ISSN 2238-8656
Ano XIV • no 58 • dezembro - 2015
Órgão Oficial do CONFEF
Atlas do Esporte no Brasil completa 10 anos de existência CONFEF recebe certificação no GesPública
SABE QUEM ESTÁ COM SAUDADES?
AQUELE SEU TÊNIS DE CORRIDA ABANDONADO LÁ NO ARMÁRIO. FACEBOOK.COM/CAMPANHAMOVEBRASIL
CONFEF Sistema CONFEF/CREFs Conselhos Federal e Regionais de
Educação Física
Palavra do Presidente Um ano de lutas e conquistas O ano de 2015 foi intenso e de muitas batalhas. Lutamos em todas as instâncias pelo direito da sociedade ser atendida nos serviços de atividades físicas e esportivas por Profissionais de Educação Física; Valorizamos o Profissional e batalhamos pelo seu reconhecimento; Reivindicamos uma formação de qualidade para que as diversas intervenções sejam seguras, respeitando as normas do Ministério da Educação quanto às diretrizes da formação. Se por um lado não faltou trabalho, também não faltaram conquistas: Da valorização do esporte e da Educação Física como instrumentos importantes para a formação de valores, da socialização e do desenvolvimento humano. Do reconhecimento de que o exercício físico e o esporte promovem o diálogo e a cooperação. De que a prática reforça valores positivos tais como o fair play, o companheirismo e o espírito de equipe. Duas etapas em especial definiram os rumos da profissão em 2015 e merecem destaque, a eleição de metade dos Conselheiros Regionais e a criação de quatro novos CREFs. Sendo eles, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão e Para e Amapá. Tais eventos demonstram o efetivo crescimento e desenvolvimento do Sistema, bem como o reconhecimento dos Profissionais de Educação Física em relação à entidade. Na administração, conquistamos o nível três do Gespública, o que demonstra o compromisso com a transparência e boa governança. É hora de redirecionar estratégias, atuar sempre com ética, pensar em inovações, revisitar antigos conceitos e continuar superando obstáculos e barreiras, sempre em prol da Educação Física e da valorização do Profissional de Educação Física - meta máxima do Sistema CONFEF/CREFs. Colocamos na balança os sacrifícios e desafios encarados no ano que passou e já pensamos em novas metas, ainda que mais audaciosas para o novo ciclo. Em 2016 teremos mais um desafio com a eleição dos Conselheiros Federais, onde os profissionais decidirão democraticamente o rumo que desejam para o Sistema CONFEF/CREFs. É uma luta travada dia a dia para que as conquistas se consolidem e evitemos alguns retrocessos, que sempre rondam a construção da nossa profissão. Nossa missão é infinita, mas a cada dia que passa observamos o salto de reconhecimento por parte da sociedade, autoridades, legislativo, judiciário e empresariado. Desejamos a todos que o ano de 2016 seja de muita harmonia, paz, felicidades e realizações.
Jorge Steinhilber CREF 000002/RJ – Presidente CONFEF
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Presidente Jorge Steinhilber 1º Vice-Presidente João Batista Andreotti Gomes Tojal 2º Vice Presidente Marino Tessari 1º Secretário Almir Adolfo Gruhn 2º Secretário
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Iguatemy Maria de Lucena Martins 1º Tesoureiro Sérgio Kudsi Sartori
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2º Tesoureiro
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Marcelo Ferreira Miranda Conselheiros Angelo Luis de Souza Vargas Antônio Ricardo Catunda de Oliveira Carlos Alberto Camilo Nacimento Carlos Alberto Oliveira Garcia
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Elisabete Laurindo Emerson Silami Garcia Georgios Stylianos Hatzidakis Janine Aparecida Viniski Jeane Arlete Marques Cazelato Lúcio Rogério Gomes dos Santos
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Rua do Ouvidor, 121 – 7º andar - Centro CEP 20040-031 – Rio de Janeiro – RJ Tels.: (0xx21) 2526-7179 / 2252-6275
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O que vem de sala de aula
A cada nova publicação, conhecemos uma variedade de projetos desenvolvidos no ambiente escolar. E apesar da enorme quantidade de relatos recebidos, ainda nos surpreendemos com a criatividade de cada aula. Isso porque cada professor tem a oferecer muito mais do que o conteúdo adquirido na graduação. Cada projeto é carregado de personalidade, de vivências e, é claro, de amor pela profissão. Sendo assim, é praticamente impossível filtrar quais experiências serão apresentadas aos demais profissionais a cada edição. Nesta tentativa, apresentamos dois novos projetos: Do litoral de São Paulo, as aulas de Badminton incentivaram os jovens – cada vez mais “cansados” - a participarem ativamente das aulas de Educação Física. E, em Brusque (SC), a consciência ambiental dos alunos foi desenvolvida através das aulas radicais – sucesso entre os pequenos.
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Badminton nas aulas de Educação Física O ano letivo na Escola Municipal Harry Forssell, em Itanhaém (SP), inicia e com ele as velhas desculpas para não participar da aula de Educação Física. Dor de cabeça, cólica, cansaço e acúmulo de tarefas são algumas das inúmeras razões que os adolescentes improvisam para fugir do exercício físico. A resistência surge, na maioria das vezes, quando o jovem não se sente confortável no grupo, por timidez ou insegurança. Para driblar essa indisposição e fazer com que toda a turma se desenvolva em suas diversas formas de expressões, o Profissional de Educação Física Diego Pinto Jabois [CREF 057443-G/SP] decidiu inserir uma nova modalidade em suas aulas, o Badminton. Em um breve levantamento realizado no local (comunidade e escola), o professor constatou que muitos desconheciam por completo a modalidade, tendo dificuldade, inclusive, em pronunciar a palavra. Disposto a dividir e desmistificar o esporte, em parceria com os alunos do 9º ano, Diego introduzia a ideia de trocar chutes por rebatidas. A modalidade olímpica, de origem asiática, consiste em rebater uma peteca por cima de uma rede, de média estatura, com uma raquete específica, para a quadra oposta, sem deixar cair no chão. O Badminton pode ser vivenciado em dupla (mista ou não), trio ou até mesmo individual (simples). Diego explica que os objetivos principais estão relacionados à ampliação do repertório motor e cognitivo no que diz respeito a prática de jogos com bastões, onde os membros superiores e as movimentações intencionais estão a serviço do novo. O projeto teve seu ponto de partida com a produção de seminários sobre modalidades não convencionais como Hochey, Golfe, Tamboréu, Beach Tênis, Badminton, entre outros. A partir das apresentações dos grupos e da montagem de painéis com fotos, desenhos e reportagens sobre as modalidades, foi criada uma espécie de jornal, administrado pelos próprios alunos e supervisionado pelo professor. Possibilitando, assim, a visualização dos alunos menores da mesma unidade de ensino (5º, 6º e 7º ano do ensino fundamental). Como esperado, o interesse das turmas, a partir dos trabalhos e apresentações, foi aumentando gradativamente e se distanciando do interesse “daltônico” pelo Futebol durante as aulas de Educação Física, gerando, assim, uma expectativa para o exercício do novo. Foram desenvolvidos diversos desafios utilizando baldes, cones, raquetes, elásticos, diversas petecas, dentre outros materiais. Algumas doações de raquetes e petecas originais, por parte de amigos, foram fundamentais para a prática da modalidade. Após diversas intenções e intervenções, concentradas até o momento em deslocamentos simples, saques e rebatidas, os alunos foram ficando nitidamente mais habilidosos e atentos, a ponto de formar duplas (grande parte delas mistas compostas por meninos e meninas) para jogos e desafios. Muitos foram os momentos em que os alunos tiveram grandes dificuldades em sacar e/ou simplesmente rebater, pois as raquetes de Badminton possuem características peculiares como cabo
O professor ensina os fundamentos do Badminton
longo e cabeça pequena, exigindo dos alunos envolvidos atenção e postura correta para aplicação dos fundamentos básicos durante a vivência. “O Badminton, em minha opinião, trouxe para os alunos uma prova de que o esporte é capaz de trazer à tona diversos assuntos e questionamentos - quando bem mediados - entretecidos em sua prática reflexiva ultrapassando fronteiras”, narra Diego. O professor conta, ainda, que o Badminton era visto, pelos poucos alunos que tinham conhecimento prévio de sua existência, como “esporte de rico”, distante de suas realidades e que jamais poderiam fazer parte de uma equipe esportiva de verdade. “Fiquei com a sincera impressão de que basta um pouco de boa vontade e comprometimento no trabalho para promover mudanças comportamentais e con-
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ceituais que poderiam ecoar para sempre na formação e manutenção do caráter dos educandos”.
Na prática: alunos se divertem com a nova modalidade
“O interesse das turmas, a partir dos trabalhos e apresentações, foi aumentando gradativamente e se distanciando do interesse ‘daltônico’ pelo Futebol durante as aulas de Educação Física, gerando assim uma expectativa para o exercício do novo”.
Diego acredita que as barreiras sociais precisam ser superadas e que a educação não precisa necessariamente de incontáveis títulos, apenas de um pouco de amor, dedicação e uma formação sólida para fazer acontecer. “Nem todos os dias são fáceis e repletos de alegria, mas posso afirmar, principalmente neste projeto, que tive mais sorrisos do que lágrimas. Acredito que todo esforço seja válido, pois grandes ideias surgem de grandes necessidades e, dessa vez, com desdobramentos gratificantes, que me motivam a tocar esse projeto até os dias de hoje, pois o Badminton está presente em definitivo no currículo dessa escola”, celebra.
Transporte radical e sustentável A ideia era afastar os alunos dos males do sedentarismo e, de quebra, conscientizar a comunidade escolar a respeito da emissão de gases poluentes e da utilização de transportes limpos. Pensando nisso, o Profissional de Educação Física Tiago Mafra [CREF 009363-G/ SC] criou o projeto “Transporte Limpo + Materiais Radicais”, em suas aulas de Educação Física na Escola Padre Luiz Gonzaga Steiner, em Brusque (SC). Nas Aulas Radicais, os alunos conhecem novas modalidades esportivas utilizando skates, patins, patinete, monociclo, trike, yfliker, carriola, entre outros, disponibilizados pela escola ou pelos próprios alunos. A intenção é incentivar a utilização de transportes limpos a fim de diminuir o trânsito e preservar a natureza, bem como fortalecer a prática de atividade física entre os pequenos. O projeto inclui diversas atividades como a produção de painéis, elaboração de campanha audiovisual, exposição de materiais, passeios de bike, produção de camisas, participação em mostras de trabalhos da escola, entre muitos outros. Além das aulas regulares, uma vez por semana os alunos se reúnem, também, no contraturno. Bi-
Sob orientação do professor, os alunos participam de eventos externos a cada dois meses
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mestralmente os estudantes participam do Sábado Radical e do Pedal da Gonzaga (por conta do nome da escola). Tiago conta que durante a apresentação do tema Transporte Limpo + Atividades Radicais, existem muitos momentos de trocas de experiências. “Os próprios alunos relatam fatos, produzem atividades e trazem informações para compartilhar uns com os outros, formando um grupo de amizade pela prática deste modelo da atividade física”, explica. As habilidades desenvolvidas variam conforme a proposta de cada atividade, podendo se destacar as de aspectos físicos (resistência cardiorrespiratória, força, equilíbrio), aspectos sociais (respeito as regras de trânsito, a natureza), aspectos psicológicos (autoestima, determinação, coragem), além dos aspectos afetivos (amizades, cooperação, respeito). “O incentivo ao Transporte Limpo + Materiais Radicais, que não emitem gases poluentes, tem a intenção de formar cidadãos mais conscientes e ativos, com bons hábitos”, explica o professor. Como resultado, percebe-se o envolvimento e interesse dos alunos pela utilização dos meios de transportes limpos, crescimento no uso de bicicletas, skates, patins e patinetes no dia a dia da escola, envolvimento dos alunos com esses materiais nas aulas de Educação Física e nos momentos de atividades extras, onde é percebida uma maior colaboração e descontração entre os praticantes, diferente das atividades de competição.
