Revista Educação Física

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Ano XVI | n° 65 | 2017

setembro/outubro/novembro

Órgão Oficial do CONFEF

ISSN 2238-8656

DIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA: CREFs PROMOVEM ATIVIDADES ABERTAS AO PÚBLICO

PROFISSIONAIS SÃO HOMENAGEADOS NA CÂMARA


ANUIDADE 2018 SEM REAJUSTE

Tendo em vista a fase difícil que o país atravessa, o Sistema CONFEF/CREFs decidiu manter o valor da anuidade de 2017 para o próximo ano. Solidariedade, responsabilidade social e cooperação são valores do Sistema CONFEF/CREFs que acreditamos e buscamos colocar em prática.


PALAVRA DO

PRESIDENTE

A cada ano percebemos que aumentam as homenagens e mídias espontâneas geradas em torno do Dia do Profissional de Educação Física. Este ano não foi diferente. A quantidade de entidades, órgãos e empresas divulgando, cumprimentando e ressaltando a importância desse profissional foi enorme. Tal reconhecimento nos emociona, pois comprova que o trabalho diário do Sistema CONFEF/CREFs em valorização da profissão tem surtido efeito. Trabalhamos e lutamos em todas as instâncias para elevar a dignidade de nossa profissão. A atuação do Sistema CONFEF/CREFs junto aos poderes judiciário, legislativo e executivo, além dos veículos de comunicação, visa promover a compreensão de que apenas incentivar a prática de atividades físicas e esportivas não é suficiente para que os benefícios sejam atingidos. Os valores não serão alcançados, assim como a formação e a promoção da saúde, sem que as atividades sejam ministradas, ensinadas e orientadas por Profissionais de Educação Física. Cabe a estes profissionais, por meio do exercício físico e/ou esportivo, com atuação qualificada e ética, desenvolver a formação e promoção do desenvolvimento humano. Aos Profissionais de Educação Física, cabe a legitimação da profissão por meio da intervenção qualificada e segura. Ao Sistema CONFEF/CREFs, cabe valorizar e promover o reconhecimento da profissão. Não é uma missão fácil, pois se trata de um trabalho para toda a vida e a cada dia nos deparamos com novos desafios.

Lutamos pela garantia da Educação Física escolar e para que a mesma seja ensinada em todas as séries e anos escolares pelo Profissional de Educação Física. Atuamos em prol de uma formação qualificada para que o profissional possa intervir com ética, qualidade e segurança. Abraçamos a causa, com as profissões da área da saúde, em defesa da formação superior presencial, possibilitando parte da mesma a distância. Estamos empenhados em garantir o direito da sociedade de ter os serviços em atividades físicas e esportivas ministrados e ensinados por Profissionais de Educação Física. Infelizmente nos deparamos com algumas interpretações relativas à Lei 9.696/98 no sentido contrário à defesa da sociedade, que é tão valiosa para todos nós. Um dia a gente ganha, outro a gente perde, mas todos os dias a gente vence, pois não esmorecemos na luta pela causa do Profissional de Educação Física, defendendo a sociedade e valorizando a profissão. As diversas matérias desta edição comprovam que a competência profissional é essencial e o Sistema CONFEF/ CREFs dinamiza seu trabalho com sensibilidade, dedicação e amor à causa do reconhecimento do Profissional de Educação Física. Boa leitura!

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HOMENAGENS MARCAM O DIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Jorge Steinhilber CREF 000002/G-RJ - Presidente CONFEF

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EDUCAÇÃO FÍSICA Presidente — Jorge Steinhilber 1º Vice-Presidente — João Batista Andreotti Gomes Tojal 2º Vice-Presidente — Iguatemy Maria de Lucena Martins 1º Secretário — Almir Adolfo Gruhn 2º Secretário — Sebastião Gobbi 1º Tesoureiro — Sérgio Kudsi Sartori 2º Tesoureiro — Marcelo Ferreira Miranda Conselheiros Alexandre Janotta Drigo Angelo Luis de Souza Vargas Antônio Ricardo Catunda de Oliveira Carlos Alberto Cimino Carlos Alberto Camilo Nacimento Eduardo Silveira Netto Elisabete Laurindo de Souza Emerson Silami Garcia Flávio Delmanto Francisco José Gondim Pitanga Luisa Parente Ribeiro R. de Carvalho Márcia Regina Aversani Lourenço Marino Tessari Miria Suzana Burgos Nestor Soares Públio Rubens dos Santos Silva Teófilo Jacir de Faria Tharcisio Anchieta da Silva Valéria Sales dos Santos e Silva Wagner Domingos Fernandes Gomes Walfrido José Amaral

SUMÁRIO

4 Relatos que inspiram

CONFEF Rua do Ouvidor, 121 – 7º andar - Centro CEP 20040-031 – Rio de Janeiro – RJ Tels.: (0xx21) 2526-7179 / 2252-6275 2242-3670 / 2242-4228 comunicacao@confef.org.br www.confef.org.br Periodicidade: trimestral Tiragem: 288.000 Distribuição gratuita Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus respectivos autores, não expressando necessariamente a opinião da revista e do CONFEF. Todas as matérias dessa edição estão disponíveis para leitura no portal eletrônico do CONFEF.

Conselho Editorial Antônio Ricardo Catunda de Oliveira João Batista Andreotti Gomes Tojal Laércio Elias Pereira Lamartine Pereira DaCosta Sérgio Kudsi Sartori Vera Lúcia de Menezes Costa Jornalista responsável — Enila Bruno - DRT/RJ 35889 Estagiária — Juliana Reche Projeto gráfico e editoração — Jorge Ney

20 CATEGORIA COMEMORA Dia do Profissional de Educação Física


A

8 CREF10/PB INAUGURA

sede própria

10 PNUD divulga relatório de

desenvolvimento humano

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29 BNCC

em debate

30 AÇÃO “MINHA PRAIA”

oferece atividades físicas gratuitas no Pará

UMA TRAJETÓRIA DE CONQUISTAS

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PRIMEIRO MESTRADO DE EDUCAÇÃO FÍSICA no país

PARCERIA ENTRE CREF E IES FACILITA vida

completa 40 anos

dos recém-formados

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HIIT BODY WORK:

OBRA ANALISA IMPORTÂNCIA DOS

megaeventos esportivos

16 DAIANE DOS SANTOS:

de atleta a gestora do esporte

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tendência fitness com suporte acadêmico

34 ATIVIDADE FÍSICA NO

combate à depressão

36 FESTIVAL INCENTIVA

MOVIMENTO NA REDE

democratização do esporte

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ESPAÇO DO LEITOR ........... 37

EXERCÍCIOS FÍSICOS EM

pessoas vivendo com HIV/Aids

PANORAMAS ......................... 38 AGENDA ................................. 40


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RE: Relatos que inspiram

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Diante do contexto mundial em que a preocupação com as mudanças climáticas, a degradação da natureza, a redução da biodiversidade, e os riscos socioambientais locais e globais, é crescente, a Educação Ambiental assume um importante papel na formação de cidadãos mais conscientes. Neste sentido, apresentamos nesta edição dois projetos que têm em comum a interdisciplinaridade da Educação Física com o tema. O primeiro projeto, de São Paulo, fez uso do lixo produzido pela escola para confeccionar brinquedos para as aulas de Educação Física. Já no Rio Grande do Norte, uma atividade levou alunos do Ensino Médio a recolherem resíduos espalhados pelo meio ambiente. Confira a seguir os relatos dos Profissionais de Educação Física que desenvolveram as atividades e inspire-se!


BRINQUEDOS DE SUCATA

Mas engana-se quem pensa que as peças produzidas visam apenas ao reaproveitamento de material. “Todos esses brinquedos têm um objetivo dentro da Educação Física. Por exemplo, o pião que a gente produz auxilia as crianças que têm dificuldades para segurar o lápis. Assim, nós trabalhamos muito a coordenação motora”. As vantagens não param por aí. Fabricio conta que estudantes que costumam apresentar dificuldades na escola podem ter melhor vivência com brincadeiras populares. “É muito interessante, porque eles passam a ensinar aqueles que são considerados ‘bons alunos’ e acabam conquistando seu espaço dentro da escola”, explica. Não só os alunos com mais dificuldade passam a ter uma melhora na autoestima, mas também aqueles de classes mais baixas. Isto porque os brinquedos de sucata exprimem força contrária à do consumismo – o que pode ser significativo em uma escola em que há estudantes de famílias com escalas de

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Alternativa para falta de recursos, oficina de reaproveitamento de materiais recicláveis combate consumismo e desenvolve consciência ecológica nas aulas de Educação Física A cada 24 horas, o Brasil produz 240 mil toneladas de lixo – o suficiente para lotar 1.160 aviões cargueiros do tipo Boeing 747. Uma em cada três pessoas no país não faz ideia de onde vai parar todo o lixo que produz. Mas nem tudo está perdido. Prova disso é um projeto de reaproveitamento de sucatas para produção de brinquedos, desenvolvido pelo Profissional de Educação Física Fabricio Gregorio [CREF 040747-G/SP], em São Paulo. O projeto é realizado por meio de oficinas, que acontecem há oito anos na Escola Municipal de Educação Infantil Cesira Baratella Toledo, localizada na cidade de Tabapuã. “Fui uma criança brincante, daquelas que se divertiam com os mais diversos materiais. Sou apaixonado por essa cultura e procuro trazê-la para minhas aulas”, explica Fabricio. Quem se beneficia com essa preocupação do professor são os cerca de 150 alunos, distribuídos entre Maternal, Jardim I e Jardim II. A cada ano, Fabricio – que é professor de Educação Física de todas as turmas – separa um mês e meio de suas aulas para dedicar à Educação Ambiental. Ele e seus alunos selecionam algumas sucatas do lixo que a própria comunidade escolar produz e confeccionam brinquedos a partir desse material.

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poder aquisitivo muito variadas. “O município de Tabapuã é muito pequeno e não conta com escolas particulares. Então, há crianças de várias faixas socioeconômicas aqui na Cesira Baratella Toledo”. O projeto, que pode ser uma alternativa para a falta de recursos que muitas escolas enfrentam, foi desenvolvido da seguinte forma: “A primeira aula foi destinada à mobilização dos alunos, fazendo uma roda de conversa sobre lixo, reciclagem e reaproveitamento. Assim foram verificados os conhecimentos prévios deles sobre o tema”. Em seguida, foi questionado se eles conheciam ou já tinham visto brinquedos feitos com materiais que iriam para o lixo. “As aulas seguintes foram destinadas à instrumentalização: em cada dia foi confeccionado um tipo de brinquedo e, logo após todos produzirem seus objetos, foi estimulada a brincadeira”. Os pequenos confeccionaram bilboquês, piões e outros. A última aula do projeto foi reservada para a avaliação final. “Novamente foi realizada uma roda de conversa com os educandos sobre os mesmos temas para observar se eles, de fato, adquiriram conhecimentos”. Por meio da oficina, parte do lixo gerado pela comunidade é transformado em brinquedos, mas nem tudo pode ser reaproveitado. Os resíduos que não são reutilizados nas oficinas são encaminhados para o local correto. “Nós separamos o que precisamos para confeccionar os brinquedos e o que sobra é encaminhado à reciclagem”. Pelo menos, se depender da Escola Municipal Cesira Baratella Toledo, o Brasil, que a cada 24 horas produz 240 mil toneladas de lixo, caminhará para uma realidade diferente.

OBJETIVOS DA OFICINA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL:

• Explicar a importância da reutilização de materiais • Apresentar brincadeiras tradicionais às novas gerações • Estimular habilidade e criatividade • Desenvolver coordenação motora geral EDUCAÇÃO FÍSICA | 65/2017

• Identificar formas de reutilização de materiais descartáveis em brinquedos.

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ALUNOS RECOLHEM RESÍDUOS DE TRILHA

Foi durante uma trilha ecológica promovida pelo professor de Educação Física Carlos Gomes de Medeiros Neto [CREF 003414-G/RN], que os alunos da Escola Estadual Edmundo Neves do Nascimento, em Lagoa Salgada (RN), se depararam com uma situação nada agradável: garrafas PET, de vidro, copos, sacolas e embalagens plásticas espalhados próximos ao Rio Trairi. A ideia do professor Carlos, inicialmente, era dar vida ao planejamento integrado da escola (linguagens e ciências da natureza) com a temática Meio Ambiente, aplicando uma aula fora de quadra. “O objetivo era relacionar Educação Física escolar e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental”. Mas quando os alunos do segundo e terceiro anos do Ensino Médio encontraram todo aquele resíduo poluindo o meio ambiente, os planos precisaram ser alterados.

“Em cada dia foi confeccionado um tipo de brinquedo e logo após todos conseguirem fazer seus objetos, foi estimulada a brincadeira”


Envie a sua experiência

Nós queremos conhecer a sua experiência, seja ela na escola, academia, hospital, clube ou qualquer outro segmento. Envie o seu relato para o e-mail revistaef@confef.org.br e teremos o maior prazer em compartilhá-lo com os demais profissionais.

