#16 | Pocket Magazine Softex

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Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro

Presidente da Softex

Ruben Delgado

Vice-presidente da Softex

Diônes Lima

Coordenação do projeto

Renata Blatt

@2024 – Revista Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro. Uma publicação institucional. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Jornalista responsável

Fabrício Lourenço – DF2887 JP

Assessoria de Imprensa (MLP)

Karen Kornilovicz

Mário Pereira

Revisão

Karine Serezuella

Diagramação e projeto gráfico

Paula Oliveira

Laura Santos

Caros leitores,

Nesta edição da Revista Softex, destacamos um tema de extrema importância e atual: a sustentabilidade corporativa. Nossa reportagem de capa é dedicada ao novo estudo da Softex sobre ESG no setor de TIC. Este estudo abrangente cobre tanto o mercado nacional quanto o internacional, revelando como as empresas podem integrar as melhores práticas em suas operações para atender às crescentes demandas globais por responsabilidade ambiental e social.

Também celebramos a participação da Softex na Semana de Inovação 2024, realizada em Ilhéus, na Bahia. Este evento reuniu líderes e especialistas de diversas áreas e serviu como uma plataforma essencial para a discussão de tecnologias emergentes e práticas inovadoras. A Softex teve um papel de destaque, apresentando nossas iniciativas e investimentos que visam transformar o cenário tecnológico brasileiro.

Nas próximas páginas desta edição, você encontrará uma série de artigos, casos de sucesso inspiradores e reportagens exclusivas que abordam os muitos desafios e oportunidades do setor de tecnologia.

Esperamos que esta edição seja uma leitura inspiradora e informativa.

Boa leitura. Equipe Softex

SUMÁRIO

Estudo do Observatório

Softex sobre ESG enfatiza a necessidade de um compromisso do setor de TIC com o tema

CASOS DE SUCESSO

EmbarcaTech: novo programa vai revolucionar a capacitação técnica em sistemas embarcados no Brasil

Deeptech Proderme promete revolucionar a administração de medicamentos com a plataforma ProLiveryX

Bloom Edtech propõe moldar o futuro da educação harmonizando personalização e massificação 17

Estudo do Observatório Softex

sobre ESG enfatiza a necessidade de um compromisso do setor de TIC com o tema

No cenário empresarial global, a sigla ESG - que abrange as dimensões Ambiental, Social e de Governança - tem se destacado cada vez mais, transcendo sua relevância para além do âmbito financeiro. Suas implicações se estendem às esferas social, pública e política, influenciando a forma como as empresas operam e são percebidas pela sociedade.

Nesse contexto, o Observatório Softex, unidade de estudos e pesquisas da entidade, lança a série de cadernos especiais “Observando ESG no Mercado de Tecnologia”. Esses materiais têm como objetivo principal auxiliar as organizações de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) a alinharem suas práticas às exigências e melhores práticas globais em ESG.

A sustentabilidade e a responsabilidade social não são apenas conceitos, mas diretrizes que moldam o destino das empresas. No contexto brasileiro, o debate sobre ESG tem ganhado força. O Brasil desempenha um papel importante nessa discussão, tanto em razão de sua rica diversidade ambiental quanto por sua posição como uma das principais economias emergentes do mundo. Embora muitas empresas nacionais estejam intensificando a implementação de estratégias de sustentabilidade e adotando padrões globais, ainda há desafios a serem superados, como a acessibilidade e transparência dos relatórios de sustentabilidade.

De toda forma, é inegável o progresso que tem sido feito no setor empresarial brasileiro em relação ao ESG, com um número cada vez mais expressivo de organizações adotando medidas concretas para mitigar seu impacto ambiental e social. Portanto, não é à toa que as empresas brasileiras de TIC estejam ampliando seus horizontes e reconhecendo a importância das práticas ESG.

Os cadernos do Observatório Softex mergulham na relevância dessas práticas para as empresas de TIC, destacando vantagens, desafios e um promissor caminho para a internacionalização. Dados mostram que os gastos com serviços e software de TI superarão os investimentos em Telecomunicações no setor de TIC pela primeira vez. Os investimentos em TI devem crescer em média 7% até 2024. Além disso, um estudo da Accenture revelou que 100% dos 560 entrevistados consideram a tecnologia essencial para a sustentabilidade. Incentivar as organizações do setor de TIC nacional a refletirem sobre suas próprias iniciativas de ESG é fundamental.

Diante de uma crescente pressão social, regulatória e de mercado, as empresas de TIC enfrentam o desafio de cumprir regulamentações cada vez mais rígidas a fim de atender às expectativas dos stakeholders. A abordagem ESG não apenas responde às demandas do mercado global, mas também reforça a competitividade dessas empresas. O investimento previsto em ESG até 2025 é estimado em US$ 53 trilhões.

A análise das regulamentações, exigências atuais e perspectivas sobre ESG dos principais players da economia global torna-se fundamental. Compreender as políticas e tendências de países como Estados Unidos, China, União Europeia e outros parceiros comerciais do Brasil é fundamental para adaptar estratégias de internacionalização e garantir conformidade regulatória. A China, por exemplo, é responsável por 40% das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) no mundo.

7% de crescimento, em média, nos investimentos em TI em 2024

53 trilhões de dólares é o investimento previsto em ESG até 2025

A China é responsável por 40% do GEE emitido no mundo

DIVERSIDADE CRESCENTE

E OS DESAFIOS GLOBAIS

Questões como a diversidade crescente e os desafios globaisincluindo a segurança dos dados e o consumo energético dos data centers - são analisadas de forma abrangente no levantamento do Observatório Softex. Empresas com sólido desempenho em ESG não apenas registram margens operacionais significativamente superiores, mas também lideram na adoção de tecnologias emergentes como IA, IoT e blockchain para alcançar metas de sustentabilidade. Com mais de 70% das grandes corporações incorporando essas tecnologias para reduzir emissões, a tecnologia surge como uma catalisadora essencial para práticas empresariais sustentáveis. Estima-se que, até 2027, um quarto dos principais executivos de tecnologia terá sua remuneração vinculada ao impacto sustentável de suas decisões, destacando a crescente importância estratégica dessa dimensão no futuro do setor.

