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REVISTA MENSAL SOBRE A ATIVIDADE DO CLUBE NAVAL DA HORTA
Nº 43 Outubro 2017 © ARTUR FILIPE SIMÕES 2017
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APNEIA CAMPEONATO NACIONAL INDOOR DE APNEIA 2017 REALIZA-SE NO FAIAL
Esta é a competição mais importante de Apneia desportiva do ano em Portugal
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mais importante Competição Portuguesa de Apneia Desportiva de 2017 terá como palco a cidade da Horta, na ilha do Faial. Trata-se do Campeonato Nacional Indoor de Apneia, que se realizará nos dias 1 e 2 (sexta e sábado) de Dezembro próximo, sendo organizado pelo Clube Naval da Horta (CNH). De acordo com Paulo Nóbrega, o rosto mais visível desta modalidade no Faial, sendo detentor de alguns recordes nacionais, o Campeonato Nacional de Apneia em Piscina realiza-se pela segunda vez no Faial. A primeira aconteceu em 2015, na Piscina Municipal da Horta. Questionado sobre as expectativas para esta competição de âmbito nacional, Paulo Nóbrega diz: “Tal como em anteriores edições, há sempre a expectativa de quebra de algum dos recordes nacionais nas disciplinas da competição: Apneia Estática e Apneia Dinâmica com e sem Barbatanas”. De realçar que o actual Recorde Nacional Feminino de Apneia Dinâmica Sem Barbatanas pertence a Simone Martins, atleta do CNH, com a distância de 85 metros. Em prova estará, também, Paulo Nóbrega, igualmente atleta do CNH e actual Campeão Nacional de Dinâmica com Barbatanas. São esperados cerca de 15 atletas locais, assim como apneístas de São Miguel, Graciosa, Pico,
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Madeira e Continente português. A Prova Nacional contará com 2 juízes da Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas (FPAS). Todos os atletas nacionais que pretendam participar neste evento devem ter mais de 18 anos e ser federados na FPAS. Treinos tri-semanais Paulo Nóbrega explica que “a Secção de Apneia do CNH está activa, realizando 3 treinos semanais – segundas, quartas e sextas-feiras – na piscina da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA), salientando que “o número de atletas locais tem aumentado um pouco ao longo do ano”. Este ano a Secção de Apneia realizou apenas a prova de Distância com Barbatanas, por altura do Festival Náutico da Semana do Mar, estando “todos os esforços centrados na promoção e organização do Campeonato Nacional Indoor de Apneia 2017”. Nesta organização, o Clube Naval da Horta conta com o patrocínio da Mares, “Click - Saúde & Bem-Estar” e “Aerohorta - Agência de Viagens e Turismo”. A parceria da “Aerohorta” está directamente relacionada com o pacote promocional preparado para o evento, neste caso, as inscrições devem ser feitas e liquidado o respectivo montante até ao dia 26 deste mês.
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NATAÇÃO ESCALÕES DE COMPETIÇÃO JÁ COMEÇARAM A ÉPOCA DE 2017/2018
Os atletas do Escalão de Categorias já regressaram aos treinos
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s atletas de Competição da Secção de Natação do Clube Naval Horta (CNH) já estão de regresso aos treinos iniciando, assim, a época de 2017/2018. Sílvia Mendonça, Treinadora de Grau II e Coordenadora da Natação do CNH, explica que os Categorias (que inclui os Escalões de Infantis, Juvenis, Juniores e Seniores) começaram a actual temporada no passado mês de Setembro, com treinos realizados ao fim da tarde (iniciados no dia 13) e matinais (com início no dia 26). Os Cadetes começaram no dia 18. No total, os Cadetes representam um conjunto de 18 nadadores, assim distribuídos: Cadetes B: 6 Femininos e 8 Masculinos Cadetes A: 5 Masculinos Relativamente aos Categorias são 16 atletas: Infantis B: 2 Femininos e 2 Masculinos Juvenis B: 1 Masculino e 1 Feminino Juvenis A: 2 Masculinos Juniores: 5 Masculinos e 1 Feminino Seniores: 1 Masculino e 1 Feminino
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Sílvia Mendonça afirma que nesta temporada, a Secção de Natação do CNH conta com 2 novos Cadetes B e 1 atleta Sénior. Questionada sobre o actual grau de preparação, a Treinadora refere que, “como é comum, após o período de férias há sempre características que se atenuam”. E prossegue: “De acordo com o que os atletas afirmam, o facto de termos conseguido prolongar os treinos até próximo do final do mês de Julho e iniciarmos logo juntamente com a abertura do ano lectivo, permitiu-lhes um ganho substancial comparativamente com o ano anterior”. “No Faial, sinto-me em família” A propósito do trabalho desenvolvido ao longo da época passada, a Treinadora de Grau II e Coordenadora da Natação do CNH, sublinha que “foi criada uma enorme união de equipa”. “Fizeram-se amizades inabaláveis e hoje posso, com firmeza, afirmar que estou em família, na minha segunda casa. Deixei o Faial com uma enorme vontade de regressar, ainda que a probabilidade de tal acontecer fosse bastante reduzida. Parti com uma mistura de saudade, agradecimen-
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to e sentimento de trabalho inacabado. Como professora contratada que sou, fiquei colocada no Algarve e para lá fui. Uns dias depois, acabei por ficar colocada também na Horta. Sem pensar duas vezes, voltei. Agradeço do fundo do coração todas as mensagens, telefonemas e
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e-mails de apoio que me enviaram. Obrigada Mana, Equipa, Pais, Escola e Clube Naval da Horta. Graças ao pensamento positivo de todos, acendeu-se uma luzinha! Obrigada, pessoal!”
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NATAÇÃO TORNEIO ILHA AZUL CONTA COM 32 ATLETAS – SÁBADO, DIA 21
Já são 9 os atletas que treinam às 7 da manhã
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s efeitos da passagem do furacão “Ophelia” fizeram com que o Torneio Ilha Azul, que estava marcado para o dia 14 de outubro, tenha sido adiado para sábado, dia 21. Estamos a falar da primeira prova local da Secção de Natação do Clube Naval da Horta (CNH) nesta época de 2017/2018. A Prova, organizada pela Associação de Natação da Região Açores (ANARA), terá início pelas 10h30 horas, decorrendo de manhã e à tarde, na Piscina da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA), da Horta. Esta actividade destina-se a todos os Escalões, o que significa a participação de 32 atletas. Sílvia Mendonça, Treinadora de Grau II e Coordenadora da Natação do CNH, explica que, “para os nadadores do escalão de Categorias, o principal propósito desta competição é preparar o Campeonato Regional de Clubes”. E sublinha: “Com a sua realização, conseguimos verificar quais os atletas que se encontram em melhor forma física com o intuito de distribuir cada tipo de percurso a disputar neste Regional. Para os atle-
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tas Cadetes será uma oportunidade de participar numa prova local no sentido de adquirir mais uma experiência competitiva, não esquecendo o convívio entre todos”. Esta Técnica congratula-se com o facto de o calendário deste ano possibilitar a realização de 4 provas locais com toda a equipa, “o que é uma grande vantagem atendendo ao nosso contexto”. Treinar às 7 da manhã Sílvia Mendonça, uma Treinadora apostada em trabalhar o potencial dos seus pupilos, fazendo deles atletas de registo e profissionais plenos, revela que “já são 9 os nadadores que treinam de manhã”, o que pode ser considerado “um recorde!” De realçar que estes treinos matinais começam às 7 horas, decorrendo até às 8, tendo em conta que as aulas se iniciam às 8h30. Um sinal inequívoco da motivação, da vontade e do empenho da Secção de Natação do CNH, cujos resultados são a prova de que nada se consegue sem trabalho, sacrifício e dedicação.
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NATAÇÃO “ATLETAS TIVEREM UM BOM DESEMPENHO” NO TORNEIO ILHA AZUL
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s objectivos deste Torneio prendiam-se com a melhoria do desempenho individual e, também, com a preparação do Campeonato Regional de Clubes.
De um modo geral, os atletas melhoraram o desempenho nas distâncias em que participaram, e confesso que em certos casos não contava que alcançassem já alguns dos resultados obtidos neste início de época.
