Revista Farroupilha - Edição de Outubro a Dezembro de 2017

Page 1

ANO XXIV | Nº 127 | OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2017

EMPREENDEDORISMO NA ESCOLA

Estudantes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais ganham aliado nas aulas de Língua Inglesa

Dia Mundial de Combate ao Bullying discute empatia e convivência escolar

Spinlet S.A/E recebe o prêmio de melhor miniempresa da Junior Achievement RS


EXPEDIENTE

2

EDITORIAL

Nº 127 – Edição de Outubro a Dezembro de 2017 da Revista Farroupilha Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858 – ABE 1858 Fernando Carlos Becker Diretora Pedagógica Marícia Ferri Diretor de Administração e Finanças Milton Fattore

EDUCAR PARA A AUTONOMIA E PARA A CRIATIVIDADE Em um mundo cada vez mais aberto a ideias inovadoras e criativas, é preciso que a escola esteja atenta a esta tendência e traga para dentro da sala de aula reflexões e discussões

Jornalista Responsável Manoela Andrade Scroferneker (MTB 13648)

sobre autonomia, criatividade, autoconhecimento, eficiência e

Textos Cristiane dos Santos Parnaíba Manoela Andrade Scroferneker

estimulamos que os nossos estudantes planejem, busquem

Assistentes de Criação e Design Caroline Soares Monica Figueiredo Dawud

O empreendedorismo deve começar ainda na escola e, para

Comunicação e Marketing comunicacao@colegiofarroupilha.com.br

situações. O Colégio Farroupilha já oferece diferentes oportu-

Diagramação e Projeto Gráfico Carolina Fillmann – Design de Maria www.designdemaria.com.br

vidade e a imaginação, buscando uma formação para a vida

Revisão Textual Laboratório de Português

Na edição de Outubro a Dezembro da Revista Farroupilha, a

Capa Catharina de Freitas Plá, Marcella Cesa Bertoluci e Lucas Paties Pipkin, estudantes da 3ª série do Ensino Médio. Ouvidoria Farroupilha ouvidoria@colegiofarroupilha.com.br (51) 3455-1889 Tiragem 1.000 exemplares Versão Online www.colegiofarroupilha.com.br COMO INSTALAR O LEITOR DE QR CODE NO SEU CELULAR Inventado no Japão em 1994, o QR Code foi criado para facilitar o acesso à informação por parte de usuários de celulares, podendo ler qualquer coisa de qualquer lugar. Para ler um QR Code ou Quick Response Code é preciso instalar um software em seu celular. Ele será responsável por decodificar a imagem capturada. Na internet, há muitos softwares gratuitos disponíveis. É preciso que se baixe um de acordo com o modelo do celular. Em português, o http://reader.kaywa.com é um dos melhores sites para baixar leitores de QR Code. Para aqueles que quiserem criar seus próprios QR Codes, em http://qrcoder.kaywa.com, é possível gerá-los facilmente.

empreendedorismo. Entendemos a importância de competências no desenvolvimento de ações que façam a diferença e recursos e coloquem em prática as suas ideias.

isso, é preciso preparar e dar ferramentas para que os nossos estudantes sejam capazes de propor soluções e resolver nidades para que crianças e adolescentes exercitem a criatiem sociedade.

última do ano de 2017, mostraremos o que a escola está fazendo em relação ao protagonismo de nossos estudantes. Projetos como a GrowCube, incubadora do Colégio Farroupilha, cujo objetivo é o de despertar o empreendedorismo nos estudantes e nos educadores da instituição, e o programa Miniempresa que, a cada ano, premia nossos estudantes pela sua inovação no desenvolvimento de produtos são exemplos de iniciativas empreendedoras construídas na escola. Seguindo nesta linha, a publicação revela um novo aliado na aprendizagem de Língua Inglesa das crianças da Educação Infantil e dos estudantes do 1º ao 4º ano: o Dino, um brinquedo que interage em sala de aula. Ainda em relação à tecnologia, mostraremos o trabalho de alguns docentes na aplicação de avalições com o auxílio de tablets, entre eles as ferramentas do Google for Education e Nearpod. Aproveitamos este momento para agradecer a confiança de todas as famílias neste ano letivo, reafirmando o nosso compromisso em oferecer uma educação transformadora e de qualidade. Boa leitura e um excelente final de ano a todos!

Fernando Carlos Becker Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858


SUMÁRIO 3

12

08

18

30

40

36

NESTA EDIÇÃO | #127 08

Família e escola: juntas no ato de educar

30

Avaliação com a ajuda da tecnologia

12

Reconhecimento em práticas de liderança

36

Pequenos fiscalizadores do trânsito

18

Farroupilha recebe a certificação Pasch-Schule

40

Pesquisas para além da sala de aula


4

OPINIÃO

A HISTÓRIA DO FARROUPILHA COM O EMPREENDEDORISMO Por Marícia Ferri, Diretora Pedagógica do Colégio Farroupilha. O empreendedorismo é uma atividade

problemas da sociedade ao mesmo tempo em que é incitado a buscar soluções para,

que se constitui como um dos valores

de alguma forma, resolvê-los. Além disso, observa-se que a estreita relação entre a

basilares do Farroupilha. O ato de em-

prática empreendedora e o desenvolvimento de lideranças é primordial na formação de

preender está diretamente ligado à his-

um sujeito integral. Nesse sentido, percebe-se que o empreendedorismo, como valor

tória de nossa escola, pois, já em 1886,

a ser considerado na formação dos estudantes, também os conduz a realizarem uma

os imigrantes alemães, fundadores

apreciação crítica dos problemas que identificam e daquilo que propõem.

do colégio, tinham como objetivo criar uma instituição educacional que lhes proporcionasse sólida formação em línguas estrangeiras, além de prepará-los para, então, “abrirem o seu comércio”. Desde lá, os tempos mudaram. Em 130 anos de história, as formas e as estratégias para empreender já são outras, mas o compromisso de formar líderes em todas as áreas continua orientando nossas práticas pedagógicas. Costumo refletir sobre aquilo que tem nos movido e incentivado a perpetuar tal prática. Uma possível resposta pode ser encontrada na autonomia que o estudante-empreendedor desenvolve ao deparar-se com desafios que o conduz a um constante (re)pensar nos

A percepção de que boas ideias não bastam sem o devido planejamento e sem aceitar correr riscos é o que permite aos estudantes diferenciarem-se, uma vez que a competência técnica – aquilo que constroem como conhecimento ­– é aliada à realidade em que são inseridos, fazendo-os tomar decisões que dizem respeito aos problemas reais que são confrontados no período escolar e no decorrer de suas vidas. Considerando a relevância do tema, foram organizados projetos curriculares que acontecem desde os Anos Iniciais, a partir de um programa de formação para lideranças que promove o autoconhecimento e o desenvolvimento de habilidades fundamentais na formação do estudante do século XXI. Neste ano, foi criada a GrowCube, a incubadora de negócios do colégio, que tem como objetivo inspirar estudantes dos 8os e 9os anos a desenvolverem startups, tendo o Farroupilha como suporte em todas as etapas. . No Ensino Médio, além da tradicional união entre o colégio e a Junior Achievement que possibilita a organização de uma miniempresa, o Farroupilha foi pioneiro em uma nova parceria que visa ao empreendedorismo para além dos modelos tradicionais, cujo objetivo é, também, a prototipagem de possíveis soluções para problemas mapeados pelos estudantes. Há, por exemplo, uma estudante que realizou um trabalho, com o apoio da 2ª Vara da Infância e Juventude de Porto Alegre, a fim de desenvolver uma ação que aproximasse crianças que moram em casa de passagem a casais que estão na fila para adoção. Esta foi, certamente, uma ação empreendedora que gerou frutos significativos tanto para os casais e as crianças quanto para os estudantes envolvidos. Entende-se, enquanto escola, a necessidade de primar pela formação integral dos estudantes que, necessariamente, em muitos momentos de suas trajetórias de vida, terão de resolver problemas complexos tanto pessoais quanto profissionais. Nesse sentido, vivenciar o empreendedorismo na escola é uma experiência interessante e, de alguma forma, significativa, pois é relatada de maneira positiva por muitos jovens que passam pela experiência de empreender. Assim, temos a certeza de que, independente das escolhas profissionais e acadêmicas que fizerem, ao concluírem o Ensino Médio, os estudantes do Colégio Farroupilha também saberão empreender em suas próprias vidas, carregando consigo outros valores diariamente trabalhados em nossa escola, como autenticidade, autonomia, criatividade e capacidade de inovação necessárias para que possam continuar sempre fazendo a diferença com excelência; destacando-se, assim, em suas escolhas.


OPINIÃO

Creative Mornings POA Lucca Custódio

RESSIGNIFICANDO O EMPREENDER Por Lucca Padoin Custódio, ex-aluno formado em 2015 no Colégio Farroupilha. Empreender não é abrir uma empre-

A justificativa? Um perfil. Um estilo de

permite a arquitetura do teu próprio

sa. É um perfil. É um estilo de vida.

vida. O que adotei e evolui deste que

caminho e a conquista orgânica do

recebi a primeira oportunidade de ter

trabalho ideal.

Acredito que a pergunta mais interessante que alguém possa te fazer é aquela cuja resposta tu nunca tinhas pensado a respeito; provocando, assim, a reflexão - sobre a resposta e sobre o porquê de ela não ter sido formulada em experiências anteriores. Recentemente recebi uma destas.

um contato real com o empreendedorismo: o programa Miniempresa da Junior Achievement. Aprendi que empreender é fugir do padrão. É buscar no trajeto o que há de extraordinário. É quebrar paradigmas sociais e ser pioneiro de mudanças de modelo mental e - talvez o ponto mais impor-

Fui questionado se eu acreditava que

tante - de catalisar o mesmo proces-

o meu tipo de trabalho ideal seria

so de transformação nas pessoas a

algo tangível de se conquistar; ou que

nossa volta.

eu teria de me condicionar a cenários não desejáveis para poder, talvez, um dia chegar lá. Minha resposta rápida, apesar da pergunta inédita, foi que seria tangível. Na verdade, que é tangível - porque hoje já vivo nas condições que idealizo – e que me asseguro de que continuará sendo.

