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INFORMATIVO COLÉGIO MOTIVA JOÃO PESSOA / CAMPINA GRANDE - PB ANO 7 - NO 29 | NOVEMBRO DE 2014
Cultural
A ESCOLA COMO IMPORTANTE ELO NA CONSTRUÇÃO DE LEITORES DESDE A PRIMEIRA INFÂNCIA Projeto Giroletras estimula o hábito da leitura e vem conseguindo excelentes resultados no desenvolvimento de leitores proficientes
POR QUE A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL NÃO ACABOU? José Arbex Júnior, jornalista e doutor em História Social, explica essa questão.
MONITORAR É PRECISO
POLÍTICA E PARTICIPAÇÃO JOVEM
Especialista em crimes digitais, Patrícia Peck, dá dicas de como proteger nossos filhos.
Saiba como essa relação é entendida pelos jovens e analisada por um cientista político.
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O Motiva Cultural é uma publicação do Colégio Motiva. Campina Grande Unidade Jardim Ambiental Rua Luiza Bezerra Motta, 589 Catolé Tel: 83 2101.4900 Unidade Centro Rua Irineu Joffily, 163 - Centro Tel: 83 2101.4800 João Pessoa Unidade Ambiental Rua Silvino Lopes, 255 - Tambaú Tel: 83 3015.2100 Unidade Miramar Rua Rui Carneiro, 850 - Miramar Tel: 83 3015.2800
EDITORIAL Em nossa 29ª edição temos muitas novidades para contar. Muitas mudanças chegaram para tornar ainda melhor a nossa publicação e fazer com que a Revista Motiva Cultural tenha a cara do nosso mais importante leitor: o aluno! Para conseguir alcançar esse objetivo convidamos alunos, direção e equipe técnica para integrar o Conselho Editorial.
Érica Chianca Assessora de Comunicação
Artur Cavalcanti Repórter Fotográfico
Cláudia Valéria Supervisora Ens. Fund. Anos Iniciais
Leânia Ferreira Supervisora Ed. Infantil
1ºF - Ana Paula Montenegro
2ºE - Francisco Naldo
3ºE - Marina Leite
8ºB - Maria Márcia
Lúcia Helena Supervisora Ens. Médio
Marília Gabriela Supervisora Ens. Fund. Anos FInais
9ºD - Maria Luiza Negreiros
Wellington Romão Apoio Técnico
Mayara Medeiros Assessora de Comunicação
Gutemberg Medeiros Gerente de TI
2º D - Giullya Braga
3ºA - Iasmin Mendes
Direção Geral Prof. Carlos Barbosa
Direção Administrativa Prof. Jane Eyre
Stellio Mendes Diretor do MOTIVA Centro - CG
Maria Suely Almeida Marilaura Lígia Couto Maura Regina do Nascimento Supervisora de Ensino Assessoria Fundamental - Anos Iniciais Supervisora de Ensino Pedagógica Médio (3º Ano)
Direção Unidades Miramar e Ambiental Prof. Karamuh Martins
Jornalistas Responsáveis Érica Chianca Mayara Medeiros
Edição e revisão Érica Chianca
Projeto Gráfico e Diagramação Vind Creative Studio
Fotos Artur Cavalcanti Guthemberg Medeiros
Tiragem 7.500
colegiomotivajoaopessoa colegiomotiva colegiomotiva.com.br Dúvidas, críticas e sugestões envie um e-mail para: assessoriajp@colegiomotiva.com.br Para participar do conselho ou colaborar com textos: assessoriajp@colegiomotiva.com.br
Ronnie Kerle Coordenador de Pré-Universitário
3ºA - Tales Albuquerque
1º A- Marcella Siqueira
9ºA - Déborah Macêdo
Ouvimos todas as sugestões, o que eles pensavam sobre a revista, o que necessitava ser mantido e o que deveria ser trocado. Nos reunimos em um encontro histórico, feito via videoconferência entre as equipes de João Pessoa e Campina Grande, e definimos democraticamente as pautas que integram essa edição. Foi lindo ver alunos, diretores e supervisores defendendo suas ideias, discutindo, trazendo importantes reflexões e conversando de igual para igual. Nossos alunos deram show e nós ficamos muito orgulhosos com a participação deles. Enfim, ficamos muito instigados com todas as mudanças, com a colaboração e as trocas feitas. Esperamos entregar uma revista com muito mais conteúdo, mas feita com o mesmo carinho. Boa leitura!
ÍNDICE: Campanha de Trânsito
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Matéria de Capa
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Conselho Editorial
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Primeira Guerra Mundial
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Nova Identidade Visual Evento da Unesco Jovem e Política A arte de Analice Uchôa Celebrando Ariano Amazan Dicas de Leitura e Filmes Estresse na Infância
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Olimpíadas Clubinho Bíblico XII SACC Dia Internacional da Paz Agricultura Familiar Minha Profissão é: Esportes Entrevista
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EVENTOS
CAMPANHA DE TRÂNSITO ALERTA SOBRE IMPORTÂNCIA DE RESPEITAR FAIXA DE PEDESTRES O QUE É A FAIXA DE PEDESTRES OU FAIXA DE SEGURANÇA? É uma sinalização horizontal constituída por uma série de faixas que delimitam a área determinada para a travessia de pedestre em ruas, avenidas e vias em geral. As faixas de segurança são geralmente constituídas de retângulos brancos sucessivos transversais à via atravessada. Um botão em um poste pode existir para acionar o semáforo e permitir uma travessia mais segura da faixa de pedestres.
PEDESTRES
TEXTO: ÉRICA CHIANCA | FOTO: ÉRICA CHIANCA
No mês de junho o Colégio Motiva Ambiental, em João Pessoa, realizou a campanha ‘Respeite a faixa de pedestre. Faça sua parte’ com o intuito de informar motoristas e pedestres sobre seus direitos e deveres. Na oportunidade a equipe da escola e alguns alunos convidados fizeram a distribuição de material educativo aproveitando os horários de pico no trânsito ocasionados pela entrada e saída dos alunos. O panfleto entregue aos condutores e pedestres continha dicas e informações sobre
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o uso correto da sinalização horizontal, além de alertas sobre o uso correto e gentil do estacionamento. A campanha também afixou um painel em frente ao prédio da escola. De acordo com a direção da escola, a campanha educativa teve como principal finalidade fazer com que a comunidade e os pais respeitem as regras de trânsito gerando exemplos para as crianças e jovens, facilitando o trânsito local.
1. Somente atravesse na faixa de pedestres 2. Sinalize com a mão sua intenção de atravessa-la. 3. Olhe para os dois lados e espere sempre o motorista parar. 4. Sempre agradeça ao motorista por ter parado.
MOTORISTAS 1. Tenha atenção com os pedestres, principalmente, com as crianças. 2. Ligue o pisca-alerta e pare o veículo antes da faixa. 3. Em caso de trânsito lento, nunca pare em cima da faixa. 4. Não estacione em cima da calçada ou feche outros veículos que estão estacionados. 5. Respeite as vagas para idosos, gestantes e cadeirantes.
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REVISTA MOTIVA FORMA CONSELHO EDITORIAL
Pensando em tornar a Revista Motiva Cultural, publicação semestral impressa do Colégio Motiva, mais colaborativa e interessante a escola formatou um conselho editorial. O conselho será responsável por dialogar com a equipe de jornalistas responsáveis pela produção das matérias contribuindo com ideias para as pautas. O primeiro encontro aconteceu no mês de setembro e integrou as equipes de João Pessoa e Campina Grande utilizando um sistema de videoconferência. Para o conselho da edição 29 da revista foram eleitos dez alunos no total. “Os alunos foram convidados para uma conversa sobre a proposta nova da revista, como eles poderiam colaborar e sobre a importância dessa participação. Para 2015 a pretensão é estender essa participação para que eles atuem escrevendo textos”, comentou Érica Chianca, assessora de comunicação do Colégio Motiva e uma das responsáveis pela revista. O novo formato da publicação pretende trazer para as páginas da revista conteúdos de interesse dos alunos trazendo mais informação, discussões atuais e até conteúdo de aulas, além de abordar notícias dos eventos e últimos acontecimentos do Colégio Motiva. “A ideia é que a revista fique mais atrativa. O grande objetivo é fazer com que nossos alu-
TEXTO: ÉRICA CHIANCA | FOTO: ARTUR CAVALCANTI
nos sintam prazer em ler a publicação, encontrem conteúdos relevantes. A integração deles no processo é a forma mais adequada de saber exatamente o que eles querem ler, o que eles gostam e cativar o interesse da turminha”, explicou Stellio Mendes, um dos diretores da escola. A cada ano a escola publica duas revistas que são distribuídas para os alunos e seus pais, professores, colaboradores, além de circular nas áreas comuns do colégio para quem deseja pegar um exemplar e leva-lo de forma gratuita para casa. O Conselho ainda contou com a presença de representantes da direção, o professor Karamuh Martins e o diretor de unidade Stéllio Mendes, e oito integrantes da comissão técnica, representando os segmentos da Educação Infantil, Fundamental e Ensino Médio, além das jornalistas responsáveis pela revista, do repórter fotográfico e dos suportes técnicos em TI.
O grande objetivo é fazer com que nossos alunos sintam prazer em ler a publicação, encontrem conteúdos relevantes. A integração deles no processo é a forma mais adequada de saber exatamente o que eles querem ler, o que eles gostam e cativar o interesse da turminha.” Stellio Mendes Diretor do Colégio Motiva unidade Centro em Campina Grande
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EVENTOS
MOTIVA APRESENTA NOVA IDENTIDADE VISUAL Com 14 anos de história no setor da educação na Paraíba, o Colégio Motiva já tem a sua marca consolidada entre seus públicos e no imaginário do povo paraibano.
. Sempre atentos a qualidade de todas as suas ações e em acompanhar as mudanças do mundo globalizado, o Motiva apresentou a sua nova logomarca que representará a imagem da escola a partir de agora. De acordo com Feliciano Neto, diretor do Vind Creative Studio, empresa responsável pela criação da nova marca, o que a escola fez foi uma releitura atualizando a sua marca. “Marcas são feitas para durar e conseguirem uma propriedade de reconhecimento, e isso o Motiva conseguiu, consolidou a sua marca ao longo desses anos. Nesses casos não é adequado uma mudança radical e sim fazer uma releitura elegen-
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do elementos antigos de referência para que sejam mantidos, mas atualizando alguns conceitos”, explicou Neto. Ainda de acordo com Feliciano, as marcas de empresas com longa vida passam comumente por readequações que podem acontecer para demarcar algumas datas importantes, mas sempre com o intuito de manter a sua jovialidade. No caso do Colégio Motiva foi identificado, através de pesquisas feitas pelo estúdio de criação, que o ‘M’ da marca antiga já era reconhecido largamente por seus diversos públicos. “Partimos do princípio de usar o ‘M’ agregando outros valores simbó-
licos na releitura da marca. A letra foi integrada a tipologia, ao nome, e representa os três segmentos da educação, Ensino Infantil, Fundamental e Médio. O ponto foi mantido e fala muito sobre a escolha assertiva pela escola. Já as cores modificamos do vermelho para o laranja, já que o azul, a outra cor da marca, dialoga melhor com ela por serem cores complementares”, comentou Feliciano. Com a apresentação da marca, gradualmente o Colégio Motiva deverá aplica-la nos mais diversos locais, fardas de alunos e funcionários, em comunicados impressos e nas suas ferramentas de comunicação.
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PROJETOS DO MOTIVA GANHAM PRATA EM PRÊMIO EXCELÊNCIA POLIEDRO
TEXTOS: ÉRICA CHIANCA
Partimos do princípio de usar o ‘M’ agregando outros valores simbólicos na releitura da marca. A letra foi integrada a tipologia, ao nome, e representa os três segmentos da educação, Ensino Infantil, Fundamental e Médio. O ponto foi mantido e fala muito sobre a escolha assertiva pela escola. Já as cores modificamos do vermelho para o laranja, já que o azul, a outra cor da marca, dialoga melhor com ela por serem cores complementares. Feliciano Neto Designer Responsável pelo projeto e sócio do Vind Creative Studio
Os Projetos Renove e de Esportes do Colégio Motiva conquistaram a Prata no Prêmio Excelência Poliedro 2014. O resultado do prêmio colocou os projetos entre os três finalistas e ambos conquistaram o segundo lugar em suas respectivas categorias. A cerimônia de entrega dos prêmios foi realizada em São Paulo, dentro do evento anual ‘Encontro de Mantenedores do Sistema de Ensino Poliedro’. Concorreram este ano mais de 100 escolas que inscreveram seus projetos em nove categorias. O Prêmio foi criado para valorizar e reconhecer as unidades parceiras acerca de suas iniciativas inovadoras, conquistas educacionais e práticas pedagógicas de sucesso.
