#17 | Pocket Magazine Softex

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Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro

Presidente da Softex

Ruben Delgado

Vice-presidente da Softex

Diônes Lima

Coordenação do projeto

Renata Blatt

@2024 – Revista Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro. Uma publicação institucional. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Jornalista responsável

Fabrício Lourenço – DF2887 JP

Assessoria de Imprensa (MLP)

Karen Kornilovicz

Mário Pereira

Revisão

Karine Serezuella

Diagramação e projeto gráfico

Paula Oliveira

Laura Santos

Caros leitores,

A Revista Softex ganha uma nova edição, repleta de conteúdos que refletem o dinamismo e a importância da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Brasil. Abrimos com uma reportagem especial sobre o Estudo de TIC 2024, elaborado pelo Observatório Softex, que projeta um crescimento de 6,8% para a indústria de TIC. Baseado em uma pesquisa inédita e em fontes oficiais, o relatório oferece uma análise aprofundada do setor, reafirmando a TIC como um dos principais motores da transformação digital e do desenvolvimento econômico do país.

Nas próximas páginas, você encontrará a coluna Acontece no Setor, que traz entre seus destaques o fomento ao PPI Softex e a inovadora tecnologia de Gêmeo Digital, aplicada com sucesso em uma prova de conceito realizada pelo CPQD no Paraná. Ressaltamos também o Projeto Ilíada, que impulsionará o uso de blockchain no Brasil, com um aporte de R$ 23 milhões pelo MCTI, além da parceria inovadora entre Softex Amazônia e o Ministério Público daquele Estado para promover a inovação no Judiciário.

Não deixe de conferir as matérias que abordam o impacto da Inteligência Artificial Generativa (GenAI), cujos investimentos globais devem ultrapassar US$ 27 bilhões até 2030, e o recorde histórico das exportações do Brasil IT+, que atingiram US$ 793 milhões no ano passado.

Também apresentamos um estudo da IDC, que revela como a IA está impulsionando o mercado de semicondutores, e encerramos com um tema essencial para todas as empresas brasileiras: compliance. Fundamental para promover uma cultura ética, transparente e eficiente, o compliance se consolida como uma efetiva ferramenta de gestão que atua preventivamente, trazendo sustentabilidade e integridade para o ambiente corporativo.

Convidamos todos os leitores a explorarem as páginas desta edição e se aprofundarem nas análises, tendências e inovações que moldam o futuro do ecossistema digital.

Venha conferir!

Equipe Softex

SUMÁRIO

Estudo do Observatório Softex projeta crescimento de 6,8% para Indústria de TIC em 2024 6

INTELIGENCIA ARTIFICIAL

Exportações do Brasil IT+ batem recorde e alcançam US$ 793 milhões 10

Plano brasileiro de IA contempla supercomputador e investimento de R$ 23 bilhões em quatro anos

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Adoção da IA no trabalho pode ajudar a economizar 24 dias úteis por ano, aponta estudo 13

SEMICONDUTORES

Investimentos em GenAI devem superar US$ 27 bi até 2030 e ganhar tração no setor de Telecom 16

Estudo da IDC apura que a IA está impulsionando o mercado de semicondutores 18

CASOS DE SUCESSO

Com a plataforma PhytoBloom, a startup SIAPESQ coloca o Brasil na vanguarda da gestão ambiental sustentável 20

SUMÁRIO

Estudo do Observatório Softex

projeta crescimento de 6,8% para Indústria de TIC em 2024

Osetor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Brasil segue como um dos pilares centrais da transformação digital, impulsionando a inovação, a competitividade e o desenvolvimento econômico do país.

Segundo dados da terceira edição do relatório “Indústria de Software e Serviços de TIC no Brasil: caracterização e trajetória recente”, elaborado pelo Observatório Softex, a expectativa é que o setor de TIC cresça 6,8% em 2024.

O relatório, baseado em uma pesquisa inédita de dados primários e em informações de fontes oficiais, oferece uma análise detalhada do setor. Ao longo de seus dez capítulos, o estudo examina o panorama brasi leiro, as tendências de mercado, o comércio exterior, a formação de profissionais, a caracterização das empresas, o mercado de trabalho e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, evidenciando o papel estratégico da TIC na economia nacional.

Por Karen Kornilovicz

Os pesquisadores do Observatório Softex identificaram que a expansão prevista para a indústria de TIC no Brasil está em consonância com as tendências globais. Em 2023, os investimentos mundiais no setor de Indústria de Software e Serviços em Tecnologia da Informação e Comunicação (ISSTIC) cresceram 5,6%, atingindo US$ 3,7 trilhões, com projeção de ultrapassar US$ 4 trilhões em 2024. Globalmente, os Estados Unidos lideram o mercado com 38%, seguidos pela China com 11,4%. O relatório também ressalta o crescimento expressivo da Índia, que teve a maior expansão mundial no setor: 7,9%.

No Brasil, os investimentos no setor ISSTIC alcançaram R$ 552 bilhões em 2023, com previsão de subir para R$ 590 bilhões em 2024. A contribuição do setor ao PIB foi de R$ 321,4 bilhões, o equivalente a 3% do total. Contudo, há uma disparidade regional significativa, com a região Sudeste concentrando mais de 50% dos investi

Este relatório oferece uma visão ampla e detalhada de um setor crucial para o país, destacando tanto as conquistas quanto os desafios enfrentados pela indústria. Embora o crescimento projetado de 6,8% para 2024 seja promissor, é necessário implementar estratégias e políticas públicas que assegurem a competitividade e sustentabilidade do setor no longo prazo”, afirma Diônes Lima, vice-presidente executivo da Softex.

Desafios no Comércio Exterior e Diversidade

O relatório também aborda o comércio exterior, que movimentou mais de US$ 13 bilhões em exportações e importações em 2022, um aumento de 38,7% em relação a 2021. No entanto, o setor enfrenta desafios, como o déficit na balança comercialque chegou a US$ 4 milhões em 2022 e deve aumentar para US$ 8 milhões em 2024 - um crescimento de 33% em comparação com 2023. As importações devem superar as exportações em 14%, o que reforça a necessidade de políticas que fomentem a competitividade internacional do setor brasileiro.

As exportações de Serviços de TIC entre 2023 e 2024 devem crescer 6,75%, ultrapassando US$ 5 bilhões, impulsionadas principalmente pelos serviços de software. Em 2023, as exportações somaram cerca de US$ 4,9 bilhões, dos quais US$ 793 milhões foram gerados por 88 empresas do programa Brasil IT+, executado em parceria pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Softex, destacando o papel crucial do setor de software no crescimento das exportações tecnológicas.

O relatório da Softex também examina a composição e o desempenho das empresas e do mercado de trabalho na ISSTIC. Em 2022, o setor representava 2,88% das empresas brasileiras, com a Indústria de Software concentrando 63,9% do total. Em 2023, foram registradas 19.804 novas vagas de trabalho, com alta demanda por profissionais jovens. Contudo, a diversidade ainda é um desafio, com mulheres (7,8%) e negros (5,0%) constituindo uma minoria significativa na força de trabalho.

Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento e startups em crescimento

Os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) também foram analisados. Em 2020, o Brasil investiu R$ 102 bilhões em Ciência e Tecnologia (C&T), representando apenas 1,34% do PIB, uma queda de 4,29% em comparação ao ano anterior. Essa redução afetou principalmente os investimentos em P&D, que diminuíram de R$ 89 bilhões em 2019 para R$ 87 bilhões em 2020. As Atividades Científicas e Técnicas Correlatas (ACTC) também tiveram uma retração, passando de R$ 17 bilhões em 2019 para R$ 15 bilhões em 2020.

