Direcção Regional Moçambique Informativo IMC nº 1/16 Fátima, 19 de Fevereiro 2016
MISSIONÁRIOS DA CONSOLATA EM MOÇAMBIQUE (1925-2015) NARRAÇÃO DA ÉPICA VIAGEM DA BEIRA Á MISSÃO DE MIRURO DO PRIMEIRO GRUPO DE MISSIONÁRIOS Moçambique: novo campo de evangelização dos Missionários da Consolata A decisão de alargar o campo de evangelização do Instituto Missionário da Consolata, fundado pelo Beato José Allamano em 1901, a Moçambique foi tomada pelos superiores em 1925. Nessa altura, os Missionários da Consolata já evangelizavam vastas regiões da África Oriental a norte de Moçambique (Quénia, Etiópia e Tanzânia). Sabendo que no Niassa não havia missionários católicos, o superior geral de então, D. Filipe Perlo, manifestou a D. Rafael de Assunção, Prelado de Moçambique, a disponibilidade dos Missionários da Consolata para evangelizar aquela região do norte do país. D. Rafael aceitou a sua vinda para Moçambique, não para o Niassa, mas para a região do Zumbo, na actual província de Tete, onde deveriam assumir o cuidado pastoral da Missão de S. Pedro Claver de Miruru. A actividade missionária em Moçambique atravessava, então, uma crise muito grande em consequência da expulsão das ordens religiosas (1911) e dos obstáculos colocados pelo governo republicano em Portugal. Ao nacionalismo e anticlericalismo juntava-se a rivalidade entre o clero secular e os religiosos. Chegada dos primeiros Missionários da Consolata a Moçambique
Os superiores aceitaram a proposta de D. Rafael de Assunção de irem para a região de Tete, embora o seu olhar continuasse voltado para o Niassa. No dia 29 de Agosto de 1925, comunicaram ao bispo o nome dos missionários destinados a Moçambique. Dos oito missionários, todos italianos, que formavam a primeira expedição, cinco já tinham experiência missionária adquirida no Quénia: Pe. Victor Sandrone, superior do grupo, Pe. Júlio Peyrani, Pe. Pedro Calandri, Pe. João Chiomio e Ir. José Benedetto. Os restantes três – Pe. Lourenço Sperta, Pe. Paulo Borello e o seminarista Segundo Ghiglia - partiram de Turim (Itália), depois de terem recebido o crucifixo das mãos do Beato José Allamano. Os missionários provenientes de Itália uniram-se aos restantes no porto de Mombaça (Quénia) e desembarcaram juntos no porto da Beira no dia 30 de Outubro de 1925. A alegria de pisar o novo campo de evangelização foi imensa. Agora os missionários tinham pela frente uma longa distância a percorrer até à Missão de S. Pedro Claver de Miruru (Tete), onde eram destinados. Partida de Nairobi (28-9-1925): Ir. Giuseppe Benedetto, P. Vittorio Sandrone; P. Luigi Perlo; P. Julio Peyrani