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Foi assim que surgiu a ideia de transformar aquela realidade. O professor dividiu os alunos em grupos, delegando uma tarefa para cada. O primeiro, que verificou a presença de lixos, faria o diagnóstico. O segundo ficaria responsável por confeccionar placas de conscientização quanto à preservação do meio ambiente, enquanto outra turma buscaria materiais para a campanha, como plaquinhas de madeira sem uso. Por fim, outro grupo iria até o local para fazer a coleta e, em seguida, fi xaria as placas de conscientização. E assim o novo plano foi cumprido. Chegando à escola, os alunos colocaram a mão na massa. “Eles foram em busca de materiais que servissem como placas de sinalização para expor as frases de conscientização ambiental. Conseguiram pequenas tábuas, e a escola disponibilizou tintas e pincéis para o trabalho manual”. Algum tempo depois, tudo pronto! Hora de escalar outra equipe para voltar ao Rio Trairi e deixá-lo limpo novamente. “Então, nos organizamos para realizar outra trilha de 4 km – total de 8 km, considerando ida e volta”. A coleta dos resíduos que cercavam o rio representou muito mais do que apenas um gesto de carinho com o planeta. “Partimos sempre na intenção de vivenciar o lazer, a Educação Ambiental e, claro, a Educação Física”. A relação entre as áreas foi possível graças a um planejamento de aula feito pelo Profissional, que explica os pontos trabalhados com os alunos, após as vivências teóricas e práticas: “Foram desenvolvidas no processo habilidades motoras (força, equilíbrio, resistência), afetivas (respeito, ajuda mútua e coletividade), sociais (comprometimento, conscientização, sociabilidade e socialização) e intelectuais (sentir, pensar e agir com os conteúdos e a aprendizagens múltiplas) ”. Se os valores trabalhados durante a atividade forem mantidos pelos frequentadores do local, não só os alunos da Escola Estadual Edmundo Neves do Nascimento, mas os de todas as outras escolas de Lagoa Salgada poderão frequentar as trilhas próximas ao Rio Trairi sem a preocupação de encontrar lixo no ambiente. A expectativa é que as pessoas possam usufruir da natureza respeitando as placas de conscientização, colocadas no local por aqueles que recolheram, uma a uma, as embalagens plásticas e afins que poluíam o ambiente.

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CREF10/PB inaugura sede própria

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COMPLETANDO 15 ANOS, CONSELHO INAUGURA A NOVA CASA

O CREF10/PB está de endereço novo. Em agosto, o órgão realizou uma solenidade de inauguração que reuniu membros do Sistema CONFEF/CREFs, profissionais de Educação Física da região, autoridades políticas, e representantes dos governos estadual e municipal.

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O presidente do CREF, Francisco Martins, discursa durante solenidade

“Essa casa é para os Profissionais da Paraíba. Nada foi em vão. Plantamos sementes” EDUCAÇÃO FÍSICA | 65/2017

Abrindo a solenidade de inauguração, o presidente do CREF10/PB, professor Francisco Martins da Silva [CREF 000009-G/PB], destacou que a sede é um marco referencial dos 15 anos de existência do Conselho paraibano. “Este prédio é o resultado dos sonhos e do trabalho realizado por muitos que nos antecederam e pelos que hoje enfrentam o desafio de conduzir os destinos deste Conselho, no cumprimento da sua dupla missão de defender a sociedade e trabalhar pelo engrandecimento da profissão”, disse, enumerando nomes de autoridades e profissionais que participaram da história do Conselho. Também presente na solenidade, o presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, destacou que o Conselho paraibano foi feito na base do sonhar e do acreditar, por meio de muito trabalho, organização e seriedade, demonstrando que é possível fazer. “Chegar hoje numa casa linda dessa, com uma organização dessa, é de ficar arrepiado. Parabenizo esse pessoal que, ao longo de 15 anos, vem acreditando e realizando. Sabemos que não é só infraestrutura. Sem esses esforços, não chegaríamos à valorização profissional que tanto buscamos”. O Conselheiro Federal Ricardo Catunda [CREF 000001-G/CE], que também compôs a mesa, falou sobre a importância do empenho daqueles que tornaram o CREF10/PB uma realidade. “Estou vendo aqui diversos conselheiros e presidentes de Conselho, que fazem parte dessa luta. É preciso ter compromisso, e compromisso requer atitude, ética e capacidade de se reinventar o tempo inteiro em prol de um ideal. Essa sede é fruto de um ideal”, disse. A professora Iguatemy Lucena Martins [CREF 000001-G/PB], primeira presidente da Seccional Nordeste II e do CREF10/PB-RN, e atual 2ª vice-presidente do CONFEF, frisou que as conquistas do Conselho paraibano são resultado de uma luta que não é recente. “No país em que a gente vive, onde as profissões são cada vez mais precarizadas, é preciso que os Conselhos se empenhem para valer na qualificação profissional e no respeito à sociedade, oferecendo os melhores profissionais. É essa nossa alegria, nossa satisfação. Essa casa é para os Profissionais da Paraíba. Nada foi em vão. Plantamos sementes”. Ainda na solenidade, foi lançado um livro comemorativo, contando os 15 anos de história do CREF10/PB, além de um selo especial, dos Correios, marcando a data. Conselheiros e autoridades que contribuíram para a história do Conselho ao longo de todo esse tempo foram homenageados.

ESTRUTURA

As obras de construção da sede própria do CREF10/PB tiveram início em julho de 2016 e foram concluídas em março passado. Cada espaço foi planejado levando em consideração as rotinas do Conselho, prezando pela comodidade para colaboradores e visitantes, bem como pela eficiência na execução dos serviços prestados. A sede está localizada na Rua Arquiteto Hermenegildo Di Láscio, 36, no bairro Tambauzinho, em João Pessoa (PB).

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PNUD divulga relatório de desenvolvimento humano

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BRASIL É O PRIMEIRO PAÍS A ELABORAR UM DOCUMENTO DO TIPO CENTRADO NO PAPEL SOCIAL DAS ATIVIDADES ESPORTIVAS

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O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) investigou o potencial das atividades físicas e esportivas de enriquecer a vida das pessoas, ampliar sua liberdade de escolha e promover o desenvolvimento humano. Os resultados do estudo estão no Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano 2017 – Movimento é Vida: Atividades Físicas e Esportivas para todas as pessoas. O documento, lançado em setembro, apontou profunda desigualdade de acesso às práticas esportivas entre grupos sociais. Apesar de ser um direito humano, o envolvimento da população com maior renda é 71% superior à média da população adulta brasileira. Homens praticam esportes 28% mais que as mulheres. O relatório também apontou que menos de 1% das escolas é ativo. A publicação aponta que a relação positiva entre praticar atividades físicas e esportivas (AFEs) e diversas es-

feras de desenvolvimento já está bem estabelecida. São reconhecidos os benefícios na esfera da saúde, sociabilidade, cognição, produtividade e qualidade de vida como um todo. No entanto, é baixo o nível de envolvimento das pessoas com essas práticas no país: aproximadamente 70% da população é constituída de não-praticantes. De acordo com o relatório, nas escolas de Educação Básica, cabe ao componente curricular Educação Física proporcionar às crianças e aos jovens experiências positivas no envolvimento com as atividades físicas e esportivas, bem como os conhecimentos que permitam aos mesmos estabelecer uma relação consciente e crítica ao longo da vida. Isso porque o conjunto das experiências do movimentar-se vividas na infância e no início da juventude irá influenciar, em grande parte, a adesão dos indivíduos às AFEs, e nesse sentido elas precisam


ter significados para que sejam valorizadas e, eventualmente, incorporadas às suas vidas. O relatório também traz dados sobre o perfil da prática esportiva no Brasil e recomendações aos governos nas áreas de saúde, educação, esporte e desenvolvimento humano. O PNUD afirma que praticar atividades físicas e esportivas é um direito das pessoas, não um dever. Mostra que essa prática tem valor em si mesma e pode proporcionar desenvolvimento humano quando se dá no tempo livre. Desse modo, as atividades físicas no âmbito doméstico, ocupacional e de deslocamento não necessariamente resultam em mais saúde para as pessoas. Ao contrário, podem apresentar maior incidência de exaustão e lesões. “Somente haverá desenvolvimento humano pelo esporte quando a prática for fruto de decisão livre e consciente das pessoas, sem limitações de tempo, de renda ou de oportunidades”, ressalta Niky Fabiancic, Coordenador-Residente do Sistema ONU e Representante-Residente do PNUD no Brasil. Outro alerta importante trata da necessidade de rever a pedagogia do medo como indutora de atividade física. A prática motivada somente pelo medo de desenvolver doenças pode garantir um envolvimento inicial, mas não sustenta o envolvimento no médio e no longo prazo.

“Somente haverá desenvolvimento humano pelo esporte quando a prática for fruto de decisão livre e consciente das pessoas, sem limitações de tempo,

“As pessoas podem e devem ser livres para dar significado ao seu envolvimento com as atividades físicas e esportivas de maneira ampla e diversa. Praticá-las pode ser sinônimo de saúde, mas também de relaxamento, aptidão física, competição, sociabilidade, diversão, risco e excitação, catarse, beleza corporal, dentre outros”, afirma Didier Trebucq, Diretor de País do PNUD no Brasil.

DADOS MOSTRAM DESIGUALDADE NO ACESSO ÀS ATIVIDADES FÍSICAS E ESPORTIVAS

O relatório revela que as disparidades de raça, gênero, renda, escolaridade e geracionais presentes na sociedade brasileira se reafirmam quando o assunto é oportunidade de acesso às atividades físicas e esportivas. Mulheres, idosos, pessoas em situação de vulnerabilidade social, com baixa escolaridade, negros e pessoas com deficiência são os que possuem mais baixos índices de prática esportiva no Brasil. Os homens brasileiros têm 28% mais probabilidade do que as mulheres de praticar esportes. A parcela da população com mais de 5 salários mínimos pratica o dobro de atividades físicas e esportivas, se comparada àquela com renda de até ½ salário mínimo, e pratica até 71% a mais que a média das pessoas adultas no Brasil. Os brancos praticam 12% mais atividades físicas e esportivas que os negros. A população de 15 a 17 anos tem 94% mais probabilidade de prática que aquela acima de 60 anos. O segmento mais escolarizado do país tem um

envolvimento três vezes maior que o menos escolarizado, e as mulheres sem instrução são as que menos praticam, chegando a 57% a menos que a média da população adulta brasileira. O presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, e o Conselheiro do CREF4/SP, Humberto Panzetti [CREF 025446-G/SP], participaram do Conselho Assessor, grupo que teve o importante papel de orientar os rumos do RDH, validando a nota conceitual do relatório e fazendo observações a respeito das temáticas a serem abordadas na análise.

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de renda ou de oportunidades”

Tenha acesso à íntegra do relatório em

www.confef.com/382

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Uma trajetória de conquistas

COM 100% DA CAPACIDADE COGNITIVA PRESERVADA, AUGUSTO DELFINO CONCLUI GRADUAÇÃO SEM FACILIDADES TÉCNICAS

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Inseparáveis: Rute, mãe de Augusto, o acompanhou em todas as aulas da graduação

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Quem acha que para cursar Educação Física é preciso ser atleta, mandar muito bem nos esportes e viver em competições, precisa conhecer Augusto Delfino. O jovem de 25 anos, que tem paralisia cerebral, provou para si mesmo e para todos que a teoria nem sempre depende da prática. Isto porque ele carrega, orgulhosamente, o título de primeiro bacharel em Educação Física com paralisia cerebral do Brasil, conquista que exigiu muita força de vontade. “Ele não movimenta membros superiores, inferiores e nem fala. Para se comunicar, utiliza um tablet com um ponteiro. Ele digita, e um software transforma o texto em voz”, explica Maria Letícia Knorr [CREF 009867-G/SC], coordenadora do curso de Educação Física da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), professora e orientadora do jovem em seu Trabalho de Conclusão de Curso. Mas engana-se quem pensa que Maria Letícia permitiu que Augusto tivesse alguma facilidade por conta de sua deficiência. “Como ele demorava mais para digitar, resolvia as provas inteiramente no computador. O professor já levava a avaliação adaptada para o tablet, em um formato que a gente desenvolveu - um formulário eletrônico da universidade. Fora isso, a única diferença dele para os outros alunos era o tempo de realização dos testes. Augusto tinha o dobro porque demora mais para digitar. Mas nada

que determinasse alguma vantagem sobre os outros, como, por exemplo, direito a consulta”, explica a coordenadora. Não só de Augusto foi o esforço. “A mãe dele, a incansável Rute Delfino, o acompanhou em todas as aulas, em 100% do curso. Desde as aulas de Surfe, de Tênis, até os estágios na academia, na Natação, na gestão”, explica Maria Letícia. Ela pôde acompanhar de perto o trabalho que a Unisul desenvolveu para atender Augusto – que, segundo Maria Letícia, foi totalmente em conjunto: “Quando nós o aceitamos como aluno, apostamos que ele teria condições de atuar na Educação Física”. Mesmo assim, o processo foi desafiador. “A universidade adotou práticas pedagógicas e avaliativas que garantissem a aprendizagem do Augusto dentro das limitações dele. Nós estudamos, junto com a área de acessibilidade da universidade, a melhor forma de atuar no caso dele, desde provas até aulas práticas. Ou seja, dentro das limitações, como nós poderíamos garantir que aquela aprendizagem estivesse ocorrendo?”. E a aprendizagem, de fato, ocorreu. Ele pode atuar na elaboração de projetos esportivos, por exemplo, na prescrição de exercícios. Essa foi uma preocupação que nós fomos, aos poucos, entendendo. Sabemos também que o próprio mercado vai determinar em que áreas ele pode


trabalhar”. Mas Augusto não parece disposto a deixar que nada nem ninguém defina seus limites: “Quero ser treinador um dia. Claro que eu tenho a limitação da fala, mas não a encaro como um obstáculo, porque eu já sei como vencê-la, como já fiz com outras barreiras. No mais, por que não me tornar a primeira pessoa com paralisia cerebral cadeirante a ser técnico de Futebol? ”, questiona Augusto, garantindo: “Conhecimento eu tenho”. O conhecimento é fruto do trabalho árduo que desempenhou durante a graduação. “As aulas práticas, das quais não podia participar efetivamente, Augusto acompanhava e preparava um relatório, em que registrava tudo o que via. Ele só não conseguia vivenciar o jogo propriamente dito”. Boa vontade, Maria Letícia garante que ele tinha: “Nós nunca o vimos, nesses seis anos, reclamar de nenhum lugar, mesmo sendo, para ele, muito difícil. Atividade nas dunas? Na lagoa? Lá estava ele para as aulas práticas, e os alunos que não tinham nenhuma limitação reclamando do sol e do vento”.

