Colagens Boémias

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COLABORADORES DESTA EDIÇÃO David Penela, Diogo Faro, Margarida Lobo. STAFF

Ana Ennes - anaennes04@hotmail.com Eduarda Almeida - duda_almeida21@hotmail.com Falcão Filipe - falcaofmdm@gmail.com João Costa - joaofilipecosta91@gmail.com Karen Mia - karen.mia.design@gmail.com Ricardo Pereira - ricardopereira.mof@gmail.com Rita Caferra - ritacaferra@hotmail.com Tiago Carvalho - ti21tascar@gmail.com

COLAGENS BOÉMIAS

colagensboemias@gmail.com colagensboemias.tumblr.com www.facebook.com/colagens.boemias12 https://twitter.com/ColagensBoemias

PERIOCIDADE

Quando bem me apetecer! Fica atento.


Boas Festas!


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david penela

RABANADAS: sensivelmente idiota

bolo rei: usa invade a europa Dark and cosy.

Roteiro boémio: luzinhas de natal

só para os fortes: o verdadeiro jantar boémio.

conhaque: onde está o menino?

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Cola-te nisto! arroto mental: o cheiro da casa da minha avó.

feito à mão: o valor do simbólico.

chocolate quente:

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the giver.

receita da avó: bolachinhas natalícias.

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Nesta época do ano especialmente festiva, também temos uma palavra a dizer sobre o que é para nós o Natal. De forma muito introspetiva (que de certeza muitos de vocês se revêm em pelo menos um) passamos por três estados natalícios, todos marcantes e especiais. Enquanto tenras crianças vivemos o Natal de forma mágica, intuitiva e encantada. Durante um ano contamos todos os milésimos de segundo à espera daquele dia, em que o Pai Natal nos vem presentear pelo nosso bom comportamento. Vivíamos na “estranha”, mas divertida década de 90, vestíamos as típicas cabeleiras que preferimos esquecer. Na noite de Natal andávamos com camisolas grossas e lãzudas, o pinheirinho via os três reis magos guardarem os nossos presentes até às doze badaladas. Lutávamos como guerreiros para não adormecer. Finalmente o papel de embrulho rasgavase, com ele vinham Legos, Barbies, bonecos do Dragon Ball, cassetes da Disney… era uma fartura para os nossos olhos, mãos e coraçãozinhos. 10


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Vrumm, Vrumm… Os anos passaram e com ele chegou o segundo estado, o mais temido pelos pais… a adolescência. Nessa altura procuramos forçosamente romper com os laços da nossa infância, queremos crescer e “tentamos” não dar importância ao Natal… mas quem é que consegue resistir-lhe? Confrontados com as primeiras luzes, a máscara começa suavemente a cair. Depois somos “obrigados” a colocar a decoração de Natal (obrigados o tanas, nós adoramos) e, quando acordamos no dia 24 e a casa é invadida pelos primeiros cheiros a doces, a canela… pumba, já fomos… é Natal e voltamos num ápice à mesma excitação de crianças. Ao abrir as prendas apercebemo-nos que além de elas reduzirem drasticamente, os Legos e os outros brinquedos fixes foram substituídos por meias e chocolates… pelo menos são Ferrero Rocher, valha-nos ao menos isso.

sendo acompanhados do: “Oh muito obrigada”. E não venham com tretas… quem não chorou como se estivesse a ver pela primeira vez o Rei Leão, quando há 2 anos no dia de Natal deu na televisão? Pois bem, crescemos e já contabilizamos uns dias de Natal na nossa vidinha, mas há hábitos que não mudam e ainda bem. Podemos ser os “adultos” que dão prendas aos mais novos, que bebem copinhos de Vinho do Porto depois de se empanturrarem de doces, mas a verdade é que adoramos vestir as camisolas pirosas de Natal, passar o dia no sofá com a família a ver filmes da Disney e claro receber um ou outro presentinho, nem que seja um chocolate, que também somos filhos de Deus… ouviram, família?

