I N F O R M AT I V O INFORMATIVO DO COLÉGIO SANTO AGOSTINHO - SÃO PAULO
ANO 17 • Nº 51 • DEZEMBRO/2014
NA JORNADA DO CONHECIMENTO, O CRESCER É SEMPRE UMA CONSTANTE.
VALORES A PARTIR DA ÓTICA AGOSTINIANA
EDITORIAL
Educar para a amizade. Na educação sempre existe o risco de entender o homem interior no sentido intimista. Para evitar esse risco e para que o diálogo não seja apenas superficial, o que seria contrário ao intimismo, devemos educar para a verdadeira amizade, que supõe uma relação de comunhão. A verdadeira amizade se fundamenta sobre os valores humanos mais profundos e mais fecundos. Tem seu apoio sobre o amor gratuito, sobre a reciprocidade e utiliza sempre a sinceridade, o que leva a um diálogo mais profundo. A educação agostiniana deve iniciar o aluno(a) na vivência da amizade como processo de abertura aos outros e a Deus. "Precisamos dos outros para ser nós mesmos”. A sociedade moderna está perdendo os vínculos afetivos e pessoais. O narcisismo é a doença de que padecem as pessoas das urbes. Para Santo Agostinho, a amizade é uma necessidade vital que deve existir "em todo tempo e lugar". Hoje, estudos sérios em psicologia colocam o diálogo com os amigos, a família e o exercício físico, como a melhor terapia para o stress. A educação não consiste em ditar princípios luminosos de retidão ética e religiosa, senão em brindar respostas aos in terrogantes e desafios que a vida de cada educando apresenta. E antes de brindar “respostas", o educador precisa descobrir as
"perguntas", desafios, interrogantes da história, da vivência e da situação concreta de cada educando(a). Isso exige serenidade receptiva para permitir que aquilo que há no educando se expresse, ao mesmo tempo que desperte uma grande capacidade de escuta e atenção, abertura ao diálogo amistoso e cálido. A função do educador agostiniano é prestar ajuda, "abrindo as portas e janelas" do aluno(a) para que este, à "luz do seu mestre interior" (O Mestre 11,38) descubra e desenvolva por si mesmo suas próprias capacidades. Assim, o educador agostiniano deve ser o amigo da caminhada, nunca um modelo acabado, pois no começo, o educando(a) é um simples seguidor, guiado e servido pela autoridade, mas pouco a pouco, converte-se em seu próprio guia. Quanto mais amadurecido e pessoal chega a ser, tanto mais crescerá em ciência e sabedoria. O educador agostiniano sabe tudo isso, respeita e busca, precisamente, o desenvolvimento da "criatividade" pessoal dos seus alunos(as). Assim sendo, lhes deverá possibilitar esta autoformação, estimulando e desenvolvendo a sua capacidade de "aprender a aprender". Nesse paradigma educativo, a educação tende prio ritariamente a conseguir a autoformação e potencialização do ser humano relativas ao SABER SER, por cima do adestramento, cuja meta direta é SABER FAZER E TER. Desejo a todos umas boas férias! Pe. Abelardo Benito Rica Diretor Geral
Informativo do Colégio Santo Agostinho - São Paulo
COLÉGIO SANTO AGOSTINHO - São Paulo
Circulação Interna - Distribuição Gratuita
Praça Santo Agostinho, 79 - Liberdade
Coordenação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PATRÍCIA GUIMARÃES Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . PROFESSORA MÔNICA BORGES MURBACH Criação e Arte . . . . . . . . . . . . . ALLUCCI & ASSOCIADOS COMUNICAÇÕES
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APM
COOPERAÇÃO, HARMONIA E SOLIDARIEDADE Nesse ano a A.P.M. (Associação de Pais e Mestres) do CSA ousou e programou durante o ano encontros aos sábados que contribuíram com a integração entre família e colégio, proporcionando momentos de descontração e entretenimento. Além, do Sábado em Família, Sábado Cultural e Festa Junina ocorridos no 1º semestre, o evento nomeado como “Festa da Família”, foto 1, na sua segunda edição aconteceu juntamente com a Olisanto dos Cursos Opcionais, no mês de novembro. Contamos com a participação de convidados de outros colégios que vieram participar do campeonato de Xadrez e elogiaram a iniciativa da A.P.M. de possibilitar momentos familiares no ambiente escolar, com diversão e boa alimentação. Um evento especial em parceria com o Rotary Club Aclimação foi o Chá Bingo Beneficente em prol do Asilo Raiar do Sol, ocorrido no Tênis Clube Paulista, fotos 2 e 3, movimentando pais, alunos, familiares, colaboradores e amigos que juntos em uma tarde de muitas “bingadas”, risadas e brincadeiras, contribuíram com as despesas diárias de um espaço que necessita tanto de ca2 rinho e muita atenção. Esses eventos permitiram parcerias com empresas que ofere3 cem descontos ao associado da A.P.M.. Veja no site, os parceiros e os benefícios oferecidos: www.csa.osa.org.br. Para associar-se, basta contribuir com a taxa anual da A.P.M.. Com essas atividades podemos agregar em nossos alunos e em seus familiares conceitos essenciais para o convívio em sociedade. A cooperação, a harmonia, a solidariedade, a organização, a felicidade e o sentimento de preocupação com o próximo. Assim, podemos concluir que nosso ano foi bastante produtivo. Que venha 2015! Você que tenha interesse em participar conosco, entre em contato pelo e-mail: apm@csa.osa.org.br. Amauri Marques 1º Secretário – A.P.M.
