Revista Educação Física

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Ano XVII | n° 81 | 2023 ISSN 2238-8656 janeiro/maio Órgão Oficial do CONFEF INCLUSÃO: ESPORTE ADAPTADO GANHA FORÇA Entrevista: representante de Confederação fala sobre papel do paradesporto Conheça o primeiro parque totalmente inclusivo do país
FIEP 2023 EVENTO OFICIAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA Tema: A Educação física e suas interfaces na era global facebook.com/congressofieps/ Canal FIEPS confef.org.br +55 45 9 9809-5409 +55 45 9 9975-1208 @fieps.brasil congressofieps.com Eventos Sistema CONFEF/CREFs 22 e 23 de janeiro de 2023 38º CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA Os cursos tecnólogos e a atuação profissional Comitê Olímpico Brasileiro Comitê Paralímpico Brasileiro Novas perspectivas e avanços na fiscalização do Sistema CONFEF/CREFs Profissional de Educação Física e sua inserção e procedimentos na Saúde Análise da Lei 14.386/2022 XIII Fórum de Educação Física Escolar

PALAVRA DO PRESIDENTE

UM ANO DE UNIÃO E DE CONQUISTAS DA CATEGORIA

Mais um ano de trabalho foi concluído e só temos de agradecer a todos que se empenharam para que a Educação Física permanecesse firme em seus propósitos de defesa da sociedade e promoção do bem-estar da população.

O ano de 2022 se despede, mas deixa para a profissão um novo marco regulatório. Como pudemos acompanhar, fomos contemplados com resoluções de demandas antigas da Educação Física nacional, como a publicação da Lei 14.386/2022. Nas últimas edições abordamos o andamento do projeto de lei que tinha como objetivo sanar controvérsias jurídicas sobre a criação dos Conselhos Federal e Regionais de Educação Física. A batalha foi longa, mas saímos vitoriosos, e a categoria se mostrou mais unida do que nunca. Trabalhamos incessantemente por essa união e em 2023 não será diferente.

Durante o ano, o abrandamento da pandemia da Covid-19 nos permitiu realimentar laços físicos afrouxados com o isolamento. É o caso das Reuniões Plenárias do CONFEF, que passaram a ser realizadas em diferentes capitais pelo Brasil. As reuniões são a oportunidade mensal que os Conselheiros Federais têm de estar juntos fisicamente para debater temas de interesse da categoria e da sociedade. Cada membro tem a chance de trazer demandas e debates de suas regiões ao plenário.

As reuniões, que vinham sendo realizadas na própria sede do CONFEF, no Rio de Janeiro, voltaram a percorrer o Brasil, de forma a prestigiar eventos dos Conselhos Regionais, como inauguração de sedes, estreitar laços com Conselheiros Regionais, bem como aproximar-se de realidades locais, evidenciadas pelas variações de cultura e realidade existentes no Brasil.

O sentimento de integração entre todo o Sistema não tem se resumido às reuniões plenárias e ao trabalho conjunto pela aprovação do PL 2486/2021. Este ano, promovemos o 1º Fórum da Câmara dos Presidentes, que reuniu gestores, coordenadores de fiscalização e presidentes dos Regionais na sede do CONFEF, para palestras e mesas sobre temas como gestão e governança. A iniciativa foi bem-sucedida e o clima de integração foi perceptível. Muitos gestores tiveram a oportunidade de se conhecer, trocar experiências e, principalmente, levar ideias e inovações para seus CREFs.

Também em 2022, publicamos um edital de chamamento público em busca de parcerias para oferta de benefícios à categoria. Por meio de pessoas jurídicas com interesses em comum, poderemos contribuir com Profissionais de Educação Física de todo o país com descontos, promoções e vantagens em serviços e produtos.

Com o mesmo objetivo, realizamos convênios para contribuir com a formação de estudantes e Profissionais de Educação Física. Assim, realizamos a primeira edição do Café com Personal, evento on-line e gratuito com palestras de profissionais que são referência na profissão. Com temáticas diversificadas e atuais, milhares de profissionais tiveram acesso ao conteúdo, que permanece disponível em nosso canal do Youtube.

Essas são algumas ações que comprovam o saldo positivo deste ano tão especial. Esperamos que você, Profissional de Educação Física, compartilhe do mesmo sentimento, e que em 2023, sigamos juntos com o mesmo propósito!

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000003-G/MG
CREF

EDUCAÇÃO FÍSICA

1º Vice-Presidente — Jorge Henrique Monteiro

2º Vice-Presidente — Carlos Alberto Eilert

1º Secretário — Carlos Eduardo Lima Rocha de Oliveira

2ª Secretária — Elisabete Laurindo de Souza

1º Tesoureiro — Teó lo Jacir de Faria

2º Tesoureiro — Tharcísio Anchieta da Silva

Conselheiros

Adailton Eustáquio de Magalhães

Alfredo Telino Leal de Lacerda

Angelo Luis de Souza Vargas

Antônio Ricardo Catunda de Oliveira

Biratan dos Santos Palmeira

Carlos Alberto Camilo Nacimento

Cláudio Renato Costa Franzen

Débora Rios Garcia

Denise Martins de Araújo

Eduardo Silveira Netto

Heitor Prates de Azevedo Júnior

Jorge Steinhilber

Julimar Luiz Pereira

Marcelo Ferreira Miranda

Márcio Tadashi Ishizaki

Marcos Lopes de Oliveira

Nilo Montenegro Netto

Nilza Maria do Valle Pires Martinovic

Rinaldo Bernardelli Júnior

Roberto Jerônimo dos Santos Silva

Wagner Domingos Fernandes Gomes

Yula Pires da Silveira Fontenele de Meneses

CONFEF

Av. República do Chile, 230 – 19º andar

CEP: 20031-170 - Rio de Janeiro – RJ Tels.: (21) 22423670 / 2215-6100 / 3852-6355 / 3852-6803 comunicacao@confef.org.br www.confef.org.br

Periodicidade: trimestral Distribuição gratuita Tiragem: 424.000

Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus respectivos autores, não expressando necessariamente a opinião da revista e do CONFEF.

Todas as matérias dessa edição estão disponíveis para leitura no portal eletrônico do CONFEF.

Conselho Editorial

Antônio Ricardo Catunda de Oliveira

João Batista Andreotti Gomes Tojal

Laércio Elias Pereira

Lamartine Pereira DaCosta

Sérgio Kudsi Sartori

Jornalista responsável — Enila Bruno - DRT/RJ 35889 Redação — Juliana Reche

Projeto grá co e editoração — Jorge Ney

Foto capa — IHF Photographer

Presidente — Claudio Augusto Boschi
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Relatos que inspiram CONFEF promove 1º Fórum da Câmara dos Presidentes PRETO E BRANCO (POSITIVO) PRETO E BRANCO (NEGATIVO)
SUMÁRIO

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CREF17/MT inaugura nova sede

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Treinamento para gestante é demanda do mercado 16 Dia do Profissional de Educação Física mobiliza categoria 17 CONFEF lança campanha em homenagem à categoria 19

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Entrevista: “A Educação Física é a disciplina que tem maior capacidade de ser inclusiva” 28

UNA Parque: orientação física, psicológica e social em um só lugar 30

Universidade inaugura laboratório de tecnologia e inovação no esporte 34

Uma vida dedicada ao esporte promove

Nova lei da Educação Física está em vigor 22 De Fortaleza à Salamanca: uma história de inspiração

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MOVIMENTO NA REDE

ESPAÇO DO LEITOR ............... 37 PANORAMAS ......................... 38 AGENDA ................................. 40

RELATOS QUE INSPIRAM

O contato com a natureza promove diversos benefícios, como a redução do estresse e ansiedade. O esporte e o exercício físico podem se aliar a essa ferramenta para promover a assiduidade de seus praticantes, bem como momentos ainda mais prazerosos. Nesta edição, apresentamos duas experiências de profissionais nordestinos. Um às margens do Rio São Francisco, em Alagoas, e outro dentro de um condomínio, no Piauí. Em comum, eles têm o aproveitamento do melhor da natureza e muito boa vontade para fazer a diferença na vida de seus alunos.

TRÊS IRMÃOS ORIENTAM BEACH TENNIS ÀS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO

Projeto da prefeitura de Pão de Açúcar, no sertão alagoano, oferece esporte à população local. Atividade movimenta a cidade e impacta até o turismo

A cidade de Pão de Açúcar, no Sertão Alagoano, nunca mais foi a mesma depois da implementação das aulas de Beach Tennis oferecidas pela prefeitura. Uma réplica da estátua do Cristo Redentor traz a lembrança do Rio de Janeiro, mas os jogos (chamados de “play” pelos praticantes), acontecem às margens do Rio São Francisco.

As aulas acontecem desde abril de 2022 e são orientadas por três irmãos: Maycon [CREF 003655-G/AL], Milton [CREF 002656-G/AL] e Marcus de Oliveira [CREF 003050-G/AL]. As turmas são abertas a todas as idades, mas costuma atrair mais adolescentes e adultos, resultando em uma média de 20 a 25 pessoas ativas no projeto, que estão presentes às quintas e sextas para treinar. Os sábados e domingos são reservados para os jogos e campeonatos.

A programação traz todos os benefícios do esporte, como o aumento do bem-estar, a promoção da saúde, a socialização, e muito mais. Mas, como explica o Professor Maycon, tem benefícios não só para quem o pratica, mas para a região. Isto porque as aulas renovaram o lazer do bairro simples, chegando a atrair inclusive turistas para a prática.

A proporção que a atividade tomou, de acordo com Maycon, foi inesperada. E ele atribui o sucesso ao bem-estar prazer que o esporte gera: “Para que seja efi caz, precisa ser prazeroso. E a felicidade é nítida”. Para ele, as aulas de Beach Tennis são um ambiente familiar, propício para a socialização: “Na cidade, encontramos as classes sociais mais diversas, mas nas aulas todos se tornam iguais”.

A autoestima, segundo ele, é um outro ponto benéfico da iniciativa. Não só de forma individual, mas também coletiva. “Temos dois alunos do projeto que residem numa comunidade próxima. Eles, que começaram a se destacar, tiveram a oportunidade de competir em outras cidades, conhecer pessoas, lugares”, explica.

A autoconfiança desenvolvida nos alunos gera também um sentimento de comunidade e pertencimento, como conta Maycon: “O Beach Tennis já era popular no restante do estado, mas a nossa cidade é pequena, tem cerca de 25 mil habitantes. Aqui, o esporte é uma novidade”. O professor, que também é atleta profissional, tem a oportunidade de ‘convidar’ jogadores para compor seu time em campeonato, e garante: “Sempre priorizo meus alunos do projeto”.

Ele, mesmo com experiência e prática na modalidade, continua se especializando. Concluiu recentemente dois cursos oferecidos pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT), e agradece o apoio que segue recebendo: "Realizei os cursos com a ajuda da Federação Alagoana de Tênis e Beach Tennis (FAT) e do presidente da entidade, Gilson França".

Beach Tennis em família - Quem concorda com ele é Vinícius, seu irmão e também professor do projeto. Ele conta que a parceria entre os três começou muito antes do Beach Tennis. “Eu comecei a cursar Educação Física, depois meus irmãos também começaram, e assim fomos incentivando um ao outro”. E, se hoje são profissionais, o amor pelo esporte começou dentro de casa. “O nosso pai também é esportista e, por isso, sempre tivemos muito incentivo”, conta, lembrando do trajeto percorrido até se tornar um profissional.

