Ideias para um consumo jovem

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Índice Introdução

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Mensagem da GALP Energia

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Iª parte Consumo Sustentável O que é? O Poder do Consumidor Dificuldades Os Jovens Consumidores

2ª parte Identificação de Problemas exemplos de Boas Práticas Efeito de Estufa e Aquecimento Global Buraco na Camada de Ozono Chuva Ácida Destruição de Florestas e Alteração de Habitats Naturais Poluição da Água Resíduos Sólidos Urbanos: Reduzir Reutilizar Reciclar

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3ª parte Proposta de actividades

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Posfácio

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Contactos úteis

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Bibliografia

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Introdução Problemas ambientais como o aquecimento global do planeta, o buraco na camada de ozono, o aumento dos Resíduos Sólidos Urbanos, a poluição dos oceanos, entre tantos outros são frequentemente discutidos e divulgados, fazendo parte das grandes preocupações das sociedades actuais. Há, contudo a tendência em considerarmos que estas ameaças ao ambiente e à nossa qualidade de vida são consequência de grandes acções que extravasam a vontade individual e estão fora do nosso campo de acção ou boa vontade consensual de preservarmos o ambiente.

outro lado, sabendo que este segmento da população está sujeito, desde cedo, a vários factores de pressão (próprios de uma cultura de consumo instituída) que levam muitas vezes a consumos excessivos, consideramos essencial informá-los sobre estas matérias. Ao longo deste trabalho explicamos alguns conceitos, identificamos problemas ambientais e apresentamos sugestões sobre como consumir de forma mais sustentável. Na terceira parte, apresentamos algumas propostas de actividades com o objectivo de sensibilizar os jovens consumidores para o papel que podem ter na protecção do ambiente.

A consciencialização de que a alteração de hábitos e comportamentos individuais e de que a soma dessas mudanças de atitudes são um contributo significativo para proteger e preservar o ambiente é um dos objectivos deste trabalho. Pretendemos alertar para a importância do nosso papel enquanto consumidores, tendo em conta o peso das consequências das nossas escolhas. Propomos um consumo ponderado, informado e responsável, nas suas várias fases – antes, durante e depois da compra de um produto. Atribuímos aos jovens de hoje um papel fundamental como agentes de defesa do ambiente, neste caso, através do consumo. Partindo do princípio que os jovens são mais permeáveis à mudança de hábitos e comportamentos e, por

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Mensagem da Galp Energia A temática do Desenvolvimento Sustentável em geral e do Ambiente em particular, tem vindo a ocupar um lugar cada vez mais destacado na nossa sociedade. O Mundo Empresarial é, a par dos Governos, da Sociedade Civil e de outras organizações, responsável pelo ambiente físico e social à escala global. Da sua sustentabilidade depende a perenidade das nossas organizações sociais, políticas e económicas. Neste contexto, no Grupo Galp Energia foram estabelecidos valores, que funcionam como referenciais fundamentais, para o desenvolvimento económico e estratégico da empresa, reflectindo a sua responsabilidade ambiental, em todo o processo de disponibilização de produtos e serviços ao cliente, procurando sempre exceder as suas expectativas e necessidades. No decorrer de todo este processo de criação de produtos e serviços para o cliente, a Galp Energia aposta na inovação e desenvolvimento tecnológico, por forma a recorrer às melhores e mais limpas tecnologias disponíveis. Assim, muitas são as acções desenvolvidas pela Galp Energia no sentido de desenvolver e distribuir produtos e serviços

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amigos do ambiente, fontes de energia limpas e económicas. De entre estas destacam-se: f Diminuição do teor de Enxofre nos combustíveis, por forma a diminuir o nível de emissões de SO2 , de acordo com a Directiva Auto-Oil.

f Estudos de viabilidade técnica e económica da produção de Biocombustíveis;

f Substituição do Gás de Cidade pelo Gás Natural na área urbana de Lisboa, daí decorrendo uma externalidade positiva devido ao facto de, na sua constituição, o Gás Natural possuir um teor reduzido de enxofre em relação ao Gás de Cidade;

f Produção combinada de Electricidade e Calor por Cogeração, processo este de rendimento superior à geração (produção unicamente de electricidade) e recorrendo ao Gás Natural como combustível, fomentando uma alternativa à actual forma de produção de electricidade e calor baseado no Fuel-óleo, desta forma reduzem-se significativamente as emissões para a atmosfera de SO2, CO, CO2, NOx; f Aumento da oferta de formas de energia renováveis, complementares das convencionais, possibilitando ao cliente, o acesso à energias solar e eólica.


f Optimização dos processos de produção de derivados de petróleo, como óleos base lubrificantes, combustíveis, Químicos e gases de petróleo liquefeitos, aumentando o seu rendimento e diminuindo o grau de emissões;

f Produção de combustíveis, que produzam um maior rendimento nos motores combustão e um menor impacte no ambiente, isto é, que a eficiência energética seja atingida com menos consumo e menores emissões de poluentes gasosos, com destaque para os Gases de Efeito de Estufa (GEE), SOx e NOx .

O consumidor deve fazer uma opção ambientalmente consciente entre as diversas ofertas de produtos e serviços na área da energia desde os Biocombustíveis, o GPL ou o Gás Natural, desde a energia solar à eólica. Para além disso, saber utilizar racionalmente os diversos tipos de energia, uma vez que a maior parte destes provem de fontes esgotáveis e, quando tal não acontece, a sua produção envolve custos mais elevados. O consumo sustentável não é mais do que saber usar os recursos naturais para satisfazer as nossas necessidades, sem comprometer as necessidades e o potencial de desenvolvimento das gerações futuras.

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Consumo Sustentável O que é?

Consumo sustentável é a utilização de bens e serviços de uma forma que não comprometa as necessidades das gerações futuras. Implica a estimulação da procura de bens que necessitem pouca energia para serem produzidos, não utilizem materiais tóxicos e sejam pouco poluentes durante o seu ciclo de vida. A utilização e transformação dos recursos naturais deverá ser feita de modo a que os danos para o ambiente sejam minimizados e garantindo o bem estar das populações.