“Tomando como base o volume de inscritos para nós o resultado foi uma vitória”, comentou Jamice Medeiros, coordenadora do Projeto Renove. O Renove concorreu na categoria ‘Educação Sustentável’ que reconhece iniciativas com propósito de formar alunos conscientes sobre alternativas sustentáveis para a vida e o meio ambiente. Já o Projeto de Esportes concorreu na categoria ‘Esportes como Formação Integral’ que considera o número e abrangência de projetos esportivos realizados dentro das escolas com o intuito de formar alunos com hábitos saudáveis por meio da prática esportiva. Para esta categoria foram analisados pontos como a oferta de diversas atividades esportivas, número de alunos envolvidos em atividades extracurriculares, títulos conquistados e o estímulo à federalização dos alunos esportistas. Além das duas categorias que o Motiva participou, o Prêmio Excelência Poliedro premiou iniciativas nas categorias Melhor Resultado no ENEM, Sucesso em Olimpíadas do Conhecimento, Protagonismo Juvenil por meio da Cultura e da Arte, Projetos a Serviço da Comunidade, Inovação em Tecnologia Educacional, Qualidade Escolar e Iniciativas de Marketing.
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EVENTOS
EVENTO DA UNESCO EM JOÃO PESSOA É TIDO COMO MARCO
Realizado nos dias 8, 9 e 10 de outubro, o XX Encontro Nacional das Escolas Associadas à Unesco (PEA-Unesco) reuniu mais de 300 educadores de todo o Brasil e de outros países no Hotel Tambaú, em João Pessoa. O evento foi considerado pela coordenação nacional do PEA como um marco para a história da rede. De acordo com Myriam Tricate, coordenadora do Programa no Brasil, o Encontro conseguiu atingir um nível altíssimo de organização, divulgação, receptividade, participação e qualidade das palestras. Segundo Carlos Barbosa, diretor geral do Colégio Motiva e coordenador estadual do Programa de Escolas Associadas à Unesco na Paraíba, receber um evento do porte do Encontro Nacional foi uma missão que toda a equipe da
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escola abraçou com competência e responsabilidade. “Como escola anfitriã e sendo a primeira vez que a Paraíba recebeu o evento da Unesco, nossa equipe acolheu o Encontro e trabalhou em conjunto com a organização nacional para entregar o melhor para o público”, explicou Carlos. Ao longo dos três dias o evento recebeu palestrantes de renome internacional, como Brian Perkins, diretor da Escola de Professores da Columbia University de Nova York que é considerado um dos maiores estudiosos do impacto do clima es-
Como escola anfitriã e sendo a primeira vez que a Paraíba recebeu o evento da Unesco, nossa equipe acolheu o Encontro e trabalhou em conjunto com a organização nacional para entregar o melhor para o público” Carlos Barbosa Diretor geral do Colégio Motiva
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VISITA TÉCNICA AO MOTIVA
TEXTO: ÉRICA CHIANCA | FOTO: ARTUR CAVALCANTI
colar no aprendizado. O americano proferiu sua apresentação em inglês com tradução simultânea para o português e para o espanhol, e defendeu a capacitação dos professores como a chave para a revolução do ensino. Ainda dentro das atrações das palestras o pesquisador e doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Álvaro Chrispino, apresentou conteúdos de atualização e capacitação sobre violência nas escolas e a responsabilidade civil dos educadores. Já a especialista em direito digital e idealizadora do Movimento Família mais Segura na Internet, Patrícia Peck, deu dicas e sugestões de como pais e educadores devem agir em determinadas situações de exposição das crianças no ambiente da internet. Cláudio Sassaki, diretor da empresa Geekie, negócio que criou uma uma plataforma de ensino adaptativo, um dos nomes mais atuais nas
discussões sobre a necessidade da reformulação da forma de ensino também marcou presença no evento. Sassaki apresentou para o público alguns cenários e apontou uma educação 3.0 em que o aluno é o foco do processo de forma protagonista sendo o professor um mediador com capacidade de avalia-lo individualmente com o auxílio de suportes tecnológicos. Outro nome de destaque nacional que participou do encontro foi o do filósofo Clóvis de Barros Filho. O professor livre-docente na área de Ética da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e coordenador do programa de mestrado da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), veio a Paraíba proferir a palestra sobre ética na educação, teoria e prática, e foi ovacionado pela plateia do XX Encontro Nacional do PEA.
No último dia do evento o Colégio Motiva, a unidade Ambiental de João Pessoa, abriu suas portas para receber os educadores participantes do evento. A comitiva veio à escola conhecer a estrutura física, os projetos e o trabalho pedagógico desenvolvido no Motiva. “Os participantes foram recebidos por uma equipe formada por coordenadores, supervisores e psicólogos do colégio que organizados em grupos levaram as pessoas a percorrer todos os setores da escola. “Foi uma visita bem dinâmica e eles puderam tirar dúvidas e trocar experiências sobre as práticas pedagógicas”, comentou Ana Patrícia Matos, vice-diretora do Colégio Motiva Ambiental. Realizado anualmente de forma itinerante, o Encontro Nacional das Escolas Associadas à Unesco (PEA-Unesco) em 2015 acontecerá realizado na cidade de Curitiba, no Paraná. A Unesco está presente em 190 países do mundo e no Brasil possui 320 escolas associadas ao Programa. Durante o evento foram anunciados o credenciamento de mais 60 escolas. O XX Encontro Nacional das Escolas Associadas à Unesco contou com o apoio da Prefeitura Municipal de João Pessoa, que enviou 60 educadores da capital para participar da capacitação.
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COMPORTAMENTO
PARTICIPAÇÃO JOVEM E POLÍTICA: COMO ANDA ESSA RELAÇÃO? Para o cientista político, Ítalo Fittipaldi, vai mal. Para os jovens buscar informação parece ser o bastante. Mas afinal de contas, fazer política e contribuir com ela é só isso? Ou precisamos que nossos jovens busquem algo mais? Em diálogo traçado com um grupo de adolescentes e jovens, de 14 a 16 anos, estudantes do Colégio Motiva, tentamos entender como essa galerinha enxerga a participação, o papel do jovem e como, efetivamente, eles vem contribuindo com o fazer político em busca de um futuro melhor para eles, para todos. É inegável que a geração de adolescentes e jovens de hoje nasceram na Era da Informação. Conhecidos como a Geração dos Nativos Digitais, o advento da internet foi o principal canal facilitador do acesso à informação. Longe das discussões sobre a qualidade do que é exposto na web, assim como para qualquer assunto que se tenha curiosidade de pesquisar, os temas do mundo da política também estão pairando por lá. É também da rede o volume mais expressivo de conteúdos acumulados pelos jovens quando o assunto é política e é através dela que eles acreditam contribuir com um certo tipo de militância que se apropria de conteúdos e discute isso de uma forma particular e individualizada entre seus grupos sociais. De acordo com Francisco Naldo, de 16 anos, o acesso a informação aumentou e os jovens agora podem usar esse poder para conversar de igual para igual com os mais velhos. “Temos que considerar que a forma de educar também mudou. Nos-
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sas famílias tem um diálogo muito maior dentro de casa do que no tempo dos nossos pais e avós”, comentou o adolescente. Já Gabriel Lopes, de 15 anos, revelou que as informações adquiridas por ele, a maioria através da internet, e a disponibilidade de seus familiares em ouvir as suas posições foram itens essenciais para mudar, por exemplo, o cenário da votação em sua casa nas últimas eleições. “Eu apresentei propostas de alguns candidatos para a minha mãe e para meu padrasto. Usei a internet, revistas e jornais. Consegui mudar o voto deles, apesar de não ter idade para votar influenciei diretamente duas pessoas com as informações que tinha”, relatou Gabriel. E é exatamente dessa forma, uma dobradinha entre informação e atos individuais isolados, que a grande maioria do grupo acredita que está contribuindo para o ativismo político jovem de hoje. “Não votei, mas defendi o que eu achava certo junto aos meus amigos e minha família.
Na sala de aula tivemos discussões muito construtivas. Nas redes sociais também”, comentou Francisco. Já para Ana Paula Montenegro, de 16 anos, assistir jornais, participar das aulas de história, geografia, ler revistas é uma forma de ação política, já que o objetivo é formar uma opinião consciente e contribuir para o processo. “Nenhum de nós votou, mas temos sim opiniões formadas e grande poder de influência”, completou Gabriel. Para o cientista político e professor Doutor da Universidade Federal da Paraíba, Ítalo Fittipaldi, os adolescentes estão cometendo um grande equívoco em achar que deter informação é tudo, principalmente quando essa fonte é a internet. “Nunca tivemos tanta informação disponível, mas também nunca tivemos tanta informação de péssima qualidade, de fontes duvidosas. Para uma sociedade que pretende ser democrática temos que ofertar informações e posições de ótima qualidade para que o jovem tenha embasamento. Não
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Eu apresentei propostas de alguns candidatos para a minha mãe e para meu padrasto. Usei a internet, revistas e jornais. Consegui mudar o voto deles, apesar de não ter idade para votar influenciei diretamente duas pessoas com as informações que tinha.” Gabriel Lopes Aluno Motiva
TEXTO: ÉRICA CHIANCA | FOTO: ARTUR CAVALCANTI
basta acessar, ler, tem que entender outros cenários, pesquisar, analisar, ir mais fundo, entender as dinâmicas de interesses individuais que existem ainda em certos veículos que divulgam essas informações. E a mais importante ação, não existe construção de uma opinião se você não analisa criticamente os dois lados da moeda, se você se fecha no seu mundo”, rebateu. Ítalo também destacou que não se pode confundir participação política com período de eleições. O cientista explica que fazer política é cotidiano e ela começa em ações pequenas,
por exemplo, dentro do bairro em que se mora. “Pensar em participação política vinculando isso ao período eleitoral e no voto, apesar de toda a sua importância, é um erro grave. Pensando nessa lógica você seria cidadão somente de quatro em quatros anos e essa seria somente a sua única função. Política é o dia a dia de todos. Pense que aquela praça próxima a sua casa está ficando muito suja. Onde reclamar? Como exigir? Mas entendamos que também não é só isso. Vale muito mais a ação. O que coletivamente podemos fazer? Como podemos nos organizar
para manter a limpeza da praça? Comece pensando na sua comunidade, na sua cidade. Isso sim é ter participação política e fazer política. Não existe participação sem ação. Não existe fazer política quando ela fica no microcosmo da família ou dos amigos e que ela funcione em momentos pontuais. O fazer político deve ser efetivo, ativo e contínuo”, afirmou o cientista. Ofertando quase que como uma dica, o professor convidou os jovens a envolverem-se em causas que tenham afinidades como forma de efetivar essa participação, que ela extrapole os muros que os cercam e atinja a comunidade. “Quem tem afinidade com os movimentos feministas pode contribuir com eles, engajar-se em suas campanhas, por exemplo. Quem gosta de animais também. É mais simples do que parece, não precisa ser algo macro. Tudo isso que disse fica longe do partidarismo. Fazer política não precisa ter ligação nenhuma com partidos”, defendeu. A personificação da política brasileira em partidos, ou em um líder,
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COMPORTAMENTO
parece mesmo deixar os adolescentes confusos sobre como efetivar essa participação na prática. “O que conseguimos enxergar é que atualmente a política está ligada a um nome que está ali, na grande maioria das vezes, por interesses pessoais e não coletivos”, tentou explicar Ana Paula. Outra crítica também dos adolescentes é a organização partidária, que é formatada no cenário atual por mais de trinta divisões (e muitas letrinhas), e que na opinião deles atrapalha mais do que ajuda no processo. “São 32 partidos políticos. Isso é um número muito alto. Deveria ser algo muito menor, a metade, talvez”, reivindicou Gabriel. Na visão de Ítalo Fittipaldi, o volume das siglas não atrapalha em nada o processo. Para ele, no final das contas, sempre acabam concorrendo duas propostas, que tem relação com os partidos mais expressivos, a direita e a esquerda. “Os partidos chamados de nanicos, e os outros menos expressivos, ficam por ali flutuando. A extinção ou fortalecimento dessas siglas vai funcionar de acordo com a dinâmica de votação do eleitor. Por exemplo, o DEM já anunciou que não funcionará mais e já foi um partido expressivo em nosso país que foi perdendo força e espaço. E indo mais além, para exemplificar melhor, nos EUA muitos acreditam que o país só conta com dois partidos, mas não. O país tem Partido Comunista, Partido Verde, entre outros, mas para as campanhas presidenciais, que são as que nós daqui temos acesso a acompanhar, eles não tem expressividade e não podem apresentar candidatos, diferente do Brasil. O Partido Republicano e o Partido Democrata vem se alternado no poder presidencial por séculos, mas não por que não existam outros e sim pela dinâmica dos votos que os fortaleceu”, assegurou o cientista.