Quem percorreu esse trajeto com ele foi o terceiro irmão, Marcus. Ele, que já trabalhava com Maycon em outras modalidades, foi convidado para conhecer o Beach Tennis. “Foi amor à primeira experiência”. Mas, como explica, os grandes beneficiados com o esporte são os adolescentes: “Eles, que estão em fase de desenvolvimento, encontram na prática o fortalecimento dos ossos, dos músculos, desenvolvimento motor, ganho de capacidade cardiorrespiratória, entre outros benefícios”.

Junior relata que o projeto é uma oportunidade única na vida de muitos jovens pão-de-açucarenses: “Iniciar na prática exige um investimento, que é oferecido pela prefeitura”. Segundo ele, muitas pessoas da região talvez não pudessem investir no esporte por conta própria, e agora têm essa oportunidade. E, por isso, a cidade de Pão de Açúcar nunca mais foi a mesma.

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“Eu comecei a cursar Educação Física, depois meus irmãos também começaram, e assim fomos incentivando um ao outro”

PROGRAMA DE EXERCÍCIO FÍSICO PROMOVE SOCIALIZAÇÃO EM CONDOMÍNIO NO PIAUÍ

Rosemilli Rebelo movimenta vizinhos para sessão de exercícios físicos em contato com a natureza

Aos sábados e feriados, o despertador de Rosemilli Rebelo [CREF 005980-G/PI] toca bem cedo. Ela levanta, se arruma e se senta para o café da manhã. À mesa, sempre opções saudáveis e nutritivas, porque Rosemilli precisará de energia para movimentar uma turma nas áreas de natureza do condomínio em que reside, em Teresina (PI).

As aulas de alongamento, aeróbico, funcional e volta à calma são parte do projeto que a profissional implementou para os moradores do condomínio. Ela conta que, além dos benefícios físicos, o programa de exercício físico estimula habilidades sociais nos participantes. “Busco promover a integração entre os alunos, por exemplo, com exercícios em dupla”. Ela explica que, algumas vezes, as pessoas moram perto e não se conhecem e, desta forma, busca contribuir para gerar um sentimento de comunidade, muitas vezes perdido com a rotina. Ao fim da atividade, um piquenique saudável sela a troca, reforçando ainda mais um estilo de vida equilibrado.

O perfil dos participantes é, em geral, de mulheres jovens e idosas. Este último grupo recebe um cuidado especial da profissional. Ela, que é especializada em prescrição de exercício físico para grupos especiais, explica: “Para o idoso, o trabalho é um pouco diferente. Das minhas alunas mais jovens, eu quero performance. Já nas que estão na terceira idade, eu desenvolvo a cognição, a consciência corporal e a funcionalidade”.

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RELATOS QUE INSPIRAM

Mas para todas, ela tem um objetivo em comum: promover saúde. Rosemilli, que também é enfermeira, dedicou anos da sua vida aos hospitais, tendo assistido, ao longo da carreira, pacientes em estado grave no setor de internação de um hospital de referência no Pará, seu estado natal. Enquanto aferia pressão, preparava curativos e participava de cirurgias, um pensamento sempre esteve presente em sua observação: “Muitos pacientes não precisariam estar no hospital se mantivessem uma rotina regular de exercícios físicos”.

Ela conta que tratou diversas pessoas com doenças degenerativas e crônicas, por exemplo, totalmente evitáveis com um estilo de vida mais ativo. “Hoje, nós sabemos que a atividade física é a base da prescrição médica. E nós precisamos fortalecer essa base”. Com total consciência do prejuízo do sedentarismo na vida do ser humano, Rosemilli não poderia ficar de braços cruzados, sem fazer nada para levar a men-

sagem às pessoas ao seu redor, pelas quais nutre sentimentos de carinho e amizade.

E fez disso a sua missão. A maneira que ela encontrou de trabalhar essa base foi por meio da alegria, do alto astral e da energia das suas aulas, perceptíveis de longe. Para ela, o prazer na atividade é importante para que ela seja mantida. E garante: “Precisa ser rotineira”.

uma rotina regular de exercícios físicos”

A profissional contribui com mais saúde e alegria para um grupo de pessoas, mas seu desejo é que essa energia ultrapasse as grades do condomínio e seja replicada por outros profissionais tão engajados quanto ela, cada um em seu bairro, comunidade, vila ou povoado. Seja com vizinhos, familiares, amigos ou até desconhecidos. Para ela, o importante é contribuir para uma sociedade mais feliz: “Reúna pessoas e estimule esse contato entre as pessoas de forma saudável”. E garante: “O primeiro passo depende de você!”

ENVIE A SUA EXPERIÊNCIA

Nós queremos conhecer a sua experiência, seja ela na escola, academia, hospital, clube ou qualquer outro segmento. Envie o seu relato para o e-mail revistaef@confef. org.br e teremos o maior prazer em compartilhá-lo.

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“Muitos pacientes não precisariam estar no hospital se mantivessem
Créditoss: @maryivonizete

CREF17/MT inaugura nova sede

NOVO ESPAÇO PERMITE MAIS AGILIDADE NO ATENDIMENTO AOS PROFISSIONAIS

“Agora, estamos distribuídos em salas, com mais estrutura para atender os serviços de primeiro registro, renovação, transferência, migração, provisionamento, denúncia, etc”

O CREF17/MT inaugurou sua nova sede em agosto deste ano, na capi tal do Estado de Mato Grosso, porém, os colaboradores e profissionais já desfrutam do ambiente desde junho de 2020, época em que o atu al 2º vice-presidente do CONFEF, Prof Carlos Alberto Eilert, presidia o CREF17/MT.

A inauguração não pôde acontecer na época da mudança, em decorrên cia da COVID-19, pandemia que atingiu todo o mundo, impossibilitando a proximidade de pessoas e a tão esperada solenidade de inauguração.

A solenidade oficial aconteceu em agosto deste ano, ocasião que contou com a presença de representantes de todo o Sistema CONFEF/ CREFs, além de apoiadores da profissão, como a vereadora de Cuiabá, Michelly Alencar, e o Secretário de Esporte e Lazer de Mato Grosso, Jef ferson Carvalho Neves [CREF 000244-G/MT].

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O ambiente conta com salão para reuniões plenárias e permite mais agilidade no atendimento aos profissionais, como explica a Diretora Executiva, Joiciane Martins. “Na sede antiga, sentíamos a necessidade de mais espaço. Atendíamos os profissionais com toda atenção, tentando não deixar que isso atrapalhasse”. Com a nova estrutura, Joiciane acredita que a melhora no atendimento já é perceptível.

A modernização, de acordo com ela, é um dos pontos de melhoria da gestão. “Hoje nossos diplomas são por meio de código QR. Além disso, o site está de cara nova, muito mais acessível para o profissional”. Joiciane explica que, com o aumento do espaço, foi possível contar com a colaboração de estagiários, além de oferecer mais conforto a todos os funcionários. “Agora, estamos distribuídos em salas, com mais estrutura para atender os serviços de primeiro registro, renovação, transferência, migração, provisionamento, denúncia, etc”.

Quem frequenta uma dessas salas é Rodrigo Calmon, colaborador do CREF17/MT há sete anos. Ele, que acompanhou todo o processo de aquisição e adaptação da nova sede, chama atenção para o tempo de atendimento ao profissional que, em muitos casos, foi reduzido. “Antes, nós tínhamos um tempo médio de atendimento de até 60 dias. Hoje, em determinados serviços, a resposta é imediata”, explica.

Além dos colaboradores e profissionais, a Diretoria e os Conselheiros também se beneficiam com a nova estrutura. Isto porque contam agora com uma sala para as reuniões plenárias mensais. Como explica Joiciane, essa era uma necessidade já levantada, desde 2015, pelos Conselheiros da época. “Por isso, eu digo que foi um trabalho em conjunto, realizado por diversos profissionais”.

Quem concorda com ela é o presidente do CREF17/ MT, Prof. Edson Manfrin [000038-G/MT]. De acordo com ele, a estrutura foi pensada para os Profissionais de Educação Física. “É um sonho realizado. Com certeza, com

a nossa equipe de colaboradores, o atendimento será o melhor possível. Uma casa na qual esperamos muitas visitas. Chamamos os nossos profissionais para que venham conhecê-la. Gratidão a todas as pessoas que puderam colaborar com a gente”.

O CREF está localizado em Rua da Mangueira, 253 –Jardim Shangri-lá, Cuiabá/MT, 78070-140.

“É um sonho realizado. Com certeza, com a nossa equipe de colaboradores, o atendimento será o melhor possível. Uma casa na qual esperamos muitas visitas. Chamamos os nossos profissionais para que venham conhecê-la. Gratidão a todas as pessoas que puderam colaborar com a gente”

Primeira reunião plenária – A primeira reunião plenária do CREF17/MT na sede nova aconteceu no dia 5 de agosto e contou com o prestígio de representantes do CONFEF, como o presidente da entidade, Claudio Boschi [CREF 000003-G/MG]. Em seu discurso, Boschi parabenizou o trabalho do Regional. “Que o CREF17/MT possa continuar dessa forma, com muita firmeza e positividade. Porque a profissão precisa de pessoas sérias, fraternas e que a tenham como razão de ser”.

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No dia anterior, ocorreu a reunião plenária mensal do CONFEF, que reuniu conselheios e presidentes de CREFs também em Cuiabá. Em 2022, o CONFEF passou a realizar suas plenárias presencialmente nas mais variadas capitais, para que seus membros se aproximem de questões regionais e se inteirem ainda mais das especificidades de cada estado brasileiro.

Nas ocasiões, os membros do CONFEF reúnem-se para debater temas de interesse da profissão e da atuação profissional. Após o encontro em Cuiabá, o CONFEF realizou reunião plenária em Brasília (DF), em sua sede no Rio de Janeiro (RJ), e em Aracaju (SE).

CREF16/RN INAUGURA SECCIONAL MOSSORÓ

O Rio Grande do Norte também contou com inauguração. Em setembro, a Seccional Mossoró do CREF16/RN recebeu conselheios e autoridades para a solenidade que abriu oficialmente as portas do espaço, em funcio namento desde 2021. Devido à pandemia da Covid-19, sua inauguração havia sido adiada.

O evento teve início com uma reunião plenária extraordinária, em que fo ram discutidas pautas em prol dos profissionais de Educação Física. Logo em seguida, os presentes se dirigiram para a entrada da sede, onde houve des cerramento da placa de inauguração, feita pelo presidente Francisco Borges [CREF 001001-G/RN], juntamente com o secretário de esporte de Mossoró, Valdemiro Xavier Júnior [CREF 000275-G/RN], e os Conselheiros Antônio José [CREF 000022-G/RN] e João Pessoa [CREF 000028-G/RN].

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Para Borges, a inauguração é uma conquista. “Fruto do comprometimento de todos que fazem a diretoria do CREF16/RN. É um momento de grande ale gria e emoção para todos nós, pois são anos de trabalho, lutando em prol da nossa categoria. Hoje somos mais de seis mil profissionais no estado. E isso faz com que sigamos sempre em busca de melhorias”, enfatizou.

Quem também discursou foi o Conselheiro Regional Antônio José [CREF 000022-G/RN]. “É um local onde podemos descentralizar, agilizar e desburocratizar os serviços pertinentes ao Conselho, bem como con versar, encontrar, ouvir sugestões, debater, fiscalizar e encontrar solu ções para proporcionar um atendimento de excelência aos Profissionais de Educação Física e Pessoas Jurídicas”.

Na Seccional Mossoró estão disponíveis serviços como registro profissional e de estabelecimentos, retirada e renovação de Cédulas de Identidade Profissional e de Certificados de Registro de Pessoa Jurídica e atualizações cadastrais, entre outros. O espaço está localizado na rua José Otávio, 254, no bairro de Santo Antônio, e está de portas abertas à categoria.