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Nada estará perd ido enquanto estive rmos em busca. (Santo Agostinho ,De Música 6,23)
D E S TA Q U E
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES Em outubro, os colaboradores do CSA também tiveram um processo eleitoral, para escolha dos membros da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Nos dias 5, 6 e 7 de novembro, a Comissão da CIPA - Gestão 2014/2015 participou do curso de capacitação, no qual foram abordados assuntos de legislação e a respeito a acidentes do trabalho quanto a doenças ocupacionais.
Da esquerda para direita, Rafael Costa, Diene de Oliveira, Yara Cassiano, Joaquim Fernandes, Jorge Reis, Ricardo Agifu, Denise Santos, Amauri Marques e Patricia Guimarães.
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D E S TA Q U E
BONS MOMENTOS, PARA SEMPRE! passar “Deixe o tempo ressa? Pra que tanta p o rosto... Sinta o vento n ... Venha ver o luar o do novo” Não tenha med e, Tão Perto –
Distant (trechos de Tão ília) Música em Fam
Ao som dessa e de tantas outras canções do projeto Para Sem pre, ouvidas diariamente pelos alunos da Educação Infantil ao 2º ano do Ensino Fundamental, reflexões e produções foram realizadas a respeito do ciclo da vida e a natureza e, na maioria das atividades propostas, as famílias participaram, contribuindo com recordações e registros que possibilitaram a socialização de experiências, histórias e sentimentos entre entes queridos nos grupos. Nas aulas de Música, esse projeto também inspirou atividades. A diversidade de andamentos, timbres instrumentais e demais elementos musicais presentes nas canções contribuíram para a ampliação de repertório e conhecimento musical dos alunos. Conforme cantavam as músicas, jogos rít-
micos com percussão corporal ou instrumentos de bandinha, jogos melódicos com as letras trabalhadas em desafios de perguntas e respostas e dinâmicas de expressão corporal eram colocados em prática. Para marcar o encerramento desse trabalho rico em descobertas e aprendizagens, principalmente de valores fundamentais para a formação, recebemos o grupo Música em Família para a apresentação de um show musical com a participação dos alunos e que teve como plateia convidados mais que especiais: a família... família que torce para que o caminho seja sempre a felicidade! Fernanda Volpi Seixas Coordenação Educacional
Da sala de aula ao show de encerramento: a música também ensina.
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D E S TA Q U E
PARA QUE SERVE O CONHECIMENTO?
As utilidades desse bem imaterial são inúmeras, mas uma frase as resume de maneira global: “conhecimento é para ser usado”. Colocando em prática essa ideia, o CSA anualmente participa de Olimpíadas do Conhecimento, permitindo que nossos alunos desenvolvam de maneira plural aquilo que é aprendido em sala de aula, problematizando, exercitando e relacionando os conteúdos com sua rotina, seus desejos profissionais e suas afinidades. Em 2014, tivemos medalhistas nas Olimpíadas de Química de São Paulo, Olimpíadas Brasileiras de Astronomia e Astronáutica e na Mostra Brasileira de Foguetes. Totalizamos 28 medalhistas nas três competições e ainda fomos agraciados com a indicação de nosso aluno Luiz Felipe Shimoyama para concorrer à vaga na equipe que representará o Brasil na Olimpíada Internacional de Astrofísica e Aeronáutica. Participar de eventos como esses é acreditar na capacidade de nossos alunos e incentiválos a alcançar seus objetivos. Vem com a gente!
Thiago Rennó Moreira Coordenação Educacional do Ensino Médio
O professor de química Mario Cantarin e a aluna Aisha Sayuri Agata da Rocha com a medalha que ganhou na Olimpíada de Química de São Paulo. Acima, os alunos que participaram das competições nesse ano de 2014.
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VIVÊNCIA E CONHECIMENTO
UMA GRANDE VIAGEM PELAS
CIÊNCIAS HUMANAS INFANTIL 1 O projeto “Eu sou assim”, desenvolvido no Infantil 1, possibilitou que fossem trabalhadas canções com os nomes dos alunos como “A canoa virou”, “O sapo não lava o pé”, “Se eu fosse um peixinho”, assim como as dinâmicas rítmicas com instrumentos de percussão em que os alunos tocavam em conjunto e depois individualmente, respeitando os nomes chamados. Além disso, a partir da leitura do livro “O aniversário da Ninoca”, os alunos confeccionaram, junto com a tutora, o jogo da Ninoca, com o intuito de promover o desenvolvimento de atitudes e normas para a realização do trabalho em grupo. Essas atividades puderam ser conferidas no dia da Vivência e Conhecimento.