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COMO VAI O PAÍS Outra posição clara que os meninos e meninas demonstram é que de acordo com eles o Brasil não está no rumo certo. As críticas são enfáticas quando o assunto é corrupção, educação e serviços públicos prestados. “Acredito que os projetos assistencialistas estão amarrando as pessoas ao Estado e só teremos um povo plenamente consciente somente quando começarmos a ofertar educação de qualidade. Educação é base de tudo e verba para isso não falta, o que acontece é que ela é desviada antes de chegar lá”, defendeu Mateus Coelho, de 15 anos. “O Japão é um exemplo de um país que investiu forte em educação. Paga os professores com os melhores salários e só assim tornou-se uma potência. Acredito que só esse caminho é o que funcionará”, relatou Lucas Ferreira, de 14 anos. Filhos de classes com acesso aos serviços privados, os adolescentes revelaram que caso os serviços públicos, principalmente os de saúde, fossem melhorados, não cogitariam não utiliza-los. “Se estamos gastando dinheiro com o serviço privado
É inegável que hoje temos corruptos, mas dizer que política é lugar de bandido é prestar um desserviço. Ao adotar, perpetuar e reforçar esse discurso como queremos exigir que nossos jovens participem?” Ítalo Fittipaldi Cientista Político
é porque os públicos estão defasados”, comentou Gabriel. Já para Ana Paula, a divisão entre os serviços públicos e os privados mostram claramente as desigualdades sociais que ainda permeiam o país. “Quem é pobre está sujeito ainda aos serviços de péssima qualidade, quem tem dinheiro paga por eles”, frisou a aluna. Fazendo uma analise mais profunda, o cientista político afirma que os projetos assistencialistas viraram uma espécie de símbolo de uma possível perda de privilégios de algumas classes do país e por isso são comumente atacados. “É interessante refletir, nessa perspectiva dos projetos assistencialistas, o porquê alguns são mais criticados do que outros. Quanto as desigualdades sociais, mesmo com todos os avanços, o Brasil ainda ocupa a 18ª posição do mapa da desigualdade no mundo. Não se constrói democracia com fosso social. Precisamos de oportunidades iguais para todos”, rebateu Fittipaldi. Quanto a corrupção, o grupo concorda que a maioria dos políticos são corruptos e agem por interesse pró-
prio ou em nome de grupos exclusivos. “A maioria deles fazem política para si. A minoria que vem com um proposito coletivo acaba sendo sufocada, fica nadando contra a maré e amarrada sem poder mudar muita coisa”, defendeu Francisco. Para o professor Ítalo Fittipaldi, desde a década de 80 quando deu-se processo de redemocratização no país, aconteceu um uma espécie de criminalização da política. “É inegável que hoje temos corruptos, mas dizer que política é lugar de bandido é prestar um desserviço. Ao adotar, perpetuar e reforçar esse discurso como queremos exigir que nossos jovens participem? Com a máxima afastamos os nossos melhores jovens e entregamos a política do nosso país aos eticamente ruins, aos despreparados e aqueles que sucedem os que já estão no poder. Não é por esse caminho que devemos seguir se queremos que os jovens bons participem ativamente da política. A política precisa de jovens bons. Participem”, finalizou Fittipaldi.
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CULTURA
DO SONHO REVELADOR PARA AS TELAS: A ARTE DE ANALICE UCHÔA Aos 65 anos a artista plástica Analice Uchôa é um dos nomes de maior destaque da cultura paraibana quando o assunto é Arte Naif. Pintando quadros apenas a 10 anos, a artista possui uma história curiosa que envolve a revelação de seu maior dom através de um sonho. “Sonhei que eu estava em uma exposição em Paris que era minha, mas não conseguia enxergar o que estava pintado. Passei meses matutando o que aquele sonho queria me dizer, o que eu pintava naquelas telas. Decidi contar para meu primo, Carlos Djalma, que também é artista plástico, e ele orientou-me a tomar a anunciação como incentivo. Ele me deu três telas em branco e quando cheguei em casa simplesmente pintei. Parecia que eu tinha libertado algo que estava preso há 50 anos dentro de mim, foi libertador”, revelou Analice. Autodidata, a artista teve seus três primeiros quadros expostos por seu primo em uma de suas exposições ainda na década de 90 e foi revelada como expoente da pintura local, reconhecida por pintores como Clóvis Júnior. Daí para frente Analice Uchôa vem seguindo uma carreira promissora retratando em seus quadros uma regionalidade típica das cidades do interior nordestino, com um colorido intenso, cheio de detalhes, verdadeiras narrações de
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histórias do nosso povo, da nossa cultura e tradições. As inspirações para seus trabalhos vem da música, das lembranças de sua infância, das paisagens que seus olhos veem e do cotidiano. Apesar de seguir uma corrente, a arte de Analice possui um ar personalístico bastante diferente da Arte Naif que estamos costumados a ver. “Uma das minhas características é o uso de uma cor só no fundo das telas. Posso colocar em uma tela o céu e a terra sobre a cor azul, mas você consegue distinguir que os elementos que estão em cima são do céu e os que estão embaixo são da terra”, explicou a artista. “As obras de Analice auxiliam no processo de descondicionamento da forma. A artista também é um exemplo de como o processo criativo vem de dentro para fora. Quando relata que as suas pinturas saíram de um sonho está falando que tudo é possível”, comentou a professora de artes, Vânia. A artista plástica participou no mês de agosto de uma aula interativa com os alunos do Ensino Fundamental do Colégio Motiva. Os trabalhos da pintora e escultora serviram de conteúdo para as aulas de artes
ministradas pela professora Vânia sobre Art Naif. Na oportunidade as crianças puderam dialogar com Analice sobre seus trabalhos, criações e fazer perguntas curiosas. Os trabalhos desenvolvidos pelos alunos foram expostos durante a Semana de Arte, Cultura e Ciência, a Sacc.
Autodidata, a artista teve seus três primeiros quadros expostos por seu primo em uma de suas exposições ainda na década de 90 e foi revelada como expoente da pintura local, reconhecida por pintores como Clóvis Júnior.
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TEXTO: ÉRICA CHIANCA | FOTO: ARQUIVO PESSOAL
VOCÊ SABIA? O termo Arte Naif foi pela primeira vez utilizado no século XIX para identificar a obra de Henri Rousseau. A Arte Naif começou a afirmar-se como uma corrente que aborda os contextos artísticos de modo espontâneo e com plena liberdade estética e de expressão. Ela é concebida e produzida por artistas sem preparação acadêmica específica e sem a “obrigação” de terem de utilizar técnicas elaboradas e abordagens temáticas e cromáticas convencionais nos trabalhos que executam. Isto não significa que não estudem e aperfeiçoem de modo autodidata e experimental o desenvolvimento das suas obras, e não implica que a exigência de qualidade das mesmas seja inferior. A Arte Naif também não se enquadra na designação de Arte Popular, diferindo dela na medida em que se trata de um trabalho de criação individual que apresenta peças artísticas únicas e originais.
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CULTURA
UM TEMPLO PARA CELEBRAR ARIANO
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A data cinco de março de 2013 foi uma das mais marcantes e memoráveis para a nossa escola. Foi o dia em que inauguramos o Teatro Ariano Suassuna, um espaço de cultura que engrandeceu não só o Motiva, mas também a cidade de Campina Grande. O nome do teatro foi escolhido através de uma votação. A maioria dos professores, funcionários e também alunos, citaram o poeta paraibano como o merecedor da homenagem, feita em vida, o reconhecendo como um dos grandes ícones da cultura brasileira. Ele que, com tanta simplicidade, seguiu viagem pelos quatro cantos do país carregando na mala a beleza da cultura nordestina, com toda a sua riqueza e diversidade. A noite de inauguração foi marcada não apenas pela abertura do local, mas também pela ilustre presença do Ariano Suassuna nas dependências da escola. Foi tudo mágico. Ariano, com o seu bom humor e disposição sem medidas, arrancou gargalhadas do público presen-
te com suas histórias e memórias que marcaram toda a sua trajetória como escritor e professor. Em julho de 2014, nosso grande escritor nordestino faleceu, vítima de uma parada cardíaca. Não há como não termos orgulho da nossa escolha. Não há como não sentir saudades pela sua partida. Não há como não reconhecer a contribuição que o grande Ariano deixou na literatura, na dramaturgia e na poesia brasileira. E, há algum tempo, na nossa escola. Para nós, do Colégio Motiva, uma de suas maiores contribuições foi ter vindo pessoalmente autorizar que todo o seu conhecimento pudesse ser transformado em um espaço que vem sendo aproveitado com tanto êxito por nossos alunos. No local, eles têm a oportunidade de aprender, cada vez mais, de apresentar o que gostam e sabem, de sair um pouco da realidade tradicional dos ensinos da sala de aula e expressar a arte que existe no interior de cada um deles.
Cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre.” Ariano Suassuna O Auto da Compadecida
SOBRE ARIANO Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa, 16 de Junho de 1927 — Recife, 23 de Julho de 2014) foi um dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta brasileiro. Idealizador do Movimento Armorial e autor de obras como O Auto da Compadecida, O Romance d’A Pedra do Reino e O Príncipe do Sangue do vai-e-volta, foi um preeminente defensor da cultura do Nordeste do Brasil. Foi Secretário de Cultura de Pernambuco entre 1994 e 1998, e Secretário de Assessoria do governador Eduardo Campos até abril de 2014.
TEXTO: MAYARA MEDEIROS | FOTO: XICO MORAES
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CULTURA
AMAZAN: FORRÓ, POEMA E PAIXÃO Poeta e cantor campinense empresta nome para espaço que estimula a produção cultural de alunos do Colégio Motiva TEXTO: MAYARA MEDEIROS | COLABORAÇÃO: IASMIN MENDES FOTOS: DIVULGAÇÃO AMAZAN E GUTHEMBERG MEDEIROS
Falar da cultura musical campinense e não citar o poeta Amazan, é praticamente impossível. Nascido em 05 de outubro de 1963, ele faz parte da história da cidade, dando início a uma brilhante carreira, no ano de 1989, com o lançamento do seu primeiro disco. Apaixonado por forró, ele é um dos grandes responsáveis por ‘distribuir’, pelos quatro cantos do país a beleza e diversidade da cultura nordestina. Com amor ao gênero musical que produz, ele emana simpatia ao cantar e contar paixões através de suas composições, fazendo da própria arte, um veículo instigante de responsabilidade, trabalho e diversão. Durante o mês de Junho, período no qual comemora-se as festas de São João, Amazan se fez presente para receber uma homenagem das crianças, no Motiva Ambiental. O poeta se propôs a recitar um poema para os alunos e familiares, presentes no momento. A constante contribuição do cantor no cenário musical, fez com que se concretizasse uma importante e merecida homenagem: O Espaço Cultural Poeta Amazan, no Motiva Centro, um ambiente dedicado à disseminação do talento dos nossos alunos, através da Sexta Cultural, projeto encabeçado com muito carinho pela escola. Amazan reconhece a homenagem e parabeniza a escola pela iniciativa: “Homenagear um artista, enquanto ele está vivo, é uma atitude muito bonita. Não é algo comum de se ver por aí”, disse ele.
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O cantor fala ainda a respeito do estímulo cultural que o Motiva oferece aos alunos. Segundo ele, dar espaço para que os jovens apresentem o que gostam e o que são capazes de fazer é uma atitude nobre e enriquecedora: “Crescer com a arte é de profunda necessidade para a formação de todo e qualquer ser humano. Acredito no talento de nossos jovens e despertar esse lado em cada um deles, é dar ao mundo a oportunidade de conhecer grandes futuros artistas, quem sabe”, finaliza. Sobre a Sexta Cultural- O Projeto Sexta Cultural tem como proposta dar aos alunos a oportunidade de mostrar o talento que existe dentro de cada um. Através da música e da arte, o Espaço Cultural Poeta Amazan transforma-se, sempre às sextas-feiras, em um verdadeiro show de talentos. O palco, instalado no local do intervalo, é aberto aos artistas que são os próprios estudantes da escola e também ex-alunos. Funcionários da escola que tenham desenvoltura musical também são convidados para fazer parte do intervalo, que acaba se transformando em uma linda festa de alegria, entusiasmo e descontração.
SOBRE A SEXTA CULTURAL O Projeto Sexta Cultural tem como proposta dar aos alunos a oportunidade de mostrar o talento que existe dentro de cada um. Através da músi-
ca e da arte, o Espaço Cultural Poeta Amazan transforma-se, sempre às sextas-feiras, em um verdadeiro show de talentos. O palco, instalado no local do intervalo, é aberto aos artistas que são os próprios estudantes da escola e também ex-alunos. Funcionários da escola que tenham desenvoltura musical também são convidados para fazer parte do intervalo, que acaba se transformando em uma linda festa de alegria, entusiasmo e descontração. Os alunos, por sua vez, são apaixonados pela iniciativa. Iasmin Mendes, estudante do Ensino Médio do Motiva, afirma que o projeto tem contribuído para sua formação. “O sistema educacional brasileiro é extremamente acadêmico. Grande parte das escolas enxergam a necessidade de um aluno saber matemática, geografia e física, mas não exploram o talento para dança, música ou teatro”, comentou a aluna. Vale salientar que o Projeto já rendeu bons frutos como, por exemplo, a banda Highway que é formada por alunos do segundo ano do Ensino Médio e que foi criada há mais de 5 anos. O repertório das Sextas Culturais inclui músicas da música popular brasileira, local entre outros, e conta com recitais de poemas, por exemplo, de Carlos Drummond de Andrade.
