Revista Farroupilha | Edição de Julho a Setembro de 2020

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ANO XXVIII | N. 138 | JULHO A SETEMBRO DE 2020

PRIMEIRA INFÂNCIA NO COLÉGIO FARROUPILHA Primeiro lugar no Enem em Porto Alegre

Reencontro para amenizar a saudade da Educação Infantil

Confira algumas aulas e atividades on-line realizadas na quarentena


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EXPEDIENTE N. 138 – Edição de Julho a Setembro de 2020 da Revista Farroupilha

EDITORIAL

O DESENVOLVIMENTO INFANTIL NO COLÉGIO FARROUPILHA

Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858 - ABE 1858 Fernando Carlos Becker

A tradição de educar crianças existe desde o início da história do

Diretora Pedagógica Marícia Ferri

A partir de 1929, depois de ser administrado pela Ordem Auxiliadora

Diretor de Administração e Finanças Milton Fattore Jornalista Responsável Manoela Andrade Scroferneker (MTB 13648) Textos Cristiane dos Santos Parnaíba Manoela Andrade Scroferneker Criação e Design Matheus Luiz Abreu Menezes Monica Figueiredo Dawud Roberto Osiris da Silva Filho Comunicação e Marketing comunicacao@colegiofarroupilha.com.br Diagramação e Projeto Gráfico Carolina Fillmann – Design de Maria www.designdemaria.com.br Revisão Textual Laboratório de Português Capa Caetano Streck Campis, do Nível 1, e Santiago Streck Campis, do Nível 3 da Educação Infantil do Colégio Farroupilha, com os pais, Teodoro Rosenfield Campis e Maria Luiza Schafer Streck. Ouvidoria Farroupilha ouvidoria@colegiofarroupilha.com.br (51) 3455-1889 Tiragem 2.500 exemplares Versão Online www.colegiofarroupilha.com.br

Colégio Farroupilha. Em 1911, a ABE 1858, mantenedora da instituição, foi pioneira ao fundar o primeiro Jardim de Infância de Porto Alegre. das Senhoras Evangélicas, foi novamente estabelecido em 1972, já no bairro Três Figueiras. Com o passar dos anos, a Educação Infantil do Colégio passou por mudanças, tanto pedagógicas quanto físicas, e é reconhecida por inúmeras famílias que procuram o Farroupilha ou que já passaram pela instituição. Na edição de julho a setembro da Revista Farroupilha, a matéria especial tem como tema a primeira infância e aborda o trabalho desenvolvido nos cinco níveis da Educação Infantil do Colégio, assim como os marcos do desenvolvimento e a sua importância, os ambientes do Farroupilha - sempre pensados na perspectiva da aprendizagem das crianças - e as atividades realizadas para os pequenos durante a quarentena. A publicação traz, ainda, algumas aulas e atividades on-line desenvolvidas no período de estudos domiciliares e o encontro do Cuidar é Básico com a psicóloga Giuliana Chiapin. Além disso, são apresentadas as premiações que o Colégio recebeu na Educa Week e no GEduc 2020 e, também, a primeira colocação do Farroupilha no Enem 2019 no ranking das escolas públicas e privadas de Porto Alegre. Tais reconhecimentos são motivo de orgulho para todos e demonstram a seriedade e o compromisso da instituição com a missão de educar para formar cidadãos competentes, éticos e globais. No encarte da Farroupilha Kids, as crianças da Educação Infantil e do Ensino Fundamental – Anos Iniciais podem se divertir com alguns passatempos retirados do almanaque produzido em comemoração ao Dia Mundial do Brincar. Boa leitura!

Fernando Carlos Becker Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858


SUMÁRIO 3

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11

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38

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NESTA EDIÇÃO | #138 6

A história da Biblioteca Manoelito de Ornellas

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Corrente do Bem

10

Novo cenário da educação com tecnologia

38

Programa de Combate ao Coronavírus: uma questão de cuidado

11

Os desafios emocionais de pais e filhos na quarentena

40

Farroupilha presente em eventos de educação


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OPINIÃO

SER CRIANÇA NO COLÉGIO FARROUPILHA Por Cleusa Beckel, Coordenadora da Educação Infantil do Colégio Farroupilha A Educação Infantil do Colégio Farroupilha incorpora, de maneira articulada, as funções de cuidar e educar. As turmas são organizadas do Berçário ao Nível 5, de acordo com a faixa etária. Na rotina diária, são oportunizadas experiências diversas nas quais as crianças articulam seus saberes e fazeres, convivem com outras crianças e adultos e expressam-se por meio de diferentes linguagens. As situações de aprendizagem são planejadas de acordo com as Matrizes Curricular, Socioemocional e de Brincadeiras do Colégio. Nelas estão presentes os Direitos e Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento, articulados aos Campos de Experiências específicos para cada faixa etária. Partimos do pressuposto de que a criança conhece o mundo como um pesquisador curioso, atento, e que nesse processo é protagonista e produtor de teorias interpretativas. A prática pedagógica acontece por meio de projetos nos quais os temas a serem pesquisados são escolhidos com as crianças, considerando suas curiosidades, seus questionamentos e conhecimentos prévios a respeito do assunto. Dessa forma, cada criança é protagonista e participante ativa de todas as etapas do processo, da seleção à articulação daquilo que será estudado, abrindo diferentes possibilidades para que ela se aproprie do conhecimento. De acordo com os projetos e a partir do Nível 3, são realizadas saídas de estudos visando enriquecer as explorações sobre o tema de pesquisa. Destaco, ainda, como diferenciais da Educação Infantil, a integração com as famílias na Sede Campestre, em Viamão, os Informativos Semanais com notícias da turma, a Festa do Nome do Nível 4, o primeiro caderno no Nível 5, a semana em comemoração ao Dia Mundial do Brincar, a Gincana das Cores, os projetos realizados para os Diálogos Criativos na Educação Infantil: Também Somos Autores e a Exposição da Oficina de Criação, a Roda dos Sentimentos, as Assembleias Escolares, entre outros. Durante o ano, oportunizamos encontros individuais com as famílias e reuniões pedagógicas para acompanhamento do trabalho desenvolvido e troca de informações sobre a criança. Ao final de cada semestre, é entregue um Relatório de Avaliação contendo a caminhada da turma e o desenvolvimento da criança. A equipe da Educação Infantil está em constante formação por meio de reuniões pedagógicas, grupos de estudos e participação em eventos educacionais. A busca pela qualificação das nossas práticas está alinhada com a missão do Colégio de educar para formar cidadãos competentes, éticos e globais, que tenham condições de desenvolver suas próprias habilidades.


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ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS Por Danielle Wertonge, Cátia Mata, Franciele Andriotti, Luciana Jantsch e Raquel Lima, professoras da Educação Infantil do Colégio Farroupilha

Catia Goncalves Mata

Danielle Campos Wertonge

Na Educação Infantil, a aprendizagem acontece de forma lúdica, por meio de observações, interações e brincadeiras, a partir de propostas alinhadas com as Matrizes Curricular, de Brincadeiras e Socioemocional do Colégio Farroupilha. As propostas são planejadas com intencionalidade pedagógica e oportunizadas de acordo com os objetivos de aprendizagem de cada nível de ensino, considerando os Campos de Experiência. O Colégio Farroupilha disponibiliza diversos espaços (Biblioteca, Laboratórios de Aprendizagem, Sala de Psicomotricidade, Sala de Ginástica, Pista Atlética, entre

Franciele Cascaes Andriotti

outros) os quais oportunizam muitas descobertas que passam pelo simbolismo infantil. Nas atividades ao ar livre, além de brincar com areia e de construir conceitos como cheio, vazio, leve e pesado, as crianças também exploram os brinquedos, exercitando sua motricidade ampla. Desde muito cedo, de forma natural, a curiosidade faz parte do cotidiano do universo infantil. Os bebês, as crianças bem pequenas e as crianças pequenas exploram o mundo à sua volta, investigam, criam hipóteses e, a partir da aquisição da fala, realizam perguntas sobre o que desejam descobrir. Com os projetos desenvolvidos pelas turmas, são oportunizadas atividades que visam ao desenvolvimento de cada criança e

Luciana Totti Jantsch

do grupo, estimulando a pesquisa e as narrativas. As vivências e as experiências vão sendo ampliadas e passam a acontecer com um grau maior de complexidade conforme o nível de ensino. Com os ambientes propícios e as mediações dos professores, as crianças realizam descobertas e constroem seu conhecimento. Pensa-se no brincar como sendo a peça fundamental para o desenvolvimento infantil e, dessa forma, o Colégio conta com uma Matriz específica de Jogos e Brincadeiras, a qual norteia as práticas desenvolvidas na escola ao longo do ano letivo. Ressalta-se que cada criança tem seu tempo de desenvolvimento que deve ser respeitado.

Raquel Santos de Lima


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MEMÓRIA FARROUPILHA

A HISTÓRIA DA BIBLIOTECA

Manoelito de Ornelas Espaço localizado na unidade Três Figueiras existe desde 1968 e, juntamente com a Biblioteca Kids e a da unidade Correia Lima, possui um acervo de mais de 30 mil obras Adorada pelos leitores e por aqueles que buscam um pou-

histórias (1858-2008), Volume 2, destacou que as turmas

co de silêncio para se concentrar em um trabalho ou uma

fizeram uma competição para ver quem conseguia uma

atividade, a Biblioteca principal do Colégio Farroupilha

maior quantidade de dinheiro.

passou por inúmeras transformações desde a sua inauguração em 12 de outubro de 1968. Alguns meses antes da sua criação, o Colégio iniciou uma campanha chamada “Ação Biblioteca”, que tinha como objetivo arrecadar fundos para a construção do acervo de livros. A diretora da época, Vera Matte, em depoimento ao livro Do Deutscher Hilfsverein ao Colégio Farroupilha/RS - memórias e

Na data da inauguração, o acervo era composto por cerca de 5 mil livros, mil gravuras e recortes e 500 folhetos, e toda a estrutura da Biblioteca foi projetada pela ex-aluna e arquiteta Luiza Petrik, cuja mãe, Irene Petrik, era professora do Colégio na época. Já em 1969, aconteceu a eleição para a escolha do patrono que daria o nome à Biblioteca: Manoel


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de Araújo Pôrto Alegre, João Simões Lopes Neto, Francisco Vieira Caldas Jr., Alceu Wamosy, Alcides Castilho Maya e Manoelito de Ornellas foram alguns dos nomes sugeridos, todos ligados à literatura do Rio Grande do Sul. Estudantes, professores e demais funcionários elegeram o último nome, Manoelito de Ornellas, grande conhecedor da história do Estado, autor de várias obras, professor das Universidades Federais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, jornalista e diretor da I Imprensa Oficial e da Biblioteca Pública. No ano da inauguração da Biblioteca, ele recebeu o Prêmio Joaquim Nabuco, da Academia Brasileira de Letras. Já a Bibliotequinha foi criada em 1976 como um espaço de atendimento às crianças do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais. Além do empréstimo de livros, o local promovia atividades como hora do conto e teatro. Antes de 1968, não havia registro de biblioteca no Colégio Farroupilha, apenas um depósito de livros que eram doados, pois os materiais de ensino eram comprados pelos professores ou pelos próprios estudantes.

MODERNIZAÇÃO CONSTANTE A Biblioteca do Colégio já passou por diferentes melhorias desde a sua inauguração. Entre os anos de 1999 e 2001, o espaço físico foi ampliado e modernizado por meio de um convênio entre a mantenedora do Colégio, a ABE 1858, e o Governo Federal, que permitiu a arrecadação de recursos para adquirir novos computadores, estantes, livros e para implantar um sistema de ar-condicionado. Em 2012, o local ganhou novas cadeiras, mobiliário e computadores para pesquisa e começou a adotar novos procedimentos e medidas educativas, como a renovação do Regulamento. Além disso, a Biblioteca implantou o sistema Pergamum para o gerenciamento do acervo, o que permitiu efetuar empréstimos informatizados, identificar as obras nas estantes através das lombadas impressas, consultar materiais disponíveis no acervo por meio de um catálogo on-line, verificar a disponibilidade de livros e a data de devolução, reservar as obras que estavam emprestadas e renová-las para que não ficassem em atraso. Seis anos depois, em 2018, a Biblioteca foi novamente reformulada, ganhando mobiliário novo, espaços alternativos para leitura e duas salas para estudos em grupo. Os computadores de mesa foram substituídos por equipamentos móveis, facilitando a pesquisa em diferentes configurações, e a busca no catálogo agora é feita em tablets fixados à frente das estantes de livros. A Biblioteca Kids, voltada para atividades da Educação Infantil e dos primeiros anos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, foi integrada à biblioteca, e a “Hora do Conto”, atividade de contação de histórias, ganhou um espaço próprio, com acesso independente. O empréstimo de livros pode ser feito por estudantes, ex-alunos com cartão Alumni, educadores e responsáveis por estudantes. Além da indicação e do empréstimo de livros, a Biblioteca organiza eventos que envolvem o prazer pela leitura, como a Semana Literária. O acervo, de aproximadamente 30.500 obras, é distribuído entre a Biblioteca Geral (unidade Três Figueiras), a Biblioteca Kids e a Biblioteca da unidade Correia Lima.