O último capítulo do relatório é dedicado às startups. Em 2023, o Brasil contava com 12.040 startups ativas, refletindo um cenário de empreendedorismo dinâmico, apesar dos desafios. Entre 2000 e 2018, o número de novas empresas de base tecnológica cresceu de 365 para 1.164 por ano, mas houve uma queda acentuada após 2018, com apenas 147 novas startups registradas em 2022.

Atualmente, 59,4% das startups brasileiras operam no modelo B2B (Business to Business), com a maior concentração na região Sudeste (32,95%), seguida pelo Sul (29,32%), Nordeste (25,77%), Norte (6,86%) e Centro-Oeste (5,10%). Os setores com maior número de startups são Tecnologia da Informação (22,31%), Saúde e Bem-estar (13,44%) e Educação

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GRATUITAMENTE A ÍNTEGRA DA TERCEIRA EDIÇÃO DO RELATÓRIO

MERCADO INTERNACIONAL

Exportações do Brasil IT+ batem recorde e alcançam US$ 793 milhões

Nos últimos 19 anos, o Projeto Setorial Brasil IT+ já envolveu mais de 640 empresas interessadas em expandir suas operações internacionalmente. Desenvolvido em parceria pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Softex, ele é o maior e mais abrangente plano de internacionalização competitiva para empresas de software e serviços no Brasil.

Em 2023, o Brasil IT+ alcançou recorde de exportação e adesão empresarial. O volume de negócios gerado pelas empresas participantes do Projeto atingiu US$ 793 milhões, e o número de empresas participantes cresceu de 175, em 2022, para 226. Já o número de empresas exportadoras no Projeto aumentou 67%, passando de 59 para 88.

Esse resultado positivo comprova o acerto de nossa proposta, que é traçar a melhor jornada de internacionalização de acordo com o perfil de cada empresa e de seu mercadoalvo. Oferecemos um pacote de inteligência comercial com capacitação, treinamento, participação em feiras, missões comerciais e análise de mercado, proporcionando uma internacionalização 360° e uma experiência muito mais assertiva”, afirma Diônes Lima, vice-presidente executivo da Softex.

Por Karen Kornilovicz

Para Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, “posicionar o Brasil como um player importante no setor de software e serviços de TI no mercado internacional é fundamental para impulsionar a inovação, atrair investimentos, gerar empregos qualificados e fortalecer a economia nacional em um cenário global cada vez mais digital e competitivo”.

Motivações para a busca de oportunidades no exterior

Empresas buscam a internacionalização para atingir novos mercados, promovendo maior estabilidade e segurança. Essa estratégia diversifica riscos, minimizando os impactos de crises internas ao não depender exclusivamente do mercado nacional. A internacionalização também contribui para a construção e consolidação de uma marca global, aumentando a credibilidade. Atuar em diversos mercados exige inovação para acompanhar tendências tecnológicas e mercadológicas, melhorando a competitividade. No setor de TI, a busca por investimentos no exterior é incentivada por países como Estados Unidos, Canadá, Portugal e Alemanha, que oferecem infraestrutura desenvolvida, políticas de apoio, demanda e capital para investimento em TI.

As empresas apoiadas pelo Brasil IT+ passam por uma análise de maturidade internacional para desenvolver ações customizadas e participam de atividades estratégicas de apoio à internacionalização. São oferecidas ações estruturantes focadas em capacitação e inteligência comercial, além de suporte para a participação nos maiores eventos de tecnologia do mundo, visando prospecção e realização de negócios internacionais com valores subsidiados.

Outros benefícios incluem acesso a informações qualificadas sobre mercadosalvo, validação de produtos e conexão com potenciais clientes e parceiros no exterior, rodadas de negócios e missões internacionais online e presenciais.

Iniciado em 2005, o Projeto Setorial Brasil IT+ visa gerar novas oportunidades de negócios no mercado internacional para as empresas brasileiras, aumentar o volume de exportações, ampliar a exposição da indústria brasileira de TI e fortalecer a imagem do Brasil como um centro mundial de excelência no setor.

INTELIGENCIA ARTIFICIAL

Plano brasileiro de IA contempla supercomputador e investimento de R$ 23 bilhões em quatro anos

Com o objetivo de promover o uso da inteligência artificial no país para enfrentar grandes desafios nacionais, garantindo segurança, direitos, inclusão social, democracia, soberania e desenvolvimento sustentável, foi entregue ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5CNCTI) a proposta do primeiro Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). A solenidade contou com a presença da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; do secretário-geral da conferência, Sérgio Rezende; e de diversas outras autoridades.

O PBIA prevê a aquisição de um dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo e um investimento de até R$ 23 bilhões ao longo de quatro anos. Seu objetivo é orientar o desenvolvimento e a aplicação ética e sustentável da inteligência artificial no Brasil. O plano abrange diretrizes que vão desde a pesquisa e o desenvolvimento até a regulamentação de práticas que garantam a segurança e a privacidade

dos cidadãos. O investimento de R$ 23 bilhões será proveniente do orçamento, do FNDCT, de contrapartidas do setor privado, entre outras fontes.

A proposta visa equipar o Brasil com infraestrutura tecnológica avançada, com alta capacidade de processamento e alimentada por energias renováveis, incluindo o novo supercomputador. Também prevê o desenvolvimento de modelos avançados de linguagem em português, utilizando dados nacionais que reflitam nossas características culturais, sociais e linguísticas.

No PBIA, foram delineadas 31 ações em diferentes áreas, com impacto a curto prazo, voltadas para resolver demandas urgentes nos setores de saúde, educação, meio ambiente, agricultura, indústria, comércio, serviços, desenvolvimento social e gestão do serviço público.

Para mais detalhes sobre a proposta do novo plano, clique aqui.

Adoção da IA no trabalho pode ajudar a economizar 24 dias úteis por ano, aponta estudo

AInteligência Artificial (IA) está se destacando como uma ferramenta poderosa e transformadora no mundo corporativo. Empresas de diversos setores estão adotando soluções baseadas em IA para automatizar tarefas repetitivas, permitindo que seus profissionais se concentrem em atividades de maior valor agregado. Essa revolução tecnológica está aumentando a eficiência operacional, reduzindo custos e otimizando o tempo dos colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho mais produtivo e estratégico.

Um estudo global realizado pela Freshworks, empresa de softwares empresariais impulsionados por IA, revela que o uso dessa tecnologia pode economizar até 24 dias úteis por ano. A pesquisa indica que, em uma semana típica de trabalho, ferramentas de IA podem poupar cerca de 3 horas e 47 minutos considerando uma jornada de 8 horas diárias. Este levantamento, baseado na rotina de mais de 7.000 profissionais de 12 países, incluindo 1.500 do Brasil, México e Colômbia, mostra o impacto significativo da IA na economia de tempo no ambiente corporativo.

As tarefas mais comuns realizadas com auxílio de IA incluem a criação de conteúdo (48%), análise de dados (45%) e análise ou tradução de texto e áudio (45%). A pesquisa também aponta que os setores de TI e Marketing são os maiores usuários de IA, com 89% e 86% dos profissionais, respectivamente, utilizando a tecnologia ao menos uma vez por mês. Em contraste, outros departamentos como jurídico (53%) e atendimento ao cliente (64%) apresentam taxas de uso menores.

Uma descoberta interessante é que muitas empresas adotam IA por medo de perder oportunidades inovadoras. Cerca de 37% dos trabalhadores afirmam que suas organizações utilizam IA para evitar ficar atrás dos concorrentes. Além disso, 47% dos profissionais de TI notam que outros trabalhadores utilizam IA no dia a dia, mesmo sem perceberem. Essa tendência revela a crescente importância da IA nas estratégias empresariais.

