LEAN CONSTRUCTION
®
APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS LEAN THINKING À CONSTRUÇÃO CIVIL
João Paulo Pinto e António Flor COMUNIDADE LEAN THINKING, 2011 Jan 01
ISTO É-LHE FAMILIAR? Demasiado desperdício em material? Material que não é aproveitado? Necessidade de fazer reparações no trabalho realizado (ex. demolir trabalho feito); Nos locais de trabalho há sempre qualquer coisa que não funciona? (não há espaço para trabalhar, os trabalhos anteriores não estão prontos, falta material, falta equipamento, falta o subempreiteiro); O local de trabalho está sempre desarrumado; Os trabalhadores estão mais tempo parados que a trabalhar; Queixas de quem contrata o trabalho; Problemas com os subempreiteiros; João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
2
de
QUER O SEGUINTE PARA A SUA EMPRESA? Aumentar margens. Aumentar a produtividade dos seus colaboradores. Cumprir prazos. Reduzir desperdícios. Então, nós temos a solução… João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
3
de
QUE TIPO DE SISTEMA É A CONSTRUÇÃO? Sistema de produção baseado em projectos; Sistema fixo de produção (o “todo” é montado por partes; colaboradores completam processos um produto “estacionário”); O produto final é enraizado no local; Produto final sujeito a frequentes alterações do cliente final ou de intermediários (ex. arquitecto); Processos sujeitos a frequentes incertezas (ex. clima) e a inputs por parte do cliente (ex. alterações) e fornecedores (ex. atrasos); Gestão orientada por directrizes. João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
4
de
Sistema logístico complexo; Um novo produto é um novo projecto! Necessidade de reconfigurar toda a cadeia logística; Longos tempos de setup (mudanças e preparação); Tendência para a optimização/gestão local em detrimento do todo; Sub-sistemas complexos, ex: Planeamento e a programação de actividades; Gestão de recursos e subcontratados; Gestão da manutenção; Gestão de frotas. João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
5
de
FASES DE UM SISTEMA DE CONSTRUÇÃO concepção/design desenvolvimento
execução conclusão
Apesar da representação linear, a realidade deste sistema é bem oposta! João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
6
de
STATUS ACTUAL … Entre 40 a 50% dos projectos de construção são realizados fora dos programas (atrasados!); Os principais agentes de custo nos projectos de construção resultam de ineficiências de planeamento e de gestão (não em custos de materiais ou de mão-de-obra); Confiança e integridade são tidos como ingredientes fundamentais para melhorar a comunicação e a colaboração entre todos…
João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
7
de
Mais de um terço dos proprietários de obras afirmam que o sistema de controlo não é o mais adequado às suas necessidades; Estes identificam a Gestão de Projectos e o Controlo de Custos como as áreas que mais carecem de melhorias; Existe uma clara tendência entre os proprietários governamentais e os “quase-públicos”para uma separação do processo “design-orçamento/propostaconstrução” em fases distintas de forma a julgar as opções que melhor satisfaças as suas necessidades
João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
8
de
Principais preocupações dos Proprietários de Obras: Confiança e integridade no processo de construção; Coordenação e colaboração entre os elementos da equipa e em toda a cadeia logística; Melhoria das relações entre todos os elos da cadeia logística, incluindo o cliente final; Mais consciência dos Eng/Arq para as questões de custo e de tempo dos projectos; Juntar empreiteiros, subempreiteiros e fornecedores para o desenvolvimento (envolvendo-os o mais cedo possível); Definição clara dos procedimentos e conteúdos de trabalho; Fornecimento de dados e informações mais completas para os locais de trabalho (evitando dúvidas e eliminando a necessidade de improviso no momento da execução); Responsabilidade do proprietário sobre o processo; Capacidade de resposta nos processos de tomada de decisão; Alcançar uma boa definição dos projectos. João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
9
de
Os proprietários de obras (gestores) estão a aperceber-se que as suas abordagens à construção podem de facto potenciar a ineficiência e aumentar custos – ou, em contraste, estão a aperceber-se que uma estratégia adequada pode criar um ambiente aberto e colaborativo no qual o trabalho é realizado rapidamente e de forma correcta.
João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
10
de
NÍVEIS DE GESTÃO EM CONSTRUÇÃO Actualmente, os gestores da construção (GC) focalizam-se nesta caixa: no processo de transformação
ORGANIZACIONAL PROJECTO ACTIVIDADES
PROCESSO ACTIVIDADE TAREFA
João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
Estrutura da Empresa Construtora – múltiplos atributos dos projectos; Detalhe do projecto de acordo com as especificações, desenhos, custo, tempo e recursos; Status das actividades vs. valores orçamentados (tempo e custo), utilização de recursos… Ênfase nas funções diárias; Escolha dos métodos de construção; Decisões na sequência de actividades; Gestão de negociações comerciais.
