III”, “Rift”, “Sul” e “Air Mail”. As tripulações que compõem a Atlantis Cup 2019, Regata da Autonomia, terão alguns dias para aproveitar a ilha Terceira, regressando ao mar no próximo dia 3 de agosto, para a terceira e última regata da prova. A frota terá pela frente 70 milhas náuticas até à cidade da Horta, na ilha do Faial. A edição de 2019 da Regata da Autonomia

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tem um total de 217 milhas náuticas, a ligar as ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira e Faial. A Atlantis Cup, Regata da Autonomia 2019, conta com o Alto Patrocinio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.

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VELA DE CRUZEIRO - ATLANTIS CUP “HEXENTRIC” VENCE ATLANTIS CUP 2019

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“Hexentric” de José Henrique de Sousa Freitas, foi o vencedor incontestável da 31ª edição da Atlantis Cup, Regata da Autonomia. O veleiro comandado por António Tangêr venceu as três regatas da prova, tendo completado

a última, que ligou Angra do Heroísmo e Horta, em pouco mais de 17 horas. A última regata, que trouxe a frota composta por 22 veleiros da ilha Terceira ao Faial, foi particularmente dura para as embarcações mais pequenas. O segundo a chegar ao porto da Horta foi o “Phileas Fogg III”, sendo o mais rápido da prova na classe Open. Na classe ORC, de competição, o “Hexentric” venceu a Atlantis Cup 2019, seguido pelos veleiros “Gustave”, “Celtic Dream” e “Rift”. As embarcações “Air Mail” e “Twisted” completam a classificação. A edição de 2019 da Regata da Autonomia ligou as ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira e Faial. A Atlantis Cup, Regata da Autonomia 2019, contou com o Alto Patrocínio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.

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VELA DE CRUZEIRO - ATLANTIS CUP “HEXENTRIC” (EM ORC) E “PHILEAS FOGG III” (EM OPEN) FORAM OS VENCEDORES

Tripulação do “Hexentric”, embarcação vencedora na Classe ORC, tendo como ‘skipper’, José Henrique de Sousa Freitas

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31ª “Atlantis Cup - Regata da Autonomia” (“AC-RA”) navegou bem e chegou a bom porto, o que é uma fortíssima razão para estarmos todos satisfeitos!” Foi com esta congratulação que José Decq Mota, Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH) – Entidade Organizadora deste evento náutico, realizado desde 1989 – iniciou a sua intervenção no Jantar de Entrega de Prémios da “AC-RA” 2019, que decorreu na noite desta terça-feira, dia 06, no Azoris Faial Garden Resort Hotel (antigo Hotel Fayal). Este Responsável saudou a Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), Ana Luísa Luís; a Directora do Turismo dos Açores, Marlene Medeiros, em representação do Presidente do Governo Regional dos Açores; o Presidente da Câmara Muni-

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cipal da Horta, José Leonardo Silva; o Director da Marina, Armando Castro; o Presidente do Clube Naval de Ponta Delgada, Pedro Moura; os deputados regionais, as Autoridades Civis e Militares presentes, bem como os participantes e membros da Organização da “Atlantis Cup Regata da Autonomia” 2019. “Ao estarmos todos aqui, neste último momento de encontro das 22 tripulações que disputaram esta 31ª edição da “Regata da Autonomia”, cumpre-me, em nome do Clube Naval da Horta, agradecer com clareza a todas as Entidades e Empresas que, com os seus apoios, viabilizaram a organização desta “velha” mas sempre nova e aliciante Regata”, sublinhou este Dirigente, que prosseguiu: “O Alto Patrocínio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores à “Atlantis Cup” conferiu uma dimensão simbólica que deu sentido e energia a esta peregrinação desportiva de veleiros pelas Ilhas dos Açores. A actuação criativa e muito construtiva da Presidente da ALRAA, desafiando, em 2013, o CNH

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José Decq Mota: É tempo de começarmos todos a pensar na 32ª “Atlantis Cup - Regata da Autonomia!”

para levar a “Altantis Cup” a todas as Ilhas dos Açores, deu um novo fôlego a toda a Organização da Regata. Expresso aqui o profundo reconhecimento do CNH pela forma empenhada e activa como a Drª. Ana Luísa Luís tem, na sua qualidade de Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, concretizado este Patrocínio”. José Decq Mota explicou que o apoio do Governo Regional dos Açores, concedido através da Direcção Regional do Turismo à “AC-RA” e incluído no Contrato-Programa celebrado nos termos do DLR 30/2006, “é justificado pela função que esta iniciativa tem na divulgação desta Região como local muito apropriado para a prática de Vela. Manifestamos o nosso sentido apreço por essa valiosa ajuda”. A Câmara Municipal da Horta e as Câmaras Municipais dos Concelhos onde foram feitas escalas, e que neste ano de 2019 foram Vila do Porto, Ponta Delgada e Angra do Heroísmo, dedicaram uma atenção e um carinho a esta Regata, que

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muito nos apraz registar e muito agradecemos”, frisou o mais alto Responsável pelos destinos do CNH, que destacou: “A Sociedade Anónima de Capitais Públicos, Portos dos Açores, SA, estrutura pública que gere os nossos portos, concede, desde o início da “Atlantis Cup”, facilidades à Organização e aos participantes, que sabemos serem essenciais à existência da própria Regata. Fica aqui a expressão do nosso reconhecimento. As Empresas “Zon”, “Hempel” e “Sailazores”, com apoios organizativos e de etapa, dão um importante contributo ao produto final bem apurado que a “AC-RA” tem conseguido ser. Agradecemos reconhecidamente esses apoios”. Entrando naquilo que é o cerne desta Regata, José Decq Mota referiu “o apoio indispensável” dos Clubes Navais de Santa Maria, Ponta Delgada e Angra Iate Clube, que, sendo como são, “verdadeiros co-organizadores”, com o CNH, da “AC-RA” 2019, assumiram-se como “peças indispensáveis nesta actividade desportiva no mar que tem verdadeira dimensão Regional”. “Muito obrigado pela vossa esforçada colaboração”, afirmou este Dirigente. “O CNH saúda calorosamente todos os tripulantes dos 22 veleiros que integraram a frota da 31ª “AC-RA” e que tudo fizeram para que ela fosse uma verdadeira regata com veleiros de cruzeiro. Bastantes são de fora, bastantes são de cá e bastantes são, simultaneamente, de fora e de cá. Os que vieram pela primeira vez já tinham ouvido falar desta Regata. Os que são de outros lugares mas optaram por viver nestas ilhas escolheram a “Atlantis Cup - Regata da Autonomia” para conhecer melhor este mar que nos rodeia e que nos marca. Os que são de cá e já fizeram muitas “Atlantis Cup” marcam uma presença forte muito relacionada, quer com o gosto que têm pela actividade, quer com a vontade que sempre tiveram em reforçar a Vela de Cruzeiro dos Açores”, notou o Presidente da Direcção do CNH, que avivou: “Quero dizer a todos que os recebemos com muito gosto e esperamos voltar a vê-los na frota da “AC-RA” de 2020!” Em nome da Direcção do CNH, José Decq Mota dirigiu palavras “de muito apreço pelo trabalho feito”, ao Director da Prova (Jorge Macedo), às Comissões de Regata e Protestos, aos serviços desportivos, administrativos e de comunicação do CNH e à empresa “Mar de Histórias” que

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José Giraldin – e a sua tripulação – ‘skipper’ do “Gustave”, veleiro que arrecadou o 2º lugar na Classe ORC

fez a cobertura audiovisual e jornalística da Regata. “Endereço, igualmente, uma palavra de apreço àqueles que coordenaram, colaboraram e montaram a Revista “Atlantis Cup” 2019, que este ano foi publicada em suporte electrónico”, salientou José Decq Mota. “Mas se é certo que a Regata é feita por quem nela participa e por quem, de dentro, a organiza, também é certo que a sua realização com sucesso, depende da boa e rigorosa acção de todos o que a enquadram, nomeadamente em termos de segurança no mar. Assim, o CNH regista, com gosto, a boa colaboração dos vários serviços da Autoridade Marítima Nacional, sedeados nas ilhas onde a Regata passou, e manifesta o seu grande apreço pela atenção e acompanhamento que o Comando da Zona Marítima dos Açores da Marinha de Guerra dedicou e realizou, através, nomeadamente, do MRCC Delgada”, ressaltou José Decq Mota, que acentuou: “Dedico, ainda, uma palavra de apreço e agradecimento pela atenção que a Estação Costeira da Cooperativa Porto de Abrigo

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prestou às embarcações da “AC-RA”. “A 31ª “Atlantis Cup - Regata da Autonomia” está realizada e penso que foi um sucesso em todas as vertentes. É tempo de começarmos todos a pensar na 32ª “Atlantis Cup - Regata da Autonomia!”, concluiu o Presidente da Direcção do CNH. Voltando a figurinos anteriores, o percurso da “Atlantis Cup” 2019 contemplou as ilhas de Santa Maria, São Miguel e Terceira, finalizando, como sempre, no Faial, tendo a chegada acontecido em pleno Festival Náutico (da Semana do Mar), organizado pelo CNH. Marlene Medeiros, Directora Regional do Turismo, disse ser “uma honra” estar presente nesta Cerimónia e saudou “de forma especial” os velejadores. Falando da “Atlantis Cup - Regata da Autonomia” repisou o facto de este ser “o maior evento de Vela de Cruzeiro realizado nos Açores” – organizado pelo Clube Naval da Horta – associado à Semana do Mar, “um dos festivais mais populares dos Açores, com uma geande componente náutica”.

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João Reis e a tripulação do “Celtic Dream”, embarcação que ficou em 3º lugar na Classe ORC

A Directora do Turismo nos Açores reconhece que “esta Regata tem promovido e projectado os Açores fora de portas”, distinguindo “o importante papel dos clubes navais, com destaque para o Clube Naval da Horta”, ao mesmo tempo que frisou “o empenho e dedicação que o CNH coloca neste evento”, que é, simultaneamente “uma competição e um meio de convívio”. E a propósito da actividade da única instituição náutica do Faial, a governante reforça que “o Clube Naval da Horta tem promovido os Açores também através de outros eventos nacionais e internacionais, que experienciadamente organiza”. Para Marlene Medeiros, a “Atlantis Cup” é “um tributo ao mar”, funcionando como “ponte entre estas ilhas”. José Leonardo Silva, Presidente da Câmara Municipal da Horta, dirigiu um cumprimento “muito especial” a todos os participantes na 31ª edição da “Atlantis Cup - Regata da Autonomia”, sublinhando o facto de ela ter contado com velejadores do Faial, Terceira, São Miguel, Continente portu

Directora Regional do Turismo: “O Clube Naval da Horta tem promovido os Açores também através de outros eventos nacionais e internacionais, que experienciadamente organiza”

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guês, estrangeiros residentes no Faial e até uma tripulação de Macau, que tem um faialense integrado. “É com gosto que a Cidade-Mar dos Açores, a Horta, vos acolhe, ainda por cima no decorrer da Semana do Mar e em pleno Festival Náutico, organizado pelo CNH com o apoio da Câmara Municipal e de muitos Voluntários”, assinalou o autarca faialense. O edil exaltou o facto de tudo isto acontecer “na única Cidade dos Açores que pertence ao Clube das Mais Belas Baías do Mundo – de que fazem parte mais de 70 países – sendo a Horta, além de Setúbal, a única cidade portuguesa neste conjunto”. “Estamos virados ao mar e queremos contar com todos vós no próximo ano”, rematou José Leonardo. A Presidente da Casa da Autonomia – sedeada na Cidade da Horta – expressou o seu contentamento por “mais este sucesso”. E ressaltou: “O CNH tem sido exemplar na experiência e profissionalismo depositados nesta Regata”. Ana Luísa

José Leonardo Silva: “É com gosto que a Cidade-Mar dos Açores, a Horta, vos acolhe (...), em pleno Festival Náutico, organizado pelo CNH”

Tripulação e ‘skipper’ (José Paulo da Costa Caseiro) da embarcação “Phileas Fogg III”, vencedora na Classe OPEN

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Ana Luísa Luís: “É tempo de esta Regata (...) pôr à prova a sua capacidade de ser inventiva”

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Luís exaltou “a disponibilidade e vontade dos Voluntários”, notando que a “Atlantis Cup - Regata da Autonomia” “se impôs no panorama regional”, sendo “a mais importante Regata de Vela de Cruzeiro que se realiza nos Açores e uma das mais importantes a nível nacional”. A governante reforçou a tónica de que “este evento representa as 9 ilhas dos Açores e a Autonomia”, sustentando que “essa unidade deve ser transportada para a nossa vivência diária”. “Esta união através das nossas ilhas foi o mote lançado em 2013 para que a “AC-RA” cruzasse todas as ilhas ao longo de 3 anos”, recordou a Presidente da ALRAA (o que foi finalizado em 2018). Na sua 31ª edição, a “Atlantis Cup” voltou ao modelo inicial, pelo que Ana Luísa Luís entende que “é tempo de esta Regata – que proporcionou um maior conhecimento das ilhas e convívio entre os açorianos – pôr à prova a sua capacidade de ser inventiva”. A Presidente da ALRAA sabe que a “Atlantis Cup Regata da Autonomia” tem “um papel preponder

Frederico Rodrigues – ‘skipper’ do veleiro “Soraya”, 2º classificado na Classe OPEN – com a sua Tripulação

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ante na divulgação dos Açores”, designando-a como “embaixadora do mar dos Açores” mas defende que “se deve apostar no reconhecimento internacional”. Ana Luísa Luís destacou “a coragem, o espírito aventureiro, a alegria e o companheirismo dos velejadores”, desejando que “o convívio prevaleça”. E finalizou dizendo: “Tenho a convicção de que nos vamos encontrar em 2020”. Velejadores já pensam na 32ª edição Muitos dos velejadores manifestaram vontade de voltar a participar no próximo ano, tendo alguns garantido que vão voltar e trazer muitos outros. Respondendo directamente aos que acham que esta é uma Regata fácil, José Henrique de Sousa Freitas, ‘skipper’ do “Hexentric”, atirou: “Aos que ficaram em casa, quero dizer que se viessem, talvez tivessem ganho e que para o ano provem aquilo que dizem”.

“Hempel” patrocina “voucher’s’ de tinta para os primeiros classificados de cada Classe Jorge Macedo, Director de Prova há 10 anos e que há mais de 20 anda envolvido na “Atlantis Cup - Regata da Autonomia”, aproveitou para agradecer publicamente os apoios dados pela “Zon”, “Hempel” e “Sailazores”, bem como às tripulações que levaram câmeras de vídeo e recolheram imagens para divulgação, e ainda à empresa “Mar de Histórias”. Os vencedores em cada uma das Classes (“Hexentric” - ORC e “Phileas Fogg III” - OPEN) receberam um ‘Voucher’ no valor de 10 litros de tinta, patrocinados pela “Hempel”, destinada a pintar o fundo de um barco até 40 pés. “Trata-se de tinta usada para barcos à Vela de regata”, explica Jorge Macedo, recordando que o patrocínio da desta empresa foi conseguido há 3 anos, na sequência do repto que lançou a um vendedor nacional, para que abraçasse este projecto.

