Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

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Protocolo CNH-CNF

Atlantis Cup 2014

Travessia Pico/Faial

Rui Silveira

Objectivo: Fomentar a Vela e

Jantar de Entrega de Pré-

Nadadores fizeram a traves-

2º Estágio em Santander, na

a ligação entre Clubes e

mios

sia do Canal Pico/Faial

Espanha

Ilhas

Ir_ao_mar Nº5

AGOSTO DE 2014

Semana do Mar 2014 Balanço feito pelo Presidente do Clube Naval da Horta: “O Festival Náutico é uma festa que envolve centenas de pessoas e projecta a ilha do Faial”

Natação, Canoagem, Vela, Pesca, MiniVeleiros, Botes Baleeiros, Pólo Aquático, Apneia, Mergulho e Xadrez, foram as modalidades em destaque no Festival

Náutico da Semana do Mar 2014, que decorreu de 2 a 10 de Agosto na ilha do Faial, organizado pelo Clube Naval da Horta.

cerca de 900 atletas em mais “ Participaram de meia centena de actividades, com o apoio de perto de 50 voluntários.


Balanço feito pelo Presidente do Clube Naval da Horta: “O Festival Náutico é uma festa que envolve centenas de pessoas e projecta a ilha do Faial” Terminou este domingo, dia 10, mais um Festival Náutico, integrado na Semana do Mar, o maior cartaz turístico da ilha do Faial, que este ano completou a sua 39ª edição. Na hora do encerramento e perante vários governantes, funcionários, atletas, sócios, colaboradores e amigos do Clube Naval da Horta (CNH), o Presidente da Direcção desta instituição, José Decq Mota, chamou a atenção para o facto de o Festival Náutico da Semana do Mar não ser “uma festa para meia dúzia de iatistas mas, sim, uma festa que envolve centenas de pessoas, projecta o nome da ilha do Faial e perspectiva a sua continuidade”. Este Dirigente realçou o envolvimento de muitas pessoas nas diversas actividades, “o que acontece por se encontrarem de férias ou, então, por dispensas de trabalho”. E acrescenta que “é

Natação, Canoagem, Vela, Pesca, Mini-Veleiros, Botes Baleeiros, Pólo Aquático, Apneia, Mergulho e Xadrez, foram as modalidades em destaque no Festival Náutico da Semana do Mar 2014, que decorreu de 2 a 10 de Agosto na ilha do Faial, organizado pelo Clube Naval da Horta. Participaram cerca de 900 atletas em mais de meia centena de actividades, com o apoio de perto de 50 voluntários. essencial sublinhar o papel dos funcionários do Clube”. Neste âmbito, referiu que “esta casa mantém relações de trabalho com muitos outros colaboradores, os quais dão ideias que levam à concretização de actividades”. Também foram lembrados os apoios e patrocinadores oficiais, onde se incluem o Turismo, o Governo Regional e a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. De forma muito especial, José Decq Mota referiu o apoio dado pela Câmara Municipal da Horta não só no que diz respeito a este Festival em concreto, mas ao longo de todo o ano dentro das diversas actividades levadas a cabo pelo CNH. O Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta enfatizou o apoio que é dado pela Portos dos Açores SA, classificando-o como “absolutamente essencial”. O Festival Náutico foi sinónimo, também, de 9 dias de muito trabalho, o qual já vinha sendo bastante intenso desde o mês de Julho, tendo em conta a organização e realização do Campeonato Nacional da Classe Access, as Regatas de Botes Baleeiros e a chegada da Regata Les Sables/Les Açores/Les Sables. “Portanto, esta é a 6ª semana consecutiva de intensa actividade no Clube Naval da Horta”, frisou José

Decq Mota. Este Dirigente considera que o balanço é “extremamente positivo” e faz votos para que o programa de 2015 seja “ainda melhor e mais ambicioso”.

Participaram cerca de 900 atletas O Festival Náutico da Semana do Mar 2014 decorreu de 2 a 10 de Agosto na ilha do Faial e envolveu cerca de 900 atletas, mais de 50 voluntários e perto de meia centena de actividades. Foi um programa de 9 dias, homenageando o mar e os desportos náuticos, onde não faltaram os sempre apreciados passeios à Vela nos Botes Baleeiros, que este ano foram procurados por mais de 200 pessoas. Tradição, participação, diversão, convívio e alguma emoção foram condimentos desta festa, realizada no mar e em terra. Travessia a nado do Canal Pico-Faial por 9 nadadores da Terceira, São Miguel e Faial, 1ª Expedição de Kayak de Mar, 1ª Prova Regional de Natação em Águas Abertas na ilha do Faial, IX Encontro Internacional de Vela Ligeira, Cerimónia de Entrega de Prémios da 26ª edição da Atlantis Cup Regata da Autonomia e da 1ª etapa da Regata Les Sables/Les Açores/Les Sables,


Evento de Promoção da Classe Access, Prova Regional de Vela Ligeira Sénior, IX Troféu Cidade da Horta - Escolas de Vela, Baptismos de Mergulho, Torneio Individual de Semi-Rápidas de Xadrez e Prova de Botes Baleeiros - Casa do Pessoal da RTP foram marcos deste Festival Náutico, da responsabilidade do Clube Naval da Horta. O Caldo de Peixe, evocativo das raízes da Semana do Mar, foi um dos pontos altos deste programa, que contou com a presença de centenas de pessoas, incluindo muitos dos iatistas aportados, que fazem da Horta a Capital Oceânica do Iatismo. A edição deste ano espelhou bem a inter-ligação e as boas relações existentes entre as várias entidades que tornam possível o maior Festival Náutico de Portugal. Sinal disso foi a presença quase diária, nas Cerimónias de Entrega de Prémios, do Secretário e Director do Mar, Ciência e Tecnologia, do Director da Associação Regional de Vela, do Presidente do Conselho de Administração da Portos dos Açores SA, do Presidente, Vice-Presidente e alguns Vereadores da Câmara Municipal da Horta e do Capitão do Porto da Horta. Estes convívios, que decorreram à volta da mesa na Tenda do Clube Naval da Horta, juntaram centenas e centenas de pessoas, entre convidados, atletas, dirigentes, treinadores, técnicos, colaboradores, sócios, voluntários e amigos desta instituição, uma verdadeira embaixadora no mundo da Cidade-Mar dos Açores: a Horta! O Festival Náutico, nas suas diversas actividades, juntou gente dos Açores, Madeira, Continente português, Hong Kong, EUA, França, Itália e outras nacionalidades, se tivermos em conta os participantes na Regata Les Sables/Les Açores/Les Sables. Paralelamente às parcerias institucionais, indispensáveis a um evento desta dimensão, é de salientar o papel fundamental do voluntariado, aspecto sempre muito evidente no Clube Naval da Horta. E neste contexto falamos de

antigos dirigentes, elementos que integraram as Comissões de Regata e de Protesto, os Juízes de Prova, os que colaboraram no Caldo de Peixe, os que deram apoio de mar e em terra às variadas actividades e outros, onde não faltou o fotógrafo de serviço: José Macedo.


Desfile dos Participantes no Festival Náutico da Semana do Mar 2014 contou com mais de 60 pessoas do Clube Naval da Horta Foi na manhã deste domingo, dia 3 de Agosto, que decorreu o Desfile dos Participantes no Festival Náutico da Semana do Mar 2014, que saiu do Clube Naval da Horta (CNH) em direcção ao Largo do Infante. Mais de 60 pessoas participaram neste Desfile, representando as diversas Secções deste Clube, como se pode ver e ler na fotografia: Canoagem, Xadrez, Vela Ligeira, Pólo Aquático, Pesca Desportiva, Natação, Vela de Cruzeiro, Apneia, Botes Baleeiros e Mergulho. O Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta, José Decq Mota, também integrou o Desfile.

As diferentes Secções representadas neste Desfile demonstram a dinâmica do Clube Naval da Horta Canal” canta o refrão da mar-

O tempo espectacular colaborou, o sentes, Bela Silveira Dutra brindou a Presidente da autarquia faialense, assistência com a interpretação da José Leonardo Silva, saudou os pre- Marcha da Semana do Mar e a Filarmónica União Faialense alegrou o Desfile com os seus acordes. “Cá vai a Horta com a baía mais bela/ Da sua janela vê regatas no

cha vencedora que se apresentou a concurso com o pseudónimo “Trabalhadores do Mar” e com voz desta jovem albicastrense, que integra o Coral da Horta. Fotografia gentilmente cedida por Pedro Oliveira


Semana do Mar 2014: Cortejo Náutico da Senhora da Guia juntou muitas embarcações e pessoas ligadas ao mar Uns vão por curiosidade, outros por hábito, mas também há quem vá por uma questão de fé ou de promessa. Seja qual for a razão ou motivação, a verdade é que todos contribuíram para o brilhantismo do Cortejo Náutico da festividade em honra da Senhora da Guia, que decorreu na tarde deste domingo, dia 3 de Agosto, no âmbito da Semana do Mar 2014. O “Cruzeiro das Ilhas” foi disponibilizado pela “Transmaçor” para todos aqueles que quisessem participar, juntandose às restantes embarcações na largada rumo ao Cortejo. Entretanto, após a missa celebrada na Ermida da Senhora da Guia, situada no Monte com o mesmo nome, a imagem seguiu em procissão até ao Centro do Mar, embarcando na Baía de Porto Pim. Daí, o Cortejo Náutico seguiu até à Baía da Horta, com desembarque da imagem na Marina. A finalizar, realizou-se a procissão desde o Largo do Infante até à igreja das Angústias, onde se incorporaram muitas pessoas, incluindo pescadores e bandas filarmónicas. A embarcação que leva a imagem é determinada por sorteio e uma vez em terra, são os homens dessa embarcação que, com muito orgulho, carregam aos ombros o andor com a imagem da Senhora da Guia até à igreja paroquial das Angústias.

tejo Náutico é aberto a todos os ramos da actividade marítima, com a particularidade de as embarcações – sobretudo as dos pescadores – se engalanarem com bandeiras e flores, para prestar tributo à sua padroeira, muito invocada no mar e em terra. Jorge Gonçalves, Presidente da APEDA, diz, a propósito, que “este ano houve menos embarcações no Cortejo Náutico do que em 2013, mas ainda assim participou um número muito aceitável”. Este Dirigente explica que também decorreu este domingo (dia 3 de Agosto) em Matosinhos, a maior festa religiosa a nível nacional ligada ao mar, onde se presta culto a Nossa Senhora dos Navegantes, mas apenas com procissão. E sublinha: “É de recordar que os pescadores do país têm sido afectados com muitos acidentes”. No entanto, o Presidente da APEDA realça que “o Cortejo Náutico da Senhora da Guia, realizado na ilha do Faial, é o maior de Portugal em mar aberto”. E acrescenta: “Nos Açores há várias demonstrações religiosas com diferentes invocações marítimas, mas esses cortejos são todos realizados dentro dos portos”.

Este evento foi organizado pela Câmara Municipal da Horta, com a colaboração da Associação de Pescadores de Espécies Demersais dos Açores (APEDA). O Clube Naval da Horta associou-se com embarcações, entre as quais a lancha baleeira “Walkiria” e os botes baleeiros, tal como se associaram pescadores profissionais e lúdicos, operadores marítimo-turísticos e outros, todos com os seus barcos. O Cor- No Faial, há ainda a particularidade de a

manifestação decorrer no mar e em terra (Cortejo Náutico e procissão). Jorge Gonçalves afirma que “há uma mobilização espontânea e que alguns pescadores interrompem a faina no mar para virem tomar parte neste Cortejo, dandose o caso de quem estava em terra também ter ido participar neste evento”. Questionado sobre a protecção que os homens do mar procuram na Senhora da Guia, responde que “praticamente todas as embarcações têm a imagem de um santo ou santa associado à sua fé, a qual não se pode medir, sendo demonstrada de diversas formas”. E frisa: “Estas imagens funcionam como uma tábua de salvação para os homens do mar, procurando forças para continuar, mas cada um vê estas coisas à sua maneira”. Independentemente de todas estas questões pessoais, o certo é que muitos fazem promessas em horas de aflição e neste domingo, certamente que alguns estiveram no cumprimento das mesmas, “porque os tempos são difíceis”.

Fotografias de: José Macedo


Festi val Náutico 2014: 9 nadadores conseguiram fazer a travessia do Canal Pico -Faial – Letícia Toste foi a primeira mulher a alcançar tal proeza

O Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta, José Decq Mota, fez questão de ir saudar os recordistas à medida que foram chegando. Miguel Arrobas fala entusiasticamente da forma como decorreu esta maratona

Miguel Arrobas e Miguel Furtado foram os primeiros a fazer a travessia do Canal Pico-Faial, realizada este sábado, dia 2 de Agosto. Os dois nadadores chegaram à outra margem (Faial) em linha, o que significa que ambos levaram 2 horas e 11 minutos a percorrerem os cerca de 9 quilómetros que o percurso traçado implicou. A largada deu-se a partir do Bico de Simão (em frente à casa do Salema), na Areia Larga, ilha do Pico, e a chegada foi a entrada pela Marina da Horta do 1º ao 5º nadador e pelo Monte das Guia do 6º ao 9º nadador. A entrada em diferentes lugares deveu-se ao atraso na partida, que estava marcada para as 15 horas, mas aconteceu pelas 15h48. Embora não se tenha tratado de uma

Foram 9 os nadadores que conseguiram chegar à outra margem, objectivo número um desta travessia, onde não entrou o factor competição. Ainda assim, foram marcados os tempos de cada um, pois a referência que existia era de 2 horas e 20 minutos, tempo que o norteamericano David Yudovin levou a fazer o Canal, mas no sentido Faial-Pico, em 2008. Todos ficam para a história, mas o feito tem um sabor especial para Letícia Toste, a primeira mulher a conseguir esta proeza. Grande satisfação é a imagem de marca desta equipa, que já pensa em fazer Faial competição mas, sim, de uma travessia, a -Pico, em 2015. verdade é que todos levavam no pensamento a marca alcançada em 2008 (20 de Agosto) pelo norte-americano David Yudovin, de 58 anos de idade, que atravessou o Canal a nado mas no sentido Faial-Pico. Neste caso, David Yudovin destronou um recorde que na altura contava quase 80 anos e que pertencia ao faialense Manuel Azevedo Lima, desportista do Sporting Clube da Horta, que em 1929 tinha realizado o mesmo percurso, mas em 3 horas e 20 minutos, ou seja, mais 1 hora do que este norte-americano. (Há quem afirme que foram 3 horas e 6 minutos e não 3 horas e 20 minutos).

tar, do Estreito de Cook, na Nova Zelândia, do Estreito de Sunda, na Indonésia, e do Estreito de Tsugaru, no Japão. Satisfação geral Vítor André, o único faialense que conseguiu fazer a travessia, sentia-se extremamente satisfeito por ter alcançado esta vitória pessoal, o que significa o concretizar de um sonho antigo, mesmo tendo descoberto a Natação aos 44 anos de idade.