Na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento – Cimeira da Terra – em 1992, o tema do consumo sustentável foi amplamente discutido e a relação entre a deterioração do ambiente e a produção e consumo de bens ou serviços foi “oficialmente” apresentada (embora anteriormente reconhecida e debatida). A Agenda 21 – plano de acção aprovado nesta Conferência – defende o estabelecimento de um modelo de desenvolvimento económico que seja sustentável sob o ponto de vista ambiental. Tendo como fim último a melhoria de qualidade de vida para todos, e não apenas para alguns, preconiza-se uma combinação justa entre os objectivos económicos, sociais e

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ambientais. Consumir sustentavelmente é uma das formas de contribuir para alcançar o objectivo mais geral de desenvolvimento que satisfaça as necessidades actuais sem comprometer a possibilidade de satisfação de necessidades das futuras gerações. O compromisso de desenvolver as sociedades de uma forma sustentável requer o envolvimento de todos: desde a comunidade internacional, aos governos nacionais, regionais, aos municípios, organismos não governamentais, indústria e cidadãos. É sobre estes últimos que vamos centrar a nossa atenção, enquanto consumidores.

O poder do consumidor

O consumidor informado e responsável tem o poder de exigir um padrão de desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente equilibrado, através das suas escolhas, exigências e estilo de vida. A prática de um consumo sustentável terá efeitos a vários níveis. Se a parte da procura exigir produtos menos prejudiciais para o ambiente, a parte da oferta, consequentemente, terá de responder nesse sentido.


Além das origens e composição dos produtos, devemos interrogar-nos sobre as condições em que foram produzidos, já que uma maior quantidade de produtos disponíveis a baixos preços pode significar a exploração de trabalhadores ou de mão de obra infantil.

lado, o papel da indústria traduz-se idealmente naquilo a que se chamou de eco-eficiência – produzir com menos gastos energéticos.

Dificuldades Igualmente relevantes são os impactos ambientais que as nossas tarefas diárias podem causar, mesmo sem termos consciência. Em casa, no trabalho, na escola ou quando vamos às compras podemos ajudar a proteger o ambiente. É uma questão de saber optar e manter uma atitude crítica. Se bem que o papel do consumidor poderá ser considerado pequeno e por isso desmotivante ((1) “...seria utopia pensar que o mercado se iria regenerar apenas porque os consumidores optariam por produtos menos lesivos para o ambiente...”), sabemos que as grandes mudanças são a soma das pequenas decisões e, por isso, o papel dos jovens na preservação do ambiente poderá ser fundamental. Claro que, para além do que cada um de nós pode fazer individualmente, são várias as estratégias que os governos e comunidade internacional podem desenvolver para proteger o ambiente - é o caso dos impostos sobre o CO2, a adopção do princípio do poluidor-pagador, os aumentos dos preços da electricidade, a divulgação da utilização da gasolina sem chumbo ou do conversor catalítico nos automóveis. Por outro

Reconhecemos que nem sempre é fácil agir de um modo ecológico. Se, por exemplo, não houver uma boa rede de transportes públicos, o consumidor provavelmente não irá abdicar de utilizar o seu carro. Por outro lado, os apelos ao consumo são constantes e, por vezes, difíceis de resistir: “leve um, pague dois”; “aproveite esta promoção!”, “comprar”, “consumir” são bombardeamentos diários a que estamos sujeitos. A sociedade em que vivemos está impregnada de uma cultura de consumo, do usar e deitar fora e do “muito é bom, mais é melhor e muito mais parece não ser suficiente”. Para contrariar esta tendência, o consumidor deverá ter um espírito crítico, reflectir sobre as suas verdadeiras necessidades e tentar manter-se informado sobre as consequências ambientais de um consumo excessivo. (1) in site WWW.ic.pt/educação_consumidor/Mat_Pedagógicos/consumo_meio_amb.htm

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Não queremos dizer com isto que consumir é mau. Para vivermos obviamente precisamos de consumir. O que propomos é uma forma responsável e informada de o fazer para que os recursos naturais da terra se possam renovar e para que as gerações futuras tenham acesso a eles.

Portugueses e o Ambiente”, Observa, 2000); f Funcionam como agentes influenciadores dos seus pares e também dos adultos (pais, professores, etc);

f

O problema da degradação ambiental e do desenvolvimento económico baseado na exploração desmedida dos recursos naturais e nas injustiças sociais passa também por soluções comportamentais.

Os Jovens Consumidores

Se por um lado os jovens consumidores serão o segmento da população que menos impacto poderá ter no ambiente, tendo em conta o seu menor poder de compra, por outro lado consideramos essencial alertá-los para a importância de um consumo sustentado devido a vários factores: f A sua maior permeabilidade em relação à mudança de hábitos e comportamentos;

É o segmento da população que se mostra mais preocupado, sensível, informado e crítico em relação às questões ambientais (segundo o inquérito nacional “Os f

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São futuros consumidores assim como futuros educadores;




O desenvolvimento de áreas como a ciência e tecnologia, medicina, comunicações e transportes têm atingido, ao longo dos últimos tempos, grandes progressos. Porém parte desse desenvolvimento tem sido possível devido à exploração dos recursos naturais e consequente degradação do ambiente. Vamos de seguida identificar alguns problemas decorrentes dos actuais padrões de consumo excessivo e apresentar boas práticas a que o consumidor comum pode aderir, sem muito esforço. A lista das boas práticas não pretende ser exaustiva, são apenas algumas sugestões que poderão tornar o consumo mais sustentável.