“Ventosga”, embarcação que ficou no 3º lugar do pódio na Classe OPEN. Leonel Carvalho, ‘skipper’, com os seus tripulantes

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“Sailazores” oferece convívio no Faial

Quem são os vencedores

O convívio oferecido pela “Sailazores” aconteceu pelo 3º ano consecutivo. Este ano decorreu segunda-feira, dia 05, no Castelo de São Sebastião, na Horta. A “Sailazores” decidiu entregar prémios a todos os classificados da última etapa da “AC-RA”, que em 2019 foi Angra/Horta. “No primeiro ano foi apenas para o primeiro na linha e este ano já contemplou o 1º, 2º e 3º classificados das 2 Classes, da última perna”, refere o Director de Prova, que, a propósito, realça: “Este é um Evento Social muito importante. Os velejadores adoraram o convívio e os prémios em acrílico, grosso”.

Desvendando ou recordando um pouco mais sobre os vencedores da edição de 2019, podemos dizer que a tripulação do “Phileas Fogg III” (1º lugar - Classe OPEN) vem da Nazaré, tendo participado este ano pela primeira vez na “Atlantis Cup”. O “Soraya” (2º - OPEN), veleiro faialense, é um ‘habitué’ nestas andanças, ao passo que o “Ventosga” (3º - OPEN) é de Lisboa, já veio anteriormente e assevera que “quer voltar assiduamente”. Jorge Macedo sublinha que “Leonel Carvalho, o ‘skipper’, é sobejamente conhecido, fazendo do transporte de barcos a sua vida profissional”. Leonel Carvalho disputou a Regata toda ao lado do filho. O “Celtic Dream” (3º - ORC), de João Reis, é da Terceira e também já é habitual nesta competição. O “Gustave” (2º - ORC) “é uma embarcação clássica, que vem demonstrar que quem anda a sério em ORC consegue ter boas classificações”, realça o Director de Prova, que acrescenta: “O “Gustave” é um barco que anda muito bem à bolina e como a maior parte das mareações foram bolinas, safou-se muito bem e ficou em 2º lugar”. José Giraldin – o ‘skipper’ – é canadiano mas reside no Faial, participando nas regatas organizadas pelo CNH. O “Hexentric” (1º - ORC), da Terceira, trouxe uma equipa composta por elementos “que já foram campeões do Mundo em Vela Ligeira”, com prestações olímpicas.

“A Regata superou as expectativas” “Estou muito contente, porque esta Prova correu muito bem e ultrapassou as expectativas. Estávamos a pensar numa média de 13 a 15 barcos e inscreveram-se 22 num ano sem grandes promoções”, revela Jorge Macedo, que conclui: “Isto é sinal de que as pessoas já vão conhecendo a “Atlantis Cup”. Mas entendo que a Regata precisa de ser melhor promovida”. E em resposta ao desafio formulado pela Presidente da ALRAA a propósito de voos internacionais, Jorge Macedo responde: “Para que isso aconteça, é preciso que haja uma rectaguarda que faça essa promoção. Esse trabalho não pode ser feito por nós, que somos uns carolas e curiosos, que fazemos tudo por amor à camisola”. “Gostava de participar na “Atlantis Cup” em 2020” Quando questionado sobre a sua continuidade como Director de Prova, Jorge Macedo anuncia: “Para o ano gostava de fazer a “Atlantis Cup” como participante, o que aconteceria pela segunda vez. A primeira foi no ano em que a Regata saiu de Santa Maria. Fiz com o Dr. Tomás Alberto e o António Luís no “Trilemus”. Gostava de ter participado já este ano, portanto, convém que a Organização comece a pensar noutra pessoa”.

Tripulação do “Hexentric” ao lado de Jorge Macedo, Director de Prova e ex-Director da Secção de Vela de Cruzeiro do CNH

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SEMANA DO MAR 2019 - VELA DE CRUZEIRO REGATA DOS SOLITÁRIOS

“Boreas” em ORC A; “Hot Stuff” em ORC B; “Ilha da Ventura” em OPEN, foram os vencedores da Regata de Solitários

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om vento bom, soprando moderado do quadrante Noroeste, realizou-se na tarde desta quinta-feira, dia 08, a Regata dos Solitários - Vela de Cruzeiro, que inicialmente estava programada para segunda-feira mas que teve de ser adiada devido às adversas condições meteorológicas. Inscritos estavam 17 barcos, tendo largado 10, que tiveram como percurso o triângulo Baixa do Canal, Areia Larga com regresso ao porto da Horta. No pódio da classe ORC A ficaram as embarcações “Boreas” (Luís Morais), “Majo” (Armando Castro) e “Aquavit” (João Duarte). Na classe ORC B, “Hot Stuff” (Fernando Motta) foi o vencedor, “No Stress” (António Pedro Oliveira) terminou na 2ª posição. Na Classe OPEN, o vencedor foi o veleiro “Ilha da Ventura” (Pedro Garcia). “Soraya” (Frederico

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Rodrigues) e “Solaris” (John Hardy) completaram os lugares do pódio, terminando na 2ª e 3ª posição respectivamente. O 4º lugar foi ocupado pelo “Ventosga” de Leonel Carvalho (que ficou no pódio (3º lugar) da Classe OPEN, na “Atlantis Cup - Regata da Autonomia” 2019) e o 5º pelo “Allegro Vivace”, de Duarte Barcelos, outro velejador que também integrou a frota da “Atlantis Cup” deste ano. A Regata dos Solitários integrou o programa do Festival Náutico da Semana do Mar 2019, o maior de Portugal, organizado pelo Clube Naval da Horta (CNH). A Entrega de Prémios terá lugar no decorrer do Jantar de Encerramento do Festival Náutico 2019, marcado para as 20 horas deste domingo, dia 11, na Tenda Multiusos do CNH.

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SEMANA DO MAR 2019 - VELA DE CRUZEIRO REGATA DAS SEREIAS

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Canal Faial/Pico foi invadido por Sereias, que disputaram a Regata de Vela de Cruzeiro com o mesmo nome, realizada na tarde desta sexta-feira, dia 09. Foram 16 as embarcações tripuladas por diferentes Sereias, que deram um movimento e um colorido diferente à Baía da Horta, uma das Mais Belas do Mundo. Na Classe ORC A, Maria Castro foi a vencedora a bordo do “Majo”; Sandra Costa conquistou o 2º lugar no “Aquavit”, e Sofia Benjamim o 3º, no “Air Mail”. Carolina Correia, a bordo do “Fun-Tastic”, foi a 4ª Sereia a cruzar a linha de chegada. Já na Classe ORC B, Joana Menezes, no “Hot Stuff”, levou a dianteira; seguida de Isabel Oliveira no “No Stress” e de Madalena Menezes no “Rajada”. Na Classe OPEN, havia muitas mais Sereias em competição, pelo que o pódio ficou assim preenchido: Isabel Carvão a bordo do “Ventosga”; Celina Rodrigues no “Soraya”, e Margarida Viegas no “Ilha da Ventura”. As restantes Sereias desta Classe foram: Mónica Nunes, no “Mariazinha”; Mariana Rosa, tripulando o

“Sul”; Tina a bordo do “Solaris”; Claudina Oliveira no “5 Estrelas”; Ana Azevedo no “Trillemus” e Francisca Maltez, no “Xizito”. Susana Rosa, que coordena a Secção de Vela de Cruzeiro do Clube Naval da Horta (CNH) – conjuntamente com José Fernandes – explica que “a largada deu-se com vento muito fraco, que foi aumentando um pouco de intensidade ao longo da Regata. As Sereias tinham pela frente um percurso que consistia em rondar uma bóia na baixa do Canal por bombordo e voltar ao porto da Horta”. Recorde-se que o Regulamento determina que na Regata das Sereias os ‘skipper’s’ sejam no feminino e que 50% da tripulação integre meninas ou senhoras. A Entrega de Prémios terá lugar no decorrer do Jantar de Encerramento do Festival Náutico 2019, marcado para as 20 horas deste domingo, dia 11, na Tenda Multiusos do CNH. De realçar que, para além dos Troféus habituais, a Regata das Sereias conta com o patrocínio da “Click, Saúde & Bem Estar”, que oferece um ‘Voucher’, em serviços, às 3 primeiras classificadas de cada Classe.

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SEMANA DO MAR 2019 - VELA LIGEIRA “TROFÉU INTERNACIONAL CIDADE DA HORTA” E PROVA DO CAMPEONATO REGIONAL SÉNIOR

- 1º dia marcado por condições adversas - 2º dia: falta absoluta de vento inviabiliza a realização de regatas

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1º dia (segunda, 05) do “Troféu Internacional Cidade da Horta” e Prova do Campeonato Regional Sénior ficou marcado por condições atmosféricas adversas, pelo que nem todos foram para o mar. “Houve muito vento e chuva, com marés contrárias, pelo que os velejadores apenas fizeram 1 regata”, explica Duarte Araújo, Treinador de Grau II e Coordenador da Escola de Vela do CNH. “Só os mais experimentados acabaram”, acrescenta este Técnico, que prossegue, falando dos atletas do CNH: “Em Laser 4.7, o Tomás Pó e a Mariana Rosa terminaram, assim como o Jorge Pires, em Laser Radial e o Manuel Bettencourt e o David João, em Optimist. Atendendo a estas condições, os atletas da Classe Hansa (Vela Adaptada) não realizaram rega-

tas neste 1º dia. Hoje, 2º dia deste Campeonato – terça, 06 – não houve regatas “por falta absoluta de vento”, explica José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH, Clube organizador. O “Troféu Internacional Cidade da Horta” e Prova do Campeonato Regional Sénior, começou esta segunda e termina quarta-feira, dia 07, decorrendo no âmbito do Festival Náutico 2019. São mais de 90 velejadores e treinadores oriundos dos seguintes clubes: Clube Naval de Vila Franca do Campo, Clube Naval de Ponta Delgada, ambos de São Miguel; Clube Naval de São Roque, Clube Náutico das Lajes, Clube Naval da Madalena, da ilha do Pico; Clube de Vela do Tejo, Clube de Vela de Viana do Castelo, Clube Naval de Sesimbra, BB Douro, Clube Naval do Atlântico, Sport Algés e Dafundo, todos do Continente português, e o clube anfitrião: Clube Naval da Horta. Este Campeonato, em que estão envolvidos cerca de 40 Voluntários, é disputado nas Classes

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Optimist, Laser 4.7, Laser Radial, 420 e Hansa 2.3 (Vela Adaptada). O CNH conta com o patrocínio do hipermercado “Continente”. A Entrega de Prémios está marcada para as 20 horas, do dia 07 de Agosto – último dia deste Campeonato – na Tenda Multiusos do Clube Naval da Horta.

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SEMANA DO MAR 2019 - VELA LIGEIRA “TROFÉU INTERNACIONAL CIDADE DA HORTA” E PROVA DO CAMPEONATO REGIONAL SÉNIOR

“Comitivas prometeram voltar para o ano”

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ós não podemos controlar o tempo. O vento esteve mal. Ninguém que anda na Vela acusa a Organização [Clube Naval da Horta (CNH)] pela meteorologia que se registou, pois, isso acontece em todo o lado, até no Campeonato Nacional sucedeu o mesmo. A Comissão de Regata tentou fazer o melhor possível mas quando o vento pára e roda para o lado oposto, fica toda a gente parada. Sei, porque falei com as comitivas e estão todos deliciados – principalmente aqueles que vêm pela primeira vez – com a Horta, a Semana do Mar, com o Clube e com a nossa Baía. Gostavam de ter feito várias regatas e prometeram voltar para o ano. Os atletas dizem que vêm pelo passeio mas quando começa a regata eles dão o seu melhor, porque não sabem fazer outra coisa”.

É este o balanço feito por Duarte Araújo, Treinador de Grau II e Coordenador da Escola de Vela do CNH, à forma como decorreu o “Troféu Internacional Cidade da Horta” e Prova do Campeonato Regional Sénior, que começou segunda, dia 05, e terminou quarta-feira, dia 07.

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Foram 3 dias de prova em que apenas foi realizada 1 regata, devido às adversas condições meteorológicas. Segunda-feira, houve chuva e vento em demasia. Terça, assistiu-se a uma completa ausência de vento e quarta, “dadas as permanentes alterações da direcção do vento, não foi terminada a 1ª regata”, explica José Decq Mota, Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta. Participaram neste Campeonato – que decorreu no âmbito do Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019, organizado pelo CNH – mais de 90 velejadores e treinadores oriundos dos seguintes clubes: Clube Naval de Vila Franca do Campo, Clube Naval de Ponta Delgada, ambos de São Miguel; Clube Naval de São Roque, Clube Náutico das Lajes, Clube Naval da Madalena, da ilha do Pico; Clube de Vela do Tejo, Clube de Vela de Viana do Castelo, Clube Naval de Sesimbra, BB Douro, Clube Naval do Atlântico, Sport Algés e Dafundo, todos do Continente português, e o clube anfitrião: Clube Naval da Horta.

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Estiveram envolvidos cerca de 40 Voluntários, no mar e em terra, tendo sido oferecidos lanches de mar todos os dias de prova, aspecto em que o CNH contou com o patrocínio do hipermercado “Continente”. A Entrega de Prémios decorreu na noite de quarta-feira, dia 07, na Tenda Multiusos do Clube Naval da Horta.

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SEMANA DO MAR 2019 - VELA LIGEIRA “XIV TROFÉU BAÍA DA HORTA” - ESCOLAS DE VELA

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oram 8 os atletas que participaram no “XIV Troféu Baía da Horta” - Escolas de Vela (Iniciados), decorrido esta quinta-feira, dia 08, na Baía da Horta, no âmbito do Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019, organizado pelo Clube Naval da Horta (CNH). Duarte Araújo, Treinador de Grau II e Coordenador da Escola de Vela do CNH, afirma que “correu muito bem!” E explica: “Começámos um bocadinho mais tarde, porque o vento não entrava mas para o final entrou muito bem e conseguimos fazer 4 regatas. Os velejadores conseguiram todos cumprir o percurso, mesmo os que achavam que não iam conseguir. Foi uma prova exigente, porque de vez em quando o vento parava e a vela e a retranca vinham para cima de nós e os atletas ficavam irritados e amuavam, sentando-se no barco. Posso dizer que correu super-bem e temos aqui um belíssimo grupo de velejadores”. Cerca das 13 horas realizou-se o almoço, na Tenda Multiusos do CNH, para o qual foram convidados os pais, tendo este momento de con-

vívio sido antecedido pela Entrega dos Prémios. Em 1º lugar ficou Manuel João, em 2º Manuel Penaguião e em 3º Rodrigo Lopes. “Mas todos foram vencedores, principalmente o CNH, que tem aqui um grupo espectacular para os próximos anos”, assinala Duarte Araújo, que realça: “Esta é a equipa espectacular do Clube Naval da Horta! Estou super-feliz por este grupo. Espero que dêem sempre o seu melhor em competição”.

Duarte Araújo: “Esta é a equipa espectacular do Clube Naval da Horta! Estou super-feliz por este grupo”

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SEMANA DO MAR 2019 - VELA LIGEIRA 21 VELEJADORES PARTICIPARAM NA REGATA DOS VELHOTES

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frota era composta por 21 velejadores, que foram divididos em 3 grupos e cada grupo deveria ter feito 3 regatas. No entanto, como não houve vento suficiente (estava sempre a cair), cada grupo só realizou 1 regata”, explica Duarte Araújo, Treinador de Grau II e Coordenador da Escola de Vela do CNH, a propósito da Regata dos Velhotes, que decorreu na tarde de quinta-feira, dia 08, tendo como cenário a Baía da Horta. Esta Prova de Vela Ligeira, dedicada aos antigos praticantes da modalidade, integrou o Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019, organizado pelo Clube Naval da Horta. “Mas todos os velejadores gostaram e estiveram muito animados”, destaca este Técnico. A Entrega de Prémios está marcada para as 20 horas, deste sábado, dia 10, na Tenda Multiusos do CNH.

