Ensino Fundamental II

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FUNDAMENTAL II




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INGRESSAR NO ENSINO FUNDAMENTAL II? Continuidade, desafios, aprofundamento, amadurecimento... novas conquistas Harlei Florentino Diretor-geral

Para muitos a sensação é de encolhimento... éramos os maiores, agora somos os menores... A entrada no Ensino Fundamental II é o início de um processo marcante, pois muitas mudanças estão envolvidas. É o momento em que se dá a passagem da infância para a adolescência. Precisa dizer mais alguma coisa? Novas referências, possibilidades e desafios se abrem diante deles. Coisas ficam pra trás e outras tomam o seu lugar. As famílias acompanham atentas, vivenciando um jogo indômito, no qual a ansiedade e o saudosismo lutam para ocupar o papel principal. Mas sabemos o desenrolar dessa história... eles crescem de verdade, amadurecem intelectual e moralmente, abandonam hábitos, criam outros, reconfiguram relações, fortalecem seus desejos, constroem seu projeto de vida, consolidam sua identidade. Quanta potência, quanta razão, quanta emoção. Os adultos têm uma responsabilidade substantiva com a educação desses seres em plena formação. É a possibilidade de continuidade e melhoria do mundo em que vivemos. A escola e a família precisam refletir e ocupar os seus lugares, fortalecendo mutuamente as suas ações educativas. Empatia, paciência, perseverança, firmeza e comprometimento são palavras-chave nesse processo. Diariamente, mães, pais, professores e educadores precisam lidar com a tensão entre exigir subordinação e disciplina de crianças e jovens e, ao mesmo tempo, conduzi-los à autonomia, autodisciplina e liberdade.


O projeto de formação a que nos lançamos se funda a partir de princípios colocados em prática ao longo de toda a escolaridade e pautados por desafios de ordem intelectual e afetiva. Dentre esses princípios, a autonomia ocupa espaço de grande relevância. Trabalhamos em prol da construção de sujeitos autônomos, capazes de atuar com independência no mundo público e privado, que compreendam como aprendem, como o conhecimento se organiza, que se percebam em relação ao outro, que lidem bem com as regras - mesmo quando as questionam -, que compreendam a complexidade do mundo e se encantem com ela. Enfim, que sejam capazes de levantar hipóteses, elaborar proposições e tomar decisões para a resolução de problemas que os desafiam no dia a dia e nas descobertas do seu crescimento, em um processo construtivo que os potencialize para contribuir de forma positiva com o mundo em que vivem.

É com grande entusiasmo que aguardamos todos vocês para a construção conjunta dessa fase tão peculiar, instigante e fundamental. Sobram adjetivos… Abraços!

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A CONCLUSÃO DE UM CICLO Fernando Pimentel Coordenador pedagógico - 3o ao 5o ano do EF I

As mudanças de ciclo na trajetória escolar dos alunos são marcadas por conquistas e desafios. São momentos de transição, que marcam o fim de um período da vida e entrada em outro, mais complexo. Na mudança do 5º para o 6º ano, falamos de uma mudança especial, pois, junto aos novos desafios da esfera escolar, a entrada em uma nova e arrebatadora fase do desenvolvimento social e biológico destes jovens já começa a convocá-los: a adolescência. É difícil dizer quando tais mudanças iniciam-se, assim como a preparação para elas. Afinal, a educação é pensada de maneira progressiva e, portanto, é inerente a cada nível a preparação técnica e procedimental dos alunos para os desafios que vêm a seguir. Mas o contexto social que a escola oferece (de riqueza imensurável para o desenvolvimento moral e ético) sempre fará parte do cotidiano do aluno e deve ser igualmente cuidado. Tal período exige bastante de nossos alunos, pois envolve o abandono de uma identidade que dá espaço a uma nova forma de ser – tanto na escola como nas rodas de amigos. E, para auxiliá-los nesse processo, lançamos mão de diversas frentes de trabalho. Durante o Ensino Fundamental I, são apresentados aos nossos alunos diversos desafios que têm como objetivo fortalecê-los, tanto no seu papel de estudantes quanto de jovens do século XXI. Ao longo deste nível, os alunos do Oswald são convocados a ocupar seu lugar enquanto estudantes. Progressivamente, os elementos formais que farão parte de sua experiência enquanto aluno são apresentados, e a maneira como cada aluno se relaciona com eles se torna objeto de trabalho. Os trabalhos extraclasse, as notas, as avaliações pontuais e trimestrais, os roteiros de estudo, as metodologias de investigação e as especificidades de cada área de conhecimento são elementos que vão permitir a

