#14 | Pocket Magazine Softex

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Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro

Presidente da Softex Ruben Delgado

Vice-Presidente da Softex Diônes Lima

Coordenação do projeto Renata Blatt

Jornalista responsável Fabrício Lourenço – DF2887 JP

Assessoria de Imprensa (MLP) Karen Kornilovicz

Mário Pereira

Revisão Karine Serezuella

Diagramação e projeto gráfico

Paula Oliveira

Laura Santos

@2024 – Revista Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro. Uma publicação institucional. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Caro leitor,

O ano de 2023 terminou e nesta edição da Revista Softex realizamos uma retrospectiva para relembrar alguns dos eventos significativos e conquistas das quais fizemos parte no cenário tecnológico brasileiro. No ano passado, aceleramos a transformação digital em diversos setores, impulsionados pelo compromisso da Softex em capacitar empresas e profissionais.

A colaboração entre o setor público e privado também foi um ponto alto. A Softex atuou como um elo crucial entre as empresas e o governo, fomentando parcerias estratégicas e iniciativas conjuntas. Essa sinergia resultou em políticas mais alinhadas às necessidades do setor de tecnologia e criou um ambiente propício para investimentos e para o desenvolvimento de iniciativas de inovação.

A inclusão e a representatividade também são pontos de destaque nesta Retrospectiva. Criamos e implementamos programas para incentivar a participação de todos e reconhecemos a importância da diversidade na geração de ideias inovadoras e construção de equipes dinâmicas e resilientes.

Ao olharmos para o futuro, delineamos uma visão estratégica, focada no crescimento e no desenvolvimento do ecossistema tecnológico nacional. A nossa meta de acelerar a transformação digital só aumenta. A continuidade do investimento em pesquisa, inovação e educação é o pilar que sustentará o impulso alcançado em 2023.

Continuaremos a desempenhar um papel vital no avanço tecnológico do Brasil, moldando um futuro mais conectado, diversificado e promissor para todos.

Boa leitura. Equipe Softex

Dos Gibis para o mundo digital 8

Plataforma AI2 viabilizará modelo “Semiconductor as a Service”, inédito no Brasil e no mundo 9 Softex

Indústria

em 2024, acima do PIB global, projeta relatório da

Conecta Startup Brasil dá boas-vindas aos participantes da segunda edição do programa e anuncia ampliação do valor das bolsas 12

Programa

4.0

chega aos 20 anos superando recordes

Dona CiênCia
lança ferramenta para empresas alcançarem suas metas ESG 15 Letramento Digital 16 18
Cavalcanti,
sucesso
20
Ana Regina
uma das criadoras do MPSBR, comenta sobre as duas décadas de
do Programa
Escola do Trabalhador
chega
marca
milhão de inscritos
RETROSPECTIVA
à
de 1
24
o MCTI 22
de TIC deverá crescer 8,6% no Brasil
Softex para

ACONTECE NO SETOR

ACONTECE NO SETOR

CASOS

LatAm Tech Report revela oportunidades e tendências no cenário de startups da América Latina 25 Confira as 10 principais tendências tecnológicas para 2024 segundo o Gartner 26 Lei do Bem completa 18 anos e avança em busca de mais inovações 32 Presidente da Softex e Superintendente da Suframa reúnem-se na FesPIM 2023 34 Gestão de rastreabilidade garante qualidade na indústria 36 Rocket.Chat Startup integrante do projeto Brasil IT+, recebe aporte de R$ 50 milhões 40 Digitalização: por que essa prática segue crescendo nas organizações? 38 CoClima Startup reduz o impacto ambiental do consumo com o plantio de árvores 41 Softex Amazônia marca presença na FesPIM 2023 e na Expo Amazônia Bio&TIC 42 Brasil IT+: a tecnologia brasileira conquistando o mundo 44 Inovação social no #RIW23 46 Conecta Startup Brasil entre os TOP 10 Ecossistemas no ranking da 100 Open Startups 48
EVENTOS
ARTIGOS
DE SUCESSO
6
51
GIBIS 8 FILMES
PLATAFORMA
PROGRAMA SOFTEX
ALUNOS CONCLUINTES EM 2023
EQUIPES SELECIONADAS
LANÇAMENTO DA
IA2 NOVO
594
100
AVALIAÇÕES
957 +SAIBA MAIS +SAIBA MAIS +SAIBA MAIS +SAIBA MAIS
+SAIBA MAIS
+SAIBA MAIS

RETROSPECTIVA 2023

O ano foi marcado por uma trajetória inspiradora de transformação digital para o país. Embarcamos em uma jornada visionária, impulsionados pela missão de contribuir ainda mais com o setor.

Esta edição da Revista Softex traz um overview dos programas mais importantes executados e/ou apoiados pela entidade, a exemplo da Dona Ciência, Conecta Startup Brasil 2, LISSoftex, Letramento Digital e MPSBR.

À medida que os meses foram avançando, executamos soluções inovadoras que não apenas atenderam, mas superaram nossas expectativas. Firmamos mais parcerias e consolidamos a Softex como promotora oficial da transformação digital no país.

Alcançamos marcos notáveis e estabelecemos as bases para uma próxima fase de crescimento exponencial. A transformação digital não é apenas parte do nosso negócio, mas a essência que impulsiona a nossa visão de futuro.

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1 MILHÃO DE INSCRITOS
NOVO ESTUDO SOFTEX +SAIBA MAIS +SAIBA MAIS

Por Comunicação Softex

Dona CiênCia

Dos gibis para o mundo digital

Vivemos em um mundo completamente digital. A maioria dos nossos afazeres se concentram no celular ou em outro dispositivo inteligente que otimiza e nos conecta com o passado, presente e futuro. Ensinar as gerações atuais diante de tanta informação é um desafio. Mas não impossível.

Criada há sete anos pela Dra. Monica Andersen, a Dona Ciência é um exemplo a ser seguido. A coleção é composta por 51 gibis e, em 2023, oito deles transformados em uma websérie que pretende mostrar para toda a

sociedade a importância e os benefícios das descobertas de cientistas e pesquisadores. A meta é que ela impacte cerca de 1 milhão de professores e o público infantojuvenil em um prazo de 12 meses.

Para transformar os gibis em vídeo foi necessário um ano de trabalho. Os temas abordados são A Importância do Sono, Síndrome de Cri Du Chat, A Participação das Mulheres na Ciência, Vacinação, Dependência de Drogas de Abuso, Acessibilidade, Aquecimento Global e A Importância da Ciência no Ensino Médio.

A websérie Dona Ciência é uma parceria entre a Associação Fundo Incentivo à Pesquisa (AFIP) e a Softex.

Para assistir aos vídeos no canal da Dona Ciência, clique aqui

SOBRE A PERSONAGEM

A Dona Ciência é uma obra inclusiva, protagonizada por uma senhora preta que compartilha sua vasta experiência por meio de uma linguagem de fácil compreensão, apresentada em textos, vídeos, artes gráficas e áudios disponíveis em gibis e redes sociais.

Dos Gibis para o digital, ensinanDo ser perDer a essênCia. a Dona CiênCia aGora é multimídia.

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Plataforma AI2 viabilizará modelo “Semiconductor as a Service”, inédito no Brasil e no mundo

OMinistério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou em novembro o lançamento do projeto “Ambiente de Integração e Interoperabilidade”, ou Plataforma AI2, iniciativa que será executada pelo Centro de Pesquisas Avançadas von Braun e pelo Núcleo Softex Campinas (NSC) sob a coordenação da Softex.

O projeto tem por objetivo o desenvolvimento e operação - em formato piloto - de um ambiente de integração e interoperabilidade capaz de integrar e padronizar dados de dispositivos semicondutores para a coleta de informações logísticas, de autenticação e de rastreabilidade em todas as etapas da cadeia logística, viabilizando o desenvolvimento de aplicações para múltiplos setores da economia e incentivando a criação de novas soluções e empresas, em especial, startups.