Letícia Toste tornou-se a primeira mulher a alcançar este feito, não cabendo David Yudovin chegou à Ponta da Pedra em si de contente. Banca, na Madalena do Pico, exactamen- O mentor desta travessia, o terceirense te 2 horas e 20 minutos depois de ter Vitor Medina, era um homem feliz, que partido do Ilhéu Negro, junto ao monte já só pensava na próxima “aventura”. da Guia, na ilha do Faial. Ainda mal refeitos da maratona, todos Este recordista da Califórnia (que nas suas se diziam dispostos a entrar noutra, o maratonas apenas necessita de calções, que deverá acontecer em 2015, mas no touca e óculos em termos de equipamen- sentido Faial-Pico. to), é um homem de negócios reformado, que é mundialmente famoso pelas suas Grande satisfação era a imagem de travessias marítimas a nado, como a do marca de todos os que conseguiram Canal da Mancha, do Estreito de Gibral-


chegar à outra margem (Faial), relatando aspectos da travessia, que contou com diferentes tipos de mar, devido às correntes. Recorde-se que esta foi uma iniciativa do Grupo Nadar Açores, que tem como Responsável Vitor Medina, o qual por diversas vezes agradeceu ao Clube Naval da Horta todo o apoio dado a este evento. O Clube Naval da Horta apoiou esta iniciativa, com assistência no mar, tal como foi solicitado pela Organização. O Presidente da Direcção do CNH, José Decq congratula-se com o feito alcançado por estes nadadores e agradece a todos os sócios e colaboradores desta instituição o apoio dado nesta iniciativa. E como símbolo e registo desta travessia, Vitor Medina fez questão de que José Decq Mota assinasse os postais (um para cada nadador e um para o CNH) que comprou no Peter relativos ao “Diário de Bordo”, os quais foram previamente carimbados com o selo do Clube Naval da Horta. Os recordistas têm idades bastante díspares, se tivermos em conta que o mais novo conta 22 anos anos e o mais velho 59 anos, completando 60 no próximo mês (Duarte Simões). Dos 14 nadadores que projectaram fazer a travessia, 5 não a concretizaram, por diferentes razões: Raquel Furtado, da Madeira, mas a residir no Faial; Camilo Moniz e Ricardo Bettencourt, ambos de São Miguel; João Medeiros, da Terceira e João Esteves, do Faial. Testemunho de Miguel Arrobas: “Eu e o Miguel Furtado chegámos em linha, com o tempo de 2 horas e 11 minutos. A travessia correu lindamente, embora tenha sido difícil, porque o mar estava complicado. Apanhámos muita ondulação e vento, com a particularidade de a ondulação estar sempre a vir do lado direito, ou seja, para o lado em que respirávamos, tanto eu como o Miguel Furtado. Engolimos um

bom bocado de água o que nos deixou com a garganta um pouco arranhada, mas chegámos ao Faial, que era o grande objectivo. Apenas tínhamos como referência as 2 horas e 20 minutos do norte-americano que fez este mesmo Canal, mas no sentido contrário. Esse tempo constitui o recorde da travessia Faial-Pico. Na direcção oposta, que foi o que nós fizemos, não há grandes registos aparentemente, mas seja qual for, foi o melhor tempo de sempre nesta travessia. Por isso, sinto-me naturalmente satisfeito. Quero agradecer o apoio do Clube Naval da Horta com os barcos de segurança no mar e todas as pessoas disponíveis para isso”.

Testemunho de Miguel Furtado: “Não foi difícil. O mar não estava óptimo, mas podia estar muito pior. Sentiame preparado para chegar ao fim, mas com mar pior nunca teria conseguido neste tempo. Um dos objectivos, embora não fosse o principal, era bater o tempo de referência, que eram 2 horas e 20 minutos. Estou muito satisfeito e quero fazer outras travessias. Para o ano se houver, estou cá novamente. Esta foi a minha primeira travessia. Pratico natação desde miúdo e outros desportos que envolvem nadar no mar, nomeadamente triatlo. É disto que eu gosto e que quero continuar a fazer. Nadar em mar e em piscina não tem nada a ver. O sentido de orientação é completamente diferente no mar e em 8 quilómetros, para encontrar um ponto de referência, é ainda mais complicado. Os barcos foram fundamentais para nos apoiar. Agora quero nadar para melhorar, treinar e é para repetir, sem dúvida”.

Miguel Furtado chegou em linha com Miguel Arrobas e também foi muito saudado à chegada

Testemunho de Letícia Toste:

“Dedico este recorde aos meus filhos: Frederico e Adriana Ferrão. Sinto uma satisfação muito grande e estou contente comigo própria”.


Atrás, da esquerda para a direita: Nuno Braga (que completou 42 anos no dia da travessia), Vítor André, Duarte Simões e João Medeiros (este último não concluiu a travessia) À frente, pela mesma ordem: Miguel Arrobas, Miguel Furtado, Vitor Medina, José Decq Mota e Rodrigo Ferreira Nesta fotografia falta Luís Francisco, de São Miguel, que logo que completou a travessia, preferiu ir descansar, e Letícia Toste, da Terceira (na foto acima), para completar o grupo dos 9 que fez a travessia do Canal PicoFaial este sábado, 2 de Agosto

Travessia do Canal Pico-Faial, 2 de Agosto de 2014:

1º Miguel Arrobas – Lisboa – 40 anos – não usou fato isotérmico – 2:11’31’’38 2º Miguel Furtado – São Miguel – 22 anos - usou fato isotérmico – 2:11’34’’03 3º Rodrigo Ferreira – Terceira – 23 anos - usou fato isotérmico – 2:41’24’’33 4º Luís Francisco – São Miguel – 42 anos - usou fato isotérmico – 2:43’26’’78 5º Nuno Braga, Terceira – 42 anos - não usou fato isotérmico – 3:34’07’’96

Fotografias de: Cristina Silveira

6º Duarte Simões – Terceira – 59 anos - não usou fato isotérmico – 3:35’00’’00 7º Vítor André – Faial – 50 anos – usou fato isotérmico – 3:37’00’’00 8º Letícia Toste – Terceira – 46 anos - não usou fato isotérmico – 3:43’00’’00 9º Vitor Medina – Terceira – 49 anos - usou fato isotérmico – 3:51’00’00


David Yudovin felicita os nadadores que fizeram a tra vessia do Canal Pico/Faial no dia 2 de Agosto O nadador norte-americano David Yudovin, que a 20 de Agosto de 2008, aos 58 anos de idade, fez a travessia do Canal Faial-Pico em 2 horas e 20 minutos, soube do feito dos 9 nadadores que, no dia 2 deste mês, atravessaram a nado o mesmo Canal mas no sentido inverso: Pico-Faial, tendo os dois primeiros conseguido a proeza em 2 horas e 11 minutos. Como tal, este californiano mandou um e-mail, dando os Parabéns a este grupo de nadadores, cujo conteúdo é o seguinte: “To the 9 great swimmers that swam from pico to faial, i wish all of you a very big congratulations on your successful crossing of a very difficult channel- it is now 6 years ago when i did this and i know what it takes to prepare and succeed at such a goal. very sincerely, david yudovin- U.S.A”.


Festival Náutico 2014: 1ª Expedição de Kayak de Mar juntou atletas do Faial e do Pico 1ª etapa: Porto do Comprido/Varadouro = cerca de 4,5 milhas

Realizou-se este sábado, 2 de Agosto, a 1ª etapa da 1ª Expedição de Kayak de Mar, organizada pela Secção de Canoagem do Clube Naval da Horta (CNH), no âmbito do Festival Náutico da Semana do Mar. A 1ª etapa decorreu entre o Porto do Comprido e o Varadouro, o que representou uma distância de cerca de 4,5 milhas. O Director da Secção de Canoagem do CNH, Francisco Garcia, afirma que “o trajecto decorreu com muita normalidade” e que no fim os 8 canoístas se sentiam “bem”.

Neste sábado foi preparado um churrasco com frango, pão de alho e sardinhas, que contou com a liderança de Francisco Garcia e a imprescindível colaboração dos pais dos atletas. A noite foi de festa e convívio com o objectivo de retemperar forças para a 2ª etapa da Expedição, que saiu pelas 9 horas deste domingo, dia 3, do Varadouro rumo à Horta. Trata-se de um percurso de 12 milhas, estimando-se que sejam percorridas em pouco mais de 4 horas. Os treinadores Tiago Valente e Carlos Pedro estão envolvidos na segurança de mar, na qual deram também o seu apoio alguns skippers do Varadouro, proprietários de embarcações. Francisco Garcia agradece à Urbhorta o facto de ter disponibilizado o Parque de Campismo onde foi passada a noite de sábado para domingo; à Protecção Civil que emprestou as tendas para acamparem e à Junta de Freguesia de Castelo Branco que cedeu uma viatura com condutor que efectuou o transporte dos atletas na manhã deste sábado (dia 2) da Horta até ao Capelo.


Chegada dos canoístas à Horta, vindos do Varadouro, na manhã deste domingo, dia 3

Fim da 1ª etapa da Expedição, que decorreu entre o Porto do Comprido e o Varadouro

Fotografia de: Francisco Garcia 2ª etapa: Varadouro/Horta = 12 milhas

Realizou-se na manhã deste domingo, 3 de Agosto, a 2ª etapa da 1ª Expedição de Kayak de Mar, organizada pela Secção de Canoagem do Clube Naval da Horta (CNH), no âmbito do Festival Náutico da Semana do Mar 2014. A 2ª etapa decorreu entre o Varadouro e a Horta, num percurso de 12 milhas. Participaram 15 canoístas que se foram revezando nos 10 kayaks. Destes 15 atletas, 3 vieram do Clube Naval de São Roque do Pico e os restantes 10 eram do Faial, contando-se actuais e antigos atletas de Canoagem do CNH. O tempo esteve “belíssimo” e o Director da Secção de Canoagem do CNH, Francisco Garcia, sentia-se “muito satisfeito”. Os pais dos canoístas “apreciaram muito” o convívio realizado na noite deste sábado, dia 2, no Parque de Campismo do Varadouro. Terminada a Expedição, o almoço teve como espaço o Salão Bar do CNH, durante o qual foram entregues lembranças aos participantes neste evento.

Fotografias de: José Macedo


Festival Náutico 2014: 1ª Prova Regional de Natação em Águas Abertas no Faial reuniu 9 atletas Realizou-se na tarde deste sábado, dia 2 de Agosto, a 1ª Prova Regional de Natação em Águas Abertas na ilha do Faial, que contou com a participação de 9 atletas: 2 da Terceira, 3 de São Miguel e 4 do Faial. Tratou-se de uma organização conjunta da Associação de Natação da Região Açores (ANARA) e do Clube Naval da Horta. Olga Marques, Juiz de Natação da ANARA no Faial, salienta que “todos se portaram bem e finalizaram a prova, com tempos bons. Por isso, decorreu dentro No entanto, Olga Marques explica que das expectativas”. isso se deveu a vários factores: alguns Quanto ao número de participantes, atletas estão lesionados, outros enconconfessa que estava à espera de mais tram-se de férias e também devido ao atletas do Faial, opinião partilhada pela elevado número de provas programadas Directora Técnica da ANARA, Carolina para estes dias, no âmbito do Festival Náutico da Semana do Mar 2014, onde Matos. esta também se inseriu. Este evento faz parte do circuito de Águas Abertas dos Açores, que em 2014 conta com 3 provas, sendo que a primeira decorreu durante as Sanjoaninas, na ilha Terceira; a segunda foi agora durante o Festival Náutico do CNH, no Faial, e a terceira terá

como palco a ilha de São Miguel. A prova incluiu distâncias de 500 e 1500 metros e tinha como destinatários atletas federados e não federados. Os 500 metros foram feitos por 3 atletas e os 1500 por 6. O objectivo desta iniciativa foi implementar provas de Águas Abertas nos Açores, e neste caso concreto, na ilha do Faial. A Cerimónia de Entrega de Prémios decorreu pelas 18 horas, no Salão Bar do Clube Naval da Horta.


Festival Náutico 2014 - Evento de Promoção: 20 pessoas experimentaram a segurança das embarcações da Classe Access As embarcações da Classe Access do Clube Naval da Horta (CNH) suscitaram interesse a muitas pessoas, sobretudo velejadores, que quiseram experimentá-las. Esta possibilidade surgiu no âmbito do Evento de Promoção da Classe Access, que decorreu na tarde desta quinta-feira, dia 7 de Agosto, integrada no Festival Náutico da Semana do Mar 2014, organizado pelo CNH. João Duarte, Responsável pela Classe Access (Vela para pessoas com mobilidade reduzida) refere que esta actividade contou com 20 pessoas, incluindo o Presidente do Clube Naval da Horta, José Decq Mota que, sendo um velejador experimentado, fez-se ao mar na embarcação da Classe 303, denomina-

da “Bacalhau”. Segundo este Director da Secção de Vela Ligeira do CNH, “a experiência foi boa” e o evento alcançou os objectivos traçados:

proporcionar às pessoas o contacto com os access, divulgando a Classe e a sua actividade, desenvolvida em termos de lazer e de competição.

Festival Náutico 2014: Miguel Moreira e Francisco Silva venceram a Prova Regional de Vela Ligeira Sénior Decorreu na manhã deste sábado, dia 8, a Prova do Campeonato Regional de Vela Ligeira Sénior – Laser Radial.

CLASSIFICAÇÃO A propósito deste evento, realizado no âmbito do Festival Classe Laser Standard: Náutico da Semana do Mar 2014, o Treinador de Vela Ligeira do Clube Naval da Horta (CNH), Duarte Araújo, diz o seguinte: 1º Francisco Silva - Clube Naval de Ponta Delgada “Hoje [sábado] houve 4 regatas com vento fresco. Os seniores lutaram bastante e em condições muito exigentes para a 2º Gajalt Van der Zee - Clube Naval da Horta Classe Radial e Standard. O Campeonato ficou com 5 rega- 3º Paulo Silva - DNC (não competiu) tas, depois de sexta-feira, dia 7, se ter realizado apenas 1. Classe Laser Radial: Quanto aos atletas da casa, Gjalt Van der Zee terminou em 2º lugar, mas festejou como se tivesse vencido tendo em conta a 1º Miguel Moreira - Clube Naval da Lagoa evolução que teve e por ter ganho 2 das 5 regatas. Bruno 2º Catarina Baia - Clube Naval da Lagoa Gonçalves, embora tenha terminado todas as regatas no final 3º José Pimentel - Clube Nada tabela, encarou este dia (sábado) como uma vitória pelo val de Vila Franca do Campo facto de ter cumprido todas as regatas do dia. Ambos os velejadores do Clube saíram da prova motivados e com vontade 4º Fábio Cordeiro de treinar mais para a próxima competição”. 5º Bruno Gonçalves A Cerimónia de Entrega de Prémios decorreu na noite deste 6º João Azevedo sábado, dia 9, na Tenda do CNH.