PROFISSIONAIS MARANHENSES TAMBÉM CONTAM

COM NOVA SECCIONAL

No dia 30 de setembro, o CREF21/MA tornou realidade mais um sonho. Foi inaugurada a segunda seccional em menos de três anos de existência. Dessa vez, a região contemplada foi a dos Cocais, no município de Caxias, que é polo da região e um ponto estratégico para atender a demanda dos profissionais e empresários.

“É um momento de grande alegria e emoção para todos nós, pois são anos de trabalho, lutando em prol da nossa categoria. Hoje somos mais de seis mil profissionais no estado. E isso faz com que sigamos sempre em busca de melhorias”

O presidente do CREF, Sandow Feques [CREF 001806-G/MA], ressaltou a importância da seccional para atender a região que demonstra crescimento de profissionais e empresas. “Já se fazia necessária uma maior aproximação do CREF21/MA, por meio de contato físico e pessoal diário. Era uma solici tação antiga dos profissionais e empresários da região, que muitas vezes acabavam procurando o Piauí e não a sede do CREF21, em São Luís, por uma questão de distância”, explica.

A seccional funciona todos os dias da semana, das 13 às 17h, na Rua Ma noel Gonçalves 1146, Centro, Caxias (MA). “Solicitações de registro, transferência, atualização cadastral e demais serviços podem ser resolvidos agora presencialmente, com mais facilidade e agilidade”, frisou a Conselheira Federal Denise de Araújo [CREF 000080-G/MA].

O CREF21/MA tem como um de seus objetivos levar seus serviços aos pro fissionais e sociedade em geral para cada canto do Maranhão, para isso, mais ações de descentralização já estão planejadas para 2023. A Seccional Caxias está de portas abertas para recebê-los.

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CONFEF promove 1º Fórum da Câmara dos Presidentes

Nos dias 4 e 5 de novembro, foi promovido na sede do CONFEF o 1º Fórum da Câmara dos Presidentes. O evento reuniu gestores, coordenadores de fiscalização e presidentes dos Conselhos Regionais de todo o Brasil, para palestras sobre os temas de gestão e governança.

O Fórum foi gerido pelo presidente do CREF20/SE, Gilson Dória [CREF 000011-G/SE], coordenador da Câmara dos Presidentes, que saudou os presentes. “O evento foi pensado justamente para que fosse debatido de maneira democrática o nosso dia-a-dia, com a gestão e a fiscalização trazendo suas experiências”.

Para o presidente do CONFEF, Prof. Claudio Boschi, o Fórum teve como objetivo final melhorar o atendimento à sociedade. “É com muito orgulho e satisfação que

agradecemos os trabalhos realizados. Esse é um projeto que nasceu aqui dentro e foi executado em prol dos 21 CREFs, para melhorar o atendimento à sociedade, aos mais de 600 mil profissionais e aos mais de 60 mil estabelecimentos registrados".

Na sexta-feira, primeiro dia de evento, os participantes foram recebidos com palestras da Dra. Zilamar Fernandes, representante do Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde (FCFAS), entidade da qual o CONFEF faz parte. Ela apresentou as atividades desenvolvidas pelo Fórum, tais como a luta contra a Educação a Distância (EaD) na área da Saúde. O segundo palestrante da noite foi o Dr. Jenner de Morais, do Fórum dos Conselhos Profissionais, que apresentou um histórico das batalhas enfrentadas pela entidade.

No dia seguinte, os trabalhos iniciaram às 9h da manhã, em três auditórios paralelos. Os presidentes ouviram a Profª Drª Mariana Palmeira falando sobre Lei Geral de Proteção de Dados. À tarde, foi a vez da Profª Drª Daniele Cravo palestrar sobre Orientações para Fiscalizações de Orientação Centralizada (Relatório FOC). Já os coordenadores de fiscalização acompanharam os estudos com o Conselheiro Federal Marcio Tadashi, que passou todo o sábado tratando sobre boas práticas em fiscalização.

Enquanto isso, os gestores dos 21 CREFs, no auditório ao lado, participavam de dinâmica com coordenadores e diretores do CONFEF, cada um responsável por um setor da entidade. Após a abertura dos trabalhos, realizada pela Diretoria Executiva, a Coordenadoria de Informática abordou o tema segurança digital. A seguir, a Assessoria de Comunicação trouxe para discussão a construção de imagem e reputação de uma organização. Após o almoço, a Coordenadoria Jurídica expôs ao público suas diversas frentes de atuação. E a Coordenadoria de Controle de Desempenho e Finanças finalizou, abordando o tema alterações na cobrança bancária.

O objetivo dos eventos foi fomentar o debate, promover a interação entre os CREFs das variadas regiões, além da troca de experiências. Afinal, os desafios encontrados pelos diversos regionais, muitas vezes, são os mesmos, como comenta o gestor do CREF4/SP, João Gambini [CREF 005302-G/SP]. “É importante para encontrar pessoas de outros conselhos, colegas que estão vivendo experiências interessantes, diferentes, e com uma similaridade dos problemas, de forma que aumente nossa capacidade de resolvê-los, mostrando outros caminhos e alternativas”.

“É com muito orgulho e satisfação que agradecemos os trabalhos realizados. Esse é um projeto que nasceu aqui dentro e foi executado em prol dos 21 CREFs, para melhorar o atendimento à sociedade, aos mais de 600 mil profissionais e aos mais de 60 mil estabelecimentos registrados"

Para fechar com chave de ouro, todos os participantes se reuniram para a palestra do medalhista olímpico de vôlei Giovane Gávio [CREF 047537-P/RJ]. O ex-atleta e gestor esportivo compartilhou sua história de vida, despertando no público o sentimento de motivação e resiliência.

Para fechar com chave de ouro, todos os participantes se reuniram para a do no público o sentimento de motivação e resiliência.

FÍSICA |
Giovane Gávio - Medalhista olímpico de vôlei

Treinamento para gestante é demanda do mercado

Foi-se o tempo em que se acreditava que gestantes deveriam permanecer em repouso. Hoje é sabido que grávidas não só podem – como devem – realizar exercícios físicos. A prática, regular e orientada, não apenas facilita o parto, mas prepara fisicamente a futura mamãe para a nova e puxada rotina, além de proteger a saúde do bebê que está chegando.

De olho nas tendências do mercado, já existem profi ssionais de Educação Física se especializando na área, como é o caso da Fabiane Moraes [CREF 003371-G/MT].

como é o caso da Fabiane Moraes [CREF 003371-G/MT]. parto comuns devido às alterações anatô-

Personal Trainer e doula, Fabi Moraes, como é conhecida, desenvolveu uma metodologia de treinamento para gestação, parto e pós-parto. “Durante a gestação, os exercícios auxiliam no controle de peso corporal, evitam doenças como o Diabestes Gestacional, Pré-eclâmpsia, melhoram a vascularização da placenta, e previnem dores na lombar e nos ombros, muito comuns devido às alterações anatômicas específi cas.”

Quem deverá colher todos esaluna de Fabi Moraes. Gestan-

sidade, o que poderia do meu filho”, conta a

Quem deverá colher todos esses benefícios é Maria Letícia, aluna de Fabi Moraes. Gestante de 36 semanas, ela recebe acompanhamento desde a 13ª. “Desde o início da gestação, a médica me orientou a interromper os treinos de alta intensidade, o que poderia colocar em risco a vida do meu filho”, conta a futura mamãe.

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Fabiane Moraes Personal Trainer e doula

Acostumada com o bem-estar proporcionado pelas aulas de bike indoor, Maria Letícia não gostou da ideia de ficar parada. “Fui buscando caminhos até chegar à Fabi Moraes. Sigo treinando com ela, na academia do meu con domínio”. O objetivo, agora, é mais do que o bem-estar promovido pela endorfina: “Tudo para que eu tenha um parto tranquilo e normal”.

O medo, segundo ela, aparece em alguns momentos do dia, mas o fato de estar se preparando, e apoiada por profissionais, a deixam mais segura. “Hoje eu me vejo muito mais preparada para o parto normal, e decidida do que eu quero, por ter uma pessoa de extrema confiança ao meu lado”.

Maria Leticia se sente segura porque sabe que sua treinadora é habilitada e possui conhecimento técnico para lidar com as transformações que seu corpo vem sofrendo. Até porque, de acordo com Fabi Moraes, esse não é um treino comum: “Precisamos, por exemplo, melhorar a postura e evitar a pressão intra-abdominal. Caso contrário, o que é fisiológico, como a diástase, pode se tornar patológico, com o afastamento da parede abdominal. Por isso, é importante se atentar à semana e ao trimestre gestacional, para evitar patologias, lesões e até casos de aborto por excesso de exercício”.

O interesse de Fabi Morais na saúde da mulher chegou antes do conheci mento em gestação. “Eu me especializei em Saúde da Mulher e passei a atuar prescrevendo exercícios baseados no ciclo menstrual. Comecei a entender melhor o funcionamento do corpo feminino e, a partir daí, houve uma de manda do mercado para atuação com gestantes e pós-parto”. Trabalhar com mulheres em um momento tão especial de suas vidas não teria o mesmo efeito se não houvesse paixão. “Acabei me apaixonando pela formação em doula e a encaixei na minha metodologia de exercícios”.

Para quem deseja seguir esta área, Fabi Moraes deixa uma orientação. “Não adianta dominar todas as técnicas e não entender que esta mulher pode não estar num bom dia, que ela sente um calor excessivo, pode estar em privação de sono devido ao tamanho da barriga. Então é preciso en tender as necessidades, tanto técnicas quanto emocionais e psicológicas dessa mulher”. Por isso, Fabi Moraes garante: “A chave está em aliar técnica e empatia”, finaliza. Ela compartilha seu trabalho no Instagram. Para acom panhá-la, busque por @proffabimoraes .

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“Hoje eu me vejo muito mais preparada para o parto normal, e decidida do que eu quero, por ter uma pessoa de extrema confiança ao meu lado”

Dia do Profissional de Educação Física mobiliza categoria

COM ATIVIDADES POR TODO O PAÍS, PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA CELEBRAM DATA COM MUITO MOVIMENTO

Após dois anos de comemorações online, chegou o tão aguardado momento da categoria se reencontrar nas ruas para celebrar o Dia do Profissional de Educação Física. A extensa programação ficou por conta dos CREFs, que promoveram cursos, premiações, jornadas de ensino, ações com oferta de atividades físicas para a sociedade e muito mais. O que não faltou foi movimento. Como de costume, entidades governamentais, pessoas públicas, marcas e empresas homenagearam a categoria durante todo o mês de setembro. O reconhecimento da Profissão é cada vez mais visível.

Membros do Sistema CONFEF/CREFs também estiveram presentes em jornadas acadêmicas, homenagens nas Câmaras e Assembleias por todo o país, representando a categoria e ressaltando a importância do Profissional de Educação Física.

As ações tiveram como objetivo homenagear os Profissionais, mas também conscientizar a sociedade sobre a importância do exercício físico orientado por profissional habilitado. Para isso, o CONFEF desenvolveu uma campanha institucional, que foi replicada pelos CREFs em cada estado. Veja como foi a campanha nas próximas páginas.

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CONFEF lança campanha em homenagem à categoria

Em 1º de setembro comemora-se o Dia do Profissional de Educação Física. E, para homenagear a categoria, o CONFEF realiza, todos os anos, campanha publicitária de valorização profissional. Este ano, o objetivo da ação foi de reforçar publicamente que a orientação de exercícios físicos deve ser sempre desenvolvida por Profissional de Educação Física. Afinal, ele tem anos de estudo e técnica para conhecer cada movimento do corpo humano. Por isso, exercício físico #ÉComProfissionalRegistrado.