Pesquisas recentes revelam uma mudança radical no comportamento dos investidores, com previsões indicando que, até 2025, 77% dos investidores institucionais evitarão produtos financeiros que não atendam aos critérios ESG. As percepções sobre ESG variam significativamente ao redor do mundo: enquanto 56% das empresas europeias veem o ESG como uma oportunidade estratégica para inovação e crescimento, apenas 30% das empresas americanas compartilham dessa visão, evidenciando disparidades regionais na adoção e priorização de práticas sustentáveis no setor de TIC.

77% dos investidores institucionais pesquisados disseram que planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos dois anos.

70% das empresas usam tecnologias emergentes como IA, IoT, blockchain para alcançar as metas ESG

ESTUDO DIVIDIDO EM CADERNOS

Ao lançar a série de cadernos especiais “Observando ESG no Mercado de Tecnologia”, a Softex dividiu o conteúdo em cadernos, abrangendo o setor de Tecnologia e os mercados de software e serviços de TIC tanto a nível nacional quanto internacional.

O primeiro, “ESG no Setor de Tecnologia”, explora como empresas de tecnologia podem incorporar práticas sustentáveis em suas operações, destacando exemplos de sucesso e estratégias inovadoras para reduzir o impacto ambiental, promover a responsabilidade social e melhorar a governança corporativa. Este caderno enfatiza a crescente demanda por práticas sustentáveis entre consumidores e investidores, e como as empresas de tecnologia podem liderar essa transformação.

O segundo caderno, “Cenário Internacional e o Papel do ESG na Internacionalização das Empresas”, analisa como as práticas de ESG estão moldando o ambiente de negócios global e a importância dessas práticas para as empresas que buscam expandir internacionalmente. Ele destaca as diferenças nas regulamentações e expectativas de ESG em diversos mercados, oferecendo insights sobre como empresas de TIC podem navegar e se adaptar a essas variações para garantir sucesso global.

O terceiro caderno, “ESG no Mercado de Tecnologia”, foca especificamente nas oportunidades e desafios do setor de software e serviços de TIC, discutindo como a adoção de práticas de ESG pode aumentar a competitividade e a inovação. Este levantamento fornece um guia essencial para empresas que desejam integrar a sustentabilidade em suas estratégias e operações, promovendo um futuro mais sustentável e responsável para o setor de tecnologia.

O FUTURO É AGORA

Ao promover uma cultura de ESG, a Softex está contribuindo para garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações, criando oportunidades de negócios e promovendo um desenvolvimento mais equitativo e inclusivo. À medida que o debate sobre ESG continua a evoluir, é essencial que o setor de TIC reconheça seu papel e contribua para essa transformação.

O lançamento da série “Observando ESG no Mercado de Tecnologia” tem como públicos-alvo executivos e líderes empresariais, investidores, profissionais de sustentabilidade, academia, ONGs e organizações da sociedade civil, consumidores conscientes, reguladores e formuladores de políticas públicas. Esta iniciativa marca um avanço significativo na jornada em direção a um mundo mais sustentável e responsável.

Os interessados pelo assunto ESG podem baixar o artigo completo para aprofundar seu conhecimento e contribuir para o avanço dessas práticas tão essenciais nos dias de hoje:

RAIO X DO ESTUDO

O Gartner divulgou, em sua publicação “The Role of the CIO and Technology in the Enterprise Sustainability and ESG Endeavor” de 2021, que, em 2020, houve um aumento de 75% em buscas sobre o tema ESG e relatórios de sustentabilidade pelos seus clientes. Esse número dobrou no primeiro trimestre de 2021, comparado com o mesmo período do ano anterior.

Em 2023, os gastos em TIC no Brasil foram estimados pela apuração do Observatório Softex em cerca de US$ 80 bilhões, com um aumento aproximado de 6,6% em relação ao ano anterior. Esse valor corresponde a pouco mais de 1,7% da atividade global e aproximadamente 33% dos investimentos em TIC na América Latina.

O estudo mostra que, entre 2013 e 2019, as empresas com classificações altas de desempenho ESG possuem margens operacionais 4,7x maiores do que aquelas com baixo desempenho ESG no mesmo período. Em outras palavras: falar de ESG significa falar de performance e competitividade financeira.

BAIXAR ARTIGO

A série de cadernos especiais “Observando ESG no Mercado de Tecnologia” do Observatório Softex revela que:

é a projeção de crescimento do setor de TIC em 2023 e 2024 no Brasil 8%

é a representação do setor de TIC no PIB em 2023 3,6%

é o investimento médio esperado entre 2023 e 2024 US$ 80 bilhões

O Brasil detém 40% do mercado latino-americano

EmbarcaTech: novo programa vai revolucionar a capacitação técnica em sistemas embarcados no Brasil

Ocenário da tecnologia no Brasil está prestes a ser transformado com o lançamento do EmbarcaTech, um programa inovador que visa capacitar profissionais em tecnologias de Sistemas Embarcados e aplicações em Internet das Coisas (IoT) em áreas críticas como Educação, Segurança, Indústria e Saúde.

Sistemas embarcados, que são programas desenvolvidos para rodar em hardware específico, representam uma vasta gama de oportunidades para profissionais de tecnologia, tanto no Brasil quanto no exterior. Esses sistemas são a espinha dorsal de muitos dispositivos e aplicações que usamos diariamente, desde eletrodomésticos inteligentes até complexos sistemas automotivos e equipamentos médicos. Com a crescente adoção de tecnologias inovadoras, a demanda por especialistas em sistemas embarcados está crescendo exponencialmente, criando inúmeras oportunidades de empregabilidade.

O EmbarcaTech é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), coordenada pela Softex. O programa será executado por seis instituições credenciadas pelo Comitê da Área de Tecnologia da Informação (CATI) para garantir abrangência e qualidade na formação oferecida: Instituto Federal do Ceará (IFCE), Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Instituto Federal do Piauí (IFPI), Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Centro de Excelência em Pesquisa e Desenvolvimento e Inovação (CEPEDI) e HWBr (Hardware Brasil).

O programa tem como objetivo capacitar 600 alunos de TIC e áreas correlatas, oferecendo uma residência tecnológica que lhes permitirá aplicar o conhecimento adquirido em situações reais, solucionando desafios e desenvolvendo inovações tecnológicas. Além disso, visa fomentar o desenvolvimento de projetos utilizando tecnologias de IoT.