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CONHECER OS NOSSOS ATLETAS JORGE PIRES: “CRESCI MUITO COM A VELA EM TERMOS DE MENTALIDADE”

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orge Krug Pires foi atleta da Secção de Vela do Clube Naval da Horta (CNH) ao longo de 7 anos consecutivos. Em Setembro próximo vai iniciar o seu percurso académico no Porto mas garante que continuará a defender as cores do CNH. Na Entrevista de hoje, fala do caminho percorrido na Vela, ressaltando o que de mais marcante aconteceu ao longo das várias épocas. Presente estará sempre o Clube, os amigos, a família e o Faial, para onde gostava de regressar. “Comecei na Vela aos 11 anos, porque fui obrigado pelos meus pais. Na altura fazia também Natação no CNH, tendo iniciado muito novo. Mantive a Natação até aos 12 anos e durante 1 ano pratiquei estes 2 desportos mas como estava cansado da Natação, optei pela Vela, apesar de ter apreciado bastante a Natação. Gostei muito da Vela quando comecei. Da mo-

dalidade em si. Apesar de não ter noções de Vela – nem sequer das Férias Desportivas – não achei muito difícil. Quando comecei, estava sozinho nos Juniores. Tive sorte, pois assim tinha um treinador só para mim. Considero que não é muito fácil aprender mas como prestava muita atenção, aprendi rapidamente. É preciso estar concentrado. No início, sentia imenso medo do mar e do vento. Antes de vir para a Vela, só andava no semi-rígido do meu pai (6,5 metros), que é muito grande quando comparado com um Optimist. Já estava habituado ao mar mas passar de um barco grande para um Optimist, que é pequenino, não achei graça mas depois fui-me habituando e passei a gostar. Adorei o primeiro treino, porque estava pouquinho vento e, por isso, foi passear. Mas depois percebi que de vez em quando havia muito vento

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Jorge Pires: “A Regata que mais gostei de ganhar foi no Nacional, realizado no Faial”

e muitas ondas. E o barco revirava. E lá ia mas um pouco contrariado. Em termos de treinadores, a primeira foi a Joana Valério, que só ficou cá 1 ano. Depois, subi para a pré-Competição, em que já havia imensos velejadores: uns 13 ou 14. O Clube Naval da Horta tinha a maior frota da Região. Era Treinador o Pedro Cipriano. Consegui evoluir bastante. Nunca tinha feito Vela no Verão, pois comecei a praticar no Inverno. Lembro-me bem da primeira regata que ganhei – a Regata do Triângulo – porque foi a última que fiz com o Cipriano, que depois foi para a Terceira. A Regata que mais gostei de ganhar foi no Nacional, realizado no Faial, na minha segunda época de competição, em que, no último dia, tirei um 6º lugar na Frota de Prata. Como era um Nacional soube-me muito bem, pois éramos mais de 80 velejadores! Até, porque, no Nacional anterior, na minha primeira época, tinha sido 20º classificado e fui ao Nacional e fiquei em último. A evolução que tive no ano a seguir foi

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muito grande! Ganhava regatas nos Regionais mas só comecei a ganhar Regionais quando transitei para a Classe Laser. Estive 4 anos em Optimist. Eu era o velejador que nunca ganhava PCR’s [Provas do Campeonato Regional] nos Regionais mas ficava sempre perto do pódio, e ia às regatas ao Continente e corriam-me sempre bem. Comecei a perceber que era nos Nacionais que se evoluía mais. A Vela é para manter Fiz a Semana do Mar na Classe Radial, atendendo à minha idade, e apesar de ir este ano para o Porto, onde vou estudar Arquitectura, a ideia é manter a Vela. Vou inscrever-me num clube e continuar a representar o CNH. A Vela é para levar a sério até ao ponto que der, porque vou ter de estudar imenso, embora o Curso tenha uma grande componente prática, o que é muito bom! Desde pequeno que quero ser arquitecto. Nunca saí dessa ideia. Tenho jeito para desenho. Gosto

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CLUBE NAVAL DA H muito de Geometria Descritiva, que se revelou a minha disciplina favorita e está directamente relacionada com aquilo de que preciso. Gostava imenso de viver no Faial mas não sei o que me reserva o futuro. Para já, o meu foco é ir para a universidade e participar nos Nacionais de Vela. Tenho muitos amigos no Porto e alguns de cá que também vão para lá. Sem dúvida que vou ter saudades de tudo isto mas virei cá de férias. Se soubesse que tinha de viver da Vela, ia esforçar-me ao máximo Recordo-me que o meu primeiro Nacional – tinha 12 anos – foi em Portimão, na altura em que a Vela nos Açores passou a ter mais visibilidade, além do Rui Silveira, claro! De uma das vezes em que ele veio ao Faial este ano, deu-nos um treino. Deu para perceber que estamos a fazer muita coisa mal. O segredo é praticar. O Rui Silveira projecta imenso o Faial e a Região. Fala-se muito dele e é um orgulho para o Clube Naval da Horta. Ele investiu tudo na Vela. Se eu pudesse fazer isso, se tivesse condição financei-

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ra que me permitisse não trabalhar, apostaria na Vela. Se soubesse que tinha de viver da Vela, ia esforçar-me ao máximo. Sei que poderia ter treinado mais e que às vezes faltava a treinos para estudar para os testes mas também por vezes não vinha treinar durante a semana, porque preferia ficar com os amigos. Viver! Os amigos são importantes. Fiz muitos amigos na Vela mas também tenho outros amigos fora da modalidade. Contudo, estão todos no mesmo nível. Evoluir sem ir aos Nacionais é muito complicado O Clube Naval da Horta é, acima de tudo, um sinal de que a Vela nos Açores tem valor. No entanto, é também graças ao Duarte [Araújo, Treinador de Competição do CNH] que eu e o [Tomás] Pó evoluímos imenso desde que ele cá está e fomos sempre melhorando os resultados, mesmo a nível nacional. A primeira vez que fui “Jovem-Talento” foi no Nacional, em Sesimbra, no ano passado, e só me dei conta disso no final. Durante todas as regatas

Jorge Pires, Tomás Pó, Alexandre Madruga e José Maria Silva, no XXX Campeonato de Portugal de Juniores e Absolutos, que decorreu em Abril deste ano, no Porto

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nunca me lembrei que se ficasse no Top 15 ia alcançar esse título. O objectivo foi sempre dar o meu melhor e isso veio por acréscimo. Ser “Jovem-Talento” é sinónimo de contar com algum apoio para participação em provas nacionais. Evoluir sem ir aos Nacionais é muito complicado. Eu e o Pó fomos a Maiorca, em 2018, fazer uma regata. E por acaso fiquei feliz com o resultado atingido: 20º lugar. Estamos a falar de uma regata em que participam velejadores do Mediterrâneo, de Espanha, etc, com uma frota gigante, algo a que já estamos habituados. No Nacional de Optimist são 120 velejadores, divididos em 2 frotas de 60 cada. E no Nacional de Laser normalmente são 50 barcos. Por isso, faz-se tudo na mesma frota. Ao fim de algum tempo, claro que nós já percebemos para onde está a dar a largada mas cada frota tem a sua dificuldade. Por exemplo: enquanto que aqui, num Regional, um velejador como eu não tem dificuldade na largada, no Nacional já tem de lutar mais um bocadinho, porque há vários atletas a quererem o mesmo lugar. Aqui há 5 velejadores a quererem largar dali e que conseguem largar do melhor lugar, num Nacional já são 15/20 velejadores a lutar por aquele lugar

e a luta é muito maior. E numa prova superior ainda se regista uma maior disputa. Somos agressivos, claro, porque quando nos encontramos numa largada, estamos a defender ao máximo aquele lugar para onde não vais querer que nenhum outro barco vá. Faz parte do desporto. Sem o Duarte, isto não teria sido o mesmo Voltando aos treinadores, o Duarte foi o melhor que me poderia ter calhado. Todo o treinador que se chateia com os seus velejadores só mostra que se interessa com as classificações. Ele foi sempre um Treinador exigente. Desde que o Duarte veio para o CNH percebemos que ia ser um nível mais competitivo. Ele fez com que começássemos a utilizar imensos métodos de treino e exercícios novos que não utilizávamos antes. Percebe imenso de Vela. Se o Duarte não tivesse vindo para o Faial, o nível de Vela no Clube Naval da Horta não seria o mesmo. Ele vem de outra escola. Conhece o pessoal a nível nacional e foi quem começou todo este processo de irmos ao Continente. Conseguiu arranjar-nos casa, material, barcos, o que foi óptimo. Somos mesmo amigos e ele é uma pessoa com

Março de 2019: Rui Silveira (Atleta de Alta Competição), Jorge Krug Pires e Tomás Pó (Jovens-Talento da Vela dos Açores) representaram o CNH no 45º Torneio Internacional de Vela do Carnaval, em Vilamoura

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Março de 2019: Rui Silveira (Atleta de Alta Competição), Jorge Krug Pires e Tomás Pó (Jovens-Talento da Vela dos Açores) representaram o CNH no 45º Torneio Internacional de Vela do Carnaval, em Vilamoura

quem podemos contar. Sempre que vem um novo treinador, não sabemos se podemos brincar com ele; se é muito rígido. Mas tivemos muita sorte com o Duarte. Aprendemos muito com ele. Muito! A Vela trouxe amigos e isso é um ponto em que o Duarte toca muito, na medida em que devemos socializar e fazer amigos. O Duarte chateia-nos muito com isso e realmente é muito importante. Antes, ficávamos mais no nosso canto, porque éramos os açorianos que iam ao Continente fazer regatas. Acho que quando começámos a ter muitos velejadores com o título de “Jovem-Talento”, começaram a olhar para nós com outro res-

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peito. Já temos impacto na frota nacional. Já não somos os açorianos. Passámos a ter nomes. Mas devo dizer que nunca gozaram connosco. No início, o nível era muito diferente. Dá para perceber que já tens alguma influência na frota quando olhas para trás e vês que tens lá 3 ou 4 velejadores a marcar-te e a virar-se quando tu viras. No Optimist, não ganhei muitas regatas. Quando fui para o Laser é que comecei a andar bem. Foi a minha fase de glória. Entrei ligeiramente tarde no Optimist mas o Duarte ajudou-me a evoluir imenso. Encaro as mudanças como desafios. Quando saí do Optimist fui para 420. Tive um Verão todo a treinar com o Jorge Medeiros e fizemos a Semana do Mar. Ficámos em 3º lugar. Mas logo a seguir ele embarcou no projecto “School at Sea” e eu fiquei “pendurado”. A primeira PCR era em Outubro e ele foi no final de Setembro. E então, eu fui para o meu primeiro Regional de Laser sem nunca ter treinado mas correu muito bem. Não continuei no 420 por falta de companheiro. Velejar com um companheiro não é o mesmo que estar sozinho mas acho que o 420 é um barco muito bom; é um veleiro pequeno em que se tem tudo como num grande: 3 velas, um spi, a vela

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grande, é muito mais complexo do que um Laser. Na Classe 420, o proeiro tem de ser sempre um bocadinho maior do que o timoneiro mas as decisões são tomadas em conjunto. Eu era timoneiro, andava no leme. Sem entendimento não é possível. Têm de ser amigos e saber velejar os dois. Os treinos têm de ser feitos de forma conjunta e connosco funcionava, porque estávamos muito motivados. Foi uma boa dupla! É muito difícil para qualquer clube ter muitos 420. Mesmo nos Açores são poucos. São Miguel não está melhor do que nós. Desde há 3 anos que o CNH deu um salto gigante com o Duarte.

“Desde há 3 anos que o CNH deu um salto gigante com o Duarte”

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O equipamento não faz tudo mas ajuda Um bom velejador tem de saber dar conta dos ventos. Temos de nos adaptar às condições e procurar o melhor lugar, a melhor posição. Ir para o lado menos favorável, não estar com a afinação perfeita na Vela, não estar a tirar o máximo partido da Vela, são situações que podem acontecer no decorrer de uma regata. E a culpa é sempre do velejador. Revirar numa regata é muito raro. Muito grave: partir uma ponteira. Sempre que se parte material numa regata, está acabada. Isso nunca me aconteceu, porque sempre tive bom material. Fiz a primeira época do Optimist e depois comprei um barco. A seguir vim para Laser, fiz uma época com um barco mau e depois comprei o meu barco. Claro que são sempre investimentos dos meus pais. O equipamento não faz tudo mas ajuda. Obviamente que ter o melhor barco da frota ajuda bastante. Mas também há aqueles que pensam que só estás naquela posição por causa do barco. Faço Laser e agora o material era igual para todos: todos usavam a mesma retranca, a mesma mastreação, o casco é igual. Tudo igual. Isso vem provar que nesta Classe, o barco não tem tanta importância como no Optimist, demonstrando quem é mais velejador.

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Dezembro de 2017: Jorge Pires exibe o Prémio alcançado na Regata do 24º Aniversário da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF)

Se a nossa frota tivesse outras condições em termos de equipamento, claro que ajudava a ter outros resultados. Mas também há aspectos que se fossem mudados poderiam tornar as coisas mais interessantes, como por exemplo a forma como muitos velejadores treinam. Têm de fazer mais. Claro que o material não é o melhor e é sempre difícil. Há muita gente que resmunga por não ter bom material mas é preciso ver que nos Açores, são os clubes que fornecem o material aos velejadores, ao contrário do que se passa a nível nacional. Por isso, estão mal habituados. Já vou com o princípio de que cada um tem de pagar e manter o seu equipamento. Cresci muito com a Vela em termos de mentalidade. O facto de irmos a uma regata e ficarmos uma semana fora, em que estamos por nossa conta, ajuda-nos a ser mais autónomos. Comecei a ver isto de outra maneira. Sou focado mas também um bocadinho teimoso. Há regatas que me correm muito mal, sinto-me muito triste e depois fico chateado comigo próprio. Ainda hoje isso acontece, porque acho que poderia ter feito melhor. O facto de eu ficar chateado quando

acabo uma regata de que não gosto, chega a ser positivo. Certas vezes abuso e fico demasiado chateado sem ter razão para tal mas o ficar ligeiramente desiludido e dizer que na próxima regata vou fazer melhor, acho que é bom, pois leva-me a querer melhorar. Não gosto nada de perder! Num Nacional não fico triste por ficar em 4º ou 5º numa regata mas quando sou atirado para 15º lugar, aí já me pergunto: “O que se passa, Jorge?” Há regatas que começam muito mal mas depois anda-se muito bem e consegue-se acabar numa boa posição. Em contrapartida, também acontece começar muito bem e acabar em 6º ou 7º e aí sim é que eu fico: “Mas eu estava tão bem! Como é que isto aconteceu?” A Vela está dependente de muitos factores mas especialmente dos velejadores à tua volta, porque pode haver uma regata com um determinado vento em que eu estava a andar muito melhor do que o velejador X mas agora com este vento, aquele velejador já está a andar melhor do que eu. Tudo pode mudar rapidamente: o vento, o campo de regata, os velejadores.