A Equipa de Arbitragem, cujo trabalho é fundamental
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Os nadadores competiram mas também se divertiram
Posso dizer que tiveram um bom desempenho e que o estado de ansiedade registado nalguns momentos se deveu, sobretudo, ao facto de se tratar da primeira competição da nova época”. É este o balanço que a Treinadora de Grau II
e Coordenadora da Natação do CNH, Sílvia Mendonça, faz ao Torneio Ilha Azul, que decorreu este sábado, dia 21, na Piscina da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA), da Horta. Recorde-se que esta Prova – organizada pela Associação de Natação da Região Açores (ANARA) – deveria ter-se realizado no dia 14 do corrente, mas foi adiada devido à passagem do furacão “Ophelia” pelos Açores. Esta Técnica sublinha que a Prova se revelou como “um óptimo momento de convívio alcançado através de participação dos atletas da Secção de Natação do Clube Naval da Horta (CNH)”. E acrescenta: “Aproveitámos para realizar um piquenique com todos durante a hora de almoço e o Clube Naval da Horta surpreendeu-nos com um delicioso bolo de chocolate”. Participaram neste Torneio 10 Cadetes B; 4 Cadetes A; 4 Infantis B; 2 Juvenis B; 2 Juvenis A; 2 Juvenis A; 6 Juniores e 2 Seniores. Os atletas festejaram os bons resultados com a sua Treinadora, mas de forma muito peculiar, atirando-a, com roupa, para dentro da Piscina, um momento que a própria confessa ter sido “muito fixe”.
Diana Neves, Luna Amor e as mascotes da Equipa
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NATAÇÃO 11 ATLETAS FAIALENSES PARTICIPAM NO REGIONAL DE CLUBES, NA TERCEIRA
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Secção de Natação do Clube Naval da Horta (CNH) vai participar no Regional de Clubes – primeiro Campeonato da época de 2017/2018 – que se disputará na ilha Terceira, nos dias 28 e 29 de outubro. Trata-se de uma Prova organizada pela Associação de Natação da Região Açores (ANARA) e que contará com nadadores do Faial, Terceira e São Miguel. A Treinadora de Grau II e Coordenadora da Natação do CNH, Sílvia Mendonça, explica que as provas realizadas no dia 28 decorrem, em simultâneo, noutros locais por se tratar, também, da Fase de Qualificação para a 3ª Divisão do Campeonato Nacional de Clubes. “Este ano, iremos competir tanto com a Equipa Feminina como com a Equipa Masculina”, revela esta Técnica, salientando que “este Campeonato tem a particularidade de todos os nadadores competirem e pontuarem numa classificação global por clube”. De realçar, a propósito, que, na época passada, a Equipa Masculina do CNH obteve o 5º lugar a nível Regional. Nesta participação no Regional de Clubes, a Equipa Feminina contará com 5 atletas e a Masculina com 6. “A participação da Equipa Feminina por si só já é uma conquista. Portanto, tudo o que conseguirmos alcançar a partir daqui, será uma vitória. Relativamente à Equipa Masculina, o objectivo reside em ultrapassar o resultado já obtido na época anterior”, frisa a Treinadora do CNH, que remata: “Atendendo a que este Campeonato Regional/Fase de Qualificação se disputa no início desta temporada, creio que estamos bem preparados”. Integram a comitiva faialense os 11 nadadores, a Treinadora Sílvia Mendonça, e o Treinador-Adjunto, David Castro. A partida está marcada para esta sexta-feira, dia 27, e o regresso a casa será no dia 30, segunda-feira da próxima semana.
Pedro Garcia (e a filha Amélia), José Decq Mota, José Leonardo Silva,-Rute Matos e Luís Alves ir_ao_mar Nº43, outubro de 2017
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NATAÇÃO NATAÇÃO DO CNH: CAMPEONATO REGIONAL DE CLUBES
Equipa Masculina manteve o 5º lugar e Equipa Feminina ficou em 6º no Campeonato Regional de Clubes, na Terceira
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Secção de Natação do Clube Naval da Horta (CNH) participou no Campeonato Regional de Clubes – primeiro Campeo-
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nato Regional da época de 2017/2018 – que se realizou na ilha Terceira, nos dias 28 e 29 de Outubro último. A Equipa Masculina do CNH manteve a 5ª posição neste Campeonato (que já vinha da última temporada), ao passo que a Equipa Feminina alcançou o 6º lugar.
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Participaram 5 elementos da Equipa Feminina e 6 da Equipa Masculina. Sílvia Mendonça, Treinadora de Grau II e Coordenadora da Natação do CNH, refere que, “neste Regional, o desempenho dos nadadores do Clube Naval da Horta no que se refere à Equipa Masculina poderia ter sido melhor”, sentindo-se “satisfeita” com os resultados obtidos pela Equipa Feminina. E, a propósito, frisa: “A Equipa Feminina alcançou o 6º lugar, o que foi melhor do que o esperado atendendo a que se tratou da primeira vez que participou neste Campeonato”. Falando em termos globais, esta Técnica salienta que “todos os Campeonatos são uma experiência enriquecedora, devendo os atletas tirar o máximo proveito e dar o melhor de si”.
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Questionada sobre o que poderia ter corrido melhor, sublinha que “é fundamental melhorar a concentração no momento da prova e a disciplina nestes fins-de-semana tão importantes”. Este Campeonato Regional – organizado pela Associação de Natação da Região Açores (ANARA) e que registou a participação de nadadores do Faial, Terceira e São Miguel – teve a particularidade de todos os atletas competirem e pontuarem numa classificação global por clube. Sílvia Mendonça recorda que as provas realizadas no dia 28 (sábado), decorreram em simultâneo noutros locais, por se tratar, também, da Fase de Qualificação para a 3ª Divisão do Campeonato Nacional de Clubes.
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PESCA DESPORTIVA DE BARCO CAMPEONATO REGIONAL DE PESCA DE CORRICO COSTEIRO 2017
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oram 7 as embarcações participantes na Prova do Campeonato Regional de Pesca de Corrico Costeiro 2017, que decorreu na ilha do Faial entre as 18h30 desta sexta-feira, dia 29, e a 1h30 da madrugada de sábado, dia 30 de Setembro. Esta competição regional foi organizada pela Associação Açoriana de Pesca Desportiva de Mar (AAPDM) e pelo Clube Naval da Horta (CNH), além de outros da Região. “A prova decorreu bem, foram conseguidas boas
capturas e os pescadores estão satisfeitos”, sustenta o Director da Secção de Pesca Desportiva de Barco do CNH, Luís Carlos Rosa, que salienta: “Os objectivos foram cumpridos e nos lugares cimeiros temos vencedores com quantidades de pescado muito significativas. Agora resta esperar que sejam apurados os resultados em todas as ilhas participantes para sabermos se o Clube Naval da Horta conseguiu alcançar o pódio nesta Prova do Campeonato Regional de Pesca de Corrico Costeiro 2017”.
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Bicuda, bonito, cavala, dourado, encharéu, lírio, serra e wahoo, foram as espécies pontuáveis nesta competição regional. As classificações de cada ilha inscrita neste Campeonato Regional são enviadas para a AAPDM, em São Miguel, onde é feito o apuramento e divulgados os resultados.
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A Cerimónia de Entrega de Prémios do Campeonato Regional de Pesca de Corrico Costeiro 2017 terá lugar na ilha Terceira, em data a anunciar oportunamente. Luís Carlos Rosa avança que se prevê que seja no fim deste mês ou no início de Novembro.
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MINI-VELEIROS 1ª PROVA DO “TROFÉU TURISMAR”
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éri Goulart (1º), José Gonçalves (2º) e António Pereira (3º) foram os participantes na 1ª Prova do “Troféu Turismar” Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta 2017 (CNH), que decorreu na tarde deste domingo, dia 8, nas imediações da sede do Clube. Segundo José Gonçalves, o “dia estava espectacular”, tendo-se realizado 8 regatas. Devido a compromissos de diversa ordem, os velejadores participantes foram em menor número do que aquilo que é habitual. Mas para a amena cavaqueira que acontece no sagrado conví-
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vio após cada prova, o número de desportistas já foi superior, sinal de que a amizade e o interesse pela modalidade estão lado a lado com a competição. Recorde-se que este Troféu é composto por 6 Provas, sendo esta a 3ª vez que é patrocinado pela Empresa de Actividades Marítimo-Turísticas “Turismar”, de Mário Carlos, praticante desta modalidade. A próxima Prova – a 2ª deste Troféu – está marcada para o dia 22 do corrente mês.
