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nização de prêmios entre corretores e companhias. Um importante corretor de Londres comentava nesta mesma tribuna, ano passado {referindo-se aos prêmios e não ª\ indenizaçQ_es), que o dinheiro derrama-se�o �ercado1; Londres como se fosse ág�,o mercado orgulhou-se, com justa razão, ãe�r pago imediatamente as indenizações; mas,o esforço coletivo e a organização necessários para conseguir uma razoável pontualidade no pagamento de prêmio àqueles responsáveis pelo ris....___ co, até o presente, comprova ser�um fardo difícil de suportar.

E não é apenas a rapidez da liquidação que exige melhoramentos. A diferença entr� registros e procedimentos, seguidos po( corretores e seguradores, cria uma multiplicidade de problemas na harmonização e duplicação de esforços que somou centenas de horas/homem de trabalho por ano. Numa época em que unidades de telecomunicação.e audiovisuais estão se tor· nando comuns, e quando troca de fitas magnéticas já é prática estabelecida, a nível limitado, faz-se necessária maior dose de iniciativa, no interesse do mercado.

Mas isto é uma gota dágua no aceano. Já me referi às mudanças de sistemas durante estes últimos 30 anos, e nossa presta�o de serviço tem melhor recorde de que a maioria durante este per(odo de aperfeiçoamento de produtividade. Encontramo-nos agora no limiar de um passo avante, em produtividade, à medida em que o potencial de teleprocedimento e de tecnologia de informação vem sendo completamente compreendido. Esses grupos· seguradores e corretores -e os mercados que adotaram a téonica em apreço terão, inegavelmente, uma vantagem competitiva contra aqueles que não o fizeram, pois, por definição, serão capazes de oferecer aos clientes o que há de melhor ou de mais barato, ou ambos. Mas muitos setores do mercado de Londres estão operando como uma entidade coesa; portanto, também será necessária uma colaboraçao mais efetiva do que a que vimos nes- tes últimos anos, no sentido de equilibrar padrões e processos básicos a serem aceitos no interesse do comprador, do venc;jedor e do corretor. Para alcançar este obietivo, impõe-se uma liderança bem forte, ap9iada pelos principais profissionais do ramo do seguro, que não têm problemas de comunicação com os técnicos que os assessoram.

Já ofereci numerosos exemplos de atividades, principalmente daquelas que envolvem o negócio de seguro em geraI no Reino Unido, onde, acredito, os padrões têm de ser elevados, não porque mostramos deficitmcia_s no passado, mas porque o futuro será mais exige.nte. Não há dúvida de que existem numero�s exem: pios para· se examinar os setores de seguros de vida, ou marítimos, ou associados aos resseguras, à corretagem ou a decisões sobre reivindicações. Ouço, às vezes, o argumento de que não há sentido comercial para os mais competentes da nossa profissão (e quem não é) em perder tempo, provocar despesas ou fornecer informações a fim de ajudar seus próprios concorrentes. Não estou de acordo. Uma concorrência irresponsável pode estragar a melhor conta do segurador. Mau arbítrio de reivindicaçó'es pode redundar em má reputação para a indústria do seguro em geral. Todos nós haveremos de nos beneficiar com a adesão de padrões mais elevados no mercado em gera1.

Portanto, a ser aceito o meu tem geral, devemos investigar o que precisa ser feito e de que maneira o Instituto poderia colaborar no processo. Qualquer aperfeiçoamento global, dentro dos padrões do mercado, se realizará apenas se houver um consenso geral de que é necessário e se os rumos e métodos, assim como os incentivos, realmente existem. É assim pensando que numerosos porta-vozes nossos abordarão, neste inverno, o tema do profissionalismo, em relação às atividades específicas do mercado; e espero que isto, por sua vez, �stimule mais reflexões e debates para o quetemos de realizar.

Um obje:ivo que devemos alcançar é ref�rçar a noçao de profissionalismo como s��do uma exigência comum a todas as a­ t1v1da�es de nossa prestação de serviço.