esse aluno uma maior apropriação de sua trajetória estudantil e consequente ganho em autonomia. Tal autonomia será muito importante ao ingressarem no Ensino Fundamental II, para que, já familiarizados com esses elementos, os alunos possam debruçar-se sobre os desafios relacionados ao aprofundamento conceitual e procedimental promovido pelos professores especialistas. Já no campo das relações, a participação dos alunos na organização da vida escolar também merece atenção e cuidado. As rodas de conversa, tão presentes no cotidiano da Educação Infantil, ressignificam-se neste momento, na forma das reuniões de classe, além do cuidado e intencionalidade presentes nas mediações dos conflitos que acontecem na escola. Tais reuniões caracterizam-se como um instrumento fundamental para que essas crianças possam se perceber e se corresponsabilizar pelas relações que se dão dentro da escola. É campo de atuação política e transformação social. Já repertoriados pela vivência destes momentos, tais alunos encontram-se preparados para a nova forma de atuação proposta pelo Ensino Fundamental II: a representatividade (por meio da eleição de representantes de classe), a possibilidade de participação de um Grêmio estudantil, as aulas de Orientação Educacional, ou seja, a ocupação do espaço escolar de maneira mais madura, mais compatível com o momento de desenvolvimento em que se encontram nesta fase da vida

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NOVAS ROTINAS, NOVOS DESAFIOS Adriana Dias Coordenadora Pedagógica do 6o e 7o ano do EF II

Na perspectiva do aluno, quais você considera os principais desafios na passagem para o EF II? São basicamente dois: a adaptação a uma nova rotina escolar e o estabelecimento de novos vínculos em um novo espaço social e físico. Ao ingressar no 6º ano, os alunos são convocados a uma autorregulação de seu cotidiano escolar e, para que tenham sucesso, precisam ainda do acompanhamento dos educadores envolvidos nesse processo. A conquista de autonomia será consequência gradual da eficácia dessa mediação articulada ao engajamento individual de cada um. Os desafios nessa nova rotina referem-se a novas maneiras de se posicionar e começar a fazer algumas escolhas, seja de modo a encontrar estratégias específicas que se configuram em hábitos de estudos para gerenciar as demandas de diferentes professores e cursos, seja na maneira de se colocar no grupo e se sentir parte de um espaço marcado também por aspectos relacionados ao mundo juvenil. Ainda crianças, vão encontrar um espaço social que lhes convoca a participar e estabelecer novos vínculos, respeitando as individualidades e tempos de cada um.

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Quais são as principais ações da escola para ajudálos não só na passagem, mas também ao longo dos próximos anos do EF II? A qualidade das ações da equipe de educadores é o que dará sustentação e segurança nesse momento de transição e adaptação dos alunos. Por meio de orientações claras, cuidado na comunicação feita em sala de aula e oferta de um espaço em que também se sintam acolhidos, possibilitamos que o sentimento de pertencimento dos alunos a esse novo cenário aconteça, estendendo-se a cada novo ano do ciclo. E, na perspectiva dos adultos, o que pode ser destacado sobre esse momento? A entrada das crianças nesse novo ciclo de vida e escolar também convoca os educadores dessa faixa etária a uma nova função. Nossos alunos entram crianças e, no transcorrer dos desafios que lhes são apresentados nesse ciclo, seja na escola ou fora dela, amadurecem e tornam-se adolescentes que estão construindo um projeto de futuro para si e para a comunidade. Portanto, os princípios e as ações com os quais trabalhamos serão a base de construção desse projeto. Vemos no brilho de seus olhos, na animação de suas falas, em seus pequenos gestos e movimentos, e nos conflitos que vivenciam, o anseio por conquistarem seu lugar, encontrarem sua identidade nesse novo espaço. Os adultos de referência - famílias e professores, principalmente - são figuras importantes que lhes darão segurança nesse caminhar e que precisam, aos poucos, sair de cena para que conquistem sua autonomia. É um projeto que exige de todos nós um cuidado com o tempo e a trajetória de cada sujeito, dando-lhes o suporte necessário para atravessar sua adolescência respeitando a si e aos outros, fortalecendo sua própria identidade. Essa escuta e esse olhar nos remetem à nossa própria trajetória; assim, cuidar desse movimento de olhar para o que fomos e para o que somos hoje possibilita o encontro com esse sujeito que está desabrochando, pelo qual somos responsáveis e para quem ofertamos o mundo.