Apesar do entusiasmo com a IA, a pesquisa da Freshworks destaca a necessidade de validação humana. Cerca de 72% dos trabalhadores globais confiam que a IA agrega valor aos negócios, especialmente nos setores de TI (84%) e marketing (80%). As principais razões para essa confiança são a qualidade do trabalho (59%), aumento de produtividade (57%) e precisão nas tarefas realizadas (49%). No entanto, 69% dos profissionais preferem que os resultados da IA passem por uma revisão humana e acreditam que a IA nunca substituirá completamente os trabalhadores humanos.

O estudo da Freshworks reforça que, apesar da rápida adoção e do crescente interesse pela IA, o elemento humano continua sendo crucial para maximizar os benefícios dessa tecnologia. À medida que a IA se torna uma parte integral das operações empresariais, a colaboração entre humanos e máquinas será fundamental para alcançar resultados equilibrados e eficazes. A evolução da IA nas empresas, portanto, não eliminará a necessidade do toque humano, mas sim complementará e potencializará suas capacidades.

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Investimentos em GenAI devem superar US$ 27 bi até 2030 e ganhar tração no setor de Telecom

Os crescentes investimentos em IA Generativa (GenAI) são hoje uma tendência já consolidada, tracionada principalmente pelo emprego de assistentes virtuais e de chatbots no processo de atendimento ao cliente. Segundo o Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots, apenas em 2023 foram desenvolvidos no país 671 mil bots.

Cada vez mais o mercado global de IA conversacional está se fortalecendo. É o que registra um estudo da Grand View Research, apontando que até 2030 será alcançada a casa dos US$ 27,3 bilhões em investimentos feitos em soluções deste tipo. Segundo a consultoria norte-americana, isto se traduz em uma taxa de crescimento da ordem de 23,3% ao ano, alavancada em especial pelos segmentos de varejo, e-commerce, saúde, serviços financeiros e telecomunicações.

Bots alimentados por IA generativa estão sendo utilizados para automatizar o atendimento ao cliente (AI conversacional), respondendo às dúvidas mais simples, resolvendo problemas técnicos básicos e até mesmo processando pedidos, o que acaba por reduzir a necessidade de intervenção humana ao mesmo tempo em que aprimora a eficiência operacional.

Os crescentes investimentos se justificam também pelo fato de que, ao operar 24/7, o suporte pode ser fornecido a qualquer momento, com impactos positivos na experiência do cliente. Por permitirem a personalização, os bots viabilizam a geração de ofertas customizadas, com reflexos positivos tanto no processo de retenção de clientes como nas vendas.

Como os bots podem coletar feedback em tempo real durante as interações com os clientes, isto permite que as empresas ajustem rapidamente suas ofertas e estratégias. Do ponto de vista operacional, a IA generativa permite prever falhas na rede, apontando soluções antes que os problemas ocorram, contribuindo assim para a manutenção da continuidade do serviço e para a redução do tempo de inatividade.

Impacto superpositivo no setor de Telecom - As empresas de Telecom também podem se beneficiar diretamente da IA generativa para a gestão de suas redes, com a otimização dos recursos disponíveis melhorando o desempenho e a eficiência. Com a automatização de tarefas repetitivas, os bots podem assumir este encargo, liberando funcionários para atividades de maior valor, reduzindo os custos operacionais.

Não faltam exemplos dos benefícios do emprego da GenAI no setor de Telecom, criando um leque abrangente que inclui eficiência energética, inovação em termos de produtos e serviços, e segurança e prevenção de fraudes. Cabe às empresas deste segmento se prepararem para usufruir dos ganhos gerados pela adoção da AI generativa por meio do planejamento e da implantação de medidas de proteção capazes de vencer desafios gerados neste novo cenário como os relacionados à privacidade de dados e à crescente dependência tecnológica que pode levar a problemas de integração de novas tecnologias e de manutenção de sistemas cada vez mais complexos.

SEMICONDUTORES

Estudo da IDC apura que a IA está impulsionando o mercado de semicondutores

Oprimeiro trimestre de 2024 trouxe grandes avanços para a indústria de semicondutores, conforme apontado pela pesquisa mais recente da IDC. O relatório, intitulado “Mercado Mundial de Fabricação Integrada de Dispositivos de Semicondutores: Classificação dos 10 Principais Fornecedores e Insights”, revelou que o mercado de dispositivos está se estabilizando, impulsionado pela normalização das aplicações de memória e dos níveis de estoque. Este cenário de recuperação surge após o arrefecimento da pandemia de COVID-19, favorecendo o crescimento da fabricação integrada de dispositivos (IDM), com destaque para a memória de alta largura de banda (HBM).

O aumento na demanda por HBM, cujo preço pode ser até cinco vezes superior ao da memória tradicional, pressionou a capacidade de produção da DRAM, elevando seu valor no mercado e, consequentemente, incrementando a receita global do setor de memória. Além disso, a chegada de PCs e smartphones com inteligência artificial (IA) ao mercado exigiu maior conteúdo de memória, o que também foi crucial para o desenvolvimento do setor de memória. Neste cenário, três dos cinco principais fornecedores de IDM no trimestre estavam ligados ao segmento de memória, capturando quase metade da receita dos dez maiores fornecedores.

Entre os dez principais players do setor, destacam-se nomes como Samsung, Intel, SK Hynix, Micron e Infineon. Com a crescente demanda por IA em centros de dados e no mercado de dispositivos, a memória permanece como um dos principais motores para o desenvolvimento do IDM na segunda metade de 2024. A expectativa é que o setor continue a se expandir, impulsionado pelas inovações e pela demanda crescente por tecnologia de ponta.

A área de computação liderou o campo de aplicação do IDM no primeiro trimestre, representando 35% da participação total, um aumento em relação aos 29% do mesmo período do ano passado. O mercado de comunicação sem fio ficou em segundo lugar, enquanto o mercado automotivo enfrentou desafios, apresentando sinais de lentidão devido ao acúmulo de estoques de chips. Já o mercado industrial, focado na redução de estoques, registrou queda acentuada, mas espera-se que ambos os setores tenham priorizado o ajuste de inventário no primeiro semestre de 2024, com previsão de recuperação no terceiro trimestre.

Helen Chiang, Chefe de Pesquisa de Semicondutores da IDC Ásia/Pacífico, destacou que os fabricantes de memória continuarão sendo peçaschave no mercado global de IDM ao longo de 2024. Com a normalização gradual dos níveis de estoque, espera-se que a demanda nos setores automotivo e industrial volte a crescer na segunda metade do ano, contribuindo para o avanço contínuo da indústria de semicondutores.

CASOS DE SUCESSO

Com a plataforma PhytoBloom, a startup SIAPESQ coloca o Brasil na vanguarda da gestão ambiental sustentável

Aproliferação descontrolada de plantas aquáticas, como as macrófitas, é um problema crítico para o setor hidrelétrico. “Essas plantas se aproveitam de condições de desregulação ambiental para se reproduzirem e podem causar prejuízos significativos nas hidrelétricas, muitas vezes exigindo paradas operacionais no fornecimento de energia devido à obstrução dos hidrogeradores, resultando em perdas superiores a R$ 2,24 bilhões por ano apenas no Brasil”, destaca Talles Lisboa Vitória, oceanógrafo formado pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e CEO da SIAPESQ (Sistema de Inteligência Artificial em Pesquisa Ambiental), startup graduada pela INNOVATIO, incuba dora de base tecnológica da FURG. No ano passado, a startup foi premiada como a empresa com maior potencial de impacto social e ambiental no país.