A dúvida é como aproveitar estas oportunidades para viver expandindo vida; viver jogando um non-zero-sum game - no qual o número de vencedores é exponencialmente proporcional ao número de participantes que praticam a lógica da abundância; viver para questões que transcendem o nosso corpo e que tornam a nossa influência no universo intrínseca às pessoas que conviveram e viveram conosco,

Parafraseando o cofundador da Pe-

de forma que a nossa presença não

restroika, Tiago Mattos: “Empreende-

reside mais no nosso físico, se não na

dor é o indivíduo que tem consciência

energia distribuída entre aqueles que

do seu empoderamento - por isso

admiram e carregam o nosso legado e,

assume com autonomia o rumo da

por isso, expandem a nossa alma.

sua vida - e constrói iniciativas que mudem a realidade para melhor”. Autonomia é a palavra-chave. É ela que

Empreender não é abrir uma empresa. É um perfil. É um estilo de vida.

5


6

+CULTURA

FILME PERDIDO EM MARTE (2015) Por Camila Aisha Cardoso Loukili, estudante do 8º ano D do Ensino Fundamental – Anos Finais. Comecei a participar do Cineclube de Filosofia no início do ano letivo. Nesses encontros, somos convidados a discutir temas de relevância atual a partir de filmes que nós, estudantes, sugerimos. Desde então, tenho tido a oportunidade de conhecer um jeito diferente de interpretar filmes, vendo além do que está explícito no seu enredo. O professor, Artur Bezzi, nos dá a liberdade de escolhermos assuntos que nos interessam, fato que desperta a curiosidade dos colegas nas discussões do Cineclube. Um dos filmes trabalhados este ano foi “Perdido em Marte”, e a dupla de professores, Christian Sperb e Artur Bezzi, comentou cenas do filme, relacionando-as a problemas do cotidiano. A obra em questão aborda a história de Mark, um astronauta que não consegue voltar à Terra durante uma missão devido a uma tempestade de areia, tendo que sobreviver em Marte sozinho e ferido. Ele enfrenta diversos problemas ao longo de sua estadia no planeta, como a dificuldade na comunicação com os outros astronautas e os obstáculos impostos pela natureza. No debate, na medida em que o astronauta tratava o local explorado com um ar de superioridade, não levando em consideração o poder da natureza e os limites do conhecimento humano, abordamos temas como a relação do ser humano com o meio ambiente e de que forma a ciência influencia nessa relação. Além disso, discutimos o papel da filosofia na compreensão da mensagem transmitida pelo desfecho das obras cinematográficas. Essa discussão foi importante, pois conhecemos uma possível maneira de elaborar o comentário de um filme, enfatizando os problemas centrais do enredo, apontando o papel do desfecho e a sua ligação com a filosofia. Também aprendemos como expressar um ponto de vista por meio da argumentação, sabendo ouvir os argumentos dos outros colegas durante o debate.

“Comecei a participar do Cineclube de Filosofia no início do ano letivo. Nesses encontros, somos convidados a discutir temas de relevância atual a partir de filmes que nós, estudantes, sugerimos”, explicou a estudante


FARROUPSOCIAL 7

O MELHOR VÍCIO DO MUNDO: AJUDAR OS OUTROS! Por João Vitor Severo, Julia Scolari, Roberta Albuquerque, Vittoria Candia, Marcela Bertoluci, Anna Caobelli, Isadora Fonseca, Valentina Xavier e Eduarda Cappellari, estudantes do Ensino Médio do Colégio Farroupilha. Um grupo, ou melhor, uma equipe sem-

conseguimos realizá-la! Felizmente,

presentes. Para finalizar nossa tarde,

pre precisa de um líder para alcançar

tivemos companhia e ajuda de alguns

fizemos um lanche super gostoso que

os objetivos do todo, e em nosso gru-

dos doadores, que se voluntariaram e

organizamos com muito carinho para

po de voluntariado todos nós somos

foram conosco participar das ativida-

elas. O dia terminou com um imenso

líderes. Sempre ajudando e colaboran-

des e entregar os presentes.

sorriso tanto no nosso no rosto quan-

do uns com os outros, conquistamos nossas metas de forma eficiente e bem planejada. Podemos falar que os principais pilares que nos sustentam são a responsabilidade e a amizade.

Ao chegar ao MIM, fizemos um círculo em que todos se apresentaram, posteriormente, explicamos o que

to no dos jovens do MIM e um sentimento de gratidão por um momento tão incrível no coração de cada um.

iríamos fazer. Dividimos o espaço em

Fazer voluntariado e ter a oportuni-

ilhas de jogos, nas quais as crianças

dade de alegrar os outros gera um

Nesse segundo semestre, fizemos

circulavam, assim, todos tiveram a

sentimento que não há palavras

uma ponte com duas instituições, a

chance de se conhecer e de interagir!

que o descreva, mas é tão intenso

SPAAN (Sociedade Porto-Alegrense de Auxílio Aos Necessitados), um asilo, e o MIM (Movimento por uma Infância Melhor), uma creche. Ao longo dos últimos meses, desenvolvemos diversas atividades nesses locais, como bingo com os idosos e tardes de brincadeiras que envolveram pular corda, jogar futebol, pintar, entre várias outras ações. O dia das crianças estava chegando, e começamos a fazer um megaprojeto, logo pedimos à coordenadora do MIM para que cada criança escrevesse sugestões de presentes que gostaria de ganhar nessa data tão especial. Assim, com os desejos em mãos, começamos a trabalhar, fomos em busca de pessoas dispostas a adotar as cartinhas e colocamos o projeto em prática. Fazer a ação acontecer foi difícil e exigiu empenho, entretanto, como todos ajudaram fortemente,

Fizemos diversas brincadeiras, sendo elas com cordas, bolas e alvos. Além disso, realizamos pinturas, maquiagens e tatuagens. Após toda essa diversão que deixou os pequenos cansados, foi a hora de apresentarmos uma peça de teatro: Os Três Porquinhos. Finalmente, quando todas as crianças estavam mais calmas, começamos a distribuir os tão esperados

que vicia. Quanto mais ajudamos o próximo, mais queremos continuar ajudando! Acreditamos que nossas ações ecoam pelo mundo, por isso, nosso grupo convida todos que sentirem vontade de compartilhar bons momentos a participar de nossas tardes, estamos de braços abertos e com a intenção de realizar cada vez mais projetos.


8

CUIDAR É BÁSICO

FAMÍLIA E ESCOLA: JUNTAS NO ATO DE EDUCAR Professor e consultor em educação destacou a importância desta relação para o desenvolvimento de crianças e adolescentes Existe uma fórmula para educar? No mês de agosto, pais de todos os níveis de ensino participaram do encontro “Educar filhos: cuidar mais do que proteger” com o consultor em educação e professor Júlio Furtado. O especialista abordou a importância da autonomia e da responsabilidade dos estudantes com o processo de aprendizagem e a vida escolar, além do papel dos pais. Para ele, os pais da atualidade vivem uma transição da disciplina do medo ao medo da disciplina. Ao falar sobre o pai amigo, ele lembrou que o perigo de muitas famílias é o de achar que o processo de educação acontece de forma horizontal, mas que isso não pode acontecer: ele deve ser vertical, cada um compreendendo o seu papel. Além disso, é importante que os pais estabeleçam limites às crianças, evitando que se façam as vontades delas toda hora, já que isso desenvolve a insegurança. “A criança precisa sentir que tem alguém mais forte no comando. Aparentemente, pensamos que essa criança está se desenvolvendo de forma autônoma, mas internamente não é isso que acontece”, destacou. O professor afirmou, ainda, que dar tablets e celulares para crianças muito pequenas atrasa o desenvolvimento cognitivo e motor delas. “Não se educa aos finais de semana! Não se educa deixando para lá ou utilizando os famosos ‘você que sabe’ ou ‘continue fazendo isso para ver o que vai acontecer’”. Durante a sua fala, Furtado esclareceu que a família é responsável pela educação moral e individual do sujeito, enquanto que a responsabilidade da escola é a de desenvolver o sujeito aprendiz coletivo. A família e a escola, entretanto, devem andar de mãos dadas neste processo. “A criança precisa entender os seus papéis. Ela é filha do portão da escola para fora, e aluna do portão da escola para dentro”, disse. Em relação ao dever de casa, Furtado lembrou que ele pertence ao estudantes, e que os pais não devem deixar de sair e de fazer as suas coisas porque o filho tem tema, ou ainda, fazê-lo pelos filhos. “Os pais podem ajudá-lo, mostrando que as responsabilidades precisam ser cumpridas e que podem favorecer para que ele tenha rotina”, ensinou. O dever de casa é um termômetro da aprendizagem do estudante, e a escola tem que saber o que ele sabe e o que ele não sabe.


9

DICAS PARA DESENVOLVER A AUTONOMIA DOS FILHOS: • Respeite o tempo que eles necessitam para desenvolver a tarefa; • Suspenda seu nível de expectativa e exigência; • Não permita que eles “não façam” algo; • Auxilie no que não estiverem conseguindo realizar; • Faça com que terminem as tarefas antes de começarem outra; • É preciso que assumam consequências quando falharem; • Dê tarefas rotineiras a partir dos três anos; • Leve-os a administrar seu espaço e seus pertences; • Eduque-os financeiramente.

DICAS SOBRE O DEVER DE CASA: • Não ensine como fazer a tarefa. Ajude-o a compreendê-la; • Não faça a atividade pela criança; • Quando seu filho não souber informar, não ligue para outras mães perguntando se há dever de casa; • Não arrume o material na mochila todos os dias; • Deixe-o assumir as consequências enquanto estudante; • Acompanhe-o de perto, mas não se esqueça de que ele precisa cair para aprender a levantar; • As quedas são necessárias. Você fracassa quando não o deixa cair.