Festival Náutico 2014: IX Encontro Internacional de Vela Ligeira contou com cerca de 90 velejadores de 13 clubes navais Horta, Ponta Delgada, Vila Franca do Campo, Povoense e Sport Clube do Porto levaram as Taças

Duarte Araújo: “Hoje [quarta-feira, dia

Naval de Vila Franca do Campo (São Miguel), Clube Náutico da Lagoa (São Miguel) e Ginásio Clube Naval de Faro. Entre Técnicos e Velejadores, este evento envolveu mais de 100 pessoas. Os lugares do pódio em cada uma das 4 Classes: 420, Laser 4.7, Optimist e Access 2.3 (Vela para pessoas com moA mesa tornou-se pequena para as bilidade reduzida), foram repartidos dezenas de Medalhas de Participaentre os Clubes da Horta, Ponta Delgação e Prémios da, Vila Franca do Campo, Naval PovoUma festa, com muito convívio e pré- ense e Sport Clube do Porto. mios é o balanço final do IX Encontro Instados a fazer uma avaliação da presInternacional de Vela Ligeira, que de- tação dos atletas da Escola de Vela do correu de 4 a 6 do corrente, na ilha do Clube Naval da Horta, os treinadores Faial, no âmbito do Festival Náutico da fizeram várias apreciações, como se Semana do Mar 2014, organizado pelo pode ler: Clube Naval da Horta (CNH). Participaram 87 velejadores de 13 clubes navais: Clube Naval da Horta, Clube Naval da Madalena do Pico, Clube Naval de São Roque do Pico, Clube Náutico das Lajes do Pico, Clube Naval das Lajes das Flores, Angra Iate Clube (Terceira), Associação Naval Gafanha O Treinador Duarte Araújo receda Encarnação, Clube Naval Povoense, beu as Medalhas de Participação Sport Clube do Porto, Clube Naval de dos atletas do CNH Ponta Delgada (São Miguel), Clube

6] o

dia foi de

decisões. Uns atletas da Classe Optimist estavam a lutar pela presença no top 10, enquanto outros lutavam pelos 20 primeiros. E digo isto, porque os velejadores do Clube Naval da Horta ainda não têm a experiência e a capacidade técnica dos nossos adversários presentes neste Campeonato. Estava cá a equipa da Póvoa, que tem alcançado excelentes resultados na frota nacional este ano. Recordo que 7 velejadores desta equipa se apuraram para a Frota de Ouro do Ranking Nacional, sendo apenas um o representante dos Açores. Para a nossa equipa este foi um Campeonato para aprender a largar com uma frota grande, para comparar os nossos andamentos com o dos adversários e para perceber o que têm de treinar e melhorar para a próxima temporada. Devo realçar que os atletas da Escola de Vela do CNH foram sempre melhorando de regata para regata, dando excelentes indicações. Quanto aos Laser e 420, os adversários deste Campeonato são os mesmos da próxima temporada e as indicações são boas, ainda que não tenha dado para ganhar, deu para lutar pelo primeiro lugar até à última regata. Em conclusão, o Campeonato correu bem para os velejadores do Clube Naval da Horta, que estão cientes do seu nível na frota e do trabalho que têm pela frente para melhorar e atingir os seus objectivos”.


João Duarte (Classe Access):

Classe Optimist. Relativamente à Classe Access, é preciso ter em conta a realização do Campeonato Nacional, que se realizou nos dias 11, 12 e 13 do mês passado na ilha do Faial e que mobilizou muitos atletas. No seguimento dessa prova nacional, o Clube Naval da Horta convidou 2 velejadores do Porto: o Fernando Pinto e a Cláudia Rodrigues.

dora em prova com uma lembrança do CNH, e que foi Catarina Coelho, do Clube Naval Povoense que foi, aliás, o clube mais premiado neste IX Encontro Internacional de Vela Ligeira. Refira-se que todos os velejadores receberam uma Medalha de Participação, as quais foram entregues a um representante de cada clube.

Neste Encontro Internacional, o CNH contou com 6 embarcações da Classe Access 2.3 e o Access 303 (baptizado como “Bacalhau”). Estas provas são boas para consolidar a aprendizagem. Quanto mais se compete, mais se evolui e mais se aprende”.

O Treinador João Duarte aplaude o desempenho dos atletas da Classe Access “O balanço é positivo. Tivemos condições exigentes no que diz respeito ao campo de regatas: ventos com rajadas de 20 nós e chuvada. Para a Classe Access, estamos a falar de condições já no limite das exigências e tanto é, que dos 6 atletas a competir, apenas 3 terminaram a prova. No primeiro dia tivemos o Rui Dowling com 2 primeiros lugares e um segundo, mas como é muito leve, comprometeu toda a sua participação nos últimos dois dias em que estava mais vento. Se tivéssemos tido menos vento, provavelmente o Rui teria ganho o seu primeiro Encontro Internacional de Vela Ligeira, porque estava a andar muito bem. Os outros atletas também andaram bem, mas como o Fernando Pinto é um velejador experimentado, com várias participações nos europeus, internacionais, nas Provas de Apuramento Nacional e como está há muitos anos na Vela, naturalmente que veio ao de cima a sua maior experiência, e com condições de tempo exigentes, conseguiu superar as dificuldades.

O Presidente da Direcção do CNH agradeceu o empenho que todos estes clubes colocaram na sua participação neste evento (tendo havido troca de lembranças) bem como aos atletas, a força e a razão de ser de tudo isto. O agradecimento foi extensivo às autoridades preForam realizadas as 9 regatas previstas, sentes, que colaboraram na Entrega dos no campo de regatas da Baía da Horta. Prémios (para os 3 primeiros classificados de cada classe. As Classificações Vítor Medeiros, Francisco Gonçalves e completas encontram-se em anexo). Vítor Soares integraram a Comissão de Regatas, enquanto que da Comissão de Classe 420: Protestos fazia parte Alexandre Rainha, 1º Luís Gonçalves/Francisco Machado – Jorge Macedo e Calos Moniz. Clube Naval de Ponta Delgada Este evento foi organizado pelo Clube 2º Ricardo Silveira/Tiago Serpa – Clube Naval da Horta e promovido pela FedeNaval da Horta ração Portuguesa de Vela (FPV), contando com o apoio da Associação Regional 3º Jorge Silva/Bartolomeu Ribeiro – Clube Naval da Horta de Vela dos Açores (ARVA). A Entrega de Prémios decorreu na noite desta quarta-feira, dia 6, após o jantar, nas instalações do clube anfitrião. A cerimónia contou com a presença de toda esta comitiva, além do Presidente e Vice-Presidentes do CNH, respectivamente José Decq Mota e Jorge Macedo; da Directora do CNH Olga Marques, do

Director do Serviço de Desporto da Ilha do Faial, Bruno Leonardo; do Vice-Presidente da Câmara Municipal da Horta, Luís Botelho e do Capitão do Porto, comandante Diogo Vieira Branco. O Clube Naval da Horta contou com o apoio dos seguintes parceiros na realização deste evento internacional: Direcção Regional do Turismo, PróConvergência e Continente Modelo.

Laser 4.7: 1º João Costa – Clube Naval de Ponta Delgada 2º Pedro Costa – Clube Naval da Horta 3º José Pimentel – Clube Naval de Vila Franca do Campo Optimist: 1º Francisco Ilhao – Clube Naval Povoense 2º Manuel Guimarães – Clube Naval Povoense 3º João Ilhao – Clube Naval Povoense Access 2.3: 1º Fernando Pinto – Sport Clube do Porto

2º Lício Silva – Clube Naval da Horta Em termos de Organização e de Comissões de Regata, tudo funcionou bem. Embora não estivessem previstos pré- 3º Libério Santos – Clube Naval da Horta Tivemos uma vez mais uma grande par- mios para as atletas, José Decq Mota Fotografias de: Cristina Silveira ticipação de velejadores, sobretudo da entendeu contemplar a melhor veleja-


Terminou 2º Estágio em Santander, na Espanha

“Sinto-me motivado e preparado para o Campeonato do Mundo das Classes Olímpicas”

Terminou esta segunda-feira, em Espanha, o 2º Estágio do atleta Rui Silveira, que decorreu de 3 a 25 do corrente em Santander. O velejador do Clube Naval da Horta já se encontra totalmente recuperado da lesão sofrida no ombro, afirmando-se “motivado e preparado” para o Mundial, que arranca dia 12 de Setembro, em Santander.

O atleta do Clube Naval da Horta, (CNH) Rui Silveira, encontra-se em contagem decrescente para o Campeonato do Mundo das Classes Olímpicas, que começará no dia 12 de Setembro em Santander, no Norte de Espanha. O velejador faialense realizou dois Estágios nesta localidade espanhola: o 1º durante o mês de Julho (de 2 a 20) e o 2º agora em Agosto (de 3 a 25) com o objectivo de se preparar para conseguir apurar Portugal para os Jogos Olímpicos do Brasil, em 2016. A propósito deste 2º Estágio, Rui Silveira sublinha que “correu melhor do que o primeiro”, tendo contribuído grandemente para isso o facto de já se encontrar completamente recuperado da lesão contraída num ombro, em Julho, na Croá-

cia. “Sinto-me preparado para o Mundial e essa preparação verifica-se tanto a nível físico, como mental e até mesmo em termos de à vontade no barco”. De regresso a Portugal com o seu Treinador – Gonçalo Carvalho – o velejador do CNH da Classe Laser continua com os treinos, desta feita em ginásio, onde ficará até ao dia 2 do próximo mês. No dia 3 voltará a Santander para mais trabalhos de preparação com vista à participação no apuramento de 50% dos países que irão estar representados nos Jogos Olímpicos. O 1º dia de regatas será a 12 de Setembro, num total de 5 dias de prova. Terminada esta dura e decisiva etapa, o atleta entrará


Atlantis Cup 2014 – Jantar de Entrega de Prémios transformou-se numa festa “Marina de Cascais – Giullieta” (ORC A) e “Celtic Dream” (ORC B) foram os vencedores Participaram 20 tripulações de 3 continentes. Dos 6 prémios, 3 ficaram no Faial. A festa à volta da mesa decorreu na noite desta terça-feira, dia 5, no Fayal Resort Hotel. que receberam esta Regata.

José Decq Mota: “O essencial desta Regata são os velejadores, os barcos e a competição” Uma Regata que simboliza a Autonomia e une os Açores

“Muita competição, muito convívio e bastante amizade”, foram os aspectos da Atlantis Cup 2014 - Regata da Autonomia” destacados por José Decq Mota, Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), Entidade Organizadora deste evento, que assinalou a sua 26ª edição este ano. Este Dirigente congratulou-se com o facto de haver tripulações dos Açores, Madeira, Continente português, Oriente e EUA, salientando que o Clube Naval da Horta cumpriu o desígnio traçado de atrair para este competição à Vela barcos da frota regional e de outras origens.

A Revista da Atlantis Cup 2014 ladeada pelos Prémios José Decq Mota realçou o significado do nome desta competição, “sendo seu objectivo desenvolver-se dentro da unidade da Região Açores, ligando o Arquipélago ao exterior e funcionado como veículo de promoção”. Nesse sentido, a parceria existente entre o CNH e o Turismo Açores” é muito importante para alcançar este desiderato”.

O Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta destacou o patrocinador global da Atlantis Cup - Regata da Autonomia, que é a Liberty Seguros, enaltecendo a novidade desta edição, que foram os patrocinadores por etapa (BMW AutoAçoreana, Quinta dos Açores e NOS Açores) o que permitiu “melhorar o programa, tornando a pro“Sendo esta uma história oscilante, va mais atractiva para os velejadores conseguimos atingir uma linha evolutiem termos de objectivos e competiva que foi sempre no sentido de atrair ção”. mais gente, colocando esta Regata no interesse e calendário de quem preza a O mais alto representante da Entidade competição e naturalmente que isso Organizadora deste evento realçou o nos orgulha”, frisou. apoio do Clube Naval de Santa Maria (presente nesta festa), de Ponta Delgada e do Angra Iate Clube, bem como das Câmaras Municipais dos concelhos

O trabalho de quem tornou possível a Revista deste ano da Atlantis Cup também foi evidenciado e agradecido. “Esta Revista associada à Atlantis Cup já tem história, tendo sempre como preocupação a qualidade. A publicação veio introduzir um elemento de conhecimento sobre os Açores”. A Comissão Organizadora da Regata da Autonomia foi também elogiada pelo seu trabalho, a qual é composta por um grupo de sócios do CNH. Apesar de todas estas peças indispensáveis à concretização da Atlantis Cup, a verdade é que “o essencial desta Regata são os velejadores, os barcos e a competição”. José Decq Mota terminou afirmando que não tem dúvidas de que a Regata da Autonomia vai continuar.


Para o Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Fausto Brito e Abreu, foi “um enorme prazer” poder estar presente e representar o Governo Regional, que tem “muito orgulho em apoiar a Atlantis Cup”.

agradeceu ao CNH, aos skippers e aos muitos colaboradores anónimos que trabalham para o sucesso desta Regata, agora celebrado, lançando o repto para que haja uma nova festa no próximo ano.

“Viver nestas 9 ilhas é maravilhoso, mas

Para José Leonardo Silva “é sempre também implica algumas dificuldades”, bom ganhar, mas o fundamental é sustentou este governante, acrescenparticipar” tando que, “é por isso que o executivo há muito que investe na rede de infraestruturas, como portos e marinas”. O Presidente da Câmara Municipal da Horta, José Leonardo Silva, agradeceu o convite para estar presente na Cerimónia, lembrando que a autarquia também apoia esta Regata, a qual funciona como “um complemento de valorização da Horta, Cidade-Mar”.

Fausto Brito e Abreu frisou a importância de fazer dos Açores” cada vez mais ponto de passagem de regatas nacionais” e felicitou o Clube Naval da Horta pela “magnífica organização”, além de O Director da Prova, Jorge Macedo, velejadores e participantes, apelando a está de parabéns, assim como a sua que se juntem a esta equipa em 2015. equipa

Ana Luísa Luís, Presidente da ALRAA, O edil congratulou-se com a presença manifestou o seu gosto pelo facto de a de todos e fez votos para que as tripulacasa da autonomia se associar à Atlantis ções e famílias continuem a promover Cup, nas estradas do mar, desde 1988. os Açores. Desde 2003 que a ALRAA apoia este Saudando vencedores e vencidos, o evento que, precisamente por isso, autarca faialense disse que “é sempre adoptou a designação de Regata da bom ganhar, mas o fundamental é parAutonomia, tornando-se “num símbolo ticipar”. da autonomia, da união e coesão do José Leonardo não tem dúvidas de que mar com as ilhas”. a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) vai continuar a apoiar este evento, assim como a instituição a que preside. Por isso, despediu-se dizendo “até à próxima Semana do Mar”, já que o encerramento da Atlantis Cup acontece em pleno Festival Náutico da Semana do Mar.

Antes da Cerimónia de Entrega dos Prémios, o Director da Prova, Jorge Macedo, fez questão de agradecer o apoio do skipper do iate “Quero Quero”, da Madeira, do staff envolvido na Regata, o trabalho da equipa “Mar de Histórias (Fúlvia Almeida e Carlos Vaz), os conselhos e sugestões de Rodrigo Moreira Rato, dirigindo uma palavra de agradecimento à sócia do CNH, Alzira Luís, ausente por motivos de doença.

Classe ORC B: 1º “Celtic Dream” – João Reis 2º “Rift” – Carlos Moniz 3º “Mariazinha” – Manuel Gabriel Nu-

Ana Luísa Luís garantiu que a Asnes sembleia continuará a ser um alto patrocinador da Regata da Autonomia

“Vinte barcos traçaram com sucesso

Fausto Brito e Abreu: “Viver nestas esta rota, que uniu quatro ilhas: Santa 9 ilhas é maravilhoso, mas também Maria, São Miguel, Terceira e Faial”, implica algumas dificuldades” referiu a Presidente da ALRAA, que


“O nível de organização da Atlantis Cup está acima da média nacional”

A tripulação do “Celtic Dream” A tripulação do “Xcape”

A tripulação do “Rift” A tripulação do “Altitudes 2” (a “menina” destes velejadores fez muito furor)

A tripulação do “Mariazinha”

Classe ORC A:

O vencedor da Classe ORC A, Alexandre Kossack, pediu uns breves minutos para referir que a Atlantis Cup - Regata da Autonomia foi “uma das mais bem organizadas” em que a sua equipa participou. Agradeceu o apoio da família, de Jorge Macedo, Alexandre Rainha, Vítor Mota, Rogério Feio e “o fairplay do Dr. Luís Quintino”, que cedeu cabos ao “Marina de Cascais - Giullieta” para que este pudesse prosseguir em prova.