11
de
As actuais práticas de gestão da construção têm algumas lacunas graves: Optimização local em detrimento do global (é necessário uma abordagem integrada); A utilização de métodos baseados no CPM/PERT são limitativos dado que apenas focam na gestão de actividades ignorando aspectos como a utilização de recursos e outros; Planeamento e programação são normalmente resultado de processos informais: O programa (schedule) não é o plano. O programa é (s simplesmente um componente do plano de implementação do projecto. O plano é revisto e detalhado à medida que ganhamos maior compreensão do projecto e obtemos mais detalhe. João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
12
de
João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
13
de
GC: PRÁTICAS COMUNS
ACTIVIDADE
TAREFAS
A construção é função do lead time (LT): LT = Conversão + Manuseamento + Inspecção + Espera Conversão: valor acrescentado
95-99% de Desperdício que se manifesta sob a forma de: • Inspecções e Esperas…
A ênfase da GC tem sido na redução da componente Conversão através da tecnologia, automação e em alguns casos da modularização.
João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
14
de
Porque é que a ênfase tem sido colocada na redução do tempo de conversão se a maior parte do LT está nas esperas e nas inspecções?
João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
15
de
AS PRÁTICAS DE GC EM RESUMO… Centradas na actividade: ignoram o efeito do fluxo de trabalho; Variação no desempenho; Optimização do desempenho ao nível da actividade (local) para aumentar a produtividade ou a velocidade; Controlo baseado nos desvios (monitorização); Cada elemento/parte no projecto protege a sua “quinta”; Pouca capacidade para aprender – repetição frequente de erros; Ignora a criação e a entrega de valor a todas as partes interessadas. João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
16
de
MUDANÇA DE PARADIGMA Os proprietários querem muito mais que tempo/custo/qualidade! É preciso considerar as restantes partes interessadas e garantir que o valor lhes é entregue… C
T P
antigo paradigma Q
C Legenda: Q – Qualidade C – Custo T – Tempo A – Ambiente P – Pessoas R – Recursos
A novo paradigma
T
Q
R
COMO conseguirá a indústria de construção responder aos novos desafios se teve tantos problemas com o modelo anterior? João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
17
de
O QUE É A LEAN CONTRUCTION? CONTRUCTION Lean Construction (LC) é gerir os processos de construção através de: Gestão de actividades (integrada e sistemática); Gestão de Fluxos (pessoas, materiais, informação e dinheiro); Garantindo um workflow fiável e estável:
Desenvolver produtos e processos em simultâneo usando equipas pluridisciplinares; Transferir responsabilidades de desenvolvimento para os fornecedores; Reduzir stocks; Dar autonomia às pessoas; Controlo baseado na conformidade; Uniformizar e industrializar sempre que possível.
Gestão do Valor Perceber e melhorar o valor entregue ao cliente e demais partes interessadas. João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
18
de
PORQUÊ APLICAR OS PRINCÍPIOS LEAN? Porque se trata de uma filosofia de gestão orientada à criação de valor e à redução sistemática do desperdício; Entenda-se desperdício como todas as actividades, processos e materiais, que não acrescentam valor (ie que o cliente não reconhece como merecedoras da sua atenção, tempo e dinheiro) mas que aumentam custos e tempo;
Porque, através de uma abordagem sistemática e integrada, envolve todos os processos da organização de modo a sintoniza-los com os objectivos da direcção e no sentido da satisfação de todas as partes interessadas (clientes e outras); Porque procura envolver todas as pessoas dentro da organização no sentido da melhoria contínua do desempenho do negócio. João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
19
de
O QUE É LEAN CONSTRUCTION? “As pessoas certas a falarem acerca das coisas certas no tempo certo com o o nível de detalhe adequado” “Sistemas de trabalho sintonizados com os objectivos da organização, procurando maximizar o valor às partes interessadas no negócio enquanto combatem todas as formas de desperdício na organização”
João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