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“Um bom velejador tem de saber dar conta dos ventos”

O CNH é outra casa Posso dizer que o CNH é outra casa, para onde vinha aos fins-de-semana e ficava a fazer Vela. E era também a mini-família que ia às provas lá fora. Vou sentir falta de fazer os Regionais e de ir aos Nacionais com os colegas daqui. Vir ao Clube era algo regular na minha vida. A Vela não é um desporto de equipa mas claro que jamais iria fazer um prego a alguém da minha equipa [um prego é quando se vira à frente de um velejador de forma a obrigá-lo a mudar de rumo]. Só espero que o nível do CNH continue a subir e que daqui a 2 ou 3 anos haja alguém a andar melhor do eu quando estava cá, pois o Clube Naval da Horta tem agora uma Escola bastante grande. O CNH foi marcante na minha vida e falo dele quando estou noutros locais. Por vezes, os meus amigos perguntam-me: “Para onde vamos sair?” E eu respondo: “Não posso, tenho uma regata!” E eles percebem e sabem o que é o Clube.

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Regra geral, as pessoas têm a noção de que a Vela é um desporto de andar sentado no barco. O pensamento é: “Sentas-te, puxas uns cabos e já está!” Quem vê de fora não faz ideia da preparação imensa que a prática da modalidade implica, sendo necessário ter cuidado com o barco e de vez em quando mudar os cabos, quando se chega do mar é preciso lavá-lo e arrumá-lo. Claro que também há quem perceba por já ter feito Vela. Por isso, melhor do que explicar e a pessoa ter uma noção o melhor mesmo é praticar para ficar a perceber como funciona. O outro lado de Jorge Pires - Prato preferido: Não sou muito esquisito para comer nem sou muito guloso. Desde pequeno que prefiro uma manga ou uma maçã a um bolo de chocolate. Gosto muito de rolo de carne. No entanto, tenho tido mais cuidado com o que como por causa do ginásio. Faço ciclismo como complemento à Vela e outros exercícios em casa, como saltar à corda, etc. Gosto de exercício e de ir ao ginásio.

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CLUBE NAVAL DA H O tempo passa rápido. Gosto principalmente de me sentir bem com o meu corpo. - Qualidade: Sou mesmo perfeccionista. Também sou teimoso e não gosto de perder. Considero que a teimosia é uma qualidade no sentido de querer sempre melhorar e de trabalhar por objectivos. Coisas demasiado fáceis perdem a graça. - Defeito: Não treinar tanto quanto poderia. Reconheço que poderia dar mais mas não sou de faltar a treinos. Aliás, no CNH sou dos que têm melhor assiduidade mas poderia dar mais fora dos treinos, de forma extra. Mas também quero ter outras vidas. Quando não vou a festas de anos, por exemplo, os meus amigos queixam-se. - O que representa a Vela: O desporto certo para mim. Experimentei Canoagem e gosto mas não para fazer de forma competitiva, como aconteceu com a Vela. A Natação nunca levei assim tão a sério, embora tenha ido a Regionais. A Vela foi o desporto em que mais me apliquei. - Tempos livres: Durante as aulas não tenho. Sou um bom aluno. Pode haver uma tarde em que vou a casa de um amigo ou vice-versa mas normalmente vou para a escola, como, vou ao ginásio, estudo, como e

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vou dormir. Gosto de sair com os amigos e de ver séries. Também leio de vez em quando”. Jorge: o facto de seres obstinado fará com que, cada vez mais, trabalhes por objectivos, sabendo e sentindo que deste o teu melhor. Os valores aprendidos na Vela acompanhar-te-ão vida fora, ajudando-te a rasgar outros horizontes e a alcançar novos pódios. As amizades conquistadas são verdadeiros troféus que saberás manter onde quer que te encontres, representando, a par da família, os pilares da tua existência.

Jorge Pires: “A Vela foi o desporto certo para mim”

“O CNH foi marcante na minha vida”

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A FIGURA DO MÊS MÁRIO CARLOS

“A aposta nas freguesias do campo, como forma de reforçar e manter as Secções, seria uma saída para o CNH”

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ssume-se como um homem do Desporto e da Cultura e o seu percurso comprova isso mesmo. Aos 7 começou no Folclore e volvidos 42 anos continua a bailar, sendo, também, ensaiador e mandador. O gosto pela Natureza iniciou-o na Lavoura e deu-lhe ferramentas que facilitaram a gestão da sua empresa de Actividades Marítimo-Turísticas “Turismar”, sentindo-se realizado por poder fazer aquilo de que sempre gostou: comunicar e contactar com pessoas de outros mundos. No Clube Naval da Horta (CNH) encontrou amigos para a vida e marcou pontos no Remo. Nos Botes Baleeiros criou outra família e na

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Secção de Mini-Veleiros veste as camisolas de praticante e patrocinador, fazendo da sua “70” (quiosque de actividade turística) um ponto de encontro, onde se convive, discute, petisca e confidencia muitas histórias, só reveladas se as paredes falassem. Falamos de Mário Luís da Terra Carlos, “A Figura do Mês” de Agosto de 2019, que, nesta entrevista, revelou ser um homem multifacetado. “Durante 7 anos pertenci a 2 Grupos Folclóricos em simultâneo” “Sempre lidei com pessoas e fiz um pouco de tudo. Também sempre gostei de prestar serviços”, nota Mário Carlos. Os intercâmbios com outros grupos, possibilitados pelo Folclore, trouxeram ao de cima o líder

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Mário Carlos a ser congratulado pelo Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa

natural que sempre foi. “Acho que tenho vocação para lidar com as pessoas, para ajudá-las, encaminhá-las”. Sendo alguém dedicado ao desporto e que privilegia o contacto com a mãe natureza, o nosso entrevistado jogou Ténis de Campo, Futsal, Basquetebol, Andebol e Futebol, este último em torneios do Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres (INATEL) sempre representando Pedro Miguel. Também praticou Atletismo durante 7 anos, fez Ciclismo federado (corta-mato) durante 3 anos, tendo ido a São Miguel e à Terceira, e, mais recentemente, realizou 3 Trail’s. Os primeiros passos na área cultural aconteceram há 42 anos – tinha 7 – quando ingressou no Grupo Folclórico Infantil de Pedro Miguel. “Na minha freguesia conviviam 2 Grupos Folclóricos: o dos pequenos e o dos grandes. Comecei no dos pequenos e passado pouco tempo fui para o dos grandes. A minha primeira função foi ser bailador e porta-estandarte; depois iniciei no bandolim e de seguida passei a bailar. Tinha queda para isso, porque vinha de família. Normalmente é assim. O meu pai já bailava chamarrita e também era mandador. Antigamente, no campo, os homens ocupavam-se com estas coisas e desde muito novo que me dediquei à parte cultural e desportiva. No meu tempo de adolescente e jovem havia nas freguesias os Centros Culturais e quase toda a juventude estava inserida nesses Centros, praticando desporto e envolvendo-se em actividades culturais. Hoje, o que domina são as ‘playstations’ e os computadores”. O Folclore permitiu a troca de convivências e o contacto com novas pessoas, despertando a von-

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tade de conhecer mais e mais. Os intercâmbios proporcionaram alguns passeios à Madeira, ao Continente português e a todas as ilhas dos Açores, à excepção de Santa Maria. “Durante 7 anos pertenci a 2 Grupos Folclóricos em simultâneo: ao de Pedro Miguel e ao dos Flamengos. Neste último bailava e também ensaiava. Isto, porque eu era muito amigo do Presidente da altura, o Paulino Tavares, que tanto andou atrás de mim que acabei por associar-me. Nos Flamengos comprovei aquele ditado que diz que o que vem de fora é sempre melhor. E a verdade é que fui muito acarinhado lá. Eles gostavam de agradar a quem vem de fora e eu só tenho a agradecer àquela gente, sobretudo ao Paulino Tavares, pois gostei muito da experiência. Depois, a vida mudou e tornou-se muito difícil aguentar este ritmo. Como tal, tive de abdicar dos Flamengos e optei por continuar no Folclore da minha freguesia. O futuro tem de ser assegurado por pessoas da freguesia Recentemente, e na sequência de um pedido de colaboração, estive envolvido a ensaiar o Grupo para participarmos num festival de folclore, do Comité Organizador de Festivais Internacionais da Ilha Terceira (COFIT), que decorreu no dia 16 deste mês. Estamos a falar de um dos maiores festivais de folclore a nível mundial, com uma exigência muito grande, em que participam grupos internacionais e nacionais. É um Festival de renome e coube ao Grupo Folclórico de Pedro Miguel representar os Açores, o que foi sinónimo de uma grande responsabil-

Mário Carlos: “O meu pai já bailava chamarrita e também era mandador”

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idade. Neste momento, o Grupo conta com muita malta nova, que veio, digamos assim, fazer o resgate da profunda crise vivida e que quase levou à sua extinção. O grande suporte ao longo dos anos foi a integração no próprio Grupo dos filhos (que foram nascendo) dos elementos. A partir do momento em que essas novas gerações deixaram de ter gosto em dar continuidade ao nosso Grupo, ficando só os pais, tivemos de aceitar pessoas de fora da freguesia e o futuro torna-se periclitante, pois quem vem de fora não tem aquele “bichinho” e passado 1 ano ou 2 desiste. É importante seguirmos a nossa vocação Considero que o Folclore é uma excelente forma de os miúdos estarem ocupados, o que os desvia do computador. É bom que os mais novos tomem gosto por outras actividades e que saibam fazer um pouco de tudo. A preparação para o mundo do trabalho é fundamental e a realização pessoal também. Eu falo por experiência própria, pois actualmente poderia ser funcionário público. Também concorri para a Guarda Nacional Re-

publicana, neste caso Brigada Fiscal, mas achei que não era o lugar certo para mim. Quando vim da tropa fiz o Curso de Inseminador mas como o quadro estava completo, fiquei a trabalhar na Associação de Agricultores durante alguns anos. Contudo, anseava fazer algo relacionado com o Turismo e lidar com o público, pois sempre gostei muito de conviver com as pessoas. E foi esse gosto que me levou a abrir a minha empresa. Costumo dizer que quem não tem a possibilidade de viajar muito compensa com os turistas que vêm e que partilham outras vivências e conversas. Fuime adaptando ao longo da minha vida e hoje posso dizer que faço aquilo de que gosto”. “Comigo, o cliente quando chega ao Faial vai fazer aquilo de que gosta” A “Turismar” é uma Empresa de Actividades Marítimo-Turísticas que nasceu no Faial em 2008. Embora também comporte a vertente de mar (embarcação para passear ou pescar), está mais direccionada para a vertente terrestre, com a realização de passeios pedestres ou de carro. Esta oferta turística faialense é uma realidade

“Acho que tenho vocação para lidar com as pessoas, para ajudá-las, encaminhá-las”

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A “Turismar” nasceu do gosto de Mário Carlos pela natureza e pelo mar

pelo facto de Mário Carlos ser um homem do campo que gosta da natureza e do mar, tendo sempre conciliado estas vertentes na sua vida. “O facto de eu ser um homem de lavoura também ajudou muito no sector turístico, atendendo a que nós temos aqui principalmente um turismo de natureza, o que implica conhecer o lugar onde vivemos e aquilo que temos para mostar. Eu prefiro ter poucos e bons clientes. Gosto sempre de atender às preferências de cada grupo e de perceber se querem ir dar a volta à ilha, parar num parque e merendar; ir à praia, fazer uma caminhada, ir ver museus ou centros de interpretação. O cliente quando chega ao Faial vai fazer aquilo de que gosta. Não impinjo nada. Tenho um pacote mais ou menos definido mas vou ajustando consoante a conversa que tenho com o cliente. Como trabalho por conta própria, isso permite-me gerir os meus horários. O meu gosto é fazer algo que me dá prazer e não estar no negócio só pelo dinheiro. Se tiver de perder dinheiro, perco, mas vou feliz. Eu acabo sempre por ganhar, porque vêm outros clientes. Aliás, não faço publicidade para angariar clientes. Todos os que me procuram é por terem ouvido relatos de outros que gostaram e transmitiram o meu contacto. Gosto mais de trabalhar assim! Tenho clientes que voltam uma vez, duas, três e a melhor forma de dar a conhecer o que é nosso é a divulgação que eles fazem. O que me diferencia é a compreensão e os pequenos pormenores.

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“O meu gosto é fazer algo que me dá prazer e não estar no negócio só pelo dinheiro”

Remo, Ergómetro e Botes Baleeiros Dentro deste meu espírito desportista, recordo-me de estar no Café de meu irmão e de ler no jornal um anúncio da Secção de Remo do CNH a recrutar interessados e pensei: “Vou experimentar”. Isto foi na década de 90. Tinha 21 anos quando comecei no Remo e 22/23 quando transitei para os ‘Yolles’ (havia 2 que ainda existem) que eram umas embarcações de madeira, belas e graciosas, muito bem feitas. Tinham um sítio próprio para pormos os pés e éramos 4 a remar e 1 ao leme. Era Treinador o Altino Goulart e ainda fui a um Campeonato ao Continente português. Posteriormente, trocámos de Treinador e o meu grande impulsionador foi o arquitecto Frazão. Tenho o prazer de dizer que consegui trazer cerca de 50 atletas para o CNH, quase todos de Pedro Miguel. O Remo era a actividade principal nesse tempo. Estava com uma força impressionante! Depois comecei a praticar no Ergómetro, um aparelho que era novidade no Faial (para onde tinham vindo 2) e mesmo a nível nacional. Eu e o António Gaspar, de Pedro Miguel, fomos ao Continente e detínhamos o Recorde Nacional mas quando voltámos, passados uns meses, tinha sido batido, porque nas universidades já havia daqueles aparelhos e toda a gente experimentava. Mas mesmo assim, alcançámos uma boa classificação e ainda fomos 3 vezes a competições nacionais. Nesse tempo, pela Semana do Mar realizavam-se Jogos Tradicionais. Era bom que isso voltasse a ser implementado e que houvesse provas entre

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Remo: Equipa de Seniores numa competição, no Rio Tejo, com o carismático barco ‘Yolle’Da esquerda para a direita: António Gaspar, Mário Carlos, Emanuel Melo, Altino Goulart, Marco Dutra e Isidro Medeiros. Além do Treinador, apenas Marco Dutra não é de Pedro Miguel

todas as freguesias, a fim de suscitar interesse. Lembro-me que também foram organizados uns Jogos Sem Fronteiras. Provas dessas são muito giras e uma boa altura para enquadrá-las é a Semana do Mar. Na minha opinião, o figurino da Semana do Mar devia ser revisto, pois está a tornar-se muito repetitivo. Logo a seguir entrei para os Botes Baleeiros, onde me encontro desde 1995. E também consegui mobilizar muita gente para esta Secção. Só havia cá um bote, que era o “Claudina”. Lembro-me do “Maria da Conceição”, a que a gente chamava a equipa da Polícia. Depois, essa equipa desfez-se e foi recuperado o “Claudina”. A seguir, foi recuperado o “São José”, do Capelo, e sucessivamente todos os outros. Recordo-me de ir a muitas regatas ao Pico, na Manhenha, em que levávamos 5 horas e meia de viagem, rebocados pela “Atlântida”. Era uma festa! E outras idades. Na altura não se assistia a muita disputa. Havia só um bote e muita gente para ir trocando mas actualmente os Botes são muito competitivos! A ideia inicial centrou-se na recuperação deste

