Acontece Out. 2011

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Outubro 2011

Tipuana

A nova unidade do Oswald no Alto de Pinheiros

Orientação Profissional Inglês além da escola Projeto Girassol Rede de Vagalumes Rádio


Colégio Oswald de Andrade

Nova unidade do Oswald no Alto de Pinheiros

Com três unidades na Vila Madalena e Alto da Lapa, na zona Oeste da capital, o Colégio Oswald de Andrade terá nova unidade no Alto de Pinheiros em 2012 – ano em que a instituição vai completar 35 anos de atividades. É a Unidade Tipuana, dedicada às crianças da Educação Infantil. O projeto, em andamento desde junho deste ano, foi apresentado aos pais dos alunos do G1 e G2 do Oswald no dia 3 de setembro, em um café da manhã. A reunião foi realizada na nova unidade Tipuana, e foi a primeira oportunidade que os pais tiveram de conhecer o espaço e a localização da nova unidade. Além disso, eles puderam nesse encontro conversar com a equipe de direção sobre as mudanças. ”Inicialmente, houve um pouco de apreensão”, conta Maria Antonieta Giovedi (Nana), diretora de Educação Infantil do Oswald, ”Mas ao conhecer o espaço, os pais ficaram mais tranquilos com a novidade”.


No dia 24 de setembro, os pais de alunos da unidade Tipuana conheceram a unidade Girassol do Oswald e participaram de uma apresentação do projeto pedagógico da escola. “Foi uma reunião muito proveitosa, na qual pudemos esclarecer dúvidas e apresentar a proposta da Educação Infantil. Além das visitas realizadas pelos pais em ambas as unidades, professores e funcionários também estão conhecendo os novos espaços e se preparando para o trabalho na nova unidade a partir de 2012.


Colégio Oswald de Andrade

Novidades na Orientação Profissional no Oswald Desde 1988, o Colégio Oswald de Andrade tem aulas de orientação profissional na grade curricular dos terceiros anos do Ensino Médio. ”A escola considera importante que todos os alunos tenham espaço para fazer essa reflexão sobre as questões do mundo adulto e do mundo do trabalho”, explica o coordenador deste projeto, André Meller. A relevância dessa discussão fez com que há alguns anos o trabalho tenha sido expandido para ações junto aos alunos do primeiro e segundo anos do ensino médio.


No início do segundo semestre, o Colégio Oswald reforçou o projeto com à incorporação à equipe do ensino médio da função de orientador profissional, com a contratação de um profissional que estará ao longo de todo o período letivo desenvolvendo projetos interdisciplinares com foco no mundo do trabalho e das carreiras. Além disso, esse profissional será a referência para todos os alunos do ensino médio para a discussão sobre escolha profissional, vestibulares, universidades e profissões. ”Para exercer esta função, escolhemos Cecilia Vardi, psicóloga que já integra a equipe de orientação profissional do colégio desde 2001”, explica Meller. Cecília Vardi é professora universitária e pesquisadora da área de Orientação Profissional, além de fazer parte da atual diretoria da Associação Brasileira de Orientação Profissional (ABOP).


A orientação profissional se alia ao processo pedagógico do colégio que, para Cecília, trabalha com as questões de autonomia e independência dos alunos desde o princípio. Logo na Educação Infantil, os alunos são estimulados a abordar aspectos que ajudam a refletir desde cedo sobre profissões. Ao longo do escolaridade, outros momentos como a disciplina de Projetos (EFII) e as Teses (Ensino Médio) também propõe desafios ligados à construção de escolhas e ao desenvolvimento da autonomia dos alunos. “O fato de existir a orientação fecha muito bem esse processo e estimula os alunos a interpretar as informações do mundo e sobre eles mesmos”, completa Cecília. Para Cecília Vardi, a orientação profissional transpassa a eleição de uma carreira. ‘‘Para os alunos, a orientação vai além da escolha profissional, alcançando a elaboração de um projeto de vida. Este projeto se constrói através de escolhas e, para isso, a orientação é fundamental para refletir sobre o futuro e sobre o mundo”.