Vrummmmm… crescemos e chegamos ao último estado. Já na casa dos 20 aprendemos a valorizar outras coisas, como os momentos quentinhos à volta da lareira com a família, o preparar, festejar e trocar prendas com os amigos. Crescemos porra... na realidade estamos a mentir, mas chiuuu que é segredo. Há um sentimento melancólico e saudoso que nos invade… queremos tanto voltar a viver e a sentir o Natal como em crianças. Quase que saímos à rua de prepósito, para ouvir as músicas de Natal, os olhos reluzem com o pinheiro gigante na cidade, qualquer presente recebido deixa-nos felizes, 11




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POR TIAGO CARVALHO

Na ausência de certezas pela escolha do espaço para a entrevista, juntamo-nos a David no jardim da Cordoaria, para saber um pouco mais sobre a sua vida e percurso artístico. Formado em Belas Artes, este ilustrador, começou a desenvolver o seu gosto por Arte desde muito novo. Desenhando compulsivamente e, bastante melhor que o esperado, nunca colocou qualquer tipo de pressão ou expectativa, apenas se limitava a desfrutar do seu reflexo criativo. Contudo, quando frequentava o 9º ano surgiu o primeiro momento decisivo na sua direção artística, quando lhe perguntaram de forma brutesca: “Vais para artes, não vais?”… Ao que David, de espírito aberto e relaxado sorriu e respondeu: “Ok… Parece-me bem”. Como um ser imaginativo e bem-disposto que é, confessa que “era

isto ou era tentar ser astronauta”. 18


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Durante o seu percurso universitário estudou várias áreas, o que lhe possibilitou experimentar e conhecer livremente diversos estilos e formas de expressão. Após concluir os estudos focou toda a sua atenção, naquilo que realmente lhe dá prazer e motivação: a ilustração. Um dos seus primeiros trabalhos, que considera fazer parte do seu percurso profissional é “Stanley”. Da tinta-da-china passando pela grafite, aprecia a dança natural entre ferramentas, pois complementam o trabalho com uma leveza, frescura e prazer. David não é adepto de dissecar os seus “processos” interiores, gosta de manter o caos imprevisível da mente assim mesmo, puro e natural.

“Estou a fazer uma coisa em primeiro plano e a pensar noutra em segundo, entretanto já chegou uma terceira que se põe no meio das duas primeiras. Há um seguimento óbvio, mas o imprevisível é capaz de provocar resultados que eu gosto imenso (…) Só algum tempo depois de acabar vejo o que o meu inconsciente quis dizer com aquilo.”

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Nos seus trabalhos opta por contar pequenas piadas pessoais, compostas de referências e vivências passadas. Depois destas primeiras ideias há um amadurecimento e uma espécie de filtragem, que se acaba por manifestar no seu trabalho. Como grandes influências conta com a ficção científica, especialmente da década de 80, Comics antigos (que ainda inspiram as suas escolhas cromáticas), Filmes como “2001 Odisseia no espaço” de Stanley Kubrick, Star Treck, o artista Charles Burns, Keith Haring, Picasso e muitos outros. Personalidades e trabalhos que o deixaram fascinado, com o nível de controlo necessário para produzir tais obras. Revê-se especialmente nos trabalhos presentes na exposição “Água pela barba” realizada na “Ò Galeria” no

Porto, que explora, entre outras coisas, as aflições que sente. Foi também recentemente convidado pela Society 6, para uma outra exposição de grupo, desta vez em Los Angeles cujo tema foi “Mugshots”.

“Com o boom da ilustração aumenta a competição, mas também as oportunidades.”