INFANTIL 2 Durante o projeto “Quem sou eu” trabalhamos a identidade dos nossos alunos, ajudando-os a perceber que possuem uma história de vida, conhecer suas preferências e reconhecer que são parte atuante do mundo em que vivem. Na Vivência e Conhecimento foi possível socializar algumas atividades realizadas durante o projeto: • “História do nome e nascimento” na qual foram investigadas a história da escolha do nome deles e alguma 6
VIVÊNCIA E CONHECIMENTO
INFANTIL 3 Durante o projeto “Crianças: seus retratos e histórias” os alunos do Infantil 3 tiveram a oportunidade de falar sobre suas histórias, seus sentimentos, suas preferências e suas experiências nas rodas de conversa. Além de se expressarem oralmente, por meio do desenho e da pintura de seus autorretratos (após apreciarem autorretratos de artistas famosos), as crianças passaram a se reconhecer também como produtores de arte, estimulados a olhar para si e conhecer, admirar e respeitar suas características. Ao apreciar as obras de arte dos colegas estabeleceram semelhanças e diferenças entre si e foram sensibilizados a observar e valorizar os detalhes de cada pintura. Conhecer sua história, poder se expressar, tanto visual quanto oralmente, e ter seu trabalho exposto para que outras pessoas apreciem, auxilia a criança a compreender que é protagonista de sua história e produtora de cultura.
característica do dia de seu nascimento. Com a participação das famílias, conhecemos muitas histórias emocionantes e divertidas. • “Árvore genealógica” que possibilitou aos alunos identificarem os membros da sua família, buscarem informações sobre a sua história, além de conhecerem a história de vida dos colegas. • “Nossos quitutes preferidos”, cujas receitas enviadas pelos familiares foram testadas e saboreadas em divertidos piqueniques e também no dia do evento pelos visitantes. 7
VIVÊNCIA E CONHECIMENTO
INFANTIL 4
1º ANO
O Infantil 4 apresentou fotos, trabalhos de artes, um momento musical e jogos, ou seja, um pouco do que foi trabalhado com os alunos no dia-a-dia. Alguns dos trabalhos expostos tiveram também a participação das famílias, como o boneco “Santo Agostinho” com o qual viveram momentos inesquecíveis. Nas aulas de Educação Musical, os alunos compuseram uma música contando a vida de Santo Agostinho, mediados pela professora Elisa. O processo durou dois meses. Foram trabalhados elementos como ritmo, melodia, rima e prosódia, que é encaixar letra na melodia sem tirar acentos tônicos das palavras. A escola é um lugar de aprendizado, encontro e construção do saber e a família faz parte desta construção, pois ela é a base do crescimento e desenvolvimento dos nossos alunos. O momento da Vivência é sempre gratificante para todos, traz grandes partilhas de experiências.
No projeto “UM MUNDO DE CRIANÇAS DE DIFERENTES CONTINENTES”, cada turma do 1º ano pesquisou e conheceu um pouco mais a respeito dos países das suas ascendências e das de seus colegas. As histórias de vida dos familiares, seus costumes e formas de diversão ampliaram a compreensão da sua própria história, levando-os a aprender também a se relacionar com as diferentes culturas retratadas.
2º ANO Nas aulas de História e Geografia, os alunos do 2º ano realizaram uma pesquisa sobre os objetos antigos presentes em suas famílias, possibilitando a eles a percepção da história e valor sentimental do objeto em questão. Construíram a linha do tempo de suas vidas, ilustrando com fotos e texto a evolução e desenvolvimento de cada um. Organizados em grupos, sob o comando dos professores de Educação Física vivenciaram a linha do tempo do movimento, encenando as diferentes fases do desenvolvimento motor: gestacional (respondendo a estímulos externos com movimentos bem suaves) o engatinhar (quando começa a se locomover sozinha) o andar em dois apoios e finalizando com movimentos maduros, tais como correr, pular, saltar, demonstrando que até o momento já desenvolveram grande parte das habilidades motoras. Esse trabalho proporcionou uma nova perspectiva da importância da história pessoal e familiar que os cercam e é primordial para que possam perceber que são também os protagonistas da história diária de suas vidas. 8
VIVÊNCIA E CONHECIMENTO
3º ANO Com o objetivo de refletir a respeito do que veem e ouvem na cidade de São Paulo os alunos do 3º ano foram convidados a fechar os olhos por alguns minutos e parar para pensar nas principais características dessa cidade, a se concentrarem em suas paisagens, nas pessoas e como fazem para viver. Já de olhos abertos, numa conversa com colegas e professora, os alunos falaram sobre seus pensamentos. Nas aulas de Educação Musical, foram exploradas as letras de “São Paulo São Paulo” (Premeditando o Breque), “Amanhecendo” (Billy Blanco), “Trem das Onze” (Adoniran Barbosa) e “Sampa” (Caetano Veloso), que contam um pouco da vida e costumes de São Paulo. Ao reunir tudo, concluíram que: São Paulo é assim mesmo, um lugar de diversidade, um mosaico de paisagens, povos e culturas. Na Vivência e Conhecimento pudemos conferir algumas de suas produções como também a música Trem das Onze cantada pelos alunos.