“Esta é uma iniciativa que reforça a preocupação do Ministério em dotar a indústria brasileira de mecanismos

e plataformas de suporte ao desenvolvimento que proporcionem ganhos de produtividade, e por consequência se traduzam em ganhos na eficiência em processos e metodologias de desenvolvimento que assegurem ao país a eficiência tão necessária em um cenário global caracterizado por uma extrema competitividade”, comenta Hamilton José Mendes da Silva, Diretor de Incentivos às Tecnologias Digitais do MCTI.

Os dados integrados e padronizados serão disponibilizados para o mercado através da Plataforma AI2 no modelo “Semiconductor as a Service”. “Esse termo, cunhado pelo Instituto von Braun, define um modelo inovador que possibilita a comercialização de chips semicondutores na forma de serviço e busca superar desafios significativos nessa indústria, permitindo a oferta - como serviçode soluções, designs e processos fabris associados a semicondutores, em um ambiente de marketplace de

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dados rastreados por tecnologia blockchain”, informa Dario Sassi Thober, Presidente do Centro de Pesquisas Avançadas von Braun.

A viabilidade do conceito “Semiconductor as a Service” será demonstrada por meio de aplicações comerciais que serão executadas na Plataforma AI2, atendendo diversos setores da economia, fomentando a concepção e o desenvolvimento de novos modelos de negócio e de comercialização de semicondutores. “Isso viabilizará o desenvolvimento de aplicações para setores que demandam a integração das informações ao longo de todo o ciclo de vida de um produto como, por exemplo, o rastreamento e a autenticação de itens diversos por toda a cadeia logística, desde a produção até a entrega ao cliente final”, detalha Edvar Pera Junior, diretor-executivo do Núcleo Softex Campinas.

A iniciativa também tornará possível a integração de diferentes redes de informação de produção, distribuição e comercialização de produtos e serviços de setores até então isolados da economia, que passarão a utilizar infraestrutura de trânsito de dados entre si através da Plataforma AI2. As atividades desenvolvidas durante o projeto possibilitarão a criação de novas empresas, em especial, startups, e de soluções com características inovadoras para o mercado de semicondutores.

Entre os diversos diferenciais presentes na Plataforma AI2 estão:

O comissionamento de novos semicondutores (criados para aplicações específicas) e o uso de dados de semicondutores já existentes (assim como sua rede de informação) desde que atendidos os critérios mínimos de segurança exigidos pela plataforma, bem como o Modelo de Negócio de operação, que será desenvolvido durante a execução do projeto.

Customização para aceitar dados de diferentes dispositivos e redes de informações heterogêneas (formadas por gateways e dispositivos edge).

Oferta de mecanismos de integração segura entre sistemas, sejam privados ou governamentais.

Garantia de não repúdio de informações através de mecanismos de segurança, além de assegurar a integridade das informações através do uso de smart contracts ou gravação das informações em redes blockchain.

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Além dos chips semicondutores que podem ser embarcados, outros dispositivos semicondutores que já façam parte de produtos ou redes de serviços poderão também ser conectados a um ambiente que integra e compatibiliza informações de forma padronizada, através de uma linguagem que abstrai e torna compatíveis as informações para um amplo espectro de aplicações.

Para Diônes Lima, vice-presidente executivo da Softex, “é da maior importância o nosso trabalho de coordenação em uma iniciativa do porte da Plataforma AI2, que está alinhada coma estratégia do país de ganhar autonomia em áreas vitais da economia, como é o caso do segmento de semicondutores”. Ele lembra ainda que o modelo

oferece benefícios relevantes para setores e organizações que demandam logística integrada ao longo de todo o ciclo de vida de produtos.

No caso do Brasil, em particular, a viabilização do modelo “Semiconductor as a Service”, através da plataforma AI2, permitirá que designs, soluções e até processos fabris associados a semicondutores possam ser oferecidos ao mercado de forma diferenciada, passando a ser comercializados na forma de serviços em um ambiente de marketplace de dados rastreados por tecnologia do tipo blockchain, podendo, dessa forma, ser oferecidos pelo valor das informações (dados agregados de IA) que são capazes de gerar, remunerando toda a cadeia, desde desenhistas e fabricantes de semicondutores, passando pelos proprietários de infraestrutura de captura de dados e chegando até desenvolvedores de aplicações.

Estratégico para a economia nacional e para o desenvolvimento tecnológico do país, o setor de semicondutores, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (ABISEMI), fatura mais de R$ 3 bilhões por ano, gera mais de 2.500 empregos qualificados e investe mais de US$ 100 milhões em atividades de PD&I.

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Conecta Startup Brasil dá boas-vindas aos participantes da segunda edição do programa e anuncia ampliação do valor das bolsas

OConecta Startup Brasil promoveu no início de dezembro o evento de boasvindas para os empreendedores e startups, empresas e embaixadores da segunda edição do Programa. O encontro incluiu uma apresentação geral sobre a nova edição e o detalhamento das fases de execução.

Resultado de uma ação conjunta entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Softex e o parceiro executor, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Conecta Startup é um programa nacional de pré-aceleração de startups em

estágio inicial de todas as regiões do país com prática de inovação aberta e investimento.

Na oportunidade, Sheila Oliveira Pires, diretora de apoio aos ecossistemas de inovação (DEPAI) do MCTI, anunciou a ampliação dos valores das bolsas que receberam um valor adicional de R$ 845.000,00 para utilização nas três fases do Programa, que contará com um total de R$ 4.845.000,00 em recursos. Elas são fundamentais para que as startups possam atrair e manter equipes qualificadas e dedicadas para trabalhar em seus desafios.

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O Ministério tem se esforçado para alavancar a inovação no país por todos os meios. Em parceria com o CNPq conseguimos realizar um aporte adicional de recursos ao programa. Assim foi possível aumentar em 28% o valor das bolsas que serão oferecidas aos empreendedores nas fases 2 e 3 do programa”, destacou Sheila Oliveira Pires.

A solenidade contou também com as participações de Bruno Jorge Soares, gerente da Unidade de Tecnologia da ABDI; Alexandre Garcia, coordenador geral de Programas de Pesquisa em Ciências Exatas do CNPq; e Ruben Delgado, presidente da Softex.

MPES APOSTAM EM INOVAÇÃO E CRESCE A LIDERANÇA FEMININA

Entre as 100 equipes empreendedoras selecionadas, 34,7% são provenientes da região Sudeste; 27,7% do Nordeste; 19% do Sul; 9,9% do Norte e 8,8% do CentroOeste. Considerando as áreas de atuação, nota-se uma grande representatividade de startups das áreas vinculadas ao desenvolvimento sustentável (19), à qualidade de vida (24) e à Inteligência Artificial (10). Esse interesse pelo tema de Meio Ambiente, Resíduos e Saneamento

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pode ser atribuído à tendência global de investimentos em ESG (Ambiental, Social e Governança).

Em relação à divisão de gênero, foi observada uma evolução de 9,7% na representação de startups com liderança feminina, que saltou de 31% na edição passada para 40,7%, demonstrando um progresso na diversidade e na igualdade de gênero no ecossistema empreendedor.

Já entre as 50 empresas participantes, 44% são micro, 28% de grande porte, 18% de pequeno porte e 10% de médio porte. Cerca de 48% encontram-se na região Sudeste,

O interesse despertado pela inovação como estratégia de crescimento junto às MPEs se mostra como uma grande oportunidade para futuras edições do Programa, pois somadas elas já são mais de 8,9 milhões de empresas que representam atualmente 22,5% do PIB da indústria brasileira, um número extremamente expressivo para o desenvolvimento nacional” destaca Ruben Delgado, presidente da Softex.

40,7% STARTUPS COM LIDERANÇA FEMININA

Softex lança ferramenta para empresas alcançarem suas metas ESG

Pesquisa global da EY, uma das maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo, aponta que a agenda ESG (Ambiental, Social e Governança) já direciona a decisão de 99% dos investidores no Brasil.

E visando auxiliar as empresas a alcançarem suas metas em ESG em sinergia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU utilizando recursos de benefícios fiscais previstos em Lei, a Softex implementou em 2023 o LISSoftex, um laboratório de inovação social que propõe um novo modelo de relacionamento entre as empresas doadoras e as iniciativas de impacto por meio do compartilhamento e da mitigação de riscos.