Em fase de pré-aceleração pelo Programa Conecta Startup Brasil, uma iniciativa conjunta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Softex e o parceiro executor, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a SIAPESQ desenvolveu a plataforma PhytoBloom. Esse software de inteligência artificial foi projetado para o monitoramento satelital preditivo e manejo ambiental preventivo de áreas afetadas por desregulações ambientais ou plantas aquáticas.

Nosso software, originalmente criado para a gestão sustentável da pesca, foi adaptado para o setor hidrelétrico, marcando um avanço significativo na gestão ecológica no Brasil. Combinando inteligência artificial, seis meses de intenso trabalho e a colaboração de 15 bolsistas subsidiados pelo Conecta, conseguimos desenvolver um produto robusto capaz de prever desregulações ambientais e eventos críticos de proliferação de plantas com pelo menos 30 dias de antecedência, permitindo a intervenção antes que os danos sejam significativos”, explica Talles Lisboa.

Recursos adicionais de até R$ 1,82 bilhão por ano para o setor

nossa tecnologia pode processar milhares de pontos simultaneamente, trazendo resultados significativos para monitorar a totalidade do reservatório hídrico”, comenta o CEO da SIAPESQ.

Entre os principais diferenciais da PhytoBloom estão a capacidade de monitoramento ambiental em tempo real e a eficiência no subsídio para identificar desregulações ambientais e a proliferação de plantas aquáticas, com informações precisas e confiáveis fornecidas pela IA. “Com essa solução, as hidrelétricas não precisarão interromper suas operações para remover plantas aquáticas, gerando recursos adicionais de até R$ 1,82 bilhão por ano para o setor nacional”, ressalta Lisboa.

Além dos benefícios financeiros, a plataforma oferece maior segurança e controle durante o processo produtivo, alinhamento socioambiental e otimização do tempo.

A PhytoBloom foi desenvolvida em parceria com a Copel (Companhia Paranaense de Energia) durante o Conecta Startup Brasil, com o objetivo de promover uma gestão sustentável e inteligente de reservatórios hídricos. “O uso da inteligência artificial nos permite enxergar o ambiente de forma integrada e preditiva, contrastando com as análises pontuais de menor resolução, mais caras e que demandam mais tempo para geração de resultados, oferecidas pelos sistemas tradicionais. Enquanto as análises tradicionais revelam dados sobre um único ponto,

Incorporamos o meio ambiente como eixo central da solução, utilizando-o para gerir processos de forma a alcançar o que chamamos de máximo rendimento ecológico. Esse conceito, dentro da ecologia, significa usar o ambiente a nosso favor, obtendo o maior rendimento possível sem causar impactos negativos”, enfatiza o oceanógrafo e fundador da SIAPESQ.

Ao longo da trajetória no Conecta, Talles relembra que o maior desafio foi aumentar a robustez da tecnologia, inicialmente projetada para o ambiente oceânico.

Embora ela funcionasse perfeitamente nos oceanos, os ambientes continentais apresentaram desafios únicos. Em um reservatório hídrico, por exemplo, as margens são muito próximas, ao contrário do vasto oceano. Coletar dados no oceano é relativamente simples, mas, para o continente, tivemos que trabalhar com imagens de satélite brutas, realizar um pré-processamento detalhado e, só então, extrair as variáveis ambientais necessárias para rodar nossos modelos. Esse foi o principal obstáculo.”

O programa Conecta proporcionou, além da parceria com a Copel no desenvolvimento da PhytoBloom, a validação de 18% do mercado hidrelétrico brasileiro, estimado em R$ 123 bilhões. A startup também obteve 15 cartas de interesse de empresas como Cemig e Norte–SA, responsável pela Usina de Belo Monte, a maior hidrelétrica do Brasil. “Esses resultados confirmam que identificamos corretamente o problema e oferecemos a solução certa”.

“Validamos que nossa tecnologia funciona e que pode ser aplicada a outros 32 setores produtivos”, acrescenta Lisboa, lembrando que ela foi empregada para analisar o cenário da Lagoa dos Patos após as chuvas que castigaram o Rio Grande do Sul no último mês de maio. O local desempenha um papel fundamental no escoamento das águas na região sul do país.

Quanto aos planos futuros da empresa, Talles destaca que o Brasil, sendo um dos principais players no setor hidrelétrico, pode liderar a tendência de desenvolvimento sustentável.

Desenvolvemos uma solução que, uma vez implementada com sucesso aqui, está pronta para escalar globalmente. Nosso objetivo é colocar o Brasil na vanguarda da gestão ambiental sustentável”, conclui Talles Lisboa.

Com uma visão clara, equipe complementar e metas definidas, a SIAPESQ está pronta para levar suas soluções inovadoras ao mercado global, colocando o Brasil na linha de frente da gestão ambiental sustentável.

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ACONTECE NO SETOR

Projeto Ilíada vai acelerar o emprego da tecnologia

blockchain no país

Para impulsionar o uso da tecnologia blockchain no país, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou o investimento de R$ 23 milhões no Projeto Ilíada.

Com duração até 25 de janeiro de 2026, o Projeto Ilíada faz parte dos Programas e Projetos Prioritários de Informática (PPI), que visam promover o desenvolvimento em ciência, tecno logia e inovação. O projeto é apoiado pelo MCTI com recursos da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, no âmbito do PPI-SOFTEX, coordenado pela Softex.

Executado pela RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) e o CPQD, em parceria com a Softex, o Projeto Ilíada prevê a criação de um observatório para monitorar iniciativas de desen volvimento e adoção da tecnologia por setores como governo, academia e indústria. Também será implantado um testbed para experimentação em blockchain, um laboratório computa cional multiusuário e distribuído para pesquisadores de universidades e empresas criarem redes blockchain baseadas em diferentes frameworks.

A blockchain registra e armazena transações entre usuários como um livro-caixa, protegendo informações pessoais e prevenindo fraudes. Sendo um banco de dados descentralizado, aumenta a segurança e dificulta invasões. Além disso, traz mais transparência, permitindo o rastreamento de

Com fomento do PPI Softex, CPQD

desenvolve gêmeo digital em prova de conceito no Paraná

Atecnologia de Gêmeo Digital permite simular mudanças e inovações em processos de produção com base em informações atualizadas do mundo real, gerando ganhos de produtividade, desempenho ou qualidade sem impactar as atividades normais da indústria. Essa tecnologia foi aplicada em uma prova de conceito (PoC) conduzida pelo CPQD no processo de fabricação de pinos de fibra de vidro da Angelus Odonto, uma indústria de produtos odontológicos em Londrina, Paraná.

A PoC integra a segunda fase do projeto Plataforma de Inteligência de Dados – Gêmeo Digital, desenvolvido pelo CPQD com apoio do Programa Prioritário de Inovação (PPI) Softex. O objetivo foi criar um gêmeo digital do processo industrial de pultrusão, que é a fabricação automatizada de perfis plásticos reforçados com fibra. No caso da Angelus, o gêmeo digital simulou o processo de pultrusão com fibra de vidro e resina, utilizado na produção de pinos dentários.

Marcio Funes, arquiteto de sistemas do CPQD, destaca que fatores como temperatura, umidade, espessura da fibra e qualidade da resina podem afetar a qualidade do produto final na pultrusão. A criação de novas linhas de pultrusão exige um grande investimento financeiro. O uso de um gêmeo digital para simular novas linhas e os impactos do ambiente na qualidade do produto traz um grande benefício para a indústria.