DICAS DE LEITURA
CONFIRA NOSSAS DICAS DE LIVROS “AUGUSTO DOS ANJOS EM QUADRINHOS” Com roteiro de Jairo Cézar e ilustrações de Luyse Costa A obra conta a história do poeta paraibano Augusto dos Anjos para o público infantil, crianças entre seis e dez anos, por meio dos quadrinhos. O livro, com 30 páginas, conta a história dele desde a infância até a vida adulta e marcou os 130 anos do nascimento de Augusto dos Anjos e também o centenário da morte dele (1884-1914). Essa é a primeira experiência de Jairo Cézar, que foi convidado pela Patmos Editora para realizar o projeto, com a produção de histórias em quadrinhos. O escritor foi o primeiro diretor do Memorial Augusto dos Anjos, em Sapé, e estuda a vida e a obra do poeta desde 2007. Luyse Costa, por sua vez, já estava familiarizada com a arte de fazer biografias em quadrinhos, já que também ilustrou a história de Anayde Beiriz, no qual é retratada, de forma delicada, a história de uma das mulheres mais marcantes para a história da Paraíba.
DIÁRIO DE UM BANANA (KINNEY JEFF)
AS AVENTURAS DE SIMÃO E BARTOLOMEU (CÉSAR CAVELAGNA)
CORAÇÃO DE TINTA (CORNÉLIA FUNKE)
O personagem Greg Heffley se vê mergulhado no Ensino Fundamental, onde meninos subdesenvolvidos dividem os corredores com garotos que são mais altos, mais malvados e já se barbeiam. Nesta obra, o autor e ilustrador Jeff Kinney nos apresenta um herói improvável. Uma leitura bastante divertida e empolgante.
Simão é um cachorro que surgiu através de um desenho. Ele, sempre se comunicando com seu criador, recebeu um nome, uma casa, um amigo chamado Bartolomeu (que é um carrapato), mas não consegue ser adotado, partindo em busca de um e passando por muitas aventuras, ao lado de Bartolomeu.
Há muito tempo, Mo decidiu nunca mais ler um livro em voz alta. Sua filha Meggie é uma devoradora de histórias, mas apesar da insistência, não consegue fazer com que o pai leia para ela na cama. Até que um excêntrico visitante noturno finalmente vem revelar o segredo que explica a proibição. Um livro que aproxima os leitores ao gosto pela leitura e a importância das palavras.
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DICAS DE FILMES
CONFIRA NOSSAS DICAS DE FILMES
UM SORRISO TÃO GRANDE QUANTO A LUA (JAMES STEVEN SADWITH) (James Steven Sadwith) - O filme relata os desafios enfrentados pelo professor Mike para levar sua turma de estudantes especiais formada por alunos com diagnósticos de transtorno bipolar, dislexia, déficit de atenção, hiperatividade, transtorno obsessivo compulsivo e, claro, síndrome de Down, para o Space Camp, um programa que recebe e transmite a jovens altamente capacitados noções básicas de astronomia. Porém, levantar os fundos necessários, dobrar a diretoria da escola e convencer a administração do acampamento a acolher um grupo naturalmente estigmatizado por suas dificuldades de aprendizado não serão tarefas fáceis para ele. O filme é baseado em uma história real registrada no livro homônimo de Mike Kersjes e Joe Layden.
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TAINÁ 3 – A ORIGEM (ROSANE SVARTMAN)
À BEIRA DO CAMINHO (BRENO SILVEIRA)
A MÁQUINA (JOÃO FALCÃO)
O filme da conta a história da personagem Tainá, uma indiazinha que vive na Amazônia e parte para uma aventura em busca da mágica flecha azul, enviada por Tupã. O desafio faz parte de uma competição entre os garotos da aldeia para definir quem será o novo guerreiro da tribo. Mesmo sendo impedida de participar por ser menina, ela conta com a ajuda do avô e parte em busca da flecha. O filme abre a possiblidade de trabalhar conteúdos de educação ambiental, contemplando discussões sobre o consumo consciente.
O caminhoneiro João decide cruzar o Brasil para fugir de traumas do passado. Durante sua viagem, ele conhece Duda, um garoto órfão de mãe que decidiu procurar o pai. Enquanto os dois viajam, a amizade entre eles cria força. Apesar do drama, Duda é um menino cheio de vida que ajuda João a superar o seu passado. O filme pode ser utilizado pelos professores para discutir sobre diferentes processos de urbanização no país e as novas configurações da família brasileira.
Com um roteiro alegórico, o filme conta a história de Antônio, um rapaz que mora em uma cidade chamada Nordestina, tão pequena que nem consta no mapa. Aos poucos, os habitantes do local começam a deixar a cidade para partir em busca do mundo. Quando a jovem Karina, por quem ele é apaixonado, decide ir embora, Antônio resolve construir uma máquina do tempo para ir até o futuro e trazer o mundo até ela. Entre as cenas, os alunos podem ter contato com diversas manifestações da cultura popular nordestina.da cultura popular nordestina.
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SAÚDE
NÃO É SÓ COISA DE ADULTO Entenda como o estresse pode influenciar no desempenho de seu filho dentro da escola, na vida social e até na vida adulta
O estresse é uma reação normal do organismo frente a situações muito difíceis, ou muito excitantes, que também pode ocorrer em crianças de qualquer idade. Até certo ponto é normal, mas em excesso pode causar sintomas físicos e psicológicos. Em crianças, os danos podem ser maiores e irreversíveis, já que associa-se a liberação de hormônios estressores com diversas complicações que podem refletir até na vida adulta. De acordo com estudo recente, realizado pela International Stress Management Association (Isma), as críticas e desaprovações dos pais são a causa do estresse para 63% das crianças. Associado a esse dado, a pesquisa ainda apontou que o grande número de atividades diárias é a causa do problema para 56% dos
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pequenos. Objetivando que os seus filhos sejam adultos competentes e preparados para o mercado de trabalho, os pais muitas vezes acabam exigindo que os pequenos obtenham sucesso em todas as áreas. “Tornou-se cada vez mais comum encontrar crianças com uma agenda repleta de compromissos e atividades diárias. Na maioria dos casos a rotina é imposta pelos pais com o intuito de preparar seus filhos para o mundo competitivo. Com isso, as crianças podem passar a ter responsabilidades e cobranças em excesso, tendo que lidar com preocupações que ainda não deveriam fazer parte do seu universo infantil. Cobranças excessivas muitas vezes acabam por gerar um sentimento de incompetência na criança, comprometendo
A criança com sintomas de estresse ainda não tem a percepção do que se passa em seu organismo e por isso pode acabar sendo incompreendida nos meios sociais em que convive” Ana Karolina Oliveira Psicóloga do Ensino Infantil do Colégio Motiva
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TEXTO: ERICA CHIANCA | FOTOS: DOLLAR PHOTO CLUB
sua autoestima e gerando estresse, uma vez que ela está sempre buscando atender às expectativas dos seus pais”, destacou a psicóloga do Ensino Infantil do Colégio Motiva, Ana Karolina Oliveira. Como é mais difícil para os pequenos reconhecerem o que estão passando, é importante que pais e familiares fiquem atentos às mudanças de comportamento. Por exemplo, uma criança pode ser considerada birrenta quando na verdade ela pode estar sofrendo a ação do estresse. Agindo dessa forma, por muitas vezes, foi a única maneira que ela encontrou para manifestar que algo não anda bem. “Nem sempre as crianças manifestam o que sentem através da linguagem, especialmente as crianças pe-
quenas que ainda estão adquirindo a capacidade de se expressar. É importante que pais e professores estejam atentos às mudanças físicas e emocionais, e se estas reações foram devido a um fator estressor isolado, ou se persistem durante um tempo, em situações diversas”, assegurou a psicóloga. Entre os maiores danos que o elevado nível de estresse pode trazer para a vida dos pequenos estão os associados ao seu rendimento escolar e a vida social. Um estudo da PUC Campinas avaliou dos primeiros anos do Ensino Fundamental e constatou de quase 40% das crianças estressadas tinham problemas graves de desempenho escolar.
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SAÚDE
“A criança com sintomas de estresse ainda não tem a percepção do que se passa em seu organismo e por isso pode acabar sendo incompreendida nos meios sociais em que convive. Principalmente na escola, onde passa grande parte do seu dia, as relações podem tornar-se mais difíceis, visto que o aluno encontra-se emocionalmente desestrutura-
do, e nesse ambiente precisa lidar com regras, exigências e conflitos. Por isso, os sintomas psicológicos mais comuns como isolamento, ansiedade, insegurança, tristeza excessiva e agressividade podem gerar dificuldades nos relacionamentos com professores e colegas”, afirmou Ana Karolina.
Os sintomas mais prevalentes de estresse infantil são o aparecimento súbito de comportamentos agressivos (que não são representativos do comportamento da criança no geral), desobediência inusitada, ansiedade, depressão, dificuldade de concentração, baixa no rendimento escolar, dificuldade na socialização , insegurança, hipersensibilidade, entre outros. Dentre os sintomas físicos os mais frequentes são, distúrbios do sono, dores abdominais, úlceras, diarreia, tique nervoso, cefaleia, náuseas, enurese, gagueira, bruxismo (ranger dos dentes), agitação motora, doenças dermatológicas e respiratórias.
OUTROS AGENTES ESTRESSORES: MORTE NA FAMÍLIA BRIGAS CONSTANTES ENTRE OS PAIS OU SEPARAÇÃO MUDANÇA DE CIDADE, ESCOLA OU CUIDADOR ESCOLAS E PROFESSORES INADEQUADOS VIAGENS LONGAS NASCIMENTO DE IRMÃOS DOENÇAS E HOSPITALIZAÇÃO FALTA DE UMA ROTINA DESAPROVAÇÃO FREQUENTE VIOLÊNCIA FÍSICA SUPERPROTEÇÃO.
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DIABETES NA ADOLESCÊNCIA: UMA REALIDADE CADA VEZ MAIS COMUM O diabetes mellitus é um distúrbio metabólico de múltiplas etiologias e caracteriza-se pela elevada concentração de glicose sanguínea, devido à produção deficiente ou não secreção de insulina (hormônio secretado pelo pâncreas). Por Joélia Rufino, nutricionista O DM Tipo 1 (insulino-dependente) afeta geralmente crianças e adultos Jovens, enquanto que a DM Tipo 2, que antes era mais comum em adultos acima dos 30 anos, já ocorre com frequência na infância e adolescência. Tal mudança está associada ao consumo excessivo de guloseimas e outros produtos com alto teor de açúcar ofertado às crianças, bem como a hábitos alimentares inadequados. Pode-se prevenir o diabetes em crianças e adolescentes, com uma oferta equilibrada dos alimentos, principalmente nos primeiros anos de vida, nos quais cabe ao adulto (responsável) o controle do que o filho deve ou não ingerir, incentivando o consumo de fontes alimentares saudáveis, de modo que quando este estiver na fase da escolha, terá o gosto e o prazer em uma boa alimentação. Quando se trata do DM tipo 2, o primeiro passo é o controle da obesidade, o que é possível a partir de
uma mudança, sobretudo com uma reeducação alimentar, sem restringir alimentos importantes para essa faixa etária. Com relação aqueles com DM tipo 1, que requer um controle maior devido à necessidade da contagem de carboidratos para a administração das unidades de insulina e o controle da glicose, os pais ou responsáveis devem estar devidamente orientados para proceder o acompanhamento até que a criança conduza sozinha e, ainda assim, deve ser observada para evitar erros nos cálculos. O adolescente que possui diabetes pode alimentar-se bem (desde que controlado) com uma grande variedade: alimentos ricos em fibras, todas as frutas, verduras, hortaliças e leguminosas, dar sempre preferência aos alimentos integrais. Por outro lado, deve evitar os refinados e industrializados de modo geral, principalmente refrigerantes, sucos, doces e guloseimas.
O adolescente que possui diabetes pode alimentar-se bem (desde que controlado) com uma grande variedade: alimentos ricos em fibras, todas as frutas, verduras, hortaliças e leguminosas, dar sempre preferência aos alimentos integrais. O incentivo dado pelos pais para que o adolescente conviva bem com a doença é de vital importância, tanto dando exemplo no consumo dos alimentos saudáveis, quanto conscientizando sobre a necessidade do controle diário da alimentação e sem discriminação. Vale ressaltar que a hipoglicemia assim como a hiperglicemia pode ser fatal.
