Ir_ao_mar - Nº68 - Novembro 2019

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REVISTA MENSAL SOBRE A ATIVIDADE DO CLUBE NAVAL DA HORTA

NOVEMBRO 2019 Nยบ 68 ANTร NIO FRAGA 2019


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MINI-VELEIROS 3ª PROVA DO “TROFÉU TURISMAR 2019”

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osé Gonçalves, João Nunes e António Pereira preencheram o pódio da 3ª Prova do “Troféu Turismar 2019”, da Secção de Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta (CNH), que inicialmente estava calendarizada para o 10 de Novembro mas que foi realizada domingo, dia 17. De acordo com João Sequeira, Responsável por esta Secção, “o tempo esteve bom embora com uns saltos de vento”. Participaram 10 velejadores, tendo sido realizadas 4 regatas. Flávio Pereira, Eduardo Pereira, Filipe Guerreiro, Emanuel Silva, Ricardo Lacerda, João Sequeira e Mário Carlos foram os outros participantes nesta competição, que terminou, como sempre, com amena cavaqueira no quiosque de Mário Carlos. Recorde-se que o “Troféu Turismar 2019” é composto por 6 Provas, decorrendo de Outubro a Dezembro. A 4ª Prova está marcada para este domingo, dia 24, enquanto que a 5ª e 6ª deve-

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rão acontecer nos dias 08 e 22 de Dezembro, respectivamente. Este é o 5º ano consecutivo em que o Troféu conta com o patrocínio da Empresa de Actividades Marítimo-Turísticas “Turismar”, de Mário Carlos, que também é praticante desta modalidade.

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MINI-VELEIROS 4ª PROVA DO “TROFÉU TURISMAR 2019”

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oão Nunes foi o vencedor da 4ª Prova do “Troféu Turismar 2019”, da Secção de Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta (CNH), realizada na tarde de domingo, dia 24. No 2º lugar do pódio ficou José Gonçalves e em 3º, João Sequeira. João Sequeira, Responsável por esta Secção, refere que a aberta registada entre a chuva e o vento forte permitiram a realização desta competição, em que participaram 7 velejadores. Na 4ª posição ficou António Pereira, na 5ª Eduardo Pereira, tendo Filipe Guerreiro sido 6º classificado e Mário Carlos, 7º. Como habitualmente, à Prova seguiu-se o sagrado convívio, no Quiosque de Mário Carlos. O “Troféu Turismar 2019” é composto por 6 Provas. A 5ª e a 6ª estão calendarizadas para os dias 08 e 22 de Dezembro, respectivamente. Até agora, José Gonçalves lidera a tabela classifativa deste Troféu, se tivermos em conta que ganhou a 3ª e a 4ª Provas. A 1ª teve com vencedor João

Nunes e a 2ª António Pereira. Recorde-se que este é o 5º ano consecutivo em que o Troféu em causa conta com o patrocínio da Empresa de Actividades Marítimo-Turísticas “Turismar”, de Mário Carlos, que também é praticante desta modalidade. A Entrega de Prémios relativa ao “Troféu Turismar 2019” bem como às restantes Provas realizadas este ano no âmbito do Calendário de Actividades desta Secção, terá lugar em 2020.

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NATAÇÃO NA PISCINA MUNICIPAL: CNH E URBHORTA ASSINARAM PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO

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o fim da manhã desta sexta-feira, dia 15, na Piscina Municipal da Horta, o Clube Naval da Horta (CNH) e a UrbHorta, EM, assinaram, na Piscina Municipal, um Protocolo de Cooperação que estabelece as regras de utilização daquela infraestrutura Municipal pelas classes de Iniciação da Secção de Natação do CNH. O acto de Assinatura do Protocolo foi presidido pelo Presidente da Câmara Municipal da Horta, José Leonardo Goulart da Silva, que em breves mas expressivas palavras sublinhou a importância do relacionamento, em múltiplas áreas, entre o Município e o CNH, realçou a evolução muito positiva que a Natação Desportiva, organizada pelo CNH, tem tido na nossa Ilha e lembrou o importantíssimo papel da Piscina Municipal, gerida pela UrbHorta, como infraestrutura essencial de apoio, nomeadamente, na Iniciação. Compareceram no acto, o Conselho de Administração da UrbHorta, constituído pelo Presidente, José António Freitas; e pelos Vogais, Filipe Menezes e Diva Bettencourt Silva, bem como uma

Delegação do CNH, composta pelo Presidente da Direcção, José Decq Mota; pela Vice-Presidente da Direcção, Olga Marques; e pelo Coordenador Técnico da Secção de Natação, Tiago Henriques. Pelo CNH, assinou o Protocolo, o Presidente da Direcção, José Decq Mota; ao passo que pela UrbHorta assinaram o Presidente e o Vogal do Conselho de Administração, José António Freitas e Filipe Menezes, respectivamente. Após a assinatura, os representantes do CNH e da UrbHorta manifestaram, em breves intervenções, a sua satisfação pelo acordo alcançado, pelo modo construtivo como as negociações foram realizadas e pelas soluções abrangentes que foram encontradas. Os Presidentes de ambas as Instituições signatárias agradeceram o facto do Senhor Presidente da Câmara ter querido valorizar, com a sua presença e com as suas palavras, a importância de que o documento assinado se reveste para o desenvolvimento da Natação neste Concelho.

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NATAÇÃO TORNEIO MONTE DA GUIA COM VÁRIOS RECORDES PESSOAIS

Fotografia de arquivo

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ecorreu sábado, dia 16, na piscina da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA), da Horta, o Torneio Monte da Guia, considerado como prova de preparação/obser-

vação. “Os resultados surpreendentemente foram muito bons uma vez que nas últimas duas semanas a carga e intensidade de treino foram elevadas”, destaca Tiago Henriques, Treinador e Coordenador da Secção de Natação do Clube Naval da Horta (CNH), que prossegue: “Houve lugar a vários recordes pessoais e apesar de alguns nadadores terem feito provas que não realizavam há muito tempo, também levaram a cabo provas em que normalmente competem com resultados bastante satisfatórios”. “O espírito de equipa está cada vez mais forte com os atletas a apoiarem-se notoriamente e com comportamentos e atitudes competitivas de assinalar”, o que, para o Treinador, constitui motivo de “grande satisfação e orgulho”. “É sinal de que o trabalho que estamos a desenvolver e as linhas orientadoras são as correctas”, realça este Técnico, que endereça os Parabéns a todos os atletas.