Créditos: Fernando Willadino

Talvez por esse jeito otimista de levar a vida – e a graduação, Augusto sempre foi querido por todos, como conta Maria Letícia: “Os comentários sobre ele pela sala dos professores eram sempre o mesmo: que o Augusto é muito parceiro. Parceiro do curso, dos professores, dos colegas. Onde ia, ocupava o espaço dele, mesmo sem falar. Ele se comunicava muito com os olhos e, por isso, nós passamos a conhecê-lo muito, no sentido de já saber, pelo olhar, que ele queria falar, participar da aula, fazer uma pergunta, ou que precisava de alguma ajuda. Ele passou a ser parte da Unisul, parte do curso de Educação física, muito pelo seu jeito de ser. Hoje, nós já começamos a sentir falta, porque ele já não circula mais nos corredores todos os dias”. Essa boa relação com as pessoas que o rodeiam talvez tenha sido desencadeada graças à experiência que Augusto teve na infância. “A minha Educação Física Escolar foi bastante tranquila desde o Ensino Fundamental. Eu sempre participei, assistindo às aulas, mas uma vez passei por uma situação chata que é bom contar: sempre gostei de Futebol, tanto que praticava em casa, com o meu pai me segurando por trás para que a minha mãe jogasse a bola para mim. Era uma Olimpíada do colégio, fui inscrito no time da turma e joguei por alguns minutos. O problema veio no dia seguinte: os pais dos alunos não gostaram do fato e reclamaram com a direção. Os meus amigos me escalaram, fazer o que? ”, lembra. Sem ressentimentos, mas com bons sentimentos, Augusto espera que sua experiência sirva de inspiração para todos: “Quero que as pessoas se sintam encorajadas a seguir em frente, lutar pelos seus sonhos e ideais. Se você quer, vai longe. E não há nenhum obstáculo capaz de bloquear o seu desejo”. Mas há pessoas, e até instituições, dispostas a lhe ajudar a chegar lá, como a Unisul, que ofereceu a Augusto mais do que o serviço de educação: “Me deu total apoio”. E pelo jeito, foi recíproco. Maria Letícia conta que não foi só Augusto que se beneficiou com o trabalho da universidade: “A história dele inspira não somente pessoas com deficiência, mas também todo um mundo melhor”.

Nas fotos: Augusto na infância, durante formatura, ao lado orientadora do TCC e da responsável pelo Programa de Promoção a Acessibilidade da Unisul, e, abaixo, sendo homenageado no Prêmio Instituto Guga Kuerten

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“Quero que as pessoas se sintam encorajadas a seguir em frente, lutar pelos seus sonhos e ideais. Se você quer, vai longe. E não há nenhum obstáculo capaz de bloquear o seu desejo”

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Parceria entre CREF e IES facilita

vida de recém-formados

NO RIO GRANDE DO NORTE, GRADUANDOS RECEBEM CÉDULA DE IDENTIDADE PROFISSIONAL JÁ NA COLAÇÃO DE GRAU. FACILIDADE É FRUTO DE PARCERIA DO CREF16/RN COM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR DO ESTADO

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Formando recebe CIP das mãos do presidente do CREF16/RN, Francisco Borges

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A transição entre a universidade e o mercado de trabalho é uma fase delicada na vida de muitos recém-formados. A fim de tornar o processo menos complicado, o CREF16/RN realiza, semestralmente, a entrega de Cédulas de Identidade Profissional (CIP) durante a cerimônia de formatura das universidades do Rio Grande do Norte. No mês de março, foi a vez dos licenciados em Educação Física da Faculdade Natalense de Ensino e Cultura (Fanec) serem contemplados com a parceria entre o CREF16/RN e a instituição, tornando-se Profissionais de Educação Física registrados já na formatura. Após diplomação, com o grau conferido pela Professora Josefa Iluminata de Macedo Borba, diretora da Fanec, os novos licenciados receberam do presidente do CREF16/RN, Francisco Borges [CREF 001001-G/RN], a Cédula de Identidade que os habilita ao exercício profissional. “Nossos agradecimentos ao coordenador do curso, Jefferson Eufrásio [CREF 000944-G/RN], e em especial a Profa. Josefa Iluminata de Macedo Borba. Parabenizamos, por fim, os novos Profissionais de Educação Física

do estado, lhes desejando muito sucesso na profissão”, saudou Francisco Borges. COMO FUNCIONA

Anterior à colação, a universidade viabiliza a documentação necessária para o registro profissional junto ao CREF. Realizados os trâmites burocráticos, os graduandos são convidados a comparecer à sede do CREF16/RN para uma palestra sobre o Sistema CONFEF/CREFs, ocasião em que são colhidas as digitais e assinaturas.

IMPORTÂNCIA DA CIP

A CIP é fundamental para a identificação do profissional e tem validade de documento pessoal, pois carrega o número de registro no Conselho de Classe, o número do CPF e do RG, além de foto. Pode, portanto, ser utilizada para identificação em qualquer situação que exija documento para comprovação de identidade. Além disso, comprova a atuação legal como Profissional de Educação Física e representa uma conquista na regulamentação da profissão.


Obra analisa importância dos

megaeventos esportivos

O organizador, Leonardo Mataruna, discursa no lançamento da obra

Escrito em dois idiomas, português e inglês, o livro “As Pegadas dos Megaeventos” (Mega Events FootPrints, past, present and future) é uma coletânea de textos de mais de 100 especialistas que busca refletir sobre a importância dos megaeventos esportivos. Para isso, a publicação apresenta uma análise dos Jogos Rio 2016 e das edições anteriores das Olimpíadas (verão e inverno), além da Copa do Mundo de Futebol. O projeto recebeu o apoio da Universidade Santa Úrsula, do Rio de Janeiro, e do Conselho Federal de Educação Física. Temas variados, como regeneração urbana, articulações de sustentabilidade, inovações, marcas dos eventos esportivos, visões dos patrocinadores oficiais, entre tantos outros, estão presentes na obra. Os textos foram organizados pelo Prof. Dr. Leonardo José Mataruna [CREF 002290-G/ RJ] e pela Prof. Ma. Bianca Gama Pena [CREF 015080-G/RJ], com objetivo de juntar insumos para que professores de Educação Física, gestores esportivos, administradores públicos, comitês organizadores, entre outros, possam se valer da leitura crítica para se depararem com os impactos dos grandes eventos em diferentes países pelo mundo. A obra foi desenvolvida dentro de um modelo dinâmico de leitura e estudo para permitir ao interessado o conhecimento de situações positivas e negativas decorrentes dos megaeventos no Brasil e no mundo.

“É nítido que a relação entre a Educação Física e os megaeventos poderia ter sido mais explorada diante de uma década repleta de oportunidades. O cometa dos eventos passou. Entretanto, ainda há possibilidades de se receber outros eventos como Universíade, Jogos Olímpicos da Juventude, Jogos Mundiais de Transplantados, entre outros. Contudo, há de se utilizar os chamados footprints a favor de uma sociedade, não esquecendo de se considerar: planejamento, estudo, estrutura e investimento”, explica o organizador da obra, Leonardo Mataruna. Para o presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, o país foi engolido pelo tsunami esportivo da última década. “Não foi visível o legado em termos de saúde e educação como nós gostaríamos que tivesse sido, mas é muito significativo que a obra seja publicada e disponibilizada para que os Profissionais de Educação Física e das mais diversas áreas, bem como a sociedade, possam tomar conhecimento do importante trabalho reunido pelos autores”. Em 15 dias, o livro já passava da marca de 200 mil downloads nos cinco continentes. Como ainda são esperados lançamentos em mais vinte países, Mataruna espera bater a marca de um milhão de acessos até os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 na Coreia do Sul, quando será realizado o último evento de apresentação da obra. “Isso mostra que a tendência dos estudos de legados, mas sobretudo, a nova proposta de interpretação dos footprints, não se restringe apenas ao Brasil, mas é uma preocupação de todo o mundo.”

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ESCOLAS E UNIVERSIDADES PODERÃO FAZER USO DE PUBLICAÇÃO QUE SERÁ LANÇADA EM CINCO CONTINENTES

Faça o download gratuito da obra em www.confef.com/380

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DAIANE DOS SANTOS:

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Créditos: Ricardo Bufolin/CBG

de atleta a gestora do esporte

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Raros são os casos de jovens atletas que, no auge da carreira do esporte, se programam para o futuro. Daiane dos Santos [CREF 130553-G/SP], a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro no Mundial de Ginástica, não engrossa essa estatística. Isto porque ela, além de ex-atleta, é bacharela e licenciada em Educação Física. Como se não fosse suficiente, Daiane ainda cuida de um projeto social – o Brasileirinhos, que oferece ginástica artística gratuita para crianças carentes. A orientação dos pequenos fica sob responsabilidade, é claro, de Profissionais de Educação Física. Em entrevista à Revista Educação Física, a Profissional defendeu a importância da graduação para jovens esportistas, contou como aplica conhecimentos da Licenciatura e do Bacharelado em sua rotina de trabalho e adiantou seus planos para o futuro. Confira.


“Todo bom profissional estimula. É o caso de todos esses que passaram pela minha vida e me inspiraram a ser quem eu sou hoje”

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Revista Educação Física - A senhora iniciou a carreira de atleta ainda criança. Já aos 16 anos, conquistou duas medalhas nos jogos pan-americanos no Canadá. Para que isso fosse possível, deve ter sido aplicado um treinamento intenso. Qual foi a importância do seu técnico e da equipe de profissionais para que o treinamento intenso não fosse prejudicial à saúde de uma criança? Daiane dos Santos - Na verdade, os esportes de alto rendimento, por exigirem um treinamento intenso, acabam não sendo tão saudáveis assim. Mas quando se recebe orientação de um Profissional, é muito mais válido, porque ele estudou para aquilo, se aperfeiçoou para estar naquela posição. Por exemplo: uma criança de 6 a 8 anos tem maturidade e raciocínio diferentes de uma de 10. Então, o profissional vai planejar as atividades de acordo com cada faixa etária, respeitando seus limites. Essa é a diferença de ter um Profissional de Educação Física trabalhando, seja no alto rendimento ou na área educacional. Ele tem essa compreensão. Revista Educação Física - Que males poderiam ter ocorrido se a senhora não tivesse recebido uma orientação adequada? Daiane dos Santos - Como o Profissional de Educação Física trabalha com o corpo, há risco de lesões sérias. Nós não gostamos de falar disso, mas há até mesmo o risco de falecimento. Claro que seria um caso extremo, mas é verdade. Por exemplo, se uma pessoa com problemas cardíacos treina numa intensidade muito forte, ela pode vir a ter um ataque cardíaco e falecer. Por isso, o Profissional de Educação Física procura entender o histórico daquele aluno, até mesmo por meio de atestado médico. O aluno traz esse documento, dizendo que está apto a praticar aquela atividade física. Esse é o primeiro passo que o Profissional de Educação Física dá para conhecer o seu aluno. Quando não se sabe desse problema, não há como adaptar o treino. Mas, por ser um Profissional de Educação Física, ele vai saber lidar com a situação. Já uma pessoa que não é formada pode até piorar o quadro. O Profissional de Educação Física está preparado, com a graduação, para essas situações. Revista Educação Física - Uma de suas inspirações para seguir a carreira foi uma professora de Educação Física da época da escola. Como isso aconteceu? Quais as características dela que te motivaram a percorrer o mesmo caminho? Daiane dos Santos - As características dela são as mesmas de todo bom profissional: engajado no que faz, comprometido. É aquele profissional que estimula seus alunos a estarem felizes praticando atividade física, no caso dela, na escola. Eu gostava das aulas de Educação Física porque ela nos estimulava a aprender mais. Não só nos ensinava a jogar Futebol, Vôlei, mas também nos fazia pensar sobre diversos temas, até mesmo fora da Educação Física. Ela englobava a disciplina dentro de outras aulas, como - Matemática, Química, Física -, mostrando que a Educação Física está em todas as áreas. Eu acho que o bom profissional estimula sempre o seu aluno a querer mais. Mais tarde, com a ginástica, eu pude conhecer outros Profissionais de Educação Física, treinadores que trabalharam comigo, que hoje atuam em outras áreas. Todo bom profissional estimula. É o caso de todos esses que passaram pela minha vida e me inspiraram a ser quem eu sou hoje. Revista Educação Física - A senhora conciliou durante determinado período a carreira no esporte com a graduação. Como foi isso? Daiane dos Santos - Não vou dizer que foi fácil, mas o esporte me deu a oportunidade de me graduar e me tornar Profissional de Educação Física. O atleta tem sim que buscar uma graduação. No meu caso, foi a Educação

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Física, mas poderia ter sido a Fisioterapia, o Direito, a Medicina. E eu acho que é importante para nós, Profi ssionais de Educação Física, que haja cada vez mais Profi ssionais na área graduados e registrados no CREF. Por que um médico tem que ter sua Cédula de Identidade Médica para atuar e o Profi ssional de Educação Física não necessita da sua CIP? Não, ele tem que ter, porque ele estudou anos para estar ali. Não é qualquer pessoa que pode ensinar o que eu estou ensinando. Por mais difícil que seja conciliar o treinamento com a faculdade, é necessário. Até porque a carreira no esporte vai passar, e lá na frente você tem que ter uma outra profi ssão para dar seguimento à vida, seja dentro da área esportiva ou não. Revista Educação Física - Foi proposital essa “emenda” de uma carreira na outra? Daiane dos Santos – Não foi algo proposital, mas naturalmente teve que acontecer. Não basta ser um excelente atleta e um péssimo aluno. Não basta só praticar esporte e não estudar. Os dois lados têm que vir em conjunto. Eu me aposentei da ginástica com 29 anos. Depois dessa idade eu não iria fazer mais nada da minha vida? Eu comecei a fazer faculdade em 2001 e demorei quase 10 anos para concluí-la, por conta do treinamento. Trancava e esperava a grade voltar. Mas foi necessário. A parte educacional é muito importante para o atleta. Ele trabalha o corpo e tem que exercitar a mente também. Por mais complicado que seja, ele já tem que pensar no futuro mesmo ainda dentro do esporte. “Hoje sou atleta, daqui a tanto tempo quero estar fazendo isso”. No meu caso: “Quero ser Profi ssional de Educação Física, quero trabalhar na área de gestão, quero passar um pouco da oportunidade que tive no esporte para outras pessoas. Como eu faço isso? Graduando-me. Em que área? Na Educação Física”.