Colégio Oswald de Andrade

Inglês além dos muros da escola O Colégio Oswald de Andrade é conhecido e respeitado por suas inovações no ensino das diversas disciplinas aos alunos. Para auxiliar no ensino da língua inglesa aos mais de 60 estudantes dos 7° anos, a professora Laura Fortes, em parceria com outros profissionais da equipe Oswald, idealizou o projeto Landmarks, no qual os alunos redigem textos sobre a cidade de São Paulo. Criado em 2008, o projeto consiste em estabelecer os marcos mais importantes da cidade e descrevê-los, através de textos em inglês que foram, ao final do projeto, um livro. ”Durante a primeira fase do projeto, os alunos fazem uma discussão sobre São Paulo”, aponta Laura. Escolhidas as características e os marcos, os estudantes se reúnem em duplas ou trios e produzem as considerações sobre os locais.


Além de caracterizar e textualizar a cidade, os estudantes também a eternizam, fotografando o local selecionado. ”O momento das fotografias é o momento de interação entre o aluno e o landmark”, afirma a professora. Estas fotografias são a interação dos pais com o projeto, na sua fase de produção, já que, no tempo livre, eles acompanham os filhos até o landmark. “Alguns ainda produzem ilustrações dos marcos, e estas ilustrações são utilizadas no livreto final”, completa. Pelo menos quatro semanas, um total de oito aulas, são necessárias para a finalização dos livros. Depois disso, os trabalhos são divulgados na internet e podem ser consultados além dos muros da escola. Inovação que incentiva a dedicação dos alunos. ”Os alunos se orgulham porque, pela primeira vez, vêem seus textos em um espaço público”, justifica Laura. Para os pais o sentimento é positivo. ”Muitas vezes, os pais não têm a dimensão do trabalho que está sendo feito na escola e esta é uma oportunidade de observar o desenvolvimento dos filhos”, argumenta a professora Laura. ”O feedback que temos é de que o trabalho está sendo bem feito e que eles se orgulham tanto quanto os filhos quando vêem o produto final” . A importância do projeto, entretanto, é maior. A língua estrangeira, enquanto não é colocada em prática, não é completamente aprendida. ”A produção do texto é um momento de interagir com a língua em um âmbito superior”, explica Laura. Veja as produções dos alunos http://bit.ly/noJ1QB nos seguintes endereços: http://bit.ly/rhvKZT http://bit.ly/nj3p77


Colégio Oswald oferece curso gratuito para adultos O Colégio Oswald de Andrade oferece curso de formação para adultos, que conta as disciplinas de português, matemática, ciências (com foco na saúde, higiene e alimentação), estudos sociais (com foco nos direitos e deveres do cidadão, problemas e dificuldades da nossa cidade e formação da nossa sociedade), informática, música, artes plásticas e projetos de biblioteca. As turmas, atualmente, são compostas por nove alunos, entre 18 e 69 anos. A iniciativa partiu de professoras da equipe do Oswald. Em 2008, Roseany Anetelle Rodrigues, Edna Pereira Ignácio dos Santos, Maria Lygia Carvalho Mota, Cristiane Casquet de Souza Elias e Ana Laura Saldanha criaram o Projeto Girassol. O curso é gratuito e está com inscrições abertas. As aulas acontecem na Unidade Girassol do Oswald, localizada na Rua Girassol, número 898, na Vila Madalena, em São Paulo. ”A ideia inicial era trabalhar apenas com alfabetização”, lembra Roseany Rodrigues. Com o tempo, analfabetos funcionais – pessoas com dificuldades no entendimento textual – começaram a se interessar pela oportunidade. ”Em função disso, abrimos duas salas: uma com a exclusiva função de alfabetizar e outra com o intuito de auxiliar os alfabetizados que tinham dificuldade na compreensão”, explica a professora.