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NATAÇÃO I TORREGRI E NO FESTIVAL DE TÉCNICAS ALTERNADAS

Fotografia de arquivo

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s nossos pequenos portaram-se bem, evidenciando, maioritariamente, uma excelente melhoria técnica, pois, este é o aspecto mais importante e onde centramos o nosso trabalho. A nível comportamental, em momento competitivo, também se observaram melhorias, começando desde novos a adoptar atitudes mais correctas e formas de estar saudáveis e responsáveis no desporto. Tudo isto se traduz em melhorias de tempos. Assim sendo, desde cedo os nossos atletas começam a entender que os tempos são o resultado do processo e da forma como nadam. Para o Grupo de Formação Desportiva (GFD), foi uma excelente oportunidade de demonstrar aos pais a evolução registada na modalidade e, de, aos poucos, irem percebendo que os momentos competitivos podem ser também divertidos e sem pressão, desde que haja responsabilidade. Para cerca de 30 alunos da nossa Escola de Natação foi uma manhã desportiva divertida, saudável e de sucesso”. É este o balanço que Tiago

Henriques, Treinador e Coordenador da Secção de Natação do Clube Naval da Horta, faz ao I TORREGRI, (destinado à categoria de Cadetes) e ao Festival de Técnicas Alternadas (para os Grupos de Formação Desportiva), da Secção de Natação do CNH, que decorreram este sábado, dia 23, na piscina da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA), da Horta. De realçar que, para os Cadetes do CNH, “esta foi a primeira prova de carácter mais sério”, uma vez que foi regida por um regulamento da Federação Portuguesa de Natação (FPN). As próximas actividades da Secção de Natação do CNH estão calendarizadas para o dia 14 de Dezembro e são o Torneio Regional de Fundo para Juvenis e o Torneio Regional Nadador Completo, destinado aos Infantis.

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NATAÇÃO JANTAR DE ANGARIAÇÃO DE FUNDOS

1º Jantar de Angariação de Fundos da Secção de Natação do CNH foi um sucesso

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omo Treinador e ser humano não podia estar mais orgulhoso e genuinamente feliz com o que assisti no 1º Jantar de Angariação de Fundos da Secção de Natação do Clube Naval da Horta (CNH), decorrido na noite deste sábado, dia 23, na cantina da Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA) da Horta”, afirma Tiago Henriques, Treinador e Coordenador da Secção de Natação do Clube Naval da Horta. De realçar que este evento se destinou a angariar fundos que possibilitem a realização de um Estágio, entre os dias 17 e 21 de Dezembro próximo, em Rio Maior, no Continente português, destinado à equipa de Competição, que se fará acompanhar pelo Treinador. “Um grupo de atletas jovens, mas que foram muito adultos, responsáveis, líderes, muito trabalhadores e organizados, empenhou-se a valer nesta actividade”, sublinha Tiago Henriques, que prossegue: “Um agradecimento especial aos pais, que, tal como os seus educandos,

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CLUBE NAVAL DA H foram incansáveis na organização e execução deste jantar com a mesma união e vontade para que tudo resultasse o melhor possível. Para tanto, contribuíram de forma inestimável na confecção da comida (que estava deliciosa!), bem como no arranjo da sala e organização e na hora de trabalhar arregaçaram as mangas e fizeram com que tudo isto se tornasse possível. “O povo unido jamais será vencido” e quando um grupo de pessoas se junta em torno de um objectivo comum, tudo é possível e coisas bonitas acontecem. Esta é a definição de equipa...” O agradecimento é extensivo “à Direção do Clube Naval da Horta por todo o apoio prestado e disponibilidade desde o primeiro dia para a realização desta actividade, pela presença constante na modalidade e por todo o apoio que sinto desde o primeiro dia que cheguei ao CNH. Especialmente ao Presidente, Sr. José Decq Mota; e Vice-Presidente, Olga Marques, pela constante luta pelo crescimento da Secção de Natação. Um obrigado, também, à Direcção do Conselho Executivo da ESMA pela disponibilidade do

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espaço, que tornou tudo mais simples de concretizar; ao hipermercado “Continente” pela sua contribuição na oferta de todas as bebidas para o jantar, resultando numa maior receita para este projecto; à padaria “Negaludi” pela oferta de todo o pão para o jantar; a todos os que contribuíram com os prémios para o bingo: Marta Lima, “Queijeiro” e “Farmácia Corrêa”; ao Clube Naval da Horta e à senhora Ana Azevedo, que se esmerou nos arranjos que fez para as mesas”.

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VELA DE CRUZEIRO REGATA DE SÃO MARTINHO CONTOU COM 11 EMBARCAÇÕES

SUSANA SILVEIRA ROSA | CNH 2019

“Majo” (ORC A), “No Stress” (ORC B) e “Soraya” (OPEN) ganharam o Campeonato de 2019

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ajo”, de Armando Castro, foi a embarcação mais rápida, da Classe ORC A, na Regata de São Martinho, realizada este domingo, dia 17, na Baía da Horta. No 2º lugar do pódio ficou a embarcação “Aquavit”, de João Duarte; e em 3º o “Air Mail”, de Luís Carlos Decq Mota. Na Classe ORC B, os vencedores foram “Hot Stuff”, de Luís Motta; e “No Stress”, de António Pedro Oliveira. Na Classe OPEN, o 1º lugar foi conquistado pelo “Solaris”, de John Hard; seguido do “Maresia”, de Fernando Rosa; e do “Linda”, de Jean Pierre Dhant. Nesta actividade da Secção de Vela de Cruzeiro do Clube Naval da Horta (CNH), participaram 11 barcos, que largaram pelas 14h30, “com vento do quadrante Sudoeste, a soprar com boa

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intensidade para a prática da modalidade”, refere Susana Rosa, Coordenadora desta Secção, conjuntamente com José Fernandes. O percurso incluiu a rondagem de três bóias por duas vezes, tendo sido colocada uma na direcção do Monte da Guia, outra no enfiamento da Espalamaca e a terceira na baía interior do Porto da Horta. A Entrega de Prémios aconteceu no decorrer do Convívio, que teve lugar no fim da tarde deste domingo, tendo os intervenientes contribuído para o beberete. De realçar que os convívios pós-regatas são uma prática habitual na Secção de Vela de Cruzeiro do CNH. A Regata de São Martinho foi a última prova pontuável para o Campeonato de Vela de Cruzeiro do CNH de 2019, designado por Campeonato de Ilha 2019 - Peter Café Sport. O próximo evento da Secção de Vela de Cruzeiro do CNH é o Rally do Natal, calendarizado para o dia 15 de Dezembro próximo. Nesse dia, será feita a Entrega de Prémios do Campeonato de Ilha 2019 - Peter Café Sport e atribuído

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CLUBE NAVAL DA H um Diploma ao melhor classificado do Ranking Cruzeiro 2019 - Peter Café Sport. Este Campeonato arrancou no dia 25 de Abril e incluiu 8 provas: Regata da Liberdade, Regata da Marinha, Regata Peter Café Sport, Regata do Canal, Regata do Varadouro, Regata do Aniversário, Regata da República e Regata de São Martinho. Além das provas pontuáveis, o Calendário da Secção de Vela de Cruzeiro do Clube Naval da Horta contemplou, este ano, as seguintes actividades: Regata da Marina (Volta à Ilha), Sanjoaninas, Regata Horta/Velas/Horta, Rally Santa Maria Madalena, Atlantis Cup, Regata dos Solitários, Troféu Horta, Regata das Sereias

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e Rally do Natal, este último agendado para o próximo mês. Campeões de 2019 Realizadas que estão as provas que integram o Campeonato de Ilha 2019 - Peter Café Sport, foram apurados os vencedores em cada uma das três classes. Assim sendo, a embarcação “Majo”, de Armando Castro, é a vencedora na Classe ORC A; a “No Stress”, de António Pedro Oliveira, é a campeã na Classe ORC B, sendo que a “Soraya”, de Frederico Rodrigues ganhou na Classe OPEN.