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património e na manutenção da tradição mas desde que começou a haver competição, ninguém está ali para brincar. E isso vê-se no mar e em terra. Uma semana ou duas depois da regata se ter realizado, ainda se fala do assunto. É preciso cativar as camadas jovens e dar-lhes formação Entendo que o Clube Naval poderia ir às escolas fazer divulgação das suas actividades. Se se justificasse, penso que deveria haver uma carrinha que fosse ao campo buscar e levar crianças que quisessem praticar Canoagem, Vela, Natação, etc, como acontece com o Futebol, o Andebol e outras modalidades. Seria uma forma de contemplar as crianças do campo e só por aí o CNH ganhava outra vida! Fiz Atletismo durante 7 anos e havia uma viatura que ia pelas freguesias recolher os atletas. Nessa altura era bem mais difícil, pois ao contrário do que acontece hoje, os nossos pais não tinham carro próprio nem trabalhavam na cidade. Compreendo que os horários laborais nem sempre se coadunem com os desportivos (treinos e

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“Os ‘Yolles’ eram umas embarcações de madeira, belas e graciosas, muito bem feitas”

competições), por isso a ideia da tal carrinha ir pelas freguesias seria algo a ponderar, porque é pelos miúdos que tem de começar a formação. É preciso cativar as camadas jovens. A aposta nas freguesias do campo, como forma de reforçar e manter as Secções, seria uma saída para o CNH. Se não começarmos pelos miúdos muito dificilmente conseguiremos cativar um adulto. É tal e qual como no Folclore: quem não começar de pequeno, dificilmente vai criar o gosto. É imperioso formar novos tripulantes mas há que haver bom senso no sentido de não entrarem todos de uma só vez, pois um bote com muita gente inexperiente não é bom. O cenário ideal seria irem entrando de forma gradual, o que se torna positivo para quem sabe e quem para não sabe, porque aprende mais facilmente. Estar simultaneamente na Vela e no Remo, acaba por ser um bocadinho desgastante. Fazer uma Regata de Vela e a seguir fazer uma de Remo, implica espírito de sacrifício e disponibilidade. No meu caso, o problema foi sempre a disponibilidade. Eu ia muita vez ao Pico, nos anos 90, e ficava 2 ou 3 dias lá, porque tinha quem me

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tratava da lavoura. Tinha outra disponibilidade. Agora, para ficar lá uma noite já é um problema! As vidas mudaram. Os jovens têm mais disponibilidade nesse sentido mas não podemos ter equipas só de jovens. É preciso haver o tal equilíbrio. Os mais velhos transmitem aos novos os seus conhecimentos e esse é um processo que se repete em todas as actividades. Os mais antigos têm experiência de vida e mesmo que o novo saiba mais, há coisas que ele não sabe, porque não viveu. A Secção dos Botes representa uma família restrita dentro da grande família que é o Clube Naval da Horta. Quando chegamos a terra, conversamos, discutimos, tiramos dúvidas e às vezes vai-se por vias mais acaloradas mas é mesmo assim. A gente já se conhece todos uns aos outros e sabemos o que é que cada um é capaz de fazer ao outro para ganhar. Mas temos orgulho em fazer parte desta família. Através do Clube Naval conheci muita gente e tenho quase tantos amigos no Pico como no Faial. Apanhei baleeiros velhos no Pico e quan-

“Comecei a praticar no Ergómetro, um aparelho que era novidade no Faial e mesmo a nível nacional”

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“Tenho o prazer de dizer que consegui trazer cerca de 50 atletas para o CNH, quase todos de Pedro Miguel”

do chegávamos lá, diziam: “Lá vêm os Faiais” e outros adjectivos que tais. Mas quando íamos às Lajes com o “Claudina”– este bote tem a matrícula das Lajes – éramos muito bem recebidos. Davam-nos senhas para comermos e bebermos e ficávamos lá 3 dias. Isto sucedia no início dos anos 90, quando era só a equipa do “Claudina” a participar nas regatas do Pico.

Nós, faialenses, sempre recebemos muito bem todos os que nos visitam, incluindo o pessoal do Pico. Somos muito cosmopolitas. O facto de a Horta ter sido sempre um porto aberto à navegação e aos estrangeiros, deu-nos uma abertura para o Mundo e fez com que o Faial se tenha desenvolvido. E quem chega sente isso. O que faz com que a gente se desenvolva e tenha uma visão das coisas é o contacto com pessoas de outras paragens. Há que voltar a começar a trabalhar as bases e a criar gosto

“A primeira vez que fomos nos Botes Baleeiros à América, andávamos há 4 anos juntos a Remar e à Vela”

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É muito importante nos conhecermos e sabermos como funcionamos no conjunto. A equipa que tínhamos no “Claudina” andou muitos anos junta. A primeira vez que fomos nos Botes Baleeiros à América, participar na Regata Internacional, andávamos há 4 anos juntos a Remar e à Vela. Criámos grandes laços, como se fôssemos

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Embora esta Secção não tenha a dimensão dos Botes é igualmente muito importante e conta com mais de uma dúzia de velejadores”. Além de praticante, Mário Carlos também funciona como patrocinador dos Mini-Veleiros, sendo este o 5º ano consecutivo em que patrocina o “Troféu Turismar” desta Secção, o que faz “por gosto e para colaborar”. “É essencial ter as pessoas certas nos lugares certos”

“É preciso cativar as camadas jovens”

uma família. E ganhámos lá, porque já nos conhecíamos todos. Hoje em dia, o que eu vejo é muitas pessoas a virem parar aqui de pára-quedas. É preciso fazer um percurso e não ser apenas algo de circunstância, para “tapar o buraco”. Há que voltar a começar a trabalhar as bases e a criar gosto. Não quero ser um profeta da desgraça mas todos sabemos que as coisas acontecem por ciclos. Já tivemos 37 botes no Faial na altura da baleação e depois acabou. A seguir, tivemos este movimento de recuperação e contamos actualmente com uma grande actividade mas se não voltarmos à formação de base, daqui a poucos anos isto vai abrandar e não haverá gente para andar nos botes. Começa já a ser complicado pôr os botes todos a navegar e a participar em provas. Há que “puxar” gente nova para todas as Secções”. Mini-Veleiros “A minha ligação ao Clube – instituição de que sou Sócio há perto de 20 anos – também acontece por via dos Mini-Veleiros, desde 2008. E isso começou, porque um amigo (António Pereira), que é da minha freguesia, me ofereceu um barquinho em madeira, lindo! Mas nesta Secção, enquanto uns levam isto mais a sério eu estou mais na desportiva. O que nunca falha são os habituais convívios. Sinto-me privilegiado pelo facto de terem criado o gosto de parar antes e depois dos treinos e das competições na minha barraquinha de Marítimo-Turísticas, junto ao Clube. E faz-se às vezes serões e uns petiscos lá, com convívio salutar.

Para este desportista, o que mais falta faz ao Clube Naval da Horta são instalações “e também funcionar mais como uma família. Por vezes sinto que o Clube deveria estar mais perto dos atletas e vice-versa. As instalações ajudam a ter melhores condições mas não devemos baixar os braços. Temos de defender o que é nosso e batalhar, porque se não fizermos isso, outros vão fazer e o dinheiro será investido noutro lado”. Na perspectiva deste atleta, “o que faz com que haja actividade é o facto de a pessoa estar bem na vida”. E sublinha: “Se a pessoa estiver satisfeita, sai, convive, participa, pratica e diverte-se. Os conflitos fazem com que cada um se feche muito sobre si, o que é mau sinal”. A propósito do gigantesco volume de actividade da única instituição náutica faialense, o nosso entrevistado sustenta: “Compreendo que seja complicado aguentar este ritmo, pois o Clube Naval da Horta é o maior dos Açores e

António Pereira ofereceu a Mário Carlos um protótipo em madeira, o que o levou a aderir à Secção de Mini-Veleiros do CNH

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Este é o 5º ano consecutivo que Mário Carlos patrocina o “Troféu Turismar”

já é assim há muitos anos. Por isso, é essencial ter as pessoas certas nos lugares certos. Não se pode andar com “remendos”. Quando a pessoa não é talhada no sentido de ter vocação para aquilo que faz, não é bom para ela nem para a instituição que está a servir. Há que estar por gosto. Naturalmente que ter as pessoas certas em todos os sectores é algo nem sempre fácil de atingir. O Clube Naval da Horta é uma referência nacional e internacional – assim como o “Norberto Diver” e o “Peter” – e seria complicado imaginar o Faial sem o CNH. Seria como nos tirarem o porto, os iatistas, o aeroporto. Por vezes não valorizamos o que temos e só quando os de fora nos alertam para isso é que acordamos para esta realidade, que nos passa ao lado”. “O Presidente do CNH tem de ser uma figura mais ou menos pública”

que está cansado. Apesar de dizermos que ninguém é insubstituível, a verdade é que não é qualquer um que pode assumir este cargo. Tem de ser alguém com conhecimentos de gestão e uma figura mais ou menos pública, o que facilita muito. O Clube envolve muitas Secções, “obrigando” a ter contactos e a saber falar com as pessoas. É preciso ter uma certa cultura. Todos sabemos que há gente competente e com perfil. Resta é saber se querem candidatar-se ao lugar. Claro que inevitalvemente vai haver tendência para comparações, tendo em conta que este Presidente é o que mais vezes ocupou este cargo e será sempre uma referência. É verdade que quem está de fora geralmente só sabe criticar e não dá valor à obra feita mas isso pouco importa, pois o trabalho realizado permanece e fica à vista para quem quiser ver”.

E quando o assunto diz respeito ao timoneiro desta embarcação, Mário Carlos avança: “Há que tirar o chapéu a este Presidente, que foi quem tem aguentado ao leme todos estes anos. Ele, mais do que qualquer outra pessoa, sabe

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SEMANA DO MAR 2019 ABERTURA OFICIAL DO SECRETARIADO DO CNH

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Abertura Oficial do Secretariado do Festival Náutico da Semana do Mar 2019, uma organização do Clube Naval da Horta (CNH), aconteceu na manhã desta sexta-feira, dia 02 de Agosto. Compete ao Secretariado a organização das classificações relativas às diversas Provas Náuticas que dão corpo a este Festival. Além de todo o apecto administrativo, no Secretariado também são prestados esclarecimentos ou informações sobre o Festival Náutico, sendo o espaço onde decorrem as inscrições para algumas actividades, como por exemplo os Passeios à Vela em Botes Baleeiros. O Secretariado – que funciona no Centro de Formação de Desportistas Náuticos do CNH – é um serviço criado todos os anos com vista a dar apoio ao Festival Náutico. António Menezes Porteiro é o Responsável pelo Secretariado, onde, em regime de rotatividade,

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outras pessoas prestam colaboração. José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH, deseja “bom trabalho” a esta equipa, reafirmando “a importância desta estrutura para o sucesso do Festival Náutico” da Semana do Mar, o maior de Portugal.

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SEMANA DO MAR 2019 DEZENAS DE PESSOAS NO CALDO DE PEIXE EVOCATIVO DAS RAÍZES DA SEMANA DO MAR

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abrir o primeiro convívio do Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019 – o Caldo de Peixe evocativo de “Como tudo começou...” há 44 anos, animado pelo duo musical Hugo Duarte e Rui Rodrigues - José Decq Mota, Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), deu as boas-vindas às largas dezenas de pessoas que enchiam a Tenda Multiusos do CNH, na noite deste sábado, dia 03, cumprimentando as autoridades presentes: Capitão do Porto da Horta, comandante Rafael da Silva; Rogério Feio, em representação do Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia; José Leonardo Silva, Presidente da Câmara Municipal da Horta; e outros convidados, como o professor Antas de Barros, Presidente da Associação Regional de Canoagem dos Açores (ARCA), que colaboraram na Entrega de Prémios da Prova de Natação em Águas Abertas - Travessia do Canal Faial/Pico 2019, realizada esta sexta-feira, dia

02, bem como do Encontro Regional de Canoagem e do Windsurf - Prova Super 8 dedicada a João Carlos Fraga, actividades que decorreram ao longo deste sábado, 2º dia do Festival Náutico 2019, organizado pelo CNH. “A Travessia do Canal Faial/Pico 2019 do ponto de vista organizativo, correu-nos bem. Do ponto de vista da meteorologia, das condições do mar e da maré, correu-nos muito melhor do que outras vezes. Do ponto de vista do resultado desportivo, correu muito bem, na minha opinião”, sublinhou este Dirigente”. Quem venceu [Manuel Alves, da Terceira] demorou 2 horas, 21 minutos e 55 segundos, o que não era para mim” gracejou José Decq Mota, que vincou: “Foi uma prova gigante para a estrutura do CNH. Participaram 31 nadadores, o que implicou outros tantos barcos de apoio e várias embarcações gerais, o que só foi possível por haver muitos Sócios que se empenham com as suas próprias embarcações, por

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Tiago Durães ostentando o Prémio do 2º lugar na Travessia do Canal Faial/Pico 2019

haver empresas marítimo-turísticas e instituições como o Instituto do Mar do Departamento de Oceanoagrafia e Pescas (IMAR-DOP), Norberto Diver, Tiago Castro, Carlos Morais, que cedem as suas embarcações para juntar a esta frota tão grande! E muitos Sócios do CNH estiveram algumas horas a acompanhar o seu nadador, para além dos que tiveram tarefas gerais. Começou bem este Festival Náutico. Espero que tudo corra dentro do mesmo padrão”. Num programa recheado de desportos, este sábado contemplou, ainda, o Yoga e o Stand Up Paddleboarding, tendo mesmo havido uma Regata de Paddle. Para que o Caldo de Peixe pudesse ter sido uma realidade, houve uma equipa de Voluntários que trabalhou durante a tarde, enquanto outra equipa esteve a preparar a representação do Clube Naval da Horta na Expomar, que decorre na Marina da Horta. “Têm sido dias de aturado trabalho mas, também, de muito empenho por parte de imensa gente. Por isso, quero agradecer a todos vós. Vamos ainda no 2º dia de um conjunto de 10 mas desejo que se mantenham com o mesmo padrão. Continuo a esperar e a desejar a colab-

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oração de todos, bem como a vossa presença nos vários eventos que vão realizar-se ao longo da semana”, realçou o Presidente da Direcção do CNH. Memorando os primórdios da Semana do Mar, José Decq Mota disse: “Vamos saboreando aquilo que os pioneiros fizeram, há 44 anos, na recepção a uma regata inglesa, o que foi feito por quem estava à frente do CNH na altura, Clube que funcionava ali no Cais de Santa Cruz, onde

Gonçalo Meneses foi o número 3 do pódio, na Travessia a nado do Canal

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Maria Armas, da Terceira, foi a primeira mulher a cortar a linha de chegada

actualmente está instalado o nosso Centro de Formação de Desportistas Náuticos e onde funciona o Secretariado do Festival Náutico. Os dirigentes desse tempo lembraram-se de organizar um conjunto de provas náuticas que enquadrasse a escala dessa regata – estávamos no longínquo ano de 75 – mas lembraram-se de uma outra coisa, é que a melhor forma de começarem esses eventos não era propriamente a navegar mas, sim, a degustar um caldo de peixe. E foi assim que começou, de facto, a Semana do Mar, que no início era um Festival Náutico. Os faialenses, as suas instituições e este Clube Naval souberam transformar a Semana do Mar numa grande festa popular, com uma dimensão muito grande mas o que a individualiza e caracteriza é a permanência e a existência de um Festival Náutico, que hoje é efectivamente grande e procura ter qualidade desportiva e capacidade de atrair as pessoas, que procura criar inovação na utilização e aproximação ao mar e na relação com o mar em todos os aspectos, incluindo nos ambientais. E é isso que nos deve orgulhar e fazer pensar que estamos no bom caminho”.