Fala, Professor! Quer trocar experiências, dar sugestões ou tirar dúvidas com os professores? Entre em contato com eles: Diego Jabois - diegofefis@yahoo.com.br | Tiago Mafra - tiagosmafra@gmail.com
Envie sua experiência Caro professor de Educação Física, queremos saber sobre suas experiências inusitadas e bem sucedidas envolvendo seus alunos nas aulas de Educação Física. Se você tem algum projeto cujo desenvolvimento e resultado são interessantes, conte para nós da Revista Educação Física. As histórias que mais se destacarem serão publicadas nas próximas edições.
Envie os relatos para: revistaef@confef.org.br Avalie esta seção em confef.com/299 Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 7
O Bacharelado vai acabar? ? Diante das informações amplamente veiculadas em mídia eletrônica como sendo oriundas da Audiência Pública para rediscutir as diretrizes da formação superior em Educação Física, realizada em 15/10, na cidade de Goiânia (GO), para a qual o Sistema CONFEF/ CREFs não foi convidado, ou comunicado oficialmente, o CONFEF apresenta as seguintes considerações. 1. Aos Conselhos das Profissões regulamentadas cabe orientar e fiscalizar o exercício profissional, sempre focado na qualidade da prestação dos serviços oferecidos à sociedade. Para isso é preciso estabelecer os parâmetros relativos ao exercício profissional na área de sua competência. É assim que o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), criado pela Lei 9696, de 1° de setembro de 1998, tem se comportado ao longo dos seus 17 anos de existência. 2. A orientação nacional emanada dos órgãos reguladores da educação superior brasileira define que os egressos de cursos de licenciatura estarão qualificados para a docência na educação básica. Essa decisão é a mesma para todos os cursos de graduação que têm duas possibilidades de formação superior, a exemplo de biologia, história, filosofia, matemática, química, física. O CONFEF acata essa orientação e, na especificidade da Educação Física, tem efetivado ações para reverter a cultura do “licenciado pode tudo” e recuperar o enfoque educacional, formativo e inclusivo que deve orientar a prática docente do licenciado em Educação Física, de modo a contribuir para a tão almejada melhoria da qualidade da educação básica nacional. 3. As ações levadas a efeito pelo CONFEF, ou com o seu apoio, no sentido de valorizar a presença do licenciado na Educação Física Escolar, são provas incontestes de que esta entidade reguladora do exercício profissional não quer imputar um status menor, ou restritivo, às atividades do licenciado em Educação Física. Contrariamente, tais ações indicam o reconhecimento da necessidade deste profissional em uma atividade vital para o desenvolvimento da Educação e da Nação. Nesse contexto, ressalta-se que o desenvolvimento esperado para a educação brasileira, no âmbito da Educação Física Escolar, só será consolidado com uma formação superior própria, séria e qualificada para aqueles que optam pelo magistério, um aspecto determinante e condicionante para a valorização da ação docente na educação básica. Esta é, inclusive, a linha condutora do mais recente documento emanado do Conselho Nacional de Educação (CNE), a Resolução CNE/CP nº 2/2015. 8
?? 4. Embora não pareça pertinente utilizar este documento para discorrer sobre o bacharelado em Educação Física, registra-se que o CONFEF igualmente tem envidado esforços para que o egresso desses cursos de graduação possa ter o seu exercício profissional realizado com igual competência no ambiente não-escolar. A inserção da Educação Física na área da saúde, por meio da Resolução nº 218/1997 e da Resolução nº 287/1998, ambas do Conselho Nacional de Saúde, e as novas demandas advindas destes atos, reforçam a compreensão do CONFEF de que é necessária uma formação superior própria, séria e qualificada para aqueles que, ao escolherem a Educação Física como profissão, não optam pelo magistério. 5. O CONFEF entende que embora possa haver aspectos formativos comuns à licenciatura e ao bacharelado em Educação Física, cada um desses cursos é independente e possui objetivos, perfis de egressos, matrizes curriculares, estágios e diplomas específicos. Consequentemente, o exercício profissional para os seus egressos também é diferenciado. 6. Sendo assim, o CONFEF discorda das recorrentes afirmações que propagam o se-
cativos na intervenção do médico, da merendeira, do enfermeiro, do guarda de trânsito, do gestor de recursos humanos, dos pais, entre outros. Por que então recorrer ao artifício da qualidade de “ser educador” apenas para equiparar o exercício profissional do bacharel em Educação Física ao exercício profissional do licenciado em Educação Física? Ser um educador não é o mesmo que ser um Professor. 8. O CONFEF reafirma que o papel dos Conselhos Profissionais é o de zelar pela qualidade no exercício profissional e garantir que a sociedade seja atendida por profissionais cada vez mais competentes e éticos. A qualidade é um preceito social e um atributo concreto que se traduz nas capacidades e meios, humanos e materiais de que dispõem as profissões para desenvolver as suas ações dentro de um padrão considerado ideal ou próximo dele e que igualmente deve pautar as ações internas e externas dos órgãos/entidades e das políticas/programas, públicos e privados. 9. Portanto, e contrariamente ao que se afirma, não se trata de quem pode mais, ou quem pode menos, o licenciado ou o bacharel. Existem conhecimentos, objetivos, competências técnicas, habilidades e atitudes profissionais distintas que, entre tantos outros aspectos, se evidenciam nos avanços da área, na formação continuada e nas novas demandas do mercado de trabalho.
guinte: (a) os cursos de licenciatura e de bacharelado em Educação Física são iguais, pois trabalham as mesmas competências e habilidades profissionais; (b) os egressos da licenciatura e do bacharelado em Educação Física estão aptos ao mesmo tipo de exercício profissional, pois todos são educadores; (c) a licenciatura é maior do que o bacharelado e, por essa razão, o exercício profissional para os licenciados em Educação Física é amplo, geral e irrestrito. No contexto destas afirmações, poder-se-ia perguntar: Qual a motivação para essas interpretações? Por que para a Educação Física o entendimento sobre as competências e o exercício profissional dos egressos de cursos de licenciatura seria diferente das outras áreas acadêmicas? 7. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), expressa: “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. Como se observa, os atos de convivência humana, independentemente de formação acadêmica, são considerados de natureza educacional. Dessa forma, existem atos edu-
10. A realidade da educação superior brasileira registra a existência de mais de 600 cursos de bacharelado em Educação Física, presentes em todas as regiões do país. Este número aumenta sistematicamente e traduz não só a importância da referida formação, mas também a inserção no mercado de trabalho dos egressos desses cursos e a própria compreensão que começa a se consolidar na sociedade brasileira sobre o papel desse profissional. Como os dados confirmam, não se trata de quem pode mais, ou quem pode menos, se licenciatura ou o bacharelado. O que deve pesar é a existência de demandas profissionais distintas, evidenciadas pelas conquistas da área e assimiladas pelo mercado de trabalho, numa relação independente, mas complementar à formação. 11. O Sistema CONFEF/CREFs reafirma a sua disposição em trabalhar para garantir que o exercício profissional na Educação Física seja realizado por profissionais com competência técnica, habilidades e atitudes próprias da sua profissão, conhecedores da ética e dos parâmetros de referência para o exercício da profissional, considerando cada uma das formações legalmente instituídas para a área: Licenciatura em Educação Física e Bacharelado em Educação Física, além de respeitar os limites das demais profissões regulamentadas. 12. Por fim, o Conselho Federal de Educação Física deseja ser ouvido quando das discussões realizadas pelo Conselho Nacional de Educação sobre a graduação em Educação Física. Também deseja que as normativas sobre o exercício profissional na área da Educação Física sejam respeitadas. Essas normativas não ferem a legalidade e visam, sobretudo, alavancar o desenvolvimento da Educação Física nos campos acadêmico, científico e profissionalizante, impedindo que posições cristalizadas e historicamente superadas, se mantenham dominantes no sentido de advogar uma única formação para a área, uma formação que tudo pode e tudo resolve. Tudo isso, impõe aos envolvidos analisar os elementos integrantes da formação acadêmica e do exercício profissional na perspectiva do aumento dos seus níveis de qualidade e de excelência.
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10 anos do Atlas do
Esporte no Brasil Organizada pelo ex-Conselheiro Federal Lamartine Pereira DaCosta, a obra é resultado de uma das maiores pesquisas sobre o esporte feitas até hoje no mundo
Com cerca de 410 colaboradores e 17 editores, que trabalharam voluntariamente durante três anos, levantando diferentes facetas do esporte e de atividades físicas congêneres, o Atlas do Esporte no Brasil completa, em 2015, dez anos de lançamento. O ex-Conselheiro Federal Dr. Lamartine Pereira DaCosta [CREF 000118-G/RJ], um dos maiores pesquisadores sobre o esporte no Brasil, foi o responsável por comandar o estudo inédito que culminou na publicação do Atlas. Do descobrimento do Brasil aos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, a obra apresenta os resultados da mais extensa pesquisa sobre a história e o desenvolvimento no espaço geográfico do esporte no país, incluindo registros sobre Educação Física e atividades de lazer ativo. Assim sendo, levantaram-se fontes, memórias (passado) e inventários (presente) de diferentes manifestações esportivas e de suas atividades afins usando-se mapeamento e coleta
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de dados representativos da identidade do esporte e da Educação Física no Brasil. O Atlas foi elaborado a partir da necessidade de um estudo sobre o significado do esporte na sociedade e na cultura do Brasil focalizando sua variedade local, regional e nacional. Pretendeu-se, portanto, que a publicação tivesse acesso facilitado e compreensão junto a opinião pública, aos poderes do país e aos profissionais do setor, tendo como ponto de partida os CREFs, que deram suporte às coletas e à identificação local de autores. O CONFEF atuou como catalizador da obra e como meio de institucionalização do livro (924 páginas de tamanho duplo com cinco quilos de peso) para o devido acesso público. O Atlas é composto por centenas de mapas, quadros e tabelas, além de uma seção especial com cerca 200 fotos, figuras e resumo de fatos que sintetizam a história do
esporte brasileiro. Para ampliar o alcance internacional, o documento apresenta capítulos em língua portuguesa (textos completos) e inglesa (resumos e textos complementares). Os levantamentos foram produzidos como serviço à comunidade, sem remuneração, por autores voluntários e por iniciativa do Sistema CONFEF/CREFs em parceria com entidades voltadas para a responsabilidade social. Posterior ao lançamento, em 2005, conteúdos selecionados da obra foram disponibilizados em uma plataforma digital, na qual os textos e os dados foram adaptados para consulta online e download. Hoje, essa oferta atende a abordagens socioculturais, educacionais, econômicas, de gestão, de saúde, meio ambiente e de outras áreas relacionadas às ciências do esporte. O objetivo do portal é, sobretudo, valorizar o esporte brasileiro como um dos principais patrimônios culturais da nação, fazendo circular seus dados de memória e de atividades atuais – quer descritivos, quer quantitativos – entre historiadores, estudantes em geral, Profissionais de Educação Física, gestores, professores, pesquisadores, jornalistas, publicitários, investidores em incentivos fiscais, diletantes ou simples interessados em temas esportivos. O acesso livre ao conteúdo é feito pelo link www.atlasesportebrasil.org.br
Jorge Steinhilber com Agnelo Queiroz (então Ministro do Esporte) em 2004
Em cerimônia no Palácio do Planalto, o Atlas foi entregue ao Presidente da República em exercício, José Alencar (2005)
Dados Organizador – O extenso currículo de Lamartine inclui diversas experiências internacionais. Foi professor na Academia Olímpica Internacional, na Grécia, membro do Conselho de Pesquisas do Comitê Olímpico Internacional (COI), na Suíça, do Conselho Técnico da World Anti-doping Agency, no Canadá, e do Conselho Acadêmico da Russian International Olympic University. Também participou em projetos das Universidades de Mainz (Alemanha), da Autônoma de Barcelona (Espanha) e de Beijing (China), como também atuou como professor visitante na University of East London, Reino Unido, além das Universidades do Porto e da Técnica de Lisboa. No Brasil, Lamartine foi o primeiro Presidente e fundador da Academia Olímpica Brasileira, órgão do COB, entre 1992 e 1998, além de criar o primeiro Centro de Estudos Olímpicos do país na
Universidade Gama Filho em 1991. Atualmente, Lamartine DaCosta está vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde atua no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e Esporte, e também ao COI participando como pesquisador do Advanced Research Grant Programme 2015. Editores – O Organizador Lamartine DaCosta teve como editores principais Ana Miragaya (língua inglêsa) e Evlen Lauter Bispo (mapas e design gráfico) seguidos por Antônio Carlos Bramante [CREF 010243-G/SP], Cátia
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Duarte [CREF 009249-G/RJ], Heloisa Guimarães Peixoto Nogueira, Ibea Menezes, Ionara Thompson Ferreira, Ivan Pessanha, Janice Mazo [CREF 003293-G/RS], José Carlos Eustáquio dos Santos, José Geraldo Carmo Salles [CREF 013409-G/MG], José Koff, Leandro Nogueira [CREF 000829-G/RJ], Leonardo Mataruna [CREF 002290-G/RJ], Luciana Prado, Valéria Bitencourt, Vera Lúcia Costa [CREF 000030-G/ RJ] e Verônica Périssé Nolasco [CREF 031039-G/RJ]. Voluntários – O porte da obra e o grande número de levantamentos e fontes consultadas, implicaram na mobilização de voluntariado, cujo número total oscilou próximo a 450 pessoas durante a elaboração da obra e se fixou ao final do projeto em 410 colaboradores. Obras subsidiárias – Atlas do Esporte do Rio Grande do Sul (Janice Mazo et al., CREF2, 2005); Atlas Histórico e Geográfico do Esporte e Lazer de Niterói (Alfredo G. Faria Jr et al., 2009) ; Atlas do Esporte em Sergipe (Ailton Fernando S. Oliveira, SESI, 2011) e Atlas do Esporte no Maranhão (Leopoldo Gil D. Vaz et al., Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, 2013).