“Com o EmbarcaTech, estamos investindo no futuro da tecnologia no Brasil, proporcionando uma formação sólida e prática que beneficiará não apenas os participantes, mas toda a indústria tecnológica do país. A descentralização da oferta dos cursos do tradicional eixo Sul-Sudeste para o Norte e o Centro-Oeste é crucial para promover a inclusão digital e o desenvolvimento econômico em todas as regiões do Brasil, democratizando o acesso às oportunidades tecnológicas”, ressalta Luciana Santos, Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação.

ESTRUTURA DO PROGRAMA

O EmbarcaTech está dividido em duas fases principais:

1 - CAPACITAÇÃO INICIAL:

uma capacitação intensiva de três meses (160 horas), oferecida através de uma plataforma de Ensino a Distância (EaD) para seis mil alunos. O conteúdo abrange sistemas embarcados, aplicações em IoT e

2 - RESIDÊNCIA TECNOLÓGICA: com carga total de 240 horas ao longo de doze meses, esta fase é destinada aos 600 alunos com melhor desempenho na capacitação inicial. Durante esse período, os selecionados contarão com bolsas de estudo e aplicarão o conhecimento adquirido em demandas reais de empresas parceiras, desenvolvendo projetos e analisando estudos de caso com foco especial em IoT.

O EmbarcaTech surge para atender a uma demanda reprimida do mercado de trabalho em tecnologia e engenharia, bem como para acelerar o avanço tecnológico do país por meio da criação de soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios contemporâneos”, destaca Diônes Lima, vicepresidente executivo da Softex.

As seis mil vagas da capacitação inicial serão distribuídas igualitariamente entre as seis instituições participantes, garantindo uma distribuição equitativa de oportunidades. Para participar do EmbarcaTech, os interessados devem atender aos requisitos que serão divulgados por cada instituição executora nos próximos meses. Todos os detalhes sobre o processo de inscrição serão disponibilizados em breve.

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Deeptech Proderme promete revolucionar a administração de medicamentos com a plataforma ProLiveryX

Aliberação de medicamentos é o método ou processo de administração de fármacos e outros xenobióticos para alcançar um efeito terapêutico em seres humanos ou animais. A via de administração oral ainda é a mais tradicional e domina o mercado farmacêutico, respondendo por cerca de 50% dos medicamentos aprovados para uso humano.

Um dos grandes desafios da indústria farmacêutica é otimizar a entrega de medicamentos ao local específico no organismo onde eles exercerão o efeito terapêutico desejado. É aí que entram os sistemas de drug delivery, como a plataforma ProLiveryX da Proderme, deeptech em pré-aceleração pelo Programa Conecta Startup Brasil, uma iniciativa conjunta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Softex e o parceiro executor, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A ProLiveryX permite a administração de medicamentos através da pele de forma indolor e minimamente invasiva, eliminando a necessidade de agulhas. Utilizando adesivos tipo “band-aid” com microagulhas poliméricas, ela facilita a entrada dos medicamentos no sistema do paciente, aumentando a eficácia e a adesão ao tratamento.

Nossa tecnologia possibilita administrar uma ampla gama de fármacos - incluindo moléculas maiores como anticorpos, peptídeos e proteínas - superando as limitações das vias tradicionais de administração, como oral e injetável”, comemora a Dra. Carla Souza, farmacêutica pesquisadora e CEO da Proderme.

CASOS DE SUCESSO

Globalmente, o mercado de soluções transdérmicas está avaliado em US$ 32 bilhões, com um segmento significativo dedicado a macromoléculas e proteínas. A Proderme vê uma oportunidade crescente nesse mercado, particularmente em métodos alternativos aos injetáveis, que devem alcançar US$ 480 milhões até 2030.

Maior adesão e pacientes tratados em casa - A tendência do sistema de saúde global aponta para uma população mais envelhecida e uma maior prevalência de doenças crônicas. A tecnologia da Proderme busca tirar os pacientes dos hospitais, permitindo tratamentos domiciliares que reduzem custos, aliviam a sobrecarga nos sistemas de saúde e garantem a adesão ao tratamento.

Nesse sentido, a parceria com o Hospital Dona Helena tem sido crucial para a Proderme. A colaboração oferece uma oportunidade única de validar suas soluções com feedback direto de médicos e enfermeiros. A troca de conhecimento com os profissionais de saúde tem permitido à Proderme entender os desafios enfrentados no tratamento de pacientes e ajustar suas tecnologias para melhor atender a essas necessidades. Além disso, a parceria facilita a interação com a indústria farmacêutica, explorando novas terapias de anticorpos e proteínas.

Participar do Conecta Startup Brasil tem sido essencial para obter apoio financeiro, acesso a laboratórios e capacitação empreendedora. A resiliência e a capacidade de pivotar a estratégia inicial que tinha como foco o tratamento do Alzhmeimer, permitiram à Proderme continuar avançando e enxergar o potencial de suas inovações em um outro nicho: terapias com macromoléculas.

Além da aplicação humana, a Proderme está desenvolvendo soluções para o mercado veterinário, especialmente para animais de pequeno porte. O Brasil, sendo o quarto maior mercado de pets do mundo, apresenta um grande potencial para a adaptação de terapias humanas para animais.

A Proderme está otimista em relação ao futuro, com metas ambiciosas de crescimento e expansão. A deeptech planeja ter seu produto pronto para o mercado entre 2026 ou 2027, com foco tanto no mercado nacional quanto internacional. A validação técnica e a busca por novos investimentos continuarão a ser prioridade, visando expandir as aplicações da Plataforma ProLiveryX e explorar novas terapias com macromoléculas. Com uma visão de longo prazo, a Proderme está comprometida em transformar a administração de medicamentos e melhorar a saúde globalmente.

SABER MAIS SOBRE A PRODERME

Bloom Edtech propõe moldar o futuro da educação harmonizando personalização

e massificação

Oensino tradicional, que coloca um grupo de alunos em uma sala de aula, tende a massificar a educação, mas perde a valiosa personalização que era oferecida pelos tutores individuais no século passado. Com os avanços tecnológicos, é possível combinar o melhor desses dois mundos: a massificação do ensino e a personalização. Neurociência, tecnologia e inteligência artificial (IA) podem proporcionar uma educação ao mesmo tempo amplamente acessível e individualmente adaptada.

Este é o ponto de partida da Bloom EdTech, deeptech que está na vanguarda dessa transformação.