Uma das ações do laboratório é a ferramenta de investimento combinado. Para cada real doado pela iniciativa privada, a Softex realiza um aporte econômico ou financeiro no mesmo montante.

Ela Empoder@ + Amazônia, primeiro programa a ser executado pelo LISSoftex e que está com rodada em captação em aberto, tem por objetivo capacitar e apoiar, por meio de mentorias, workshops,

e-networking, negócios em estágio inicial liderados por mulheres na região da Amazônia voltados à solução de problemas nas áreas de logística, sustentabilidade e conservação ambiental; acesso a mercados e cadeias de suprimentos; mudanças climáticas, desigualdade social, saúde, infraestrutura e educação.

A iniciativa tem como público prioritário empresas de médio e grande porte que possuam estratégia de ESG e perfil engajado em ações com foco na geração de impacto positivo e sustentabilidade. O tíquete mínimo é de R$ 100 mil.

O Ela Empoder@ é o braço de empreendedorismo feminino e diversidade da Softex. Ela nasceu com o objetivo de promover o empoderamento feminino nas comunidades empreendedoras e de impulsionar negócios com a presença de mulheres em sua fundação ou em cargos de liderança”, reforça Ruben Delgado , presidente da Softex.

Para mais detalhes, clique aqui.

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Por Comunicação Softex

LETRAMENTO DIGITAL

PARCERIA ENTRE O MCTI, A FACTI, A SOFTEX E A POSITIVO, O PROGRAMA JÁ CAPACITOU QUASE 600 ESTUDANTES

Lançado em 2021, o projeto Letramento Digital foi criado para incentivar as empresas a investirem em projetos prioritários da Lei de Informática voltados à capacitação de jovens em habilidades que formam em inglês a sigla STEAM: Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.

O projeto-piloto foi desenvolvido no Paraná em parceira com o governo do Estado e pretendia c a p a c i t a r inicialmente 2 mil estudantes em 20 escolas, além de professores e monitores. O sucesso do projeto levou os organizadores a ampliarem o Letramento em 2023 para que ele pudesse atender até 4 mil alunos da rede municipal de Londrina.

Os temas para a capacitação são: Pensamento Computacional, Programação de Computadores e Robótica.

Ao participar do projeto, os alunos recebem 90 horas de aprendizado durante o contraturno escolar, incluindo competências comportamentais, como trabalho em equipe, resolução de problemas, criatividade e inovação.

DE LONDRINA PARA O BRASIL

O Letramento Digital é uma das ações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no âmbito do Programa MCTI Futuro.

A partir das medidas adotadas nos últimos meses, o Ministério tem mobilizado diversos atores do ecossistema nacional (Governo, Empresas, Universidades e Instituições Científicas e Tecnológicas) em uma agenda ampla de investimentos estruturantes voltados à consolidação e ao desenvolvimento de competências nacionais em temas relevantes do setor de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Com o Projeto Letramento Digital, o Ministério

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contribui mais uma vez para a formação de futuros cientistas, pesquisadores e profissionais do segmento, despertando o interesse pela temática desde o Ensino Fundamental. A ideia é replicá-lo futuramente em outras localidades do país. O município de Londrina é pioneiro no Brasil a receber o Projeto Letramento Digital graças à vocação tecnológica da cidade, que possui um ecossistema maduro e bem-organizado, alinhado às políticas públicas que resultaram em grandes investimentos na sua rede de ensino – coordenados pela Secretaria Municipal de Educação, ações pedagógicas alinhadas às melhores práticas do Brasil e exterior.

Para realizar o Projeto Letramento Digital, a rede municipal de ensino se organizou tanto para que os seus docentes fossem capacitados – e depois levassem o conhecimento aos alunos – quanto para receber multiplicadores externos, responsáveis por atuar voluntariamente no projeto.

Até o final de 2023, é esperado que o projeto mobilize e capacite, somente em Londrina, mais de 680 crianças de 4º e 5º

anos do Ensino Fundamental provenientes de 28 escolas públicas municipais. Com a expansão a ser anunciada, os números serão significativamente ampliados.

A Positivo Tecnologia, por meio do Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação, área da Positivo Tecnologia voltada para negócios em educação, a Softex e a Facti estão articuladas em parceria para a realização dessa iniciativa. Mediante recursos do PPI da Lei de Informática coordenado pela Softex – entidade que gerencia dezenas de ações de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e Capacitação no âmbito do Programa MCTI Futuro - a Facti coordena e executa o Projeto Letramento Digital com o apoio da Positivo Tecnologia, por meio do Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação.

Para isso, são utilizadas duas soluções educacionais nacionais – o QualiFacti e o Inventura - de modo que com que o todo processo de capacitação também permita o aprimoramento de educadores e profissionais envolvidos com a criação de plataformas educacionais brasileiras.

DEZEMBRO TRAZ BONS RESULTADOS

No mês de dezembro, o projeto Letramento Digital finaliza as oficinas realizadas com alunos da rede municipal. Ao todo, no segundo semestre de 2023, 518 alunos de 26 escolas concluíram suas atividades.

Somando as turmas no primeiro semestre, o projeto contabiliza um total de 594 concluintes em 2023.

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MPSBR chega aos 20 anos superando recordes

Lançado em dezembro de 2003, o MPSBR comemora seus 20 anos com uma sólida relação de conquistas voltadas para o aprimoramento da capacidade de desenvolvimento de software (MPSSW), serviços (MPS-SV) e das práticas de gestão de RH (MPS-RH) na indústria de TIC.

Através de seus três modelos de referência, o MPSBR permite que as empresas aperfeiçoem a qualidade dos seus produtos de software, aumentem a produtividade de suas equipes e ampliem a competitividade dos seus negócios.

Ao longo de duas décadas, a iniciativa contabiliza números mais do que expressivos, como a avaliação de 957 empresas privadas e governamentais nos modelos MPS-SW, MPS-SV e MPS-RH não só no Brasil mas também na América

Latina. Deste universo, 396 estão localizadas na região Sudeste, 78 na Centro-Oeste, 137 no Nordeste, 302 no Sul, 36 no Norte e mais de 85% são micro, pequenas e médias organizações (PME). Oito avaliações foram realizadas no exterior, sendo cinco na Colômbia, duas no Uruguai e uma na Argentina. O MPSBR conta com a participação de 17 Instituições Autorizadas – entre Implementadoras e Avaliadoras, reuniu de mais de 6.300 pessoas em seus cursos oficiais.

Tendo como foco prioritário as pequenas e médias empresas, o MPSBR também conquistou grandes corporações ao seguir modelos e normas internacionais e ser compatível com o modelo CMMI. Um de seus grandes diferenciais é a sua adequação à realidade brasileira tanto sob a perspectiva técnica como da de custos acessíveis.

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E, em 2023, o MPSBR seguiu conquistando organizações por todo o país. A MSB Tecnologia, especializada no desenvolvimento, implantação, consultoria e capacitação de soluções de Macapá, é exemplo deste poder de capilarização do programa ao tornar-se a primeira a avaliação MPS-SV nível G no Amapá.

Para Frederico de Souza Amaro Júnior, sócio-diretor da MSB, a conquista é significativa tanto para a empresa como para o Estado, conferindo à organização uma posição de privilegiada e diferenciada no mercado de tecnologia, gerando benefícios significativos também para os profissionais envolvidos no processo.

Eles têm a oportunidade de desenvolver habilidades e conhecimentos alinhados com as melhores práticas do mercado, o que não apenas eleva o padrão de trabalho dentro da MSB, mas também enriquece o perfil profissional de cada membro da equipe”, detalha o executivo, para quem a obtenção da certificação MPSBR “não é apenas um símbolo de qualidade e eficiência, mas também um impulsionador de crescimento da empresa e de desenvolvimento profissional para seus colaboradores”.

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Ana Regina Cavalcanti, uma das criadoras do MPSBR, comenta sobre as duas décadas de sucesso do Programa

Para celebrar os 20 anos do Programa MPSBR e o marco histórico de 957 empresas privadas e governamentais avaliadas nos modelos (MPS-SW), serviços (MPS-SV) e as práticas de gestão de RH (MPS-RH) em todo o país e também na América Latina, a Revista Softex conversou com exclusividade com uma de suas fundadoras, a professora Ana Regina Cavalcanti:

Em dezembro de 2003, quando o Programa MPSBR foi criado, vocês imaginariam que 20 anos depois ele atingiria a marca histórica de 957 empresas avaliadas não só no Brasil, mas também no exterior? O que esse sucesso significa?

