Revista Conexão Comércio

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Mensagem do Presidente Emerson Beloti de Souza Presidente do Sindicomércio - JF Vice-Presidente do Sistema Fecomércio Minas

Caros leitores, Estaremos, a partir de 7 de outubro, com a responsabilidade de escolher quem dará a direção para o desenvolvimento socioeconômico de Juiz de Fora. Vários desafios serão enfrentados pelo executivo e legislativo nos próximos quatro anos. Mobilidade urbana, melhorias na iluminação pública, desenvolvimento industrial, revitalização do centro, ordenamento para que os bairros comerciais também possam crescer, local de trabalho digno para os ambulantes desenvolverem suas atividades e revisão dos impostos municipais para as empresas de serviços que operam no município são alguns desses obstáculos. Juiz de Fora é referência da Zona da Mata mineira e uma das principais cidades do país. Com quase 560 mil habitantes, tem no setor de serviços a sua principal atividade e, junto com o comércio, representam 54% do PIB do município. O comércio do varejo, atacado e serviços conta com mais de 10 mil CNPJs, e empregam cerca de 35 mil colaboradores. Com a instalação de mais unidades industriais, milhares de empregos estão surgindo, havendo necessidade de mão de obra qualificada para este setor. Nossa cidade também se destaca na educação e saúde, somando 11 instituições particulares de ensino superior e uma universidade federal, fazendo que milhares de pessoas, de diversas localidades, venham estudar e se preparar para enfrentar um mercado cada vez mais exigente. Nessa sintonia, para ampliar o número de tecnólogos, o SENAC-MG prepara a ampliação de sua unidade em Juiz de Fora em 2013, triplicando seu número de alunos. Diante disso, certamente o município continuará nos

planos de muitos que desejam prosperar profissionalmente e, consequentemente, constituírem seus negócios e famílias. Também é preciso ressaltar que a cidade possui uma das melhores qualidades de vida do país. Milhares de pessoas que se aposentam em cidades mineiras ou de outros estados vem fixar residência em Juiz de Fora devido a esse predicado, diferenciado, que o município oferece. Por isso, se torna necessário por parte de quem governará o executivo da cidade, além da visão, compromisso, foco e atitude, que tenha ao seu lado uma Câmara de Vereadores de qualidade e que pense no coletivo, para que o desenvolvimento seja crescente e sustentável. Desse modo, caro leitor e eleitor, Juiz de Fora precisa de você nesse momento determinante para o futuro das próximas gerações. Pense nisso!

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Índice

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Dia das Crianças anima lojista de Juiz de Fora

Diretoria 2010 / 2014 Emerson Beloti de Souza Presidente Rui Mussel da Silva 1º Vice-presidente Oddone Villar Turolla 2º Vice-presidente Nilton Ramos da Silva 3º Vice-presidente Paulo Roberto Lopes 4º Vice-presidente Nício Fortes Garcia 1º Secretário Marcelo Rodrigues Sepúlveda 2º Secretário

Carlos Alberto Martins de Pinho 3º Secretário Alexandre Tassi Brugiolo 1º Tesoureiro Gilson Guimarães Peixoto 2º Tesoureiro Zênio Fernandes Filho 3º Tesoureiro Sergio Costa de Paula Superintendente

Falta de segurança preocupa comerciantes de Juiz de Fora

22 Entrevista Daniel Rigoli Presidente do Clube de Engenharia de Juiz de Fora

01. Mensagem do Presidente 04. Reportagem Especial 06. Coluna do Advogado 08. Coluna do Contador 10. A importância da Convenção Coletiva de Trabalho 11. Dia das Crianças anima lojistas de Juiz de Fora 12. Como fidelizar clientes? 13. Comércio de JF sente os reflexos das alterações no serviço de moto frete 14. Falta de segurança preocupa comerciantes de Juiz de Fora 15. Medicamentos vão ganhar seu próprio “RG” 16. Uma vitória do comércio para o consumidor nas farmácias 17. Sistema Fecomércio apoia o III Prêmio Hugo Werneck 18. SESC/JF retoma suas atividades esportivas e disponibiliza vários serviços sociais 19. Senac inova no Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes 20. Programação Sebrae-MG 21. Sindicomércio-JF também terá parceria com o BDMG


Expediente: Conselho Editorial Emerson Beloti de Souza Sergio Costa de Paula Fernanda Assis Jornalista Responsável Fernanda Assis - 16754/MG

26 Treinamento e qualificação profissional

30 Cartão de crédito X Economia sustentável

Redação: Fernanda Assis Colaboradores: Célio Faria de Paula CNC Cristiano Lopes Fecomércio Minas Felipe Costa Fernanda Gomes Ladeira Machado Rubens Andrade Neto Sebrae SENAC SESC A Revista Conexão Comércio não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos assinados, que expressam apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção da revista. A direção se reserva no direito de resumir os artigos.

Fontes Utilizadas: Acomp Administradores.com Anvisa Etco Jornal Diário do Comércio Jusbrasil Prefeitura de Juiz de Fora Esta revista segue as regras do novo acordo ortográfico.

22. Entrevista Daniel Rigoli 25. Gestão de Pessoas: O novo conceito de RH 26. Treinamento e Qualificação Profissional 28. O que muda com as reduções da Selic? 30. Cartões de Crédito X Economia Sustentável 32. INVISTA na sua imagem. DIVULGUE sua marca... e VENDA seu peixe! 34. Sindicomércio-JF traz novidades em seu novo site 35. Conselho Regional do Senac Minas visita o Sindicomércio 36. Sindicomércio apoia a Corrida Duque de Caxias 37. Presidente do Sindicomércio abre encontro com os candidatos à Prefeitura de JF 38. Novos Associados 40. História dos Associados 42. Os desafios da gestão empresarial 44. Saiba mais sobre a nova lei das Cooperativas de Trabalho

Fotografias: Amanda Coutinho Andréa Ottoni (capa) Arquivo Clube de Engenharia Juiz de Fora Arquivo Carlos Pinho Arquivo Edílson Elétrica Arquivo Sesc Arquivo Thees Kids Divulgação Bruno Siqueira Divulgação Costódio Mattos Divulgação Laerte Braga Divulgação Marcos Paschoalin Divulgação Margarida Salomão Divulgação Victória Mello Sofia Paulo Lima As fotografias utilizadas nesta edição foram gentilmente cedidas pelos fotógrafos e entidades creditadas.

Dpto. Comercial: Flávia Vianna (32) 9198-0535 Projeto Gráfico e Editoração: ArtWork Propaganda (32) 3215-7075 Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Gráfica América Contato: Telefone: (32)3215-1317 e-mail: sindicomerciojf@sindicomerciojf.com.br Site: www.sindicatodocomercio.org.br Twitter: www.twitter.com/sindicomerciojf Endereço: Av. Rio Branco, 2588, 5º andar – Centro Horário de funcionamento: De segunda a sexta, 8h30 às 18h30


Reportagem Especial

Voto é Cidadania ELEIÇÕES 2012

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exercício de cidadania e o ato de votar são posturas que andam lado a lado. A cidadania é a possibilidade real de exercer com liberdade e consciência todos os nossos direitos e deveres. O voto é a forma legítima de escolher um candidato para nos representar politicamente. A democracia é o resultado da efetiva participação das pessoas na vida pública. O primeiro passo para um voto correto é a formação da consciência política. Esta só é possível a partir de uma reflexão sobre o posicionamento de cada candidato frente às diversas questões que afetam a vida em sociedade. A escolha de um representante precisa passar por uma análise criteriosa que envolva seu histórico de vida pessoal, sua capacidade técnica e moral. Nos últimos anos, a Justiça Eleitoral vem buscando alternativas para combater a corrupção política e a venda de votos. A tecnologia está sendo uma grande aliada nesta tarefa. No ano 2000, o Brasil foi o primeiro país do mundo a ter suas eleições totalmente informatizadas. Isso proporcionou transparência e agilidade nas apurações. Além disso, com a disseminação de notícias pela internet, seja em portais ou redes sociais, o acesso informação ficou muito mais fácil e rápido.

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Atualmente, duas importantes leis se destacam no combate à corrupção. De origem popular, a Lei Ficha Limpa (nº 135/2010) foi uma importante conquista democrática. Ela prevê a impugnação de candidatos com pendências na Justiça Eleitoral. Políticos que tiveram seu mandato cassado, ou que renunciaram para evitar a cassação, ou ainda, condenados por um colegiado de magistrados estão impedidos de concorrer nestas eleições. Para saber se o candidato é ficha limpa, basta acessar o site: www.fichalimpa.org.br Outra lei que auxilia os eleitores na busca por informações é a Lei de Acesso à Informação (12.527/11). Com objetividade e clareza, o Portal da Transparência (www.portaltransparencia. gov.br) permite a todos o acesso a conteúdos públicos como prestação de contas, gastos com a administração pública, incluindo os salários de seus servidores. Contudo, não basta apenas avaliar a idoneidade dos candidatos, é preciso considerar suas propostas. É de vital importância para as classes possuir representantes que defendam seus interesses. Assim, convidamos para participar desta edição os candidatos a Prefeitura de Juiz de Fora. Neste espaço, eles puderam manifestar livremente suas propostas para a economia de Juiz de Fora.