Convidado também deu dicas para as famílias sobre o dever de casa


10

CUIDAR É BÁSICO

OS DESAFIOS DA ADOLESCÊNCIA Psicólogas Márcia Guerra e Patrícia Pancotto esclareceram dúvidas para os pais do 7º ano da Unidade Correia Lima Para auxiliar os pais dos estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais da Unidade Correia Lima, as psicólogas, Márcia Guerra e Patrícia Pancotto, foram convidadas para ministrar o encontro “Os desafios da adolescência: mitos e verdades”, que faz parte do programa Cuidar é Básico. Durante a conversa, foram elencados alguns dos mitos sobre a adolescência e, segundo Márcia, a ideia de que a adolescência é um período de “crise normal” é um deles: “Hoje em dia, não temos mais essa percepção, porque a neurociência nos trouxe a oportunidade de perceber que a adolescência é um período em que existe um boom de capacidades e habilidades que podem ser exploradas”, frisou. Abordando a adolescência como um período de construção, as especialistas destacaram algumas das capacidades e habilidades desenvolvidas nesse período, como o aumento da intensidade emocional, o engajamento social, a busca pela novidade e a exploração criativa. A conversa abordou, ainda, a sexualidade, com orientações para as famílias sobre como abordar o assunto com os adolescentes. De acordo com as psicólogas, é importante os pais conhecerem a adolescência e estarem preparados para orientarem seus filhos, ajudando-os a viver essa fase de maneira feliz e saudável. “Todos os pais querem que seus filhos sejam felizes. A adolescência é uma das fases. Estamos preparando o adolescente para ele possa ser feliz e se realizar nas outras fases também. Mas, para que as outras fases sejam boas, podemos fazer contribuições hoje”, declarou Patrícia.


LIDERANÇA 11

MELHOR MINIEMPRESA Spinlet S.A/E, dos estudantes do Farroupilha, conquistou a premiação máxima da Junior Achievement Os 34 estudantes da 1ª série do Ensino Médio que fizeram parte da miniempresa Spinlet S.A/E conquistaram o prêmio Melhor Miniempresa na cerimônia de premiação do Programa, realizada no mês de agosto, além de venceram as categorias de Melhor Relatório e de Melhor Gestão de Recursos Humanos. Além dos prêmios coletivos, a miniempresa do Farroupilha teve mais dois destaques. A estudante Louise Mariano Dornelles, da 1ª série D, foi uma das oradoras do evento, e o adviser, Gabriel Azevedo, integrante da equipe que orientou os estudantes, foi escolhido o Melhor Adviser Jr. entre todos os participantes. Já as estudantes Gabriela Schmidt Potenza e Laura Schirmer Silva, da 1ª série E, foram premiadas como Melhor Achiever e Melhor Adviser, respectivamente. “A gente achava que uma empresa era aquele estereótipo de empresários trabalhando para fazer dinheiro, mas a verdade é que é muito mais do que isso. A gente se dedicou muito a essa miniempresa, então ter um reconhecimento por isso é muito prazeroso, nos dá muito orgulho”, afirmou Gabriela. As conquistas foram além das premiações, pois a miniempresa gerou lucro também a seus acionistas, além de uma contribuição financeira a uma instituição de caridade. Os estudantes relataram que os acionistas investiram R$ 7,50 na Spinlet S.A/E e receberam de volta cerca de R$ 74,00. O faturamento total ficou em mais de R$ 9.000,00 e, destes, R$ 3.500,00 foram destinados ao Abrigo João Paulo II, que trabalha com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. A miniempresa do colégio produziu um porta-cartões-documentos-dinheiro que era preso ao celular.

Grupo foi recebido pela diretora pedagógica, Marícia Ferri


12

LIDERANÇA

Divulgação/O Líder em Mim

RECONHECIMENTO EM PRÁTICAS DE LIDERANÇA Ciranda de Ideias, atividade pedagógica dos Anos Iniciais, recebeu premiação em São Paulo Pelo segundo ano consecutivo, o Colégio Farroupilha foi agraciado com o Prêmio Nacional “Melhores Práticas do Ensino Fundamental I” do programa O Líder em Mim. A cerimônia de premiação aconteceu durante a convenção das escolas brasileiras participantes do programa, em São Paulo. A prática premiada foi a Ciranda de Ideias, evento pedagógico que acontece anualmente e mostra diferentes situações de aprendizagem desenvolvidas no decorrer do 1º semestre com estudantes dos Anos Iniciais. Neste ano, foram apresentadas vivências a partir das ferramentas de lideranças propostas pelo programa. O Farroupilha foi representado pela professora Luiza C. S. Rolla. Em 2016, a escola foi premiada na categoria “Melhor ação de envolvimento com os pais” com o Convescote, evento realizado com os pais e estudantes dos Anos Iniciais na Sede Campestre, em Viamão.


13

AS FERRAMENTAS DE LIDERANÇA DOS ANOS INICIAIS Os estudantes do 1º ao 5º ano utilizam as ferramentas de liderança em diferentes momentos da rotina escolar: com os professores, com as psicólogas ou com as orientadoras educacionais. Ao todo, são 14 ferramentas de lideranças adotadas pelo programa “O Líder em Mim”: Quadro de Priorização, Fluxograma, Diagrama de Lótus, Diagrama do Círculo de Controle, Planejador de Metas, Diagrama de Venn, Gráfico de Gantt, Tempestade de Ideias, Gráfico do Pare e Pense, Diagrama Espinha de Peixe, Gráfico Plus/Delta, Criador de Sinergia, Gráfico de Linha e Gráfico de Barras. As psicólogas educacionais dos Anos Iniciais, Diana Leonhardt dos Santos e Luciana Motta, explicam que algumas dessas ferramentas são utilizadas no processo de avaliação das turmas e na autoavaliação dos estudantes, trimestralmente no período próximo ao Conselho de Classe. “Uma das etapas é feita no período anterior ao Conselho e envolve uma tempestade de ideias sobre a dinâmica da turma nos diferentes momentos da rotina escolar, bem como a autoavaliação dos estudantes, na qual é feita uma síntese dos pontos a melhorar através do Gráfico Plus/Delta. Após o Conselho, as psicólogas e orientadoras voltam a conversar com os estudantes sobre os pontos colocados pelos professores em relação ao grupo, estabelecendo metas a serem atingidas por toda a turma. Neste momento, são utilizados os gráficos de Barras e o Plus/Delta, que permanecem expostos nos murais das salas de aula”, destaca Luciana. Para as atividades do projeto Hábitos de Estudos, é utilizado o Diagrama do Círculo de Controle, que permite uma reflexão sobre o que está dentro e o que não pertence ao nosso círculo de controle. Já os diagramas de Lótus e Espinha de Peixe, além do Planejador de Metas, auxiliam a equipe no desenvolvimento das habilidades socioemocionais e cognitivas. “As ferramentas de liderança aplicadas na dinâmica escolar e relacionadas aos sete hábitos que compõem o programa O Líder em Mim contribuem para o desenvolvimento de competências socioemocionais nos estudantes, qualificando o desempenho acadêmico e a promoção de relações positivas”, analisa Diana. O trabalho realizado pelo Colégio Farroupilha com as ferramentas de liderança nos Anos Iniciais foi apresentado durante o 6º Congresso Internacional de Inteligência Emocional, que aconteceu no mês de julho, na cidade do Porto, em Portugal.

Ferramentas são utilizadas de acordo com as atividades dos estudantes


14

LIDERANÇA

EMPREENDEDORES DO FARROUPILHA Formanda da 3ª série do Ensino Médio viabilizou feira de comercialização de produtos no colégio Lucas Paties Pipkin, da 3ª série E do Ensino Médio, faz brownie para vender desde quando estava no 7º ano do Ensino Fundamental. “Uma vez estava em casa e fiz. Minha mãe deu a ideia de investir nisso e vender na escola”, relembrou. Observando o esforço do colega, a estudante Marcella Cesa Bertoluci, da 3ª série A, pensou em propor que a escola fizesse uma Feira de Empreendedores. E deu certo: durante uma semana do mês de outubro, ela e um grupo de estudantes do Ensino Médio comercializaram, na Esplanada, diferentes produtos, que incluíram um bufê de doces, frutas no pote, rocambole, brownies, pulseiras, bolos, entre outros. “Eu também tinha muita vontade de vender e percebi que o colégio incentiva o empreendedorismo de forma mais prática. Trouxe essa ideia para ser mais uma oportunidade de os meus colegas venderem os seus produtos, além de ajudar o colégio nesse sentido”, contou Marcella. Antes da Feira, os estudantes participaram de duas palestras. A nutricionista do colégio, Joseane Mancio, mostrou para o grupo algumas regras de conservação dos alimentos e falou sobre o manual de boas práticas de manipulação de alimentos. Na segunda parte do encontro, os estudantes tiveram uma aula com a equipe do Setor de Controladoria sobre como calcular os custos dos produtos e como chegar ao preço final para os consumidores.


OLHOS PARA O MUNDO 15

CAPACITAÇÃO EM FÍSICA MODERNA Professor Gentil Bruscato participou de cursos de aperfeiçoamento em Lisboa e Genebra Durante dez dias, o professor do Laboratório de Física, Gentil Bruscato, participou de um curso de Física Moderna promovido pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN), realizado em Lisboa e em Genebra, onde está instalado o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), que é o maior e com mais energia aceleradora de partículas do mundo. O curso abriu vaga para 20 professores brasileiros e o único do Rio Grande do Sul a participar foi Bruscato. A seleção dos participantes foi feita pela Sociedade Brasileira de Física, a partir da avaliação de um projeto de aplicação dos objetos do conhecimento ligados à Física Moderna na escola do professor, além de avaliar o grau de formação e a participação do professor na aplicação e na correção das provas da Olimpíada Brasileira de Física (OBF) e da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). O curso abordou o estudo das partículas que compõem o átomo e das quatro forças que existem na natureza: a eletromagnética, a força fraca (radioatividade), a força forte (estrutura atômica) e a força gravitacional, além de estudar o funcionamento do LHC. A ideia central do curso foi a de promover o ensino das questões relativas à Física Moderna nas escolas de educação básica. “A Física Moderna explica o comportamento da natureza sob novos conceitos, que exigem uma mudança de entendimento por parte dos estudantes. Penso ser este o maior desafio a que nos propomos: trabalhar para que nossos estudantes percebam essa maneira ‘moderna’ de entender a natureza. Depois de cumprir um intenso programa de formação, experimentação e visitação estamos levando para o Colégio Farroupilha muitas ideias de como trabalhar os aspectos da Física de partículas com nossos estudantes. Afinal, essa foi a maior motivação para este curso”, avaliou Bruscato.