Especificamente no 6º e 7º anos, contamos com o trabalho de uma tutora, que estrategicamente exerce a função de acompanhar a chegada dos alunos na nova unidade escolar, promovendo ações específicas que visam estimular e acolher cada um em seu processo de aprendizagem e socialização. A tutora, como interlocutora entre alunos, professores e coordenação pedagógica, possibilita um fortalecimento dos vínculos entre os alunos e deles com a escola. O trabalho com as famílias também é um fator importante nesse momento de formação dos alunos. Nesse novo ciclo, os alunos são os principais agentes de interlocução entre escola e família. No entanto, a participação da família no acompanhamento desse cotidiano escolar é fundamental para também possibilitar a segurança necessária que, aos poucos, permitirá o aprimoramento da autonomia do aluno, necessariamente interligada à responsabilidade por sua escolaridade. .

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Como é a rotina dos alunos do EF II? Quais são os projetos específicos deste segmento? A rotina escolar dos alunos é marcada pela participação cada vez maior no gerenciamento e na tomada de decisões em relação aos aspectos que envolvem seu papel como estudantes. No Ensino Fundamental II, eles terão a oportunidade de frequentar a escola no período da tarde, quando poderão planejar o uso desse espaço para organizar seus estudos, encontrar os colegas para realizar determinadas atividades e usufruir também dos recursos da Biblioteca e Informática. Asseguramos um espaço semanal na grade horária para o encontro de cada turma com a Coordenação Pedagógica e tutoria, de modo a possibilitar o acompanhamento de sua rotina e planejamento de diferentes ações para a qualificação dessa experiência. Esse encontro possibilita um contato bastante próximo com cada turma, aprimorando o olhar para o que estão vivenciando nessa rotina e, consequentemente, trabalhando tais conteúdos. Pela primeira vez, vivenciam a possibilidade de eleger um representante de classe, que será portavoz do grupo na interlocução com os diferentes agentes escolares. Tal ação visa a continuidade e o aprofundamento da formação política no contexto escolar - já iniciada nos espaços de reuniões de classe desde o Ensino Fundamental I -, possibilitando novas formas de atuação e comunicação na escola.

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Damos continuidade também ao curso de Oficina da Ciência, iniciado no 5º ano, que se caracteriza pela sistematização da construção de um conhecimento científico, por meio da investigação de hipóteses levantadas a partir de experimentos específicos construídos com o professor em sala de aula e no laboratório. É um espaço de investigação que assegura o trabalho procedimental por meio de diferentes conhecimentos, possibilitando o aprendizado de um repertório científico e das diferentes maneiras de comunicação desse aprendizado. No Ensino Fundamental II, damos continuidade também às atividades de Trabalho de Campo, presentes desde as séries iniciais do Ensino Fundamental I, quando têm a oportunidade de articular os conhecimentos estudados em sala de aula a determinadas vivências para além do espaço escolar. Nesse novo nível, ampliamos essa experiência promovendo um Estudo do Meio em cada série. Organizamos uma viagem em que, de maneira interdisciplinar, os alunos farão as investigações sobre determinados conteúdos estudados e serão também convocados à socialização com colegas e professores em um contexto diferente, no qual estarão imersos por alguns dias, em um momento de estudos que visa, inclusive, o cuidado com as relações interpessoais. A experiência interseriada, já iniciada nos cursos da REDE no Ensino Fundamental I, dar-se-á neste ciclo com o curso de Oficinas, em que os alunos de 6º, 7º


e 8º ano podem escolher - dentre algumas opções - qual curso farão ao longo de cada semestre. É uma oportunidade importante para aprenderem os critérios envolvidos em uma escolha dessa natureza - a partir de seus desejos de aprender novos conteúdos que extrapolam os curriculares -, incrementando seu aprendizado, fazendo novas conexões e interagindo com novos colegas. No 9º ano, como proposta de final de ciclo, os alunos desenvolvem um projeto de escrita cujo objetivo, além do aprimoramento dessa habilidade, é promover uma autoanálise de seu papel como estudantes e de seu vínculo com a escola, estabelecendo novas perspectivas para a construção de um projeto pessoal e escolar, que será amadurecido e fortalecido ao longo do Ensino Médio.