As consequências do aquecimento global são: f Degelo nos pólos Norte e Sul; f Consequente subida dos níveis do mar; f Alterações do clima – tempestades e ciclones tropicais, secas; f Alteração dos habitats naturais e impactos sobre os ecossistemas e a cadeia da vida; f A alimentação também será afectada, já que o avanço das águas dos mares poderá atingir grandes áreas de terra arável ou então, estas áreas seriam atingidas pela aridez. O consumidor cidadão preocupado em conter este problema deverá :

Identificação de Problemas e Exemplos de Boas Práticas

O efeito de estufa provoca o aquecimento global do planeta. Os gases que contribuem para esse efeito são o dióxido de carbono (CO2), óxido nítrico (N2O), metano (CH4) e os clorofluorcarbonetos (CFCs). A produção em grandes quantidades destes gases faz com que se dê a sua acumulação na atmosfera, deixando que apenas uma pequena quantidade de calor seja libertada para o espaço.

Diminuir os gastos de energia eléctrica. Assim os níveis de CO2 produzidos pelas centrais eléctricas diminuirão. Alguns exemplos práticos: f Apagar luzes, televisão, computador, leitor de CDs e todo o tipo de aparelhos eléctricos quando não estiverem a ser usados; f Não pôr alimentos quentes no frigorífico (deixar arrefecer); não deixar a porta do frigorífico aberta mais tempo do que o necessário para que se evite a perda de frio desnecessária;

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Na escolha de equipamentos eléctricos (máquinas de lavar roupa, louça, frigoríficos, etc) ter em conta a eficiência energética dos aparelhos (preferir o que gastar menos). f

Isolar melhor a habitação para que não se perca muito calor, economizando assim a energia gasta em aquecimento;

milhões. O transporte de passageiros aumentou 55% nos últimos 20 anos. 24% das emissões de CO2 vêm dos transportes. 41 mil pessoas morrem nas estradas todos os anos;

f

Evitar o consumo de combustíveis fósseis em demasia – carvão, petróleo, gasolina – e madeira, pois produzem grandes quantidades de CO2 Exemplos práticos: f Sempre que possível utilizar os transportes públicos, andar a pé, de bicicleta, pedir boleia (caso as pessoas morem e trabalhem em locais próximos). Além do mais, os critérios de compra de um carro deverão ter em conta a quantidade de combustível que consome, em vez da sua cilindrada. Alguns números: Segundo um relatório divulgado pela Agência Europeia do Ambiente, a quantidade de dióxido de carbono lançado pelos escapes aumentou 15% entre 1990 e 1998. A frota automóvel cresceu 64% desde 1980. 11,3 milhões de carros iam para a sucata em 1995; em 2015 serão 17

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30% dos europeus estão expostos a níveis elevados de ruído devido ao tráfego;

Procurar alternativas energéticas que não causem a emissão de gases de efeito de estufa, como a instalação de painéis solares para geração de energia; f

Buraco na camada de ozono

O ozono que se encontra entre 20 e 50 Km de altitude constitui uma camada protectora em volta da Terra, indispensável para a vida no planeta, protegendo-nos dos raios ultravioletas (UV). Se uma quantidade excessiva dos UV passar a camada do ozono ficamos sujeitos a vários problemas – doenças de olhos e pele, danos nas colheitas e no plâncton de que os peixes se alimentam. Ao utilizarmos um grupo de químicos chamados clorofluorcarbonetos (CFCs) estamos a danificar a camada de


ozono. Podemos combater isto se, por exemplo: f Optarmos pelos modelos de frigorífico que utilizem o mínimo de CFCs; f Evitarmos usar esferovite, feita com CFCs; f Abdicarmos comprar carro com ar condicionado; f Assegurar que as latas de desodorizantes, espumas de barbear, laca não contêm os CFCs.

Chuva ácida

A produção de fumos e gases provenientes da queima de combustíveis fósseis dá origem às chuvas ácidas. A combustão do carvão produz o dióxido de enxofre e a do petróleo e gás natural produz óxido de azoto. Estas duas substâncias misturadas com as gotas de água nas nuvens voltam à terra sob a forma de ácido sulfúrico e ácido nítrico na chuva. As consequências que daí advêm são a morte de plantas, peixes dos lagos e árvores. Para ajudar a solucionar este problema devemos diminuir os gastos de electricidade (através de várias acções já enumeradas anteriormente), de modo a reduzir a poluição proveniente das centrais eléctricas. Aconselhamos também a menor utilização do automóvel, de forma a que a poluição

provocada pelo óxido de azoto seja menor.

Destruição de florestas e alteração de habitats naturais, o que leva ao declínio de populações de fauna e flora e ao desequilíbrio de vários ecossistemas.

As principais actividades que causam a destruição dos habitats são a exploração da madeira (desbastes e incêndios), a exploração das minas, a agricultura, a alteração dos cursos hídricos e a expansão da malha urbana. A queima e derrube de árvores aumenta o efeito de estufa, de duas formas: são emitidas quantidades muito elevadas de CO2 pelos incêndios. Por outro lado, o desaparecimento de árvores também significa a destruição de uma das nossas defesas contra o efeito de estufa, já que as árvores absorvem grandes quantidades de CO2. São vários os problemas ambientais ligados à utilização de químicos na actividade agrícola. Para que os agricultores consigam mais quantidade e variedade de produtos utilizam fertilizantes que nutrem o solo. Outros químicos, como os herbicidas e pesticidas, são utilizados para

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proteger as colheitas de pragas e fungos. Se é verdade que os fertilizantes artificiais originam, a curto prazo mais colheitas, por outro lado isto significa que os componentes naturais do solo são rapidamente consumidos sem serem repostos, o que leva a uma utilização ainda maior de fertilizantes. A sua absorção pelo solo ou reencaminhamento para os rios, através das chuvas, pode causar problemas às plantas e animais, através dos nitratos e fosfatos. Mesmo a água que bebemos pode ser afectada. A expansão dos terrenos e das explorações agrícolas originam igualmente problemas de transformação e destruição de habitats. Para combater este problema podemos apoiar a agricultura biológica que já se pratica em Portugal, comprando produtos biológicos, que não utilizam agro-químicos sintéticos – fertilizantes e pesticidas - para serem produzidos. É natural que este tipo de produtos apresente preços mais caros, já que a sua produção implica mais trabalho manual e maiores despesas com salários. Além disto, há várias outras razões que fazem inflacionar os preços: durante um ano, numa quinta biológica, o número de culturas desenvolvidas é menor do que aquelas desenvolvidas numa exploração agro-pecuária com as mesmas dimensões e na qual se utilizem químicos. Dado a produção ser mais reduzida em quantidade e variedade, os agricultores muitas vezes não podem garantir f

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fornecimentos regulares às lojas, levando a que os lucros dos agricultores sejam menores e as despesas com os transportes maiores. Poderemos beneficiar o ambiente se comprarmos algumas vezes (se não for possível sempre, devido a causas económicas) produtos biológicos.