A obra está disponível para download gratuito no link: www.confef.com/294 O Atlas recebe, ao longo desses dez anos, aproximadamente 80 downloads por mês, atestando um interesse continuado de seu público-alvo.
Entrevista Apesar de lançada há uma década, a obra permanece atual e serve de base para diversos estudos. Para saber o que mudou ao longo desses dez anos, conversamos com o organizador da obra, o Prof. Dr. Lamartine DaCosta. Revista Educação Física - O Atlas do Esporte no Brasil está completando 10 anos em 2015. O que mudou na área ao longo dessa década? Lamartine Pereira Da Costa – A maior mudança foi o reconhecimento da metodologia do Atlas, que à época teve pouco impacto por se referir ao uso de mapas e detalhamento geográfico na interpretação de dados – qualitativos e quantitativos - coletados de fontes locais. Hoje este tipo de levantamento se situa entre os mais avançados na pesquisa sociocultural e econômica em âmbito internacional. No entanto, curiosamente, a comissão de avaliação dos cursos de pós-graduação da CAPES (área 21), ao receber o Atlas em 2006, classificou-o como ‘enciclopédia’ do esporte desde que não alcançou adequadamente a proposta metodológica da obra. Outra mudança perceptível foi o entendimento da história do esporte no Brasil de modo diversificado e numa visão bem mais ampla do que a concentrada nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Revista Educação Física – A edição do Atlas em 2005 não estaria exigindo hoje uma atualização? Lamartine Pereira Da Costa – A primeira versão do Atlas pode ser considerada como base para estudos históricos ou de desenvolvimento de diferentes abordagens do esporte no Brasil. Portanto, sua validade é de longa duração e pertinente como ponto de partida para estudos subsidiários como já ocorreu com os atlas do Rio Grande do Sul, de
Prof. Lamartine e o ex-ministro Agnelo Queiroz em 2004
Sergipe, do Maranhão e da cidade de Niterói (RJ). Contudo, a atualização é sempre válida em qualquer trabalho de pesquisa. Revista Educação Física – Isso significa que ele continua sendo inovador? Lamartine Pereira Da Costa – Sim. Isto porque a obra estava muito à frente de seu tempo, mesmo em termos internacionais. Adotou-se a metodologia de interpretação de dados relacionados ao espaço geográfico, à época ainda pouco utilizada, como também o trabalho colaborativo na investigação histórica com grande número de pesquisadores - ocorrência muito rara no mundo científico. Revista Educação Física - O senhor gostaria de acrescentar algo? Lamartine Pereira Da Costa - O Atlas é um marco histórico dos Profissionais de Educação Física simplesmente porque consolidou a identidade desta área profissional por meio dos significados do esporte e atividades afins na vida da nação brasileira. Avalie esta seção em confef.com/301
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Academias de ginástica: mercado
em constante crescimento Além de contribuir para a saúde e bem-estar dos usuários, as academias constituem um importante mercado de trabalho para os Profissionais de Educação Física Durante todo o verão, os aparelhos de musculação são alvo de disputas acirradas nas academias. Isso porque, com a chegada do calor, muitos usuários buscam não apenas saúde, como também o bem-estar estético e a relação social. Mas engana-se quem pensa que as academias só fazem sucesso durante o verão. O aumento no número de academias de ginástica no Brasil, nos últimos anos, tem feito com que o país caminhe para assumir a liderança mundial no segmento da prática de atividade física. Atualmente, o Brasil só tem menos empresas que os Estados Unidos. Em dezembro do ano passado, o CONFEF contabilizou 32.957 academias registradas no Conselho da Profissão. Esse número subiu para 37.440 em 2015 no mesmo período. De acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), entre 2007 e 2012, o mercado de academias aumentou em 133% no número de micro e pequenas empresas estabelecidas no setor, saltando de 9,3 mil para 21,7 mil. O faturamento no Brasil dobrou, passando de US$ 1,2 bilhão para US$ 2,35 bilhões, segundo levantamento realizado pela International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA). Para o cálculo, a entidade usou a base de dados da Receita Federal e avaliou quantos estabelecimentos foram abertos no período.
Fiscalização As fiscalizações rotineiras dos Conselhos Regionais de Educação Física têm como objetivo proteger a sociedade e os próprios estabelecimentos, pois evitam que os clientes sejam prejudicados por falsos profissionais. O registro no CREF significa o cumprimento de regras mínimas, que além de garantir a segurança do usuário, combate a concorrência desleal e evita o aparecimento de estabelecimentos improvisados que prejudicam ou denigrem a imagem das empresas do setor. Os CREFs contam com o entendimento e parceria das academias para que o atendimento ao público seja sempre o melhor possível.
Reconhecimento das Academias na Área da Saúde No mês de outubro, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal aprovou um projeto que amplia o rol de despesas passíveis de dedução da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Pelo projeto, gastos com Profissional de Educação Física, Nutricionista, e clínicas ou academias de atividades físicas, nas modalidades especificadas em regulamento, poderão ser listadas na declaração. O PLS n° 112/2012 foi aprovado com modificações do relator, senador Romário, que retirou do texto a obrigatoriedade de o gasto com Profissional de Educação Física e com academia ser uma recomendação médica. O CONFEF reconhece a importância das academias como um imprescindível gerador de empregos para os Profissionais de Educação Física, como contribuinte para a socialização e integração do indivíduo, bem como promotor de saúde e prevenção de doenças.
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Programa Cultivar atrai alunos para a prática de exercícios físicos
Créditos: Marcello Timm
Ensino diferenciado é fruto de uma parceria da Guarani Sport com a Universidade Federal de Santa Catarina
“Os profissionais envolvidos recebem capacitações para todas as modalidades oferecidas e contam com materiais que se ajustam às necessidades de alunos das mais variadas idades. Tudo isso, com o objetivo de incentivar a prática do esporte na vida desses estudantes.”
As aulas de Educação Física são um desafio para muitos docentes. Diante de uma juventude apressada e tecnológica, chamar a atenção dos jovens com exercícios físicos é uma missão trabalhosa. Mas tem gente por aí pensando em soluções, como a empresa Guarani Sport, que criou o Sistema de Ensino Programa Cultivar. Em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o programa tem o objetivo de integrar os jovens à prática de esportes. O projeto é coordenado pela Guarani Sport e conta com a Consultoria Pedagógica do Centro de Desportos da UFSC nas áreas de implantação dos projetos práticos. Criado em 2000 com aulas de tênis, o sistema de ensino possui, hoje, oito modalidades: Atletismo, Badminton, Basquete, Futebol, Hóquei, Tênis, Vôlei e Xadrez. A iniciativa funciona, atualmente, em escolas públicas e privadas. Os profissionais envolvidos recebem capacitações para todas as modalidades oferecidas e contam com materiais que se ajustam às necessidades de alunos das mais variadas idades. Tudo isso, com o objetivo de incentivar a prática do esporte na vida desses estudantes.
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O Cultivar funciona inicialmente com a aquisição dos materiais didáticos e práticos. Depois acontecem as capacitações dos Profissionais de Educação Física da rede escolar ministradas pela equipe da Guarani Sport. Os professores contam, também, com o apoio permanente do atendimento ao usuário através do site guaranisport.com.br.
Vasques, que foi ganhadora do Prêmio Brasil Olímpico como melhor jogadora de Hóquei sobre a grama.
A equipe integrante do projeto conta com profissionais como Benhur Rosado Sperotto [CREF 000735-G/ SC], que possui uma carreira de 40 anos como Profissional de Educação Física, técnico de futebol e atleta; Juarez Muller Dias [CREF 000003-G/SC], criador do Núcleo de Estudos em Tênis de Campo da UFSC e ex-Conselheiro do CREF3/SC e CONFEF. Além deles, jovens talentos também integram esse time, como a atleta Djeniffer
“Com o sistema Cultivar, os professores podem dar aulas para até 40 alunos. Além disso, os estudantes podem escolher a modalidade pela qual mais se interessam. Isso faz com que todos desejem participar, o que é muito importante para nós, já que somos uma empresa que trabalha com projetos esportivos há 12 anos. Temos uma equipe que atua especificamente em prol dessa iniciativa”, disse.
Para o diretor executivo da Guarani Sport, Marcos Fernando Luiz, o projeto é importante e chama atenção por trabalhar, com sucesso, a inclusão dos alunos na Educação Física.
Participantes do programa na E.B.M. Emilio Baumgarten contam sua experiência
“Atividades interes-
, santes, gostei bastante os jogos são dinâmicos e a gente aprende brincando.”
Beatriz Samulewski, 7°
ano
“As aulas e os m ateriais são muito bons, dá para jogar com a galera da
sala toda. Goste i muito.”
Enoque Elias da
6°ano
Costa Salviti,
“Um exc elente aliado dos professores de Ed ucação Fís ica . Além do mater ial, o planej amento é mui to bom .” Cintia Dahlke Leonhardt, coordena n dora da E.B.M . Emilio Baumgarte
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CONFEF recebe certificação no GesPública O reconhecimento é fruto da gestão comprometida com o crescimento e fortalecimento do Sistema CONFEF/CREFs
O Conselho foi contemplado com o recebimento do Certificado Nível 3 do GesPúblca
A adesão do Conselho Federal de Educação Física ao Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GesPública) teve, no mês de novembro, o seu primeiro e significativo resultado. O trabalho intenso, desenvolvido pela equipe de funcionários do CONFEF, ao longo de 2015, foi recompensado com a certificação no GesPública, uma iniciativa da Secretaria de Gestão Pública (SEGEP) e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que visa aperfeiçoar a gestão administrativa de instituições da administração pública. Com o reconhecimento do Núcleo do GesPública do Rio de Janeiro, o CONFEF foi contemplado com o recebimento do Certificado Nível 3. A entrega do documento foi feita pelo coordenador da entidade, o engenheiro Luiz Fernando Bergamini de Sá, ao presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber. No encontro, Bergamini res-
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saltou a importância e o alcance da certificação. “O Conselho vivenciou, incorporou e viu os benefícios do planejamento estratégico. Com esses benefícios, o CONFEF vai muito bem”, parabenizou. Para o consultor de Planejamento e Gestão, Eng. Luiz Carlos Dias Garcia, este reconhecimento é, por si só, um fato inédito. Primeiro pela pontuação de 269 pontos, dentro de uma escala de 0 a 500 pontos, para uma organização iniciante, isto é, com adesão de apenas um ciclo. Segundo por ser, de acordo com a informação oficial da Secretaria de Gestão Pública, o primeiro Conselho Federal a receber Certificação neste nível. “Realmente este é um novo e importante momento que o CONFEF está vivendo, demonstrando a todos os gestores públicos, de forma prática, que este país pode e
merece ser gerido por pessoas comprometidas com o bem público, com foco em seus clientes-usuários e a sociedade brasileira como um todo”, indica Luiz Carlos Garcia. A expectativa, a partir de agora, é que os Conselhos Regionais de Educação Física possam seguir o exemplo do CONFEF, como preconizou o presidente Jorge Steinhilber. “Nós estamos acreditando, realmente, que o GesPública irá alavancar o processo de governança do Sistema CONFEF/CREFs. Eu não tenho dúvida nenhuma que, em pouquíssimo tempo, esse processo pelo qual passamos irá reverberar em todos os CREFs”. O responsável pelo programa no CONFEF, Luiz Carlos Dias Garcia, concorda: “Nós, da GGESTÃO, que temos orgulho em colaborar com este merecido reconhecimento, gostaríamos de registrar o nossos cumprimentos ao seu Presidente, sua Diretoria e sua eficiente equipe, estimando que seus Regionais possam tomar o mesmo caminho”.