Re p o r t a g e m E s p e c i a l

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Bruno Siqueira ‘‘Juiz de Fora está vivendo um grave momento de estagnação e só o eleitor consciente pode reverter este jogo. A cidade está parada em todos os sentidos, do trânsito à saúde. Para sair do marasmo, é fundamental dedicar atenção especial à economia. Vamos diagnosticar locais com potencialidade nos bairros e no Centro, induzindo o surgimento de novos pólos para o comércio e a prestação de serviço. Vamos estimular a chegada de novas empresas, sem esquecer das que já estão aqui. Vamos fortalecer o turismo de eventos e desenvolveremos ações para melhorar a mobilidade urbana, facilitando o trânsito’’. ‘‘Em três anos e meio, conseguimos recolocar a cidade no caminho do desenvolvimento econômico, fato comprovado por estudo publicado na revista Exame de 22/08/2012: Juiz de Fora é a sétima cidade do interior do país em que o consumo mais deve crescer entre 2010/2020, com projeção de R$ 2,1 bi. O nosso Plano de Governo contempla novas propostas para o comércio: a revitalização da Praça da Estação; gestão compartilhada do Expominas para fomentar o turismo de eventos; e fortalecimento das centralidades, incentivando a autonomia e o comércio nos bairros’’.

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Custódio Mattos

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Laerte Braga ‘‘Para o PCB o voto é um dos instrumentos da construção da cidadania. A democracia popular se faz todos os dias com participação dos setores que formam a sociedade organizada. O comércio é uma das atividades que sustenta a cidade, nossa realidade imediata. Ao contrário das chamadas grandes empresas, o comércio é investimento de risco, garante empregos e paga impostos. É intenção do PCB criar mecanismos de cooperação, associação, estímulo que beneficiem os comerciantes e comerciários’’.

‘A importância do voto vincula-se à informação do eleitor, desvelando o caminho da satisfação de seus interesses e direitos, no efetivo exercício da cidadania, na escolha de gestores sinceramente preocupados com a comunidade, da qual o comércio é dependente, na evolução econômica, que precisa de uma administração pública eficiente, capaz de diminuir os impostos, para imediata circulação de capital no comércio, por aumento da renda familiar, prejudicada pela produção de empobrecimento do povo Juiz de Fora, a exemplo do transporte coletivo urbano’’.

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Marcos Paschoalin

“O comércio é responsável por uma parcela significativa do PIB de Juiz de Fora e um setor de extrema importância para o desenvolvimento da cidade. Entre as ações direcionadas ao segmento, considero a necessidade de implementar uma política de compras locais e através da participação cidadã, ter um canal de interlocução aberto com os comerciantes e profissionais atuantes, possibilitando a identificação das prioridades do setor na cidade. Também considero que o fomento a investimentos no segmento industrial irá contemplar o setor, possibilitando que ele atue como fornecedor de serviços”.

Victória Mello “É possível reverter à situação caótica em que se encontra a cidade. Juiz de Fora é muito rica, no entanto essa riqueza não tem chegado a mãos dos trabalhadores. Para os grandes empresários são dados muitos anos de isenção fiscal e diversos tipos de incentivo. Para os pequenos comerciantes sobram altas tarifas e impostos abusivos e uma enorme dificuldade de competir com o aparato das grandes empresas que são alimentadas pela verba da prefeitura. É possível reverter esse quadro, mas é preciso enfrentar a ganância dos grandes empresários e passar governar para os trabalhadores.“

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Margarida Salomão

É preciso lembrar que o ato de cidadania não está apenas no voto. Mas também na fiscalização das atitudes dos governantes eleitos, na exigência do cumprimento dos compromissos de campanha e na contestação de políticas públicas deficientes. Então, no dia 7 de outubro, vote com seriedade e responsabilidade. Seu voto, nosso futuro!

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Coluna do Advogado

Fernanda Gomes Ladeira Machado Moreira Braga & Neto - Advogados Associados

Regulamento de empresa

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empresa assumiu importância primordial no mundo atual, dominando o panorama da economia moderna, sendo a unidade econômica típica da atualidade. É o elemento responsável pela produção e comercialização em grande escala, que se constitui em um grupo humano, de organização complexa, onde a figura do empresário não se confunde com a da empresa. O empresário é o responsável pelo exercício do poder de direção do grupo social. Ao levar em conta o poder de direção do grupo pelo empresário, reconhecem-se poderes para organização e coordenação geral do trabalho, a fim de estruturar técnica e economicamente a empresa, dando conteúdo concreto à atividade do empregado e regulamentando as condições do trabalho na empresa. Do poder diretivo decorrem prerrogativas ao empregador, sendo as mais importantes a organização, o controle, a disciplina e a regulamentação, direito patronal de fixação das normas técnicas e disciplinares das condições gerais de trabalho. É dos regulamentos que emanam as regras básicas pelas quais se pautam o comportamento de empregados e empregador. Os diversos instrumentos regulamentares baixados pelo empregador não podem se sobrepor ou contrariar as normas legais, as Convenções Coletivas de Trabalho e a decisão dos dissídios coletivos. Além disso, devem estar

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dentro de preceitos morais, dos bons costumes e da ordem pública, barreiras intransponíveis. Se houver colisão com as mesmas, estar-se-á sob pena da ilegitimidade e ineficácia das normas, por desrespeito ao patamar mínimo civilizatório protegido pelas normas legais. Cumpre ressaltar, que quando as disposições dos regulamentos internos tratarem de modo diferente em relação às normas hierarquicamente superiores, dentre estas portarias ministeriais, leis e convenções coletivas, os regulamentos prevalecerão sobre as citadas normas sempre que mais favoráveis ao empregado. Como não há dispositivos legais sobre a matéria, não há que se falar em cláusulas obrigatórias, mas a partir da estipulação passam a integrar o contrato de trabalho, desde que respeitadas as disposições legais, as normas que às leis se equiparam e se não resultarem para o empregado prejuízo direto ou indireto, de acordo com o que preceitua o art. 468 da CLT. Por fim, não se pode esquecer que em relações de trabalho não podem perder de vista o equilíbrio econômico, além do trabalho participativo de todas as partes envolvidas em prol do aumento de empregos e da produção nacional, sendo o regulamento interno imprescindível para o alcance destes objetivos, em sendo obedecidas as disposições legais.


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Coluna do Contador

Célio Faria de Paula Tecol Contabilidade

Receita Estadual ainda surpreende os contribuintes na exigência do sintegra

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s vésperas de ser substituída pelo SPED FISCAL, a exigência do SINTEGRA deverá tirar o sono dos contadores e contribuintes do ICMS por muito tempo. A obrigação é exigida das empresas, mesmo aquelas optantes pelo SIMPLES NACIONAL quando obrigadas a emissão da Nota Fiscal Eletrônica. A Receita Estadual, ao monitorar esses contribuintes, percebeu que muitas empresas estão cumprindo essa obrigação acessória apenas parcialmente, ou seja, estão informando os dados financeiros das notas fiscais de entrada e saída, omitindo os dados físicos constantes desses documentos fiscais. O descumprimento dessa exigência que poderá retroagir aos últimos cinco anos tem surpreendido os contribuintes quando intimado pelos Auditores da Receita Estadual. Infelizmente o validador do SINTEGRA adotado pelo órgão no envio dos arquivos não detecta esta inconsistência tributária gerando a falsa impressão que a obrigação foi cumprida. Certamente orientados pelos contadores sobre essas irregularidades nem sempre os empresários dão a devida importância considerando que a exigência limita a sonegação. E ainda gera aumento de seus custos operacionais diante da necessidade de implantação de sistemas aplicativos específicos, mão de obra qualificada e aquisição de computadores e impressoras. Ao ser intimado a cumprir plenamente a obrigação, o contribuinte poderá ter sérias dificuldades em atender aos Auditores. Embora generosos nos prazos concedidos para apresentação ela deverá ser cumprida. Caso ocorra autuação, as multas chegam a R$ 10.000,00 para cada mês de arquivo não enviado podendo ao longo de cinco anos superar aos R$ 600.000,00. Considerando esse prazo longo de exigência muitos desdobramentos acontecidos poderão inviabilizar o atendimento da exigência, como por exemplo, ter que digitar um grande

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volume de notas fiscais de entrada e saída, assim como os emissores de cupom, além do inventário anual dos estoques. Agrava-se ao fato, se no período houver ocorrido troca de sistemas aplicativos, ou qualquer avalia ou perda de arquivos. São muitas as empresas nestas condições na cidade e região surpreendendo aos contribuintes ao gerar multas nem sempre suportadas pela sua realidade econômica e financeira. A prevenção é a única saída, verifique junto ao seu contador a situação de sua empresa e tome as providencias necessárias ao cumprimento da obrigação. Alerto ainda que muitas empresas estão obrigadas ao SPED FISCAL obrigação fiscal que substituirá o SINTEGRA. Informo ainda que as empresas optantes pelo Lucro Presumido e Lucro Real estão também obrigadas ao envio a Receita Federal dos arquivos do SPED PIS COFINS. Numa mudança radical de paradigmas o cumprimento dessas novas obrigações depende hoje de uma parceria uniforme entre os contadores, detentores dos sistemas aplicativos e a direção das empresas.


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Notícias

A importância da Convenção Coletiva de Trabalho

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eguindo o cronograma sindical, outubro é data base da categoria dos comerciários e assim dar início as negociações entre as entidades representativas do comércio de Juiz de Fora. Este é um período marcado por vários encontros entre o Sindicato Patronal (SINDICOMÉRCIOJF) e o Sindicato dos Empregados (SEC-JF) com o propósito de se discutir as cláusulas sociais e o índice de ajuste do salário do comércio do varejo e atacado de Juiz de Fora. Contudo, o intuito maior é estabelecer as melhores condições para ambas às partes, em conformidade com os anseios e necessidades de seus representados. O presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora, Emerson Beloti, relata sobre suas expectativas para a negociação deste ano: “A negociação da Convenção Coletiva tem sido considerada o melhor sistema para resolver desafios entre o capital e o trabalho. É a partir dela que os interesses da coletividade são protegidos, porque suas cláusulas respeitam as leis do trabalho”.