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VELA DE CRUZEIRO EQUIPA “SYONE” GANHOU A REGATA DE NATAL DA ANL (CLASSE ORC B)

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equipa “Syone”, onde se encontra integrado o velejador do Clube Naval da Horta (CNH), Alexandre Madruga, ganhou, na Classe ORC B, a Regata de Natal – Vela de Cruzeiro – da Associação Naval de Lisboa (ANC), realizada este fim-de-semana. Na geral, e na Classe ORC, a equipa “Syone” ocupou o 2º lugar do pódio. Alexandre Madruga (na foto é o segundo da esquerda para a direita) revela que no sábado, dia 23, foram realizadas três regatas técnicas, no rio Tejo, ao passo que no domingo, dia 24, a equipa fez uma regata costeira. O velejador picoense, que defende as cores do Clube Naval da Horta desde que se encontra a estudar em Lisboa, explica que a sua posição a bordo do “Syone” é proa, estando integrado nesta equipa desde o passado mês de Outubro. Fotografias cedidas por: Alexandre Madruga

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VELA LIGEIRA 1ª WINTER SERIES SB20

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lexandre Madruga, velejador do Clube Naval da Horta (CNH), disputou este fim-de-semana, dias 01, 02 e 03 de Novembro, com a equipa “GUTO”, a 1ª Winter Series, Classe SB20, em Cascais. Em declarações ao Gabinete de Imprensa do CNH, este atleta refere que a prova decorreu “razoavelmente bem”. E explica: “No primeiro dia não houve regatas por falta de tempo; no segundo, realizaram-se 3 com vento médio a forte; e no terceiro e último dia, também fizemos 3 regatas, sendo o vento médio a fraco”. A equipa de Alexandre Madruga classificou-se em 12º lugar num universo de 25 equipas, do Continente português, da Madeira e até da Rússia, sendo a frota “bastante competitiva”. Cada equipa é composta por 4 elementos. Atendendo a que este velejador – natural da ilha do Pico e até há pouco tempo atleta do Clube Naval da Madalena mas actualmente a defender as cores do CNH – é o único açoriano a disputar regatas nesta Classe e se encontra a estudar em Paço d’Arcos, num futuro ligado ao mar, foi convidado a integrar a equipa “GUTO”

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do Clube de Vela Atlântico (CVA). Tratam-se de pessoas muito mais adultas do que Alexandre Madruga e com vidas estruturadas, pelo que os treinos se tornam “mais difíceis de acontecer”. Assim sendo, o velejador do CNH afirma que “praticamente só é possível fazer regatas”. Tratando-se de um grupo, todos trabalham em equipa e a bordo cada um tem tarefas definidas, sendo o ambiente “muito bom”. Esta foi a segunda regata da Época 2019/2020. A primeira – Troféu Maria Guedes Queiroz - Dom Pedro Hotels 2019 – aconteceu nos dias 05 e 06 de Outubro último, também em Cascais, tendo a equipa “GUTO”, do Clube de Vela Atlântico, ficado em 3º lugar, num conjunto de 20 embarcações. A próxima competição da equipa “GUTO”, a 2ª Winter Series SB20, será de 30 de Novembro a 01 de Dezembro, em Cascais. Alexandre confessa que gostava que o nome do Clube que representa actualmente – o Clube Naval da Horta – também figurasse na designação da equipa a que agora pertence, questão que terá de ser colocada aos restantes velejadores.

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VELA LIGEIRA 1ª PROVA DE APURAMENTO NACIONAL

Rui Silveira arrecadou o 2º lugar na 1ª Prova de Apuramento Nacional (PAN), em Peniche

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ui Silveira, velejador da Classe Laser Standard do Clube Naval da Horta (CNH), arrecadou o 2º lugar na 1ª Prova de Apuramento Nacional (PAN), que decorreu em Peniche, este fim-de-semana. A 2ª está marcada para Dezembro próximo. Para o atleta faialense, “mais importante do que o resultado obtido, o que interessa é criar uma boa base de treino para as provas imprtantes da Época”. Terminada esta competição, o velejador já se encontra de novo em Vilamoura para mais umas semanas de treino, as quais servem de preparação para a prova que se segue e que terá lugar no próximo mês. Rui Silveira, Atleta de Alta Competição do Clube Naval da Horta, encontra-se a trabalhar no Projecto Olímpico que visa os Jogos de 2020, em Tóquio, no Japão.

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VELA LIGEIRA JORGE PIRES, DO CNH, PARTICIPOU NA 1ª PAN

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velejador do Clube Naval da Horta (CNH), Jorge Krug Pires, participou na 1ª Prova de Apuramento Nacional (PAN) para a Classe Laser, que decorreu este fim-de-semana, dias 23 e 24, no campo de regatas de Peniche. Contactado pelo Gabinete de Imprensa do CNH,

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o velejador faialense revela que “a prova não correu bem” e explica porquê: “Pelo facto de não estar concentrado, não tinha velocidade e tomei decisões menos boas durante a regata”. Em contraponto, Jorge garante que “o barco está a andar bem” mas reconhece que precisa de trabalhar “muito mais”, não só no mar como em terra, ou seja, fisicamente.

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VELA LIGEIRA SESSÃO SOLENE COMEMORATIVA DO 26º ANIVERSÁRIO DA APADIF

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ealizou-se no passado dia 10/11, no Teatro Faialense, a partir das 20h00, a Sessão Solene Comemorativa do 26º Aniversário da APADIF. O Clube Naval da Horta, parceiro da APADIF, que esteve re-

presentado pelo Presidente da Direcção José Decq Mota, foi homenageado, na referida Sessão Solene, tendo-lhe sido entregue um Diploma de Reconhecimento pela intensa e permanente colaboração entre as duas Institui-

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ções, nomeadamente na montagem e execução do Projecto de Vela Adaptada “Vela para Todos – Faial Sem Limites”. De igual modo os velejadores de competição do CNH, da classe Hansa 2.3, Rui Dowling, Campeão Europeu 19 e Campeão Nacional 19. Libério Santos e Lício Silva, todos eles formados no âmbito do Projecto “Vela para todos – Faial sem limites”, foram, na Sessão Solene, homenageados pela APADIF. O CNH cumprimenta a APADIF pelo seu Aniversário que significa 26 anos de um trabalho enorme, intenso e de grande importância para a nossa comunidade insular. O CNH reafirma a sua completa e firme determinação em manter com a APADIF todas as colaborações existentes e outras que venham a ser consideradas úteis.