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O LIVRO DA MINHA VIDA

INFÂNCIA COM LEITURA Nesta edição, convidamos mães de estudantes do Colégio para relembrarem os livros lidos na infância e a relação dos seus filhos com a literatura MARIA DO CARMO HORNOS STEFFENS, ASSESSORA DA ÁREA DE LINGUAGENS, PROFESSORA DO LABORATÓRIO DE PORTUGUÊS DO COLÉGIO FARROUPILHA E MÃE DO ESTUDANTE BENJAMIN ANTÔNIO STEFFENS COLLING, DO NÍVEL 5B. Qual livro lido na infância você acredita que tenha marcado sua vida de leitora? Acho que foi o Éramos seis, que li com uns 10 anos. Achei dramático e bonito ao mesmo tempo. Outra coisa que acho que foi muito marcante para a minha vida como leitora foi o fato de meu pai gostar de contar histórias. Quais são as obras que você conheceu na infância e hoje lê com seu filho? Apresentei para o Ben a Turma da Mônica, a minha leitura favorita na Como você descobriu os livros?

primeira infância. Tenho o maior orgulho disso, porque ele ama qua-

Descobri os livros sendo, antes, uma leitora voraz

drinhos. Agora, estamos começando a ler juntos Monteiro Lobato. A

de revistas em quadrinhos. Depois, vieram os livros

primeira ida da Narizinho ao Reino das Águas Claras é fascinante.

proibidos da casa. Sim, uma das coisas que me fez

Qual é, hoje, a sua obra de literatura infantil preferida?

leitora foi o fato de alguns livros, na minha casa, se-

Atualmente, é a obra que estamos lendo, eu e Ben: Contos da Caro-

rem proibidos. Edgar Allan Poe era um dos autores

chinha, da Turma da Mônica. São contos clássicos adaptados. Antes

de obras “perigosas para as crianças”, porque tinha

de ser mãe, era contra adaptações de obras clássicas. Hoje, acho

a história do gato preto e outros contos fantásticos

que uma boa adaptação pode ser um bom começo. O problema é

que, na imaginação de uma criança, ganhavam um

ficar nelas.

tom mais arrepiante do que para os leitores adultos.

Qual a importância dos livros na sua vida e na formação de

Depois veio O inferno, de Dante, e outras interdições. Mas... a proibição fixa o interesse, alguém já disse. No meu caso, foi bem assim. O primeiro livro: qual foi e quem leu para você? O primeiro livro foi o velho e bom conto de fadas, mais especificamente, A Branca de Neve, que minha mãe contava oralmente e também lia. Era um livro bem velho, que tínhamos em casa, o que, na minha opinião, dava mais força, cheiro e textura àquele momento. Qual foi o primeiro livro que você leu sozinha? As aventuras do avião vermelho, do Érico Veríssimo.

seu pequeno leitor? Posso dizer que os livros determinaram quem eu me tornei, a profissão que escolhi e a maior parte das escolhas que fiz na vida. Quero, por isso, que o Ben seja muito feliz entre os livros como eu sou. Vocês têm sempre um livro aberto em suas vidas? Qual está aberto agora? Sempre estamos lendo algo. Os contos da carochinha é um desses livros, como já disse, mas, à noite, não pode faltar a leitura de algum que fale sobre como vivem (ou viveram) os animais, principalmente se forem dinossauros. Dinossauros, da Focos, é um livro que já li algumas vezes para o Ben, mas nunca é demais saber sobre um mundo maravilhoso que se extinguiu.


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LARISSA FIALHO MACIEL LONGO, MÃE DOS ESTUDANTES LUÍS OTÁVIO MACIEL LONGO, DO NÍVEL 4C, E DA MARIA CLARA MACIEL LONGO, DO 4º ANO B. Como você descobriu os livros? Descobri os livros através dos meus pais, pelo incentivo deles, bem como através da escolinha que eu ia.

Qual é, hoje, a sua obra de literatura infantil

O primeiro livro: qual foi e quem leu para você?

preferida?

O primeiro livro que chegou em minhas mãos e que eu me lembro muito

Com certeza, o livro O Pequeno Príncipe. Levo

bem foi O Mundo da Fantasia, ele apresenta Os Mundos Encantados de

para a minha vida o que a raposa disse para o

Walt Disney, eu o ganhei em 25.10.1980, em comemoração ao dia das crian-

pequeno príncipe: “Tu te tornas eternamente res-

ças. É um clássico! Ele conta as históricas da Bela Adormecida, do Pinóquio,

ponsável por aquilo que cativas”. Essa frase, no

do Pedro e o Lobo, da Branca de Neve, do Dumbo, dos Três Porquinhos, en-

meu ponto de vista, é sempre atual e tem a ver

tre outras. Guardo-o com todo o amor e carinho, pois foi a minha madrinha

com valores, com empatia (em que pesem as inú-

que me presenteou! Em virtude do tempo, ele foi encadernado para poder

meras interpretações existentes em torno dela).

passar de geração em geração. A minha mãe, o meu pai e a minha dinda

Qual a importância dos livros na sua vida e

liam-no para mim. Minha mãe ainda se recorda desses momentos e me

na formação de seu pequeno leitor?

contou que eu pedia para ouvir as historinhas porque gostava muito.

Pois bem, os livros e a leitura têm total relação

Qual foi o primeiro livro que você leu sozinha?

com a minha profissão (advocacia). O meu es-

Não me recordo ao certo qual foi o primeiro. Faz alguns bons anos. Entre-

poso e eu sempre comentamos com os nossos

tanto, tenho vários guardadinhos na minha casa, os quais, de acordo com

filhos que, na nossa vida, sempre vamos precisar

a faixa etária, vão, aos poucos, sendo lidos pela minha filha Maria Clara ou

ler. É através da leitura que o nosso vocabulário

estão sendo contados para o meu filho Luís Otávio. Eu gostava muito de

torna-se melhor, que conseguimos interpretar

ler (e vender) gibis também!

melhor (inclusive, a matemática, por vezes temi-

Qual livro lido na infância você acredita que tenha marcado sua

da) e que podemos “viajar” por vários lugares! O

vida de leitora?

importante é ler, seja qual for a razão!

O Pequeno Príncipe! Tenho uma versão superantiga dele e também enca-

Vocês têm sempre um livro aberto em suas

dernada. Ele foi do meu padrinho, o qual me presenteou quando eu ainda

vidas? Qual está aberto agora?

era criança.

Em casa, as crianças, o meu esposo e eu sem-

Quais são as obras que você conheceu na infância e hoje lê com

pre estamos lendo algo. A Maria Clara tem lido

seu filho? Os clássicos da Disney são eternos, são obras que jamais deixarão de ser lembradas! O Colégio, inclusive, trabalha com vários deles. Em diversas ocasiões, os professores e os funcionários vestem-se de príncipes e de princesas! Casualmente, nesta semana, nas atividades

os livros indicados pelo Colégio. Antes de dormir, lemos para o Luís Otávio. Nesse momento tão delicado em que estamos vivendo, em vez de ler, resolvi escrever acerca disso, através de um diário, presente que ganhei de uma grande amiga.

on-line do Luís Otávio, a professora Danielle Wertonge comentou que existe uma história em que a personagem da bruxa transforma-se em

* A iniciativa conta com a parceria da

uma idosa e envenena uma maçã para fazer a princesa dormir. Depois,

professora de Língua Portuguesa do

questionou se ele sabia que história era essa e sugeriu que fosse feito

Ensino Médio, Ludmilla Mazzini, da

um carimbo de maçã! A propósito, eu sou apaixonada pelo conto da

orientadora pedagógica do Ensino Médio,

Branca de Neve (minha mãe e minha filha também)!

Sharlene Marins Costa, e da bibliotecária do Colégio, Maricélia Cezar.


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CONECTADOS

NOVO CENÁRIO DA EDUCAÇÃO COM TECNOLOGIA FarroupsTECH, a semana de Tecnologia Educacional do Colégio, ganhou uma edição especial para educadores no mês de junho

Realizada anualmente no mês de abril,

sor Marlon Brunetta utilizou a plataforma

a FarroupsTECH, a semana de Tecno-

Mentimeter para promover interação com

logia Educacional do Colégio, precisou

os participantes, mostrando aos profes-

ser remodelada e aconteceu de ma-

sores que estavam na live uma alter-

neira on-line para educadores, em uma

nativa de recurso para a aprendizagem.

parceria da Escola de Professores In-

Durante toda a palestra, Brunetta deu vá-

quietos com o Farroupilha. Com o tema

rias dicas para levar a gamificação para

“Reflexões e possibilidades para o novo

as aulas.

cenário da educação”, os educadores participaram, durante cinco dias do mês de junho, de palestras virtuais e de uma web talk no canal do YouTube da Escola de Professores Inquietos.

Vamos inverter a sala de aula, com o professor José Mota, foi a palestra da terceira noite do evento. Ele apresentou como os professores Jonathan Bergmann e Aaron Sams deram origem à “Sala

A abertura do evento contou com as

de Aula Invertida”. De acordo com Motta,

palestras O que muda na educação?

ao perceberem que suas aulas já não es-

Reflexões, na perspectiva da gestão

tavam mais dando tão certo, os professo-

escolar, sobre o cenário pós-pande-

res começaram a enviar aos estudantes,

mia, com a Diretora Pedagógica do

antes das aulas, alguns materiais, como

Colégio, Marícia Ferri, e Estratégias di-

vídeos curtos e áudios. Dessa forma, os

dáticas com o Google Jamboard, com

estudantes passaram a se preparar pre-

os professores Paulo Tomazinho, José

viamente para as aulas. Motta também

Motta e Marlon Brunetta.

deu várias dicas de como implementar

Nos outros dias, os educadores assistiram a encontros sobre gamificação, sala de aula invertida e educação midiática. Em A Gamificação como Estratégia Ativa de Aprendizagem, o profes-

essa metodologia e apresentou a ferramenta Padlet como um dos recursos que podem ser utilizados pelos professores para a criação de aulas invertidas. Já na conversa sobre Escola e Produção de Mídia, o professor e doutor em Ciência da Informação Marcio Gonçalves trouxe o conceito de educação midiática, mostrando a importância de trabalhar, na escola, tópicos como fluência digital, análise crítica da mídia e letramento da informação. A FarroupsTECH 2020 encerrou com uma web talk conduzida pelos professores José Motta, Marlon Brunetta e Paulo Tomazinho e pelo gerente de Tecnologia da Educação do Colégio, Ednei de Bem, sobre tudo o que aconteceu nas noites anteriores.