Para isso, o CPQD usou modelagem tridimensional avançada para reproduzir fielmente o ambiente real no mundo virtual, incluindo equipamentos como esteiras, empilhadeiras e a máquina pultrusora. A coleta e integração dos dados foram realizadas pela plataforma Pailot do CPQD, que combina IoT e IA. Norberto Alves Ferreira, gerente de Soluções em IA e IoT do CPQD, ressalta que a precisão do gêmeo digital na simulação das condições operacionais é crucial para avaliar o impacto de fatores externos e desenvolver estratégias de manutenção preventiva e otimização de desempenho no ambiente industrial.

ACONTECE NO SETOR

Softex Amazônia e Ministério Público do Estado do Amazonas firmam parceria para promover a inovação no Judiciário

ASoftex Amazônia, coordenadora do Programa Prioritário de Fomento ao Empreendedorismo Inovador (PPEI), em parceria com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) firmaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para o desenvolvimento de inovações e a implantação de práticas inovadoras no âmbito do judiciário amazonense. A execução, ao longo dos próximos 12 meses, caberá ao Venture Hub Manaus.

A iniciativa coloca o Amazonas na vanguarda da inovação dentro do judiciário brasileiro, servindo como um modelo para outras instituições no país”, Diônes Lima, vice-presidente executivo da Softex.

Ele ressalta que este acordo representa um marco significativo para o PPEI, sendo o primeiro ACT de tal magnitude firmado pelo programa.

Waldenir Vieira, Superintendente-Adjunto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Suframa, complementa:

Este projeto é um marco histórico que integra o Ministério Público do Estado do Amazonas ao ecossistema de inovação tecnológica,

O Projeto Inovação 360 MP Amazonas, que atuará como um pilar central dessa parceria, se desdobra em cinco objetivos específicos que visam transformar o ambiente institucional do MPAM:

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Capacitação em metodologias de inovação: a Softex Amazônia proporcionará treinamentos para os colaboradores do MPAM em metodologias como design thinking, lean startup e agile. Esses conhecimentos serão aplicados na resolução de problemas e na melhoria dos processos internos da instituição.

Identificação e priorização de desafios internos: por meio de técnicas avançadas de mapeamento, entrevistas e workshops, serão identificados e priorizados os principais desafios internos do MPAM. A priorização será baseada em critérios como impacto, viabilidade e urgência.

Mapeamento de soluções inovadoras: para os desafios identificados, o projeto criará e testará soluções inovadoras utilizando abordagens ágeis e centradas no usuário, assegurando que as soluções sejam tanto eficientes quanto eficazes.

Estímulo à mentalidade de inovação contínua: o projeto também visa promover uma cultura organizacional que valorize e incentive a inovação contínua, mediante campanhas de comunicação e reconhecimento de iniciativas inovadoras.

Implementação de uma estrutura de governança: será estabelecida uma estrutura de governança que garantirá a sustentação e a continuidade da cultura de inovação no MPAM, integrando essas iniciativas no planejamento estratégico da instituição.

Com a execução do Projeto Inovação 360, espera-se que o Ministério Público do Estado do Amazonas possa aprimorar significativamente sua capacidade de serviço, beneficiando diretamente a população e contribuindo para o fortalecimento da Justiça no Brasil.

ARTIGOS

Eventos extremos expõem a necessidade cada vez maior de digitalização no setor de Seguros

Dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) apontam que o número de pedidos para pagamento de indenizações de seguros relacionados à tragédia no Rio Grande do Sul chegou a R$ 3,885 bilhões em 19 de junho. Na ocasião, haviam sido realizados 48.870 pedidos de sinistros. A tendência é de aumento nos próximos meses – estimativas apontam que os pedidos devem atingir patamares superiores a R$ 7 bilhões –, se configurando como o maior caso de acionamento de segurados decorrente de um evento único no Brasil.

Esse episódio vivido pelos gaúchos já traz como consequência um olhar mais amplo do consumidor para o mercado de seguros, aumentando cada vez mais a procura por proteção do seu patrimônio e, por consequência, impacto no mercado segurador para se adaptar a essa nova

demanda.

O setor financeiro tem passado por uma intensa digitalização nos últimos anos e espera-se que essa transformação melhore a experiência do cliente, aumente a eficiência operacional, com resultados financeiros melhores. No mercado de seguros era esperado que essa transformação na direção de uma maior digitalização ocorresse nos próximos anos com o avanço do Open Insurance, porém eventos como esse tendem a ser cada vez mais frequentes.

Por isso, há um impulso por uma rápida transição de processos tradicionais e baseados em papel nas seguradoras para plataformas digitais, além de atualização dos sistemas legados com utilização de tecnologia em nuvem, permitindo testar novas tecnologias com suporte de Inteligência Artificial (IA) e uso dos dados de maneira mais intensa.

Vale um aparte aqui: a pressão que as fintechs exerceram de forma positiva aos bancos não se viu na área de seguros quando pensamos nas insurtechs – tentativas ocorreram e ainda ocorrem, porém não há ainda um modelo que possa se colocar como ameaça às maiores seguradoras do país e seus legados bastante conhecidos. Ao invés disso, algumas insurtechs têm sido inseridas nos ecossistemas de algumas das grandes seguradoras, acelerando a modernização e não necessariamente atuando como concorrentes.

Há no país um potencial ainda inexplorado pelo setor, já que a penetração de seguros pode ser considerada baixa. Se anteriormente existia pouca motivação para movimentos em favor de uma modernização e digitalização dos serviços, o mercado segurador se vê diante de desafios de amplitudes nunca antes vistas. Há pouca ou quase nenhuma personalização, sem legados modernizados e, consequentemente, sem produtos personalizados que levem a novos produtos digitais e que permitam a atração de novos clientes.

Aprendendo com outras indústrias, essa transformação forçará todos os participantes do ambiente segurador a lidar com volumes imensos de dados que precisam ser transformados em informação, seja para tomadas de decisão ou melhor atendimento do cliente. Neste cenário, o uso da IA será indispensável para auxiliar nas jornadas de atendimento ao cliente, prevenção de fraudes, produtividade das equipes de backoffice, além de gerar oportunidades para o desenvolvimento de novos

negócios.

Fora do Brasil, a gama de ofertas de seguros é infinitamente superior ao que é visto aqui, onde o brasileiro ainda não vê, em sua maioria, a contratação de um seguro como algo positivo. Entretanto, mesmo no ambiente corporativo, a necessidade de uma apólice não pode ser mais vista como trivial. Segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), 81% das indústrias foram afetadas pelas enchentes, um número muito expressivo na quinta maior economia do país.

De acordo com especialistas, eventos climáticos como os vistos nos últimos 12 meses no RS (antes da tragédia mais recente, o estado já havia sido assolado por fortes chuvas em enchentes em 2023) serão mais e mais frequentes. Neste sentido, a digitalização e a transformação tecnológica no mercado de seguros devem levar, por exemplo, ao uso de ferramentas sofisticadas que ajudem na medição de riscos de forma preditiva. Neste aspecto, a IA já é apontada como uma enorme aliada em potencial.

Além disso, a tecnologia pode ser aliada também em inovações que ataquem os diversos processos burocráticos que envolvem desde a contratação de um seguro, até o processo de acionamento de um sinistro. Bancos que ofertam apólices aos seus correntistas caminham neste sentido, e tal concorrência não deve estar fora do radar de modernizações propostas às seguradoras brasileiras.

Eficiência operacional. Este é um lema que une os desafios de bancos e seguradoras, mas os primeiros estão passos além dos segundos. Padronizar, automatizar e digitalizar processos que, ainda hoje, são humanos é o passo a ser dado pelo mercado de seguros. Contudo, é preciso entender que, ainda que urgente, é um movimento de médio e longo prazo, com alterações de todo o processo de backoffice, notoriamente sensível, e ida de ecossistemas completos para o ambiente de cloud.