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VELA LIGEIRA GALA DOS CAMPEÕES DA VELA 2019

Na fotografia, da esquerda para a direita: Hugo Pacheco, Vice-Presidente da Associação Regional de Vela dos Açores (ARVA); Rui Silveira e Rui Dowling, velejadores do CNH; e João Duarte, Treinador da Classe Hansa do CNH

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ui Silveira e Rui Dowling, ambos velejadores do Clube Naval da Horta (CNH), viram o seu trabalho distinguido pela Federação Portuguesa de Vela (FPV) na Gala dos Campeões da Vela 2019, que aconteceu na noite deste sábado, dia 16, no Hotel Dom Pedro, em Lisboa. No decorrer do jantar festivo, foram atribuídos Troféus aos Campeões Nacionais de 2019 e medalhados em Campeonatos do Mundo e da Europa de 2019. Rui Silveira, velejador da Classe Laser Standard, sagrou-se Campeão Nacional de Vela no XXX Campeonato de Portugal de Juniores e Absolutos, realizado em Abril deste ano, na cidade do Porto; enquanto que

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Rui Dowling, velejador da Classe Hansa 2.3 (Vela Adaptada) conquistou em Setembro último o título de Campeão Nacional da Classe e em Outubro passado tornou-se o Campeão Europeu da Classe, nos Campeonatos que tiveram como palco a Cidade Europeia do Desporto: Portimão. “O Rui Dowling é um grande exemplo!” Em declarações ao Gabinete de Imprensa do CNH, Rui Silveira sublinha a sua gratidão à Federação Portuguesa de Vela pela distinção com que foi agraciado, reiterando que o seu percurso no mundo da Vela “só tem sido possível” graças ao apoio que tem recebido do seu Clube, o CNH, e da Região Autónoma dos Açores. E a propósito do colega do Clube Naval da Horta, diz o seguinte: “Gostei mesmo muito de estar com o Rui Dowling e quero aproveitar esta ocasião para

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realçar que, tão importante quanto a conquista desportiva, é o exemplo que ele dá à sociedade. É um grande exemplo!” “Desejo muito sucesso ao Rui Silveira no seu projecto olímpico” Rui Dowling refere que “a Gala foi uma cerimónia gira” e que gostou do “ambiente de confraternização”. “Foi bom estarmos juntos, permitindo trocar ideias e partilhar experiências de mar. Conversei com o Rui Silveira, que se encontra a trabalhar num projecto olímpico interessante e desejo-lhe muito sucesso! Apreciei bastante esta oportunidade de o conhecer melhor. Foi muito bom! Estavam presentes velejadores conceituados e grandes figuras da Vela Nacional. Gostei particularmente de ver o João Rodrigues, da Madeira, uma pessoa marcante. Esta foi uma viagem para conviver. Foi muito agradável!”

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“Encontro de Campeões” João Duarte, Treinador da Classe Hansa do CNH, que acompanhou o seu atleta duplamente Campeão, refere que “correu muito bem” e que a comitiva faialense – onde se integrou Hugo Pacheco, Vice-Presidente da Associação Regional de Vela dos Açores (ARVA) – foi “bem recebida”. “O Presidente da FPV, José Roquette, mandou inclusivamente um abraço ao amigo José Decq Mota [Presidente da Direcção do CNH]. Nesta Gala estiveram presentes o responsável pelo Comité Olímpico e vários atletas de diferentes clubes. Foi um verdadeiro encontro de Campeões e valeu muito a pena termos ido”.

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WINDSURF SECÇÃO DELINEOU CALENDÁRIO DE ACTIVIDADES PARA 2020

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iscussão do Calendário de Actividades para o ano de 2020 e de outros assuntos de interesse para a Secção de Windsurf do Clube Naval da Horta (CNH), estiveram em debate na Reunião desta Secção, decorrida no passado dia 22, no Centro de Formação para Desportistas Náuticos do CNH, no Cais de Santa Cruz. Os elementos do Grupo de Trabalho da Secção de Windsurf do CNH – composto por Rute Matos, João de Medeiros, Flávio Pereira e o Director, Jorge Fontes – revelam que foi elaborada uma minuta do Calendário para 2020, que será oportunamente divulgada.

Treino de Outono cancelado por falta de vento O Treino de Outono, desta Secção, que estava previsto realizar-se no dia 24 deste mês, foi cancelado por falta de vento, estando o Grupo de Trabalho já a organizar a próxima actividade.

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A FIGURA DO MÊS RENATO AZEVEDO

“A pessoa que aceitar ser Presidente do CNH tem de ter disponibilidade e competência”

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s anos de 89 e 90 foram de mudança para o Clube Naval da Horta (CNH), altura em que passou para a actual sede. Apesar de o Presidente dessa altura, Renato Azevedo, considerar que o elenco directivo foi bafejado pela sorte no que toca a apoios, também se queixa de a sua Direcção ter sido alvo de muitas críticas e algumas difamações. Volvidos 30 anos, este antigo Dirigente fala dessa experiência marcante, que o levou a afastar-se desta “casa” durante 15 anos, aonde regressou em 2005, integrando a Secção de Pesca Desportiva de Barco. Da Vela para a Pesca de Barco Tal como muitos outros faialenses da sua geração, Renato Soares de Lacerda Azevedo começou a praticar Vela na antiga Escola da Mocidade Portuguesa, por volta dos 13 anos de idade, continuando no Clube

Naval da Horta (CNH) no tempo dos Snipes. Na Mocidade Portuguesa teve como Instrutor o Tenente Zacarias, que era Patrão-Mor na Capitania do Porto da Horta e lhe deixou um ensinamento que ficou gravado para todo o sempre: “Quando se vai para o mar tem de se esperar de tudo”. Este antigo praticante sempre encarou a Vela na perspectiva de lazer e não de competição. Aliás, defende que o CNH deveria voltar a contemplar aqueles que preferem velejar por prazer, sem estarem focados somente nos resultados. “Há muitos jovens que gostam de praticar Vela mas não na vertente competitiva, sendo importante a sua formação até, para, em termos futuros, poderem vir a integrar tripulações ou, quem sabe, ter um barco”. No capítulo das competições de Vela, o nosso entrevistado recorda o historial das suas participações. A primeira foi, ainda, com o iate “Ilha Azul”, como ‘skipper’ numa prova chamada “Os Três Faróis”. Também como ‘skipper’, fez a Regata Horta/Velas/Horta. Depois, integrou a tripulação de Hildeberto Luís numa Volta à Ilha e foi aí que surgiu o convite para