CUIDAR É BÁSICO 11

OS DESAFIOS EMOCIONAIS DE PAIS E FILHOS NA QUARENTENA Em encontro on-line do Cuidar é Básico, a psicóloga Giuliana Chiapin falou sobre o tema com as famílias e os educadores dos Anos Finais Para auxiliar as famílias no período de isolamento social e nos estudos domiciliares, o Colégio promoveu uma série de encontros on-line do programa Cuidar é Básico. No início do mês de julho, a psicóloga Giuliana Chiapin conversou com pais e educadores do Ensino Fundamental – Anos Finais sobre o tema “Todo mundo em casa… E agora? As relações familiares e os desafios emocionais na quarentena”. A especialista destacou que a capacidade de pensar e entender o que estamos vivendo e sentindo é prejudicada em momentos de tensão. Por isso, a pausa para pensar sobre as diferentes questões que envolvem

Giuliana ressaltou que é comum ter momentos bons e outros ruins, mas que os

esse período é fundamental.

pais precisam estar atentos à frequência e à intensidade de alguns sintomas

Ao falar sobre a adolescência, a psicóloga caracterizou-a como uma fase de total descoberta, de convivência com os pares, de abertura para o social, de muita insegurança, mas, ao

nos adolescentes (e nos próprios pais), os quais podem servir de alerta a problemas, tais como: insônia, agitação, medo exacerbado, falta de energia, desconcentração, crises de pânico, melancolia, comportamento depressivo, senso de frustração, tédio excessivo, preocupação em excesso, irritabilidade, maior agressividade, certa fobia social, alteração de apetite, desânimo e conflitos.

mesmo tempo, de enorme imponên-

Apesar de esse ser um fenômeno global, que está afetando todos, Giuliana des-

cia, de muitas expectativas e sonhos,

tacou que ele é muito pessoal e que é importante um olhar singular e sensível

de necessidade de viver o aqui e o

para cada família e para cada pessoa. Ela trouxe alguns pontos importantes a

agora, de muitas incertezas, possibili-

serem praticados pelas famílias, como: identificar o termômetro de humor da

dades, dúvidas e medos. “A pandemia

família e de cada uma das pessoas que fazem parte dela; buscar entender se

é exatamente tudo isso, ela nos apre-

estão sendo feitos planos para o momento pós-pandemia e incentivar esse

senta todas essas questões”, rela-

comportamento; buscar criar espaço para conversar sobre o que está aconte-

cionou Giuliana. A psicóloga também

cendo e cuidar da saúde mental. A especialista comentou que pesquisas reali-

afirmou que pesquisas sobre esse

zadas em vários países têm apontado para uma série de problemas de saúde

momento de pandemia apontam três

mental pós-pandemia do coronavírus, mas ela também apresentou o cuidado

palavras-chave como sentimentos

consigo, com o outro e do outro como a “vacina” para esses problemas. “O que a

despertados nesse momento: medo,

gente precisa nessa pandemia é acreditar que a gente vai sair mais forte disso

ansiedade e insegurança.

e ter do nosso lado gente que acredita na mesma coisa”, destacou.


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REGISTRO FARROUPILHA

LEMBRANÇAS DA FESTA JUNINA Neste ano, a tão tradicional comemoração junina do Farroupilha aconteceu no formato on-line. Por isso, convidamos as famílias e os ex-alunos a enviarem fotos de alguma edição do evento!

A, e Martina, do 3º Miguel, do 6º ano Luiz Eduardo Guaranha de Souza is, Iveli e Jefferson ano H, com os pa . Leal, do 4º ano E, e Carolina sta Junina de 2019 de Almeida, na Fe Guaranha de Souza Leal, do Níve l 4D.

Sofia Ribas e Isadora Ramires Ramos, do 7º ano D.

Arthur Zimmermann, do 1º ano C, com a mãe, Fernanda Beckel Zimmermann, na Festa Junina de 2019.

Maria Ferronato de Pinho, do 1º ano C, na Festa Junina on-line.

de Carolina Guaranha vel 4D. Ní do al, Le a uz So

Alice Hruby, Rafael Ludwig e Maria Eduarda Locateli, do 2º ano H, na Festa Junina de 2019.

Sofia Nunes, do Nível 4C, e Alice Nunes, do 1º ano F, na Festa Junina on-line.

Formandos da 3ª série do Ensino Médio de 2014 na Festa Junina do mesmo ano.

Alice Hruby e Martina Del Sasso, do 2º ano H, na Festa Junina de 2019 .

Arthur Zimmermann, Pedro Zug no e Pietro Rodrigues, do 1º ano C, na Festa Junina de 2019.

As ex-alunas Emanuelle Livi Can ielas e Sofia Rota na Festa Junina de 2016.


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Antônia Jakubowski Frantz, do 5º ano A, e Rafaela Jakubowski Frantz, do 4º ano B, com os pais Fernanda e Augusto.

Caio Rosa Ramos, do 3º ano B, com a auxiliar do Laboratório de Português Jéssica Pereira de Souza, na Festa Junina de 2018 .

Nível 5F. Laura Pozzer, do

rges 6º ano Rafaela Bo Os estudantes do quia, Du a ur La , tto Tocche Peixoto, Giovana gio, Pedro ag reira, Livia Simon Valentine Bing Mo Brasil, nio to stavo Vieira, An Consul Nunes, Gu atriz Be e a er ss dora Baldi Miguel Almeida, Isa 17. 20 de a a Junin Reis Mello, na Fest

sa, grande Barbo Mariana Casa La e ura oian Michel Bernardo Tr o D. 3º gioni, do an Machado Mag

Amanda Laranja, do 5º ano E, Marco Antonio Theisen, do 4º ano D, Henrique Laranja, do 2º ano Ce Carlos Eduardo Theisen, do 1º ano C, na Festa Junina de 2015.

Davi Pozzer, do 1º ano F.

Laura Dios Haas, Isabella Mori Boeira, Betina Coradini Gonçalves da Silva e Catarina Rizzi Barufaldi, do 3º ano F, na Festa Junina de 2019.

Julia Schmitt de Arruda e Helena Troian Michel, do 6º ano E.

Helena Pereira de Mello Coelho, do Nível 5G.

Isadora Galski Slawski e Luisa Galski Slawski, do 2º ano H, e Arthur Galski Slawski, do 2º ano G, com a mãe Eloisa Slawski.

en Pacheco Martina Forest Sh Keiserman da Silva e Martina o H, na Monticielo, do 2º an . 19 20 de Festa Junina

Nicolas Keiser man Monticielo , do Nível 4D, com a professora Sa brina Rosa, na Festa Junina de 2019 .

do 4º ano rnandes Theisen, Marco Antônio Fe en, do 1º o Fernandes Theis D, e Carlos Eduard nina de 2019. ano C, na Festa Ju


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REGISTRO FARROUPILHA

atto, D, e Eduardo Ceric Marina, do 5º ano e os pais Rodrigo do 2º ano E, com Junina de 2019. a st Ticiana, na Fe

Valentina Salton, do Nível 5D, com a mãe, Bárbara.

Mateus Daudt Ramos, do 1º ano A da unidade Correia Lima, na Festa Junina da turma.

Os ex-alunos Catarina Petter, Caroline Lengler, Marília Padilha e Miguel Carvalho, na Festa Junina de 2000, quando estavam na 3ª série do Ensino Médio.

Guilherme Araldi de l 5C. Azevedo, do Níve

Gonzalez e Stella Figueiredo ann Leitao rm ue Ba Francisco o B. Guariglia, do 1º an

Os ex-alunos Marcus Vinicius Barcellos Montano e Carline Genta, no pré-primário, na Festa Junina de 1980

rca, do 1º Laura Xavier Petra rreia Co de ida un ano A da cia Lu ne, Lima, com a mãe 2020. de a na Festa Junin

Os estudantes do 6º ano Rafa ela Borges Peixoto, Laura Duquia, Valent ine Bing Moreira, Marin a Moraes, Mar ia Eduarda Pegoraro, Beat riz Reis Mello, Isadora Poloni Giovana Tocche a, tto, Isadora Ba ldissera, Antonio Verone se, Gustavo Vi eira e José Carlos Fraga, na Festa Junina de 2016.

Martina Guarita e Maria Clara Michelon, do 1º ano E, na Festa Junina de 2016.

A professora do 1º ano A, Maria Carolina Colombo, na Festa Junina virtual deste ano.

Lucas Fogliatto Luz e Melissa Miranda Balinski, do Nível 5C, na Festa Junina de 2019.

Martina Guarita, do 1º ano E, com a professora Wendy Seelig na Fes ta Junina de 2018.

Lorenzo Ilha de Oliveira, do 4º ano A da unidade Co rreia Lima, com a mãe, Denise Oliveira , e a prima, Mar ina Oliveira, na Fe sta Junina de 2019.

Alice Gava Chackr e Ana Carolina Campezatto Giuliani, no 2º ano B, na Festa Junina de 2018.


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Manuela Borges de Oliveira, do 3º ano H, na Festa Junina de 2019.

O ex-aluno Álvaro Madrid, que foi 1° Peão Pré-Mirim, na Festa Junina de 2007, e 1° Peão Mirim na Festa Junina de 2010.

Lucas Menezes Conter Oliveira , do 2º ano E, na Festa Junina de 2019 .

do 8º ano D, Andressa Madrid, 2011, quando na Festa Junina de rim. foi 1ª Prenda Pré-Mi

Laura Fett, do 4º ano F, e Valentina Tonini Ely, do 4º ano G.

52. Helena Trindade, Maria Kes sler, Júlia Fonyat, Stella Gonzalez, Nat alia Madke, Cecília de Lima, Antônio Calvano, Thomas Peuker, Pedro Baldisserotto, Bento Nieckele e Pedro Vainstein, do 1º ano B, na Festa Junina de 2019.

Ana Clara Farias Klock Pereira e Laura Pozzer, do Nível 5F, na Festa Junina de 2019.

Joana da Costa Turra, Luiza Rosa, Isabela Capra e Rafaela Faccin, do 4º ano C, na Festa Junina de 2017.

Anize von Frankenberg, Cleusa Beckel e Carlos Augusto Pessoa de Bru m, na Festa Junina do Jardim A em 1992 .

Os estudantes do 6º ano Arthur Marcon Lerch, Pedro Consul Nunes, José Fraga, Gustavo Vieira e Miguel Rosset de Almeida.

Olívia Nieckele, do Nível 4A, e Bento Nieckele, do 1º ano B, com os pais Felipe e Gabriela, na Festa Junina de 2017.

Stella Figueiredo Gonzalez, do 1º ano B, e Benício Figueiredo Gonzale z, do 2º ano A, na Festa Junina de 2019 .

Alícia de Araújo, Olívia Nieckele e Gabriela Mazzuca, do Nível 4A, na Festa Junina de 2019.

Kaori Nakahara Moraes, Leonard o Pinzon Bastos, Rafaela Pilz Hegele, Santiago Consul Nunes, Guilherme Machado D’ Aló de Oliveira e Rafaela Chaves Ughini, do 3º ano E.


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SOU FARROUPILHA

EU SOU O O FARROUPILHA! A cada edição da Revista Farroupilha, convidamos um estudante, uma família, um educador e um ex-aluno para falar um pouco sobre a sua vivência no Colégio. Se você tem interesse em participar, envie um e-mail com as respostas e duas fotos para comunicacao@colegiofarroupilha.com.br.

SOU FAMÍLIA FARROUPILHA

Meu nome é Patricia Bianchessi Domingues Sou mãe dos estudantes Arthur, Felipe, Gabriel e Guilherme Domingues de Oliveira, do 6º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais da unidade Correia Lima. Escolhi o Colégio Farroupilha porque buscava um ensino qualificado, já que minha opção de educação sempre foi trabalhar as qualidades e potencialidades de cada um deles, assim como autonomia e singularidade. A escolha por uma escola para os filhos é uma tarefa difícil, pois envolve nossos pré-conceitos, nossas expectativas, a tradição familiar e a metodologia de ensino. Além disso, tinha a particularidade de serem quadrigêmeos. Quando fui visitar o Colégio, fui muito bem recebida e acolhida. Esse momento foi decisivo na minha escolha pelo Farroupilha, pois encontrei profissionais empáticos e qualificados, que transmitiram segurança, conhecimento e acolhimento. O que mais gosto, no Colégio, é de que o Farroupilha consegue olhar para cada um deles, observando as suas dificuldades, qualidades e potencialidades, respeitando a individualidade trabalhada no âmbito familiar, as especificidades do dia a dia, dos ambientes de estudo e a dinâmica familiar. A participação da família nas atividades escolares e o trabalho de autonomia dos estudantes também são aspectos de que gostamos muito. Adoramos o carinho e o afeto dos profissionais do Colégio, que são fundamentais para nos sentirmos confortáveis e seguros no ambiente escolar!


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SOU EX-ALUNO FARROUPILHA Meu nome é Henrique Conte. Estudei no Farroupilha entre os anos de 2010 a 2017. A minha melhor lembrança do Colégio é quando penso nos momentos em que eu estava mais feliz, geralmente me lembro dos almoços de turno inverso, em que sempre discutíamos qual seria o local do dia. Às vezes, íamos ao shopping, em outras íamos a restaurantes perto do Colégio ou à casa de um colega, e eu sempre gostei muito dessas ocasiões, pois eu sentia que era nosso momento para sermos livres e escolhermos o que fazer, só sendo necessário voltar para a aula da tarde. Além disso, quase sempre íamos a pé para os lugares, e essas caminhadas sempre rendiam boas histórias. Entretanto, já houve vezes em que aproveitamos esse tempo para ir à piscina de algum colega ou para assistir a um filme no cinema, e esses momentos foram, sem dúvidas, inesquecíveis.