“Por que um médico tem que ter sua Cédula de Identidade Médica para atuar e o Profissional de Educação Física não necessita da sua CIP? Não, ele tem que ter, porque ele estudou anos para estar ali. Não

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é qualquer pessoa que pode ensinar o que eu estou ensinando”

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Revista Educação Física - A senhora se formou primeiro na Licenciatura ou no Bacharelado? Daiane dos Santos - Nas duas. Eu cursei a Licenciatura com Área de Atuação Plena, que existia na época. Hoje já há uma separação das duas, que traz um tanto a mais de especialização, o que eu acho necessário. Até porque quatro ou cinco anos são pouco para aprender o mínimo que precisamos para atuar dentro da Educação Física. Revista Educação Física - A experiência como atleta ajudou sua formação em Educação Física? Como? Daiane dos Santos - A parte prática ajuda, mas é muito diferente da teórica. Como atleta, estamos muito ligados em executar o exercício, mas não em como funciona esse exercício. Ele trabalha flexibilidade? Força? Isso a parte teórica traz. A experiência como atleta é um facilitador para algumas matérias dentro da faculdade de Educação Física. Ajuda bastante, mas não supre o outro lado. As duas partes acabam se completando, até porque teremos toda essa vivência de novo dentro da Educação Física. Não só da ginástica, mas de todos os esportes, em todas as áreas que a Educação Física abrange.


Revista Educação Física – A senhora tem um projeto de ginástica que funciona dentro da escola. Como se dá a atuação nas duas áreas de intervenção? Daiane dos Santos - O meu projeto social, o Brasileirinhos, fica dentro de uma escola em São Paulo. Então, o fato de ser licenciada me ajuda a compreender melhor o andamento da escola, e até mesmo a aplicar algumas atividades - que eu aprendi na Licenciatura - dentro do projeto. Já o ensino da ginástica artística é área de atuação do bacharel. Por isso eu digo que é a união das duas. É um projeto socioeducacional. Utilizamos o esporte, aplicamos treinos de ginástica, ensinamos as regras como uma ferramenta educacional, mas também trabalhamos outras questões: leitura, desenvolvimento de texto, arte, desenho. Por isso, ser licenciada e bacharela é um facilitador. Revista Educação Física - Quais são seus planos profissionais para o futuro? Daiane dos Santos - Estamos trabalhando no projeto em São Paulo. Em novembro, iremos inaugurar o nosso próximo núcleo no Maranhão. Meu objetivo é expandi-lo para o Brasil inteiro. É uma ideia um pouco ousada, né? Mas nós temos um grupo de trabalho muito bom. Queremos que todo mundo aqui cresça. E também divulgar a Educação Física da melhor forma possível, não só como atleta, mas como Profi ssional, para que conquistemos uma valorização melhor, tanto nas academias quanto nas escolas. Essa é uma das conquistas que eu quero muito para o meu futuro. Gostaria, de alguma forma, com o meu trabalho, com a empresa, com o projeto, ver isso acontecer.

“A parte prática ajuda, mas é muito diferente da teórica. Como atleta, estamos muito ligados em executar o exercício, mas não em como funciona

Revista Educação Física - Que conselhos a senhora deixaria para os jovens atletas que ainda não fizeram um planejamento para o futuro? Daiane dos Santos - Que aproveitem as oportunidades. Eu posso falar em relação à Educação Física. Hoje essa profi ssão está em todos os lugares: nas empresas, nos hospitais, nas escolas, nos condomínios, na rua, nas entidades esportivas, entre outros. Então, o ideal é aproveitar esse momento muito bom da Educação Física se graduando e se especializando. Claro que a graduação é o primeiro passo. A caminhada vai durar o resto da vida. Temos que estar sempre nos aperfeiçoando, buscando aprender mais, cada vez com mais qualidade. Isso vai mudar a cara do Profi ssional de Educação Física e fazer com que tenhamos cada vez mais credibilidade e valor. Se eu pudesse dizer algo hoje para os Profi ssionais e futuros Profi ssionais de Educação Física, seria para que se empenhem mesmo nas suas áreas de atuação, porque isso vai mostrar a Educação Física que nós queremos ver, a Educação Física de qualidade que esperamos que todo Profi ssional de Educação Física tenha.

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esse exercício. Ele trabalha flexibilidade? Força? Isso a parte teórica traz”

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Categoria comemora

DIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA AÇÕES DE VALORIZAÇÃO E DE INCENTIVO A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS ORIENTADAS MOVIMENTARAM PAÍS DURANTE MÊS DE SETEMBRO

Celebrado em 1º de setembro, o Dia do Profissional de Educação Física foi marcado por inúmeras atividades abertas ao público, cursos, palestras e comemorações promovidas pelos CREFs Brasil afora. As homenagens – que demonstram a valorização crescente da profissão – se multiplicaram pelas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e chegaram até Brasília. Em sessão solene, proposta pelos deputados Laura Carneiro e Evandro Roman [CREF 000958-G/PR], a categoria foi homenageada na Câmara dos Deputados, no dia 5 de setembro. Também participaram da solenidade o deputado André Figueiredo, o ministro do TST, Guilherme Augusto Caputo Bastos, além de Profissionais e membros do Sistema CONFEF/CREFs. Durante a homenagem, o deputado Evandro Roman lembrou que a Lei nº 9.696/98 regulamentou no país o trabalho do Profissional de Educação Física. “É o Profissional responsável por manter o corpo humano em ação e saudável por meio da capacidade de reunir e ensinar as técnicas e práticas das diversas atividades esportivas”, afirmou. Reunimos e apresentamos a seguir as principais atividades comemorativas pelo Brasil.

No Rio de Janeiro, o Cristo Redentor ganhou, pela primeira vez, as cores da Educação Física em homenagem à profissão. O monumento, que é uma das sete maravilhas do mundo, foi iluminado como resultado de uma parceria entre o CREF1/RJ-ES e a Arquidiocese da cidade. A Câmara Municipal de Petrópolis também recebeu a cor da saúde, atendendo a um pedido vereador Leandro Azevedo à presidência da Casa. No mesmo dia, a Casa Legislativa foi palco de uma série de palestras sobre diferentes temas dentro da Educação Física, e de homenagens a profissionais da área, com a entrega do Prêmio Denoni Pereira Alves. Como parte das celebrações, também foram promovidas atualizações profissionais no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.


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No Rio Grande do Sul, o CREF2/RS realizou a cerimônia de entrega do Troféu Destaque 2017. O prêmio homenageou pessoas e empresas que mais se destacaram ao longo do último ano, em 15 categorias diferentes. Os estabelecimentos que completaram dez anos de registro também receberam um certificado como forma de reconhecimento. A abertura da cerimônia foi feita pela presidente Carmen Masson [CREF 001910-G/RS], que destacou a importância da data e o reconhecimento da premiação depois de cinco edições. “O Dia do Profissional de Educação Física, que comemoramos com o Troféu Destaque, é um momento único no ano, em que podemos estar perto de muitos colegas e de sentir orgulho pelo que fazemos pela profissão e pela sociedade”, analisou. Ainda como parte das comemorações, o CREF2/RS realizou o CongregaCREF – 3º Seminário Sul Brasileiro de Educação Física. O evento, que ocorre desde 2015, reuniu profissionais e acadêmicos do curso, para assistir a palestras e debater diversos temas relacionados à profissão. Em Santa Catarina, a 2ª Jornada Catarinense de Educação Física contou com mais de 700 participantes nos dez cursos, além dos eventos paralelos. O Conselho também promoveu a entrega da Medalha do Mérito da Educação Física, iniciativa que reconhece o trabalho desenvolvido em prol da profissão no estado. “Nossa maior honraria é uma singela homenagem àqueles que tanto colaboraram para a evolução da Educação Física e do esporte em Santa Catarina”, destacou Irineu Wolney Furtado [CREF 003767-G/SC], presidente do CREF3/SC. Também foi realizada uma sessão especial na Câmara de Vereadores de Lages, o lançamento do Livro de Boas Práticas na Educação Física, além de encontros com coordenadores de cursos e proprietários de estabelecimentos. Na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o CREF4/SP realizou, por iniciativa do Deputado Helio Nishimoto, uma Sessão Solene em homenagem aos Profissionais de Educação Física. Na oportunidade, 17 homenageados receberam a Comenda do Estado de São Paulo CREF4/ SP – Ordem da Educação Física, e 94 receberam a Medalha de Mérito em reconhecimento ao trabalho desenvolvido no decorrer de suas carreiras. A cidade de Piracicaba também homenageou os Profissionais de Educação Física na Câmara Municipal, ocasião em que também foi comemorado o Dia Municipal do Panathleta. Ainda como parte das comemorações, o CREF4/SP, em parceria com a Câmara Municipal de Sorocaba, entregou 37 Medalhas de Mérito da Educação Física durante evento em homenagem ao Panathlon Club Sorocaba. Também foram realizadas homenagens com o apoio do CREF4/SP nas Câmaras de Indaiatuba, Campinas, São José dos Campos, Santos, Itapeva, Guarulhos, Jacareí, Santo André, Ribeirão Preto, Hortolândia, Leme e Rio Claro. Em Catanduva, o Conselheiro Antonio Lourival Lourenço [CREF 003040-G/SP], da diretoria do CREF4/SP, recebeu uma moção de aplausos na Câmara Municipal.

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No Ceará, Profissionais e estudantes de Educação Física foram homenageados, em sessão solene, na Câmara Municipal de Fortaleza. Também foi realizada uma audiência pública para discutir o projeto de lei que torna obrigatório que as aulas de Educação Física na Educação Básica sejam ministradas por profissionais registrados. Na Assembleia Legislativa, por autoria do deputado Bruno Pedrosa, mais uma sessão solene homenageou os profissionais. Em parceria com a Associação das Assessorias Esportivas em Atividade Física do Estado do Ceará (AEAF-CE), o CREF5/CE levou atividades gratuitas à Praça da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A população desfrutou de treinos de assessorias, aulões de Zumba, treinamento funcional, avaliação física e alongamento. Na Praia do Mucuripe, as atividades se concentraram no Festival de Praia, em que também aconteceu uma oficina de treinamento funcional, aulas de Futevôlei e Beach Tennis. O “Café com CREF5”, de tema Educação Física Escolar, reuniu estudantes e Profissionais de Educação Física para cursos e palestras no Hotel Diogo, em Fortaleza. No interior do estado, também foram realizadas sessões solenes, palestras, workshops, cursos e copas de modalidades esportivas. As programações sociais e esportivas contaram com o apoio dos parceiros Qualicorp e Mongeral Aegon.

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Em Minas Gerais, o CREF6/MG encaminhou testemunhal para as emissoras de rádio e materiais alusivos à campanha para as Secretarias de Saúde e de Esporte. Além disso, o CREF veiculou a campanha por meio de backbus, decorou a sede e participou de Semanas Acadêmicas promovidas por diversas faculdades do estado. No Distrito Federal, foi realizada a entrega da ordem do Mérito do CREF7, a mais alta distinção honrosa do Conselho aos indivíduos, profissionais ou não, que contribuíram com o desenvolvimento da profissão e do Conselho. Na data, foi realizada ainda a 7ª edição do ConCREF7 ­‒ Congresso Científico Internacional, na Universidade Católica de Brasília, com apoio de mais três instituições de ensino. Também foi promovida, em parceria com a Move On, a 3ª edição da Corrida do Profissional de Educação Física, que teve como objetivo reforçar o reconhecimento, a valorização e a importância deste profissional perante a sociedade. No Amazonas, a Assembleia Legislativa homenageou os profissionais do estado durante Sessão Especial proposta pelos deputados Alessandra Campelo, Augusto Ferraz e Belarmino Lins. Durante a solenidade, 30 Profissionais de Educação Física indicados pelos três parlamentares foram agraciados. Na Câmara Municipal de Manaus, profissionais receberam certificados em reconhecimento aos serviços prestados à sociedade por meio do ensino e do incentivo às práticas desportivas. O CREF8/AM-AC-RO-RR realizou uma solenidade de entrega de cédulas a novos profissionais e um Meeting de Educação Física, com inscrições gratuitas.