16

OLHOS PARA O MUNDO

UM NOVO AMIGO NAS AULAS DE INGLÊS Dino, um dinossauro T-Rex, auxilia crianças da Educação Infantil e estudantes dos Anos Iniciais no aprendizado do idioma Desde o mês de setembro, as crianças da Educação Infantil e os estudantes do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais ganharam um visitante e um novo amigo nas aulas de Língua Inglesa: o Dino, um dinossauro T-Rex que utiliza a IBM Watson, uma tecnologia que processa a informação de uma maneira mais semelhante com um humano e gera interações mais reais que um computador comum. Com ele, a criança pode se comunicar em tempo real. Primeiramente, é preciso baixar o aplicativo, disponível para os sistemas iOS e Android, realizar um pequeno cadastro e conectar-se a uma rede Wi-Fi. O reconhecimento de voz é ativado quando o usuário aperta em um botão localizado na barriga do Dino. No brinquedo, estão gravados jogos com diferentes temáticas, como ortografia, Aulas ficarão mais dinâmicas e lúdicas

rimas, matemática e vocabulário, músicas e um módulo de criação de histórias.


17

A ideia da ferramenta é fazer com que a criança aprenda de forma mais rápida e divertida. “Ele trata a criança como um amigo. Ele tem um histórico, então se ele conta uma história hoje, aquilo fica armazenado para continuar em outro dia”, explica a professora de Língua Inglesa dos Anos Iniciais, Lisiane Armas de Lorenzi. Para trabalhar com as suas turmas, a professora selecionou jogos que trabalhem os animais, conteúdo que está sendo ensinado aos estudantes. “São jogos mais colaborativos, que permitem que um ajude o outro a se comunicar com o Dino”, afirma. Lisiane aponta que, por ser um aplicativo, ele está sendo constantemente atualizado, o que permite que não se esgotem as possibilidades de utilizá-lo em sala de aula. “Eu comparo a presença do Dino nas aulas como se fosse um estrangeiro. Os estudantes não poderão falar em português, e isso é uma grande motivação para eles, já que terão que achar um jeito de se comunicar em inglês com ele”, definiu Lisiane. Para a coordenadora de Línguas Estrangeiras do Colégio Farroupilha, Luciane Calcara, o brinquedo vai de encontro à realidade dos estudantes. “É um modo de trazer o mundo deles com esse movimento de experimentar a língua e de criar e interagir com outro idioma. Vai ser bem motivador e interessante”, acredita. A diretora pedagógica da escola, Marícia Ferri, aposta no caráter inovador do Dino. “Ele pode interagir com as crianças e elas aprendem brincando. A inteligência artificial, presente no Dino, possibilita a descoberta do mundo, a partir das curiosidades presentes na infância. Temos, portanto, um recurso inovador que possibilita, de forma significativa, a aprendizagem das crianças”, destaca.

Estudantes e crianças podem interagir em tempo real com o brinquedo


18

OLHOS PARA O MUNDO

Presidente da ABE, Fernando Carlos Becker, e a diretora pedagógica, Marícia Ferri, receberam a placa do representante do Consulado Alemão do RS

FARROUPILHA RECEBE A CERTIFICAÇÃO PASCH-SCHULE Parceria com o Ministério da Cultura Alemão oportuniza intercâmbios culturais, bolsas de estudos e preparação para universidades alemãs Mantendo a sua visão de ser referência na área de Educação, o Colégio Farroupilha recebeu a placa Pasch-Schule, que simboliza a parceria entre o colégio e o Ministério da Cultura Alemão. Essa distinção reflete o sucesso obtido pela Instituição que, desde 2015, é membro do grupo “Escolas Parceiras do Futuro”, que, além de terem a Língua Alemã em seu currículo, são autorizadas a aplicar exames de proficiência no idioma. “Essa placa é merecida pelo êxito no trabalho do ensino de Língua Alemã”, declarou o representante do Consulado Alemão do RS, Robert Strnadl. O diplomata destacou a importância de o colégio fazer parte dessa rede, bem como as oportunidades que a fluência no idioma proporciona aos estudantes. “Com o


19

alemão, abre-se um mundo de oportunidades pessoais e profissionais. Por isso, queridos alunos, quero incentivá-los a continuarem estudando alemão com entusiasmo”, afirmou. Em todo o mundo, mais de 1800 escolas têm a certificação Pasch. Com ela, são oportunizados intercâmbios culturais, preparação para o ingresso em universidades alemãs, bolsas de estudos, entre várias outras possibilidades. No Rio Grande do Sul, o Farroupilha é uma das três únicas escolas que contam com essa certificação. Na cerimônia, realizada no mês de agosto, a professora de Língua Alemã Tanara Torres foi certificada como examinadora autorizada dos exames de proficiência. Já um grupo de estudantes do Ensino Médio recebeu os certificados dos exames de proficiência em Língua Alemã, realizados em 2016. A coordenadora de alemão na região sul do Brasil, Gabriele Mentz-Klein, parabenizou o Farroupilha pelo recebimento da placa e os estudantes pelos certificados de proficiência. “Vocês receberam um diploma internacionalmente reconhecido. Esse idioma será de grande valor no futuro, seja na área pessoal, seja intelectual, seja profissional”, afirmou. A cerimônia foi aberta com uma contextualização da relação entre o idioma alemão e o Colégio Farroupilha, que remonta às origens da instituição, realizada pela coordenadora do Memorial, Alice Jacques. Entre os presentes, estiveram, também, o presidente da ABE 1858, Fernando Carlos Becker, acompanhado de sua esposa, Vera Becker, o coordenador do Ensino Médio, Rubem Corso, e a coordenadora do Centro de Línguas, Luciane Calcara.

Na ocasião, estudantes do Ensino Médio ganharam os certificados dos exames de proficiência


20

ESPECIAL

EMPREENDEDORISMO

APRENDE-SE


21

NA ESCOLA Instituições de ensino devem apostar em ações e atividades práticas com os estudantes, para que eles desenvolvam a autonomia e a criatividade Para que os estudantes saiam da escola e sejam capazes de tomar decisões e ter autonomia nas diferentes áreas de sua vida, é preciso ensinar, desde cedo, como torná-lo um cidadão criativo, inovador e com espírito empreendedor. Além de trabalhar a importância do trabalho em equipe, a escola deve ver no empreendedorismo uma chance de formar pessoas preparadas para lidar com o mundo contemporâneo, cada vez mais aberto a ideias criativas. “O empreendedorismo, por se tratar de um fenômeno social, deve sim ser ensinado nas escolas. As crianças e os adolescentes possuem a percepção e a capacidade de reconhecer o empreendedorismo em seu meio, em suas casas e famílias”, analisa Alexandre Pereira, professor integrante do eixo de Empreendedorismo e Inovação da Unisinos e sócio-fundador do H2Hub Virtual. Michelle Sander, sócio da Perestroika Porto Alegre, afirma que o empreendedorismo faz um paralelo com várias situações da vida. “Empreender é quase como uma terapia de autoconhecimento, porque para tu entenderes, tu tens que buscar algo relacionado com a tua essência, que seja genuíno e verdadeiro. Nessa jornada de empreender, as pessoas vão se conectando e descobrindo os seus ‘superpoderes’, vão exercitando uma série de habilidades e competências, vão começando a prestar a atenção em coisas que fazem sentido para sua vida”, explica. Alexandre sinaliza que, como todo e qualquer conteúdo da escola, os níveis de complexidade de como falar sobre o tema empreendedorismo devem ser trazidos aos poucos. “O grande segredo não está exatamente no conteúdo teórico, mas sim na concepção de action learning, que as escolas podem proporcionar aos estudantes em distintos momentos da formação”, destaca. Como exemplo, ele aposta em desafios de barraquinhas de limonada para os menores, passando por ações e projetos sociais, até algum tipo de maratona na formação de negócios, a partir de games e aplicativos. “É na experiência do empreender que se fortalece o sentido de ser empreendedor. Assim, os conteúdos e as ações devem estar alinhados de modo que os estudantes passem por um momento de orientação e instrumentalização que culmine com alguma experiência e ação empreendedora”, complementa.


22

ESPECIAL

Conforme Luis Gustavo Patrucco, professor da disciplina de Empreendedorismos da Faculdade Senac Porto Alegre, inserir o aprendizado sobre empreendedorismo na escola é importante para ensinar aos estudantes como transformar uma ideia em algo rentável. “Eu consigo fazer um planejamento desse processo empreendedor para verificar se essa ideia é rentável. Mas a única maneira de saber se uma ideia é realmente rentável é entender o processo, fazer um plano de negócios, um plano de marketing, e verificar isso. Até porque a aprendizagem do empreendedorismo também significa a aprendizagem de conviver em sociedade”, aponta. Na sala de aula, os professores podem apostar em projetos em que os estudantes tenham mais autonomia para conduzi-los, sugere Michelle. “O empreender é um processo de empoderamento, de autonomia. O professor pode pegar uma determinada temática que ele vai trabalhar, sentar com o grupo e definir como será esse trabalho”, exemplifica. Além disso, ela acredita que é preciso ensinar algumas habilidades e competências em aula, como a autonomia e a autogestão. “Não necessariamente tu precisas em sala de aula ensinar a abrir uma empresa, mas é bom exercitar essas características com os estudantes”. Confira, a seguir, algumas iniciativas desenvolvidas no Colégio Farroupilha ligadas ao empreendedorismo.

UMA CASA PARA APRENDER Formandos participaram de todas as etapas de construção de uma casa

Quantos metros quadrados tem a sua casa? Qual é a história por trás de sua construção? Que processos químicos acontecem ali? Esses são apenas alguns dos muitos questionamentos que podem se transformar em aprendizagens de conteúdos e no desenvolvimento de habilidades a partir de um local tão comum. Durante todo o segundo semestre do ano letivo, as turmas da 3ª série do Ensino Médio envolveram-se no projeto interdisciplinar LAR – Laboratório Aberto de Residência. Uma casa de cerca de 40m² foi instalada nas dependências do colégio para ser utilizada para estudos de diferentes conceitos. A ideia é que os demais níveis de ensino possam utilizar o espaço para aprendizagens.