* No mês de junho,

Um(a) educador(a) marcante foi: Como eu sempre gostei muito dos professores que tive, fica

Henrique foi um dos

difícil escolher um. Durante os meus anos de Colégio, eu costumava me dar muito bem com todos

premiados do Swift

os professores de Matemática, talvez porque era minha matéria preferida. Entretanto, a educa-

Student Challenge,

dora mais marcante para mim não foi de Matemática, mas sim de Português. A Gabriela Donadel

concurso que faz parte

me deu aula de Português e Produção Textual durante os três anos de Ensino Médio. No início, eu

da conferência anual

não suportava as palavras “gramática” e “redação”, mas isso foi mudando gradualmente ao longo

da Apple nos Estados

dos anos. Com a “Gabi”, eu aprendi que escrever de maneira consistente e compreensível não era

Unidos, a Apple

útil apenas para o vestibular, mas sim para a vida. Hoje, escrevo a maior parte dos textos tanto

Worldwide Developers

para a faculdade quanto para o trabalho, pois não me sinto mais intimidado pela escrita. Agora,

Conference (WWDC). O

percebo também que, no mercado de trabalho, isso é uma ferramenta extremamente valiosa, por

ex-aluno desenvolveu

isso recomendo que todos os estudantes valorizem as aulas de Produção Textual.

o projeto de um jogo

Atualmente, estudo Ciência da Computação na UFRGS e trabalho como engenheiro de software. Moro em Porto Alegre.

chamado “ESCape, Eleanor!” para a Touch Bar do MacBook – tela sensível ao toque.


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SOU FARROUPILHA

SOU ESTUDANTE FARROUPILHA Meu nome é Laura de Souza Costa. Sou estudante do 6º ano F do Ensino Fundamental – Anos Finais da unidade Três Figueiras. Eu estudo no Farroupilha desde 2015. O(s) meu(s) professor(es) preferido(s) é(são): Para mim, é uma tarefa difícil escolher um professor favorito, pois todos eles são profissionais com suas características pessoais e que tornam suas aulas muito originais e marcantes para os estudantes. O que mais gosto no Farroupilha é de como o Colégio transforma e incentiva os estudantes a despertarem o gosto pelos estudos.

* A estudante criou, em 2019, um Studygram, comunidade voltada exclusivamente para a rotina de estudos, no Instagram, onde posta vídeos com conteúdos, dicas, resumos e métodos para estudar e se organizar melhor. Para épocas de prova, ela tem criado e-books das matérias, como Geografia, História e Ciências, para estudos de revisão. Além disso, há um grupo de estudos no WhatsApp em que são postados os e-books, e um blog, em que são publicadas resenhas sobre o que ela gosta de ler e das leituras solicitadas pelo Colégio.


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SOU EDUCADOR FARROUPILHA Meu nome é João Batista Porporati Pereira No Colégio Farroupilha, sou da equipe de Relacionamento e trabalho na recepção da Educação Infantil. Minha função é executar atividades de atendimento junto à comunidade escolar, com estudantes, pais, responsáveis, visitantes e demais pessoas. Trabalho no Farroupilha desde 08 de maio de 1995. O que mais gosto no Farroupilha é esse contato com as famílias e os estudantes. Pelo tempo de trabalho, muitas vezes reencontro um ex-aluno que hoje é familiar de um estudante, e isso é muito gratificante pelo reconhecimento deles e também por fazer parte de uma escola do porte do Colégio Farroupilha.


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ESPECIAL

Primeira


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Infância: A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DAS CRIANÇAS Na Educação Infantil do Colégio Farroupilha, prática pedagógica está alicerçada em um trabalho a partir de vivências, experiências, interações e brincadeiras Considerada o período do nascimento até os seis anos de

a aquisição de diversas aprendizagens. Todas as fases de-

idade, a primeira infância é uma etapa fundamental no de-

vem ser de incentivo, mas também de limites, para que as

senvolvimento das crianças. As experiências vividas nes-

crianças desenvolvam-se plenamente”, destacam.

ses primeiros anos nortearão as etapas seguintes da vida dos pequenos. “É uma etapa do desenvolvimento em que a criança aprende muito e rápido e constrói conexões que dão sentido ao mundo. O cuidado, o afeto, as interações, a nutrição, as brincadeiras e os estímulos impulsionam o desenvolvimento pleno dos primeiros anos de vida. Antes dos seis anos, é construída toda a sustentação cognitiva e socioemocional da criança”, explicam as orientadoras educacionais da Educação Infantil do Colégio Farroupilha, Luciane Jordan e Nadine Cabral.

As famílias podem auxiliar nesse processo de diversas formas: escutar o que a criança pergunta e respondê-la pacientemente, fazer perguntas que promovam a criatividade, deixar a criança brincar livremente, ouvir a opinião dela, convidá-la a contar histórias e a expressar o que sente, estabelecer uma rotina, ensinar sobre respeito e empatia, encorajá-la na colaboração em tarefas domésticas e, principalmente, dedicar um tempo de qualidade para brincar, desenhar, cantar, ler e conversar com a criança. Além disso, é importante fazer combinações sobre comportamentos

Do zero aos seis anos ocorrem os chamados marcos do

esperados, dar limites com firmeza e não faltar com a ver-

desenvolvimento. “É importante lembrar que esses perío-

dade. “A construção das regras deve ser feita a partir de

dos assim demarcados das aquisições podem apresentar

uma situação-problema, sempre explicando o motivo das

variações individuais, acontecendo em torno de uma faixa

mesmas regras, mesmo que a criança ainda não as enten-

de tempo. A participação da família e da escola é essen-

da. Para ajudar, os pais podem usar frases curtas e objeti-

cial para contribuir com o desenvolvimento infantil e para

vas, mas sempre explicativas”, sugerem Luciane e Nadine.


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ESPECIAL

OS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO* Até os seis anos, as famílias devem observar algumas questões relacionadas à motricidade, à linguagem, à socialização, à autonomia, à independência e à cognição. “É fundamental que as famílias conversem, sempre, com a escola e com o pediatra sobre dúvidas que possam surgir sobre o desenvolvimento da criança”, aconselham Luciane e Nadine. Veja, abaixo, alguns dos principais acontecimentos em cada ano da primeira infância, considerando que pode haver variações individuais ainda esperadas.

0 a 1 ano

3 aos 4 anos

• Controle completo da cabeça e das mãos; • Utilização dos membros para se movimentar; • Desenvolvimento de um ritmo próprio para se alimentar; • Desenvolvimento progressivo da visão e da audição; • Aprendizagem por meio dos sentidos; • Distinção de pessoas; • Sorriso social; • Comunicação pelo choro; • Controle motor e primeiros passos com apoio; • Vocalizações; • Gestos mais precisos e sons aproximados das palavras; • Primeira palavra; • Interação com outros bebês.

• Habilidade motora em pleno desenvolvimento; • Linguagem em expansão; • Maior compreensão da realidade; • Imitação de expressões; • Limites são essenciais e transmitem segurança; • Período de birra e de argumentação; • Autonomia para comer e se vestir; • Escovação dos dentes seguindo instruções; • Contagem até dez e identificação dos nomes das cores.

1 aos 2 anos • Início dos passos; • Subida e descida de escadas; • Transporte de objetos enquanto caminha; • Desenvolvimento da memória; • Curiosidade aguçada; • Compreensão de ordens; • Correlação de objetos e contagem numérica; • Início da construção da autonomia; • Maior consciência de si.

4 aos 5 anos • Atividade motora intensa (corridas, escaladas e esportes); • Imaginação/narrativas e curiosidade; • Maior nível de atenção, principalmente naquilo que deseja; • Desenho com significado, com traços mais definidos; • Tolerância em desenvolvimento (conseguem, gradualmente, esperar a sua vez); • Linguagem em destaque; • Participação prazerosa em jogos com normas e brincadeiras coletivas; • Realização de tarefas de forma individual com maior tempo de concentração.

5 aos 6 anos 2 aos 3 anos • Aumento do equilíbrio e da coordenação; • Manipulação dos objetos com as mãos; • Alimenta-se sozinho sob supervisão; • Desfralde; • Fase do “por quê?”; • Dificuldade em lidar com o “não”; • Produção de frases curtas de até quatro palavras; • Aumento da capacidade de concentração; • Imitação do comportamento adulto. *Fonte: Clube Auge

• Respostas a perguntas complexas com uma explicação; • Manifestação de sentimentos; • Brincadeiras com outras crianças em uma atividade de cooperação; • Descrição aos outros sobre as regras de um jogo; • Pensamento anterior à fala; • Curiosidade aguçada (interesse em descobrir o funcionamento dos objetos); • Maior tolerância às frustrações e desenvolvimento do sentimento de pertença a um grupo.


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A EDUCAÇÃO INFANTIL DO COLÉGIO FARROUPILHA Atendendo a crianças a partir dos quatro meses de idade, a Educação Infantil do Colégio Farroupilha proporciona aos pequenos diferentes vivências e experiências, com foco no cuidar, no educar e no brincar. A escola desempenha um papel importante na vida das crianças, segundo Luciane e Nadine, já que é o primeiro contato delas fora de um ambiente familiar e possibilita a convivência com crianças da mesma faixa etária e o desenvolvimento da independência e da autonomia. “A escola é um ambiente promotor de estímulos adequados, em que a criança é protagonista na construção do conhecimento. Ela participa das decisões referentes aos temas dos projetos que estudará junto à turma e colabora com a construção da rotina. É um espaço para brincar e interagir”, analisam. O trabalho pedagógico na Educação Infantil do Colégio é baseado nas Matrizes Curriculares e Socioemocionais e contempla os Campos de Experiência. Já a pesquisa acontece nos projetos desenvolvidos pelas turmas ao longo do ano letivo. Em 2013, o Colégio elaborou Matrizes Curriculares, iniciando um projeto de reestruturação curricular que objetivava unificar todos os níveis de ensino em relação ao desenvolvimento integral da criança nas dimensões cognitiva, emocional, social e moral. Assim, a instituição pensou e organizou, também, uma Matriz Socioemocional, considerando a Matriz Curricular Pedagógica. Na Educação Infantil, a Matriz Curricular contempla os Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento – o conviver, o brincar, o participar, o explorar, o expressar e o se conhecer – e os Campos de Experiências, que são os conhecimentos fundamentais a serem ofertados às crianças através de práticas que promovam a relação com o “eu”, o “outro” e o “nós”; corpo, gestos e movimentos; traços, sons, cores e imagens; escuta, fala, linguagem e pensamento; espaços, tempo, quantidades, relações e transformações. Para nortear o trabalho das professoras da Educação Infantil, o Colégio Farroupilha desenvolveu, ainda, a Matriz Curricular de Brincadeiras e Jogos, que traz algumas situações que as crianças do Berçário ao Nível 5 podem vivenciar a fim de desenvolver sua imaginação, sua criatividade, a fantasia, a ludicidade, a espontaneidade, o encantamento, a entrega, a satisfação e o engajamento. No dia a dia escolar, as turmas têm diferentes momentos lúdicos, como nas idas ao Pátio e a Minicidade, espaços que podem ser amplamente explorados, e o Brinquedo Livre em sala, em que as crianças brincam e trocam experiências com os colegas. “Cabe ressaltar a importância do brincar para o desenvolvimento integral da criança. Brincando elas vivenciam diferentes situações e realizam muitas aprendizagens. O brincar faz parte da rotina infantil e oportuniza uma aprendizagem prazerosa. Muitas vezes as crianças trazem nas brincadeiras situações do seu cotidiano, aprendem a compartilhar espaços, dividir brinquedos, ouvir a opinião dos colegas, combinam regras, enfim, buscam diferentes alternativas para solucionar seus problemas.”, afirma a Coordenadora da Educação Infantil, Cleusa Beckel. Os projetos realizados com as turmas também fazem parte do trabalho pedagógico na Educação Infantil. As crianças auxiliam no processo de seleção do tema que será pesquisado, que pode surgir de interesses ou necessidades do grupo, ou ser proposto pelas professoras ou pela instituição. É desenvolvido pelo menos dois projetos em cada semestre, e as aprendizagens acontecem nos mais variados espaços do Colégio e nas saídas de estudos, a partir do Nível 3.