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No Acre, aconteceu a 2ª Semana de Educação Física e Nutrição. Em Rondônia, o 3º Congresso Estadual de Educação Física Escolar, realizado em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, marcou a data. Já em Roraima, foram realizadas palestras e minicursos. O Senador João Viana foi um dos participantes das atividades da Seccional do CREF8 no Acre. No Paraná, as ações do CREF9/PR percorreram três cidades. As atividades começaram em Pato Branco, com palestras, atividades físicas e oficinas, em parceria com a Faculdade de Pato Branco. No primeiro dia, o presidente do CREF9/PR, Antônio Eduardo Branco [CREF 000009-G/ PR], entregou as Medalhas Comemorativas dos 15 anos do Conselho ao prefeito de Pato Branco, Augustinho Zucchi. Também receberam a honraria o secretário Municipal de Esporte e Lazer, Paulino Stefani, e o diretor-geral da FADEP, professor Eliseu Miguel Bertelli. Em Maringá, a celebração foi marcada pela primeira edição do “Vem pra Vila”, evento promovido pela Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), da Secretaria Municipal e Estadual de Esportes e do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE). Em Umuarama, foram realizadas atividades coordenadas pelo curso de Educação Física da Universidade Paranaense (UNIPAR) com apoio do CREF9/PR. Em Londrina, para destacar a importância da orientação correta durante as atividades físicas, a população participou do 3º Festival em Comemoração ao Dia do Profissional de Educação Física. Na Paraíba, o CREF10/PB promoveu a ExpoUniversidades, ação em que Instituições de Ensino com oferta do curso de Educação Física realizam práticas orientadas para a população, além de avaliações físicas, aferição de pressão e de glicemia. Cada instituição se responsabilizou por um dia, levando seus alunos, professores e equipamentos para o local. O CREF10/PB ofereceu infraestrutura física, som e apoio administrativo. As atividades foram realizadas nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Patos e Cajazeiras, contando com ampla cobertura midiática. Também foi realizado, na região de Sousa, Sertão Paraibano, o CREF Itinerante. O projeto recebeu cerca de 100 participantes, entre profissionais e estudantes. A programação contou com palestra da professora Roseni Nunes de Figueiredo Grisi [CREF 0000927-G/PB] sobre o Sistema CONFEF/CREF, além dos cursos de Socorros de Urgência, ministrado pelo professor Vinícius Lemos [CREF 000852-G/PB]; e Recreação no Ônibus, comandado por Helder Licarião [CREF 001225-G/PB]. No Mato Grosso do Sul, foi realizada uma sessão solene em homenagem à data na Assembleia Legislativa. O evento foi promovido pelo deputado estadual Herculano Borges e pela Fundesporte. Os presidentes do CREF11/MS, Ubiratam Brito de Mello [CREF 000527-G/MS], e do CREF6/MG, Claudio Boschi [CREF 000003-G/ MG], fizeram parte da mesa com o deputado Herculano, deputado Rinaldo e Marcelo Ferreira Miranda [CREF 000002-G/MS], diretor – presidente da Fundesporte. Os profissionais homenageados com o Diploma de Honra ao Mérito Legislativo fazem parte da história da profissão no Estado.

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“Acho importantíssimo valorizar essas pessoas que fizeram e contribuíram para a Educação Física em Mato Grosso do Sul”, afirmou o presidente do CREF11/MS. A Câmara de Dourados também promoveu uma sessão solene em homenagem à data, homenageando professores pioneiros do município com Moções Legislativas e Diploma de Honra ao Mérito. Em Pernambuco, o CREF12/PE promoveu duas ações de saúde gratuitas à população. A primeira foi realizada no Parque Santana, localizado na Zona Norte do Recife, com serviços de aferição da pressão arterial, de glicemia e avaliação antropométrica. Ao todo, 115 pessoas foram atendidas. A segunda foi promovida na Central de Metrô, também no Recife. Foram ofertados os mesmos serviços, além de orientação sobre a prática regular de atividades físicas a 329 pessoas. As ações de saúde ocorreram em parceria com a Faculdade Boa Viagem, Uninassau e Faculdade São Miguel, que cederam estudantes de Educação Física para participar dos eventos. O CREF12/PE também realizou palestras em Instituições de Ensino Superior, na Faculdade dos Guararapes e na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Nos dois momentos, a chefe de fiscalização Rosângela Albuquerque [CREF 000404-G/PE] falou aos estudantes de Educação Física sobre o Sistema CONFEF/CREFs e a regulamentação da profissão.

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Na Bahia, o CREF13/BA realizou uma cerimônia no auditório da Universidade Católica de Salvador (UCSAL), em Salvador. O evento, que reuniu cerca de cem participantes, foi aberto a estudantes e Profissionais de Educação Física. “Convidamos 40 universidades de Educação Física para participar desse momento de celebração, porque esse ano resolvemos homenagear algumas universidades, por meio dos seus coordenadores, distribuindo placas de honra ao mérito, com o objetivo de valorizar ainda mais os trabalhos desenvolvidos pelas instituições de credibilidade”, afirmou o presidente do CREF13/BA, Paulo César Vieira Lima [CREF 000481-G/BA]. As comemorações não ficaram restritas à capital baiana. Em Vitória da Conquista, o CREF13/BA realizou, na Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC), uma palestra sobre Fiscalização e Licenciatura x Bacharelado. Já na Faculdade Nobre da cidade de Feira de Santana, os Profissionais de Educação Física participaram de uma palestra sobre a Educação Física frente às demandas do 3º Milênio. Ainda em homenagem ao dia 1º de setembro, 43 peças publicitárias (outdoor, busdoors e indoor) foram confeccionadas. Em Goiás, foi realizada uma audiência pública sobre a importância dos cursos presenciais de Educação Física e uma reunião com representantes de Instituições Esportivas na sede do CREF14/GO-TO. Também foi promovido o Fórum de Empreendedorismo para Profissionais de Educação Física e o XXIV Congresso Nacional do SBC/DERC no Centro de Convenções de Goiânia, que contou com a participação do CREF. O CREF14/GO-TO ainda promoveu a palestra “Reabilitação Cardiovascular”, com o Prof. Dr. Cícero Augusto de Souza [CREF 003878-G/SC], Doutorado em Ciências do Movimento Humano, em Goiânia.


Em Tocantinópolis, cidade de Tocantins, foram promovidas atividades de esporte e lazer para a comunidade. Na cidade, também foi realizada uma audiência pública sobre a importância da atuação do Profissional de Educação Física no âmbito escolar No Piauí, o CREF15/PI-MA promoveu o 1º Encontro Profissional do CREF15 em comemoração ao Dia do Profissional de Educação Física. O evento contou com palestras do Coordenador do Departamento de Orientação e Fiscalização Charlie Maia [CREF 000277-G/PI] e do profissional e advogado Hipólito da Silva Lima [CREF 001048-G/PI]. Também foram realizados cursos de Gestão de Academias, com o Conselheiro Federal Eduardo Netto [CREF 002025-G/RJ], de Educação Física Escolar, com o Conselheiro Federal Ricardo Catunda [CREF 000001-G/CE], e de Avaliação Física, com o Prof. Dr. Paulo Carnaval [CREF 000015-G/RJ]. A inscrição para os cursos e palestras foi de 1kg de alimento não perecível, doados a uma instituição de caridade. A Seccional Maranhão realizou o 1º Simpósio de Ciência da Saúde e do Esporte, parceria com a FIEP, na Universidade Federal do Maranhão. Além de visitar academias de ginástica para parabenizar e distribuir cortesias aos profissionais para participação do Simpósio, o Conselho participou de palestras nas faculdades Uniceuma, Unisulma, Maurício de Nassau e IESF. E em Imperatriz, sul do Estado, apoiou a corrida realizada pelos discentes da Unisulma em comemoração à data.

Em Cuiabá, no Mato Grosso, em comemoração à data, foram realizadas diversas ações pelo CREF17/MT, entre elas uma homenagem por meio de busdoor, parabenizando os profissionais pelo dia. Também foi elaborado um artigo assinado pelo presidente do Conselho, Carlos Alberto Eilert [CREF 000015-G/MT], falando sobre os desafios desses profissionais e parabenizando a todos, que foi enviado à imprensa local. O material foi publicado em diversos veículos de comunicação do Estado. Os colaboradores do CREF17/MT também fizeram uma homenagem ao presidente do Conselho, como forma de agradecê-lo pelo bom andamento dos trabalhos na entidade.

Na cidade de Breves, no Pará, foi realizado um encontro de professores e acadêmicos de Educação Física, pela Secretaria de Educação em parceria com o CREF18/PA-AP. As palestras realizadas foram: Dimensões Sociais do Esporte (educação, participação e rendimento); Aprendizagem de habilidades motoras nos esportes; Importância do Profissional de Educação Física na melhoria da qualidade de vida da pessoa idosa; Competências do Profissional de Educação Física diante da intervenção profis-

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Na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, foi realizada uma Sessão Solene em Homenagem ao Dia do Profissional de Educação Física, proposta pelo Deputado Hermano Morais. Na oportunidade, quatro Profissionais de Educação Física receberam a Medalha do Mérito Profissional “Professor Sebastião Cunha”. Os Profissionais foram homenageados pelos relevantes trabalhos realizados em benefício da sociedade potiguar por meio da Educação Física. A homenagem, em seu segundo ano consecutivo, já faz parte do calendário da Assembleia do Rio Grande do Norte em parceria com o CREF16/RN. Também foram promovidas homenagens nas Câmaras Municipais de Natal e de São José de Mipibu. O CREF16/RN ainda realizou um encontro com os Profissionais de Educação Física, uma festa em homenagem ao Profissional de Educação Física, entre outros eventos.

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sional à luz do Sistema CONFEF/CREFs; e um Curso de Iniciação ao Voleibol, tendo como palestrante o Conselheiro Tomaz Azevedo [CREF 000280-G/PA]. Em Belém, uma ação ofertou à população paraense avaliações físicas e testes de hepatite C. Foram 63 atendimentos, além de um aulão de ritmos orientado por profissionais. Ao fim, foi servido um café da manhã aos presentes.

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Em Alagoas, o CREF19/AL promoveu ações voltadas para o bem-estar e a saúde dos alagoanos nas cidades de Maceió e Arapiraca. As atividades foram realizadas em dois shoppings com práticas educativas em saúde, serviços de aferição de sinais vitais e medidas antropométricas simples, ofertados por estudantes de Educação Física de faculdades alagoanas. No município de Arapiraca, além do estande com ações voltadas para a saúde, o público teve aulas de Zumba e danças regionais no palco principal do shopping. Em parceria com a Prefeitura de Penedo, o CREF19/AL também promoveu o 1º curso de atualização na área de Educação Física na cidade. O presidente do Conselho, Carlos Eduardo Rocha [CREF 000745-G/AL], ministrou o curso “Iniciação aos esportes coletivos para Licenciatura”. Ainda como parte das comemorações, o CREF19/AL promoveu, em parceria com o Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª Região (CRN6), a ação Lazer e Saúde na Praia. O evento ofereceu aulas de ginástica, caminhada, recreação, danças, jogos lúdicos e orientações de atividades físicas e nutricionais. O Parque dos Cajueiros, em Aracaju, foi o local escolhido pelo CREF20/SE para celebrar a data. O evento contou com apoio do Governo do Estado e de Federações Esportivas de Sergipe. Quem compareceu ao local teve a oportunidade de praticar várias atividades físicas, como Zumba, Futevôlei, Futebol, Badminton, Tênis, Tai Chi Chuan, entre outros. Gilson Dória [CREF 000011-G/SE], presidente do CREF20/SE, destacou o apoio das instituições que oferecem curso de Educação Física Sergipe, dentre elas, Estácio Fase, Maurício de Nassau e Universidade Federal de Sergipe. “Quero agradecer a todos que contribuíram para tornar esse dia especial: Governo do Estado, Federações esportivas, além das faculdades que estão apoiando as ações de promoção e valorização da Profissão de Educação Física”.

Nas redes – O movimento tomou conta também das redes sociais. As homenagens vieram de todos os lados. Entidades governamentais, confederações esportivas, instituições de ensino e de saúde, marcas, atletas, artistas, entre outros, dedicaram homenagens aos Profissionais de Educação Física nas redes. No Instagram, Profissionais de Educação Física utilizaram a hashtag #OrientacaoCerta para compartilhar o cotidiano da profissão. As melhores imagens podem ser conferidas no link instagram.com/confef. Campanha publicitária – A campanha publicitária do CONFEF teve como objetivo mostrar a importância da orientação certa em todas as etapas da vida: infância, fase adulta e terceira idade. Essa foi a mensagem reforçada pela campanha, que teve como mote: “O ser humano é capaz de fazer coisas incríveis todos os dias, com a orientação do Profissional de Educação Física, é possível fazer muito mais”. Conheça a campanha em www.orientacaocerta.com.br/diadoprofissional/

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MOVIMENTO NA REDE A coluna, assinada pelo Doutor em Educação Física pela Unicamp e criador do Centro Esportivo Virtual (CEV), Laércio Elias Pereira, tem como objetivo apresentar os principais portais de conteúdo para o Profissional de Educação Física. Tudo que há de mais atualizado na área você encontra aqui.

CIÊNCIA E MOVIMENTO NA RÁDIO USP JORNAL.USP.BR/EDITORIAS/RADIO-USP/COLUNISTAS

A Rádio USP inaugurou mais duas áreas de divulgação com os programas “Corpo e Movimento!” e “Ciência e Esporte”. São locuções de três a quatro minutos feitas por professores da instituição, continuando o trabalho exemplar de divulgação científica também em Educação Física e Esportes.

SUPERINTERESSANTE SUPER.ABRIL.COM.BR/TUDO-SOBRE/ESPORTES-E-ATIVIDADES-FISICAS/

A revista de divulgação científica Superinteressante, criada há 30 anos, tem um rico acervo digital disponível online. O site conta com entradas para temas especiais na seção “Tudo sobre”, como “Atividades Física e Esportes”.

CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS A revista Ciência Hoje das Crianças é uma publicação do Instituto Ciência Hoje, que há 30 anos é referência em divulgação científica no Brasil. O conteúdo migrou para o digital, mas permanece com a sua versão em papel com muita informação e entretenimento, trabalhando assuntos difíceis de forma atraente, voltado às crianças.