23

O projeto pretendeu abordar as diversas competências e habilidades desenvolvidas em cada um dos componentes curriculares, retomar e consolidar os conceitos de sustentabilidade em práticas do cotidiano, estimular a aprendizagem a partir do fazer (cultura maker) e refletir sobre questões sociais, reforçando aspectos de âmbito local e global, trabalhando as competências e habilidades de caráter socioemocional. A ideia surgiu a partir do estudo da população brasileira em uma aula de Geografia. Nela, os estudantes descobriram que a casa da família brasileira tem, em média, 40m², além de estudarem o Senso para saber quantos componentes têm essa família e suas características de renda, seu consumo e sua educação. As etapas do LAR envolveram, ainda, o desenho da planta baixa, o desenvolvimento da planta elétrica, a criação das maquetes com mobiliário produzido em software de design e na impressora 3D, a reflexão sobre o conceito de casa, a marcação das fundações utilizando escala, a coleta e reciclagem de mobília e demais utensílios, a instalação de equipamentos de produção de energia limpa e de tratamento de resíduos e a produção de documentários em seis idiomas. “Ao mesmo tempo em que ele explora as habilidades, as potencialidades e a criatividade do grupo, o projeto também explora isso no indivíduo. Acredito ser uma maneira inovadora de ensinar, pois tem questionamento e muita experimentação, e o estudante tem total autonomia. Ele foi o protagonista, tomou as principais decisões”, avaliou o professor de Geografia e idealizador do projeto, Saul Chervenski Gonçalves Filho.


24

ESPECIAL

Farroupilha mantém parceria com a Junior Achievement

EMPREENDEDORISMO 2.0 Há mais de 20 anos no Colégio Farroupilha, o programa Miniempresa, da Junior Achievement, é uma experiência que permite, através da prática, que estudantes do Ensino Médio aprendam conceitos de livre iniciativa, mercado, comercialização e produção. O programa é desenvolvido em 15 semanas, em jornadas semanais, e os estudantes desempenham funções nas áreas de Marketing, Finanças, Recursos Humanos e Produção. O Farroupilha também é pioneiro na JA Startup, projeto desenvolvido pela Junior Achievement Brasil e pela StartSe, maior comunidade de startups do país, com o apoio da Gerdau, cujo objetivo é incentivar os jovens ao pensamento disruptivo e ao desenvolvimento de habilidades de empreendedorismo, propondo soluções para problemas e oportunizando novos negócios. Ao final dos oito encontros, os estudantes já têm as suas startups em formação. O projeto teve início com uma atividade na Gerdau. Um grupo de 30 estudantes do Ensino Médio conversou com os quatro mentores da jornada – Nathalia Puffal, da Junior Achievement, André Richter, Cristiano Kruel e Gustavo Porto, da StartSE – e participou de desafios. O final do projeto aconteceu em novembro, com as apresentações das propostas de startups a uma banca de avaliadores.


25

INCUBADORA DE NEGÓCIOS No mês de setembro, os estudantes dos 8os e 9os anos do Ensino Fundamental – Anos Finais conheceram a GrowCube, a incubadora de negócios do Colégio Farroupilha. A inovadora proposta tem como objetivo incentivar o potencial empreendedor dos estudantes ainda na educação básica. Durante os encontros, os estudantes tiveram preparação em Marketing, Finanças, Operações, Jurídica e Negócios Digitais. A proposta abrange desde o desenvolvimento das ideias até a transformação dessas em empresas. “Eu achei a ideia ótima, especialmente porque é no colégio, e então a gente pode desfrutar de todas as oportunidades que o colégio nos dá. Ela despertou a criatividade de muitas pessoas, e até mesmo para quem ainda não tinha ideia sobre empreender”, afirmou a estudante Fabiana Luft Bavaresco, do 9º ano B. Em 2017, as atividades da GrowCube foram desenvolvidas na etapa da pré-incubação, cujo objetivo é encorajar os estudantes que realmente queiram entrar na incubadora a participar da seleção de times. Nessa fase, os times receberam uma preparação para transformar suas ideias em negócios e submeteram-nas a uma banca, que avaliou se os projetos estão prontos para a próxima fase, a de incubação. Para o ano que vem, o processo de incubação contará com mentores especializados nas necessidades dos times que desejam empreender. Esses mentores orientarão os estudantes no avanço em direção à implementação dos projetos.

Iniciativa pretende incentivar o potencial empreendedor dos estudantes


26

ESPECIAL

PROTAGONISMO, LIDERANÇA E TRABALHO EM EQUIPE Os estudantes dos Anos Finais participam de algumas oficinas que atuam no desenvolvimento da autonomia e na aprendizagem colaborativa. As turmas de 8os e 9os anos tiveram oficinas de Criatividade e Protagonismo, com a finalidade de desenvolver ações que contribuíssem com a expressão da criatividade e com o comportamento empreendedor e inovador. Na atividade, foram utilizadas ferramentas do Design Thinking para estimular o autoconhecimento e o protagonismo dos estudantes. Já para estimular a divisão de tarefas e a participação de todos, o projeto Hábitos de Estudos promove oficinas de trabalho em grupo com os estudantes de 6os e 7os anos, propondo reflexões e orientações. Em parceria com profissionais especialistas na área, as turmas tiveram oficinas que auxiliaram na organização de etapas para o trabalho em grupo, como a explosão de ideias, esboço sobre o que será realizado, listas de necessidades, delimitação de recursos e elaboração de cronogramas. “Entendemos que desenvolver a habilidade de se expressar, de se comunicar e de expor ideias promove recursos pessoais, motivando o estudante não apenas na busca do melhor desempenho acadêmico, mas, ainda, proporciona ferramentas para o sucesso profissional futuro. A ideia do projeto de vida associado à aprendizagem torna o jovem protagonista de seu processo e ativo Atividades foram realizadas com as turmas do Ensino Fundamental – Anos Finais

na busca de soluções e resoluções de problemas. Pensar em projeto de vida é perceber-se como agente de transformação da própria vida”, destacou a psicóloga educacional dos Anos Finais, Greicy Boness de Araújo.


27

EMPREENDEDORA POR MEIO DA ESCRITA Quando se formou no Colégio Farroupilha, em 2014, Júlia Pletsch Borba mudou-se para os Estados Unidos para estudar. Morou durante um ano em São Francisco e, depois, foi para Shangai, na China, onde viveu por três meses. Mas quando foi para Londres que o seu lado artístico floresceu e ela começou a escrever poemas. “Como a minha vida estava mudando bastante, foi uma maneira de me conhecer melhor e de me aceitar”, relembrou. Cursando Empreendedorismo na Hult International Business School London, Júlia contou que a ideia do projeto “Vida em Poemas” surgiu logo depois de um curso sobre mídias digitais. A ex-aluna criou um grupo no Facebook, que hoje conta com 3400 pessoas, e postava o que escrevia. “Queria fazer algo mais próximo das pessoas, porque Facebook com poesia nunca combinou muito. Tive a ideia de, então, enviar por cartas, e criei uma assinatura de poesia, como se fosse uma assinatura de revista”, explica. O envio dos poemas iniciou em maio deste ano. A inspiração para o que escreve vem das observações que ela faz no dia a dia, principalmente nas conversas com as pessoas. “Analiso bastante o que elas me falam e tento entender o lado delas. Muitas vezes só pensamos e não organizamos o nosso pensamento”, revela. Com mais de 80 poemas escritos, Júlia está muito satisfeita com a experiência. “Me faz escrever bastante. Está sendo bem diferente, e os assinantes estão bem empolgados, já que é algo bem diferente receber poemas pelo correio”.


28

INQUIETOS

MÁGICA E TRANSFORMAÇÃO Professores de todos os níveis de ensino do Farroupilha participaram de workshops da Escola de Professores Inquietos Para proporcionar novas experiências

definiu a professora do Nível 2C da

baseada em projetos e problemas,

educativas, os professores de todos

Educação Infantil, Manuella Silva da

dinâmicas, engajamento e ambientes

os níveis de ensino do Farroupilha pu-

Fontoura Marenco.

cooperativos. “Acredito que o ser hu-

deram participar de dois workshops da Escola de Professores Inquietos no mês de agosto. Os docentes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental – Anos Iniciais tiveram contato com o workshop “Unindo a Pedagogia à Arte Mágica”, com a professora e mágica Lúcia Gomes. Através da prática, o grupo aprendeu como integrar a arte mágica à aprendizagem em diversas áreas, explorou os cinco sentidos e as suas capacidades e desenvolveu habilidades manuais, motricidade e agilidade na execução dos números da mágica. Os resultados foram experiências criativas e lúdicas para auxiliar no processo de ensino em sala de aula. “A atividade mostrou que a mágica é um excelente recurso didático para o professor; ela pode ser usada de forma individual ou coletiva, uma vez que aguça a curiosidade dos estudantes. Um objeto simples que proporciona vários momentos divertidos e agradáveis, colaborando para ótimas aulas e servindo de instrumento de aprendizado tanto para os estudantes quanto para o professor”, destacou a professora do 2º ano F, Simone Bittencourt Vieira. “O workshop foi uma experiência incrível, cheia de encantamento, novos conhecimentos e descobertas. A mágica desafia-nos e mexe com as nossas emoções”,

Já os docentes do Ensino Fundamental – Anos Finais e do Ensino Médio realizaram o workshop “Educadores Transformadores” com a Pulsar, hub de cultura empreendedora, cujo objetivo foi apresentar novas metodologias e ferramentas de ensino para ajudar na elaboração de aulas mais dinâmicas e cooperativas. Depois de uma sensibilização inicial sobre educação, os professores tiveram contato com conceitos de educação participativa e cocriação, aprendizagem

mano tem a capacidade de mudar e desenvolver suas competências, e o workshop foi um desses momentos. O grupo de professores teve a oportunidade de trocar experiências, conhecer o trabalho realizado pelos demais colegas e pensar novas formas de atuação. Foi um espaço singular, em que tivemos a oportunidade de aprimorarmos o nosso fazer pedagógico”, avaliou a orientadora pedagógica do Ensino Médio, Sharlene Marins Costa.