O momento de fl exibilização das medidas de contenção da pandemia permitiu abordar o tema exercício físico e orientação profi ssional com um novo olhar. Nos dois anos de pandemia, o assunto estava no foco do debate público. Por isso, as campanhas precisaram, de alguma forma, contornar o tema. Agora, com a vida voltando ao normal e as medidas de contenção do coronavírus aliviadas, a campanha publicitária pôde seguir um novo caminho.

Para isso, foram contempladas quatro grandes áreas da profissão: Esporte, Educação, Saúde e Fitness, representando as demais. A peça principal foi um vídeo, que contou com

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PUBLICIDADE CONTOU COM ANÚNCIO NA TV, IMPULSIONAMENTO EM MÍDIAS SOCIAIS, ATIVAÇÕES OFF LINE, ENTRE OUTROS

as versões de 30 e 45 segundos. A mais curta, foi exibida em emissoras de TV como a Rede Globo, SBT, Record e outras. Já a versão mais longa, foi destinada às redes sociais.

A mensagem do vídeo foi elaborada para alertar a sociedade sobre a complexidade do corpo humano e as transformações ocorridas nele durante a prática de exercício físico: “Quando você se exercita, seus batimentos cardíacos são elevados, seus pulmões se expandem ao máximo e diversos hormônios são liberados. O Profissional de Educação Física possui anos de estudo para conhecer cada movimento do seu corpo. Por isso, cuidado: exercício físico seguro é com profissional registrado. Porque Educação, Saúde e Esporte são essenciais. Primeiro de Setembro: Dia do Profissional de Educação Física.”

Além dos vídeos, foram produzidas outras peças para mídias sociais, spots para rádio e aplicativos de streaming, hotsite, e ainda materiais gráficos, como busdoor, outdoor, backbus, cartazes, ventarola e camisa. O material foi produzido pelo CONFEF e fornecido aos CREFs, que ficaram responsáveis pela distribuição. Por isso, as ativações disponíveis variaram de acordo com a região.

CREFs, ficaram variaram mais do esporte e reeducando aqueles que envelheceram sem aprender de E conta com levando a mensagem adiante, independentemente da data. Continue

A mensagem foi de coração: parabéns, Profissional! Por seguir construindo um país mais ativo, saudável e, principalmente, feliz. Desde as escolas, até os hospitais. Ensinando aos mais jovens as primeiras lições do esporte e reeducando aqueles que envelheceram sem aprender a se mexer. O Sistema CONFEF/CREFs sente um enorme orgulho do trabalho de cada um de vocês. E conta com o seu apoio para seguir levando a mensagem adiante, independentemente da data. Continue conversando com seus pares sobre a seriedade da profissão. Afinal, juntos somos mais fortes!

Nova lei da Educação Física está em vigor

Após longa batalha, foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 28 de junho, a Lei 14.386, de 2022, que trata da regulamentação da Profissão de Educação Física. A norma, que é uma vitória para a profissão, foi sancionada com dois vetos pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Sendo eles: a competência dada ao CONFEF de estabelecer, mediante ato normativo próprio, a lista de atividades e modalidades esportivas que exijam a atuação desse profissional, e a exigência de que os possuidores de curso superior necessitem ter seus diplomas oficialmente autorizados ou reconhecidos pelo Ministério da Educação. Dessa forma, mantém-se o atual texto da Lei 9.696, de 1998, que permanece em vigor com alterações. A Lei 14.386 é fruto do PL 2.486/2021, apresentado pelo Executivo para sanar controvérsias judiciais sobre a criação dos Conselhos Federal e Regionais de Educação Física — criados por iniciativa do Congresso por meio da Lei 9.696, apesar de tal incumbência caber ao Governo Federal. O Senado aprovou a proposição em no dia 2 de junho, como apresentamos na última edição. Antes de ser pauta no plenário, o PL já havia passado pelas Comissões de Educação e de Assuntos Sociais, tendo sido aprovado em ambas. Na Câmara, o PL foi aprovado em agosto de 2021.

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Na nova legislação, ficou determinado que caberá aos Conselhos Regionais registrar os profissionais e expedir suas Cédulas de Identidade Profissional, arrecadar taxas e anuidades, julgar infrações e aplicar penalidades, além de fiscalizar o exercício profissional como um todo, dentre outras obrigações. Ao CONFEF, competirá supervisionar a fiscalização do exercício profissional no território nacional, dentre outros.

Além dos possuidores de diploma em curso de Educação Física, poderão atuar na área os formados em cursos superiores de tecnologia conexos à Educação Física (como os cursos de tecnólogo em Educação Física ou de tecnólogo em gestão desportiva em lazer) e os que tenham comprovadamente exercido atividades próprias dos profissionais de Educação Física até a data de início da vigência desta Lei.

1998

Lei 9696/98 é sancionada, regulamentando a Profissão

2005 PGR propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade contra Lei 96/98 no STF 2020 ADI nº 428/2005 é colocada em pauta, mas julgamento é suspenso

2021

Presidente da República encaminha ao Congresso PL que regulamenta a Profissão

18/08 2021

Sob relatoria do Deputado Evandro Roman, Câmara aprova requerimento de urgência para votar PL diretamente no Plenário

07/07 2021

24/11 2021 Comissão do Esporte da Câmara promove audiência pública para debater o PL

Câmara dos Deputados recebe PL 2486/2021 para apreciação

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24/03 2022

Sob relatoria do Senador Romário, Comissão de Educação aprova texto do PL

12/04 2022

23/02 2022

No Senado, projeto é encaminhado à Comissão de Educação

Comissão de Assuntos Sociais promove audiência pública para tratar do projeto 23/05 2022

Sob relatoria da Senadora Rose de Freitas, PL é aprovado na Comissão de Assuntos Sociais

Lei 14.386/2022 é publicada no Diário Oficial da União

15/02 2022

Plenário da Câmara aprova texto do PL eo encaminha ao Senado Federal

“Não cabe ao scalizado escolher se será ou não submetido a controle. Isso é um contrassenso e é inconstitucional. Se a Pro ssão é egulamentada, aqueles que a exercem devem não só ter a quali cação, mas estarem ao alcance da scalização, o que se dá por meio dos Conselhos”

27/06 2022

Presidente da República sanciona PL 2486

02/06 2022 PL é apreciado pelo Plenário do Senado e aprovado

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ACESSE A ÍNTEGRA DA NOVA LEI EM CONFEF.COM/556

De Fortaleza a Salamanca: uma história de inspiração

Se você está precisando de um incentivo para ir atrás daquele sonho que parece distante, a história do Pro fissional Pedro Henrique Nogueira [CREF 015502-G/CE] pode servir de inspiração. Com uma infância simples, tendo que conciliar estudos e trabalho desde muito cedo, Pedro não apenas foi da primeira geração da sua família a ingressar no ensino superior, como agora, tam bém está cursando doutorado com dedicação integral no exterior.

A valorização dos estudos sempre esteve presente na sua casa, sendo defendida sobretudo por sua mãe, nas cida no interior do Ceará, e que não teve oportunidade de concluir os estudos. Ainda jovem, Pedro já entendia que nenhuma chance de estudar deveria ser desperdi çada. Essa percepção foi fundamental para formar seu caráter e guiá-lo até onde está hoje.

Aos 11 anos, Pedro já trabalhava descarregando ca minhão, e com os trocados recebidos auxiliava nas des pesas da casa. Aos 15 anos, começou a estagiar na in dústria. Para conciliar trabalho e educação, a saída foi estudar à noite. E foi nesse período, mais especificamen te após ser premiado com um livro preparatório para o ENEM ao fim do Ensino Médio, que a sua vida tomou um novo rumo.

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Créditos: Pedro Henrique

“Até então eu nem sabia o que era o ENEM. A gente até ouvia falar a respeito nas propagandas televisas, um ou outro professor comentava, mas para a maioria dos alunos noturnos esse tema não era uma realidade. A partir do livro recebido, passei a tomar gosto pela leitura. Eu o abria e começava a lê-lo sem nenhum rumo, sem nenhum ponto de partida. E esse foi o pontapé inicial para que eu ingressasse no Ensino Superior”, relembra.

Nascido em Fortaleza, Pedro sempre contou com a cultura do movimento, tendo tido contato desde a infância com esportes, danças e demais manifestações culturais. Dessas experiências, surgiu a Educação Física na sua vida. “Como acontece com grande parte das pessoas que buscam a Educação Física, essa cultura do movimento já estava enraizada em mim e eu vi que poderia ser uma possibilidade de atuação. Ainda que, neste momento, eu ainda tivesse uma visão reducionista da profissão, de que a Educação Física era só esporte, ou só musculação”.

“Como acontece com grande parte das pessoas que buscam a Educação Física, essa cultura do movimento já estava enraizada em mim e eu vi que poderia ser uma possibilidade de atuação. Ainda que, neste momento, eu ainda tivesse uma visão reducionista da profissão, de que a Educação Física era só esporte, ou só musculação”

Na graduação, o cenário mudou, mas o desafio permanecia o mesmo: como conciliar estudo e trabalho? A solução, novamente, foi estudar pela manhã e trabalhar à noite. E assim ele fez por três anos e meio. Quando surgiram os estágios obrigatórios, a jornada virou tripla. Para dar conta das atividades, Pedro aproveitava cada momento livre no trabalho para colocar as leituras do curso em dia e relembra que implorava a Deus para que o fim de semana não tardasse. Não foi nada fácil. Afinal, a ideia de que se deve “trabalhar enquanto eles dormem” só funciona na teoria e não leva em conta a diversidade e a desigualdade social do nosso país.

“Tenho ciência de que possuo algumas fragilidades por conta de minha formação inicial que estão atreladas a este fato, de ter que abarcar muito conhecimento, às vezes, de forma superficial. Então, em vários momentos tenho revisitado e relido os conteúdos da graduação”, conta o Prof. Pedro Henrique.

“A graduação já foi uma vitória muito grande. O que na minha infância eu achava não ser possível, tornou-se uma realidade. E o que mais me marca é o fato de, depois de “formado”, poder voltar a escola em que estudei, agora na condição de professor, e contribuir para a formação da juventude de meu bairro". Mas ele não parou por aí. Com muita dedicação, o professor foi colecionando conquistas: graduação, especialização, concurso público, mestrado e agora o doutorado.

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Mas foi ao fim da graduação que ele descobriu sua verdadeira vocação. Pedro conheceu um grupo de pesquisas e se encantou pela área científica. “Já ciente de que a Universidade possuía um grupo de pesquisa em Educação Física, um dia, já indo embora, vi o grupo reunido e pedi para participar. Achei muito interessante aquele debate de ideias, feito de forma igualitária entre professores e alunos de vários semestres. Aquele foi um momento chave para mim. Ali, discutíamos assuntos emergentes, que ainda não estavam presentes nas disciplinas acadêmicas, como por exemplo as reais intenções de certas políticas públicas. Compreendi também que, por meio desses encontros. podíamos compartilhar as dificuldades que surgiam ao longo da nossa formação nos fortalecendo enquanto classe. Até hoje faço parte de um Grupo de Pesquisa (GEPEFE/UECE), que tem me possibilitado novos horizontes”.