“Nós estamos acreditando, realmente, que o GesPública irá alavancar o processo de governança do Sistema CONFEF/ CREFs. Eu não tenho dúvida nenhuma que, em pouquíssimo tempo, esse processo pelo qual passamos irá reverberar em todos os CREFs”.
O GesPública O chamado GesPública tem como finalidade fortalecer a gestão pública, tendo como premissa o Modelo de Excelência de Gestão Pública (MEGP). A estratégia para a implantação desse modelo referencial é desenvolver ações de apoio técnico aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal a fim de mobilizar, preparar e motivar para a atuação em prol da inovação e da melhoria da gestão. O planejamento estratégico é fundamental, dentre outras iniciativas, para a conquista da sustentabilidade administrativa. Sua política é formulada a partir da premissa de que a gestão de órgãos e entidades públicas pode e deve ser excelente, pode e deve ser comparada com padrões internacionais de qualidade em gestão, mas não pode, nem deve deixar de ser pública. A qualidade da gestão pública tem que ser orientada para o cidadão, e desenvolver-se dentro do espaço constitucional demarcado pelos princípios da impessoalidade, da legalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência. O MEGP tem como base os princípios constitucionais da administração pública e como pilares os fundamentos da excelência gerencial. Os fundamentos da excelência são conceitos que defi-
nem o entendimento contemporâneo de uma gestão de excelência na administração pública e que, orientados pelos princípios constitucionais, compõem a estrutura de sustentação do MEGP. Estes fundamentos devem expressar os conceitos vigentes do “estado da arte” da gestão contemporânea, sem, no entanto, perder de vista a essência da natureza pública das organizações. Este Modelo foi concebido a partir da premissa segundo a qual é preciso ser excelente sem deixar de ser público. Desta forma, esse Modelo deve estar alicerçado em fundamentos próprios da gestão de excelência contemporânea e condicionado aos princípios constitucionais próprios da natureza pública das organizações. Esses fundamentos e princípios constitucionais, juntos, definem o que se entende hoje por excelência em gestão pública.
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Em parceria com a UFMS,
CREF11/MS participa de ação social O Conselho, entre outras entidades, levou serviços gratuitos para bairro carente de Campo Grande (MS) com o Balanço Geral nos Bairros, da Rede Record.
O CREF11/MS, em parceria com o Núcleo de Estudos em Medidas e Avaliação (NEMA) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), participou, no mês de novembro, de uma grande ação social em Nova Lima, bairro carente da capital sul-mato-grossense, Campo Grande. Foi a 4ª edição do Balanço Geral nos bairros, ação social que leva diversos atendimentos gratuitos para a população. A comunidade contemplada foi a da Região Mata do Segredo. As atividades desenvolvidas foram: Avaliação Antropométrica para estimar parâmetros da composição corporal em crianças, adolescentes e adultos; Palestra sobre a importância da atividade física em forma de exercício para a qualidade de vida; Demonstração prática de como fazer alongamento para o início da Atividade Física e orientações em geral com a distribuição de folder educativo. Durante o evento, 102 pessoas passaram pelas avaliações e 257 foram instruídas sobre a importância da prática de atividade física e da orientação de um profissional. “Foi uma ação em que pudemos mostrar para a sociedade a importância do Profissional de Educação Física. Nosso estande no evento ficou sempre cheio e movimentado, provando que a população tem interesse nessa área, e tem cada vez mais valorizado o profissional”,
Conselho realiza atendimento gratuito à comunidade
ressalta o presidente do CREF11/MS, Ubiratam Brito de Mello [CREF 000527-G/MS]. Para 2016 já estão programadas pelo menos mais três ações, e o CREF11/MS e o NEMA já confirmaram a participação. A ação social contou ainda com exames de saúde, atendimento odontológico, cadastros em programas sociais, recreação infantil, negociação de dívidas, orientações jurídicas, corte de cabelo, sorteio de brindes e atrações musicais. O evento é uma realização da Rede Record (MS) em parceria com a rádio FM Cidade 97 e o jornal Diário Digital.
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Fórum debate o futuro das cidades olímpicas Pesquisadores apontaram o fortalecimento da Educação Física escolar como legado olímpico a ser atingido
No mês de outubro, a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi palco de um enriquecedor debate sobre o futuro e o legado das cidades olímpicas. O encontro, organizado pelo professor Lamartine Pereira DaCosta [CREF 000118-G/RJ] em parceria com o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, reuniu pesquisadores brasileiros e estrangeiros, gestores e especialistas sobre os Jogos Olímpicos. Os presentes abordaram, entre outros, a necessidade de valorização da Educação Física escolar. Para o Subsecretário da Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude do Rio de Janeiro, Cyro Delgado [CREF 026413-P/RJ], a realização dos Jogos Olímpicos está mudando a cidade e até mesmo o país, mas o esporte brasileiro segue sem sofrer modificações. “A Educação Física escolar é a base para o esporte nacional. Nós precisamos de gestão esportiva, de esporte educacional”, defendeu. O presidente da Comissão de Esportes da Alerj, deputado Chiquinho da Mangueira, apontou como uma das dificuldades para valorização dos esportes nas escolas a não obrigatoriedade das aulas serem ministradas por Profissionais de Educação Física. “Eu acredito que o país só poderá se tornar uma potência olímpica, quando o Profissional de Educação Física for reconhecido. O ensino dos esportes nas escolas deveria voltar a ser obrigatório. O atleta que precisamos está ali. Para as olimpíadas de 2016 nossa base está envelhecida, sendo praticamente a mesma dos jogos de 2012”, comentou o parlamentar. Já o presidente da Comissão de Educação Física Escolar do CONFEF, o Conselheiro Federal Ricardo Catunda [CREF 000001-G/CE], abordou a importância da disciplina para o desenvolvimento das crianças e adolescentes. “A maioria da população escolar encontra-se na escola pública e, mui-
tas vezes, esse é o único espaço onde os alunos têm acesso à prática esportiva. Ou seja, se o gestor público não oferta aulas de Educação Física, ele está negando à população escolar, o direito ao exercício físico”. Para o professor Lamartine, a importância de se discutir o legado olímpico foi reforçada pela Agenda 2020, lista de recomendações feitas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e que já alterou a lógica de organização dos jogos de Tokyo, previstos para ocorrer no Japão em 2020. “A nova agenda olímpica mostra uma preocupação muito maior com valores como a sustentabilidade, a ética, a ampliação do número de cidades para aumentar o impacto dos Jogos. Acredito que o Fórum está alinhado com todos esses valores. Por isso a importância de trazer esta discussão para cá”, destacou o professor.
Dificuldades não são exclusividade do Brasil Dez anos após a realização dos Jogos Olímpicos de Atenas, o pesquisador grego Kostas Georgiadis, da Universidade Olímpica Internacional, apresentou o resultado de uma pesquisa detalhada sobre a percepção dos gregos a respeito dos jogos realizados em 2004. Kostas conta que, mesmo com problemas, a competição no país foi uma experiência importante e peculiar para a cidade e a autoestima dos gregos. No Reino Unido, a opinião dos moradores não foi tão positiva quanto ao legado físico. De acordo com o professor Leonardo Mataruna [CREF 002290-G/RJ], da Universidade de Coventry, apenas 13% da população entrevistada teve acesso aos estádios. Para ele, é preciso se pensar em retorno cultural e social para a população, para que todos realmente se sintam parte do evento, indica.
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Câmara dos Deputados homenageia Profissionais
de Educação Física
Créditos: Cláudio Araujo
Mais de trinta profissionais foram indicados por Parlamentares para receber a Honraria Manoel José Gomes Tubino
O evento reuniu Deputados Federais, Senadores, representantes de entidades e estudantes
Como forma de reconhecer a contribuição na área da Educação Física, 32 Profissionais foram escolhidos por parlamentares para receber a honraria Manoel José Gomes Tubino, que aconteceu em dezembro, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados. A premiação foi instituída pela Frente Parlamentar Mista da Atividade Física para o Desenvolvimento Humano em parceria com a Comissão de Esporte da Câmara Federal e apoio do Conselho Federal de Educação Física. Esta foi a primeira cerimônia de entrega da honraria e contou com a presença de dezenas de Deputados Federais, dois Senadores, além do Ministro das Comunicações, André Figueiredo. Os Profissionais foram reconhecidos pela grande atuação em prol do desenvolvimento huma20
no através da Educação Física. Proposto pelo Deputado Federal Evandro Roman [CREF 000958-G/PR], o evento enalteceu a importância da profissão como instrumento de socialização e promoção do bem-estar e da saúde de milhões de pessoas em todo o país. “Essa iniciativa é uma forma de apoio e incentivo para esses profissionais que atuam na ponta e fazem da sua atividade um sacerdócio, pois passam por dificuldades como a falta de materiais, baixos salários e locais inapropriados, mas continuam trabalhando de forma incansável. Em um momento como este, eu falo com prazer: é um orgulho muito grande ter escolhido essa profissão. Que tenhamos uma Educação Física cada vez mais forte no país”, afirmou Evandro Roman, em discurso.
O deputado Felipe Bornier discursa em defesa da valorização profissional
Segundo ele, a implementação desta solenidade representa a realização de um antigo sonho. “Sempre desejei contribuir de maneira eficaz para a valorização da nossa profissão, que tantos benefícios traz à sociedade brasileira e que ainda não obteve todo o reconhecimento que merece”, disse. O Ministro das Comunicações e presidente de honra da Frente Parlamentar Mista da Atividade Física para o Desenvolvimento Humano (FPMAFDH), André Figueiredo, esteve presente e parabenizou os homenageados. “O esporte tem a capacidade de formação pessoal. Temos absoluta convicção que ele é um contraponto a tudo de mau que pode assolar nossa infância e juventude. Por isso, nada mais justo que reconhecer os Profissionais de Educação Física que dedicam suas vidas a essa missão”, afirmou.
O Ministro das Comunicações, André Figueiredo
O Deputado Felipe Bornier, 2º secretário da Mesa Diretora, ofereceu o suporte necessário, compreendendo a relevância do Profissional de Educação Física tanto no ambiente escolar como na formação do esporte e manutenção da saúde. Para o Deputado, as sugestões dos profissionais da área são importantes para a elaboração de legislação pertinente ao tema. “O país precisa mudar sua política de inclusão para pessoas que praticam esportes. Valorizar esses profissionais é um começo”, indicou. A esposa do saudoso Prof. Manoel Tubino, Vera Lúcia de Menezes Costa [CREF 000030-G/RJ], também esteve presente na solenidade e agradeceu a referência à trajetória do Professor Tubino. De acordo com Vera Lúcia, Tubino sempre foi um defensor dos direitos humanos e do direito da sociedade ser atendida nos serviços de atividades físicas por Profissionais de Educação Física. Para o presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, a honraria sintetiza a busca pela paz, tão defendida pelo eterno Mestre, além de enaltecer o mérito daqueles que nem sempre são dignificados, lembrados e valorizados. “Prestigiar, valorizar e reconhecer intervenções profissionais na área da atividade física e esportiva que concorrem para o desenvolvimento humano é uma forma de estimular a continuidade dessas atuações abnegadas”, conclui.