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Apesar de existir princípios que indiquem a oposição de interesses na negociação coletiva, hoje o que predomina é o fundamento da cooperação entre as partes, porque é preciso permitir o funcionamento regular e constante das empresas, como também, garantir a segurança e o salário dos trabalhadores, para sustentar o desenvolvimento da economia. Com o entendimento consensual entre as partes, não há necessidade de conflitos judiciais. O sucesso da Convenção Coletiva de Trabalho fortalece a representatividade de ambos os sindicatos, pois garante e amplia os benefícios a toda sociedade.


Notícias

Dia das Crianças anima lojistas de Juiz de Fora

Toca do Brinquedo Armarinho Domith

Santa Cruz Play

Thees Kids

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Dia das Crianças promete movimentar o comércio de Juiz de Fora. A data, que neste ano será numa sexta-feira, vai ajudar muitos lojistas a superar as vendas do ano passado. “Para as lojas de brinquedos, os meses de outubro, novembro e dezembro são os melhores. Eu começo a me preparar para essas datas logo no princípio de junho. As vendas começam a crescer no início de outubro, principalmente, depois do dia do pagamento”, afirma Luis Felipe Domith. O gerente do Santa Cruz Play, Odimar Cardoso, também está otimista. “O Dia das Crianças será excelente devido ao feriado prolongado. A expectativa é um movimento 15% maior que nos dias normais”, afirma. Com o apoio e incentivo dos pais, as crianças estão cada vez mais decididas e independentes. A média de idade varia entre um a 12 anos. A variedade de itens conta muito. Brinquedos com personagens de desenhos infantis são os preferidos pelas crianças. “No Dia das Crianças, os pais e familiares costumam dar presentes mais caros. Por isso, a venda pelo cartão de crédito deve ser maior” lembra Caroline Braga, proprietária da loja Toca do Brinquedo. Ela acrescenta: “Vender para crianças é muito bom, porque eles sabem o que querem. Não é o valor que conta, mas as luzes, os sons e a interatividade do brinquedo. Aqui na loja, as crianças ficam bem à vontade. Elas podem brincar com tudo”. Mas o Dia das Crianças não é só brinquedo. As lojas de vestuário infantil também aproveitarão da data. Para atrair seus pequenos clientes, a gerente da loja Thees Kids, Leiliane Ribeiro, preparou um concurso cultural: “O tema é livre. As crianças vão desenhar e nós divulgaremos no Facebook. O desenho que tiver mais ‘curtis’ será estampado em uma peça de roupa da próxima coleção”. Alguns lojistas também vão investir em atrações especiais. Além de vitrines temáticas e promoções, distribuição de doces e bexigas.

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Notícias

Como fidelizar clientes?

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ara muitos empresários, esse é um grande desafio. Na era digital, os consumidores têm livre acesso a internet. Muitas empresas, mesmo sem saber, têm suas marcas expostas em sites de reclamações e redes sociais. Assim, acompanhar de perto a satisfação de cada cliente é essencial. Existem diversos mecanismos que auxiliam nessa missão. O pós-venda é um deles. Conhecer seu público-alvo, fortalecer a marca, motivar o consumo e o relacionamento duradouro, são apenas alguns benefícios proporcionados por esta ação no mercado. O pós-venda deve fazer parte do planejamento organizacional. Contudo, o que observamos no dia a dia é o despreparo e a falta de postura dos profissionais que lidam diretamente com os clientes. Criar estratégias de relacionamento e buscar excelência no atendimento são os principais objetivos do pós-venda. Algumas lojas de Juiz de Fora já realizam esse tipo de trabalho. Os resultados que o pós-venda traz para a empresa são expressivos. Marcos Castilho lembra dos dois meses que trabalhou no setor pós-venda da loja Magazine Luiza: “Entre 80 a 90% dos clientes retornaram a loja.” Para o supervisor de vendas das lojas Kika Colorida, Walter Chagas, “a venda só é concluída com a plena satisfação do cliente”. Leandro Zacarias, assessor de comunicação da empresa, acrescenta: “Dispor de uma comunicação integrada ajuda muito nessa tarefa. Temos diversos canais de interação com o cliente como o Facebook, Twitter, blog e Instagram. Nas redes sociais, o mais importante é responder rapidamente todas as dúvidas”. “Você percebe a necessidade do pós-venda no momento da própria venda”, defende a gerente da Joalheria Exata, Maria dos Anjos Duarte. “É preciso fazer o possível para resolver o problema do cliente. Assim, ganhamos confiança e credibilidade. A fidelização é resultado de um bom trabalho”, conclui.

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O que pode deixar um cliente impaciente? - Atendimento demora e espera excessiva; - Falta de sensibilidade e escuta ativa para entender o problema; - Falta de controle emocional em situações de conflito; - Prazos e promessas não cumpridas; - Postura inadequada do atendente; - Falta de comprometimento em resolver o problema; - Transferência de responsabilidade.

Como fazer um Pós-Venda? - Dispor de canais e meios para o atendimento ao cliente ( SAC, telefone, internet ou a própria loja); - Treinar os funcionários dos setores envolvidos com a venda; - Manter permanente comunicação com o cliente sem ser invasivo; - Prestar serviços complementares a venda; - Incentivar a avaliação da empresa pelo cliente.

Benefícios do Pós-Venda - Fidelização de clientes; - Redução dos custos de venda; - Redução da inadimplência; - Aumento do faturamento; - Fortalecimento da imagem da empresa; - Direcionamento adequado as diversas demandas; - Qualificação e motivação dos colaboradores.


Notícias

Comércio de JF sente os reflexos das alterações no serviço de moto frete Mussel, pede mais transparência nos artigos da lei. “Do jeito como está escrita, a lei propicia diversas interpretações. Quais produtos são considerados tóxicos e inflamáveis? Hoje, 90% das tintas são à base d’água, portanto, não se encaixam nas questões anteriores. É preciso que a lei especifique melhor quais produtos podem ou não ser transportados por motocicletas”, defende.

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m vigor desde o dia 4 de agosto, a Lei Federal 12009/09 trouxe mudanças na prestação do serviço de moto frete. Alguns comerciantes já estão sentindo dificuldade para encontrar motoboys, outros reclamam do aumento no valor das corridas. “Tenho muita dificuldade em conseguir motoboys, principalmente depois da 17h. O preço das corridas, também aumentou muito, de R$5,00 para R$8,00”, afirma a gerente da loja Eletro Celso, Dannyella Aparecida Alves. Segundo Ângelo Gomes Jr, proprietário de uma empresa de moto entrega, essas alterações se justificam porque “o número de motoboys em atividade diminuiu bastante, sem falar dos custos para se adequar a lei”. Para o presidente do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Estado de Minas Gerais, Rogério dos Santos Lara, “a nova lei permitiu a profissionalização da categoria, porém algumas exigências não estão claras ou não tem fundamento”, afirma. As lojas de tintas e produtos químicos, bem como as farmácias e distribuidoras de peças para veículos, também sofreram com as alterações da lei. O proprietário da loja Jaraguá Tintas e vice-presidente do Sindicomércio-JF, Rui

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Notícias

Falta de segurança preocupa comerciantes de Juiz de Fora

- Preste atenção ao movimento nas imediações de seu estabelecimento; - Examine cuidadosamente seu imóvel e melhore a segurança dos pontos vulneráveis; - Reforce a tranca das portas, evite janelas com vidros grandes; - Evite deixar grandes quantias de dinheiro no caixa. - Recolha esses valores e coloque-os em um local seguro, sempre em quantias e horários alternados, e preferencialmente, fora do seu estabelecimento (cofre, banco e outros);

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otícias sobre furtos e roubos na área central estão se tornando rotina nos jornais da cidade. O sentimento de insegurança e impunidade vem sendo compartilhado pelos comerciantes. “Aumentou muito a violência no centro. O policiamento é deficiente. Acredito na necessidade de um distrito policial nesta região”, afirma Mauro César Borges, proprietário da loja Gurizinho. Muitos lojistas buscam inibir os roubos e furtos através do serviço de vigilância e monitoramento patrimonial. “Aqui na loja, nós contratamos um serviço de monitoramento interno e externo, pois a rua é mal iluminada e deserta. Já houve várias ocorrências nesta região”, lembra a proprietária do Varejão dos Cereais, Jussara de Castro. Breno Peixoto, sócio de uma conservadora, confirma que os estabelecimentos comerciais localizados no interior de galerias são mais vulneráveis. “Isso acontece porque, em horário noturno, a circulação de pessoas é menor e a iluminação normalmente é insuficiente”. Ele acrescenta: “Aumentou bastante a demanda por segurança privada em bairros comerciais como São Pedro, São Mateus e Alto dos Passos”. Segundo Fabiano Prata, proprietário de outra empresa especializada em monitoramento e vigilância da

cidade, “a procura pelos serviços de segurança cresceu, aproximadamente, 40% nos últimos 12 meses. As pessoas buscam principalmente câmeras e alarmes sonoros”. Ele faz um alerta: “As ocorrências podem acontecer ao longo de todo o dia, pois a ocasião faz o ladrão. É preciso observar com atenção todas as pessoas”. Apesar do que foi apresentado acima, o comandante do 2º Batalhão da Policia Militar, Ten. Cel. Mário César da Silva, afirma que não houve significativo aumento no número de ocorrências na área central. Em 2008, entre os meses de janeiro a junho, foram registrados 152 furtos e 2 roubos. Em 2012, foram 141 furtos e 4 roubos no mesmo período. O Ten. Cel Mário dá algumas dicas de segurança para os comerciantes. Veja abaixo. - Oriente seus funcionários a não reagirem em caso de assalto; - Instale os caixas longe da porta de saída ou entrada; - Não deixe a sua loja com uma única pessoa ou vendedor; - Ao encerrar as atividades do dia, feche as portas por completo; - Certifique-se que ninguém permaneceu escondido na loja após o horário de expediente; - Antes de contratar, peça referências sobre o novo funcionário.


