Ir_ao_mar - Nº42 - Setembro 2017

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REVISTA MENSAL SOBRE A ATIVIDADE DO CLUBE NAVAL DA HORTA

Nº 42 Setembro 2017 © ARTUR FILIPE SIMÕES 2017


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BOTES BALEEIROS IX REGATA INTERNACIONAL DE BOTES BALEEIROS DE 7 A 9 DE SETEMBRO, EM NEW BEDFORD

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steve reunida esta semana, a comitiva da Ilha do Faial que vai à América, a fim de participar na IX Regata Internacional de Botes Baleeiros, que decorre de 7 a 9 de setembro, em New Bedford. Na prova, organizada pela Azorean Maritime Heritage Society (AMHS), serão utilizados os 3 botes desta instituição e que são o “Faial”, o “Pico” e o “Bela Vista”. Será com estas embarcações que cada uma das tripulações irá realizar as Regatas de Remo e de Vela. A comitiva faialense é constituída por elementos que representam todas as entidades desta ilha possuidoras de património baleeiro (CNH e Juntas de Freguesia das Angustias, Capelo, Castelo Branco, Feteira e Salão). A ilha do Pico também participa nesta IX Regata Internacional de Botes Baleeiros com uma tripulação feminina e uma masculina. Delegação da ilha do Faial avista-se com o Presidente da Câmara Municipal A comitiva faialense é composta por uma equipa feminina e uma masculina, de 9 elementos cada, bem como pelo Presidente da Direcção do

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CNH, José Decq Mota. O Grupo Coordenador desta comitiva integra o mais alto dirigente do CNH, José Decq Mota; Luís Alves, membro da Direcção do Clube; Rute Matos, Oficial Feminino, e Pedro Garcia, Oficial Masculino, e será recebido pelo Presidente da Câmara Municipal da Horta, José Leonardo Silva, na próxima segunda-feira, dia 4, pelas 11 horas, nos Paços do Concelho. A Delegação do CNH apresentará cumprimentos de despedida, disponibilizando-se para ser portadora de mensagens do Município da Horta para a cidade-irmã de New Bedford, assim como para outras instituições da nossa comunidade naquela cidade da diáspora. Recorde-se que Horta e New Bedford são cidades-irmãs, fruto da geminação oficialmente celebrada em 1972. Comunidade de New Bedford fortemente envolvida José Decq Mota refere que a IX Regata Interna-

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CLUBE NAVAL DA H cional de Botes Baleeiros, uma prova de âmbito internacional, “tem associado um vasto programa de eventos que envolvem fortemente a comunidade local”. Esta é a 9ª Regata Internacional de Botes Baleeiros e a 4ª que tem como palco New Bedford. Sempre que a Regata se realiza deste lado do Atlântico é organizada pelo CNH e por uma entidade que representa a ilha do Pico, decorrendo as provas no Faial e no Pico. A última realizada cá foi no ano de 2015 e a próxima será em 2019. O embarque, rumo aos EUA, está marcado para as 8 horas de terça-feira, dia 5. A comitiva faialense sai de Boston no dia 12 e chega a casa no dia seguinte. O papel visionário da Azorean Maritime Heritage Society A propósito do importante papel da AMHS, aqui ficam algumas impressões do Presidente da Direcção do CNH, que é, também, membro da Secção de Botes Baleeiros do CNH e um forte entusiasta destas Regatas e da preservação do Património Baleeiro: “A Azorean Maritime Heritage Society, fundada há 25 anos – em New Bedford, Massachussetts, EUA – por portugueses, especialmente do Faial e do Pico, ligados pessoal ou familiarmente às actividades baleeiras, teve sempre como objectivo a promoção e utilização lúdica da excelente embarcação tradicional que é o Bote Baleeiro Açoriano. New Bedford foi um dos mais importantes portos

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baleeiros dos Estados Unidos da América e o seu belíssimo Museu Baleeiro dá conta disso mesmo. A baleação americana, a partir de navios de vela, antecedeu a baleação açoriana feita a partir de terra. Muitos navios baleeiros americanos caçavam cachalotes nos mares dos Açores e usavam o porto da Horta para reabastecimento, reparações e descarga de óleo de baleia. Muitos e muitos açorianos foram, especialmente no século XIX, para os EUA em navios desses e muitos transformaram-se em baleeiros. Desses baleeiros luso- americanos, vários chegaram a capitães e armadores de navios da caça à baleia. Foi uma ligação de mais de 2 séculos e foi dessa ligação que nasceu a caça à baleia a partir de terra nos Açores. As primeiras embarcações usadas foram botes americanos desembarcados de navios, sendo que a partir daí, e ao longo de vários decénios de um muito curioso processo evolutivo, nasceu o bote baleeiro açoriano: esbelto, rápido e que deu excelentes provas ao longo de toda a actividade baleeira. Razão tinham o faialense João Carlos Pinheiro, o picoense José Soares e vários outros, quando resolveram fundar a AMHS em New Bedford e quando traçaram como objectivo construir e usar do ponto de vista desportivo réplicas rigorosas de botes baleeiros açorianos. Nasceram assim, em 1997, o “Bela Vista” e, a partir de 1999, o “Faial” e o “Pico”. Depois de ter botes baleeiros bem construídos, rapidamente a comunidade de luso-descendentes e outros cidadãos compreendeu que estava perante belíssimas embarcações que mereciam ser uti-

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lizadas, divulgadas e preservadas. Assim nasceu o movimento de defesa e valorização do bote baleeiro açoriano em New Bedford. Ao mesmo tempo, aqui nos Açores esse mesmo movimento ganhava impulso, expressão e força social. Foi com naturalidade que a partir de 1999 se começou a falar na concretização de uma Regata Internacional, a realizar alternadamente em New Bedford e nos Açores. No início dos anos de 2000 começou, de facto, a realizar-se a Regata Internacional de Botes Baleeiros, alternadamente em New Bedford e no Faial e no Pico”. No que concerne à geminação das Cidades da Horta e de New Bedford, aqui fica o texto de Fernando Faria Ribeiro, patente na obra “Em dias passados – Figuras, Instituições e Acontecimentos da História Faialense”, página 159: “No termo da sua histórica visita à Horta, que culminou com a institucionalização da geminação da cidade faialense com New Bedford, o mayor John Markey, dirigiu, no dia 7 de Julho de 1972, através da comunicação social uma mensagem em que agradecia “a todo o maravilhoso povo do Faial a sua esplêndida recepção e hospitalidade”. Estava a terminar a deslocação que o presidente da Câmara de New Bedford fizera aos Açores, na companhia do conselheiro municipal Manuel Fernando Neto, nosso conterrâneo e já imigrante de sucesso nos Estados Unidos. Essa viagem teve como objectivo consagrar a deliberação de 3 de Maio desse ano da nossa Câmara Municipal, presidida pelo engº Victor Macedo, que proclamou New Bedford cidade-irmã da Horta. Naquela época, a geminação de cidades era ainda, ao menos em Portugal, um acontecimento pouco usual e que, talvez por isso, se revestia de profundo significado. Baseava-se na profunda convicção de que se todos os povos estabelecessem relações mais estreitas, mais facilmente se cimentavam as relações de amizade, intercâmbio e solidariedade. No caso da Horta com New Bedford os fundamentos da geminação tinham raízes históricas que vinham do século XIX, quando os caçadores de baleias das duas cidades estabeleceram frequentes e amistosas relações, mas eram do presente as razões determinantes para que as duas cidades se irmanassem. Na sessão solene de boas-vindas ao Mayor John

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Markey e que “selou” a geminação, realizada no dia 4 de Julho no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o presidente da Câmara da Horta, engenheiro Victor Macedo disse, no seu discurso, que “o decisivo argumento que conduziu a Câmara Municipal àquela proclamação, em unanimidade de votos, foi, sem dúvida, o facto de New Bedford ser a cidade onde se encontra mais elevado número de faialenses”. Estimava ele que lá viviam “cerca de seis mil irmãos nossos”, o que significava quase “outra cidade da Horta dentro de New Bedford”. Quem, como nós, teve o privilégio de visitar aquela cidade e de lá residir um mês no Verão de 1965, pode corroborar a justeza das palavras de Victor Macedo, já que naqueles anos se tinha a impressão de que “não saímos da Horta”, uma vez que os faialenses de New Bedford “insistem em conservar o belo idioma de Camões e em prolongar as nossas melhores tradições, defendendo assim as melhores características de cidade açoriana”. Mas essa escolha de New Bedford para cidade-irmã da Horta era também a “homenagem do nosso Município a todo o Estado de Massassuchets” onde em várias das suas cidades existiam – e certamente ainda existem – autênticas comunidades de faialenses. Eles, juntamente com irmãos de outras ilhas, marcaram a presença histórica dos Açores em terras da América, quer no inicial e sucessivo processo da descoberta das costas americanas que vem do século XV, quer na própria guerra da independência, quer ainda na permanente construção daquele País, em que muita da nossa gente contribuiu, com o seu trabalho e a sua vida, para o engrandecimento dos Estados Unidos. Nunca, porém, esqueceram a Terra que os viu nascer e as Gentes que ficaram. E, no caso faialense, essa lembrança e essa solidariedade foram exuberantemente manifestadas logo na emergência da crise sísmica do Vulcão dos Capelinhos. Coube, efectivamente, a imigrantes – como bem o frisou Victor Macedo – a iniciativa de darem “os primeiros passos junto dos senadores Pastore e Joseph Perry para que obtivesse aprovação a lei especial que concedeu dois mil vistos aos sinistrados faialenses”. A partir daí o fluxo migratório atingiria proporções insuspeitadas. Essa nova debandada para a América, se como as

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CLUBE NAVAL DA H anteriores, nunca descurou o progresso material e a promoção pessoal, manteve sempre acesa a chama da solidariedade, fortalecendo as relações de amizade e de intercâmbio das comunidades da diáspora com a Ilha-mãe. Assim se compreende a oportuna sinceridade do presidente Victor Macedo quando, no final daquela cerimónia de 4 de Julho, dia em que a Horta perfazia 139 anos da sua existência como cidade e que soube celebrar condignamente, testemunhava ao mayor Markey a grande honra que sentia na deliberação tomada, “pois o estreitamento dos laços entre as duas cidades, vai assim, ganhar expressão de alto significado apesar da nossa proclamação apenas lhe ter vindo dar foros de oficial”. Vivia-se então, desde que começara o surto migratório do Vulcão dos Capelinhos, uma intensa fase de aproximação entre os que partiram e os que ficaram, sucedendo-se em grande número

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as visitas de saudade, várias delas de grupos organizados, fossem eles de índole caritativa, fossem de natureza recreativa, cultural ou desportiva. E isso era tão frequente que, até nos dias em que se celebrou a geminação entre as duas cidades, estavam de visita à Horta membros da “Fundação Benificente Faialense” – os directores Maria Emília Pinheiro, Mário Baptista Peixoto, Manuel Fernando Neto e António Garcia de Lacerda – e a equipa de futebol do “Clube União Faialense” que efectuou jogos com clubes locais e que trazia como directores Manuel Freitas, Manuel Lima e Carlos Serpa. Era a prova evidente de que em pouco mais de uma dúzia de anos, os faialenses do Vulcão dos Capelinhos radicados em New Bedford já haviam “vincado bem o seu amor à Terra Natal” dando vida a três instituições: Clube União Faialense; A Chama (jornal-revista) e Fundação Benificente Faialense”.

José Decq Mota: “New Bedford foi um dos mais importantes portos baleeiros dos EUA e o seu belíssimo Museu Baleeiro dá conta disso mesmo”

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BOTES BALEEIROS IX REGATA INTERNACIONAL DE BOTES BALEEIROS EM NEW BEDFORD

Comitiva faialense apresentou cumprimentos ao Presidente da CMH. O Presidente do CNH falou de várias questões relacionadas com o itinerário e a importância do evento

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Grupo Coordenador da comitiva faialense, que embarca terça-feira, dia 5 de setembro, rumo à América, a fim de participar na IX Regata Internacional de Botes Baleeiros, que decorre de 7 a 9 do corrente, em New Bedford, apresentou, na manhã desta segunda-feira, dia 4, cumprimentos ao Presidente da Câmara Municipal da Horta, José Leonardo Silva. Este Grupo Coordenador integra o Presidente da Direção do Clube Naval da Horta, José Decq Mota; Luís Alves, membro da Direção do Clube Naval da Horta (CNH); Rute Matos, Oficial Feminino, e Pedro Garcia, Oficial Masculino. A Delegação do CNH disponibilizou-se para ser portadora de mensagens do Município da Horta para a cidade-irmã de New Bedford (Museu da

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Baleia, Fundação Beneficente Faialense, Mayor, etc). A comitiva faialense é composta por uma equipa feminina e uma masculina, de 9 elementos cada, bem como pelo Presidente da Direção do CNH, José Decq Mota. Na prova, organizada pela Azorean Maritime Heritage Society (AMHS), serão utilizados os 3 botes desta instituição e que são o “Faial”, o “Pico” e o “Bela Vista”. Será com estas embarcações que cada uma das tripulações irá realizar as Regatas de Remo e de Vela. Recorde-se que Horta e New Bedford são cidades-irmãs, fruto da geminação oficialmente celebrada em 1972. Baleação açoriana em destaque em New Bedford José Leonardo Silva realçou o papel de João Carlos Pinheiro na criação da AMHS, frisando que “em New Bedford há uma grande admiração por ele, e pelo filho, Vítor Pinheiro. E esta admi-

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CLUBE NAVAL DA H ração não é só por parte dos nossos conterrâneos mas, também, por parte dos estrangeiros. Ele conseguiu colocar a baleação dos Açores e do Faial num museu estrangeiro e, sem dúvida, que estas regatas potenciam as nossas ilhas”. E prosseguiu: “Os nossos emigrantes vivem as nos-

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sas tradições com grande intensidade e o Museu da Baleia – que tem agora a Casa do Bote – tem um elevadíssimo número de visitantes. Desejo boa viagem a todos e encarrego-vos de levar um grande abraço da Cidade da Horta”.

“Estas regatas potenciam os Açores”, sublinha José Leonardo Silva

Pedro Garcia (e a filha Amélia), José Decq Mota, José Leonardo Silva,-Rute Matos e Luís Alves ir_ao_mar Nº42, setembro de 2017

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Comitiva do Faial embarcou esta terça-feira, rumo aos EUA

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mbarcou terça-feira, dia 5, a Comitiva do Faial que vai participar na IX Regata Internacional de Botes Baleeiros, que decorre de 7 a 9 do corrente, em New Bedford, na costa leste dos Estados Unidos da América. O momento da partida foi registado pelo sempre atento fotógrafo, José Macedo. Desta comitiva, composta por 19 pessoas, fazem parte uma equipa feminina e uma masculina, de 9 elementos cada, bem como o Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), José Decq Mota. Na prova, organizada pela Azorean Maritime Heritage Society (AMHS) – a comemorar 25 anos de existência – serão utilizados os 3 botes desta instituição e que são o “Faial”, o “Pico” e o “Bela Vista”. Será com estas embarca-

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ções que cada uma das tripulações irá realizar as Regatas de Remo e de Vela. Esta é a 9ª Regata Internacional de Botes Baleeiros e a 4ª que tem como palco New Bedford. A última realizada no Faial e Pico foi no ano de 2015 e a próxima será em 2019. A comitiva faialense sai de Boston a 12 do corrente e chega a casa no dia seguinte.

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Equipa do Faial ganhou em Remo Feminino e Masculino

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vitória alcançada pela Comitiva Faialense na América é motivo de grande satisfação deste lado do Atlântico. As tripulações do Clube Naval da Horta (CNH) já se sagraram campeãs nas Regatas de Remo, realizadas em New Bedford (cidade-irmã da Horta desde 1972) no âmbito da IX Regata Internacional de Botes Baleeiros, que decorreu nos dias 7, 8 e 9 de setembro, naquela cidade dos Estados Unidos da América. Em Remo Feminino, a equipa do CNH venceu as duas primeiras regatas, tendo a equipa americana ganho a 3ª, o que ditou a seguinte ordem no pódio: em 1º lugar o Faial; em 2º os EUA e em 3º o Pico. Já em Remo Masculino, as 3 regatas tiveram como vencedora a equipa faialense, colocando a tripulação do CNH directamente na posição de campeã. Também em Remo Masculino, o 2º lugar foi ocupado pela equipa americana e o 3º pela equipa picoense. Recorde-se que esta Prova é organizada pela Azorean Maritime Heritage Society (AMHS), tendo sido utilizados os 3 botes desta instituição: “Faial”, “Pico” e “Bela Vista”. Foi com estas embarcações que cada uma das tripulações reali-

zou as Regatas de Remo e de Vela. A Comitiva Faialense é composta por uma equipa feminina e uma masculina, de 9 elementos cada, bem como pelo Presidente da Direcção do CNH, José Decq Mota. O Grupo Coordenador desta Comitiva integra o mais alto dirigente do CNH, José Decq Mota; Luís Alves, membro da Direcção do Clube; Rute Matos, Oficial Feminino, e Pedro Garcia, Oficial Masculino. Esta é a 9ª Regata Internacional de Botes Baleeiros e a 4ª que tem como palco New Bedford. Sempre que a Regata se realiza deste lado do Atlântico é organizada pelo CNH e por uma entidade que representa a ilha do Pico, decorrendo as provas no Faial e no Pico. A última realizada cá foi no ano de 2015 e a próxima será em 2019. A Comitiva Faialense sai de Boston na próxima terça-feira, dia 12, chegando a casa no dia seguinte. Museu da Baleia em New Bedford O Museu da Baleia, em New Bedford, no Estado do Massachusetts, EUA, é uma instituição de renome internacional que retrata a rica história da indústria da baleação e de New Bedford. Localizado no coração do Parque Histórico Nacional de New Bedford, o Museu destaca-se pelas

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exposições interactivas, incluindo o maior modelo de navio baleeiro do mundo; pela mostra de artes decorativas; pelas colecções de artefactos culturais, antiguidades raras, diários de bordo e exemplares de scrimshaw (gravação ou entalhe em marfim); e cinco esqueletos de baleia, incluindo da rara baleia azul e da baleia franca do Atlântico Norte. Este Museu inaugurou, em Setembro de 2010, uma ala dedicada aos baleeiros dos Açores, uma cerimónia integrada no programa da V Regata Internacional de Botes Baleeiros, um dos marcos mais significativos da geminação entre as cidades da Horta, na ilha do Faial, e de New Bedford, nos EUA, onde reside uma importante comunidade emigrante faialense (e açoriana). A “Azorean Whalemen Gallery” é a única exposição permanente nos EUA que destaca a contribuição portuguesa para o património marítimo americano, nomeadamente para a história da baleação de New Bedford e dos Açores. A exposição, intitulada “A Baleação no Faial: Fase Industrial (1940-1984)”, foi organizada na sequência de uma parceria estabelecida entre o Observatório do Mar dos Açores (OMA) e a