Sem saber lidar ainda muito bem com os comentários positivos sobre o seu trabalho, o ilustrador confessa que tenta ser para aqueles que o abordam, como gostaria que fossem para si. Dados os primeiros passos na ilustração, David Penela tem ainda à sua frente um mundo muito promissor, onde as suas vivências, humor e boa disposição trarão sorrisos e admiração a quem experienciar o seu trabalho. 21


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POR FALCテグ FILIPE

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Diogo Faro, um jovem lisboeta nascido a 27 de Agosto de 1986, estudou Comunicação Social e Marketing na ESCS em Benfica, tendo também frequentado a Masaryk University em Brno, República Checa. Trabalhava como criativo numa empresa de publicidade, quando a desafio de uma amiga decide iniciar o seu blog “Sensivelmente Idiota”. Em Outubro de 2011 funda a página do facebook, e em Junho de 2013 decide que quer viver dos risos, que provoca nos portugueses. A sua página conta já com mais de 50 000 “likes”. Diogo tem também um canal no Youtube, onde disponibiliza alguns dos seus vídeos de devaneios e ainda Vox pops (vídeos de rua de foro humorístico), em que entrevista o mais variado tipo de pessoas, para a partir daí editar e criar as peças hilárias que partilha habitualmente na rede.Quando questionado sobre o que o inspira nesses devaneios, Diogo revela que:

“Não é algo pensado. É sempre resultado de alguma coisa que vi na televisão e achei ridículo, uma notícia que veio no jornal que não fazia sentido… Sai-me do nada”.

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Dos seus Vox pops ressalta-se o “Vogue Fashion’s Night Out”, esse grande acontecimento de moda na capital, onde além das inaugurações e exposições há sempre festas associadas e, onde há festa, há gente. E onde há gente, há idiotice:

“Esse voxpop foi muito engraçado de fazer: levava já algumas perguntas pensadas, mas muitas surgiram-me no decorrer das entrevistas. Claro que depois edito de forma a conseguir fazer o espectador rir-se ao máximo, tornando a situação um pouco mais caricata aproveitando-me da estupidez de cada um”.

Aconselhamos vivamente a verem e a soltarem umas boas gargalhadas. Ao ser confrontado sobre algumas das polémicas criadas na sua página refere que:

“Isso já é o pão nosso de cada dia, claro que sempre que entro por temas mais polémicos vai haver confusão (…)”.

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Quisemos também saber um pouco mais em relação ao ódio mostrado por alguns “anti fãs”:

“Muitas vezes insultam-me do nada, além de que atrás de um computador toda a gente é muito valente, mas pronto. Faz parte.” Dada a originalidade das suas publicações e a peculiaridade que o seu humor acarreta, Diogo sofre algumas vezes de plágio, mas confessa que,

“Isto infelizmente é algo muito comum, mas pronto. Não me incomoda, não posso dar importância, se me estivessem a copiar uma tese de mestrado ou assim seria realmente grave, neste caso não me incomoda muito”.

O Sensivelmente Idiota apresentou a 30 de Julho no Villaret o “Sensivelmente Idiota Talkshow ao Vivo”, e entre os dias 25 a 27 de Setembro o “The Famous Humour Fest”, entre muitos mais.

Se gostam de um bom humor, criativo e a cima de tudo se são daqueles que adoram soltar um boa gargalhada, podem continuar a acompanhá-lo através da Radio Hotel, pelo seu facebook oficial e/ou pessoal, ou ainda a partir do seu blog spot.

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ARRÔTO MENTAL

Ao deambular pelas ruas de Guimarães, um cheiro familiar entrou pelas minhas narinas a dentro, o belo odor a eucalipto queimado. A minha memória começou então a borbulhar à procura de uma referência, para aquele cheiro que há muito não me invadia. Fez-me recuar aos meus quatro anos de idade, aos dias em que visitava a minha avó. Apesar da minha tenra idade lembro-me nitidamente dessa época, da rua com uma torneira de pressão de onde saía água potável, da casa de madeira já deteriorada pelo tempo, dos portões amarelos a descascar e da minha cancela, que me levava até ao topo do telhado. A minha avó, bem a minha avó vestiase sempre de preto, nunca a vi com nenhum apontamento de cor. Tinha o rosto marcado pelas expressões do tempo e pelos ensinamentos que a vida lhe impôs, não víamos o seu sorriso muitas vezes, mas posso dizer que os seus olhos se iluminavam sempre que via o nosso carro chegar. Sei também que gostava muito dela, lembro-me e sinto isso. Aquilo por que mais ansiava durante a viagem era poder brincar com a terra, andar no meio das ervas, sujar a cara, as roupas. Do interior da casa surgem-me apenas frames da comprida mesa de madeira, sempre rodeada por toda a família, com copos e pratos de cor verde garrafal. Por entre o tilintar dos talheres ouviam-se as sonantes gargalhadas e conversas ruidosas, uma característica da minha família. Ao subirmos umas escadinhas escondidas, estreitas, mas muito altas chegávamos por fim à cancela de madeira que dava para o telhado. Acho que ela tinha um valor tão especial para mim, por naquela altura ser proporcional à minha altura. Deixava-me confortável permitindo-me alcançar não só o telhado, como toda aquela paisagem montanhosa e abundante do Minho. Era a minha “pequena casa”.

