Ir_ao_mar - Nº67 - Outubro 2019

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RUI DOWLING CAMPEÃO EUROPEU CLASSE HANSA 2.3

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REVISTA MENSAL SOBRE A ATIVIDADE DO CLUBE NAVAL DA HORTA

OUTUBRO 2019 Nº 67 LUÍS PAULO MONIZ | CNH 2019


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MINI-VELEIROS 1ª PROVA DO “TROFÉU TURISMAR 2019”

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oão Nunes, José Gonçalves e António Pereira, foram os vencedores da 1ª Prova do “Troféu Turismar 2019”, realizada na tarde deste domingo, dia 13, uma iniciativa da Secção de Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta (CNH). Participaram 6 velejadores, tendo o 4º lugar sido ocupado por João Sequeira, o 5º por Mário Carlos e o 6º por Eduardo Pereira, cujo veleiro sofreu uma avaria. João Sequeira, Responsável por esta Secção, refere que a prova “decorreu de forma razoável, com saltos de vento”. Como habitualmente, após a competição – composta por 4 regatas – os atletas rumaram à “70” – quiosque de Mário Carlos – para mais um momento de convívio, regado pelos aperitivos e temperado pela análise dos resultados, já que da discussão nasce a luz. O “Troféu Turismar 2019” é composto por 6 Provas, decorrendo de Outubro a Dezembro. A 2ª Prova está calendarizada para o dia 27 do

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corrente; a 3ª para 10 de Novembro e a 4ª para 24 de Novembro. A 5ª e 6ª etapas deste Troféu estão marcadas para Dezembro, dias 08 e 22, respectivamente. De realçar que este é o 5º ano consectivo que o Troféu conta com o patrocínio da Empresa de Actividades Marítimo-Turísticas “Turismar”, de Mário Carlos, praticante desta modalidade.

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MINI-VELEIROS 2ª PROVA DO “TROFÉU TURISMAR 2019”

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oram 7 os velejadores que participaram na 2ª Prova do “Troféu Turismar 2019”, que decorreu na tarde deste domingo, dia 27, um evento da responsabilidade da Secção de Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta (CNH). António Pereira (1º), João Nunes (2º) e José Gonçalves (3º) preencheram o pódio desta competição, marcada por “muitos saltos de vento”, como refere João Sequeira, Responsável por esta Secção. No decorrer das 6 regatas realizadas, assistiu-se “a uma disputa interessante” por parte dos velejadores, na luta pelos melhores resultados. Os restantes lugares da tabela classificativa ficaram assim distribuídos: 4º - Filipe Guerreiro, 5º - Flávio Pereira, 6º - Mário Carlos e 7º - João Sequeira. Como habitualmente, o convívio rematou o programa deste domingo, tendo como ponto de encontro a “70” de Mário Carlos. O “Troféu Turismar 2019” é composto por 6 Pro-

vas, decorrendo de Outubro a Dezembro. A 3ª Prova está calendarizada para 10 de Novembro e a 4ª para 24 do mesmo mês. A 5ª e 6ª deverão acontecer nos dias 08 e 22 de Dezembro, respectivamente. Este é o 5º ano consecutivo em que o Troféu conta com o patrocínio da Empresa de Actividades Marítimo-Turísticas “Turismar”, de Mário Carlos, que também é praticante desta modalidade.

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NATAÇÃO CAMPEONATO REGIONAL DE CLUBES: COMITIVA DO CNH EMBARCOU RUMO A SÃO MIGUEL

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mbarcou na tarde desta sexta-feira, dia 25, a Equipa de Natação do Clube Naval da Horta (CNH) que irá participar no Campeonato Regional de Clubes e em simultâneo na Fase de Qualificação para a 3ª Divisão Nacional - Fase Insular, que decorre sábado e domingo (26 e 27), na ilha de São Miguel. A comitiva integra 16 atletas: 8 Femininos e 8 Masculinos, que se fazem acompanhar por Tiago Henriques, Treinador e Coordenador da Secção de Natação do Clube Naval da Horta. José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH, foi ao Aeroporto despedir-se da comitiva e desejar boa sorte aos nadadores faialenses para esta prova da Temporada 2019/2020.

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NATAÇÃO CAMPEONATO REGIONAL DE CLUBES

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equipa de Natação do Clube Naval da Horta (CNH) participou este fim-de-semana, dias 26 e 27, no Campeonato Regional de Clubes, em São Miguel, tendo alcançado “a sua melhor classificação de sempre nesta prova”, sublinha Tiago Henriques, Treinador e Coordenador da Secção de Natação do Clube Naval da Horta, que destaca, a propósito: “A equipa Feminina classificou-se na 5ª posição enquanto que a Masculina ficou na 4ª posição, o que, em termos absolutos, se traduziu num 4º lugar, considerado como histórico. Na edição da Época passada, ambas as equipas tinham alcançado a 6ª posição, sendo esta uma melhoria bastante acentuada e que traduz em resultados o trabalho que este grupo fantástico de jovens tem desenvolvido.Conseguimos subir uns degraus na nossa evolução e levar o nome do nosso Clube a bom porto, mostrando que estamos no caminho

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certo e que realmente o trabalho compensa”. Tiago Henriques nota que “o esforço tem sido de todos: da Direcção, que continua a apostar na Secção de Natação, a qual começa a colher os seus frutos; e dos atletas, que já na Época passada tinham demonstrando vontade de evoluir, trabalhando com grande afinco e determinação e com uma confiança tremenda nos ensinamentos que o Treinador lhes vai passando ao longo do tempo”. Por tudo isso, este Técnico salienta: “Sou, realmente, um Treinador orgulhoso, porque tenho comigo um grupo de atletas que me motiva todos os dias a trabalhar cada vez melhor para eles e com um grande sorriso no rosto. Estão todos de Parabéns!” Nesta competição – que decorreu no Complexo Municipal das Laranjeiras, em Ponta Delgada – o CNH fez-se representar por 16 atletas: 8 Femininos e 8 Masculinos, acompanhados por Tiago Henriques.

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PESCA DESPORTIVA DE COSTA 4º TORNEIO REGIONAL DE PESCA DESPORTIVA

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rganizado pelo Clube de Pesca Ilha Azul, do Faial, realizou-se no fim-de-semana, dias 26 e 27, o 4º Torneio Regional de Pesca Desportiva, em que participaram cerca de 50 pescadores de 11 clubes dos Açores e da Madeira. Os Açores estiveram representados pelo Clube organizador, pelo Departamento de Pesca Desportiva do Futebol Clube da Calheta e Clube Naval das Velas, ambos de São Jorge; pelo Clube de Pesca Desportiva Os Cagarros, de Santa Maria; pelo Clube Açoriano de Pesca Desportiva, de São Miguel; pelo Clube Naval da Horta (CNH), do Faial; pelos Clubes Náuticos das Lajes e de Santa Cruz, Clube Naval de São João e

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o Desportivo de São João, todos da ilha do Pico; e pelo clube Os Amigos da Pesca, do arquipélago da Madeira. A competição decorreu em termos individuais e por equipas. O Clube Naval da Horta conquistou os dois primeiros lugares em individuais, tendo José Alberto Goulart ocupado o 1º lugar do pódio e Carlos Medeiros o 2º. Por equipas, o CNH arrecadou a 2ª posição. Carlos Medeiros, Director da Secção de Pesca Desportiva de Costa do CNH, afirma-se “muito satisfeito” pelos resultados alcançados pelo CNH, enaltecendo a forma como decorreu este Torneio e o convívio gerado.

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VELA DE CRUZEIRO REGATA DA REPÚBLICA

Luís Quintino (ORC A), Luís Decq Motta (ORC B) e Frederico Rodrigues (OPEN) ganharam a Regata da República

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os 11 barcos inscritos, 10 realizaram a Regata da República, decorrida na tarde deste sábado, 05 de Outubro, uma iniciativa da Secção de Vela de Cruzeiro do Clube Naval da Horta (CNH). A largada foi dada pelas 15 horas, tendo as embarcações em prova completado um triângulo no Canal Faial/Pico: porto da Horta, baixa Sul e Areia Larga. “Com o vento fresco, a soprar do quadrante Sudeste, as 8 milhas foram percorridas entre 1 hora e 11 minutos, no caso do primeiro barco, e 1 hora e 44 minutos, no que concerne ao último concorrente a cortar a linha de chegada”, refere Susana Rosa, Coordenadora desta Secção, em conjunto com José Fernandes. Na Classe ORC A, o pódio ficou assim preen-

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chido: “Xazul” (Luís Quintino); “Majo” (Armando Castro) e “Boreas” (Luís Paulo Morais). “Hot Stuff” (Luís Decq Motta); “Além Mar” (Disidério Machado); e “No Stress” (António Pedro Oliveira), foram os vencedores da Classe ORC B. Na Classe OPEN, foi esta a classificação: “Soraya” (Frederico Rodrigues); “Solaris” (John Hardy); “Linda” (Jean Pierre Dhant) e “Hurtere” (Paulo

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CLUBE NAVAL DA H Salvador). A Regata da República contou com o patrocínio de Grenier e Savoie Family, que promoveu um jantar na sala “Peter Café Sport” e ofereceu os Prémios aos vencedores das 3 Classes. A Organização expressa a sua satisfação pelo “significativo” número de participantes e pela forma como decorreu a competição, sobressaindo o gosto pela prática da Vela de Cruzeiro – algo muito enraízado no Clube Naval da Horta – a camaradagem e o ‘fairplay’. O jantar e a Entrega de Prémios traduziram-se num animado convívio entre velejadores, organizadores, colaboradores e patrocinador.

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O Calendário desta Secção para a Temporada de 2019 foi composto por 16 regatas e um ‘rally’, sendo que deste conjunto 8 regatas integraram o Campeonato de Ilha 2019 - Peter Café Sport, designadamente: Regata da Liberdade, Regata da Marinha, Regata Peter Café Sport, Regata do Canal, Regata do Varadouro, Regata de Aniversário do CNH, Regata da República e Regata de São Martinho. Deste lote, apenas falta realizar a Regata de São Martinho, calendarizada para 10 de Novembro próximo. As restantes iniciativas da Secção de Vela de Cruzeiro (extra Campeonato) foram: Regata da Marina (Volta à Ilha), Sanjoaninas, Regata Hor-

À frente, podem ver-se os vencedores da Classe ORC A. Da esquerda para a direita: Luís Morais, 3º classificado; Luís Quintino, 1º; e Armando Castro, 2º

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Na Classe ORC B, o pódio ficou assim preenchido: Luís Decq Motta (com a filha às cavalitas); Disidério Machado (pólo amarelo); e António Pedro Oliveira (pólo bege)

Os vencedores da Classe OPEN foram: Frederico Rodrigues, John Hardy e Jean Pierre Dhant

Os Prémios foram oferecidos por Grenier e Savoie Family

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ta/Velas/Horta, Rally Santa Maria Madalena, Regata “Atlantis Cup”, Regata de Solitários, Troféu Horta e Regata das Sereias. A última está marcada para 15 de Dezembro, que é a Regata de Natal. A abertura oficial da Época ocorreu no dia 25 de Abril, com a Regata da Liberdade, e o encerramento será assinalado com o Convívio de Natal, a realizar a 15 de Dezembro de 2019 nas instalações do CNH, em que será feita a Entrega de Prémios do Campeonato de Ilha - Peter Café Sport.