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MINI-VELEIROS 2ª PROVA DO “TROFÉU TURISMAR”
António Pereira, João Nunes e Ricardo Lacerda no pódio da 2ª Prova do “Troféu Turismar”
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oram 7 os participantes na 2ª Prova do “Troféu Turismar” - Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta (CNH) 2017, que decorreu na tarde deste domingo, dia 29, nas imediações do Clube. “O tempo estava excelente, com sol, e o campo
de regata apresentou-se muito bem, com uma boa aragem”, sublinha João Nunes, elemento desta Secção e antigo Dirigente. As magníficas condições climatéricas deste domingo contrastaram largamente com o que se havia verificado a 22 deste mês, dia em que deveria ter acontecido esta 2ª Prova. Realizaram-se 6 regatas, tendo-se registado uma disputa “muito acesa” entre os três velejadores que se encontravam na frente. Basta dizer que até ao fim da 4ª regata estavam empatados com igualdade de pontos. “A Prova estava bastante competitiva, o que se tornou engraçado, dando mais pica aos participantes”, sustenta João Nunes. A luta renhida manteve-se, tendo os três lugares do pódio sido ocupados por António Pereira (1º classificado), João Nunes (2º) e Ricardo Lacerda (3º). Terminada a competição, foi tempo de conviver e de comentar os resultados alcançados no ponto de encontro: o quiosque de Mário Carlos. O “Troféu Turismar” é composto por 6 Provas, sendo esta a 3ª vez que é patrocinado pela Empresa de Actividades Marítimo-Turísticas “Turismar”, de Mário Carlos, que também é praticante desta modalidade. A 3ª Prova deste Troféu está marcada para o próximo domingo, dia 5 de Novembro.
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VELA DE CRUZEIRO REGATA DA REPÚBLICA
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Regata da República contou com 7 embarcações e teve como vencedores “”Boreas”, “No Stress” e Além Mar” “Boreas”, “No Stress” e “Além Mar”, ficaram no pódio da Regata da República, promovida e organizada pela Secção de Vela de Cruzeiro do Clube Naval da Horta (CNH). A Regata aconteceu na tarde do feriado 5 de
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Outubro – quinta-feira última – e teve 7 embarcações participantes. Luís Costa, Director desta Secção, refere que “a Prova decorreu sob excelentes condições de vento, proporcionando bons momentos de Vela”. O Canal Faial/Pico foi o palco desta competição, que contou com um percurso delimitado por um triângulo, com duas voltas ao mesmo. “Aproveitar o feriado e proporcionar animados momentos de lazer aos praticantes da modalidade”, foram objectivos desta Regata, aberta a Barcos de Cruzeiro nas Classes ORC e OPEN. Observando o calendário estipulado, o próximo evento da Secção de Vela de Cruzeiro do CNH será a Regata de São Martinho, a 11 de Novembro.
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VELA DE CRUZEIRO 30ª EDIÇÃO DA ATLANTIS CUP - REGATA DA AUTONOMIA, DECORRERÁ NO GRUPO CENTRAL
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30ª edição da Atlantis Cup - Regata da Autonomia, que será disputada em 2018, terá como cenário o Grupo Central do Arquipélago dos Açores, decorrendo entre as ilhas do Pico, Graciosa e Terceira. A mais importante Regata de Vela de Cruzeiro dos Açores terá início no dia 29 de Julho do próximo ano, estando o fecho da linha de chegada previsto para o dia 5 de Agosto, na Horta, ilha do Faial, de acordo com o anúncio feito esta semana pela Direcção do Clube Naval da Horta. Com a escala nestas parcelas açóricas, com-
pleta-se, assim, a presença da Regata da Autonomia em todas as Ilhas da Região Autónoma dos Açores, dando cumprimento ao que havia sido definido para as edições de 2016, 2017 e 2018. No próximo mês de Novembro será divulgado o Programa Provisório da Regata, com indicação do porto de largada, dos portos de escala e do circuito de cada perna, sendo que a chegada será, como habitualmente, no Porto da Horta, aquando do início da 43ª Semana do Mar.
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VELA LIGEIRA RUI SILVEIRA, DO CNH, FOI 22º NO CAMPEONATO EUROPEU, EM BARCELONA
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velejador da Classe Laser do Clube Naval da Horta, (CNH) Rui Silveira, está de parabéns, pois foi 22º classificado no Campeonato Europeu 2017, que decorreu na cidade espanhola de Barcelona. Nesta competição – que terminou este domingo, dia 8 – participaram 126 atletas, de diferentes países, tendo o velejador faialense conseguido apurar-se no lote dos 25 primeiros, distanciando-se dos restantes portugueses. Rui Silveira sente-se “bastante cansado” mas muito satisfeito pelo resultado alcançado, o que revela a sua excelente condição física. Esta classificação, sendo o coroar do trabalho e esforço do atleta, representa, também, o regresso ao Alto Rendimento. Recorde-se que na base deste cansaço acumulado está o facto de Rui Silveira ter participado no
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Campeonato do Mundo, que decorreu em Split, na Croácia. Depois desse duro desafio – terminado há 15 dias – e sem tempo para restabelecer, este atleta de alta competição entrou na corrida com os melhores da Europa e a verdade é que o Campeonato lhe correu de feição. Após este desgaste sucessivo que foram os Campeonatos do Mundo e da Europa, que puseram à prova todo o potencial do velejador do Clube Naval da Horta, Rui Silveira revela que vai (merecidamente) abrandar o ritmo até, porque, a presente época chegou ao fim. Contudo, não será por muito tempo, se tivermos em conta que daqui a um mês, sensivelmente, começa a nova temporada para este velejador, que se encontra a trabalhar no Projecto Olímpico que visa os Jogos de 2020, em Tóquio, no Japão.
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VELA LIGEIRA DIAS 7 E 8 DE OUTUBRO: 15 ATLETAS DO CNH PARTICIPAM NA 1ª PCR DE VELA, NA TERCEIRA
Esta 1ª PCR é uma das 3 provas que fazem a selecção para o Campeonato Nacional, o Ranking Regional e os Jogos das Ilhas
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ão 15 os atletas do Clube Naval da Horta (CNH) que participam na 1ª Prova do Campeonato Regional de Vela (PCR) desta época, que se realiza sábado e domingo próximos (dias 7 e 8 do corrente), na ilha Terceira. A Prova é organizada pelo Angra Iate Clube (AIC) e prevê-se que conte com velejadores do Faial, Pico, Flores, Terceira, Santa Maria e São Miguel, de acordo com informações do Treinador de Competição do Clube Naval da Horta, Duarte Araújo. As equipas faialenses de competição são: Classe Optimist - Maísa Silva, Leonor Porteiro, Pedro Moniz, Arthur Moimeaux, Daniel Moimeaux, Ana Luísa Silva, Manuel Bettencourt, Bernardo Melo, Maria Ramos e Pedro Costa. Na Classe Laser temos: Tomás Pó, Jorge Krug Pires, Mariana Rosa, Mariana Luís e Tiago Serpa.