4º ANO Com o objetivo de vivenciar os conteúdos desenvolvidos ao longo do ano, os alunos do 4º ano utilizaram um recurso diferente, interessante e delicioso: a culinária. Por meio de alimentos como bolo de milho e mandioca, tapioca, milho verde cozido, canjica, especiarias (cravo e canela), chá e o açúcar em suas diferentes formas, os alunos não só serviram os visitantes com muita alegria e dedicação, como deram aulas explicativas a respeito de cada alimento oferecido, fazendo com que os temas das Grandes navegações, Costumes indígenas nos tempos de colonização e a Produção do açúcar nos engenhos, pelos escravos, estivessem presentes naquele momento do Dia de Vivência e Conhecimento.
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VIVÊNCIA E CONHECIMENTO
5º ANO Os alunos do 5º ano visitaram a fazenda de café Nossa Senhora da Conceição, em Jundiaí onde vivenciaram todas as etapas da produção de café, além de obterem outras informações sobre a importância do ciclo do café para a história do nosso país. Na Vivência tiveram a oportunidade de apresentar às famílias, alunos e visitantes todos os conhecimentos adquiridos nessa saída cultural, convidando-os a participar do processo de produção do café até a degustação, explicando como o café chegou ao Brasil e apresentando as fotos da visita à fazenda. Foi um momento único.
AROUND THE WORLD IN 80 DAYS LÍNGUA INGLESA Crianças de nacionalidades e realidades diferentes são apresentadas em cada uma das unidades do livro utilizado pelos alunos do 5º.ano. Resolvemos, então, dar a volta ao mundo e aprender um pouco mais sobre o nosso planeta. Foram muitas as curiosidades: nome e quantidade de oceanos e continentes, localização do país escolhido, formas de governo, moeda usada, entre outras informações. Você sabia que o Canadá é uma Monarquia Constitucional? Ou que há uma casa em forma de sapato na África do Sul? Já escutou o som de um didgeridoo? E o que é isso? Como é uma canção tradicional da Tanzânia ou de Israel? Os alunos do 5º ano desenvolveram o projeto apresentado no Laboratório de Informática e, por meio da plataforma Moodle, postaram as informações colhidas. O aprendizado foi além do tema, afinal, foi desafiador trabalhar em grupo; ler textos de diversas fontes e, depois, escrever com as próprias palavras, certificar-se de colocar créditos em imagens e bibliografia, selecionar informação relevante e, depois passar para o Inglês.
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VIVÊNCIA E CONHECIMENTO
TEMPO E ESPAÇO O trabalho A História da Minha Vida procura proporcionar ao aluno a oportunidade de exercer o papel de historiador da sua própria vida, por meio da coleta de fontes, pesquisas e entrevistas com seus familiares, bem como a organização e análise do material encontrado. Além de favorecer a aprendizagem, pais e filhos se aproximam em momentos ricos de lembranças e troca de experiências e vivenciam a elaboração do conhecimento de forma dinâmica e afetiva... Os alunos do 6º ano também aprenderam que nenhum cientista trabalha sozinho. A História, por exemplo, conta com a Arqueologia, que foi transposta para o cotidiano escolar com o desenvolvimento do Museu de Mim – um museu pessoal que visa narrar, com objetos próprios, um pouco da trajetória do aluno e da sociedade que o cerca. A realização do trabalho exigiu de nossos alunos uma boa observação, pois um objeto nos “fala” muito de uma sociedade (que materiais é capaz de produzir, se tem ou não escrita, se é industrializada, etc.) e a construção de deduções e inferências a partir das informações que se extraem dos elementos materiais. Com relação à Geografia, sua principal preocupação é explicar de que forma os seres humanos transformam os espaços em que vivem, ao longo do tempo e como determinadas ações sobre esses espaços influenciam a vida das pessoas. A relação com os diferentes espaços pode ocorrer de maneira indireta com espaços distantes do local em que vivemos e de forma direta com os espaços da casa, da escola, do bairro. Para elaboração do livreto Meu Bairro, cada aluno foi estimulado a observar o seu bairro e identificar as características e as relações estabelecidas com os diferentes lugares. Assim, a partir das experiências do cotidiano e de seus significados, os alunos foram apresentados a conceitos e vocabulários próprios da disciplina, o que possibilitou a sistematização do conhecimento geográfico.