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CAPA
LEITURA E COTIDIANO:
A ESCOLA COMO ELO DE LIGAÇÃO ENTRE CRIANÇAS E O UNIVERSO DA LITERATURA Projeto Giroletras, desenvolvido pelo Colégio Motiva, busca formar leitores desde a primeira infância e incentiva semanalmente a leitura de um título
TEXTO: MAYARA MEDEIROS| FOTOS: ARTUR CAVALCANTI
Ler e apreciar um texto, reler, comentar, atribuir sentido a ele, saber o que outras pessoas pensam sobre o mesmo conteúdo, aumentar o campo de visão sobre várias temáticas, trabalhar o senso crítico. Compartilhar a leitura é, e sempre será, uma forma de aumentar o nível intelectual e a criatividade. E é na sala de aula onde tudo começa. É no ambiente escolar que a criança tem a oportunidade de perceber melhor qual o gênero literário que mais tem a ver com ela, acrescentar mais palavras ao próprio vocabulário, alimentar a imaginação, aproveitar melhor o próprio tempo.
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O estímulo à leitura faz com que os leitores explorem realidades e mundos diferentes dos seus, melhora a comunicação no dia a dia e, consequentemente, aumentam as chances de um futuro promissor, independente da escolha profissional que seja feita. A leitura precisa ser, acima de tudo, uma prática prazerosa. Este exercício precisa ser realizado com boa vontade, dedicação e um espaço de tempo reservado apenas para ele. Participar criticamente da dinâmica do mundo da escrita é uma das principais finalidades ao aliar a leitura ao cotidiano da sala de aula. Os
textos precisam, de alguma forma, fazer parte da realidade dos leitores. É tudo uma questão de afinidade, onde compreender e colocar-se no lugar dos personagens acaba tornando-se algo inevitável. Em um mundo onde a internet tornou-se a patrocinadora de milhões de jovens distantes dos livros, cabe aos educadores, e a escola, ser um elo de ligação entre as crianças e o universo das letras. Esse contato precisa tornar-se algo familiar, comum. Esse estímulo deve, ainda, ser natural e singelo, onde apresentar os livros aos estudantes seja uma iniciativa tão simples quanto calçar os
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Abrir espaços para que os alunos apresentem as ideias acerca do conteúdo das obras lidas, sejam expressas oralmente ou através de desenhos, figuras, canções, ou qualquer outra forma de arte, são fundamentais para que a interpretação da leitura tenha êxito, do início ao fim Patrícia Brasil Vice-diretora do Motiva Jardim Ambiental de Campina Grande
sapatos, antes de sair de casa. Uma educação de qualidade está ligada, diretamente, à leitura. Além disso, só escreve bem, quem lê. Na perspectiva de formar leitores desde a primeira infância, o Projeto Giroletras, desenvolvido pelo Colégio Motiva, considerado um dos mais importantes projetos da instituição, teve início há quase dez anos com a finalidade de incentivar o hábito da leitura e de formar leitores proficientes. “O leitor proficiente é aquele que consegue ler, decifrar os códigos e interpretar o texto em toda sua complexidade, suas informações implícitas e subentendidas. Abrir espaços para que os alunos apresentem as ideias acerca do conteúdo das obras lidas, sejam expressas oralmente ou através de desenhos, figuras, canções, ou qualquer outra forma de arte, são fundamentais para que a interpretação da leitura tenha êxito, do início ao fim”, explicou a vice-di-
retora do Motiva Jardim Ambiental de Campina Grande, professora de português e uma das idealizadoras do Giroletras, Patrícia Brasil. Na escola, desde o primeiro dia do ano letivo a equipe está focada em ensinar às crianças a importância da leitura. Os alunos convivem diariamente com os livros, tendo a oportunidade de tomar gosto pelas letras e formando também um senso crítico, que vai de escolher o gênero literário favorito a expressar sentimentos e ideias absorvidas na própria literatura. E para realizar esse trabalho contínuo, todas as sextas-feiras o aluno vai até a biblioteca da escola e escolhe, entre centenas de títulos, aquele livro que deseja ler, levando-o para casa. Ao devolvê-lo, a leitura é compartilhada com os colegas de sala, formando um verdadeiro circuito de conhecimento literário, fazendo o conhecimento girar. Adotando essa
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dinâmica Patrícia Brasil diz que não é difícil comprovar o êxito do Projeto. “Não é difícil notar os frutos do Giroletras. A cada ano notamos as melhorias através da desenvoltura e postura crítica com as quais nossos alunos apresentam-se, além de uma melhor oralidade e escrita”, confirmou a vice-diretora. Após um ano de estímulos e atividades, o Projeto Giroletras tem o seu grande dia. Imagine embarcar em uma viagem onde o destino é um planeta de cores e fantasia. Imagine ainda que, ao chegar nesse planeta, você vai encontrar princesas, príncipes, reis e rainhas, fadas, animais que falam e pintores mágicos. Pois é. Todos os anos dentro do Colégio Motiva essa viagem ultrapassa os limites da imaginação e torna-se realidade. Ao entrar nas salas de aula, todas caprichosamente decoradas, os visitantes entram também em um livro de histórias. Cada local faz a releitura de um conto diferente, onde os personagens ganham vida, os barulhos podem ser ouvidos, as canções emocionam a todos, a vida fica preenchida de amor, de manifestação artística e de sentido. Sentido este demonstrado através da ótica dos alunos, crianças e adolescentes, leitores apaixonados. Durante o evento, a presença de escritores, poetas, compositores e demais artistas na escola é algo comum. Muitos são homenageados pela relevância e expressividade na cultura local ou do nosso país. O lançamento do livro ‘Letras e Vozes’ e ‘Notáveis Autores’ também é um dos destaques do Giroletras. O material contém conteúdo exclusivo criado pelos próprios alunos. Na oportunidade, cada aluno recebe em mãos um exemplar do livro, onde estão os textos feitos com temáticas livres, pelos estudantes da escola.
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Gonzaguinha foi um dos homenageados de 2014 e, representado por seu primo Sérgio Gonzaga, ganhou salas com exposições de artes visuais, de sua discografia e de fotos. O compositor também foi lembrado em uma apresentação musical, que englobou também apresentações de dança e teatro, além de declamações de seus escritos feitas pelos alunos dos 6º, 7º, 8º e 9º anos.
EDIÇÃO 2014 Este ano o Giroletras, em Campina Grande, contou com a participação do cantor Ton Oliveira, na noite de abertura, além da releitura de clássicos da literatura infantil, todas encenadas pelos alunos. Um show de humor, realizado no Teatro Ariano Suassuna, também marcou o evento. A autora do livro ‘O Gato Xadrez’, Mabel Teixeira Amorim, também esteve presente na escola falando da importância da leitura e narrando a história do seu livro para as crianças. O evento, realizado durante quatro dias, contou com uma vasta programação. Todo o conteúdo apresentado no Projeto foi feito pelos alunos, em parceria com pro-
fessores e coordenadores da escola. Já em João Pessoa, o dia ‘D’ do Projeto Giroletras aconteceu em um sábado. Gonzaguinha foi um dos homenageados de 2014 e, representado por seu primo Sérgio Gonzaga, ganhou salas com exposições de artes visuais, de sua discografia e de fotos. O compositor também foi lembrado em uma apresentação musical, que englobou também apresentações de dança e teatro, além de declamações de seus escritos feitas pelos alunos dos 6º, 7º e 8º anos. O Giroletras 2014 também prestou reconhecimento a Chico Buarque, aos 50 anos da personagem argentina Mafalda, e a nomes célebres da lite-
ratura infantil, como Eva Funari. A literatura antiga também teve seu espaço e emprestou seu fascínio na sala das ‘Mil e Uma Noites’ que contou um pouco sobre a cultura árabe, sua gastronomia e aromas. O Projeto também deu espaço para a realização de uma Feira Agroecológica que comercializou diversos produtos da agricultura familiar, abordando conteúdos de geografia discutidos em sala de aula. O Projeto Litemática também encantou os visitantes com seus desafios, demonstrando que é possível através da leitura cultivar o gosto pela matemática.
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TOQUE DE MESTRE
POR QUE A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL NÃO ACABOU? com José Arbex Júnior, jornalista e doutor em História Social Para a história, a Guerra Mundial terminou em 1945, com a rendição da Alemanha e Itália. Mas, segundo o jornalista e doutor em História Social, José Arbex Júnior, o que vivemos no momento é apenas uma continuidade ‘atualizada’ de uma grande guerra. Segundo ele, que já esteve no Colégio Motiva para falar sobre a temática para os alunos do Ensino Médio, boa parte dos problemas vivenciados pela humanidade nos dias atuais são parte de um processo que começou há séculos, apenas mudando seu formato e conceito. “A guerra não acabou. Tudo continua acontecendo e de uma maneira bem pior, até”, disse ele. Entre vários assuntos, Arbex falou a respeito da fome no mundo. Segundo ele, existe muito alimento, mas pouco dinheiro para adquiri-lo. E não ter dinheiro é resultado da falta de oportunidade e qualificação profissional, além da má distribuição de renda. “Não ter dinheiro para comprar comida é inadmissível. É o maior absurdo da história, em uma realidade onde o capitalismo concentra renda”, relatou Arbex. Segundo o historiador, grandes heróis fizeram parte da história do nosso país e pouca gente tem co-
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nhecimento disso. Os brasileiros têm uma forte tendência a conhecer os ditos ‘heróis’ estrangeiros, acreditando piamente no que os livros falam. Isso faz com que, aos poucos, nós percamos o sentido da nossa própria história e ‘um povo sem memória, é um povo facilmente manipulado’, lembrou. Ainda segundo Arbex, o Quilombo dos Palmares, Zumbi, Arraial do Conselheiro e grandes guerras iniciadas por escravos negros, foram acontecimentos que mereciam ser lembrados continuamente nas aulas de história José Arbex começou a graduação de Engenharia Química, mas não quis terminar. A vontade de ‘mudar’ o mundo e de lutar por alguma coisa que não beneficiasse apenas a ele, mas a população de uma maneira geral, fez com que ele largasse tudo e se apegasse ao jornalismo e a história, onde ele pôde compreender e colocar em prática um pouco dessa ‘sede’ de mudança. Dedicou-se ao jornalismo sindical durante boa parte da vida e teve a oportunidade de cobrir, entre outros fatos históricos, a queda do muro de Berlim, em 1989. “O mundo está caminhando para uma catástrofe e, se continuar como está, chegaremos a uma situação insustentável”, enfatizou Arbex. Ele,
A guerra não acabou. Tudo continua acontecendo e de uma maneira bem pior, até” José Arbex Doutor em História Social que acompanhou a cobertura da Guerra do Golfo, viu de perto jornalistas fazerem matérias e dizerem que não havia ninguém morto, quando hoje se sabe que morreram pelo menos cento e cinquenta mil pessoas. “É difícil explicar como alguém acredita que se bombardeiam, por 40 dias seguidos, 4,8 milhões de habitantes e ninguém morre. Isso tinha que ser explicado. Eu comecei a perceber que a mídia fazia cada vez mais parte da estrutura do poder. A mídia era o poder. Não o quarto poder”, explicou Arbex, mostrando a
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TEXTO: MAYARA MEDEIROS | FOTO: GUTHEMBERG MEDEIROS
necessidade de uma reformulação da ideia de cobertura e de absorção da notícia, por parte do povo. De fato, a temática é polêmica. Arbex procurou mostrar que não estamos em uma situação mundial considerada confortável e precisamos tomar consciência disso. Os jovens, nesse caso, são a esperança para que o futuro seja menos denso e arredio. “Nós nunca entenderemos o que se passa nos dias atuais se não entrarmos a fundo na nossa própria história. Precisamos lutar para resgatar nossa trajetória e compreender o que precisamos fazer, enquanto cidadãos”, orientou Arbex. O jornalista e historiador mostrou, com conhecimento de causa, que não podemos manter a neutralidade diante das incertezas e injustiças do mundo.
SOBRE ARBEX Graduado em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (1982) e com doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (2000), atualmente é chefe do departamento de Jornalismo e coordenador do programa de especialização em Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Organização Editorial de Jornais, atuando principalmente nos seguintes temas: mídia, cultura, política internacional, manipulação da informação.