O jantar-convívio decorreu na sala “Peter Café Sport”

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VELA LIGEIRA CAMPEONATO EUROPEU DA CLASSE HANSA

Na fotografia - atrás, da esquerda para a direita: João Duarte, Treinador da Classe Hansa do CNH; José Fialho, Presidente da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF), parceira do CNH; Luís Paulo Moniz, que integra a Logística; Orlanda Moniz, Funcionária do CNH; José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH; e Nilzo Fialho (com a mulher e a filha), Terapeuta da APADIF. À frente podem ver-se os velejadores Libério Santos, acompanhado pela mulher; Rui Dowling e Lício Silva

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comitiva do Clube Naval da Horta (CNH) embarcou na tarde de sábado, dia 05, rumo ao Campeonato da Europa da Classe Hansa (Vela Adaptada), que decorre até ao próximo dia 12 do corrente, em Portimão. Os velejadores – Libério Santos, Rui Dowling e Lício Silva – fazem-se acompanhar por João Duarte, Treinador da Classe Hansa; Nilzo Fialho, Terapeuta da

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Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF), parceira do CNH; e Luís Paulo Moniz, Colaborador do CNH. Tal como a fotografia documenta, José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH, foi ao Aeroporto despedir-se de todos e desejar que os êxitos alcançados há 1 semana no Nacional, também disputado em Portimão, possam repetir-se ou, quem sabe, ser superados. Recorde-se que no Campeonato Nacional da Classe Hansa, o velejador Rui Dowling, do Clube Naval da Horta, se sagrou Campeão Nacional da Classe Hansa 2.3, título que já tinha conquistado em 2016. Libério Santos foi 3º classificado, tendo Lício Silva ficado na 4ª posição, com o mesmo número de pontos. O Campeonato da Europa da Classe Hansa é organizado pelo Iate Clube Marina de Portimão (ICMP) e a Associação Teia D’Impulsos, mediante o seu projecto “Vela Solidária”. De realçar que a participação da Classe Hansa do Clube Naval da Horta no Campeonato da Europa

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só é possível graças ao apoio da Secretaria Regional da Solidariedade Social e da Câmara Municipal da Horta. A juntar aos 35 velejadores portugueses, o Campeonato Europeu da Classe Hansa conta com mais 110 velejadores de todo o Mundo para competirem em 3 classes diferentes. Os 3 atletas do CNH encontram-se em representação do Faial e dos Açores, uma vez que o Clube Naval da Horta é o único clube da Região que conta com Classe Hansa na sua Escola de Vela, tendo sido, tal como noutros aspectos, também pioneiro no que toca à Vela inclusiva no Arquipélago. Já em Portimão, domingo foi dia de preparação, pesagem e medição dos barcos e palamenta, assim como das inscrições no campeonato.

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Rui Dowling é o Campeão Nacional da Classe Hansa 2.3 de 2019, feito que consta do palmarés deste atleta no ano de 2016

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VELA LIGEIRA CAMPEONATO EUROPEU DA CLASSE HANSA

Comitiva do CNH em preparativos para o arranque do Campeonato Europeu da Classe Hansa

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epois de ter aterrado em Faro na noite deste sábado, dia 05, a comitiva do Clube Naval da Horta (CNH) passou o dia de domingo, 06, em preparativos para o Campeonato da Europa da Classe Hansa (Vela Adaptada), que decorre até ao próximo dia 12 do corrente, em Portimão. O Campeonato da Europa da Classe Hansa é organizado pelo Iate Clube Marina de Portimão (ICMP) e a Associação Teia D’Impulsos, através do seu projecto “Vela Solidária”. Os velejadores faialenses – Libério Santos, Rui Dowling e Lício Silva – fazem-se acompanhar, na vertente da Logística, por João Duarte, Treinador da Classe Hansa; Nilzo Fialho, Terapeuta da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF), parceira do CNH; e Luís

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Paulo Moniz, Sócio e Colaborador do CNH. Medições e afinações, foram o prato forte deste domingo nos preparativos para o Europeu, o que se revelou” um dia cansativo”, explica João Duarte. A primeira regata está marcada para esta terça-feira, dia 08, sendo a previsão de pouco vento. “Os velejadores estão motivados e a expectativa é de fazerem um bom Campeonato”, realça o Treinador da Classe Hansa do CNH. A participação da Classe Hansa do Clube Naval da Horta no Campeonato da Europa só é possível graças ao apoio da Secretaria Regional da Solidariedade Social e da Câmara Municipal da Horta. O Campeonato Europeu da Classe Hansa 2019 conta com 35 velejadores portugueses, que irão competir, em 3 classes diferentes, com mais 110 de todo o Mundo.

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No conjunto das 3 fotografias, podem ver-se os Velejadores do CNH: Rui Dowling, Libério Santos e Lício Silva, acompanhados por João Duarte, na confirmação das inscrições para o Campeonato Europeu da Classe Hansa, em Portimão

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VELA LIGEIRA CAMPEONATO EUROPEU DA CLASSE HANSA

1º dia do Campeonato Europeu da Classe Hansa, em Portimão: Velejadores do CNH no ‘top ten’

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m erro de interpretação no percurso estabelecido comprometeu os resultados dos velejadores do Clube Naval da Horta (CNH) na 1ª regata desta terça-feira, 08, dia de arranque do Campeonato da Europa da Classe Hansa (Vela Adaptada), que decorre até ao próximo dia 12, na Cidade Europeia do Desporto: Portimão. Contudo, “na segunda regata já houve melhorias, havendo grandes expectativas para esta quarta-feira, dia 09, atendendo a que há perspectivas de haver vento”, refere João Duarte, Treinador da Classe Hansa do CNH. Por isso, os velejadores faialenses estão “esperançosos” de uma boa prestação neste 2º dia de competição. Os atletas da Classe Hansa 2.3 do CNH – Libério Santos, Rui Dowling e Lício Silva – fazem-se

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acompanhar, na vertente da Logística, por João Duarte, Treinador da Classe Hansa; Nilzo Fialho, Terapeuta da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF), parceira do CNH; e Luís Paulo Moniz, Sócio e Colaborador do CNH.

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CLUBE NAVAL DA H Feitas as contas a este 1º dia do Europeu, os velejadores faialenses encontram-se no ‘top ten’, com Rui Dowling (Campeão Nacional da Classe, título alcançado na passada semana, também em Portimão) na 6ª posição; Lício Silva em 9º lugar e Libério Santos em 10º. As regatas desta terça-feira decorreram da parte da manhã. Quarta-feira serão à tarde, com a particularidade de serem sempre 2 por dia para a Classe Hansa 2.3. Até sábado, último dia de prova, haverá sempre uma alternância – ora de manhã ora à tarde – no período de realização das regatas destinadas à Classe 2.3. O Campeonato da Europa da Classe Hansa é organizado pelo Iate Clube Marina de Portimão

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(ICMP) e a Associação Teia D’Impulsos, através do seu projecto “Vela Solidária”. João Duarte dá como nota “o ambiente espectacular que se vive em Portimão, com sol, muito colorido, velejadores de 11 países, com atletas convidados da Tasmânia (Austrália), o que se traduz numa experiência muito agradável”. Recorde-se que a participação da Classe Hansa do Clube Naval da Horta no Campeonato da Europa só é possível graças ao apoio da Secretaria Regional da Solidariedade Social e da Câmara Municipal da Horta. Neste Europeu, encontram-se em competição 35 velejadores portugueses e 110 de todo o Mundo.

A comitiva do CNH defende as cores do Clube, do Faial, dos Açores e de Portugal Atrás, da esquerda para a direita: Nilzo Fialho, Orlanda Moniz, Luís Paulo Moniz e João Duarte À frente, pela mesma ordem: Rui Dowling, Lício Silva e Libério Santos

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VELA LIGEIRA CAMPEONATO EUROPEU DA CLASSE HANSA

Pouco vento no 2º dia do Campeonato Europeu da Classe Hansa, em Portimão. Rui Dowling conseguiu um 4º lugar nas regatas de quarta-feira

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pós as 2 regatas realizadas neste 2º dia (quarta-feira, 09) do Campeonato da Europa da Classe Hansa (Vela Adaptada), que se encontra a decorrer em Portimão, os resultados dos velejadores do Clube Naval da Horta (CNH) foram os seguintes: Rui Dowling: 4º lugar; Lício Silva: 6º e Libério Santos: 10º. João Duarte, Treinador da Classe Hansa do CNH, refere que “embora este 2º dia de prova tenha corrido um bocadinho melhor do que o 1º, a verdade é que os atletas se debateram com condições muito difíceis, velejando com muito pouco vento e muita corrente”. “Está a ser um Campeonato trabalhoso”, salienta este Técnico. As regatas desta quinta-feira, dia 10, têm início pelas 10 horas da manhã, o que faz crer que possa haver algum vento. Recorde-se que Campeonato da Europa da Classe Hansa decorre até sábado, dia 11, sendo organizado pelo Iate Clube Marina de Portimão

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(ICMP) e a Associação Teia D’Impulsos, através do seu projecto “Vela Solidária”. Na disputa pelos melhores lugares encontram-se 35 velejadores portugueses e 110 de todo o Mundo.

Lício Silva alcançou a 6ª posição

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Libério Santos foi 10º classificado neste 2º dia de prova

O apoio da Logística é diário e fundamental

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VELA LIGEIRA CAMPEONATO EUROPEU DA CLASSE HANSA

Rui Dowling conseguiu um 1º lugar no 3º dia de prova

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facto de ter havido pouco vento esta quinta-feira, 10 – 3º dia do Campeonato da Europa da Classe Hansa (Vela Adaptada), que decorre em Portimão – foi favorável a Rui Dowling, velejador do Clube Naval da Horta (CNH). João Duarte, Treinador da Classe Hansa do CNH, considera que foram “condições ideais” para este atleta, “que percebeu tacticamente o que deveria fazer”. “O Rui andou bem e na 1ª regata conseguiu um 2º lugar muito renhido com uma velejadora inglesa”. Na 2ª regata do dia, a luta foi igualmente grande, tendo Rui Dowling levado a melhor, alcançando um 1º lugar. Para os outros 2 velejadores do CNH, Lício Silva e Libério Santos, esta quinta-feira trouxe “condições muito ingratas”, se tivermos em conta que a

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2ª regata acabou quase sem vento. Sexta-feira, dia 11, as regatas da Classe Hansa 2.3 serão realizadas da parte da manhã e embora a previsão seja de vento, João Duarte não acredita muito nesse cenário, atendendo a que “há muita instabilidade” no campo de regatas. O Campeonato da Europa da Classe Hansa é organizado pelo Iate Clube Marina de Portimão (ICMP) e a Associação Teia D’Impulsos, através do seu projecto “Vela Solidária”. A comitiva do CNH é composta pelos atletas, que se fazem acompanhar, em termos Logísticos, por João Duarte, Treinador da Classe Hansa; Nilzo Fialho, Terapeuta da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF), parceira do CNH; e Luís Paulo Moniz, Sócio e Colaborador do CNH. Os resultados obtidos esta quarta-feira pelos velejadores faialenses foram os seguintes: 1º lugar: Rui Dowling; 8º: Lício Silva e 10º: Libério Santos.