O objetivo do projeto, no entanto, não é apenas alfabetizar, ”mas dar ao aluno as ferramentas para que ele construa um olhar diferente sobre o mundo”, ressalta Roseany Rodrigues. “Temos aulas de informática, música, artes plásticas e biblioteca. A programação dos cursos é feita pelas professoras/coordenadoras, afirma a professora. Os alunos do ensino médio participam do projeto como monitores/ auxiliares dos professores. Contamos com 3 estudantes por grupo, por noite. No momento, eles estão organizando o projeto de biblioteca. Em certo momento, a equipe que acompanha os alunos percebeu que alguns deles possuíam problemas de visão. ”A partir disso, fizemos um pedido aos pais do Colégio Oswald para que nos auxiliassem nesse sentido”, comenta Roseany. Os pais, então, voluntariaram-se para examinar os alunos. Outros pais médicos se prontificaram, também, a atender nossos alunos. Temos uma parceria com o dr. Rogério Tabet de Oliveira, ginecologista, pai de um aluno do Fundamental I, que atende nossas alunas no seu consultório e vem fazendo uma série de palestras sobre temas levantados pelos alunos, como: câncer de mama, menopausa, DST, miomas, que têm sido de grande importância e muito esclarecedoras. ”.


Rede de Vagalumes

Alunos do Oswald trocam experiências com jovens da Amazônia

Conhecer semelhanças e diferenças existentes entre as comunidades de diferentes regiões do Brasil, fortalecer a identidade, aprender com a vivência. Estas são as propostas do projeto Rede de Vaga Lumes, que tem a participação do Colégio Oswald de Andrade, dentre outras instituições. A iniciativa é da ONG Vaga Lume, que desenvolve projetos educacionais e culturais em 23 municípios da região da Amazônia Legal brasileira e da cidade de São Paulo. Em outubro, os jovens e educadores do projeto vão se encontrar em Pirenópolis –GO e terão a oportunidade de trocar experiências pessoalmente. Na Rede de Vaga Lumes, adolescentes das duas regiões trocam cartas e contam como é a realidade na cidade onde vivem. “Os jovens conhecem outras realidades e aprendem que nenhuma é melhor ou pior, são apenas diferentes”, ressalta Piéra Cristine Varin, que juntamente com Denise Moura Leite, coordena o projeto no Oswald. ”Eles ficam fascinados com as frutas da Amazônia, por exemplo. Ou com o fato de o povo de lá tomar banho de rio”.


Rede de Vagalumes Em 2011, a Rede de Vaga Lumes está discutindo o tema “O nosso meio ambiente”. Alunos do 7º e 8º anos do Fundamental do Oswald estão elaborando trabalhos sobre a situação dos rios e do lixo. Esses trabalhos serão enviados às comunidades com quem eles se comunicam atualmente – Comunidade Murumuru (Santarém-PA) e Comunidade e Escola São José do Couto (Campinápolis-MT). Para Piéra Varin, o projeto é um aprendizado que transcende as disciplinas de sala de aula. ”São descobertas que eles vão levar para a vida”. A educadora acredita que a Rede de Vaga Lumes é uma ferramenta importante para formar cidadãos preparados para enfrentar as adversidades do cotidiano e valorizar a realidade em que se vive.”Acredito muito nessa troca. Além de darmos mais valor ao que temos, aprendemos a querer buscar o que não temos”. O intercâmbio cultural não é apenas entre São Paulo e Amazônia. Os alunos de São Paulo também conhecem as diferentes realidades dentro da própria cidade. Há encontros entre as quatro comunidades de São Paulo. “Isso enriquece ainda mais o projeto”, lembra Piéra Varin. Nos anos de 2006, 2007 e 2008 os alunos e educadores do Colégio Oswald de Andrade se comunicaram com alunos e educadores de Soure, no Pará. A experiência, na época vivenciada por alunos do Fundamental I, proporcionou um diálogo entre duas realidade diferentes e resultou em um acampamento conjunto (no ano de 2008) na cidade de Pirenópolis, Goiás, em um livro e um DVD, ”Nós e Nosso Meio Ambiente”.


O 2º acampamento da Rede Entre os dias 1 e 7 outubro de 2011, dez alunos do Oswald estiveram no acampamento que aconteceu em Pirenópolis-GO, que envolveu quarenta e cinco crianças e dezoito educadores de diferentes cidades brasilieras. Durante uma semana, eles participaram de apresentações de trabalhos, oficinas propostas pelos educadores e diversas atividades culturais. ”Foi troca de realidades, mas desta vez ao vivo”, ressalta Piéra. Mais detalhes Para saber mais sobre a participação do Oswald no projeto, acesse http://bit.ly/r4X1qZ. Para conhecer mais sobre a Rede Vaga Lume, acesse www.vagalume.org.br.