Nós desenvolvemos e aplicamos tecnologias de IA associadas à neurociência e à gamificação para a aprendizagem adaptativa, criando experiências de aprendizado únicas e individualizadas. Nossa plataforma permite que estudantes aprendam mais em menos tempo. Simultaneamente, ajudamos educadores a identificarem lacunas de conhecimento, tanto individuais quanto coletivas, por meio de dashboards que geram e compilam indicadores de aprendizado”, explica Flávia Gouveia, CEO da Bloom EdTech.

Embora as soluções da Bloom EdTech complementem o trabalho dos professores, a interação com os educadores e com os colegas continua sendo crucial. As tecnologias utilizadas não visam substituir os professores, mas sim potencializar o ensino.

Em processo de pré-aceleração pelo Programa Conecta Startup Brasil, uma iniciativa conjunta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Softex e o parceiro executor, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Bloom EdTech está trabalhando na validação de seu chatbot conversacional. Treinado com o conteúdo específico de cada cliente, a tecnologia da deeptech garante que ele forneça informações precisas e relevantes sem sair do escopo estabelecido. Isso evita equívocos e “alucinações” comuns em outros sistemas de IA.

Globalmente, o mercado de chatbots educacionais está avaliado em R$ 5 bilhões, com o Brasil respondendo por R$ 100 milhões. Com o apoio do Conecta, a Bloom EdTech estabeleceu uma parceria com o laboratório de inovação Pólen da Fiocruz para o desenvolvimento de um chatbot capaz de fornecer respostas sobre dúvidas do público, como informações institucionais e cursos ministrados de forma mais eficiente. O objetivo é disponibilizá-lo tanto ao público geral quanto para os estudantes, melhorando a experiência de todos os usuários.

Nossa participação

no Conecta Startup Brasil tem sido fundamental para superarmos obstáculos tecnológicos e de infraestrutura, nos proporcionando recursos, mentorias e uma rede de contatos valiosa. Com o apoio de parceiros e programas como o Conecta Startup Brasil, estamos prontos para levar nossas inovações ao mercado e impactar positivamente a vida de estudantes e educadores”, avalia Leandro de Campos Teixeira Gomes, CTO da Bloom EdTech.

SAIBA MAIS SOBRE A BLOOM EDTECH AQUI

ACONTECE NO SETOR

ZophIA.tech conquista o Harvard Health Systems Innovation Lab’s Hackathon 2024

AZophIA.tech, solução de inteligência artificial aprimorada por análise geométrica de risco para diagnóstico de esquizofrenia por fala e gestos em dispositivos do tipo ALEXAs/ SegWay, foi vencedora da trilha Saúde Mental no Harvard Health Systems Innovation Lab’s Hackathon 2024, realizado no Hub Brasil no InovaHC-USP no último mês de abril.

Considerando a significativa taxa de erro no diagnóstico da esquizofrenia, frequentemente atribuída a análises subjetivas, a ZophIA.tech se propõe fornecer ferramentas avançadas para auxiliar os médicos na identificação precisa dessa condição. O objetivo é reduzir os impactos traumáticos tanto para os pacientes que recebem diagnósticos equivocados, quanto para aqueles que enfrentam longos períodos até a correta identificação da doença e o início do tratamento adequado.

Após a conclusão bem-sucedida da prova de conceito e do protótipo, a ZophIA.tech está realizando um projeto-piloto no Hospital das Clínicas do Recife. Em um teste de

bancada com 100 pacientes no ambulatório psiquiatria, o registro de acertos foi de 99%. Agora, com consultoria financiada pela própria Harvard e pelo HC-USP, a ZophIA. tech segue para a próxima fase em busca de financiamento internacional para escalar o uso da solução em hospitais, clínicas e em qualquer contexto em que haja interação com potenciais pacientes com esquizofrenia.

O projeto da ZophIA.tech, uma iniciativa de fomento à tecnologia dos Institutos Keizo-Asami (iLIKA) e Ciência e Tecnologia para Engenharia de Software (INES), é um dos 35 selecionados para aceleração na segunda edição do Programa IA² MCTI, uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação executada pela Softex com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital (Setad), e recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Investimentos em

Transformação Digital devem atingir US$ 4 Trilhões até 2027, revela IDC

Os gastos globais com Transformação Digital (DX) devem atingir quase US$ 4 trilhões em 2027, conforme a última atualização do Guia Mundial de Gastos em Transformação Digital da IDC. Impulsionados pela Inteligência Artificial (IA) e IA generativa, os investimentos em DX estão projetados para crescer a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 16,2% durante o período de 2022-2027. À medida que as organizações priorizam a digitalização, os investimentos em DX devem aumentar substancialmente, potencialmente representando até dois terços de todos os gastos com Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) até 2027.

O setor de serviços financeiros está experimentando um crescimento acelerado, com um CAGR de cinco anos de 20,5%. Três casos de uso destacam-se, crescendo bem acima da média: processamento de sinistros baseado em automação de

consultoria financeira em tempo real (29,5%) e experiência bancária digital (29,3%). Todos esses casos são intensivos em dados e dependem fortemente de IA, IA generativa e tecnologias de análise de dados, transformando instituições financeiras em organizações mais eficazes e centradas no cliente, capazes de responder rapidamente às mudanças na demanda dos clientes e ao ambiente macroeconômico em rápida evolução.

A indústria de Manufatura Discreta está prevista para ser a maior investidora em DX durante o período de 2022-2027, com gastos globais de quase meio trilhão de dólares em 2024, crescendo para mais de US$ 700 bilhões em 2027. As principais prioridades estratégicas incluem o engajamento omniexperiência e sustentabilidade. As regiões de maior crescimento serão a América Latina e a China, com CAGRs de cinco anos de 17,9% e 17,4%, respectivamente. Mariya Yahnyuk, analista de Pesquisa do Data & Analytics Group da IDC, destaca que a ascensão da GenAI apresenta tanto desafios quanto oportunidades, tornando crucial que as organizações façam parcerias com fornecedores que possam orientar sobre a alocação de recursos e estratégias eficazes de Transformação Digital.

ACONTECE NO SETOR

CIOs sob pressão: pesquisa Gartner revela desafios e estratégias de orçamento para 2024

Uma pesquisa do Gartner com CIOs revelou que, apesar dos aumentos de orçamento apenas marginalmente acima da inflação e bem abaixo do crescimento esperado em receita, há uma demanda crescente por maior eficiência. A Pesquisa Gartner CIO e Executivo de Tecnologia de 2024 entrevistou mais de 2,4 mil executivos de 84 países, abrangendo todas as principais indústrias, com orçamentos representando aproximadamente US$ 12,5 trilhões no setor público e US$ 163 bilhões em gastos com TI. Os resultados serão apresentados na Conferência Gartner CIO & IT Executive 2024, em São Paulo, de 23 a 25 de setembro.