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Olavo Silva e Paulo Azevedo, filho de Renato Azevedo, estando este ao fundo

fazer parte da equipa do velejador na Regata “Rota des Hortensias”, no ano de 1999. “Por motivos profissionais – não havia o sistema de dispensas como hoje em dia – só pude fazer a perna da regata que ligou França à Horta. Foi uma aventura e uma boa experiência em que apanhámos de tudo! Fizemos 9 dias de viagem até ao Faial, sempre com os fatos de água envergados e apenas com o nariz de fora, até perto da ilha Terceira. Foi duro para mim, uma vez que não tinha qualquer experiência de navegar em alto mar. Já sabia que atravessar o Atlântico não ia ser fácil. Contudo, era um desejo que tinha e que concretizei, porque gosto de Vela! “ Com o crescimento dos filhos, que “gostam muito de pescar e de mergulho”, Renato optou por comprar um barco a motor, “uma solução para satisfazer todos”, que fez com que tenha passado a integrar a Secção de Pesca Desportiva de Barco do CNH, no ano de 2005. “Para nos ambientarmos ao mar, é importante sabermos de Vela. Aqueles anos na Escola de Vela da Mocidade Portuguesa ajudaram-me muito a conhecer o mar, o Canal, as marés e a maneira como estas funcionam, a mudança de vento contra as marés, enfim, foi uma aprendizagem grande que depois apliquei na Pesca”.

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“Disse que contassem comigo para um cargo de pouca responsabilidade, como Vogal ou Suplente” Renato Azevedo fez-se Sócio do Clube Naval da Horta por volta de 1977, quando já trabalhava, e, apesar de nesse tempo ser frequentador desta “casa”, nunca pretendeu ser Presidente da mesma. Mas os amigos trocaram-lhe as voltas e há três décadas aceitou liderar uma equipa que foi eleita (em Janeiro de 89) para o mandato de 1989/1990. “O CNH tinha feito uma ou duas Assembleias-Gerais e não chegava a uma solução directiva. Assim sendo, uns amigos perguntaram-me se eu não queria colaborar na solução. E foi numa boa que eu vim à Assembleia-Geral do CNH, onde era sempre referida a necessidade de escolher pessoas idóneas e com mais idade par liderar o Clube, o que não caiu muito bem junto da malta nova que ali se encontrava. Eu e os amigos do meu grupo estávamos a conversar e de repente um deles desafiou os restantes, dizendo: “Vamos apresentar uma solução directiva!” Eu reagi de imediato, alertando que não estava muito virado para isso, atendendo a que tinha acabado de

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A Pesca de Barco fez com que Renato Azevedo tenha regressado ao CNH em 2005

sair de uma Direcção do Sporting Club da Horta. Contudo, acrescentei que, se eles avançassem, poderiam contar comigo para um cargo de pouca responsabilidade, como Vogal ou Suplente. Nunca pensei ser Presidente!” A ideia ganhou forma e o grupo de 5 elementos disponibilizou-se para formar uma lista. “Foi-nos dada uma semana para apresentarmos a lista completa, assim como um Plano e presumível Orçamento. Comigo estavam o António Luís, o José Carreiro, o Manuel Gabriel Nunes, a Isabel Fraga, a que se juntou depois o Disidério Machado e o António Mesquita. Tudo gente que fazia Vela, embora eles mais do que eu, porque, desta malta, fui o primeiro a casar e a ter filhos, o que fazia com que tivesse menos tempo disponível. Além disso, como já referi, estava muito ligado ao Sporting Club da Horta, onde tinha jogado futebol, o que acabou devido a uma lesão. No entanto, assim que me apanharam fora do relvado, meteram-me logo numa Direcção. Perante o que havia sido dito na Assembleia-Geral, o nosso grupo reuniu-se e ficou decidido que iríamos distribuir os cargos e quem fosse votado tinha de aceitar. E eu, na brincadeira, salvaguar-

dei que aceitava ser 4º Secretário, para abrir e fechar a porta. Mas qual não foi o meu espanto quando todos os meus amigos votaram em mim para o cargo de Presidente!? De imediato disse que não ia aceitar, tendo em conta que o CNH era uma organização em crescendo, o que implicava uma responsabilidade grande, não me sentindo preparado para ser o Presidente. Mas todos eles disseram que também não se sentiam preparados para tal, alegando que eu, como já trabalhava na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), estava habituado a eventos, protocolos, etc, e que era a pessoa indicada. Passámos uma noite a discutir e a distribuir cargos e vi-me quase “obrigado” a aceitar”. Experiências anteriores ajudaram “No Sporting fiz de tudo e como Presidente só estive durante 2 meses, em regime de substituição até às eleições seguintes. A experiência que tenho é de que o Futebol é uma escola de Recursos Humanos. Aprendemos a lidar com todos da mesma maneira, com outras instituições e clubes e foi essa experiência que eu trouxe do Sporting para o CNH. Mas também trouxe a experiência

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que tinha na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. Sempre trabalhei nos Recursos Humanos mas nesse tempo colocaram-me no Sector Financeiro da ALRAA e a verdade é que eu achei que o modelo de Orçamento e a forma de apresentar as contas da Casa da Autonomia – com rubricas e por sectores – poderia ser aplicado ao Clube Naval. E a primeira grande mudança no Clube foi fazer um organograma e dividir a actividade por secções e a Contabilidade por rubricas, quer na receita quer na despesa. Quando, na Tomada de Posse, apresentámos o nosso primeiro Orçamento – bem como o Plano de Actividades – já foi assim. O que herdámos da Direcção cessante foi, a nível de instalações, um quarto na antiga sede do CNH [actual Centro de Formação para Desportistas Náuticos, no Cais de Santa Cruz] onde havia uma secretária velha, uma mesa e três cadeiras em igual estado. O Clube dispunha de dois funcionários, que apenas prestavam umas horas: um na Secretaria e o Armando “Catita” nos armazéns”. A nível financeiro, a Direcção cessante deixou o Clube numa situação saudável: sem dívidas e com um saldo de 4 mil euros, se não me falha a memória. Afectámos algumas verbas na rubrica para as modalidades de acordo com o que havia sido gasto nos anos anteriores, sendo certo que não havia tantas Secções no activo como presentemente. Não foi fácil essa ginástica orçamental atendendo a que não queríamos gastar o dinheiro disponível, para que houvesse sempre viabilidade financeira, mas tenho de reconhecer que a minha Direcção foi bafejada pela sorte, embora tenha sido das mais contestadas neste Clube”. Cedência do Pavilhão Náutico Em 1989, o então Presidente da República, Mário Soares, veio aos Açores em Presidência Aberta e no Faial, o Clube Naval da Horta, pela projecção que estava a receber a nível do iatismo e das suas actividades, foi uma das três instituições escolhidas. O Governo Regional dos Açores tinha construído aquele Pavilhão Náutico [actual sede do CNH], que havia sido entregue à Junta Autónoma do Porto da Horta (JAPH) para eventos náuticos e