Notícias

Medicamentos vão ganhar seu próprio ‘RG’

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fim de combater a venda ilegal e a falsificação de remédios, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) propôs a criação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, para permitir o rastreamento dos remédios ao longo de toda cadeia produtiva. A expectativa é que o sistema comece a funcionar ainda neste semestre. A nova norma vai conceder aos medicamentos um código único, que servirá como uma espécie de ‘RG’. Este código irá conter informações sobre o número de registro, lote, validade e mais um identificador exclusivo do remédio.

Mas, você sabe identificar um medicamento falsificado? Para Diego Venâncio Torres, o farmacêutico da Norte Droga, existem poucas formas para identificar a originalidade do medicamento. Isso se agrava, “porque que ninguém é obrigado a reconhecer ou a instruir os seus clientes sobre o mesmo, facilitando a falsificação. Há duas

maneiras simples que podem ajudar na identificação: verificar as condições da embalagem (presença ou não de manchas, amassados e lacres) e a originalidade da bula”, destaca. Comprar em farmácias e drogarias conhecidas também evita riscos. A proprietária da Drogaria Padre Café, Silvana Rezende, lembra que toda embalagem possui, em sua lateral, uma área branca, onde ao raspar com uma moeda aparece a logo do laboratório. “Se ainda restar dúvidas sobre a procedência do medicamento, o cliente pode entrar em contato com o fabricante, através do SAC impresso na embalagem”. A proprietária da Drogaria Thailine, Giselda Brito, diz que o cliente precisa ficar mais atento. “Normalmente, o consumidor só se preocupa com data de validade”, e acrescenta: “É preciso criar campanhas que mostrem às pessoas todas as formas de identificação do medicamento”.

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CNC

Uma vitória do comércio para o consumidor nas farmácias

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pós proibir a venda de medicamentos isentos de prescrição fora do balcão das farmácias em todo o Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) expediu, em 27 de julho, a Resolução 41, segundo a qual os medicamentos isentos de prescrição poderão permanecer ao alcance dos consumidores nas gôndolas e prateleiras de farmácias e drogarias de todo o País. A nova regra altera o artigo 40 da Resolução 44, de 2009, que exigia que os medicamentos isentos de prescrição fossem posicionados atrás do balcão e ofertados ao consumidor pelo balconista do estabelecimento. O assunto movimentou as entidades do setor do comércio de produtos farmacêuticos, bem como os órgãos e especialistas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que acompanham o assunto. O comércio sempre se opôs à Resolução 44 e às Instruções normativas 9 e 10, que a regulamentavam. A determinação para se colocar os medicamentos isentos de prescrição (MIP) fora do alcance imediato do consumidor, ou seja, atrás do balcão, conforme sustentava a Anvisa, objetivava evitar a automedicação e o risco de intoxicação medicamentosa. “Ocorre que a experiência do comércio dizia que tal medida não surtiria efeito, uma vez que, por serem

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isentos de prescrição, a venda de tais medicamentos não poderia ser impedida pelo farmacêutico ou pelo balconista. Quem deseja um medicamento e não o encontra na gôndola, pede ao atendente, e este tem de entregá-lo, em vista da disposição expressa no Código de Defesa do Consumidor de que não se pode negar a comercialização de bens e serviços de livre circulação mediante pronto pagamento. Assim, quem consome MIP de forma equivocada continuará a consumir”, explica Cácito Esteves, advogado da Divisão Jurídica da CNC. Diversas ações questionaram a decisão da Anvisa. Cácito explica que as ações foram direcionadas contra as Instruções Normativas 9 e 10. A Anvisa receava que, ao editar a Resolução 44, a CNC questionasse sua constitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. Assim, retirou todos os dispositivos importantes do texto original da Resolução submetidos à consulta pública e os incluiu nas instruções normativas, acreditando que, por se tratar de normas, em regra, não sujeitas ao controle de constitucionalidade, estaria blindando-as. “Identificamos esse movimento e preparamos as associações nacionais – a Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (Abcfarma) e a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) – para questionarem não a constitucionalidade das instruções, mas a legalidade desses atos administrativos normativos que estabeleciam obrigações não previstas na Lei que rege o comércio farmacêutico, in casu, a Lei 5.991/1973. Isso facilitou a suspensão desses atos normativos pelo Poder Judiciário”, explica Cácito. O comércio e o consumidor agradecem.


Fecomércio Minas

Sistema Fecomércio apoia o III Prêmio Hugo Werneck Pela primeira vez o comércio de bens, serviços e turismo terá uma categoria exclusiva na premiação Brasil, integrando o calendário político, empresarial e institucional do estado. As inscrições podem ser realizadas gratuitamente até o dia 30 de setembro, pelo site www.premiohugowerneck.com. br. Os premiados serão conhecidos no dia 28 de novembro, no Grande Teatro do Sesc Palladium, em Belo Horizonte. A cerimônia de gala contará com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia. Foto: Sofia

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Sistema Fecomércio Minas é parceiro do Grupo Sou Ecológico no Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza, conhecido como o “Oscar da Ecologia”. Nesta edição, o comércio de bens, serviços e turismo será contemplado na premiação, que vai homenagear empresas que possuem atuação sustentável. Além de valorizar as iniciativas das empresas e personalidades em prol da preservação do meio ambiente, o prêmio tem o objetivo de levar a ideia de preservação a toda a sociedade. O Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza é uma iniciativa do Grupo Sou Ecológico, integrado pela Revista Ecológico, criado em 2010. Por sua importância, a premiação se tornou uma referência de Minas para o

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SESC

SESC/JF retoma suas atividades esportivas e disponibiliza vários serviços sociais

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primeiro chama-se Educar para o Futuro – Caminhada Educacional com os Alunos, visando alertar para questões ambientais e sustentáveis, atividade física e alimentação saudável; o segundo chama-se Lanche Legal e busca conscientizar os alunos sobre os hábitos saudáveis de alimentação e suas implicações para o futuro. A área da Cultura continua comprometida com eventos de qualidade. No dia 12 de outubro, o Grupo Armatrux, de Belo Horizonte, apresentará o espetáculo Parangolé, que conta a história de dois palhaços que percorrem o país de bicicleta vendendo um produto de limpeza. Eles vivenciam os problemas gerados pelo uso incorreto de energia. O projeto faz parte do Circuito Cena Aberta e os atores prometem surpreender a plateia com uma apresentação lúdica com foco na conscientização. A Educação continua oferecendo opções de desenvolvimento para as escolas parceiras e possui alguns projetos interessantes que movimentam os alunos envolvidos: Projeto Educação e Sustentabilidade: responsabilidade ambiental, Xadrez na Escola e Educação e Ciências: conhecendo o corpo humano. E para quem não conhece ou deseja retornar à Cidade Maravilhosa, o SESC Juiz de Fora ainda possui vagas para a excursão ao SESC Copacabana, que acontecerá entre os dias 10 e 14 de outubro. Mais informações podem ser obtidas na Central de Atendimento do SESC Juiz de Fora.

Arquivo SESC

Arquivo SESC

SESC Juiz de Fora está cada vez mais comprometido com a excelência do atendimento. O principal objetivo da atual gestão é oferecer serviços diversificados, conjugando qualidade e valor para atender da melhor maneira possível os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo. Vamos conferir: A área de Esporte/Lazer promoveu a retomada das atividades esportivas e agora possui profissionais qualificados e contratados pelo próprio SESC para oferecerem o melhor em termos de esportes aquáticos – natação e hidroginástica. Além disso, há também voleibol e futsal. Existem preços diferenciados para beneficiários, usuários e idosos. Basta conferir as informações na Central de Atendimento, de segunda a sexta, de 8h às 18h e aos sábados, de 8h às 14h. Os idosos, através do Grupo de Convivência, estão cada vez mais satisfeitos e cheios de opções interessantes para participar: têm vôlei e boliche adaptados, atividades de ginástica, lancebol, trabalhos manuais, estudos de danças folclóricas e várias atividades recreativas. Além de todas essas opções, o SESC Juiz de Fora promove semanalmente as Oficinas de Convivência e Assistência, que objetiva promover a participação social e o exercício da cidadania. Essas oficinas fazem parte do Programa SESC Mais Grupos e são ministradas pela assistente social da instituição. A Saúde do SESC está se deslocando para as escolas para desenvolver dois projetos de conscientização: o

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SENAC

Senac inova no Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes em BH como um marco para a instituição. “Fizemos com que alunos, instrutores, professores e orientadores ficassem interagidos e nivelados com o mercado, aprendendo técnicas novas e entendendo como o mercado está caminhando nessa área de gastronomia no mundo inteiro.” Foto: Paulo Lima

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histórica Tiradentes se transformou para receber chefs, gourmets, estudantes de gastronomia, empresários de hotelaria e de restaurantes ou simplesmente amantes da boa mesa. De 24 de agosto a 2 de setembro, a 15ª edição do Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Tiradentes apresentou ao público uma programação intensa. Parceiro no festival desde a primeira edição, o Senac inovou promovendo 1° Fórum Senac Gastronomia e Cultura. No Largo dos Chefs, palestras, workshops e oficinas foram ministrados por chefs nacionais e internacionais e palestrantes especializados. “É sempre uma honra participar do Festival. Neste ano, estreamos com o Fórum, cujo objetivo foi realizar inúmeros debates sobre o cenário gastronômico em âmbito nacional e internacional”, destacou o diretor regional do Senac, José Carlos Cirilo. Antes de desembarcar em Tiradentes, os chefs que atuaram nos festins deram uma mostra em Belo Horizonte do que iria acontecer no Festival. O chef e gerente de Gastronomia do Senac em Minas, Edson Puiati, considerou a prévia do festival

Vice-diretora do Senac, Marilene Siqueira, diretor regional do Senac, José Carlos Cirilo, governador Anastasia e o presidente do Sistema Fecomércio, Lázaro Luiz Gonzaga.