“Espero que ganhem experiência para poder continuar a melhorar” Duarte Araújo explica que, “o método de selecção para esta PCR são as competências adquiridas, a assiduidade e a dedicação ao desporto da Vela e sua competição”. Em termos de importância, é de realçar que esta prova é uma das 3 que fazem a selecção para o Campeonato Nacional, o Ranking Regional e os Jogos das Ilhas. Quanto a expectativas, este Técnico refere: “Nos Optimist temos alguns velejadores experientes e tenho esperança de que fiquem nos 10 primeiros lugares. Temos, também, alguns novos que estão na primeira época e primeiras regatas, e que integram a equipa por mérito próprio, pois aparecem sempre novos valores na primeira prova do ano. Espero que ganhem experiência para poder continuar a melhorar, ano após ano, as classificações dos velejadores do CNH. Na Classe Laser, os velejadores são todos experientes, com participações em Campeonatos Nacionais. Verifico que neste início de época se mostraram empenhados em melhorar as suas ca-
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pacidades e esta Prova serve para aferir se estamos no caminho certo, no sentido de melhorar muito aquilo que podem fazer”. Tratando-se da primeira prova da nova temporada, Duarte Araújo não fala ainda em objectivos específicos, afirmando que “os treinos começaram há poucos dias”. E prossegue: “Ainda estão todos a reencontrar a sua forma. Estamos iguais a todos os atletas da Região, pois, com as férias, que dispersam os atletas, e o início de um novo ano lectivo, torna-se dificil treinar muito mais antes de uma prova como esta, que acontece tão cedo no Campeonato”. Por tudo o que foi referido, “o objectivo para a primeira prova é não comprometer o resultado final, fazendo regatas conservadoras e garantir que se está numa boa posição”. A única certeza deixada, para já, pelo Treinador, é o facto de “todos os velejadores terem crescido no Verão, estando mais fortes e maduros”. “No CNH incentivamos a procura da excelência” Falando sobre as dificuldades que os velejadores faialenses irão encontrar, Duarte Araújo não tem dúvidas de que “os adversários são mais experientes”. “Alguns já participaram em 4 Campeonatos Nacionais e outros tantos Campeonatos Regionais e isso é uma grande vantagem. Contudo, no Clube Naval da Horta incentivamos a procura da excelência. Por isso, durante esta época iremos dar luta na discussão das classificações e no topo do Campeonato Regional”, assegura este Técnico. No que se refere à familiaridade dos atletas neste tipo de competição, o Coordenador da Escola de Vela do CNH sustenta que “uma parte da equipa é experiente – velejadores da Classe Laser – contando com participações em Campeonatos Nacionais. Em Optimist, alguns já participaram em PCR´s,
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enquanto que, para outros, esta Prova constitui uma estreia. No entanto, será um campo de regatas novo para todos, atendendo a que esta é a primeira vez que realizam provas em Angra do Heroísmo”. A comitiva faialense embarca esta sexta-feira, dia 6, e regressa no dia dia 9, segunda-feira próxima. A acompanhar os atletas vão o Treinador e um Dirigente do CNH. Deslocação a Viana do Castelo A PCR a realizar na Terceira “servirá, ainda, para comparar e delinear a estratégia para as duas provas que faltam e que acontecerão daqui a mais de 4 meses”. Finalizada esta PCR, os velejadores faialenses irão deslocar-se a Viana do Castelo, no continente português, a fim de participar numa regata que decorrerá no fim deste mês. Depois disso, a dinâmica de provas sofrerá um interregno de 4 meses, com a ausência de regatas no Calen-
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dário Regional. Para evitar uma quebra na linha evolutiva dos velejadores, será, como habitualmente, desenvolvido um plano de treinos com vista ao bom desempenho nas competições que se avizinham já no início de 2018. “Tenho a melhor equipa desde que cheguei ao CNH” Em jeito de balanço à qualidade dos velejadores do CNH, Duarte Araújo deixa esta apreciação: “Em relação a esta época e às próximas, posso garantir que tenho a melhor equipa desde que cheguei ao CNH, em Fevereiro de 2014. Dos 15 velejadores que compõem as Equipas de Competição, nunca tive tantos nem que tivessem tanto interesse, dedicação e qualidade. Isto é sinal de que as coisas estão, finalmente, a mudar. Em vez de um muito bom, temos agora muitos e bons velejadores, e com o tempo teremos mais!”
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VELA LIGEIRA 1ª PCR DE VELA, DA NOVA ÉPOCA, DECORREU NA TERCEIRA
“Os velejadores sentem que os resultados são fruto do seu trabalho semanal”
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ecorreu sábado e domingo últimos (dias 7 e 8 de Outubro), na ilha Terceira, a 1ª Prova do Campeonato Regional de Vela (PCR) da nova temporada, marcado pela participação do Clube Naval da Horta (CNH). A Prova foi organizada pelo Angra Iate Clube (AIC), tendo contado com velejadores do Clube Naval da Horta (Faial), Clube Naval de Ponta Delgada, Clube Naval de Vila Franca do Campo (ambos de São Miguel), Clube Naval da Praia da Vitória, Angra Iate Clube (da Terceira), Clube Naval da Madalena, Clube Naval de São Roque (do Pico), Clube Naval de Santa Maria e Associação Cultural, Desportiva e Recreativa da Graciosa. O Gabinete de Imprensa do CNH convidou o Treinador de Competição do Clube, Duarte Araújo, a fazer o balanço desta importante competição: “Esta PCR correu mal, pois, para começar, foi cancelado o voo que nos levava até à Terceira. Como tal, tivemos de realizar a viagem no próprio dia da Prova, o que fez com que os atletas
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tenham ido a correr para o mar, com o material montado à pressa e cheios de stress. Isso influenciou bastante a capacidade de tomar decisões e de competir. Entretanto, os velejadores faialenses conseguiram recompor-se e terminaram o Campeonato bem melhor. Considero que alguns atingiram os objectivos, outros até os ultrapassaram, havendo um grupo que esteve muito perto de conseguir isso. Os velejadores sentem, sobretudo, que os resultados são o fruto do seu trabalho semanal nos treinos. Os que cumpriram os objectivos traçados estão confiantes de que se encontram no caminho certo e os que ficaram perto de os atingir, têm a noção de que devem esforçar-se um pouco mais, mas que é possível. Como Treinador, sinto-me aliviado. Esta época é de viragem para muitos deles e a primeira prova é sempre muito importante. Os treinos têm corrido bem, sempre com muita motivação e as regatas que fizeram mostram que estão no caminho certo. Fomos muito bem recebidos pelo Angra Iate Clube, em Angra do Heroísmo. O Clube disponibilizou meios que habitualmente não são dados aos participantes nas PCR. Os seus Dirigentes
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CLUBE NAVAL DA H trataram de toda a logística e foram inexcedíveis no apoio prestado, tanto em terra como no mar. De realçar que Angra já não recebia uma prova de apuramento regional há muitos anos, mas mostrou que é capaz das melhores organizações”.
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A comitiva faialense era composta pelos atletas, pelo Treinador de Competição, Duarte Araújo, e pela Directora da Secção de Vela Ligeira do CNH, Olga Marques.
Tomás Pó, velejador do CNH, num dos momentos da Prova
A boa disposição marcou esta 1ª PCR de Vela da nova temporada
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VELA LIGEIRA CNH PARTICIPA NO IV TROFÉU CIDADE DE VIANA - SEMANA DO ATLÂNTICO
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edro Moniz, Manuel Bettencourt, Maísa Silva, Ana Luísa Silva e Leonor Porteiro, são os atletas da Secção de Vela Ligeira do Clube Naval da Horta (CNH) que vão participar no IV Troféu Cidade de Viana - Semana do Atlântico, que decorrerá em Viana do Castelo, no Continente português, nos dias 28 e 29 deste mês. “Trata-se do maior Campeonato da Classe Optimist organizado em Portugal, com cerca de 250 velejadores inscritos, oriundos de mais de 30 Clubes, representando quase todos os Clubes com Competição em Portugal, muitos de Espanha, Bélgica e Irlanda”, realça o Treinador de Competição do CNH, Duarte Araújo. “Competir com alguns dos melhores velejadores da Península Ibérica” Este evento é organizado pelo Clube de Vela de Viana do Castelo em parceria com o Real Clube Náutico de Vigo, contando com o apoio da West Sea - Estaleiros Navais, Câmara Municipal de Viana do Castelo e Federação Portuguesa de
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Vela. A propósito da deslocação, Duarte Araújo explica: “Tendo em conta que o Clube de Vela de Viana do Castelo tem participado, nos últimos 2 anos, no Encontro Internacional de Vela Ligeira – organizado pelo CNH e que se realiza durante o Festival Náutico da Semana do Mar – e que o convite que nos endereçou oferecia excelentes condições para podermos participar neste Campeonato, decidimos aproveitar esta belíssima oportunidade”. E frisa: “A experiência que os atletas do Clube Naval da Horta vão adquirir ao competir com alguns dos melhores velejadores da Península Ibérica, num evento que dificilmente teriam hipóteses de estar presentes, é o objectivo desta participação”. Pais investem na participação dos atletas Este Técnico refere que “o CNH não tem condições para suportar a deslocação das suas equipas a competições fora do Triângulo, mas, atendendo à importância deste Campeonato e ao investimento que os pais estão dispostos a fazer
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para proporcionar aos velejadores esta experiência, irá suportar a deslocação do Treinador”. “Nem nos Campeonatos Nacionais participa uma frota açoriana tão grande!” Esta é a segunda vez que o Clube Naval da Horta participa neste Campeonato, tendo tido uma representação há 2 anos. “A procura de provas de maior competitividade tem sido uma preocupação da Direcção e da Escola de Vela. Devido ao calendário pouco competitivo e curto da Região Açores, é necessário competir fora para poder elevar a qualidade dos nossos atletas”, sublinha Duarte Araújo, que acrescenta: “O que é novo nesta época, é a representação açoriana. Prevê-se a participação de 19 velejadores dos Açores, designadamente das ilhas do Faial, Pico, Terceira e São Miguel, sinal de que os Clubes da Região Autónoma dos Açores têm consciência de que, para elevar o nível competitivo têm de participar em provas de maior dimensão. De realçar que nem nos Campeonatos Nacionais participa uma frota açoriana tão grande! Mas isso só é possível graças às condições excepcionais que a Organização nos proporciona”. A comitiva do Clube Naval da Horta embarca do Faial no dia 27 e regressa a 30.