CONECTADOS 29

PORTFÓLIO ESTUDANTE FARROUPILHA Ferramenta disponível no Portal do Aluno permite o acesso a todas as atividades complementares realizadas durante a vida escolar Com o objetivo de auxiliar os estudantes após a conclusão do Ensino Médio, o

tas no Portal”, explica o analista de

Colégio Farroupilha lançou uma nova ferramenta no Portal do Aluno: o Portfólio

negócios do Setor de Tecnologia da

Estudante Farroupilha. A funcionalidade permite que os estudantes acessem

Informação (TI), Marcelo Bueno.

todo o portfólio de atividades complementares realizadas durante a vida escolar, como Grupo de Voluntariado, Grupo de Teatro, olimpíadas do conhecimento e demais projetos escolares. O recurso está disponível para os formandos consultarem suas participações em atividades a partir de 2016. As informações sobre os anos anteriores ainda devem ser solicitadas exclusivamente na Secretaria do colégio.

Lisiane Alvim Saraiva, psicóloga educacional do Ensino Médio, salienta que todas essas atividades também fazem parte do crescimento, desenvolvimento e amadurecimento dos estudantes. Destaca ainda que a ferramenta asse-

O recurso permite que essas atividades sejam usadas como parte do currículo

melha-se a um currículo profissional.

para o ingresso em universidades no exterior, assim como em aplicações para

“São experiências que valem a pena ser

vagas de emprego e intercâmbio. “Considero que o Portfólio seja uma parte

documentadas. Os estudantes, quando

importante do histórico dos estudantes dentro do Colégio Farroupilha, uma vez

saem da escola, já têm um currículo. Se

que essa ferramenta destaca as conquistas que nossos estudantes tiveram

eles aproveitarem todas as oportunida-

individualmente ou em grupos em diferentes atividades com fins pedagógicos

des que o Farroupilha dá, eles sairão

dentro da instituição. Tais atividades sempre estarão disponíveis para consul-

daqui com uma bagagem”, afirma.


30

CONECTADOS

AVALIAÇÃO COM A AJUDA DA TECNOLOGIA

Estudantes recebem o resultado da avaliação em tempo real

Aplicativos e ferramentas do Google for Education estão sendo utilizados por professores na realização de provas A fim de otimizar o trabalho do professor em sala de aula e tornar o ambiente educativo mais dinâmico para os estudantes, diferentes docentes utilizaram, durante todo o ano letivo, aplicativos e ferramentas do Google for Education para realizar avaliações em tempo real com turmas dos Anos Iniciais, Anos Finais e Ensino Médio. A iniciativa conta com o apoio do Setor de Tecnologia Educacional (TE) do colégio, que fornece os tablets e acompanha, se necessário, a avaliação. Na disciplina de Alemão com as turmas dos Anos Iniciais, Anos Finais e Ensino Médio, as professoras Alzira Correa e Valesca Altenhofen realizaram uma série de atividades avaliativas, trabalhos e jogos com o Nearpod, o Kahoot e as ferramentas do Google for Education. As docentes apontam a praticidade na hora da correção ao contar com a ajuda da tecnologia. “O resultado é imediato, e o professor pode acompanhar o desempenho do estudante em cada questão durante o teste. Pelo lado dos estudantes, recebemos um feedback bastante positivo. Percebemos um nível de concentração alto; além disso, eles demonstraram satisfação por obter o resultado imediatamente após a realização da


31

prova”, destacou Valesca. As docentes salientam, contudo, que se otimize esta forma de avaliação, mas sem esquecer que há outras complementares, como produção textual ou conversação. “Achei mais fácil fazer a avaliação dessa forma, em função da marcação da resposta direto na tela”, opinou a estudante Clarissa Burin, da 1ª série D. A professora de Língua Portuguesa do Ensino Médio, Gabriela Donadel, utilizou o recurso Formulário, da plataforma Google for Education, e elaborou uma prova online para as turmas da 1ª série. Como positivo, ela ressaltou os resultados imediatos, já que o Google formata gráficos a partir do desempenho dos estudantes, sendo possível ter uma visão individual e de turma em tempo real, e a linguagem da plataforma é muito mais atraente que no papel. “Além da agilidade do processo, há a questão da economia de papel: a sustentabilidade deve ser sempre um critério de avaliação para nossas ações. Com o tempo, será possível construir um banco de questões significativo, o que facilita o processo. Ou seja, é também um investimento a longo prazo”, avaliou. Débora Valletta, supervisora de TE do Farroupilha, lembrou que um dos desafios para o trabalho docente no contexto contemporâneo está relacionado em como avaliar os estudantes ao longo do processo da aprendizagem. “A substituição parcial das avaliações, ou simples atividades elaboradas no formulário online, permite que a coleta e a organização das respostas possam ser analisadas e comparadas para melhor tomada de decisão por parte do docente”, afirmou.

Professores estão satisfeitos com mais uma possibilidade de avaliação


32

PLANO DE VÔO

PRIMEIROS PASSOS COM O JORNALISMO Estudantes do GEF, dos Anos Finais e do Ensino Médio, lançaram a quarta edição do jornal O Clarim Em 1945, os ex-alunos Nisio Felipe Wasen e Leandro Telles criaram O Clarim, um jornal estudantil para melhorar a interação com os demais estudantes do Colégio Farroupilha. A publicação circulou até o ano de 1965, e, em 2015, 50 anos depois, o Grêmio Estudantil Farroupilha (GEF) retomou o jornal. Na sua primeira edição, veiculada no mês de julho, a matéria de abertura, de Lucas Lippert, Manoela Ruga e Thiago Castro, dizia: “Ressurge, assim, o jornal O Clarim – um espaço dedicado aos alunos e feito com a colaboração dos alunos”. Depois de duas edições, uma em 2015 e outra em 2016, O Clarim chegou a sua quarta edição em 2017. Neste ano, duas estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais, três da 1ª série do Ensino Médio e três da 3ª série do Ensino Médio foram os responsáveis por pensar na pauta, escrever as matérias e selecionar as fotos que compuseram a publicação. Gabriella Casagrande, estudante da 1ª série E e vice-presidente do GEF, contou que todos os estudantes, a partir do 8º ano, foram convidados a participar da produção do jornal, assim dando oportunidade a todos e não somente aos membros do Grêmio Estudan-


33

til. No mês de agosto, o grupo foi até a sede da Unisinos Porto Alegre para uma conversa com a coordenadora do curso de Jornalismo, Débora Gadret, e com a professora do mesmo curso, Anelise Zanoni. Durante o bate-papo, os estudantes aprenderam um pouco sobre a profissão, além de técnicas de entrevista e produção textual. Foi nesse momento em que os estudantes realizaram uma mesa redonda e definiram o conteúdo da publicação. “A gente se dividiu. Em alguns textos, duas pessoas escreveram; outros conteúdos foram individuais. A ideia era de que todos deveriam ter oportunidade”, explicou a estudante.

gio Farroupilha, Fábio Parise e Lisiane Alvim Saraiva, acompanharam os es-

No mês de setembro, os estudantes

tudantes durante o processo de pro-

retornaram à Unisinos para acertar

dução do jornal. “É um momento que,

os últimos detalhes da diagramação

além de aprenderem noções básicas

do jornal. A quarta edição traz ma-

de Jornalismo e de como se produz

térias sobre os XLV Jogos do Colégio

um jornal, os estudantes participam

Farroupilha e o projeto LAR (Labora-

da escolha das matérias, etc. Eles

tório Aberto de Residência), além de

mesmos dizem: ‘é o nosso espaço’.

destaques sobre eventos do GEF, a

Eles gostam muito, ficam motivados”,

miniempresa Spinlet S.A/E e a par-

analisou Fábio.

ticipação de estudantes na Asia International Mathematical Olympiad (AIMO), na Malásia. Formanda do Ensino Médio, Ana Paula Barreto Pereira, da 3ª série C, deu destaque à coluna Humans of Farroupilha, criada para que os estudantes conhecessem

Grupo participou de conversa sobre o processo de produção de um jornal, na Unisinos Porto Alegre

me ajudou a definir que é isso que quero. Fazer O Clarim me deu uma luz”, afirmou. “Foi muito importante para mim a participação n’O Clarim, porque eu planejo cursar Jornalismo, e esse é o meu último ano no colégio, então esse tipo de participação

Ao ver o jornal impresso, Gabriella fi-

em atividades extracurriculares são

cou orgulhosa de ter participado de

bem decisivas. Eu gostei de ver que

todo o processo. “Eu acho que essa

era um grupo de pessoas que tinham

experiência vai servir bastante para

muito interesse em Jornalismo, então

a escolha da profissão, porque eu

teve um envolvimento muito grande

gosto da área da comunicação, e isso

de todos”, complementou Ana Paula

mais sobre os educadores que trabalham no colégio. “Às vezes, achamos que conhecemos alguém, mas no

OS ESTUDANTES QUE FIZERAM O CLARIM:

fundo, não. A coluna mostra a perso-

• Ana Paula Pereira (3ª série C)

nalidade dos professores e dos fun-

• Camila Loukili (8º ano D)

cionários”, destacou.