Os processos de avaliação mudam muito em relação ao EF I? Como eles acontecem nessa nova etapa, com um número maior de professores e disciplinas? Não há uma mudança significativa em relação ao processo de avaliação, uma vez que a configuração de uma avaliação formativa e gradual já vem acontecendo desde as séries iniciais do Ensino Fundamental I, por meio de diferentes instrumentos. No entanto, nesse novo ciclo, o gerenciamento dos momentos e hábitos de estudos para a organização dessas atividades avaliativas necessita de novos cuidados, para que os alunos consigam compor uma agenda do que precisam trabalhar na escola e do que é necessário realizar em casa. O planejamento dessas propostas é feito pelo professor e comunicado com antecedência aos alunos; juntos, organizam os procedimentos necessários para a preparação desses momentos, por meio de orientações específicas para os estudos, trabalho que se inicia já no 4º ano do Ensino Fundamental I, junto à introdução das avaliações trimestrais como instrumentos formais. Em sala de aula, constroem coletivamente a agenda de classe, de modo a estabelecer uma unidade de trabalho da série, acompanhada por todos os professores, tutoria e Coordenação Pedagógica.

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O TRABALHO DE TUTORIA NO 6º ANO Juliana Haim Tutora do 6o ano

A chegada ao Ensino Fundamental II é sempre bastante esperada pelas famílias e alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I. As expectativas, dúvidas e inseguranças em relação a essa transição fazem parte desse momento tão importante da vida escolar e, certamente, merecem um olhar atento. Além da mudança de ciclo e, consequentemente, dos novos desafios na rotina escolar, é também o período de entrada na adolescência e, portanto, de

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muitas transformações físicas, psíquicas e sociais. Por um lado, essa chegada a um universo mais juvenil envolve uma certa estranheza, medos e ansiedades; por outro, gera muita curiosidade e desejo de explorar as novas possibilidades. Em função desses aspectos, temos um cuidado especial com a passagem dos alunos do 5º para o 6º ano. É nesse contexto que a tutoria se insere, com a função principal de dar suporte aos alunos no processo de adaptação, o que envolve lidar com a organização dos materiais e dos estudos.


Primeiros desafios O 6º ano é a primeira série do ciclo e é nela que se inauguram algumas práticas, tais como: todos os professores passam a ser especialistas, a viagem de Estudo do Meio e a possibilidade de usar um armário para guardar o material de uso pessoal. Cabe aqui um destaque para o uso do armário como um símbolo significativo dessa mudança, pois, diferente do Ensino Fundamental I, quando o aluno tinha um local dentro da sala de aula para armazenar o próprio material, o armário, agora, encontra-se fora da classe, exigindo uma outra maneira de organização e um grau maior de autonomia e responsabilidade. No primeiro trimestre, o aluno deparase com uma série de novos desafios. Adaptar-se à nova rotina escolar, organizar o material e administrar o tempo necessário para os estudos fora da escola são os principais deles. É também nesse trimestre que a viagem de Estudo do Meio acontece. O trabalho da tutora é observar e acompanhar cada aluno – e o grupo como um todo – em relação à adaptação às novas exigências e, a partir dessas observações, pensar e planejar ações junto à Coordenação.

A rotina do trabalho de tutoria É parte da rotina assistir às diferentes aulas da série para poder observar dinâmicas da classe, de pequenos grupos e dos alunos individualmente. Nessas aulas, muitas vezes, já é possível fazer algumas orientações pontuais para os alunos em relação a registros no caderno ou agenda, por exemplo. Essas observações são também bastante importantes quando o aluno é chamado pela tutora para uma conversa individual, com o objetivo de orientá-lo quanto à organização do material dentro e fora da escola e/ou elaborar um planejamento de estudos. É muito frequente também que a tutora faça mediações das relações entre os alunos, ajudando-os a resolver conflitos e situações de impasse. Em todas as ações da tutoria, há sempre a intenção de convocar os alunos para uma reflexão, procurando fazer com que se percebam e se impliquem em seu processo de aprendizagem, assim como nas relações que estabelecem com os outros. Os desafios, presentes em todas as séries da escola, são propostos de modo a fazer com que os alunos desenvolvam mais autonomia e sejam capazes de enfrentar desafios cada vez mais complexos. Essa intencionalidade do adulto é essencial para promover as conquistas dos alunos.