A ÁGUA PODE ACABAR, E AGORA! A falta de planejamento, a ausência de chuvas nas cabeceiras dos rios que abastecem o Sistema Cantareira e o consumo excessivo ameaçam o fornecimento de água nas cidades do estado de São Paulo. Preocupados com essa situação, os alunos do 6°ano foram em busca de sugestões para evitar o desperdício e montaram um grande painel que resultou em 49 atitudes que podem ser adotadas para preservarmos esse recurso vital. Os alunos do 7°ano também estavam preocupados com a crise de água em nosso estado e começaram a acompanhar as notícias divulgadas nos jornais sobre o assunto. Com base em reportagens discutidas em aula, elaboraram charges criativas para ilustrar a situação atual.
BRINCANDO COM A ROSA DOS VENTOS Para facilitar a identificação dos lugares, os seres humanos sempre utilizaram elementos da paisagem como pontos de referência, pois reconhecendo tais pontos de referência ficava mais fácil identificar a direção a seguir. Com o passar do tempo, para os diferentes deslocamentos, foram sendo criados outros elementos de orientação e localização no espaço geográfico, como os pontos cardeais e colaterais. Para ilustrar a compreensão desse assunto, os alunos do 6°ano desenharam a Rosa dos Ventos e, com paciência, atenção, coordenação motora e trabalho em dupla, conseguiram representá-la por meio da brincadeira cama de gato. 11
VIVÊNCIA E CONHECIMENTO
DE QUANTA TERRA PRECISA O HOMEM? Os alunos do 7º ano leram a obra De quanta terra precisa o homem?, do escritor russo Liev Tolstoi. Ao analisarmos a história de Pahkom, camponês pobre que se deslumbra com oportunidades cada vez mais suspeitas de conseguir terra de forma desmedida, tivemos tanto o cuidado de trabalhar os conteúdos atitudinais – respeito, tolerância, justiça, liberdade e as consequências nefastas da ganância – quanto os conteúdos conceituais, dentre eles a condição de ler, de forma reflexiva, as situações dos personagens da obra e o contexto de concentração de terras no nosso país e suas implicações. O estímulo à leitura de autores clássicos, a pesquisa biográfica de Liev Tolstoi e a produção escrita – com a plataforma Moodle e em nossas aulas regulares –, foram aspectos planejados com o intuito de aprofundarmos a concepção que temos de competência leitora no CSA. A sistematização desse trabalho também resultou na produção de portfólios, apresentados no sábado de Vivência. Os temas: reforma agrária e impactos ambientais decorrentes da má distribuição e utilização da terra foram aprofundados nessas produções.
CULTURAS DIFERENTES O Brasil possuiu uma enorme diversidade étnica que ainda é pouco reconhecida pelo próprio povo brasileiro. Os alunos do 7°ano pesquisaram as principais influências socioculturais presentes na formação da nossa nação e contaram com a colaboração dos visitantes para ilustrarem essa pluralidade por meio da colagem de fotos de diferentes representantes que compõem a população brasileira.
O QUE FAZER COM O MINHOCÃO? Os alunos do 7°ano conheceram os motivos da construção do Elevado Costa e Silva e discutiram sobre os possíveis destinos dessa importante ligação viária entre a zona leste, oeste e central da cidade de São Paulo. Elaboraram três maquetes e convidaram os visitantes a opinar sobre a melhor alternativa para o Minhocão: manter o elevado como está; transformar o elevado em uma área pública de lazer; demolir o elevado. Contrariando o resultado da pesquisa do Datafolha, divulgada no jornal Folha de S. Paulo em 23 de setembro deste ano, em que só 7% dos entrevistados apoiavam derrubar o elevado, a opção mais votada no CSA foi exatamente DEMOLIR O ELEVADO.
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VIVÊNCIA E CONHECIMENTO
RELAÇÕES ÁFRICA - BRASIL
ULTRAPASSANDO FRONTEIRAS Conhecer e refletir sobre os motivos que levam as pessoas a deixar seu país de origem foi o ponto de partida para os alunos do 8°ano elaborarem folders e ampliarem a discussão a respeito das condições a que ficam submetidos os imigrantes. A proposta foi além e os alunos buscaram informações para a elaboração de cartazes sobre a questão dos refugiados que precisam migrar, não por questões econômicas, mas para salvar suas vidas ou preservar sua liberdade.
A visita que os alunos do 8º ano realizaram ao Museu Afro Brasil veio contribuir para o desenvolvimento da noção de preservação e divulgação da herança cultural e artística do negro no Brasil. E como não se trata de um museu meramente contemplativo, a visita vai mais longe: aguça um olhar mais profundo sobre as nossas raízes, sobre a nossa identidade e abre espaço para o reconhecimento e para a transformação, entendendo que a construção diária de um país mais justo e democrático só é possível quando sabemos o que somos. E, para isso, é fundamental conhecer e respeitar as nossas raízes, marcadas pela riqueza da pluralidade e pela capacidade intrínseca de assimilar e recriar. A visita ao museu foi o disparador selecionado para engendrar a criação da Revista Afro-Brasil, desenvolvida nas aulas de Produção Informatizada e apresentada na Vivência. Foi oportunizado o Painel do Leitor com a utilização dos tablets, para que os visitantes pudessem opinar sobre as várias formas de preconceito, de exclusão dos negros etc. Por fim, a história da senhora Honória BaylorCaulkin – africana originária de família de traficantes de escravos de Serra Leoa - foi encenada com emoção pelos alunos e usada para podermos discutir possíveis morais da história, com o intuito de aprofundar a reflexão crítica sobre o tema proposto.