“Sem os Atletas não era possível fazer o Festival Náutico” Na sua curta intervenção, atendendo a que tinha de estar presente na eleição da Rainha da Semana do Mar, que ia acontecer no Palco Principal da festa, José Leonardo Silva, Presidente da Câmara Municipal da Horta, começou por dirigir um “cumprimento especial” ao Presidente do CNH, a toda a Direcção, às autoridades presentes e a todos os Atletas, porque “sem eles não era possível fazermos o grande FN”. O autarca referiu que tinha assistido à partida dos atletas que fizeram a Travessia a nado do Canal Faial/ Pico 2019, sublinhando “o gigantesco trabalho” dos Voluntários, para quem pediu uma salva de palmas. “A Semana do Mar é um grande evento, que promove a Cidade da Horta, a Ilha do Faial, a região Açores e Portugal, em todo o Mundo. Devemos todos orgulhar-nos de termos uma Semana do Mar com esta projecção a nível internacional”, salientou o edil faialense que notou: “A Semana do Mar também envolve o ambiente. Quando começámos a erradicação dos plásticos

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Jorge Fontes ganhou o 3º prémio da Prova de Windsurf, dedicada a João Carlos Fraga

foi pelos copos, depois fomo evoluindo e este ano podemos dizer que vamos mesmo erradicar os plásticos de uma grande festa como esta. Este não é um trabalho da Câmara Municipal da Horta mas da Comissão da Festa e de todos vós, que percebem, de facto, a importância e pertinência destes temas”. José Leonardo recordou que no dia anterior (sexta, 02) tinha, em conjunto com o Presidente do CNH, feito a distribuição de Hortências e Produtos Regionais aos Iatistas que se encontram na internacional Marina da Horta, entegando, também, uma Mensagem de Boas-Vindas, em diferentes idiomas. “Estávamos com uma energia como se fosse a primeira Semana do Mar e com uma grande alegria. Esperemos que para o ano seja ainda mais forte. Uma boa Semana do Mar para todos”, rematou José Leonardo. Manuel Alves, o campeão da Travessia – do Clube Naval da Praia da Vitória – não esteve presente na festa, por já ter regressado a casa (ilha Terceira) mas foi muito aplaudido. Aplaudidos foram também todos os outros vencedores: Tiago Durães, de Oeiras, 2º lugar; e Gonçalo Meneses, de Braga, 3º classificado. Maria Ar-

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mas, da Terceira, foi a primeira mulher a chegar à meta, pelo que ganhou o Prémio Feminino. Na modalidade de Windsurf - Prova Super 8 João Carlos Fraga, o pódio ficou assim preenchido: 1º - Luís Decq Mota; 2º - Pedro Rosa; 3º - Jorge Fontes. O Encontro Regional de Canoagem reuniu mais de 20 atletas do Clube Ar Livre da Terceira, Angra Iate Clube, Clube Náutico de Angra do Heroísmo e Clube Naval da Horta. Na Categoria de Cadetes, o pódio foi todo preenchido por atletas da “casa” (CNH): 1º Miguel Pires; 2º - Pedro Costa; 3º - Ricardo Henriques. Em Veteranos Femininos, Carla Martins (CNH) ficou na 2ª posição. Como curiosidade, é referida a participação de Clif Pedro, antigo canoísta do Clube Naval da Horta, que ficou em 1º lugar na Categoria de Séniores, representando a Associação Recreativa e Cultural de Óis da Ribeira – Águeda, tendo em conta que há anos se encontra no Continente português para onde foi estudar e está trabalhar. Além dos Prémios, todos estes atletas receberam Medalhas de Participação, incluindo os da Sup

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CLUBE NAVAL DA H Race - Regata de Paddle. Encontro Regional de Canoagem: “A prova foi excelente!” Solicitada a descrever como decorrer o Encontro Regional de Canoagem, Susana Rosa, Directora da Secção de Canoagem do CNH, refere que, “a prova foi excelente, com muito bom tempo e condições de mar óptimas para a prática da modalidade. Foram realizadas 5 largadas para as provas de Velocidade e Fundo. Apesar de o Festival Náutico 2019 não ter contado com a habitual Prova do Campeonato Regional, que este ano aconteceu em São Miguel no decorrer da Prova Nacional, por uma questão de logística e custos associados, os atletas de fora manifestaram muito interesse em participar, realçando sempre o facto de serem muito bem recebidos no Faial pelo Clube Naval da Horta. A prova que é realizada anualmente no Faial também permite que os canoístas de outras ilhas dêem um passeio, o que funciona como um estímulo. Os atletas de São Miguel não participaram este ano devido aos horários dos transportes

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marítimas, que obrigavam a uma permanência de 7 dias no Faial. Por causa desse factor, o CNH reforçou o apoio nas refeições para os atletas da Terceira. Susana Rosa agradece a presença de todos, incluindo a de Clif Pedro, ex-atleta do CNH, bem como a colaboração do juiz-árbitro, professor Antas de Barros, Presidente da Associação Regional de Canoagem dos Açores, que fez questão de participar e de dar o seu apoio”. Windsurf - Super 8 - João Carlos Fraga Foram 6 os participantes na prova de Windsurf – Super 8, dedicada a João Carlos Fraga, que decorreu na tarde deste sábado, dia 03, na Baía da Horta, integrada no Festival Náutico 2019 (da Semana do Mar). De salientar que há anos que a Secção de Windsurf do CNH dedica este evento a João Carlos Fraga, promotor da Semana do Mar e do Windsurf na Ilha do Faial e nos Açores, tendo sido o introdutor do ‘Surf’ em Portugal. Recorde-se que a Secção de Windsurf do CNH estará disponível, durante a Semana do Mar,

“Os atletas de fora manifestaram muito interesse em participar, realçando sempre o facto de serem muito bem recebidos no Faial pelo Clube Naval da Horta”

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“O vento foi soprando, bastante desafiante, com imensas variações de intensidade e rajadas”

para a realização de baptismos de Windsurf, destinados a eventuais interessados, que devem contactar o Secretariado do Festival Náutico. João Medeiros, elemento do Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do Clube Naval da Horta, Grupo de que também fazem parte Flávio Pereira e Rute Matos, sendo Jorge Fontes o Director, faz o balanço a esta actividade: “A prova decorreu bem ao largo da Avenida/ Marina (entre esta e o porto comercial) para que o público pudesse apreciar. O vento foi soprando, bastante desafiante, para todos os atletas, com imensas variações de intensidade e rajadas, tendo os participantes sido brindados com muito sol. O principal objectivo que norteou a realização deste evento foi homenagear João Carlos Fraga, o grande impulsionador não só da Semana do Mar como do Windsurf nos Açores. Estes 6 participantes competiram num ambiente de descontração e convívio, prestando, desta forma, o seu preito a essa figura ímpar que foi o faialense João Carlos Fraga. O Grupo de Trabalho aproveita esta oportunidade para agradecer publicamente a colaboração dos Voluntários nos barcos de apoio e a todos os outros que, nos bastidores, ajudaram a realizar este evento, que correu muito bem, tendo constituído um verdadeiro sucesso!”

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José Melo é mestre do Caldo de Peixe há 10 anos Este ano, o Caldo de Peixe da abertura do Festival Náutico 2019, teve como Responsável Carlos Medeiros, Director da Secção de Pesca Desportiva de Costa de CNH. A equipa é chefiada pelo mestre José Melo, tendo como assistentes João Romano, António Pereira, Sandra Pereira e Fernando Borges, a que se associaram José Fernandes (da Direcção do CNH) e a esposa, Manuela Fernandes. Foram utilizados cerca de 100 quilos de peixe (Boca-Negra, Congro, Cântaro e Raia) na confecção do famoso caldo, temperado com salsa, cebola, alho e outros ingredientes a sabor do chefe e da sua equipa. “Por gosto”, José Melo anda envolvido no Caldo de Peixe do Festival Náutico – organizado pelo CNH – há cerca de 10 anos. “Tenho muita confiança nesta equipa, pois todos os elementos são muito prestáveis”. No Caldo de Peixe – que José DecqMota foi convidado a provar – o CNH contou com a colaboração da Associação de Produtores de Espécies Demersais dos Açores (APEDA), que tem como Presidente, Jorge Gonçalves.

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Manuela e José Fernandes, João Pereira (miúdo), Carlos Medeiros, João Romano, José Melo, Fernando Borges, António e Sandra Pereira

João Romano, José Melo, Sandra e António Pereira, José Decq Mota, Fernando Borges e Manuela Fernandes

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SEMANA DO MAR 2019 CORTEJO NÁUTICO DA SENHORA DA GUIA

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ma vez mais, os marítimos do Faial prestaram homenagem à sua padroeira, este domingo, dia 04, no âmbito do Programa da Semana do Mar. Após a eucaristia na Ermida da Senhora da Guia, situada no Monte da Guia, a imagem rumou em Procissão até ao Centro do Mar, onde era aguardada por uma multidão de fiéis, embarcando na Baía de Porto Pim. Daí, a Senhora da Guia seguiu em Cortejo Náutico até à Baía da Horta, com desembarque na Marina, onde houve o sermão. A finalizar, realizou-se novamente a procissão até à igreja das Angústias, na qual se incorporaram muitas pessoas, incluindo pescadores e bandas filarmónicas. A embarcação que leva a imagem é determinada por sorteio e são os homens dessa embarcação que, com muito orgulho, carregam aos ombros o andor com a imagem da Senhora da Guia. O Cortejo Náutico é aberto a todos os ramos da

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actividade marítima, com a particularidade de as embarcações – sobretudo as dos pescadores – se engalanarem com bandeiras e flores, para prestar tributo à sua padroeira, muito invocada no mar e em terra. No Cortejo incorporaram-se 6 embarcações representando o Clube Naval da Horta: a lancha “Elite”, a “Atlântida” e 4 botes baleeiros: “Senhora da Guia”, da Junta de Freguesia da Feteira; “Senhora do Socorro”, da Junta de Freguesia do Salão; “Senhora das Angústias”, da Junta de Freguesia das Angústias, e “Maria da Conceição”, do CNH. Os botes baleeiros vararam na praia de Porto Pim, onde foram benzidos. Como habitualmente, juntou-se ao cortejo marítimo o “Cruzeiro das Ilhas”, que foi disponibilizado para transportar todos quantos quiseram associar-se a este evento.

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SEMANA DO MAR 2019 CNH PROMOVE E DIVULGA AS SUAS ACTIVIDADES NA EXPOMAR

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Feira ExpoMar, localizada na Marina da Horta, é sinónimo de contactos, divulgação e negócios. Este espaço – que está de portas abertas das 19 às 24 horas até ao próximo domingo, dia 11 – conta com a presença de várias empresas e entidades ligadas às actividades marinhas e marítimas, ostentando uma Mostra de Artesanato regional. Na Feira Expomar, vão decorrer várias palestras sobre a temática do mar durante toda a semana. Uma vez mais, o Clube Naval da Horta (CNH) está presente na ExpoMar, promovendo e divulgando as suas actividades, como pôde constatar o Gabinete de Imprensa do CNH na visita que fez a este recinto. Miguel Carvão que, juntamente com Maria Almeida, asseguram em permanência esta presença do Clube Naval da Horta, refere que “está

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a correr bem”. “Tem havido bastante afluência de pessoas, demonstrando interesse em saber de que forma podem participar nas actividades promovidas pelo Clube”. E o primeiro passo para tal é os interessados fazerem-se Sócios, beneficiando da Campanha em vigor, que isenta os novos associados do pagamento de jóia. Além disso, os Sócios do CNH gozam de um vasto leque de descontos em bens e serviços prestados por diferentes empresas. “Tento dar resposta a todas as questões que me são colocadas e quando se afigura necessário, encaminho as pessoas para a Secretaria do CNH”, explica Miguel, que também é abordado para dar informações sobre o Festival Náutico (da Semana do Mar). Há mesmo quem queira inscrever-se nas diversas provas mas para isso existe o Secretariado do Festival Náutico – even-

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CLUBE NAVAL DA H to organizado pelo CNH – que funciona no Centro de Formação para Desportistas Náuticos, no Cais de Santa Cruz. Além de os visitantes da ExpoMar ficarem inteirados sobre as inúmeras actividades que o Clube Naval da Horta disponibiliza através das suas 12 Secções (Apneia, Botes Baleeiros, Canoagem, Natação, Pesca Desportiva de Barco, Pesca Desportiva de Costa, Mini-Veleiros, Vela de Cruzeiro, Vela Ligeira, Windsurf, Motonáutica e Xadrez), podendo tornar-se Sócios e praticantes, a Feira tem, também, uma vertente lucrativa, constituindo uma oportunidade para o público adquirir material promocional (porta-chaves, bússolas, baleias, etc), cultural (livros e revistas, sendo as últimas oferecidas), informativo (guias turísticos, ‘flyer’s’) e até para uso diário e alusivo a esta instituição náutica (como gorros, bonés, ‘t-shirt’s’, corta-ventos e outros). “O símbolo do nosso Clube fica bem em qualquer peça de roupa”, sublinha Miguel Carvão, que se sente “muito satisfeito” por ter tido novamente este ano a oportunidade de trabalhar nas férias do Verão. “Estar aqui, representa a possibilidade de explorar algo de novo. Em 2018 foi fenomenal com muitas vendas e

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grande procura de informação!” Os visitantes podem, ainda, admirar a réplica de um Bote Baleeiro ou da lancha baleeira “Walkiria”, conhecida como “A Rainha dos Mares dos Açores”, em actividade ao serviço do CNH. A embarcação de Vela Ligeira colocada no’ stand’ tem como missão despertar nos mais novos a vontade de experimentar esta modalidade, que comporta várias classes. A captação de novos atletas para as diversas Secções é um dos focos da participação do CNH na ExpoMar, onde também podem ser visionados filmes sobre diferentes actividades nas diversas modalidades. O ‘stand’ do CNH tem em exposição um cartaz gigante alusivo à “Campanha Lixo Zero”, sinal de que esta instituição é amiga do Ambiente. E essa vertente passa por alertar e sensibilizar os Atletas e Sócios para não poluirem o mar e se possível colaborarem na sua limpeza. Desde há algum tempo que nos convívios promovidos pelo Clube Naval da Horta não há loiça descartável, gesto que, além de evitar a produção de resíduos proporciona refeições com mais sabor e requinte.