(Ana Regina Cavalcanti)

Na verdade, este grande sucesso que perdura 20 anos é muito maior do que o esperado. E ele é resultado de múltiplos fatores. Em primeiro lugar porque é um Programa onde sempre esteve presente a tripla hélice: academia, empresa e governo.

Esta sinergia é grande fator de sucesso em qualquer iniciativa, mas é raro se efetivar. E, no MPS, isto sempre esteve presente. Outro fator de sucesso foi que o MPS Software e Serviços foi ao encontro de uma necessidade real das empresas brasileiras. Outra razão foi ter interessado à Academia, possibilitando interação com empresas e inúmeros trabalhos de pesquisa e publicações.

O MPSBR nasceu inicialmente como uma avaliação de qualidade de processos de desenvolvimento de software (MPS-SW), mas agora contempla mais dois modelos de

referência: serviços (MPS-SV) e as práticas de gestão de RH (MPS-RH). Qual a importância dessa evolução?

(Ana Regina Cavalcanti)

O MPS começou como um modelo para avaliação de empresas de software, depois evoluiu para avaliação de serviços de TI. Atualmente, evoluiu também para possibilitar avaliação de qualquer tipo de serviço. É um aperfeiçoamento importante porque contempla a totalidade da empresa, possibilitando que ela implemente práticas de qualidade em software e serviços.

Se você pudesse citar apenas três grandes conquistas do programa MPSBR nessas últimas duas décadas, quais seriam?

(Ana Regina Cavalcanti)

O grande número de empresas que melhoraram seus processos e sua forma de trabalho; a interação academia-empresas e o grande volume de pessoas treinadas em Engenharia e Qualidade de Software, tanto nos cursos oferecidos pela Softex quanto nos cursos de graduação e pós-graduação oferecidos nas Universidades.

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E o que esperar do MPSBR em 2024 e nos próximos anos. Quais as principais metas do programa para o futuro?

(Ana Regina Cavalcanti)

Espero um crescimento de empresas públicas e privadas envolvidas na melhoria de seus processos de software e serviços com uma melhor gestão de contratos. Teremos também novos implementadores e avaliadores formados em Software e Serviços com possibilidade de atingirmos novos estados brasileiros, onde a presença do MPS ainda é incipiente como, por exemplo, no Maranhão e no Tocantins.

Espero, ainda, que existam cada vez mais trabalhos de pesquisa envolvendo o MPS e que abram novos caminhos para os modelos. Neste sentido é importante destacar os trabalhos que estão sendo realizados no ITA e na Embraer associando o MPS a normas aeronáuticas. São muitas as possibilidades de crescimento e que respondem a necessidades reais do país.

Ana Regina Cavalcanti recebe homenagem do presidente da Softex, Ruben Delgado, pelos 20 anos do MPSBR

Indústria de TIC deverá crescer 8,6% no Brasil em 2024, acima do PIB global, projeta relatório da Softex para o MCTI

Aindústria de TIC deverá registrar em 2024 uma expansão da ordem de 8,6% no Brasil. A constatação é da segunda edição do “Relatório Indústria de Software e Serviços de TIC no Brasil: caracterização e trajetória recente”, publicação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) desenvolvida pela equipe de pesquisadores do Observatório Softex, unidade de estudos e pesquisas da entidade.

Esse crescimento representa uma janela de oportunidade para as empresas brasileiras. Devemos aproveitar esse momento positivo para fortalecer ainda mais nossa posição no cenário internacional e contribuir assim para o desenvolvimento da economia do país”, destaca Ruben Delgado, presidente da Softex.

Em 2022, segundo o relatório, os gastos em TIC no Brasil atingiram US$ 75 bilhões, uma evolução de aproximadamente 0,7% em relação a 2021. Esse valor corresponde a pouco mais de 1,7% da atividade global e a cerca de 33% dos investimentos em TIC na América Latina, um desempenho que posiciona o Brasil como o 11º maior mercado mundial de TIC.

Outra constatação relevante do relatório foi de que em 2021 o Brasil cresceu sua participação no comércio internacional de serviços de TIC, movimentando mais de US$ 9,7 bilhões em exportações e importações, o que confere ao país o 26º lugar entre os players globais nesse setor.

Sobre as exportações do setor de serviços em TIC, o trabalho identificou um notável crescimento de 27,7% em 2021, alcançando um valor exportado de US$ 3,2 bilhões após dois anos de queda nas vendas para o exterior. Esse desempenho reforça

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que o Brasil vem conquistando nesse segmento um crescente reconhecimento no mercado global.

No período entre 2014 e 2021, o estudo identificou que as exportações do setor apresentaram um crescimento médio anual superior ao das importações (17,3% contra 9,5%), sinalizando que, apesar do histórico de déficit comercial, é possível projetar um cenário promissor para o comércio exterior

brasileiro, com a balança comercial do setor TIC podendo se tornar superavitária em 2027.

O relatório do Observatório Softex se baseia em dados oficiais e de institutos de pesquisa com o objetivo de ampliar a discussão sobre o setor, criação de séries históricas, facilitando, inclusive, a realização de comparativos com outros mercados mundiais.

Para acessar gratuitamente a íntegra da segunda edição, acesse softex.br/ observatorio-softex.

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Programa Escola do Trabalhador 4.0

chega à marca de 1 milhão de inscritos

Oprograma Escola do Trabalhador 4.0, parceria entre o Ministério da Economia e a Microsoft que visa à capacitação profissional e ao acesso à tecnologia, atingiu em 2023 a marca de 1 milhão de inscritos.

A plataforma de ensino remoto, implementada em parceria com a Softex, conta com 25 trilhas de conhecimento em diversas áreas como letramento digital, produtividade, análise de dados, inteligência artificial, como preparar um currículo, entre outros.

Todos os cursos incluem certificação após a realização de um teste. O objetivo do programa é capacitar a força de trabalho e promover qualificação de jovens e adultos com foco no aumento da empregabilidade.

O público-alvo são trabalhadores, maiores de 18 anos, que estão em busca de emprego e querem se reinventar e se preparar para as novas demandas do mundo de trabalho, principalmente com foco no ambiente digital.

Os cursos da Escola do Trabalhador 4.0 estão disponíveis para os brasileiros de todo o país e seguem sendo ampliados.

Os interessados devem acessar o endereço gov.br/ escoladotrabalhador40 e se cadastrar.

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ACONTECE NO SETOR

LatAm Tech Report revela oportunidades e tendências no cenário de startups da América Latina

Segundo dados do relatório LatAm Tech Report realizado pelo hub de tecnologia Latitud, os investimentos efetuados por fundos de venture capital em startups da região da América Latina estão abaixo dos níveis pré-pandêmicos. Entretanto, as rodadas divulgadas recentemente mostram que o ritmo dos aportes está retomando e que o cenário deve melhorar em 2024.

O levantamento ouviu mais de 100 fundadores de startups early stage, investidores e operadores na América Latina, que dividiram suas percepções sobre o ecossistema, oportunidades e desafios.

O relatório apurou que o recorde de investimento por VC na América Latina aconteceu em 2021, quando os fundos investiram US$ 15,9 bilhões na região. No ano seguinte, o volume caiu para US$ 7,8 bilhões, a metade. E este ano, até o terceiro trimestre, as startups latinoamericanas haviam captado US$ 2,7 bilhões.

A Latitud também ouviu com mais profundidade 11 fundadores e investidores para compreender o sentimento sobre o cenário de financiamento. Para 78,9% dos empreendedores, 2023 foi pior para

as captações do que 2021. A percepção é a mesma para 85,2% dos investidores. Mas a maioria está otimista para o próximo ano: para 77,8% dos founders, as possibilidades de investimento vão melhorar em 2024, mesma opinião de 88,9% dos investidores.