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CHC.ORG.BR/

BRINCADEIRA TEM HORA WWW.FEF.UNICAMP.BR/FEF/BRINCADEIRATEMHORA

O projeto Brincadeira Tem Hora constitui-se numa coletânea de atividades motoras e lúdicas realizadas por meio de jogos. Com 570 atividades, até o momento, o repertório desenvolvido por um grupo de estudantes do Grupo de Estudos de Educação Física no Desenvolvimento Infantil (GEEFIDI), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), oferece busca por níveis e objetivos de ensino.

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Exercícios físicos em pessoas vivendo com HIV/Aids O diagnóstico precoce da doença, os avanços da medicina e o acompanhamento clínico aumentaram consideravelmente a expectativa e a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/Aids. Logo, sobreviver à doença é uma meta que ficou no passado. O que buscam os portadores do vírus atualmente é viver bem, de forma saudável, inseridos socialmente e no mercado de trabalho. Nesse sentido, o treinamento físico, inicialmente não recomendado para pessoas vivendo com HIV/Aids, contribui com a melhora da qualidade de vida e tem sido cada vez mais cogitado como estratégia de terapia não medicamentosa para pacientes portadores do vírus.

De acordo com o docente e pesquisador do Mestrado Profissional em Saúde e Desenvolvimento Humano da Universidade La Salle (RS), Alexandre Ramos Lazzarotto [CREF 002537-G/RS], o exercício físico é uma estratégia não medicamentosa extremamente efetiva para aumentar a massa muscular e diminuir a massa gorda, sem causar efeitos deletérios a resposta imune ou aumentar a viremia. “O que nós podemos afirmar, com base em evidências científicas e na experiência clínica, é que os principais benefícios para pessoas vivendo com HIV/AIDS são o aumento da massa muscular, e diminuição da chamada massa gorda, do peso corporal”, explica.

EXERCÍCIO FÍSICO E HIV/AIDS A atividade ajuda no combate a lipodistrofia, que é a alteração na redistribuição da gordura corporal das pessoas vivendo com HIV/Aids, e na síndrome metabólica associada à medicação de fator viral.

O HIV/AIDS é uma

doença crônica e requer a atuação de uma equipe multiprofissional. A intervenção do Profissional de Educação Física, inserido na equipe, se dá na avaliação, diagnóstico, prescrição, monitoramento e reavaliação do paciente.

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É importante que o

Profissional de Educação Física domine os valores de referência para carga viral, parâmetros metabólicos, perfil lipídico e glicêmico. Assim, ele poderá elaborar um treino que possa melhorar a aptidão física relacionada à saúde sem comprometer outros parâmetros.

O exercício físico

contribui para o aumento força, melhora da condição cardiorrespiratória e aumento da massa muscular, sem causar efeitos deletérios sobre a resposta imune.

O treinamento

aeróbio aumenta a capacidade cardiorrespiratória, diminui o peso corporal e controla a fadiga. Enquanto o de força (musculação) promove o aumento de massa muscular e força.

A prática também pode atenuar os efeitos da síndrome metabólica, como redução das triglicérides, aumento do HDL, melhora da resistência à insulina e do perfil lipídico.

Alexandre Ramos Lazzarotto é Profissional de Educação Ffísica, docente e pesquisador do Mestrado Profissional em Saúde e Desenvolvimento Humano da Universidade La Salle (RS).

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BNCC em debate SISTEMA CONFEF/CREFS MARCA PRESENÇA EM AUDIÊNCIAS PÚBLICAS PARA DEBATER A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR ternalizados nas dimensões cognitivas, afetivas, sociais e na dimensão motora. Não há educação de qualidade sem Educação Física de qualidade”, indicou o Conselheiro Federal Sergio Sartori [CREF 000003-G/RJ] na oportunidade. O CONFEF também realizou a entrega do documento de recomendações para a Educação Física Escolar e o guia da Educação em Família, onde são listados 26 motivos para fazer atividades físicas e esportes na escola. Andamento - As audiências não têm caráter deliberativo, mas são essenciais para que os membros do CNE possam elaborar um documento normativo que reflita necessidades, interesses, diversidade e pluralidade do panorama educacional brasileiro e os desafios a serem enfrentados para a construção de uma educação de qualidade como direito de todos. Como órgão normativo do sistema nacional de educação, cabe ao CNE fazer a apreciação da proposta de BNCC elaborada pelo MEC, produzir um parecer e um projeto de resolução que, uma vez homologados pelo Ministro da Educação, se transformam em norma nacional. A previsão é que o CNE envie o parecer e a resolução para homologação do MEC ainda este ano. Saiba mais sobre a BNCC em basenacionalcomum.mec.gov.br Assista às audiências em cnebncc.mec.gov.br

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Ao longo do ano, o Conselho Nacional de Educação (CNE), com apoio do Ministério da Educação (MEC), promoveu cinco encontros para discutir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Durante as audiências, realizadas nas cinco regiões do país, os membros do CNE receberam sugestões de educadores, gestores, entidades, instituições e da sociedade, acerca do documento que norteia a Educação Básica no Brasil. O Sistema CONFEF/CREFs participou ativamente das audiências, propondo que a Base cumpra as determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que em seu artigo 26 diz que “a Educação Física integrada à proposta pedagógica da escola é componente curricular obrigatório da Educação Básica”. As contribuições tiveram como objetivo evitar que a Educação Física seja negligenciada, sendo solicitado que a disciplina esteja presente em todos os níveis da Educação Básica, e que seja ministrada por professores licenciados em Educação Física. Foram esses os pontos ressaltados pelos Conselheiros que tiveram oportunidade de fala durante os encontros. Na audiência do Nordeste, a Educação Física foi o segundo tema mais recorrente do encontro, conforme ressaltou o presidente do CNE, Eduardo Deschamps, estando atrás apenas das demandas relacionadas ao ensino infantil. A Educação Física também foi destaque nos encontros das regiões Norte e Sudeste. “O movimento corporal humano é uma área de saber que apresenta conhecimentos específicos a serem in-

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AÇÃO “MINHA PRAIA”

oferece atividades físicas gratuitas no Pará

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O EVENTO, QUE PERCORREU QUATRO MUNICÍPIOS PARAENSES, CONTOU COM MAIS DE 18 MIL PARTICIPANTES E OFERECEU CERCA DE 54 MIL ATENDIMENTOS À POPULAÇÃO

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Com o objetivo de promover a saúde e combater o sedentarismo, a ação Minha Praia levou atividades físicas, esportivas e de lazer a frequentadores dos balneários paraenses, no mês de julho. O evento é fruto de uma parceria entre a TV Liberal, o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o CREF18/PA-AP. O público que visitou os locais pôde desfrutar gratuitamente de uma variedade de serviços como tênis de mesa, circuito funcional, pintura livre, voleibol, manbol, pebolim, sinuca, minibasquete, oficina de reciclagem, aulão de ritmos, apresentações culturais, desfile de moda praia, entre outros. Além dessas atividades, oferecidas para todas as idades, o público contou com avaliações físicas gratuitas, ofertadas pelo CREF18/PA-AP. Ao todo, 512 avaliações foram realizadas. Para o presidente do CREF18/PA-AP, Cristiano Gomes [CREF 001982-G/PA], a iniciativa foi importante para garantir que todos tenham segurança ao iniciar uma atividade física. “A avaliação física tem um custo alto e, por isso, nem todo mundo pode realizá-la com regularidade. Poder trazer isso para a praia, a um público tão diversificado, nos enche de satisfação”, avalia. Cilani Santos [CREF 000009-G/PA], técnica do SESI e supervisora do Minha Praia em Salinas, concorda com Cristiano Gomes e comemora o sucesso do evento. “Este ano trouxemos algumas novidades e creio que foi fundamental para atrair ainda mais o público. Além disso, nossos parceiros estiveram muito engajados. Estão todos de parabéns, desde os técnicos até as pessoas que trabalharam na logística e montagem para trazer estas opções de cultura, esporte e lazer aos veranistas”, destaca. O evento foi realizado no mês de julho, nos fins de semana dos dias 14, 21 e 28. A primeira praia a receber a programação foi a do Chapéu Virado, em Mosqueiro, seguida do Caripí, em Barcarena, do Atalaia, em Salinas, e Marudá, em Marapanim.


Primeiro Mestrado de Educação Física no país completa 40 anos RESPONSÁVEL PELA CRIAÇÃO DO PRIMEIRO MESTRADO E DOUTORADO DA AMÉRICA LATINA, O PROGRAMA DE PÓS-

O programa de pós-graduação da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE-USP), o primeiro instituído na América Latina, teve seu início em março de 1977, com a criação de um curso de mestrado na área de Educação Física, destinado à capacitação de docentes para o ensino superior e ao desenvolvimento de conhecimentos na área, por meio da qualificação para a pesquisa. No ano de 1989, foi criado o curso de doutorado em Educação Física, também pioneiro na América Latina, que ampliou o foco do Programa na produção de conhecimentos científicos inovadores. Resultado disso são os papeis que a pós-graduação da EEFE-USP desempenha dentro do sistema da pós-graduação brasileira. Quem explica quais são eles é o Prof. Dr. Alberto Carlos Amadio, da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. “Primeiro pela qualidade do pessoal titulado que vem atuando de maneira a intervir significativa e positivamente no domínio de conhecimento da área e, em segundo lugar, por capacitar mestres e doutores com sólida formação e bem preparados para o mercado de trabalho através de seus cursos bem avaliados”. . Para o professor, essas evidências demonstram de forma efetiva a excelência de formação dos recursos humanos altamente qualificados. Tanto que ao longo de sua trajetória, o Programa de Pós-Graduação sempre foi considerado o melhor no país de acordo com a avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), possuindo, desde 2013, o conceito 7 (nota máxima). No mesmo ano, o Programa empreen-

deu uma importante reestruturação, passando a ter o nome de Pós-Graduação em Educação Física e Esporte e englobando duas importantes áreas de concentração: Estudos Biodinâmicos da Educação Física e Esporte e Estudos Socioculturais e Comportamentais da Educação Física e Esporte. A principal característica da nova proposta era a dimensão interdisciplinar do conhecimento científico que o projeto abordava, como explica Alberto Carlos Amadio. “Reconhecia-se a importância, o papel multiplicador e a positiva influência do curso de doutorado para a consolidação da Educação Física como ciência, após 12 anos do mestrado e a inexistência de qualquer outro doutorado relacionado à área no país e na América Latina, pois o mestrado vinha se transformando num fim em si mesmo, comprometendo a formação e o crescimento do docente e do pesquisador”, explica. Mesmo com a qualidade já oferecida, o trabalho evolutivo não estaciona. “Reiteramos a importância e a expectativa na evolução do sistema, pois consideramos a pós-graduação uma das faces mais bem-sucedidas da política do ensino superior brasileiro e, ainda, para a consolidação da ciência e da tecnologia em prol do desenvolvimento humano pela Educação Física e o Esporte”. Após 40 anos do início do mestrado, o programa atingiu seus objetivos de preparação competente de recursos humanos em nível de pós-graduação, tendo formado até 2016, 538 mestres e 170 doutores.

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GRADUAÇÃO DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE DA USP FORMOU, ATÉ 2016, 538 MESTRES E 170 DOUTORES

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HIIT Body Work:

tendência fitness com suporte acadêmico

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ARTIGO COLOCA O BRASIL EM POSIÇÃO DE DESTAQUE NO CENÁRIO MUNDIAL UTILIZANDO O HIIT COM O PESO CORPORAL

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“Embora a técnica seja bem difundida pelo universo fitness, devido a facilidade na aplicabilidade e baixo custo operacional, existe uma fragilidade conceitual e científica considerável”

Em alta nas academias, o HIIT, sigla para High Intensity Interval Training ou Treinamento Intervalado de Alta Intensidade, é um método que preconiza estímulos de alta intensidade por um curto tempo de duração e com recuperações limitadas entre um estímulo e outro, podendo ser aplicado praticamente em qualquer meio de treinamento. Não se trata de um método novo, mas talvez a forma como vem sendo utilizado. A novidade está na aplicabilidade e operacionalização do método fazendo uso apenas do peso corporal: o HIIT Body Work. Embora a técnica seja bem difundida pelo universo fitness, devido a facilidade na aplicabilidade e baixo custo operacional, existe uma fragilidade conceitual e científica considerável. Os pesquisadores do Laboratório de Fisiologia Translacional da Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, estão desde 2016 em busca de esclarecimentos sobre a organização metodológica e alterações fisiológicos agudas e crônicas que podem ser manifestadas com a prática do HIIT Body Work.


estímulo e recuperação, e seleção de exercícios de acordo com o nível de aptidão do praticante. O posicionamento é considerado pioneiro, colocando o Brasil em posição de destaque no cenário mundial utilizando o HIIT com o peso corporal. Um dos parâmetros de carga de treino extremamente importante na organização da sessão de HIIT Body Work corresponde a seleção de exercícios. Para os pesquisadores, a organização, bem como a seleção dos exercícios, deve ser realizada em função do nível de aptidão física e dos objetivos do treinamento de cada indivíduo. Uma forma simples e didática de classificação dos exercícios, considerada pelos autores, refere-se ao padrão de movimento, sendo distribuídos em dois grupos básicos: simples (padrão único de movimento) e complexos (padrão de movimentos combinados). Simples e objetivamente, a estruturação de uma sessão de HIIT Body Work deve considerar que os alunos iniciantes devem realizar os exercícios com tempo de estímulo menor em relação ao tempo de recuperação utilizando exercícios simples. Aos alunos intermediários, os exercícios podem ser realizados com tempo de estímulos similar ao de recuperação e tempos de estímulo e de recuperação utilizando ambos os padrões de exercícios. Já para os alunos avançados, os exercícios podem ser realizados com tempo de estímulo maior que o tempo de recuperação utilizando tanto exercícios simples quanto complexos. Leia o artigo em www.confef.com/381.