YES OR NO? (SIM OU NÃO?) A língua é um dos elementos que define a identidade sociocultural de uma nação e a preferência por palavras estrangeiras em nosso país é resultado da influência, principalmente do inglês, na língua e na cultura brasileira. Como esse não é um fenômeno exclusivo do Brasil, os alunos do 8°ano fizeram uma enquete para descobrir a opinião da comunidade agostiniana sobre a proibição do uso de estrangeirismos. Resultado? A grande maioria é contra a proibição.
AUTORITARISMOS E TOTALITARISMOS NO MUNDO A partir do tema “Ditadura 50 Anos” proposto para o Ensino Médio, os alunos do 9º ano desenvolveram duas atividades que contribuíram para a ampliação do assunto. A primeira atividade, com o objetivo de mostrar diferentes modelos de regimes autoritários desenvolvidos no século XX em diferentes regiões do mundo, resultou na elaboração de cartazes-síntese, organizados pelos grupos de trabalho em Geografia, nos quais foram abordados temas como Franquismo, Salazarismo, Stalinismo e Nazismo, bem como diferentes regimes ditatoriais pelo mundo. A outra, fruto de um trabalho desenvolvido pelas disciplinas de Língua Portuguesa, História e Produção Informatizada, a partir da leitura do livro “Maus”, consistiu na elaboração de linhas do tempo, nas quais estavam representados os principais momentos da experiência do protagonista – um judeu polonês – e os principais fatos do holocausto e do nazismo, utilizando recursos multimídia, disponíveis ao público de forma interativa.
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VIVÊNCIA E CONHECIMENTO
ENSINO MÉDIO A proposta desenvolvida nas três séries do Ensino Médio estava relacionada diretamente com a Ditadura Militar, ocorrida no Brasil entre os anos de 1964 e 1985, como parte das reflexões acerca dos cinquenta anos do Golpe de 1964. Envolvendo as disciplinas de Filosofia, Geografia, História e Sociologia, o trabalho abordou diferentes aspectos daquele período e foi realizado a partir de estudos sistematizados e discussões realizadas com os alunos nas aulas. O entendimento do passado é vital para a compreensão do presente e não podemos voltar as costas para os eventos que determinam nossa realidade. Foi com essa intenção que nos propusemos a realizar um estudo sobre os anos da Ditadura e suas consequências. Se o que buscamos é um futuro melhor para todos precisamos fechar os parênteses abertos e caminhar juntos adiante. Não se trata de julgar e apontar culpados, mas de entender a dinâmica das relações sociais e as perspectivas de construção de uma sociedade plenamente democrática, fundamentada nos direitos humanos e na justiça social. Refletir sobre o regime de exceção que governou o Brasil é muito importante para que os jovens reflitam sobre a importância do seu papel na construção da sociedade futura. Com o propósito de contribuir para uma maior compreensão do período ditatorial foram organizadas diferentes salas temáticas que abordaram assuntos como: Nacionalismo, Cultura, Censura, Tortura e Resistência. Além disso, os alunos também montaram várias performances, realizadas em meio à visitação da exposição, para reproduzir o contexto brasileiro do período e atrair o público para as salas temáticas. O resultado do trabalho foi, a nosso ver, bastante positivo, com um grande envolvimento dos alunos e interesse dos visitantes.
UM VIVER SUSTENTÁVEL Inspirados no artigo “Pedagogia da Terra e Cultura de Sustentabilidade” de Moacir Gadotti, que aborda a educação para a cidadania planetária como uma cidadania ativa e plena, optamos por trabalhar com o tema “Um viver sustentável”. Em meio a tanta agitação e excesso de informação decorrentes de uma sociedade globalizada, é preciso saber parar para refletir, redescobrir e reinventar, enxergar o mundo com “outros olhos”. É por este prisma que o Período Integral direcionou seu trabalho, dando novos usos a materiais antes descartados. Materiais recicláveis viraram brinquedos e artigos decorativos e as receitas culinárias tiveram como foco o aproveitamento integral dos alimentos, mesclando sabor e qualidade nutricional. Estamos orgulhosos pelo trabalho feito por nossas crianças e certos de que juntos, continuaremos trabalhando por uma sociedade mais justa e sustentável!