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Rui Dowling manteve o 1º lugar no 4º dia de prova no Europeu da Classe Hansa

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ste 4º dia (sexta-feira, 11) de regatas do Campeonato da Europa da Classe Hansa (Vela Adaptada), que decorre em Portimão até sábado, dia 12, ficou marcado por “condições de mar muito complicadas e vento bastante inconstante”, reporta João Duarte, Treinador da Classe Hansa do Clube Naval da Horta (CNH). Ainda assim, Rui Dowling (Classe 2.3) conseguiu manter o 1º lugar, que já vinha de quinta-feira. Libério Santos (na mesma Classe) ficou na 7ª posição e Lício Silva não competiu devido a uma lesão. Neste penúltimo dia de prova, foram realizadas 3 regatas, reservando-se a última para sábado, dia em que termina o Europeu e que haverá a Entrega de Prémios.

O Campeonato da Europa da Classe Hansa é organizado pelo Iate Clube Marina de Portimão (ICMP) e pela Associação Teia D’Impulsos, através do seu projecto “Vela Solidária”. A comitiva do CNH, composta pelos atletas Rui Dowling, Libério Santos e Lício Silva, e os elementos da Logística: João Duarte, Treinador da Classe Hansa; Nilzo Fialho, Terapeuta da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF), parceira do CNH; e Luís Paulo Moniz, Sócio e Colaborador do CNH, regressa ao Faial este domingo, dia 13.

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VELA LIGEIRA CAMPEONATO EUROPEU DA CLASSE HANSA

Rui Dowling, velejdor do CNH, é Campeão Europeu 2019 da Classe Hansa 2.3

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epois de, no fim de Setembro, se ter sagrado Campeão Nacional, Rui Dowling, velejador do Clube Naval da Horta (CNH), conquistou este sábado, dia 12, o título de Campeão Europeu 2019 da Classe Hansa 2.3 (Vela Adaptada). Os feitos foram alcançados na Cidade Europeia do Desporto: Portimão. No 2º lugar do pódio ficou André Bento, do Porto, que, curiosamente, era o detentor de ambos os títulos (Campeão Nacional e Europeu) relativos a 2018. João Duarte, Treinador da Classe Hansa do CNH, expressa a sua “grande satisfação” pelo desempenho e resultado do seu atleta, sublinhando que se tratou de um Campeonato “cansativo e longo, muito sofrido, com condições de tempo muito variáveis e pouco favoráveis à prática da Vela”. Para os outros dois velejadores do CNH em prova, o desfecho não foi positivo, já que Lício Silva sofreu uma lesão, o que o impediu de competir nos últimos 2 dias, e Libério Santos ficou na 8ª posição, um resultado directamente relacionado com as adversas condições registadas.

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“Este Europeu também permitiu fazer novos amigos e viver outras experiências” Rui Dowling ainda se encontra a digerir estas duas vitórias consecutivas e isso mesmo se percebeu na conversa que manteve com o Gabinete de Imprensa do CNH, a quem revelou estar naturalmente “cansado”. “Este Campeonato correu bem. Embora não tenha começado da melhor forma, fui recuperando ao longo dos dias. Foi difícil e cansativo. Foram 5 dias de ir para o mar, com regatas que não foram fáceis. No 4º dia houve bastante vento e hoje [sábado, 12] não se realizou a regata que estava prevista devido ao denso nevoeiro que se abateu sobre o campo de regata. Posso classificar este Campeonato da Europa como “uma viagem atribulada”. Tendo em conta as datas de realização do Nacional [de 27 a 29 de Setembro] e do Europeu [de 05 a 12 de Outubro] não houve muito tempo para recuperar, pelo que me sentia cansado e agora ainda mais. Além disso, estamos a falar de uma estreia, atendendo a que nunca tinha participado num Europeu, assim como os meus colegas. Havia essa expectativa. Verificou-se menos calor do que no Nacional mas

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“Foram 5 dias de ir para o mar, com regatas que não foram fáceis”

havia mais concorrentes, que deram luta, pois, são grandes velejadores. Basta dizer que a diferença entre o 1º e o 2º classificados da minha Classe foi bastante pequena. Senti muita pressão mas foi uma boa experiência e este é um dia especial, para recordar. São muitas emoções em simultâneo. Recebi imensas chamadas de pessoas a darem-me os parabéns. Foram tantas, que o telemóvel ficou sem bateria (risos). Este Europeu também permitiu fazer novos amigos e viver outras experiências. Foi engraçado estar no mar e ouvir em diferentes idiomas conversas relacionadas com bordos, bolinas, estratégias, etc. Foi bonito ver o rio Arade cheio de barcos em competição. Partilho a vitória com toda a comitiva do Clube Naval da Horta – pois, sem eles nada disto era possível – e com os meus colegas Lício e Libério. Estou a ganhar mas o trabalho e o apoio da Logística é fundamental! Uma palavra de grande apreço ao meu Treinador. Contudo, partilho de modo especial esta conquista com o Lício, que sofreu uma lesão no decorrer da prova, o que o impediu de continuar em competição, situação que também me afectou um pouco”. O Campeonato da Europa da Classe Hansa foi organizado pelo Iate Clube Marina de Portimão (ICMP) e a Associação Teia D’Impulsos, através do seu projecto “Vela Solidária”. Participaram 35

velejadores portugueses e 110 de todo o Mundo. A comitiva do CNH é composta pelos atletas, que se fazem acompanhar, em termos Logísticos, por João Duarte, Treinador da Classe Hansa; Nilzo Fialho, Terapeuta da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF), parceira do CNH; Luís Paulo Moniz, Sócio e Colaborador do CNH; e Orlanda Moniz, Funcionária do CNH. A chegada ao Faial está prevista acontecer na manhã deste domingo, dia 13. De destacar que a participação da Classe Hansa do Clube Naval da Horta no Campeonato da Europa foi uma realidade graças ao apoio da Secretaria Regional da Solidariedade Social e da Câmara Municipal da Horta.

Rui Dowling: “Partilho de modo especial esta conquista com o meu colega Lício Silva”

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VELA LIGEIRA HOMENAGEM A RUI DOWLING

José Decq Mota lançou desafio para o Mundial de 2020, em Los Angeles

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s feitos recentemente alcançados por Rui Dowling, velejador do Clube Naval da Horta (CNH), são motivo de orgulho para o atleta mas, também, para esta instituição náutica, para a Ilha do Faial, a Região Açores e para Portugal. No espaço de 15 dias, Rui Dowling sagrou-se Campeão Nacional e Europeu 2019 da Classe Hansa 2.3 (Vela Adaptada), na Cidade Europeia do Desporto: Portimão. Para comemorar estas vitórias, a Direcção do CNH organizou uma Sessão de Homenagem ao duplo Campeão e a toda a Equipa desta Classe, de que fazem parte os atletas Libério Santos e Lício Silva. Na celebração festiva, que decorreu na noite desta sexta-feira, dia 18, na Sala Peter, na cidade da Horta, estiveram presentes amigos e familiares dos velejadores da Classe Hansa 2.3, Colaboradores, Funcionários, Dirigentes e Sócios

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do CNH; bem como João Duarte, Treinador da Classe Hansa do CNH; Nilzo Fialho Terapeuta da APADIF e Luís Paulo Moniz, Sócio e Colaborador do Clube, tendo estes dois últimos integrado a Logística do CNH no Campeonato Europeu. Neste ambiente amigo pontuavam, também, entidades convidadas, designadamente Filipe Menezes, Vereador da Cultura, em representação do Presidente da Câmara Municipal da Horta; José Fialho, Presidente da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF), parceira do CNH; Bruno Leonardo, Director do Serviço de Desporto da Ilha do Faial; Armando Castro, Director da Marina da Horta; Paulo Guerreiro, Adjunto do Capitão do Porto da Horta, em representação deste; e Jorge Macedo, Presidente da Associação Regional de Vela dos Açores (ARVA). A Sessão de Homenagem começou com a visualização de um vídeo relativo ao Europeu, com imagens captadas por Nilzo Fialho e Luís Paulo Moniz, com montagem de Artur Filipe Simões, do Gabinete de Comunicação do CNH.

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Os mais altos prémios da Classe Hansa 2.3 – o título alcançado no Europeu e a Taça do Nacional – encontram-se ambos no Faial, conquistados por Rui Dowling

Na sua intervenção, José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH, destacou que os títulos agora conquistados por este “excelente velejador do CNH” são merecedores de “profundo apreço por parte do Clube Naval da Horta e de toda a sociedade faialense”. “Muitos e muitos parabéns, Rui! Faço votos de que a tua determinação e capacidade continuem a afirmar-se”, sublinhou este Dirigente, frisando o facto de esta ter sido “a primeira vez” que um atleta do CNH conseguiu alcançar tal resultado num Campeonato Europeu de Vela.

todas as letras, que este projecto de implantação no Faial da Vela Adaptada a cidadãos com mobilidade reduzida tem um autor, que soube planear, que soube apresentar o projecto, que soube atrair o interesse do CNH e da APADIF, que soube atrair e entusiasmar colaboradores e que soube, muito especialmente, envolver no projecto aqueles que são hoje os nossos excelentes velejadores da Classe Hansa: estou a falar, obviamente, de João Manuel de Freitas Duarte, que teve a clarividência

Classe Hansa nasce da parceria entre APADIF e CNH Fazendo uma retrospectiva, o mais alto Responsável pelos destinos do CNH lembrou que a Classe Hansa existe e é praticada no CNH porque em 2011 foi estabelecida uma parceria entre a APADIF e o CNH, que lançou o Projecto “Vela para Todos - Faial sem Limites”, iniciativa essa que enquadrou e enquadra esta actividade desde o início. “Ao referir este facto, tem de ser dito, com

José Decq Mota: “Esta foi a primeira vez que um atleta do CNH se sagrou Campeão Europeu de Vela”

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Rui Dowling, Luís Paulo Moniz, Nilzo Fialho (pólo azul), Libério Santos, Armando Oliveira e João Duarte: Velejadores, Treinador e Colaboradores

de saber juntar a sua preparação e experiência profissional à sua capacidade como velejador que é desde miúdo”, enalteceu José Decq Mota, que prosseguiu dizendo: “É necessário referir que o sucesso deste Projecto está muito ligado à determinação e empenho dos velejadores, à capacidade de convivência pessoal e desportiva e à inter-ajuda que, especialmente na Classe Hansa 2.3, é muito visível e em boa parte responsável pelos meritórios resultados que todos eles têm atingido. O envolvimento do Libério Santos, do Lício Silva e do Rui Dowling, que são os velejadores de competição em Hansa 2.3, tem sido muito forte e valioso e, por isso, determinante na obtenção de resultados crescentes e excelentes”.