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empresa “Reis & Martins Lda”, com o apoio da Câmara Municipal da Horta (CMH). Esta mostra reflecte os centros nevrálgicos da baleação no Faial (Fábrica da Baleia de Porto Pim e Armazéns da “Reis & Martins” – Rua Nova), sem esquecer “as novas indústrias do sector”: o whale whatching (observação de baleias), o turismo, a arte e a ciência. São ainda destacadas obras diversas de distintas personalidades que vivenciaram a baleação no Faial ao longo do Século XX. A ligação entre as duas cidades começou a ganhar importância quando o Porto da Horta se tornou abrigo para os grandes barcos baleeiros provenientes de New Bedford, tendo esta cidade sido, mais tarde, o destino de uma das primeiras vagas da emigração dos Açores para os EUA. A importância desta indústria De grande importância para a economia das ilhas, principalmente do Faial e do Pico, a caça à baleia desenvolveu-se essencialmente na segunda metade do século XIX. Do cachalote aproveitava-se tudo. A gordura transformada em óleo é exportada para o estrangeiro para ser usado como combustível e lubrificante ou utilizado na

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CLUBE NAVAL DA H indústria farmacêutica e de cosmética, no fabrico de sabonetes e perfumes. Os ossos, quando transformados em farinha, serviam como fertilizantes e rações para gado. Quando no interior do cachalote se tinha a sorte de encontrar âmbar, o lucro da caça duplicava, visto ser um produto muito raro e, consequentemente, de grande valor comercial. Tudo começava com o lançar do foguete pelo vigia colocado em pontos altos e que durante horas a fio perscrutava, com o seu binóculo, o mar à procura dos movimentos ou do bufo dos cachalotes. Era o sinal para juntar a tripulação e lançar os botes ao mar em perseguição destes mamíferos, faina que podia durar horas ou até dias. Vislumbrando uma luta duríssima e perigosa entre homem e animal, com técnicas arcaicas e embarcações pequenas e frágeis, os sete tripulantes de cada bote faziam-se ao mar, cada um com a sua função bem determinada, muita bravura e ousadia. O bote baleeiro açoriano é uma embarcação única e bela pela sua aerodinâmica, adaptada das canoas que seguiam a bordo dos grandes navios baleeiros americanos no século XIX e que enchiam a Baía da Horta, para aqui receberem como tripulantes os valentes marinheiros das ilhas, aliás como descreve Melville no seu famoso “Moby Dick” (1851): “ Um não pequeno numero de baleeiros procedia dos Açores,

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onde, frequentemente, as barcas de Nantucket lançavam âncora para completar, com entroncados campesinos dessas ilhas rochosas, as suas tripulações ... era entre os insulanos que saíam os melhores baleeiros”. A dimensão épica da caça à baleia nos Açores inspirou muitos artistas, historiadores, jornalistas e escritores ao longo de décadas como Raúl Brandão (“Ilhas Desconhecidas”); Vitorino Nemésio (“Mau Tempo no Canal”); Bernard Venables (“Baleia!”); Dias de Melo (“Mar pela Proa”); António Tabucchi (“A Mulher de Porto Pim”), entre tantos outros. A caça à baleia terminou nos anos 80 do século XX, mas mantém-se o orgulho na história da faina e tradição baleeira com a recuperação do seu património com fins culturais, como o Museu dos Baleeiros, nas Lages do Pico, ou a Fábrica da Baleia de Porto Pim, no Faial, ambos de visita obrigatória. Com fins também desportivos recuperaram-se botes baleeiros que rivalizam em regatas à vela e a remos com equipas das diferentes ilhas ou em regatas internacionais com botes americanos de New Bedford. A caça à baleia deu lugar ao Whale Watching, contributo para o turismo regional e que de ano para ano vê crescer o numero de visitantes que não regressam a casa sem antes viver a experiência de ver, fotografar e se emocionarem com estes seres do mar, nos Açores.

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Equipa do Faial ganhou em Remo e Vela (Feminino e Masculino) e alcançou o 1º lugar em Vela na Dabney Cup 2017

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s muitos troféus alcançados pela Comitiva Faialense, que se encontra em New Bedford a participar na IX Regata Internacional de Botes Baleeiros, enchem de orgulho o Clube Naval da Horta (CNH), a ilha do Faial e o arquipélago dos Açores. Depois de as tripulações Feminina e Masculina se terem sagrado campeãs tanto em Remo como em Vela, a Equipa do Faial também conseguiu arrebatar o 1º lugar em Vela na Dabney Cup 2017 (Regatas de Remo e Vela com equipas mistas).

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A Cerimónia de Entrega de Prémios decorreu domingo, dia 10 de setembro, em clima de apoteose, enquanto que o Jantar de Encerramento se realiza esta segunda-feira, já que a saída de Boston está prevista para terça-feira, dia 12, e o regresso ao Faial acontecerá no dia seguinte. A IX Regata Internacional de Botes Baleeiros decorreu na cidade americana de New Bedford, nos dias 7, 8 e 9 do corrente, tendo sido organizada pela Azorean Maritime Heritage Society (AMHS), que se encontra a celebrar 25 anos de existência. A Comitiva Faialense é composta por uma Equipa Feminina e uma Masculina, de 9 elementos

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cada, bem como pelo Presidente da Direcção do CNH, José Decq Mota. O Grupo Coordenador desta Comitiva integra o mais alto dirigente do CNH, José Decq Mota; Luís Alves, membro da Direcção do Clube; Rute Matos, Oficial Feminino, e Pedro Garcia, Oficial Masculino. Esta é a 9ª Regata Internacional de Botes Baleeiros e a 4ª que tem como palco New Bedford. Sempre que a Regata se realiza deste lado do Atlântico é organizada pelo CNH e por uma entidade que representa a ilha do Pico, decorrendo as provas no Faial e no Pico. A última realizada cá foi no ano de 2015 e a próxima será em 2019. Recorde-se que New Bedford e a Horta são cidades-irmãs, fruto da geminação oficialmente celebrada em 1972.

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Estas Regatas são, não só a garantia de que o espírito baleeiro está vivo com preservação deste património, como a expressão de uma forte unidade entre as comunidades de cá e de lá. Esta 9ª Regata teve um sabor especial pelas vitórias conquistadas mas, também, pela competição saudável que proporcionou e pelas amizades que criou e cimentou. É na diáspora que se vê e sente que as nossas tradições perduram de forma muito singular e que a palavra saudade tem um verdadeiro significado.

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O conjunto de Taças ganhas pelo Faial na IX Regata Internacional de Botes Baleeiros, que decorreu em New Bedford, nos EUA, orgulham um Clube, uma ilha e uma Região

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Equipa do Faial – uma tripulação Feminina e uma Masculina – alcançou um feito notável e revelador da sua excelente condição e grande experiência: ganhar tudo o que havia para ganhar na IX Regata Internacional de Botes Baleeiros, que decorreu de 7 a 9 de setembro, na cidade americana de New Bedford. Os primeiros prémios vieram na sequência da realização das Regatas de Remo e Vela, tendo os Faialenses se sagrado campeões tanto em Feminino como em Masculino, ao que se seguiu a Dabney Cup 2017 (Regatas de Remo e Vela com equipas mistas), provas em que o Faial voltou a mostrar a sua raça, tendo conquistado o 1º lugar em Vela. Estes resultados históricos falam por si, mostrando a importância dos treinos, do trabalho em equipa e do fairplay que deve estar subjacente em cada competição, já que ganhar e perder faz parte do jogo, embora todos gostem de triunfar. O CNH e os diversos membros desta grande Família congratulam-se com esta estrondosa vitória da equipa do Faial, associando-se ao Jantar de Recepção, marcado para a noite (20 horas) desta sexta-feira, dia 15, no Restaurante “Barão Palace”.

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O CNH e o “Barão Palace”, numa iniciativa conjunta, entenderam que era mais do que justo receber, saudar e homenagear as tripulações que foram à América representar o Faial. A festa que será o Jantar de Recepção constitui uma manifestação de apoio a este conjunto de bravos baleeiros dos novos tempos – eles e elas – que dispendem muitas horas do seu tempo para treinar e competir. É preciso valorizar e reconhecer o trabalho destas tripulações que mantêm viva esta secular tradição, preservando o património baleeiro, cultivando o espírito de unidade e demonstrando que ontem e hoje a história perdura, com garantia de futuro. A liderar este grupo, está o Presidente do CNH, José Decq Mota, e mestre deste grande barco, sempre presente, atento e disponível para divulgar o que nos diferencia, projectar o Clube e a ilha do Faial e pugnar para que haja continuidade, aumente a qualidade e seja reconhecido o mérito de quem trabalha. De realçar que a IX Regata Internacional de Botes Baleeiros foi organizada pela Azorean Maritime Heritage Society (AMHS), que se encontra a celebrar 25 anos de existência. Uma nota de reconhecimento para a forma atenciosa, distinta e amiga como os Faialenses foram recebidos e tratados em New Bedford, sentindo-se irmanados por quem vive do outro lado do Atlântico, que jamais esqueceu o berço e as raízes, vivendo intensamente estes fulgorosos encontros marcados por memórias eternizadas e saudades inesgotáveis.

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Jantar de Recepção à Comitiva Faialense que foi à América: “As Tripulações do Faial são duas boas Equipas e isso viu-se em New Bedford”

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ste ano, a representação Faialense esteve à altura da responsabilidade, o que valorizou a Regata. Os Oficiais seleccionaram os elementos, prepararam planos de treino e conseguiram transformar estes elementos em equipa. As Tripulações do Faial são duas boas Equipas e isso viu-se na América”. Palavras proferidas pelo Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), José Decq Mota, no Jantar de Recepção à Comitiva Faialense que participou na IX Regata Internacional de Botes Baleeiros, que decorreu de 7 a 9 do corrente, na cidade de New Bedford, Estado Massachusetts, EUA. O Jantar de Recepção realizou-se na noite de sexta-feira, dia 15, no “Barão Palace”, e foi uma organização conjunta deste Restaurante e do CNH. Abordando directamente a génese do Jantar de Recepção, José Decq Mota referiu que esta iniciativa – surgida enquanto ainda estava na América com a restante Comitiva – teve como primeiro

impulsionador o sr. Matos a que o CNH se associou. E explicando o porquê de isso ter acontecido, disse que se deve “ao brilhante desempenho das tripulações faialenses”. As duas equipas de Botes Baleeiros do Faial que foram aos EUA – uma Equipa Feminina que teve como Oficial de Vela Rute Matos e Oficial de Remo Lúcia Sousa, e uma Equipa Masculina com Pedro Garcia como Oficial – representaram todas as entidades que possuem botes recuperados na ilha. “Eu estava no júri como todos sabem, e realmente as nossas tripulações navegaram muito bem”, frisou este Responsável. “Todos temos a obrigação de valorizar esta Regata” Prosseguindo na sua curta intervenção, o mais alto Dirigente do Clube Naval da Horta – que também integrou esta Comitiva – vincou que “é imperioso valorizar esta Regata”. E acentuou essa tónica, complementando: “Temos de trabalhar no sentido de que todos os envolvidos valorizem esta Regata, que utiliza uma embarcação excepcional, o bote baleeiro açoriano, que é reconhecido internacionalmente”. José Decq Mota lembrou que há 20 anos a Azo-

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rean Maritime Heritage Society (AMHS) começou com o bote “Bela Vista”, a que se seguiram o “Pico” e o “Faial”, feitos pelo mestre João Tavares, do Pico. A partir de 2000 existiam 3 botes, “o que significava que podia passar a haver regatas. E tudo isto foi impulsionado lá, na América, pelo faialense João Cardoso Pinheiro, que hoje se encontra entre nós, sendo uma das taças promovida precisamente por ele em memória do pai”, João Cardoso Pinheiro, grande trancador de baleia e jogador de futebol das Angústias. Este Dirigente garantiu que “o Faial e o CNH continuarão a dar o mesmo destaque que deram este ano”. “Fomos tratados de forma excepcional e inexcedível” De realçar o “excepcionalmente bom Museu da Baleia, cuja existência se deve aos esforços dos nossos compatriotas e de outros. E este movimento tem de continuar. Aqui e no Pico tem de haver essa consciência”, enfatizou José Decq Mota. O Presidente da Direcção do CNH – pela segunda vez em New Bedford – aproveitou esta oportunidade para salientar “a forma excepcional e inexcedível” como a Comitiva Faialense foi recebida naquela cidade americana, acrescentando

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que “as palavras não conseguem descrever a forma como foram tratados”. E a propósito dessa recepção ímpar, sublinhou que “lá é sempre assim”. Nesse acolhimento caloroso é de realçar “o papel de João Cardoso Pinheiro e esposa, Maria Emília, também presente neste jantar, assim como de outros faialenses, e não só, de New Bedford, que colaboraram no sentido de que esta Comitiva tenha sido recebida daquela maneira exemplar e inesquecível”. “Devemos ter orgulho no nosso percurso histórico” Quem também se associou a este Jantar de Recepção e homenagem à vencedora e gloriosa Comitiva Faialense foi a Associação Regional de Vela dos Açores (ARVA), através do seu Vice-Presidente, António Pedro Oliveira, assim como a Câmara Municipal da Horta. Além do Presidente, José Leonardo da Silva, estiveram também o Vice-Presidente, Luís Botelho; e a Vereadora, Ester Pereira. O autarca congratulou-se com a iniciativa, recordando que Horta e New Bedford são cidades-irmãs, fruto da geminação oficialmente celebrada em 1972. José Leonardo lembrou que recebeu a Comitiva Faialense, nos Paços do Concelho, na véspera

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CLUBE NAVAL DA H da partida para os EUA, a qual apresentou cumprimentos de despedida e se disponibilizou para ser portadora de lembranças e saudações para os nossos conterrâneos na cidade de New Bedford. E quanto aos coleccionadores de taças, disse: “Sei que foram todos muito bem recebidos. Embora nem sempre se possa ganhar, a verdade é que é sempre bom que isso aconteça e estão todos de parabéns pelo brilhante desempenho nos EUA. A vossa presença foi muito importante”. O edil endereçou uma mensagem a toda a diáspora, sublinhando que “o Faial continua aberto ao mundo e às autoridades americanas, que têm levado o bom nome da ilha para o exterior”. O mais alto representante do Município Faialense sustentou que “todos nós devemos ter orgulho no nosso percurso histórico, na obra que o retrata em New Bedford e em pessoas que, como João Cardoso Pinheiro conseguiram, no outro lado do Atlântico, implementar uma forte presença faialense”. “É tão bom haver faialenses a sério, que colocam as suas raízes num patamar elevado e que manifestam grande amor à sua e nossa terra”, frisou José Leonardo, falando directamente para João Cardoso Pinheiro. E rematou: “Esta gente ajuda o Faial a crescer!” Comitiva de New Bedford visita o Faial E a prova de que os laços estão cada vez mais

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estreitados entre os de cá e os de lá, foi a revelação feita por José Leonardo, afirmando que, no próximo dia 10 de Outubro, chega ao Faial uma comitiva de 40 pessoas ligadas ao Museu da Baleia, de New Bedford. “Tudo isto dinamiza uma grande componente social e económica”, realçou. Para registar a participação nesta IX Regata Internacional de Botes Baleeiros, o Presidente da Câmara Municipal obsequiou cada um dos elementos da Comitiva Faialense com um livro que aborda precisamente a geminação entre Horta e New Bedford, da autoria do faialense Armando Amaral. João Cardoso salientou “o grande orgulho sentido nos vencedores”, para quem pediu uma salva de palmas, endereçando os parabéns pelo “magnífico resultado alcançado”. Os Faialenses sagraram-se campeões nas Regatas de Remo e Vela, tanto em Feminino como em Masculino, tendo ainda ganho o 1º lugar em Vela na Dabney Cup 2017 (Regatas de Remo e Vela com equipas mistas). A IX Regata Internacional de Botes Baleeiros foi organizada pela Azorean Maritime Heritage Society, tendo competido tripulações faialenses, picoenses e americanas. Esta foi a 9ª Regata Internacional de Botes Baleeiros e a 4ª que teve como palco New Bedford. A última realizada cá foi no ano de 2015 e a próxima será em 2019.

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BOTES BALEEIROS REGATA DO VARADOURO

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ealizou-se dia 2 de setembro, durante a manhã, a Regata de Vela em Bote Baleeiro integrada na tradicional e popular Festa do Varadouro, Capelo. A entidade promotora da Regata foi a Junta de Freguesia do Capelo, cabendo ao Clube Naval da Horta a organização no mar. Participaram nesta Regata do Campeonato da Ilha do Faial os oito botes faialenses, tendo vencido o bote “Srª do Socorro”, da Junta de Freguesia do Salão, com o Oficial Pedro Garcia. Cortou a meta em segundo lugar o bote “Maria da Conceição”, do Clube Nava da Horta, com o Oficial Luís Carlos Alves. O terceiro no pódio foi o bote “Srª de Fátima”, da Junta de Freguesia de Castelo Branco, com o Oficial António Luís. Ver classificações completas aqui. A Comissão de Regata foi constituída por José

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Decq Mota, Vítor Mota, Alfredo Matos, Conceição Marques e Horácio Silva. Enquadraram a Regata as lanchas da baleia “Walkiria” do CNH e “Maria Manuela” do Dr. João de Brito, bem como o semirigido “Eric Tabarly” do CNH. A Regata realizou-se na ampla baía do Varadouro, sendo montado um percurso com três boias de rondagem e uma linha de chegada. Terminada a Regata, cerca das 12h15, todas as lanchas e botes navegaram para a Horta, onde, pelas 13H30, os botes foram varados e as lanchas ocuparam os seus pontões na marina. Terminadas estas operações as tripulações e organização dirigiram-se, via terrestre, para o Varadouro, onde a Junta de Freguesia do Capelo ofereceu um almoço convívio. A entrega de prémios realizou-se pelas 21H00 no Palco da Festa do Varadouro.

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BOTES BALEEIROS BOTE “SENHORA DE FÁTIMA” GANHOU A REGATA “SENHORA DO SOCORRO”, DO SALÃO

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tempo estava muito bom e a Regata realizou-se fora do porto do Salão”. É assim que Vítor Mota, da Secção de Botes Baleeiros do Clube Naval da Horta (CNH), descreve a Regata “Senhora do Socorro”, do Salão, que decorreu na tarde de sábado, dia 9 de setembro. A entidade promotora da 7ª Prova do Campeonato do Faial 2017 foi a Junta de Freguesia do Salão, sendo da responsabilidade do Clube Naval da Horta a organização no mar. Nesta Regata de Vela participaram 7 dos 8 botes faialenses, tendo a vitória sorrido ao “Senhora de Fátima”, da Junta de Freguesia de Castelo Branco, com o Oficial António Luís. O 2º lugar foi arrecadado pela tripulação do “Senhora das Angústias”, da Junta de Freguesia das Angústias, tendo como Oficial José Gonçalves”, enquanto que o bote “Senhora da Guia”, da Junta de Freguesia da Feteira, foi o 3º classificado, com o Oficial José António.