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PA S T O R A L
MOMENTOS DE CELEBRAÇÃO E FÉ
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niciamos o segundo semestre com a solene missa de ação de graças por todos os pais, no dia 09 de agosto, na Igreja Santo Agostinho. Além da presença dos pais de alunos, tivemos os pais da comunidade e, ao final, um pai representando todos os presentes foi sorteado e ganhou um Kit do Boticário. Ainda no mês de agosto os alunos, professores e colaboradores celebraram o dia de nosso Patrono, Santo Agostinho. Foi um momento único em Dia dos Pais que resgatamos a história e tradição agostiniana, comemorando na igreja com as imagens de Santo Agostinho e Santa Mônica, além da bandeira do colégio e do hino agostiniano. No dia 10 de outubro, os nossos alunos que participam do grupo de jovens desenvolveram uma interessante atividade junto às crianças do CCA Padre Mariano. Foi um experimento químico que aliou conhecimento e diversão, utilizando barquinhos, detergente e conhecimentos sobre a tensão superficial. Além desse momento, nossos alunos do grupo de jovens também participaram de uma tarde de atividades esportivas com jogos e brincadeiras com as crianças, no dia 16 de outubro.
Dia de Santo Agostinho
CCA Padre Mariano
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PA S T O R A L
Primeira Eucaristia
No último final de semana de Outubro foi realizada a celebração da 1ª Eucaristia dos alunos da catequese do colégio. Novamente a espiritualida de foi o principal ponto, que teve também a celebração de quatro batizados. Final de ano, momento propício para ações de graça e solidariedade pelo Natal que se aproxima! Dentro desse contexto tivemos a campanha “Natal do Sonhos” proposta pela Arquidiocese de São Paulo junto a várias instituições católicas, em que foram arrecadados brinquedos para as crianças carentes.
Ação de graças do s
alunos do 9º ano
Para finalizarmos as atividades, não poderíamos deixar de comentar a missa de ação de graças do 9º ano, que aconteceu no dia 24 de novembro, às 7h30min, com a participação dos alunos, professores, colaboradores e familiares. Bem, depois de tantas atividades só nos resta desejarmos à todos um próspero ano novo! Até a próxima! Equipe de Pastoral
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CURSOS OPCIONAIS
UM GRANDE ESPETÁCULO No dia 08 de novembro, realizamos o nosso tradicional Espetáculo de Dança e Ginástica Rítmica. Apresentan do “Tesouros do Vale”, convidamos o público presente a se aventurar com nossas alunas pela mitologia através da lenda e folclore do povo celta. Com muito entusiasmo as alunas apresentaram as coreografias de forma encantadora deixando todos os presentes completamente envolvidos com esta jornada mágica rendendo calorosos aplausos. Foi uma brilhante apresentação, que demonstrou a evolução técnica e desenvoltura em cena coroando um trabalho realizado com tanto carinho ao longo do ano. Profª Thaynã Bóer e Inara Santos
A ARTE NO PALCO “Eu amo os atores que sabem que a única recompensa que podem ter não é o dinheiro, não são os aplausos. É a esperança de poder rir todos os risos e chorar todos os prantos.” Plínio Marcos
E mais uma vez os alunos dos grupos de teatro do Colégio Santo Agostinho honram o palco com duas estreias cheias de magia e fantasia. "Adeus fadas e bruxas" nos mostrou que a tecnologia não pode substituir nossa imaginação, e "Sonho de uma noite de verão" desafiou os alunos do Ensino Médio a um mergulho nos clássicos Shakespearianos. Parabéns a todos os participantes que encaram a arte como uma gostosa brincadeira levada muito a sério! Profª Lilian Luchesi De Thomaz 17
CURSOS OPCIONAIS
CORAL INFANTIL É com grande alegria que encerramos mais um ano muito produtivo do Coral Infantil, com aulas que propiciaram o desenvolvimento da afinação e amplitude vocal, rítmico, da musicalidade e da consciência estética. As apresentações, além de serem momentos de encantamento, possibilitaram a desinibição ao cantar e se movimentar em conjunto e o senso de compromisso com o grupo. Foram diversas as apresentações: da Páscoa (com o desenvolvimento de um repertório religioso), da Festa Junina, Momento Musical e Festa da Família (com repertório infantil e folclórico) e do Natal com músicas que prepararam o espírito natalino de alunos, famílias e público com mensagens de paz e fraternidade. Prof.ª Elisa Maria Varro
ESCOLA DE ESPORTES A escola de esportes do Colégio Santo Agostinho tem como principal objetivo realizar a iniciação esportiva dos alunos nas modalidades coletivas. E este ano tivemos como principal conquista o campeonato Olisanto, no qual fizemos uma ótima apresentação e terminando a competição sem nenhuma derrota. Os alunos são estimulados em atividades pré-desportivas visando sempre transformálos em indivíduos ativos. O objetivo é, futuramente, encaminhar cada um às modalidades que mais lhe tragam prazer e satisfação. Prof. Eduardo Solarzo