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SEMANA DO MAR 2019 ENTREGA DE PRÉMIOS DO PÓLO AQUÁTICO, VELA LIGEIRA (REGATA DOS VELHOTES), NATAÇÃO (TRAVESSIAS LONGA E CURTA DA DOCA) E MOTONÁUTICA

Na fotografia: Tomás Oliveira recebeu das mãos do Presidente da Direcção do CNH o Prémio relativo ao 1º lugar na Travessia Longa da Doca, no Escalão dos 17 aos 20 anos

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Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019, organizado pelo Clube Naval da Horta (CNH) está a entrar na recta final. A noite deste sábado, dia 10, foi marcada pela Entrega de Prémios, no decorrer do jantar que teve como espaço habitual a Tenda Muiltiusos do CNH). José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH, rodeado por colegas da Direcção e por convidados que colaboraram na Entrega dos Prémios, começou por agradecer a presença das autoridades, designadamente Lúcio Rodrigues, Director Regional da Juventude em representação do Presidente do Governo Regional dos Açores;

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Alexandre Morais, Inspector Regional das Pescas em representação do Secretário Regional dos Assuntos do Mar; Ester Pereira, Vereadora Camarária, em representação do Presidente da Câmara Municipal da Horta; Marco Madruga, representante da Portos dos Açores, S.A.; Comandante Rafael da Silva, Capitão do Porto da Horta, representando a Autoridade Marítima; Luís Rodrigues, representante da Assembleia Municipal da Horta; Osvaldo, Rodrigues, Presidente da Casa do Pessoal da RTP, e outros convidados, referindo “de forma especial” Rui Silveira, Velejador de Alta Competição do CNH, que se encontra a trabalhar nos Jogos Olímpicos de 2020, no Japão; e João Tavares, construtor de botes e que “tem tudo a ver com a frota baleeira dos botes que temos aqui”. “Cumprimento todos os presentes e em nome da Direcção do CNH quero agradecer, também, a presença dos Atletas e do repre-

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CLUBE NAVAL DA H sentante da Associação de ‘Jet Ski’ e Motonáutica dos Açores, Sebastião Pessanha, bem como do Campeão do Mundo de ‘Jet Ski’, Gonçalo Rodrigues, que nos brindou com a sua prestação nesta Prova Regional, realizada hoje no Faial”. Foram entregues os Prémios relativos às Provas realizadas nas modalidades de Pólo Aquático, Natação (Travessias Longa e Curta da Doca), Vela Ligeira (Classe Optimist) - Regata dos Velhotes e Motonáutica. “Infelizmente não vamos entregar Prémios aos Botes Baleeiros, porque não houve Regatas”, lamentou José Decq Mota, que explicou: “A Entidade Organizadora da Regata da Semana do Mar de Botes Baleeiros (que tem o apoio da Casa do Pessoal da RTP) e a Comissão de Regata, deliberaram, pelas 10h15 da manhã deste sábado, dia 10, que não havia condições seguras, suficientes, para se poder fazer uma Regata compatível com aquilo que é a tradição do Festival Náutico do Faial. Os portos dos Pico começaram a demonstrar as dificuldades que tinham em fazer as longas viagens de posiciona-

José Decq Mota: “Todos têm pesar mas penso que reconhecerão que uma das pessoas que mais pena tem de ser assim sou eu, pessoalmente, pelo esforço e trabalho feito e dedicado ao Património Baleeiro ao longo dos anos”

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mento para a Regata a realizar. A instabilidade meteorológica que nos atingiu desde a madrugada até ao fim da manhã mas que se prolongou com pausas e avanços durante o resto do dia, determinou esta delibração, que foi tomada com muito pesar e muita pena”. “Todos têm pesar mas penso que reconhecerão que uma das pessoas que mais pena tem de ser assim sou eu, pessoalmente, pelo esforço e trabalho feito e dedicado ao Património Baleeiro ao longo dos anos. Tenho muita pena mas é preferível não se ter realizado do que ter feito uma coisa reduzida em relação ao que é habitual e, portanto, neste sentido, tínhamos de tomar esta decisão”, frisou. Ainda no que concerne aos Botes Baleeiros, este Dirigente agradeceu a vinda da comitiva jorgense. “Veio a lancha “Maria de Fátima” e 1 bote das Velas. O bote vinha aparelhado para Remo e fez uma viagem que, a partir de meio canal para a Horta, se revelou de alguma dificuldade. Obrigada por terem vindo!” Falando concretamente sobre o Programa deste sábado, o mais alto Responsável pelos destinos do CNH congratulou-se com a Prova do Campeonato Regional de ‘Jet Ski’ e Motonáutica, realizada em frente à Avenida Marginal. “Temos orgulho de ter contribuído para a Organização desta Prova, que, de acordo com o que me dizem o Representante desta Associação e o Director da Prova, correu tudo normalmente. Agradeço a vossa presença e a confiança que depositaram em nós para podermos organizar esta Prova”. Quanto à Natação em Águas Abertas: Travessia Longa da Doca e Travessia Curta da Doca, “foram provas muito bem disputadas e muito bem organizadas”, enfantizou José Decq Mota, que prosseguiu: “E correram bem, demonstrando que este movimento das Águas Abertas - Natação no mar, está a crescer de forma sólida e estruturada no Faial. Deixou de ser uma actividade procurada preferencialmente por Séniores, Masters e Super-Masters e passou a ser uma actividade cada vez mais procurada pelos nadadores com treino de piscina, com resultados qualitativos, extremamente interessantes de apreciar”. Em relação à Regata dos Velhotes - Vela Ligeira em Optimist, este Dirigente disse ser “uma esquisitice bonita”. E continuou: “Trata-se de pôr gente que já deixou, há muitos anos, de fazer

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Equipa os Lusares, que conquistou o 3º lugar no Torneio de Pólo Aquático

A Cabana do Pai Tomás foi a equipa vencedora do Torneio de Pólo Aquático do Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019

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Maria Inês Fontes foi a nadadora mais rápida, na Travessia Longa da Doca, no Escalão dos 11 aos 12 anos

regatas nos Optimist e outros nem isso, porque no tempo deles eram outros barcos e que agora fazem uma Regata de saudade, usando Optimist mas felizmente desde há algum tempo que dispomos de uns Optimist em aluminio, que são espcíficos para suportar este esforço. Foi uma regata bem disputada”. “Agradeço, uma vez mais, a participação de todos. O tempo não nos ajudou mas a nossa vontade tem feito com que se realize o que é possível”, rematou o Presidente da Entidade Organizadora do Festival Náutico. No Torneio de Pólo Aquático, decorrido quinta e sexta, dias 08 e 09, participaram 4 equipas: Cabana do Pai Tomás, Borussia Monta’nelas, Lusares e Os Encalhados. Prova de Apneia contou com 16 adultos e 8 crianças Simone Martins, da Secção de Apneia do CNH, e Responsável pela Prova de Apneia Dinâmica com Barbatanas, referiu que participaram 16 adultos (8 mulheres e 8 homens) e 6 crianças.

“Correu bem. No início estava desagradável com chuva e muito vento mas depois o tempo melhorou e apareceram muitos mais atletas do que estávamos a pensar. Muitos deles foram dos que treinaram durante o ano na piscina mas a verdade é que também participam sempre algumas pessoas que estão de férias ou de passagem. Como esta é já uma Prova conhecida, as pessoas têm inscrevem-se e gostam de participar”. Marco Garcia: “O pessoal gostou e divertiu-se” Marco Garcia, Coordenador da Secção de Motonáutica do CNH e Director da Prova do Campeonato Regional de Motonáutica, manifestou a sua satisfação pelo facto de “a Prova Regional ter corrido “dentro da normalidade esperada, não se tendo registado acidentes, lesões ou avarias”. Participaram 7 pilotos por Classe (Classe Ski GP 3 - Juniores; Classe Ski GP 3 - Seniores e Classe Runabout, tendo este Responsável confessado que esperava mais alguns atletas na Classe Runabout, ausências que se explicam pelo facto de

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Marco Garcia, do CNH, foi o vencedor na Classe Runabout - Prova do Campeonato Regional de Motonáutica, disputada este sábado, dia 10

ter havido cortes nos apoios. “O pessoal gostou e divertiu-se. O mar não estava nas melhores condições – mas a Prova decorreu dentro do aceitável – o que constitui um desafio maior. Houve algum público a assistir, o que não teria acontecido se a Prova se tivesse desenrolado da parte da manhã, como estava programado. Ficámos a aguardar melhorias para a tarde, o que aconteceu e foi muito positivo. Além do Gonçalo Rodrigues, Campeão do Mundo, da Classe GP3, também tivemos a presença de Sebastião Pessanha, de São Miguel, que integra a Direcção da Associação de ‘Jet Ski’ e Motonáutcia dos Açores, a qual é presidida por Rui Farto, da Terceira. Enquanto expoente máximo da modalidade nos Açores e em Portugal na Classe GP3, naturalmente que a presença de Gonçalo Rodrigues faz com que os outros tenham de correr atrás, aprendendo com ele. Um exemplo disso é o facto de Pedro Mendonça, de São Miguel, que alcançou o 2º lugar na Classe GP3 nesta Prova realizada

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no Faial, ter investido numa nova máquina, já com o intuito de rivalizar mais um pouco com o Gonçalo. Vêm ambos da Escola de ‘Jet Ski’, do Clube Naval de Ponta Delgada, que julgo ser a mais antiga de Portugal. Mas enquanto o Gonçalo se dedica praticamente a 100 por cento à modalidade, o Pedro faz disto um ‘hobby’, sendo verdade que tem muito talento”. Gonçalo Rdrigues: “Gosto imenso de correr no Faial, pois todo o ambiente é fantástico” O Gabinete de Imprensa do CNH conversou com Gonçalo Rodrigues – aos 19 anos já é dono de um palmarés invejável no mundo do ‘Jet Ski’ – que simpaticamente acedeu a partilhar um pouco do seu percurso, deixando a sua perspectiva sobre a modalidade na ilha do Faial. “Já em 2018 estive no Faial nesta Prova do Campeonato Regional. Este é, portanto, o 2º ano consecutivo que cá venho. A lindíssima ilha do Faial proporciona um enorme espetáculo dentro da água para todos os atletas

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e domingos – e nos restantes dias faço bicicleta e ginásio. É um plano de treinos um pouco rigoroso, com alimentação controlada mas que nos últimos tempos tem dados grandes resultados, pois alcancei, em Junho último, o título de Campeão do Munho na Sardenha (Itália), o que representa o título mais alto da minha carreira. Tenho o sonho de subir de escalão Comecei a competir em 2011. São 8 anos de modalidade e é para continuar. Vou este ano para a universidade possivelmente para Pilotagem. Desde pequeno que tenho uma paixão por este desporto. Gosto imenso desta modalidade e de ver os atletas crescerem. É incrível o nível a que está a chegar este desporto e isso percebe-se pelas transmissões na “Euro Sport”, que vão para todo o Mundo. É uma modalidade que está a ganhar grande projecção e grandes patrocinadores através das orgaizações mundiais. Não é fácil conciliar o desporto com as aulas mas entendo que devemos ter tempo para tudo, Pedro Mendonça, do CNH, ficou em 2º lugar na Classe Runabout

habitantes e turistas, o que é sempre muito bom para a visibilidade da modalidade. Gosto imenso de correr cá, pois todo o ambiente é fantástico. O CNH acolhe todos os pilotos de forma magnífica e aproveito para deixar um agradecimento à Organização pela forma como nos recebeu. Percebo e sinto que a minha presença é um incentivo para a modalidade. Ainda hoje [sábado] estava a falar com um colega que corre na minha Classe [Classe Ski GP3 – Seniores] e ele disse que sentia uma alegria enorme por correr comigo, porque acha que o andamento é diferente, confessaando que fica fanático com algumas manobras que faço dentro da água, as curvas, e claro que é bom para eles, porque vendo também se aprende muito. Antes e depois das corridas colocam-me muitas questões sobre como é que eu treino e que tipo de treino faço. Actualmente estou no regime de Atleta de Alto Rendimento, o que significa que tenho de treinar muito e apresentar resultados. Treino praticamente todos os dias na água – quartas, sábados

Gonçalo Rodrigues foi o vencedor na Classe Ski GP3 – Seniores

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incluindo para descansar a nossa cabeça. Na minha vida, o desporto tem essa função e sinto-me aliviado, porque o ‘Jet Ski’ representa uma forma de eu descarregar as energias negativas. Actualmente tenho o sonho de subir de escalão: estou no GP3 e quero subir para GP2, podendo ir até ao GP1. Tenciono subir e alcançar no GP2 o que conquistei no GP3: título de Campeão da Europa, do Mundo e o título nacional. Em GP3 tenho 3 títulos Europeus, 1 título Mundial, 1 de Vice-Campeão do Mundo, 2 títulos Ibéricos, 7 Campeonatos Nacionais e 4 ou 5 Regionais.

tinuar esta modalidade. Neste sentido, apenas acho que tem de haver um maior investimento por parte dos atletas na compra de um ‘Jet Ski’ e até mesmo por parte dos clubes no sentido de dar o primeiro passo. Percebo, por experiência própria, que alguns pais fiquem um pouco apreensivos, porque os miúdos hoje em dia mudam de modalidade com muita facilidade. Mas sem equipamento não é possível chegar lá.

No Faial, temos óptimas condições para esta modalidade

Tenho muita sorte nesse sentido, pois o meu pai foi o primeiro pai patrocinador. Aliás, o meu gosto nasceu pelo facto de o meu pai ter motas de água. Com 6 anos de idade, o meu pai comprou-me um ‘Jet Ski’ mas como eu tinha medo, andava só uma vez por ano. Só em 2011 é que comecei a competição. Também praticava futebol mas abandonei para me focar no ‘Jet Ski’. Como ‘hobby’ gosto de fazer bicileta e de correr, o que também funciona como treino e preparação física para o ‘Jet Ski’”.

Na minha perspectiva, a modalidade tem pernas para andar no Faial se todos trabalharem na mesma direcção. Tem é de haver muito trabalho, dedicação e esforço, por parte de todas as pessoas, organizações e entidades.Temos aqui óptimas condições. As camadas jovens são quem mais adere a este tipo de modalidade e por aí acho que temos tudo o que é preciso para con-

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Com 6 anos de idade, o meu pai comprou-me um ‘Jet Ski’

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SEMANA DO MAR 2019 JANTAR DE ENCERRAMENTO COM ENTREGA DE PRÉMIOS DE VELA DE CRUZEIRO, APNEIA, PESCA DESPORTIVA DE COSTA E DE BARCO, MINI-VELEIROS E XADREZ

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Festival Náutico (da Semana do Mar) 2019 chegou ao fim. O Jantar de Encerramento de 10 dias consecutivos de actividades náuticas – de 02 a 11 de Agosto – aconteceu na noite deste domingo, dia 11, durante o qual foram entregues os Prémios, em clima de festa, referentes às modalidades de Vela de Cruzeiro (Regata “Troféu Horta” (dia 07), Regata de Solitários (dia 08), “Regata das Sereias/MWF” (dia 09) e Regata do Canal - dia 11), Torneio de Pesca Desportiva de Costa (Prova de Sargos e Prova de Peixe-Rei), Pesca Desportiva de Barco: Prova de Corrico Nocturna e Prova de Fundo Nocturna, Apneia, Mini-Veleiros e Xadrez. Além dos Prémios, todos os Atletas receberam Medalhas de Participação. De realçar que o CNH aderiu à Campanha “Lixo Zero”, o que significa que têm vindo a ser eliminados os plásticos dos convívios, almoços e

jantares organizados pelo CNH, como forma de contribuir para a preservação do meio ambiente. “O Festival Náutico representou uma semana marcada por uma situação que não foi boa para nós e que teve a ver com a instabilidade meteorológica, que nos criou dificuldades e problemas, tendo a Organização tentado cumprir, no mais alto grau possível, o Programa que estava pré-estabelecido”, sublinhou José Decq Mota, Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), Entidade Organizadora do Festival Náutico, que prosseguiu: “Não conseguimos tudo mas conseguimos em parte. Penso que não temos razões para ter qualquer posição negativista em relação a esta situação. Fez-se um esforço muito grande e quando falo em esforço não é apenas da parte da Organização, dos Funcionários, Colaboradores, Dirigentes e Voluntários do Clube mas um esforço que envolveu toda a gente: participantes, tripulantes, atletas, etc, e este esforço permitiu