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Enquanto titular da pasta do Turismo, Eugénio Leal (o segundo da esquerda para a direita) apoiou o CNH

era ambição – manifestada por todos os elencos directivos que foram passando por esta instituição náutica faialense – que aquele edifício fosse entregue ao CNH. Aliás, tinha sido prometida uma sede condigna a troco da cedência do Castelo de Santa Cruz, onde o Clube funcionou [posterior Estalagem e actual Pousada]. Mas o Director da Junta Autónoma do Porto da Horta nunca o quis fazer. Porém, quando os assessores do Dr. Mota Amaral e do Presidente da República vieram à Horta e reuniram com a Direcção do CNH ao verem as condições da nossa sede, perguntaram-nos onde é que estávamos pensando receber o Dr. Mário Soares, ao que eu respondi: “Tenho muito orgulho em recebê-lo na nossa sede”. E eles insistiram: “É aqui que quer recebê-lo?!?” “É aquilo que o CNH tem”, retorqui. Os senhores olharam para as instalações e a seguir um para o outro e a reunião acabou. Quinze dias depois recebi uma chamada telefónica para uma reunião com o Dr. Mota Amaral e o Dr. Tomaz Duarte, que era o titular da pasta do Turismo. O Presidente do Governo Regional cumprimentou-me, dizendo que o CNH era uma instituição muito credenciada e conhecida e que tinha muito prazer em atribuir-nos o Pavilhão Náutico, o que me deixou surpreendido. De seguida, o Dr. Tomaz Duarte pediu que eu contactasse o Director da JAPH com o intuito de ser assinado um Protocolo de Cedência. E foi neste contexto que se deu a tão desejada mudança para o Pavilhão Náutico. Deram-nos uma casa nova, é certo, mas estava vazia!”

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CLUBE NAVAL DA H Mobiliário contestado “Com a alteração ocorrida no Governo, em que o Dr. Eugénio Leal foi substituir o Dr. Tomaz Duarte, conversei com o novo responsável pelo Turismo, sublinhando que, embora o Clube tivesse agora uma sede condigna, não havia mobiliário nem meios para adquiri-lo. E o Dr. Eugénio Leal comprometeu-se a levar o assunto ao Conselho de Governo, que deu luz verde para rechearmos o edifício. Aqui começou a grande contestação, pois, havia quem discordasse do mobiliário que escolhemos. Por todos os lados por onde passei, tive sempre o cuidado de não misturar a política com as colectividades. Mesmo assim, a minha Direcção começou a ser acusada de estar do lado do Governo e a verdade é que nem sabíamos a ideologia de cada um, pois era uma questão que não entrava nos cargos que desempenhávamos no Clube. Logo a seguir, pedimos autorização para abrir o Bar do Clube – que funcionaria como uma fonte de receita – e o Governo deu o seu aval para avançarmos com a compra do mobiliário, mas como optámos por ser em madeira, fomos criticados. A nossa escolha foi baseada no que existia no Café Internacional, tendo em conta as garantias de durabilidade, o que mais uma vez causou grande celeuma e fez com que eu me tenha sentido mesmo muito ofendido, ao ponto de ter estado 15 anos afastado do Clube!” Acusados de corrupção “Uma vez que o Clube tinha a Secção de Mergulho, com compressor, decidimos avançar para a aquisição de uma Câmara Hiperbárica, equi-

A Secção de Pesca Desportiva de Barco do CNH tem contado com o patrocínio da firma “Delfim Vargas Lda”

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pamento que no Faial tinha como representante o Delfim Vargas e em São Miguel o Sr. Tibério Pereira, que era Presidente do Clube Naval de Ponta Delgada. Pedimos propostas aos dois e tendo em conta que eram similares em termos de preço, optámos por comprar ao Delfim Vargas, pois sempre era um comerciante do Faial, que, em reconhecimento por essa decisão, teve a gentileza de oferecer ao CNH um televisor e um leitor de vídeos. Aí, começaram a acusar-nos de corruptos, tudo porque um dos meus Vice-Presidentes, [José Carreiro] havia tido no passado (e já não na altura em que esteve no CNH) uma Sociedade com o Delfim, para aluguer de Scooter’s”. Duas Regatas Horta/Velas/Horta “A Secção de Vela de Cruzeiro do CNH juntamente com a Capitania do Porto da Horta, organizavam a Regata Horta/Velas/Horta no dia 10 de Junho. Uns dias antes, o Capitão do Porto da Horta comunicou que esta Regata teria de ser realizada noutra altura. Perante isso, a Secção de Vela de Cruzeiro reuniu novamente, tendo decidido manter o que estava estipulado, uma vez que os donos dos barcos tinham tudo acertado, tendo a decisão sido transmitida à Capitania. Assim sendo, a Marinha informou que retirava a sua colaboração e cortou relações com o CNH. No jantar realizado nas Velas de São Jorge, oferecido pela edilidade Velense, o convidado de honra foi o Ministro da República para os Açores, General Rocha Vieira – que se fez acompanhar pelo Almirante Pascoal, Chefe da Marinha Portuguesa nos Açores – que insistiu para eu ficar sentado ao seu lado, assim como o Presidente do Município das Velas de então. Questionando-me sobre o porquê da reduzida adesão à Regata, revelei a conduta da Marinha, que, inclusivamente, oferecia o jantar da Entrega de Prémios a bordo da fragata, tendo me sido comunicado, nas Velas, que não iriam fazê-lo, uma vez que iam oferecer um pico de honra a bordo da fragata, sitiada na Horta, ao Ministro da República e demais Autoridades Civis e Militares. Não podendo contar com esse apoio e estando eu nas Velas, tive de pedir ao Manuel Gabriel, que tinha ficado no Faial, para organizar, em menos de 24 horas, o Jantar de Entrega de

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A Presidência Aberta de Mário Soares foi altamente benéfica para o CNH

Prémios no CNH, que teve como ementa sopas do Espírito Santo, adquiridas à ultima da hora ao Império do Facho. Depois de ouvir o sucedido, o General Rocha Vieira chamou o Almirante à parte e disse-lhe que a Marinha não tinha procedido bem. E qual não foi o meu espanto quando recebi o convite para o tal pico de honra? Por decisão maioritária da Direcção e a pedido do General Rocha Vieira, compareci no dito evento e quando cheguei à fragata não sabiam o que haviam de fazer para agradar-me. Mas porque as surpresas se sucederam, logo a seguir perguntaram-me se eu não me importava de, na Cerimónia da Entrega de Prémios da nossa Regata, a Marinha também proceder à entrega dos troféus de umas provas que haviam sido feitas entre marinheiros e militares, evitando, assim, juntar o seu pessoal com as autoridades”. Eu acedi àquele pedido para deixar bem claro que não era por parte da Direcção do Clube Naval da Horta que havia