Captar recursos foi apontado como o principal desafio para 40% dos fundadores entrevistados. Em seguida, a validação do produto (36,4%), a definição da melhor estratégia de vendas (35,2%) e a escalabilidade do negócio (34,1%).

Dentre os setores destacados pelo estudo, o principal é o de fintechs.

Segmento mais maduro na América

Latina, ele recebeu cerca de 40% dos investimentos na região em 2023.

Mais de 600 startups desse mercado já foram investidas por fundos de VC. A região tem 20 unicórnios nos segmentos de fintech e insurtech, sendo nove no Brasil.

Clique aqui para baixar o relatório.

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ACONTECE NO SETOR

Confira

as 10 principais tendências tecnológicas para 2024 segundo o Gartner

Os analistas do Gartner apresentaram durante o Gartner IT Symposium/Xpo, realizado em Orlando, na Flórida, as 10 principais tendências tecnológicas estratégicas que as empresas deveriam explorar em 2024.

De acordo com as previsões da consultoria, no ano que vem haverá um aumento de 8% nos investimentos mundiais com TI, com gastos chegando a um montante total de US$ 5,1 trilhões. Diante desse cenário, estar atento às novidades que prometem movimentar o mercado global é essencial.

Segundo Bart Willemsen, vicepresidente de Análises do Gartner, as transformações tecnológicas e incertezas socioeconômicas exigem a disposição de agir de forma audaciosa e estratégica para aprimorar a resiliência em vez de respostas improvisadas. “Os líderes de TI estão em uma posição única para traçar estrategicamente um caminho em que os investimentos em tecnologia ajudem a manter o sucesso de seus negócios diante dessas incertezas e pressões”, destaca.

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CONFIRA AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS:

1IA generativa democratizada

A IA generativa está se tornando democratizada pela confluência de modelos massivamente pré-treinados, computação em nuvem e código aberto. Até 2026, o Gartner prevê que mais de 80% das empresas terão usado APIs e modelos de IA generativos e/ou implantado aplicativos habilitados para IA generativa em ambientes de produção, contra menos de 5% no início de 2023. Os aplicativos de IA generativa podem tornar vastas fontes de informações – internas e externas – acessíveis e disponíveis para usuários empresariais. Isso significa que a rápida adoção da IA generativa democratizará significativamente o conhecimento e as competências nas empresas.

Gestão de confiança, risco e segurança da IA

A democratização do acesso à IA tornou a necessidade de gestão de confiança, risco e segurança da IA (TRiSM) ainda mais urgente e clara. Sem barreiras de proteção, os modelos de IA podem gerar rapidamente efeitos negativos agravados que ficam fora de controle, ofuscando qualquer desempenho positivo e ganhos sociais que a IA permite. O Gartner prevê que, até 2026, as empresas que aplicam controlos AI TRiSM aumentarão a precisão da sua tomada de decisão, eliminando até 80% de informações defeituosas e ilegítimas.

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Desenvolvimento Aumentado por IA

O desenvolvimento aumentado por IA é o uso de tecnologias de IA, como IA generativa e aprendizado de máquina, para auxiliar engenheiros de software no projeto, codificação e teste de aplicativos. A engenharia de software assistida por IA melhora a produtividade do desenvolvedor e permite que as equipes de desenvolvimento atendam à crescente demanda por software para administrar os negócios. Essas ferramentas de desenvolvimento baseadas em IA permitem que os engenheiros de software gastem menos tempo escrevendo código, para que possam dedicar mais tempo a atividades mais estratégicas, como o design e a composição de aplicativos de negócios atraentes.

Aplicações Inteligentes

As aplicações inteligentes incluem inteligência — que o Gartner define como adaptação aprendida para responder de forma adequada e autônoma — como uma capacidade. Essa inteligência pode ser utilizada em muitos casos de uso para melhorar ou automatizar o trabalho. Como capacidade fundamental, a inteligência em aplicações compreende vários serviços baseados em IA, como aprendizado de máquina, armazenamento de vetores e dados conectados. Consequentemente, os aplicativos inteligentes proporcionam experiências que se adaptam dinamicamente ao usuário.

Existe uma clara necessidade e demanda por aplicações inteligentes. De acordo com a pesquisa Gartner CEO and Senior Business Executive de 2023, 26% dos CEOs citaram a escassez de talentos como o risco mais prejudicial para suas organizações. Atrair e reter talentos é a principal prioridade da força de trabalho dos CEOs, enquanto a IA foi eleita a tecnologia que terá impacto mais significativo nas suas indústrias nos próximos três anos.

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Força de trabalho conectada aumentada

A força de trabalho conectada aumentada (ACWF) é uma estratégia para otimizar o valor derivado dos trabalhadores humanos. A necessidade de acelerar e dimensionar talentos está impulsionando a tendência ACWF. A ACWF utiliza aplicações inteligentes e análises da força de trabalho para fornecer contexto diário e orientação para apoiar a experiência, o bem-estar e a capacidade da força de trabalho de desenvolver as suas próprias competências. Ao mesmo tempo, a ACWF impulsiona resultados empresariais e impacto positivo para as principais partes interessadas. Até 2027, 25% dos CIOs usarão iniciativas de força de trabalho conectada aumentada para reduzir o tempo de aquisição de competência em 50% para funções-chave.

Gerenciamento contínuo de exposição a ameaças

O gerenciamento contínuo de exposição a ameaças (CTEM) é uma abordagem pragmática e sistêmica que permite que as organizações avaliem a acessibilidade, a exposição e a explorabilidade dos ativos digitais e físicos de uma empresa de forma contínua e consistente. Alinhar os escopos de avaliação e remediação do CTEM com vetores de ameaças ou projetos de negócios, em vez de um componente de infraestrutura, traz à tona não apenas as vulnerabilidades, mas também ameaças incorrigíveis. Até 2026, o Gartner prevê que as organizações que priorizam seus investimentos em segurança com base em um programa CTEM perceberão uma redução de dois terços nas violações.

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Clientes-máquina

Os clientes-máquina (também chamados de ‘custobots’) são atores econômicos não-humanos que podem negociar e adquirir autonomamente bens e serviços em troca de pagamento. Até 2028, existirão 15 bilhões de produtos conectados com potencial para se comportarem como clientes, com mais bilhões a seguir nos próximos anos. Esta tendência de crescimento será a fonte de trilhões de dólares em receitas até 2030 e acabará por se tornar mais significativa do que a chegada do comércio digital. As considerações estratégicas devem incluir oportunidades para facilitar estes algoritmos e dispositivos, ou mesmo criar novos custobots.

Tecnologia sustentável

A tecnologia sustentável é uma estrutura de soluções digitais utilizadas para permitir resultados ambientais, sociais e de governança (ESG) que apoiam o equilíbrio ecológico e os direitos humanos a longo prazo. A utilização de tecnologias como a IA, a criptomoeda, a Internet das Coisas e a computação em nuvem está gerando preocupações sobre o consumo de energia e os impactos ambientais relacionados. Isto torna mais crítico garantir que a utilização das TI se torne mais eficiente, circular e sustentável. Na verdade, o Gartner prevê que, até 2027, 25% dos CIOs verão a sua remuneração pessoal ligada ao impacto tecnológico sustentável.

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Engenharia de plataforma

A engenharia de plataforma é a disciplina de construção e operação de plataformas de desenvolvimento interno de autoatendimento. Cada plataforma é uma camada, criada e mantida por uma equipe de produto dedicada, projetada para dar suporte às necessidades de seus usuários por meio da interface com ferramentas e processos. O objetivo da engenharia de plataforma é otimizar a produtividade, a experiência do usuário e acelerar a entrega de valor comercial.

Plataformas industriais em nuvem

Até 2027, o Gartner prevê que mais de 70% das empresas usarão plataformas industriais em nuvem (ICPs) para acelerar suas iniciativas de negócios, contra menos de 15% em 2023. Os ICPs abordam resultados de negócios relevantes para o setor, combinando SaaS e PaaS subjacentes e serviços IaaS em uma oferta completa de produtos com recursos combináveis. Isso normalmente inclui uma estrutura de dados do setor, uma biblioteca de pacotes de recursos de negócios, ferramentas de composição e outras inovações de plataforma. Os ICPs são propostas de nuvem personalizadas específicas para um setor e podem ser adaptadas às necessidades de uma organização.