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que o Festival Náutico pudesse ter sido feito em termos quase, quase, normais”. Este Dirigente deixou um agradecimento “muito forte à participação, esforço e envolvimento das muitas entidades e empresas que possibilitam que este Festivcal Náutico possa ser realizado com o contorno e a filosofia que tem”. “Nós começámos muito bem, com uma magnífica Travessia a nado do Canal Faial/Pico e acabámos muito bem, com uma magnífica Regata do Canal realizada hoje [domingo, dia 11]. Pelo meio houve coisas que correram bem, outras menos bem e outras que não se fizeram e a pena que fica é em relação às Regatas da Casa do Pessoal da RTP em Botes Baleeiros. A instabilidade no Faial e no Pico determinou a sua não realização”, destacou o mais alto Responsável pelos destinos da única instituição náutica faialense. José Decq Mota agradeceu a presença das centenas de pessoas que enchiam a Tenda Multiusos do CNH, incluindo as Entidades convidadas, designadamente, Lúcio Rodrigues, Director Regional da Juventude, em representação do Presidente do Governo Regional dos Açores; Alexandre Morais,

Inspector Regional das Pescas em representação do Secretário Regional dos Assuntos do Mar; Ester Pereira, Vereadora Camarária, em representação do Presidente da Câmara Municipal da Horta; Comandante Rafael da Silva, Capitão do Porto da Horta; e Luís Rodrigues, representando a Presidente da Assembleia Municipal da Horta. Ladeado pelos colegas de Direcção, José Decq Mota convidou o Director Regional da Juventude a usar da palavra. Lúcio Rodrigues começou por cumprimentar o Presidente da Direcção do CNH e na pessoa deste, toda a Direcção, vincando que “é preciso um líder mas também é preciso tropas”. E focou: “Aqui fica o reconhecimento do Governo Regional, porque, para fazer algo é preciso equipa e a equipa do CNH com a Direcção, Funcionários e todo o Voluntariado soube levar, mais uma vez, o maior Festival Náutico do País até ao fim. É um prazer enorme estar aqui em representação do Sr. Presidente do Governo, visto eu ser uma pessoa da “casa”. A terminar, o governante faialense deixou duas notas “muito importantes”: “O compromisso que

José Decq Mota: “Nós começámos muito bem, com uma magnífica Travessia a nado do Canal Faial/Pico e acabámos muito bem, com uma magnífica Regata do Canal”

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é que se consegue evoluir e fazer caminho no sentido de vermos, nos próximos 50 anos, jovens envolvidos nas actividades do Clube Naval da Horta. Deixo uma saudação a todos – Atletas, Treinadores de todas as modalidades, Dirigentes, Voluntários e outros – que fizeram deste Festival Náutico da Semana do Mar o maior de Portugal. Bem hajam! E para o ano cá estaremos”. Pesca Desportiva de Costa

Perante o olhar atento do Presidente da Direcção do CNH, Lúcio Rodrigues garantiu a manutenção do apoio do Governo Regional a esta instituição náutica faialense

fica aqui é de que o apoio continuará, por parte do Governo Regional, a toda a actividade do Clube Naval da Horta ao longo de todo o ano e esse compromisso é aqui assumido; a outra nota que me parece muito importante para quem acompanha o Festival Náutico da Semana do Mar – e eu acompanho de perto há muitos anos e também participo – é a promoção que o CNH faz das actividade náuticas mas, sobretudo, o envolvimento que esta instituição náutica tem ao longo do ano nas suas actividades de formação, com os seus jovens e crianças e que durante esta Semana ficou bem patente nas provas de Natação, Regata das Sereias, na Canoagem, na Vela, etc. Foi possível ver toda a formação do Clube envolvida e, por consequência, os pais, avós e outros familiares também. Isto é algo que dá saúde ao Clube e que materializa o grande objectivo que o CNH tem de promover as actividades que organiza e realiza assim como a promoção da ilha do Faial. Aproveito a oportunidade para deixar este reconhecimento ao Clube, a todos os técnicos que estão aqui – vejo alguns treinadores – a todos os directores que acompanham as várias modalidades, porque só assim

Relativamente à Pesca Desportiva de Costa, foram realizadas três Provas no decorrer do Festival Náutico da Semana do Mar. A Prova Infantil, realizada na manhã de sexta-feira, dia 09, tendo havido almoço e Entrega de Prémios a seguir; a Prova de Sargos, no sábado, dia 10, e a de Peixe-Rei, no domingo, dia 11. Na Prova de Sargos participaram 21 pescadores, tendo sido 4 do CNH; 3 do Clube de Pesca Ilha Azul, também do Faial; 3 do Clube Açoreano de Pesca Desportiva (CAPD), de Ponta Delgada, ilha de São Miguel; 5 do Clube Naval de São João do Pico; 3 do Clube Desportivo de São João do Pico e 3 do Clube Naval das Velas de São Jorge. A competição decorreu na zona do porto do Comprido e, de acordo com Carlos Medeiros, Presidente da Secção de Pesca Desportiva de Costa do CNH, “o mar estava excelente”. “Primeiro tivemos chuva mas depois parou. Os participantes gostaram muito da Prova”, sublinha este Dirigente. No pódio ficaram João Paulo, do Clube Açoreano de Pesca Desportiva; Carlos Medeiros, do CNH; e José Armando, também do CNH. O maior exemplar, um Sargo com 1,550 quilos, foi pescado por Ricardo Lopes, do CAPD. “Participantes gostaram da forma como foram recebidos” No que diz respeito à Prova de Peixe-Rei, contou com 20 pescadores, dos mesmos clubes acima referidos e teve como local de realização o Varadouro. “Inicialmente, Castelo Branco era a zona apontada para a Prova mas devido à ondulação fomos para o Varadouro, com a opinião unânime de todos os pescadores, e aí estava mesmo mui-

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Luís Carlos Rosa, Director da Secção de Pesca Desportiva de Barco do CNH; Carlos Medeiros, Director da Secção de Pesca Desportiva de Costa; José Fernandes, Coordenador das Secções de Canoagem e Vela de Cruzeiro do CNH; Vítor Mota, Mestre da lancha baleeira “Walkiria” e membro da Secção de Botes Baleeiros, e Jorge Fontes, Vice-Presidente da Direcção do CNH, foram Dirigentes envolvidos nas provas realizadas ao longo destes 10 dias de festa

Carlos Medeiros, do CNH, foi o vencedor do Torneio de Pesca Desportiva de Costa da Semana do Mar 2019

to bom!”, salienta o Dirigente do Clube anfitrião. O 1º lugar foi conquistado por Carlos Medeiros, do CNH; o 2º por João Paulo, do CAPD; e o 3º por Rui Dutra, do Clube Naval de São João do Pico. O maior exemplar – 1 Veja com 2,020 gramas – foi apanhado por Manuel Gaspar, do Clube

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Naval de São João do Pico. Em ambas as Provas houve lanches de mar e animado convívio antes e depois da pesagem. Carlos Medeiros ressalta que os pescadores apreciaram “bastante” o facto de este ano a Prova de Sargos ter sido realizada de dia, tendo em conta que costumava ser nocturna, o que dificultava andar de noite na costa, sobretudo para os pescadores com mais idade”. “Os participantes gostaram da forma como foram recebidos e da Organização”, sublinha este Dirigente, que, mesmo “bastante cansado”, se sente “muitíssimo satisfeito”. Intercâmbios prosseguem em Setembro Recorde-se que estas participações resultam dos intercâmbios que decorrem entre os clubes visitantes e o anfitrião. Nesse sentido, Carlos Medeiros revela que o Clube Naval da Horta já foi convidado pelo Clube Açoreano de Pesca Desportiva a ir a São Miguel participar na

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CLUBE NAVAL DA H prova marcada para 14 de Setembro. Em resposta ao intercâmbio iniciado com o Clube Naval de São João do Pico, a Secção de Pesca Desportiva de Costa do CNH também irá ao Pico a fim de participar na Prova calendarizada para 17 de Setembro próximo. Os intercâmbios com estes clubes do Pico começaram em 2018. Estas duas Provas de Pesca Desportiva de Pesca constituiram um Torneio, que teve como vencedores: 1º lugar: Carlos Medeiros (CNH); 2º lugar: João Paulo (CAPD); e 3º lugar: Ricardo Lopes (CAPD). O maior exemplar foi uma Veja, com 2,020 quilos, pescada por Manuel Gaspar (Clube Naval de São João do Pico). Pesca Desportiva de Barco Também foram entregues os Prémios relativos à Pesca Desportiva de Barco da Semana do Mar 2019: Prova de Corrico Nocturna e Prova de Fundo Nocturna, cujos resultados já foram divulgados. Recorde-se que no pódio da Prova de Corrico Nocturna – decorrida no dia 07 – ficaram as embarcações “Senhora da Guia” (1º lugar), de Renato Azevedo; “Adriana” (2º lugar), de Paulo Vargas; e “Zeus”(3º lugar), de Jorge Oliveira. A “Senhora da Guia” foi duplamente vencedora, tendo em conta que também capturou o maior exemplar: uma Anchova com 4,690 quilos. Reativamente à Prova de Fundo Nocturna – reali-

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Vicente Barreto (“Xark”), ao lado do Capitão do Porto da Horta, Rafael da Silva, exibe os Prémios da sua dupla vitória

zada na noite desta sexta-feira, dia 09 – as embarcações vencedoras foram: “Xark”, de Vicente Barreto; “Rosana”, de Hélder Fraga, e “Júnior”, de Rui Silveira. Também nesta Prova o maior exemplar foi capturado pela embarcação campeã (“Xark”): um Congro com 11,350 quilos. Apneia Na Prova de Apneia Dinâmica com Barbatanas (como já foi noticiado), participaram 16 adultos (8 mulheres e 8 homens) e 6 crianças. Em Femininos, o 1º lugar foi alcançado por Betty Laglbawer (francesa), tendo Simone Martins, do CNH, ficado na 2ª posição. Ana Patrícia Silva foi 3ª classificada. Em Masculinos, o pódio ficou assim preenchido: 1º lugar - Paulo Decq Motta; 2º - Tiago Silva (que já viveu no Faial e actualmente reside em São Miguel; 3º - Jorge Alexandrino (que participou pela primeira vez). Na categoria das Crianças, Vasco Alexandrino (atleta de Natação do CNH, que também já praticou Vela) foi o campeão. Miguel Nóbrega ficou em 2º lugar, seguido de Maísa Silva (3º lugar), velejadora do CNH. Mini-Veleiros

Renato Azevedo (embarcação “Senhora da Guia”) foi duplamente vencedor na Prova de Corrico Nocturna – Pesca Desportiva de Barco da Semana do Mar 2019, ao ter ganho o 1º lugar e o Prémio para o Maior Exemplar

Prosseguindo a festa de Entrega de Prémios, seguiu-se a modalidade de Mini-Veleiros, cuja Prova da Semana do Mar teve como vencedores: 1º lugar - Néri Goulart; 2º - João Nunes; e 3º - Flávio Pereira.

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Betty Laglbawer e Simone Martins foram, respectivamente, a 1ª e 2ª classificadas - Femininos - da Prova de Apneia Dinâmica com Barbatanas da Semana do Mar 2019

No Escalão das Crianças, Vasco Alexandrino foi 1º classificado e Miguel Nóbrega o 2º

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João Nunes foi 2º classificado e Flávio Pereira 3º, na Prova de Mini-Veleiros

Vela de Cruzeiro A Vela de Cruzeiro foi a modalidade com mais prémios, se tivermos em conta que foram realizadas 4 regatas ao longo deste Festival Náutico, cujos resultados já foram divulgados. Aqui ficam alguns momentos da Entrega de Prémios, podendo ser vistos outros na Galeria de Fotos. Na Regata “Troféu Horta”, em ORC A, “Azul”, de Luís Quintino, ficou na dianteira, e na Classe

ORC B a vitória sorriu a José Giraldin a bordo do “Gustave”. Na Classe OPEN, a embarcação vencedora foi “Soraya”, de Frederico Rodrigues. Na Regata dos Solitários, na Classe ORC A, Luís Morais (“Boreas”) foi o vencedor, e em ORC B ganhou Fernando Mota, no “Hot Stuff”. Em OPEN, Pedro Garcia, a bordo do “Ilha da Ventura”, foi o mais rápido. A Regata das Sereias contou com o patrocínio da “Click Saúde & Bem Estar”, que ofereceu

Na Regata “Troféu Horta”, Luís Quintino (“Azul) em ORC A e José Giraldin (“Gustave”) em ORC B, foram os vencedores

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RTA ‘Voucher’s’, no valor de 75 euros, 45 euros e 25 euros, às 3 primeiras classificadas de cada Classe. Na Classe ORC A, ganhou Maria Castro tripulando o “Majo”, e em ORC B, Joana Menezes foi a ‘Skipper’ do “Hot Stuff”. Na Classe OPEN, a vencedora foi Isabel Carvão como ‘Skipper’ da embarcação “Ventosga”. Na Regata do Canal – considerada a Prova Rainha da Semana do Mar na modalidade de Vela de Cruzeiro – que decorreu este domingo, dia 11, inscreveram-se 23 barcos e destes, 19 participaram na prova. Susana Rosa, Coordenadora da Secção de Vela de Cruzeiro do CNH – conjuntamente com José Fernandes – refere que “houve vento mais forte no início, o qual foi diminuindo de intensidade”. E prossegue: “O percurso consistia em rondar uma bóia na Baixa do Canal, voltar ao porto, novamente rondar a bóia na Baixa do Canal, ir à bóia na Areia Larga com regresso à linha de chegada. Reina uma grande satisfação, sendo o balanço muito positivo. Apesar do mau tempo, todas as

Frederico Rodrigues (“Soraya”) ganhou em OPEN

Maria Castro (“Majo”) em ORC A venceu a Regata das Sereias

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Na Regata das Sereias Joana Menezes (“Hot Stuff”) foi a mais rápida na Classe ORC B e Isabel Carvão (“Ventosga”) ganhou em OPEN

Na Regata do Canal, Pedro Garcia (“Ilha da Ventura”) ganhou na Classe OPEN

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Luís Paulo Morais (“Boreas”) ganhou em ORC A - Regata do Canal e Luís Decq Motta (“Hot Stuff”) foi o vencedor na Classe ORC B

provas contaram com vento bom para a prática da Vela de Cruzeiro. Aproveito esta oportunidade para agradecer publicamente às pessoas que deram apoio às Regatas da Vela de Cruzeiro do Festival Náutico da Semana do Mar 2019: José Fernandes, João Nunes, Comandante José Salema, António João, João Medeiros e outros Voluntários como Jorge Macedo, Luís Rosa e Bruno Rosa”. Na Classe ORC A, o pódio ficou assim preenchido: “Boreas” (Luís Paulo Morais); “Azul” (Luís Quintino) e “Majo” (Armando Castro). Em ORC B, Luís Decq Motta ganhou a bordo do “Hot Stuff”, seguindo-se o “Além Mar”, com Disidério Machado e o “Twisted”, de João Silva. Na Classe OPEN, as embarcações vencedoras foram: “Ilha da Ventura” (Pedro Garcia); “Mariazinha” (João Nunes); e “Xizito” (António João).

Sousa; em 2º - Pedro Terra; e em 3º - Aníbal Oliveira. Domenico Bettani, um dos participantes – e que ficou encarregado de entregar os Prémios e as Medalhas de Participação aos vencedores que não puderam estar presentes – referiu que houve 6 inscritos que disputaram este Torneio, que foi “muito interessante”.

Xadrez No Torneio de Semi-Rápidas de Xadrez – uma actividade já com tradição no Festival Náutico da Semana do Mar – em 1º lugar ficou António

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DESDE 1947 PRÉMIO DE EXCELÊNCIA DESPORTIVA 2011 INSÍGNIA AUTONÓMICA DE MÉRITO CÍVICO 2017 WWW.CNHORTA.ORG

MONTAGEM: ARTUR SIMÕES TEXTOS: CRISTINA SILVEIRA


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