Sobre o autor: Alexandre Machado possui vasta experiência na área da Educação Física, sobretudo quanto as tendências de mercado e novidades no meio fitness, com nove livros publicados, sendo um deles sobre o HIIT Body Work.

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Um projeto de pesquisa sobre a prática, orientado pelo Prof. Dr. Danilo Bocalini [CREF 48072-G/SP], que corresponde à tese de doutoramento do professor Alexandre F. Machado [CREF 76310-G/SP], encontrou evidências no mínimo provocantes. Uma das primeiras evidências do grupo, composto também pelos professores Aylton Figueira Junior [CREF 00150-G/SP], do programa de Mestrado e Doutorado da Universidade São Judas Tadeu, e os colaboradores Alexandre L. Evangelista [CREF 10726-G/SP], Charles R. Lopes [CREF 29686-G/SP], Cauê La Scala [CREF 42574-G/ SP], Gerson Leite [CREF 56757-G/SP] e João Marcelo de Q. Miranda [CREF 53013-G/SP], identificada por meio de uma revisão sistemática, foi a disponibilidade de apenas dois estudos que utilizaram a metodologia para diferentes desfechos. As metodologias são diferentes em relação ao monitoramento e ajustes de cargas de treino tanto externa quanto interna. Por esta razão, o grupo desenvolveu um documento de revisão que objetiva direcionar as possíveis alternativas na organização das sessões de treinamento utilizando o HIIT Body Work, considerando os achados já disponíveis na literatura com HIIT tradicional (esteira e cicloergômetros). Deste estudo, foi elaborado o artigo “High-intensity interval training using whole-body exercises: training recommendations and methodological overview”, aceito para publicação na revista Clinical Physiology and Functional Image com fator de impacto de 1.869. No artigo, os autores apresentam de forma clara uma estratégia organizacional de uma sessão de HIIT Body Work, considerando variáveis clássicas como tempo de

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Atividade física no

combate à depressão

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DIAGNOSTICADAS COM DEPRESSÃO, MULHERES REENCONTRAM PRAZER NA ATIVIDADE FÍSICA

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“Você já tentou melhorar? ”, “Isso é falta de oração”, “Para de ser tão negativo!” Esses comentários são tudo o que uma pessoa com depressão não precisa ouvir. No lugar do julgamento, um convite para uma caminhada seria uma melhor opção, já que os exercícios físicos orientados podem contribuir com o tratamento de pacientes com tal diagnóstico. A história de vida da Ana Paula Fontoura é um exemplo. A gestora de Recursos Humanos, de 37 anos, substituiu, aos poucos, os remédios antidepressivos por doses de atividade física. Ela encontrou na corrida de rua a solução não só para seu bem-estar emocional, mas também físico. Isto porque, com o exercício, chegou a perder pelo menos 56 kg. “Eu já vinha fazendo tratamento neurológico para depressão e ansiedade, mas isso não resolvia o meu problema. Sendo bem sincera, a medicação pode sim ajudar, mas os fatores decisivos para mim foram a atividade física e a religião”. Prova disso são os três remédios que Ana eliminou da rotina. “Antes, eu utilizava dois controlados e um para dor de cabeça, problema que eu tinha diariamente, devido à má alimentação. Hoje, tenho calmante em casa apenas para emergên-

cias, mas já não o utilizo. Costumo dizer que coloquei o exercício físico como uma medicação na minha vida”, conta Ana Paula. O calmante é raro, mas os treinos são constantes. Com a mesma religiosidade com que vai à Igreja, Ana comparece aos treinos. “Como eu perdi muito peso, acabei perdendo massa muscular junto com a gordura. Então, agora estou praticando musculação, alternando: num dia braço, no outro perna. Ainda fico um pouco mais na academia para um aeróbico. Duas vezes na semana, treino corrida com o pessoal e, nos fins de semana, eu também corro”, explica. Quem também sai com mais ânimo dos treinos é Sandra Lúcia Machado. A professora, de 45 anos, desenvolveu crise do pânico e depressão após uma pessoa próxima sofrer violência sexual. “Engordei muito. Afastei-me de todos. Não saia de casa. Minha família sofria muito”. Sem ânimo para lutar contra o problema, Sandra só procurou ajuda quando começou a faltar ao trabalho. “Fui ao médico e tive o diagnóstico de depressão”. Com a receita médica em mãos, que sugeria, além dos remédios, doses de atividade física, a professora enfren-


tou dificuldades para seguir a orientação. Após muita insistência dos amigos e familiares, Sandra se encontrou no Pole Sport, modalidade vertente do Pole Dance. “Emagreci e voltei a ser eu. Ou melhor, passei a ser uma versão melhor de mim”. Uma versão tão melhor, que deu à professora uma nova vida: “Depois disso, me separei e até me casei de novo. E estou muito feliz”, comemora. Tal felicidade pode ter comprovação científica. Uma pesquisa de doutorado realizada na ala psiquiátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, pelo Profissional de Educação Física Felipe Schuch [CREF 012942-G/ RS], avaliou os efeitos da adição de exercício físico ao tratamento usual de pessoas com depressão grave. O estudo buscou entender o quanto alterações em marcadores de regeneração neuronal e de estresse oxidativo estavam implicados na diminuição dos sintomas. Para isso, os participantes tinham de realizar sessões de exercício físico aeróbico três vezes por semana, supervisionados por um Profissional de Educação Física, durante o tempo pelo qual ficassem internados. Para avaliar o quanto o exercício impactou os sintomas, os psiquiatras – que, ao lado de Felipe Schuch, compuseram a equipe – aplicaram escalas que avaliaram a gravidade da depressão. Por meio delas, pôde-se perceber o efeito adicional da atividade física na redução dos sintomas. “Acredita-se que o efeito ocorra em função do aumento da capacidade de regeneração neuronal e, potencialmente, da regulação dos marcadores de inflamação sistêmica, que parecem estar alterados em pessoas com depressão”, explica o pesquisador.

Ana Paula Fontoura antes e depois da atividade física

Mas a iniciativa, muitas vezes, precisa partir não do paciente, mas das pessoas com os quais ele convive. Para Schuch, o familiar precisa entender que ninguém permanece deprimido por querer estar em tal situação. É preciso compreender que a pessoa precisa de tratamento, e então, todo suporte é bem-vindo. “O primeiro passo é identificar as barreiras existentes. Depois, traçar planos e metas factíveis, entendendo que recaídas e faltas fazem parte do processo”. As mudanças na rotina de Sandra comprovam essa importância da atividade física para o tratamento da depressão, tanto que ela nem pensa em abandonar a atividade. “A academia de Pole Sport é um solo sagrado para mim, é prioridade na minha vida”, declara, sugerindo a quem está encarando a depressão ou outros transtornos: “O fundo do poço é o único lugar em que só se pode subir, então, não se acomode. Faça atividades físicas!” Ana Paula Fontoura discorda de Sandra, mas apenas na modalidade: “Eu me encontrei na corrida”. Cada uma com seu esporte favorito, reconhecem o poder da atividade física no tratamento de pessoas com depressão. Como diz Ana, “É incrível de onde nós saímos e onde chegamos. A palavra que define é gratidão. Sou muito grata mesma. É um benefício financeiramente impossível de ser retribuído”, confessa, emocionada.

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“É incrível de onde nós saímos e onde chegamos. A palavra que define é gratidão. Sou muito grata mesmo. É um benefício financeiramente impossível de ser retribuído”

O Pole Sport devolveu a alegria de Sandra Lúcia

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FESTIVAL INCENTIVA democratização do esporte EVENTO DE ESPORTE ADAPTADO PROMOVEU INCLUSÃO DE PACIENTES EM DIVERSAS MODALIDADES

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“O esporte contribui para

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a superação de desafios, estimulando vários aspectos piscomotores, psicológicos e sociais, além de elevar a autoestima, proporcionando melhor qualidade de vida”

Em Goiânia (GO), o Festival de Esporte Adaptado (FEAD), realizado pelo Centro de Reabilitação e Readaptação (CRER) Dr. Henrique Santillo e a Associação Goiana de Integralização e reabilitação (AGIR), organização social gestora do hospital, chegou a sua terceira edição. Com mais de 300 pacientes acompanhados de seus familiares, o FEAD busca a inclusão e integração por meio da prática de esportes, para auxiliar no restabelecimento social. Foram ofertadas modalidades como Takkyu Volley, Bocha, Basquete de Cadeiras de Rodas, Natação e Futsal, entre outros, das quais pacientes de diversas idades puderam participar. A Profissional de Educação Física do CRER, Adriana Alves Teixeira [CREF 002636-G/GO], destaca a importância do esporte na vida dos pacientes, enfatizando que “ele contribui para a superação de desafios, estimulando vários aspectos piscomotores, psicológicos e sociais, além de elevar a autoestima, proporcionando melhor qualidade de vida”. Para o Conselheiro Willian Mendes [CREF 000522-G/GO], que esteve na abertura do Festival representando o CREF14/GO-TO, “o festival é um momento importante de valorização do esporte adaptado, que oferece aos pacientes em reabilitação e readaptação do CRER a possibilidade de socialização e humanização que o esporte proporciona a todos”. Todos os atletas participantes receberam medalha de ouro, simbolizando superação e força de vontade — mais um incentivo aos pacientes do CRER, que consolida o Festival de Esporte Adaptado, nesta terceira edição, como uma importante ferramenta social de reabilitação na readaptação do paciente por meio do esporte.


ESPAÇO DO LEITOR EDIÇÃO 64

Muito boa a revista para nos mantermos informados das atualidades na área da Educação Física. Estão de parabéns. Édipo Alves [CREF 003551-G/PB] Essa revista veio muito boa, com matérias de cunho social importantíssimo! Alana Simões [CREF 002644-G/PB] É uma revista perfeita. Traz muitos assuntos a serem debatidos em sala de aula e ajuda as pessoas que estão se formando. Emylly França MOVIMENTO NA REDE

Você não sabe a alegria que é ver seu trabalho reconhecido por uma referência na Educação Física brasileira, professor Laercio Elias Pereira, ainda mais dentro da revista do nosso Conselho Federal de Educação Física! Valeu, todos que participaram do nosso blog nesses três anos e meio de divulgação científica! Yuri Motoyama [CREF 034264-G/SP] ERRATA

Na última edição, nº 64, cometemos um erro na matéria “Professores elaboram Dicionário de Educação Física em Libras”. A imagem utilizada ilustra um alfabeto americano e não um brasileiro. Apesar de parecidos, eles possuem diferenças. Pedimos desculpas pelo equívoco e possíveis transtornos causados pela confusão. A versão digital da matéria foi devidamente corrigida em nosso site: www.confef.org.br.

HUMOR

SECA-BARRIGA CHÁ

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FARINHA

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PANORAMA COM PARCERIAS, CREF20/SE LANÇA CAMPANHA CONTRA USO DE ANABOLIZANTES Com o tema “Diga não aos anabolizantes. Evite a dor de quem te ama”, o CREF20/SE, em parceria com o Ministério Público de Sergipe, o Governo Federal, a Autoridade Brasileira Controle de Dopagem (ABCD), Ordem dos Advogados (OAB/SE), a Universidade Tiradentes (Unit) e o Governo do Estado, lançou, em setembro, uma campanha contra o uso indiscriminado de anabolizantes. A campanha visa conscientizar a população sobre os malefícios do uso dessas substâncias, com foco no sofrimento das mães dos possíveis usuários. A divulgação é feita por meio de busdoors e panfletagens nas principais ruas da cidade, além de redes sociais e site do CREF20/SE. A campanha tem sua importância porque, de acordo com o presidente do CREF20/SE, Gilson Dória [CREF 000011-G/SE], o uso de esteroides para o ganho de massa muscular pode levar à morte, causar efeitos colaterais irreversíveis, impotência, esterilidade, crescimento excessivo dos mamilos em homens, hipertensão, dores de cabeça, retardo precoce do crescimento, calvície, insônia, aumento do colesterol e lesões no fígado. “Os anabolizantes esteroides são medicamentos legais e têm indicações específicas. Seu uso não é crime, porém é necessário acompanhamento médico. Conforme a legislação específica para o produto, ele pode ser comercializado somente em farmácias e drogarias com prescrição médica, em receituário controlado e constando a indicação do Código Internacional de Doenças”, explicou Dória.

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RECIFE FUNDA CONSELHO DE CONTROLE SOCIAL DO PROGRAMA ACADEMIA DA CIDADE O Conselho Municipal de Saúde do Recife empossou, em agosto, o Conselho de Unidade do Polo da Academia da Cidade (PAC) do Hipódromo, criado para atender as demandas dos profissionais e usuários do Programa Academia da Cidade (PAC). Este modelo de Conselho de controle social é o primeiro do tipo criado no Brasil e tem como objetivo dialogar e identificar os problemas dos serviços prestados, buscando soluções de forma coletiva para a melhoria dos trabalhos que são oferecidos à comunidade. A criação do Conselho de Unidade é uma luta antiga dos Profissionais de Educação Física do PAC, e sua criação fortalece a categoria e, principalmente, os próprios Profissionais que atuam no programa, que há tempos vêm buscando soluções para os problemas que enfrentam no dia a dia, como insegurança e falta de estrutura. Para a chefe de fiscalização do CREF12/PE, Rosângela Albuquerque [CREF 000404-G/PE], membro do Conselho Municipal de Saúde do Recife e do Conselho Estadual de Saúde de Pernambuco, é muito gratificante representar o CREF12/PE nos Conselhos de Saúde e participar da implantação do primeiro Conselho de Saúde do Brasil do PAC. “Com a criação do Conselho no Recife, a cidade torna-se protagonista de um feito que entrará para a história da Educação Física, fruto do empenho dos Profissionais de Educação Física que atuam no PAC. Assim, quem ganha é o cidadão recifense que tem mais um espaço de controle social para lutar por saúde e qualidade de vida”, ressalta Rosângela.