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ACONTECE NO SETOR

Lei do Bem completa 18 anos e avança em busca de mais inovações

Desde a sua implementação há

18 anos, já foram destinados mais de R$ 170 bilhões para a Lei 11.196/2005, conhecida como Lei do Bem. Ela se destaca como principal instrumento de estímulo às atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) nas empresas brasileiras. Em 2022, 3.493 empresas participaram da Lei do Bem — um aumento de 16% em relação ao ano anterior, com 13.789 projetos.

Recentemente, o Brasil passou a ser o primeiro colocado no ranking do Índice Global de Inovação (IGI) na América Latina comparação com 2022 ultrapassando o Chile. Entre os 132 países, agora ocupa o 49º lugar.

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) houve um aumento de 56% no volume de investimentos, saindo de R$ 17 bilhões para R$ 27 bilhões entre 2020 e 2021. Ainda segundo a pasta, para cada R$ 1 de renúncia fiscal, R$ 4,60 são investidos em inovação pelas empresas.

Frank Ned Santa Cruz, advogado e mestre em Gestão de Riscos e Inteligência Artificial da Universidade de Brasília (UnB),

considera a lei eficaz, mas diz que, além dos incentivos fiscais, o Estado deve investir também em centros e bolsas de pesquisa e criação de centros de excelência para que as empresas brasileiras tenham condições de competir internacionalmente.

FLEXIBILIZAÇÃO DO RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS

A Lei do Bem flexibiliza o recolhimento de tributos, de impostos e até mesmo reduz o recolhimento de tributos. Nesse sentido, isso favorece a iniciativa principalmente quando a gente fala do mercado de inovação e transformação digital. Então, esses benefícios são positivos”, afirma Frank Ned Santa Cruz.

Tramita na Câmara dos Deputados o PL 4944/2020, de autoria da deputada federal Luísa Canziani (PSD-PR), que propõe a atualização da Lei do Bem. Entre outros pontos, o projeto permite que as empresas utilizem os benefícios fiscais em exercícios subsequentes, e não apenas no ano seguinte.

O deputado federal Jorge Goetten (PL-SC), membro da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, observa que na época da aprovação da Lei do Bem, a internet, as redes sociais e a inteligência artificial não tinham a mesma importância e por isso, a modernização é importante.

“Essa proposta que tramita no Congresso Nacional busca maior abrangência para quem atua com pesquisa e desenvolvimento no Brasil e também um maior incentivo do governo para com essas empresas”, argumenta.

O projeto também discute a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos destinados às atividades de PD&I. Atualmente, a Lei do Bem estabelece a redução de 50% do IPI.

Fonte: Brasil 61

ACONTECE NO SETOR

Presidente da Softex e Superintendente da Suframa reúnem-se na FesPIM 2023

Ruben Delgado, presidente da Softex, e Bosco Saraiva, superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), reuniram-se durante a Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus (FesPIM) realizada em novembro em Brasília.

Na oportunidade, eles conversaram sobre o resultado da parceria da Softex com a Suframa na realização do Programa Prioritário de Fomento ao Empreendedorismo Inovador (PPEI) e sobre o trabalho que a Softex Amazônia vem realizando para fortalecer a cultura empreendedora e de inovação na região da Amazônia Ocidental por meio de programas como o Empreende+ Amazônia e Capacita Amazônia.

A região de atuação da Suframa, que inclui os estados do Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia, possui um ambiente de forte potencialidade empreendedora, viabilizando investimentos em programas de inovação capazes de aproveitar recursos humanos qualificados e de incrementar a competitividade local, contribuindo assim para o seu desenvolvimento econômico e social”, disse Ruben Delgado, presidente da Softex.

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Nos últimos cinco anos, o PPEI Softex mobilizou 19 das 96 empresas beneficiadas pela Lei 8.387/1991, que investiram mais de R$ 50 milhões em iniciativas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Foram 39 projetos realizados em 19 cidades, 258 startups da região atendidas, 70 atores do ecossistema de inovação envolvidos e mais de 7,7 milhões de pessoas impactadas.

Por atuar com força dentro do universo de empreendedorismo e inovação, a Softex Amazônia é um parceiro estratégico e extremamente importante para nós no campo dos programas prioritários. Nossa meta é transformar a região em um hub de empreendedorismo e inovação, criando oportunidades, promovendo a sustentabilidade e valorizando as vocações e talentos locais”, destacou Bosco Saraiva, superintendente da Suframa.

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ARTIGOS

Gestão de rastreabilidade garante qualidade na indústria

Estamos vivendo a quarta revolução industrial, conhecida como a Internet das Coisas ou a Indústria 4.0. Ela traz uma série de avanços para dentro da indústria, entre eles, o conceito de “fábricas inteligentes”. Isso não trouxe vantagens somente para o processo de fabricação em si, mas, principalmente, para o controle de qualidade dos produtos.

Hoje, temos à disposição novas ferramentas que tornam possível a implantação de sistemas inteligentes de controle de qualidade e rastreabilidade nas indústrias. O processo consiste na instalação de máquinas (hardware) e ferramentas de controle (software) nas linhas de produção.

EM ESCALA

O processo digital de integração entre a informação e os equipamentos inicia pelas

informações dos produtos que serão produzidos, que são enviados pelo ERP da indústria para o software de gestão da rastreabilidade, que, por sua vez, devolve informações da produção para as codificadoras, apontando quais dados devem ser impressos na embalagem de cada produto, ou até mesmo diretamente nele. Este é o primeiro passo para a garantia da qualidade, pois a informação é precisa, sem risco de erros humanos na transcrição das informações.

A partir deste momento, quando o produto está codificado, inicia-se o processo de garantia de qualidade, através da inspeção. Primeiramente, sistemas de visão avançados podem conferir a codificação realizada e enviar a informação para o software de gestão de rastreabilidade, que irá fazer o comparativo com a informação que foi enviada à impressora, bem como acionar um alerta em caso de codificação em inconformidade.

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Os sistemas de visão têm avançado rapidamente e, hoje, eles podem conferir a codificação realizada (leitura de códigos e leitura de caracteres impressos) e, também, verificar outras características dos produtos, como: se a embalagem está correta, se as dimensões correspondem ou se os números impressos são de fato os corretos. Todas essas informações coletadas podem gerar ações corretivas instantâneas e em tempo real.

Outras ferramentas importantes de garantia de qualidade são: a inspeção de defeitos não visíveis a olho nu ou mesmo para sistemas de visão. Neste momento entram em ação os detectores de metais, checadores de peso e sistemas de inspeção por raio X.

Os detectores de metais podem encontrar contaminantes metálicos “dentro dos produtos”, não importando se estão dentro ou fora da embalagem. Normalmente instalados em esteiras (para produtos sólidos, com ou sem embalagem) ou em dutos e tubos, os detectores de metais inspecionam a presença de contaminantes metálicos e são programados para tomar ações, rejeitando os produtos inconformes da linha de produção.

Já os equipamentos de raio X fazem uma inspeção ainda mais completa, podendo encontrar além de metais, outros tipos de contaminantes sólidos indesejados, como madeira, vidro, borracha, ossos, cerâmica, polímeros. Todas essas informações de conformidade e inconformidade são enviadas em tempo real para os softwares de gestão, que armazenam os dados de qualidade e facilitam o tempo de ações para

correção em caso de desvio padrão. E o que é ainda melhor: tudo fica armazenado e disponível, podendo ser auditado a qualquer momento.

Após todos esses processos, ainda há a oportunidade de inspecionar o peso dos produtos que estão sendo produzidos, através de checadores de peso. Eles podem conferir se o peso dos produtos está dentro dos padrões estabelecidos individualmente, e rejeitar produtos que destoam. Além disso, muitas vezes as informações de peso geradas pelos checadores podem ser impressas na embalagem do produto.

Indo mais além, tudo pode ser integrado ao ERP do cliente, para que as informações possam ser geradas pelo próprio sistema de gestão, enviadas para as máquinas, e estas, por sua vez, possam devolver os resultados encontrados. A qualquer momento, qualquer pessoa que tenha acesso pode buscar essas informações no seu ERP, tablet ou celular, em qualquer lugar do mundo!