Cada um vive a entrada no Ensino Fundamental II de uma maneira particular. Para alguns, essa etapa é bastante tranquila e a adaptação à nova rotina é rapidamente conquistada. Para outros, esse processo estende-se e exige um acompanhamento mais próximo. Em qualquer dos casos, a tutoria deve estar atenta e em parceria com a Coordenação para propor as intervenções adequadas.

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OS ESTUDOS DO MEIO NO ENSINO FUNDAMENTAL II O Colégio Oswald realiza, desde os primeiros anos de sua existência, projetos de Estudo do Meio. Sempre acreditamos neles como uma forma significativa de articulação entre o conteúdo escolar e o mundo à volta de nossos alunos. Estruturado a partir de uma questão problematizadora, é um trabalho desafiador e interdisciplinar, que mobiliza o aluno a usar diferentes ferramentas de investigação e análise, lidar com os imprevistos do trabalho de campo e construir respostas e novas perguntas frente ao que está sendo estudado. Na Unidade Cerro Corá, o Estudo do Meio acontece do 6º ano do Ensino Fundamental II ao 2º ano do Ensino Médio, promovendo: o conhecimento procedimental, voltado para as habilidades de observação, coleta de dados e registro das informações;

o conhecimento atitudinal, desenvolvido no trabalho de interação dos alunos entre si, com a população dos lugares visitados e na expansão dos valores relacionados às questões ambientais, de preservação do patrimônio histórico e de diversidade cultural; habilidades relacionadas a investigação, análise e síntese, usando variadas formas de registro e de publicação dos resultados da pesquisa; e o trabalho em grupo, que conta com metas, combinados e regras para a convivência e o cultivo de uma atitude de respeito e responsabilidade nos lugares visitados. 6o ano: São Luiz do Paraitinga-SP - História, Ciências e Geografia 7o ano: Ilha do Cardoso-SP - Ciências, Geografia, Matemática e Inglês 8o ano: Mariana-MG - Geografia, História e Português 9o ano: Volta Redonda-RJ - Ciências, Matemática, História e Português

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O ENSINO DE INGLÊS NO ENSINO FUNDAMENTAL II Cristina Ramos Coordenadora de Língua Estrangeira

Nossa visão sobre o ensino de Inglês O Inglês é um componente curricular que, além de dar conta da especificidade dos conceitos e procedimentos do seu campo disciplinar, promove variadas aprendizagens que não se localizam necessária ou exclusivamente em seu campo teórico. A metodologia aplicada no colégio utiliza a língua com dupla finalidade: ensinar o idioma e, ao mesmo tempo, um assunto de conteúdo especializado, processo no qual o inglês assume o papel de ferramenta de estudo do assunto de interesse. No Oswald, o inglês começa no Grupo 4 da Educação Infantil e continua até o final do Ensino Médio. Ao longo desses 14 anos, são contempladas as quatro habilidades linguísticas essenciais para o aprendizado de língua estrangeira: comunicação oral (speaking), compreensão oral (listening), comunicação escrita (writing) e compreensão escrita (reading). É competente em inglês o indivíduo estrangeiro que, em


situações de comunicação autênticas, compreende plenamente o que ouve e lê, e comunica-se fluentemente com precisão fonética e gramatical. Muito embora as quatro habilidades sejam, em essência, indissociáveis (o ‘falante’ é ouvinte, o ‘escritor’ é leitor), o desenvolvimento de cada uma delas pode ser enfatizado separadamente, de maneira que sejam respeitadas as etapas da aprendizagem. Os cursos de Inglês do Oswald estão estruturados para garantir que, ao terminar o 3º ano do Ensino Médio, o aluno tenha alcançado o quarto nível – nomeado como “falante independente” – dos seis descritos no CEFR, Common European Framework of Reference (Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas), um padrão internacional utilizado para descrever habilidades linguísticas. É esperado que o aluno desse nível tenha adquirido domínio suficiente do idioma, de modo a usá-lo de forma eficiente para fins sociais, acadêmicos e profissionais, sem que, para isso, tenha necessitado da complementação de cursos extras.