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ESPECIAL

Na rotina diária, há atividades permanentes, como o Brinquedo Livre na sala de referência da turma e no pátio, as rodas de conversa, os momentos de higiene e lanche, além de atividades de Expressão Criadora. Nos Níveis 1 e 2, os pequenos têm aulas especializadas de Educação Física, Música e Oficina de Criação. A partir do Nível 3, a Língua Inglesa começa a fazer parte do cotidiano escolar das crianças. Já nos Níveis 4 e 5, as turmas participam do Projeto Bilíngue diariamente, por meio da música, da expressão corporal e criadora, da culinária, dos jogos interativos e das rodas. A iniciativa existe desde 2015 e busca promover o ensino do idioma de forma lúdica e natural. No Nível 1, os pequenos exploram espaços, materiais, objetos, brinquedos, diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias, experimentam possibilidades corporais nas brincadeiras, deslocam o seu corpo de forma autônoma, sinalizam, por meio de vocalização, balbucios, gestos, movimentos e expressões gráficas algo que desejam, fazem uso de palavras/frases que possam comunicar uma ideia, uma intenção ou uma necessidade, familiarizam-se com contagens orais e manipulam livros. Já a partir do Nível 2, elas podem explorar diferentes tipos de materiais e o próprio corpo, observar, criar e interagir umas com as outras, construindo, dessa forma, saberes individuais e coletivos. Teatro de fantoches, rodas de histórias, jogos envolvendo números, formas geométricas e cores são algumas das brincadeiras trabalhadas nessa faixa etária para auxiliar no desenvolvimento integral. Além disso, são realizadas brincadeiras envolvendo o corpo, os movimentos, os cinco sentidos e as características de cada um, e os sentimentos e as emoções são abordados, por exemplo, com a utilização de palitoches e rostos simbolizando a alegria, o sono, o susto, a tristeza, o medo, entre outros. Quando chegam ao Nível 3, as crianças já possuem um domínio maior das habilidades motoras e das capacidades cognitivas, o que favorece o desenvolvimento da autonomia, principalmente da linguagem oral. Os pequenos são incentivados e têm condições de verbalizar o que desperta o seu interesse. Os projetos das turmas são fundamentais nesse processo. “Nas situações de aprendizagens relacionadas ao projeto, exploramos as histórias (livros com imagens, textos, rimas), os jogos, o livre brincar, as brincadeiras dirigidas, as músicas e motivamos nossas crianças a expressarem-se oralmente para externar o que sentem, pois acreditamos que


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conseguir falar sobre as emoções e entendê-las é o primeiro passo para o desenvolvimento da criança como um todo”, explica a professora do Nível 3, Carla Curzio. Ao chegar ao Nível 4, as crianças compartilham informações nos momentos de roda e nas situações lúdicas, em especial na construção do projeto de estudos das turmas, com o levantamento de temáticas e questionamentos. Além disso, são criados espaços para o brincar e para a valorização da interação e do diálogo, como o compartilhamento de brinquedos, o uso do Pátio e da Minicidade e a utilização de espaços de fala e escuta, como a Roda dos Sentimentos, projeto realizado em parceria com a orientadora educacional, que tem como objetivo promover reflexões sobre situações da infância, a partir de uma história, um filme, uma música ou um fato. No campo do letramento, é no Nível 4 que a criança passa a analisar o seu nome e o nome dos colegas com significado de identidade, as letras, e também os números, a partir da idade, da altura, do tamanho do tênis ou de uma receita. Diversas vivências envolvendo o ambiente alfabetizador são realizadas no Nível 5, na conclusão da Educação Infantil. O uso de materiais concretos também é estimulado em relação ao conhecimento lógico matemático, como na construção de quantidades. A utilização dos números é realizada em outras situações do cotidiano, como por exemplo, na marcação do calendário, nos jogos, nos espaços da Minicidade, entre outros. O caderno torna-se um grande aliado da aprendizagem, por meio de desenhos, de tentativas de escrita, do registro de jogos matemáticos e das hipóteses e descobertas realizadas no ano letivo. Nas Assembleias Escolares, as crianças sentam em roda e podem falar sobre questões que envolvem a convivência do grupo e apontar soluções, acordos ou regras como forma de resolução de conflitos e de problemas cotidianos. “A observação, a escuta, a leitura dos gestos, o entendimento das interações, as brincadeiras e os registros do desenvolvimento são fundamentais no acompanhamento das crianças. Cuidar, educar, brincar e interagir são as ações que norteiam o trabalho da Educação infantil do Colégio”, afirmam Luciane e Nadine.

AMBIENTES PLANEJADOS PARA A APRENDIZAGEM Anualmente o Colégio realiza melhorias na sua infraestrutura e transforma o espaço escolar em ambientes cada vez mais acolhedores, planejados e organizados. Na Educação Infantil, os espaços internos e externos foram pensados para favorecer as interações, as explorações, a autonomia, a curiosidade e a comunicação entre as crianças e os adultos. Todos os ambientes são diferenciados e possuem mobiliários, brinquedos e acessórios adequados à idade. Além das salas de referência, climatizadas e com piso aquecido, os espaços da Educação Infantil do Colégio contemplam Atelier para as práticas da Oficina de Criação; Sala das Linguagens Múltiplas; Pátios Interno e Externo; Jardim dos Sentidos, projeto construído com materiais não estruturados para desenvolver a imaginação e a criação de brinquedos; Horta Pedagógica; Recanto dos Bichinhos; Minicidade, uma cidade em escala reduzida, com posto de gasolina, ruas, lojas e casa para as crianças aprenderem e aplicarem questões de trânsito e cidadania; Auditório para a realização de atividades pedagógicas e eventos; espaço do sono para os bebês; refeitório para as turmas de Berçário ao Nível 2; e sala de Recreação para os Níveis 4 e 5.


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ESPECIAL

O DESENVOLVIMENTO INFANTIL NA QUARENTENA Após um mês do início do ano letivo, as aulas presenciais foram suspensas em função da pandemia do coronavírus. “Como continuar oferecendo, para crianças tão pequenas, propostas que fossem atrativas, que oportunizassem o seu desenvolvimento e, ao mesmo tempo, não demandassem tanta exposição às telas, uma vez que a Sociedade Brasileira de Pediatria tem orientações específicas em relação ao tempo de exposição aos aparelhos?”, relembra a Coordenadora da Educação Infantil, Cleusa Beckel. Inicialmente, as famílias receberam o Guia do Brincar, com propostas de brincadeiras elaboradas pela equipe de educadores, e um planejamento semanal da turma com propostas de atividades e vídeos gravados pelos professores. Diversas reuniões on-line foram realizadas com a equipe para planejar estratégias de como realizar esse contato virtual com os pequenos. “Crianças aprendem na relação com o outro, na interação, na brincadeira, através de vivências e experiências”, reforça Cleusa. Foi então que surgiu a ideia da organização de encontros on-line com as professoras e grupos pequenos, divididos em horários, três vezes na semana. Embora nada substitua o contato presencial, a adaptação aconteceu de forma gradual, e surgiram os novos projetos das turmas, que contaram com a participação dos pequenos na escolha dos temas, além de brincadeiras, jogos e confecções de materiais. Além disso, os educadores ajudaram na organização da Festa Junina on-line e nas lives com a equipe de Recreação, realizadas semanalmente no canal do Colégio no YouTube. Para as famílias, foram promovidos diversos encontros do Cuidar é Básico com profissionais da área da saúde. O pediatra José Paulo Ferreira abordou o desenvolvimento infantil em tempos de pandemia e salientou que o momento requer equilíbrio emocional por parte das famílias. “Essa incerteza [de quando a quarentena terminará] traz ansiedade para os pais, e isso passamos para os nossos filhos. Como vamos cobrar sobre o uso das telas? Como queremos que a criança siga o ideal? Vamos tirar a culpa da gente e se cobrar um pouco menos para conseguirmos nos adaptar em tempos de crise”, afirma. Já a fonoaudióloga Rosangela Marostega Santos foi a convidada de dois momentos e falou sobre a consciência fonológica na infância, além de dar dicas para desenvolver a linguagem. De acordo com a especialista, existem quatro estratégias que os pais podem adotar para saber se os filhos estão desenvolvendo a linguagem corretamente: buscar saber se a criança escuta bem; se entende o que está sendo dito; se tenta imitar o modelo de fala do adulto; e se consegue produzir linguagem. Rosangela enfatizou, ainda, a importância de buscar ajuda para os eventuais problemas de linguagem assim que eles são identificados. A psicóloga Ineida Aliatti também orientou as famílias em relação ao desenvolvimento socioemocional das crianças na pandemia. Manter a rotina, organizar o tempo, elogiar e aceitar recuos, estimular o contato virtual com amigos, conversar e filtrar as informações, ter compaixão consigo e com as crianças, possibilitar momentos de individualidade, redimensionar as necessidades, controlar as emoções e ter esperança foram algumas dicas dadas pela especialista.


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AVANÇOS NO DESENVOLVIMENTO Mãe de Santiago, do Nível 3C, e de Caetano Streck Campis, do Nível 1, Maria Luiza Streck percebeu, durante a quarentena, avanços significativos no desenvolvimento do filho mais novo. As duas crianças iniciaram no Colégio Farroupilha aos cinco meses de idade, no Berçário. Ex-aluna do Colégio, Maria Luiza recorda que esse fato pouco influenciou na escolha da escola. “Foram as ótimas referências. Lembro-me de que quando os dois eram bebês e eu os deixava com tranquilidade no Colégio, a chegada nunca foi difícil pra mim, pois sabia que eles estavam seguros, fisicamente e emocionalmente, já que podia ver o carinho com que eram tratados pelos professores e por todos os profissionais envolvidos. E tudo isso sempre deu segurança a eles”, recorda. A ideia que ela tinha sobre a Educação Infantil mudou completamente, e hoje vai conhecimento desde o início. O contar uma história ensina a abraçar, mandar

DICAS DE COMO ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS DURANTE A PANDEMIA:

beijos, assoprar. O desenhar ensina a reconhecer os gostos; a dança a de-

• Brinque com a criança;

senvolver a coordenação. As crianças desenvolvem-se tão mais rápido quando

• Conte histórias de diferentes gêneros tex-

compartilham experiências com outras crianças, aprendem a dividir, a criar la-

tuais, contos de fadas, parlendas, rimas etc;

além do que simplesmente cuidar e entreter a criança. “É uma construção de

ços fortes e nos ensinam também – e essa não é uma frase clichê, de fato, meu filho já trouxe informações para casa que eu desconhecia”, sinaliza. Durante a quarentena, Maria Luiza teve medo de que, pelo fato de toda a família

• Estimule que ela participe de pequenas tarefas do cotidiano, como arrumar os brinquedos do quarto, regar as plantas etc;

estar em casa, isso prejudicasse o desenvolvimento do filho mais novo, e che-

• Incentive-a a brincar com jogos de encaixe,

gou a comentar com uma das professoras que a questão da fala a preocupava,

blocos de empilhar, quebra-cabeças etc;

já que o desenvolvimento motor acontecia rapidamente. Porém, foi nesse período que Caetano começou a falar mais. “Ele falava poucas coisas. O Santiago, na idade do Caetano, falava muito mais e se desenvolvia muito rápido no Colégio. A professora me tranquilizou em relação a isso. Há pouco tempo ele começou a repetir tudo, já fala várias palavras, faz-se entender verbalizando algumas

• Deixe materiais gráfico-plásticos à disposição para momentos de desenho livre; • Organize circuitos em casa para favorecer o desenvolvimento motor;

coisas, e identifico palavras que vêm das aulas. Um dia, notei que o Caetano co-

• Garanta um momento de convivência em

meçava a repetir tudo o que era dito durante uma das aulas e, com o incentivo

que todos da família possam estar juntos,

das professoras, com palmas e “muito bem”, ele se sentia encorajado e sorria.

como o almoço ou a janta. Isso estimula a

Participamos de praticamente todas as aulas, nos dois turnos. Vejo que ele gos-

criança a dialogar, a compartilhar suas vi-

ta, presta atenção, dança com o corpo, grita de alegria. Os carinhos virtuais por

vências e a escutar relatos de outras pes-

meio de gestos de tchauzinho, beijo, abraço e assopro ele começou a utilizar

soas;

mais. Os animais, que são sua paixão, já são identificados por ele, que imita os sons, com preferência pelos cavalos. Essa ligação com o Colégio, com as professoras e auxiliares que, mesmo pelo computador, conseguem transmitir carinho, é muito importante. Traz para o nosso dia algo de ‘fora da nossa casa’”, conta.

• Proponha brincadeiras de observação, como olhar pela janela; • Intercale o momento em que a criança brinca sozinha e com um familiar;

Maria Luiza ressalta, ainda, a importância da escola no desenvolvimento dos

• Converse sobre as situações do dia a dia

seus filhos, por proporcionar os estímulos adequados em cada faixa etária,

validando os sentimentos manifestados

respeitando o tempo deles. “Às vezes, como pais, queremos que algo tenha

pela criança;

resultado rápido, por exemplo, que a criança caminhe logo, que tire as fraldas

• Busque o cuidado e a atenção como bases

logo, que aprenda a comer sozinha, mas na verdade elas não são relógios. Acho

essenciais para se relacionarem mutua-

importante ver que os professores têm um olhar/uma atenção para a criança

mente, respeitando os espaços, os tempos,

de uma forma individual, sem que para isso tenham que separá-la do grupo”,

os sentimentos e as dificuldades.

destaca. Fonte: Luciane Jordan e Nadine Cabral, orientadoras educacionais da Educação Infantil do Colégio Farroupilha.