Hansa (2.3 e 303) no CNH; que a colaboração voluntária, quer em treinos, quer nas competições, de desportistas do CNH, com destaque, de entre outros, para Luís Paulo Moniz, António Pedro Oliveira e Patrícia Lourenço; que o envolvimento global dos Funcionários Armando Oliveira, Diogo Nunes e Diogo Mendonça na preparação, manutenção e conservação da nossa frota de barcos Hansa, são factores que, juntos, muito contribuem para o assinalável sucesso desta Classe no nosso Clube, sucesso esse que gerou títulos nacionais e europeu”. Constituição da frota (entre 2012 e 2014) contou com diversos apoios José Decq Mota aproveitou esta ocasião para lembrar como aconteceu a implementação da Classe Hansa no CNH e a constituição da (actual) frota de 5 barcos Hansa: “Estávamos em 2011/12 e a crise que abalava Portugal também afectava fortemente o associativismo desportivo; os apoios estavam a diminuir e alguns foram mesmo suspensos, o que dificultava fortemente a aquisição de

A rectaguarda da Classe Hansa “Pode e deve dizer-se que a existência no Clube Naval da Horta de um grupo de velejadores de Hansa 2.3, que adquiriu muita qualidade, que é muito bem orientado tecnicamente, que tem todos os apoios logísticos necessários e que é acompanhado, permanentemente, pelos serviços de gestão desportiva, administrativos e técnicos do Clube, gerou as condições indispensáveis à obtenção deste prestigiado título de Campeão Europeu e de dois títulos de Campeão Nacional arrecadados por Rui Dowling, tendo o primeiro sido em 2016 e o segundo agora em 2019”, ressaltou este Dirigente, finalizando desta forma o capítulo da rectaguarda existente: “É fundamental ter presente que a acção permanente do Treinador João Duarte, do Terapeuta Nilzo Fialho, que enquadram, de forma totalmente benévola, a actividade de treino e competição da Classe

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José Decq Mota: “Prefiro pensar e dizer que está suspensa essa vertente do Projecto (...) e esperar que as entidades (...) voltem a reconhecer que esta actividade (...) é de enorme importância para a valorização pessoal destes utentes”

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CLUBE NAVAL DA H barcos. Entretanto, a forma como o Projecto “Vela para todos - Faial sem Limites” foi concebido e apresentado à sociedade e às instituições, suscitou um claro sentido de solidariedade que veio a resolver a determinante questão da aquisição de barcos. Assim, o primeiro 303, depois de uma memorável apresentação do Projecto, foi oferecido pela Academia do Bacalhau do Faial, que, durante meses, angariou fundos para o efeito nos seus jantares mensais. Os dois barcos 2.3 de um lugar foram comprados, em muito bom estado, com financiamento da Câmara Municipal da Horta, da APADIF, do CNH e com donativos pessoais de um conjunto largo de Deputados Regionais do Partido Socialista (PS) e de diversos anónimos; o 2.3 de dois lugares e o segundo 303 resultaram do sucesso da nossa candidatura a um concurso que a Fundação EDP criou e que visava apoiar instituições de apoio a cidadãos com deficiência. Esta frota, constituída entre 2012 e 2014, tem sido muito bem mantida e constitui um importante instrumento de integração de pessoas com deficiência e de desenvolvimento da competição de atletas com mobilidade reduzida”. “Vela para Todos” com vertente competitiva e de ocupação dos tempos livres O Presidente do único Clube dos Açores com Vela Adaptada no activo sustentou que o Projecto “Vela para Todos - Faial sem Limites” foi concebido, desde o início, com duas vertentes: a competitiva – que foi criada e existe, sendo da responsabilidade do CNH – e a de ocupação de tempos livres, destinada a portadores de multideficiência que, durante mais de 3 anos movimentou, “com muito sucesso”, dezenas de utentes da APADIF, do Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) da Santa Casa e de outras instituições. Inicialmente funcionava duas vezes por semana e posteriormente três, em horário laboral, atendendo a que se tratava de utentes de instituições com horários normais. O CNH preparava os barcos, assegurava as embarcações de apoio e, de forma conjunta, João Duarte e Nilzo Fialho, profissionais protocolados com o Instituto de Segurança Social dos Açores (ISSA), desenvolviam, nesses horários, esta vertente “muitíssimo útil” do Projecto “Vela para Todos - Faial sem Limites”.

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Plenitude do Projecto “Vela para Todos - Faial sem Limites” para quando? “Tudo isto foi estabelecido entre a APADIF, as restantes instituições, o ISSA e o Projecto. Tudo isto funcionou de forma excelente, foi observado e elogiado, de forma sentida, por governantes da área. Tudo isto gerava uma enorme felicidade a esses portadores de multideficiência que vinham, regularmente, ao longo do ano, andar à Vela”, recordou José Decq Mota, que se questiona: “Tudo isto acabou, nunca percebi bem porquê!” Prefiro pensar e dizer que está suspensa essa vertente do Projecto “Vela para Todos - Faial sem Limites” e esperar que as entidades, as instituições e as pessoas envolvidas voltem a reconhecer que esta actividade, desenvolvida por dois técnicos do ISSA, de grande qualidade na área, é de enorme importância para a valorização pessoal dos seus utentes. Quando me for dada a notícia de que essa ocupação de tempos livres para multideficientes, com barcos de Vela Adaptada, vai recomeçar, então poderei responder aos vários utentes com quem me cruzo e perguntam: “Quando é que há Vela?”, direi: “É para a semana que vem!” Só assim, este Projecto Faialense voltará à sua necessária plenitude!” Apoios não chegam para participar nas PAN De realçar que a participação do CNH neste Europeu, realizado em Portimão, foi possível graças ao protocolo que a APADIF estabeleceu com a Secretaria Regional da Solidariedade Social bem como com um celebrado com a Câmara Municipal da Horta, entidades a quem José Decq Mota agradeceu. Quanto aos Campeonatos Nacionais em que esta instituição náutica faialense tem participado – incluindo o que foi organizado pelo CNH em 2014, realizado na Horta – a participação do Clube foi coberta com orçamento próprio, sendo que uma das receitas desse montante é constituída pelo valor de um Contrato-Programa com a Direcção Regional do Desporto (DRD), relativo à Vela Adaptada. “Mas é preciso ter presente que só nos é possível usar esse valor para cobrir parte da despesa que se tem com o Nacional, porque o Treinador e o Terapeuta desenvolvem a sua actividade de treino e competição no CNH de for-

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ma benévola, sem cobrar qualquer quantia”, sustentou este Dirigente, que defende: “Poderíamos e deveríamos, ainda, participar nas duas Provas de Apuramento Nacional (PAN), que são realizadas anualmente, mas a exiguidade orçamental, associada à ausência de apoios específicos para este tipo de competição, têm determinado a impossibilidade de competir”. Em contexto de agradecimentos, o Presidente da Direcção do CNH registou publicamente o apoio dado pela ARVA à participação do Clube nos Campeonatos Nacional e Europeu, “não só cedendo o barco de apoio, o que é habitual, mas responsabilizando-se pelo custo do transporte dessa embarcação e dos barcos Hansa, que foram emprestados para Portimão, e regresso a Lisboa”. José Decq Mota endereçou palavras de reconhecimento aos Atletas e a toda a Equipa da Classe Hansa do CNH, garantindo que “podem contar sempre com o esforço da Direcção e de todo o pessoal do Clube”. “Olhamos para todos vós como um exemplo de dedicação, esforço e capacidade e agradecemos, reconhecidamente, o que a vossa actividade e sucesso representam para a valorização da nossa Terra e do nosso Clube”.

ral, a aprovação, nos termos estatutários, “de medidas que registem, valorizem e consagrem a importância dos títulos alcançados pelos Hansa do CNH e a importância do Projecto “Vela para todos - Faial sem limites”, resultante da parceria APADIF/CNH”. Rui Dowling agradece aos amigos e à família Convidado a dizer umas palavras, o grande homenageado da noite louvou esta iniciativa do CNH, o que “muito” o sensibilizou. Rui Dowling agradeceu à sua família e enalteceu, reconhecidamente, o apoio do Clube Naval da Horta, “uma máquina bem oleada”, ressaltando “o trabalho empenhado” da Equipa que acompanhou os velejadores do CNH ao Nacional e ao Europeu. “Foco-me nas capacidades dos velejadores, devalorizando a deficiência” João Duarte, Treinador da Classe Hansa do CNH, assinalou que “agora é momento de festejar e felicitar o Rui pelas vitórias mas vai ter de haver tempo para fazer o balanço a estes 8 anos de actividades do Projecto “Vela para todos

“Se houvesse patrocinadores, faríamos boa figura no Mundial, em Los Angeles” Sempre de olhos voltados para o futuro, o timoneiro do mais dinâmico Clube Naval dos Açores, revelou que o próximo Campeonato Europeu será daqui a 3 anos, no estrangeiro. “Penso que, detendo nós o título de Campeão Europeu em Hansa 2.3, se torna necessário encontrar o modo de financiar a participação do CNH nessa competição”, avivou este Responsável, lembrando que, entretanto, o Mundial da Classe Hansa se realizará em 2020, na cidade americana de Los Angeles. “Se houvesse patrocinadores, tenho a certeza de que faríamos boa figura!”, afiançou José Decq Mota. Títulos alcançados vão ficar registados Na recta final da sua intervenção, este Dirigente comunicou a todos os presentes que a Direcção do CNH irá propôr, na próxima Assembleia-Ge-

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Rui Dowling com a família: o Campeão ostenta o título arrecadado no Europeu e o sobrinho a Taça do Nacional

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João Duarte: “É preciso perspectivar os próximos 8 anos do Projecto “Vela para todos - Faial sem Limites”

- Faial sem Limites”, no sentido de perspectivar pelo menos os próximos 8 anos”. Este Técnico destacou o percurso de Rui Dowling na vertente de competição, lembrando que os outros dois velejadores – Lício Silva e Libério Santos – também estão nesta iniciativa desde o início. E em tom de brincadeira afirmou que “estes três atletas parecem um canivete suíço”, fazendo o retrato de cada um, enquanto velejadores.” Com mar chão, o Rui era o mais rápido na frota do Europeu, um Campeonato com muito pouco vento ou vento no limite. O Rui é um excelente velejador pelas suas características: suporta ventos muito fortes em baías abrigadas, tendo mesmo já velejado com ventos de 27 nós, encontrando na ondulação o seu condicionalismo. O Libério aguenta tudo: vento, ondulação, tendo conseguido descobrir-se em situações de menos vento. O Lício reúne o melhor das características dos dois colegas. Os três merecem e todos têm ca-

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paciade para vencer em diferentes condições e contextos. Esta foi a 4ª vez que a Classe Hansa do CNH foi a Portimão – por isso, já somos todos algarvios – mas desta vez a frota deparou-se com condições muito exigentes e correntes fortíssimas. O Rui esteve sempre muito focado e determinado. Como tal, desde o princípio do Campeonato Europeu que acreditei que ele ia ganhar e lá no fundo ele também acreditava o mesmo. Houve regatas muito renhidas, pelo que este foi um Europeu muito sofrido do ponto de vista emocional. O campo de regatas todos os dias se apresentava muito diferente. Desde 2011 que sempre soube que se estes velejadores fossem a um Europeu iam trazer medalhas, pelo que estes resultados me deixam feliz mas não surpreendido, atendendo a que conheço a frota e sei do que são capazes. Com o pouco vento registado, tanto o Libério como o Lício não podiam fazer mais e a lesão que o Lício sofreu e que o impede de estar hoje aqui connosco, aconteceu em terra e não em competição no mar. Este foi um Campeonato da Europa com muitas peripécias, desde a chegada a Faro, em que tivemos de ficar no aeroporto até de manhã à espera do autocarro passando pelo facto de eu me ter enganado na interpretação do percurso – e por consequência também os enganei – no primeiro dia de regatas mas mesmo assim eles não me bateram muito”. João Duarte recordou, igualmente, “os excelentes resultados” obtidos no Nacional, em que Rui Dowling também se sagrou Campeão e Libério Santos ficou no 3º lugar do pódio. Lício Silva ficou foi 4º classificado mas com o mesmo número de pontos do colega Libério. “O Lício ficou fora do pódio e mostrou-se chateado por isso, o que é bom, pois revela que é competitivo”, referiu o Treinador. Rui Dowling: único velejador do Mundo com osteogenese imperfeita