Integraram a Comissão de Regata Vítor Mota, Conceição Marques e José de Fátima, ao passo que a Comissão de Protesto era constituída por Carlos Moniz e Olga Marques. Enquadraram a Regata as lanchas da baleia “Walkiria”, do CNH, e “Maria Manuela”, propriedade de João de Brito, assim como os semi-rígidos “Eric Tabarly” e “Piloto João Lucas”, ambos do CNH. O Polidesportivo do Salão foi o espaço escolhido para o jantar-convívio, seguido da Cerimónia de Entrega de Prémios, que decorreu na tarde deste sábado. Tanto o jantar como os prémios foram oferecidos pela Junta de Freguesia do Salão. O Campeonato de Botes Baleeiros do Faial 2017 é composto por 8 provas, faltando apenas a de Aniversário do CNH, agendada para o dia 23 do corrente.

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BOTES BALEEIROS REGATA DO 70º ANIVERSÁRIO DO CNH

“Senhora das Angústias” (Vela), “Maria da Conceição” (Remo Masculino) e “Senhora da Guia” (Remo Feminino) ganharam a Regata de Aniversário do CNH

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hegou ao fim o Campeonato de Botes Baleeiros da Ilha do Faial 2017. A Regata realizada no sábado, dia 23 de setembro, marcou o fim desta competição e serviu, também, para homenagear o Clube Naval da Horta (CNH) no seu 70º Aniversário. A Regata à Vela e Remo em Bote Baleeiro foi promovida e organizada pela Secção de Botes Baleeiros do CNH. A Regata de Vela – que pontuou para o Campeonato de Vela em Bote Baleeiro da Ilha do Faial 2017 – estava marcada para as 15 horas e a de Remo começaria após a conclusão desta, mas houve um atraso na realização de ambas pelo facto de a Prova de Vela Ligei-

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ra do 70º Aniversário – que decorreu na manhã deste sábado – ter começado mais tarde devido à falta de vento, explica José Decq Mota, da Secção de Botes Baleeiros do Clube. A lancha da Comissão de Regata – que teve como Presidente Vítor Mota – foi a “Walkiria”, do CNH, secundada pela “Maria Manuela”, propriedade de João de Brito.

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BOTES BALEEIROS CAMPEONATO DE VELA EM BOTE BALEEIRO DA ILHA DO FAIAL 2017

Salão, Castelo Branco e Angústias no pódio dos Botes Baleeiros de 2017

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Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), na sua reunião de 25 do corrente, homologou os resultados do Campeonato de Vela em Bote Baleeiro da Ilha do Faial 2017. Participaram os 8 botes da Secção do Faial de Botes Baleeiros e realizaram-se as 8 regatas previstas no calendário. De acordo com José Decq Mota, co-Director desta Secção, “nos termos do Regulamento, foi utilizado o sistema de pontuação baixa, sendo que cada bote tem, por regata, o número de pontos equivalente à posição obtida na linha de chegada. São realizados dois descartes dos resultados piores e os casos de DNS, DNF, DSQ são pontuados com 9 pontos”. Feitas as contas, os vencedores do Campeonato deste ano são os botes “Senhora do Socorro”, da freguesia do Salão; “Senhora de Fátima”, de Castelo Branco, e “Senhora das Angústias”, da freguesia das Angústias.

A Cerimónia de Entrega de Prémios realizar-se-á no decorrer do Jantar do 70º Aniversário do CNH, com início pelas 20 horas deste sábado, dia 30, no Centro Paroquial das Angústias, para o qual estão convidados todos os tripulantes dos Botes Baleeiros. Para esta grande festa estão, igualmente convidados, todos os Directores, Atletas, Funcionários, Colaboradores, Sócios e respectivas Famílias.

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CANOAGEM ENTREVISTA A CLÉSIO PEREIRA, CAMPEÃO REGIONAL DE FUNDO

“A minha família apoia-me sempre!”

“A minha vitória no Regional foi uma surpresa”

le é reservado e focado nos seus objectivos, revelando uma grande humildade. Preza o silêncio e oculta um sorriso rasgado que lhe ilumina o rosto. Dá a entender que dispensa as palavras, mas ao fim de algum tempo de conversa partilha as suas ideias e revela o jovem simpático e responsável que é. Clésio Pereira faz da Canoagem o seu desporto de eleição e é graças a essa dedicação que tem evoluído, recebendo como coroa de glória o título de Campeão Regional na categoria de Fundo, (escalão de Junior Masculino), o que aconteceu no Campeonato Regional de Canoagem, realizado em Julho último, na Terceira. A modalidade surgiu aos 13 anos e preenche a vertente desportiva, graças à mãe que o inscreveu na Canoagem e também na Vela, mas foi a Canoagem que vingou. Este atleta do Clube Naval da Horta (CNH) tem 16 anos, vai frequentar o 12º ano de escolaridade, é da área de Sócio-Económicas e quando for adulto – crescido já ele é – quer ter como ocupação algo relacionado com o mar, o que poderá passar pela Polícia Marítima, aspecto em que pensa desde pequeno. Mas a Canoagem – garante – vai estar sempre em 1º lugar e ambição para alcançar títulos não falta, mesmo que isso seja sinónimo de sacrifícios e muito treino.

- Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta (CNH): Porquê a Canoagem e não a Vela? - Clésio Pereira: Porque já tinha vários amigos na Canoagem. Além do mais, considero que a Canoagem é bem mais simples do que a Vela. Já joguei futebol, mas sem dúvida que prefiro a Canoagem pois, sendo um desporto individual, depende só de mim.

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- Gabinete de Imprensa do CNH: Levas a Canoagem a sério? - Clésio Pereira: Muito a sério! Treino bastante e tento ganhar sempre. - Gabinete de Imprensa do CNH: Mas também implica sacrifícios? - Clésio Pereira: Treino em dias de frio, mas uso roupa impermeável. É preciso gostar de apanhar frio, e claro que tudo isto implica sacrifícios. - Gabinete de Imprensa do CNH: Encontraste grandes adversários? - Clésio Pereira: Ao Regional vão os melhores. Como este era o meu 1º ano no escalão de Junior, não estava à espera desta vitória. Além do mais, havia 7 bons canoístas neste escalão. Portanto, foi mesmo uma surpresa!

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- Gabinete de Imprensa do CNH: O que sentiste quando ganhaste? - Clésio Pereira: É muito bom perceber que estão a puxar por nós. Funciona como um incentivo. Chegar ao Faial com medalhas foi uma sensação excelente! Naturalmente que é um sentimento de felicidade, também por parte dos meus pais. Receber os parabéns é algo que nos orgulha, pois significa que nos esforçámos. “Dar sempre mais é o meu objectivo” - Gabinete de Imprensa do CNH: É preciso treinar muito? - Clésio Pereira: Treinar e fazer ginásio. Mas gosto e vou com um amigo. - Gabinete de Imprensa do CNH: Por vezes há lesões? - Clésio Pereira: Ainda só apanhei umas escorregadelas, mas as lesões são normais no percurso de qualquer atleta. - Gabinete de Imprensa do CNH: O que é que te diferencia dos outros?

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- Clésio Pereira: Levo a Canoagem muito a sério. Há pessoas que treinam tanto quanto eu, mas não têm competências para o desporto. - Gabinete de Imprensa do CNH: O que te diz o Treinador (Hugo Parra?) - Clésio Pereira: Para eu nunca desistir. Quando estou muito cansado, apetece-me parar, desistir. Estou a falar de provas de 2 horas a remar num percurso de 15 quilómetros ou mais. Os braços ficam doridos. É preciso ter preparação. - Gabinete de Imprensa do CNH: És visto como um exemplo? - Clésio Pereira: Talvez no futuro. - Gabinete de Imprensa do CNH: Dá para melhorar mais e mais? - Clésio Pereira: Sim, dá! Tenho de praticar mais, para ser mais rápido e ter mais capacidades. Dar sempre mais é o meu objectivo.

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CLUBE NAVAL DA H “Aprende-se muito nos Estágios no Continente” - Gabinete de Imprensa do CNH: Vais agora para o 12º ano. A Canoagem vai conseguir acompanhar os estudos? - Clésio Pereira: Quero ir para a Escola do Mar, no Faial. Mas mesmo que no futuro venha a sair da minha ilha, vou continuar na Canoagem e ela vai ocupar sempre o 1º lugar. Se for possível, gostava de ser campeão a nível nacional. Seria muito bom! - Gabinete de Imprensa do CNH: Como é que evoluis? - Clésio Pereira: Treinando fora do Faial. Participei, há 2 anos, num Estágio no Montijo e gostei. Havia outros clubes envolvidos. Reparei que têm mais técnica. Por se tratar de rio, o que significa um mar mais calmo, conseguem ter mais vantagem em treinar a sua técnica. É mais puxado por ser uma água mais parada, mas à conta disso ganham mais técnica. No Faial, o facto de ser mar é pior para ganhar técnica, mas facilita o andamento. Aprende-se bastante nos Estágios no Continente. Se surgirem convites, vou agarrá-los. - Gabinete de Imprensa do CNH: Sentes-te bem no CNH? - Clésio Pereira: Sim! É verdade que temos equipamento desgastado, mas dá para treinar. Naturalmente que se tivéssemos equipamento novo e moderno, os resultados seriam melhores, o que nos dava mais ânimo. O CNH precisa de ser mais apoiado a fim de poder ter outras condições para os atletas. - Gabinete de Imprensa do CNH: Como defines o Treinador? - Clésio Pereira: É bom, puxa por nós. O Hugo Parra é mais para a parte técnica, pois era atleta de Canoagem de rio. O Carlos Pedro (antigo Treinador) era diferente, obrigava-nos a fazer sprints. Com o actual Treinador, vamos mais por nossa conta, dá-nos mais liberdade, mas está sempre ali, presente. Gosto destas duas estratégias. Quando somos em maior número nos treinos, o Treinador mantém-se no barco de apoio. Quando somos menos, ele treina connosco.

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- Clésio Pereira: Às vezes os golfinhos passam ao nosso lado sem vermos e assustam-nos. Apanhar uma caravela também não é bom. “O meu Treinador diz-me para eu nunca desistir” - Gabinete de Imprensa do CNH: Há que ter cuidado? - Clésio Pereira: Andamos sempre com o colete vestido para o caso de revirarmos. Temos de ter em atenção a entrada e saída de embarcações, que têm prioridade sobre nós. Se, por exemplo, os cabos rebentarem, temos de ir para terra rectificá-los. Há vários precalços que podem acontecer. - Gabinete de Imprensa do CNH: Deve começarse a praticar em criança? - Clésio Pereira: É mais fácil começar mais pequeno para perder o medo do mar. - Gabinete de Imprensa do CNH: Os teus pais apoiam esta decisão? - Clésio Pereira: Os meus pais apoiam-me sempre, o que constitui um grande incentivo. - Gabinete de Imprensa do CNH: O que acontece depois dos treinos? - Clésio Pereira: Dá muita fome (risos). A ideia de convivermos a seguir aos treinos é boa, porque estamos cansados e com o convívio relaxamos, comemos e sentimo-nos felizes com a partilha de experiências. É um momento muito bom e importante! - Gabinete de Imprensa do CNH: Tens amigos noutras ilhas? - Clésio Pereira: Sim, na Terceira e em São Miguel. Este ano, eles tiveram uma surpresa com a minha vitória. - Gabinete de Imprensa do CNH: Sabes perder? - Clésio Pereira: Sei, mas conheço alguns – de fora do Faial – que não sabem nem aceitam. Alguns pensam que podem ganhar sempre. - Gabinete de Imprensa do CNH: A Canoagem não interfere nas notas? - Clésio Pereira: Nunca!

- Gabinete de Imprensa do CNH: O que é que vos pode assustar no mar?

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“Prefiro treinar do que ensinar” - Gabinete de Imprensa do CNH: Gostavas de ser treinador? - Clésio Pereira: Já me convidaram para fazer o Curso de Treinador de Canoagem. Mas prefiro praticar do que ensinar. Gosto de crianças e sei lidar com elas. É bom fazer brincadeiras com elas, mas já não gosto tanto de lhes ensinar coisas. - Gabinete de Imprensa do CNH: O que representa o Clube para ti? - Clésio Pereira: Uma Escola onde se aprende não só o desporto que escolhemos como, também, regras de convivência em sociedade, a respeitar os outros e a sermos mais responsáveis. BILHETE DE IDENTIDADE: - Gabinete de Imprensa do CNH: O que fazes nos tempos livres? - Clésio Pereira: Jogo em computador e saio com os amigos à noite. - Gabinete de Imprensa do CNH: Há A namorada não se ressente com a tua falta de tempo? - Clésio Pereira: Sente-se feliz apesar do pouco tempo que sobra para ela. - Gabinete de Imprensa do CNH: O que dizem de ti?

- Clésio Pereira: Que sou um gajo porreiro, porque ajudo e sou amigo. - Gabinete de Imprensa do CNH: Qual o teu prato favorito? - Clésio Pereira: Lasanha. - Gabinete de Imprensa do CNH: Qual o filme que te marcou? - Clésio Pereira: Gosto de ver séries. - Gabinete de Imprensa do CNH: És uma pessoa calma? - Clésio Pereira: Tudo está bom, desde que não me dê muito trabalho. - Gabinete de Imprensa do CNH: Achas que isso está associado ao teu signo? - Clésio Pereira: Sou de 23 de Agosto, o que significa metade Virgem e metade Leão. - Gabinete de Imprensa do CNH: Tens muitos amigos? - Clésio Pereira: Tenho muitos e bons amigos. - Gabinete de Imprensa do CNH: Para ti, o mais importante é ...? - Clésio Pereira: A família, pois são aqueles com quem eu passo mais tempo e convivo mais. A família é muito importante e penso também um dia vir a constituir a minha própria família.

Clésio Pereira: “Os convívios realizados a seguir aos treinos são muito bons para relaxar e trocar experiências com os colegas”

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CANOAGEM PROVA DE VERÃO DE CANOAGEM EM SÃO ROQUE DO PICO

“Bom tempo, boa organização e excelente recepção”

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articiparam 6 atletas faialenses nesta 2ª prova da época, realizada em conjunto por estes dois Clubes. Os atletas, divididos em 5 escalões, percorreram distâncias de 2000, 4000 e 6000 metros. Terminada a competição, decorreu um almoço-convívio, seguido da Entrega de Prémios. Aproveitando a deslocação ao Pico, o CNH endereçou um convite ao CNSRP para participar na prova de Natal, que terá como palco a Baía da Horta. Os canoístas do Faial fizeram-se acompanhar pelo Treinador de Competição, Hugo Parra, e pela Dirigente, Susana Rosa.

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CANOAGEM PROVA DO 70º ANIVERSÁRIO DO CNH

A Prova de Canoagem do Aniversário do CNH foi dividida em 2000 e 5000 metros, “atletas melhoraram tempos obtidos ao longo da época”

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s condições de mar estiveram muito boas para a prática da modalidade e os atletas mostraram os resultados dos treinos ao melhorarem os tempos obtidos ao longo da época”. É este o balanço feito pela Directora da Secção de Canoagem do CNH, Susana Rosa, à Prova que decorreu, na Baía da Horta, na manhã de sábado, dia 16 de setembro. A competição – integrada no Programa Comemorativo dos 70 Anos do CNH – foi “muito participada”, com 11 atletas dos diversos escalões, desde Menores até Veteranos. Tratou-se de uma Prova de Fundo, que para os escalões de Menores, Iniciados e Infantis foi feita numa distância de 2 kms. Já para os Cadetes, Juniores, Seniores e Veteranos o percurso envolveu 5 kms (consulte os resultados nesta ligação). Terminada a Prova houve, como habitualmente,

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um lanche-convívio, organizado pela Secção de Canoagem, que constitui “um momento de confraternização entre Atletas, Treinador, Pais e elemento directivo, de grande importância para todos os envolvidos”.

O lanche-convívio a seguir a cada prova é um momento marcante que tem o cunho da Directora da Secção de Canoagem do CNH, Susana Rosa

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CANOAGEM CLÉSIO PEREIRA, DO CNH, EMBARCOU RUMO AO NACIONAL, NA MADEIRA

Hugo Parra, Treinador de Competição de Canoagem do CNH, acompanha o seu atleta, Clésio Pereira

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Campeão Regional de Fundo em Canoagem, Clésio Pereira, do Clube Naval da Horta (CNH), embarcou sexta-feira, dia 22 de setembro, rumo à Madeira, a fim de participar no Campeonato Nacional de Canoagem de Mar, que se realiza este domingo, dia 24, em Machico. O atleta faialense faz-se acompanhar pelo seu Treinador, Hugo Parra. Clésio Pereira tem treinado bastante para esta competição – uma estreia no seu percurso – e o Treinador de Competição do CNH garante que o canoísta faialense está “bem preparado”. “O Clésio tem treinado de forma muito concentrada e vai dar o seu melhor, naturalmente”. Independentemente dos resultados que vier a alcançar no Nacional de Canoagem de Mar, na Madeira – onde estará a competir a nata da Canoagem de Portugal – esta participação é já uma vitória para o Campeão Regional de Fundo em Canoagem do Clube Naval da Horta, porquanto lhe permitirá viver outras experiências e assimilar conhecimentos novos, imprescindíveis à evolução de qualquer atleta. Tendo em conta que Clésio Pereira é Junior de 1º ano, conta ainda com mais um ano para cimentar os resultados neste escalão. A participação do Campeão Regional de Fundo em Canoagem, no Nacional, na Região Autónoma da Madeira, é assegurada pela Associação Regional de Canoagem dos Açores (ARCA), sendo a deslocação do Treinador da responsabilidade do CNH. O regresso a casa da comitiva faialense está marcado para o dia 25 do corrente.

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CANOAGEM CLÉSIO PEREIRA, DO CNH, PARTICIPOU NO CAMPEONATO NACIONAL DE CANOAGEM DE MAR

O Nacional contou com 102 atletas de 19 clubes, atleta e treinador satisfeitos com o desempenho na Madeira.