Rádio

Oswald utiliza nova ferramenta na educação de seus alunos O Colégio Oswald tem desenvolvido, com alunos de diferentes idades, projetos que usam ferramentas de comunicação como blogs e rádios para propor novos desafios para os alunos. Conheça nessa matéria duas dessas experiências. A Rádio no ENSINO FUNDAMENTAL O projeto de rádio para os alunos do Fundamental I surgiu em 2008. O objetivo era colocá-los como construtores de cultura dentro da escola. ”Temos nosso papel nesse processo, seja como produtores seja como consumidores de informação e cultura”, explica Fernando Pimentel, responsável pelo projeto. A rádio ”Da Boca para Fora” teve seu nome sugerido e votado pelos estudantes. No 1° semestre, os alunos produzem os programas. Textos, contos, enigmas, anedotas e pesquisas de opinião redigidas pelos próprios estudantes são organizadas e vão ao ar semanalmente. Já no 2° semestre, o Colégio organiza um concurso cultural. ”Inicialmente, o concurso foi criado para diversificar as pautas, para que os alunos se animassem a pensar em novos temas e a concorrer com eles”, justifica Pimentel. Estudantes de todas as séries participam do concurso e o vencedor é escolhido por votação popular.


A tarefa de fazer os programas significa mais que a produção de cultura. O aprendizado envolve inclusive prazos a serem seguidos. ”Os programas são gravados com uma semana de antecedência, mas estimulamos os alunos a preparar antes para evitar imprevistos”, aponta Fernando. Além disso, os alunos sugerem temas e se reúnem com os auxiliares responsáveis e com a equipe da rádio. Seguindo a orientação dos auxiliares, os estudantes pesquisam sobre o tema escolhido, antes de redigir notícias, produzir entrevistas e gravar o programa. Fernando explica que ”embora precisem de incentivo, os alunos são ativos na rádio e, dependendo do formato do programa, desempenham diversas funções”. O projeto conta também com o auxílio dos pais, que ficam atentos aos prazos e à qualidade do material que os filhos produzem. A participação não é obrigatória, o que estimula os alunos mais interessados em participar. ”Embora seja facultativo, estamos sempre prezando pelo resultado positivo. Neste sentido, os pais nos ajudam a manter o foco


com os alunos”. ”Consideramos que, além da questão cultural, a parte da leitura e escrita são grandes aprendizados dos alunos, mas não são os únicos. O respeito mútuo, o trabalho em equipe e o momento de discussão são lições importantes que a rádio deixa aos participantes”, acredita Fernando. A Rádio no ensino médio: o aluno protagonista A ideia de desenvolver uma rádio surgiu na disciplina de Projetos de Intervenção, na qual os alunos tem como tarefa diagnosticar um problema da cidade e propor uma intervenção sobre ele. Aliada à experiência em rádio do professor da matéria, Amadeu Cardoso, os estudantes quiseram questionar os programas produzidos pelos meios de comunicação no país. A rádio chamou-se, então, ”Irradiação”, nome escolhido pelos alunos em função de sua ambiguidade: irradiar cultura e irradiar remetendo às ondas de rádio. O intuito inicial de


questionar acabou se tornando um meio de aprendizagem. Em diversos sentidos, o contato com a rádio é um incentivo para os alunos. ”Eles tiveram dois momentos de aprendizagem. O primeiro foi o técnico, no qual os alunos aprenderam a lidar com as ilhas de rádios. Depois, tivemos as reuniões de pauta e eles passaram a produzir os textos”, aponta Amadeu Cardoso, responsável pela rádio e professor de Projetos de Intervenção. Outro ponto importante do projeto é o hábito da pesquisa. ”Para as reuniões de pauta, era necessário preparação sobre um determinado tema. Para tanto, os alunos se esforçavam em pesquisar e descobrir o que pudessem sobre o assunto”, elogia o professor. Tópicos como rádios livres, liberdade na comunicação e rádios piratas fizeram parte da primeira edição do projeto, que foi ao ar no primeiro semestre de 2011. Já para a segunda edição as pautas terão como enfoque o jovem e sua capacidade de transformação social.



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