Tenho saudades destes tempos, saudades desta paisagem “virgem”, saudades dos cheiros que consigo acarretar, saudades da casa de madeira, saudades da pequena a a e singela cancela, saudades do abraço da minha d r avó, e saudades da liberdade que aqueles ua ed momentos me davam. or

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Isto tudo e não falei do cheiro a eucalipto. Na realidade havia ali uma constante mistura de odores, odores estes que se encontravam peculiarmente apurados, puros e translúcidos, como deve ser no campo. E era aí que no meio da queima das ervas se libertavam as partículas intrínsecas da vegetação. Encaminhadas pela brisa dançavam à nossa volta, entrando pelos nossos septos nasais e penetrando as nossas linhas cerebrais, que me criaram estas doces, felizes e inocentes lembranças.

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FEITO À MÃO

POR ANA ENNES Se, por acaso já passaste pela Margarida Lobo nas ruas de Braga de certeza que ficaste com “a pulga atrás da orelha”. Os seus olhos não têm cor que os definam, os trajes escuros cobrem 1,60m de estatura pouco robusta, e a sua aura transmite algo de misterioso, que se reflete em tudo o que a rodeia. Margarida acredita que a vida se baseia “no simbólico por detrás das coisas” e, por isso vive fascinada pelo facto que “dos trapos pode sempre nascer uma bonequinha”. A sua veia artística desde há oito anos para cá, altura em deu à luz a sua filha, está intimamente ligada às crianças. Até hoje já teve a oprtunidade de criar e vender roupas, brinquedos, mobiles e bijuteria para os mais pequeninos. O feedback que foi recebendo era sempre bastante positivo, e isso teve uma grande influência no percurso que Margarida tomou... No entanto, a pessoa responsável pelo impulso da criação de bonecas de trapos foi sem dúvida a sua pequena. Aliás a primeira boneca de trapos feita pela artista foi uma bailarina, que ofereceu à sua filha e que esta, por sua vez a adotou com o nome de Trapos. 34


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Tal como a criadora também as suas bonequinhas têm características muito especiais e apenas delas. Têm as pernas muito longas, assim como as pestanas que rodeiam os seus olhos “como se o olhar delas fosse suposto trazer o sol” e não têm nariz, o que determinou o nome da marca “NoNose”. Enquanto pessoa observadora que é, Margarida recebe influências de toda a parte...dos livros que lê, das músicas que ouve, mas acima de tudo dela mesma! O amor com que dá os pontos que unem os trapos, é que define a singularidade das suas bonecas...

E só com amor podia ser feita a boneca, Mamidi, que Margarida criou para oferecer a uma grande amiga que reside em Londres. Mamidi mudou o rumo das bonequinhas “NoNose”! Foi depois de criar esta personagem, que Margarida teve a ideia de fazer com que cada boneca se acompanhasse de uma mala com roupas, para que esta se pudesse adaptar aos diferentes climas, e que tivesse um B.I., com fotografia, nome, data de nascimento - o dia em que Margarida deu o último ponto de costura - e filiação, isto é, o nome da pessoa que a vai “adotar”, para que pudessem viajar.