São esses movimentos que, adiante, permitirão uma ação e cobertura ainda mais vigorosas e presentes em eventos como os do RS. E, como tudo aquilo que envolve a vida cotidiana das pessoas, há pressa.

TRANSFER

Por que o Global Mindset pode ser bom para a sua empresa e para o país

Nos últimos 20 anos vivemos um período de intensa conexão global, tanto física quanto digital e o impacto dessa nova realidade abriu possibilidades antes inimagináveis. Hoje uma pequena empresa de qualquer região do mundo, com um produto/serviço interessante, pode se conectar para fazer negócios com gente que jamais conheceu. Nosso pão de queijo, nossa coxinha, nosso palmito pupunha, nossas fintechs, startups de biotecnologia, de economia circular, de saúde entre outras poderiam estar em vários lugares do mundo.

Só que não. Dados do Sebrae de 2017 mostram que apenas 0,54% das pequenas e médias empresas estavam conectadas com o mercado global. Tirando algumas commodities, o Brasil perde muitas oportunidades de vender valor agregado e continua exportando matéria-prima para reimportar produtos para o consumo local. Nossa realidade obviamente é fruto de uma série de políticas públicas erráticas, um Estado com uma burocracia que emperra muitas vezes o crescimento da expansão e de uma cultura ainda muito fechada em relação ao mundo exterior motivada também por um grande mercado interno.

Embora essa seja a realidade, nem por isso devemos nos sujeitar a ela perdendo oportunidades interessantes de expandir nossas ideias e negócios. Faça o seguinte exercício: se a sua empresa fosse expandir para fora do Brasil, onde estariam as boas oportunidades? Quais mercados teriam um potencial enorme para a sua ideia/negócio?

Comece por explorar a literatura existente em milhares de páginas no Google, ChatGPT, faça o teste no site Acesse o Mundo do MDIC, conecte-se com as Câmaras de Comércio dos países onde parecem existir oportunidades e comece a compartilhar suas inquietações. Você verá que há uma série de eventos, reuniões e estudos gratuitos que podem te trazer informações valiosas.

Conecte-se com as missões promovidas por instituições como ApexBrasil, Softex e tantas outras para vasculhar mais e maiores oportunidades. Tenha em seu Conselho pessoas com uma vivência internacional para te ajudar a avançar mais e mais nesta jornada.

Você verá que expandir globalmente requer paciência, pode calcular 5 a 10 anos. Muito aprendizado, verificará que pensar global traz melhorias para seus produtos/serviços locais porque afinal, você está sendo impactado por soluções que existem em mercados mais maduros ou completamente virgens e nada como a comparação para melhorar cada vez mais.

Em seguida, comece a se preparar. Faça cursos, planeje-se para introjetar em sua empresa uma cultura mais aberta a novos mercados, novos comportamentos, novas ideias. Isto fará com que as pessoas comecem a perceber movimentos globais que acabarão por impactar o seu negócio.

Essas mudanças estão acontecendo em velocidade cada vez maior. Para avançar nesta jornada você verá que será necessário contar com um Conselho (pessoas de diferentes habilidades, prontas a ajudar sua empresa a aumentar sua resiliência no mercado, não mais local, e sim global).

Rede de cooperação

Você perceberá que criar uma rede de parceiros nos países de seu interesse te permitirá tomar as melhores decisões sem que para isso você tenha que desembolsar grandes investimentos. Ir depurando esta rede será fundamental mais para frente.

Vamos dizer que agora, você fechou um primeiro negócio com um cliente em um determinado país e se prepara para entregar o que foi combinado.

Só que as coisas não foram tão bem quanto imaginado.

Este aprendizado certamente impactará sua empresa local e contribuirá para a melhoria de processos e abertura para novas ideias. Tentativas e erros farão parte de sua evolução global como fizeram parte do nascimento de sua empresa até os primeiros faturamentos regulares. O importante será aprender rápido, adaptar e seguir em frente.

Digamos agora que você fechou outro negócio e que desta vez tudo foi super bem gerando uma demanda enorme, inesperada por parte do mercado em outro país. Aqui aparecem novamente o Conselho e os parceiros locais com os quais você interagia lá no início sem ter um negócio ainda. Mas, isto vai obrigar as equipes dos diferentes países a interagir mais intensamente. E isso pode gerar problemas de relacionamento, falta de compreensão das nuances de linguagens/idiomas e diferentes processos.

Esta fase será mais uma vez extremamente rica para que as duas partes façam uma amálgama de boas práticas e encontrem uma linguagem comum. Questões culturais envolvem uma das partes mais difíceis da jornada por incrível que pareça. Você precisará contar com gente que faça o meio de campo conhecendo ambas as culturas.

No fim do túnel, você verá sua empresa se desenvolver com uma mentalidade diferente de quando você só pensava no mercado local. O mundo começa a se abrir à sua frente e mercados nunca dantes pensados poderão solicitar serviços e produtos a partir de entregas de projetos mais visíveis globalmente falando.

Contando assim, parece muito simples, mas não é. São inúmeras as nuances do processo de fazer a empresa contar com Global Mindset em seus colaboradores. Mas uma coisa eu posso garantir: empresas conectadas globalmente aumentam sua resiliência para enfrentar as intempéries do mundo empresarial adquirindo melhores práticas e rejeitando a cultura da acomodação.

Isso é bom para a empresa e bom para o país que passará a exportar percentualmente muito mais do que commodities e, sem pensar você estará contribuindo para aumentar o valor da marca Brasil, pois cada pessoa que se conectar com a sua solução estará absorvendo um pouco do país que a produziu e aumentando seu interesse por novos produtos.

Mas essa é outra história que fica para a próxima vez.

Internet das Coisas (IoT): uma das sete tendências para o setor de logística

Oano de 2024 reserva para a logística algumas tendências que considero decisivas para um salto de produtividade, eficiência e sustentabilidade ao setor. Enumero sete tendências, as quais detalho na sequência. De imediato, gostaria de chamar a atenção para alguns pontos.

Importante reafirmar que o transporte de cargas continua a ser uma espinha dorsal vital para economias em todo o planeta. Não é diferente com o Brasil. Se almejamos estabelecer um crescimento contínuo de nosso Produto Interno Bruto (PIB), devemos priorizar nossa infraestrutura.

Emerge como elemento crucial a gestão eficiente de nossa frota de caminhões. O modal rodoviário responde por 75% do transporte de cargas no país. Uma gestão eficiente, que inclua automação, conectividade e outras inovações, é fundamental para garantir a eficácia, a sustentabilidade e a competitividade das operações logísticas.

Felizmente, neste ano várias tendências inovadoras estão redefinindo o panorama da gestão de frotas de caminhões, impulsionadas por avanços tecnológicos, exigências regulatórias e uma crescente demanda por práticas mais sustentáveis e eficientes.

Vamos, então, às sete tendências propriamente ditas:

Eletrificação de frotas de caminhões: a transição para caminhões elétricos está se acelerando, motivada pela necessidade de reduzir emissões de gases do efeito estufa, e atender a regulamentações ambientais mais rigorosas. Além dos benefícios ecológicos, a eletrificação das frotas de caminhões promete reduzir significativamente os custos operacionais, visto que veículos elétricos requerem menos manutenção e têm um custo menor de energia comparado ao diesel.

Tecnologia de conectividade e IoT: a adoção de tecnologias de Internet das Coisas (IoT) está transformando a gestão de frotas de caminhões, permitindo a coleta e análise de dados em tempo real sobre a condição do veículo, localização e comportamento do motorista. Essas informações possibilitam a otimização de rotas, manutenção preditiva e melhor gestão de recursos, elevando a eficiência operacional a novos patamares.