Luis Mangi, vice-presidente do Gartner, destacou que os CIOs precisam entregar valor comercial a partir de iniciativas tecnológicas, mesmo sem recursos adicionais. CIOs que capacitam equipes de entrega digital de ponta a ponta, em colaboração com outros líderes (CxOs), têm duas vezes mais chances de atingir ou exceder os resultados de seus investimentos em tecnologia. A pesquisa revelou que CIOs com perfil ‘Franqueado’, que consideram outros líderes como parceiros iguais na entrega de tecnologias digitais, são os mais bem-sucedidos, com 63% de suas iniciativas atingindo ou superando os objetivos.

Adotar o modelo de projeto de franquia para entregas digitais é recomendado, permitindo aos CIOs compartilhar a responsabilidade com outros líderes, superando restrições orçamentárias e de talento. Essa abordagem aproveita ecossistemas

existentes e permite colaboração com CxOs para enfrentar desafios como restringir orçamento, gerenciar conformidade, reduzir riscos e capacitar equipes de negócios para fornecer recursos digitais seguros e robustos.

Para adotar o modelo, o Gartner identifica três pilares que podem aprimorar significativamente a entrega digital:

Compromisso com a

Liderança Conjunta:

CIOs que promovem a liderança compartilhada na entrega digital destacam-se, incentivando outros líderes de C-Level (CxOs) a assumirem responsabilidades nas iniciativas digitais. Ao motivar e capacitar seus colegas, os CIOs transformam a entrega digital em uma responsabilidade compartilhada, superando o desafio inicial de engajamento e preparo dos executivos para liderar essas iniciativas.

Entrega Conjunta com Equipes de Fusão:

CIOs ‘franqueadores’ constroem confiança e transparência com seus pares (CxOs) e equipes de negócios através de um envolvimento autêntico. A criação de equipes de fusão, integrando membros de TI e negócios, facilita o acesso às ferramentas tecnológicas necessárias e promove a colaboração, permitindo o desenvolvimento de capacidades digitais de forma eficiente.

Governança Conjunta para Minimizar Riscos:

Para gerenciar conformidade e risco, os CIOs devem implementar uma governança dimensionada e colaborativa. Comunidades de Prática (CoPs) são essenciais para evitar a fragmentação e promover feedback contínuo. Trabalhar com líderes de negócios para recrutar técnicos qualificados e adaptar as práticas de TI ajuda a definir treinamentos e suportes adequados. Colaborar com os CxOs na definição de métricas comuns fortalece o envolvimento e a eficácia das iniciativas digitais.

ARTIGOS

A metalinguagem da IA

Em um mundo onde a tecnologia molda cada vez mais nossa realidade, é crucial discutir os avanços e desafios da inteligência artificial, que promete revolucionar todas as esferas da sociedade. Como executivo de TI, defendo que a inteligência artificial não é apenas uma tendência passageira, mas sim um elemento fundamental na transformação digital das organizações e na busca por soluções inovadoras e eficientes, assim como foi a internet no início dos anos 90.

Esse parágrafo acima está gramaticalmente correto e entrega uma ideia legítima sobre inteligência artificial. Ele poderia ter sido dito ou escrito por um profissional de TI, mas foi feito pelo Chat GPT. Mais do que isso, esse parágrafo introdutório, totalmente feito por IA, trabalha no atacado, mas não no varejo, isto é, não sabe como é o meu cotidiano na empresa, tampouco tem acesso aos dados particulares sobre os quais me debruço diariamente.

O Chat GPT usa informações públicas para produzir conteúdo e esse é um dos seus trunfos. Essa expertise deve ser valorizada e, assim como tem ocorrido, usada à exaustão pela sociedade. Costumo dizer que houve o despertar de uma nova era com essa ferramenta da OpenAI, com a inteligência artificial chegando à população por meio de um celular ou outro dispositivo móvel.

Não tenho dúvida ao afirmar que essa democratização foi revolucionária. Imagine que agora a IA está fazendo uso de um processamento e de um recurso computacional que o ser humano não tinha acesso individualmente. Esse cenário tem causado nas empresas um frisson. É a primeira vez que vemos os C-levels indo (ou retornando?) para a cadeira de sala de aula, tentando entender o que precisam fazer.

Entretanto, para que a inteligência artificial e suas inúmeras aplicações nos atendam no lato sensu e igualmente no stricto sensu, precisamos, enquanto gestores, empreendedores e empresas, fazer o nosso dever de casa, antes mesmo de pesquisar essas soluções. O que muitas companhias não estão se dando conta é que cuidar de dados próprios é a prioridade zero nessa nova era.

Zelar pelos dados requer estar atento à legislação, às peculiaridades de clientes e do mercado no qual estamos inseridos. Empregar esse “data” é benéfico para todos os públicos envolvidos na gestão de informações. Empresas como a Amazon já fazem essa gerência há muito tempo. A Netflix emprega essa personificação a partir das nossas preferências e não é por acaso. No entanto, essa inteligência de dados cruzada com IA não acontece em pequena escala.

A meu ver como gestor e estrategista, a lógica tem que ser invertida: primeiro, os dados; depois, a IA.

Tais dados, isto é, informações que são “de casa” - e claro, em conformidade com a LGPD (L13709) - nos garantem vantagens em relação àqueles que estão usando dados públicos, como é o caso do Chat GPT. Ao fazer uso desta personalização, podemos customizar praticamente tudo, inclusive o atendimento. Consigo entregar para uma pessoa o que ela é, de fato, a partir do conteúdo que ela consome ou da forma a qual se posiciona - e não por meio de uma média ponderada obtida por uma segmentação etária, por exemplo.

Precisa-se de uma arquitetura sistêmica que olhe para essa situação. Além do uso inteligente, é preciso que a datalake esteja segura e hospedada na nuvem, assegurando governança e ética, algo que pode ser logrado por meio da gestão própria das informações dos nossos clientes.