Poluição da água.

Além dos agricultores, são vários os agentes poluidores da água – a indústria, o comércio e os consumidores finais também contribuem para este problema. As leis ambientais de controlo de poluição das águas têm evoluído ao longo dos tempos, mas isso não impediu o lançamento constante de grandes volumes de detritos industriais, agrícolas e domésticos nos cursos de água, que viram a sua qualidade de água comprometida e utilização limitada. Além da poluição também nos encaramos com o problema da escassez e desigual distribuição dos recursos hídricos utilizáveis. Alguns números: f O Instituto da Água (INAG) prevê que os portugueses, a médio prazo, irão gastar mais 35% de água, dos quais 14% no sector doméstico;


f A média portuguesa de consumo de água por dia é de 100 litros por habitante, embora haja grandes diferenças regionais; Os consumos são especialmente elevados nas áreas metropolitanas, onde se consome 50% do total de água do país ;

o carro, etc); f Evitar lavar o carro com mangueira e optar por um balde e esponja;

f O maior consumo de água a nível doméstico é proveniente, segundo dados da revista Proteste, da utilização do autoclismo e dos banhos, que somam dois terços das águas residuais domésticas.

Regar o jardim preferencialmente de manhã (hora menos quente do dia) para evitar uma evaporação mais rápida. À noite não é aconselhável já que pode originar a criação de fungos.

Cada um de nós pode dar a sua contribuição para a resolução ou abrandamento deste problema. Em casa podemos poupar água de diversas formas: f Tomar duche em vez de banho de imersão, fechando a torneira sempre que se ensaboar. Desta forma pode poupar até 30 litros de água por duche.

Não deixar a torneira a correr enquanto se lava as mãos ou os dentes. f

f Utilizar as máquinas de lavar roupa ou louça só quando estiverem completamente carregadas (assim poupa-se água e energia). Utilizar o botão “meia carga”, quando possível.

f Sempre que tiver de esperar pela água quente (por exemplo no duche) pôr um balde debaixo da torneira para apanhar a água até esta atingir a temperatura desejada. Esta água poderá ser útil para outros fins (exemplo: regar plantas, lavar

f

A tendência de aumento de consumo das sociedades ocidentais é, inevitavelmente, acompanhada pelo aumento de lixo. Se bem que uma maior quantidade de bens é (erradamente) associada a um maior bem estar e conforto das populações, devemos pensar no destino dos resíduos dos bens que consumimos e nos impactes ambientais que poderão provocar. De outro modo, a produção de resíduos sólidos urbanos (RSU) poderá comprometer fortemente a qualidade de vida das populações. O tratamento inadequado do lixo origina a poluição da água, do ar e dos alimentos que consumimos. O problema dos resíduos terá que ser tratado obviamente a um nível superior pelas autoridades e governo. No entanto, o consumidor individual pode, deve e tem de contribuir para inverter a tendência do aumento dos RSU. Reduzir, Reciclar e Reutilizar terão que ser as palavras de ordem, se não queremos vir a viver atulhados de lixo. 17

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e, quando vamos às compras optar por produtos que não estejam embalados (exemplo: preferir fruta não embalada; comprar embalagens recarregáveis para os detergentes). Os produtos com mais de uma embalagem (alumínio, plástico, cartão) além de serem mais caros tornam mais difícil a reciclagem.

Alguns números: A produção de RSU em Portugal tem vindo a aumentar significativamente nos últimos anos. Segundo dados da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, em 1980, a produção diária por habitante era de 570 g.. Em 1993, esse valor era já de 925 g. e, em 1999 rondou as 1200 g..

Reduzir: em primeiro lugar, devemos gerar menos lixo, consumindo menos produtos (principalmente aqueles que contêm componentes tóxicos). f

f

Reutilizar: dar uma segunda vida aos bens já usados

f Reciclar: quando não se reduz ou reutiliza podemos fazer com que um material seja reprocessado num novo produto.

Exemplos de como Reduzir: Muito do correio que recebemos vai directamente para o lixo, sem sequer ser lido. Podemos reduzir este tipo de correio aplicando o autocolante disponibilizado pelos correios que informa que a publicidade não endereçada não deve ser depositada na respectiva caixa de correio. f

f Reduzir a quantidade de produtos de limpeza e escolher os mais simples. Recuperar velhas receitas - o vinagre, sumo de limão e bicarbonato de sódio são boas alternativas para a limpeza de vidros.

f Evitar a louça e os guardanapos descartáveis. Mesmo em situações em que se torna necessária a utilização do plástico (piqueniques, festas de crianças) pode-se sempre utilizar louça de plástico inquebrável e reutilizável.

f

f Substituir os rolos de papel de cozinha por panos reutilizáveis;

Substituir as folhas de alumínio e rolos de película aderente por caixas plásticas; f

As embalagens de produtos podem ser essenciais para fins de higiene e protecção, mas por vezes, podemos dispensá-las f

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Substituir os lenços de papel pelos de pano;


Preferir os produtos recarregáveis aos descartáveis (no caso das pilhas, isqueiros, canetas).

f

Preferir as lâmpadas que gastam menos energia – são menos poluentes e diminuem a conta de electricidade. f

Preferir os coadores às saquetas para fazer chá. Estas últimas só podem ser utilizadas uma vez, representando um desperdício de papel, enquanto que o coador pode servir para muitos chás. f

Também podemos reduzir o volume de lixo doméstico, encontrando novos usos para esses produtos, ou seja, podemos reutilizar. f Reutilizar sacos de plástico, garrafas, frascos, embalagens recarregáveis. Preferir os sacos de pano ou rede quando for às compras;

f Em vez de deitar papel fora, podemos reutilizar como papel rascunho aquele que só foi escrito em um lado. Poderá também ser usado para listas de compras, notas, etc.. Podemos reutilizar envelopes antigos utilizando etiquetas.