Automação e veículos autônomos: a automação na gestão de frotas de caminhões está ganhando terreno, com o desenvolvimento e teste de veículos autônomos. Embora a adoção em larga escala ainda esteja no horizonte, o uso de tecnologias de assistência à condução já está melhorando a segurança e eficiência. A expectativa é que, à medida que essas tecnologias amadureçam, elas transformarão significativamente as operações de transporte de cargas.

Gestão avançada de dados e análise preditiva: a capacidade de analisar grandes volumes de dados em tempo real está permitindo uma gestão mais inteligente de frotas de caminhões. Utilizando algoritmos de análise preditiva, as empresas podem prever problemas de manutenção antes que ocorram, otimizar rotas de entrega e melhorar a eficiência do combustível, resultando em economias significativas e redução do impacto ambiental.

Sustentabilidade e eficiência energética: a pressão por operações mais sustentáveis está levando a uma ênfase renovada na eficiência energética dentro da gestão de frotas de caminhões. Isso inclui a implemen-

tação de tecnologias limpas, como caminhões elétricos e híbridos, e a adoção de práticas que reduzem o consumo de combustível, como treinamento de motoristas para dirigir de forma mais eficiente e o uso de pneus de baixa resistência ao rolamento.

Segurança e bem-estar do motorista: a segurança continua sendo uma prioridade máxima, com empresas investindo em tecnologias avançadas de assistência ao motorista, sistemas de monitoramento por vídeo e programas de treinamento focados na saúde e bem-estar dos motoristas. Essas medidas não apenas ajudam a reduzir a taxa de acidentes, mas também abordam questões importantes de saúde mental e física dos motoristas, essenciais para a retenção de talentos.

Flexibilidade e resiliência logística: o ambiente de negócios em constante mudança exige que as frotas de caminhões sejam mais flexíveis e resilientes. A gestão de frotas está se adaptando com soluções que permitem uma rápida reconfiguração das operações de transporte em resposta a interrupções na cadeia de suprimentos, demanda flutuante e mudanças nas regulamentações. Isso inclui a diversificação de rotas, a adoção de tecnologias.

Como se vê, a tecnologia está diretamente relacionada a todas essas tendências. É chegado o momento de darmos um passo rumo à transformação digital da logística, em todos os elos e fluxos envolvidos.

Por Caroline Barroso da Silva Pelo Mundo com Compliance Assessoria, Especialista em Governança, Compliance e Proteção de Dados

Por Lorrane Calado Mendes Compliance Officer na Pelo Mundo com Compliance Assessoria

Fortalecimento institucional da Softex: inovando com compliance

QUEBRANDO PARADIGMAS

O compliance deve ser visto como uma ferramenta de gestão que embora tenha suas raízes em instituições financeiras, ele vem sendo cada vez mais associado a um modelo de gestão que busca uma cultura ética, transparente e eficiente, que atua numa lógica de prevenção e não de remediação.

A maioria das pessoas tem a tendência de associar a necessidade de atuar com base nas práticas de compliance quando uma determinada organização atua na área financeira, já que muitos acreditam que o compliance está diretamente ligado apenas as questões que envolvam riscos de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro. O que não deixa de ser verdade em parte, mas seria muito reducionista pensar em compliance apenas para tratar esses três tipos de riscos.

Existe ainda a crença entre organizações do terceiro setor de que, como não agem com fins lucrativos, a possibilidade de práticas erradas é reduzida – o que também não é verdade. Organizações do terceiro setor, em muitas ocasiões, agem em nome do governo e de outros atores que destinam recursos para que possam ser revestidos em políticas públicas. Com isso, a responsabilidade na tomada de decisão é enorme. Uma política pública executada de forma inadequada, com ausência de transparência na prestação de contas e sem considerar as leis aplicáveis, pode trazer consequências financeiras, jurídicas, prejuízo de imagem institucional e o mais grave, a qualidade do serviço prestado à sociedade fica comprometida, trazendo consequências para a sociedade que se beneficia dessas políticas.

CONSTRUINDO UMA CULTURA DE COMPLIANCE

Em 2020, a Softex, como forte representante do terceiro setor, buscou aprimorar o “interno” para impactar o “externo”, decidindo fazer parte do número crescente de organizações que se tornaram atores ativos de mudança corporativa e social, por meio da estruturação de um Programa de Compliance. Assim, iniciou-se um estudo detalhado da Softex que resultou num diagnóstico institucional que guiou todo o processo de elaboração, implantação e monitoramento do atual Programa de Compliance e Proteção de Dados da Softex.

Vale ressaltar que o compromisso da Alta Gestão da Softex, somado ao envolvimento de todos os colaboradores e líderes nesse processo de mudança, fez toda a diferença no denso trabalho de conscientização interna, para que os níveis estratégicos, gerenciais e operacionais pudessem estar em harmonia, a fim de que o processo de mudança ocorresse de forma voluntária e consciente – e não impositiva.

DESAFIOS

Como qualquer outro processo interno, é fato que a resistência à mudança e questões “culturais” do tipo “eu sempre fiz assim” são os maiores desafios para uma organização, e com a Softex não foi diferente. Por isso, a Softex tomou como premissa trabalhar a conscientização interna e ministrar treinamentos, workshops e palestras sobre o assunto para garantir o envolvimento de todos. Isso foi fundamental para alcançar os resultados desejados, afinal, não basta ter apenas um programa implantado e institucionalizado, é necessário garantir sua eficiência na prática.

RESULTADOS

Em quatro anos de plena gestão com base nas práticas de compliance, a Softex tem muito do que se orgulhar. Anualmente são realizados workshops e treinamentos para seus colaboradores e fornecedores, a maioria dos seus processos operacionais foram mapeados e normatizados por meio de políticas institucionais, e houve ainda a implantação de um Canal de Preocupação para que o público interno e externo possa levar suas preocupações.

Atualmente, a Softex conta um Código de Conduta e um processo de onboarding institucionalizado para que os novos contratados possam entender e se comprometer com os princípios e valores defendidos pela instituição, além de ações de mitigação de risco por meio da implantação de controles internos. No campo da proteção de dados, a Softex implantou medidas técnicas e administrativas para garantir a privacidade dos dados tratados no âmbito de sua operação, a exemplo uma Política de Privacidade e Segurança da Informação em atendimento à Lei Geral de Proteção de Dados.

Em quatro anos do Programa de Compliance e Proteção de Dados da Softex, algumas ações precisam ser evidenciadas, como o envio de dezenas de banners digitais de comunicação para seus colaboradores como uma estratégia de trazer a memória o compromisso de cada um com o Programa; muitas solicitações recepcionadas por meio dos Canais de Preocupação e de Privacidade da Softex, o que demonstra a confiança na atuação ética da Softex; mais de 85% da instituição em status de conformidade com base nos treinamentos e workshops institucionais ministrados; um número considerável de solicitações internas recepcionadas que demandaram atuação direta e imediata do Compliance, o que em sua maioria culminou na implantação de controles internos; quase cem atividades de tratamento de dados inventariadas; além de reuniões periódicas de alinhamento para operações de compliance e Proteção de Dados com os setores internos e a Alta Gestão.

Vale destaque para a preocupação da Softex em envolver a sociedade nessa temática, o que resultou na elaboração de material autoral da Softex sobre Proteção de Dados, conduta ética e um Guia sobre a LGPD, o que pode ser confirmado pelos mais de mil downloads realizados pelos que acessam o site oficial da Softex. Além disso, a Softex conta com uma equipe jurídica e de compliance que atua no gerenciamento de riscos potenciais, realizando a devida diligência interna e externa das operações para assegurar um ambiente de segurança para a tomada de decisão da Alta Gestão.