Recentemente, participei de dois eventos do nosso setor - o CIO Brasil e o ERP Summit - nos quais pude debater esse tema, e suas respectivas sensibilidades, sendo que no primeiro a conversa se deu em atividades mais direcionadas com alta liderança e, no segundo caso, proferi uma palestra para engajar um público mais amplo a usar a nossa própria inteligência, com o perdão do trocadilho.

Hoje cedo, quando tirei um expresso na máquina e sentei para escrever esse artigo, cheguei a uma conclusão: empresas que estiverem usando o chat GPT terão respostas muito semelhantes. O que vai nos diferenciar é a forma que gerimos os nossos dados. É essa a diferença, inclusive, entre o primeiro e o último parágrafo deste texto.

Inteligência Artificial: desafios éticos e oportunidades

Afirmar que a Inteligência

Artificial (IA) está se tornando cada vez mais presente em nossas vidas já não é mais novidade. Na verdade, esses sistemas com grande capacidade de aprendizado já estavam inseridos em nosso cotidiano há um bom tempo, influenciando a maneira como consumimos anúncios e conteúdo no meio digital, enviando recomendações de filmes, músicas e etc.

Quem nunca clicou em um vídeo de um artista sugerido no Youtube e se deparou com algo exatamente dentro do seu estilo musical? Isso não passa de um uso simples da Inteligência Artificial.

Agora, com a disponibilização cada vez mais ampla e livre da IA no mercado, todos têm acesso a essa ferramenta de criação e aprimoramento sem limites. Mas esse avanço no acesso à IA trouxe mais que novas possibilidades, ele também ampliou questões éticas importantes que precisamos considerar. Todo o setor de tecnologia está sendo diretamente impactado pela IA e as empresas têm repensado seus produtos para incluir capacidades de IA e oferecê-las aos seus clientes.

Ou seja, há uma grande demanda por profissionais de tecnologia com conhecimento específico em IA, e também por profissionais de diferentes setores que tenham a habilidade de utilizar a IA no seu dia a dia.

A IA Generativa vem mostrando uma capacidade cada vez maior de processar grandes volumes de informação e de gerar conteúdo inovador a partir desta informação. Diferente do que se imaginava inicialmente, a IA não está atuando apenas em tarefas repetitivas e operacionais. Ela está justamente sendo aplicada em áreas que requerem muito conhecimento e criatividade. Com isso, é fundamental que profissionais de diversos setores, inclusive de tecnologia, se atualizem e aprendam a utilizar esta tecnologia a seu favor para aumentar sua produtividade.

Este tipo de tecnologia também causará muito impacto nos próximos anos em serviços e processos, repetitivos ou não, e que ainda dependem do ser humano, mas que poderão ser ainda mais automatizados. Logo, muitos setores ainda serão bastante modificados como produção agrícola, indústria farmacêutica, indústria química, etc.

Para aprofundar a nossa conversa, é importante pontuar que a IA pode ser antiética em vários sentidos, basta que ela tenha sido treinada com esse viés e ser aplicada sem qualquer mecanismo de controle ou moderação. Por exemplo, os sistemas de recomendação e geração de informações podem facilmente ser antiéticos. No caso de uma eleição, se a IA for treinada para ter um viés ideológico, ela impulsionará ou até mesmo filtrará conteúdos a favor ou contra esse viés.

Isso é algo muito sério, pois pode influenciar incorretamente em resultados e informações, gerar conteúdos distorcidos da realidade e causar confusão e problemas diretos para pessoas, empresas e governos. Por isso, é necessário criar formas de auditar as empresas e seus algoritmos de IA com comitês capazes de avaliar o viés de treinamento e resultados dos algoritmos.

Assim, as empresas terão o compromisso de agir rapidamente quando seus algoritmos de IA causarem danos e os governos também agirão em relação a estes danos. Ou seja, é necessário transparência sobre os dados de treinamento e os algoritmos, e também regulação para evitar abusos de pessoas e empresas mal intencionadas.

É fundamental, especialmente no contexto político polarizado, criar mecanismos de regulamentação. Acredito que todos os governos, partidos, empresas e cidadãos devem se preocupar e influenciar positivamente para que isso aconteça.

O Brasil tem mostrado a capacidade de criar leis reguladoras como a LGPD, o Marco da Internet e, recentemente, o Marco Legal das Criptomoedas, portanto acredito que seja capaz de criar regulação para a IA também. O ponto de atenção não é apenas criar a regulação, mas possuir órgãos capazes de implementar o controle.

O fluxo do uso da IA sem regulamentação adequada pode transformar completamente a sociedade através de uma espécie de lavagem cerebral baseada em falhas ou viés dos algoritmos.

Existe ainda a preocupação com a possibilidade de manipulação de imagens, vídeos e vozes. Não acredito que seja viável a proibição do uso dessas tecnologias, mas é viável a regulação e responsabilização em caso de mau uso. Acredito que o uso criativo e para o bem dessas tecnologias pode trazer benefícios para a sociedade, mas é preciso ter cuidado.

A partir desse contexto, é importante que o Estado atue estrategicamente. Há muitos anos já sabíamos que a IA iria influenciar a sociedade como um todo e hoje é importante que governos, empresas e sociedade se mobilizem e invistam em educação e conhecimento científico desta tecnologia.

Generalistas criativos: os novos profissionais na era da IA

Omercado tem dado mais atenção às características comportamentais dos líderes e executivos do que ao conhecimento técnico puro.

A importância do acrônimo CHA – Comportamento, Habilidades e Atitudes, que se tornou conhecido no início dos anos 2000, nunca ficou tão evidente como agora com a popularização da inteligência artificial e outras tecnologias disruptivas no ambiente corporativo.

Confesso que não fui pego de surpresa. Num mundo cada vez mais dinâmico e em constante transformação, o conhecimento técnico realmente envelhece rápido e já não sabemos se vale a pena focar em determinadas áreas que já estão dominadas pela robotização.

Claro que não estou querendo dizer que não precisamos mais de habilidades acadêmicas, mas precisamos escolher muito bem o que devemos nos aprofundar. E, no paralelo, estarmos mais atentos a outros diferenciais, como os comportamentais, chamados de soft skills.

Recentemente, num dos principais eventos de inovação do mundo, o SXSW, que aconteceu na cidade de Austin (Texas, EUA) durante o mês de março, Ian Beacraft, um dos futuristas mais badalados do encontro, afirmou que a IA já está remodelando o perfil do profissional do futuro, com espaço aberto para o que ele chama de “generalistas criativos”.