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Recentemente mais uma vez inspirada pelo valor do simbólico teve a ideia de criar o Papa-Medos. Não para as crianças, porque para essas já existe, mas, para os adultos. Sim, os adultos também têm medo só que não é do bicho-papão que está debaixo da cama! Assim, seguindo o mesmo conceito “NoNose”, estes são pequenos para caberem em qualquer lado, têm o fecho na boca para “comerem os medos” e são personalizados, melhor dizendo adotam as características da pessoa que o irá receber.

“Acho que todos os adultos deveriam ter um, eu tenho um, e de algum modo acalmame. A nossa mente é poderosa e quando acreditamos nas coisas, se acreditarmos mesmo, elas podem acontecer...” No futuro Margarida pretende que a sua marca seja comercializada. Mas com a alma preenchida de um grande sentido artístico, cresce nela hoje a ideia de partilhar com o mundo

“um livro sobre as entranhas do amor, um livro gráfico, com textos, poesias, desenhos, colagens e fotos”.

Se gostaste de conhecer esta artista a que a vida boémia sorriu em tempos e, que até hoje espreita pela costura, encomenda a tua Bonequinha de Trapos ou Papa-Medos, para ofereceres a alguém especial neste Natal!

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chocolate quente

POR Falcão Filipe

Esta história acontece num futuro não muito longínquo, numa sociedade utópica onde impera a ordem e a sustentabilidade quer social, quer ecológica. Cada indivíduo desempenha uma função específica durante toda a sua vida até que surge um rapaz que não se encaixa nas funções existentes. Este, é então convidado pelos velhos anciões a juntar-se ao “dador de memórias” onde iria receber conhecimento dos tempos passados e futuros que poderiam a algum ponto salvar o “coração” de cada um, mas este dador encerra um segredo profundo.

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Filme extraordinário quer a nível de narrativa, argumento e elenco: contamos com Meryl Streep e Jeff Bridges em mais uma prestação fabulosa; Brenton Thwaites no papel principal, o loiríssimo Alexander Skarsgård como seu pai e Katie Holmes no papel de sua mãe. Com música de Marco Beltrami e direção de Jeff Bridges conta como excertos do filme “Samsara” e “Baraka” além de um jogo de cenas descoloridas e fortemente saturadas para favorecer a narrativa de uma maneira imperdível. É um filme para te colares certamente!


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receita da avó

POR RITA CAFERRA

250g de Farinha; 140g de Manteiga; 100g de Açúcar; ½ dl de Leite; 1 Colher de chá de Aroma de Baunilha.

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1. Amolecer um pouco a manteiga (ou usar manteiga líquida) e juntar à farinha. Amassar com a ajuda de uma colher de pau até ficar uma mistura homogénea. 2. Juntar seguidamente o açúcar, o aroma de baunilha e o leite. Sugestão: Para tornar as nossas bolachas ainda mais apetitosas pode juntar amêndoa em pó ou chocolate em pó! 3. Numa superfície lisa espalhar um pouco de farinha e amassar bem a massa até ficar compacta. 4. Levar ao frigorífico durante 30 minutos. 5. Espalhar novamente farinha numa superfície, estender a massa com a ajuda de um rolo e usar os moldes para recortar a massa. 6. Levar ao forno a 200 graus (previamente aquecido) durante aproximadamente 15 minutos, num tabuleiro forrado com papel vegetal. Atenção aos tamanhos das bolachas pois as mais pequenas cozem mais depressa!

Bater uma clara em castelo e adicionar depois 200 gramas de açúcar em pó e umas gotas de limão. Continuar a bater até formar uma pasta, dividir por tacinhas e juntar corante alimentar até atingir a cor desejada. Depois de ter as cores feitas pode ainda usar açúcar peneirado, bolinhas e pepitas. Antes de decorar deixe as bolachas arrefecerem para que a cobertura não derreta. Sugestão: Deixa a imaginação fluir! 41


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bolo rei

POR Falcão Filipe As nossas propostas para esta edição foram selecionadas das marcas mais consumidas do grupo Inditex.