A era digital dentro da indústria tem feito um papel fundamental de construir uma relação entre as empresas e os seus consumidores, garantindo para a indústria e seus consumidores a qualidade e a confiabilidade dos produtos. Os benefícios são imensuráveis e vão desde a proteção da marca, redução de custos com recall e reprocessamentos, perdas com embalagens, logística, até eliminação de riscos à saúde e segurança. A tecnologia que nos serve garante uma indústria eficaz, mais assertiva e muito mais regular.

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Digitalização: por que essa prática segue crescendo nas organizações?

Os avanços da transformação digital têm levado cada vez mais empresas a aderirem ao uso da digitalização. Como prova disso, de acordo com um estudo da IDC, o Brasil registrou, só em 2022, um crescimento de 12,9% nos gastos com TI. Os dados apontam o amplo entendimento da atual realidade vivida pelas organizações e evidenciam aquilo que sempre é destacado: este é um caminho sem volta.

De forma geral, o mercado compreendeu a importância do investimento em tecnologia. Neste aspecto, setores como telecomunicações, seguradoras e varejo são exemplos práticos da utilização da tecnologia no dia a dia, digitalizando suas operações para garantir maior eficiência na prestação de serviços, expansão, desempenho e competitividade. Tendo em vista esse cenário, o relatório ainda estima que os investimentos em TI atinjam US$ 27,4 bilhões até 2026.

Mesmo diante de uma realidade que aponta para uma só direção, esse entendimento não é algo aplicado por todas as companhias. Um

exemplo disso acontece no segmento de construção civil e nas PMEs. Isso é, mesmo sendo setores que possuem alta representatividade na economia do país, diversas empresas que atuam nessas vertentes, continuam executando seus processos de forma manual, elevando a complexidade na realização de tarefas.

A principal causa para isso é, justamente, o fato que mesmo sendo clara a importância e espaço que a tecnologia vem ocupando, temos enraizada uma cultura no nosso país de olhar para esses recursos como commodities –priorizando o custo e não o investimento. Além disso, a resistência à mudança é outro fator que contribui para esse impasse, uma vez que foi criada a ideia de que a digitalização pode ser algo traumático.

Certamente, o processo de digitalizar as operações de uma organização não acontece do dia para a noite. E,

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à medida que surgem novas tecnologias e tendências, como IA generativa, IOT (Internet das coisas), Big Data, computação ubíqua, entre outras, é crucial que a execução do projeto acompanhe tais aspectos. Por sua vez, para que a empresa possa, de fato, entrar na era da digitalização, é fundamental que seja estabelecida uma ampla comunicação, envolvendo desde os colaboradores até a alta gestão, a fim de assegurar maior assertividade e integração entre as áreas nas tomadas de decisão.

poderá traçar um plano para a captação e investimento de recursos financeiros, que irão auxiliar durante toda essa jornada.

Quando falamos dos resultados que a digitalização pode agregar à companhia, como maior eficiência, controle operacional, competitividade e, sobretudo, segurança, os olhos de todo gestor brilham. Não à toa, outro estudo feito pela IDC Brasil, juntamente com o Google Cloud, apontou que para 48% dos participantes, os CEOS são os principais apoiadores dessas iniciativas nas empresas.

Deste modo, é certo afirmar que o investimento em digitalização permanecerá como uma forte tendência nos próximos anos, o que eleva a necessidade daqueles que ainda não se adaptaram, buscarem o quanto antes reverter esse cenário. Por isso, é fundamental que as organizações desde já comecem a reavaliar seus processos, identificando pontos que precisam de melhoria, para assim, obterem o direcionamento correto na hora de escolher a opção que venha ao encontro de suas necessidades e demandas.

Além disso, é importante destacar que de nada adianta investir no uso de alta tecnologia e ferramentas sem que haja conhecimento para utilizá-las de forma correta. Deste modo, é crucial que as organizações invistam na capacitação técnica do time, visando contribuir para o desempenho profissional e operacional, garantir maior usabilidade dos recursos investidos, e favorecer as relações e clima organizacional.

No entanto, para que a digitalização agregue de forma integral para o sucesso e ganho da empresa, é essencial que a sua cultura organizacional atue em prol dessa abordagem. Afinal, é a partir desse direcionamento que a organização

Ainda segundo a pesquisa, até 2027, entre 26% e 49% da receita das organizações será proveniente de produtos e serviços digitais. E, considerando que estamos nos aproximando de 2024, esse é o momento de as empresas reavaliarem suas estratégias, estando abertas para a era da digitalização. Afinal, diferente do que se imagina, o segredo da tecnologia não está em saber resolver fórmulas mágicas, mas em estar preparado.

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CASOS DE SUCESSO

Rocket.Chat, startup integrante do projeto Brasil IT+, recebe aporte de R$ 50 milhões

ARocket.Chat, startup brasileira de chat open source integrante do Brasil IT+, anunciou o aporte de R$ 50 milhões liderado pela Alexia Ventures, Endeavor Catalyst, Endeavor Scaleup Ventures, Bob Young (Fundador da RedHat), NEA e Valor Capital Group, além de investidores como Greycroft, Monashees, DGF e Graphene. O valor será direcionado para a área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e também para impulsionar sua expansão comercial.

Em nota à imprensa, Gabriel Engel, CEO da Rocket.Chat, destacou que o objetivo da startup é expandir cada vez mais os nossos serviços ao redor do mundo, tornando a nossa plataforma acessível para todos. Sabemos o quanto os meios de comunicação são importantes dentro das empresas e construímos uma tecnologia de qualidade para oferecer segurança e escalabilidade aos nossos clientes”.

Fundada em 2016 e com mais de 15 milhões de usuários em 150 países, a Rocket.Chat tem entre seus clientes a Marinha dos Estados Unidos e o Governo da Colúmbia Britânica. Os principais mercadosalvo da companhia são os Estados Unidos, Europa Ocidental, Japão e Brasil.

O Rocket. Chat é uma plataforma de comunicação interna para empresas com funcionalidades que lembram um chat, só que com muito mais capacidade de customização e interação entre os participantes, além de comandos ágeis e facilidade para compartilhar os mais diversos tipos de arquivos.

O Brasil IT+, realizado em parceria pela ApexBrasil e pela Softex, é o maior programa de internacionalização de empresas de software e serviços de TI já desenvolvido no país. Seu objetivo é gerar novas oportunidades de negócios no mercado internacional para as companhias brasileiras participantes, ampliar o volume de exportações, aumentar a exposição da indústria brasileira de TI e fortalecer a imagem do Brasil como um centro mundial de excelência no setor.

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Startup reduz o impacto ambiental do consumo com o plantio de árvores

ACoClima tem como propósito fomentar um ecossistema de impacto, regenerando e transformando o nosso ambiente através do engajamento da sociedade. Como? Compensando ações de consumo mediante o plantio de árvores e viabilizando o trabalho das comunidades que estão ajudando a restaurar nossas florestas.

A startup, acelerada na primeira edição do programa ElaEmpoder@ da Softex realizado junto a empresas de base tecnológica no Rio de Janeiro, nasceu de um longo processo de pesquisa para compreender de que forma seria possível desenvolver uma solução de sustentabilidade (ESG) para o comércio eletrônico pegando carona no crescente interesse dos consumidores por práticas e hábitos de consumo consciente.

A plataforma da CoClima permite em apenas um click que as compras realizadas em uma loja online tenham a sua pegada de carbono zeradas com o plantio de árvores em parceria com comunidades locais. Também é possível mensurar o impacto positivo gerado e compartilhá-lo com os clientes. Mais

de 289.200 kgs de carbono já foram sequestrados pela CoClima.

A pegada de carbono no Brasil é um tema importante e complexo que envolve a quantificação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) associadas às atividades humanas no país. Ela é uma medida da contribuição do Brasil para as mudanças climáticas globais, uma vez que os GEE, como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O), são os principais responsáveis pelo aquecimento global.