Vera Lúcia, esposa do saudoso Tubino, agradeceu a referência à sua tragetória
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Sobre a solenidade A Honraria Manoel José Gomes Tubino na Atividade Física foi instituída com um objetivo simples e uma motivação profundamente humana: prestar reconhecimento aos Profissionais de Educação Física e Esporte que contribuem definitivamente para a formação integral e desenvolvimento humano das crianças, adolescentes e jovens, especialmente aos que se encontram em risco social, conforme descreveu o presidente da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, Márcio Marinho. Anualmente, serão homenageados Profissionais de Educação Física escolhidos por até 25 parlamentares. Estes serão agraciados como reconhecimento pelos relevantes serviços prestados.
Créditos: Cláudio Araujo
O CONFEF aderiu a proposta do Deputado Federal Evandro Roman de homenagear, dos mais diversos rincões do nosso país, Profissionais de Educação Física incógnitos, anônimos e laboriosos que contribuem significativamente para o desenvolvimento humano através das atividades físicas e desportivas.
“É um orgulho muito grande ter escolhido essa profi ssão”, declarou Roman em discurso
Para o Sistema CONFEF/CREFs, são muitos os Profissionais de Educação Física que promovem projetos de integração social, iniciação esportiva, formação de atletas, promoção da saúde, formação e capacitação, trabalhos com deficientes e muitos outros, seja com crianças, adultos ou idosos. Todos merecem destaque e é importante prestigiar, valorizar e reconhecer essas intervenções.
Marcio Marinho, Evandro Roman, Jorge Steinhilber e André Fernandes
Quem foi Manoel José Gomes Tubino? O Profissional de Educação Física Manoel José Gomes Tubino (1939-2008) foi presidente da Federação Internacional de Educação Física, presidente do Conselho Nacional de Desportos (CND), de 1985 a 1990, e secretário de Educação Física e Desportos entre 1989 e 1990, no Ministério da Educação. Além disso, foi Doutor em Educação Física e livre-docente pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Quando presidiu o CND, Tubino criou a Comissão de Reformulação do Esporte que proporcionou a renovação da legislação esportiva, buscando a democratização do esporte no país. Ele também foi vice-presidente do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), sendo considerado um ícone, por tratar a prática esportiva como um elemento de integração e inclusão social.
Na ocasião, foi distribuída a todos os presentes uma brochura alusiva à Honraria e à trajetória do Professor Manoel Tubino. O conteúdo está disponível em: www.confef.com/296
Para conferir mais fotos do evento, acesse: www.confef.com/297 Avalie esta seção em confef.com/307
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Redes sociais exigem
bom senso do internauta Cada vez mais populares, os blogs fitness escondem riscos por trás do sonhado estilo de vida saudável
A dieta milagrosa, o exercício ideal para o bumbum perfeito ou o suplemento que vai te “fazer crescer”. Seja qual for o objetivo, a internet dispõe de uma fonte inesgotável de respostas. Com tanta informação, filtrar o que é confiável ou não, passa a ser o maior desafio do internauta. Nesse contexto, e com o estilo de vida fitness cada vez mais popular, proliferam-se na velocidade de um clique os chamados blogueiros fitness. São artistas, empresários e até mesmo adolescentes divulgando nas redes sociais suas rotinas. O que poderia ser um incentivo para novos praticantes, acaba trazendo mais riscos que benefícios. Isso porque os treinos e dietas são difundidos e copiados pelos seguidores sem a devida preocupação e atenção com os riscos e danos que podem ser causados pela prática incorreta ou indevida. Os exercícios físicos praticados erroneamente podem ocasionar problemas ortopédicos como distensão muscular, dores articulares agudas, lombalgias, tendinites e várias outras alterações físicas como arritmias, tonteiras e câimbras. Há possibilidade, ainda, do surgimento de sintomas relacionados ao overtraining, tendo como sintoma a redução de desempenho, seguido de alterações como insônia, cansaço, dores musculares, irritação, ansiedade, agressividade, cefaléia, problemas articulares, aumento da pressão arterial e batimentos cardíacos alterados. Por ser considerado um caminho mais curto e barato para alcançar um ideal, muitas pessoas colocam sua saúde em risco sem imaginar que os danos podem custar caro. É preciso entender que cada indivíduo possui suas especificidades e, portanto, deve ter um programa de exercício físico orientado e diferenciado. É importante que cada indivíduo procure um Profissional de Educação Física para uma avaliação da sua condição e que o mesmo prescreva os exercícios mais adequados.
Antes de iniciar qualquer dieta ou série de exercícios físicos, procure o profissional da área habilitado e registrado no conselho da profissão. O Profissional de Educação Física irá levar em conta os objetivos do aluno, se ele quer emagrecer, ganhar massa muscular, definir musculatura ou terminar alguma prova de running ou bike. Diferente das prescrições online, a orientação pessoal leva em conta o estado físico, as condições e especificidades de cada indivíduo. Portanto, mais do que seguir tendências ou evitar gastos, é fundamental valorizar o nosso bem maior: a saúde. E a fiscalização? O CONFEF entende que os blogs fitness devem servir apenas como incentivador de hábitos saudáveis e não devem substituir jamais o Profissional de Educação Física. Quando identificamos postagens que podem oferecer tais riscos, buscamos oficiar e tomar outras medidas reparadoras. Não havendo identificação do local ou do indivíduo, encaminhamos ao Ministério Público para providências. Como não há regulação através de normas ou leis, quando o autor do blog é um Profissional de Educação Física, o mesmo assume a responsabilidade pela orientação e pode, no caso de prejuízos à saúde do orientado, sofrer representação ética. Vale lembrar que ainda hoje é possível comprar e divulgar as mais variadas drogas ilícitas, proposta de dietas, remédios e tratamentos milagrosos, sendo que pouco é possível ser feito. Sendo assim, cabe à sociedade buscar informações que ajudem a distinguir o que é certo e seguro do que é uma armadilha.
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CREF5/CE lança “Recomendações para Educação Física Escolar” em Fortaleza
Créditos: Mário Cabral
Profissionais de Educação Física, Diretores e Secretários de Educação e de Esporte do município participaram de lançamento da obra na capital
Como deve ser ministrada a disciplina de Educação Física nas escolas? A partir desse questionamento, o Sistema CONFEF/CREFS elaborou uma proposta para nortear a intervenção profissional responsável e qualificada no ambiente escolar. Com riqueza de conteúdo, o documento transformou-se no livro “Recomendações para Educação Física escolar”, organizado pelos Conselheiros Federais Antonio Ricardo Catunda [CREF 000001-G/CE], Sérgio Kudsi Sartori [CREF 000003-G/RJ] e Elisabete Laurindo [CREF 002036-G/SC]. Em Fortaleza, o lançamento da obra aconteceu durante evento promovido pelo Sistema CONFEF/CREFs e a Secretaria Municipal de Educação (SME) na Universidade do Parlamento Cearense (Unipace). O encontro substituiu o ciclo de formação continuada dos professores de Educação Física do município, realizado mensalmente pela SME. Na ocasião, o professor Doutor Ricardo Catunda, ministrou a palestra “A Educação Física Escolar no contexto atual”. Catunda discutiu, junto a diretores de escolas, secretários de Educação e Esporte de municípios da Região Metropolitana e Profissionais de Educação Física, a importância da disciplina que tem papel primordial para o desenvolvimento dos alunos e que “deve estar sempre alinhada às demandas da sociedade, sem, no entanto, neglicenciar o compromisso na aprendizagem dos conteúdos específicos na área”. Tanto que, para o Profissional de Educação Física Edson Ferreira Tavares Neto [CREF 000248-G/CE], coordenador de Educação Física de uma escola municipal de Fortaleza, a obra ajudará no planejamento da disciplina. “Abre muito o leque de opções em relação à Educação Física. Será mais uma ferramenta para colocar em prática o papel da disciplina, inclusive trabalhar mais o lado social”, comenta.
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Para o professor Rafael Amaral [CREF 008438-G/CE], o livro é uma enorme contribuição para a promoção da saúde. Afinal, com as diretrizes as escolas terão mais subsídios para ministrar a disciplina para que as crianças possam ter boas experiências com a Educação Física e, assim, se tornem adultos ativos fisicamente. “A preocupação é sempre em como isso pode promover saúde e ter resultados positivos no futuro”.
pel único e insubstituível na corporeidade e no desenvolvimento motor das crianças. Além das especificidades, influencia também no desenvolvimento das habilidades e competências associadas às dimensões afetivas, sociais e ainda contribui no enfrentamento do crescente problema das doenças não transmissíveis, que tem acometido a população”, reforçam os autores, ainda no prefácio.
Como é dito na obra, a disciplina é importante para o desenvolvimento da criança e do adolescente e, ainda, para ajudar na formação de futuros adultos ativos fisicamente. “A Educação Física desempenha um pa-
Para sabermos mais sobre o conteúdo do livro, conversamos com um dos autores e responsável pela palestra na Unipace, o Conselheiro Federal Dr. Antonio Ricardo Catunda.
Benigno Júnior, vereador de Fortaleza, Antonio de Pádua, presidente do CREF5/CE, Jorge Henrique Monteiro, da diretoria do Conselho, e Ricardo Catunda
REVISTA Educação Física - Como se deu a elaboração do livro? Antonio Ricardo Catunda - O livro “Recomendações para a Educação Física Escolar” pode ser considerado como a culminância de um período de aprendizagem. A ideia inicial era apresentar aos profissionais os pressupostos para a melhoria da qualidade das aulas. No entanto, após três anos de discussões com os professores, gestores e classe política, por ocasião da participação em seminários, congressos, fóruns e audiências públicas, percebemos que poderíamos construir um livro que respondesse às demandas recebidas, inclusive nas reuniões plenárias, além de apresentar a posição oficial do CONFEF relativa à Educação Física escolar. Assim, elaboramos o livro procurando alinhamento com as recomendações internacionais sobre a promoção da saúde na escola e a corresponsabilidade entre professor, gestor e classe política. REVISTA Educação Física - Qual é objetivo principal da obra? Antonio Ricardo Catunda - O objetivo é apresentar aos profissionais, recomendações que contribuam para uma intervenção qualificada, que legitime a Educação Física na escola, orientar os gestores da educação para que tenham parâmetros que assegurem o acompanhamento responsável do desenvolvimento do componente curricular e
para que a classe política a utilize como referência na proposição de leis e fomento de políticas públicas. REVISTA Educação Física - Como vem sendo feita a divulgação da obra para que os Profissionais de Educação Física possam fazer uso da mesma? Antonio Ricardo Catunda - A divulgação é feita por meio dos Conselhos Regionais de Educação Física, que estão promovendo o lançamento do livro em diversos eventos pelo país, distribuindo aos professores, autoridades locais e representantes de escolas. O CONFEF enviou às Instituições de Ensino Superior (IES), secretarias de educação, bem como disponibilizou a obra no portal www.confef.org.br para livre acesso. Faça o download gratuito no link www. confef.com/230.
Avalie esta seção em confef.com/309 Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 25
Panathlon Club SP celebra centenário do Professor Boaventura
Créditos: Bianca Valeguzki
No ano em que completaria 100 anos de idade, o professor Dr. Antônio Boaventura da Silva, um dos maiores nomes da Educação Física do Brasil, foi homenageado por nomes importantes da profissão
No dia em que celebramos o Dia do Professor, um em especial foi o protagonista da noite. No dia 15 de outubro, o professor Dr. Antônio Boaventura da Silva foi homenageado pelo centenário que completaria em 2015. O evento, promovido Panathlon Club São Paulo, em sua sede, contou com o apoio da Federação Internacional de Educação Física (FIEP), que convidou para o convívio seus delegados, autoridades e dirigentes da Educação Física. A filha de Boaventura, Lisette Fleury de Oliveira e Silva, esteve presente na homenagem com o colar da Ordem do Mérito Panathlético, que Boaventura recebeu nos
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seus tempos de panathletismo. Ela foi homenageada e recebeu o buquê de flores do centro da mesa, que tradicionalmente é ofertado à figura feminina mais representativa do convívio. O ponto alto do evento culminou na palestra ministrada por um dos seus grandes amigos, o Cel. Nestor Soares Públio [CREF 005511-G/SP], que passou para todos os presentes a figura do homenageado, suas obras e cargos ocupados. Ao fundo, uma homenagem audiovisual, elaborada pelo Conselheiro Federal e presidente do Panathlon São Paulo, Georgios Stylianos Hatzidakis [CREF 000688-G/SP] ilustrou a fala do palestrante.