Entre as habilidades mais valorizadas em um ambiente corporativo cada vez mais diversificado e complexo, estão: a capacidade de se comunicar de forma eficaz, trabalhar em equipe, resolver conflitos, liderar com empatia, apresentar flexibilidade e adaptar-se a mudanças. Essas “soft skills” não são apenas complementares às competências técnicas, mas sim a base para um desempenho diferenciado.

Estamos vivendo um daqueles momentos históricos quando muito daquilo que acreditamos ser importante e fundamental já não é mais. Tudo está mudando a todo momento, inclusive, a cultura corporativa. Nesse ambiente, ganha protagonismo quem consegue lidar com a incerteza, tem coragem para tomar decisões, lidera equipes, não tem medo de errar, bem como encara a resolução de problemas novos de forma criativa.

Como líder empresarial há mais de 40 anos sempre busquei me cercar de profissionais competentes e que também contam com essas características mais acentuadas. No final do dia, o comprometimento com o negócio, o brilho nos olhos e a paixão por resultados é o que diferencia um profissional do outro.

Em um mundo onde a tecnologia avança a passos largos, são essas as características e atitudes que nos tornam humanos e nos diferenciam no mercado de trabalho.

Essa semana me lembrei de um dos fundadores da Internet no Brasil, o empresário Aleksandar Mandic. Em seus cartões de visita – muito utilizados naquela época – ele fazia questão de utilizar a palavra “dono” para descrever seu cargo na empresa.

Ele dizia que nada dava mais confiança a seus clientes do que saber que ele, como dono do negócio, era o principal interessado em fazer com que tudo saísse da melhor forma possível para o cliente.

Pensando bem, ele realmente tinha razão. A atitude de “dono” faz toda a diferença. Um profissional que se sente dono do projeto, do negócio ou da área em que comanda dentro da empresa transpira confiança e inspira os demais. A tecnologia certamente o suportará.

Estou cada vez mais convencido de que nada substitui a emoção e o talento. Como dizem por aí, ninguém será substituído por um robô, mas sim por outra pessoa capaz de utilizar essa tecnologia como apoio para suas estratégias e decisões.

EVENTOS

Sistema Free Flow da Plataforma AI2, que inclui cobrança por trecho, é testado com êxito em Campinas

Aequipe técnica da Plataforma AI2 (Ambiente de Integração e Interoperabilidade) reuniu em Campinas no último dia 22 de abril mais de 50 convidados para a apresentação do piloto de implementação de referência do Sistema Free Flow, integrando soluções tecnológicas de múltiplas empresas o pedágio de livre passagem e sem cancela. O evento demonstrou a possibilidade técnica de operação de identificação e classificação de veículos com múltiplas plataformas tecnológicas de identificação e classificação veicular.

Na oportunidade, foi simulada na Rodovia Santos Dumont, operada pela ABColinas, a proposta do Free Flow inserido na Plataforma AI2 e que contempla a leitura e a cobrança de veículos por meio de identificação veicular através de tecnologias como câmeras, Tags RFID tradicionais, Tag RFID embarcados em componentes automotivos ou na placa do veículo e, também, por meio de aplicativos na eletrônica embarcada de veículos e smartphones.

A plataforma IA2 permite a integração e a coleta de dados dos sistemas de identificação veicular de maneira simples, independentemente da tecnologia utilizada, garantindo segurança e transparência. Ela inclui um mecanismo de gerenciamento de chaves (EGC) distribuído, que possibilita que cada fabricante comissione seus próprios dispositivos no sistema, mantendo a gestão das chaves pelos dispositivos de pista e permitindo auditoria pelos órgãos governamentais.

Os equipamentos de pista - como leitores de tags e outras tecnologias de identificação - podem ser integrados ao sistema com a mesma compatibilidade e segurança já encontrada nos atuais sistemas de interoperação entre as concessionárias de todo o país , favorecendo a implementação imediata do conceito sem aumento de custos ou ajustes profundos nos sistemas existentes.

A flexibilidade para uso de outras tecnologias, mantendo a compatibilidade legada, possibilita a evolução gradual do sistema conforme surgem novas tecnologias, aliviando o Estado do ônus de regulamentar cada uma delas. Além disso, o uso da plataforma AI2 elimina a necessidade de o Estado possuir infraestrutura para controle e geração de chaves de segurança, pois essa responsabilidade é delegada à iniciativa privada.

Os resultados comprovaram que essa arquitetura, que inclui o conceito de vinculação de veículos e cadastro de usuários por meio de aplicativo, é segura, viável e possível de ser oferecida em qualquer rodovia do país por meio de um sistema único de identificação, que permite garantir a arrecadação minimizando a evasão e ao mesmo tempo permitindo a justiça tarifária através do trecho percorrido. A Plataforma AI2 facilita a emissão de chaves pelos fabricantes ou operadores, a auditoria governamental e simplifica o desenvolvimento dos sistemas de controle pelas empresas integradoras, operadoras de sistemas de arrecadação de pedágios e concessionárias ao integrar de forma interoperável múltiplas tecnologias”, destaca Dario Thober, CEO do Centro de Pesquisas Avançadas Wernher von Braun.

Ele cita como benefícios do sistema o aumento da inclusão digital por meio da adesão via plataforma Gov.BR e o aumento da justiça tarifária pela possibilidade de realização de cobrança por quilômetro percorrido sem impactar negativamente a arrecadação do Estado ou dos concessionários devido à infraestrutura adicional necessária para a implementação da cobrança por trecho ter custo marginal quando comparado ao custo dos portais tradicionais.

Essa tarifação mais justa por quilômetro percorrido é possível porque o aplicativo inclui um Tag Virtual implementado como uma solução em smartphones que, quando ativado, possibilita o rastreamento do usuário de forma mais detalhada ao passar por “semipórticos”, portais de detecção mais simples e de custo reduzido.

Os resultados desta bem-sucedida prova de conceito serão agora encaminhados para análise das agências reguladoras de rodovias e transportes.

A Plataforma AI2 é uma iniciativa governamental prioritária do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) executada pelo Centro de Pesquisas Avançadas von Braun e pelo Núcleo Softex Campinas (NSC) sob a coordenação da Softex.

CLIQUE AQUI

E CONFIRA O FREE FLOW DA PLATAFORMA AI2 EM OPERAÇÃO.