D_ever1a operar em três níveis. para indi­ v1duos, �o seu desenvolvimento pessoal e cumprrm�nto de tarefas; para firmas e companhias, nas políticas e práticas por elas adotadas; e ao nível do merca­ do, na eficiência de facilidades de mer­ cado e na imagem que o público faz d nossa prestação de serviço. Profissionalis�

�o _é como o elefante: fácil de reconhecer a _v,sta, mas não tào fácil de descrever. Nao vou tentar fazê-lo, mas sugerfria aos Senhores quatro exigências sem a 1 - ' quais e e nao pode prosperar em nosso merca­ do.

Quatro Exig Ncias

. Primeiro, profissionalismo exige in­ t leg:didade . a base so.bre a qual está estabe- eci o o nosso , · É • negô'ciô. uma necessidade 1nev1tável a , n,ve1 . pessoal, para negociar como segur d , ª ores, com nossos clientes corretores e ag t . d en es, terceiros e ressegura ores· com ' o coJretores, para negociar com clientes e seguradores. A despeito de mais compreensivos padrões, códigos de prática, regras e regulamentos para dfrigir nosso comportamento, acredito que a melhor publicidade nossa seja ainda a evidência da nossa integridade. E para aqueles, dentre nós, que trabalham em grandes organiza­ ções, é o anverso da medalha em cuja face oposta se encontra a confiança dos colegas, sem a qual uma organização compe­ tente é como um castelo no ar.

. Em segundo lugar, profissionalismo e_x1ge conhecimento. Um esportista profis­ sional tanto deve conhecer as regras de seu �=porte como estudar as suas táticas. No mo do seguro, temos de entender as leis e outros princípios envolvidos, assim como �emos de saber o que constitui a boa �:t,ca nos setores do mercado em queamos interessados. Os diplomas do CII sao a melhor maneira de adquirir esse conhec1,:nento e monstrar a outrem o que conseguimos. Será, no futuro, uma fonte de força ª mais para o mercado de Lon­ dres, se todos aqueles que aspiram entrar numa carreira profissional do mercado

Interamericana, Companhia de Seguros Gerais

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Revista De Seguros

forem obrigados a se qualificar profissionalmente..

Em terceiro lugar, profissionalismo exig'e experi�ncia prática e treinamento sisteniático, para·a. tarefa ser cumprida a um ní�"-que nem dipJomas formais nem qualificações pod�m oferecer.

E, finalmente, profissionalismo exige vitalidade, sem a qual nada prospera. Uso a palavra em sentido amplo� e, suponho, bastante especial; um compromiSSQ_positivo e confiante de sucesso, não apenas de parte dos indivíduos como também claramente expresso na filosofia adotada pelas companhias, e na imagem pública do mercado. E esta reconhece a longa tradição de estabilidade que nossa prestação de serviço ofereceu à sociedade. Mas ela reconhece também que temos de fazer algumas modifiêações para que esta tradição seja mantida no futuro, Dag Hammarskjold o exprimiu de maneira bem consisa na sua breve oração': "Por tudo que foi feito, obrigado. Paratudoque virá, sim."

Acredito seja opiniãocorrente que os padrões já não atingem mais os níveis exigidos pelo futuro e que convém corrigir esse fato. Sendo isso verdade, devem ser realizados progressos. Primeiramente pela avaliação mais alta dos atributos acima descritos; segundo, através do trabalho no qual o Instituto pode servir de cataliza. dor. Há muito que estudar, tanta experi�ncia a repartir dentro da nossa complexa rede de mercados, dentro dos limites dos departamentos, das organizações e mesmo dos mercados. Juntos, temos a responsabilidade de alimentar as qualidades necessárias ao profissionalismo. 1ndividualmente, podemos aliviá-la com nossa presteza em transmitir a outros õs õenefícioS' da nossa experiência e nosso entusiasmo de aprender de outros mais informados do que nós.

Para esta tarefa ser estimulada a difundida, não posso pensar em melhor foro do que o nosso Instituto.

Traduzido de The Post Magazine & lnsurance Monitor - 9.10.80.

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