Todos os presentes demonstraram que, tal como João Duarte, também acreditam nos velejadores e no seu Projecto

Como profissional que é, tanto na sua actividade física como no mundo da Vela, além da sensibilidade que tem demonstrado no trabalho realizado com os “seus” atletas, João Duarte desvaloriza a deficiência, focando-se nas capacidade e

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possibilidades dos velejadores da Classe Hansa. Este Técnico revelou que “Rui Dowling é o único velejador do Mundo com osteogénese imperfeita [doença congénita, que se caracteriza por fractura frequente dos ossos, quer espontânea, quer por traumatismos mínimos e que, segundo se sabe, existe desde a mais remota antiguidade]. Ele consultou um avaliador internacional, que ficou surpreendido com o facto de conseguir fazer Vela. Quero, por isso, notar, que 90 por cento dos resultados alcançados representa trabalho do velejador. Só os restantes 10 por cento se traduzem no apoio da Logística. Aliás, o único aspecto que difere aqui é precisamente a Logística. Eles são como condutores da Fórmula 1: colocamo-los nos barcos e só fazem Vela. A outra parte fica para a Equipa de Apoio”. “A palavra “impossível” foi retirada do nosso dicionário” Convidado a proferir umas palavras, José Fialho, Presidente da APADIF – ele próprio um exemplo de persistência e tenacidade no caminho que há décadas trilha no sentido de esbater as diferenças no Faial – confessou que enquanto esperava no aeroporto pela comitiva que chegou este domingo (13) de Portimão, deu consigo a pensar na peregrinação feita para implementar este Projecto. “Bati a muitas portas com o colega João Duarte e certamos que quando virávamos costas

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nos chamavam malucos. E sonhámos, porque sonhar não é pecado! Uma das portas em que batemos foi à do Clube Naval da Horta, tendo o Presidente da altura, Fernando Menezes, manifestado grande aceitação relativamnte a esta proposta. Nessa altura, o grupo ganhou mais um maluco e o Projecto ganhou forma. Conseguimos reunir o necessário para arrancar e a “Vela para todos - Faial sem Limites” constituiu um desafio para a APADIF e para o CNH mas ainda mais para os velejadores. A palavra “impossível” foi retirada do nosso dicionário, fazendo com que todos acreditassem nas potencialidades. Mas se no tempo de Fernando Menezes encontrei apoio para este Projecto, tenho de realçar que com o amigo José Decq Mota o CNH continuou de portas abertas, tendo sido dado passos muito seguros nas várias presidências dele. Todo este percurso foi e é fundamental para que possamos ter aqui estes grandes heróis, sim, porque eles são o mais importante nisto tudo. Ouvir o Hino Nacional neste Europeu foi algo de arrepiante! Esta vitória é o reconhecimento do trabalho desenvolvido e a confirmação de que os malucos que começaram este Projecto tinham razão! Sinto que os faialenses estão connosco assim como as nossas autoridades, que patrocinaram a deslocação ao Europeu. Estamos todos unidos em prol de um Projecto que faz a diferença em qualquer sociedade”.

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VELA LIGEIRA XX SEMANA DEL ATLÁNTICO CIUDAD DE VIGO, EM ESPANHA

Jorge Pires foi 7º classificado

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orge Kurg Pires, velejador da Classe Radial do Clube Naval da Horta (CNH), foi 7º classificado na XX Semana del Atlántico Ciudad de Vigo, que decorreu no último fim-de-semana, em Espanha. Contactado pelo Gabinete de Imprensa do CNH, o atleta faialense referiu que apenas foram realizadas 2 regatas no primeiro dia de prova, tendo a falta de vento inviabilizado as que estavam previstas para o segundo dia. “A 1ª perna correu muito mal pelo facto de eu não estar concentrado. Depois, concentrei-me, recuperei e fiquei em 9º lugar. Na 2ª perna, o vento baixou e acabei na 4ª posição. Estava a contar com a oportunidade de melhorar no segundo dia da competição mas como não houve hipótese por causa da falta de vento, o resultado final foi um 7º lugar, dentro das minhas expectativas, que era ficar no ‘top ten’. Esta foi a primeira regata que fiz em Radial, fora do Faial, depois de ter treinado o Verão todo sozinho e sem barco para estabelecer comparações. Foi uma boa experiência mas claro que poderia ter corrido melhor. Esta primeira prova da Época, que contou com cerca de 40 barcos de Portugal e Espanha, serviu para percebermos o que podemos melhorar. E em relação à frota, pude constatar que estive bastante bem relativamente aos outros, pois as minhas falhas foram erros simples ao nível de

concentração, o que significa que posso perfeitamente evitar. A minha equipa está a um nível bastante bom”. A próxima competição em que o velejador do CNH irá competir será nos dias 23 e 24 de Novembro, em Peniche, contando para o Ranking Nacional. Também neste caso, os obectivos do atleta passam por ficar nos 10 primeiros lugares da tabela classificativa. Recorde-se que Jorge Pires se encontra no Porto, no Curso de Arquitectura, o que facilita “bastante” a participação em provas do calendário nacional. E, a propósito desta nova etapa, afirma que “está a correr muito bem!” Este jovem atleta, que continua a ter o apoio do Treinador de Competição do CNH, Duarte Araújo, faz ginásio de semana e treina na água aos fins-de-semana mas confessa que gostava de fazer mais treinos, o que não é possível por falta de tempo.

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WINDSURF PROVA COMEMORATIVA DO 72º ANIVERSÁRIO DO CNH

Luís Decq Motta foi o vencedor desta prova, Belchior Neves e Flávio Pereira ocuparam os restantes lugares do pódio

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oram 9 os participantes no evento “Super 8 - Percurso em 8 com 2 bóias”, organizado pela Secção de Windsurf do Clube Naval da Horta (CNH) para assinalar o 72º Aniversário do Clube, data que ocorreu no dia 26 de Setembro e foi comemorada no dia 28. Esta actividade realizou-se no dia 28 de Setembro (sábado último) e os 9 windsurfistas participaram nas regatas, bem como no convívio. De acordo com informações disponibilizadas pelo Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do CNH – composto por Jorge Fontes (Director), João de Medeiros, Rute Matos e Flávio Pereira – “as regatas decorreram sob condições difíceis, que não eram as ideais mas pelo convívio e dedicação às comemorações, as mesmas avançaram”.

“Foi muito bom termos tido algum público a assistir na Avenida, fazendo com que tenha valido ainda mais a pena termos realizado as regatas junto à mesma”, sublinham estes elementos. Devido às condições meteorológicas, não se concretizaram os baptismos anunciados, tendo sido adiados para data a anunciar oportunamente. A Organização contou “com a presença, apoio e ajuda de Bruno Rosa na concepção desta prova”, o qual foi, também, juiz de regata. O Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do CNH refere que também teve “a preciosa ajuda de Voluntários, sem os quais não teria sido possível a realização deste evento”. “De destacar, igualmente, os Funcionários, Dirigentes e demais Colaboradores do Clube Naval da Horta que suportam e dão vida a esta grande instituição náutica, desportiva, social e cultural do Faial, pois sem todos estes intervenientes nada disto seria uma realidade”. “Queremos, deste modo, agradecer o apoio

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dado à nossa Secção e reiterar os Parabéns ao nosso grande Clube pelo seu 72º Aniversário”, realça o Grupo. A Entrega de Prémios aconteceu no decorrer do

Luís Decq Motta foi o vencedor

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grande Jantar de Aniversário do CNH, realizado na noite do dia 28 de Setembro (sábado), no Pavilhão da Paróquia das Angústias.

Flávio Pereira ocupou o 3º lugar do pódio

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A FIGURA DO MÊS LUÍS CARLOS DECQ MOTA

“O crescimento da actividade do CNH tem de ser balizado”

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gosto pela Vela, incutido aos 10 anos de idade, permanece volvidas que são mais de 6 décadas. “Vireo”, “Teimoso”, “Tamarin” e “Air Mail, são barcos onde conheceu mundo e ganhou muitas regatas, sendo este último – com cerca de meio século– visto como uma Escola de Formação. Falamos de Luís Carlos Decq Mota, um médico que desde pequeno tem o mar por companhia e o Clube Naval da Horta (CNH) no coração, tendo estado mais de 5 anos à frente dos destinos desta instituição náutica faialense. Na entrevista de hoje, este Dirigente dos anos 80 mas desde sempre ligado ao CNH, defende que é preciso ter controlo na expansão da actividade, caso contrário será preciso “transformar o Clube numa instituição mais profissionalizada”, o que é sinónimo de grandes encargos. Roberto da Silveira e João Lucas eram Pilotos no Porto da Horta e instrutores da Escola de Vela

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da Mocidade Portuguesa que tiveram não só a habilidade de ensinar a velejar mas, sobretudo, de incutir nos seus pupilos o gosto por esta modalidade. Luís Carlos Decq Mota foi um desses felizardos, que, aos 10 anos de idade começou a praticar uma actividade que seria para a vida.

Campeonato de Ilha 2009: mais um troféu de glória para a tripulação do “Air Mail” Atrás, da esquerda para a direita: João Decq Mota, Luís Lourenço, Rui Lourenço e João DuarteÀ frente, pela mesma ordem: João Roldão, António Manuel Freitas, Luís Carlos Decq Mota, Graça Freitas Decq Mota e Maria Castro

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CLUBE NAVAL DA H “Basta ver que o grupo que andou nessa altura se mantém no activo: eu, o meu irmão José, o António Manuel Freitas, o Carlos Garcia, o Herberto Faria e outros que saíram do Faial mas quando vêm à sua terra, voltam sempre à Vela. Estas pessoas conseguiram incutir-nos o “bichinho” pela Vela”, recorda, com visível satisfação, partilhando a lição de vida aprendida através deste desporto: “Além de termos ficado a gostar de Vela, sabendo fazer os nós e conhecendo as regras para evitar o abalroamento, também aprendemos a tratar dos barcos, a ter cuidado com eles, com a palamenta e com as velas”. No Verão havia sempre um aumento da actividade, porque “toda a gente queria andar”. E nessa altura aparecia o CNH com os Snipes, o que dava “uma grande ajuda”. “No meu tempo, o Clube tinha 3 Snipes: o Snipe considerado velho, que tinha sido cedido ao Clube pelo sr. José Maria Gonçalves; um outro chamado “Tenreiro”;

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e o super-Snipe, que toda a gente desejava, por ser o mais novo e já construído em contra-placado marítimo, fino e levinho. E a prova de que era mesmo leve é que nós, sendo crianças, já podíamos com o super-Snipe, que tinha melhores velas e apresentação”. Luís Carlos Decq Mota começou a fazer Vela a partir de 1958, mantendo-se até 1965, altura em que foi estudar para Coimbra. Neste novo cenário, a Vela passou a ser uma realidade só nas férias do Verão. “O CNH organizava regatas mas para haver condições semelhantes só se faziam as contas depois de todos os velejadores terem passado por todos os barcos. Naturalmente que os ventos e as marés eram diferentes mas foi a forma encontrada para equilibrar as contas, o que poderia funcionar como o ‘Rating’ da altura. Havia muita gente interessada em andar! O número era tão elevado, que chegava a haver lista.