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ecorreu domingo, dia 24 de setembro, na ilha da Madeira, o Campeonato Nacional de Canoagem de Mar IV, um evento organizado pela Associação Regional de Canoagem da Madeira e pela Federação Portuguesa de Canoagem em parceria com o Município de Machico e que contou com a presença de canoístas oriundos de 19 clubes. Ao todo eram 102 atletas, onde se incluia o Campeão Regional de Fundo em Canoagem, Clésio Pereira, do Clube Naval da Horta (CNH). No escalão de Juniores eram 11 canoístas em Prova, tendo Clésio Pereira alcançado a 8ª posição. Hugo Parra, Treinador de Competição do CNH, considera que “a organização foi óptima, primando pela ausência de falhas”. Foram 20 quilómetros a remar num percurso entre Machico/Ilhéu de São Lourenço e vice-versa. Este Técnico recorda que “o vento dificultou a ida para a ponta de São Lourenço”, caracterizando a Prova como “desafiante”. “O objectivo era permitir que o atleta faialense tivesse contacto com o ambiente do Campeonato Nacional a fim de ver o andamento dos Junio-

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res e perceber a realidade competitiva”, realça Hugo Parra, que acrescenta: “Estou muito satisfeito com o desempenho do Clésio e não tenho dúvidas de que este Nacional constituiu uma belíssima experiência para ele e para o ano será ainda melhor. Para mim, pessoalmente, também foi bom ter revivido os tempos de participante”. “Podia ter corrido melhor se tivesse usado o meu caiaque” Instado a fazer um balanço à sua participação, o atleta do Clube Naval da Horta sustenta que a estreia num Nacional foi “uma boa experiência” e afirma-se “contente” com a sua prestação, embora diga que “podia ter corrido melhor”. E o que poderia ter contribuído para um resultado diferente, para melhor, prende-se com o caiaque. Clésio Pereira explica que o facto de não estar habituado ao caiaque que usou, fez toda a diferença. Essa foi a maior dificuldade sentida pelo canoísta do CNH, que este ano se sagrou Campeão Regional de Fundo de Canoagem, na Terceira. Segundo este atleta, “o mar estava bom” e “esta foi uma oportunidade para aprender bastante, além de ainda ter feito novos amigos”. De realçar que este foi o maior percurso que Clésio Pereira fez enquanto canoísta, o que foi

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CLUBE NAVAL DA H possível de suportar graças às inúmeras horas de treino intenso. Dos Açores, além de Clésio Pereira, apenas participou o canoísta Eliseu, da ilha Terceira. Olhando para o percurso alcançado e para os adversários que encontrou, o atleta do CNH não tem dúvidas de que o segredo para se tornar melhor é treinar e treinar. Naturalmente que o nível seria outro se houvesse concorrência em casa, o

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que ajudaria em termos de evolução. A participação do Campeão Regional de Fundo em Canoagem no Nacional, na Região Autónoma da Madeira, foi assegurada pela Associação Regional de Canoagem dos Açores (ARCA), sendo a deslocação do Treinador da responsabilidade do CNH.

Para Clésio Pereira, este Nacional foi uma estreia interessante e para Hugo Parra o reviver dos tempos de atleta

“A organização foi óptima, primando pela ausência de falhas”

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PESCA DESPORTIVA DE BARCO “ABITO” E “MELO” FORAM AS ESTRELAS DA PROVA DO ANIVERSÁRIO DO CNH

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tempo estava espetacular e a prova correu bem”. É assim que o Diretor da Secção de Pesca Desportiva de Barco do Clube Naval da Horta (CNH), Luís Carlos Rosa, descreve a forma como decorreu a Prova organizada por esta Secção no âmbito do Programa Comemorativo do 70º Aniversário do Clube, a qual foi realizada sábado, dia 16 de setembro. Questões de diversa ordem, entre as quais problemas de natureza técnica, impediram que mais embarcações participassem nesta competição, na qual todas as espécies do calendário eram pontuáveis. As embarcações “Abito” e “Melo” foram as estrelas da Prova e por pouco não houve um empate em termos de quantida-

de. A diferença no peso do pescado entre uma e outra foi de apenas 30 gramas. Luís Carlos Rosa salienta “a camaradagem e o bom espírito dos participantes”, tendo o convívio final contado com a presença de pescadores habituais.

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PESCA DESPORTIVA DE BARCO CAMPEONATO REGIONAL DE PESCA DE CORRICO COSTEIRO 2017

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oram 7 as embarcações participantes na Prova do Campeonato Regional de Pesca de Corrico Costeiro 2017, que decorreu na ilha do Faial entre as 18h30 de sexta-feira, dia 29, e a 1h30 da madrugada de sábado, dia 30 de Setembro. Esta competição regional foi organizada pela Associação Açoriana de Pesca Desportiva de Mar (AAPDM) e pelo Clube Naval da Horta (CNH), além de outros da Região. “A prova decorreu bem, foram conseguidas boas capturas e os pescadores estão satisfeitos”, sustenta o Director da Secção de Pesca Desportiva de Barco do CNH, Luís Carlos Rosa, que salienta: “Os objectivos foram cumpridos e nos lugares cimeiros temos vencedores com quantidades de pescado muito significativas. Agora resta esperar que sejam apurados os resultados em todas

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as ilhas participantes para sabermos se o Clube Naval da Horta conseguiu alcançar o pódio nesta Prova do Campeonato Regional de Pesca de Corrico Costeiro 2017”. Bicuda, bonito, cavala, dourado, encharéu, lírio, serra e wahoo, foram as espécies pontuáveis nesta competição regional. As classificações de cada ilha inscrita neste Campeonato Regional são enviadas para a AAPDM, em São Miguel, onde é feito o apuramento e divulgados os resultados. A Cerimónia de Entrega de Prémios do Campeonato Regional de Pesca de Corrico Costeiro 2017 terá lugar na ilha Terceira, em data a anunciar oportunamente. Luís Carlos Rosa avança que se prevê que seja no fim deste mês ou no início de Novembro.

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PESCA DESPORTIVA DE COSTA CARLOS MEDEIROS, DO CNH, GANHOU O 2º PRÉMIO NO TORNEIO AÇORIANO DE PESCA DESPORTIVA

José Silva, José Escobar, José Armando Silva e Carlos Medeiros foram os representantes do CNH no Torneio Açoriano de Pesca Desportiva, em São Miguel

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ram 49 pescadores e Carlos Medeiros, do Clube Naval da Horta, (CNH) trouxe o 2º prémio para o Faial. O evento, denominado Torneio Açoriano de Pesca Desportiva, teve como promotor e organizador o Clube Açoriano de Pesca Desportiva de Ponta Delgada, ilha de São Miguel, e decorreu nos dias 16 e 17 de setembro. Participaram pescadores do clube anfitrião, da Lagoa (Clube da Lagoa) e Porto Formoso, de São Miguel; do Faial (CNH e Clube Ilha Azul), de Santa Maria (“Os Cagarros”) e da Madeira (“Amigos da Madeira”), estes últimos uma estreia nesta competição.

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O número 1 do pódio foi Filipe Botelho, do Clube da Lagoa; o número 2 foi Carlos Medeiros, do CNH; e o 3º lugar foi ocupado por João Paulo, do Clube organizador. O melhor exemplar, um sargo com 1 quilo e 10 gramas, foi também capturado por João Paulo. O grupo da Secção de Pesca Desportiva de Costa do CNH era composto por Carlos Medeiros, José Silva, José Armando Silva e José Escobar, por terem sido os 4 mais bem classificados do Campeonato local. Questionado sobre a forma como decorreu o Torneio, o Director desta Secção, Carlos Medeiros, refere que “correu bem”. E sublinha: “A prestação do Clube Naval da Horta foi boa em todos os sentidos: quer nos resultados da pesca, quer no convívio”. Este Dirigente refere que esta foi a 37ª edição do Torneio Açoriano de Pesca Desportiva, recordan-

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CLUBE NAVAL DA H do que o CNH marca presença nesta competição desde o início ou muito próximo disso. Carlos Medeiros é participante nesta Prova há mais de 20 anos consecutivos e não esconde que a sua ambição é ficar em 1º lugar, já que é o único troféu que lhe falta no seu já longo palmarés. No que concerne a vencedores, este Dirigente lembra que “José Silva, do CNH, já ganhou este Torneio por duas vezes”. O convívio e a Entrega de Prémios constituiu uma festa, que teve como espaço o Restaurante “Pé na Areia”, na Praia do Pópulo. Dando continuidade ao intercâmbio que existe desde há décadas, o Clube Naval da Horta já recebeu o convite para estar presente no próximo ano, tendo, também, convidado o Clube Açoriano de Pesca Desportiva, de Ponta Delgada, para regressar na próxima Semana do Mar.

19º - Adelino Pedro

Classificação:

31º - João Furtado

1º - Filipe Botelho

32º - Arnaldo Freitas

2º - Carlos Medeiros

33º - Floriano Rodrigues

3º - João Paulo

34º - Vicente Nóbrega

4º - Ricardo Lopes

35º - Palma Rolim

5º - Eduardo Viveiros

36º - João Maria

6º - João França

37º - Marcelino Martins

7º - José Armando

38º - José Pimenta

8º - Ricardo Leite

39º - Pedro Remígio

9º - Carlos Barbosa

40º - Luís Viveiros

10º - Luís Inácio

41º - Roberto Cabral

11º - José Escobar

42º - Manuel Pereira

12º - Cláudio Botelho

43º - Paulo Basílio

13º - Roberto Ávila

44º - Rafael Botelho

14º - António Branco

45º - Domingos Botelho

15º - Paulo Silva

46º - Gil Rebelo

16º - Hernâni Carvalho

47º - Eduardo Sardinha

17º - Nuno Pinheiro

48º - Horácio Pires

18º - Daniel Ponte

49º - Luís Miranda

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20º - Rui Mestre 21º - Alberto Raposo 22º - José Pacheco 23º - José Silva 24º - Fernando Jorge 25º - João José Ferreira 26º - António Barbosa 27º - Arquimínio Faria 28º - José Escórcio 29º - Mário Freitas 30º - Hernâni Pereira

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PESCA DESPORTIVA DE COSTA PROVA DO 70º ANIVERSÁRIO DO CNH

Da esquerda para a direita: Carlos Medeiros, Moisés Sousa, José Alberto Goulart, Teles Neves e António Silva

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arlos Medeiros, José Alberto Goulart e António Silva, foram os vencedores da Prova de Aniversário do Clube Naval da Horta (CNH) promovida e organizada pela Secção de Pesca Desportiva de Costa do CNH, que se realizou entre as 8 e as 12 horas de domingo, dia 24 de setembro. A Prova contou com 5 pescadores e decorreu na Laginha. O maior exemplar, uma veja com 830 gramas, foi capturada por Moisés Sousa. Carlos Medeiros, Director da Secção de Pesca Desportiva de Costa do CNH, refere que “as condições estavam excelentes” e que “a Prova decorreu bem, num bom ambiente”.

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Como habitualmente, no fim houve o convívio entre todos os participantes, momento que é sempre de amena cavaqueira e que é parte integrante deste tipo de actividade desportiva. Nesta Prova mista, pontuaram todas as espécies do calendário. A Cerimónia de Entrega de Prémios – são distinguidos os 3 melhores pescadores assim como aquele que capturou o maior exemplar – acontecerá no próximo sábado, dia 30, no Pavilhão das Angústias, no decorrer do grande Jantar do 70º Aniversário do Clube Naval da Horta. Esta Prova de Aniversário do CNH encerrou a temporada para a Secção de Pesca Desportiva de Costa do CNH.

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MINI-VELEIROS REGATA DO 70º ANIVERSÁRIO DO CNH

Luís Alves, Néri Goulart, João Sequeira, Filipe Guerreiro, Mário Carlos, João Nunes e José Gonçalves brilharam com os seus Mini-Veleiros na Regata de Aniversário do CNH

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bom vento marcou a Regata de Mini-Veleiros, realizada na tarde de quarta-feira, dia 20 de setembro, destinada a assinalar os 70 Anos de vida do Clube Naval da Horta (CNH). Tendo como palco o espaço em frente à rampa de varagem, 7 participantes disputaram esta Prova, que conta para o Campeonato de Ilha do Faial 2017. Realizaram-se 6 Regatas sob o olhar atento de José António, que desempenhou as funções de Júri de Prova. João Nunes, elemento e ex-Director desta Secção, explica que se tratou de uma Prova “bastante competitiva” e que “foi marcada pelo regresso de um antigo praticante, Néri Goulart, que arrebatou a 1ª posição do pódio. O 2º lugar foi ocupado por João Nunes e o 3º por José Gonçalves.

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Este (sempre activo e prestável) antigo Dirigente realça que “todas as provas realizadas contam para o Campeonato de Ilha do Faial, pelo que não participar significa perder pontos”. A regularidade na competição é um factor bastante determinante com um peso decisivo nas contas finais. “É uma forma de incentivar e premiar a participação, o que é sinónimo de acumular pontos”, salienta João Nunes. Paralelamente à vertente competitiva – importante e parte integrante de qualquer desporto – está o companheirismo, a amizade e o fairplay, aspectos que caracterizam os praticantes de Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta. A prova disso é que todas as questões surgidas são resolvidas de forma amigável, sendo respeitadas as regras do jogo, mas sobressaindo a forte amizade que define estes hábeis velejadores.

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E porque as boas práticas são para manter e ser cimentadas, o convívio final na “70” – barraca do companheiro Mário Carlos – é tão sagrado como as contas que apuram os vencedores.

A Cerimónia de Entrega de Prémios terá lugar no decorrer do grande Jantar de Aniversário, que se realiza no dia 30 do corrente, no Pavilhão da freguesia das Angústias.


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VELA LIGEIRA REGATA DO 70º ANIVERSÁRIO CONTOU COM 32 ATLETAS DO FAIAL E PICO

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falta de vento fez com que a Regata de Vela Ligeira destinada a assinalar o 70º Aniversário do Clube Naval da Horta (CNH), tenha começado – este sábado, dia 23 – mais tarde do que o que estava previsto. “Mas depois do vento ter entrado, esteve um dia de Vela muito bom”, salienta o Treinador de Competição do CNH, Duarte Araújo. As Classes Laser 4.7 e Optimist realizaram 3 regatas ao passo que os velejadores da Classe

Hansa realizaram uma. Fazendo uma apreciação ao desempenho dos atletas, este Técnico afirma que “mostraram todos que estiveram de férias durante muito tempo, cometendo alguns erros, mas foram sempre melhorando”. No total, 32 velejadores participaram nesta Regata, incluindo 7 do Clube Naval da Madalena. De realçar que o CNH convidou os 3 clubes navais do Pico para esta Prova de Aniversário.

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Questionado sobre o cumprimento dos objectivos traçados, Duarte Araújo é peremptório: “Gostava de poder fazer mais regatas e mais largadas com um número superior de velejadores, mas temos de trabalhar com o que há”. Quanto à satisfação sentida, diz que gostou de ver com o que terá de trabalhar na próxima época. “Vivemos mais uma grande dia de Vela com um

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tempo excelente e uma organização espectacular”, frisou o Treinador da Classe Hansa do CNH, João Duarte. A Cerimónia da Entrega de Prémios está marcada para o dia 30 do corrente (próximo sábado), no decorrer do Jantar do 70º Aniversário do CNH, uma grande festa que reúne Atletas, Treinadores, Dirigentes, Sócios, Convidados e respectivas Famílias.

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WINDSURF CURSO DE INICIAÇÃO AO WINDSURF NO CNH

Curso de Iniciação ao Windsurf no CNH: “Formandos revelam entusiasmo, grande evolução e boa disposição”

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feedback tem sido bastante positivo, com registo de grande evolução, imperando a boa disposição e a camaradagem entre todos”. É este o balanço feito por Flávio Pereira, do Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do Clube Naval da Horta (CNH), ao Curso de Iniciação que arrancou no dia 24 de agosto último. São 4 os novos adeptos desta modalidade – com grande tradição no CNH – que frequentam esta formação, que tem como monitor Belchior Neves. Trata-se de uma iniciativa do Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do CNH e que, de acordo com Flávio Pereira, “a formação é um desejo desde que a Secção foi reaberta e particularmente deste Grupo de Trabalho”. O Curso de Iniciação, que termina no dia 10

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do corrente, comporta 8 aulas, com componente teórica e prática, tendo como cenário a Baía da Horta. Flávio Pereira enumera os conteúdos, que são: introdução aos conceitos básicos do Windsurf: orçar, arribar, rodar e cambar; introdução ao material: componentes, nomenclatura, características técnicas, como montar, desmontar e como afinar; introdução à escolha do tipo de material, consoante as condições do local da prática e nível de aprendizagem. Desenvolvimento da modalidade; introdução adequada a este desporto; aprendizagem gradual com base na prática; formação de novos praticantes; desenvolvimento da relação de camaradagem entre todos; angariação de novos Sócios para o Clube Naval da Horta; financiamento para aquisição de material para o CNH; prática de desporto saudável e relação entre os cidadãos e o mar, são os objectivos deste Curso de Iniciação ao Windsurf, desporto que teve como mentor na ilha do Faial, João Carlos Fraga, cidadão do mundo.

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WINDSURF PARTICIPANTES FAZEM BALANÇO À FORMA COMO DECORREU O CURSO DE INICIAÇÃO

Maria Castro: “Tínhamos muita vontade de aprender e o Belchior ensinou-nos bem. O Curso decorreu como eu esperava e posso dizer que foi muito bom”

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urante o Festival Náutico da Semana do Mar deste ano, a Secção de Windsurf do Clube Naval da Horta (CNH) organizou uma Demonstração da modalidade e eu participei e gostei. Foi essa aula que me fez despertar para o Windsurf e quando soube que ia haver este Curso de Iniciação, inscrevi-me”. É assim que Maria Castro, o único elemento feminino do Curso de Iniciação ao Windsurf, que decorreu de 24 de Agosto a 10 do corrente – por iniciativa do Grupo de

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Trabalho da Secção de Windsurf do CNH – explica o que a levou a enveredar por este desporto. Instada a fazer um balanço ao Curso, revela: “O facto de eu conhecer muita gente que já pratica Windsurf também funcionou como motivação. Aproveitei bem o Curso e deu para aprender. Decorreu como eu esperava e o grupo era bom, tendo evoluído muito. Confesso que no início era dificil aguentar-me em cima da prancha, mas com o decorrer das aulas, tudo foi melhorando e os desafios também foram aumentando, como é natural. Claro que o facto de eu já ter feito Vela Ligeira – durante cerca de 10 anos – também ajuda bastante, pois a parte teórica não é muito diferente nestes dois desportos. É preciso perce-

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CLUBE NAVAL DA H ber os ventos e pôr a prancha a andar, o que não é difícil depois de ter feito Vela. No entanto, o Windsurf exige muita força física de costas e braços. Tínhamos muita vontade de aprender e o Belchior ensinou-nos bem. O Curso foi feito com tranquilidade. Acho que este número de formandos – 4 – resulta bastante bem, pois todos temos oportunidade de tirar dúvidas, fazer os exercícios, etc. Evoluímos todos ao mesmo ritmo e a evolução de uns puxou a dos outros e isso também ajudou”.nível de aprendizagem. Desenvolvimento da modalidade; introdução adequada a este desporto; aprendizagem gradual com base na prática; formação de novos praticantes; desenvolvimento da relação de camaradagem entre todos; angariação de novos Sócios para o Clube Naval da Horta; financiamento para aquisição de material para o CNH; prática de desporto saudável e relação entre os cidadãos e o mar, são os objectivos deste Curso de Iniciação ao Windsurf, desporto que teve como mentor na ilha do Faial, João Carlos Fraga, cidadão do mundo. Dário Azevedo: “O Flávio Pereira foi o grande impulsionador deste curso. Apesar de ser um desporto individual, em grupo é sempre mais satisfatório” “A minha primeira experiência no Windsurf aconteceu no Inverno de 2016. Quando este Curso foi organizado, o Flávio Pereira convidou-me e eu aceitei participar. Posso dizer que o Curso foi muito bom, tendo mesmo superado as minhas expectativas. Já consigo virar e usar o arnês. O Belchior foi um bom Monitor e o Flávio ajudou bastante. Aliás, ele foi o grande impulsionador deste Curso. É de louvar a atitude dele, a sua disponibilidade para ajudar, lavar o material, etc. Tem sido muito prestável. Considero que a teoria é fácil para quem vem da Vela como eu, pois pratiquei Vela Ligeira durante alguns anos (Classes Optimist e 420). E em relação ao CNH, também faço parte da Secção de Pesca Desportiva de Barco desde há cerca de 4 anos. Mas voltando à Vela, as noções que aprendi facilitam agora em relação ao Windsurf. O próximo passo é adquirir material próprio, já que o que temos usado é do CNH e também