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VELA LIGEIRA IV TROFÉU CIDADE DE VIANA - SEMANA DO ATLÂNTICO
“Velejadores do CNH sentiram dificuldades em adaptar-se às condições de vento e à enormidade da frota”
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convite do Clube de Vela de Viana do Castelo (CVVC), cinco velejadores do Clube Naval da Horta (CNH - Pedro Moniz, Manuel Bettencourt, Maísa Silva, Ana Luísa Silva e Leonor Porteiro) participaram no IV Troféu Cidade de Viana - Semana do Atlântico, que decorreu em Viana do Castelo, no Continente português, nos dias 28 e 29 de Outubro. Estes atletas da Secção de Vela Ligeira do Clube Naval da Horta tiveram, assim, a oportunidade de participar no maior Campeonato da Classe Optimist organizado em Portugal, com cerca de 200 velejadores, oriundos de mais de 30 Clubes, representando quase todos os Clubes com
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Competição em Portugal, muitos de Espanha, Bélgica e Irlanda. Este evento foi organizado pelo Clube de Vela de Viana do Castelo em parceria com o Real Clube Náutico de Vigo, contando com o apoio da West Sea - Estaleiros Navais, Câmara Municipal de Viana do Castelo e Federação Portuguesa de Vela. A comitiva do Clube Naval da Horta – que integrava, ainda, o Treinador de Competição, Duarte Araújo – partiu no dia 27 e regressou ao Faial esta segunda-feira, dia 30 de Outubro. Duarte Araújo foi convidado a fazer o balanço a esta competição. - Gabinete de Imprensa do CNH: Como decorreu esta Prova? - Duarte Araújo: Decorreu bem. É sempre uma logística apertada ir ao Continente fazer regatas e tudo tem de correr bem para conseguirmos
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“A parte social foi muito importante, pois permitiu-lhes conhecer outros velejadores, de outras regiões, e descobrirem o que têm em comum”
cumprir a presença, mas desta vez tivemos a SATA e a meteorologia do nosso lado. - Gabinete de Imprensa do CNH: Como classificas o desempenho dos velejadores do CNH? - Duarte Araújo: Os velejadores do Clube Naval da Horta sentiram dificuldades em adaptar-se às condições de vento e à enormidade da frota. - Gabinete de Imprensa do CNH: Sentes-te satisfeito enquanto Treinador? - Duarte Araújo: Não, penso que com mais algum trabalho podem obter resultados melhores e não falta muito para perceberem isso. - Gabinete de Imprensa do CNH: Eles consideram que deram o seu melhor? - Duarte Araújo: Eles foram escolhidos porque iam dar o seu melhor e assim o fizeram; no entanto, têm de praticar mais alguns pormenores de regata para poderem ter resultados melhores. - Gabinete de Imprensa do CNH: Foi uma oportunidade para evoluírem? - Duarte Araújo: Sim, tenho a certeza de que saíram de Viana com diversos conhecimentos novos, que irão ajudá-los a evoluir muito.
- Gabinete de Imprensa do CNH: O que é que correu bem? - Duarte Araújo: A logística e a adaptação dos velejadores a situações novas. A parte social foi muito importante, porque foram obrigados a estar em terra muito tempo, devido à falta de vento. Essa é a melhor parte dos Campeonatos, pois permite-lhes conhecer outros velejadores, de outras regiões, e descobrirem o que têm em comum. - Gabinete de Imprensa do CNH: O que poderá ser melhorado? - Duarte Araújo: Só com mais deslocações destas é que será possível aproximar o nosso nível competitivo dos restantes velejadores nacionais. Estamos, ainda, alguns anos atrasados, mas a trabalhar continuamente para encurtar e melhorar. - Gabinete de Imprensa do CNH: O que tens a dizer em relação aos anfitriões, de quem partiu este convite? - Duarte Araújo: O Clube de Vela de Viana do Castelo, através do seu Presidente, Anónio Cruz, e do Comodoro, Rui Costa Pereira, convidaram-nos para esta Prova e trataram de toda
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“Os treinos são sempre importantes e os velejadores levam esse trabalho a sério”
a logística, barcos, alojamento, transportes de e para o Aeroporto, deslocações em Viana, etc. Foram insuperáveis no apoio e tratamento
que nos deram e seria impossível participar no Campeonato sem o apoio recebido. Como tal, deixo, desde já, o meu agradecimento por tudo
“Só com mais deslocações destas é que será possível aproximar o nosso nível competitivo dos restantes velejadores nacionais”
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“Só se aprende a competir competindo”
que nos proporcionaram. - Gabinete de Imprensa do CNH: O que se segue em termos de provas? - Duarte Araújo: Agora estamos sem provas de alguma importância até à próxima Prova do Campeonato Regional (PCR,) que será no final de Janeiro de 2018. Só com deslocações a provas no Continente português é que podemos aprender a competir e, assim, evoluir.
- Gabinete de Imprensa do CNH: Sem provas, os treinos passam agora a ser ainda mais importantes, no sentido de manterem o ritmo... - Duarte Araújo: Os treinos são sempre importantes e os velejadores levam esse trabalho a sério; no entanto, só se aprende a competir competindo. Tudo o resto são ensaios sem grande evolução.
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VELA LIGEIRA VELEJADOR DE TOPO DO CNH - RUI SILVEIRA FAZ BALANÇO AO 1º ANO DO CICLO OLÍMPICO
Rui Silveira, velejador de alta competição do CNH; José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH; e António Menezes Porteiro, Estagiário de Gestão Desportiva no CNH
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epois de ter alcançado um excelente resultado no Campeonato Europeu 2017 – que terminou este mês em Barcelona – classificando-se em 22º lugar, o velejador da Classe Laser do Clube Naval da Horta (CNH), Rui Silveira, chegou ao Faial esta semana para uns merecidos dias de descanso. O atleta de alta competição aproveita este abrandar de ritmo na sua intensa actividade para fazer, em conjunto com o Presidente da Direcção do
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CNH, José Decq Mota, o balanço ao 1º ano do ciclo olímpico, perspectivando o percurso futuro. De realçar que o mais internacional velejador dos Açores tem ainda pela frente mais 3 anos de trabalho no Projecto Olímpico que visa os Jogos de 2020, em Tóquio, no Japão. A próxima época começa em Dezembro próximo, mas os treinos continuam a ser uma constante, atendendo ao nível de exigência em que se encontra este velejador faialense, que iniciou a sua formação no Clube Naval da Horta, o mais dinâmico da Região.