Há roupa velha que em vez de ser deitada fora poderá ser utilizada como panos de pó (lençóis ou outros têxteis de algodão). f

Reciclar O nosso lixo doméstico é composto por diversos materiais: papel e cartão, matéria orgânica, vidro, metais, plásticos, alumínio, têxteis, entre outros resíduos, todos eles recicláveis de várias formas desde que sejam recolhidos selectivamente. Se, pelo contrário forem misturados, representam um custo de tratamento e deposição, perdendo o valor como matéria prima. No nosso país têm-se aplicado várias estratégias para que se implemente a recolha selectiva – localização de contentores apropriados em lugares específicos, separação dos diversos tipos de material no início do sistema de tratamento de RSU, recolha de determinados materiais nas escolas, recolha de materiais específicos junto de contentores ou lojas, ou ainda, a recolha porta a porta. O que pode ser reciclado: f Papel e cartão Porem, não se pode depositar nos papelões embalagens e papeis de produtos orgâni-

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cos ou gorduras: guardanapos, lenços, toalhetes, fraldas, pacotes de batatas fritas e aperitivos. Papeis metalizados ou plastificados, embalagens de produtos tóxicos e perigosos. Vidro Garrafas, frascos de vidro (não é necessário tirar os rótulos). Não colocar no vidrão vidros de janela, cristais, lâmpadas, espelhos, copos, loiça, porcelanas, pirex, embalagens de cosméticos e perfumes, vidro farmacêutico e hospitalar e tampas de frascos. f

Latas deverão ser colocadas no contentor das embalagens quer as latas ferrosas (em folha de flandres, constituída por aço estanhado) quer as de alumínio. Não depositar talheres, panelas, ferramentas, electrodomésticos.

f

f Plástico nos nossos resíduos domésticos, o plástico aparece principalmente sob a forma de embalagens. A separação dos vários tipos de plástico existente é feita na estação de triagem. A reciclagem do plástico significa

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poupar combustíveis fósseis não renováveis – petróleo e gás natural. Deve ter-se o cuidado de, antes de colocar as embalagens no contentor adequado, despejar todo o seu conteúdo de modo a não contaminar o restante material reciclável. Podem depositar-se garrafas, frascos, caixas de plásticos, sacos e esferovite limpo. As embalagens de plástico que tenham contido gorduras ou produtos tóxicos perigos não devem ser depositadas. f Matéria fermentável pode ser utilizada para produzir composto, sendo necessário separar as cascas de frutas, restos de legumes, aparas de jardim e juntá-los num monte no quintal.

A compostagem é, segundo o Cento de Demonstração de Compostagem da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, “o processo de reciclagem da fracção fermentável (matéria orgânica) dos resíduos sólidos urbanos”. Pode atenuar o problema dos RSU, dando um destino útil aos resíduos orgânicos e evitando a sua acumulação em aterro. Ao mesmo tempo melhora a estrutura do solo, devolvendo à terra os nutrientes de que necessita, aumentando a sua capacidade de retenção de água, permitindo o controlo da erosão e evitando o uso de fertilizantes sintéticos. Em Portugal existem poucas estações de compostagem, sendo apenas compostados cerca de 9%


dos RSU produzidos. Há várias maneiras de desenvolver a compostagem: em grandes estações centralizadas, em explorações agrícolas ou agro-pecuárias e em pequenas unidades de carácter familiar - a chamada compostagem doméstica – que é aquela que individualmente podemos praticar, caso haja condições para tal (ter um jardim ou quintal).

directamente a partir de recursos naturais. Contribuímos também para que o mercado dos produtos reciclados tenha continuidade.

Alguns números Por cada tonelada de vidro produzido utilizam-se cerca de 1,240 toneladas de matéria prima. Ao reciclar vidro, economiza-se energia e reduz-se a poluição atmosférica Para produzir uma tonelada de papel são precisas cerca de 15 árvores adultas; A reciclagem do alumínio permite reduzir em 95% o consumo de água, energia e a emissão de poluentes atmosféricos. São necessárias quatro toneladas de bauxite (mineral a partir do qual é feito o alumínio) para produzir uma tonelada de alumínio. A reciclagem do aço permite reduzir o consumo de energia em 75%, a poluição do ar em 85%, o consumo da água em 75% e os resíduos da actividade mineira em 97%.

f Outra forma de agirmos ecologicamente, ainda no contexto da reciclagem, é comprarmos produtos reciclados. Assim consumiremos produtos que, à partida, tiveram menos impacto no ambiente do que aqueles que foram feitos

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Propomos que as actividades e exercícios que de seguida apresentamos, sejam aplicadas em espaços de formação. Implicam, por isso a presença de um formador, que oriente os exercícios com o objectivo de : f Suscitar a curiosidade e interesse pelas questões e problemáticas que afectam o ambiente.

Consciencializar os jovens do protagonismo que têm e terão, como adultos do futuro, na preservação ou degradação do ambiente.

Actividade 1 Depois de assinalar como verdadeiro ou falso, comenta, em grupo, cada uma das frases que se seguem. As dúvidas que surjam poderão ser motivo para desenvolver investigações sobre os temas através da leitura do guia e recorrendo à bibliografia indicada.

f

Alertar para a importância da colaboração de todos na solução dos problemas ambientais.