1989: Tripulação do “Teimoso” numa Entrega de Prémios da Semana do Mar António Manuel Freitas, Luís Carlos Decq Mota e a mulher, Graça Freitas Decq Mota; e os irmãos António José Duarte e João Duarte

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Luís Carlos Decq Mota: “A competição nasce do facto de conseguirmos andar bem à vela”

Lembro-me que nos inscrevíamos de manhã para andar a partir das 14 horas. E depois, conforme o número de inscritos, tínhamos direito a andar 1 hora, 1 hora e meia ou 2 horas”. Quando questionado sobre o grau de dificuldade em termos de aprendizagem, o nosso entrevistado responde, a sorrir: “Tenho a impressão de que não me custou nada. Foi daquelas coisas que vêm naturalmente”. E prossegue: “Outro aspecto que eu também gosto sempre de focar, é a questão da competição. Considero que a competição surge naturalmente pelo gosto de andar bem à Vela. Pôr miúdos a competir sem saberem andar à Vela, faz com que percam todo o entusiasmo. A competição nasce do facto de conseguirmos andar bem. E quem anda bem, não quer fazer asneira. Depois de cada miúdo saber andar bem e ter confiança naquilo que está a fazer, aí, sim, deve começar a fazer regatas. Quando se bate, revira e há maus resultados, normalmente a consequência directa é a desmotivação, seguida de desistência”.

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O “Cavalo Preto” e o “Tigre dos Mares” “O meu cunhado, António Manuel Freitas, tinha um barco chamado “Cavalo Preto”. E como na altura já éramos amigos, quando o CNH não tinha barco disponível, lá íamos no dele. Nesse tempo, o Meirinho também arranjou um barco, que foi baptizado com o nome de “Tigre dos Mares” e andávamos sempre em competição. O Meirinho fazia quase sempre equipa com o Hélder Quaresma, que actualmente está na Califórnia e é irmão do Amílcar Quaresma, filhos do sr. Quaresma do Pico”. Em Coimbra, as hipóteses de fazer Vela eram bem menores. “Um primo de meu pai tinha um Laser na Figueira da Foz e ainda tentei andar lá mas a água era gelada, o que nos obrigava a andar de fato e botas e mesmo assim chegávamos a terra quase congelados, o que me levou a desistir”. Luís saíu do Faial aos 17 anos e regressou definitivamente passados outros tantos, em 1982, ten-

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CLUBE NAVAL DA H do retomado a sua ligação com o CNH. Nesse retorno da “Cidade dos Doutores” – onde confessa ter passado “os melhores anos” da sua vida – aconteceu uma peripécia engraçada mas que o pai, o também médico Luís Decq Mota, não achou muita piada. “No meu tempo de criança, bastava ser filho de Sócio para poder velejar no CNH. Depois, quando ficávamos maiorzinhos, fazíamo-nos sócios. Entretanto, numa das minhas vindas ao Faial, no Verão, decidi tornar-me associado e quando regressei definitivamente, já com 34 anos e tendo concluído o Curso de Medicina, foi-me atribuído um número mais baixo do que o do meu pai, que ficou aborrecido, atendendo a que ele tinha sido das primeiras pessoas a fazer-se Sócio do CNH. Penso que me deram o número de alguém que tinha morrido, pelo que passei a ser o Sócio número 7, à frente de meu pai, que tinha sido dos pioneiros em termos de associados”. 1984: início do 1º mandato Nesse início da década de 80, o Clube Naval da Horta tinha como Presidente João Corvelo, em fim de mandato e sem intenção de se recandidatar, pelo que Luís Gonçalves procurava gen-

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te interessada em formar uma lista. “Lembro-me perfeitamente de ele ter ido falar comigo num dia à noite, perto de casa de meu pai, no Canto do “Telégrafo”, próximo da zona onde ele também morava. Tinha acabado de garantir que ia pensar no assunto quando nisto passa o Fernando Menezes, a quem eu disse: “Eh, pá! O Luís Gonçalves acaba de me convidar para uma lista para o Clube Naval” e sem mais, diz o Fernando: “Tá bem, eu vou contigo e arranjo mais um pelo menos”. O Luís Gonçalves já tinha convidado o Armando Taborda e o Hélio Pombo para a Direcção, pelo que tínhamos 5 pessoas, o que estava conforme os Estatutos da altura. Concorremos e como não houve mais listas candidatas, lá ficámos”. A Assembleia-Geral mais participada de sempre O CNH tinha como sede a antiga Casa dos Remadores da Alfândega, onde hoje está implantado o Centro de Formação de Desportistas Náuticos do Clube, junto ao Castelo de Santa Cruz. Neste edifício, funcionava também o Bar, havendo um barracão no canto em baixo, onde tinha sido praia de Santa Cruz. “Foi no decor-

Antiga sede do CNH, onde hoje funciona o Centro de Formação para Desportistas Náuticos do Clube

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rer da minha presidência que se arranjou o Bar. O arquitecto Carlos Garcia fez os desenhos e avançou-se para a Esplanada, que começou por ser de madeira passando depois para cimento. Como o espaço era muito exíguo, aproveitámos a parte debaixo para arrumos, abastecimentos para o Bar, etc”. A Esplanada do CNH tinha um movimento medonho!”, memora este antigo e actual Dirigente, que desde há anos é, consecutivamente, o número um da Assembleia-Geral. “Quando a Marina foi inaugurada – em 1986 – já eu era Presidente desta “casa” e (quase) todos os iatistas paravam no Bar do Clube. Já antes, quando ancorados no Porto, amarravam o dingue no Cais Velho e, ao passarem por aquela zona, a primeira coisa que encontravam era o Bar do CNH, onde havia boa comida, especialmente no tempo do Vittório.

A concessão do Restaurante ao Vittório foi discutida em Assembleia-Geral, que deve ter sido a mais participada de sempre. Penso que até hoje jamais houve outra em que estivessem presentes cerca de 150 pessoas! Lembro-me de que o Vittório só aceitava concessionar o Bar por um prazo de 5 anos e como os mandatos eram e são de 2 anos, um grupo considerável de Sócios manifestou-se contra, argumentando que a Direcção não podia firmar um acordo por um período tão longo, com receio de que este processo pudesse não correr bem. A reunião decorreu na Esplanada e contou com bastantes intervenções, acabando por ser autorizado celebrar o contrato de 5 anos com o Vittório, que transformou, e bem, o que existia num bom Bar, com um Restaurante muito jeitoso de grelhados. Mais tarde, os grelhados tiveram de acabar devido a uma queixa da Estalagem. Tenho a impressão de que foi por causa do cheiro e do facto de a comida do Clube Naval ser melhor do que a deles (risos!). Naturalmente que sem grelhados, o Restaurante não teve continuidade. Contudo, o contrato foi além dos 5 anos, atendendo a que esse foi o tempo que estive na Direcção do Clube e quando saí continuou”. Direcção demitiu-se em bloco para não prejudicar o Clube

“A Vela é uma escola de vida e o meu barco foi sempre um barco de formação”

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Luís Carlos Decq Mota foi eleito Presidente da Direcção do CNH, pela primeira vez, em Janeiro de 1984, mantendo-se no cargo até 1987, o que perfez dois mandatos. Na reunião de 14 de Dezembro de 1987, foi reconduzido para o Biénio de 1988/1989. Porém, em Novembro de 1988 era realizada nova Assembleia-Geral, em que do Ponto 2 da Ordem de Trabalhos constava a Eleição de Corpos Gerentes. A (deliberada) não conclusão do 3º mandato teve por base a postura manifestada pelo Responsável pela pasta do Turismo de então, Dr. Tomaz Duarte, que, por razões partidárias, entendeu não entregar ao CNH as obras já concluídas do Pavilhão, onde hoje funciona a Sede, Bar e Pavilhão de apoio. Não havendo voluntários para dar corpo a um novo elenco directivo, o Presidente da Assembleia-Geral, Fernando Menezes, propôs e colocou à votação a criação de uma Comissão encarregada de contactar pessoas para integrar

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CLUBE NAVAL DA H uma nova Direcção para o Clube. A proposta foi aprovada por maioria mas a verdade é que não houve quem quisesse integrar a mesma. Perante este resultado, foi marcada nova Assembleia-Geral para Dezembro de 1988, a qual só viria a ocorrer em Janeiro de 1989. Após algum debate e a instâncias do Presidente da Assembleia-Geral, Renato Azevedo comunicou aos Sócios que estava na disposição de formar um elenco directivo, tendo apresentado o programa de actividades para o Biénio 1989/1990, bem como os nomes propostos para os novos Corpos Gerentes. E dentro dessa nova composição, Luís Carlos Decq Mota passou a ocupar o lugar de Vice-Presidente da Assembleia-Geral. “A Direcção demitiu-se em bloco para não prejudicar o Clube. Os Pavilhões estavam prontos mas fechados, não podendo ser usados. Logo que o Renato tomou posse como Presidente, as obras foram entregues ao CNH”, assinala Luís Carlos Decq Mota, recordando que Fernando Menezes trabalhou ao seu lado nas duas primeiras direcções tendo sido substituído na terceira pela arquitecta Ana Veloso.

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Clube organizado por Secções Foi no decorrer dos mandatos deste ex-Presidente que os Estatutos foram alvo de uma revisão, tendo “o Dr. Fernando Menezes trabalhado bem nisso”. “Aconteceu na altura em que organizámos o Clube em Secções. A Vela Ligeira, a Vela de Cruzeiro e a Pesca Desportiva foram das primeiras. Na altura, o CNH tinha também a Escafandria. Como tal, nós é que enchíamos as garrafas mas depois começaram a aparecer os Centros de Mergulho e o Clube abandonou essa área. O compressor tinha vindo do Turismo, por entendimento com Madruga da Costa. Enquanto foi Delegado do Turismo, não havia nada que o Ricardo Madruga da Costa não conseguisse”. O número de elementos na Direcção também integrou as alterações estatutárias, passando de 5 para 7 ou mesmo 9. “Começámos a perceber que, com o crecimento da actividade, era necessário mais gente para trabalhar”.