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WINDSURF ANTÓNIO LUÍS FALA DA SUA EXPERIÊNCIA PIONEIRA NO WINDSURF, NO FAIAL
“Realizámos a 1ª Prova nos Açores, que consistiu numa travessia Horta/Madalena”
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Windsurf sempre foi uma modalidade com grande implantação no Clube Naval da Horta (CNH) e na ilha do Faial. No CNH, ao longo dos anos, esta Secção viveu altos e baixos, encontrando-se, actualmente, numa fase de revitalização. Esse novo fôlego fica a dever-se ao empenhado esforço do Grupo de Trabalho – constituído por Jorge Fontes, Flávio Pereira, João Medeiros e Rute Matos – que tem vindo a apostar fortemente nesta modalidade. Depois de um Curso de Iniciação, muito bem sucedido, decorre agora um de Aperfeiçoamento. No âmbito do Programa Comemorativo do 70º Aniversário do CNH – ocorrido no dia 26 de Setembro último – o Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do Clube Naval da Horta promoveu e organizou o Treino dos Veteranos, que foi deveras interessante. Recordemos o que disse, a propósito, Flávio Pereira, porta-voz desse Grupo de Trabalho: “Quando temos pessoas que há mais de 30 anos não praticavam Windsurf e o voltaram a fazer (e muito bem!) passado todo esse tempo, só podemos afirmar que foi um ver-
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dadeiro sucesso!” António Luís foi um desses Veteranos que aceitou o repto para reviver a sensação de praticar este desporto. Nesse sentido, o Gabinete de Imprensa do CNH convidou-o a recordar como tudo começou no Windsurf e o pioneirismo das competições nos Açores, que começaram precisamente na ilha do Faial. “Éramos totalmente autodidatas!” - Gabinete de Imprensa do CNH: Quando começou a praticar Windsurf? - António Luís: Em 1978, o meu amigo João As primeiras pranchas de António Luís
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CLUBE NAVAL DA H Carlos Fraga – introdutor do Windsurf nos Açores – comprou uma prancha Windsurfer e, no dia 3 de Janeiro de 1979, fomos, com o irmão dele, o José Fraga, para Porto Pim, ver como era. Lembro-me de que a água estava gelada. E foi aí que, pela primeira vez, pus os pés numa prancha de Windsurf. Escusado será dizer que não consegui andar. Fartei-me de cair. O Zé Fraga, mais habituado a pranchas, pois já fazia surf, conseguiu dar umas voltas. Para mim, foi ele o primeiro Faialense a ter sucesso na prancha. - Gabinete de Imprensa do CNH: Porquê esta modalidade e não outra? - António Luís: A minha geração é a geração das experiências. Naquela época, tudo estava a nascer e queríamos experimentar tudo. Esta era a modalidade da época. “Nós é que fizemos os manuais para as gerações vindouras”
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- Gabinete de Imprensa do CNH: O que representa para si esta modalidade? - António Luís: Naquela altura, esta modalidade representou a liberdade, a experimentação e a descoberta. Foi viciante! - Gabinete de Imprensa do CNH: Quanto tempo praticou? - António Luís: Cerca de 14 anos – desde que pus os pés pela primeira vez na prancha até 1992/1993 – mas não de forma consecutiva, pois só em 1988 é que comprei a minha prancha. - Gabinete de Imprensa do CNH: Por que parou? - António Luís: Na época já tinha 33 anos e esta modalidade constitui um desafio constante. Cada vez se quer andar mais rápido e com ventos mais fortes; isto não acaba. Começaram a aparecer as pranchas funboard, mais velozes, mais radicais e, como tudo tem um princípio e um fim, foi o fim no que diz respeito ao Windsurf, tendo, posteriormente, me dedicado a outras actividades náuticas, o que ainda acontece na actualidade, como é o caso da Vela de Cruzeiro e dos Botes Baleeiros.
- Gabinete de Imprensa do CNH: Quem lhe ensinou? - António Luís: Um livreco francês, uns desenhos numa revista e muita imaginação, além da troca de experiências com o Zé e o João. Éramos total- “Senti que tinha outra vez 20 anos!” mente autodidatas! Nós é que fizemos os manuais para as gerações vindouras. Convém dizer - Gabinete de Imprensa do CNH: Após vários que não fui um expert na modalidade; nunca fiz anos de interregno, foi convidado a retomar esta competições, era só “just for fun”. Tive amigos atividade. O que sentiu? que começaram depois, e outros mais novos, - António Luís: Não foi bem para retomar, mas, e que se tornaram especialistas. Importa referir sim, para dar uma volta. que a modalidade começou a massificar-se em Quando acabei o meu percurso no Windsurf, 1980, depois de umas formações dadas pelo vendi as pranchas, mas guardei o arnês, e ainda francês Le Moin, cujo pai tinha uma habitação de bem! Quando, no dia 16 de Setembro último, saí férias no Faial. Ele ministrou uma Carlos Fraga com as suas pranchas, incluido a formação, trouxe umas pranchas João Windsurfer e a Vela que emprestou e aí deu-se o salto da elite para a massificação. Na época, para os jovens de 15 anos, foi um sucesso. Fez-se a 1ª Prova nos Açores, que consistiu numa travessia Horta/Madalena, realizada por altura da Semana do Mar. Foi um sucesso, tendo mesmo sido transmitida pela RTP/Açores. No ano seguinte, já existiam mais de 20 pranchas nos Açores.
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Aspecto de uma competição por altura da Semana do Mar, na década de 80
de casa para participar no Treino dos Veteranos, a minha filha disse-me: “Não penses que tens 20 anos”, mas a verdade é que, quando pus novamente os pés na prancha, senti que tinha outra vez 20 anos. Até nos desequilíbrios (risos)! “Confesso que gostava de experimentar as pranchas Fórmula” - Gabinete de Imprensa do CNH: Vai continuar
ou foi um evento isolado? - António Luís: Foi um acto isolado, mas confesso que despertou em mim o “vírus” do Windsurf e agora gostava de experimentar – mas só experimentar – as pranchas Fórmula. - Gabinete de Imprensa do CNH: Quem aprende nunca esquece? - António Luís: É verdade! A cabeça quer, mas o físico já não corresponde da mesma maneira. - Gabinete de Imprensa do CNH: O que acha
Convívio na Praia de Porto Pim, no final de uma competição, nos anos 80
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Manuais utilizados por António Luís e pelos colegas da modalidade no Faial
da revitalização que está a ser feita pelo Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do CNH? - António Luís: É interessante ver que existe novamente no Clube Naval da Horta um grupo de jovens (adultos) interessados em realizar coisas, tal “Esta modalidade constitui um desafio constante. Cada vez se quer andar mais rápido e com ventos mais fortes”
como aconteceu na minha juventude. E aproveito esta oportunidade para, de forma pública, lembrar pessoas que, pelo seu dinamismo, se destacaram nesta Secção. Foram eles os Pioneiros na participação e realização de eventos como Campeonatos Locais, Regionais e Nacionais na ilha do Faial: - Luís Gaspar, que é Comandante de Linha Aérea, residente nos EUA. - Paulo Gonçalves, Professor de Educação Física, na Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA), residente na Horta. - Armando Castro, Director da Marina da Horta, residente na Horta. - Hildeberto Luís, Mestre na Barcadouro (Rio Douro), residente no Porto. - Tozé Goulart, Comandante de jactos privados, residente nos EUA. - Jorge Gonçalves, Especialista em Informática, residente em Lisboa. - Luís Gonçalves, Fotógrafo Profissional, residente em Lisboa. - José Serpa, Professor do Ensino Secundário, residente em Lisboa. - José Gonçalves, Técnico da Câmara Municipal da Horta, residente na Horta. - Luís Mendonça, já falecido. - João Carlos Fraga (com as suas “Expression Session” da Mistral) já falecido. - José Fraga, retirado da TAP, residente em Ponta Delgada.