1. Poluição, desperdício de energia e água, reciclagem – são problemas dos outros!

f

f Promover atitudes críticas e participativas face aos problemas ambientais que existem na localidade ou no município.

f Reflectir sobre a capacidade de intervenção e pressão que temos como consumidores.

Desenvolver uma educação crítica em relação ao consumismo. f

2. Tenho uma vida muito agitada – opto pelo que é mais conveniente. Contribuir para a preservação do ambiente não está dentro do meu orçamento!

3. O sucesso das políticas de protecção do ambiente depende dos esforços e acções de cada um de nós.

4. As escolhas e estilos de vida de cada cidadão têm um impacto significativo no ambiente.

5. A actividade das fábricas é a causa do aquecimento global do planeta. Ideias para um consumo jovem

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6. A camada de ozono protege-nos dos raios utravioletas (UV). Contudo, podemos passar sem ela porque há outras formas de nos protegermos.

7. Os Clorofluorcarbonetos contribuem para a chuva ácida.

8. Os Clorofluorcarbonetos danificam a camada de ozono. São utilizados em algumas embalagens de hamburgers, congelados ou sistemas de refrigeração do ar condicionado.

13. A agricultura biológica faz com que as culturas fiquem desprotegidas das pragas e fungos.

14. Se os agricultores utilizarem fertilizantes artificiais têm melhores resultados em termos quantitativos e qualitativos.

15. A acção do Homem não tem consequências no declínio de populações de fauna e flora.

9. A chuva ácida causa a morte de plantas e peixes.

10. A poluição proveniente das centrais eléctricas contribui para a formação da chuva ácida.

16. As madeiras tropicais (ex.: mogno, teca) provenientes das floresta húmidas são as mais adequadas para as mobílias das nossas casas.

11. As árvores constituem uma das nossas defesas contra o efeito de estufa.

17. A pressão que os seres humanos exercem sobre a natureza, explorando os bens ambientais, para a produção dos seus bens de consumo origina a alteração dos habitats naturais.

12. Os incêndios nas florestas enviam grandes quantidades de dióxido de carbono para a atmosfera.

18. Os recursos hídricos estão distribuídos uniformemente pelo planeta.

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19. A indústria é o único agente poluidor das águas.

20. Os produtos da agricultura biológica são mais caros.

21. A nossa qualidade de vida depende directamente da quantidade de produtos consumidos.

22. “Não nos precisamos de preocupar com o que acontece depois do consumo: à noite magicamente, alguém resolverá o assunto” (Cabral, Ana, “Consumo - Às voltas com as definições”, in Juvenilia , Agosto, nº 21, 2001)

Actividade 2 Testa alguns dos teus conhecimentos ambientais ou aplica este questionário a alguém. Poderás verificar como está o teu consumo em termos ambientais e em que é que podes mudar. Responde honestamente e escolhe a hipótese que mais se aproxima daquilo que fazes no teu dia-a-dia. 1. Quando vais comprar fruta ou legumes, A. Compras aquela que estiver mais embalada. B. Compras fruta/legumes não embalados. C. Não pensas nisso e compras a que te apetece. 2. Quando compras detergente A. Compras uma recarga para a embalagem que tens em casa. B. Compras sempre uma embalagem nova. C. Compras aquele que te oferecer a embalagem mais atractiva. 3. Quando chega a altura de saíres do supermercado com as compras A. Pões os produtos em novos sacos de plástico. B. Pões os produtos em sacos de plástico antigos que guardaste ou utilizas o teu saco próprio de pano/rede .

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4. Quando chegas a casa com as compras A. Deitas fora os sacos de plástico que carregaram as compras. B. Guardas os sacos de plástico para tornares a usar. C. Não utilizas sacos de plástico, tens um saco de compras próprio. 5. Quando descascas batatas A. Deitas as cascas no caixote de lixo B. Pões as cascas no monte da compostagem. C. Levas as cascas para o vidrão

8. Quando compras papel para escrever A. Certificas-te que foi feito de madeira virgem. B. Certificas-te de que contem um alto teor de papel reciclado. C. Certificas-te que a madeira vem das florestas tropicais. 9. Quando uma lata de biscoitos chega ao fim A. Enterras a lata no jardim ou mandas para o lixo. B. Utilizas a lata para guardar “bugigangas”. C. Levas a lata para um posto de reciclagem.

6. Quando acabas de beber uma lata de refrigerante A. Pões a lata de parte, à espera da próxima ida ao contentor que recolhe selectivamente as latas. B. Deitas a lata no lixo. C. Pões a lata no chão porque não vês caixote de lixo.

10. Quando levas o lixo para os receptores de recolha selectiva A. Deslocas-te aí, de carro, especificamente para esse fim. B. Tens que passar por lá por outra razão, mas aproveitas e levas o lixo reciclável para deixá-lo no sítio certo. C. Vais a pé ou de bicicleta.

7. Quando fazes uma limpeza ao teu armário A. Deitas fora as roupas velhas ou que já não usas. B. Queimas as roupas antigas. C. Levas as roupas antigas para um centro de caridade, ou tentas dar-lhes uma nova utilização.

11. Quando algum aparelho necessita de pilhas para funcionar A. Compras pilhas novas. B. Deitas o aparelho fora de vez. C. Usas as pilhas recarregáveis que tens em casa.

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Actividade 3

Resultados:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

A 0 2 0 0 1 2 1 1 0 0 1

B 2 1 2 1 2 1 0 2 2 2 0

C 1 0 2 0 0 2 0 1 1 2

Pontuação: f De 0 a 11 pontos: informa-te de como podes consumir de forma mais responsável com o ambiente.

f

De 11 a 20 pontos: Poderás fazer melhor.....

f Acima de 20: parabéns! Consomes de uma forma responsável. Mantém-te informado e informa os teus amigos.