• Elizabeth Plá (8º ano B)

Além da orientação pedagógica da professora Anelise, O Clarim recebeu o apoio de Vanessa Cardoso, responsável pelo projeto gráfico, e de Marcelo Garcia, diagramador e finalizador. Os psicólogos educacionais do Colé-

• Gabriella Casagrande (1ª série E) • Isabela Pizzolatti (1ª série A) • Manuella Sá (1ª série D) • Nathália Becker (3ª série C) • Pedro Paiva (3ª série F)


34

DESTAQUE

INICIAÇÃO ÀS PESQUISAS CIENTÍFICAS Estudantes dos Anos Finais e do Ensino Médio apresentaram os seus projetos na XI Mostra do Conhecimento e na XIII Mostra Científica

O último sábado do mês de setembro foi reservado para que os estudantes do Ensino Fundamental – Anos Finais e do Ensino Médio apresentassem os seus projetos de pesquisa desenvolvidos ao longo do primeiro semestre do ano letivo aos colegas, familiares e professores. Na XII Mostra Científica do Ensino Médio, os trabalhos seguiram os moldes das pesquisas de Iniciação Científica. Expostos em banners, eles continham o objetivo central do estudo, o referencial teórico, a metodologia utilizada e os principais resultados alcançados. As pesquisas foram desenvolvidas sob orientação de professores de diversas disciplinas e exploravam diferentes temas relacionados a distintas áreas do saber. Quem visitou o 3º andar também conferiu a exposição “A Arte através dos tempos”, na qual os estudantes do Ensino Médio, nas aulas de Artes Visuais, montaram uma linha do tempo, desde a Pré-História até a Arte Contemporânea, com obras representativas de cada período. Já as turmas dos Anos Finais das unidades Correia Lima e Três Figueiras reuniram-se para a XI Mostra do Conhecimento. As salas de aula e os corredores ficaram repletos de trabalhos, que foram apresentados pelos estudantes do 6º ao 9º ano a uma banca avaliadora. As produções foram realizadas nas diferentes disciplinas e compreendiam diversos assuntos. Entre os destaques, estão as adaptações cinematográficas de livros, como “A Moreninha”, “O príncipe e o mendigo”, “Senhora” e “Morro dos Ventos Uivantes”, feitas pelos estudantes do 7º ano, e as maquetes, feitas pelos estudantes do 9º ano, que recontavam acontecimentos marcantes da Segunda Guerra Mundial.


35

A MAGIA DO TEATRO Programação do XI Palco Farroupilha teve peças de um grupo argentino, de professora do colégio e de ex-aluna

A décima primeira edição do Palco Farroupilha trouxe novidades para os estudantes no mês de outubro. Como acontece há cinco anos, o grupo de teatro Buenos Aires Players, da Argentina, abriu o evento, com apresentações em Língua Inglesa. As turmas do 9º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais e da 1ª série do Ensino Médio assistiram ao espetáculo “Breaking Point”, que conta a história dos irmãos adolescentes Kevin e Connie. Já os estudantes dos 6os, 7os e 8os anos foram convidados para a peça “Sherlock”. A famosa obra de Saint-Exupéry, “O Pequeno Príncipe”, ganhou uma versão em inglês e foi apresentada às turmas dos 4os e 5os anos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais. A professora de Artes Cênicas do colégio, Lúcia Panitz, trouxe para o Palco Farroupilha a peça “O Mirabolante Rei das Tretas”, encenada pela companhia Quimera Criações Artísticas da qual ela faz parte. O espetáculo é inspirado nas obras “A Roupa Nova do Rei”, de Hans Christian Andersen, e “O Inspetor Geral”, de Nikolai Gogol. Apresentada aos estudantes dos 2os e 3os anos, a peça narra as aventuras e desventuras de um rei que faz de tudo para realizar o seu sonho de possuir a mais mágica e preciosa das roupas. O evento finalizou com a apresentação da ex-aluna, Luisa Vuaden, que concluiu o Ensino Médio no Farroupilha em 2012. Caracterizada como Florentina para uma esquete de Clown, ela divertiu as crianças do 1º ano. Durante a esquete, as turmas interagiram com a personagem e ajudaram-na a realizar um grande sonho: o de receber flores. Atualmente, a ex-aluna participa do projeto de extensão Doutores-Palhaços, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), que leva a arte para hospitais.


36

DESTAQUE

PEQUENOS FISCALIZADORES DO TRÂNSITO Turma do Nível 5 da Educação Infantil conquistou o terceiro lugar no 10° Prêmio EPTC de Educação para o Trânsito

O projeto “Ações para conscientização no trânsito da Educação Infantil – Gentileza no Trânsito”, desenvolvido pelas crianças do Nível 5E com o apoio da equipe de Recreação da Educação Infantil do colégio, foi agraciado com o terceiro lugar no 10º Prêmio EPTC de Educação para o Trânsito, atividade de cunho pedagógico e cultural que promove ações nas escolas em prol da vida e segurança no trânsito. O trabalho do Farroupilha foi selecionado entre mais de 50 escolas. Para desenvolver a temática sobre o trânsito, as crianças participaram de diferentes vivências. Inicialmente, a turma assistiu à peça de teatro “Pela estrada afora – um conto de fadas diferente”, realizada pela equipe de Educação para o Trânsito da EPTC, depois, em sala de aula, conversou sobre as regras de trânsito. Como tema de casa, ficou a tarefa de observar o trânsito no entorno de suas residências ou do Colégio Farroupilha, escolher placas, faixas e sinais para registrar, através de colagens, fotos e desenhos, em uma folha com o objetivo de compartilhar o aprendizado com os colegas. Além disso, no Pátio Coberto da Educação Infantil, há um minicircuito de trânsito, em que, diariamente, nos momentos de brincadeiras livres ou em propostas dirigidas, as crianças podem explorar e vivenciar as regras de trânsito de forma

Crianças participaram da cerimônia de premiação

lúdica, dirigindo carros de bombeiro, de polícia e caminhões, simulando a colo-


37

cação de combustível no posto de gasolina e utilizando as faixas de segurança para atravessarem as ruas. Há, ainda, a utilização de jogos para auxiliar na aprendizagem. “A partir do conhecimento de algumas sinalizações que fazem parte do cotidiano, como o semáforo e a faixa de segurança, além de algumas regras importantes, como usar o cinto de segurança e a cadeirinha ao andar de carro, a turma brinca de trânsito e, simbolicamente, as crianças assumem diferentes papéis, como de motorista, pedestre, agente de trânsito, entre outros”, explicou a professora da turma, Cátia Mata. Para a inscrição no prêmio da EPTC, as crianças conversaram com a professora, Cátia Mata, e com a recreacionista da Educação Infantil, Patrícia Teixeira da Silva, sobre o que já sabiam sobre o trânsito e realizaram desenhos em grupos sobre as aprendizagens. “Senti uma satisfação imensa de perceber que as crianças são agentes de transformação. Que gentileza se aprende com exemplos, com modelos e que os pequenos de hoje são os que lá no futuro irão apurar a cidadania, o respeito coletivo, a gentileza e, com certeza, irão construir um mundo melhor para todos. Em parceria com a família, a escola é muito importante no trabalho de reflexão, de ação e de conscientização das regras de convivência. Devemos seguir conversando, oportunizando vivências e experiências, sendo protagonistas, crianças, educadores e famílias para educar para a convivência no trânsito”, afirmou Cátia.

Pátio da Educação Infantil conta com um minicircuito de trânsito para as turmas usarem


38

DESTAQUE

Mostra interativa trouxe relatos de situações reais para estimular a empatia

EMPATIA PARA PREVENIR O BULLYING Estudantes de todos os níveis de ensino participam de atividades com foco na empatia e na convivência escolar no Dia Mundial de Combate ao Bullying Inspirado no Museu da Empatia, em especial no projeto internacional, “A Mile in My Shoes”, o Colégio Farroupilha promoveu, no mês de outubro, a exposição “Em seu lugar”. Nela, os estudantes do Ensino Fundamental – Anos Finais e do Ensino Médio, além de familiares e educadores, foram convidados a exercitar a empatia a partir da escuta de um relato em áudio sobre um fato marcante na vida de alguém. Para ajudá-los a mergulhar na história, uma sala foi ambientada com cabines espelhadas, caixas com objetos que remetem às histórias e vendas para os olhos. “Buscamos, por meio da empatia com as histórias ouvidas, despertar sentimentos que auxiliem no desenvolvimento de relações mais saudáveis, com menos intolerância, preconceito e desigualdade. Sem a empatia, o respeito pelo sentimento do outro não acontece”, explica a psicóloga educacional, Greicy de Araújo. Ao todo, 20 relatos abordaram temas, como bullying e convivência na escola, preconceito racial, superação de doença na família, diagnósticos de anorexia, autismo e TDAH, abandono na infância, dificuldades financeiras e experiência da maternidade. Os depoimentos foram gravados em formato de áudio por estudantes do Grupo de Teatro do Colégio, em parceria com a ESPM-Sul. As


39

sessões direcionadas aos estudantes foram mediadas por professores, psicólogos e orientadores educacionais. “Eu saio daqui pensando muito mais sobre olhar para o mundo com um olhar diferente”, ressaltou a estudante do 9º ano B, Mariana Kude Perrone, após visitar a exposição.

FOCO NA CONVIVÊNCIA ESCOLAR Os estudantes de todos os níveis de ensino participaram de ações alusivas ao Dia Mundial de Combate ao Bullying (20 de outubro), voltadas à convivência escolar. As crianças da Educação Infantil participaram de um teatro com a adaptação da história “O peixinho do arco-íris”, que traz uma mensagem sobre aprender a compartilhar e sobre a importância da amizade. “Laís, a fofinha” conta a história de uma menina que é alvo de bullying por colegas de sua nova escola. Ela sente-se sozinha e rejeitada, por isso não conversa com ninguém sobre o assunto. Essa foi a história trabalhada com as turmas do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais. Além de ouvir a narrativa, os estudantes produziram desenhos e textos sobre como agir em situações de desrespeito. Já as turmas do 4º e do 5º ano tiveram uma experiência similar à exposição “Em seu Lugar”. Em sala de aula, foram convidadas a vendar os olhos e ouvir um áudio com um relato real sobre bullying. Após a escuta, conversaram, mediadas pelos professores, sobre como estimular a empatia no ambiente escolar. Em seguida, registraram, coletivamente, o que ‘curtiram’ e o que ‘não curtiram’ nos fatos narrados na história e, em duplas, fizeram uma produção textual sobre suas percepções acerca do relato ouvido.

“Como educadoras, percebemos o envolvimento, a sensibilidade e a reflexão alcançada pelos estudantes. Mais do que sensibilização, conseguimos identificar uma mudança de postura nos estudantes em situações posteriores, que é o verdadeiro objetivo da atividade”, destacaram as professoras dos Anos Iniciais Elisandra de Moraes Fagundes e Mirna Rodrigues.