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OLIMPÍADAS
BOM DESEMPENHO DE ALUNOS GARANTE PARTICIPAÇÃO EM JORNADA ESPACIAL E EM MINICURSO DA USP A aluna Beatriz Sodré e o aluno Matheus Pordeus, ambos do 3º ano do Ensino Médio, foram convidados pela Agência Espacial Brasileira (AEB) para participar da XII Jornada Espacial. No evento, que acontece em Natal, no Rio Grande do Norte, em dezembro, os participantes terão a oportunidade de conhecer as atividades espaciais nacionais por meio de palestras, oficinas e visitas às instalações do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. Os dois alunos foram convidados a participar da Jornada em virtude do
excelente desempenho nas questões de astronáutica na Olimpíada Brasileira de Astronomia. Beatriz trouxe medalha de prata e Matheus, ouro. Além dos alunos, participará a professora de geografia Niciana Sousa. Entre as palestras da Jornada destacam-se a do astronauta brasileiro Marcos Pontes, o primeiro sul-americano e o primeiro lusófono a ir ao espaço na missão batizada “Missão Centenário”, em referência à comemoração dos cem anos do voo de Santos Dumont no avião 14 Bis. Nas palestras serão abordadas as temáti-
cas relativas à astronomia, foguetes, satélites e suas aplicações. Quanto às oficinas, destacam-se as de astronomia, interpretação de imagens de satélites e a construção e lançamento de foguetes produzidos com garrafas PET. Além dos alunos convidados, o Colégio Motiva conquistou mais 57 medalhas na Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronaútica, entre medalhas de Ouro, Prata e Bronze. Já na Mostra Brasileira de Foguetes foram conquistadas quatro medalhas de Ouro e quatro de Prata.
PROGRAMANDO NA USP A aluna Beatriz Sodré também marcou presença em um minicurso ofertado pela USP de São Carlos. A participação de Bia aconteceu através do resultado que ela alcançou na prova teórica da Olimpíada Brasileira de Robótica. A aluna fez 950 pontos na Olimpíada e foi a escolhida pela comissão do evento para representar a Paraíba no minicurso. “O minicurso foi na área de robótica e tive a oportunidade de programar e montar robôs. Aprendemos um pouco sobre programação e usamos na prática um software desenvolvido pela UFRN”, explicou Beatriz.
TEXTO: ÉRICA CHIANCA | FOTO: ARTUR CAVALCANTI
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ALUNOS RECEBEM COMENDA JOSÉ LINS DO RÊGO
Foi no auditório da Estação Cabo Branco que 120 alunos do Colégio Motiva receberam a Comenda José Lins do Rêgo, reconhecimento ofertado pela Câmara Municipal de João Pessoa aos estudantes premiados em olímpiadas do conhecimento que tenham destacado-se em âmbito municipal, estadual, nacional ou internacional. Os alunos que representaram o Motiva foram vencedores de diversas modalidades de
olimpíadas nos anos de 2013 e 2014. Ao todo foram homenageados 229 alunos das redes públicas e privadas de ensino da capital. A honraria prevista no Regimento Interno da Câmara Municipal de João Pessoa foi entregue em formato de diploma. Os estudantes selecionados conquistaram as primeiras colocações em concursos de redação e de cartas e em Olimpíadas de Biologia, Física, Química, Matemáti-
ca, Geografia, História, Astronomia, Robótica, Informática e Xadrez. Além do Motiva, o evento contou com a participação do Colégio Geo, das escolas municipais Índio Piragibe, Celso Furtado, Durmeval Trigueiro, Padre Pedro Serrão, Luiz Vaz de Camões, Moema Tinoco Cunha Lima e Apolônio Sales de Miranda, além da unidade estadual Centro Profissionalizante Deputado Antônio Cabral.
TEXTO: ÉRICA CHIANCA | FOTO: ARTUR CAVALCANTI
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OLIMPÍADAS
PLANEJAMENTO E DISCIPLINA SÃO O SEGREDO PARA O SUCESSO” Aluna do terceiro ano do Ensino Médio, Ana Paula Pereira Rolim, medalhista em treze olimpíadas, dá dicas de como conseguir boas participações e turbinar o currículo escolar TEXTO: MAYARA MEDEIROS | FOTO: GUTHEMBERG MEDEIROS
Participar de Olimpíadas do Conhecimento, além de ser um grande desafio, é também uma forma de treinar o raciocínio e preparar-se cada vez melhor para outras possíveis competições. A aluna do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Motiva de Campina Grande, Ana Paula Pereira Rolim, sabe bem disso. Ela, que já foi medalhista em treze olimpíadas, reconhece a importância da participação nas provas para obter um bom currículo escolar. Ana Paula começou a participar de olimpíadas quando ainda era criança, por estímulo da escola e de alguns professores. “Quando ganhei minha primeira medalha na Olimpíada Campinense de Matemática meus professores procuraram aler-
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tar sobre o meu potencial para que eu continuasse participando desse tipo de competição”, conta. Essa olimpíada foi o impulso para outras grandes realizações. Olimpíadas de Química, Astronomia, Física, História e até de Foguetes foram algumas das outras competições nas quais a aluna representou a escola, sua cidade e seu estado. A aluna conta ainda que nesse tipo de prova são testados conhecimentos e criatividade lógica, o que acaba auxiliando no desenvolvimento intelectual em sala de aula. “As olimpíadas tem me ajudado não só no crescimento escolar, mas também no pessoal. As provas olímpicas aperfeiçoam a agilidade mental e o desenvolvimento de novas formas
de resolução de questões, assim como estimulam o aparecimento de linhas de raciocínio mais complexas, que acabam tornando-se mais fáceis de serem compreendidas. Já no âmbito pessoal, acredito que aprendi a ter mais responsabilidade, como também a competir, perder ou ganhar tornaram-se hábitos para mim e aprendi a conviver com os dois lados”, explica a estudante. Ana Paula diz ainda que, para conseguir conciliar os estudos para as olimpíadas com o conteúdo da escola, ela leva em consideração duas palavras ensinadas pelo próprio pai: “Planejamento e disciplina. Não tem erro!”, aconselha.
EVENTOS
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PROJETO TRAZ REFLEXÕES SOBRE ESPIRITUALIDADE E FÉ
Clubinho Bíblico é comandado por alunos e tem como missão fazer o bem levando palavras de paz, amor e equilíbrio Orar, dedicar alguns minutos do dia para falar e ouvir palavras motivacionais e de reflexão. Por iniciativa de alguns alunos do Colégio Motiva, em Campina Grande, o Projeto Clubinho Bíblico conseguiu criar uma relação de carinho e amor com todos os outros estudantes da escola. A reunião, onde o grupo realiza as palestras para os outros alunos, acontece todas as quartas-feiras, no Anfiteatro A, no Centro. Durante o intervalo das aulas, o grupo, que sempre escolhe um tema diferente para discutir, compartilha com todos pensamentos de paz e tranquilidade. Esta troca proporciona uma melhoria espiritual, onde os envolvidos sentem-se acolhidos e livres para permitir que as emoções sejam exaladas. Segundo o diretor do Motiva Centro, Stellio Mendes, o Clubinho bíblico é uma oportunidade para que os alunos sintam-se livres para expressar a fé que carregam dentro de si, independentemente da religião que cada um deles segue: “O Clubi-
nho reúne pessoas em torno de uma mesma intenção, ou seja, tratar de assuntos espirituais, que envolvam o equilíbrio, a paz, o amor. As palavras tocam cada um de uma maneira diferente, de acordo com a realidade sentimental individual. É fazer o bem, sem olhar a quem, sem um motivo direcionado, mas que, com certeza, atinge a todos de uma maneira muito positiva”, explicou Stellio. Já para quem participa do Clubinho, estar em um grupo onde ajudar através da palavra é o foco principal é de uma satisfação inigualável. Eles contam que é muito prazeroso saber que estão mudando o dia das pessoas através de reflexões que cabem a tantas, de maneiras diferentes. O trabalho feito pelo Motiva através dos alunos envolvidos no Clubinho Bíblico não remete a nenhuma religião específica, e isso gera maior participação dos alunos. Uma melhoria espiritual é algo comum a todos e trabalhar este lado é fundamental para um dia a dia mais leve, mais completo e mais harmonioso.
TEXTO: MAYARA MEDEIROS | FOTO: DOLLAR PHOTO CLUB | ARQUIVO MOTIVA- CG
O trabalho feito pelo Motiva através dos alunos envolvidos no Clubinho Bíblico, não remete a nenhuma religião específica, e isso gera maior participação dos alunos. Uma melhoria espiritual é algo comum a todos e trabalhar este lado é fundamental para um dia a dia mais leve, mais completo e mais harmonioso.
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EVENTOS
XII SACC ATRAI CENTENAS DE PESSOAS AO COLÉGIO
TEXTOS: MAYARA MEDEIROS ERICA CHIANCA| FOTOS: GUTHEMBERG MEDEIROS E ARTUR CAVALCANTI
Foi realizada no mês de setembro a 12ª edição da Semana de Arte, Cultura e Ciência do Colégio Motiva. Visitaram as escolas centenas de pessoas, entre pais, familiares e a comunidade, que puderam conferir as apresentações dos trabalhos científicos, documentários e peças teatrais, além das apresentações de dança. O evento integrou alunos de todos os segmentos e das unidades de Campina Grande e João Pessoa. Participando da Sacc pela primeira vez, Alana Evangelista, mãe do aluno Jorge Alberto Evangelista, do 3° F de João Pessoa, mostrou entusiasmo com a grandiosidade do evento. “Estou encantada com tudo o que vi, com a produção dos alunos, com a decoração das salas, como todos estão empenhados. Adorei as releituras que as crianças fizeram do pintor Carlos Djalma e o autorretrato confeccionado pelos alunos”, comentou a mãe. Dentro da temática sustentabilidade o grupo Energias Renováveis, do 7º ano E, trouxe para o público
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informações sobre a energia eólica. A equipe produziu uma maquete que exemplificou na prática a produção de energia elétrica através do uso de turbinas captadoras de vento. De acordo com o grupo os conceitos de biologia, física e química estudados em sala de aula foram essenciais para desenvolver o projeto, como por exemplo, eleger o melhor material do fio condutor para aplicar no protótipo. No campo das atualidades, as alunas Ana Tereza Targino e Isabela Caldas, abordaram o Ebola. A doença causou pânico recentemente devido ao seu reaparecimento de forma repentina e devastadora. “Demos preferência trazer uma temática atual e informativa. Explicamos em nossa apresentação a forma de contágio, prevenção e como se dá o tratamento da doença”, comentou Ana Tereza. Já nas peças teatrais o destaque foi para ‘Lampião para Deputado Federá’, que envolveu alunos do 6º ano. A esquete fez uma crítica aos clichês
políticos em época de eleições e de uma forma bem humorada elaborou uma reflexão sobre o panorama político do país abordando a descrença da população. Segundo Josimar Batista Parisi, aluno que interpretou Lampião, foi muito gratificante trazer a discussão. Também na mostra de teatro aconteceu uma releitura da obra de Ariano Suassuna, O Santo e a Porca.
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CONHECIMENTO E SOLIDARIEDADE Em Campina Grande, o grande destaque durante a culminância do evento foi a realização da Feira da Solidariedade. Ela é, entre os vários eventos de solidariedade da escola, sem dúvida, um dos mais nobres. A ideia é simples. Famílias carentes são convocadas para participarem da Feira e na oportunidade podem comprar itens básicos de higiene pessoal, alimentação e roupas, como também brinquedos, a preços acessíveis, que não ultrapassam o valor de cinco reais. Todo o dinheiro arrecadado na Feirinha da Solidariedade é doado para duas instituições carentes da cidade, que são escolhidas através de uma votação, realizada entre professores e coordenadores da escola. Durante a Feira, os alunos sentem-se realizados em poder ajudar e compartilhar com aquelas pessoas um momento tão único e emocionante. “Ajudar sempre será prazeroso. Estas pessoas estão aqui porque não têm condições financeiras de fazerem compras nos grandes supermercados. Aqui, com pouco dinheiro, elas podem adquirir muita coisa para levar pra casa”, explicou a aluna Maria Luiza Diniz.
A aposentada Maria de Fátima Moreira participa da Feira todos os anos, e sempre chega bem cedo à escola. Ela conta que já chegou de uma hora da manhã, só para garantir que seria a primeira a entrar e escolher os produtos. “É muito bom poder comprar tantas coisas com tão pouco dinheiro. Meu dinheiro é todo contado, não posso comprar essas mesmas coisas em outro lugar, simplesmente não dá. Faço questão de chegar logo cedo, sempre! Esses meninos estão de parabéns”, relatou dona Maria, com um sorriso no rosto.