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SOLIDARIEDADE

Famílias e estudantes do Colégio distribuem marmitas na Praça da Matriz

CORRENTE DO BEM Durante a quarentena, estudantes e famílias do Colégio uniram-se em ações para ajudar pessoas em vulnerabilidade social A partir de uma aula sobre os pontos turísticos de Porto Alegre, conteúdo estudado no 3º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, o estudante Leonardo de Araújo Nunes, do 3º ano D, percebeu que poderia fazer algo para auxiliar as pessoas que moram nas ruas. “Depois que eu estava estudando, em História e Geografia, os monumentos e pontos turísticos da nossa cidade, meu pai e minha mãe me levaram para conhecer um pouco deles, em um sábado à noite. Quando a gente chegou na praça da Matriz, a gente viu outras pessoas entregando comida para os que não têm moradia. Foi daí que surgiu a ideia”, recordou. Com o apoio dos pais, Mariana de Araújo e Juliano Erdmann Nunes, da irmã, Luísa de Araújo Nunes, do 6º ano E, e de outros estudantes e famílias, como Laura Chem, do 7º ano D e Priscila Krause, da 3ª série E, o grupo passou a distribuir marmitas, máscaras e cobertores na Praça da Matriz. Além de doações em dinheiro para a compra dos cobertores e das máscaras, amigos e parentes também doaram mantimentos e embalagens.

Grupo de estudantes da 3ª série do Ensino Médio criou a ação “Anjos da Quinta”


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As crianças colocaram a mão na massa para ajudar no preparo e na distribuição das refeições, que eram recebidas pelos moradores de rua com mensagens, como “Saúde e boa janta”. “Para mim, essa experiência está sendo muito importante, muito legal, porque a gente sempre vê nos jornais, nas revistas, nos noticiários, ou até quando a gente para o carro na sinaleira, pessoas passando fome e frio, mas eu nunca tinha me envolvido nisso tanto quanto agora. O que mais me deixa feliz é ver o sorriso no rosto daquelas pessoas quando a gente entrega a comida para elas”, comenta Luísa. Assim como eles, outros estudantes e famílias do Colégio uniram-se durante a quarentena e saíram às ruas para ajudar quem mais precisa. Um grupo da 3ª série do Ensino Médio, formado pelos estudantes Luiza Stürmer, Pietra Dionisi, Tiago Zaffari e Vitória Miranda, da 3ª série A, e Laura Machado, Aleff Berthier e Paula Boetler, da 3ª série D, criou a ação “Anjos da Quinta” para distribuir lanches, além de roupas e cobertores. “O legal é que o nome ‘Anjos da Quinta’ foi sugerido pelos próprios moradores de rua, porque vamos toda quinta-feira”, conta Luiza Stürmer. Os lanches são preparados pelo grupo e distribuídos por eles em uma van que percorre a Avenida Ipiranga e outras ruas da cidade. “Essa ação começou quando eu saí para jantar com a minha dinda e vimos vários moradores de rua pedindo coisas extremamente básicas, como água, e aquilo me partiu o coração e eu senti que tinha a obrigação de ajudar essas pessoas, ainda mais no período pelo qual a gente está passando. Então, eu chamei alguns colegas meus, perguntei se eles queriam ajudar e na hora a gente criou essa ação”, relata Pietra.


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SALA DE AULA

APRENDIZAGEM EM TODOS OS LUGARES Confira, abaixo, algumas atividades realizadas com os estudantes no período de aulas on-line FESTA DO CADERNO Momento especial que marca o recebimento do primeiro caderno com linhas, a Festa do Caderno com as turmas do 1º ano foi diferente em 2020 e aconteceu de forma on-line. Para isso, as famílias decoraram o espaço da casa e prepararam um lanche especial. Mesmo com cada criança em sua casa, a atividade contou com a presença de um personagem muito especial: o Senhor Caderno, encenado pelo ex-aluno Giordano Pereira. O personagem deu algumas dicas de cuidado com o caderno, como não amassá-lo, não lanchar próximo a ele e não rasgá-lo. “Estou muito feliz com tudo que a escola está fazendo. Em meio a tudo o que está acontecendo, vocês nos continuam nos emocionando. Fizeram uma festa em nossas casas, nos fazendo sorrir e nos emocionar”, comentou Cristiane Portolan, mãe da estudante Amanda Portolan de Freitas, do 1º ano B da unidade Correia Lima.

AULÃO DE GEOGRAFIA E QUÍMICA Chamado de “Tempero Químico”, um aulão reuniu mais de 200 estudantes das sete turmas do 9º ano em uma sala de aula virtual. A aula das disciplinas de Geografia e de Química, com participação de Língua Portuguesa (com dicas literárias), tinha como objetos de estudo a cultura italiana, representada pela culinária, e as misturas químicas. Na prática, o professor de Geografia, Rodrigo Bennett, cozinhou, ao vivo, dois pratos: espaguete ao molho de tomates e manjericão e uma massa ao molho gorgonzola, enquanto comentava aspectos da cultura italiana. Já o professor de Química, Leonardo De Boita, explicou os processos químicos que aconteciam durante a preparação dos pratos, como mudanças de estado físico da matéria, composição química dos alimentos, métodos de separação de misturas, produção de queijos e biotecnologia aplicada, óleos essenciais e alcaloides. “Achei muito boa essa proposta, por ser divertida e envolvente, mas, ao mesmo tempo, educativa. Aprendi bastante e gostaria de mais aulas assim, acho uma boa ideia para diversificar as aulas”, avaliou a estudante do 9º ano A, Carolina Vargas Huyer.

AULA ABERTA NO YOUTUBE No mês de junho, os professores de Biologia, Sandro Rech, de Física, Luciano Mentz, de Geografia, Rodrigo Bennett, e de Química, Rafael Soares, abordaram, de forma interdisciplinar, o tema: “Os efeitos da radiação ultravioleta no corpo humano” para cerca de 160 pessoas, em uma aula aberta no canal do Colégio no YouTube. Os professores trouxeram conhecimentos das suas disciplinas para discutir tópicos como: o que é radiação; quais os tipos de radiação; quais os efeitos dos raios UVA e UVB no corpo humano; e como se proteger dos raios UV. A aula aberta integra o movimento Farroupilha Compartilha, por meio do qual o Colégio busca compartilhar com toda a comunidade conteúdos relevantes para a formação cognitiva e socioemocional.


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DOCUMENTÁRIOS SOBRE O EGITO ANTIGO Os estudantes do 6º ano pesquisaram e produziram videodocumentários sobre o Egito Antigo. A atividade foi desenvolvida de forma interdisciplinar, envolvendo as disciplinas de História, Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, Artes Visuais, Cultura de Inovação e Produção Textual, e foi incentivada pelos professores por meio de uma videoaula sobre aspectos da cultura do Egito Antigo. “Eles se divertiram muito, inclusive os pais entraram em cena e participaram dos vídeos documentários, tornando a matéria estudada muito divertida e interativa, fazendo o conteúdo ultrapassar os limites do Colégio”, comentou o professor de História, Deivis de Morais.

CONSUMO CONSCIENTE DE ENERGIA ELÉTRICA EM SITES Os estudantes do 9º ano criaram sites com informações sobre o consumo consciente de energia elétrica, tema do projeto interdisciplinar Repensando a energia em tempos de pandemia. Após uma aula interdisciplinar e muita pesquisa, os estudantes produziram diferentes conteúdos para os sites, como podcasts para a disciplina de Filosofia, vídeos para Química e Inglês, reportagem para História, infográficos para Português, Geografia e Biologia, entre outros. Os sites foram construídos pelas turmas a partir da plataforma Google Sites e seguiram um modelo indicado pelos professores. Além da plataforma, os estudantes utilizaram diferentes recursos, como o YouTube, o Venngage, o Google Formulários e o Flipgrid. “Para o nosso grupo, a montagem do site foi um momento único de comunhão e amizade, no qual aprendemos a manusear ferramentas on-line. Aprofundamos conhecimentos no assunto abordado e descobrimos que trabalhamos muito bem juntos”, contou Manuela Azeredo de Almeida, do 9º ano B da unidade Correia Lima.

VÍDEOS E PESQUISAS SOBRE O CORONAVÍRUS “Quando o coronavírus deixará de ser um problema para o Brasil?” foi a pergunta respondida pelos estudantes da 2ª série do Ensino Médio na edição de 2020 do FarroupsTALK. As respostas foram dadas em vídeos de até cinco minutos, nos quais cada estudante defendeu uma data aproximada, sustentando-a com dados estatísticos e estudos em diferentes fontes. O projeto, que acontece desde 2013, tem como objetivo explorar a expressão oral em ambiente desafiador (no palco do Auditório, usando microfone, para uma plateia). Os temas de discussão dialogam com experiências de vida. Além de Língua Portuguesa, o projeto envolveu as disciplinas de Filosofia, Sociologia, História, Atualidades e Geografia. “Ótima proposta de trabalho! Além de estarmos produzindo um trabalho que envolvia diversas matérias e habilidades, estávamos aprendendo e nos informando ainda mais sobre a difícil fase que vivemos.”, disse Gabriel Opitz Neves, da 2ª série A. A COVID-19 também foi o tema para os projetos de pesquisa dos estudantes na disciplina de Biologia. As pesquisas foram apresentadas em vídeos e, além de trazer os aspectos clínicos relacionados ao vírus, deveriam refletir a seu respeito, propondo ações para amenizar ou solucionar os problemas apresentados.

SIMULAÇÃO DO EXAME DE CAMBRIDGE Nas aulas de Língua Inglesa, as turmas de nível C2 Proficiency da 2ª série do Ensino Médio fizeram vídeos simulando um exame oral de Cambridge. A atividade teve como objetivo proporcionar uma oportunidade de produção de fala de longa duração e foi realizada pelos professores Maria Eduarda Carvalho e Gian Franco Moretto. “Além de todo o benefício para o aprendizado e, potencialmente, para a autoestima dos estudantes, o projeto também leva em consideração a dificuldade em encontrar amostras de fala de tal nível na rede, devido ao grau elevado de dificuldade que o nível máximo de proficiência na língua acarreta”, relatou Maria Eduarda.


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SALA DE AULA

CELEBRANDO AS DIFERENÇAS As turmas do 4º ano desenvolveram o projeto Celebrando as diferenças, nas disciplinas de Artes Visuais e Artes Cênicas. O projeto está alinhado ao programa O Líder em Mim, ao entender que celebrar as diferenças fortalece um dos hábitos do programa: criar Sinergia. Os estudantes conheceram o trabalho do fotógrafo Greg Segall, que possuiu um projeto no qual fotografa crianças com os alimentos que consomem. A partir disso, refletiram sobre suas preferências, gostos e aspectos que fazem parte de suas identidades e, com essas reflexões em mente, foram fotografados com os seus objetos prediletos, aqueles que eram mais significativos para eles. Depois disso, os estudantes apresentaram seus retratos e, juntamente à turma, refletiram sobre as preferências que eles possuem em comum. Na terceira etapa do projeto, foram convidados a refletir acerca de suas diferenças, observando os retratos em que apareciam objetos ligados à prática de esportes. Registraram diferentes esportes em um diagrama e, a partir dele, foram desafiados a criar um novo jogo ou objeto para a prática de esportes. Para isso, precisaram unir as preferências de diferentes colegas. O projeto foi concluído com a apresentação de comerciais das suas invenções, celebrando as diferenças e o potencial criativo de unir ideias diferentes.

ENCONTRO COM LYA LUFT A escritora Lya Luft participou de um encontro virtual e coletivo com as turmas da 2ª série do Ensino Médio para uma conversa em torno de sua obra, especialmente sobre o livro O tigre na sombra, lido pelos estudantes e trabalhado em uma atividade interdisciplinar de Matemática, Artes e Literatura. Durante a conversa, Lya Luft falou sobre sua infância, imaginação e inspiração para os livros. Ela contou que, apesar de ter tido uma infância muito feliz, sempre se interessou pelo mistério, pelo drama e pela tragédia, e levou isso às suas obras, pois gosta de escrever sobre aquilo que a vida não deveria ser. Outro interesse que a escritora compartilhou com os estudantes é pelas pessoas, suas dualidades, diferenças, segredos e sofrimentos. Sobre o livro O tigre na sombra, a escritora ressaltou a questão de a personagem principal ser uma menina que tem a perna curta e uma irmã linda e bailarina, além de uma relação complicada com a mãe, mas que recebeu um dom de poder de enxergar o mistério, achando o tigre no jardim.