Após esse primeiro contato com a iniciação científica, ele passou a participar de eventos em vários estados brasileiros, além de conhecer figuras renomadas da Educação Física que, até então, só conhecia pelos livros, e a escrever junto com estes. Isso fez com que o professor pudesse elaborar várias produções científicas preocupadas em discutir as implicações do ensino da Educação Física no cenário educacional, sobretudo em seu estado natal, Ceará. “Isso fez-me abrir os olhos para a complexidade da Educação Física no contexto brasileiro e como ela se faz importante em nossa sociedade. E decidi: É aqui que eu quero seguir, caminhando junto ao ensino, à pesquisa e à extensão”.

“Isso fez-me abrir os olhos para a complexidade da Educação Física no contexto brasileiro e como ela se faz importante em nossa sociedade. E decidi: É aqui que eu quero seguir, caminhando junto ao ensino, à pesquisa e à extensão”

Trilhando o caminho da produção científica, por conta da elaboração de um artigo científico, Pedro conheceu o Prof. Daniel Valério Martins (Universidade Federal da Grande Dourados), principal responsável por incentivá-lo a participar da seleção para os estudos doutorais na Universidad de Salamanca (USAL). Na instituição educacional mais antiga da Espanha, Pedro conquistou uma bolsa de doutorado na linha das Ciências Sociais. “Coincidência ou não, nos últimos anos vinha me aproximando mais da perspectiva cultural da Educação Física que da perspectiva da saúde. Então está sendo uma oportunidade rara para debater questões que se apresentam ainda superficiais na Educação Física. Meu objetivo não é sair daqui com um “certo status” ou com um título internacional, isso não me faz melhor do que ninguém! Mas sim levar ao Brasil e a Educação Física tudo o que eu puder absorver, além de abrir as portas para outros estudantes e possibilitar vínculos e parcerias entre as instituições brasileiras e espanholas”.

Com essa promessa, esperamos que mais e mais Pedros surjam pelo vasto país, com as devidas oportunidades e apoio, para que a Educação Física brasileira siga crescendo e evoluindo.

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Entrevista: “A Educação Física é a disciplina que tem maior capacidade de ser inclusiva”

O esporte pode transformar vidas, disso já sabemos. No caso das pessoas com deficiência (PCDs), ele cumpre um papel ainda mais importante, ao contribuir para o fortalecimento físico e mental, promovendo a socialização e o desenvolvimento da autoestima. Para falar sobre o assunto com mais propriedade, convidamos o Prof. Dr. Flávio Melo [CREF 001372-G/AL], coordenador do Comitê de Handebol Adaptado da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb). Com vasta experiência na área, Dr. Flávio Melo é professor do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), onde também atua como Coordenador do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE), é membro do Grupo de Trabalho de Handebol em Cadeira de Rodas da International Handball Federation (IHF), e presidente do Grupo de Trabalho de Handebol em Cadeira de Rodas da Confederación Sur y Centro America de Balonmano (COSCABAL).

Confira a entrevista com especialista a seguir.

Revista Educação Física - Como a Educação Física entrou na sua vida?

Dr. Flávio Melo - A Educação Física entrou na minha vida ainda na infância, por meio dos jogos e brincadeiras, e se fortaleceu por conta do esporte. Inicialmente, eu tive contato com os esportes individuais, como judô, e em seguida com o handebol - que foi onde eu me encontrei enquanto atleta, e amo até hoje. A partir dessas experiências, eu dei sequência à minha formação. Na graduação, no entanto, eu compreendi que a Educação Física é muito mais que esporte. Abri a mente e passei a entender o quanto a Educação Física depende dos aspectos pedagógicos, entre tantos outros, a fim de interver positivamente na vida e na formação do indivíduo de forma mais ampla.

Revista Educação Física - Quando e como iniciou a atuação com o esporte adaptado?

Dr. Flávio Melo - Na graduação, nós temos uma disciplina de Educação Física adaptada, que foi fundamental para eu começar a ter uma aproximação com PCDs, tendo tido a oportunidade de estagiar com pessoas com deficiência física, intelectual, visual e cega. E essa aproximação foi tanta, que entrei em um grupo de estudos na universidade, essencial para que eu pudesse seguir realizando pesquisas e trabalhando com projetos de extensão. O meu trabalho de conclusão de curso (TCC), inclusive, consistiu em um estudo sobre a situação doz esporte adaptado no município de Maceió, em Alagoas. O trabalho me direcionou a continuar estudando e trabalhando no segmento.

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Créditos: IHF Photographer

Inicialmente, eu tentei iniciar um projeto de handebol em cadeira de rodas em Alagoas, mas não foi possível no momento. Eu só viria a conseguir realizar esse projeto em São Paulo, no projeto de mestrado, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Quando eu cheguei, já existia um projeto de extensão, que é o Projeto de Atividades Físicas, Esportivas e de Lazer, Adaptadas às Pessoas com Deficiência (PROAFA/UFSCar), coordenado pela Profa. Dra. Mey van Munster [CREF 000835-G/SP]. Ali eu comecei a trabalhar com iniciação esportiva em cadeira de rodas e posteriormente passei a coordenar o programa. Por meio dele, tínhamos a possibilidade de trabalhar com o esporte em uma outra vertente, tanto com a reabilitação quanto com o rendimento. Fomos campeões paulistas, o que me abriu as portas para vir a me tornar auxiliar técnico da seleção brasileira no primeiro mundial de 2013.

Na sequência, iniciei o doutorado, tendo desenvolvido um instrumento de avaliação para iniciação esportiva em cadeira de rodas (protocolo avaliativo de iniciação esportiva em cadeira de rodas), que está disponível na internet. Hoje em dia, desenvolvo um projeto de Handebol em cadeiras de rodas no IFAL, em Maceió, em parceria com o Governo do Estado para desenvolvimento do esporte não apenas em Alagoas, mas em todo o Brasil.

Revista Educação Física – Pode falar um pouco mais sobre o handebol adaptado?

Dr. Flávio Melo - Quando a gente fala em Handebol Adaptado, é preciso entender que há várias formas de adaptação, o Handebol em Cadeira de Rodas é uma delas, mas há várias vertentes. A modalidade se diferencia do handebol indoor, por ser jogado na cadeira de rodas esportiva, a qual é feita sob medida, tendo em vista que cada atleta possui características distintas, diferentes corpos e tipos de lesões e deficiências. Além disso, a trave apresenta um tamanho reduzido (1,70m x 3,00m), considerando que o goleiro também se utiliza da cadeira de rodas como dispositivo de locomoção na prática da modalidade.

O Handebol em Cadeira de Rodas (HCR) atualmente tem duas formatações oficializadas pela Federação Internacional de Handebol (IHF): o HCR4 - modalidade criada no Brasil, pelo Prof. Dr. Décio Roberto Calegari, e jogada inicialmente na América do Sul e Central, e o HCR6, modalidade criada e jogada inicialmente na Europa.

Revista Educação Física - Como o esporte pode atuar na vida das pessoas com deficiência?

Dr. Flávio Melo - O esporte tem um potencial transformador diferenciado na vida de PCDs, seja essa deficiência adquirida ou congênita. Ele capacita e mostra uma potencialidade que as vezes o próprio indivíduo ou a sua família desconhecia. Em muitos casos, os pais super protegem os filhos e, na fase adulta, ao procurar o esporte, esses desenvolvem maior independência e autonomia. Por meio do esporte, essa pessoa ganha habilidade, mobilidade, e força necessária para tocar sua vida com independência. O esporte também

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"A Educação Física é a disciplina que tem a maior capacidade de ser inclusiva, e eu não refiro unicamente à inclusão de PCDs, mas a toda a diversidade de pessoas que chega ao ambiente escolar, à academia, ao treinamento esportivo, e por aí vai"
Créditoss: IHF Photographer

possibilita essas pessoas conhecerem seus pares, com diferentes histórias e vi vências. Se a pessoa adquire uma deficiência, como num acidente, por exem plo, muitas vezes é o esporte que atua na reabilitação, e a ajuda a transpor seus limites, conhecendo novos lugares, novas pessoas, e até tornando-a um atleta. Muitas vezes a pessoa adquire uma deficiência, passa pelo processo de reabilitação, pelo processo depressivo, ao se ver em um corpo novo, e o esporte ajuda no fortalecimento físico e mental. É um motivo de muito orgu lho poder vivenciar essa transformação do ser humano por meio do esporte. Revista Educação Física – E como se dá a atuação do Profissional de Edu cação Física na promoção da atividade física inclusiva?

Dr. Flávio Melo - A Educação Física é a disciplina que tem a maior capaci dade de ser inclusiva, e eu não refiro unicamente à inclusão de PCDs, mas a toda a diversidade de pessoas que chega ao ambiente escolar, à academia, ao treinamento esportivo, e por aí vai. A partir do momento que eu tenho um aluno com obesidade mórbida, por exemplo, eu preciso adaptar a minha aula. Caso contrário, pode ser que esse aluno não esteja preparado para acompa nhar a atividade. Quando eu tenho a clareza que existem pessoas com gêne ros, capacidades e deficiência distintos, eu preciso ser inclusivo. Então, sim, eu preciso fazer adaptações e ajustes para atender a todos, seja nos materiais, nos equipamentos, na metodologia de ensino, no espaço físico. E essas adap tações são realizadas para inclusão não apenas de PCDs.

Revista Educação Física – Há melhorias a serem feitas para inclusão de pessoas com deficiência no esporte e na sociedade em geral? Quais?

Dr. Flávio Melo - Sempre há melhorias a serem feitas. Dentro da sociedade em que vivemos, está claríssimo que o ambiente não foi feito para a diver sidade. Nós vivemos num mundo em que a estrutura de toda a sociedade foi pensada, inicialmente, para pessoas dentro do padrão. Então a gente vê muitas barreiras arquitetônicas, mas principalmente atitudinais, que são mui to perigosas. As barreiras atitudinais excluem de maneira muito danosa, com discriminação, preconceito e bullying. Então é im portante frisar a existência dessas duas barreiras, mas também re forçar a necessidade de um desenho universal, para inclusão des sas pessoas na sociedade. No ambiente escolar, é preciso verificar todas as capacidades e possibilidades de ensino, considerando as diferentes formas de aprendizado dos alunos.

O desenho universal é algo importante a se ressaltar, assim como a acessibilidade. Quando falamos de acessibilidade, não estamos falando apenas da arquitetônica, mas também da aces sibilidade ligada às questões de informação, de tecnologia, e por aí vai. Pensar em acessibilidade é o caminho para o desenvol vimento de uma sociedade mais justa e menos desigual. Uma sociedade que seja preparada para os diferentes, pois o direito para os diferentes não pode ser igual. O direito para os diferen tes precisa ser diferente.

"Muitas vezes a pessoa adquire uma deficiência, passa pelo processo de reabilitação, pelo processo depressivo, ao se ver em um corpo novo, e o esporte ajuda no fortalecimento físico e mental. É um motivo de muito orgulho poder vivenciar essa transformação do ser humano por meio do esporte"

Em relação ao esporte, a gente precisa desenvolver não só os paralímpicos, mas também os adaptados. No caso do Handebol em Cadeira de Rodas, por exemplo, a gente precisa cada vez mais de fundos de desenvolvimento para essas pessoas, para se desenvolver esportes que não são paralímpicos mas que ocupam e possibilitam a prática para pessoas com deficiência em ge ral. Esses são aspectos fundamentais a serem desenvolvidos, que devem ser pensados, para um currículo educacional, mas também para uma forma de educar a sociedade para o desenvolvimento do esporte adaptado.