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PANORAMA LEGAL INSTITUIÇÃO É CONDENADA POR OFERECER CURSO NÃO RECONHECIDO Oferecer curso não reconhecido pelo Ministério da Educação configura falha na prestação do serviço e omissão de informação relevante, o que gera dano moral. Assim entendeu a 1ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal ao determinar que uma instituição de ensino indenize ex-aluno que se formou, mas não conseguiu validar o diploma por falta de certificação do MEC. O autor, que se graduou em Educação Física, não conseguiu receber a Cédula de Identidade Profissional, porque o curso de Bacharelado não tinha autorização oficial. A instituição alegou ter tomado todas as medidas para regularizar o curso, mas aguardava resposta do MEC, que não migrou corretamente os dados entre seus sistemas informatizados. O juízo de primeira instância entendeu que a instituição atuou de forma indevida e violou o direito de informação do consumidor, por ter ofertado serviço durante a pendência de regularização sem avisar aos estudantes. Diante disso, a instituição de ensino foi condenada a pagar R$8,2 mil para ressarcir o aluno pelos valores investidos no curso sem o reconhecimento do MEC, e R$3 mil como compensação pelos danos morais.


CREF5/CE CONSEGUE ALTERAÇÃO EM EDITAL DE GRANJA (CE ) O CREF5/CE conseguiu alterar um edital de concurso público da cidade de Granja, no interior do Estado. A conquista, por meio de antecipação de tutela, fez com que o município incluísse no Edital 01/2017 a exigência, para o desempenho do cargo de professor de Educação Física, a comprovação de nível superior completo e de inscrição no Conselho Regional de Educação Física, abstendo-se de contratar novos profissionais sem essa qualificação. O juiz federal da 18ª Vara do Ceará, Sérgio de Norões Milfont Júnior, determinou, ainda, que o município de Granja exija dos profissionais aprovados e, já empossados (concursados ou temporários) para o cargo de professor de Educação Física, que apresentem o Diploma de Graduação em Educação Física - Licenciatura e Registro Profissional no CREF, nos termos do art. 1º da Lei 9.696/98. MP SUSPENDE ATIVIDADES DE ACADEMIAS IRREGULARES EM PIAÇABUÇU (AL ) O Ministério Público, atendendo ao pedido do CREF19/AL, suspendeu as atividades de academias que funcionavam irregularmente em Piaçabuçu, município de Alagoas. Em reunião com os proprietários dos estabelecimentos, o promotor Sitael Jones Lemos, da Vara do Único Ofício de Piaçabuçu, estabeleceu a suspensão imediata das atividades, até que seja realizada a regulamentação no órgão fiscalizador. Entre os dias 10 e 12 de julho, o CREF19/AL realizou fiscalizações em academias e instituições públicas de municípios do Litoral Sul de Alagoas, inclusive em Piaçabuçu. Nas visitas, várias irregularidades foram constatadas e, por isso, o Conselho pediu a suspensão das atividades dessas academias até que todos os documentos estivessem regularizados, e que houvesse presença de um responsável técnico.

PANORAMA FISCALIZAÇÃO

ACADEMIA É INTERDITADA APÓS FISCALIZAÇÃO EM VÁRZEA GRANDE ( MT ) Uma academia de ginástica, localizada na cidade de Várzea Grande (MT), foi interditada cautelarmente pelo CREF17/MT durante uma fiscalização de rotina. Segundo o agente fiscal responsável pela operação, o estabelecimento funcionava sem profissional habilitado e sem registro do CREF. “É nossa obrigação fiscalizar e dar credibilidade aos usuários do nosso trabalho. Eu faço questão de falar sempre: é obrigatório o registro do Profissional de Educação Física e todos os estabelecimentos também devem estar credenciados junto ao Conselho”, declarou o presidente do CREF17/MT, Carlos Alberto Eilert [CREF 000015-G/MT]. Eilert informa que as fiscalizações são realizadas conforme planejamento, mas que as denúncias são atendidas imediatamente. “Não deixem de fazer as denúncias, é só entrar no site www.cref17.org.br. Elas são totalmente sigilosas”, explicou. A academia que sofreu interdição cautelar tem o prazo de quinze dias para se regularizar.

EDUCAÇÃO FÍSICA | 65/2017

OPERAÇÃO FISCALIZA E AUTUA TRÊS ACADEMIAS EM MACEIÓ Fiscais do Procon Municipal e do CREF19/AL autuaram, em setembro, três academias de ginástica após a constatação de desrespeito às regras do Código de Defesa do Consumidor e à exigência de registro profissional no respectivo Conselho de classe. Um dos estabelecimentos irregulares funcionava no bairro Gruta de Lourdes há alguns meses. “Além de pendências burocráticas, a empresa ainda funciona com empregado sem registro”, constatou Augusto Rocha, do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) municipal. “Demos prazo de até dez dias para apresentação de documentação de legalização”, avisou. Para Raphael Lima, um dos fiscais do Conselho, não há justificativa para o funcionamento do estabelecimento de forma irregular. “O empreendedor precisa respeitar a legislação e não pode jamais empregar funcionário sem registro no conselho de classe”, alertou. Quanto ao estabelecimento na Gruta, o bacharel em Educação Física com diploma de curso superior não tinha providenciado registro junto ao conselho de classe. “Poderia ter solicitado o registro logo após o recebimento do diploma. É ilegal trabalhar sem registro”, reforçou Antônio Netto, do CREF19/AL.

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AGENDA

CONSELHOS REGIONAIS - CREFs

IV Simpósio Nacional de Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate Datas: 02 e 03 de dezembro Local: Rio de Janeiro (RJ) Informações: www.simposiodelutas.org 33° Congresso Internacional de Educação Física - FIEP Datas: 13 a 17 de janeiro de 2018 Local: Foz do Iguaçu (PR) Informações: www.congressofiep.com VI Jornada de Estudos da doença de Parkinson Datas: 13 e 14 de abril de 2018 Local: Rio Claro (SP) Informações: www.inscricoes.fmb.unesp.br/ 3º Congresso Brasileiro de Estudos do Lazer Datas: 27 a 30 de abril de 2018 Local: Campo Grande (MS) Informações: iiicbel.ufms.br/ 70ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência Datas: 16 a 22 de julho de 2018 Local: Maceió (AL) Informações: ra.sbpcnet.org.br/maceio IX Congresso Brasileiro de Comportamento Motor Datas: 15 a 18 de agosto de 2018 Local: Bauru (SP) Informações: www.cbcm2018.com.br

EDUCAÇÃO FÍSICA | 65/2017

17° Congresso de Ciência do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa Datas: 25 a 28 de setembro de 2018 Local: Manaus (AM) Informações: www.congressomanausdespef.ufam.edu.br

O PROFISSIONAL ESTÁ REGULAR? ANTES DE CONTRATAR UM PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, VERIFIQUE SE ELE ESTÁ REGISTRADO EM

CONFEF.ORG.BR

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CREF1/RJ-ES – Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo Rua Adolfo Mota, 104 – Tijuca – Rio de Janeiro – RJ CEP 20540-100 – Tel.: (21) 2569-6629 / 2569-7375 / 2569-7611 Telefax: (21) 2569-2398 cref1@cref1.org.br – www.cref1.org.br CREF2/RS – Estado do Rio Grande do Sul Rua Coronel Genuíno, 421, conj. 401 – Centro – Porto Alegre – RS CEP 90010-350 – Tel.: (51) 3288-0200 - Telefax: (51) 3288-0222 crefrs@crefrs.org.br – www.crefrs.org.br CREF3/SC – Estado de Santa Catarina Rua Afonso Pena, 625 – Estreito – Florianópolis – SC CEP 88070-650 – Telefax.: (48) 3348-7007 crefsc@crefsc.org.br – www.crefsc.org.br CREF4/SP – Estado de São Paulo Rua Líbero Badaró, 377 – 3º andar – Centro – São Paulo – SP CEP 01009-000 – Telefax: (11) 3292-1700 crefsp@crefsp.gov.br – www.crefsp.gov.br CREF5/CE – Estado do Ceará Av. Washington Soares, 1400, Sls. 402/403 – Edson Queiroz Fortaleza – CE – CEP 60811-341 Tel.: (85) 3234-6038 Telefax: (85) 3262-2945 – cref5@cref5.org.br – www.cref5.org.br CREF6/MG – Estado de Minas Gerais Rua Bernardo Guimarães, 2766 – Santo Agostinho – Belo Horizonte – MG – CEP 30140-085 – Telefax: (31) 3291-9912 cref6@cref6.org.br – www.cref6.org.br CREF7/DF – Distrito Federal SGAN - Quadra 604 - Conjunto C, L2 Norte, Asa Norte Brasília – DF – CEP 70830-153 – Tel.: (61) 3426-5400 cref7@cref7.org.br – www.cref7.org.br CREF8/AM-AC-RO-RR Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima Rua Ferreira Pena, 1118 / 202 – Centro – Manaus – AM CEP 69025-010 – Tel.: 0800-280-8234 / (92) 3234-8234 cref8@cref8.org.br – www.cref8.org.br CREF9/PR – Estado do Paraná Rua Amintas de Barros, 581 – Centro – Curitiba – PR CEP 80060-205 – Tel.: 0800-643-2667 - (41) 3363-8388 crefpr@crefpr.org.br – www.crefpr.org.br CREF10/PB – Estado da Paraíba Rua Arquiteto Hermenegildo Di Lascio, 36 Tambauzinho - João Pessoa - PB - CEP 58042-140 cref10@cref10.org.br – www.cref10.org.br CREF11/MS –Estado de Mato Grosso do Sul Rua Joaquim Murtinho, 158 – Centro Campo Grande – MS – CEP 79002-100 – Telefax: (67) 3321-1221 cref11@cref11.org.br – www.cref11.org.br CREF12/PE – Estado de Pernambuco Rua Carlos de Oliveira Filho, 54 – Prado – Recife – PE CEP 50720-230 – Tel.: (81) 3226-0996 Telefax: (81) 3226-2088 cref12@cref12.org.br – www.cref12.org.br CREF13/BA – Estado da Bahia Av. Antônio Carlos Magalhães, 3259, sl. 803 Centro – Salvador – BA – CEP 41800-700 Tel.: (71) 3351-7120 – Telefax: (71) 3351-8769 cref13@cref13.org.br – www.cref13.org.br CREF14/GO-TO – Estados de Goiás e Tocantins Av. T-3, 1855 - Clube Oásis – Setor Bueno – Goiânia – GO CEP 74215-110 – Tel.: (62) 3229-2202 Telefax: (62) 3609-2201 cref14@cref14.org.br - www.cref14.org.br CREF15/PI-MA – Estados do Piauí e Maranhão Rua Jonatas Batista, 852 – Sala CREF – Teresina – PI CEP 64000-400 – Tel.: (86) 3221-2178 cref15@cref15.org.br – www.cref15.org.br CREF16/RN – Estado do Rio Grande do Norte Rua Desembargador Antônio Soares, 1274 - Tirol – Natal - RN CEP 59022-170 – Tel.: (84) 3201-2254 atendimento@cref16.org.br – www.cref16.org.br CREF17/MT – Estado do Mato Grosso Rua Generoso Ciríaco Maciel, 02 - Jd. Petrópolis – Cuiabá – MT CEP 78070-050 – Telefax: (65) 3621-2504 – 3621-8254 cref17@cref17.org.br – www.cref17.org.br CREF18/PA-AP – Estados do Pará e Amapá Av. Generalíssimo Deodoro, 877 – Galeria João & Maria – Sala 11 e 12 Nazaré – Belém - PA – CEP 66040-140 – Tel.: (91) 3212-6405 cref18@cref18.org.br – www.cref18.org.br CREF19/AL – Estado de Alagoas Rua Dr. José Castro Azevedo, 370 – Pitanguinha – Maceió – AL CEP 57050-240 – Telefax: (82) 3221-9299 cref19.org.br/site CREF20/SE – Estado de Sergipe Rua Dom José Thomas, 708 – Lojas 2 e 3 - Edifício Galeria – São José Aracaju - SE - CEP 49015-090 – Telefax: (79) 3214-6184 www.cref20.org.br


FIEP 2018

Eventos

Sistema CONFEF/CREFs 14 a 16 de janeiro de 2018 Hotel Bella Itália - Foz do Iguaçu - PR - Brasil Inscrições Gratuitas X Fórum de Educação Física Escolar

I Fórum do Esporte do CONFEF

Dias: 14 a 16 de janeiro - 8h às 12h Site: www.congressofiep.com/escolar

Dia: 14 de janeiro - 14h às 18h

VII Seminário de Atividades Física Atenção A Saúde

I Fórum de Academias

Dias: 14 a 16 de janeiro - 14h às 18h Site: www.congressofiep.com/saude

Dia: 15 de janeiro - 14h às 18h

IX Seminário Direito e Legislação Desportiva

IX Seminário sobre Valores do Esporte e Educação Olímpica

Dias: 14 a 16 de janeiro - 19h às 22h Site: www.congressofiep.com/saude

Dia: 16 de janeiro - 14h às 18h

Transmissão online em confef.org.br

33 Internacional de Educação Física o Congresso

Tema: O Profissional de Educação Física na América Latina

Informações:

www.congressofiep.com (45) 3523-0039 / 99975-1208 SISTEMA CONFEF/CREFs



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