40

DESTAQUE

PESQUISAS PARA ALÉM DA SALA DE AULA Estudantes do Colégio Farroupilha apresentaram trabalhos científicos em eventos da Feevale, PUCRS e UFRGS Muitos dos trabalhos que são apresentados nas Mostras Científicas do Farroupilha pelos estudantes do Ensino Fundamental – Anos Finais e do Ensino Médio extrapolam as paredes da sala de aula e ganham destaque em eventos de universidades. No segundo semestre, diferentes projetos foram selecionados para o XII Salão UFRGS Jovem, o Espaço Jovem Cientista, evento promovido pelo Museu de Ciências e Tecnologia (MCT) da PUCRS em paralelo ao 18º Salão de Iniciação Científica, e a Feira de Iniciação à Pesquisa (FIP), da Feevale. No XII Salão UFRGS Jovem, o Farroupilha esteve representado por nove trabalhos: um da Educação Infantil, seis do Ensino Fundamental – Anos Finais e dois do Ensino Médio. Os projetos “Lixeiras Automáticas”, do 7º ano, e “Bioinseticida”, da 1ª série, foram destaque no evento e receberam um troféu na cerimônia de premiação. “Foi muito legal participar do Salão. A gente já estava bem feliz Dois projetos de pesquisa foram premiados no XII Salão UFRGS Jovem

pelo trabalho ter sido aceito. Chegando lá, foi supertranquilo, os avaliadores deixaram a gente bem à vontade”, afirmou a estudante Maria Antônia Bertuzzo Brum, da 1ª série E.


41

Já no Espaço Jovem Cientista, seis

tas realizadas e um jogo da memória

projetos de pesquisa de estudantes

dos animais ovíparos pesquisados.

do 9º ano e da 1ª série do Ensino Médio foram avaliados por uma banca. Os trabalhos da 1ª série “A mídia e a evolução dos padrões de beleza” e “É possível um mundo sem abelhas? A influência de polinizadores no espaço urbano” receberam destaque. O Colégio Farroupilha também esteve presente na Feira de Iniciação à Pesquisa (FIP), da Feevale, com sete trabalhos científicos: cinco de estudantes do 6º ano, um do 7º ano e um do Nível 5 da Educação Infantil.

Já a turma do Nível 5B esteve na Feevale mostrando os resultados do projeto “Precisamos salvar o nosso planeta”, que surgiu por meio do interesse e da curiosidade das crianças sobre os assuntos relacionados aos cuidados com a natureza. Durante o primeiro semestre do ano letivo, as crianças fizeram desenhos da natureza utilizando fotografias, cultivaram a Horta da Educação Infantil, visitaram os Laboratórios de Biologia e Química, confeccionaram fantoches com descartes, conversaram com di-

CRIANÇAS NO UNIVERSO CIENTÍFICO

ferentes profissionais e construíram

Duas turmas da Educação Infantil

preservação do meio ambiente.

tiveram uma experiência no mundo científico nos eventos da UFRGS e da Feevale. “De qualquer ovo podem nascer os bichinhos?” foi o projeto do Nível 3B exposto no XII Salão UFRGS Jovem. O projeto, desenvolvido ao longo do primeiro semestre, buscava instigar a curiosidade das crianças por meio da pesquisa, possibilitar a vivência com a natureza de forma concreta, bem como descobrir quais animais nascem de ovos. Após pesquisas e aulas que exploraram a troca de experiências com vários setores do Farroupilha, as crianças elaboraram um roteiro com as descober-

um folder e um painel com mensagens de cuidados com a natureza e

Farroupilha foi destaque com dois trabalhos no Espaço Jovem Cientista, da PUCRS, e participou de evento na Feevale


42

DESTAQUE

NO MUNDO DA LITERATURA Estudantes do 5º ano participaram da primeira edição da Gincana Literária

O primeiro livro da saga “Rangers – a ordem dos arqueiros”, de John Flanagan, foi o escolhido pelos professores do Ensino Fundamental – Anos Iniciais para ambientar a 1ª Gincana Literária, atividade que envolveu as turmas do 5º ano das unidades Correia Lima e Três Figueiras no mês de setembro. A proposta trabalha a integração das turmas e o encantamento pela Literatura. “Quando escolhemos livros, além dos conteúdos observados, queremos que sejam leituras prazerosas para que os estudantes percebam que ler é muito divertido”, explicou a professora Mirna Rodrigues. Cada turma precisou escolher um nome e criar um brasão para sua equipe; e, juntas, tinham de desvendar pistas para cumprir tarefas, como montar quebra-cabeças, encenar esquetes com trechos do livro, responder a perguntas sobre a era medieval, discutir um caso de bullying que acontece com um personagem da trama, brincar de cabo de guerra, entre outras. Caracterizados como personagens da obra, os estudantes também fizeram um banquete medieval coletivo. A atividade foi aprovada pelos estudantes, que se sentiram desafiados com as tarefas e incentivados a lerem outros livros. “Eu achei a Gincana bem legal, porque é uma atividade interativa e fora do comum’, comentou a estudante Carolina Pinheiro Flores, do 5º ano B. “O livro é bem legal e eu quero ler mais livros como esse”, completou.


43

DO QUE AS CRIANÇAS GOSTAM? Oficina de Criação chega à 6ª edição com atividades para as crianças e famílias da Educação Infantil

Ao longo do ano letivo, as crianças da Educação Infantil passam por diversos processos criativos, utilizando materiais recicláveis, como papelão, plástico e jornal. Todos esses trabalhos puderam ser conferidos pelas famílias na 6ª edição da Oficina de Criação, no mês de outubro. Além disso, diferentes oficinas foram preparadas para que todos colocassem a mão na massa. A exposição exibiu trabalhos coletivos e individuais das turmas do Berçário ao Nível 5, como pinturas e modelagens, unindo os estudos dos projetos das turmas. Nos corredores e nas salas de aula, as famílias viram obras de arte sobre os oceanos, os animais, as plantas, os cuidados com o Planeta Terra, os vulcões, as rochas, a extinção dos dinossauros, o corpo humano, as brincadeiras e as artes rupestre, tribal africana e egípcia. Entre as oficinas propostas estavam: brincando com música, expressão criadora com colagens, pintura nos cavaletes, modelagem com argila, montagens com descarte criativo, colagens com elementos da natureza, balangandãs de papel crepom, carimbolândia, vídeos de artes, massinha caseira com glitter, confecção de mandalas com elementos da natureza, montagens do corpo humano e de dinossauros, criando com argila, recorte e colagem e buffet de materiais. “A exposição reforça e traduz a importância das manifestações artísticas infantis serem desenvolvidas em espaços lúdicos e estimulantes. Imprescindível para criar é dialogar com o nosso entorno e com o outro. E isso, além de fundamental, aconteceu plenamente nos momentos das criações, em nosso ateliê e nos muitos espaços da nossa escola”, destacou a coordenadora da Educação Infantil, Cleusa Beckel.


44

DESTAQUE

DANÇAS E ESTILOS MUSICAIS Tema foi apresentado durante o desfile de abertura da XLV edição dos Jogos do Colégio Farroupilha pelos estudantes de todos os níveis de ensino Definido pelo Grêmio Estudantil Far-

çaram a canção “Olha pro céu, meu

rota de Ipanema” e “Burguesinha”. As

roupilha (GEF) e pela Comissão de

amor”, de Luiz Gonzaga do Nascimen-

apresentações dos 8os anos envolve-

Formatura do Ensino Médio, o tema do

to e José Fernandes. O grupo do 3º

ram a cultura pop, um nashop de três

desfile de abertura da XLV edição dos

ano, vestido com cores típicas, trou-

músicas da Jovem Guarda e os bailes

Jogos do Colégio Farroupilha foi “Dan-

xe cada uma das ilhas dos arquipé-

da época, a música clássica e a Valsa

ças e Estilos Musicais”. Realizado no

lagos dos açores e apresentou uma

das Flores, uma peça de ballet de “O

mês de setembro, o evento reuniu fa-

das versões da música do Pezinho. O

Quebra-Nozes”. Encerrando o desfile

mílias, estudantes e ex-alunos na Pis-

público aprendeu sobre a música ita-

das turmas dos Anos Finais, os estu-

ta Atlética. Os primeiros a desfilarem

liana com as turmas do 4º ano. Já os

dantes dos 9os anos mostraram para

foram os pequenos do Berçário, Nível 1

estudantes do 5º ano apresentaram

o público o sertanejo, o eletrônico e

e Nível 2 com a música Superfantásti-

a história do compositor Ludwig Van

o jazz. Os estudantes da 1ª série do

co Amigo, do Balão Mágico. Já as crian-

Beethoven, considerado um dos pila-

Ensino Médio apresentaram o pago-

ças dos Níveis 3, 4 e 5 prepararam a

res da música ocidental.

de, o tango e o forró. Os ex-alunos

música Carrossel de Esperança.

Nos 6os anos, os desfiles contempla-

Os estudantes dos Anos Iniciais tam-

ram o frevo, a valsa, as comemora-

bém se prepararam para o desfile.

ções de uma festa de 15 anos, o rock

As turmas do 1º ano representaram

e o Rock in Rio. As turmas dos 7os ano

a música tradicional gaúcha. Os fes-

apresentaram a música country, o

tejos juninos foram escolhidos pelos

axé, a MPB e duas mob’s, uma tradi-

estudantes dos 2os anos, que dan-

cional e outra contemporânea de “Ga-

também tiveram um momento especial e puderam desfilar e relembrar os tempos de Farroupilha. Os formandos da 3ª série emocionaram-se bastante no último desfile e escolheram como tema o Carnaval. O evento foi encerrado com uma queima de fogos.


BRINCANDO NAS

PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 18/12/2017 A 09/02/2018 PARA CRIANÇAS DOS NÍVEIS 3, 4 E 5 DA EDUCAÇÃO INFANTIL E

ESTUDANTES DO 1º AO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS INICIAIS.

Inscrições na Secretaria!

Mais informações em www.colegiofarroupilha.com.br


DENTRO DO AMBIENTE EDUCATIVO, USE O SEU CRACHÁ! A SUA IDENTIFICAÇÃO É MUITO IMPORTANTE PARA A SEGURANÇA E A AGILIDADE NA HORA DE ACESSAR O COLÉGIO. Acesso para as famílias Das 7h15 às 8h30, das 11h30 às 14h e após as 17h. Obs: em caso de perda do crachá, solicite um novo na Recepção de Alunos.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.