A tendência para esta estação fria reflete um pouco de toda a iconografia norte americana: os jeans rasgados, os ponchos dos apaches e os motivos étnicos desta tribo conjugados com sapatos e botas que inspiram o “charleston” ainda referenciado nos vestidos de lantejoulas dos loucos anos 20. Peças cheias de estilo que se complementam umas às outras em diversas situações do teu dia-a-dia. 1

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1.Vestido de lantejoulas, ZARA, 49.95€; 2.Casaco com padrão étnico, ZARA, 69.95€; 3.Óculos de sol em massa, PULL&BEAR, 9.99€; 4.Camisola de gola de cisne, PULL&BEAR, 12.99€; 5.Camisola estampada, PULL&BEAR 25.99€; 6.Camisa, PULL&BEAR, 15.99€; 7.Camisa de denim, PULL&BEAR, 19.95€; 8. Botins, Pull&BEAR, 49.99€; 9. Sapatos com plataforma, PULL&BEAR, 39.95€; 10.Mala Shopper midi, PULL&BEAR, 19.99€; 11.Poncho étnico em lã, ZARA, 49.95€; 12.Colete em pelo, PULL&BEAR, 29.99€; 13. Ténnis Slip-on, ZARA, 59.95€; 14. Poncho, ZARA, 49.95€ 15. Calças Estampadas, ZARA, 25.99€; 16. Jeans tipo boyfriend, PULL&BEAR, 25.99€; 17.Skinny jeans, PULL&BEAR, 25.99€; 18.Bota tipo tropa,ZARA, 39.99€; 49.99€;

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bolo rei

POR Falcão Filipe

Querias estar bonito este inverno? Podes estar. Querias estar quentinho e confortável? Podes estar. Os dois ao mesmo tempo é que fica complicado. Para esta estação as tendências masculinas dividem-se entre o extremamente confortável e nada “fashion”, e o não tão quente mas sofisticado “all-black-look”. Apresentamos a nossa selecção das lojas pronto-a-vestir mais vossas conhecidas onde poderão encontrar estes artigos.

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1. Casaco Sobretudo, ZARA, 75,99€; 2.Camisola de lã, Pull&Bear, 29.99€; 3.Trench-coat, ZARA, 129€; 4.Sweat T-shirt, Pull&Bear, 17,99€; 5.Camisola tricotada de lã, Pull&Bear, 19,99€; 6.Sweat T-shirt, Pull&Bear, 29,99€; 7.Sapatos tipo creeper, ZARA, 69.95€; 8.Botas em couro, ZARA, 79,95€; 9.Skinny Jeans, Pull&Bear, 22,99€; 10.Shinos estilo clássico, ZARA, 49,95€; 11.Capa masculina, ZARA, 49,95€; 12.Guarda-chuva com punho de caveira, ZARA, 25,95€;

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roteiro boémio

POR MOF MOF E ANA ENNES

A rubrica Roteiro Boémio apresenta as nossas sugestões de espaços de convívio alternativos. Nesta Colagens Boémias, decidimos procurar a luz artificial das ruas do Porto, uma homenagem merecida ao Natal e a todos os boémios! Nestes dias cristãos, os Aliados, no Porto, oferecem vestidos de luzes pisca-pisca às árvores. A textura e a alma das árvores são tapadas pelas lâmpadas, e a existência delas é evidenciada pelo brilho ofuscante do Natal. As cadeiras que lá ficam todo o ano, estão molhadas ora pela chuva, ora pelo orvalho e raramente alguém se senta nelas. O cadeado continua lá, a prendê-las ao chão, e as luzes da ribalta são, em seu redor, a alegria dos turistas e das famílias. Este ano, pudemos contar com algo novo, uns instrumentos com reverberações bem frias e natalícias. São xilofones gigantes, improvisados para a rua, para as gentes de todas as idades e que não sabem tocar, mas riem muito. Há também uma construção belíssima com fios de luzes pendurados, e nas extremidades dos mesmos, sinos pequeninos e dourados. Estão lá para serem tocados por qualquer um. Ninguém se sente incomodado. No pequeno lago, quase congelado, conseguem ver-se a custo algumas