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UNA Parque: orientação física, psicológica e social em um só lugar

No Parque da Cidade, em Brasília, tudo inspira movimento. Em meio à natureza, é possível presenciar crianças brincando, jovens e adultos se exercitando, bicicletas e patins dividindo a pista, e pets correndo de um lado para o outro em busca de uma bolinha perdida. É nesse cenário que está localizado o UNA Parque, o primeiro parque 100% inclusivo do Brasil.

O projeto nasceu, em 2014, como um time de Paracanoagem, tendo ampliado suas atividades ao longo dos anos. Hoje, a UNA - Unidade Nacional de Acessibilidade, possui várias frentes: o parque, o canal Una no YouTube, um time de alto rendimento de Paracanoagem, além das rotas de turismo acessível.

O espaço oferece, gratuitamente, uma série de atividades educativas, esportivas e sustentáveis. São promovidas aulas de canoagem, stand up paddle, yoga, meditação, tiro com arco, tênis de mesa, além da criação de uma horta comunitária acessível – tudo voltado ao público com deficiência.

“No começo, a nossa ideia era ter apenas um time de alto rendimento de paracanoagem, mas a galera começou a se empolgar, e eu também. ‘Quem sabe a gente não coloca uma prática de tiro com arco, um tênis de mesa?’ Foi com esse pensamento que as modalidades foram se ampliando. Fomos conseguindo parceiros, que estiveram juntos conosco nessa caminhada e contribuíram também. Foi mais ou menos assim que o projeto cresceu”, explica a para-atleta Andréa Pontes, presidente da UNA.

E não foi apenas a oferta de modalidades esportivas que cresceu. O projeto também passou a oferecer atendimento psicológico e social, como aponta Andréa Pontes. “O nosso foco maior é o esporte, mas também contamos com atividades lúdicas, como é o caso da nossa horta, além do acompanhamento psicológico e com assistente social. É muito importante que todas as pessoas com deficiência, que nos procuram para a prática esportiva, saibam dos seus direitos”, defende.

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PRIMEIRO PARQUE TOTALMENTE INCLUSIVO DO PAÍS ESTÁ LOCALIZADO NO DISTRITO FEDERAL

UNA PARQUE PROMOVE EVENTO INSPIRADO NO DIA DE LUTA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Em setembro, o UNA Parque promoveu um evento especial dedicado ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A programação contou com rodas de conversas, apresentações, pintura de rosto e carrinhos de pipoca e algodão doce, além de discursos da presidente da UNA, de participantes e apoiadores do projeto. Quem esteve presente foi o pequeno Samuel, que é um dos beneficiados e mascote do projeto, com direito a boneco em sua homenagem. Hoje, com 8 anos, Samuel participa do projeto desde os 4. Ele tem síndrome de down e cardiopatias congênitas, já corrigidas e acompanhadas por cardiologista.

De acordo com Nazaré Silva, mãe do Samuel, as atividades e o calor humano promovidos pelo projeto, têm contribuído para o desenvolvimento do seu filho. “A gente vai ao parque todo fim de semana. Quando chega sexta-feira, ele já fala: ‘Amanhã é sábado, né mamãe? Dia de UNA’. Quando ele chega no parque, eu percebo a sua alegria e espontaneidade. As atividades têm acrescido muito no seu desenvolvimento motor, psíquico, além da sua comunicação com as pessoas. Percebo mudanças inclusive na escola, na sua interação com os colegas. Ele fala do projeto onde quer que ele vá”.

res elas vão ficando. Os resultados são visíveis ao longo do tempo, durante as aulas”.

Presente nas três edições já promovidas, o Profissional de Educação Física Marildo Santos Nogueira [CREF 006461-P/DF] também conta sua experiência no projeto. “Eu já estou nessa carreira há dez anos, atuando no alto rendimento com tênis de mesa. Chegar nesse projeto é uma coisa fantástica, pois tenho tido a oportunidade de apresentar o esporte a novas pessoas. Isso é maravilhoso para todos nós. Eu espero participar de todas as edições que vierem pela frente”.

E a mãe do Samuel faz um convite: “Eu quero chamar a atenção das pessoas para que elas venham visitar o parque, e possam torná-lo conhecido. Por estar dentro da capital, espero que ele possa servir de exemplo para outras cidades, na questão da acessibilidade e da inclusão, para que a gente continue lutando pela quebra do preconceito, da discriminação, e a sociedade possa entender que a comunidade é um lugar para todos. E que a inclusão começa a partir do meu olhar para o outro”, defende Nazaré.

Quem também faz parte do projeto, há um ano e meio, é o Profissional de Educação Física e Técnico de Tiro com Arco, André Xavier [CREF 018024-G/DF]. Atuando com pessoas com deficiência desde 2013, o professor explica como o esporte contribui para o desenvolvimento dos praticantes. “O tiro com arco é um esporte muito democrático na sua prática. Ele é muito confortável para cadeirantes, amputados, cegos, surdos, seja qual for a deficiência. No esporte, é apenas você e o arco, um esporte individual, de autocontrole e autoconhecimento, o que torna a prática muito fácil e prazerosa. As pessoas vão se conhecendo e, quanto mais elas praticam, melho-

Sobre - O UNA Parque ocupa uma área próxima ao Estacionamento 10 do Parque da Cidade, em Brasília (DF). O cronograma de atividades abrange esportes aquáticos, como canoagem e stand-up paddle (SUP), torre de escalada e até mesmo uma piscina de mergulho. Também são oferecidas aulas de tiro com arco, tênis de mesa, dança, yoga e atendimento psicossocial.

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Créditos: Júlio César Silva / UNA Parque

Universidade inaugura laboratório de tecnologia e inovação no esporte

Nos últimos anos, as mudanças e inovações têm surgido dentro do contexto esportivo de maneira rápida e contínua, necessitando de uma alta compreensão dos profissionais e gestores da área. O uso da internet, programas, aplicativos e novos gadgets facilitaram muito a vida dos profissionais, mas com avanço tecnológico, são necessárias discussões e ampliação do conhecimento na utilização.

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PROFESSOR DEFENDE A NECESSIDADE DO OLHAR INOVADOR PARA A SOCIEDADE E FORMAÇÃO PROFISSIONAL Créditos: Caique Cahon/UFJF

-se em atender demandas da sociedade, buscando utilizar a inovação para

Foi pensando nisso que o Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Heglison Toledo [CREF 002611-G/MG], idealizou o Laboratório de Inovação e Tecnologia no Esporte (EFINOVE), como um braço da Faculdade de Educação Física. O laboratório é um espaço para desenvolvimento de tecnologia voltada para o esporte. Ao mesmo tempo em que cria oportunidades de iniciação e desenvolvimento dos alunos na tecnologia, preocupa-se em atender demandas da sociedade, buscando utilizar a inovação para solucionar problemas coletivos.

Para que os estudos desenvolvidos dentro do laboratório extrapolem as paredes da universidade e alcancem, de fato, a sociedade, foi firmada uma parceria com o Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (CRITT) da universidade, sendo este responsável por cuidar de assuntos burocráticos como registro de patente e relacionamento com possíveis investidores.

O CRITT, de acordo com o Prof. Heglison, é fundamental para o sucesso das tecnologias desenvolvidas pelo laboratório. “Trata-se de uma incubadora que viabiliza um ecossistema para que os projetos que saem das faculdades possam comunicar com o mercado com maior fluidez”, explica.

Entre os projetos desenvolvidos, estão os temas: captação de talentos no voleibol e Educação Física no metaverso, por exemplo. Iniciativas como essas têm como objetivo final democratizar o acesso a soluções, de forma que as tecnologias desenvolvidas tenham aplicabilidade e sejam acessíveis a todos. “Estamos encaminhando um projeto sobre esporte paralímpico. E assim o laboratório vai se tornando um grande local para encontrar soluções de próteses, por exemplo”, explica Heglison.

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Heglison Toledo [CREF 002611-G/MG] Créditos: Carolina de Paula/UFJF

A utilidade humana e social da inovação é inegável. Mas há um outro moti vo pelo qual a atenção à tecnologia é fundamental, como explica o Prof Heglison. “Os 17 alunos participantes do laboratório têm o benefício da visão de mercado, são iniciados na inovação e no empreendedorismo. Esse é o nosso papel. Nós compreendemos a nova era, estamos vivendo uma 4ª revolução industrial, e a formação do aluno não pode ser apenas o ensino formal. Ele precisa experimentar novidades e inovar na sua profissão”.

Não apenas na sua profissão, mas ser capaz de dialogar e trocar com colegas da área da saúde. Afinal, Heglison defende que ninguém inova sozinho. “A inovação tem essa característica multidisciplinar. A Educação Física atua no lazer, no Esporte, na Saúde, se relaciona com a Fisioterapia e com outras inúmeras áreas. É importante o relacionamento com nossos pares”.

O trabalho em equipe vai na contramão da competição, e preza pela co laboração. Afinal, todas essas áreas carregam a nobre missão de melhorar a vida humana, aliviando o sofrimento e trazendo felicidade e bem-estar. “A Educação Física promove qualidade de vida e, obviamente, quanto mais so luções tivermos, melhor”, explica. Por isso mesmo, a Faculdade de Educação Física da UFJF passa agora por uma modernização de seu currículo, buscando incluir disciplinas que despertem esse olhar nos estudantes, os preparando para o mercado de hoje e do futuro.

Todos esses esforços ganham ainda mais força com a tríade: universidade, comunidade e mercado. Enquanto oferece ao mercado soluções inovado ras, devolve à comunidade projetos esportivos oferecidos pela universidade. Neste processo, os alunos seguem no caminho de se tornarem profissionais ainda mais capacitados para atender a sociedade.

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"Nós compreendemos a nova era, estamos vivendo uma 4ª revolução industrial, e a formação do aluno não pode ser apenas o ensino formal. Ele precisa experimentar novidades e inovar na sua profissão”
Créditos: Carolina de Paula/UFJF

Os alunos de Educação Física da UFJF não são os únicos convidados a compor o laboratório. Muito pelo contrário, como explica o Prof Heglison: “O laboratório está de braços abertos ao público externo. A própria tecnologia permite fazer encontros virtuais”. As possibilidades são diversas. Só não vale deixar de inovar. Conheça, a seguir, Guilherme e Raila, alunos integrantes do laboratório.

GUILHERME MEDEIROS

Já sou Bacharel em Educação Física e estou cursando a Licenciatura. Participo do Laboratório desde sua fundação. Acredito que a experiência aqui dentro me proporciona uma atualização constante do que está acontecendo no contexto mundial das áreas de tecnologia e inovação voltadas ao esporte. Consequentemente, possibilita ao aluno se tornar um profissional atualizado e preparado para lidar com as novidades do mercado, conseguindo se destacar e proporcionar uma prestação de serviço melhor independentemente do ambiente em que esteja inserido. Por isso, acredito que a participação em projetos como nosso laboratório um diferencial importante na formação acadêmica.

RAILA ANDRADE

Sou formada em Engenharia da Computação, curso Educação Física na UFJF e sou recém-chegada no laboratório. Eu decidi entrar para o laboratório porque essa é uma grande oportunidade de juntar as duas áreas de conhecimento e também pela demanda do mercado de profissionais com conhecimento de tecnologia e esporte. Eu tenho muito interesse na área do esporte 4.0, no desenvolvimento de tecnologia, e de análise para potencialização do esporte e acho que o futuro é a tecnologia. Eu não acredito em substituição do que já existe, mas na ampliação das possibilidades.