Ajudar sempre será prazeroso. Estas pessoas estão aqui porque não têm condições financeiras de fazerem compras nos grandes supermercados. Aqui, com pouco dinheiro, elas podem adquirir muita coisa para levar pra casa” Maria Luiza Diniz Aluna do Colégio Motiva
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EVENTOS
DIA INTERNACIONAL DA PAZ É CELEBRADO COM ENTREGA DE MENSAGENS E ENVOLVIMENTO DE ALUNOS O Dia Internacional da Paz foi celebrado pelo Colégio Motiva com um evento que reuniu alunos e colaboradores da escola no Busto de Tamandaré, na Praia de Tambaú, em João Pessoa. TEXTOS: MAYARA MEDEIROS E ERICA CHIANCA| FOTOS: GUTHEMBERG MEDEIROS E ARTUR CAVALCANTI
O grupo entregou cartões com mensagens e desenhos que foram confeccionados pelos alunos do Infantil e Ensino Fundamental às pessoas que caminhavam na calçadinha. Já em Campina Grande os alunos do Ensino Infantil, Fundamental e do Ensino Médio carregaram bandeiras brancas e contaram com a participação de uma banda formada por ex-alunos da escola. A banda escolheu um repertório com músicas alusivas à temática da paz. As ações aconteceram no dia 19 de setembro. Os eventos fazem parte do calendário da escola e tem como função proporcionar momentos de reflexão sobre a importância da cultura de paz. Este ano, foi abordado em sala de aula que a paz não é somente para ser pensada numa dimensão
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macro, como entre nações, as guerras, conflitos, mas sim que ela começa de forma individual, de dentro para fora. “Falar sobre cultura de paz é dialogar sobre nossas ações do cotidiano dentro de casa, na escola, entre nossos familiares, amigos e na sociedade que estamos inseridos”, comentou Jamice Martins, coordenadora do Ensino Fundamental. O Dia Internacional da Paz é celebrado anualmente em 21 de setembro e foi estabelecido pelas Nações Unidas em 1981. No evento deste ano, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que os países invistam na educação para incentivar as crianças a praticarem a cidadania global baseada em valores de tolerância e diversidade. Em 2014, o tema para a data foi “Educação para a Paz”. O chefe da ONU lembrou que
atualmente 57 milhões de crianças não têm acesso à educação e recordou as palavras da estudante paquistanesa Malala Yousafzai, dizendo que “um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”.
Falar sobre cultura de paz é dialogar sobre nossas ações do cotidiano dentro de casa, na escola, entre nossos familiares, amigos e na sociedade que estamos inseridos” Jamice Martins Coordenadora do Ensino Fundamental
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NOBEL DA PAZ A paquistanesa Malala Yousafzai foi uma das vencedoras do Prêmio Nobel da Paz em 2014 laureada por seu ativismo em prol da educação. Com apenas 17 anos, Malala tornouse a mais jovem na história a vencer um Nobel e já é considerada a maior voz mundial em defesa da educação feminina e contra o extremismo de alguns governos. De acordo com o comitê do Nobel, ela tem mostrado ao mundo que as crianças e jovens também podem contribuir para melhorar a sua própria situação. Nos anos em que o Talibã dominou a região em que vivia no Paquistão, entre 2007 e 2009, as escolas para meninas receberam ordem de fechar as portas. As que não obedeceram foram dinamitadas. Por contar das suas
privações em um blog e falar sobre a opressão sofrida contra as mulheres em seu país, Malala tornou-se alvo do grupo extremista e em 2012 um membro do Talibã disparou contra a menina no ônibus em que voltava da escola. Ela sobreviveu e foi submetida a uma cirurgia na cabeça e agora vive em Birmingham, na Inglaterra, com a sua família. A paquistanesa lançou um livro em que conta a sua história, ‘Eu Sou Malala’. A obra narra o terror da jovem e de outros adolescentes perseguidos pelo talibã. Além de Malala, o prêmio da Paz de 2014 foi dividido com o indiano Kailash Satyarthi, considerado um discípulo de Gandhi, liderando formas de protestos e manifestações pacíficas pelo direito à educação. O prêmio Nobel da Paz dividido entre uma pa-
quistanesa e um indiano ganha ainda mais relevância pela rivalidade histórica entre Índia e Paquistão. Os dois vizinhos vivem em clima de permanente tensão por causa de disputas étnicas e territoriais.
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MEIO AMBIENTE
AGRICULTURA FAMILIAR: UMA RELAÇÃO DE RESPEITO COM O MEIO AMBIENTE A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) considera a agricultura familiar como a prática produtiva que garante a segurança alimentar do planeta. Basta tomar como base o Brasil, onde 87% dos alimentos que abastecem a mesa do nosso povo vem das pequenas propriedades. Além de garantir a alimentação do planeta, a agricultura familiar é ainda mais importante quando falamos sobre formas de exploração da terra e sustentabilidade. Por apropriar-se de sistemas produtivos muito mais eficientes que utilizam em maior escala energias renováveis, estamos falando de um tipo de cultura amiga da natureza. A agricultura familiar utiliza sistemas que respeitam a harmonia ambiental e as espécies locais, como, por exemplo, fazem as produtoras associadas ao ‘Projeto Mulheres Rurais - Autonomia e Empoderamento no Cariri Paraibano’, projeto desenvolvido pelas organizações não governamentais Cunhã Coletivo Feminista e Concern Universal Brasil, com apoio da União Europeia.
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A agricultura familiar no mundo e no Brasil, em destaque no Nordeste, tem sido uma prática de experimentação de tecnologias sociais para a produção e aumento da produtividade sem venenos, para o armazenamento de pasto para a alimentação animal e para a captação e armazenamento de água para o consumo humano e para a produção.” Ronildo Monteiro Coordenador do Projeto Mulheres Rurais
Habitantes de uma das regiões mais secas do estado e produtoras de hortas agroecológicas, para desenvolver a atividade as mulheres precisaram encontrar soluções para conviver com o meio ambiente, desvenda-lo e desenvolver tecnologias adequadas. Entender e respeitar a dinâmica da escassez de água fez toda a diferença para manter a produção ao longo do ano refletindo na convivência mais equilibrada entre o homem e a natureza. “A convivência com a natureza em suas várias expressões tem sido a dinâmica utilizada por essas trabalhadoras rurais com a perspectiva de retirar da natureza o que se precisa para produzir, mas sem causar prejuízos, explorando-a de forma TEXTOS: ERICA CHIANCA| FOTOS: DOLLAR PHOTO CLUB E ARQUIVO MULHERES RURAIS
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MEIO AMBIENTE
equilibrada e sustentável. A agricultura familiar no mundo e no Brasil, em destaque no Nordeste, tem sido uma prática de experimentação de tecnologias sociais para a produção e aumento da produtividade sem venenos, para o armazenamento de pasto para a alimentação animal e para a captação e armazenamento de água para o consumo humano e para a produção”, explicou Ronildo Monteiro, coordenador do Projeto. Outro recurso utilizado pela agricultura familiar em larga escala que beneficia diretamente a natureza é a utilização de produções orgânicas ou agroecológicas. Esse tipo de cultura não utiliza agrotóxicos em suas lavouras reduzindo as agressões ao solo, ao ar e as águas. A produção sem o uso de venenos também entrega na mesa da comunidade produtos mais saudáveis, duradouros e saborosos. “As famílias que mane-
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jam a agricultura familiar produzem para o autoconsumo e comercializam parte da produção e isso influencia na relação qualitativa que elas tem com o produto. Ou seja, a agricultura familiar leva produtos melhores para a mesa do brasileiro e promove o melhoramento da alimentação das comunidades rurais”, destacou Ronildo. De acordo com Verônica de Oliveira, produtora de horta agroecológica no município de Monteiro, a produção de hortaliças nem sempre foi livre do uso de agrotóxicos. “Antes de contarmos com o suporte do Projeto, só plantávamos alface e coentro, para consumo da nossa família, e tomate e pimentão para vender. Nesses cultivos, tanto para o consumo como para a venda, utilizávamos agrotóxicos para afastar o ataque das lagartas que era intenso e não sabíamos o que fazer. Naque-
Com a produção amiga da natureza também diversificamos os produtos. Hoje plantamos e comemos itens que nem sabíamos da existência, como, por exemplo, o rabanete.” Verônica de Oliveira Produtora de horta agroecológica no município de Monteiro
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A AGRICULTURA FAMILIAR É RESPONSÁVEL PELA PRODUÇÃO NACIONAL DE:
la época não conhecia o que era agroecologia e no início teve muita resistência da comunidade. Para começar a produção agroecológica tivemos que abandonar o terreno em que fazíamos o plantio com veneno, tamanho é o dano que ele causa ao meio ambiente. Recomeçamos em outra região limpa a produção agroecológica. Com a produção amiga da natureza também diversificamos os produtos. Hoje plantamos e comemos itens que nem sabíamos da existência, como, por exemplo, o rabanete”, relatou Vera. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, a agricultura familiar favorece emprego de práticas produtivas ecologicamente mais equilibradas, como a diversificação de cultivo, o menor uso de insumos industriais e a preservação do patrimônio genético. Dados do Censo Agropecuário apontam que 84,4% do total de propriedades rurais do país pertencem a grupos familiares. São aproximadamente 4,4 milhões de unidades produtivas, sendo que a metade delas está na Região Nordeste.
87% 70% 46% 38% 34% 21%
DE MACAXEIRA DE FEIJÃO DE MILHO DE CAFÉ DE ARROZ DE TRIGO
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MINHA PROFISSÃO É
MINHA PROFISSÃO É:
DIPLOMATA
UM DIPLOMATA É RESPONSÁVEL POR REPRESENTAR O SEU PAÍS DE ORIGEM EM QUALQUER DISCUSSÃO QUE ENVOLVA OUTRAS NAÇÕES OU ORGANISMOS INTERNACIONAIS. É ele quem busca solucionar os conflitos envolvendo os interesses do seu país, negocia acordos que tragam benefícios e tem a função de promover a cultura no exterior. Ele é o condutor da política externa, em qualquer tema discutido. Comércio exterior, proteção de direitos humanos, discussões sobre meio ambiente e tecnologia fazem parte do dia a dia de um diplomata.
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APESAR DE MUITOS PENSAREM QUE A CARREIRA DE DIPLOMATA É DE INDICAÇÕES POLÍTICAS, é necessário prestar um tradicional concurso público, o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD), realizado desde 1946 pelo Instituto Rio Branco (IRBr), ligado ao Ministério das Relações Exteriores. Em 2014 foram abertas 18 vagas com salário de R$ 14.290,72 e para participar da seleção OS CANDIDATOS DEVEM TER GRADUAÇÃO DE NÍVEL SUPERIOR EM QUALQUER ÁREA DE FORMAÇÃO, ser brasileiro nato e ter completado a maioridade.
NOS DOIS PRIMEIROS ANOS DE CARREIRA, o diplomata brasileiro ocupa o cargo de Terceiro Secretário e cursa o Programa de Formação e Aperfeiçoamento, o Mestrado em Diplomacia do Instituto Rio Branco. Nesse período o diplomata estagia em um departamento no Ministério das Relações Exteriores, no Brasil. Ao longo da carreira, um diplomata pode passar até metade do tempo no seu país de origem, onde pode trabalhar, no Brasil, em cinco diferentes áreas: Geográfica, Temática, Promoção Comercial, Consular e Administrativa.
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A HIERARQUIA DA CARREIRA DE UM DIPLOMATA É A SEGUINTE: TERCEIRO SECRETÁRIO (estágio inicial da carreira); SEGUNDO-SECRETÁRIO; APÓS OS DOIS ANOS DE CARREIRA O DIPLOMATA ESTÁ HABILITADO A OCUPAR POSTOS NO EXTERIOR. A lotação acontece de acordo com as notas obtidas no concurso e no Programa de Formação. Os melhores classificados tem prioridade na escolha das vagas. Fora do país, um diplomata pode estar em Embaixadas, Consulados ou Vice-Consulados ou em Delegações, Missões ou Escritórios.
PRIMEIRO-SECRETÁRIO; CONSELHEIRO; MINISTRO DE SEGUNDA CLASSE
NO EXTERIOR, AS CIDADES SÃO CHAMADAS DE POSTOS. CADA REGIÃO É IDENTIFICADA PELAS CLASSES A, B, C OU A RECÉM-CRIADA D. As classificações variam de acordo com a importância das relações exteriores brasileiras com o país em questão e a qualidade de vida no local. Nos postos C, o tempo de serviço é contado em dobro, já nos do tipo D, em triplo.
MINISTRO DE PRIMEIRA CLASSE OU EMBAIXADOR. O tempo mínimo de permanência em cada classe é de três anos e os critérios necessários para que se alcance a classe seguinte são tempo de ofício e mérito. Para passar de um estágio a outro, entretanto, é exigido que o diplomata passe por programas de Formação. O Mestrado e os demais cursos da carreira são oferecidos pelo Instituto Rio Branco, a Escola da Diplomacia Brasileira.
ALÉM DA CARREIRA DE DIPLOMATA, O SERVIÇO EXTERIOR BRASILEIRO TAMBÉM OFERECE AS CARREIRAS DE OFICIAL DE CHANCELARIA (NÍVEL SUPERIOR) E ASSISTENTE DE CHANCELARIA (NÍVEL MÉDIO), CARREIRAS DE SUPORTE AOS DIPLOMATAS.