“Eu estou, à semelhança de outros anos, muito agradado com esta prova e digo isso por várias razões. Uma delas tem a ver com o nível de participação de equipas acentuadamente já com aquele espírito de regata a sério, de competição pura e dura. Em termos de meteorologia, foi muito bom. Poderá ter sido das Regatas Atlantis Cup mais rápidas que se fizeram até hoje, nestas 26 edições. As equipas estão extremamente agradadas, independentemente de serem as mais ou menos competitivas. Os da Classe Open também estão extremamente agradados com o nível de organização que nós implementámos. As coisas correram muito bem. As largadas foram dadas a tempo e horas, as selagens – que são sempre um sector importante e complicado – correram lindamente. Neste caso, trata-se de incentivar os participantes, nomeadamente os skippers, a estarem a tempo e horas nos sítios que indicamos para as selagens. Depois do motor estar selado, obrigada a ter o reboque.

1º “Marina de Cascais - Giullieta” – AleA Atlantis Cup - Regata da Autonomia, xandre Kossack contou com o alto patrocínio da Assem2º “Xcape” – Luís Quintino bleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Governo Regional dos Aço3º “Altitudes 2” – Tiago Matos res e Liberty Seguros. A participação dos clubes coorganizadores (Clube Naval de Santa Antes das muitas fotografias de grupo Maria, Clube Naval de Ponta Delgada e para a posteridade, foi exibido o filme Angra Iate Clube) são elos fundamenda Regata. tais nesta cadeia. Eles disponibilizaramO Director de Prova da Atlantis Cup - nos os meios e ajudaram-nos e só assim Regata da Autonomia (Vice-Presidente conseguimos ter esta prova mais uma do CNH e Director da Secção de Vela de vez no ar e a acabar no dia de hoje, com Cruzeiro), Jorge Macedo, fez um balan- um nível acima da média. A nível nacioço a esta competição, que vai já na sua nal, já li e conheço, e ainda agora o Rui XXVI edição. Nunes da Costa do “Record” e do A tripulação do “Marina de Cascais “Notícias do Mar” (onde têm sido publi-

- Giullieta”


cadas notícias sobre a Atlantis Cup) e como jornalista da Selecção Portuguesa de Vela, referiu que este nível de organização de regata está acima da média nacional. Naturalmente que isso nos deixa muito satisfeitos.

está nisto há vários anos, também se cansa. A passagem do testemunho está cada vez mais difícil. Mas sem dúvida que há sócios do Clube Naval da Horta com essa capacidade e até mesmo outras pessoas na nossa sociedade. É só uma questão de serem convidadas e sei O número de participantes deste ano que aceitam. foi menor do que em 2013, já sabíamos disso, mas assinalar 25 anos seja em No que toca à internacionalização, esse que desporto for, constitui sempre um aspecto vem já desde 1999, ou seja, do marco diferente. O número de veleja- início. Na primeira edição houve um dores da Região no ano passado foi dinamarquês que residia na Horta e que grande. A Associação Nacional de Cru- foi um dos impulsionadores da Atlantis zeiro (ANC) apenas esteve com 6 ele- Cup e na segunda edição, em 1989, já mentos em 2013, o que foi pouco ex- fez parte da competição. pressivo para o que estava previsto, O alargamento da Regata a outras ilhas mas este ano sendo uma regata normal, está dependente das condições de estasem qualquer cariz de aniversário, apacionamento dos barcos nas marinas. receram 20 tripulações, o que foi muito Temos a Marina das Velas que nos receimportante. Vir uma tripulação de Hong be muito bem, mas arrumar 20 embarkong, assim como o Campeão Nacional cações lá, não vai ser fácil, porque os da volta a Portugal à Vela de 2013, mais barcos são cada vez maiores. Sei que o “Altitudes II”, o “Conquilha” além do somos acolhidos lá com a maior boa “Maravilha” (directamente de New Bevontade, o que aconteceu por altura da dford), virem todos de propósito aos Regata Horta/Velas/Horta, em que o Açores para participar nesta Regata, é responsável daquela Marina é amigo claro que isso enche-nos de orgulho. dos skippers e um grande impulsionaIsto expressa bem que, de facto, a dor de eventos, mas aquela infraestruAtlantis Cup está cada vez mais consolitura não tem as condições necessárias, dada. ao contrário de Santa Maria, que tem Nitidamente, as tripulações preparam- uma Marina magnífica. Acho que seria se cada vez melhor. Basta ver o caso do um risco muito grande para a Organiza“Marina de Cascais” que tem como ski- ção – seja ela qual for, porque não vou pper um olímpico dos 470, além de ter ser eterno – enveredar por um circuito também outros elementos que fazem destes, apesar da Presidente da ALRAA Vela a sério. e nós também, termos a intenção de alargar a Regata a mais ilhas na questão É importante a existência da Classe da abrangência da Autonomia. Open. Considero que temos de rever a questão dos prémios, pois entendo que A continuidade do apoio da ALRRA é também devemos atribuir um troféu inquestionável, assim como do Goveràquela classe, que, parecendo que não, no, no dizer do Secretário do Mar, Ciêné muito importante para a Regata. É de cia e Tecnologia. realçar que dos 20 barcos em prova Relativamente à novidade das parcerias este ano, 8 pertenciam à Classe Open. em cada uma das pernas da Atlantis O Clube Naval da Horta tem de manter Cup, foi algo muito bem esgalhado. Os este nível competitivo e organizativo. O próprios parceiros ficaram muito satisnível tem vindo a subir, mas tem pernas feitos e desde logo prometeram que no para subir ainda mais, mas sempre com próximo ano a parceria poderá ser um cuidado, porque tem de ser auto- pouco mais alargada. sustentável. Lamento que não haja mais gente envolvida na Organização, porque quem

Balanço do Presidente da Direcção, José Decq Mota: A Atlantis Cup foi um sucesso, registando a participação de barcos dos Açores, da Madeira, dos EUA e do Oriente. Do ponto de vista náutico e de competição, foi boa, com um elevado grau de competição. O tempo também ajudou. Do ponto de vista social, o programa não só estava bem elaborado como foi disfrutado pelos tripulantes. Do ponto da vista da troca de impressões e aproximações, esta Regata é importante e o convívio nela gerado foi um passo importante, por exemplo, para a assinatura de um Protocolo de Cooperação entre o CNH e o Clube Naval do Funchal, esta quarta-feira, dia 6. Os objectivos principais foram atingidos. Haverá aspectos a afinar, mas temos razões para estar satisfeitos. O alargamento da Regata é uma questão a ver, mas não é muito fácil, porque obriga ao prolongamento do tempo de competição, o que inviabiliza a participação de muita gente. Ter uma regata no mar mais de 8 dias, tendo barcos do Continente, que levam 6 dias a vir e 6 a ir, é muito tempo. Se aumentarmos a Regata para 15 dias mais o tempo das deslocações, pode implicar a disponibilização de uma tripulação durante um mês. Isso não é viável. Uma hipótese mais viável será a alternância entre várias ilhas.

Fotografias de: José

Macedo


Fotos: LX Sailing


Treinador de Vela Ligeira faz balanço à 2ª metade da época 2013/2014 “Em vários aspectos, o Clube Naval da Horta está bem à frente de muitos países”, considera Duarte Araújo O Clube Naval da Horta andava à procura de um Treinador de Vela Ligeira e o projecto apresentado encaixou nas expectativas deste tripeiro, nascido em Matosinhos. Diz que só conhecia os Açores dos postais e dos documentários televisivos, mas vai renovar o contrato e ficar na instituição onde trabalha há 6 meses. Considera que em termos das condições oferecidas aos participantes, nas estruturas humanas de apoio, na organização da actividade e nas condições naturais para a prática da Vela, o Clube Naval da Horta está bem à frente de muitos países, sendo o reforço do Departamento Técnico uma necessidade para que se possa voltar a dar aos velejadores mais horas de treino. Estamos a falar de Duarte Araújo, Treinador de Vela Ligeira, Grau II, persistente por natureza e para quem esta modalidade representa a felicidade. Duarte Araújo é velejador desde os 11 anos de idade, tendo o seu percurso abrangido, dentro da Vela Ligeira, as Classes Optimist, Laser e Snipe. Na Vela de Cruzeiro, destaque para as regatas costeiras, as voltas a Portugal, a participação na Regata dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, além das várias provas em mundiais e europeus, em diferentes classes. A menina dos seus olhos, em termos de prémios, é o facto de ser detentor do título de Campeão Europeu de Juniores em Snipe, algo que se torna ainda mais precioso pela sua raridade e dificuldade em alcançar. Todo este percurso na área da competição fez nascer neste jovem a vontade de transmitir o que aprendeu sendo, por isso, treinador há 6 anos. Duarte Araújo: A ambição que tinha para estes 6 meses era a de criar uma equipa que tivesse a determinação, dedicação e empenho que caracterizam os velejadores que procuro formar, juntamente com a capacidade de adaptação a uma realidade diferente e distante da que tinha.

“Sinto-me bem aqui e os velejadores parecem gostar dos meus métodos”

Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta: Como acontece esta vinda para os Açores, mais concretamente para o Clube Naval da Horta, na ilha do Faial? Duarte Araújo: Na verdade foi o Clube Naval da Horta que me encontrou, tendo em conta que andava à procura de um treinador para reforçar os quadros técnicos. Na altura eu estava a reiniciar a Escola de Vela do

Iate Clube do Porto depois de vários anos como treinador do Clube de Vela Atlântico, ambos clubes com tradição na vela nacional. O projecto que me foi apresentado estava de acordo com as minhas ambições e chegamos a acordo para um período experimental que termina no fim deste mês. G. I.: Qual a maior ambição da época que agora findou?

“Faltou um ou mais clones para duplicar ou triplicar o trabalho feito!”

G. I.: Os objectivos foram cumpridos? Duarte Araújo: Julgo que a adaptação correu suavemente e com sucesso. Sinto-me bem aqui e os velejadores parecem gostar dos meus métodos. As características


que procuro imprimir nos atletas, constituem um trabalho em progresso, que irá começar a dar os seus resultados já na próxima época. G. I.: O que é que faltou? Duarte Araújo: Um ou mais clones para duplicar ou triplicar o trabalho feito! No mesmo dia tenho de dar treinos a jovens velejadores que se iniciam na Vela, com 8/9 anos; a jovens com 16/17, como aperfeiçoamento das suas técnicas de regata, e na manhã seguinte a alunos com 13/14 anos noutra classe, com programas de treino completamente diferentes. Embora eu dê muitos treinos, os velejadores de cada escalão específico não têm um horário muito preenchido, apesar de manifestarem grande vontade em aumentar essa carga. G. I.: Entendes que houve uma linha evolutiva desde que cá chegaste? Duarte Araújo: Desde que cheguei os pais e os atletas perceberam que estava a ser feita uma aposta na modalidade e nos velejadores e têm respondido positivamente. Essa linha evolutiva já vem de trás. A minha vinda apenas deu mais força a essa intenção. G. I.: Que outros projectos foram desenvolvidos ao longo do tempo em que estás cá como Treinador de Vela, Grau II? Duarte Araújo: Durantes estes meses tivemos mais 3 projectos a decorrer, nomeadamente o “Bom Tempo no Canal” (destinado a alunos da Escola Secundária Manuel de Arriaga), a Vela de Competição Sénior e as Aulas de Iniciação para Adultos. Alunos de uma turma de Currículo Adaptado da Escola Secundária Manuel

de Arriaga da Horta (ESMA) deram corpo ao Projecto “Bom Tempo no Canal”, tendo como tutoras as alunas do Curso de Animador Sociocultural, sob a coordenação pedagógica dos docentes destes alunos. Uma das missões do Clube Naval da Horta, parceiro nesta actividade, foi transmitir a este grupo de jovens aprendizes das lides do mar, algumas das técnicas da navegação. Os alunos foram sempre acompanhados pela mentora deste Projecto, a Professora Maria do Céu Brito. Durante vários meses tivemos a visita semanal de turmas desta Escola, tendo sido abordada a Iniciação à Vela para esse programa. Os alunos participaram com grande vontade nos exercícios propostos e sem absentismo, ainda que muitos tivessem de combater receios relacionados com o mar. Na Vela de Competição Sénior, os velejadores revelaram grande vontade em voltar a competir e a navegar na Vela Ligeira, o que culminou com a Prova Regional Sénior, realizada durante o Festival Náutico da Semana do Mar 2014, organizado pelo Clube Naval da Horta. Devo dizer que eles estão extremamente motivados para continuar na próxima época. Já a Vela de Iniciação para Adultos, foi um projecto pessoal que a Direcção apoiou e a grande maioria dos inscritos é velejadores que já integram tripulações de botes baleeiros. Como tal, foi mais fácil iniciá-los, uma vez que já conheciam grande parte do programa. No entanto, esse Curso mostrou que existe sempre algo a aprender e os velejadores tiveram a oportunidade de constatar isso mesmo na Regata que foi organizada durante o Festival Náutico, onde competiram contra tripula-

ções mais experientes. Estão muito motivados no sentido de dar continuidade à sua aprendizagem e evolução na Vela Ligeira. Estão a ser feitos planos no sentido de criar mais Cursos de Vela para Adultos, dando assim a oportunidade a todos os que queiram realizar o seu sonho de aprender a andar à Vela.

O “Bom Tempo no Canal” foi um dos vários projectos em que este Treinador esteve envolvido Fotografia de: Cristina Silveira

G. I.: Qual o balanço que fazes ao Festival Náutico? Duarte Araújo: Posso dizer que foi extremamente positivo! Foi uma semana de muita actividade náutica, mas que na realidade foi um mês, começando no Campeonato Nacional de Access (que decorreu nos dias 11, 12 e 13 de Julho, mas com muita preparação anterior) e prolongando-se em deslocações a Campeonatos, em organização e preparação dos eventos chegando finalmente à Semana em que tudo acontece! O pessoal do Clube nunca parou, de dia e de noite, mostrando uma vitalidade náutica que não é facilmente encontrada em todo o mundo. G. I.: Conheces mais algum clube que tenha esta capacidade organizativa? Duarte Araújo: O Clube Naval da Horta revelou que é capaz de organizar eventos com qualidade,


mas também de massas. Foram muitos desportos e especialidades que estiveram a decorrer ao mesmo tempo, com todos os membros do Clube que podiam ajudar a fazer algo. Considero que, mais do que um evento do Clube Naval da Horta, é um evento da Ilha do Faial, em que os participantes numas provas são elementos da organização ou voluntários noutras. Todos convergem para tornar possível este Festival Náutico e a festa, sendo indissociáveis um do outro. Mas a parte que coube ao Clube Naval da Horta correu muitíssimo bem e esta instituição está de parabéns, pois consegue fazer um Festival que não existe em mais nenhum local do país e muito poucos com os recursos disponíveis conseguiriam fazer tanto. G. I.: Estás a gostar dos Açores? Já conhecias a Região? Duarte Araújo: Estou a gostar muito dos Açores, a beleza natural e o contacto constante com o oceano e a vida marinha, são dois aspectos únicos. As pessoas que habitam este cantinho também são muito acolhedoras e surpreendem-me a cada dia. O único aspecto que conhecia da Região era das imagens de postais que chegam ao Continente português e que dão conta da beleza natural e imensidão inexplorada, juntamente com os documentários internacionais sobre vida marinha, que convergem para este espaço especial.