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dos elementos da Secção de Windsurf. O Flávio e o Belchior cederam-nos o seu material. É um investimento necessário para quem quer praticar a modalidade e que pode atingir os 1.500 euros (prancha, velas e arnês), se estivermos a falar de material em segunda mão. Este desporto é engraçado e acaba por ser um bom exercício completo (pernas, costas, braços). O objectivo final é levantar a prancha fora da água e conseguir planar, atingindo velocidade. Quando a prancha descola da água e se atinge velocidade é uma sensação inexplicável! Para quem tem experiência, quanto mais vento houver, melhor. Mas para nós, nesta fase inicial, 15/20 nós já é bom. O Belchior sabe muito e sabe ensinar Apesar de ser um desporto individual, em grupo é sempre mais satisfatório. Também proporciona convívio e posso afiançar que provoca muita sede e fome, o que permite ir ao bar retemperar forçar e convivermos uns com os outros. O Belchior sabe muito e sabe ensinar. É paciente. Este número de formandos também ajudou bastante ao sucesso do Curso, pois nós estávamos na prancha e ele no barco sempre a dar-nos dicas para corrigirmos, o que é muito importante. O Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do CNH está a fazer um excelente trabalho na dinamização desta Secção. Criticar é fácil, mas empenhar-se desta forma e trabalhar de borla como eles fazem, é louvável. O Flávio Pereira e o João Medeiros têm estado muito presentes, colaborando e disponibilizando-se para fazer sempre mais. O segredo agora é praticar e nesse sentido estou a pensar fazer o Curso de Aperfeiçoamento, que está previsto arrancar brevemente”. Nuno Fialho: “Aproveito esta oportunidade para dirigir um agradecimento ao Flávio, que foi o elemento que esteve sempre mais perto dos formandos. Penso agora investir em material próprio e avançar para o Curso de Aperfeiçoamento” “O Curso decorreu de forma excelente e foi bem organizado. O Flávio é um grande amigo. Ao início foi um bocadinho difícil em termos de equi-

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líbrio, mas como tinha algumas noções de Vela, tornou-se mais fácil. Tudo o que é orientação de vento, orçar, arribar, etc, é fácil. O equilíbrio era o mais difícil. Começámos com velas mais pequenas e no fim da formação já tínhamos velas mais pesadas, com um nível de aprendizagem mais exigente, já com o uso do arnês. O Windsurf depende muito das condições de vento e de mar. Utilizámos material do CNH e do Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do Clube. Penso agora investir em material próprio e avançar para o Curso de Aperfeiçoamento. O facto de termos sido só 4 formandos foi muito bom, pois permitiu que cada um andasse um determinado tempo observando o desempenho dos restantes e seguindo as instruções do Monitor.

Embora o Windsurf seja um desporto individual, a verdade é que no mar, em termos de segurança, é bom ter companhia. Aproveito esta oportunidade para dirigir um agradecimento ao Flávio, que foi o elemento que esteve sempre mais perto dos formandos e que fez a ligação com o Monitor e a Secção. Sem ele, não teria sido possível realizar o Curso nestes moldes. Eu tinha vontade de aprender e com o convite feito pelo Flávio, conjugou-se tudo de forma agradável. No ano passado fiz parte de uma equipa que participou no Triatlo organizado pelo Peter Café Sport. Fiz a parte do ciclismo, mas fiquei a pensar no Windsurf e quando surgiu esta oportunidade, agarrei-a”.

É bom aprender com quem sabe

Hedi Costa: “O Belchior é fixe e sabe muito. Consegui superar, em muito, as minhas expectativas!”

Inicialmente o Belchior deu uma grande ajuda a montar o material. Ele tem muitos conhecimentos de Windsurf e tentou transmiti-los da melhor forma. É bom aprender com quem sabe. Ele tirou todas as dúvidas que eu tinha. O grupo foi excelente e esta foi uma boa experiência.

“O Curso correu muito bem e consegui superar, em muito, as minhas expectativas. Pensei que se conseguisse perceber a parte básica já era bom, mas revelou-se muito fácil e ao 3º dia de aulas já tinha esta parte bem assimilada. O Belchior é fixe e sabe muito. Sem dúvida que o Flávio

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deu uma grande ajuda. Ele conseguiu perceber o que na nossa óptica precisávamos de fazer e esse contributo foi decisivo. Se não fosse a ajuda do Flávio não teria sido tão fácil de perceber e assimilar, pois o Belchior ia explicando como se faz e o Flávio ia complementando. Foi mesmo muito bom! Um grupo maior teria dificultado a aprendizagem. Com este número de formandos, foi possível formar duas equias, tornando-se espectacular. Já tenho orçamento para adquirir material próprio Estou a adorar esta experiência e o passo seguinte é adquirir material. Aliás, já tenho orçamento. Nos dias de Inverno, mais sombrios, visto o fato, pego na prancha e lá vou eu! Em relação ao Curso de Aperfeiçoamento não será para já, pois entendo que primeiro tenho de assimilar bem o que aprendi, praticando. Na minha opinião, o Aperfeiçoamento já exige um nível diferente. A partir de agora vou com os amigos, em grupo, batalhar. É mais engraçado ir com alguém que já tenha conhecimento. Isso sim, vai ser o meu aperfeiçoamento, para já. Estou ligado à Vela de Cruzeiro há 17 anos e desde há 10 que via gajos na doca a praticar Windsurf e a velocidade com que andavam, despertou-me interesse. E nessa altura tentei, mas como autodidacta, o que foi sinónimo de cometer erros atrás de erros. O Flávio não desiste das pessoas e nunca fecha a porta a quem quer aprender Com a entrada do Flávio na Secção de Windsurf do CNH e como somos amigos, tudo se tornou

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possível. Naturalmente que a Vela ajuda, embora o equipamento seja outro e cada desporto tenha as suas particularidades. Mas insisto que a Vela facilita bastante a aprendizagem do Windsurf. Se não fosse o Flávio, muito dificilmente punha os pés nesta arte. Ele emprestou o material, empenhou-se e ajudou muito. É um elemento muito válido, que colabora sempre. É também um amigo! Experimentei o Windsurf na Demonstração que a Secção fez no decorrer desta Semana do Mar e ele falou comigo nessa altura, a fim de saber se eu estaria interessado em fazer o Curso de Iniciação. O Flávio não desiste das pessoas e nunca fecha a porta a quem quer aprender. Depois de tudo isto, naturalmente que só posso recomendar a outros que estejam interessados, que apareçam! E disponibilizo-me para dar informações. O Flávio é impecável. Vai ao pormenor das coisas. Só posso agradecer a ele e ao Clube Naval da Horta. Este tipo de material que nos foi facultado é essencial nesta fase de aprendizagem. Sei que pertence ao Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do CNH – e que houve um grande empenho por parte do Jorge Fontes – a quem também agradeço. “O Curso teve 100% de êxito” O resultado do Curso de Iniciação ao Windsurf está à vista: teve 100% de êxito e a prova é que todos os formandos já estão à procura de material próprio. Até o arnês, um acessório que eu pensava só vir a usar daqui a algm tempo, foi utilizado logo na 3ª aula! Fui conseguindo alcançar um conjunto de pequenos pormenores que não integravam as minhas expectativas iniciais e que fizeram toda a diferença no resultado final. Realmente, este Curso foi muito, muito bom!”

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WINDSURF TREINO DOS VETERANOS ASSINALA ANIVERSÁRIO DO CNH

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uando temos pessoas que há mais de 30 anos não praticavam Windsurf e o voltaram a fazer (e muito bem!) passado todo esse tempo, só podemos afirmar que foi um verdadeiro sucesso!” É assim que Flávio Pereira, porta-voz do Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do Clube Naval da Horta (CNH), descreve o Treino dos Veteranos, que decorreu este sábado, dia 16, na Baía da Horta. O evento – integrado no Programa Comemorativo do 70º Aniversário do Clube Naval da Horta – apesar de ser especialmente dedicado aos veteranos, era aberto a todos os interessados, tendo contado com 12 participantes. Flávio Pereira sublinha que “o feedback foi muito positivo”. E prossegue: “Os veteranos agradeceram a iniciativa e desfrutaram bastante do momento. Tal como alguns referiram, “o bichinho” do Windsurf continua lá, e esse era um dos objectivos deste evento: relembrar o que os motivou

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em primeiro lugar”. O porta-voz do Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do CNH recorda que “a ideia deste evento surgiu no seio do próprio Grupo – de que fazem parte Jorge Fontes, Rute Matos e João Medeiros, além de Flávio Pereira – em reunião ocorrida para delinear o Plano de Actividades para 2017. Isso aconteceu no início deste ano, tendo a ideia partido da Rute. Quando recebemos o feedback e ouvimos frases como “há 34 anos que não praticava Windsurf”, naturalmente que só podemos ficar satisfeitos”. O tempo ajudou ao regresso dos Veteranos – como Armando Castro, António Luís, João Sequeira, Paulo Gonçalves, António João, Francisco Rosa e outros – pois estava sol (ao contrário do que anunciou a previsão) e vento moderado, “bom para este tipo de evento”. Instado a pronunciar-se sobre a condição física do pessoal, Flávio responde assim: “Dependendo do tipo de material utilizado e das condições

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Quem sabe, nunca esquece!, demonstrou Armando Castro

O “bichinho” do Windsurf está vivo nos Veteranos, testemunha António Luís


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de vento, o Windsurf pode ser um desporto bastante exigente fisicamente, pelo que esperávamos algumas dificuldades a esse nível. No entanto, foi uma agradável surpresa a resistência física e a técnica apurada aplicada por todos os veteranos presentes”. A tradição manteve-se e no fim registou-se “um agradável convívio entre todos”: antigas e ac-

tuais glórias. Apesar de todos terem sido vencedores deste Treino dos Veteranos, a verdade é que os Windsurfistas irão receber uma lembrança de participação, que será entregue no decorrer do grande Jantar de Aniversário do Clube Naval da Horta, que se realiza no próximo dia 30, para o qual todos os participantes estão convidados.

A resistência física e a técnica apurada aplicada mostra que os Veteranos estão em forma. Que o diga João Sequeira

Paulo Gonçalves recordou como é bom fazer Windsurf

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FEIRA DO DESPORTO CNH PARTICIPA NA FEIRA A FIM DE DIVULGAR AS SUAS ACTIVIDADES E CAPTAR NOVOS ATLETAS

O CNH tem feito da Vela uma grande aposta em termos de captação de novos atletas

C

om o intutito de promover as actividades que dinamiza e cativar novos adeptos para as diferentes modalidades que proporciona, o Clube Naval da Horta (CNH) vai, uma vez mais, marcar presença na Feira do Desporto, que se realiza nos próximos dias 13 e 14 do corrente, na Horta. Trata-se de uma iniciativa do Serviço do Desporto da Ilha do Faial, sendo esta a 4ª edição da Feira, iniciativa que pretende pôr toda a gente a falar de desporto e, se possível, a praticar. No dia 13 (quarta-feira) a Feira do Desporto decorrerá na Escola Básica Integrada António José de Ávila e, no dia seguinte, na Escola Secundária Manuel de Arriaga. Estes dias foram estrategicamente escolhidos por serem coincidentes com a abertura do ano lectivo 2017/2018 nestes dois estabelecimentos de ensino. Olga Marques, Vice-Presidente do CNH, explica

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que, “uma vez que os pais, por norma, acompanham os filhos no 1º dia de aulas, esta constitui uma oportunidade para os mesmos ficarem inteirados sobre a oferta desportiva de que dispõe o Clube Naval da Horta. A partir daí, poderá ser feita uma opção pela modalidade que mais se ajustar ou for do agrado dos novos adeptos. No caso da Escola Básica Integrada António José de Ávila (5º e 6º anos) as modalidades mais indicadas para estas faixas etárias são a Vela, a Natação e a Canoagem, embora nenhuma das outras esteja vedada. Já no caso da Secundária, e por se tratar de adolescentes e jovens, a promoção será mais direccionada para a Apneia, o Windsurf e também a Canoagem”. A propósito desta Feira do Desporto, Olga Marques salienta que “estamos perante mais uma oportunidade para o CNH divulgar as suas actividades junto deste público-alvo, muito importante, por se tratar de camadas jovens, que são o futuro de qualquer área, neste caso a desportiva na vertente náutica”. E prossegue: “Esta iniciativa do Serviço de Desporto da Ilha do Faial é vis-

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Olga Marques: “As camadas jovens são o futuro de qualquer área, neste caso a desportiva na vertente náutica”

ta com muito bons olhos, devendo ser encarada como uma chamada de atenção para a prática do desporto, cada vez mais necessário”. Como todos nós sabemos, o desporto é o segredo para uma vida activa e saudável. A prática desportiva é importante não só do ponto de vista físico como, também, mental. Mente sã em corpo são é um ditado muito antigo, cada vez mais actual, numa época em que o sedentarismo impera num quadro de vida muito dominado pelo cumprimento de horários e grandes responsabilidades. Como complemento a estas vertentes, o desporto, nas suas diferentes modalidades, constitui uma Escola de Cidadania, onde o respeito e a partilha contribuem para a formação cívica do desportista enquanto mem-

bro de uma sociedade plural. Atendendo a todos estes factores, enveredar por um desporto que, além de nos proporcionar bem estar físico e psíquico, acrescenta qualidade à nossa vida, permitindo um crescimento harmonioso, dentro de um salutar espírito de convívio e camaradagem, só pode ser a aposta certa. O CNH disponibiliza-se para prestar o aconselhamento necessário por forma a que todos os interessados possam sentir-se plenamente satisfeitos com as opções tomadas. Praticar desporto é a garantia de que as camadas jovens apostam no seu futuro, abraçando um mar de oportunidades e embarcando rumo ao conhecimento e aventura.

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FEIRA DO DESPORTO VÁRIAS DEZENAS DE ALUNOS INSCREVERAM-SE PARA PARTICIPAR NO “OPEN DAY”

Orlanda Moniz | CNH 2017

No seguimento da Feira do Desporto várias dezenas de alunos inscreveram-se para participar no “Open Day” organizado pelo Clube Naval da Horta

“A

lguns alunos já conheciam e outros revelaram curiosidade em saber mais sobre o leque de modalidades que o Clube Naval da Horta (CNH) proporciona no âmbito dos desportos náuticos”. É este o balanço feito por Orlanda Moniz, funcionária do CNH que fez a apresentação das propostas do Clube na Feira do Desporto, que se realizou nos dias 13 e 14, na Horta. O objectivo do CNH era promover as actividades que dinamiza e cativar novos adeptos para as diferentes modalidades que proporciona, o que foi plenamente conseguido, tendo os resultados alcançados sido “muito satisfatórios”. A Feira do Desporto foi uma iniciativa do Serviço do Desporto da Ilha do Faial, tendo esta sido a 4ª edição do evento, destinado à promoção da actividade física, mediante a prática de um desporto. Orlanda Moniz salienta “a grande adesão” registada na Escola Básica Integrada António José de Ávila – superior à Escola Secundária Manuel de Arriaga – onde “pais e filhos apreciaram grandemente” a oferta possibilitada pelo CNH, que promoveu a sua acção mostrando vídeos da actividade levada a cabo, oferecendo folhetos

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infomativos e disponibilizando um Optimist, que pôde ser visto ao pormenor por todos. A este propósito, o professor Paulo Gonçalves deu uma pequena aula sobre esta embarcação, explicando a sua funcionalidade e componentes (mastro, vela, patilhão, palamenta, etc), “o que suscitou grande interesse”. Nesta campanha de promoção e divulgação, o Clube Naval da Horta apostou fortemente nas modalidades da Vela, Canoagem, Natação e Windsurf, tendo sido oferecido um “Open Day”. Na prática, significa que os inscritos terão a oportunidade de experimentar, gratuitamente durante um dia, a modalidade escolhida. A aula referente ao “Open Day” será organizada pelo respectivo Treinador, sendo os inscritos informados sobre a data de realização da mesma. Temporalmente, a Feira do Desporto coincidiu estrategicamente com a abertura do ano lectivo 2017/2018 nestes dois estabelecimentos de ensino. Os Treinadores Sílvia Mendonça, David Castro e Joana Leonardo também marcaram presença na Feira do Desporto, que contou com uma “recepção muito boa” na Escola Básica Integrada António José de Ávila, tendo sido, sem dúvida, “uma excelente oportunidade” de divulgação do muito que o CNH faz e pode oferecer em prol da formação das camadas jovens, um investimento seguro e saudável no futuro de qualquer um, garantindo uma ocupação benéfica para corpo e mente.

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RUI TERRA, ANTIGO VELEJADOR DO CNH, É O NOVO CAPITÃO DO PORTO DE CASCAIS

O

novo Capitão do Porto de Cascais e Comandante Local da Polícia Marítima é faialense e chama-se Rui Filipe da Silva Pereira da Terra. A tomada de posse do Capitão-tenente está marcada para esta segunda-feira, dia 18. O Comandante Pereira da Terra irá comandar uma equipa composta por 39 profissionais, entre militares, polícias marítimos e civis. Esta Capitania, pela sua localização estratégica, contribui activamente para a segurança, auxílio e socorro em 4 concelhos, nomeadamente, Torres Vedras, Mafra, Sintra e Cascais, perfazendo no total 70 kms de domínio público marítimo, que se estendem desde a Foz do Rio Sisandro até ao Forte de São Julião da Barra.