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António Luís no Treino dos Veteranos, a 16 de Setembro de 2017
Estes foram os pioneiros na forma moderna como agora se vê esta modalidade. Nunca esperaram pelos outros para organizar actividades; atiraram-se e fizeram. Jamais disseram “ninguém faz nada”. Quando queriam, faziam. Foram, no seu tempo, irreverentes, e considero que ainda o são. Nessa altura realizaram-se Campeonatos Locais, Regionais e Nacionais, intercâmbios com a Madeira, que também estava a iniciar-se nesta modalidade. Nessa época, estávamos em igualdade de circunstâncias com outras zonas de Portugal. Aliás, às vezes até estávamos num patamar mais evoluído! - Gabinete de Imprensa do CNH: Na sua opinião, o actual Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do CNH está no caminho certo? - António Luís: Julgo que é este o caminho, ou
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seja, mostrar a modalidade na sua versão de “fun”, que é como quem diz, divertimento. E seguir os passos dados em 1980: proporcionar formação aos jovens. - Gabinete de Imprensa do CNH: Trata-se de uma modalidade com grande implantação no CNH e na ilha do Faial? - António Luís: Quer se queira quer não, esta é e será sempre uma modalidade de elite, e quando digo de elite refiro-me a um grupo restrito, o que não deve ser confundido com rico, embora tenhamos excelentes condições para praticar Windsurf nas suas vertentes de ondas, longas distâncias ou competições entre bóias.
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WINDSURF JOSÉ FRAGA: “NÃO TENHO DÚVIDAS DE QUE O WINDSURF NOS AÇORES SE INICIOU NO FAIAL, TENDO SIDO EU O PIONEIRO”
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Windsurf marcou um tempo e uma geração na ilha do Faial, tendo sido a primeira dos Açores a praticar este desporto. Feitas as descobertas e as explorações, os pioneiros deram outros rumos à sua vida, mas a verdade é que passados 30 ou mais anos, continuam a sentir a adrenalina de outrora. Por isso, o “Treino dos Veteranos” que o Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do Clube Naval da Horta (CNH) organizou no passado mês, terá de ser continuado ou reinventado, já que veio aflorar memórias adormecidas. José Fraga, o número 1 da modalidade no Faial e nos Açores, foi convidado a resgatar esse passado pioneiro e glorioso, partilhando com todos nós os tempos iniciais. “Em 1978 o meu irmão João Carlos, entusiasta dos desportos radicais, era praticante de surf, com uma tentativa de introdução do skate, não muito bem sucedida por dificuldade de material. Uma vez que não existia no mercado, ele teve necessidade de improvisar, desenhando e cons-
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truindo um, utilizando para o efeito uma tábua de caixote e umas rodas de patins. Como é evidente, era de todo impossível manobrá-lo! Depressa desistiu e continuou a praticar Surf. Nesse ano adquiriu uma prancha de Windsurf e rapidamente me iniciou nesse desporto. Com eu já fazia Surf e praticava Vela desde criança, foi o associar das duas modalidades que constituiu o grande desafio. Claro que tivemos que recorrer a revistas estrangeiras para aperfeiçoar a modalidade. Não posso considerar que tenha sido difícil, mas obrigou a algumas cambalhotas e muita persistência. Contudo, a adrenalina de juntar a uma modalidade nova as outras duas que já praticava, foi o factor dominante. Não tenho dúvidas de que o Windsurf nos Açores se iniciou no Faial, tendo sido eu o pioneiro, pelos motivos acima explanados. Em 1980, um francês de nome Le Moin, trouxe para o Faial algumas pranchas mais leves, de desenho mais atual que a windsurfer, e, em colaboração com o Clube Naval da Horta, catapultou o Windsurf para a linha da frente.
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Surgiram outros entusiastas e deu-se início à competição. Organizaram-se regatas, sobretudo com os chamados “triângulos olímpicos”. No mesmo ano, com a massificação do desporto a nível nacional e o surgimento no mercado de novas pranchas/marcas, decidi evoluir e entrei em contato com o representante da marca “Mistral”, em Portugal (José Monteiro, amigo do João). Esse contacto facilitou a vinda para o Faial de várias pranchas da marca “Mistral”, inclusive a minha “Mistral Tarifa”, a primeira em Portugal. Era uma prancha com características diferentes das existentes na altura, com desenho diferente, sendo mais curta, mais leve e mais radical. Era, também, mais rápida e mais fácil de manobrar, só usando os footstreps e surfando. A vela era só o meio propulsor. Estava dado o primeiro passo para o evoluir da modalidade desde então até aos nossos dias. Acabaram-se os triângulos olímpicos e criaram-se percursos próprios para as pranchas em causa. Nesta modalidade e a nível de competição/organização, no Faial houve vários jovens que se distinguiram, tendo “Claro que tivemos que recorrer a revistas estrangeiras para aperfeiçoar a modalidade”
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“Organizaram-se regatas, sobretudo com os chamados “triângulos olímpicos”
já sido referenciados pelo António Luís, Amigo de muitas e bem sucedidas jornadas náuticas! O meu percurso a nível de desportos náuticos iniciou-se na Vela Ligeira (Lusitos, Snipe, Vouga e Vaurien), no Surf, passando pelo Windsurf e pelo “No Faial houve vários jovens que se distinguiram”
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pequeno catamaran “Fero”, propriedade do senhor Victor Azevedo, antigo Presidente do CNH, que me proporcionou e iniciou no Faial outra forma de navegar – refira-se que a navegação em multicasco é diferente da navegação à vela tradicional – fazendo com que mais tarde, nos anos 90, adquirisse um trimaran de 9 metros chamado “Verdelhão”, que exigia bons conhecimentos de vela para poder optimizá-lo. Ao longo dos anos, todas estas modalidades fizeram parte de uma evolução natural em termos de percurso, que me marcaram, e aconteceram sempre na busca de novos desafios. É de salientar que o Clube Naval da Horta teve e tem um papel importantíssimo na implementação desta modalidade nos Açores. Neste momento, a Secção de Windsurf do CNH, através do seu Grupo de Trabalho, tem vindo a reavivar a modalidade, o que me apraz registar. Foi com agrado que assisti, no passado mês de Setembro (infelizmente não pude participar), ao evento organizado por esta Secção, denominado “Treino dos Veteranos”. Embora não esteja a residir na ilha, fico a aguardar o convite para um próximo encontro”.