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SEBRAE

Confira a programação Sebrae-MG - Setembro

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Notícias

Sindicomércio-JF também terá parceria com o BDMG

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om o desejo de incentivar e fomentar a economia de Juiz de Fora, o Sindicato do Comércio firma mais uma importante parceria. Já nos próximos meses, o Sindicomércio será um correspondente bancário do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerias (BDMG). A proposta é orientar e facilitar as linhas de crédito para o empresário mineiro. Somente no primeiro semestre deste ano, o BDMG cresceu 31% em relação ao mesmo período de 2011, alcançando a marca dos R$ 619,3 milhões em operações de crédito. Desde valor, 127,4 milhões foram emprestados para micro e pequenas empresas, 41% a mais que no ano passado. Fabiana Martins, do departamento de Cadastro e Convênios do Sindicomércio-JF, diz quais são suas expectativas para o trabalho: “Estou confiante com a nova proposta. Sem dúvida, essa parceria contribuirá para o desenvolvimento econômico de nossa cidade. Por esse motivo, o Sindicato do Comércio está passando por algumas adequações. Teremos duas salas exclusivas para o atendimento ao empresário”.

Conheça os produtos que serão oferecidos: BDMG Giro Fácil Financiamento para capital de giro, destinado as médias empresas com mais de dois anos em operação. Limite de contratação: 480mil reais.

BDMG Fixo Fácil Financiamento para projetos e investimentos, destinado a empresas com mais de dois anos em operação, que tenham um faturamento anual até 10,5 milhões de reais. O BDMG financia até 80% dos itens, porém não inclui terrenos.

BDMG Geraminas Para micro e pequenas empresas, com destinação exclusiva para capital de giro. Tempo mínimo de seis meses de operação, com o faturamento contábil até 3,6 milhões de reais. O valor financiável é até 20% do faturamento contábil dos últimos 12 meses. - Valor mínimo do contrato: R$5.000,00 - Valor máximo do contrato: R$480.000,00

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Entrevista

Foto: Andréa Ottoni

Daniel Rigoli

Presidente do Clube de Engenharia de Juiz de Fora

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aniel Rigoli Paiva, 45, nasceu na cidade de Rivera, no Uruguai, mas adotou Juiz de Fora como sua cidade natal. Filho mais novo de uma família de engenheiros, formou-se na Universidade Federal de Juiz de Fora. Como engenheiro civil, já participou de importantes construções na cidade. Hoje, a frente do Clube de Engenharia, participa voluntariamente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), presidindo a Câmara de Julgamento Fiscal (CJF) e a Câmara de Atividades Industriais e Tecnológicas (CAIT). Em sua entrevista para a Conexão Comércio, Daniel Rigoli faz um breve histórico da construção civil em Juiz de Fora e apresenta sua opinião sobre as diretrizes e o desenvolvimento da cidade.

Conexão Comércio: Reportando a história, o que é, quando e por que foi criado o Clube de Engenharia? Daniel Rigoli: O Clube de Engenharia é uma associação dos engenheiros de Juiz de Fora. Fundado em 1933, seu objetivo é procurar resolver as questões que dizem respeito à classe e ao bem público. Além disso, busca estimular o desenvolvimento da engenharia em todas as suas aplicações, bem como o aperfeiçoamento profissional e o estreitamento das relações.

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Entrevista

CC: Quais foram os presidentes da entidade que mais se destacaram? DR: Os mais recentes são Itamar Franco, Marcelo Siqueira, Jean Kamil e Antônio Flávio Guimarães Rocha. Sem esquecer de João Navarro, José Ricardo Bilheiro Rocha e Júlio Gobira. CC: Há quanto tempo o Sr. participa do Clube de Engenharia? DR: São quase 13 anos, dos quais os dois últimos como presidente da entidade.

a direção do crescimento e desenvolvimento da cidade. Porém, isso já faz muito tempo. As técnicas de engenharia evoluíram e as necessidades das pessoas mudaram. O Clube de Engenharia entende que tais leis precisam ser adequadas a cada década, para que as mesmas sustentem o progresso da cidade. Assim, acreditamos na urgência de sua reforma, para atender as demandas atuais e futuras. Contudo, este trabalho deve ser realizado por técnicos qualificados e não por profissionais ideológicos. Como ponto principal, entendemos que as construções devem ser direcionadas às áreas onde a infraestrutura urbana está instalada a fim de aproveitar-se da mesma, diminuindo a necessidade de obras públicas e mobilidade urbana. Como por exemplo, o entorno da região central, os centros dos bairros e as áreas próximas à Rodoviária.

CC: Quais foram às realizações de sua gestão? DR: Com ênfase na parte social, reformulamos o Almoço de Confraternização dos Engenheiros, levando formadores de opinião para discutir temas ligados à Engenharia. Desenvolvi palestras e miniCC: Quais são os maiores “No Brasil, apenas 4,5% problemas estruturais da área cursos no anfiteatro de nossa sede (Rua dos formados são Halfeld, 805 – sala 1201). Concebemos comercial de Juiz de Fora? engenheiros, enquanto o projeto de uma coleção de cinco livros DR: Na minha opinião a área comercial na Coréia do Sul, a que contam a história viva da Engenharia de Juiz de Fora está abandonada. As ruas em Juiz de Fora. O primeiro livro, lançado porcentagem se aproxima e as calçadas estão em péssimo estado dos 30% ” em maio, narra à história do engenheiro de conservação. Apesar da redução do Renato Abramo. número de vendedores ambulantes, suas barracas continuam atrapalhando o comércio local e o fluxo CC: Estudos apontam que existe uma carência de de pedestres. A falta de fiscalização é evidente. No Parque engenheiros e de mão de obra na construção civil. Isso Halfeld, por exemplo, há usuários de drogas, prostituição e é verídico? jogos de azar em plena luz do dia. É preciso criar políticas DR: Sim. Nós temos grande dificuldade de encontrar de valorização e incentivo para o comércio, e proporcionar mão de obra especializada no mercado. Algumas pesquisas segurança aos moradores locais. indicam um déficit de 20 mil engenheiros (civil, industrial, químico, ambiental, produção, etc.) por ano. Em 2010, foram CC: Quais comissões o Clube de Engenharia participa 44 mil novos engenheiros formados. Porém, a demanda era em Juiz de Fora? Como é o trabalho da entidade nas de cerca de 70 mil. No Brasil, apenas 4,5% dos formados mesmas? são engenheiros, enquanto, na Coréia do Sul, por exemplo, a DR: Seja em cargos de liderança ou suplência, eu e os porcentagem se aproxima dos 30%. demais diretores participamos de nove comissões diferentes. Nestas, desenvolvemos um trabalho político, focado na CC: Qual é a opinião do Clube de Engenharia a apresentação e discussão dos problemas, de forma técnica e respeito das leis que regulamentam as construções em objetiva, a fim de propor soluções. Juiz de Fora? São elas: a Comissão Técnica de Avaliação (CTA), a DR: As leis que regulamentam a construção civil em Juiz Comissão de Uso do Solo (COMUS), a Comissão das Cidades de Fora datam de 1986. Na época, essas normas mostravam (COMCIDADE), o Conselho Municipal de Habitação (CMH)

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Entrevista

CC: Diversas obras também foram anunciadas, como a construção de mergulhões e viadutos. Qual é a sua opinião sobre as mesmas? DR: Toda e qualquer obra bem planeja é positiva. Essas obras vão melhorar o fluxo de carros e pedestres no centro da cidade, porém não irão resolver o problema. Acredito, que num futuro próximo, seja necessário pensar um contorno ferroviário, a fim de extinguir a “Na minha opinião, a área separação sócio-econômica da cidade.

e o Conselho Municipal do Meio Ambiente (COMDEMA). Como também o Conselho Municipal de Transporte (CMT), o Conselho Municipal de Preservação (COMPAC), a Comissão do Selo de Responsabilidade e, finalmente, a Agência de Desenvolvimento de Juiz de Fora e Região.