A filha de Boaventura, Lisette Fleury, ao lado do Prof. Henrique Nicolini e do presidente Georgios Stylianos
Em homenagem a Boaventura, também discursou o presidente da FIEP, Almir Adolfo Gruhn [CREF 000001-G/ PR], entre outros membros da diretoria. Em seguida foi feita a homenagem a 30 personalidades presentes, agraciadas
Cel. Nestor Soares Públio em discurso emocionante
com a Medalha Prof. Antônio Boaventura da Silva. Ainda como parte das homenagens, os Correios estamparam um selo com o nome e a foto do professor, conforme foi informado pelos representantes da FIEP no evento.
Sobre Boaventura
Sobre o Panathlon Club SP
O professor Boaventura defendeu veementemente a implantação da Educação Física nas Instituições de Ensino Superior, uma vez que, para ele, as atividades físicas, esportivas e recreativas tinham um valor singular na formação do ser humano como um todo, como podemos observar nas suas próprias palavras, ao defender sua posição em relação a essa questão: “As instituições de nível superior devem oferecer aos seus estudantes e professores oportunidades para a prática de atividades físicas, esportivas e recreativas de sua predileção, contribuindo assim para enriquecer seu próprio cabedal de habilidades fundamentais, descobrir ou revelar suas aptidões atléticas e, especificamente, para melhor aprender, apoiar e incentivar a prática dessas atividades em todos os meios em que vierem a ter participação e liderança”.
O Panathlon é uma organização não governamental que possui finalidades éticas e culturais. Procura aprofundar, divulgar e defender os valores da atividade física e do esporte, vistos como instrumentos de formação e de preservação da pessoa e como meio de solidariedade entre homens e povos. A palavra Panathloné, de origem grega, pode ser traduzida pela expressão “todos os esportes”.
À luz dessa filosofia, o professor Boaventura, com dedicação, acompanhou e participou de todo o projeto para a implementação da Praça de Esportes desta Universidade que, a partir de 1975, tornou-se o Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo (Cepeusp). Foi nomeado como primeiro diretor em janeiro de 1972 e foi novamente indicado para o cargo em 1977, permanecendo até 1984. Foi na primeira gestão do professor Boaventura que teve início a implantação progressiva da Educação Física, esportiva e recreativa na USP como disciplina. Esse tipo de ação tinha como objetivo preparar a comunidade para a obrigatoriedade da disciplina de Educação Física para todos os cursos em nível superior, que se concretizou em 1977, em cumprimento do Decreto-Lei nº 69.450/1971. Na FIEP, foi um dos professores pioneiros, quando aceitou ser o Delegado do estado de São Paulo e da Região Oeste do Brasil de 1949 a 1971.
O primeiro Clube Panathlon foi constituído em Veneza, em 12 de junho de 1951. Em 1960, 67 Clubes de várias nações, reunidos em Assembléia na cidade de Pavia, fundaram o Panathlon International. Esse movimento voluntário, apolítico, sem finalidades lucrativas, voltado à prestação de serviços ao esporte, expandiu-se por países de vários continentes, sendo agregados em Distritos sob a égide do Panathlon International. O Panathlon Club São Paulo, o primeiro do Brasil, fundado em 1974, congrega profissionais do esporte, atletas, ex-atletas, técnicos, dirigentes, professores de Educação Física, médicos, advogados, jornalistas e outros, formando um grupo diversificado.
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Jiu-Jitsu diminui evasão escolar em Manaus Créditos: Rodemarques Abreu e Cleomir Santos
O projeto consiste em aplicar os princípios das artes marciais como: respeito, disciplina, lealdade e amizade para fortalecer o desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes
Aprender, Conviver e Lutar é o lema e também o nome do projeto desenvolvido, desde 2013, na rede municipal de ensino de Manaus (AM). A iniciativa do Profissional de Educação Física, Ronnie Melo [CREF 002271-G/AM], proporciona o desenvolvimento social, físico e cognitivo dos alunos através da arte marcial, praticada por eles no contraturno das aulas regulares.
ao Programa Mais Educação (PME), do Governo Federal, saltando de sete para 100 unidades de ensino de todas as zonas geográficas de Manaus. Com alcance em diversas unidades da capital, a prática do esporte gera aproveitamento em aspectos físicos e emocionais, pois auxilia na redução do nível de indisciplina, na formação de alunos mais responsáveis e melhoria do rendimento escolar.
As aulas são realizadas duas vezes na semana, com uma hora de duração cada e dividida em três momentos: No primeiro é feita a saudação inicial, em seguida é trabalhada a parte física com corrida, cabo de força e circuito com bolas e cones. A terceira e última etapa trabalha os golpes do jiu-jitsu que são ministrados de acordo com a faixa etária dos alunos.
O projeto funciona como uma ferramenta pedagógica que auxilia os estudantes da Educação Infantil, Educação Especial e Ensino Fundamental, gerando responsabilidade e dedicação aos estudos. “Nosso trabalho basicamente contribui com a melhora nas notas, combate a evasão escolar e gera inclusão social e melhora da autoestima”, explica o professor Ronnie Melo.
O projeto, que começou em apenas três escolas, com 265 alunos, atinge hoje mais de mil estudantes e crescerá ainda mais. Isso porque em 2015 o projeto foi integrado
Além de Ronnie, que é Profissional de Educação Física, faixa preta e 4 DAN pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu e pela Federação Internacional, a equipe é compos-
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ta pelo psicólogo e Profissional de Educação Física, Alexandre Romano [CREF08000592-G/AM], que é também Mestre e Doutorando em Educação, pelo Mestre em Educação Especial, Porthus Castelo Branco [CREF081799-G/AM], além de Augusto Júnior [CREF080001275-G/ AM], Edvando Alves da Conceição [CREF08002516-G/AM] e Thiago Silva dos Santos [CREF080002710-G/AM], todos Profissionais de Educação Física. As aulas contam, ainda, com a participação de lutadores de Mixed Martial Arts (MMA) como Ronaldo Jacaré e Alan Nuguette, além de outras personalidades como o mestre Osvaldo Alves, ícone do Jiu-Jitsu brasileiro.
A inspiração Ronnie Melo conta que vê o Japão como um modelo a ser seguido no Brasil. Lá, o esporte é usado como ferramenta pedagógica a fim de contribuir com aspectos que vão além da noção de querer ganhar medalhas. A cada formatura, os alunos garantem a troca de faixa e, cada vez mais, mostram que a iniciativa só traz benefícios.
“Nosso trabalho basicamente contribui com a melhora nas notas, combate a evasão escolar e gera inclusão social e melhora da autoestima”.
“Em nossa cidade a prática de lutas é muito difundida, porém não havia uma preocupação pedagógica com essa prática. Com esse projeto, foi possível fazer esse trabalho com as lutas que é, acima de tudo, educacional e conta com Profissionais de Educação Física qualificados”, orgulha-se Ronnie.
Aulas especiais Como se isso tudo não bastasse, há, ainda, aulas para crianças especiais onde os pequenos desenvolvem habilidades psicomotoras. Neste ano, o projeto foi implantado na Escola Municipal de Educação Especial André Vidal de Araújo, numa turma de 25 alunos. Os Profissionais de Educação Física Alexandre Romano e Porthus Castelo Branco adaptaram o projeto para incluir crianças com múltiplas deficiências, como paralisia cerebral, autismo e deficiência auditiva. Mesmo com as limitações individuais, os alunos são levados a desenvolver todo o seu potencial.
Premiações O sucesso do projeto já garantiu diversos prêmios e reconhecimentos aos profissionais integrantes. Numa dessas premiações, o professor Ronnie Melo recebeu o troféu Carlos Drummond de Andrade, em evento nacional, realizado na cidade de Itabira (MG). Em outra ocasião, o Projeto Aprender, Conviver e Lutar foi homenageado no 15° Simpósio Educação em Questão, realizado em Manaus. A iniciativa é tão bem-sucedida que em 2014 gerou 90% de aprovação dos alunos participantes.
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Valores olímpicos em debate Projeto Diálogos Transforma promove discussões sobre o esporte com diferentes setores da sociedade. Ex-atletas contaram suas experiências e expectativas com os Jogos Olímpicos Desde 2014, o Transforma, programa de educação do Rio 2016, trabalha para levar o debate sobre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos para dentro das salas de aula. A ideia agora é ir além das escolas, levando o debate para os mais variados setores da sociedade. O Diálogos Transforma surge dessa necessidade. Trata-se de uma série de encontros - em parceria com o CONFEF e os Correios - que busca difundir, cada vez mais, o esporte e os valores olímpicos. Em novembro, o encontro teve como tema “Valores de Sempre e Tendências Atuais” e contou com a presença de importantes nomes do esporte, como o bicampeão Olímpico de vôlei e membro do Comitê organizador Rio 2016, Giovane Gávio [CREF 084400-P/SP], o medalhista olímpico da Natação e agora Subsecretário da Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude do Rio de Janeiro, Cyro Delgado [CREF 026413-P/RJ], entre muitos outros.
Agberto Guimarães, ex-atleta olímpico e diretor de esportes do Comitê Rio 2016, reforçou o papel que o Transforma desempenha nesse sentido e fez um convite aos profissionais presentes. “Se vocês conseguirem implantar esse programa em suas escolas e pelo menos meia dúzia se interessar, eu garanto que essa meia dúzia irá se multiplicar e trazer novas pessoas. Espero que esse programa os ajude, de fato, a tocar e transformar a vida de centenas de milhares de crianças país afora”, incentivou. Os Profissionais de Educação Física também foram lembrados por Giovane Gávio ao contar sobre o seu primeiro contato com o esporte. “Lutei Judô dos cinco aos 11 anos de idade. Foi um momento muito importante, onde a disciplina do mestre me ensinou os primeiros valores. Eu tenho um carinho especial pelos meus professores de Educação Física porque, em minha opinião, eles são os grandes heróis do esporte brasileiro”.
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“Eu tenho um carinho especial pelos meus professores de Educação Física porque, em minha opinião, eles são os grandes heróis do esporte brasileiro”.
O secretário de Esporte, Lazer e Juventude do Estado do Rio, Marco Antônio Cabral, ao lado de Agberto Guimarães e Cyro Gomes
Ao ser convidado para desfilar com a tocha olímpica, Giovane conta que fez uma escolha difícil, pois tinha vários profissionais importantes na sua vida que gostaria de homenagear. O escolhido, no entanto, foi o seu primeiro professor de judô. “Esse cara colocou uma sementinha dentro de mim, ele não me falou em ser um campeão olímpico de judô, ninguém nunca falou isso para mim quando eu tinha cinco anos de idade. Talvez se ele tivesse sido rude, pouco inspirador, eu não viesse a ser um jogador de vôlei”. Completando o time de ex-atletas, a Profissional de Educação Física, Luisa Parente [CREF 000411-G/RJ] parabenizou pela escolha acertada no nome do programa. “A transformação é a essência do Olimpismo. Nós, que vivemos na prática, sabemos que o esporte molda o nosso caráter, a nossa personalidade, ele nos educa, forma e transforma. No entanto, sem uma complementação formal, acadêmica e educacional, a gente não se torna um ser completo. Representando o CONFEF, o Conselheiro Wagner Gomes [CREF 000035-G/RJ] abordou a necessidade da criação de uma cultura esportiva no país. “A visibilidade que os Jogos Olímpicos estão proporcionando nesse momento ao esporte, é uma grande oportunidade para que a gente mostre também essa vertente do esporte. Ninguém nasce alto nível, as pessoas nascem precisando de uma formação de base e de uma cultura de cuidados com o corpo, para então desenvolver o esporte”.