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WINDSURF PAULO GONÇALVES: “O WINDSURF FOI A ATIVIDADE DESPORTIVA QUE MAIS PRAZER ME DEU”
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le fez parte da geração dourada no que ao Windsurf diz respeito. Isto significa que aprendeu e praticou no Faial – terra pioneira neste e noutros desportos – e que ainda hoje vibra com as sensações que a modalidade consegue provocar. Nesta Entrevista, Paulo Gonçalves recorda o passado, analisa o presente e perspetiva o futuro da modalidade em que já foi professor. Confessa que foi com prazer que recebeu o convite para voltar a deslizar sobre a água, a bordo do Windsurf, desporto de que guarda gratas memórias. - Gabinete de Imprensa do CNH: Quando começou a praticar Windsurf? - Paulo Gonçalves: Comecei a fazer Windsurf aos 15 anos, em 1980. - Gabinete de Imprensa do CNH: Porquê esta modalidade e não outra? - Paulo Gonçalves: Na época, depois dos Lusitos e dos Optimist, passávamos para a Classe Vaurien. Só havia 2 ou 3 embarcações e implicava uma tripulação de 2 velejadores. Isso limitava bastante as possibilidades de treinar. O Windsurf apareceu como uma atividade nova e individual,
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atrativa e mais fácil de transportar. Foram estas algumas das razões que me levaram a praticar. - Gabinete de Imprensa do CNH: Quem lhe ensinou? - Paulo Gonçalves: Em 1980, tive a oportunidade de fazer um Curso com um monitor francês que trouxe para o Faial 4 pranchas Óceanite, novas. A aprendizagem começou com esse Curso e depois a evolução aconteceu com a prática e muitas leituras de revistas francesas, em especial a Planche à Voile. “Penso que fomos mesmo o único Clube Naval que organizou provas de freestyle em Portugal” - Gabinete de Imprensa do CNH: O que representa para si esta modalidade? - Paulo Gonçalves: O Windsurf, uma especialidade da Vela, foi a atividade desportiva que mais prazer me deu fazer. A velocidade atingida sobre a água é uma experiência fantástica e que não se vive em muitas outras modalidades. Uma das áreas onde mais colaborei com o Clube
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Naval da Horta foi no Windsurf, tendo integrado várias equipas de Secções de Prancha à Vela e organizado muitas atividades, onde destaco o primeiro e único Campeonato Nacional organizado no Faial, em agosto de 1986. Nessa altura, organizámos, também, um Campeonato interessante, que englobava provas em triângulos olímpicos: slalom, longa distância e freestyle e que terminava com uma festa na praia. Penso que fomos mesmo o único Clube Naval que organizou provas de freestyle em Portugal. Também organizámos na altura uma prova única e pioneira: um triatlo composto por Natação, Windsurf e Corrida. - Gabinete de Imprensa do CNH: Quanto tempo praticou? - Paulo Gonçalves: Pratiquei desde 1980 até 2005. A partir de 1990, foi apenas de forma esporádica. - Gabinete de Imprensa do CNH: Por que parou? - Paulo Gonçalves: Parei por várias razões. Em primeiro lugar, porque na vida as prioridades vão mudando. Com o nascimento dos meus filhos, a atenção passou a estar centrada neles e não em mim. “O Windsurf apareceu como uma atividade nova e individual”
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“A velocidade atingida sobre a água é uma experiência fantástica e que não se vive em muitas outras modalidades”
Mas houve outras razões. A vertente competitiva deixou de fazer sentido; a inexistência de outros praticantes, a falta de um companheiro de prática, a multiplicidade de tipos de pranchas e o quase desaparecimento das pranchas de maior volume, também pesaram na minha decisão. “A tarde que passei com alguns dos praticantes da minha geração foi um momento muito agradável” - Gabinete de Imprensa do CNH: Após vários anos de interregno, foi convidado a retomar esta atividade. O que sentiu? - Paulo Gonçalves: Tenho de fazer referência ao Miguel Morais, à Daniela Costa e ao Bruno Gonçalves, que há 2 anos iniciaram este processo de reanimação do Windsurf no Faial. Foi particularmente o Miguel e a Daniela que fizeram com que eu voltasse a ganhar motivação para ir dar umas voltas. Organizaram várias iniciativas e tive muito gosto em participar. Este ano, este novo Grupo está a prosseguir esse esforço e teve a simpatia de organizar uma atividade em homenagem aos primeiros praticantes, facto que não posso deixar de reconhecer, me deixou feliz! A tarde que passei com alguns dos praticantes da minha geração foi um momento
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muito agradável. - Gabinete de Imprensa do CNH: Vai continuar ou foi um evento isolado? - Paulo Gonçalves: No ano anterior tinha prometido a mim mesmo que, se fizesse Windsurf 10 vezes nesse ano, iria pensar em adquirir material novo. Fiz 5. Por isso, acho que isso não acontecerá. Gosto de fazer Windsurf com vento forte e isso implica treinar quando não há vento forte. Mas, muitas vezes quando há bom vento, não dá porque estou a trabalhar. Chega-se ao fim-de-semana e nem sempre há condições. Obviamente que isto são tudo desculpas, pois quando a motivação é muito forte, encontra-se sempre tempo e condições! “Aprecio a vontade destes praticantes em revitalizar o Windsurf e, em especial, porque foram todos meus alunos” - Gabinete de Imprensa do CNH: Quem aprende nunca esquece? - Paulo Gonçalves: Sim, claro, embora implique uma revisão da matéria! - Gabinete de Imprensa do CNH: O que acha da revitalização que está a ser feita pelo Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do CNH? - Paulo Gonçalves: Como já disse, aprecio a
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“Também organizámos na altura uma prova única e pioneira: um triatlo”
vontade destes praticantes em revitalizar o Windsurf e, em especial, porque foram todos meus alunos. Penso que têm uma tarefa difícil, por muitas ordens de fatores, que passo a enumerar: • há cada vez menos jovens • há uma multiplicidade de atividades desportivas disponíveis • há muitas outras opções de ocupação dos tempos livres • os equipamentos são caros • e o Windsurf já não é um desporto novo, entre outros fatores Por outro lado, como já afirmei em local próprio, não percebo esta distinção semântica - Grupo de Trabalho ao invés de Secção, quando até organizam mais atividades do que outras Secções. Tem a importância que tem, mas não percebo! - Gabinete de Imprensa do CNH: Na sua opinião, o atual Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do CNH está no caminho certo? - Paulo Gonçalves: Em bom rigor, não posso responder porque não sei qual é o caminho. Mas acho que estes praticantes mais jovens – e o Windsurf no Faial – teriam tudo a ganhar com a participação e contributo dos praticantes “um pouco mais experientes na vida”. - Gabinete de Imprensa do CNH: Trata-se de
uma modalidade com grande implantação no CNH e na ilha do Faial? - Paulo Gonçalves: Não, e penso que nunca será, pelas várias razões que acima referi. O Faial tem muito boas condições para a prática de desportos de contacto com a natureza, mas, infelizmente, não tem condições excelentes para quase nenhum. Não se pode ter tudo. O Windsurf enquadra-se nesta realidade, infelizmente. Por esta razão, acho que nunca deu um salto quantitativo e qualitativo e, sem querer ser muito pessimista, não perspetivo que tal aconteça no futuro.
“Gosto de fazer Windsurf com vento forte e isso implica treinar quando não há vento forte”
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WINDSURF “O TREINO DAS GERAÇÕES FOI UM DOS EVENTOS MAIS PARTICIPADOS DOS ÚLTIMOS ANOS”
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actividade deste sábado decorreu muito bem, sem imprevistos, com a presença de praticantes mais recentes e outros com mais anos, tendo sido um convívio muito agradável”. É assim que Flávio Pereira, do Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do Clube Naval da Horta (CNH) – de que também fazem parte Jorge Fontes, Rute Matos e João Medeiros – define o Treino das Gerações, que decorreu na Baía da Horta, no passado dia 21. Flávio Pereira sublinha que um dos aspectos que mais agradou ao Grupo organizador deste evento, foi o número de participantes, “tendo sido certamente um dos mais participados dos últimos anos”. E refere: “No total, tivemos 15 Windsurfistas no mar e uma pessoa no barco de apoio”. “O Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do CNH traçou como principal objectivo para
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esta iniciativa, a junção das várias “Geracões” de Windsurfistas. E isso foi plenamente conseguido, uma vez que tivemos a presença de formandos dos Cursos de Iniciação, Curso de Aperfeiçoamento, outros praticantes “autodidactas” que já praticam há alguns anos e, ainda, veteranos que participaram no último evento e dois outros veteranos que aceitaram o convite e se juntaram ao Grupo pela primeira vez. Para rematar tudo isto, também houve um baptismo. Foi um dia de vento e sem isso não é possível praticar esta modalidade, pelo que podemos dizer que ajudou. No entanto, a sua orientação estava do quadrante Sul, fresco, com rajadas, o que de vez em quando tornava um pouco mais difícil a prática, especialmente para os menos experientes. Por outro lado, os mais experientes puderam pôr à prova as suas habilidades. Tendo em conta os objectivos traçados e os re-
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O convívio realizado após o evento foi, também, um momento marcante para participantes e organizadores
sultados alcançados, a Organização está muito satisfeita. O feedback dos participantes foi positivo. Há algum tempo que não tínhamos um evento com o vento mais fresco, o que tornou as sensações diferentes, sendo certo que foi positivo para uma evolução contínua. Neste evento não contámos com a presença do Sr. José Macedo, pelo que a reportagem fotográfica não é tão completa. No entanto, registámos
o apoio do Sr. António Luís, a quem gostaríamos de agradecer, tendo partilhado connosco uma montagem com alguns momentos do evento. A próxima actividade ainda não está confirmada, mas pretendemos juntar-nos às celebrações do São Martinho, no próximo mês de Novembro”. Terminado o Treino das Gerações, desportistas e organizadores reuniram-se em convívio, no Bar do Clube Naval da Horta.
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DESDE 1947 PRÉMIO DE EXCELÊNCIA DESPORTIVA 2011 INSÍGNIA AUTONÓMICA DE MÉRITO CÍVICO 2017 WWW.CNHORTA.ORG
MONTAGEM: ARTUR SIMÕES TEXTOS: CRISTINA SILVEIRA