Preparação para uma das primeiras Regata das Sereias, no decorrer da Semana do Mar. À falta de tripulantes femininas, havia que improvisar, tal como documenta a fotografia onde se podem ver em 1º plano António Manuel Freitas e António José Duarte, disfarçados de “sereias”

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Voluntariado já era a base de funcionamento do Clube “Nos anos 80, já organizávamos o Festival Náutico e o Francisco Pimentel era o nosso representante na Semana do Mar, dando a sua opinião também sobre os artistas que deveriam ser convidados, até, porque, como ele tinha estado ligado ao meio artístico em Lisboa, detinha muitos conhecimentos, sabendo quem poderia mais facilmente ser contactado e as condições para melhor poder acontecer. E isso ajudou bastante! Já nessa altura, a base de funcionamento do Clube Naval era o Voluntariado, com pessoas que colaboravam nas regatas, integrando os júris, colocando e tirando bóias e dando apoio no decorrer das provas. Uma pessoa que foi sempre muito importante para o Clube nesse período foi o José Victor Alves, pois era muito metódico. No fim de cada regata em que ele tinha sido o Presidente do Júri, entregava-nos sempre uma pasta com toda a documentação relativa às inscrições, classificações e ainda os recortes dos jornais sobre o evento. Ainda hoje, ele deve ter isso tudo organizado! E a propósito de documentação, lamento profundamente que num dos meus mandatos um desses temporaizitos tenha provocado a queda do telhado do barracão onde tínhamos quase todo o arquivo do Clube, que ficou irremediavelmente danificado. Era um barracão de madeira, pelo que veio uma chuveirada mais forte com uma ventania e foi-se tudo”.

Esta foi a comitiva que representou o Faial na I Regata Internacional de Botes Baleeiros, em New Bedford, nos EUA, em 2004Atrás, da esquerda para a direita: João Pedro Garcia, na altura Presidente da Junta de Freguesia do Capelo; António Decq Mota, Vítor Mota, Luís Decq Mota, Manuel Fernando e Carlos FontesÀ frente, pela mesma ordem: Luís Paulo, Jaime Mota, Alfredo Matos e Américo Conceição

Sempre ligado ao Clube De lá até hoje, Luís Carlos Decq Mota jamais se desligou do Clube, o que aconteceu, em parte, também devido à reforma dos Estatutos, tendo em conta que foi criado o Conselho-Geral do Clube, onde figuram os antigos presidentes. “Estive muitos anos no Conselho-Geral e depois fui convidado por meu irmão José para ser Presidente da Assembleia-Geral, substituindo o Manuel Fernando Vargas, que ao fim de tantos anos dizia estar cansado. E lá estou desde há 8 anos. Embora de uma maneira geral todos achem que o Presidente da Assembleia-Geral é uma figura meramente decorativa, não é bem assim, sendo os momentos eleitorais os de maior preocupação para mim, sobretudo quando não há listas candidatas”. A figura de Mestre Arnaldo

Os convívios que se geram nas Entregas de Prémios são importantes para quem anda envolvido nas regatas

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“Quando fui Presidente da Direcção, o Clube era importante mas não tinha nem metade da actividade de agora. Nos anos 60, prezávamos muito a figura do Mestre Arnaldo, que era o Arrais do Clube Naval e a pessoa que tratava das embarcações. No fundo, era ele que sabia de tudo e determinava quem ia ou não andar de barco. E se aparecia alguma coisa partida, ele castigava essa pessoa ou dizia à Direcção para o fazer. Era uma espécie de

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CLUBE NAVAL DA H funcionário. Penso que vivia do que lhe pagavam para tratar dos barcos e havia muitos ancorados, de recreio e de pesca. Mestre Arnaldo chegava ao Clube de manhã e ia tirar a água de todos os barcos, ver as amarrações e talvez o Clube também lhe pagasse para ele tomar conta das embarcações. Quando cheguei a esta “casa”, Mestre Arnaldo já não andava por aqui e como não havia funcionários, a Direcção (e uns amigos) é que fazia tudo. Ao fim do dia estava sempre alguém no Clube. Vínhamos depois do trabalho e nas férias. O primeiro funcionário que o Clube teve foi o “Catita” [Armando Oliveira] e eu é que o contratei”. A viagem à Terceira na chalupa “Ilha Azul” “Lembro-me perfeitamente da primeira vez que fui à Terceira, à vela, no fim da década de 60, tendo a viagem sido feita na chalupa velha, a “Ilha Azul”, que foi vendida, tendo o Corvelo [ex-Presidente] comprado a “Ilha Azul II”. Éramos uns 6 ou 7 e resultou numa aventura engraçada. Nenhum de nós tinha carta na altura, tendo o Patrão Chico, da Capitania, sido o ‘skipper’, com a particularidade de que ele não sabia de Vela mas tinha carta e nós não tínhamos carta mas sabíamos de Vela. Fizemos a viagem de noite, porque a navegação era muito mais segura do que de dia, atendendo a que na altura tínhamos bons faróis: Farol da Ribeirinha, dos Rosais, do Tôpo, da Ponta da Ilha e da Serreta. Estávamos sempre com dois faróis à vista, o que nos permitia saber mais ou menos onde andávamos. Aconteceu que depois de termos saído da zona do Farol do Tôpo, em São Jorge, a certa altura forrou-se tudo de nevoeiro, tendo o conselho do Patrão sido este: “Vocês vejam o que a bússola marca e vão sempre em frente enquanto estiver forrado, que a Terceira há-de aparecer”. “Integrei a 1ª tripulação dos Botes que foi à América” Luís Carlos integrou a 1ª tripulação faialense que foi à América disputar a I Regata Internacional de Botes Baleeiros, realizada em New Bedford. “Fui como Oficial do Bote do Capelo, num tempo em que não havia muita gente a poder andar como

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Luís Carlos Decq Mota como Oficial do bote “São José”, do Capelo

Oficial nos Botes Baleeiros, ao contrário do que acontece hoje, em que já são bastantes. Posso referir nomes como Pedro Garcia, Luís Carlos, António Luís e Zé Gonçalves que andam muito bem de bote mas todos já fizeram Vela Ligeira, onde foram buscar muitos ensinamentos. Considero que para andar num Bote Baleeiro à vela, é vantajoso ter feito Vela. Os antigos baleeiros andavam à vela mas só com ventos de largo, ventos abertos. Eles não bolinavam, indo muito mais vezes à baleia a remos do que à vela. Estes botes são maus para a bolina. A ida aos EUA aconteceu em Setembro de 2004 e eu tinha andado em 2003, no início dos Botes, em que havia o “Claudina” no CNH e o “São José” no Capelo. Quando regressámos, estávamos no fim da Época e no início da Temporada seguinte ainda colaborei mas depois foi aparecendo mais gente e mais botes e eu dei lugar aos novos. Mas gosto sempre de dar uma voltinha e vou quando é possível. Prefiro muito mais ir como turista do que como Oficial, pois, no primeiro caso posso criticar à vontade” (risos!). A Secção de Botes Baleeiros foi outro fenómeno engraçado surgido no Faial e que o Clube Naval ajudou a centralizar. Estamos a falar de uma Secção que movimenta muita gente”. Voltar ao convívio na “Atlantis Cup” “No decorrer da Semana do Mar de 87 fizemos uma jantarada no “Frank” (Capelo), com o Manuel Mota, o Rui Mendonça e o Hermano Ferreira, de São Miguel; o Rui Andrade e o Diocleciano da Terceira; eu, o Carlos Garcia e outros do Faial, e começámos a dizer que tínhamos de organizar algo que permitisse encontrar-

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A família Decq Mota na Terceira, no decorrer de uma “Atlantis Cup”, em que tinham participado os barcos “Tamarim” e “Air Mail” Atrás, da esquerda para a direita: Rui Lourenço, Luís Lourenço, Joana Decq Mota, Luís Carlos Decq Mota, Pedro Roldão, José Decq Mota e João Decq Mota À frente, pela mesma ordem: Mário Lourenço, Leonor Lourenço, António Manuel Freitas, Gracinha Decq Mota; Graça Freitas Decq Mota, Maria do Céu Decq Mota e Paula Decq Mota

mo-nos mais vezes, pois só por altura da Semana do Mar era pouco. E pensámos que poderia ser algo que nos levasse até à Terceira e São Miguel. Na altura, ficou assim decidido pelas outras duas ilhas: “Vocês, no CNH, como já estão mais habituados, organizam isso e nós, na Terceira e em São Miguel, vamos tentar arranjar patrocínios. E desse trabalho resultou o patrocínio da TAP. A Regata adoptou o nome de “Atlantis Cup”, porque os prémios eram em cristal Atlantis e a designação condizia muito bem com o Atlântico. A primeira “Atlantis Cup” realizou-se em 1988. Devo ter participado numas 25 edições e espero fazer mais pois, o gosto ainda se mantém. Tenho a impressão de que não fiz a primeira mas ainda participei numa com o “Teimoso”. Depois, fiz uma com o “Tamarin” e a seguir foi sempre com o “Air Mail”, que comprei em 1992, barco com que tenho participado quase sempre. Uma vez fiquei impedido de fazer a Regata, porque o jogo de velas novas que eu tinha encomendado veio enganado e não consegui fazer a troca a

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tempo. De outras vezes não participei por motivos profissionais. Não fiz todas as provas mas o barco sim. Uma vez foi com ele o Joaquim, de outra o meu cunhado e noutros casos só fiz algumas pernas, por estava de serviço no hospital. Gosto sempre de fazer esta Regata e penso que se está a retomar um pouco a ideia primitiva, que proporcionava o convívio entre todos. A certa altura, isto foi levado para um aspecto competitivo exagerado, tendo o convívio praticamente desaparecido. Acontecia estarmos todos num porto e quase não haver comunicação, pelo facto de haver sempre muitas ocupações relacionadas com a preparação do barco. Penso que o desafio lançado pela actual Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), Ana Luísa Luís, de tocar nas 9 ilhas, contribuiu para esse regresso ao início em termos de convívio. Nas Flores, fomos muito bem recebidos e na Graciosa a estada foi magnífica!, proporcionando mesmo muito convívio”.

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CLUBE NAVAL DA H “Air Mail”: um barco familiar Fazendo uma retrospectiva, Luís Carlos começou por ter o “Vireo” de sociedade com o irmão José, vendendo depois a sua parte ao cunhado Mário Lourenço, quando comprou o “Teimoso”. Posteriormente, trocou-o pelo “Tamarin”, que vendeu ao irmão José e ao cunhado Mário Lourenço quando adquiriu o “Air Mail” “Enquanto eu puder, a Vela é para manter assim como o “Air Mail”, que já está com 47 anos. Estou ligado afectivamente a este barco, que funciona como uma escola familiar, por onde passaram as minhas filhas e todos os meus sobrinhos. E todos eles continuam a gostar de ir no “Air Mail”. O Tozé tem um barco em Lisboa e anda à Vela; o João Duarte também tem um barco e faz Vela; o Luís Carlos a mesma coisa; o Pedro, filho da minha irmã Elisa, está em Maiorca e é ‘Skipper’ profissional; o João Roldão, que trabalha no Aeroporto, sempre que pode também aparece para andar; o Paulo, o Luís Miguel, o Rui, a Patrícia – que agora se farta de andar com o Armando – também, assim como os sobrinhos-netos: a Maria, o André e o Vasco. Todos eles aprenderam a andar em Cruzeiro no meu barco. Acho que o Cruzeiro permite um melhor conhecimento de todos os que se encontram a bordo. Ficamos a conhecer-nos, percebendo quando é que o nosso espaço começa a interferir com o espaço do outro. É preciso um grande equilíbrio para 6 pessoas conseguirem viver uma semana ou mais num barco de 12 metros. Não pode ser

Luís Carlos Decq Mota: “Enquanto eu puder, a Vela é para manter assim como o “Air Mail”

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só eu, eu e eu. A Vela é uma escola de vida e o meu barco foi sempre um barco de formação. Na minha perspectiva, do ponto de vista emocional, a Vela é muito parecida com a minha actividade profissional, apresentando momentos de ‘relax’ profundo e momentos de tensão a 300%. É como nos partos: momentos belíssimos e depois, por vezes passamos cada susto!” Horta-Velas-Horta assinalava o Dia da Marinha “A Regata Horta-Velas-Horta tinha arrancado com o João Corvelo 1 ou 2 anos antes de eu ser Presidente, iniciativa que mantivemos e que contou com o apoio do autarca das Velas de então, Frederico Maciel. Devo avivar a memória dos mais esquecidos que foi esta Regata que espoletou as festas das Velas, que actualmente se realizam sem qualquer ligação a esta Prova. A Horta-Velas-Horta comemorava o Dia da Marinha, que antes ocorria em Julho e agora é em Maio. Nesse tempo, ia uma corveta ou uma lancha de desembarque com muita gente para a festa. Lembro-me que a determinada altura os Prémios eram muito bons! Num dos anos das minhas direcções, o 1º Prémio foi um dente de cachalote mas no lote dos troféus também figuravam as famosas mantas de tear, que faziam muito sucesso! O entusiasmo era tanto, que num dos anos da minha presidência inscreveram-se mais de 40 barcos. Fomos muito bem recebidos em são Jorge, com uma festa, um bodo de leite e baile, à noite.