Giovane Gávio falou sobre o papel do seu primeiro professor de Educação Física em sua carreira
O esporte olímpico presente na sala de aula O Transforma oferece material didático de referência sobre os Movimentos Olímpico e Paralímpico (como História, Jogos, Simbologia e Valores) e sugestões de experimentação esportiva para as escolas. O conteúdo pedagógico inclui, ainda, cursos de formação sobre a metodologia do programa e dicas de atividades multidisciplinares que podem ser desenvolvidas pelas escolas. Ao longo do ano letivo, o Transforma lança desafios escolares que estimulam o protagonismo e a criatividade dos alunos. Como participar: Os Profissionais de Educação Física podem acessar livremente o conteúdo pedagógico do Transforma na internet, que inclui: Material didático de referência, Cursos de formação e Desafios escolares. Saiba mais em www.rio2016.com/educacao Avalie esta seção em confef.com/312 Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 31
Comitê Internacional Pierre de Coubertin
lança obra em língua portuguesa O livro divulga o pensamento de Pierre de Coubertin, com textos originais agora traduzidos para o português
Rio 2016/André Redlich
Revista Educação Física - Qual é a importância de uma obra em língua portuguesa com a proximidade dos Jogos Olímpicos no Brasil?
Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 vão entrar na história não só como a primeira edição do evento na América do Sul, mas também pelo fato de um país de língua portuguesa sediar pela primeira vez a competição. Sendo assim, o lançamento de uma edição em língua portuguesa dos textos de Pierre de Coubertin, conhecido como pai dos Jogos Olímpicos Modernos, não poderia ocorrer em melhor momento. Pierre de Frédy, mais conhecido pelo seu título nobiliárquico de Barão de Coubertin, foi um pedagogo e historiador francês, tendo ficado para a história como o fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna. A edição intitulada “Olimpismo - Seleção de Textos” pretende apresentar em toda a sua diversidade e transcedência os textos de Coubertin sobre a temática Olímpica. A publicação é um projeto do Comitê Internacional Pierre de Coubertin com o apoio da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), editada pelos pesquisadores Norbert Müller e Nelson Todt. O livro foi lançado oficialmente em Lisboa, em Porto Alegre (RS) e no Rio de Janeiro durante o evento Diálogos Transforma, em novembro. Para saber mais da obra, conversamos com o professor Dr. Nelson Todt, presidente do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin (CBPC). Revista Educação Física - Que balanço o senhor faz do lançamento da obra na Cidade Olímpica? Nelson Todt - O lançamento de um livro deste porte, que retrata fielmente as ideias de Coubertin, pois são textos escritos por ele, não podia ter melhor repercussão do que em um evento de lançamento na Cidade Olímpica, no Rio de Janeiro. Isso acontece graças ao esforço de pessoas que acreditam nesses valores promovidos por Coubertin. O CONFEF, através do Presidente Jorge Steinhilber, o Programa Transforma, através do Varderson Berbat, o Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin, a PUC que lançou esse livro, e o Comitê Internacional Pierre de Coubertin estão de parabéns.
Nelson Todt - O Pierre de Coubertin é o ilustre mais conhecido ou mais ilustre desconhecido (alguns estudiosos “anti-Coubertin” já falavam isso) e não é justo nós reconhecermos o maior evento do planeta - que são os Jogos Olímpicos - com uma audiência de bilhões de pessoas no mundo, um evento que se nós contabilizarmos os 12 séculos de histórias da Antiguidade, mais o século da Era Moderna e levarmos tudo isso em conta sem saber ou conhecer quem foi o idealizador de tudo isso não é justo. Ter a obra em língua portuguesa, num país com 200 milhões de habitantes e poder oferecer e compartilhar com amigos lusófonos - que representam mais de 56 milhões de pessoas em outros oito países do mundo - é fundamental. Essa é a importância dessa obra. Revista Educação Física - Como o senhor vê o papel do Profissional de Educação Física na difusão dos valores olímpicos? Nelson Todt - Os valores olímpicos propostos por Coubertin estão associados ao esporte, estão associados à Educação Física e não temos como dissociar essas coisas. Esses valores não são apenas do esporte e não são de responsabilidade só da Educação Física, mas essa íntima relação do Profissional de Educação Física com o esporte não pode passar também despercebido, então a aproximação dos Jogos Olímpicos e uma obra como essa é uma forma, também, de mobilizar os Profissionais de Educação Física a darem continuidade aos princípios propostos por Coubertin.
A obra tem uma tiragem inicial de 200 exemplares, mas sua versão eletrônica pode ser acessada na íntegra em:
www.confef.com/295 Avalie esta seção em confef.com/313
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CREF6/MG realiza 3º Seminário
Minas Olímpica de Incentivo ao Esporte A atividade ocorreu no segundo semestre de 2015 e contou com mais de 400 participantes zou, até o momento, 575 projetos protocolados, dos quais 214 foram aprovados pela Secretaria de Estado de Esportes (outros 115 projetos estão em análise), nos termos do regulamento e dos editais de seleção, atingindo o montante de R$52.002.546,37 a serem captados. Deste montante de valor aprovado, R$19.289.065,14 já foram captados junto às empresas contribuintes do ICMS que apostam no esporte como fator de desenvolvimento humano, de inclusão social, de construção da cidadania e de fortalecimento do Estado. Em cerca de dois anos do mecanismo, já são 57 projetos executados/em execução e mais de 22 mil beneficiados em todo o estado de Minas Gerais”, disse.
Como funciona o MOIE
O CREF6/MG, em parceria com as prefeituras municipais de nove municípios mineiros e, contando com o apoio do Governo do Estado de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Esportes (SEESP/MG), realizou o 3º Seminário Minas Olímpica Incentivo ao Esporte (MOIE). O evento contou com a participação daqueles que gostariam de se preparar melhor para participar do Edital de Seleção de Projetos Esportivos Nº 01/2015. O curso basicamente explicou como funciona o processo de seleção do Minas Olímpica Incentivo ao Esporte. Durante a capacitação eles aprenderam como é a legislação do MOIE, como estruturar um projeto, como prestar contas do mesmo, entre outros temas. A programação do curso foi feita em dois módulos e aplicada nos municípios de Almenara, Curvelo, Viçosa, Barbacena, Belo Horizonte, Uberaba, Janaúba, Coronel Fabriciano e Poços de Caldas. Ao todo, 455 pessoas participaram, dentre elas gestores esportivos, conselheiros municipais de esporte e demais interessados. O Diretor de Gestão de Lei de Incentivo ao Esporte, Thiago Souza, comenta o sucesso do edital. “Desde a sua regulamentação pelo Decreto Estadual nº46.308, de 13/08/2013, a Lei de Incentivo ao Esporte – ICMS Corrente - totali-
O Edital é destinado à seleção de projetos esportivos que tenham como característica essencial a promoção e o fomento do esporte e da prática de atividade física em Minas Gerais, nas dimensões esportivas Desporto Educacional, Desporto de Lazer, Desporto de Formação, Desporto de Rendimento, Desporto Social e Desenvolvimento científico e tecnológico, conforme art. 8º do Decreto Estadual n° 46.308/2013. O valor máximo do apoio financeiro a ser captado é de R$ 200mil, por projeto esportivo O MOIE é o mecanismo de Incentivo ao Esporte do Estado onde empresas contribuintes do ICMS podem destinar parte do imposto a ser recolhido para apoiar projetos esportivos apresentados por Instituições sem fins lucrativos, Prefeituras e Órgãos da Administração Pública Indireta. Podem apresentar projetos Prefeituras Municipais, órgãos da Administração Pública indireta, Associações, ONGs, Clubes, Ligas Desportivas entre outras entidades que se enquadrem nos critérios definidos no edital. Para saber mais acesse: www.incentivo.esportes.mg.gov.br.
Avalie esta seção em confef.com/314 Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 33
CONFEF participa do 27º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte
Entre os dias 22 e 24 de outubro, a cidade de São Paulo recebeu especialistas de todo o país, e até mesmo do exterior, para o 27º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte. A programação do evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), contemplou não apenas Médicos, como também profissionais das demais áreas da saúde. Profissionais de Educação Física, Nutricionistas, Fisioterapeutas, Psicólogos, entre outros especialistas, puderam compartilhar experiências durante os três dias de evento. O CONFEF foi representado pelo Conselheiro Federal Marcelo Ferreira Miranda [CREF 000002-G/MS], que fez parte da conferência “A integração da Medicina do Esporte e Educação Física: O que avançamos”. A mesa contou ainda com o então presidente da SBMEE, Dr. Samir Daher, o médico do esporte e diretor de relações comerciais da SBMEE, Dr. Marcelo Leitão, o Diretor do Esporte Clupe Pinheiros, Arnaldo Luiz de Queiroz Pereira, e o fundador da Fitness Brasil, Waldyr Soares. “A aproximação das entidades é fundamental para normatizarmos a questão da prática do exercício físico”, afirmou Marcelo Miranda. O Conselheiro apontou resultados
com alunos idosos que iniciaram a prática de exercícios físicos de forma tardia, como exemplo da necessidade do atestado médico em determinados casos. Waldyr Soares falou sobre a importância de se aproveitar o momento do mercado da indústria fitness no Brasil, que gera cerca de 10 bilhões. O cliente hoje é diferente e tem de ser tratado de forma personalizada”, disse referindo-se ao que chamou de “geração Cocoon”, sobre os idosos que frequentam a academia, cada vez mais comuns. Além do atestado médico, foi debatido durante o evento o uso de esteróides anabolizantes para objetivos não médicos de doping, estéticos ou para ganho de força, esporte paralímpico, morte súbita e lesões traumáticas no futebol, sobrecarga de treinamento, entre muitos outros assuntos.
Nova diretoria Durante a cerimônia de encerramento, o presidente eleito da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Dr. Daniel Kopiler, divulgou o nome dos novos membros da diretoria. Avalie esta seção em confef.com/315
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E-mails para: revistaef@confef.org.br
O que vem de sala de aula... Hoje pela manhã estive no gabinete da Prefeita de Picada Café (RS), Cláudia Schenkel, juntamente com o secretário de Educação Marcelo Marin. Ambos estão muito orgulhosos da publicação do projeto “Oficina de Ciclismo” na revista e cada vez mais confiantes de que estamos no caminho certo. Não medirão esforços para continuar firmes em prol de uma educação de qualidade que já é marca registrada de nosso município ao longo de muitos anos! Mais uma vez obrigado pela oportunidade e espaço! Rafael Hoffmann [CREF 016137-G/RS]
Expansão: Novos CREFs são criados em 2015 Super legal! Só assim poderemos atender a região do Pará e Amapá. Marco Mendonça Excelente iniciativa. Assim, espera-se que a lei seja cumprida a partir das fiscalizações do Conselho. Os profissionais registrados no antigo CREF8/AM-AC-AP-PA-RO-RR necessitam ser informados sobre as implicações no registro pela criação do CREF18/PA-AP. Luiz Carlos Rabelo Vieira [CREF 001839-G/PA]
Orientação na medida Sobre a entrevista do Marcio Atalla, eu diria, ainda, que o Profissional de Educação Física, apesar de jovem (em seu viés formalizado), precisa urgentemente assumir seu caráter essencial como profissional da saúde na sociedade, apresentando a devida postura para que tenhamos o devido respeito. É hora de demonstrar um amor maior à profissão em forma de estudos, atualizações constantes e ousadia sem estripulias. Precisamos de uma nova onda, que misture vontade, amor, mudança e inflexão de postura quando o assunto é exercício físico! Nós dominamos o assunto, vamos “dar a nossa cara a tapa” e assumir o nosso compromisso com a população. É hora de encarar os problemas e mostrar para o mercado a nossa real necessidade, sem desvirtualizar nossa imagem, como já é feito na mídia e nas redes sociais via “bloggers”. Khaled Wares [CREF 123.154 G/SP]
Errata Informamos que a edição nº 57 da Revista Educação Física contém alguns erros: Na página 17, as informações a respeito da criação do CREF15/PI-MA e do CREF16/RN então invertidas no boxe. Corrigimos, também, o endereço do CREF16/RN. Sendo o correto: Rua Desembargador Antônio Soares, 1274 - Bairro Tirol, Natal - RN - 59022-170. Telefone: (84) 3201-2254. E os telefones para contato do CREF2/RS: Tels: (51) 3288-0200 / Telefax: (51) 3288-0222.