diferendo com a Marinha. O que mais me magoou foi ver que, uma semana depois, a nossa Marinha organizava outra Regata (Horta/Velas/Horta), cujos membros do júri e organização eram Sócios e alguns elementos pertencentes aos Corpos Gerentes do CNH. Esse grupo foi, com o Capitão do Porto da Horta, fazer propaganda junto dos iates a fim de angariar participação naquela Regata. Ora, como a Direcção do CNH havia apoiado a decisão da Secção de Vela de Cruzeiro em manter a data inicial e a postura da Marinha foi uma clara demonstração de prepotência, tendo havido quem a apoiou por se tratar da instituição que era, tal atitude representou grande desrespeito pelo Clube Naval da Horta”. Entrega de Prémios da “Atlantis Cup” a bordo do “Creoula” “Logo a seguir veio a “Atlantis Cup”, que nessa altura apenas unia as cidades de Horta, Angra e Ponta Delgada. Lembro-me perfeitamente que o Comandante Salema era o Presidente do Júri, funções que manteve até recentemente. Ainda no âmbito da Presidência Aberta, os assessores de Mário Soares e de Mota Amaral decidiram fazer a Entrega de Prémios em Ponta Delgada, tendo o jantar, pago pelo Governo, sido a bordo do “Creoula”. Para tanto, foi destacada uma Relações Públicas, Helena Fraga, que, em conjunto comigo, organizou tudo! Ela foi de uma eficiência incrível! As refeições foram servidas por uma empresa de ‘catering’ e, com o apoio da tripulação, fez-se a decoração do barco. O mais ‘stressante’ para mim foi ter de aprender, na véspera, os apitos que iam ser dados para as Entidades Civis e para as Militares”. “O Festival Náutico implica uma logística gigante”

O Comandante Salema (de camisa branca) foi, durante décadas, o Presidente do Júri da “Atlantis Cup”

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“Também organizámos duas Semanas do Mar, que não tinham nada a ver com o que vem sendo feito nos últimos tempos, mas, tal como hoje em dia, havia a colaboração de Voluntários. Um dos grandes desafios do CNH actualmente é precisamente o Festival Náutico, que implica muita gente e uma logística gigante. Desde que tenho barco, que todos os anos me pedem para

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que este organismo dispõe de mais meios do que o CNH mas o correcto teria sido pôr esses meios ao serviço do Clube, pois, entendo que não é essa a vocação da Portos dos Açores. Penso que isso mesmo foi reconhecido com a criação da Comissão Náutica Municipal. Defendi isto perante muita gente e continuo a defender que, na organização de regatas, o papel principal deve ser do Clube Naval da Horta. Em relação a regatas internacionais, lembro-me da primeira que recebemos, a de 6,5 metros, conhecida como “Regata dos Côcos”, em que a recepção foi na Estalagem de Santa Cruz e tive de fazer uma intervenção em francês e inglês. Socorri-me do João Carlos Fraga para me escrever umas palavras e eu, para não levar o papel, andei a decorar a minha pequena intervenção durante 3 ou 4 dias. Mas no dia disse aquilo nas calmas, fingindo que sabia muito bem e desenrasquei-me. Agradeceram, bateram palmas e correu tudo bem. Na qualidade de Presidente do CNH, também colaborar. E tenho feito isso com as diversas direcções do CNH, porque também já fui Presidente e sei que cada vez mais se torna difícil encontrar gente disponível. Aliás, eu defendo que para se poder pôr de pé um programa tão vasto e de tão difícil execução, esta colaboração já devia ser profissionalizada naquela semana. Estar de manhã à noite no mar e no dia seguinte voltar a corresponder às 9 da manhã, é duro! Sacrifica-nos e à nossa família também, pois, todos gostam de ir à festa, aos concertos e conviver nas barraquinhas. E como se tudo isso não bastasse, também costumo participar nas provas de Pesca de Barco”. “Na organização de regatas, o papel principal deve ser do CNH” “O Clube Naval da Horta assume, cada vez mais, um papel importante para o Faial e na divulgação da ilha, até mesmo no apoio que dá a eventos internacionais. No meu tempo de Presidente, o Governo ajudava na organização e divulgação de regatas. Depois, custou-me ver a Junta Autónoma do Porto da Horta [actual Portos dos Açores, SA.] a chegar-se à frente neste papel, quase a sobrepor-se ao CNH. É verdade

“Não se pode exigir muito a quem trabalha na base do amadorismo”

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tive de receber os iates de duas regatas internacionais que passaram pela Horta e a quem demos apoio. Não havia os meios de comunicação de hoje em dia e ficávamos junto ao rádio a tentar perceber a que distância se encontravam e a data de chegada ao Faial. Além disto, também dávamos apoio aos familiares que, entretanto, já se encontravam cá. Nos primeiros dias, conseguiu-se gente para colaborar, mas, como houve 5 ou 6 iates que se atrasaram muito em relação aos outros, os Voluntários começaram a fugir e eu ficava ali na sede, sozinho, de noite, sempre à escuta. Também era preciso avisar aqueles que tinham ficado de ir com os barcos lá fora recebê-los, dar apoio, etc. O CNH engrandece a Terra e, como tal, deve ser apoiado com meios. E sempre que não seja possível contar com colaboração gratuita, deveria ser semi-profissional, dando uma compensação a quem fizesse isso. Não se pode exigir muito a quem trabalha na base do amadorismo”. Uma Direcção “muito escrutinada”, o que dificultou novas eleições “Depois de, durante 2 anos, ter dado o meu melhor a esta instituição, deixando-a com um saldo positivo de 12 mil euros – juntámos 8 mil aos

4 que havíamos herdado – e equipada com o melhor que havia, claro que fiquei magoado com a forma como alguns Sócios me trataram, o que levou ao meu afastamento e de muitos elementos do meu elenco directivo. Todos reconheciam – em especial os mais novos – que tínhamos trabalhado e melhorado as condições do Clube mas alguns Sócios, sobretudo os mais carismáticos, contestavam as fontes de apoio, que foram essencialmente governamentais. Tenho de frisar que fizemos tudo dentro da legalidade. Fomos pedindo apoios que foram sendo concedidos. Jamais teci comentários sobre as direcções anteriores, porque parto sempre do princípio que quem aceita liderar uma colectividade vem sacrificar o seu tempo e a sua vida, fazendo o melhor que pode e sabe. Na Assembleia-Geral realizada no fim do nosso mandato, fomos apelidados de corruptos. Como era da praxe, o Presidente da Assembleia-Geral, que era o Sr. Augusto Sequeira, perguntou-me se pretendíamos continuar, tendo eu dito que não e acrescentei que, depois do que se tinha passado naquela Assembleia-Geral, não queria sequer pôr os pés no Clube! Estas coisas não são fáceis de esquecer. Eram 5 ou 6 pessoas que estavam constantemente a indagar e a fazer afirmações. Foi uma Direcção muito criticada! Vi outros presi-

Na Secção de Pesca Desportiva de Barco do CNH, Renato Azevedo reencontrou amigos e fez novas amizades