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Propomos que façam um levantamento ambiental da escola ou associação a que pertencem com o objectivo de realizar um relatório da actual situação em termos ambientais. Deverão tentar envolver e sensibilizar todas as pessoas da escola/associação para os problemas ambientais que o consumo pode provocar. Quais os passos a tomar: Investigar se na escola os padrões de consumo respeitam o ambiente. Esta investigação deve ser dividida nos vários compartimentos e secções existentes na escola: sala de aula, cozinha da escola, cantina, quartos de banho, sala de professores. Interrogar também as pessoas que fazem a limpeza. Deverão ser formados vários grupos de trabalho para que se proceda a um levantamento o mais completo possível. Este levantamento poderá ser feito através de questionários a serem distribuídos, preenchidos e posteriormente analisados ou então, através da observação das práticas correntes levadas a cabo na escola. Por exemplo, na sala de aula, deverão ter em conta: f O tipo de canetas utilizadas: descartáveis, recarregáveis; f O tipo de papel; f Máquina de calcular a pilhas, a energia solar? Em caso de ser de pilhas, qual o destino das pilhas depois de usadas?


Na cozinha e cantina deverão analisar: f Como é que as refeições são preparadas, os electrodomésticos são eficientes a nível energético? f Há empacotamento exagerado nos alimentos que são servidos? E no resto da escola: f Quais as contas de electricidade da escola? f Qual o destino do lixo – é separado para ser recolhido selectivamente? f Quais os produtos de limpeza utilizados e em que quantidade são utilizados? f De que madeira é a mobília da escola (carteiras, portas, secretárias dos professores)? f Nos quartos de banho as toalhas são descartáveis ou são de pano (lavadas e usadas de novo)? f Há suficientes cestos de lixo distribuídos na escola

Deverão estipular a duração da investigação (um período lectivo, um mês, duas semanas, etc) e planear todos os passos a dar, calendarizando-os. Depois de recolhidos os dados, deverão analisá-los e pensar no que actualmente está a prejudicar o ambiente e poderia ser mudado. Propomos um relatório final a ser apresentado a toda escola – alunos, professores, pessoal auxiliar, Conselho Executivo – em que se apresente o que é feito na escola que prejudica o ambiente, aquilo que não prejudica e o que se pode mudar. Esta actividade pode ser desenvolvida em qualquer outra instituição ou mesmo na própria casa dos alunos/formandos. O importante é saber o que se passa dentro de cada escola/associação/casa e perceber o que se pode mudar na actividade diária.

f Utilizando umas luvas de borracha também poderão investigar os sacos de lixo para saber o tipo de lixo que lá se encontra: papel, vidro, etc f Também poderão perguntar de que maneira os alunos, professores e outros funcionários vão para a escola – transportes públicos, carro próprio, a pé, de bicicleta, de boleia, etc. f A escola está bem servida de transportes públicos? Os peões e ciclistas podem andar em segurança?

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Actividade 4

Empresa que patrocina; Público a que é dirigido; f Elementos do anúncio: elementos naturais (vegetação, rio, mar, bosque, montanhas, etc), personagens, cores, relevos; contextos; f Valores ou sensações aludidas e transmitidas: liberdade, pureza, serenidade, juventude, elegância, poder, frescura, beleza. f f

Propomos a promoção de um debate que aborde as várias formas de promover um produto e análise se o conceito “ecológico” é utilizado como instrumento publicitário. Esta actividade tem como objectivos: f Incitar a reflexão sobre a influência da publicidade nas nossas vidas; f Desenvolver a criatividade; f Fazer crítica activa à publicidade enganosa, mostrando a diferença entre o que mostra a publicidade e a realidade; f Comprovar como o ecológico pode ser utilizado como uma vantagem com o intuito de vender mais. Preparação da actividade Deverão reunir-se previamente vários materiais tais como anúncios de imprensa, gravações de anúncios de rádio ou televisão que utilizem elementos naturais (vegetação, rios, mar) ou que apelem a valores “verdes”. O grupo deverá ser dividido em equipas de trabalho. Cada equipa deverá escolher um dos anúncios à disposição para realizar uma análise da publicidade. Deverão ter em conta: f Nome do meio de comunicação social em que aparece; f Slogan utilizado; f Tipo de produto ou serviço anunciado; f Marca do produto ou serviço;

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Depois de realizada a análise, cada grupo fará um documento que deverá reflectir os seguintes pontos: f O que motiva a compra dos produtos anunciados; f Quantos produtos de entre os que foram analisados são consumidos pelos participantes; f Porque é que compram esses produtos e não outros; f Que factores têm em conta quando compram o produto: anúncio, uso dos produtos por conhecidos ou amigos, a estética do produto, a comodidade, o material, a marca. f Analisar se a publicidade influencia os hábitos de consumo do grupo e de que forma. f Como é utilizada a característica “verde” na apresentação e venda de produtos. f Causas que levaram à introdução do marketing ecológico como estratégia comercial. Cada equipa de trabalho deverá apresentar as suas conclusões ao restante grupo e deverão tentar encontrar pontos comuns nas análises que fizeram dos diferentes anúncios.




Posfácio O Conselho Nacional de Juventude, enquanto plataforma plural de organizações juvenis, tem como objectivos promover a participação activa dos jovens na sociedade e intervir politicamente nas várias matérias relacionadas com a Juventude. As sua áreas de actuação encontram-se revestidas de várias vertentes, que vão desde o papel de representatividade das suas organizações membro e associadas junto dos decisores políticos, à sua dimensão informativa e educativa que privilegia sempre o papel da educação não formal. O trabalho desenvolvido (e a desenvolver), na área de Ambiente e Qualidade de Vida, do Conselho Nacional de Juventude pretende criar consciência entre a juventude no que se refere aos problemas ambientais, conseguir com que o movimento associativo juvenil tenha impacto nas decisões, acções e atitudes das diferentes instituições e administrações, contribuir para a garantia da preservação do ambiente perante as agressões ilegais a que é submetido e fomentar a educação para o consumo entre a população juvenil.

da realização de um Seminário intitulado Novos Modelos de Consumo. Salientou-se a relação existente entre o ambiente, os jovens e o consumo e assumiu-se que aquela actividade poderia ser o ponto de partida para acções de carácter educativo e informativo, no futuro. Dando prosseguimento a este objectivo e através de apoios angariados, este Guia é o resultado do trabalho desenvolvido, desde 2001, onde apresentamos de uma forma sistemática e resumida, algumas formas de consumo responsáveis para com o ambiente. Acima de tudo, é também um alerta e um convite aos jovens para que estes se consciencializem da importância que podem ter na preservação do Ambiente, enquanto jovens consumidores informados.