Avalie esta seção em confef.com/316 Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 35
CREF2/RS realiza entrega de livros na Secretaria Estadual de Educação O CREF2/RS realizou, em agosto, a entrega oficial do livro “Recomendações para a Educação Física Escolar” à Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul (SEDUC). Os exemplares, editados pelo Sistema CONFEF/CREFs, serão repassados às 30 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs). Na ocasião, a Presidente do CREF2/RS, Carmen Masson [CREF 001910-G/RS], a Presidente da Câmara Técnica de Educação Física Escolar Miryam Brauch [CREF 006834-G/RS], e a Conselheira Eliana Alves Flores [CREF 002649-G/RS], apresentaram as propostas contidas na publicação ao secretário-adjunto de Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas, à diretora pedagógica da SEDUC, Leila Maria Schaan, e ao diretor-adjunto de Logística e Suprimento da SEDUC, João Miguel Wenzel. Fonte: CREF2/RS
Curso capacita empreendedores para enfrentar crise econômica O CREF8/AM-AC-RO-RR promoveu, no mês de outubro, o curso “Academia: Reduzindo custos e aumentando resultados”. A iniciativa, voltada para administradores e gerentes que atuam no segmento de academias de ginástica, estúdios de dança, luta e outros negócios – que envolvem a prática de atividade física – ajudou os empreendedores a enfrentar a crise econômica que assola o país. O curso foi ministrado pelo integrante da Ekipe10 Consultoria Esportiva, Sérgio Alonso [CREF 014229-G/ SP]. O paulista acumula 20 anos de experiência na área de Educação Física como gestor de academia, consultor de negócios e coordenador técnico em academias como LY Sports Academia, em São Paulo, e Cia Athletica, em Manaus. Temas como comparação de modelos de vendas (por modalidade ou academia com livre trânsito), modelos de negócio (academias low cost x academias full service), implementação de novas tecnologias, conceito de experiência do cliente, conceito de fluxo, sistema de aumento de vendas e estratégias de retenção de clientes, foram abordados durante o evento. Fonte: CREF8/AM-AC-RO-RR
Ação leva serviços de saúde e bem-estar ao Hospital do Câncer de Pernambuco Em outubro, o CREF12/PE-AL promoveu, em parceria com a Faculdade Boa Viagem (PE), uma ação com o objetivo de proporcionar um momento de bem-estar e promoção de saúde para os pacientes, acompanhantes e funcionários do Hospital do Câncer de Pernambuco. Serviços como aferição da pressão arterial, teste glicêmico e orientação sobre a prática de atividades físicas foram oferecidos aos pacientes que aguardavam as consultas médicas.
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Já os pacientes internados para tratamento e seus acompanhantes puderam aproveitar serviços de beleza com cabeleireiros e manicures voluntários que apoiaram a ação do CREF12/PE-AL. Foram quase 300 atendimentos na ação que também mostrou a importância da prática de atividades físicas como aliada na busca de saúde e qualidade de vida, sempre com a orientação de um Profissional de Educação Física. Fonte: CREF12/PE-AL
Câmara debate a necessidade de capacitação de Profissionais de Educação Física no país A importância da Educação Física nas escolas foi debatida na Comissão do Esporte no dia 10/11. A audiência pública, realizada pela Subcomissão Especial do Plano Nacional do Desporto, revelou a necessidade de inserir e capacitar de forma permanente Profissionais de Educação Física e gestores de escolas públicas e particulares. O Plano Nacional do Desporto está previsto na Lei 9.615/1998 e foi regulamentado em 2013 por meio do decreto 7.984/2013. O plano, em elaboração, deve trazer a análise da situação nacional do desenvolvimento do desporto, definir diretrizes, consolidar programas e ações e indicar as prioridades e metas, além de estabelecer as responsabilidades dos órgãos e entidades da União. Na opinião de Antônio Ricardo Catunda [CREF 000001-G/CE], Conselheiro Federal do CONFEF, é preciso qualificar os profissionais envolvidos com o plano por meio de novas metodologias e estratégias de ensino. “Partindo da escola você pode chegar a ter um plano melhor desenvolvido, esse diretor da escola tem que compreender uma visão nova de esporte, um esporte numa perspectiva educativa, numa perspectiva profi lática. Então, é importante uma qualificação geral e atualizada desses professores e desses atores que vão se envolver com o Plano.” O relator da subcomissão, deputado Evandro Roman [CREF 000958-G/PR], defendeu a presença do Profissional de Educação Física nas escolas e a aproximação da disciplina com as outras áreas de ensino.
CREF18/PA-AP realiza seu primeiro seminário Aconteceu nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, na Universidade do Estado do Pará (UEPA), o 1º Seminário do CREF18/PA-AP. O evento abordou temáticas como a “Avaliação e Prescrição de Atividade Física”, “Coaching voltado para o Profissional de Educação Física” e “Treinamento Resistido e Atividade Física”. O Seminário contou com a participação de Profissionais de Educação Física dos estados do Pará e Amapá, acadêmicos dos cursos de licenciatura e bacharelado e dos Conselheiros efetivos e suplentes. Para se inscrever, foi solicitada a doação de 2 kg de alimentos não perecíveis que foram doados à Ananda Marga Equipe de Auxílio Universal (AMURT), associação civil de caráter beneficente que desenvolve projetos sociais em diversos países. Fonte: CREF18/AP-PA Avalie esta seção em confef.com/317
Jogos Olímpicos 2016 Uma oportunidade para que esporte, saúde, cultura, educação e promoção da cidadania estejam integrados às atividades da cidade, possibilitando tanto o fortalecimento da cidadania como o desenvolvimento social.
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Procon fiscaliza academias em parceria com o CREF15/PI-MA Em mais uma parceria com a Seccional Maranhão do CREF15/ PI-MA, o Procon realizou, em novembro, uma ação em prol dos consumidores maranhenses. Iniciada em 12/11, a fiscalização percorreu as cidades de São Luís, Imperatriz, Santa Inês, Paço do Lumiar e Timon. Doze estabelecimentos foram interditados em São Luís e um em Paço do Lumiar. Em Imperatriz, sete foram fechadas por falta de registro do CREF. A operação foi realizada com o apoio dos Conselhos Regionais de Educação Física (CREF), de Arquitetura e Urbanismo (CAU-MA) e da Polícia Militar do Estado. De acordo com o presidente do Procon-MA, Duarte Júnior, os estabelecimentos só poderão voltar a exercer a atividade quando se regularizarem. Fonte: CREF15/PI-MA
CREF6/MG divulga balanço de ações em Uberaba Profissionais e estudantes de Educação Física, proprietários de estabelecimentos e toda a população de Uberaba receberam, de 28/09 a 02/10, a equipe de fiscais do CREF6/MG, em ações de orientação e fiscalização. Com o objetivo de informar e atender aos Profissionais de Educação Física de Uberaba e região, foi realizado o CREF6/MG Itinerante no novo endereço da Seccional Triângulo II. Esclarecimento de dúvidas, Registro Profissional, Regularização de Pessoas Físicas e Jurídicas e solução de pendências administrativas e documentais foram alguns dos serviços prestados. O conselho itinerante registrou 115 atendimentos. Já a ação de fiscalização percorreu academias, clubes e estabelecimentos que oferecem prática de atividade física orientada, verificando, também, a atuação de profissionais e estagiários da área. Fonte: Jornal de Uberaba
CREF14/GO-TO realiza operação conjunta com a Vigilância Sanitária Nos dias 19 e 21/10, aconteceu uma fiscalização do CREF14/GO-TO, em Paraíso do Tocantins. A operação conjunta com a Vigilância Sanitária VISA teve o objetivo de apurar irregularidades em locais que têm atividades que necessitem de um Profissional de Educação Física. A Agente de Fiscalização do CREF14/GO-TO, Thaynara Evaristo de Oliveira [CREF 001325-G/TO] e as Agentes de Fiscalização da Vigilância Sanitária Municipal de Paraíso do Tocantins, Lívia Milhomem Nevack e Andreilda Medeiros Aguiar, fiscalizaram nove locais onde
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cinco foraam autuados com irregularidades. Dentre elas, Termo de Compromisso de Estágio (TCE) vencido, licenciado atuando na área não escolar e estagiário sem TCE. Com a fiscalização, há um aumento do número de estabelecimentos que contam com Profissionais de Educação Física, contribuindo para promover um atendimento de qualidade na atividade física para a população. Fonte: CREF14GO/TO
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Justiça Federal dá sentença favorável ao CREF2/RS para fiscalizar Zumba O CREF2/RS obteve sentença favorável na 5ª Vara Federal de Porto Alegre, que considerou a orientação de Zumba como privativa do Profissional de Educação Física e submetida, portanto, à fiscalização do Conselho. Isto porque, através dos elementos contidos nos autos, foi possível afirmar que a aula de Zumba é uma modalidade de ginástica aeróbica, tendo como objetivo único o condicionamento físico através de exercícios executados ao ritmo de danças, devendo ser ministrada por Profissionais de Educação Física. No processo, ficou explicitado que “não se preocupa o instrutor da referida modalidade em ensinar a dança em seu aspecto cultural, mas atenta-se em acompanhar o condicionamento físico e a estética de seu aluno”. Ainda conforme a decisão judicial, “diante da informação extraída do próprio site da empresa de que se trata de uma marca exclusivamente criada para atender o mercado de fitness, não há ilegalidade na atuação do CREF2/RS ao exigir a inscrição e realizar a fiscalização da atividade exercida pelos Profissionais de Educação Física que ministrarem a referida atividade física, conforme o exposto na Lei nº 9.696/1998”. Fonte: CREF2/RS
Criada Frente Parlamentar em Defesa do Esporte no MT Em Audiência Pública, realizada em outubro, na Assembleia Legislativa do Mato Grosso, foi criada a Frente Parlamentar de Apoio ao Esporte no Estado. A audiência, presidida pelo Deputado Baiano Filho, discutiu, entre outros, o futuro do Esporte e Lazer no estado. “Agora precisamos nos unir para deflagarmos o Fórum dos Dirigentes do Esporte do Estado de Mato Grosso”, afimou Carlos Eilert, presidente do CREF17/MT, em discurso. Eilert também encaminhou como deliberação para ser tratada, um novo Projeto Estadual de Desporto de MT que pretende atingir desde os jogos Escolares até os Jogos da Terceira Idade. Fonte: CREF17/MT Avalie esta seção em confef.com/319 Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 39
II Simpósio Internacional Sobre Políticas para o Esporte de Alto Rendimento Datas: 27 a 29 de janeiro de 2016 Local: São Paulo - SP Informações: www.eefe.usp.br/lateca 3º ENAF - São José dos Campos Datas:13 a 15 de maio de 2016 Local: São José dos Campos -SP Informações: www.enaf.com.br 26ª Fitness Brasil Internacional Datas: 26, 27 e 28 de maio de 2016 Local: Santos - SP Informações: www.fitnessbrasil.com.br 30ª JOPEF Brasil / Feira de Esporte e Fitness Curitiba Datas: 26 a 28 de maio de 2016 Local: Curitiba – PR Informações: www.korppus.com.br XX Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia Datas: 08 a 11 de junho de 2016 Local: Fortaleza - CE Informações: cbgg2016.com.br 5º ENAF - Ribeirão Preto Datas: 17 a 19 de junho de 2016 Local: Ribeirão Preto - SP Informações: www.enaf.com.br 2016 International Convention on Science, Education and Medicine in Sport (ICSEMIS) Datas: 31 de Agosto a 4 de setembro de 2016 Local: Santos-SP Informações: www.icsemis2016.org/
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sem ela, a sociedade, transforma o nã a nh zi ão so eire “Se a educaç uda.” Paulo Fr DE É PROMOTOR sociedade m a o, uc AÇÃO FÍSICA UC po CIAL. ED m ta IONAL DE SSOAL E SO O PROFISS VIMENTO PE E DESENVOL CIDADANIA
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Qual é a sua área de intervenção? Participe do Censo dos Profissionais de Educação Física Nossa profissão tem crescido e conquistado – cada vez mais - espaços e legitimidade através da atuação competente dos Profissionais de Educação Física. Entretanto, as informações a respeito dessas intervenções precisam ser permanentemente atualizadas. Por essa razão, solicitamos a sua contribuição respondendo ao questionário disponível no link confef.com/270. Participe da nossa pesquisa sobre a Área de Intervenção do Profissional de Educação Física!
As informações prestadas são para uso exclusivo do CONFEF e não serão disponibilizadas para outros fins.