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ESPORTES
HANDEBOL DE OURO: TIME CONQUISTA BRASILEIRÃO DOS JOGOS ESCOLARES DA JUVENTUDE 2014 O Handebol masculino do Colégio Motiva trouxe para a Paraíba a medalha de ouro da etapa nacional dos Jogos Escolares da Juventude. O evento esportivo aconteceu em Londrina, no estado do Paraná, no mês de setembro, e reuniu 3.970 atletas de todo o país com idades entre 12 e 14 anos. Além do ouro conquistado por nossos alunos, foram trazidas mais cinco medalhas para o estado. Tomado como o grande destaque da competição, o time masculino de Handebol fez uma excelente campanha. Comandado pelo técnico Isaías Gomes, o handebol do Motiva con-
TEXTO: ERICA CHIANCA| FOTO: ARTUR CAVALCANTI
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firmou o favoritismo depois de derrotar na final o Colégio 13 de Maio, do Mato Grosso, por 21 a 18, jogando com Luca, Cláudio, Daniel, Neto, Botto, João Victor, José Victor, Lucas, Alecsandro e Fernando. Organizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), os Jogos Escolares da Juventude são o maior evento estudantil esportivo do Brasil e é uma referência internacional. A competição de abrangência nacional reúne alunos-atletas de instituições de ensino públicas e privadas. As seletivas que acontecem em cada estado chegam a reunir mais de dois milhões
de atletas e cerca de quatro mil cidades participantes. O Colégio Motiva, durante os Jogos Escolares etapa nacional, também foi representado pelos times de Basquete masculino e femininno que são comandados pelo técnico Adriano.
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MOTIVA CONQUISTA TROFÉUS NO JOGOS DA AMIZADE A delegação de atletas representantes do Colégio Motiva conquistou ótimos resultados durante o XII Jogos da Amizade que aconteceu em Fortaleza, Ceará. O Colégio Motiva conquistou cinco campeonatos e sete vice-campeonatos. Além do Motiva, o evento reuniu o Colégio Master de Fortaleza (CE) e Natal (RN), o Colégio Antares de Fortaleza (CE) e o Colégio CEI de Natal (RN). Os jogos aconteceram na Universidade de Fortaleza (Unifor). Conquistaram o ouro o Judô, Futsal Sub 17, o Basquete feminino Sub 17, Futebol de Campo Sub 17 e Vôlei feminino Sub 17. Já as medalhas de prata foram trazidas pelo Futsal Sub 12, o Basquete Sub 17, Futebol de Campo Sub 12, o Basquete feminino Sub 12, Vôlei feminino Sub 14 e também o Judô. De acordo com o coordenador de esportes do Colégio Motiva, Eduardo Jorge, o Jogos da Amizade é um evento que não visa somente a competição, mas sim oportunizar a integração entre escolas e atletas e facilitar momentos de trocas de ideias, experiências e construção de novas amizades.
TEXTO: ERICA CHIANCA| FOTO: ARTUR CAVALCANTI
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MACEDÔNIA E CHINA: TÉCNICO DE HANDEBOL INTEGRA SELEÇÃO BRASILEIRA Isaías Gomes, técnico de handebol do Colégio Motiva, esteve no mês de julho na Macedônia integrando a equipe da Seleção Brasileira no Mundial de Handebol Juvenil Feminino. Isaías trabalhou como assistente técnico da Seleção. Depois de vencer a Rússia, por 34 a 31, a equipe comandada pelo técnico Alexandre Schneider garantiu a sétima colocação, subindo cinco posições com relação à última edição do Mundial, em 2012, que aconteceu em Montenegro. O resultado foi considerado histórico. Após a temporada na Macedônia, o técnico seguiu para a China, para a cidade de Nanquim, onde participou das Olimpíadas da Juventude. Em Nanquim a equipe feminina ficou com a quarta posição. Na decisão da medalha de bronze entre as mulheres, as brasileiras foram superadas pela Suécia. A equipe tentava defender a medalha de bronze conquistada na edição de 2010, em Cingapura.
COMANDANTE DO BASQUETE MOTIVA NA COPA AMÉRICA NOS EUA O técnico de basquete do Colégio Motiva, Adriano Lucena, integrou a comissão técnica da equipe feminina sub-18 na Copa América. O torneio foi realizado no mês de agosto na cidade de Colorado Springs, nos Estados Unidos. Adriano ocupou o cargo de assistente técnico de Guilherme Vós, técnico oficial da seleção feminina. A seleção brasileira terminou na 4ª colocação e garantiu a participação no Mundial Sub-19, em 2015.
TEXTOS: ÉRICA CHIANCA | COLABORAÇÃO: ÍTALO RAMON, 2º F | FOTOS: ARTUR CAVALCANTI
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ATLETAS DO BASQUETE MOTIVA PARTICIPAM DA SELEÇÃO PARAIBANA
Três atletas que participam da seleção de Basquete do Colégio Motiva representaram a Paraíba no Campeonato Brasileiro Sub-17, realizado em Goiânia, entre os meses de novembro e dezembro de 2014. Paulo Espínola, Pedro Mendes e Franco Ferreira, apesar da pouca idade, já acumulam bons resultados. No mesmo campeonato, no ano de 2013, em que a Paraíba sagrou-se vice-campeã, Paulo foi eleito o me-
lhor armador e líder de assistências, enquanto Franco foi escolhido o melhor pivô e líder de rebotes. Conquistando cada vez mais olhares, os atletas também conseguiram o interesse de alguns clubes nacionais. Paulo e Pedro já jogam pelo Sport de Recife, que marcou presença no Sul-Americano de 2013, e acumulam interesses do Basquete Cearense e do Clube Pinheiros, de São Paulo.
ALUNAS PARTICIPAM DE TESTES PARA SELEÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL JUVENIL As alunas Mariah Leite, Clara Caiaffo e Wendy Silva participaram entre os meses de outubro e novembro de 2014 de uma fase de testes em Blumenau (SC) visando o Campeonato Mundial de Handebol Juvenil. O torneio acontecerá em 2016, na Eslovênia, e serão convocadas 16 meninas no total. O processo de seletivas vem acontecendo desde 2013, onde no mês
de agosto as meninas foram convocadas pela Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) para integrar o ‘Acampamento Nacional de Desenvolvimento e Melhoria Técnica de Handebol’. Na oportunidade as três atletas fizeram parte de um grupo de 100 garotas e que desse elenco foram escolhidas as 35 melhores que fizeram parte da fase de testes de 2014. De acor-
do com as atletas, a última etapa da seletiva acontecerá somente em 2015, onde o resultado final será divulgado. As meninas também destacaram que mesmo na fase de testes o foco no Mundial já é prioritário e as exigências são muitas, como por exemplo, o uso monitorado de aparelhos eletrônicos durante o período e acompanhamento nutricional rigoroso.
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ENTREVISTA
MONITORAR É PRECISO Especialista em direito digital, Patrícia Peck, indica o uso de softwares de monitoramento para pais protegerem seus filhos dos crimes da web A especialista em direito digital e idealizadora do ‘Movimento Família Mais Segura na Internet’, a advogada Patrícia Peck, é um dos grandes nomes do país quando o assunto é a proteção das crianças e adolescentes contra os crimes digitais. De acordo com ela a pornografia infantil já é o crime virtual mais recorrente na internet brasileira. Somente no ano passado, de acordo com dados do Safernet, o nosso país registrou mais de 80 mil denúncias envolvendo 25 mil páginas com conteúdo de pornografia que expunham crianças e adolescentes. Aproveitando a presença da advogada em João Pessoa, a Revista Motiva Cultural teve uma conversa com a especialista e dialogou sobre como os pais podem ensinar os filhos a fazerem o uso seguro das tecnologias.
TEXTOS: ÉRICA CHIANCA | FOTOS: ARQUIVO PATRÍCIA PECKS
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MOTIVA CULTURALExiste um crescimento de crimes associados ao uso de material pornográfico contendo imagens de crianças e adolescentes no Brasil. Como é feita essa ponte com o uso das novas tecnologias móveis? Patrícia Peck- Os atos de pedofilia aumentaram consideravelmente no Brasil depois que jovens e crianças passaram a ter acesso à internet principalmente pelo celular. Com esse acesso facilitado eles passaram a tirar fotos de todo tipo, inclusive fotos mais ousadas e consideradas sensuais. A partir daí, eles passam essas imagens para outros amigos, publicam em plataformas abertas como o Facebook, Instagram, compartilham pelo WhatsApp e essas fotos podem cair facilmente em sites de pornografia infantil que expõem sexualmente os adolescentes e as crianças. Aí está uma das causas da relação. A pornografia aumentou muito devido à exposição da criança e do jovem.
MC- Quando isso acontece, as marcas são profundas nas famílias e na criança ou no adolescente... PP- Existe um número crescente de famílias traumatizadas com fotos dos filhos que acabaram caindo na rede e foram usadas em sites de pornografia. A mídia conta muitas dessas histórias. A criança e o adolescente não tem a dimensão exata do que uma foto publicada pode causar na vida dela, onde pode ir parar, nas mãos de quem e para qual
finalidade. Eles não tem essa percepção porque nasceram nesse ambiente digital. Uma publicação pode afetar até a vida profissional de uma criança que ainda nem concluiu o ensino básico, além de trazer traumas agudos, problemas de convivência e de ordem psicológica.
MC- Diante dos fatos, crianças e adolescentes com acesso, pessoas na rede dispostas a cometer crimes, para quem fica a tarefa de arquitetar uma barreira de proteção? PP- Cabe aos pais ditarem as regras, dar as orientações e monitorar. Os pais devem impedir a exposição dos filhos fazendo vigilância forte aos perfis e acesso à internet. Costumo fazer uma analogia entre a internet e a rua. Nos dias de hoje possivelmente você não deixa seu filho andar sozinho por aí. A internet é a rua digital. Assim como na rua das cidades, os pais não devem permitir que essa criança ou adolescente ande desacompanhado, sem saber com quem e aonde vai. Temos que ensinar o uso saudável da tecnologia, não podemos criar uma geração de abandonados digitais. MC- Mas como monitorar nossos filhos dentro do dia a dia tão corrido? É preciso sentar e ver no histórico tudo o que foi acessado? PP- A dica é que hoje no mercado, e até de forma gratuita, os pais já podem fazer o uso de ferramentas da própria tecnologia para monitorar.
Softwares e aplicativos podem auxiliar os pais nesse acompanhamento. Esses programas já podem ser integrados aos tablets e aos celulares dos pais e familiares e permitem acompanhamento em tempo real, por exemplo, até para saber a localização exata do filho naquele momento. Os programas de controle parental também travam sites não autorizados pelos pais, documentam por onde a criança passou e em que horário acessou.
MC- E as discussões sobre a privacidade dos filhos como ficam? Como administrar essas questões? PP- Muitos pais deixam de tomar estas medidas preventivas por acharem que estão violando a vida privada das crianças. Na verdade, o celular é dos pais. O número da conta está associado ao CPF do responsável legal, não ao menor. É uma questão legal e vale salientar que qualquer coisa que o menor fizer é de responsabilidade do dono do celular, os pais.
MC- Patrícia, outro grande problema são os jogos online. Crianças e adolescentes convivem ali virtualmente com pessoas que não veem nem o rosto, estão representadas por personagens, muito menos sabem quem é, de onde são... PP- O assédio e a abordagem aumentou também via jogos em rede. Muitas vezes a acriança até já foi deitar, está no seu quarto, e nessa de conhecer e jogar com
os amigos da internet o outro diz ‘aciona a sua webcam’ e ela libera. O criminoso fica com acesso podendo presenciar qualquer situação de vulnerabilidade da criança ou do adolescente, e, por exemplo, dar um print (copiar) da tela assim que o jovem tirar a roupa para vestir o pijama. Em posse disso, publica o material em um site pornográfico, compartilha com pedófilos, bota na rede.
MC- Existe, no final das contas, uma idade ideal para deixar os filhos terem acesso ao uso do celular, do computador e da internet? PP- Os pais estão dando autonomia para os filhos usarem esses equipamentos cada vez mais cedo. A idade recomendada para navegar sozinho na internet é a mesma que os pais deixam seus filhos, por exemplo, caminharem na rua sozinhos. A criança já aprendeu a não falar com estranhos, não passar informações da família. Essa faixa etária no Brasil é normalmente aos 12 anos e o nosso Código Civil coloca claramente que até os 12 anos a criança é um menor totalmente incapaz, que tem que estar com assistência dos pais. Já a média para se ganhar um celular no Brasil está sendo aos oito anos. Ao meu ver é ainda muito cedo para que essa criança saiba os riscos que pode correr. Os pais precisam avaliar porque querem que o filho tenha um celular. Se essa criança tem um responsável presente e acompanhando-a 24h, e deve tê-lo, qual o motivo de ter um celular?
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GALERIA
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