Duarte Araújo rendeu-se à beleza natural e ao acolhimento dos faia-

lenses

G. I.: Vai haver renovação do contrato? Duarte Araújo: Agora que terminou o período experimental e uma vez que a adaptação de ambas as partes correu muito bem, estamos a tratar, naturalmente, da renovação do contrato, dando continuidade ao trabalho que tem sido feito e a preparar a próxima temporada. G. I.: Já podes revelar alguns dos projectos para a próxima época? Duarte Araújo: A próxima época começa já no primeiro fim-desemana de Setembro, com o Campeonato Nacional de Infantis, em Tróia, em que temos 3 atletas representando o Clube Naval da Horta e a Região Açores. Quanto a projectos, ainda estão no segredo dos deuses.

“Procuro incutir nos velejadores os valores da Vela e da Competição”

G. I.: Quantos atletas tem a Escola de Vela do CNH, incluindo os da Classe Access (Vela para pessoas com mobilidade reduzida)? Duarte Araújo: Neste momento temos 64 velejadores nos diferentes escalões, mas esperamos aumentar esse número na próxima época. G. I.: Os atletas têm muito caminho a percorrer? Duarte Araújo: Todos os atletas

têm um longo caminho a percorrer. No caso das modalidades iniciadas – Juvenis e Juniores – esse longo caminho ainda é maior, mas por que se trata da formação de atletas e indivíduos, procuramos incutir neles os valores da modalidade e da competição. G. I.: Temos “promessas” no grupo? Duarte Araújo: Sim, temos velejadores que demonstram um grande interesse e apetência pelas particularidades da Vela de Competição, tanto física como mentalmente. G. I.: O que falta para a Escola de Vela “dar o salto”? Duarte Araújo: A Escola de Vela já está a dar o salto, tanto em quantidade como em qualidade, é um processo de crescimento que demora o seu tempo, tanto nos resultados desportivos como quantitativos, mas o caminho que estamos a percorrer vai dar os seus frutos, e isso já está em marcha. G. I.: Comparando com o Continente português, estamos muito atrás? Duarte Araújo: Estamos muito atrás numas coisas e à frente noutras. No caso das competências técnicas, físicas e tácticas da Vela de Competição estamos atrás, assim como nas oportunidades de competir e melhorar em competição, mas já no caso das condições oferecidas pelo Clube aos praticantes, nas estruturas humanas de apoio, na organização da actividade e nas condições naturais para a prática da modalidade, estamos bem à frente de muitos países. G. I.: Os velejadores estão dispostos a trabalhar mais, a ter


treinos mais regulares? Duarte Araújo: Os velejadores têm acompanhado esta maior exigência nos treinos e notado a sua evolução; levam mais a sério a sua participação nos treinos e a sua concentração em regatas. Acreditam que vão melhorar e estão dispostos a trabalhar mais para atingir esses resultados, e não é anormal pedirem-me para treinar mais.

Os velejadores são os primeiros a pedir para treinar mais

G. I.: Na tua opinião há competições em número suficiente ou deveria haver mais? Duarte Araújo: Não é só o número que é insuficiente, é o nível da competição que mais me preocupa. As oportunidades de competir com todos os clubes da Região neste momento são apenas 4 – contando com o Encontro Internacional, que não fazendo parte do calendário regional, reúne velejadores de todas as regiões e do Continente português e estrangeiro – e essa falta de competição limita a aprendizagem dos atletas, que não tendo adversários, têm de competir entre eles próprios para evoluírem e chegar a outro patamar. G. I.: Quais as necessidades desta Secção? Duarte Araújo: O Clube Naval da Horta está muito bem equipado em termos de apoio de mar, com vários pneumáticos, que permitem o acompanhamento técnico adequado. No entanto, embora tenhamos muitos barcos

para iniciar a prática da modalidade, o material está muito usado, sendo normal fazer remendos a toda a hora, tanto em velas como em cascos. E de remendo em remendo, vamos dando o nosso melhor, procurando competir, mesmo com equipamento ultrapassado, remendado e empenado. A Direcção tem vindo a fazer um esforço para melhorar e reparar todo o material e toda a gente neste Clube procura fazer o melhor com o que tem, no entanto a verdade é que o material está esticado ao máximo. Uma necessidade realmente importante era dotar o Clube de balneários mais apropriados à actividade que aqui se pratica, o que não avança devido ao projecto de construção da nova sede do Clube Naval da Horta, mas a verdade é que não se sabe para quando o arranque das obras. O reforço do Departamento Técnico é outra necessidade que está a ser trabalhada, para que se possa voltar a dar aos velejadores mais horas de treino. G. I.: Como classificas as condições do Clube Naval da Horta para a prática da Vela? Duarte Araújo: Potencialmente excelentes e conta já com o principal que é a vontade directiva, disponibilidade humana e condições climatéricas e meteorológicas ideais. O Clube está implantado numa cidade virada para o mar, que é o Centro do Atlântico Norte na Vela de Cruzeiro. Daqui podem sair vários profissionais da área náutica, dando uma maior importância ao envolvimento entre o Clube Naval e a ilha do Faial. G. I.: Como vês a Vela em Portugal? Duarte Araújo: A Vela em Por-

tugal é um desporto elitista. Elitista principalmente pelo pouco conhecimento que as pessoas têm deste desporto e das vantagens do mesmo para os praticantes. Tem sido feito um esforço para tornar a Vela mais acessível economicamente para as famílias, mas ainda não começou a abordar as potencialidades que tem neste país, principalmente como instrumento de construção de personalidade e estabelecimento de valores nos jovens. DUARTE ARAÚJO DESCONTRAÍDO

“A Vela para mim é felicidade”

- Signo: Leão - Local de nascimento: Matosinhos - Prato favorito: Está entre a feijoada do meu pai e o Leitão da Bairrada - Desporto preferido: VELA - Qualidades: Persistência - Defeitos: Não saber quando a persistência se transforma em obsessão - Como te defines? Sou complicado, pois gosto de coisas simples - Qual o teu maior sonho? Fazer a diferença - O que é a Vela para ti? A Vela para mim é felicidade Fotografias cedidas por: Duarte Araújo


Ligação entre as cidades da Horta e de New Bedford está viva e activa”: “O importante é envolver a comunidade”, salienta João Carlos Pinheiro

João Carlos Pinheiro: “Tenho muito orgulho de ser filho de um grande baleeiro das Angústias e de o meu filho mostrar tanto interesse pelas suas raízes, mantendo e dinamizando a ligação que existe entre as cidades irmãs da Horta e de New Bedford João Carlos Pinheiro, um faialense das Angústias há muito emigrado nos Estados Unidos da América, tem sido um dos grandes dinamizadores no sentido de manter viva e activa a ligação que existe entre as cidades da Horta (ilha do Faial, Açores) e a de New Bedford (Massachusetts, condado de Bristol, EUA). Geminadas desde 1972, estas cidades irmãs têm em comum a baleação, há muito imortalizada no Museu da Baleia de New Bedford (New Bedford Whaling Museum). Sempre ligado à terra que o viu nascer, João Carlos Pinheiro não perde uma oportunidade para vir ao Faial e lembrar a quem de direito, tanto lá como cá, que é preciso nunca deixar morrer esta cultura e tradição. Victor Pinheiro, filho de João Carlos Pinheiro, mesmo nascido no outro lado do Atlântico, domina bem o português e carrega no peito a responsabilidade, e ao mesmo tempo, o gosto de honrar

o avô paterno: José Cardoso, um grande baleeiro da freguesia das Angústias, ilha do Faial. Por isso, foi com agrado que veio à ilha azul trazer um abraço das gentes de New Bedford, tendo feito a viagem marítima a bordo do seu “Maravilha” no passado mês de Julho, onde foi calorosamente recebido por vários faialenses. O objectivo foi vir deixar o barco a fim de participar na 26ª edição da Atlantis Cup - Regata da Autonomia, que saiu de Santa Maria no dia 27 de Julho e terminou na Horta, com o Jantar de Entrega de Prémios no dia 5 deste mês. Convidado para ser o Presidente da Comissão de Regata de Botes Baleeiros do Festival Náutico da Semana do Mar 2014 (realizada no dia 9 deste mês), João Carlos Pinheiro tinha motivos de sobra para vir ao Faial juntar-se ao filho – que se fez acompanhar da família – e rever familiares, amigos e conhecidos. “Ver os botes baleeiros a navegar no canal é a prova da importância que isto tem para manter a tradição baleeira, a nossa cultura marítima e, ao mesmo tempo, atrair turistas ao Faial e aos Açores, o que é importantíssimo”, considera este faialense, que acrescenta: “A Regata decorreu muitíssimo bem. Ao princípio, o vento estava um bocadinho fresco e estávamos com receio de começar a competição, mas correu muitíssimo bem”. Instado a estabelecer uma comparação entre as regatas de cá e as de lá, refere que “no Faial há mais botes em prova”. E sublinha: “Em New Bedford faço regatas de Cruzeiro com o mesmo número de barcos daqui ou mais, mas com botes baleeiros não”.

Aos 3 botes açorianos que existiam em New Bedford vieram juntar-se mais 10 “Yankee Botes”, que são os botes baleeiros americanos entretanto construídos, sendo “um bocadinho diferentes dos açorianos: são mais pequenos e com menos vela”. No entanto, “esta pequena rivalidade entre os botes açorianos e os botes americanos está a suscitar entusiasmo por parte das pessoas”, realça João Carlos Pinheiro, que acrescenta: “Os americanos estão a afluir aos botes baleeiros”. A construção dos botes baleeiros americanos – cada um custou 100 mil dólares – esteve a cargo de vários museus por intermédio do Mystic Seaport Museum, o Museu da América e do Mar. Cada museu é que angariou os fundos necessários através de donativos particulares e outras acções. A Morgan, a única barca baleeira que ainda navega, foi recuperada pelo Mystic Seaport Museum, o que foi sinónimo de um investimento de 9 milhões de dólares. A propósito de apoios, João Carlos Pinheiro sublinha: “Na América não dependemos do Governo. Angariamos apoios de firmas e particulares e realizamos festas para conseguir os fundos necessários para este projecto”. E frisa: “Embora o dinheiro seja importante, o principal deste movimento é envolver a comunidade. Não queremos apenas um pequeno grupo a gerir isto, o que se pretende é envolver a comunidade, pois temos muitos açorianos – e faialenses – a viver na Nova Inglaterra”.

“Na América não dependemos do Governo para a recuperação dos botes baleeiros nem para a realiza-


ção de eventos relacionados com a manutenção da cultura baleeira”

e a criação da Regata Internacional de Botes Baleeiros.

João Carlos Pinheiro refere que “o pessoal português da área de New Bedford que não ia ao Museu da Baleia, já começou a ir”. O Museu da Baleia tem, desde há cerca de 15 anos, a Galeria do Baleeiro Açoriano (Azorean Whalemen Gallery), a única exposição permanente nos EUA que destaca a contribuição portuguesa para o património marítimo americano, nomeadamente para a história da baleação de New Bedford e dos Açores. A instalação da Galeria do Baleeiro Açoriano dentro do Museu da Baleia de New Bedford – onde existem fotografias e vários artefactos da baleação – “resulta de um donativo muito grande, que foi feito pelo Sr. Jaime Gama”, recorda João Carlos Pinheiro. Em 2010, o Museu da Baleia recebeu a exposição intitulada “A Baleação no Faial: Fase Industrial (1940-1984)” que contava a história dos principais centros desta actividade na ilha, nomeadamente a Fábrica da Baleia de Porto Pim, dos Armazéns da “Reis e Martins” e das principais personalidades que a marcaram ao longo do século XX, sem esquecer as novas indústrias do sector, como a observação de baleias. “Esta exposição esteve na América durante 8 meses e tem havido um intercâmbio muito grande entre o Museu da Baleia de New Bedford e o Observatório do Mar dos Açores (OMA) por intermédio da Márcia Dutra, da Carla Dâmaso e do Filipe Porteiro, o que é muito importante”, defende este faialense, que garante: “Queremos dar continuação a esta ligação”. “Os nossos portugueses, sobretudo os açorianos, estão a aderir mais ao Museu da Baleia”. Na base desse despertar de consciências adormecidas está uma maior divulgação da importância do Museu da Baleia, a inauguração da exposição permanente, a fundação da Azorean Maritime Heritage Society (da qual João Carlos Pinheiro foi o mentor)

“Os nossos portugueses, sobretudo os açorianos, estão a aderir mais ao Museu da Baleia” “Há muitos portugueses (e açorianos) que, apesar de residirem nesta área há imenso tempo, nunca tinham visitado o Museu da Baleia de New Bedford, o maior do mundo. A ligação que agora já é sentida e vivida de forma mais activa no que diz respeito à geminação entre as cidades da Horta e de New Bedford faz com que sempre que os portugueses da área de New Bedford, Fall River ou Boston recebem alguém de qualquer parte façam questão de levar as suas visitas à maior atracção da cidade: o Museu da Baleia de New Bedford”, sustenta João Carlos Pinheiro, um dos pilares desta ligação social, cultural e afectiva. O Museu da Baleia de New Bedford foi responsável pela organização de 3 excursões oriundas desta cidade americana que tiveram como destino os Açores, concretamente o Faial (e outras ilhas). “Trata-se de pessoas que não são portuguesas, mas têm curiosidade em saber a história da baleação”, explica João Carlos Pinheiro, frisando: “Posso dizer que é turismo de 1ª classe. Estes turistas ficam em bons hotéis, comem em bons restaurantes e levam grandes souvenirs. Isto é um intercâmbio muito importante para a ilha do Faial e para nós que vivemos no estrangeiro, pois trata-se de divulgar a grande ligação que existe entre a Horta e New Bedford, devido à baleação. E isso é visível na arquitectura e noutros aspectos em ambas as cidades”.