FUTURO

É evidente o compromisso da Softex com a ética, transparência, melhoria contínua e sustentabilidade na sua gestão e acima de tudo seu comprometimento com a melhor entrega para a sociedade em forma de execução e/ou coordenação de projetos. A Softex continua acompanhando o movimento mundial de organizações que já entenderam que as boas práticas de compliance podem trazer mudanças significativas para uma organização e, principalmente, para a sociedade como um todo.

A Softex tem se desafiado a cada dia na busca pela excelência de sua gestão, buscando inovar não só no seu nicho de atuação, mas quer deixar sua marca por meio de uma gestão inovadora, preocupada com o bem-estar de seus colaboradores, focada na eficiência de seus processos internos e agindo sempre em conformidade com a legislação.

No futuro, com certeza veremos a Softex como modelo a ser seguido por muitas organizações do terceiro setor, certos de que a caminhada até aqui na busca pela excelência por meio das práticas de compliance não foi fácil, mas a cada dia tem se mostrado recompensadora.

EVENTOS

Senac Amazonas e Softex realizam DemoDay

Para marcar a graduação dos 60 alunos que participaram do Programa de Desenvolvedor Full-Stack, o Senac Amazonas em parceria com a Softex promoveu o DemoDay, encontro que reuniu oito projetos concebidos pelos participantes. A iniciativa integra o Programa Capacita Amazônia, que visa qualificar pessoas em quatro eixos temáticos: empreendedorismo, inovação, profissionalização e tecnologia.

O objetivo do DemoDay foi apresentar soluções tecnológicas inovadoras por meio de aplicativos, promovendo a colaboração e a adaptação à rápida transformação digital, e também fomentar o networking entre novos desenvolvedores e o ecossistema de inovação.

Apresentar publicamente os trabalhos dos nossos alunos de desenvolvimento full-stack é uma forma de reconhecer o esforço e dedicação, promover oportunidades e fortalecer o portfólio, além de trabalhar o desenvolvimento das soft skills que contemplam habilidades como a comunicação, trabalho em equipe e resolução de problemas. Nossa intenção é criar um ciclo positivo beneficiando tanto os indivíduos quanto a comunidade acadêmica e o profissional como um todo”, explica Nailson Andrade, diretor acadêmico da Faculdade de Tecnologia Senac Amazonas.

Conheça os oito projetos apresentados no DemoDay:

BemPets

Mr. Servs

Disponibiliza serviços de cuidadores de pets por meio de uma plataforma online para tutores que precisam viajar, garantindo o bem-estar dos animais de estimação.

Sistema web para oferecer diversos serviços, como encanador, eletricista e babá, contribuindo para o empreendedorismo na comunidade local.

Tucandeira

WebTech

Book Swap

Plataforma online para captação de clientes por meio do desenvolvimento de landing pages, websites e planos básicos de marketing para empreendedores individuais e pequenos negócios.

Plataforma online que conecta pessoas com interesses literários comuns para a troca de livros em uma comunidade.

CareApp

iFestou

Select Solution

Facilita o acesso à saúde de qualidade, conectando pacientes a profissionais e serviços médicos através de uma plataforma intuitiva, tanto online quanto presencial.

Conecta prestadores de serviços do ramo de eventos a clientes potenciais, oferecendo praticidade e avaliações que se adequam ao orçamento do interessado.

Plataforma que intermedia a contratação de profissionais qualificados para diversos serviços, negociando mão de obra e disponibilidade de horário.

Reforço Plus Auxilia alunos com reforço escolar em matérias específicas através de sessões online.

EVENTOS

Conecta Startup Brasil reúne startups, parceiros e investidores em seu Demoday

OPrograma Conecta Startup Brasil, uma iniciativa conjunta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Softex e o parceiro executor, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), promoveu nos dias 4 de 5 de setembro seu Demoday, evento que marca a reta final desta segunda edição.

Realizado de forma online, o encontro reuniu 25 startups selecionadas para a fase 3, que realizaram pitches de quatro minutos para uma banca de avaliadores composta por representantes da Anjos do Brasil, FEA Angels, ICC Biolabs, Ventiur, Vibee Hub e WOW Aceleradora.

Nesta segunda edição, o Conecta impactou positivamente mais de 120 mil pessoas, gerou mais de 50 conexões entre empresas e startups, proporcionou 36 horas de speed datings, contou com mais de 1.300 participantes nas capacitações realizadas ao longo de 10 meses e distribuiu mais de R$ 4 milhões em subvenção econômica.

Acreditamos firmemente que a inovação aberta é um catalisador para a transformação do setor produtivo. É por meio das conexões entre empresas e startups, da capacidade de compartilhar conhecimentos e do acompanhamento técnico na criação de soluções tecnológicas que impulsionamos a revolução industrial que desejamos ver no Brasil”, destacou Isabela Gaya, gerente de Difusão de Tecnologias da ABDI, na abertura do evento.

Daniel Almeida, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, ressaltou que o ministério tem desempenhado um papel fundamental na construção de um ecossistema de inovação mais robusto e dinâmico em todo o país. “Nosso objetivo é proporcionar às startups as ferramentas e o suporte necessários para transformar ideias e projetos de pesquisa em soluções concretas que respondam às demandas reais do mercado. Nesta edição, tivemos a oportunidade de ver como o Conecta contribuiu diretamente para a consolidação de práticas de inovação aberta e para a conexão entre diferentes atores, envolvendo não só grandes corporações, mas também um número crescente de micro e pequenas empresas”, celebrou o secretário.

Para Olival Freire Junior, diretor científico do CNPq, o impacto do programa vai além dos números e tem impacto na integração entre empresas, pesquisadores e empreendedores. “Ele se reflete na nossa capacidade de transformar o Brasil em um ambiente propício ao desenvolvimento tecnológico. Ver esses projetos, que começaram como ideias em laboratórios e centros de pesquisa, se transformarem em soluções tecnológicas no mercado é uma prova concreta do poder da ciência e da inovação para mudar realidades”, enfatizou.

O primeiro dia do Demoday foi dedicado às apresentações de startups dos eixos temáticos de saúde, impacto social e ambiental. No segundo dia, o foco foi direcionado para a indústria e soluções corporativas. Durante a tarde, ocorreram as tradicionais rodadas de negócios do

Conecta Startup Brasil, onde as startups tiveram a oportunidade de conversar individualmente com empresas, aceleradoras e investidores.

O evento foi encerrado com o reconhecimento das startups que mais se destacaram em suas regiões, com base nas pontuações atribuídas pela banca avaliadora. As startups premiadas foram: SIAPESQ, uma deep tech de IA focada em pesquisa ambiental e inovação em monitoramento satelital (Sul); Noleak, que desenvolve soluções inovadoras baseadas em IA para a área de Defesa e Segurança (Sudeste); Dyona, especializada em sistemas ciberfísicos (Centro-Oeste); Puba, uma solução sustentável para a produção de ativos vegetais (Nordeste); e Getter, que atua nas áreas de saúde, segurança do trabalho, gestão de processos e controle de qualidade com aplicação de IA (Norte). A avaliação dos pitches considerou os seguintes critérios: problema e solução; potencial de mercado, modelo de negócios e time.

Para Ruben Delgado, presidente da Softex, “o Demoday conclui mais um ciclo importante para as startups e para o programa. Além de marcar o final do processo de aceleração, esse encontro nos permite aproximar as melhores startups de potenciais parceiros e investidores. O impacto gerado por essa iniciativa se reflete diretamente na criação de novas empresas, no desenvolvimento de tecnologias disruptivas e na formação de uma nova geração de empreendedores que estão moldando o futuro do Brasil.”

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