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CLUBE NAVAL DA H dentes que tomaram decisões que poderiam ser muito mais controversas do que as que tomámos e não tiveram a contestação que tivemos. Foi muito difícil ser Presidente do CNH! Mas, olhando para trás, sempre que passo pelo Clube, sinto que deixámos uma obra que dignifica esta instituição. As acusações foram de tal ordem que não conseguiram eleger uma nova Direcção naquela reunião. Posteriormente, foi eleito um elenco directivo liderado pelo Sr. Aurélio Melo, da Alfândega, e a Antena 9 convidou-nos – o Presidente cessante e o actual – para um debate. Lembro-me que ele foi bastante desagradável enquanto que eu me limitei a desejar-lhe sorte, esperando que ele conseguisse chegar ao fim do mandato com todos os elementos da sua equipa juntos e a trabalhar como eu tinha chegado com a minha. Éramos um grupo muito unido, em que todos compareciam e trabalhavam. Orgulho-me muito de ter sido o Presidente daquela equipa com quem trabalhei 2 anos, embora tenham sido dos mais difíceis da minha vida. Apesar disso, foi um tempo marcante, em que fiz amizades, travei conhecimento com pessoas de outras ilhas que não conhecia, com directores de clubes navais nos Açores, com elementos ligados a actividades marítimas de clubes navais de outros países, vi grandes regatas e tive o prazer de conhecer e cumprimentar outras pessoas, como foi o caso da viúva do meu ídolo da Vela – o Eric Tabarly – o que aconteceu em França, quando fui na Regata com o Hildeberto. Através do CNH, tive a oportunidade de conhecer outras realidades e quando assim acontece e se começa a fazer comparações, vemos o que temos de bom e o que podíamos melhorar. Passamos a compreender como proceder perante certas situações. Ainda a propósito do Sr. Melo, gostava de acrescentar que, apesar de ele não ter grande confiança comigo, um dia encontrou-me na Marina e confessou: “Não tive a sorte que me desejou”, pois, a verdade é que alguns elementos da Direcção dele abandonaram os seus cargos antes do fim do mandato”. Renato Azevedo vinca que deixou o Clube “bem apetrechado e com uma sede condigna”. Contudo, volvidos que são 30 anos, o cenário deteriorou-se. Instado a pronunciar-se sobre a razão

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“Nova sede do CNH não avança por falta de vontade política”

de a nova sede da única instituição náutica faialense nunca ter arrancado, atira peremptoriamente: “Falta vontade política”. E nota: “Havia um projecto de aumento daquele Pavilhão. Cheguei mesmo a ver um desenho nesse sentido. Esta obra afigura-se cada vez mais urgente, atendendo às actuais instalações, que se tornaram exíguas, faltando espaços para armazéns, uma sala para recepção de eventos náuticos, melhores condições na Secretaria, etc. Paralelamente, acho que o Clube também precisa que os Sócios se liguem mais a ele. No meu tempo não havia apoios camarários e as fontes de receitas provinham apenas da exploração do Bar e da quotização dos Sócios. Embora hoje os apoios possam ser mais diversificados, a verdade é que a actividade cresceu muitíssimo e, consequentemente, os gastos também”.

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“Neste momento, a gestão do CNH assusta!” E quanto ao futuro desta “casa”, o nosso entrevistado afirma: “Não vejo maneira de as pessoas quererem governar um barco tão grande. É muito difícil ser presidente do CNH! Nos tempos de hoje, a pessoa que aceitar liderar este Clube tem de ser alguém com muita disponibilidade e competência. Claro que também ajuda ter conhecimentos sobre as áreas náuticas. Já na altura em que passei por aqui assustava mas neste momento a gestão do Clube Naval da Horta assusta muito mais! Mesmo que seja uma pessoa competente, até inteirar-se de tudo e de como tem de actuar, passou um ano sem dar por isso. Sempre fui a favor da juventude e, na minha óptica, seria muito bom que o Clube também tivesse mais gente nova no seu elenco directivo. Hoje, mais do que nunca, a sociedade está numa mutação alucinante e é fulcral que quem vier para o Clube conheça a vontade e o querer dos Sócios e dos Atletas, sobretudo dos mais novos, porque são eles que dão vida a esta instituição. Mas tem

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Renato Azevedo tem conquistado vários prémios através das pescarias feitas no seu “Senhora da Guia”

de haver um equilíbrio no sentido de as pessoas com mais idade não serem postas de parte até, porque, também gostam de praticar algumas actividades e têm experiência em muitas áreas. A maioria das pessoas com quem falo considera que o CNH é necessário e simpatiza com esta colectividade mas, na prática, são muito poucos aqueles que conhecem verdadeiramente o que ela envolve. Só quem esteve ou está ligado ao CNH tem noção do trabalho, esforço

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“Voluntários deveriam ser compensados nos descontos para a reforma”

e dedicação necessários para manter este Clube a navegar. Todas as nossas instituições me merecem respeito e contribuem para o desenvolvimento (social cultural, desportivo) da ilha mas as que mais se destacam no Faial são a ALRAA, o CNH e o meu clube, o Sporting Club da Horta, porque ainda consegue manter uma equipa de Andebol na I Divisão. Estas três entidades têm sido pilares na divulgação desta ilha e da realidade faialense”. “Todos sentimos que a falta de dirigismo começa a acentuar-se, porque os nossos clubes são geridos na base do Voluntariado. Sempre defendi

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que os membros dos Órgãos Sociais das diferentes colectividades deviam beneficiar de uma regalia que vigorou para os Bombeiros Voluntários e que injustamente acabou, estipulando que, por cada 5 anos de trabalho voluntário, um contava para a idade de reforma. Se quem de direito não encontrar uma solução para compensar aqueles que trabalham de borla (que dão tempo, viatura e até dinheiro) muitas colectividades vão fechar a porta. E isto, porque, os jovens além de terem sido habituados a ter tudo, não fazem nada sem receberem algo em troca. Não há espírito de sacrifício, pelo facto de não se identificarem com muitas das instituições existentes”. Composição da Direcção do CNH no biénio 1989/1990: - Presidente: Renato Soares de Lacerda Azevedo - Vice-Presidente: José Augusto Carreiro - Vice-Presidente: António Manuel Gonçalves Soares Luís - Tesoureira: Maria Isabel Gomes Fraga - Secretário: Disidério Paulo de Araújo Machado - 1º Suplente: Manuel Gabriel Goulart Nunes - 2º Suplente: António Manuel Rosado Xavier Mesquita

Campeonato Regional de Corrico de Barco 2014 Da direita para a esquerda: Carlos Palhinha, Presidente da Associação Açoriana de Pesca Desportiva de Mar; José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH; e a tripulação da embarcação “Senhora da Guia”, Campeã Regional de Corrico Costeiro, constituída por Renato Azevedo, António Freitas, José Neves e Dário Azevedo

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DESDE 1947 PRÉMIO DE EXCELÊNCIA DESPORTIVA 2011 INSÍGNIA AUTONÓMICA DE MÉRITO CÍVICO 2017 WWW.CNHORTA.ORG

MONTAGEM: ARTUR SIMÕES TEXTOS: CRISTINA SILVEIRA


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