E no contexto destas excursões, é de referir que as pessoas envolvidas demonstraram interesse em voltar a estas ilhas. “A Regata Internacional de Botes Baleeiros tem suscitado um grande interesse nos americanos que fazem perguntas sobre esta tradição, estão a aderir às regatas e revelam vontade de vir visitar os Açores (ilha do Faial e outras). Isto provocou um impacto positivo acima dos 50% na comunidade americana não só de New Bedford, mas da área de Boston e Massachusetts”, realça este faialense. João Carlos Pinheiro, a “alma” e o rosto da Regata Internacional de Botes Baleeiros (condecorado pelo Secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, em representação de toda a comunidade) revela que a próxima será em 2015, “provavelmente” na primeira semana do mês de Julho, por forma a coincidir com a independência da América e o aniversário da cidade da Horta, ambas as datas assinaladas a 4 de Julho. Uma geminação assegurada A geminação destas duas cidades nasceu através da celebração de um protocolo em 1972, na altura em que Fernando Neto, que emigrou na sequência do Vulcão dos Capelinhos, era o representante da cidade de New Bedford. A ligação entre as duas cidades irmãs começou a ganhar importância quando o Porto da Horta se tornou abrigo para os grandes barcos baleeiros provenientes de New Bedford, tendo esta cidade sido, mais tarde, o destino de uma das primeiras vagas da emigração dos Açores para os EUA. João Carlos Pinheiro sublinha que “a mudança de presidentes da câmara tanto de um lado como do outro não pode jamais ser um entrave a este intercâmbio, importante na actualidade e para os vindouros”. E prossegue: “E esta ligação pode ser expressa através da Regata de Botes Baleeiros, Folclore, palestras ou outras iniciativas tanto cá como lá. Espero que não se perca e


que seja intensificada”. Mystic Seaport Museum, Morgan e a relação com o OMA

O Mystic Seaport Museum está situado em Mystic Seaport, uma vila-museu localizada na cidade de Mystic, no estado norte-americano de Connecticut, mesmo no estuário do rio Mystic. A vila costeira é composta por mais de 60 casas-museu, cuidadosamente restauradas. O Mystic Seaport Museum é o maior museu marítimo do mundo, sendo notável pela sua colecção de barcos à vela, de madeira, com a recriação dos ofícios e tecido de toda uma aldeia marítima do século XIX. Foi fundado em 1929 como o “Marine Historical Association”. A sua fama surgiu com a aquisição, em 1941, do Charles W. Morgan , a única embarcação baleeira à vela de madeira que sobreviveu até ao presente sendo, por isso, o símbolo maior da época em que este país dominava a indústria baleeira. O Charles W. Morgan é o último de uma frota baleeira norte-americana que somava mais de 2.700 embarcações. Construído – em New Bedford – e lançado em 1841, o Morgan é agora o navio comercial americano mais antigo ainda à tona, a seguir ao USS Constitution, com a particularidade de 80% das suas madeiras ainda serem as originais. Ao longo de uma carreira baleeira de 80 anos, o Morgan embarcou em 37 viagens entre 1841 e 1921, a maioria das quais com a duração de três anos ou mais. Construído visando a durabilidade e não a velocidade, percorreu todos os cantos do globo em busca de baleias. É conhecido como um “navio de sorte”, tendo navegado com sucesso esmagador contra o gelo do Ártico,

nativos hostis, inúmeras tempestades, perigos do Cabo Horn e até mesmo contra o furacão de 1938. O Morgan custou cerca de 27 mil dólares e realizou 38 viagens. Na primeira conseguiu capturar 57 baleias com uma tripulação de 37 homens. Desde o seu lançamento ao mar, foram mais de 700 elementos, de várias nacionalidades, que fizeram parte da tripulação do Morgan. Desde 1941 que esta embarcação baleeira está em exibição no Mystic Seaport Museum. Em 1966 foi classificada como Marco Histórico Nacional Americano. Em 2008 foi colocada em doca seca para restauro e a 21 de Julho de 2013 foi lançada à água novamente para partir, em 2014, em mais uma viagem histórica pelos portos da costa leste americana. Deixou o Mystic Seaport Museum a 17 de Maio deste ano para embarcar na sua 38ª viagem pelos portos históricos da Nova Inglaterra. Foi uma jornada de quase 3 meses com o objectivo de sensibilizar as pessoas para o património marítimo da América, chamando a atenção para as questões de sustentabilidade e conservação dos oceanos. O navio regressou da sua 38ª viagem a 6 deste mês e retomou o seu papel na exposição do Mystic Seaport Museum. De 28 de Junho a 6 de Julho deste ano, a Charles W. Morgan esteve na cidade de New Bedford, o seu porto de origem, onde decorreram as maiores festividades da sua 38ª Viagem. Foram 9 dias preenchidos com concertos, regatas, cortejos, entre outros eventos públicos, que envolveram a comunidade americana e a comunidade internacional. Numa cidade em que a presença açoriana é demasiado evidente, os Açores são parte integrante deste evento histórico. Estas ilhas tiveram um papel relevante na história da baleação americana, pois tornaram-se numa escala privilegiada de apoio à frota baleeira que cruzava o Atlântico, destacando-se nesta encruzilhada a abrigada baía da Horta, na ilha do Faial.

Mas não foi só como escala baleeira que os Açores se destacaram. A numerosa presença de açorianos nas tripulações americanas, quer como simples marinheiros, quer como arpoadores destemidos ou até como capitães baleeiros, foi para sempre imortalizada no afamado clássico da literatura americana Moby Dick. Foi por isso fundamental que os Açores tenham marcado presença forte nestas comemorações em New Bedford. Esta presença foi, mais uma vez, assegurada pelo Observatório do Mar dos Açores (OMA), que levou uma exposição itinerante intitulada “Port of Call: the Western Islands”. A exposição ilustrou o papel dos Açores na actividade da frota baleeira americana através das várias viagens baleeiras realizadas pela Charles W. Morgan com passagem pelo arquipélago. O OMA marcou ainda presença no Whaling History Symposium, que contou com a presença de vários investigadores internacionais, com uma comunicação oral proferida por Márcia Dutra. Este projecto surge da firmada relação entre o OMA, o New Bedford Whaling Museum (NBWM) e o Mystic Seaport Museum. Esta relação teve início em 2010, quando o OMA levou a exposição “A Baleação no Faial: a fase industrial (1940-1981” à inauguração da Galeria do Baleeiro Açoriano no NBWM. Em 2012, Márcia Dutra, colaboradora do OMA, esteve 3 meses a trabalhar naquele museu como curadora convidada, para actualizar os conteúdos expositivos daquela Galeria. Foi também nesse ano que se iniciou uma parceria com o Mystic Seaport Museum que já visava as comemorações da 38ª Viagem da Charles W. Morgan. Em 2013 dois colaboradores do OMA deslocaram-se ao Mystic Seaport Museum para efectuarem uma pesquisa e recolha de informação no arquivo desta instituição.


A possível formação de uma Selecção A e de uma Selecção B para representar os Açores pode dividir a equipa de Xadrez do CNH Há décadas que joga Xadrez e diz que não pode viver sem ele. Joga por prazer e por isso pode fazê-lo durante horas sem nunca se cansar. Há 5 anos que está à frente da Secção de Xadrez do Clube Naval da Horta (CNH) e fala com orgulho da equipa que existe e da evolução que esta teve, sendo temida por todas as outras dos Açores. Trata-se de Rui Campos, que coloca a possibilidade da divisão da equipa do CNH, na próxima época, com a formação de uma Selecção A e de uma Selecção B nos Açores. O objectivo é ir buscar os melhores jogadores a cada uma das equipas existentes nas diferentes ilhas para representar a Região. Imbatível é a forte amizade que une os 4 elementos da equipa faialense, a qual pondera reabrir a Escola de Xadrez para os mais novos no CNH, um desporto que exige estudo, concentração e estratégia, obriga a uma raciocínio rápido e lógico e evita o aparecimento de Alzheimer. Rui Campos defende a implementação do Xadrez nos currículos escolares como sendo uma mais-valia para todas as outras disciplinas e aponta o exemplo da Rússia, onde há grandes jogadores. G. I.: Quando é que foi formada esta equipa?

Rui Campos evidencia o facto de a equipa de Xadrez do CNH nunca ter perdido por 4-0 Gabinete de Imprensa do Clube Naval da Horta: Foi uma boa época? Rui Campos: Sim! Tivemos a jogar na 3ª Divisão, fomos ao Continente por duas vezes, consegui o 11º lugar no Campeonato Nacional em Famalicão, que decorreu em Julho, e o mais interessante é que, desde que a equipa de Xadrez do Clube Naval da Horta participa em provas nacionais, o que já acontece desde há 3 anos, nunca perdeu por 4-0. Até já jogámos contra a equipa do Sporting Clube de Portugal, e mesmo nesse caso ganhámos meio ponto. É uma questão de mérito nunca termos sofrido uma derrota por 4-0, mesmo sem a experiência que agora temos.

Rui Campos: Formámos este Núcleo há 5 anos e tenho sido sempre o líder. Nós os 4 temos um gosto em comum pelo Xadrez, mas em qualquer desporto há sempre alguém que tem de dar mais do seu tempo. Mas posso dizer que todo o trabalho tem sido suportado pela equipa, composta por mim, pelo Doménico Bettani, pelo Pedro Terra e o António Sousa. Qualquer coisa que seja necessária, a equipa entra toda e trabalha. Posso estar à frente desta Secção, mas é um trabalho de conjunto.

Equipa de Xadrez do Clube Naval da Horta Da esquerda para a direita: Domenico Bettani, Rui Campos, António Sousa e Pedro Terra

Fotografia cedida por: Rui Campos G. I.: É sempre a mesma equipa desde o início? Rui Campos: Sempre! Nunca houve faltas nem falhas, conseguimos participar sempre nos Torneios e nos Campeonatos com a mesma equipa, sem nunca recorrer a armas secretas, porque há equipas que vão buscar jogadores bons quando há falhas. G. I.: O Xadrez surge quando? Rui Campos: Em termos de competição, há mais de 25 anos. Participei nos Campeonatos que o INATEL organizava no Faial, quando tinha os meus 16/17 anos e já tenho 42. Mas antes já jogava. Lembro-me de que nessa altura São Miguel não tinha praticamente actividade nenhuma em termos de Xadrez, mas na Terceira havia jogadores muito bons. No Faial havia alguns amantes da modalidade, sem nenhum jogador de topo. Desde que me conheço como jogador, o melhor que tínhamos cá neste desporto era o José Guerra, que agora joga em São Miguel na equipa do Operário. Cheguei a ser campeão pelo Faial du-


rante 4 ou 5 anos. Muita gente saiu da ilha para prosseguir estudos, incluindo eu, e o INATEL ainda manteve essa actividade durante mais 1 ou 2 anos. Depois, o Faial esteve cerca de 9 anos sem competição nesta modalidade. G. I.: Mas a prática do Xadrez não acabou? Rui Campos: Eu ia treinando no Porto, mas nada de muito sério. Frequentava um clube e ia fazendo jogos quando tinha tempo. E também jogava rápidas na internet. Se uma pessoa não pratica, tem uma regressão enorme. G. I.: Há um tempo diário estipulado para treinar? Rui Campos: Eu não tenho tempo específico. Quando posso, vou à internet ou juntamo-nos no Clube Naval da Horta. Durante muito tempo, joguei por intuição. Tentava ser o mais criativo possível e por intuição. Nem era por estudar ou ler. Mas isso implicava um esforço muito maior porque tinha de alcançar o que os outros tinham conseguido por terem lido e estudado. E eu dizia: “Ok, deixa-me tentar perceber o jogo, o que existe aqui”. G. I.: Este é um desporto muito absorvente…

teórico, ler muito e encontrar um jogador que seja menos teórico do que eu, mas que seja criativo, pode criar-me dificuldades imensas. Há vários pontos importantes. G. I.: Como é que se aprende a jogar Xadrez? Rui Campos: Primeiro é preciso aprender as regras de forma devida. E como qualquer jogo é fundamental faze-lo da forma correta, ou seja, quando aprendemos por nós, sem um treinador à altura, acabamos por não aprender da melhor maneira. E é importante aprender as bases de forma correcta que é para a pessoa perceber a ideia de jogo e poder utilizar a sua cabeça para pensar e criar a sua estratégia. Além da componente teórica que cada jogador deve ter, é fundamental saber usá-la. Uma pessoa pode ler muito, mas depois tem de saber o que fazer com a leitura. A nível prático, basta que uma peça tenha sido jogada para uma determinada casa e não para outra, o que já provocou uma mudança, que pode levar a pessoa a pensar: “E agora, o que é que eu faço?” Por isso, defendo que se trata de uma conjugação de factores mas, acima de tudo, de atenção.

Rui Campos: Muito mesmo! O nosso tempo e disponibilidade têm de ser imensos. Caso contrário, não tínhamos hipóteses de competir com as outras equipas. Para se chegar a um nível elevado, há que praticar muito. Senão, é impensável. G. I.: O que é que é preciso para jogar Xadrez? Rui Campos: Acima de tudo, é preciso atenção, estratégia e criatividade. Há vários pontos importantes. G. I.: Há quem diga que é preciso ser inteligente para jogar Xadrez. Rui Campos: Não sei se isso faz de mim uma pessoa inteligente. Se calhar é preciso ser inteligente para fazer uma conjugação de todos estes factores indispensáveis para jogar. Se eu for só

mente. Se assim não for, não se consegue. G. I.: É possível fazer batota? Rui Campos: É dos poucos jogos onde não há batota. Nem sequer se põe a questão da sorte ou do azar. Aqui há que jogar bem. A sorte que eu posso ter é se houver algum erro de algum jogador que me dê uma peça de graça, mas é preciso que eu faça uso dela e não aconteça o caso de eu também lhe dar uma peça e voltar à igualdade de material. G. I.: Já houve aulas de Xadrez no Clube para os mais pequenos? Rui Campos: Sim, nestes 5 anos de existência da Secção durante 3 anos tivemos a Escola de Xadrez a funcionar. Tínhamos 8 miúdos entre os 8 e os 11/12 anos. G. I.: Acabou porquê? Rui Campos: Os miúdos têm muitas actividades e modalidades. Eles também gostam de Xadrez, o problema é que precisam de muita concentração. Dávamos aulas aos sábados, cerca de 2,5 horas. Chegámos à conclusão de que era muito tempo. Sou defensor de 1 hora e 15 minutos. A partir daí, perdem a concentração. G. I.: Equacionam um regresso?

“O Xadrez é um jogo que implica estudo, treino e concentração. É muito exigente” G. I.: É um jogo aconselhado para os mais novos? Rui Campos: É excelente, porque se o miúdo gosta, mesmo sem se dar conta é obrigado a estar atento. Ele próprio sabe que é necessário estar concentradíssimo. Só assim é possível perceber o que é que o nosso adversário tem em

Rui Campos: Estamos a ponderar voltar a dar Aulas de Xadrez, até porque alguns pais já manifestaram vontade em que os filhos aprendessem. É muito importante começar esta modalidade bastante cedo. Temos alguns miúdos na casa dos 10/11 anos que têm umas noções bastante boas do Xadrez, fruto dessas aulas. Estou a lembrar-me do Gustavo, João Castro e do primo, o Afonso Castro, que registaram uma grande evolução. G. I.: Seria também uma forma de a modalidade continuar. Rui Campos: No Faial, temos jogadores razoáveis, que não podem participar nas provas em que a equipa joga, porque não têm nível para isso. Sei que


têm essa vontade, mas é necessário evoluir mais. G. I.: Não se fala em senhoras. Não há jogadoras no Faial? Rui Campos: No Faial, não. Em São Miguel há algumas, jovens, que já têm um nível bastante elevado, mas no nosso país temos jogadoras excelentes. G. I.: Como está a modalidade a nível regional? Rui Campos: Poderá haver alterações na próxima época, tida como uma época de experiência. A mudança ainda está em estudo, mas o que se pretende é formar uma Selecção A e uma Selecção B a nível Açores. Até a este momento existem 3 Divisões, havendo 3 equipas na 3ª Divisão, onde a equipa do Faial se encontra. Mas a Federação (a nível regional) só suporta 2, devido aos cortes registados (cerca de 40%). E como houve uma equipa que desceu da 2ª Divisão e outra que ficou à nossa frente, possivelmente este ano a equipa do Faial fica de fora. Apesar de todo o mérito e trabalho que temos tido, é possível que este cenário venha a ser uma realidade. Pretendem criar 2 equipas fortes nos Açores, porque neste momento todas as equipas açorianas, à excepção da equipa da Universidade, têm 1 ou 2 elementos menos bons, estando todas um “bocadinho mancas”. Assim sendo, a intenção é formar uma Selecção A e uma B para os Açores terem uma Selecção A forte na 2ª Divisão e uma Selecção B forte na 3ª Divisão.