(CNH), Rui Terra foi, durante vários anos, atleta do CNH, tendo-se distinguido na Vela Ligeira. Ao longo do seu percurso como velejador, Rui recebeu dezenas de taças, tendo, aos 12 anos de idade, sido distinguido pela sua boa prestação numa das muitas regatas que realizou em representação do seu Clube e da Federação Portuguesa de Vela (FPV). Aos 15 anos, após a saída da Classe Optimist, realizou, através do CNH, o Curso de Monitores de Vela e de Júris de Regatas, funções que desempenhou até concorrer à Escola Naval. Já no início de 2000, o Clube Naval da Horta prestou-lhe e ao irmão Pedro – também ele fruto de uma excelente Escola de Vela – um reconhecimento pelo nível alcançado nas regatas à vela, com a atribuição do nome “Terrinha” a uma das suas embarcações de apoio a regatas. Itinerário na Vela - Participação em cerca de 100 Campeonatos de Vela (Regionais, Nacionais e Internacionais), em diversas Classes (Optimist, Vaurien, 420 e

Velajador do CNH Nascido (23 de Novembro de 1978) e criado na cidade da Horta, ilha do Faial, filho de Leodina Maria da Silva Pereira (rebaptizada como Dina, ex-funcionária da Câmara Municipal da Horta) e de José André Ferreira da Terra (também ele antigo atleta do Clube Naval da Horta

Rui Terra foi um atleta do Clube Naval da Horta que se distinguiu na Vela Ligeira

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RTA las Militares, em Brest, França, em representação da Escola Naval Portuguesa, em embarcações do tipo “Surprise” (skipper), em Junho de 2000. –­ Participação no Campeonato de Vela de Escolas Militares, em Livorno, Itália, em representação da Escola Naval Portuguesa, em embarcações do tipo “Jeanneu 24” (skipper), em Junho de 2002. –­ Participação em cerca de 30 regatas, em embarcação do tipo “Beneteau 25” (skipper), no Rio Tejo e Baía de Cascais, de Setembro de 1999 a Janeiro de 2003.

Rui Terra recebendo a taça de 1º classificado (uma das muitas que ganhou) das mãos de Renato Leal, na altura Presidente da Câmara Municipal da Horta

Laser), de 1989 a 1997, federado pelo Clube Naval da Horta. –­ Participação em várias actividades de veleiros (skipper ou tripulante), tais como: • 5 Regatas Horta - Velas - Horta • 5 Regatas Horta - São Roque do Pico - Horta • 1 Atlantis Cup (Ponta Delgada - Angra do Heroísmo - Horta) • 1 Regata Horta - Santa Cruz da Graciosa Horta • Várias regatas no âmbito da Semana do Mar – na cidade da Horta, como skipper e como tripulante, entre as quais uma Regata de Solitários. –­ Frequência do Curso de Monitores de Vela - Federação Portuguesa de Vela, em 1996. ­ – Frequência do Curso de Júris de Regata - Federação Portuguesa de Vela, em 1996.

–­ Participação na regata/desafio Sprint do Clube Naval da Horta, percursos Horta-Madalena-Horta, na Classe Laser Radial, com obtenção de recorde de tempo da prova nesta Classe, em Agosto de 2013. –­ Participação na Regata de “Aniversário do CNOCA”, em cruzeiros (ANC D), em Outubro de 2015 (skipper). –­ Participação na Regata “Torneio da Marinha”, em Snipe, em Julho de 2017 (skipper). –­ Efectuadas cerca de 9999 horas de navegação, tendo sido 2.560 horas à vela, de Janeiro de 2003 a Agosto de 2016. –­ Percorridas 66061 milhas náuticas, tendo sido 12584 milhas à vela, de Janeiro de 2003 a Abril de 2017.

–­ Participação em 5 Campeonatos de Vela (Locais e Nacionais), em diversas Classes (Vaurien e Topper), federado pelo Clube Náutico dos Oficiais e Cadetes da Armada, de Setembro de 1997 a Junho de 2002. –­ Participação em cerca de 20 regatas a bordo do N.R.P.”Vega” (tripulante), no Rio Tejo e Baía de Cascais, de Setembro de 1997 a Janeiro de 2000. ­– Participação no Campeonato de Vela de Esco-

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Rui Terra com os companheiros de Vela, onde se inclui o irmão Pedro

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Aluno de boas notas O percurso de vida de Rui Terra foi acompanhado e orientado pela tia e avó paternas, Délia e Inês Terra, que muito se reveêm nos sucessos alcançados por ele, tendo em conta que foram as responsáveis pelo seu crescimento e desenvolvimento pessoal. Na Secundária da Horta, Rui Terra destacou-se por ser um bom aluno e aplicado, tendo terminado o 12º ano com uma média de 16 valores. Não é, pois, de admirar que ao concorrer para a Marinha tenha conseguido vingar num universo superior a 1000 candidatos, para 50 vagas disponíveis.

O brilhantismo alcançado na Vela levou o CNH a atribuir o nome de “Terrinha” a uma das suas embarcações

que lhe merece “o maior respeito e consideração pessoal”. Este faialense é casado com a médica da Marinha, Diana Catarina Fernandes da Terra, e tem dois filhos: o Rodrigo e a Maria. Percurso de vida

Além de excelente velejador, Rui Terra também era um bom aluno

É conhecida a ligação entre os irmãos Terra – Nuna, Rui e Pedro – e a amizade que os unia e que assim permanece até hoje. Rui Terra mantém ligações com o Faial – onde esteve este Verão – visitando família e amigos. O contacto com o Clube Naval da Horta continua a ser uma realidade, o que aconteceu durante o Festival Náutico deste ano, assumindo-se como “um permanente amigo pessoal do CNH”, instituição que o viu nascer e crescer para o mar e

Rui Terra ingressou na Escola Naval como cadete do Curso “Magalhães Correia”, a 17 de Outubro de 1997, na classe de Marinha. Como Aspirante-a-Oficial, realizou o seu estágio de embarque a bordo do N.R.P. “Cacine” e, posteriormente, no N.R.P. “Sagres”, onde veio a desempenhar as funções de Adjunto do Chefe de Serviço de Navegação; Adjunto do Oficial Imediato para o Protocolo e Relações Públicas e Chefe de Serviço de Eletrotecnia. A 1 de Outubro de 2003 foi promovido ao posto de Guarda-Marinha e a 9 de Setembro de 2005 assumiu as funções de Comandante do N.R.P.”Rio Minho”, que exerceu até Julho de 2007. De Julho de 2007 a Setembro de 2010 prestou serviço na Escola Naval, onde foi Comandante de Companhia de diversos Cursos Tradicionais: CFOST, CFBO e CFCO, cumulativamente com as funções de Oficial Imediato do N.R.P. “Vega” e do Veleiro “BLAUS VII”. Concluiu o Curso de Especialização em Comunicações em Maio de 2011. A 17 de Junho de 2011 assumiu as funções de Comandante do N.R.P. ”Cuanza”, tendo acu-

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Rui Terra no Sprint Horta-Madalena-Horta, do CNH, em que obteve o recorde, em 2013

mulado com as funções de Oficial, exercendo o cargo de Comandante do N.R.P. “Zaire” desde 27 de Novembro de 2012 até 27 de Agosto de 2013. Concluiu o Curso de Promoção a Oficial Superior - Marinha, em Junho de 2014. A 1 de Outubro de 2015 foi promovido ao actual posto de Capitão-tenente. Prestou serviço na Flotilha, desde Junho de 2014 como Chefe do Serviço de Pessoal, que acumulou com as funções de Chefe do Serviço de Comunicações e Sistemas de Informação e Oficial de Segurança da Unidade, tendo transitado para o Comando Naval em Janeiro de 2016, com o objectivo de chefiar a Secção de Logística do Pessoal.

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O próximo passo na sua carreira é o de Capitão do Porto de Cascais e Comandante Local da Polícia Marítima, decorrendo a tomada de posse no dia 18 do corrente. Da sua folha de serviços constam vários louvores, medalhas e distintivos. O CNH congratula-se com o percurso trilhado e o sucesso alcançado por este seu antigo e premiado atleta, desejando-lhe as maiores venturas pessoais e profissionais. Fotografias cedidas por: Rui Terra

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FAIALENSE RUI TERRA TOMOU POSSE COMO CAPITÃO DO PORTO DE CASCAIS E COMANDANTE LOCAL DA PM

“Tenho um imenso gosto e consideração por todas as actividades náuticas e em especial pela prática da Vela”

“C

orresponder às necessidades dos cidadãos e assegurar a sua segurança no domínio público hídrico, nestes municípios tradicionalmente voltados para o mar, assim como garantir as inúmeras competências que hoje me são conferidas por Lei, motivam-me fortemente para o grande desafio que perante vós assumo”. Palavras proferidas pelo Capitão-tenente, Rui Filipe da Silva Pereira da Terra, na tomada de posse como Capitão do Porto de Cascais e Comandante Local da Polícia Marítima (PM), cerimónia que decorreu na manhã desta terça-feira, dia 18, na Capitania de Cascais. No seu discurso, o Comandante Pereira da Terra sublinhou que estes cargos “o realizam muito tanto profissional como pessoalmente”, acrescentando que, sendo natural da Ilha do Faial, nos Açores, da sua vivência pessoal retém “um imenso gosto e consideração por todas as actividades náuticas e em especial pela prática da Vela”, tendo-se iniciado no Clube Naval da Horta (CNH).

“Podem contar com a minha total dedicação e empenho” “Da minha experiência profissional, considero que o comando de dois navios da Marinha Portuguesa, sempre com responsabilidades atribuídas no âmbito da fiscalização, na patrulha marítima e na busca e salvamento, bem como posteriormente, a experiência adquirida no sector das Operações Militares Navais, em especial na área dos Recursos Humanos, me subsidiam na sensibilidade e adequação que entendo necessárias ao cumprimento da exigente missão

“Corresponder às necessidades dos cidadãos e assegurar a sua segurança no domínio público hídrico, motivam-me fortemente para o grande desafio que assumo”

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que agora inicio”, sustentou o novo Capitão do Porto de Cascais, garantindo: “Gostaria de vos transmitir que podem contar com a minha total dedicação e empenho, imbuído de um forte espírito marinheiro, para trabalhar nas melhores soluções para os cidadãos desta comunidade, que, a partir de agora, passarei a sentir também como a minha comunidade. A intensa e excelente cooperação que se vive entre as diversas entidades aqui representadas e outras demais, é fruto do excelente trabalho que tem vindo a ser desenvolvido. Todos sabemos que é fundamental para assegurar o sucesso das acções necessárias no âmbito do domínio público marítimo e da protecção civil. Assim, gostaria, desde já, de manifestar a minha total disponibilidade para, numa postura aberta e construtiva, continuarmos a salvaguardar os superiores interesses das populações e do estado, nestes cerca de 70 kms de domínio público marítimo, que se estendem desde a Foz do Rio Sisandro até ao Forte de São Julião da Barra. Esta Capitania e Comando Local da PM, pela sua localização estratégica, contribuem activamente para a segurança, auxílio e socorro em 4 concelhos, nomeadamente, Torres Vedras, Mafra, Sintra e Cascais. Isto resulta da aplicação da letra da lei, vigente nos 3 Planos de Ordenamento da Orla Costeira, no assegurar da navegação em segurança nos Esquemas de Separação de Tráfego e em toda a orla costeira adjacente, e ainda, na gestão permanente dos 2 importantes fundeadouros para navios mercantes existentes na Baía de Cascais”. Em termos balneares, esta Capitania supervisiona em permanência 37 praias de banhos, o que representa em média mais de 5 kms de areal

“Gostaria de manifestar a minha total disponibilidade para continuarmos a salvaguardar os superiores interesses das populações e do estado”

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“Podem contar comigo. Eu conto convosco”

balnear, onde se encontram implantadas 55 concessões, 70 escolas de surf e em vigor 14 planos integrados de salvamento e onde são licenciados vários eventos diariamente. Isto resulta do trabalho de uma equipa profissional de 39 pessoas (militares, polícias marítimos, tripulantes das estações salva-vidas e civis), 32 deles desempenhando funções directamente ligadas aos cidadãos. Onde se deve ler, “em terra e no mar”, e sempre disponíveis 24h/dia. “De mim, podem esperar profissionalismo, responsabilidade e disciplina” Dirigindo-se àqueles que irão trabalhar directamente consigo, o Comandante Pereira da Terra, disse: “Acredito que a representação local da Autoridade Marítima não se resume apenas à figura do Capitão do Porto e Comandante Local da PM. Pretendo formar convosco uma equipa profissional, empenhada, coesa e motivada, em que, no seu conjunto, o todo seja sempre maior do que a mera soma das partes. De mim, podem esperar profissionalismo, responsabilidade e disciplina, valores que associo à isenção, transparência, honestidade e lealdade. Podem contar comigo. Eu conto convosco”. Prosseguindo na sua intervenção, o agora empossado expressou o seu “profundo e sincero agradecimento ao Sr. Cte. Fontes Domingues, pela forma clara e dedicada como planeou e se empenhou na passagem do serviço”. E salientou: “A apresentação às várias entidades com as quais terei o privilégio de me relacionar e a partilha do seu conhecimento acumulado constituem, sem dúvida, uma mais-valia para enfrentar os desafios que se avizinham. Tem o meu maior respeito e consideração. Desejo-lhe os melhores sucessos pessoais e profissionais na sua próxima singradura”.

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A médica Diana Terra, esposa de Rui Terra, foi um suporte para o marido em todo este percurso

Reconhecimento à Família e Amigos As últimas palavras deste discurso foram dirigidas à Família e Amigos: “Por último, mas não menos importante, queria deixar uma palavra de reconhecimento à minha família e amigos, alguns deles aqui presentes. Sou-vos grato pelo vosso apoio incondicional e permanente. Em particular à minha esposa Diana e aos meus filhos Rodrigo e Maria, pela vossa compreensão e carinho, em

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Renato Leal, antigo Presidente da Câmara Municipal da Horta, foi um dos Amigos que esteve presente nesta Cerimónia e ambos reviveram bons momentos

especial nos dias em que, em prol de outros, não me foi possível acompanhar-vos. Porque este é um momento especial, queria homenagear a pessoa que me criou e me acompanhou desde sempre, a minha tia Délia, que hoje se encontra aqui connosco, com um singelo, mas reconhecido obrigado! Sem dúvida que esta nova conquista também vos pertence e sei o quanto vos orgulha. Farei o meu melhor!” Délia Terra fez questão de acompanhar o sobrinho neste momento tão importante da sua carreira

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“WALKIRIA” VIAJOU ATÉ SANTO AMARO, NO PICO, REBOCANDO SALVA-VIDAS, DE ONDE SERÃO RETIRADOS OS MOTORES PARA A “ESPALAMACA”

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emblemática lancha “Walkiria”, que está cedida ao Clube Naval da Horta (CNH) fez, esta sexta-feira, dia 15, uma viagem até Santo Amaro, no Pico, rebocando o salva-vidas “Sota Patrão António Crista”. O objectivo será aproveitar equipamento diverso bem como os motores do salva-vidas para dar nova vida à velhinha lancha “Espalamaca”. A bordo da “Walkiria” seguiram o mestre, Vítor Mota; e os tripulantes Luís Alves e José Macedo, do CNH, bem como Herberto Faria e Eduardo Sarmento da Associação “Amigos do Canal”. No salva-vidas embarcaram o Capitão do Porto da Horta, Rafael Silva; 3 elementos do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) e 2 Troços do Mar. De acordo com informações prestadas por José Macedo, a saída da Horta aconteceu cerca das 9 horas da manhã, tendo demorado perto de 4 horas até Santo Amaro, na ilha do Pico. Uma vez chegados ao destino, os marinheiros foram convidados para o beberete-convívio realizado

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junto à “Espalamaca”, como atesta a fotografia. O regresso ao Faial aconteceu na tarde do mesmo dia e levou 2 horas. Recorde-se que a 6 de Abril deste ano era noticiado que o Governo Regional dos Açores tinha dado luz verde à Associação “Amigos do Canal” para avançar com a motorização da lancha “Espalamaca”, não assumindo compromissos financeiros. A histórica embarcação, que desempenhou papel central nas ligações marítimas entre as Ilhas do Triângulo – Faial/Pico/São Jorge – está em Santo Amaro do Pico a ser recuperada. Na altura, foi dito que a referida Associação esperava estabelecer antes do Verão um protocolo que pudesse garantir a motorização da lancha. A valorização do património marítimo das ilhas do Faial e do Pico é um dos principais objectivos desta Associação, que quer que a lancha “Espalamaca” volte a navegar.

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PLANO NACIONAL DE ÉTICA NO DESPORTO DEIXA CONSELHOS VISANDO POSTURAS CORRECTAS POR PARTE DE PAIS, ATLETAS E INSTITUIÇÕES

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Director-Geral da Federação Portuguesa de Vela (FPV), Rui Santos, remeteu ao Clube Naval da Horta (CNH) 3 recursos que o Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED) disponibiliza, dois deles (Flyer Ética Pais; Compromisso Pais-Praticantes) com vista a promover um saudável relacionamento e uma postura correcta por parte dos pais de atletas e um outro (Texto para eventos desportivos) com o intuito de comprometer vários agentes desportivos para com a ética nos diversos eventos desportivos, através da leitura de um “juramento”. Uma vez que o objectivo é divulgar estas mensagens e conselhos, o Gabinete de Imprensa do CNH partilha os mesmos com todos os interessados. O papel do speaker nos eventos desportivos revela-se de enorme importância, tanto a título informativo como formativo. As suas intervenções são um veículo precioso na transmissão de uma mensagem positiva e pedagógica, referente aos valores que caracterizam o “espírito desportivo”.

O Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED) sugere o seguinte texto que poderá ser lido durante um evento: Todos os intervenientes da actividade desportiva: atletas, treinadores, dirigentes e adeptos deverão assumir comportamentos e gestos positivos que promovam os valores no desporto tais como a verdade, a ajuda, a tolerância, o respeito pelas regras, o respeito pelo outro, o fairplay, o saber estar e saber aceitar o resultado. Se todos jogarmos com estes valores, o desporto e todos nós ficaremos a ganhar! Juramento pela Ética Desportiva (A ser lido por um atleta no início da Prova) Em nome de todos os participantes neste evento, juro que nele tomaremos parte com um verdadeiro espírito desportivo, respeitando os valores éticos e as regras que o regem, em busca da excelência, guiados pela amizade e pelos valores do espírito desportivo.

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Juramento dos Árbitros e Juízes (Para ser lido por um Juiz ou árbitro)

Compromisso dos Pais (Para ser lido por um pai/uma mãe)

Em nome dos Árbitros e dos outros Agentes da Arbitragem, prometo que cumpriremos, fiel e pontualmente, com total lealdade, isenção e imparcialidade, as nossas funções durante os Jogos de (modalidade do jogo), respeitando e fazendo respeitar os Regulamentos e regras que os regem e zelando pela existência e aplicação de todas as boas práticas da Ética Desportiva, em ordem a que os Jogos reforcem os valores da solidariedade, amizade, espírito de equipa e respeito pelas regras.

Em nome de todos os Encarregados de Educação, prometo que tomaremos parte neste evento desportivo, com um verdadeiro espírito desportivo, sendo educados, respeitando os valores éticos e pautando-nos por uma atitude de fairplay.

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60 ANOS DO VULCÃO DOS CAPELINHOS: CNH ASSOCIA-SE AO PROGRAMA COMEMORATIVO

O Vulcão constituiu um espectáculo que atraia multidões

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az esta quarta-feira, dia 27, 60 Anos que rebentou o Vulcão dos Capelinhos. Para assinalar a data, foi organizado um Programa Comemorativo ao qual o Clube Naval da Horta (CNH) se associa como parceiro. 27 de Setembro de 2017: 09h30 - Inauguração da exposição “Vulcão dos Capelinhos - 60 Anos de História”.

com entradas e visitas guiadas gratuitas. Local: Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos 16h30 - Descerramento da placa em homenagem aos últimos faroleiros do farol dos Capelinhos. Local: Farol dos Capelinhos 17h30 - Sessão Solene Comemorativa dos 60 Anos do Vulcão dos Capelinhos.