CC Recentemente foram realizadas diversas obras na área central de Juiz de Fora. Que benefícios tais obras comercial de Juiz de Fora está abandonada.” trouxeram para a cidade? CC: Quais serão as próximas DR: O Clube de Engenharia percebeu realizações do Clube Juiz de Fora algumas melhorias na infraestrutura da cidade. Ruas ainda este ano? asfaltadas, calçadas com marcações para deficientes visuais, DR: Neste período de campanhas eleitorais, vamos realizar rampas de acessibilidade para cadeirantes, entre outros. diversos encontros de confraternização com a participação dos Entretanto, essas melhorias precisam ser disseminadas por candidatos à Prefeitura de Juiz de Fora. Além dos churrascos toda área central da cidade, para que a população e comércio com os engenheiros, teremos também ciclos de palestras, mesas local possam usufruir dos benefícios com segurança e saúde. redondas e o tradicional baile de final de ano, com uma revista comemorativa para contar a vida dos homenageados.

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Notícias

Gestão de Pessoas: O novo conceito de RH

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xistem diversos tipos de organizações com diferentes visões e metas. A empresa é resultado do trabalho de seus colaboradores. Mas, como alinhar os objetivos organizacionais aos individuais? Esse é o papel do departamento de Recursos Humanos (RH), que além de suas funções operacionais e burocráticas, também é responsável pela Gestão de Pessoas. Apesar de limitados, diversos estudos indicam uma nova tendência para este setor, o RH Estratégico. Para o professor de Gestão de Pessoas da Universidade Salgado Filho (Universo), José Geraldo de Mendonça, “o RH Estratégico pode ser encontrado dentro das empresas inovadoras, porque seu resultado é um diferencial competitivo no mercado. Sua missão é buscar e reter talentos, porém o maior desafio é conquistar o comprometimento e envolvimento dos colaboradores”, acrescenta. Para a professora e consultora de RH, Patrícia Maia, “a maior dificuldade é situar o papel dos profissionais de RH dentro da organização. A empresa que deseja crescer carece de colaboradores que demonstrem esse mesmo objetivo. A seleção de candidatos precisa avaliar os conhecimentos e habilidades, mas, principalmente, as atitudes.” Contudo, nem todas as empresas possuem um departamento de RH. Nas micro e pequenas empresas, por exemplo, esse papel é desenvolvido pelo próprio empresário. Neste caso, como avaliar?

Patrícia aconselha: Conheça profundamente seu negócio; Defina objetivos e metas; Dimensione o volume e as características do trabalho; Pelo currículo, selecione os candidatos que apresentem os conhecimentos e as habilidades necessárias. Na entrevista individual e/ou coletiva, avalie seus comportamentos e atitudes. Assim, o trabalho do RH é contribuir para a mudança da gestão a partir do relacionamento entre seus colaboradores.

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Notícias

Treinamento e Qualificação Profissional

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e acordo com a nova visão estratégica de negócio, as pessoas são o principal ‘bem’ da empresa. Isso significa que a organização que investe em treinamento e qualificação profissional é diferenciada no mercado. O empresário precisa estar atento as mudanças internas e externas, para descobrir as competências necessárias ao seu negócio. “O treinamento é a oportunidade para o colaborador conhecer e se alinhar os objetivos da empresa. Porém, não vejo esse tipo de iniciativa no setor do comércio. O que acontece, ainda de forma muito tímida, é a procura dos empresários por qualificação”, afirma o sócio-proprietário da Nova Prolink, Frederico Rocha de Araújo. Ele acredita que esta área de treinamento e qualificação profissional está crescendo, principalmente, porque as empresas estão com dificuldades para encontrar profissionais qualificados no mercado, ficando a cargo de cada uma capacitar seus próprios funcionários. Para o diretor de Escola do Senac-JF, André Luiz de Carvalho, o exemplo e o incentivo têm de vir do empresário. “Ele é o agente de mudança. O colaborador é o reflexo do seu líder. Não adianta o funcionário buscar qualificação, se o empregador não estiver disposto a ouvi-lo.” Contudo, ele acrescenta: “O processo seletivo é determinante. O empresário precisa exigir o conhecimento e as habilidades necessárias, pois um funcionário qualificado é garantia de um bom trabalho, e por conseqüência, resultados. Mas, é claro, que este profissional precisa ser bem remunerado, afinal, o que é raro, também é mais caro!” É fundamental destacar que as relações de trabalho são vias de mão dupla. Profissionais desqualificados já encontram dificuldades para se inserir no mercado. “O movimento, a busca por aprendizado é facilmente reconhecido e valorizado pelos selecionadores. É preciso se aperfeiçoar”, afirma a consultora de RH, Patrícia Maia. A supervisora do departamento pessoal

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da Faculdade Machado Sobrinho, Marly Miranda acrescenta: “Para atender as expectativas do mercado uma formação de qualidade, aliada ao esforço e dedicação são essenciais na conquista do primeiro emprego”. O professor de Gestão de Pessoas, José Geraldo de Mendonça, não acredita na falta de oportunidades. “O profissional deve correr atrás de seu futuro. Existem diversas palestras, cursos, seminários e eventos gratuitos que proporcionam o aperfeiçoamento contínuo”, defende. Desde modo, quanto maior a qualificação do empregador e empregado, maiores as chances de sucesso e resultados.


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Notícias

O que muda com as reduções da Selic?

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comércio varejista, atacadista e o setor de serviços estão otimistas com a política do Banco Central de reduzir de juros. Somente nos últimos 12 meses, a taxa Selic caiu de 12% para 7,5%. (ver gráfico). Mas o que é a Selic? A Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa de juros mais importante da economia, porque serve como referência para as demais taxas. Ela é responsável por dar liquidez aos títulos públicos. As sucessivas quedas da taxa Selic representam menos impostos, juros mais baixos e crédito mais barato, que por sua vez estimula o consumo, movimenta o mercado, gera empregos e, conseqüentemente, aumenta a renda das famílias. Portanto, é possível perceber efeitos positivos ao longo de toda a cadeia produtiva. Segundo o gerente de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal, Rodolfo Buettel, as reduções da taxa Selic apresentaram excelentes resultados: “De maio a agosto, o volume de operações de crédito aumentou 44%. Dos 220 bilhões concedidos, 30% foram para as micro e pequenas empresas. A expectativa é chegar aos 500 bilhões até o final deste ano”. Mas, tenha cautela! “Só pegue dinheiro emprestado se houver necessidade. O crédito é fundamental para o crescimento, porém é preciso avaliar os custos”, defende o economista Fernando Agra. Veja as dicas:

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Avalie sua necessidade. Tenha certeza que este é um momento oportuno Compare as condições oferecidas pelas instituições financeiras Tenha clareza dos custos do crédito, ou seja, quanto eu vou pagar? Tome cuidado com serviços adicionais e a venda casada de produtos. Examine a relação Custo X Benefício A gestão financeira aliada ao planejamento ainda é a melhor opção para aproveitar as oportunidades, sem correr o risco de endividamento.

Reduções da SELIC

Agosto 2012 - 7,5%


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Notícias

Cartões de Crédito X Economia Sustentável

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ão podemos negar que os cartões de crédito revolucionaram a economia nos últimos 10 anos. Com a estabilização da moeda nacional e a queda na inflação, as classes “C” e “D” puderam desfrutar de bens, antes com dificuldades de aquisição dentro do orçamento familiar, como geladeiras, máquinas de lavar, microondas, TVs LCD, computadores, celulares, entre outros. Sem dúvida, os cartões impulsionaram o mercado e alavancaram as vendas. Porém, o descontrole do consumidor em suas compras no cartão de crédito, somado a falta de informações abriu discussões quanto à necessidade de sua regulamentação. O Brasil é, de longe, o país da América Latina com a mais alta taxa de juros no crédito rotativo, cerca de 323,14% ao ano. (veja a tabela)

Percebemos que mesmo a alta taxa básica e a inflação, não se justifica a cobrança abusiva de juros nos cartões de crédito. É o caso da Venezuela que, se comparada com o Brasil, possui uma inflação quatro vezes maior, o dobro da taxa básica, contudo cobra um décimo dos juros no crédito rotativo. Entretanto, é ilusão pensar que os juros são altos apenas para os consumidores. Os lojistas também sofrem com as altas taxas. (veja a tabela)

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Para a gerente da loja Casa Luz, Ana Paula Uba, essas altas taxas de juros são devidas à falta de concorrência. “A oferta é que faz o melhor preço. Como hoje, praticamente todo o mercado é monopolizado por duas operadoras de crédito, elas podem cobrar o que quiserem. Acredito que a existência de outras empresas poderia diminuir os custos”. Para um comerciante da Av. Getúlio Vargas, que vende artigos de utilidade doméstica, as principais vantagens de trabalhar com os cartões de crédito são a segurança e a facilidade para fechar vendas. Em suas lojas, esse tipo de pagamento representa 30% do faturamento mensal. “Eu nunca precisei antecipar os recebíveis. Porém, escuto muitos lojistas reclamando das taxas praticadas no mercado. Quando os bancos ligam para oferecer a antecipação, os juros normalmente são menores. Eles ligam quase todos os dias. É uma negociação constante”, afirma. Isso também acontece com o proprietário das lojas Center Cimento, Carlos Alberto Makla. “Acredito que apesar dos juros serem altos, dá para negociar com as operadoras e com os bancos. Essas taxas variam de acordo com o negócio e o volume de vendas”. O superintendente do Procon/JF, Carlos Alberto Gasparete, dá seu posicionamento sobre a questão. “A regulamentação e a ampla discussão sobre as novas regras dos cartões de crédito são urgentes. Os juros extorsivos praticados no mercado são uma agiotagem concedida pelo governo. As operadoras de crédito apostam na inadimplência para ganhar muito mais. A facilidade de crédito disponível no mercado é irresponsável. Falta educação financeira às famílias brasileiras”.