20
de
segurança
custo
A filosofia lean thinking procura alcançar todos os objectivos simultaneamente sem ter de se comprometer
João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
tempo
envolvimento de todos
qualidade
sustentabilidade
21
de
BENEFÍCIOS IMEDIATOS Aplicar os princípios LT permitirá reduzir tempos de entrega e custos (apenas combatendo o desperdício)! PROCESSOS TRADICIONAIS
Projecto Pedido do Cliente
desperdício
Entrega ao Cliente
tempo total PROCESSOS LEAN
Projecto Pedido do Cliente
Entrega ao Cliente
tempo total João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
22
de
ELIMINAR O DESPERDÍCIO ATRAVÉS DO VSM VSM (value stream mapping) – mapeamento da cadeia de valor; VSM identifica todos os passos (processos e actividades) que na cadeia de valor convertem os inputs em outputs; A duração dos processos bem como os tempos de espera são registados. Desta forma é possível identificar o tempo em que se acrescenta valor vs o tempo em que apenas se acumula custos e tempo aos produtos/serviços; Criar o mapa de valor; Identificar oportunidades de melhoria; Reestruturar processos; Desenvolver um plano de acções para a melhoria; Definir métricas de desempenho; Determinar os ganhos associados. João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
23
de
(FASE 1)
PALESTRA RUMO À REDUÇÃO DE CUSTOS
ROADMAP: FORMAÇÃO-ACÇÃO
João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
PROGRAMA: LEAN CONSTRUCTION. REDUÇÃO DE CUSTOS. (FASE 2) PROGRAMA CUMPRIR O PLANEAMENTO. (FASE 3) PROGRAMA MEDIR PARA GERIR. KPI (FASE 4) 24
de
ROADMAP - REDUÇÃO DE CUSTOS. Conceitos Lean Construction
Optimização das tarefas observadas
Implementação das melhorias e sua validação
PROGRAMA CUMPRIR O PLANEAMENTO. Conceitos Planeamento e execução
João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
Planeamento global, mensal, semanal e diário.
Implementação do planeamento e validação
25
de
PROGRAMA MEDIR PARA GERIR Objectivos. Conceitos PDCA, KPI
João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
Criação de um conjunto de KPI para a obra
Implementação das melhorias e sua validação
26
de
FASE
DESIGNAÇÃO
OBJECTIVOS
1
PALESTRA RUMO À REDUÇÃO DE CUSTOS
Informar. Traçar a rota Lean na empresa. Motivar Descrever os Construction;
2
3
4
conceitos
da
CUSTO
BENEFICIOS
3 HORAS
500 € (GRATUITO NA COMPRA DE QQ UMA DAS FASES 2, 3 OU 4)
Cultura de excelência.
2.400 €
a) identificação das actividades a melhorar; b) documentar a pratica existente; c) participação das pessoas; d) ganhos de produtividade na actividade acima dos 10% e) criação de uma equipa autonóma de melhoria
2.400 €
Cumprir os planeamentos realizados. Ganhos de produtividade, acima dos 10%. Redução de desperdicios em obra em mais de 10%. Criação de uma cultura de excelência.
Lean
• Identificar os 7 desperdícios na sua actividade; • Aplicar métodos de recolha de PROGRAMA: LEAN informação de uma dada tarefa; CONSTRUCTION. • Obter após análise a tarefa REDUÇÃO DE CUSTOS. optimizada; • Descrever as metodologias de implementação de melhorias no terreno; • Implementar no terreno a metodologia seleccionada. Descrever os conceitos do sistema Last Planner; • Identificar os constrangimentos de uma tarefa; • Ler um planeamento (duração e recursos); • Fazer um planeamento de PROGRAMA CUMPRIR O antevisão tendo como base o PLANEAMENTO. planeamento global; • Fazer um planeamento de semanal tendo como base o planeamento de antevisão; • Identificar técnicas de implementação no terreno do Last Planner. • Descrever os objectivos de um empreendimento; • Descrever o conceito de KPI; Criar, calcular e interpretar um PROGRAMA MEDIR PARA • KPI; GERIR. KPI • Implementar um conjunto de KPI
João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
DURAÇÃO
24 HORAS (8H/SEMANA DURANTE 3 SEMANAS)
24 HORAS (8H/SEMANA DURANTE 3 SEMANAS)
24 HORAS (8H/SEMANA DURANTE 3 SEMANAS)
2.400 €
Medir as actividades criticas. Conhecer de forma sintetica o estado da obra / empresa. Transparência. Ganhos de produtividade, acima dos 10%.
27
de
Rua Cupertino de Miranda, 35 – 4Dto P-4760 124 VN de Famalicão Telf. 936 000 079 Fax. 211 454 136 management@leanthinkingcommunity.org www.leanthinkingcommunity.org João Paulo Pinto – comunidade lean thinking
28
de