Como está organizado o Inglês no Ensino Fundamental II Quando chegam ao Ensino Fundamental II, é comum que os alunos já tenham vivido experiências muito diversas em torno da língua inglesa, como a realização de cursos fora da escola, viagens para o exterior ou mesmo um aprofundamento da língua a partir de outros interesses pessoais, como games, vídeos e outras possibilidades abertas pelas atuais tecnologias de comunicação. Nesse cenário de experiências tão diversas com a língua inglesa, a escola opta por agrupar os alunos do Ensino Fundamental II segundo sua proficiência no idioma. Isso permite a adequação do grau de desafio ao nível de conhecimentos e habilidades de cada aluno, além de possibilitar aos professores abordagens focadas em necessidades comuns, referentes a práticas em sala de aula e seleção de recursos.

Exemplos de projetos dos cursos de Inglês no Ensino Fundamental II 6o ano - leitura, compreensão e interpretação de poemas para crianças do autor americano Shel Silverstein, finalizando com um sarau de poesia; 7o ano - interação com alunos americanos via blog produzido a partir do trabalho interdisciplinar com as áreas de Ciências, Geografia e Matemática, relativo ao Estudo do Meio na Ilha do Cardoso; 8o ano - leitura e interpretação da obra Oliver Twist, de Charles Dickens, envolvendo análise dos personagens, pesquisa sobre o contexto histórico e relações com a atualidade; 9o ano - confecção de Scrapbooks individuais com memórias, imagens, previsões, poemas e textos autorais.

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OFICINAS NO OSWALD: UM ESPAÇO DE AUTORIA E COLABORAÇÃO Criar possibilidades de escolhas curriculares e experiências com linguagens e saberes pouco presentes nos currículos escolares são alguns dos principais objetivos das Oficinas oferecidas para alunos de 6º, 7º e 8º ano. Os alunos dessas turmas se reagrupam a partir de suas áreas de interesse e participam, ao longo de cada semestre do ano, de uma oficina escolhida, sempre com objetivos e desafios concretos a serem realizados. Em 2018, as oficinas oferecidas foram:

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OSWÍDEOS: Produção Audiovisual Os alunos obtêm noções básicas de audiovisual, conhecendo as principais áreas que envolvem a produção de vídeos: roteiro, direção de arte, de fotografia, captação de áudio e vídeo, finalização e edição. VOA: Voluntários do Oswald de Andrade Um espaço para discutir sobre problemas sociais, sonhos, habilidades, vontades e a realização de trabalho voluntário, criando uma preparação para os alunos entrarem no mundo social já tendo participado de iniciativas criativas e solidárias na escola. Degustando Saberes e Sabores A proposta desta oficina é desenvolver o cuidado das relações entre os seres humanos, os reinos e o meio ambiente. Para isso, os alunos exploram todas as fases do ciclo do alimento: desde seu plantio, passando pelo seu preparo e até o seu descarte. Repórter Oswald O objetivo da oficina é ajudar no aprimoramento do olhar crítico dos alunos para os produtos da mídia e para os Direitos Humanos e desenvolver habilidades de comunicação com os participantes, a partir de práticas de Educomunicação.

Clube de debates: pluralidade e tolerância às diferenças Na atualidade, argumentar e apresentar com clareza um ponto de vista é uma condição essencial para interagirmos em sociedade. Pensando nisso, a proposta da oficina é realizar debates acerca de temas polêmicos e importantes, fazendo com que os alunos aprendam a se posicionar e, sobretudo, aceitar opiniões distintas. Fotografia Criativa Os alunos são convidados a criar projetos autorais de fotografia, pensando diferentes formas de expressão por meio da produção fotográfica. Apresentando os princípios e técnicas da fotografia, além de diversas referências, a oficina leva os alunos a pensar esta importante forma de arte. Dispositivos Eletrônicos A oficina discute e coloca em prática a construção de objetos que utilizam uma interface analógica e digital. Os alunos aprendem conceitos básicos de eletrônica manuseando componentes (led, motor, resistores, capacitores, transistores, arduíno) e ferramentas (ferros de solda, estanho, computadores, programação).