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Notícias

INVISTA na sua imagem. DIVULGUE sua marca... e VENDA seu peixe!

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om ações ainda tímidas e pontuais, as empresas de Juiz de Fora estão conhecendo os benefícios da publicidade. Atividade em franca expansão, a Publicidade é alternativa para quem quer se destacar no mercado e impulsionar suas vendas. Além disso, o investimento traz uma série de vantagens competitivas, atribuindo personalidade à imagem e produtos da empresa. A Conexão Comércio conversou com dois experientes publicitários para compreender o papel da Publicidade no resultados das empresas. Bruno Moreira é publicitário e professor na Faculdade Estácio de Sá. Dennis Orrú é publicitário, Diretor Executivo da ArtWork Propaganda, responsável pelo trabalho de Marketing e Propaganda do Sindicomércio-JF. As empresas de Juiz de Fora investem em publicidade? Dennis Orrú: Acredito que sim. As empresas estão começando a enxergar a publicidade como um investimento para o posicionamento da marca. Sem divulgação a empresa não aparece no mercado. Que vantagens competitivas uma empresa tem quando investe em publicidade? Dennis Orrú: A marca é o maior patrimônio de uma empresa. É ela que determina o valor, o potencial de lucro e a expansão do negócio. Definido o posicionamento e a imagem da marca, a propaganda estabelece um elo de comunicação com os consumidores, favorecendo a valorização de seus produtos e modificando a relação do cliente com a marca. Quais são os principais objetivos almejados pelas empresas quando fazem algum tipo de publicidade? Dennis Orrú: Implantar e executar os famosos 4P’s (Produto, Preço, Praça e Promoção), ou seja, apresentar a marca, os produtos e/ou serviços, mostrar suas qualidades e seus diferenciais, divulgar os melhores preços e condições do mercado, e ainda, promover o ponto de venda (a loja). Bruno: Eu acredito que muitos querem acompanhar ou anular o destaque da concorrência. Há casos que os anúncios servem como resposta a alguma situação anterior.

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O que uma empresa precisa avaliar antes de fazer uma publicidade? Bruno: Inicialmente, é preciso pensar no público alvo, determinar os objetivos e estratégias. Depois, e não menos importante, escolher um veículo de comunicação adequado. Como você avalia o mercado publicitário de Juiz de Fora? Bruno: A cultura se transforma com o tempo e a expansão ficará a cargo do próprio mercado. Existem bons profissionais em nossa cidade.


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Notícias

Sindicomércio-JF traz novidades em seu novo site

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site do Sindicomércio-JF (www.sindicatodocomercio.org.br) está com um ‘novo visual’. Mais dinâmico, moderno e completo, a página virtual conta com várias novidades. O -SINDIEMPREGOS - - - - - - - - - foi - -todo - - reformulado - - - - - - - para - - -atender - - - - as - - demandas - - - - - -do ---------mercado de trabalho. Agora, as empresas associadas ao Sindicomércio podem cadastrar suas vagas no setor de varejo, atacado e serviços. Os candidatos interessados devem cadastrar seus currículos para as vagas ofertadas. Estes são encaminhados automaticamente por e-mail aos selecionadores. Os escritórios de contabilidade, assim como os contadores autônomos, também têm espaço em nossa página. Através do ícone ‘Contabilistas’, os mesmos podem se cadastrar no site. Desse modo, fica muito mais fácil para as novas empresas localizarem seu futuro contador. ---------------------------------------A Revista Conexão Comércio agora tem versão online. Além dos 5000 exemplares entregues pelos correios, todos os internautas poderão conferir as notícias e as matérias de cada edição. As empresas representadas contribuintes do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora, também, marcam presença no site da entidade. O ‘Catálogo - - - - - - -Virtual’ - - - - -apresentará - - - - - - - -informações - - - - - - - básicas como nome, endereço, telefone e link direcionado para o site da empresa. O Sindicomércio, também está disponibilizando pelo seu departamento comercial, a confecção de sites para empresas que não possuem ainda sua página virtual com preços especiais. -------------------Os setores do varejo, atacado, farmácias, serviços e beleza possuem suas convenções negociadas pelo SINDICOMÉRCIO-JF e os sindicatos laborais das referidas categorias. Estas convenções estão disponíveis no site para download. Basta selecionar o ícone ‘Convenções Coletivas’ e --------------------------preencher o campo de dados. É o SINDICOMÉRCIO-JF tem como um de seus objetivos a empregabilidade, para isso em breve estará criando seu departamento de RH, a fim de que a entidade possa proporcionar treinamentos, capacitação e seleção mais complexas para futuras contratações das empresas.

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A ç õ e s d e Re p r e s e n t a t i v i d a d e

Divulgação

Conselho Regional do Senac Minas visita o Sindicomércio

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e passagem por Juiz de Fora, no último dia 22 de agosto, membros do Conselho Regional do Senac Minas visitaram o Sindicomércio-JF. A comitiva, que chegou no fim da manhã à cidade, foi recebida pelo presidente da casa e também membro deste conselho, Emerson Beloti. “Foi uma grande satisfação para a diretoria do sindicato receber os membros do Conselho Regional do Senac Minas. Isso mostra como o sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos filiados é integrado em suas ações”. Durante o encontro, os conselheiros tiveram a

oportunidade de conhecer melhor a diretoria, estrutura e equipe do Sindicato, bem como o desenvolvimento de seu trabalho. Entre os conselheiros, diversos presidentes de sindicatos patronais de Minas Gerais. São João del Rei, Itabirito, Barbacena, Santos Dumont, Araxá, Montes Claros, Belo Horizonte e Patos de Minas estiveram presentes. Após a passagem por Juiz de Fora, a comissão seguiu viagem para conhecer o complexo SENAC Grogotó em Barbacena.

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Ações de Representativid a d e

Sindicomércio apoia a Corrida Duque de Caxias

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Para o Sindicomércio-JF o mais importante foi ter proporcionado um momento de saúde e lazer entre as famílias. Divulgação

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m continuidade à comemoração da Semana do Soldado, a 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, em parceria com o Sindicomércio-JF e outras organizações, promoveu a XXVª Corrida Duque de Caxias, que aconteceu no último dia 26 de agosto, no Campus da UFJF. O evento contou com a participação de aproximadamente 2000 atletas, que correram um percurso de 8 km ao redor da universidade. Edevaldo da Silva (21min41s) e Viviany Andreson (27min54s) foram os vencedores das categorias masculina e feminina, respectivamente. Para o Ten.Cel. Perez, do 4º Grupo de Artilharia de Campanha, o evento foi um sucesso. “Nós ficamos muito satisfeitos com os resultados, pois tudo aconteceu conforme o planejamento. Esperávamos uma média de público de 15 mil pessoas. Porém, segundo os dados da Polícia Militar, que nos ajudou neste dia, 20 mil pessoas participaram do evento”.

Vice-Presidente do Sindicomércio, Rui Mussel, entrega traféu para Andriléia do Carmo, 4º lugar feminino


A ç õ e s d e Re p r e s e n t a t i v i d a d e

Presidente do Sindicomércio abre encontro com os candidatos à Prefeitura de JF

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Foto: Amanda Coutinho

o último dia 30 de agosto, o Sindicomércio - JF,Associação Comercial (ACEJF), Centro Industrial, CDL, Convention & Visitours Bureau e SINEPE/MG promoveram um encontro com candidatos à Prefeitura de Juiz de Fora. Com o slogan “Seu voto, meu Futuro. Nossa cidade em suas mãos” o jantar empresarial teve como objetivo discutir sobre a importância da cidadania e do voto, bem como apresentar as principais reivindicações do setor econômico da cidade. Após a recepção dos convidados, o presidente do Sindicomércio-JF e Vice - Presidente da Federação do Comércio Presidente do Sindicomércio e Vice-Presidente da Fecomércio MInas, Emerson Beloti, em seu discurso de boas vindas. de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais, empreendimentos locais. Emerson Beloti, fez a abertura do evento, representando Ao final dos discursos, foram entregues algumas as entidades parceiras com um discurso de boas vindas e reivindicações aos candidatos, entre elas destacamos: agradecimentos. A platéia formada por 250 empresários, a revitalização da área central, a criação de uma galeria políticos e autoridades da região, pode ouvir as propostas dos popular (espaço adequado aos ambulantes de rua), candidatos Marcos Paschoalin (PRP), Margarida Salomão incentivos a construção de Edifícios Garagens, instalação de (PT), Laerte Braga (PCB), Bruno Siqueira (PMDB) e Custódio parquímetros na área azul, criação do Conselho Municipal do Mattos (PSDB), respectivamente. Em seus discursos, os Contribuinte, criação da Secretaria de Turismo, bem como a candidatos defenderam políticas de desenvolvimento para reabertura do Museu Mariano Procópio. a cidade e destacaram a importância de incentivar os