Sobre a importância do ElaEmpoder@ para alavancar as atividades a CoClima, Rita Mendes, cofundadora da startup, relembra que a pressão para cumprir as atividades e os compromissos de entrega exigidos pelo programa, bem como a bolsa disponibilizada para a contratação de um desenvolvedor para compor o nosso quadro, foram essenciais para nos alçar a um novo patamar”.

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EVENTOS

Softex Amazônia marca presença na FesPIM

2023 e na Expo Amazônia Bio&TIC para apresentar o potencial da região como hub de empreendedorismo e inovação

Em 2023, a Softex Amazônia, coordenadora do Programa Prioritário de Fomento ao Empreendedorismo Inovador (PPEI) em parceria com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), esteve presente em dois importantes eventos dedicados a projetar o potencial inovador da região: a Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus (FesPIM) e a Expo Amazônia Bio&TIC.

Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer em detalhes o Programa Empreende+ Amazônia, composto por cinco projetos que visam fortalecer a cultura empreendedora e de inovação na região; e o Capacita Amazônia, para qualificar pessoas em quatro grandes eixos temáticos: empreendedorismo, inovação, profissionalização e tecnologia.

“Participar desses eventos foi uma oportunidade para um melhor entendimento sobre o imenso potencial da Amazônia Ocidental

como ecossistema de inovação e geração de novos negócios inovadores”, destaca Ruben Delgado, presidente da Softex.

A Expo Amazônia Bio&TIC, inclusive, foi palco do Demoday da Softex Amazônia para a apresentação de projetos inovadores, como o da startup Tag Hero. Na oportunidade, seu CEO, Kenzo Okamura, explicou as funcionalidades da Tecnologia Smart Serial Number™, desenvolvida para conectar os produtos de uma marca diretamente ao seu cliente, permitindo a sua rastreabilidade por todo o seu ciclo de vida.

O Demoday da Softex Amazônia não apenas destacou os avanços atuais do ecossistema de empreendedorismo e inovação da região amazônica, mas também sinalizou com um futuro promissor, impulsionado por iniciativas disruptivas e por uma comunidade comprometida com o progresso e com a sustentabilidade da região.

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Ruben Delgado, presidente da Softex, na FesPIM 2023 Demoday da Softex Amazônia na Expo Amazônia Bio&TIC

Brasil IT+: a tecnologia brasileira

conquistando o mundo

OBrasil IT+, iniciativa de cooperação desenvolvida pela Softex e pela ApexBrasil, é o maior programa de internacionalização de empresas de software e serviços de TI já desenvolvido no país.

Ao longo dos últimos 19 anos, já envolveu mais de 640 companhias interessadas em expandir sua atuação para além das fronteiras nacionais. O volume de negócios gerado pelas empresas aderidas alcançou US$ 593 milhões em 2022.

Durante o ano de 2023, o Brasil IT+ apoiou 220 empresas e marcou presença em dez eventos internacionais, entre as quais MWC, MES Spring, Missão Chile, XChange, MES Fall e Gartner ITXpo. Foram promovidas 71 atividades de capacitação e treinamento, 24

webinars e 15 eventos de networking.

“Nossa projeção é a geração de mais de US$ 615 milhões em negócios em 2023, um volume 3,75% superior em relação ao ano anterior”, celebra Jéssica Dias, líder de Projetos Internacionais na Softex.

Confira alguns momentos marcantes de 2023:

MISSÃO ESPANHA E MWC 2023

Com uma delegação integrada por 20 empresas e startups, o Brasil esteve presente pelo 12° ano consecutivo no Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, o evento mais influente do mundo para a indústria de conectividade

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EVENTOS

MISSÃO CHILE

O Chile recebeu uma delegação de nove empresas brasileiras interessadas em saber mais sobre este mercado, suas oportunidades de negócios e estrutura como potencial hub de internacionalização.

XCHANGE 2023

O XChange é um dos maiores encontros de canais de vendas dos Estados Unidos e foi realizado na cidade de Nashville, no Tennessee. Dez empresas brasileiras tiveram a oportunidade de se relacionar com

300 Value Added Resellers – VARs (canais de valor agregado), provedores de soluções, distribuidores e integradores de diversos setores tecnológicos especialmente convidados.

GARTNER IT SYMPOSIUM/ XPO™

Pelo 17° ano, o Brasil IT+ esteve presente ao Gartner IT Symposium/Xpo™, o maior e mais importante encontro anual de CEOs, CIOs e equipes de tecnologia das companhias mais inovadoras do planeta.

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Inovação social no #RIW23

Opapel crucial da inovação social no mundo corporativo foi o tema central da participação da Softex no Rio Innovation Week (RIW), um dos maiores e mais completos eventos da área de Inovação e Tecnologia da América Latina, realizado no último mês de outubro no Rio de Janeiro.

Na oportunidade, Caio Bastos, líder de Novos Negócios e Parcerias da entidade, participou de um painel com Anna Bezerra, founder & CEO da SDW (Safe Drinking Water for All), criada com o propósito de fomentar tecnologias hídricas e de saneamento que proporcionem mais saúde e qualidade de vida à população de maior vulnerabilidade socioambiental.

Ao estimular a criatividade e o empreendedorismo social, a inovação social busca motivar indivíduos e organizações a encontrarem novas formas de resolver antigos problemas e impactar positivamente as comunidades em que eles

atuam”, destacou Caio Bastos.

Acelerada na primeira edição do Conecta Startup Brasil, a SDW, em parceria com a Fundação Vale, realizou um projeto-piloto com o dispositivo Aqualuz, que torna a água própria para consumo utilizando apenas a radiação solar. A inciativa mobilizou dez famílias da comunidade de Vila Pindaré, no município de Buriticupu, distante cerca de 400 km da cidade de São Luís, no Estado do Maranhão.

O evento também foi palco do lançamento da primeira rodada de captação do LISSoftex, ferramenta de investimento combinado que auxilia empresas na utilização de benefícios fiscais em suas estratégias ESG (Ambiental, Social e Governança). Ele tem como público prioritário organizações de médio e grande porte que possuam estratégia de ESG e perfil engajado em ações com foco na geração de impacto positivo e sustentabilidade.

EVENTOS

Anna Bezerra, founder & CEO da SDW, conversa com Caio Bastos, líder de Novos Negócios e Parcerias da Softex

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Conecta Startup Brasil entre os TOP 10

Ecossistemas no ranking da 100 Open Startups

Pelo terceiro ano consecutivo, o Conecta Startup Brasil, programa de inovação aberta que objetiva proporcionar aumento na densidade de startups nacionais por meio da conexão entre ideias e demandas reais de mercado, integra o TOP 10 Ecossistemas da 100 Open Startups, o maior ranking corporativo da América Latina. Desta vez na categoria Sistema S, Entidades Públicas, Sindicais e Patronais. O anúncio foi realizado em outubro no Rio de Janeiro.

O Conecta Startup Brasil –realização conjunta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Softex, que executa o programa em parceria com o CNPq – se diferencia de outras iniciativas por focar em startups em estágio inicial; por estimular o empreendedorismo inovador em todas as regiões do país e por solucionar demandas reais do mercado.

Acreditamos na inovação aberta como uma ferramenta de transformação das organizações e também do país. Por isso, queremos que o nosso vibrante ecossistema evolua e cresça cada vez mais. Foram mais de 900 inscritos e estar entre os TOP 10 Ecossistemas em nossa categoria é um importante reconhecimento do trabalho que temos realizado ao longo dos últimos anos“, disse Guilherme Calheiros, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI.

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EVENTOS

O Ranking TOP 10 Ecossistemas é parte do Ranking 100 Open Startups, que anualmente destaca as 100 melhores e mais atraentes startups do mercado segmentadas em mais de 20 categorias, além de grandes corporações e ecossistemas de negócios. Para conhecer os vencedores deste ano, acesse https://www.openstartups.net/site/ranking/index.html

Top 10 Ecossistemas

6° Lugar

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Bruno Rondani, CEO da 100 Open Startups; Janaina Prevot Nascimento, Diretora de Administração da Finep; Fernando Peregrino, Chefe de Gabinete da Finep; e Sheila Oliveira Pires, Diretora do Departamento de Apoio aos Ecossistemas de Inovação.

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