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moedas. São raras. Será que mudámos a estratégia de os desejar, ou andamos com poucos sonhos?! Que trazemos sempre poucos trocos connosco é já um facto sabido. Multiplicam-se, a cada segundo da noite, as fotos a la fogo-de-artifício das famílias, dos casais apaixonados e dos amigos e compinchas com a árvore de Natal gigante, a imponente árvore de luzes frente à Câmara Municipal. A estátua da mulher nua, de 1929, está a abrir pelas costuras. Tem rachadelas e mantém-se firme, ali sentada, ali a sorrir, como todos os resilientes lusitanos, de resto. Ali a ouvir os sinos a tocar, ali a enregelar os dedos dos pés e das mãos. Consta-se que quando ninguém está a ver, a mulher nua vai dançar com os sinos. Os vizinhos relatam que eles se ouvem por volta das 5h da manhã em dias da semana de trabalho português, e ninguém lá está. Pois às quintas, sextas e sábados já se sabe que toda a noite é dia de Natal no Porto. Para além dos Aliados, aconselho os cantinhos das tapas e das flores na rua do Almada, que também está muito bem iluminada. Passa Radiohead e é Natal!


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só para os fortes

Esta história que aqui vos contamos não é igual às outras, mas nem por isso deixa de ser Só Para os Fortes, na realidade é só para aqueles que sobrevivem às batalhas e reencarnam no dia seguinte. Já que estamos numa onda de família e comunhão, vamos desvendar os nossos sacrifícios na partilha do nosso pão e vinho. Nos jantares lá em casa das Colagens Boémias, nem sempre há muita vontade ou força, para preparar tudo o que antecede a entrega da eucaristia. Às vezes de ressaca, outras em que a paz de espírito é tanta que só dá vontade de comtemplar o vazio, ou pura e simplesmente o nosso corpo não o deixa. Mas isso não pode ser, como bons boémios e anfitriões que somos levantamos o cú do sofá e começamos o ritual para o banquete. Pé ante pé, piada a piada e assim num instante lá nos pomos no armazém das especiarias. Com o papel empunhado na mão começamos a recolher os ingredientes do divino, que horas mais tarde nos levaram até ao paraíso celestial. Finalmente regressados a casa fumamos esse, para a inspiração culinária encontrarmos e, eis que se faz luz e para a cozinha rumamos. Corta aqui, mexe acolá, junta mais um bocado disto, abre o forno e espera só mais umas horinhas.

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só para os fortes

“Malta, malta é preciso ajuda para fazer a poção dos deuses”, e numa correria desenfreada ouve-se de repente “click, click”… ahhhh o doce som das garrafas a abrir. “Será que é preciso deitar mais disto?” pergunta um, “Deita tudo, vamos miná-los”, diz entusiasticamente outro. Trimm, trimmmm. Chegaram os restantes apóstolos, para connosco cearem e ao até céu treparem. No início, todos com muita calma e muita vergonha fazem a primeira reza a agradecer o pão e o vinho, que o Deus menino mandou para nós… depois… começam as ovações a todos os deuses, sendo que há um que é o mais adorado, o Deus Baco, pois está claro. Brinde a ti, brinde a mim, um brinde sem fim. E não é que foi mesmo. No dia seguinte ao acordar ouvem-se murmúrios… “mas ele apareceu? Alguém o viu?” “Ó pá, eu acho que em algum momento o vi a cirandar aí por casa”. O que é certo é que nunca ninguém o viu descer até nós, mas ele anda mesmo por aí. Agora de rastas e com barba até aos pés, o nosso Jesus reencarnou e tráz uma nova mensagem… “Atenção, atenção… As Colagens Boémias estão à espreita e tem um mega convite para ti… Junta-te à festa e vem ver como é comemorar o Natal, sempre à grande e à Portuguesa. Os outros já o sabem, queres ficar para trás ou juntas-te à festa?”

POR eduarda almeida 65




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