ESTRATÉGIAS DE ESTUDO As turmas do 6º ano participaram de uma oficina sobre estratégias de estudo, com a psicopedagoga Andréia Gonçalves. O encontro, que faz parte do programa Hábitos de Estudos, reuniu cerca de 200 pessoas, entre estudantes, professores e a equipe do SOE, via Google Meet. A especialista destacou que este período de estudos domiciliares é de grande aprendizagem para estudantes e para professores. Ela também falou que ninguém nasce sabendo estudar e que esse é um processo ativo que todos devem aprender a fazer, descobrindo quais técnicas são as melhores para o perfil de cada um. Depois, deu algumas dicas de estudos gerais para este momento de estudos domiciliares e dicas específicas para estudar matérias teóricas e práticas: mapas conceituais com o resumo das matérias (para as teóricas, como História); e repetição de exercícios (para as práticas, como Matemática).

LIVES COM PROFISSIONAIS DOS ESPORTES Os estudantes que integram as equipes esportivas de Voleibol, Basquete, Handebol, Futebol de Campo e Futsal do Farroupilha participaram de encontros on-line com profissionais do esporte no final do mês de junho e início de julho. Os convi-


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dados foram Renato Neves e Vinicius Fin, técnicos de voleibol da SOGIPA, Antônio Fernando Krebs Jr., o Pitu, responsável pela criação do Circuito Europeu de Basquete, Roberto Machado, professor e técnico das equipes de handebol da Universidade Feevale e da Prefeitura Municipal de Canoas, Henrique Pianta, técnico da equipe sub-20 da ACBF – Associação Carlos Barbosa de Futsal e os ex-alunos do Colégio Leonardo Corso e Milene Cabral, que falaram sobre as suas experiências na Liga Universitária Americana e na Liga Profissional Japonesa de Futebol.

ENCONTROS VIRTUAIS SOBRE ÉTICA E RELAÇÕES VIRTUAIS Uma série de bate-papos foi promovida com as turmas do 7º ao 9º ano. “Relações no mundo virtual em tempos de pandemia” foi o tema da conversa da psicóloga e professora universitária Carolina Lisboa com os estudantes do 7º ano. Ela destacou sobre como usar as tecnologias de forma saudável, alguns fatores que devem ser evitados – como o excesso de tempo – e passou algumas dicas, como ser o mais claro possível nas mensagens enviadas, não fazer prints ou brincadeiras com os colegas, e aprender a separar o que é público do que é privado. Já com o presidente do Instituto Victória Nahon, Cel. Paulo Antonio Nahon Penido Monteiro, o assunto foi “Ética na Convivência em Grupo”. Os estudantes assistiram a um vídeo que tratou a ética a partir de uma situação prática e falaram sobre direitos e deveres, bullying e cyberbullying. As turmas de 8º e 9º anos também tiveram uma conversa com o Cel. Nahon e com um grupo de professores sobre ética no projeto de vida e um encontro com o psicólogo Tiago Tamborini sobre ser adolescente em tempos de pandemia. O especialista compartilhou com os jovens quatro mitos que prejudicam a adolescência e falou sobre os sentimentos causados pela pandemia do coronavírus e a quarentena e a convivência com os pais, enfatizando sobre a importância da compreensão e da ajuda em casa.

FEIRA DAS MULTIPLICAÇÕES ON-LINE Após o trabalho a partir da história Onde estão as multiplicações?, da autora Luiza Faraco Ramos, os estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais montaram situações de multiplicação utilizando materiais e brinquedos de casa para uma Feira das Multiplicações on-line. As crianças apresentaram os projetos aos colegas nas aulas on-line.

CARTAS PARA O FUTURO As turmas do 5º ano participaram do projeto interdisciplinar Cartas para o Futuro, que envolveu as disciplinas de Artes Cênicas, com a professora Lúcia Panitz, e Artes Visuais, com a professora Aline Mendes, e escreveram cartas para serem lidas futuramente sobre o atual momento. Primeiramente, os estudantes pensaram sobre os acontecimentos deste ano, os seus gostos pessoais e desejos e deixaram conselhos para quem encontrasse a carta no futuro. Finalizado o texto, eles fizeram interferências artísticas para que a carta ficasse com uma aparência antiga, já que ela “viajaria no tempo”. O segundo momento do projeto foi uma aula on-line das duas disciplinas, e os estudantes encenaram o momento em que alguém do futuro, que poderia ser uma pessoa desconhecida, um filho, um neto, ou até eles mesmos, achava a carta. “Os personagens da cena foram diversos: os estudantes caracterizaram-se como crianças pequenas, idosos, pessoas anônimas, apresentadores, blogueiros… Além disso, convidaram familiares e até os pets para ajudar a contar a história de como a carta foi encontrada. Essas apresentações permitem dividir de forma um pouco mais leve os sentimentos que surgem nesse contexto de quarentena”, avaliaram as professoras.


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PLANO DE VOO

PRIMEIRO LUGAR NO ENEM Farroupilha alcançou o 1º lugar no ranking entre escolas públicas e privadas de Porto Alegre nas provas de 2019

O Colégio Farroupilha ficou em 1º lugar no ranking entre as escolas públicas e privadas de Porto Alegre no Enem 2019, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A média do Colégio com a redação foi de 685,41, e de 650,48 nas provas objetivas. Desde 2016, o Inep deixou de divulgar as médias do Enem por escola. Atualmente, o Instituto disponibiliza os dados brutos do Enem em sua página, e esses dados são trabalhados por instituições especializadas, como a Evolucional e a Tuneduc, que geram o ranking. “Investimos constantemente na melhoria dos nossos resultados e, nos últimos anos, contamos com uma avaliação externa, aplicada na série final de cada nível de ensino, que nos ajuda na construção do diagnóstico de aprendizagem dos estudantes, favorecendo o aprimoramento durante a trajetória acadêmica. Estamos muito felizes com o resultado, muito orgulhosos pelo desempenho dos nossos estudantes e pela dedicação dos nossos professores e equipes”, destaca a Diretora Pedagógica, Marícia Ferri. O bom desempenho é resultado de uma série de diferenciais proporcionados aos estudantes. O Farroupilha preocupa-se em oferecer ambientes propícios à aprendizagem e, no ano de 2019, inaugurou um novo prédio, pensado em atender os estudantes da 3ª série do Ensino Médio. Vale destacar que os formandos de 2019 foram os primeiros estudantes a cursar os nove anos do Ensino Fundamental. Além da infraestrutura, o corpo docente é qualificado, e a instituição proporciona atualização e formação constantes. Um grupo de educadores do Colégio fez um benchmarking – análise estratégica de melhoras práticas – em escolas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte que são referências pelo seu desempenho no Enem e que possuem propostas inovadoras de ensino.


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Alguns professores do corpo docente são assessores das áreas do conhecimento e participam de diferentes projetos junto aos professores de referência da Educação Infantil ao Ensino Médio e promovem grupos de estudos e planejamento. “Eles são os responsáveis por articular o planejamento dos professores de suas respectivas áreas, de modo que todas as habilidades sejam desenvolvidas, alinhando as metodologias em suas áreas e integrando-as com as demais áreas do conhecimento. Os materiais planejados pelos educadores, como atividades práticas e avaliações, são validados por esse assessor”, explica o Coordenador do Ensino Médio, Cristiano Silva dos Santos. Outro investimento feito pelo Farroupilha foi em relação ao trabalho das orientadoras pedagógicas, responsáveis pela articulação entre os educadores, suas práticas, seus projetos de aprendizagem, seus materiais e suas metodologias. As orientadoras desenvolvem o plano de trabalho anual e a projeção de estudos de cada trimestre, tendo como norteadores as Matrizes Curricular e Socioemocional do Farroupilha. “Elas participam ativamente de atividades em sala de aula, contribuindo na reflexão metodológica, dando retorno aos educadores e articulando junto a eles as habilidades das diferentes áreas do conhecimento”, complementa Cristiano.

AS MÉDIAS DO FARROUPILHA NO ENEM 2019: Linguagens, códigos e suas tecnologias:

605,5 Ciências humanas e suas tecnologias:

634,69 Ciências da natureza e suas tecnologias:

607,53 Matemática e suas tecnologias:

Em 2013, o Colégio elaborou uma Matriz Curricular que é desenvolvida e elaborada

754,19

por habilidades e competências. Já no 8º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais,

Redação:

as aulas de Produção Textual são realizadas com número reduzido de estudantes, ou seja, a turma é dividida em dois grupos, e dois professores trabalham com o

852,12

mesmo planejamento, dando atenção personalizada ao processo de escrita. A partir do 9º ano, os jovens realizam simulados semelhantes ao Enem, para auxiliá-los no momento do exame. Os estudantes contam, ainda, com laboratórios equipados e com profissionais especializados para apoiá-los no desenvolvimento das habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e na matriz de referência do exame. Os momentos de Apoio à Aprendizagem são individuais ou em pequenos grupos e, no Ensino Médio, são oferecidos laboratórios de Biologia, Química, Física, Matemática, História, Geografia, Línguas Estrangeiras e de Português. Também são desenvolvidas oficinas de revisão para o Enem, com professores do Colégio e convidados.

Em fevereiro deste ano, estudantes do Grupo de Relações Internacionais (GRI) participaram do Harvard Model United Nations 2020, nos Estados Unidos

Estudantes podem se inscrever, ao longo do ano, em oficinas de revisão do Enem


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PLANO DE VOO

Para que os estudantes possam se desenvolver nas áreas em que têm mais interesse, o Colégio Farroupilha oferece, também, Clubes e Grupos de Aprendizagem, no turno oposto ao da aula regular, como o Grupo de Relações Internacionais, Grupo de Teatro, Clube de Astronomia, Clube de Química, entre outros. Já no projeto Plano de Voo, os estudantes têm apoio profissional para escolher o que desejam fazer após a conclusão do Ensino Médio e traçar estratégias para alcançar esse objetivo, por meio de uma série de ações, como palestras, exposições, orientação profissional, simulados e visitas a universidades e empresas. Em relação à Língua Inglesa, desde o 4º ano do Ensino Fundamental os estudantes realizam os exames de Cambridge. Quando chegam ao Ensino Médio, eles têm a oportunidade de atingir o nível mais alto da proficiência: o Nível Proficiency, de acordo com os exames elaborados pela Universidade de Cambridge. Já a carga horária curricular estendida faz parte de uma proposta de contemplar componentes curriculares para além do exigido pela legislação e pelos documentos oficiais brasileiros nas diferentes áreas de conhecimento. Além de práticas sistematizadas em laboratórios, componentes curriculares, como Atualidades, fazem parte desse diferencial oferecido pelo Colégio. Essa proposta permite um aprofundamento dos conhecimentos trabalhados em aula. Além disso, a diversificação dos componentes vai ao encontro do projeto de vida de cada um, pois os Turmas da 3ª série têm aulas no novo prédio do Colégio, inaugurado em 2019

estudantes vivenciam diversas experiências a fim de identificarem seus interesses e suas habilidades nas áreas de conhecimento contempladas. “Esse resultado é a colheita de um trabalho que vem sendo feito com muita seriedade e comprometimento. Temos a certeza de que os nossos estudantes poderão ter as melhores oportunidades e escolher qual caminho trilhar após saírem do Farroupilha. O desejo, o empenho e o engajamento dos estudantes e familiares foram essenciais para a obtenção desses resultados. Tendo a escola como visão ‘ser referência nacional em educação’, esse resultado aponta que estamos trilhando um caminho que pode nos levar a ser uma referência, sem esquecer que esse é apenas um dos indicadores que nos levam à nossa missão de ‘formar cidadãos competentes, éticos e globais’”, destaca Cristiano.