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Novos Associados

Edilson Elétrica e Himatel

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Arquivo Edilson Elétrica

om a experiência de mais de 30 anos no mercado, a Edilson Elétrica é uma empresa especializada em equipamentos e produtos elétricos. Voltada para o segmento industrial, a empresa possui uma equipe de cinco profissionais especializados, incluindo um engenheiro elétrico, que realiza um atendimento personalizado de alta qualidade. Comprometida com o uso inteligente da energia elétrica, promove o equilíbrio ambiental e a satisfação de seus clientes. Além disso, conta com uma frota própria que possibilita a aquisição e distribuição de produtos com agilidade. Também integrada ao grupo, a Himatel atende a demanda local com venda de materiais de construção para consertos e reparos em geral. Tubos, conexões, rejuntes e material elétrico residencial fazem parte da cartela de produtos. Para a coordenadora de atividades, Andréia Cristina Monteiro Fóffano, responsável pelas duas empresas, o diferencial de suas lojas está no atendimento. “Temos 15 funcionários treinados para atender o cliente e resolver seu problema”. Andréia destaca a importância de associações voluntárias a entidades representativas da cidade, como o Sindicomércio, para fortalecimento das atividades econômicas, e acrescenta: “São muitos os benefícios que essa instituição nos proporciona, contudo as condições do plano de saúde foram as mais atrativas que encontramos no mercado”, conclui. A loja Edilson Elétrica fica na Av. Brasil, 7935 - São Dimas, a Himatel se localiza na Av. Rui Barbosa, 104 - Mariano Procópio

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loja Margot Trajes à Rigor está a mais de 10 anos no mercado. Hoje é referência no segmento por sua qualidade e diversidade de produtos. A proprietária da loja, Margarida Magalhães, acredita que a excelência no atendimento é o caminho para o sucesso. “Estamos constantemente aprimorando nossos serviços e buscando maneiras para superar as expectativas dos nossos clientes”. Além dos benefícios e vantagens oferecidos pelo Sindicomércio, a empresária destaca a representatividade da entidade em Juiz de Fora. “Isso foi um dos fatores que me levou à associação. É muito importante para a classe ter um sindicato que defenda nossos interesses”, conclui. A loja Margot Trajes à Rigor fica na Rua Braz Bernardino, nº 184 – Centro.

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Divulgação

Margot Trajes à Rigor


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História dos Associados

Casa Pinho

Arquivo Carlos Pinho

Carlos Pinho acredita que uns dos diferenciais de sua loja são os colaboradores. “Temos funcionários com mais de 35 anos de casa. Posso dizer que isso é resultado de um trabalho ético e transparente em todas as ações”. A Casa Pinho fica na Rua Marechal Deodoro, nº66 – Centro.

Arquivo Carlos Pinho

Arquivo Carlos Pinho

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á 52 anos no mercado, a Casa Pinho é uma das lojas mais tradicionais de Juiz de Fora. Com origem familiar, a empresa possui três diretores: Carlos Pinho, Ramiro Rodrigues e Ricardo Rodrigues, que juntos administram uma loja de 3000m² e 87 funcionários. “Nosso desafio é diário. Temos em média 1000 clientes por dia em busca de soluções para seus problemas. São mais de 26 mil itens e pequenas máquinas, como furadeiras, serra mármore, tico-tico e roçadeiras. Também vendemos alguns produtos fracionados”. Seus principais clientes são os pedreiros, os marceneiros e os profissionais autônomos da construção civil. “Queremos que as pessoas que nos procuram encontrem tudo o que precisam no mesmo lugar. Por isso, temos grande variedade de produtos em nossa loja”, afirma Carlos Pinho. Com tantos clientes, algumas mudanças foram necessárias. Para oferecer um atendimento rápido e prático, a Casa Pinho adotou o sistema de gôndolas, onde o próprio cliente tem acesso aos produtos. “Com a loja organizada por setores, as pessoas não precisam esperar o atendimento de um vendedor. Elas encontram os produtos nas gôndolas e prateleiras e se dirigem ao caixa. É muito mais fácil e otimiza nosso tempo”, explica. Outro destaque da empresa é o uso das redes sociais como canal de interação com o cliente. O Facebook é utilizado como meio para divulgação de promoções e esclarecimento de dúvidas.

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palmer

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Motiva cional

Cristiano Lopes Palestrante especialista em Gestão Estratégica de Negócios

Os desafios da gestão empresarial

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empos modernos ... o cenário da “Nova Era” empresarial está baseado nas transformações dos negócios, na capacidade de inovação, na estruturação dos desenhos e modelos organizacionais eficazes, na definição de estratégias a serem implementadas no mercado e na capacitação profissional. Assim é o “Mundo da Competitividade”, um mundo que leva-nos a (re)pensar diariamente as ações e posições, as táticas e até mesmo, as mágicas a serem executadas nas empresas. Com o objetivo de apresentar um panorama do novo mercado, a Harvard Business Administration divulgou um estudo entitulado Evolução dos Modelos de Administração, onde apresenta-nos cenários possíveis de posicionamento das empresas. A pergunta crucial é a seguinte: em qual modelo nossa empresa está inserida? De acordo com o estudo, as empresas do passado são caracterizadas pelo modelo da hierarquia piramidal, pela existência de muitos funcionários - pessoas que fazem somente uma função,

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pela figura do gerente no topo da pirâmide, pelo excesso de burocracia e dificuldade de comunicação intrasetorial. Neste modelo, a palavra de ordem é esforço e a preocupação maior dos funcionários é com o cumprimento da sua tarefa, com o “bater o ponto” e com o “peso” do seu cargo no crachá. Por outro lado, as empresas que estão focadas no presente são mais horizontalizadas, ou seja, possuem menos níveis hierárquicos - o que agiliza os processos e facilita a comunicação interna, o principal gestor da empresa executa o papel de líder e os funcionários executam mais de uma função nas corporações - por isso são chamados de multifuncionais ou colaboradores. A palavra de ordem da empresa do presente é resultado e para o atingimento das metas é preciso trabalhar em equipe e fazer com que os colaboradores percebam sua importância e responsabilidade dentro da corporação. A grande transformação das empresas está no entendimento e na incorporação do modelo do presente. Na verdade, parte das empresas já começaram suas mudanças e adaptações aos novos contextos do mercado, entretanto as mudanças precisam ser mais profundas e atingir também com os desenhos organizacionais e as pessoas envolvidas na empresa. Não existe possibilidade de recuar, mas existem diversos caminhos que podem ser seguidos para a implementação de inovações nas empresas. O caminho é longo, árduo e difícil. O que precisamos recuperar é o tempo perdido !


Coluna do Empreendedor

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Universo Jurídico

Rubens Andrada Neto Advogado

Saiba mais sobre a nova lei das Cooperativas de Trabalho

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m meio à profusão de tipos societários existentes hoje em nossa legislação, as cooperativas vem ganhando lugar de destaque, seja pela finalidade de melhoria das condições socioeconômicas dos sócios cooperados, ou pela forma de gestão democrática. Fato é que a cada dia surgem mais cooperativas, com objetos cada vez mais específicos, como é o caso das cooperativas de trabalho. As cooperativas de trabalho não são figuras novas, ao menos faticamente. Na verdade, este tipo societário existe há muito tempo e sempre foi regulado pela lei 5764/71, lei que rege as cooperativas em geral. Todavia, devido às fraudes à legislação trabalhista perpetradas por intermédio destas cooperativas, houve, recentemente, a edição da Lei 12.690/2012, a qual tem por finalidade regular este tipo de cooperativas e inibir as fraudes cometidas por meio destas sociedades (não empresárias), já que em grande parte das vezes essa figura societária é utilizada como burla ao sistema de proteção do trabalhador, uma

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vez que este, enquanto sócio de uma cooperativa, não faria jus aos direitos trabalhistas. De acordo com o conceito trazido pela lei 12.690/12, a cooperativa de trabalho é a sociedade constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições gerais de trabalho. A lei, sempre com o objetivo de proteger o trabalhador inibindo as fraudes, cuidou de especificar ainda os tipos de cooperativas de trabalho, podendo ser elas de produção ou de serviço. Em ambos os casos, contudo, o legislador foi meticuloso ao determinar meios que dificultassem a utilização destas cooperativas de modo fraudulento. Deste modo, para que uma cooperativa de trabalho seja considerada de produção, os meios de produção devem ser de propriedade da própria cooperativa, não podendo, por exemplo, ser do tomador de serviços desta sociedade. De modo semelhante, para que uma cooperativa de trabalho possa ser considerada de serviço, é necessário que os serviços prestados pelos seus sócios cooperados sejam especializados e não se verifiquem os pressupostos da relação de emprego, mormente a subordinação do sócio ao tomador de serviços da cooperativa. Caso não sejam atendidas estas disposições legais, haverá grande possibilidade de que seja reconhecido o vínculo de emprego direto entre o sócio da cooperativa e a tomadora de serviços. Diante da utilização das cooperativas como um meio de fraudar a relação de emprego, a lei vedou expressamente a utilização destas para a intermediação de mão-de-obra subordinada em seu art. 5º, além de instituir, em seu art. 7º, uma série de direitos de “natureza trabalhista” que deverão ser garantidos pela sociedade cooperativa aos seus sócios, como direito ao descanso semanal e anual remunerados, adicional de periculosidade e insalubridade, seguro de acidente de trabalho, dentre outros; o que causa certa perplexidade numa confrontação entre o que se deseja chamar de tipo societário, com o que se garante, por outro lado, aos ditos trabalhadores. Importante destacar que a lei entrou em vigor na data de sua publicação, o que importa dizer que as cooperativas de trabalho que forem constituídas a partir de então deverão observar todos os preceitos estabelecidos pela lei. Já para aquelas cooperativas de trabalho criadas antes da edição da citada lei, estas deverão se adequar aos dispositivos legais dentro de um prazo de 12 meses, contados da data em que houve sua publicação.


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