Saudações Ecologistas

Carla da Cruz Mouro Presidente da Direcção do CNJ

Lisboa, Novembro de 2002 No ano de 2001, o CNJ, dedicou parte da sua atenção e energias, à reflexão daquele último objectivo referido, através

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Contactos úteis: CNJ - Conselho Nacional de Juventude R. Forno do Tijolo, 73, 2º Dt. 1170 – Lisboa Tel.: 21 8160130 Email: geral@cnj.pt FNAJ – Federação Nacional de Associações Juvenis Locais R. do Almada, 679, 1º andar, sala 101 4050 Porto Tel.: 22 2007767 Email: fnaj@mail.telepac.pt IPJ - Instituto Português da Juventude Av. da Liberdade, 194 1269-051 Lisboa Tel.: 21 3179200 Email: ipj@ipj.pt

DECO R. Artilharia, 79, 4ºandar 1269-160 Lisboa Tel.: 213710211 Email: deco.deac@ip.pt IA – Instituto do Ambiente R. da Murgueira - Zambujal, Apartado 7585 Alfragide 2721-865 Amadora Tel.: 21 472 82 Email: geral@ambiente.pt Instituto do Consumidor Pr. Duque de Saldanha, 31, 2º 1069-013 Lisboa Tel.: 21 3164600 Email: ic@ic.pt Observatório do Comércio R. José Estevão, 83 E, 3º Esq. 1150-200 Lisboa Tel: 21 3110750 Email: obscom@mail.telepac.pt Agrobio - Associação Portuguesa de Agricultura Biológica Calçada da Tapada, 39, R/c D 1300-545 Lisboa Tel.: 21 3641354 Email: abrobio@agrobio.pt Amigos do Mar - Associação Cívica para a Defesa do Mar Apartado 533 4901 Viana do Castelo

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Tel.: 258 827 427 Email: amigos.mar@mail.telepac.pt ARP - Aliança para a Defesa do Mundo Rural Português R. do Brasil, 180, 1 3030-775 Coimbra CPADA - Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente R. Ferreira Lapa, 25, R/c 1150-155 Lisboa Tel.: 21 3542819 Email: cpada@mail.telepac.pt FPCUB - Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta Apartado 4031 1501-001 Lisboa Tel.: 21 3159648 Email: fpcubicicleta@clix.pt GEOTA – Grupo de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente Travessa do Moinho de Vento – Lapa, 17 Cv Dta. 1200-727 Lisboa Tel.: 21 3956120 Email: geota@mail.telepac.pt Grupo Lobo - Assoc. para a Conservação de Lobo e do seu Ecossistema

Departamento de Zoologia Antropologia - Fac. de Ciências, Un. de Lisboa Edifício C2, 3º piso Campo Grande 1700 Lisboa LAC – Liga de Amigos de Conímbriga Museu Monográfico de Conímbriga 3150 Condeixa Tel.: 239 941474 Email: lac.cefop.conimbriga@mail.telepac.pt

LPDA - Liga Portuguesa dos Direitos do Animal R. José Costa Mamede, 9 2775-591 Carcavelos Tel.: 21 4581818 Email: lpda@lpda.pt Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza Centro de Informação de Resíduos Apartado 4333 1503-003 – Lisboa Tel.: 21 7788473 Email: quercus@mail.telepac.pt Galp Energia R. Tomás da Fonseca 1600-209 – Lisboa Tel.:21 7242500 Email: dci@galpenergia.com


Bibliografia

Sites consultados:

Elkington, John e Hailes, Julia; Guia do Jovem Consumidor Ecológico; Lisboa, Gradiva Júnior; 1991

http://bill.publico.pt/ecosfera/salvar-planeta.html

González, Ángela; Aurensanz, Ignacio; Alcaine, Pilar; Consume Concencia, Campaña de Consumo Responsable – Guia para Educadores; Federación de Asociaciones de Scouts de España, Servicio Federal de Programas Educativos, Red de Trabajo de Educación Ambiental Y para el Consumo Responsable; Departamento Técnico de Programas, Proyecto 2000.

www.defra.gov.uk/environment/consuit/waste/chapter4.htm

QUERCUS - Associação Nacional de Conservação da Natureza, Curso de Formação de Professores na Área dos Resíduos Sólidos Urbanos, Lisboa, 2000 QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza, Vamos Aprender com os Resíduos!!, Lisboa, 2000. Santos, Fernanda; Guia dos Jovens Consumidores; Lisboa, DECO, 1999

www.consumersinternational.org/

www.doingyourbit.org.uk www.ecoambiental.com.br www.esb.ucp.pt/compostagem www.europa.eu.int/comm/environment/ecolabel www.galpenergia.com www.ic.pt/Educação_Consumidor/Mat_Pedagogicos/ consumo_meio_amb.htm www.infocid.pt/infocid www.mma.gov.br/port/sds/guia www.meioambiente.org.br www.oecd.org/env/consumption www.terravista.pt/ancora/3750/ www.unep.org/children www.useitagain.org.uk

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Edição

Coordenação: Conselho Nacional de Juventude Margarida Prata

Paginação e Ilustração: Pedro Gonçalves

Tiragem: 1000 exemplares | Novembro 2002

com o patrocinio



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