No projeto Plano de Voo, os estudantes têm apoio profissional

Laboratórios são utilizados para atividades práticas e no esclarecimento de dúvidas


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REENCONTRO ESPECIAL E COM SAUDADE

Crianças da Educação Infantil puderam rever professores e equipe em ação realizada no estacionamento do Colégio

“Ai, que vontade de abraçar!”. Essa foi a reação da pequena Lara Ribas do Nascimento Kipper, do Nível 5B, ao ver, de dentro do carro, a professora Daniela Verri. No início do mês de junho, as crianças participaram de uma ação da Educação Infantil. No estacionamento principal do Colégio, elas puderam rever as professoras titulares e os demais educadores do nível de ensino e receberam um kit com alguns materiais e propostas para serem feitas em casa. Já que abraços nem beijos foram permitidos, o Colégio criou um cumprimento, no formato de um “C”. Duas letras “C” juntas, mesmo de longe, formam um coração, representando, além do carinho, o combate ao coronavírus. “Realizar este encontro com as crianças, as famílias e a equipe foi emocionante. Estamos todos com muitas saudades”, declarou a Coordenadora da Educação Infantil, Cleusa Beckel. “Vivenciamos uma mistura de sentimentos: a alegria de refazer o trajeto até a escola, a ansiedade e a expectativa em rever as nossas crianças, mas, sem dúvida, o sentimento que mais prevaleceu foi a alegria! Alegria em poder ver de ‘pertinho’ os rostinhos das nossas crianças, conversar com cada uma delas, poder dizer o quanto sentimos a sua falta e que, mesmo longe, estamos bem perto”, definiu a professora do Nível 5A, Andrea Lorenz. Muitas das famílias, ao reencontrarem as professoras, não esconderam a emoção pelo momento. “Foi, para nós, disparado, o dia mais emocionante de toda a quarentena. Sermos recepcionados pelos cartazes com as mensagens e rever não só as professoras, mas também educadores, como o Batista, o Juliano, o Igor, o bombeiro Reginaldo e o Jociel que estão sempre tão presentes no nosso dia a dia, nos deixou muito tocados e sentidos pela falta desse convívio diário. Agradecemos à escola por oportunizar um momento tão especial e nos acolher de uma forma tão querida”, afirmou Natalia Wartchow, mãe do Rafael e do Lucas, dos Níveis 3A e 5B, respectivamente. “É difícil esse período, mas foi importante para ele rever a professora, ele ficou emocionado. Esses momentos são bacanas e importantes”, completou Carolina De Luca, mãe do Vicente, do Nível 5G.


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DESTAQUE

PROGRAMA DE COMBATE AO CORONAVÍRUS: UMA QUESTÃO DE CUIDADO Com consultoria do Hospital Moinhos de Vento, o Farroupilha prepara uma série de protocolos de prevenção para a comunidade escolar O Colégio vem preparando uma série de orientações e mudanças em sua estrutura física para que a volta às aulas presenciais aconteça - quando autorizada pelos órgãos competentes - com segurança para toda a comunidade escolar. Os protocolos e as devidas alterações têm como base a consultoria prestada pelos profissionais do Hospital Moinhos de Vento, as diretrizes do protocolo divulgado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul e o direcionamento dos órgãos de saúde nacionais e internacionais. Confira, abaixo, algumas ações e adaptações realizadas.

NOVA SINALIZAÇÃO Diferentes espaços do Colégio ganharam uma sinalização nova, pensada na segurança de todos. Seguindo as orientações dos órgãos de saúde, foram feitas alterações em bancos, mesas, cadeiras e outros espaços da instituição, respeitando o distanciamento mínimo entre pessoas. O coração na cor verde indica que está permitido usar o espaço. Já o coração azul no chão indica o local onde o estudante deve ficar para que mantenha uma distância segura de outra pessoa. O “x” nas cores branca e azul significa que aquele espaço deve ser evitado.

KITS DE PREVENÇÃO Estudantes a partir do Nível 2 da Educação Infantil e todos os educadores do Colégio receberão kits contendo um conjunto de máscaras de proteção em tecido. A partir do 1º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, será entregue, também, uma bisnaga com álcool gel que pode ser reabastecida pelas famílias sempre que necessário. As professoras da Educação Infantil, os profissionais das recepções e os demais educadores que atuam em contato direto com o público receberão também o modelo face shield.

USO DE MÁSCARAS O uso das máscaras de proteção será obrigatório para famílias, educadores e estudantes a partir do Nível 2 da Educação Infantil. Sem ela, o acesso às dependências do Colégio não será permitido. Educadores e estudantes deverão trazer consigo o número de máscaras necessárias para o seu período de permanência na escola. Para que o armazenamento seja feito de forma adequada, serão disponibilizadas embalagens de papel, sendo que as de cor branca devem ser utilizadas para máscaras limpas e as marrons para as máscaras sujas. Será permitido o uso de outras máscaras, diferentes das que fazem parte dos kits de prevenção. Contudo, é importante que sejam adequadas ao ambiente escolar. É de responsabilidade do estudante e do educador a lavagem correta das máscaras.

ACESSO AO COLÉGIO Em todas as recepções, haverá a orientação para o distanciamento de dois metros entre as pessoas com a fixação


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de marcações adesivas. A higienização dos calçados e das rodinhas das mochilas será feita nos tapetes sanitizantes colocados em todos os acessos. A orientação é de que, antes de passar pela catraca, todos devem higienizar as mãos com álcool gel 70%, disponibilizado em dispensers automáticos (acionamento pelos pés). Será realizada a aferição de temperatura de todas as pessoas que acessarem o Colégio, por meio de termômetro digital infravermelho. No caso de constatação de temperatura igual ou superior a 37,8 graus, será feito o encaminhamento para a equipe do Ambulatório Escolar, que fará contato com os responsáveis e/ou dará orientações para que seja feito o acompanhamento dos sintomas, além da busca pelo sistema de saúde, para investigação diagnóstica.

HIGIENIZAÇÃO DOS AMBIENTES E DAS SUPERFÍCIES As superfícies e os ambientes da escola serão higienizados de forma periódica, com a utilização dos produtos adequados e indicados por profissionais da saúde. Os educadores da equipe de higienização foram capacitados para que os processos diários cumpram as diretrizes do Programa de Prevenção e Combate ao Coronavírus. Todos os produtos de limpeza e higienização serão devidamente rotulados com etiqueta padrão, constando o nome do produto, a finalidade de utilização e as datas de validade e de abertura do frasco, conforme as normas do fabricante. Ainda, a Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) de cada material estará disponível no mesmo ambiente em que

os produtos são armazenados e manuseados. Serão utilizados materiais descartáveis, como luvas e papéis de limpeza, e, no processo de higienização, não serão utilizadas vassouras. Além disso, os profissionais trabalharão sempre com dois baldes, um para o produto e outro para enxágue.

BEBEDOUROS Os equipamentos serão higienizados a cada duas horas e deverão ser utilizados somente para o abastecimento de garrafas de água de uso individual.

BIBLIOTECA O acesso ao acervo será restrito aos educadores que atuam no local. Os demais integrantes da comunidade escolar poderão acessar apenas até o espaço de recepção da Biblioteca, onde será possível efetuar as retiradas e devoluções das obras, após agendamento prévio. O contato com o setor poderá ser feito por e-mail, telefone ou Whats App, e a consulta ao acervo poderá ser feita, também, pelo catálogo virtual.

QUADRAS ESPORTIVAS E CAMPO DE FUTEBOL As quadras e o campo de futebol serão utilizados para práticas esportivas alternativas, sendo que os esportes coletivos não estão autorizados.

ESPAÇO DE ALIMENTAÇÃO E CONVIVÊNCIA A utilização do espaço das cantinas priorizará o atendimento rápido, com a formação de filas organizadas em fluxos de entrada e de saída. Serão mantidas no ambiente apenas algumas me-

sas e cadeiras para refeições rápidas. Marcações no chão e nas mesas irão orientar para o distanciamento mínimo, e dispensers de álcool gel serão instalados no local para que seja feita a higienização das mãos. Mochilas e bolsas deverão ser mantidas fora do ambiente, sempre que possível. Os recreios serão escalonados, e a Área Coberta da escola foi ampliada com a utilização de toldos e colocação de mesas e cadeiras em outros espaços, para que as refeições possam ser feitas obedecendo ao protocolo de distanciamento.

SALAS DE AULA Serão higienizadas a cada troca de turma ou entre os períodos, e estão sendo organizadas de forma que todas as classes mantenham o distanciamento mínimo. As janelas serão mantidas sempre abertas - bem como as portas, quando possível - dando preferência à ventilação natural. Ao entrar e ao sair das salas de aula, os estudantes serão orientados a fazer a higienização das mãos com álcool 70%. Apenas os materiais essenciais deverão ser mantidos em cima das mesas, reduzindo, assim, o risco de contaminação.

LIVRO ILUSTRADO A importância das medidas de higiene para evitar a contaminação pelo coronavírus ganhou uma versão em livro e ilustrada. Para abordar o assunto com as crianças da Educação Infantil e dos Anos Iniciais, o ex-aluno, escritor e ilustrador Carlos Augusto Pessoa de Brum, o Cadu, escreveu e desenhou o livro Combate ao Coronavírus: uma questão de cuidado, que contou com a orientação da professora do Laboratório de Biologia, Tanilene Persch.

MAIS INFORMAÇÕES Todos os processos que foram reestruturados com foco na prevenção do coronavírus encontram-se no documento do Programa de Combate ao Coronavírus: uma questão de cuidado, disponível no site do Colégio: www.colegiofarroupilha.com.br


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DESTAQUE

FARROUPILHA PRESENTE EM EVENTOS DE EDUCAÇÃO A Diretora Pedagógica, Marícia Ferri, foi convidada para participar de encontros on-line, promovidos por Priscila Boy Consultoria, Educaweek e GEduc 2020 Durante o mês de julho, a Diretora Pedagógica, Marícia Ferri, representou o Co-

nhecer novas práticas. O convite para

légio Farroupilha em três eventos da área da educação, os quais aconteceram

os painéis foi muito gratificante, pois,

na modalidade on-line. Na live Gestão da aprendizagem: como organizar a

além de indicar o reconhecimento pelo

escola em momentos de educação remota, promovida por Priscila Boy Con-

nosso trabalho, nos mostra que esta-

sultoria, Marícia falou sobre as aulas remotas, o trabalho com as habilidades

mos indo ao encontro da nossa visão

cognitivas e sociais dos estudantes e das famílias na quarentena e o desafio de

de sermos referência nacional em

avaliar os estudantes na modalidade on-line. “Nós trabalhamos com o conheci-

educação”, disse Marícia.

mento e estamos aprendendo com este novo cenário. Tivemos que nos reorganizar em um curto espaço de tempo, porque a nossa preocupação sempre foi com a aprendizagem, nos âmbitos cognitivo e socioemocional, das crianças e

RECONHECIMENTO

dos adolescentes. Não poderíamos abrir mão disso”, afirmou.

No Prêmio Destaque Educação 2020,

Já na Educa Week, um dos mais importantes eventos da área da Educação no

realizado no último dia da Educa

país, que reúne líderes educacionais de todo o Brasil, Marícia esteve presente no

Week, o Colégio foi premiado na ca-

painel Orientação educacional: cases de sucesso utilizados durante a crise da

tegoria Orientação Educacional com

COVID-19 e o que muda no futuro?. A Diretora também participou do painel Tudo

o projeto Intervenções socioemocio-

e Todos em Transformação – Novas Formas de Pensar, Aprender e Ensinar, do

nais em tempos de pandemia. Apre-

GEduc - XVIII Congresso Brasileiro de Gestão Educacional, com a fala Sujeitos

sentado pela psicóloga educacional

maker na escola: professores e estudantes autores. “Estar presente nesse tipo

do Ensino Fundamental – Anos Finais,

de evento traz ótimas oportunidades de dialogar com outras instituições e de co-

Letícia Maccari, o projeto aborda as ações desenvolvidas no Farroupilha para dar suporte socioemocional a estudantes e famílias, como as edições on-line do Programa Cuidar é Básico, os encontros dos estudantes com especialistas e a ampliação dos canais de comunicação com a comunidade escolar. Já no Prêmio Nacional de Gestão Educacional 2020, o Farroupilha conquistou Ouro na categoria Gestão Administrativa e de Comunicação, com o projeto Memórias Compartilhadas: uma viagem pelas origens da ABE 1858, e Prata na categoria Gestão Acadêmica, com o case Projeto History Maker: aproximando o estudante da História.


FaRrOuPiLhA

CoMpArTiLhA

Todo gato com três cores é fêmea? Por que a Lua não cai na Terra? Como são produzidas frutas sem sementes? Olhar com curiosidade para o cotidiano possibilita inúmeras descobertas. Aliar essa curiosidade ao saber científico gera conhecimento. O Farroupilha Compartilha é um movimento que busca disseminar conhecimento entre toda a comunidade escolar e a sociedade, a partir de postagens no site e demais canais de comunicação do Colégio. Acompanhe!

soufarroupilha



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