Softex participa da Semana de Inovação 2024 em

Ilhéus

Entre os dias 20 e 24 de maio, a cidade de Ilhéus, na Bahia, recebeu a Semana de Inovação 2024, um evento que promoveu debates relevantes e proporcionou uma experiência imersiva em tecnologia e criatividade. Líderes e especialistas se reuniram, oferecendo uma oportunidade única para a troca de conhecimentos e ideias.

O Centro de Convenções de Ilhéus, epicentro da inovação durante o encontro, abrigou uma programação variada, que incluiu laboratórios de inteligência artificial, mesas redondas sobre inovação e negócios, workshops e áreas temáticas. Os participantes puderam se aprofundar nas discussões sobre os avanços mais recentes do mercado.

A abertura contou com palestrantes renomados, incluindo Ruben Delgado, presidente da Softex, que destacou a importância da inovação para o desenvolvimento empresarial.

O presidente sublinhou os avanços tecnológicos do município baiano:

Ilhéus está dando um exemplo significativo para todos nós. A Softex investiu R$ 20 milhões na capacitação no CEPED e também estamos desenvolvendo o primeiro tomógrafo P&D de baixo custo do Brasil, baseado em fotônica, em parceria com Brasília. Ilhéus está nos holofotes do Brasil em ciência e tecnologia. O Sebrae é um parceiro essencial em todas as ações, especialmente em tempos de ampliação da tecnologia”, afirmou.

O encerramento foi marcado pela presença do professor e escritor Leandro Karnal, um dos pensadores mais influentes da atualidade. Karnal discutiu a evolução tecnológica do ponto de vista do indivíduo, destacando a história da comunicação desde a Revolução Industrial até os dias atuais. Ele abordou temas como a convivência com novas tecnologias e a evolução da inteligência artificial, com um tom realista e reflexões profundas.

Durante os cinco dias, o auditório principal do Centro de Convenções de Ilhéus esteve lotado, proporcionando ao público a oportunidade de questionar sobre temas como a importância da ética para os empreendedores, o futuro da educação no pós-pandemia e a criação de uma sociedade mais segura e justa para as mulheres. A iniciativa visou fomentar negócios inovadores, criar um ambiente propício para conexões empresariais e evidenciar o potencial tecnológico de Ilhéus.

RISC-V no Brasil: liderando a era da computação aberta na América Latina

No último dia 14 de junho, o Instituto de Pesquisas Eldorado sediou o evento RISC-V Brasil. O encontro reuniu mais de 200 profissionais, pesquisadores e estudantes de 86 diferentes empresas, tanto privadas quanto públicas. Entre os participantes estava Luciana Santos, Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, que enfatizou a importância da adesão do Brasil à RISC-V International.

Para o Brasil, tornar-se membro da RISC-V International é mais um passo na nossa jornada para fortalecer o ecossistema de empresas e pesquisadores nacionais. Também contribui para aliviar gargalos e expandir a cadeia de suprimentos de semicondutores. Hoje, projetos estruturantes entre o Brasil e outros países estão sendo desenvolvidos para criar circuitos integrados (CIs) de alta complexidade baseados em RISC-V, promovendo uma oportunidade sem precedentes de autonomia tecnológica em áreas estratégicas no Brasil, como aeroespacial, defesa, agronegócio, transição energética e preservação ambiental”, destacou.

Calista Redmond, CEO da RISC-V International, e Balaji Baktha, CEO da Ventana Micro Systems, discutiram a inevitabilidade do RISC-V e seu impacto na indústria. Alessandro Campos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, delineou a estratégia do país em semicondutores, HPC e IA. Empresas como Cadence e casas de design como Chipus, Lumentum e Hwit compartilharam insights sobre as aplicações do RISC-V em seus respectivos campos.

As contribuições acadêmicas incluíram projetos inovadores da UFRGS, Instituto Eldorado, Unicamp e Universidade de São Paulo. Além disso, estudos de caso do Von Braun Labs e da Expertise Solutions demonstraram aplicações práticas da tecnologia RISC-V, destacando sua versatilidade e potencial. O evento foi concluído com uma sessão liderada pelo Instituto Eldorado, resumindo os principais pontos e direções futuras.

O Brasil, através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, é um Membro Premier da RISC-V International.

A adesão contou com o apoio da Softex, coordenadora do Programa Nacional de Microeletrônica (PNM Design).

Web Summit Rio 2024 bate recorde de público

Um dos mais importantes encontros de tecnologia e inovação do mundo, o Web Summit Rio, realizado na capital carioca entre os dias 15 e 18 de abril, reuniu diariamente mais de 34 mil pessoas de 102 países, público 61% superior ao registrado no ano passado.

Esta edição se destacou por registrar o maior número de startups fundadas por mulheres, representando 45% das mais de 1.000 participantes. Além disso, as mulheres conquistaram outros marcos significativos, compreendendo 47,5% do total de participantes e contribuindo com 39% dos 518 palestrantes e debatedores.

O Web Summit Rio 2024 foi palco de discussões importantes sobre inovação e tecnologias emergentes. A inteligência artificial, mais uma vez, se mostrou uma força poderosa, não apenas impulsionando a eficiência na agricultura e nas finanças, mas também elevando a experiência musical a novos patamares. As criptomoedas capturaram a atenção do público, com debates sobre seu papel no cenário econômico global. O big data emergiu como uma ferramenta essencial para a tomada de decisões informadas em diversos setores. Além disso, questões sobre a interferência da geopolítica evidenciaram a ligação cada vez mais complexa entre política e inovação.

A Softex marcou presença como jurada e mentora do PITCH, espaço dedicado ao concurso de startups, desenvolvido em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A vencedora foi a Deco.cx, startup brasileira especializada na criação de sites e que tem em seu portfólio clientes Zee.Dog, Embelleze, Osklen e Baw.

Durante a mentoria, as startups

Aspa, Wavingtest, Tools.Law, Cecyber e Biometrio.Earth tiveram a oportunidade de conhecer um pouco sobre os programas de aceleração e de acesso a recursos equity free oferecidos pela Softex, como Conecta Startup Brasil, e de internacionalização, o Brasil IT+.

Este é o segundo ano consecutivo que a cidade do Rio de Janeiro sedia o Web Summit. O evento foi fundado em Dublin, na Irlanda, e passou a ser realizado tradicionalmente em Lisboa. Em 2023, ele ganhou as edições na América Latina (Brasil) e no Oriente Médio (Qatar).

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