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Créditos: Carolina de Paula/UFJF

Uma vida dedicada ao esporte

NATURAL DE SANTANA DO IPANEMA, EM ALAGOAS, SHYKO CHEGOU A SER TÉCNICO DA SELEÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL, E TROUXE A EQUIPE PARA SUA TERRA, NUM JOGO AMISTOSO CONTRA A SELEÇÃO ALAGOANA NA DÉCADA DE 80

Há mais de 50 anos o Handebol está presente na vida do Professor Francisco de Assis Farias [CREF 000009-G/AL], mais conhecido como Shyko pela nova geração do esporte, ou Tamanquinho, para a velha guarda de Santana do Ipanema, em Alagoas. O pro fessor Francisco Farias foi técnico da seleção brasi leira feminina de Handebol entre 1985 e 1989, mas sua história com o esporte começou muito antes, em 1972, ainda como atleta.

Em 1975, Shyko concluiu a graduação em Educação Físi ca, iniciada com o objetivo de mudar a realidade do cená rio em que estava inserido. “Observava que nas aulas de Educação Física, nas escolas e na equipe de futebol da mi nha cidade, o técnico só observava quem tinha habilidades físicas, sem se atentar à intelectualidade e compreensão de jogo dos praticantes. Isso me despertou a vontade de ser professor de Educação Física, para trabalhar todas as possibilidades que o esporte proporciona”, conta.

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Já formado, Francisco Farias atuou no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (IFAL) como técnico das equipes femininas e professor de Atividades Didáticas Desportivas e Handebol para o Curso Superior em Tecnologia do Desporto e Lazer. No ensino superior, Shyko atuou como docente dos cursos de Educação Física da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), onde se aposentou, e do Instituto Batista de Ensino Superior.

“Sempre foi o meu sonho galgar o posto mais alto que a minha profissão pudesse oferecer: como Professor, ensinar em uma Universidade, e como Técnico, chegar à seleção brasileira. Tudo isso eu conquistei. Atendendo ao que o meu pai sempre dizia: ‘Não importa a sua profissão, o importante é você lutar para ser o melhor naquilo que escolher para sua vida’.

E assim ele fez. No esporte¸ Shyko foi supervisor técnico da Seleção Brasileira de Handebol Masculino, diretor técnico da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), técnico da Seleção Brasileira de Handebol Feminino, membro do grupo de avaliação técnica das equipes participantes do Handebol masculino e feminino no Pré-Olímpico - Pan 1987 Rio de Janeiro, membro da comissão nacional de arbitragem e membro efetivo da CBHb.

arbitragem

Em 2016, durante a passagem da Tocha Olímpica pela capital alagoana, o professor teve a oportunidade de conduzir o símbolo dos Jogos Rio 2016. “Foi um dos momentos de maior felicidade no esporte, saber que naquele momento, durante os 200 metros de condução, fui a pessoa mais importante para o esporte mundial", relembra.

“Foi um dos momentos de maior felicidade no espore

A dedicação ao esporte segue firme até os dias de hoje. “Amo minha profissão e tenho muito orgulho por ter formado gerações de atletas e cidadãos. Hoje estou aposentado, mas continuo na área como praticante do Master Handebol categoria 56+, sendo o atleta de maior idade atuante (75 anos), pratico futebol três vezes por semana e ainda sou atleta do CSA de Alagoas na categoria 65+”, estou orgulhoso, mesmo sendo torcedor do seu eterno rival.

“Sempre foi o meu sonho galgar o posto mais alto que a minha profissão pudesse oferecer: como Professor, ensinar em uma Universidade, e como Técnico, chegar à seleção brasileira. Tudo isso eu conquistei. Atendendo ao que o meu pai sempre dizia: ‘Não importa a sua profissão, o importante é você lutar para ser o melhor naquilo que escolher para sua vida"

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MOVIMENTO NA REDE

A coluna, assinada pelo Doutor em Educação Física pela Unicamp e criador do Centro Esportivo Virtual (CEV), Laércio Elias Pereira, tem como objetivo apresentar os principais portais de conteúdo para o Profissional de Educação Física. Tudo que há de mais atualizado na área você encontra aqui.

PROEF - MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA

HTTPS://WWW.FCT.UNESP.BR/#!/POS-GRADUACAO/-EDUCACAO-FISICA/

O Programa de Mestrado Profissional em Educação Física em Rede Nacional (ProEF) é um curso presencial no modelo híbrido com oferta nacional realizado por uma rede de 18 Instituições de Ensino Superior. Tem como sede a UNESP e é dedicado a professores de Educação Física da rede pública de ensino. Com oferta de vagas em várias cidades do Brasil.

TREINO EM FOCO

HTTPS://WWW.TREINOEMFOCO.COM.BR/SERIES/

Criado em 2012, o portal Treino em Foco dá acesso a 1250 vídeos de aulas sobre Anatomia, Cinesiologia, Biomecânica, análise de exercícios e questões relacionadas a treinamento e Personal Trainer. Também há oferta de cursos online

CENTRO DE REFERÊNCIAS EM EDUCAÇÃO INTEGRAL

HTTPS://EDUCACAOINTEGRAL.ORG.BR/

O Centro de Referências em Educação Integral promove, desde 2013, a pesquisa, o desenvolvimento metodológico, o aprimoramento e a difusão gratuita de referências, estratégias e instrumentais para o fortalecimento da agenda de Educação Integral no Brasil.

JORNALISMO ESPORTIVO E AS MULHERES - TV CULTURA

CONFEF.COM/555

Para entender a carreira e propostas do Jornalismo Esportivo, especialmente como profissão de mulheres, a repórter e Profissional de Educação Física Mara Valéria Samuel [CREF 037310-G/ SP] entrevistou a repórter Luciana Julião sobres dificuldades e perspectivas de um campo novo.

ATIVIDADE FÍSICA NA COVID LONGA

HTTPS://CELAFISCS.ORG.BR/PODCAST-CELAFISCS

Os autores do Manifesto do CELAFISCS (Revista EF, 76, 2020, p.36) continuam em reunião permanente e produziram sínteses do trabalho de dois anos em podcasts de 5 minutos com o título “Manifesto Pós-COVID longa”. Um bom exemplo é a locução de cada autor. Os textos foram reunidos num livro eletrônico que pode ser baixado no mesmo endereço.

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ESPAÇO DO LEITOR

TENDÊNCIAS FITNESS 2022: CONHEÇA AS DEZ PRINCIPAIS

@cleide.marinho36 Meus alunos amam as atividades ao ar livre. Eu sempre me identifiquei ����

@sergio.francoms A organização da montagem no treino de força também pode melhorar a aptidão cardiorrespiratória.

@tropadegestores Cauê La Scala é com certeza uma das maiores e melhores referências. Parabéns, professor. ��

ATIVIDADE FÍSICA É TRATAMENTO PARA DORES CRÔNICAS

@ottowashingtonlondres Parabéns pela iniciativa. Nossa revista tem que abrir mais espaço para matérias e debates relevantes como gestão, tecnologias e especializações.

@nerew_strongman Nós atletas e Profissionais de Educação Física convivemos com as dores todo santo dia ��

CONQUISTA DA EDUCAÇÃO FÍSICA: PL QUE FORTALECE A PROFISSÃO É APROVADO

@joribeironutripersonal Uma vitória de todos. Juntos somos mais fortes.

@rodrigoserranopersonal Parabéns por mais essa conquista!! ���

@jullianfrederick Parabéns a todos os Conselhos e aos Profissionais. Estamos juntos!!!

@flor.edvania Mais uma grande vitória ������

@celbyrvsantos A vitória é de todos. Sinta-se pertencente.

VIRALIZOU NAS REDES

PROFESSOR VIRALIZA AO PUBLICAR EXPERIMENTO COM ALUNOS

O Professor de Educação Física Gean Sampaio [CREF 031279-G/PR] viralizou nas redes sociais após registrar um experimento com seus alunos. Gean filmou a reação dos pequenos ao exibir para cada um deles, uma placa escrito "eu te amo". O professor faz sucesso mostrando sua rotina de ensino, sempre trazendo aprendizados sociais e afetivos para suas aulas. Com mais de 400 mil seguidores no Instagram (@geansampaiio) e 920 mil no TikTok (@tiogean). Assista ao vídeo em confef.com/559.

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PANORAMA

CREF6/MG E NESCON COMEMORAM 10 ANOS DE PARCERIA

O CREF6/MG e o Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (NESCON/UFMG) comemoraram a frutuosa parceria com o lançamento do Livro “10 anos de parceria CREF6/MG e NESCON/FM/UFMG”, ocorrido no dia 23 de setembro.

O livro apresenta os resultados obtidos na capacitação de Profissionais de Educação Física para atuarem na Atenção Primária à Saúde, ao longo dos 10 anos de parceria. Ao todo, foram produzidos 12 cursos de especialização, aperfeiçoamento e atualizações, e realizadas mais de 22 ofertas de cursos. A capacitação alcançou 231 municípios de Minas Gerais.

A solenidade contou com a participação de Conselheiros Regionais do CREF6/MG, representantes da Faculdade de Medicina e da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG, representantes das equipes técnicas e administrativa do Nescon e do Secretário Executivo da Associação dos Municípios da Bacia do Médio São Francisco.

CREF10/PB REALIZA ENTREGA DE CIP s EM JOÃO PESSOA (PB )

No mês de outubro, o CREF10/PB realizou uma solenidade de entrega de Cédulas de Identidade Profissional (CIP) para novos profissionais da área, na cidade de João Pessoa. A entrega das cédulas foi realizada na sede do CREF10/ PB, pelo Presidente Paulo Ferreira [CREF 001938-G/PB], juntamente com a 1ª secretária, Graziella Camilo [CREF 006419-G/PB]. Também estiveram presentes na solenidade os familiares dos novos profissionais, que puderam prestigiar este momento único.

“A Solenidade de Entrega de CIPs é um dos momentos solenes da nossa profissão aqui na Paraíba. É quando entregamos o documento que comprova o registro dos profissionais, assim como apresenta orientações sobre o funcionamento do Conselho, informações importantes sobre a profissão de Educação Física e sobre o Código Ética da nossa categoria”, destacou o presidente do CREF10/PB.

VITÓRIA: SECRETARIA DE SAÚDE ABRE EDITAL COM VAGAS PARA PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Após anos de luta para que a categoria fosse inserida nos cargos da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (MT), em setembro, a Pasta lançou edital de concurso com a oferta de cinco vagas para Profissionais de Educação Física. Além da formação na área, será exigido registro profissional para assumir o cargo. A conquista inédita é fruto de articulação do CREF17/MT, represen tado pelo Profissional Júlio Garcia [CREF 002036-G/ MT], no Conselho Municipal de Saúde da cidade.

“Quero agradecer a confiança colocada em mim para representar o CREF17/MT. Agora, os profissionais que atuam na promoção e prevenção à saúde, que nunca haviam recebido o devido reconhecimento, poderão atuar diretamente com a população atendida pelo SUS.

Vamos à luta para que o reconhecimento também se dê pelo estado, e que sejam abertas vagas para a secretaria Estadual de Saúde”, defende Júlio Garcia, que é vice-presidente do CMS.

De acordo com Carlos Eilert [CREF 000015-G/MT], 2º Vice-Presidente do CONFEF e ex-presidente do CREF17/MT, essa é uma batalha antiga. “Desde 2011, o CREF17/MT conta com representação na vice-presidência do Conselho Municipal de Saúde de Cuiabá, haja vista que, de acordo com a Lei, a presidência do Conselho fica a cargo do Secretário de Saúde. São onze anos de trabalho e compromisso com a sociedade matogrossense, atuando na defesa dos direitos constitucionais, na defesa de um SUS 100% público e de direito de todo cidadão”, celebra Eilert.