Lamento muito a possibilidade da divisão da nossa equipa, porque a (enorme) evolução registada é uma vitória nossa e só nossa!” G. I.: É possível avançar para esse novo figurino? Rui Campos: Sim, existe mesmo essa possibilidade, temos jogadores de sobra para 2 selecções fortes. Agora já não estamos a pensar por ilhas, mas no todo da Região. Isto significa que há jogadores do Faial que vão integrar a Selecção A e outros a Selecção B. E são estas 2 Selecções que passariam a representar a Região. G.I.: Avizinham-se divisões na equipa do Clube Naval da Horta. Rui Campos: A nossa equipa vai sair lesada, porque o nosso percurso, aquilo que temos conseguido só por nós, é incrível. Começámos do nada. Nunca nos passou pela cabeça atingir o que atingimos. Isto só é uma realidade graças a muito treino, estudo e disciplina. Neste momento, somos vistos pelas equipas dos Açores como sendo uma equipa ao nível das restantes, o que era impensável há alguns anos. Neste momento qualquer equipa dos Açores teme a equipa de Xadrez do Clube Naval da Horta, o que é óptimo. Foi uma vitória nossa, só nossa, e é por isso que nos custa tanto agora desfazer a equipa, que chegou a este nível com imenso esforço. G. I.: Falou-se em redução de verbas. Continua a haver vários momentos de Competição? Rui Campos: Sim, temos a Taça, o Nacional e outras. Em São Miguel realizamse várias provas, ao contrário do que se verifica no Faial. No entanto, há que elogiar a Associação de Xadrez dos Açores, que sempre se esforçou para que a equipa do Faial participasse no maior número possível de provas. A nossa evolução foi sendo observada com atenção e como houve crescimento em termos de trabalho, também houve no que ao apoio diz respeito.

G. I.: As restantes ilhas estão activas no Xadrez? Rui Campos: São Jorge e a Graciosa têm alguns jogadores. No Pico, não há Xadrez. Na Terceira já houve imensos jogadores bons, mas agora não há Núcleo, o que poderá estar relacionado com o falecimento do Sr. Mota, ocorrido há 5 anos. Ele é que era a “alma” do Xadrez na Terceira. Fiz algumas viagens com este senhor e ele era uma personagem que adorava o jogo e gostava de estar com as pessoas. Lamento que assim seja. Certamente que há bons jogadores espalhados pelas ilhas. Estamos sempre a tentar que apareça algum novo jogador com potencial, a quem daremos o nosso apoio, desde que haja vontade própria.

G. I.: O que é o Xadrez? Rui Campos: Faz parte mim. Não vivo sem o Xadrez. Gosto muito de apneia e de caça submarina, que é o que aprecio mais, mas são campos diferentes. Para mim, o Xadrez é lazer. A minha perspectiva sobre o jogo é de gozo, de prazer, por isso posso estar horas e horas a jogar sem me cansar. Quando jogo é para ganhar, mas acima de tudo é pelo prazer e quando se joga pelo prazer, é meio caminho andado para ganhar. Perder faz parte de qualquer jogo. Podemos estar perante um jogador muito bom, mas há sempre alguém melhor e até se pode perder com alguém que jogue pior, mas que naquele dia jogou melhor. Não se trata de sorte. Trata-se de jogar bem.


nhar no início. Mas com jogadores de bom nível, só se ganha no fim. E é nesse final de jogo que se vê quem joga melhor. G. I.: Além de jogadores, os elementos da equipa do Faial são amigos.

“Uma particularidade da nossa equipa, mesmo quando jogamos uns contra os outros, é a interajuda, o que não se verifica nas outras” G. I.: Os jogadores da equipa do Clube Naval da Horta estão todos ao mesmo nível?

Rui Campos: Somos bons amigos! E uma particularidade da nossa equipa, que não se vê nas outras, é que, mesmo quando há provas ou campeonatos em que jogamos uns contra os outros, partilhamos sempre o que sabemos e aprendemos, mesmo que eu possa jogar contra eles. No nosso grupo houve sempre uma inter-ajuda em todas as situações. Não consideramos isso uma desvantagem, porque aprende-se sempre.

Rui Campos: Não, todos temos evoluído muito, e aqui destaco o crescimento do Bettani, mas todos já estávamos em patamares diferentes, portanto mesmo que todos tenham evoluído, como foi o caso, há sempre uns em níveis superiores. Tirando o Bettani, os restantes 3 estão mais ou menos ao mesmo nível. Posso ter alguma vantagem por ser melhor jogador nas finais.

G. I.: A separação vai custar…

O jogo tem 3 partes: a abertura, o meio de jogo e o final de jogo. Quando no fim do jogo já temos poucas peças, temos de jogá-las muito bem, porque o mínimo deslize pode ser sinónimo de derrota. E neste momento a vantagem que acho que tenho em relação à minha equipa, é que eu consigo jogar melhor os finais de jogo, mesmo que eles possam abrir o jogo ligeiramente melhor do que eu. O Pedro Terra tem um meio jogo fortíssimo, mas depois a minha vantagem é na recta final, em que, por vezes, consigo um sprint melhor do que ele.

G. I.: Com o Xadrez não há cérebro preguiçoso.

G. I.: Ganha-se um jogo de Xadrez é no fim? Rui Campos: Quando temos um jogador ao nosso nível, sim, é no fim que se ganha. Mas se tivermos a falar de um adversário de nível médio, é muito provável que eu ganhe no início. Se eu criar um jogo forte, também posso ga-

Rui Campos: Se vier a ocorrer, sim… Muito! Temos personalidades muito diferentes, mas desde que funcionamos como equipa, somos um grupo fortíssimo. É incrível! Por isso é que temos pena de nos separarmos como equipa, a qual está excelente. Temos feito coisas inimagináveis. É preciso querer!

Rui Campos: É um jogo muito bom para quando formos mais velhos, porque exercita a mente. Quando estava no Porto a estudar, havia 2 senhores, com cerca de 80 anos de idade, que frequentavam o mesmo clube que eu e reparava que eles ainda tinham uma atenção e concentração de jogo imensas! É um desporto muito bom para evitar problemas de Alzheimer, porque obriga a pensar.

calma e serena, isso vai reflectir-se no jogo. Se se tratar de uma pessoa muito defensiva, vai fazer um jogo defensivo, mas se for uma pessoa de confronto, vai fazer um jogo muito mais activo, ao ataque, sempre a pressionar. Há imensos estilos de jogo. E isto obriga a raciocínio. G. I.: O Xadrez pode ajudar os alunos nas Escolas? Rui Campos: Sempre fui defensor de que este jogo devia figurar numa disciplina dos currículos escolares, pois seria uma mais-valia para todas as outras disciplinas. Ao nível do raciocínio, o Xadrez é impressionante, porque obriga a pessoa a um raciocínio rápido, lógico, criativo, estratégico e teórico. Implica estudo. Não se trata de mais um jogo. Mexe com imensas coisas. Na Rússia já existe esta disciplina nos programas escolares há muitos anos. É por isso que existem lá imensos craques em Xadrez. Há tantas disciplinas com muito menos interesse do que este jogo e são uma realidade ano após ano… G. I.: Neste momento, além do jogador o designer também está a falar… Rui Campos: É verdade que a minha área profissional é virada para a criatividade, mas está provado que o Xadrez desenvolve imensas componentes. O jogo também é arte. A criatividade também é criada pelo próprio jogo e isso passa para outros ramos da vida da pessoa.

G. I.: É um jogo revelador? Rui Campos: Quando se joga com uma pessoa, é a tua personalidade contra a dela. São 2 personalidades que jogam e não 2 pessoas e o facto de colocares a tua personalidade acima do outro jogador, dá um gozo enorme. Mesmo que seja a jogar a peanuts, ninguém gosta de perder, quer se tenha 5 ou 100 anos. Se a forma de vida da pessoa for

“A criatividade também é criada pelo próprio jogo e isso passa para outros ramos da vida da pessoa” Fotografias de: Cristina Silveira


Assinado Protocolo de Cooperação entre o Clube Naval da Horta e o Clube Naval do Funchal esta quarta-feira, dia 6 Objectivo: Fomentar a Vela e a ligação entre Clubes e Ilhas

Com o intuito de unir as ilhas e aproximar os clubes, foi assinado na manhã desta quarta-feira, dia 6, um Protocolo de Cooperação entre o Clube Naval da Horta e o Clube Naval do Funchal, da Madeira.

bes navais da Região Açores”. Para o Presidente da Direcção do CNH, trata-se de um Protocolo “especial”, na medida em que foi celebrado entre duas regiões autónomas e atlânticas, separadas por 500 milhas náuticas, sensivelmente. “Não tem havido uma aproximação dinâmica. Por isso, é com satisfação que o CNH aceita esta proposta e fará tudo o que está consagrado na mesma visando a concretização de diversas acções”, salienta José Decq Mota, preconizando a certeza de que “este encontro vai ser trilhado com alegria”.

Leitura do Protocolo de Cooperação entre o Clube Naval da Horta e o Clube Naval do Funchal, cuja assinatura contou com alguns jornalistas A Cerimónia, que decorreu nas instalações do CNH, foi oficializada pelo Presidente da Direcção de cada uma das instituições representadas: José Decq Mota pelo Clube Naval da Horta e Dra. Mafalda Freitas, pelo Clube Naval do Funchal. José Decq Mota considera “gratificante” a proposta feita pelo Clube Naval do Funchal, encarando a mesma com naturalidade, porquanto “devemos dar passos desportivos e sociais na aproximação de clubes”. Este Dirigente entende que “falta a aproximação dos clubes e dos atletas que os mesmos envolvem, perspectiva que pode proporcionar outra vida aos clu-

Mafalda Freitas deixou a garantia de que o Clube Naval da Madeira também fará tudo para honrar os preceitos do documento assinado, manifestando regozijo pela concretização desta iniciativa. Já a pensar nos frutos da mesma, José Decq Mota alvitrou a realização de um pequeno Encontro das Escolas de Vela destes dois clubes navais. A Presidente do Clube madeirense frisou a propósito do Protocolo: “Sentimos necessidade de unir as ilhas e a verdade é que já tomámos esta iniciativa com outras ilhas. “Atendendo à conjuntura difícil que atravessamos”, esta Dirigente vê no Protocolo de agora “uma grande ajuda”, uma vez que estes dois clubes acordaram emprestar barcos um ao outro (o que evita custos com transportes) e dar todo o apoio possível ao parceiro. “Para lá da vertente meramente desportiva, a troca de experiências e de culturas abrangendo uma vertente humana, é outra das grandes mais-valias deste Protocolo”, realçou Mafalda Freitas. E para dar um exemplo prático das suas pala-


vras, recordou a recente participação de 2 atletas madeirenses, acompanhados de um treinador, no Campeonato Nacional da Classe Access (Vela para pessoas com mobilidade reduzida), que decorreu nos dias 11, 12 e 13 de Julho último, na ilha do Faial, e que constituiu um sucesso organizativo, desportivo e de convívio. “Esta deslocação foi a primeira destes atletas fora da Madeira, o que revela a importância da mesma para eles”, sustenta esta Presidente. Após a Assinatura do Protocolo e no âmbito do conhecimento que foi sendo travado, houve troca de galhardetes e lembranças entre os responsáveis por estas duas instituições.

as suas Escolas de Vela, os quais terão lugar alternadamente na Madeira, cidade do Funchal, e nos Açores, na ilha do Faial, cidade da Horta. Nesses encontros o clube anfitrião disponibilizará embarcações aos visitantes. 2.Os Clubes envidarão esforços no sentido de conseguir organizar uma regata de cruzeiros unindo as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, bem como promover mutuamente as provas do outro. Artigo 3º - Benefícios aos sócios: 1.Cada Clube reconhecerá aos sócios do outro devidamente credenciados, direitos de frequência e utilização das suas instalações. Este benefício caduca sempre que o sócio de um dos Clubes tenha a sua residência habitual na área geográfica do outro. 2.Os Clubes procuram, na medida do possível, e na sua área geográfica, prestar todo o auxílio que um membro do outro Clube possa necessitar. 3.Cada Clube procurará obter para os sócios do outro igualdade nas regalias que tenha negociado para os seus próprios sócios.

Mafalda Freitas, pelo Clube Naval do Funchal e José Decq Mota, pelo CNH Um pouco de história O Clube Naval do Funchal é, em termos estatutários, uma associação desportiva, recreativa e de instrução, que tem como objectivo principal o desenvolvimento do gosto pela prática do desporto – sobretudo náutico – junto dos seus associados e proporcionar aos seus visitantes o acesso às actividades que o Clube desenvolve. Foi fundado a 1 de Maio de 1952 e ao longo deste meio século de existência tem desenvolvido um papel importantíssimo no incentivo e apoio aos desportos náuticos, tanto a nível regional como nacional, tendo inclusivamente atletas seus em competições de nível internacional e olímpico nas representações nacionais em Seoul em 1988, Barcelona em 1992 e recentemente Pequim, em 2008, pode ler-se na Página do Clube. De acordo com a Presidente, conta com 6.650 sócios pagantes e 100 funcionários. Direitos e obrigações das entidades protocoladas Artigo 1º - Representação mútua: Cada Clube, sempre que solicitado, actuará na área geográfica como representante do outro. Artigo 2º - Fomento da modalidade: 1.Os Clubes procurarão fomentar encontros periódicos entre

Artigo 4º - Alargamento de âmbito: Os Clubes consideram que é de interesse que o espírito deste Protocolo seja alargado a mais Clubes de preferência e maioritariamente de outras regiões por forma a converter-se numa associação de clubes de expressão nacional.

Artigo 5º - Vigência: O presente Protocolo vigorará pelo período de 2 anos a contar da data de celebração deste, renovando-se automaticamente por iguais períodos, salvo se as partes não o denunciarem por escrito com antecedência de sessenta dias.