Construindo inventos: madeira, luz e movimento A oficina propõe aos alunos inventar e construir objetos de madeira que incorporem luz e movimento por meio de acessórios como leds e motores elétricos. A partir deste conjunto de materiais, os alunos descobrem meios de juntá-los em projetos e inventos variados. Competências Socioemocionais: uma possibilidade de autoconhecimento Um espaço para que os alunos aprendam a viver, conviver e trabalhar em um mundo cada vez mais complexo. As competências são desenvolvidas por meio de jogos colaborativos, metodologias ativas e dinâmicas de autoconhecimento, que levam aos alunos conhecimentos socioemocionais importantes na atualidade.

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O OSWALD E O MUNDO DIGITAL Harlei Florentino Diretor-geral

Lidar com os impactos da tecnologia no cotidiano da escola tem sido um desafio constante. Ao mesmo tempo em que ela propicia novas relações com a construção do conhecimento e novas possibilidades de aprendizagem, também cria formas de interação mais rápidas e fluidas, em especial no caso das redes sociais e dos aplicativos de comunicação. Nesse sentido, trabalhar com a tecnologia está longe de apenas saber como ela funciona e possuir alguns dispositivos. Quando pensamos em nossas crianças e jovens conectados, há uma série de temas relevantes a serem discutidos, como privacidade, exposição, riscos, segurança, postura moral, leis, responsabilidades, consequências, reputação, entre outros. Entendemos que criar espaços de diálogo e reflexão sobre essas questões, nos quais alunos, famílias e educadores possam construir diversos olhares sobre essas temáticas, deve ser uma responsabilidade da escola. E acreditamos que, a partir desses espaços, será possível fortalecer cada vez mais as parcerias e as redes de colaboração, tanto para a construção de novas práticas como para o cuidado com cada pessoa conectada à rede. Para que isso aconteça, o Oswald está desenvolvendo uma série de ações com o objetivo de sistematizar e organizar nossas abordagens sobre o mundo digital. Temos investido na construção de um currículo transversal que trabalhe os diversos ângulos do tema, além de termos feito uma série de palestras para a comunidade, focadas no olhar jurídico sobre esse universo.

Nesse caminho, esperamos que, cada vez mais, nossos alunos possam ser ativos e responsáveis nos ambientes digitais; não só consumidores de conteúdo, mas também autores qualificados e cientes das possibilidades de inovação trazidas pelas ferramentas digitais e, principalmente, detentores de uma compreensão mais ampla dos impactos do digital sobre suas vidas e sobre a sociedade na qual estão inseridos.


MINDFULNESS A prática de Mindfulness vem sendo adotada nas escolas, principalmente dos EUA, Canadá e Reino Unido, pensando nos benefícios que a meditação traz, como melhoria de foco e atenção, maior equilíbrio emocional e aumento de calma e bem-estar. No Oswald, a prática de Mindfulness entrou em 2017 na rotina dos alunos e já transformou o ambiente da sala de aula.

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Todos os alunos do Ensino Fundamental II participam do programa de meditação Mindfulness através de encontros com Daniela Degani, especialista da prática formada pela Mindful Schools, dos EUA. A prática com as turmas de 6º ao 9º ano já trouxe resultados muito positivos no Oswald: “muitos alunos relatam que a meditação os ajudou na concentração e para se acalmar nos momentos de estudo, trabalhos e provas. além disso, as práticas de heartfulness foram bastante citadas nos feedbacks dos alunos, como uma fonte de tranquilidade e bem estar” conta Daniela, com base nos depoimentos que coletou de alunos. Ao fim do primeiro semestre de prática, os 200 alunos da Unidade Cerro Corá que passaram pelo programa preencheram um formulário de feedback, que trouxe um bom retorno da aplicação de Mindfulness em suas vidas: 95% dos alunos afirmaram que a prática os ajudou, sendo que a resposta mais marcada pelos alunos foi que a meditação ajudou a se acalmar quando sente irritação, a relaxar, e se concentrar na hora dos estudos, também 87% dos alunos do Oswald recomendariam o programa a outros adolescentes. O Oswald também estendeu a prática da meditação aos professores, oferecendo vagas para um curso completo de Mindfulness. Os professores que passaram pelo programa avaliaram-no como útil para melhorar calma, foco e equilíbrio emocional, e afirmaram acreditar que o curso vai ajudar em sua atuação na escola.

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