Local: Aeroporto da Horta

Local: Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos

10h00 - Abertura do Centro de Interpretação

18h15 - Emissão Especial da RTP/Açores - “60

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Anos do Vulcão dos Capelinhos” Local: Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos 18h30 - Missa Solene em homenagem aos capelenses. Local: Igreja do Capelo

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21h00 (hora de Lisboa) - Comemorações na Casa dos Açores em Lisboa no âmbito do 20º Aniversário da Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta, com a abordagem ao tema “Memória e História do Vulcão” Local: Casa dos Açores em Lisboa 22h00 - Emissão na RTP/Açores do filme “Capelinhos 60 anos depois”, da autoria de Paulo Henrique Silva

20h00 - Noticiário RTP/Açores em directo

30 de Setembro:

Local: Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos

16h00 - Emissão na RTP/Açores do programa “Atlântida” realizado no Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos

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70º ANIVERSÁRIO DO CNH CARLOS MEDEIROS, MENSAGEM DO DIRECTOR DA SECÇÃO DE PESCA DESPORTIVA DE COSTA

“A prenda ideal de Aniversário seria o anúncio da nova sede”

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Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta (CNH) convidou os Directores das várias Secções a redigirem uma mensagem alusiva ao 70º Aniversário do Clube, que ocorre a 26 do corrente. Como tal, foi organizado um vasto programa de actividades, que decorre ao longo deste mês de Setembro e que termina com o jantar-convívio, marcado para o dia 30. O primeiro a falar sobre esta marcante data, foi o Director da Secção de Pesca Desportiva de Costa, Carlos Medeiros. “No CNH, faz-se muito com pouco” O Clube Naval Horta é uma instituição de grande importância para o Faial e para os Açores, possibilitando e promovendo a prática desportiva em diferentes modalidades. Sem dúvida que é uma mais-valia para a ilha e para a Região. E a sua projecção estende-se a nível nacional e internacional. Basta recordar o historial que o CNH tem no que toca à recepção de regatas in-

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ternacionais e que para 2018 estão agendadas mais duas. Nesta casa, onde o desporto náutico é a tónica dominante, são bem-vindos os adeptos de todas as faixas etárias. A formação que é proporcionada tem dado excelentes frutos. Aliás, os resultados estão à vista de todos. Sem formação não há glórias e o atleta de topo Rui Silveira é bem a prova da qualidade de base do CNH. Na Secção que represento – a Pesca Desportiva de Costa – não há formação, pois todos os adeptos da pesca já são encartados, predominando a experiência acumulada, que é sempre reforçada em cada prova e participação. Na Pesca, impera o gosto, o convívio e a camaradagem. Conhecendo as dificuldades que o Clube atravessa, causadas pela falta de apoios e patrocínios, é de realçar a grande ajuda avançada pela Câmara Municipal da Horta. Mas mesmo neste quadro de dificuldades e redução de apoios, o CNH tem visto aumentar a prática desportiva, acompanhada de um crescente esforço e empenho. E é este espírito de fazer sempre mais que nos deve nortear, pois temos de valorizar o que é

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nosso. Nesse sentido, posso dizer que o Campeonato de Pesca Desportiva de Costa decorreu bem. Foi uma boa época e só lamento não haver mais pescadores inscritos no CNH. Foi importante convidar clubes de fora da ilha para participar nas provas da Semana do Mar e uma das ideias que tenho para dinamizar esta Secção é precisamente o de conseguir alargar o leque de clubes convidados. Estes intercâmbios são bons para nós e para quem nos visita. Permitem outro entusiasmo, geram uma competição mais qualitativa, funcionam como incentivo para melhorarmos e evoluirmos, além de que convivemos, fazemos novas amizades e conhecemos outras realidades. “Infelizmente, a maioria das pessoas não conhece o trabalho desta instituição” Considero que a prenda ideal do 70º Aniversário do Clube Naval da Horta seria, finalmente, receber a notícia de que a construção da nova sede ia avançar. O material encontra-se guardado por aqui e por ali em espaços cedidos com muito boa vontade, mas que representam apenas soluções temporárias. Não é possível haver organização continuada neste contextode constante mobilidade e instabilidade. Faz-se muito com pouco. Em termos de reconhecimento por parte da sociedade faialense, devo dizer que, infelizmente, a maioria das pessoas não conhece – e consequentemente não reconhece – o trabalho desta instituição. Só quem, de alguma forma, está integrado nesta equipa, é que se apercebe da dinâmica do Clube Naval da Horta. E uma boa integração começa precisamente pela inscrição como Sócio. Um associado pagante, que vem às reuniões e que se interessa pelo pulsar do Clube, rapidamente ficar a saber o que é, de facto, o CNH, valorizando a vasta actividade levada a cabo, dentro e fora de portas. Lamentavelmente, o faialense interessa-se mais pelas festas dos vizinhos do que pelas que são promovidas e realizadas na sua terra, o que não acontece inversamente. Já era tempo do nosso povo apreciar o que tem, inteirando-se do que é feito aqui, apoiando as instituições locais, papel que, por vezes é mais bem feito por aqueles que são de fora, mas que adoptaram o Faial como casa, reconhecendo e acarinhando o muito que de bom por aqui se faz.

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70º ANIVERSÁRIO DO CNH MENSAGEM DA DIRECTORA DAS SECÇÕES DE NATAÇÃO E DE VELA LIGEIRA, OLGA MARQUES

“Considero que fazer mais do que aquilo que fazemos é bastante complicado atendendo à falta de condições financeiras e humanas”

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endo o único clube náutico do Faial, o Clube Naval da Horta (CNH) assume um papel fundamental na promoção das actividades náuticas nesta ilha. É, sem dúvida, o Clube mais dinâmico dos Açores e o que movimenta o maior número de atletas. Como tal, desempenha uma missão muito importante no que toca à formação das camadas jovens, trabalhando muito a vertente da promoção. Vela, Natação e Canoagem são as modalidades em que mais aposta em termos de novos adeptos de tenra idade. Acho que cada vez mais a sociedade faialense reconhece o trabalho desenvolvido por esta instituição, que na Natação tem mais de 100 atletas e na Vela Ligeira ultrapassa a meia centena. A divulgação da nossa actividade tem vindo a ser intensificada não só através da Página do Clube como, também, pelos diversos OCS. É preciso projectar a nível nacional e internacional muitas das nossas actividades no sentido de haver um salto qualitativo Considero que fazer mais do que aquilo que fazemos é bastante complicado atendendo à falta de condições financeiras e humanas. O que é preciso agora é projectar a nível nacional e inter-

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nacional muitas das nossas actividades no sentido de haver um salto qualitativo, mas para que seja feito esse investimento, há que haver fundos. Naturalmente que o CNH deve e merece ser mais apoiado pelas entidades governamentais, como por exemplo o Governo Regional, as Comunidades, e por todas as que estão ligadas ao mar, como Portos dos Açores, Direcção Regional das Pescas e outras. Uma justa e merecida prenda de Aniversário seria uma sede nova nova, com espaço para armazéns. O que faz mais falta são condições dignas para este gigantesco volume de actividade. Basta dizer que as Secções de Canoagem e Windsurf funcionam em contentores. Para mim, o Clube representa a minha ligação ao mar e espero que esta casa mantenha o dinamismo a que nos habituou. E esse dinamismo é adveniente da actividade das diversas Secções. Em jeito de balanço àquelas pelas quais sou responsável, posso dizer que foi uma boa época. Relativamente à Natação, destaco a evolução de todos os atletas e o excelente trabalho da Treinadora Sílvia Mendonça. É de realçar os belíssimos resultados da nadadora Diana Neves, uma jovem promessa do Clube. Na Vela Ligeira, realço também o excelente trabalho do Treinador Duarte Araújo e o empenho e resultados de todos os velejadores com especial destaque para a Mariana Rosa.

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70º ANIVERSÁRIO DO CNH MENSAGEM DA DIRECTORA DA SECÇÃO DE CANOAGEM, SUSANA ROSA Decq Mota para integrar esta Direcção, achei que poderia dar o meu contributo, apesar de nunca ter feito parte dos corpos gerentes de qualquer colectividade. A Secção de Canoagem foi, naturalmente, o meu “pelouro” e com muito gosto, já que conhecia o seu funcionamento e muitos dos seus atletas. Juntos, com uma grande interligação com os Treinadores e com os Pais, julgo que conseguimos um grupo muito coeso e motivado e, que, espero, continue a crescer.

“É preciso que todos aqueles que têm responsabilidades deêm o devido valor ao papel do CNH e o saibam apoiar no desenvolvimento das suas actividades”

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pesar de ter nascido e sido criada nas Angústias, freguesia citadina, vivi a minha infância e juventude num meio rural, sempre ligada às lides do campo. O mar não fazia parte do meu dia-a-dia e muito menos as actividades do Clube Naval da Horta. Acho que era um pouco assim com as crianças do campo, que passavam os seus tempos livres a ajudar a família na agricultura. Só depois de casada, com um marido que adora o mar, é que comecei a envolver-me no meio náutico. A filha, que também herdou do pai o gosto pelo mar, fez-me envolver ainda mais, com a entrada para a Secção de Canoagem e, dois anos depois, para a Vela Ligeira. Daí que, quando surgiu o convite do Sr. José

As dificuldades de instalações e material – precário e obsoleto – vão sendo ultrapassadas com a boa vontade de todos. Julgo que é assim com todas as Secções do Clube Naval da Horta. Um Clube prestigiado, dinâmico, muitas vezes líder e pioneiro, mas com condições que não fazem jus ao trabalho que promove. É preciso que todos aqueles que têm responsabilidades, locais e regionais, deêm o devido valor ao papel do CNH e o saibam apoiar no desenvolvimento das suas actividades. O patamar que o CNH atingiu, na promoção do desporto náutico e, também, como pólo de desenvolvimento social, tem de ser salvaguardado e estimulado. Sempre enfrentando dificuldades, o trabalho que o CNH leva a cabo não se resume apenas à formação e competição desportiva, alargando-se, também, à divulgação turística além fronteiras. Com 70 Anos de História, seria bom um olhar justo sobre o CNH, com instalações condignas para assegurar um futuro ainda mais risonho. Actualmente, nas actividades do CNH participam mais ou menos elementos novos de toda a ilha. Os tempos mudaram e os desportos náuticos estão ao alcance de todos. Muitas vezes é preciso remar contra a maré, mas o CNH é isso mesmo, é um Clube desportivo onde se aprende a ultrapassar as dificuldades quando o mar não está de feição.

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70º ANIVERSÁRIO DO CNH MENSAGEM DO DIRECTOR DA SECÇÃO DE VELA DE CRUZEIRO, LUÍS COSTA

“Seria muito bom se o tecido empresarial local começasse a associar-se mais às nossas atividades, contribuindo, assim, para atenuar nas despesas que a organização de provas acarreta e podendo associar o seu nome a essas mesmas provas”

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Clube Naval da Horta é para a ilha do Faial e para a cidade da Horta, o elo de ligação com o mar. É uma instituição que promove a atividade náutica na sua vertente desportiva, educativa e lúdica, sendo o responsável pela organização de uma série de eventos anuais que faz com que mais de um milhar de pessoas todos os anos participem nas diferentes atividades promovidas pelo Clube Naval. A projeção que o Clube Naval da Horta tem nos nossos dias, pode dizer-se sem quaisquer laivos de sobranceria, extravasa as fronteiras da ilha, da região e do país. Se não vejamos: temos um velejador que leva aos quatro cantos do mundo o nome desta instituição; todos os anos acolhemos regatas internacionais e o próximo ano não será

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exceção, estando previstas, até à data, duas. Nesta instituição temos dado grande primazia à formação de jovens atletas e temos promovido um incremento no número de atletas nas mais diversas modalidades que o clube desenvolve, sendo que os resultados desportivos no corrente ano apareceram, sendo sinónimo que o trabalho que se está a desenvolver na base está sendo um bom trabalho desenvolvido pelos treinadores que estão ao serviço do Clube Naval da Horta. Expoente máximo deste trabalho é o nosso atleta Rui Silveira que há alguns anos a esta parte compete junto dos melhores do mundo na classe Laser, outros exemplos existem como os campeões regionais que tivemos no corrente ano em natação, vela ligeira, canoagem, botes baleeiros, e as excelentes prestações tidas no nacional da classe Hansa. A envolvência dos sócios com as atividades desenvolvidas poderia ser maior, isso é uma das lacunas que apresento, mas também tenho que dizer que quando é preciso dizem presente e apoiam nas mais diversas atividades desenvolvidas com o seu voluntariado.

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Na secção que está à minha responsabilidade, a vela de cruzeiro, procurou-se no corrente ano promover a participação de mais iates, e penso que a aposta que se fez foi ganha, tendo atingido os seus expoentes máximos, nas regatas efetuadas na Semana do Mar e na prova rainha da vela açoriana que é a Atlantis Cup a Regata da Autonomia. Viveram-se este ano momentos de sã confraternização e camaradagem na vela de cruzeiro, e o Rally às Sanjoaninas e a Regata Horta-Velas-Horta foi bem exemplo disso, tendo, e com muita pena de todos os participantes, ficado por realizar o Rally à Madalena, mas que por questões logísticas de dificuldade de locais de atracação das embarcações sido cancelada. Para o próximo ano pretendemos realizar na plenitude este Rally à Madalena e alargar em mais um dia a Regata Horta-Velas-Horta antecipando a saída da regata em um dia, para além da ida às Sanjoaninas e das regatas locais. Reconhecendo o momento atual do clube tenho plena noção que sem o apoio inestimável da Câmara Municipal da Horta e do Governo dos Açores, não nos seria possível desenvolver atividades nem tão pouco estarmos na vanguarda do desporto náutico em termos nacionais como entidade organizadora e promotora de eventos desportivos. Considero que a prenda que gostaríamos todos de receber na passagem deste 70º aniversário, seria a das obras de reabilitação da sede do Clube Naval e da construção de infraestruturas de apoio, mas para isso considero que se torna imperativo que lancemos uma comissão que faça uma análise aprofundada às obras que temos de efetivamente realizar de modo a tornar este clube mais funcional e a ter toda a dignidade que merece no panorama local, regional e nacional. Pois não é possível todos os anos termos de andar constantemente a encontrar soluções provisórias para arrumar material, muitas vezes em espaços longe dos locais onde se realiza a atividade

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desportiva, para além de que diligenciar o seu arrumo em locais improvisados e sem estarem devidamente adaptados, o que para materiais sensíveis como são os equipamentos de apoio à vela, à canoagem e ao windsurf provocam o seu desgaste mais rápido. Gostaria também nesta ocasião de frisar que seria muito bom se o tecido empresarial local começasse a associar-se mais às nossas atividades contribuindo assim para atenuar nas despesas que a organização de provas acarreta e podendo associar o seu nome a essas mesmas provas. Penso que de uma maneira geral o Clube Naval da Horta é reconhecido, apesar de algum alheamento por parte da sociedade civil, como uma entidade de reconhecido mérito e promotora do desenvolvimento da ilha do Faial. No entanto, vê-se que infelizmente muitas vezes o trabalho desenvolvido “pro bono” pela direção do clube e por toda a estrutura diretiva, não encontra ecos junto da sociedade faialense, isto por existir um certo alheamento por parte das pessoas, mas sem dúvida que hoje pela dinâmica incutida muito por culpa da atividade desenvolvida e que envolve os botes baleeiros, o Clube Naval da Horta deixou de ser uma instituição citadina e hoje tem pessoas a praticar atividade oriundas de todas as freguesias do Faial, podendo hoje dizer-se que não é um clube da Horta mas do Faial. Fazia um apelo para que cada vez mais as pessoas se cheguem para apoiar o clube de modo a que possamos manter todo o dinamismo que faz com que hoje sejamos reconhecidos internacionalmente como um exemplo de bem fazer e de bem organizar as coisas. Concluo referindo que sem sócios ou mesmo simpatizantes que é muito difícil qualquer instituição sobreviver. Por isso, desejo eterna vida ao Clube Naval da Horta, uma vez que as pessoas passam e as instituições hão-de eternizar-se.

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70º ANIVERSÁRIO DO CNH MENSAGEM DO DIRECTOR DA SECÇÃO DE PESCA DESPORTIVA DE BARCO, LUÍS CARLOS ROSA

“O que mais faz falta ao CNH são equipamentos de apoio às actividades e consequente melhoria das condições de trabalho para todos”

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Clube Naval da Horta (CNH) é importante para o Faial e para os Açores sendo, em minha opinião, provavelmente o mais dinâmico da Região. É o clube que mais actividades promove na ilha do Faial, sobressaindo a sua influência na prática desportiva, no apoio dado aos iatistas, na recepção de regatas internacionais e na promoção do Faial fora de portas, entre muitos outros aspectos. O papel que desempenha na formação das ca-

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madas jovens no que concerne aos desportos náuticos é essencial para a nossa ilha, funcionando como ponte entre as pessoas e o mar. Além disso, em termos de formação náutica e náutica de recreio, tem um papel fulcral, assim como no acompanhamento e evolução dos desportistas. O CNH deve ser apoiado pelas pessoas e pelas entidades oficiais Entendo que o trabalho levado a cabo pelo CNH – que é vasto e diversificado – é reconhecido pela sociedade faialense, embora por vezes não se consiga sentir esse apoio. Podemos

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dizer que uma parte da população está um pouco alheada desta casa, mas também passa pelo próprio Clube criar os mecanismos que facilitem essa aproximação. Não é preciso ser Sócio para participar nas actividades promovidas e realizadas pelo CNH. O Clube como instituição, procura servir o Faial mas, também, contribuir para o desenvolvimento desportivo e turístico do arquipélago, por isso é de todos, mas naturalmente que os Sócios beneficiam de algumas regalias adicionais. Portanto, compete ao Clube criar um quadro de atractividades que possibilitem essa aproximação. O CNH deve ser apoiado pelas pessoas e pelas entidades oficiais, a começar pelo Governo Regional, sem esquecer a Câmara Municipal e outros departamentos. Esse apoio existe; no entanto, poderia ser mais efectivo dadas as exigências crescentes do Clube. O que mais falta faz são equipamentos de apoio às actividades e consequente melhoria das condições de trabalho para todos. Considero que a melhor prenda de Aniversário seria a construção de novas instalações ou melhoria considerável das actuais, que se encontram degradadas e sem condições para atletas, “staff” e armazenamento de embarcações e material das mesmas. Para mim, o CNH é uma instituição fundamental para o Faial e para o desenvolvimento das actividades náuticas.