FUTSAL Foi um ano muito produtivo para o Futsal. Participamos de diversos torneios interescolares, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, tais como: Olisanto, Olisário (do Colégio Nossa Senhora do Rosário), Copa Pole Scola (do Colégio Maria Imaculada), Copa Salesiano, Jogos da Integração (do Colégio Rainha da Paz), Jogos da Amizade (do Colégio Cristo Rei), JODESA (do Colégio São Miguel Arcanjo), 1ª Virada Esportiva (do Colégio Nova Escola) e os Jogos Inter Amizade (do Colégio São Luís). Os resultados foram significativos e progressivos, as mudanças já estão se tornando visíveis dentro de quadra e os objetivos sendo alcançados. Prof. Bruno Mainine e Eduardo Solarzo 18
CURSOS OPCIONAIS
TROCA DE FAIXA No dia 1 de novembro foi realizada a troca de faixa dos nossos alunos e futuros atletas. Este é o dia mais esperado por todos, pois o ano foi de muito treino e aprendizagem. A nova faixa vem demonstrar que novos conhecimentos e habilidades foram adquiridos e praticados, e também traz novas responsabilidades, não apenas dentro do tatame, mas em todas as atividades cotidianas dos atletas. Prof. Sandro H. S. Mendes dos Santos
HANDEBOL As equipes de handebol do Colégio Santo Agostinho participaram de diversas competições. Entre elas tivemos Olisanto, Copa Senac, Copa Samiar, Olim JM, Jornada Esportiva, Copa Salesiano, Interamizade – Colégio São Luís e muitos amistosos. Tivemos como principal objetivo o intercâmbio com outras escolas e sempre visando à evolução e aprimoramento dos nossos alunos de forma individualizada e em equipe. Nossos atletas demonstraram evolução e entrega nos treinos, com isso colhemos frutos e obtivemos ótimos resultados e apresentações. Prof. Eduardo Solarzo
XADREZ No segundo semestre foi intensa a agenda enxadrística, com vários torneios realizados e a participação dos alunos com muito sucesso! Quero parabenizar TODOS os alunos pelo empenho, esforço, entusiasmo e agradecer a dedicação dos pais que se deslocam aos sábados incentivando os filhos. Para este informativo destaco dois alunos: Samantha Miyahira, pela vitória sobre a enxadrista Karen Hoshino, que é integrante da equipe Olímpica Japonesa de Xadrez Adulta, e Ricardo Teshima, vice campeão brasileiro de xadrez escolar e que representou o país no Campeonato Mundial de Xadrez, em Juiz de Fora-MG. Prof. Pelikian Mestre Internacional 19
TECNOLOGIA TRANSFORMANDO O ENSINO A educação hoje está muito além de ensinar conteúdos tradicionais, como matemática, letramento, ciências, geografia, história dentre outras disciplinas. Faz-se necessário, desde cedo, desenvolver nos alunos habilidades diferentes que subsidiem autonomia acionando uma ruptura para a conquista de uma abordagem de aprendizagem independente que favoreça a condição de “aprender a aprender”. Vivemos a constância do uso tecnológico no nosso cotidiano, mas percebemos a dúvida de como valer-se de tantas ferramentas no processo de ensino-aprendizagem e, talvez, a demonstração de atitudes que estimulem a capacidade de tratarmos com temas complexos favoreça no resultado final. Fazer uso das tecnologias digitais pode criar a possibilidade de vivências diferentes antes ou depois das aulas, e quem sabe vir a ser uma atividade mais estimulante para os alunos, já que falamos aqui de uma geração nativa digital. Somos seres movidos pela curiosidade, pelo novo, buscando nos atualizar constantemente. Sendo assim, aprender, dentro e fora do espaço escola, já faz parte desta geração e nossos alunos só poderão se perceber preparados para os desafios que virão se, no decorrer da sua vida escolar, forem incentivados a desenvolver suas habilidades, constituindo-se em
pessoas competentes. De que forma? Adquirindo condições de aprender ao mesmo tempo, uma série de habilidades que os capacite inteiramente nas tarefas fundamentais das disciplinas básicas, complementadas por outras, tais como a capacidade de resolver problemas, comunicação interpessoal, iniciativa, liderança, colaboração, confiança em si mesmo, trabalho em equipe etc. Lembremo-nos da nossa capacidade de orientar aqueles a quem tanto queremos e por quem tanto fazemos, assim, manteremos nosso olhar atento e a nossa escuta aguçada para quando for necessário desestabilizá-los, e que o façamos com a certeza de que sair da acomodação fará com que tragam outras soluções para questões já conhecidas, mesmo que a frustração ocorra num primeiro momento. Vivemos um processo que nos convida ao exercício da reflexão, à obtenção de conhecimentos tecnológicos, à apropriada disposição para com o próximo, à compreensão da complexidade dos seres e, por ser processo, ainda continuaremos a trilhar esse caminho por um tempo, até que possamos aprender e ensinar a cada passo dado. Raquel C. S. Bohnstedt Direção Pedagógica