FISCALIZAÇÃO

CREF12/PE REALIZA OPERAÇÃO CARCARÁ EM 26 MUNICÍPIOS E INTERDITA SETE ACADEMIAS NO SERTÃO PERNAMBUCANO

O CREF12-PE realizou, entre os dias 7 e 12 de novembro, mais uma edição da Operação Carcará, no Sertão pernam bucano. Ao todo 26 municípios da região foram fiscalizados e 30 denúncias averiguadas, incluindo um total de 82 locais de prática vistoriados, sendo 57 academias e 15 escolas. Deste total, 155 pessoas foram fiscalizadas, e sete academias foram interditadas por funcionar sem responsável técnico. Além disso, 20 partidas dos jogos escolares em Serra Talhada foram vistoriadas, sendo 115 pessoas fiscalizadas, destas, 19 pessoas notificadas por exercício ilegal da profissão e 14 tiveram as atividades suspensas

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“A Operação Carcará contou com a mobilização de toda a equipe do Departamento de Orientação e Fiscalização. Foram cinco agentes de fiscalização e quatro conselheiros envolvidos na operação, sendo nossa maior operação de fiscalização este ano. O CREF12/PE trabalha para que a sociedade tenha um serviço de qualidade sendo prestado na área da atividade física, por Profissionais qualificados”, ressalta o chefe de Fiscalização do CREF12/PE, Marcelo Santos [CREF 005785-G/PE].

CREF20/SE FISCALIZA JOGOS DA JUVENTUDE Fiscais do CREF20/SE acompanharam, no mês de se tembro, os Jogos da Juventude, evento realizado em Aracaju (SE). O evento reúne mais de 4 mil jovens com idade média entre 15 e 17 anos, de escolas pú blicas e particulares de todos os estados do Brasil, competindo em 16 modalidades esportivas, onde 100 profissionais foram consultados, não sendo flagrado nenhuma irregularidade.

Segundo a agente de orientação e fiscalização do CREF20/SE, Caroline Martins, em toda e qualquer competição esportiva os técnicos das equipes de vem possuir o registro no Conselho Regional de Educação Física. “A falta do registro profissional caracteriza exercício ilegal da profissão, constituindo contravenção penal prevista no Decreto-Lei nº 3.688/41”, ressaltou Caroline.

Ao todo foram fiscalizadas 100 pessoas, de várias modalidades e estados, sendo todos profissionais e devidamente registrados. Desde a inscrição, o edital de participação já exige que os técnicos das equipes sejam Profissionais de Educação Física e estejam registrados no Conselho Profissional. “Os organizadores de competições esportivas devem concorrer para o cumprimento da lei, exigindo a cédula de identidade profissional emitida pelo CREF ou declaração equivalente que comprove o registro dos técnicos. Pessoas sem o registro profissional não podem assinar como técnicos ou exercer essa função”, informou o agente de orientação e fiscalização, Marcell Maia.

PANORAMA LEGAL

CIRCUITO ESPORTIVO MOSSOROENSE DEVE EXIGIR REGISTRO NO CREF

O registro profissional no CREF16/RN foi obrigatório para os profissionais que atuaram no Circuito Esportivo Mossoroense, evento que ocorreu em novembro na cidade da região Oeste. Promovido pela Secretaria Municipal de Esporte e Juventude, o Circuito não exigia o registro para Técnicos e Assistentes Técnicos responsáveis pela direção das equipes, em de sacordo com a Lei 9696/98.

A assessoria jurídica do CREF acionou o Poder Judiciário por meio de um mandado de segu rança contra a Secretaria Municipal de Esporte e Juventude de Mossoró. A Justiça Federal do RN concedeu a liminar entendendo que “ao menos nesta análise superficial própria das tutelas de urgência, tratam de atividades da área de atribuição do Profissional de Educação Física, se faz necessária a obrigatoriedade de Profissional de Educação Física inscrito no Conselho impetrante integrar às atividades do referido circuito”. De acordo com a sentença, como as inscrições para os jogos foram encerradas no mês de outubro, foi solicitada urgência para a regularização do Circuito, de modo que não se prejudicasse o início das atividades esportivas. “Como órgão de fiscalização do exercício profissional, o CREF16/RN continua no seu papel de garantir que as atividades que são prerrogativas dos Profissionais de Educação Física, sejam por eles dirigidas”, atenta o presidente do Conselho, Francisco Borges [CREF 001001-G/RN].

PROFESSOR SEM REGISTRO É AFASTADO DE ESCOLA EM ALAGOAS

Uma ação da equipe de fiscalização do CREF19/AL em escolas da Rede Estadual de Ensino de Alagoas resultou no afastamento cautelar de professor de Educação Física que atuava sem habilitação necessária. Apesar de ter solicita do seu registro junto ao CREF19/AL, a solicitação foi negada.

Isto porque a instituição de Ensino Superior em que o professor se graduou não respondeu ao CREF19/AL sobre a veracidade das informações de seu diploma. Portanto, trata-se de documentação com suspeição de veracidade. Dessa forma, o CREF19/AL solicitou à Secretaria do Estado da Educação o afastamento cautelar do professor em questão, tendo sido atendido pela pasta.

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AGENDA

38º Congresso Internacional de Educação Física e 20º Congresso Científico FIEPS

Datas: 18 a 22 de janeiro Local: online

Informações: congressofieps.com

XIX Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa Datas: 25 a 28 de janeiro Local: Coimbra (Portugal) Informações: www.uc.pt/fcdef

19º ENAF BH

Datas: 24 a 26 de março Local: Belo Horizonte (MG) Informações: enafdigital.com.br/congressos

XX Congresso Brasileiro de Biomecânica Datas: 18 a 22 de abril Local: Bauru (SP) Informações: eventos.galoa.com.br/cbb-2023

Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde Datas: 25 a 28 de outubro Local: Garopaba (SC) Informações: cbafs.com.br

CONSELHOS REGIONAIS - CREFs

CREF1/RJ-ES – Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo Rua Adolfo Mota, 104 – Tijuca – Rio de Janeiro – RJ CEP 20540-100 – Tel.: (21) 2569-6629 / 2569-7375 / 2569-7611 Telefax: (21) 2569-2398 cref1@cref1.org.br – www.cref1.org.br

CREF2/RS – Estado do Rio Grande do Sul Rua Coronel Genuíno, 421, conj. 401 – Centro – Porto Alegre – RS CEP 90010-350 – Tel.: (51) 3288-0200 - Telefax: (51) 3288-0222 crefrs@crefrs.org.br – www.crefrs.org.br

CREF3/SC – Estado de Santa Catarina Rua Afonso Pena, 625 – Estreito – Florianópolis – SC CEP 88070-650 – Telefax: (48) 3348-7007 crefsc@crefsc.org.br – www.crefsc.org.br

CREF4/SP – Estado de São Paulo Rua Líbero Badaró, 377 – 3º andar – Centro – São Paulo – SP CEP 01009-000 – Telefax: (11) 3292-1700 crefsp@crefsp.gov.br – www.crefsp.gov.br

CREF5/CE – Estado do Ceará Rua Tibúrcio Frota, 1363 - São João do Tauape - Fortaleza - CE 60130-301 Tels.: (85) 3262-2945 / (85) 3231-6793 Telefax: (85) 3262-2945 – cref5@cref5.org.br – www.cref5.org.br

CREF6/MG – Estado de Minas Gerais Rua Bernardo Guimarães, 2766 – Santo Agostinho – Belo Horizonte – MG – CEP 30140-085 – Telefax: (31) 3291-9912 cref6@cref6.org.br – www.cref6.org.br

CREF7/DF – Distrito Federal QS 01, Rua 210, Lotes 19, 21 e 23, Edifício Connect Towers, salas 730 a 738, Pistão Sul, Taguatinga - Brasília - DF - CEP 71950-550 - Tel.: (61) 3771-4061 cref7@cref7.org.br – www.cref7.org.br

CREF8/AM-AC-RO-RR – Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima Av. Maués, 1023 – Cachoeirinha – Manaus - AM CEP 69065-070 – Tels.: (92) 3234-8234 / 3234-8324 / 0800-280-8234 cref8@cref8.org.br – www.cref8.org.br

CREF9/PR – Estado do Paraná Rua Dr. Faivre, 880, Centro - Curitiba - PR CEP 80060-140 - Tels.: 0800 643 2667 / (41) 3363-8388 crefpr@crefpr.org.br - www.crefpr.org.br

CREF10/PB – Estado da Paraíba Rua Arquiteto Hermenegildo Di Lascio, 36 Tambauzinho - João Pessoa - PB - CEP 58042-140 Tel.: (83) 3244-3964 / (83) 3225-4703 / (83) 3337-6146 cref10@cref10.org.br – www.cref10.org.br

CREF11/MS –Estado de Mato Grosso do Sul Rua Joaquim Murtinho, 158 – Centro Campo Grande – MS – CEP 79002-100 – Telefax: (67) 3321-1221 cref11@cref11.org.br – www.cref11.org.br

CREF12/PE – Estado de Pernambuco Rua Carlos de Oliveira Filho, 135 – Prado – Recife – PE CEP 50720-230 – Tel.: (81) 3226-0996 Telefax: (81) 3226-2088 cref12@cref12.org.br – www.cref12.org.br

CREF13/BA – Estado da Bahia Rua Arthur de Azevedo Machado, 289, Ed. Marlim Azul, Térreo – Costa Azul – Salvador - BA CEP 41760-000 - Tels.: (71) 3351-7120 / 3351-8769 cref13@cref13.org.br - www.cref13.org.br

CREF14/GO-TO – Estados de Goiás e Tocantins Av. T-3, 1855 - Clube Oásis – Setor Bueno – Goiânia – GO CEP 74215-110 – Tel.: (62) 3229-2202 Telefax: (62) 3609-2201 cref14@cref14.org.br - www.cref14.org.br

CREF15/PI – Estados do Piauí Rua 1º de Maio, 2024 - Marquês - PI CEP 64002-510 – Tel.: (86) 3085-2182 cref15@cref15.org.br – www.cref15.org.br

CREF16/RN – Estado do Rio Grande do Norte Rua Desembargador Antônio Soares, 1274 - Tirol – Natal - RN CEP 59022-170 – Tel.: (84) 3201-2254 atendimento@cref16.org.br – www.cref16.org.br

CREF17/MT – Estado do Mato Grosso Rua das Mangueiras, 253, Jardim Shangri-lá - Cuiabá - MT CEP 78070-140 Tels.: (65) 40011452 / 99900-1634 / 99928-8952 cref17@cref17.org.br – www.cref17.org.br

CREF18/PA-AP – Estados do Pará e Amapá Av. Generalíssimo Deodoro, 877 – Galeria João & Maria – Sala 11 e 12 Nazaré – Belém - PA – CEP 66040-140 – Tel.: (91) 3212-6405 cref18@cref18.org.br – www.cref18.org.br

CREF19/AL – Estado de Alagoas Rua Dr. José Castro Azevedo, 370 – Pitanguinha – Maceió – AL CEP 57052-240 – Telefax: (82) 3025-5944 / 3025-4739 cref19.org.br/site

CREF20/SE – Estado de Sergipe Rua Dom José Thomaz, 708 – Lojas 2 e 3 - Edifício Galeria – São José Aracaju - SE - CEP 49015-090 – Telefax: (79) 3214-6184 www.cref20.org.br

CREF21/MA - Estado do Maranhão Ed. São Luis Multiempresarial - Avenida Colares Moreira, salas 1008 e 1009, Lote 10, Quadra 23, Jardim Renascença II, São Luís – MA, CEP 65075-441 – Tel.: (98) 3227-8271 E-mail: cref21@cref21.org.br

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