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Decidi dar o meu directo contributo ao aceitar as funções de Director da Secção de Pesca Desportiva de Barco e posso dizer que o balanço desta época é positivo. Embora o número de embarcações e pescadores não tenha sido elevado, o facto é que os que participaram fizeram-no com intuito desportivo, o que é essencial. Tratando-se de um desporto, naturalmente que todos gostam e querem ganhar. Porém, o respeito pelos outros, o convívio e a diversão também fazem parte, representando uma vertente muito saudável e importante. É fundamental desmistificar esta questão e perceber que não estamos perante uma actividade rentável. As Provas promovidas pela Secção que dirijo são de âmbito desportivo. Trata-se de Pesca Desportiva, logo não estamos a falar de quantidade, mas de gosto pelo desporto. Interessa ganhar sim, mas com respeito por todos. Como normalmente digo, com apenas um peixe se pode ganhar uma prova. É neste ambiente de são convívio e de grande camaradagem, que desejo que o CNH esteja ao leme de, pelo menos, mais 70 anos de dinamismo em prol do desporto náutico e da projecção da ilha do Faial.

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70º ANIVERSÁRIO DO CNH MENSAGEM DO DIRECTOR DA SECÇÃO DE MINI-VELEIROS, BRUNO ROSA

“Ou os apoios passam a ser uma realidade justa e merecida ou, então, terá de ser feita uma selecção das actividades a levar a cabo”

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ntendo que o Clube Naval da Horta é a única entidade do Faial que permite às crianças, adolescentes e jovens o contacto permanente e regular com o mar, sendo um meio muitíssimo importante para a sua formação, não só na vertente dos desportos náuticos, mas, também, como cidadãos plenos. Esta instituição permite adquirir competências e ao mesmo tempo a inter-acção, promovendo a disciplina e incutindo responsabilidade. O Clube possibilita que qualquer pessoa, independentemente da idade ou condição social, pratique desporto. É um excelente veículo de promoção da ilha e da Região e uma entidade de renome internacional, sendo aquela que mais actividades organiza nos Açores.

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No entanto, devido à falta de meios, é com muito custo e sacrifício que executa o vasto leque de actividades que proporciona às pessoas e neste quadro de grande restrição, não vislumbro hipóteses de ser possível manter esta fasquia no próximo ano. Ou os apoios passam a ser uma realidade justa e merecida ou, então, terá de ser feita uma selecção das actividades a levar a cabo. Também terá de haver mais Voluntários efectivos. Sem dúvida que a melhor e mais importante prenda seria uma nova sede, pois a actual está mais do que desadequada àquilo que são as necessidades de crescimento do CNH, o qual, por vezes, é mais reconhecido fora de portas do que cá dentro, o que desagrada quem dá o melhor de si por esta casa. Falando concretamente da Secção que dirijo e que é os Mini-Veleiros, posso afirmar que se trata de um grupo coeso de desportistas, com uma enorme capacidade e altruísmo, sendo capaz de transmitir conhecimento técnico e táctico, regulamentação de embarcações, etc, sendo um bom exemplo da competição saudável. Mantém-se de pé o convite a todos os interessados em fazer parte desta Secção. Aproveito esta oportunidade para endereçar os Parabéns ao CNH e que venham mais 70 anos, sempre a dar cartas!

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70º ANIVERSÁRIO DO CNH MENSAGEM DO DIRECTOR DA SECÇÃO DE WINDSURF, JORGE FONTES dos atletas ainda passam despercebidas junto de uma parte significativa da sociedade. Contudo, parece-me que todos os faialenses reconhecem o CNH como a organização de referência dos desportos náuticos e na organização de grandes eventos desportivos regionais, nacionais e internacionais. Haverá, seguramente, muito trabalho a fazer para aproximar mais a sociedade do seu mar, e os desportos náuticos são, sem dúvida, uma das melhores estratégias para atingir este objectivo, que é, aliás, reconhecido desígnio nacional. A dinâmica de qualquer clube ou modalidade depende das pessoas

“Não será por acaso que vários antigos desportistas do CNH desenvolveram carreiras profissionais ligadas ao mar e à marinharia”

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Clube Naval da Horta é muito mais do que um clube desportivo; é uma referência no Faial, nos Açores e, provavelmente, a organização desportiva açoriana com maior projecção internacional, com ligações importantes nos dois lados do Atlântico. Não existem muitas organizações que ofereçam uma formação tão transversal e que vai muito para além do plano desportivo. Não será por acaso que vários antigos desportistas do CNH desenvolveram carreiras profissionais ligadas ao mar e à marinharia, tendo, em vários casos, atingido elevados níveis de excelência desportiva e profissional. Um bom exemplo é o percurso do antigo velejador e Campeão Regional de Vela, Rui Terra, recentemente nomeado Capitão do Porto de Cascais. Muito do trabalho do Clube e das conquistas

Apesar do Clube já ter uma oferta muito diversa, haverá algumas modalidades que já foram muito importantes no passado e que poderiam ser novamente dinamizadas. A dinâmica de qualquer clube ou modalidade em particular depende das pessoas, que são o capital mais importante, e não pode ser decretada por uma liderança. Havendo um conjunto de pessoas dedicadas e dinâmicas não há razão nenhuma para não expandir a oferta de actividades, apesar dos recursos serem finitos. Embora existam algumas carências e os recursos sejam sempre insuficientes para um Clube dinâmico e ambicioso como o nosso, a vasta actividade do CNH só é possível porque temos o apoio de muitas instituições e, sobretudo, de muitas pessoas, voluntários e funcionários. As pessoas que colaboram e apoiam a actividade do CNH são, seguramente, o seu capital mais importante. O que faz mais falta ao CNH são pessoas: mais gente dinâmica e dedicada com vontade de fazer coisas. Claro que temos carências a nível financeiro e em termos de infra-estruturas e meios, mas sem pessoas nada disso é importante. Uma boa prenda de Aniversário seria poder ver a nossa sede melhorada e ampliada de acordo com a nossa dimensão e ambição e que permitisse eliminar os contentores e espaços precários.

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70º ANIVERSÁRIO DO CNH MENSAGEM DA SECÇÃO DE BOTES BALEEIROS – O CNH E O PATRIMÓNIO BALEEIRO MÓVEL DO FAIAL NOS 70 ANOS DO CLUBE

“A utilização permanente e intensa dos nossos botes e lanchas, de maio a outubro, demonstra que esta atividade é levada muito a sério nesta ilha do Faial!”

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asta seguir, mesmo de longe, a atividade intensa do Clube Naval da Horta para perceber que os botes e lanchas da baleia, as suas regatas, treinos e passeios, pela quantidade de pessoas que envolve, pelo número de barcos que movimenta, pelos espaços físicos de que necessita e pela logística que implica, ocupa, na atividade atual do CNH, um espaço de grande destaque e importância. Como se sabe, o Património Baleeiro Móvel do Faial pertence a várias Entidades, sendo que todas elas celebram anualmente um Protocolo com o CNH, que atribui ao Clube funções permanentes de organização, apoio logístico e operacionalização da atividade. O CNH, por via de um Protocolo permanente com a Câmara Municipal da Horta, opera a lancha classificada “Walkiria” e, por via de um Acordo com o respetivo proprietário, integra nas atividades do Património Baleeiro do Faial a lancha classificada “Maria Manuela”. O CNH tem dois botes, a Junta de Freguesia do Capelo tem outros dois e as Juntas de Freguesia do Salão, Angústias, Feteira e Castelo Branco um cada. Existe e funciona com regularidade uma Comis-

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são da Secção de Botes Baleeiros, na qual têm assento os Presidentes das Juntas e o Presidente e dois membros da Direcção do CNH, Comissão esta que acompanha e planifica a atividade. Tudo isto faz com que a atividade do património baleeiro navegável do Faial esteja a cumprir bem todos os objetivos desta grande recuperação que se fez de botes e lanchas: salvar os botes e lanchas da baleia, mantendo a navegar estas embarcações tradicionais excelentes; chamar e envolver homens e mulheres de todas as idades, de todas as origens sócio-profissionais e de toda a ilha para a prática de vela e remo em bote baleeiro; divulgar com intensidade estas embarcações tradicionais e históricas; desenvolver uma intensa atividade competitiva que passa por campeonatos de ilha, pelo campeonato regional e pela regata internacional de botes baleeiros que se realiza, alternadamente, nos EUA e nos Açores. A utilização permanente e intensa dos nossos botes e lanchas, de maio a outubro, demonstra que esta atividade é levada muito a sério nesta ilha do Faial! O CNH assume e continuará a assumir o intenso trabalho que resulta, quer da gestão e utilização do seu próprio Património Baleeiro, quer da coordenação operacional de todos os botes e lanchas, que resulta dos Protocolos e Acordo existentes. Neste momento em que fazemos 70 anos é tempo de agradecer, muito reconhecidamente, à empresa COFACO/Açores e à Dr.ª Manuela Bairos, a cedência benévola dos espaços onde se faz a invernia e manutenção dos botes e onde se deposita e prepara a palamenta, mas também é tempo de lembrar que o CNH e o Património Baleeiro Móvel do Faial precisam, no futuro, de espaços que sirvam permanentemente essa função de manter e usar este magnífico património. Será com muita alegria que no Jantar do Aniversário do CNH, a 30/9/2017, se fará, com a presença de todos os praticantes, a entrega dos prémios correspondentes a esta modalidade que em, bom rigor, se deve chamar Vela e Remo Em Bote Baleeiro!

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O DINAMISMO DO CLUBE NAVAL DA HORTA NA PROJECÇÃO DO FAIAL

Parabéns ao CNH, que hoje, 26 de Setembro, completa 70 Anos (mas poderiam ser 114!)

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Clube Naval da Horta tem-se afirmado cada vez mais no panorama Local e Regional, sem dúvida mas, sobretudo, a nível Nacional e até Internacio-

nal. Não estamos a falar de um pequeno clube de bairro que faz umas actividades de vez em quando. Também não estamos a falar de um clube elitista, virado para dentro e gerido por pessoas sem uma perspectiva clara do papel social do associativismo. Com toda a legitimidade, a referência é dirigida a um respeitável e honroso Clube, que, hoje, dia 26 de Setembro de 2017, completa 70 anos

de vida! E, a bem da verdade, poderiam, (deveriam!) ser 114, tendo em conta que foi o natural sucessor do papel que a Junta Local da Liga Naval Portuguesa vinha desempenhando no Faial desde 1903. Independentemente dessa questiúncula, que não diminui nem menospreza a nossa grandeza, o que importa realçar é o trabalho do Clube Naval da Horta como verdadeiro e digno Embaixador do Faial, dos Açores e de Portugal no Mundo. Talvez as rotinas façam com que nos tenhamos habituado de tal maneira a este volumétrico ritmo, que pareça fácil e natural o “programa” desfiado ano após ano. É imperioso que tenhamos presente, que o Clube Naval da Horta organiza o maior Festival Náutico de Portugal.

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Mas mesmo com poucos recursos, o Clube Naval da Horta organiza o Festival Internacional de Vela Ligeira, (que todos os anos traz ao Faial mais de 100 velejadores nacionais e estrangeiros) e é responsável pela organização da Travessia a Nado do Canal Faial/Pico, atraindo os melhores dos Açores e de Portugal, e que já poderia contar com os melhores do Mundo. Num quadro de rigorosa gestão, o CNH pode orgulhar-se de, desde os anos 80, ter a sua actividade consolidada, numa sucessiva linha de crescimento. De salientar, ainda, que, desde há muitos anos, que o Clube Naval da Horta assume um papel de charneira na captação e apoio a regatas internacionais, de que são exemplos a Regata Les Sables/Horta/Les Sables; a “Lorient - Horta Solo”, a “Route des Hortensias” (Etel/Concarneau/ Horta) e, que, é parceiro usual no programa de recepção ao “Tres Hombres” (o único cargueiro, em todo o mundo, que navega sem motor, propriedade da companhia holandesa “Fairtransport Shipping”) sempre que este aporta ao Faial, bem como do “Regina Maris” – agora substituído pelo “Thalassa” – veleiro holandês, onde a bordo se desenvolve o Programa “Scool at Sea”, e que já é presença habitual no porto da Horta. Note-se que alguns alunos da Escola Secundária Manuel de Arriaga, da Horta, embarcaram nesta aventura marítima ao longo de 6 meses e, que, em Outubro próximo, a velejadora do CNH, Mariana Rosa, também irá partir rumo ao desconhecido. Paralelamente a toda esta panóplia de acções, o CNH é organizador do Campeonato Nacional Indoor de Apneia, promove o Concurso de Fotografia Subaquática, tem em curso o Projecto Olímpico de Rui Silveira, realiza anualmente o Programa Férias Desportivas, desenvolve esforços para levar a cabo o Horta-Madalena-Horta Sprint e batalha diariamente para manter a prática desportiva das suas 12 Secções: Apneia, Botes Baleeiros, Canoagem, Mergulho, Natação, Pesca Desportiva de Barco, Pesca Desportiva de Costa, Mini-Veleiros, Vela de Cruzeiro, Vela Ligeira, Windsurf e Xadrez. Tem sido enorme o esforço e o trabalho encetado para que os atletas das várias Secções possam competir no país e fora dele, visando o seu crescimento e evolução com qualidade. O CNH, que se orgulha de ser visitado por representantes de inúmeros clubes navais de todo

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o mundo, que fazem questão de apresentar cumprimentos e deixar uma lembrança, dispõe de um Centro de Formação de Desportistas Náuticos, funcionando como Entidade Formadora de Cursos da Náutica de Recreio. É este Clube – sem dúvida o mais dinâmico das 9 ilhas que compõem os Açores e que movimenta anualmente centenas e centenas de atletas – a quem cabe a organização da Regata Internacional de Botes Baleeiros, numa escala alternada com os patrícios e amigos da Azorean Maritime Heritage Society (este ano a comemorar 20 anos de existência), de New Bedford; que colabora activamente com a Organização da ARC Europe (Rally Atlântico pela Europa, organizado pelo World Cruising Club, que todos os anos visita o Faial); que organizou – com mérito reconhecido – o Campeonato Nacional de Vela Adaptada, (organização de 2014 foi memorável) e que é Responsável pela Atlantis Cup - Regata da Autonomia, a maior Regata de Vela de Cruzeiro dos Açores, que este ano atingiu a sua 29ª edição. Associada a esta Regata, está a edição da Revista “Atlantis Cup”, a cargo do Clube Naval da Horta. Trata-se de uma publicação bilingue (em português e inglês), a cores, com uma tiragem de 500 exemplares, distribuída nos mais importantes Centros do Iatismo Nacional e Internacional e que serve de veículo promocional desta prova de Vela de Cruzeiro de reconhecido prestígio nacional. O Faial é conhecido pelo seu pioneirismo em vários aspectos, desde logo nos desportos. E isso revelou-se uma vez mais pela mão deste Clube ao destacar-se na integração da pessoa com deficiência no desporto (Classe Hansa, destinada a pessoas com mobilidade reduzida). Fomos os pioneiros e continuamos a ser os únicos nos Açores. O faialense Rui Silveira, velejador de topo, (Classe Laser) é a maior bandeira do Clube Naval da Horta em Portugal e no estrangeiro, sendo um atleta que honra e orgulha a sua Terra e o seu Clube, detentor de um palmarés recheado de vitórias e distinções. David Abecasis e Miguel Guimarães, a viver no Continente português, são, também, velejadores (Classe Snipe) que, afincadamente, defendem as cores do CNH, sabendo que são acarinhados e apoiados no seu gosto e dedicação pela mo-

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Rui Silveira: o mais internacional atleta do CNH

dalidade, que levam muito a sério. Esta dupla é detentora de dezenas de títulos e taças na sua já longa carreira. Depois de, em 2011, ter recebido o Prémio de Excelência Desportiva, a última coroa de glória do Clube Naval da Horta foi a Certificação da sua Escola de Vela nas modalidades de Vela Ligeira e Vela Adaptada, pela Federação Portuguesa de Vela e a certificação de qualidade, pela Federação Portuguesa de Natação, da sua Secção de Natação. Desde Dezembro de 1989 que o CNH foi declarado Pessoa Colectiva de Utilidade Pública, por ser “uma organização orientada para fins de interesse geral e que presta serviços, de maneira desinteressada, à sociedade”. Em Maio, na Gala do Desporto Açoriano, dois dos velejadores do CNH, Rui Silveira e Rui Dowling, foram galardoados pelos feitos alcançados: o primeiro encontra-se a trabalhar num projecto que visa os Jogos Olimpicos de Tóquio, em 2020, e o segundo foi Campeão Nacional de Vela Adaptada em 2016. Também em Maio, as melhores do Ranking Regional Feminino em Vela Ligeira (Campeã: Mariana

Rosa, e Vice-Campeã, Maísa Silva), mostraram a sua raça nos Jogos das Ilhas, na Martinica, tendo conquistado as Medalhas de Vice-Campeãs, correspondentes ao 2º lugar Feminino em Vela Ligeira. Na Natação, Diana Neves revelou-se um prodígio e, com apenas 10 anos de idade, já é considerada a melhor nadadora dos Açores no seu escalão (Cadete A). Este ano, no Dia da Região (5 de Junho), o Clube Naval da Horta foi distinguido com a com a Insígnia Autonómica de Mérito Cívico, numa Sessão Solene que contou com o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa. No âmbito das comemorações do 184º Aniversário da Elevação da Horta de Vila a Cidade – 4 de Julho de 2017 – Rui Dowling foi homenageado pela Câmara Municipal por se ter sagrado Campeão Nacional da Classe Hansa 2.3 (Vela Ligeira) em 2016. O percurso e a postura deste atleta do CNH fazem dele um exemplo, merecedor de mais esta distinção. Ainda no mês de Julho, o canoísta do CNH, Clésio Pereira, sagrou-se Campeão Regional de Fundo em Canoagem, no Campeonato decorrido

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O Presidente da República cumprimenta o Presidente do CNH pela distinção recebida

na Terceira (dias 8 e 9). Apesar de todas estas distinções, e ao comemorar 7 décadas de existência activa e proactiva, o Clube Naval da Horta continua a funcionar numa sede sériamente degradada e obsoleta, não possuindo espaços próprios, suficientes e adequados, para guardar todo o seu equipamento. Toda esta actividade é possível graças a uma vasta equipa de dirigentes ,voluntários, atletas, funcionários e técnicos que dão o melhor de si para que o Clube esteja neste patamar e consiga projectar o Faial, os Açores e o País.

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É nas adversidades que mostramos o que valemos. A nossa posição geoestratégica; a nossa vocação e ligação ao mar; a nossa experiência e know-how; a nossa simpatia, hospitalidade e bem receber, fazem parte do nosso ADN e não há ventos nem marés que desfaçam esta composição. Por isso, continuaremos assim, porque gostamos e sabemos fazer. Em prol dos nossos Atletas, dos nossos Sócios e do nosso Faial, terra briosa, pioneira e culta. Que venham muitos e gloriosos 70, com votos de sinceros Parabéns!

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DESDE 1947 PRÉMIO DE EXCELÊNCIA DESPORTIVA 2011 INSÍGNIA AUTONÓMICA DE MÉRITO CÍVICO 2017 WWW.CNHORTA.ORG

MONTAGEM: ARTUR SIMÕES TEXTOS: CRISTINA SILVEIRA


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