Fotografias de: José Macedo


...mais resultados desportivos de agosto Troféu “Cidade da Horta” - Apneia dinâmica com barbatanas—SM2014

Natação - Travessia Curta da Doca— SM2014

Mais de 14 anos: 1º Clife Pedro 2º Nuno Fraião 3º Tiago Moreira 4º Octávio Moreira Pólo Aquático—SM2014

4º Escalão Femininos: 1º Décio Leal 2º Fred Buyle 3º Paulo Nóbrega 4º Franz Hutschenreuter 5º Simone Martins 6º Nuno Fraião 7º Marco Gomes 8º Lúcia Franco 9º Lorenz Kremer 10º Ivo Cristo 11º Felix Kremer 12º Miguel Nóbrega 13º Ricardo Henriques Prova de Mini-Veleiros — SM2014

1º Emília Marques 4º Escalão Masculinos: 1º João Nabais 2º João Reis 3º Davide Castro 3º Escalão Femininos: 1º Emília Branco 3º Escalão Masculinos: 1º Filipe Duarte 2º Escalão Femininos: 1º Sara Azevedo 2º Escalão Masculinos: 1º Tomás Oliveira 2º Diogo Vieira

1º Blicas Pólo Clube 2º Vem aí Jantar 3º Cabana do Pai Tomás 4º Kinder Maxi 5º Cotonetes FC 6º Rapazinhos 7º Picas 8º Alves, Branco, Reis e Silva Semi-Rápidas de Xadrez—SM2014

3º Gonçalo Oliveira 1º Escalão Masculinos: 1º Luca Goulart 2º Arthur Moimeaux 3º Maurício Branco Prova Local de Canoagem—SM2014 1º Eduardo Pereira

1º José Guerra

2º João Nunes

2º Rui Campos

3º António Pereira

3º Pedro Terra 4º António Sousa

4º Miguel Gonçalves Até 14 anos: 1º Ricardo Raimundo 2º Mariana Rosa

5º Rui Guerra 6º Aníbal Oliveira


Pesca Desportiva de Costa - Prova Infantil– SM2014

Pesca Desportiva de Barco de Fundo SM2014 1º “Rosana” – Helder Fraga 2º “Senhora da Guia” – Renato Azevedo 3º “Zeus” – Jorge Oliveira Maior exemplar: “Rosana” – Encharéu com 5,780 kg

1º Filipe Sousa

Pesca Desportiva de Barco de Corrico—SM2014

2º Iuri Cardoso

16º Paulo Costa 17º Horácio Cardoso Pesca Desportiva de Costa Nocturna—SM2014 1º Carlos Medeiros 2º José Silva 3º Dino Viveiros 4º José Armando Silva 5º João França

1º “Senhora da Guia” – Renato Azevedo

6º Ricardo Lopes

3º Francisco Melo 4º Filipe Rocha

2º “Rosana” – Helder Fraga

8º José Escobar

5º Henrique Feio

3º “Zeus” – Jorge Oliveira

9º Juliana Nóbrega

6º Daniel Moimeaux

Maior exemplar: “Senhora da Guia” – Bicuda com 4,270 kg

10º Moisés Sousa

Pesca Desportiva de Costa Diurna— SM2014

12º José Alberto Goulart

7º David João 8º Manuel Panagião 9º Henrique Madruga 10º Álvaro Madruga

7º João Machado

11º Franklin Frias

13º Horácio Cardoso 14º Hernani Pereira

11º Manuel João

15º Paulo Couto

12º José Panagião

16º João Medeiros

13º Arthur Moimeaux

17º António Fernandes

14º David Moimeaux

Geral—Provas Nocturna e Diurna— SM2014

15º Rodrigo Dutra

1º Carlos Medeiros Pesca Desportiva de barco—SM2014

1º José Silva 2º Dino Viveiros 3º Carlos Medeiros 4º José Armando Silva 5º Moisés Sousa 6º Ricardo Lopes 7º João Machado 8º José Escobar 9º José Alberto Goulart

1º “Senhora da Guia”

10º João França

2º “Rosana”

11º Juliana Nóbrega

3º “Zeus”

12º Franklin Frias

4º ”100 Peixes”

13º Hernâni Pereira

5º “Gustavo”

14º João Medeiros 15º António Fernandes

2º José Silva 3º Dino Viveiros 4º José Armando Silva 5º João França 6º Ricardo Lopes 7º João Machado 8º José Escobar 9º Juliana Nóbrega 10º Moisés Sousa 11º Franklin Frias 12º José Alberto Goulart 13º Horácio Cardoso 14º Hernâni Pereira 15º Paulo Couto


16º João Medeiros

Vela:

al: Rui Machado – Piedade - DNF

17º António Fernandes

1º “Senhora do Socorro” – Oficial: Pedro Garcia – Junta de Freguesia do Salão

Remo Feminino:

Pesca Desportiva de Costa por Equipas—SM2014 1º Clube Naval da Horta 2º Clube Açoreano de Pesca Desportiva 3º Clube de Pesca Ilha Azul 4º Sporting Clube da Horta

2º “Senhora de Fátima” – Oficial: António Luís – Junta de Freguesia de Castelo Branco

2º “Senhora da Guia” – Oficial: Andrea Mota – Junta de Freguesia da Feteira

3º “Capelinhos” – Oficial: Luís Decq Mota – Junta de Freguesia do Capelo

3º “Santo Cristo” – Oficial: Margarida Neves – Junta de Freguesia de São João do Pico

4º “São João Baptista” – Mário Bettencourt – Clube Naval de São Roque do Pico

IX Troféu Cidade da Horta—SM2014 5º “Senhora da Guia” – Rute Matos – Junta de Freguesia da Feteira 6º “Nossa Senhora da Conceição” – Oficial: Rui Maciel – Clube Naval S. Roque Pico 7º “Ester” – Oficial: José Leal – Clube Naval das Lajes do Pico

Optimist: 1º Pedro Moniz 2º Miguel Duarte 3º Artur Silva 4º Ana Luísa Silva 5º Arthur Moimeaux 6º Zakhar Starinskiy 7º Leonor Pó 8º David João 9º Maurício Branco 10º Luca Goulart Raquero: 1º Pedro Garcia 2º Tomás Pó 3º Bruno Gonçalves 4º Paulo Silva

8º “Nossa Senhora das Angústias” – Oficial: Nuno Silva – Junta Freguesia Angústias

4º “Maria Pequena” – Oficial: Sara Goulart – Clube Naval de São Mateus do Pico 5º “Nossa Senhora da Conceição” – Oficial: Margarida Goulart – Clube Naval de São Roque do Pico 6º “São João Baptista” – Oficial: Cláudia Ávila – Clube Naval de São Roque do Pico 7º “Formosa” – Oficial: Sónia – Clube Naval das Lajes das Flores 8º “Ester” – Oficial: Filipa Brinca – Clube Naval das Lajes do Pico

9º “Santo Cristo” – Oficial: Lídio Rosa – Junta de Freguesia São João do Pico

Remo Masculino:

10º “Claudina” – Oficial: Susana Salema – Clube Naval da Horta

1º “Nossa Senhora das Angústias” – Oficial: Daniel Freitas – Clube Naval Aliança Calhetense

11º “Maria da Conceição” – Oficial: Luís Alves – Clube Naval da Horta 12º “Maria Pequena” – Oficial: Bento Silva – Clube Naval de São Mateus do Pico 13º “Castelete” – Oficial: Guilherme Alvernaz – Clube Naval de São Roque do Pico 14º ”Liberdade” – Oficial: Paulo Alves – Clube Naval das Lajes do Pico - DNF 15º “São José” – Oficial: Vítor Mota – Junta de Freguesia do Capelo - DNF 16º “Diana” – Oficial: Igor Azevedo – Clube Naval das Lajes do Pico - DNF 17º “Formosa” – Oficial: Luís Inácio – Clube Naval das Lajes das Flores - DNF

5º StefanProva de Botes Baleeiros Casa do Pessoal da RTP - SM2014

1º “Diana” – Oficial: Sandra Azevedo – Clube Naval das Lajes do Pico

18º “São Pedro” – Oficial: Miguel Maciel – Clube Naval das Lajes das Flores - DNF 19º “Nossa Senhora Santana” – Ofici-

2º “Diana” – Oficial: Igor Azevedo – Clube Naval das Lajes do Pico 3º “São João Baptista” – Oficial: Manuel Ávila – Clube Naval de São Roque do Pico 4º “Capelinhos” – Oficial: Paulo Correia – Junta de Freguesia do Capelo 5º “Ester” – Oficial: José Leal – Clube Naval das Lajes do Pico 6º “Santo Cristo” – Oficial: Lídio Rosa – Junta de Freguesia de São João do Pico 7º “Maria Pequena” – Oficial: Carlos Pinheiro – Clube Naval de São Mateus do Pico 8º “São Pedro” – Oficial: Luís Inácio – Clube Naval das Lajes das Flores 9º Liberdade” – Oficial: Francisco Ávila – Clube Naval das Lajes do Pico


Regata dos Velhotes—SM2014

1º Emídio Gonçalves

5.”Rajada” – António Luís

4.”Fun-Tastic” – Carolina Correia

OPEN:

5.”Mariazinha” – Mónica Nunes

“Synergy” – Heleonora De Haas

6.”Air Mail” – Maria Castro

“Gabriel of Bart” – Robert Ketelaar

ORC B:

“Reflections” – Charles Camera

1.”Celtic Dream” – Mariana Santos

“Ilha da Ventura” – Pedro Garcia

2.”Rajada” – Mariana Luís

“Hot Stuff” – Pedro Rosa

3.”No Stress” – Catarina Oliveira

“Solaris” – John Hardy

4.”Além Mar” – Ana Vaz

“Boreas” – Luís Paulo Morais

5.”Tuba V” – Mariana Rosa OPEN:

2º Neri Goulart 3º Fernando Perna 4º Paulo Silva 5º Pedro Garcia 6º Alberto Gonçalves 7º João Medeiros 8º Walter Kliynir 9º António Pedro Oliveira

“Regata de Solitários/Genuíno Madruga” ORC A: 1.”Azul” – Hedi Costa 2.”Air Mail” – Luís Decq Mota 3.”Celtic Dream” – João Reis 4.”Fun-Tastic – José Correia 5.”Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes

Prova de Vela de Cruzeiro—SM2014

ORC B: 1.”Rajada” – António Luís 2.”No Stress” – António Oliveira 3.”Além Mar” – António João 4.”Tuba V” – Fernando Rosa OPEN: “Soraya” – Frederico Rodrigues

“Regata Troféu Horta”

“Boreas” – Luís Paulo Moniz

ORC A:

“Conquilha III” – Fernando Perna

1.”Xcape” – Luís Quintino

“Hot Stuff” – Pedro Rosa

2.”Air Mail” – Luís Decq Mota

“5 Estrelas” – José Serra

3.” Fun-Tastic” – José Correia

“Kasia” – Simon Hayes

4.”Insula” – Kevin Greene/Michael

“Alta Pressão” – Miguel Toscano

5.”Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes

“Ilha da Ventura” – Pedro Garcia (DNC)

ORC B:

“Regata das Sereias”

1.”Celtic Dream” – João Reis

ORC A:

2.”Além Mar” – António João

1.”Azul” – Sara Costa

3.”Tuba V” – Fernando Rosa

2.”Xcape” – Cláudia Naia

4.”No Stress” – António Oliveira

3.”Pagode” – Susana Sebastião

“Soraya” – Celina Rodrigues “Conquilha III” – Isabel Carvão “Ilha da Ventura” – Ana Garcia “Ofelia” – Andreia Porteiro “5 Estrelas” – Claudina Oliveira “Synergy” – Heleonora De Haas “Gabriel of Bart” – “Hot Stuff” – Alexandra Rosa “Solaris” - Tanya “Boreas” – “Regata do Canal” ORC A: 1.”Boreas” – Luís Paulo Morais 2.”Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes 3.”Xcape” – Luís Quintino 4.”Air Mail” – Luís Decq Mota 5.”Maravilha” – Victor Pinheiro “Pagode” – Bartolomeu Ribeiro (DNF) ORC B: 1.”No Stress” – António Oliveira 2.”Tuba V” – Fernando Rosa 3.”Fun-Tastic” – José Correia “Rajada” – António Luís (DNF) “Além Mar” – António João (DNF) OPEN: “Ilha da Ventura” – Pedro Garcia “Soraya” – Frederico Rodrigues


“Conquilha III” – Fernando Perna

Campeonato:

“Trillemus” – Tomás Azevedo

1º “Rosana”

“5 Estrelas” – José Serra

2º “Senhora da Guia”

“Hot Stuff” – Luís Decq Mota

3º “Zeus”

“Windgat” – David Robb

4º “Gustavo”

“Solaris” – John Hardy

5º “100 Peixes”

”Kasia” – Simon Hayes “Gabriel of Bart” – Robert Ketelaar “Synergy” – Heleonora de Haas (DNC)

CLASSIFICAÇÃO do Campeonato até à 5ª prova: ORC A: 1º “Azul” – Luís Quintino 2º “Rift” – Carlos Moniz 3º “Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes 4º “Dance Away” – Barrie Mackinnell

5ª Prova do Campeonato Local de Vela de Cruzeiro

ORC B: 1º “No Stress” – António Oliveira

“Reflections” – Charles Camera (DNC)

2º “Além Mar” – António João

“Anfitrite” – Emídio Gonçalves (DNS)

3º “Tuba V” – Fernando Rosa 4º “Rajada” – António Luís

IV Regata de Mini-Veleiros Nossa Senhora de Lourdes

ORC A – 1ª Regata: 1º “Azul” – Luís Quintino

Regata de Botes Baleeiros em São Mateus do Pico

“Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes (DNC) “Dance Away” – Barrie Mckinnell (DNC) “Rift” – Carlos Moniz (DNC) 1º António Pereira 2º José Gonçalves 3º Eduardo Pereira 4º Mário Carlos 5º João Nunes 6º Bruno Gonçalves

ORC B – 1ª Regata: 1º “No Stress” – António Oliveira 2º “Tuba V” – Fernando Rosa

Remo Feminino - 10 botes

3º “Rajada” – António Luís

1º “Diana” – Clube Náutico Lajes do Pico – Oficial: Sandra Azevedo: 7:32:23

“Além Mar” – António João (DNC) ORC A – 2ª Regata: 1º “Azul” – Luís Quintino

Pesca Desportiva de Corrico de Barco

“Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes (DNC) “Dance Away” – Barrie Mckinnell (DNC)

4ª Prova:

“Rift” – Carlos Moniz (DNC)

1º “Senhora da Guia”

ORC B – 2ª Regata:

2º “Rosana”

1º “Tuba V” – Fernando Rosa

3º “Zeus”

2º “Rajada” – António Luís

4º “Gustavo”

3º “No Stress” – António Oliveira “Além Mar” – António João (DNC)

2º “Senhora da Guia” – Freguesia da Feteira – Oficial: Cláudia Oliveira: 7:32:92 3º “São Pedro” – Clube Náutico Aliança Calhetense – Oficial: Daniela Freitas: 7:51:98 Remo Masculino - 15 botes 1º “São Pedro” – Clube Náutico Aliança Calhetense – Oficial: Daniel Freitas: 13:11:60 2º “Maria Armanda” – Clube Náutico Lajes do Pico – Oficial: Filipe Fernandes: 13:21:64 3º “Diana” – Clube Náutico Lajes do Pico – Oficial: Igor Azevedo: 13:31:47


IX Regata de Botes Baleeiros de Nossa Senhora de Lourdes

Vela: 1º “Senhora de Fátima”: Junta de Freguesia de Castelo Branco – Oficial: António Luís 2º “Senhora das Angústias”: Junta de Freguesia das Angústias – Oficial: Nuno Silva 3º “Capelinhos”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: Luís Decq Mota 4º “Senhora do Socorro”: Junta de Freguesia do Salão – Oficial: José Alberto Norte 5º “São José”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: Vítor Mota 6º “Claudina”: Clube Naval da Horta – Oficial: Susana Salema 7º “Maria da Conceição”: Clube Nava da Horta – Oficial: Mário Carlos 8º “Senhora da Guia”: Junta de Freguesia da Feteira – Oficial: José Ilídio Pereira Remo: 1º “São José”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: Paulo “Farrapa” 2º “Capelinhos”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: David Sousa “Tainha” 3º “Senhora da Guia”: Junta de Freguesia da Feteira – Oficial: Lúcia Sousa


Todos os vídeos do CNH em Site CNH em www.cnhorta.org

MEO Kanal “Faial Náutico”

Youtube em hwww.youtube.com/user/ClubeNavalHorta


IR_AO_MAR

Textos: Cristina Silveira Montagem: LuĂ­s Moniz


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