“A Vela é muito parecida com a minha actividade profissional, apresentando momentos de ‘relax’ profundo e momentos de tensão a 300%”

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A recepção foi de tal ordem, que os estrangeiros que na altura participavam – e eram a grande maioria – fizeram questão de retribuir o convívio ao Clube Naval da Horta, convidando todas as tripulações para um jantar no Castelo de São Sebastião. O CNH pediu o espaço mas eles é que organizaram e trataram de tudo o resto. Houve momentos muito importantes mas, para mim, este foi o ponto alto da Horta-Velas-Horta, que se manteve durante imensos anos. Depois, quando a recepção nas Velas começou a baixar de qualidade, pelo facto de a Regata ter deixado de ser importante para o concelho, desligaram-se desta iniciativa. E agora há a Semana Cutural das Velas e a Regata não aparece. Mas em abono da verdade, devo dizer que esta Regata está a ressuscitar devido à dinâmica da Vela de Cruzeiro no CNH, que este ano está completamente diferente daquilo que vinha acontecendo ultimamente. Tudo depende da clareza com que se coloca a situação. Presentemente, os inscritos vêm ao ‘Briefing’, no decorrer do qual é tudo explicado e, se por acaso há qualquer aspecto

que não está bem, a Coordenação da Secção manda um e-mail a clarificar. É determinante organizar as regatas de acordo com a disponibilidade e interesse dos velejadores para que eles possam participar. No actual modelo, não há uma pessoa a decidir mas, sim, o entendimento de solicitar a opinião dos envolvidos. E o pessoal vai aparecendo. E quanto à Entrega de Prémios, entendo que é indispensável pelo convívio que gera e deve ser realizada logo a seguir à Regata e não vários dias depois. Mesmo sendo prémios de valor simbólico, o momento e o gesto são importantes para quem participa”. CNH tinha ‘Port-Officers’ em todo o Mundo “Quando decidi aceitar ser Presidente do CNH, o João Carlos Fraga aconselhou-me a não fazer isso, sustentando que o Clube não tinha ponta por onde se pegasse. Mas fui eleito e ele resolveu colaborar em termos de contactos. Um dos projectos bem sucedidos – e o João Car-

Uma das primeiras idas à Madeira, em que Sofia Decq Mota acabou por não fazer a viagem e no regresso havia mais um passageiro: João DuarteAtrás, da esquerda para a direita: Luís Carlos Decq Mota, João Decq Mota, António Manuel Freitas e José Gonçalves, o único que não pertence à famíliaÀ frente, pela mesma ordem: Gracinha Decq Mota, Graça Freitas Decq Mota, Sofia Decq Mota e Pedro Roldão

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CLUBE NAVAL DA H los Fraga é que foi o mentor – foi a criação dos ‘Port-Officers’. O Clube convidava e credenciava, com os conhecimentos do João, pessoas para serem seus representantes em Sables D’Olonne, em Southampton, na Austrália, na costa Leste, na Califórnia e noutros recantos. Mandávamos um cartão credenciado a cada um dos ‘Port-Officers’, a quem o CNH mantinha informados através do envio de cartas 2 a 3 vezes por ano. Tal iniciativa começou logo no meu primeiro mandato e o João é que estava na posse de todos os contactos. De vez em quando lá aparecia aí um francês que conhecia o João e este convidava-o a vir ao Clube. Isso ainda durou uns anos. Recordo-me que ele conseguiu o contacto de uma marquesa italiana, toda ‘finess’, que tinha o barco na marina de Mónaco. Depois de se ter feito Sócia, mandou uma carta a perguntar se a Direcção do CNH autorizava a que ela utilizasse o galhardete do Clube no mastro e a bandeira na popa do seu barco. Perante este pedido, o João quis saber a razão, tendo ela explicado: “Toda a gente me pergunta o nome do meu clube. Sou a única deste Clube na minha Marina”. E a verdade é que estas iniciativas levaram mais longe o nome do Clube Naval da Horta”. “Devemos balizar a actividade do CNH” Questionado sobre aquilo que são os limites de expansionismo do Clube, “A Figura do Mês” de Outubro de 2019 sublinha: “Penso que devemos balizar a actividade existente, porque não se pode continuar a crescer sem transformar o Clube numa instituição mais profissionalizada e todos sabem que não há dinheiro para isso. Contudo, devemos tentar consolidar a actividade existente, onde sobressai um enorme e indispensável cunho de Voluntariado. Recordo que foi numa das minhas direcções que se fez o primeiro Campeonato Nacional de Windsurf, da responsabilidade do CNH mas com organização do Paulo Gonçalves, um Voluntário. As actividades têm de ser acompanhadas pela respectiva contrapartida financeira, que tem de vir sobretudo a tempo e horas. Pedir ao CNH para organizar a recepção a uma regata internacional e o dinheiro só chegar 1 ano depois, não é forma de trabalhar. O que nos aguenta neste cenário é o facto de nunca termos recorrido

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Luís Carlos sempre gostou de participar na “Regata dos Velhotes”, dedicada a antigos praticantes de Vela Ligeira

à banca. Essa tem sido a mais-valia do Clube Naval da Horta em relação a todos os outros clubes das outras modalidades, que se encontram endividados, com a diferença de terem menos actividades do que o CNH. Quando assumi os destinos do CNH, em 1984, não tínhamos um escudo de Tesouraria. O que nos safou foi a renda do Bar. Nesse tempo, também recebíamos apoio do Turismo para fazer a recepção de um evento internacional. Anteriormente, a receita angariada, durante muitos anos, proveniente da projecção de Cinema ao ar livre, no Castelo de Santa Cruz, foi canalizada para a reconstrução da chalupa “Ilha Azul”, que se encontrava em muito mau estado. Para subsistir, o Clube precisa de dispôr de uma fonte de receita segura, além das Quotas. Se não tivéssemos o posto de combustível seria impensável ter 12 Secções em actividade permanente! Mas são necessários outros fundos, tendo em conta o desgaste diário. Aponto o exemplo dos nossos caiaques, que já nem se encontram homologados atendendo à sua grande desactualização. Mesmo na Vela Ligeira, competimos sempre em condições muito piores do que a Terceira e São

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Miguel. Neste quadro, podemos continuar a fomentar o gosto pelas modalidades mas no que concerne à competição, vamos ficar sempre penalizados. Todos os meios que conseguimos angariar é para cobrir a actividade normal, não sobrando nada para investir em equipamento. Daí, ter sido lançada por altura do 72º Aniversário [Setembro de 2019] esta Campanha para Renovação da Frota e de Equipamentos. E no que toca a instalações, a situação é sobejamente conhecida. Recordo que antes de fazerem a actual sede, vieram falar connosco no sentido de indicarmos aquilo que precisávamos para funcionar. Na altura em que o Luís Gonçalves andava por aqui, travou conhecimento com um arquitecto que fazia Mergulho e vinha ao Faial e foi ele o autor do projecto, que até contemplava um tanque de Canoagem para treino. Era algo em grande pelo que dissemos que podiam ser cortadas algumas coisas. Também havia uma espécie de Carpintaria para recuperação dos botes e barcos. Mas depois não houve desenvolvimentos nesse sentido e há muito que dependemos de boas vontades. Se perdermos os edifícios

da antiga Fábrica da B.J.Borges e do ex-Teófilo, que nos servem de armazéns, o nosso material fica todo na rua”. “Tem de aparecer gente nova” Luís Carlos Decq Mota entende que a actividade do Clube Naval da Horta está “bem estruturada”, com a Escola de Vela, de Natação, a Canoagem, os Botes, a Pesca, etc., e que “é tempo de vir gente nova para a Direcção”. “Embora seja preciso aliar a experiência à juventude e facilite muito ter boas relações, os novos têm de ser chamados a colaborar com maior responsabilidade. Nunca me lembro de o CNH atravessar crises directivas. Os Presidentes apareceram sempre naturalmente e espero que isso continue a acontecer”. E quanto a voltar a encabeçar uma lista, o nosso entrevistado garante que está “sempre disponível para colaborar” mas assumir cargos executivos é algo que está posto de parte.


CLUBE NAVAL DA H Composição da Direcção eleita em 1984 (que fez dois mandatos) Direcção: Presidente: Dr. Luís Carlos Bicudo Decq Mota Vice-Presidente: Dr. Fernando Manuel Machado Menezes Vice-Presidente: Fernando Pereira Nóbrega

RTA

Composição da Direcção eleita para o Biénio 1988/1989 (só esteve em exercício no primeiro ano) Direcção: Presidente: Dr. Luís Carlos Bicudo Decq Mota Vice-Presidente: Dr. Luís Manuel Machado Menezes

Secretário: Armando Alves Magalhães Taborda

Vice-Presidente: Francisco José Pimentel Alves Soares

Tesoureiro: Hélio Brandão Magalhães Pombo

Secretário: Eng. João Oliveira e Costa

Vogal: Hermínio Fernando Martins de Freitas

Tesoureiro: António Manuel Campos Machado Ávila

Vogal: Francisco José Pimentel Alves Soares Substituto: António Manuel Gonçalves Soares Luís Substituto: José Augusto Carreiro

1º Suplente: Francisco José Medeiros Gonçalves 2º Suplente: Arqª. Ana Luísa Costa Mascarenhas Veloso Fotografias cedidas por: Luís Carlos Decq Mota

ir_ao_mar - Nº67, Outubro de 2019

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DESDE 1947 PRÉMIO DE EXCELÊNCIA DESPORTIVA 2011 INSÍGNIA AUTONÓMICA DE MÉRITO CÍVICO 2017 WWW.CNHORTA.ORG

MONTAGEM: ARTUR SIMÕES TEXTOS: CRISTINA SILVEIRA


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